arquivo1 - franthiesco ballerini
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10 DOMINGO, 4 DE JULHO DE 2010 viver & www.ovale.com.br cinema & dvd D BERÇO DO MUNDO ÁFRICA GERA INTERESSE DO MUNDO E DA INDÚSTRIA LOCAL Apesar de bons filmes como ‘Invictus’ e ‘Hotel Ruanda’, produtores querem produto mais genuíno FRANTHIESCO BALLERINI rker e Alain Resnais. Embora filmado por diretores franceses, é um documentário riquíssimo sobre a arte negra, que se tornou panfletário anti-racista e anti-colonialista, censurado por 10 anos na França. Outra joia rara é “O Soleil O” (1969), de Med Hondo, que discute o que significa ter um tom de pele “errado” na França. ESPECIAL PARA O VALE Embora a África só tenha levado uma seleção para as quartas de final - a seleção de Gana - não há dúvidas de que o mundial da África do Sul mudou, para melhor, o continente tão freqüentemente ignorado pelo resto do mundo. Especialmente por ter lançado os olhos de milhões de pessoas para suas culturas, tradições e riquezas. A cada ano, o cinema africano tem ganhado mais força e expressividade em festivais e nas salas de cinema do mundo. E isso é louvável para um cinema cuja história começou muito mais tarde que dos outros continentes, mais precisamente nos anos 1960, junto à independência da maioria dos seus países. Isso porque o Fespaco, Festival de Cinema Africano, e a Fepaci, Federação dos Cineastas Africanos, não reconhecem como filmes africanos aqueles feitos por diretores europeus que abordaram a África durante seu período colonial. O maior salto feito por um filme africano recentemente foi em 2006, quando o filme sul-africano “Infância Roubada” levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, retratando o drama de um garoto da periferia de Johanesburgo. A África também vem se tornando palco de inúmeras grandes produções estrangeiras. O Brasil foi para lá nas mãos de Fernando Meirelles, que filmou “O Jardineiro Fiel” (2005), sobre a exploração de DVD Filmes em que a África foi tema Abusos. Nas últimas décadas, DIVULGAÇÃO Cena do filme ‘Hotel Ruanda’, baseado na história de homem que tentou evitar um massacre africanos por multinacionais farmacêuticas. Hollywood desembarcou no continente para rodar o belíssimo “Hotel Ruanda” (2004), baseado na história real de um homem que fez de tudo para salvar a população de um massacre. Recentemente, foi Clint Eastwood quem rodou no continente o filme “Invictus”, sobre o período em que Nelson Mandela sai da prisão e se torna presidente da África do Sul. FRANTHIESCO BALLERINI ESCREVE Dificuldade. Mas não é fácil NESTE ESPAÇO AOS DOMINGOS para o continente manter sua indústria cinematográfica. Ao contrário da América Latina, que é massacrada pela dominação de filmes de Hollywood, as salas de cinema africanas são dominadas por duas indústrias estrangeiras. Além de Hollywood, existe a predominância de filmes de Bollywood, a indústria de cinema da Índia. Faltam salas de exibição para produções locais. Para quem tem interesse em conhecer os grandes clássicos do cinema africano, uma dica é o filme “As Estátuas Também Morrem” (1953), de Chris Ma- o cinema do continente tem focado em histórias que denunciam os abusos dos colonialistas no século 20. Os cineastas se recusam a comprar a ideia de que filmes como “O Jardineiro Fiel” e “Hotel Ruanda” sejam a visão verdadeira sobre a África, uma vez que foram filmados por estrangeiros. Essa organização temática surgiu no Manifesto dos Cineastas Africanos, na Argélia, em 1975, que tem o intuito de denunciar o neocolonialismo nos países do continente. Assim, a diretora negra Sarah Maldoror abandonou seu país de origem, a França, e foi para o país de origem de seus antepassados filmar Sambizanga, sobre os abusos dos portugueses na guerra colonial em Angola. Alguns países estão criando verdadeiras indústrias bem sucedidas, como o Egito, que recebe financiamento de diversas instituições mundiais, e a Nigéria, dona da indústria conhecida popularmente como Nollywood (em referência as outras duas indústrias cinematográficas citadas acima). Estima-se que Nollywood produza mais de 150 filmes por ano. l D DOCUMENTÁRIO/DVD O Jardineiro Fiel (foto): Na África, o diplomata Justin Quayle investiga o assassinato brutal de sua mulher no continente africano depois que ela faz descobertas terríveis sobre a indústria Hotel Ruanda: Don Cheadle É Paul Rusesabagina que em 1994, salvou milhares de pessoas durante a sangrenta guerra civil em Ruanda Invictus: O filme mostra o esforço de Nelson Mandela para fazer com que o país fosse campeão de rúgbi Infância Roubada: o longa narra seis dias da vida dE UM líder de uma gangue de Johanesburgo O Soleil O: O Filme conta a história de uma mulher que narra os pensamentos de um viajante que se sente atraído pelo Japão e também pela África DVD MARADONA É ESTRELA DE FILME PEDRO AUGUSTO ALMEIDA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS O Lobisomem PARA LOCAÇÃO DIREÇÃO: JOE JOHNSTON ELENCO: EMILY BLUNT, BENÍCIO DEL TORO, HUGO WEAVING, ANTHONY HOPKINS, GERALDINE CHAPLIN, ART MALIK SINOPSE: O PREMIADO BENÍCIO DEL TORO INTERPRETA O SOMBRIO LAWRENCE TALBOT, QUE RETORNA À SUA TERRA NATAL DEPOIS DO DESAPARECIMENTO DE SEU IRMÃO. À MEDIDA QUE O COMPLICADO QUEBRA-CABEÇA SE ENCAIXA, LAWRENCE TOMA CONHECIMENTO A RESPEITO DE UMA ANTIGA MALDIÇÃO, QUE TRANSFORMA HOMENS EM LOBISOMENS. A PARTIR DAÍ, LAWRENCE TEM A CHANCE DE ACABAR COM A MATANÇA E DESTRUIR A CRIATURA QUE RODEIA OS BOSQUES DE BLACKMOOR. MAS, ELE NÃO IMAGINAVA QUE, APÓS SER FERIDO POR UMA MISTERIOSA FERA, ELE PRÓPRIO COMEÇARIA A SE TRANSFORMAR NO LOBISOMEM, LIBERTANDO SEUS INSTINTOS PRIMITIVOS. Durante os jogos da Argentina nesta Copa do Mundo, difícil não prestar atenção nas manias do técnico Diego Armando Maradona. Antes de entrar em campo, o treinador veste o mesmo terno cinza, enrola um rosário na mão direita, se benze sete vezes e usa um relógio em cada braço - um com horário africano e outro argentino. Não é à toa que o craque argentino aparece como o protagonista do documentário “Maradona”, dirigido pelo cineasta sérvio e fã do “el diez” Emir Kusturica, e que deve ser lançado em DVD no Brasil, no segundo semestre do ano. No começo dos 90 minutos do documentário, o espectador entra rapidamente em contato com o lado fanfarrão de Maradona, que aparece ao lado do presidente boliviano Evo Morales, em protesto contra George W. Bush. Futebol. Os dois gols contra a seleção inglesa na Copa de 1986 são relembrados à exaustão. Um é o famoso gol da “mano de Diós”, o outro, Maradona dribla meio time inglês, incluindo o goleiro, e empurra a pelota para as redes. “Nós 500 Dias Com Ela PARA LOCAÇÃO DIREÇÃO: MARC WEBB ELENCO: JOSEPH GORDON-LEVITT, ZOOEY DESCHANEL DIVULGAÇÃO Diego Maradona estrela documentário produzido em 2008 por cineasta sérvio estávamos representando os mortos”, diz Maradona, referindo-se à Guerra das Malvinas. Outro momento de destaque é quando a equipe de Kusturica filma a chegada de Maradona à Nápoles, em 2005, onde defendeu o time da casa durante anos. Maradona pula, canta, transformando-se ele próprio em torcedor. Em entrevista a Kusturica, Maradona explica a euforia: “Fomos jogar contra a Juventus no estádio deles, em Turim. Fizemos seis. Sabe o que é uma equipe do Sul encaixar seis gols no time do advogado Agnelli (Giovanni Agnelli, um dos maiores acionistas da história da Fiat)? A infância pobre ao lado dos oito irmãos em Fiorito, Buenos Aires, os ideais políticos, as drogas e a Igreja Maradoniana, fundada na cidade de Rosário, também estão no curioso documentário de Kusturica. l SINOPSE: TOM HANSEN (JOSEPH GORDON-LEVITT) ESTÁ EM UMA REUNIÃO COM SEU CHEFE, VANCE (CLARK GREGG), QUANDO É APRESENTADO A SUMMER FINN (ZOOEY DESCHANEL). TOM FICA IMPRESSIONADO COM A BELEZA DE SUMMER. A CHANCE DE ENTRAR EM CONTATO COM A GAROTA SURGE QUANDO SEU MELHOR AMIGO O CONVIDA A IR EM UM KARAOKÊ. LÁ, TOM ENCONTRA SUMMER. ELES CANTAM E CONVERSAM SOBRE O AMOR, DANDO INÍCIO A UM RELACIONAMENTO. NA OCASIÃO DO LANÇAMENTO NOS CINEMAS, O FILME FOI CONSIDERADO PELA CRÍTICA COMO DIVERTIDO, VERDADEIRO E DELICIOSAMENTE SURPREENDENTE, POR PROMOVER COM COMPETÊNCIA UM OLHAR SOBRE A PAIXÃO, O NAMORO, O SEXO E A SEPARAÇÃO.