SESI e SENAI oferecem educação articulada para jovens SESI e

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SESI e SENAI oferecem educação articulada para jovens SESI e
Informativo do Serviço Social da Indústria - Departamento Nacional - Ano VIII - Agosto 2005 - Nº 77
FOTO: SESI/BAHIA
Formação
integral
SESI e SENAI oferecem educação
articulada para jovens
7
EDITORIAL
FOTO: YUUGI MAKIUCHI
Educação
Integrada
A globalização da economia
mudou a cara do mundo.
As fronteiras foram derrubadas pela nova ordem, a tecnologia produzida pelas nações
industrializadas passou a ser
disponível aos países em desenvolvimento. Universalizou-se a
crença na capacidade de utilização desses novos conhecimentos
como se a mão-de-obra desses
países tivesse condições imediatas de absorvê-los.
Constatamos, então, a grande
diferença entre a escolaridade do
trabalhador brasileiro e a dos nossos
vizinhos sul-americanos, para fazer
uma comparação mais simples, uma
vez que se passou a cogitar, com
muita ênfase, num bloco econômico
continental, o Mercosul.
O trabalhador argentino, uruguaio ou chileno tem o dobro da
escolaridade do brasileiro e de boa
escola. Como absorvermos essa tecnologia que nos invadia com uma
mão-de-obra tão despreparada?
Ampliamos, então, o nosso programa Educação de Jovens e Adultos, lançando, em 1998, um projeto
ambicioso que tem apresentado
nesses últimos anos, uma matrícula média de 900 mil alunos, no
Ensino Fundamental, reduzindo no
campo industrial os números negativos que já mencionamos.
Com o êxito desse projeto,
emergiu uma nova necessidade,
capacitar o trabalhador no aprendizado profissional, prepará-lo
para o mundo do conhecimento,
da tecnologia.
Assim, criamos um programa de educação integrada com
o SENAI, ministrando este a
formação profissional e o SESI
cuidando da educação básica,
simultaneamente, uma aliança
poderosa para possibilitar aos
jovens do Brasil melhor oportunidade de ingresso no mundo do
trabalho, como, também, para
proporcionar àqueles que lá já se
encontram, melhores condições
de crescimento profissional.
Com esse enfrentamento, que
vai se expandindo, aceleradamente, em todo o Brasil, vamos
reduzindo os efeitos negativos
da globalização da economia,
lançando no mercado de trabalho
uma nova geração de jovens capacitados adequadamente, para
os embates de um mundo cada
vez mais competitivo.
Rui Lima do Nascimento
Diretor-superintendente do SESI Nacional
Informativo do SESI - Serviço Social da Indústria - Ano 8, Nº 77, agosto 2005
Publicação mensal editada pela
Unidade de Comunicação Social
do Sistema CNI (UNICOM)
Serviço Social da Indústria (SESI)
Diretor Nacional: Armando Monteiro Neto
Diretor-superintendente: Rui Lima do Nascimento
Coordenador da UNICOM: Edgar Lisboa
Editor: Nelson Torreão
Editor-executivo: Edson Chaves Filho
Projeto e produção gráfica:
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Filiado à Aberje
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SESI, a marca da responsabilidade social
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VALORES
Questão de princípio
Com o objetivo de aprimorar
o relacionamento com clientes
e colaboradores, a Marisol, uma
das maiores indústrias de artigos de vestuário do Brasil, localizada em Jaraguá do Sul, interior de Santa Catarina, adotou
um código de ética elaborado a
partir dos valores e da cultura
da empresa. “O código foi criado
para reforçar a prática dos nossos valores, indicando as posturas mais adequadas no relacionamento com os públicos com
os quais interagimos”, justifica o
gerente de Recursos Humanos da
Marisol, Marcos Roberto Zick.
A iniciativa segue uma tendência internacional, e vem
cada vez mais sendo adotada
por empresas brasileiras que, a
exemplo da Marisol, têm recorrido ao serviço da Consultoria
em Responsabilidade Corporativa do SESI catarinense.
DESAFIOS
“A tendência começou em
São Paulo, nas filiais de companhias norte-americanas que
‘tropicalizaram’ esse hábito muito comum nos Estados Unidos”,
explica a consultora em Responsabilidade Corporativa do
Departamento Regional, Camila
Yamahaki. “O código de ética
formaliza e sistematiza a postura definida pela empresa quanto aos seus valores, permitindo
que o cliente conheça melhor o
fabricante de seus produtos e o
empregado saiba como proceder
de acordo com os valores da companhia”, esclarece.
Entre os itens mais freqüentes nos códigos de ética empresarial, a consultora destaca
o recebimento de presentes,
as relações entre chefias e
subordinados e o uso de equipamentos da corporação. “As
empresas se preocupam muito em definir parâmetros para
o recebimento de presentes e
têm demonstrado grande preocupação com o uso indevido de
seus equipamentos pelos colaboradores, como a utilização
do e-mail para passar mensagens não relacionadas à atividade profissional”, afirma.
O trabalho de elaboração do
código de ética na Marisol envolveu representantes de vários
setores da empresa. “O maior
desafio foi retratar nos textos
os valores da corporação com
a clareza e a objetividade necessárias, buscando o olhar dos
diversos grupos que irão
consultar o código”, diz
Zick. “O apoio do SESI foi
muito importante nesse
sentido”, acrescenta.
Além da transparência
e do foco nos resultados,
o código de ética da Marisol destaca, entre seus
princípios, a satisfação
do cliente, a cooperação
com os fornecedores e
com o desenvolvimento
das comunidades onde
mantém unidades de produção, além do respeito
ao meio ambiente.
Para facilitar o relacionamento com seus públicos, a empresa adotou
um endereço eletrônico
para receber dúvidas e
sugestões relativas aos
temas previstos no código de ética, que já está
disponível na internet
www.marisol.com.br
FOTOS: SESI/SANTA CATARINA
Consultoria do SESI ajuda Marisol
a elaborar código de ética corporativo
No alto, Camila: código formaliza a postura. Acima, Zick: o
maior desafio foi refletir todos os grupos do público-alvo
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REGIONAL
Saúde e renda no prato
FOTOS: FÁBIO PINA
Programa Cozinha Brasil faz sucesso no Pará
e é um dos mais procurados pelas empresas
Unidade móvel do programa:
vagas agora só em 2006
Três meses após seu lançamento oficial no Pará, o programa Cozinha Brasil é um dos mais
solicitados ao SESI pelas empresas do Estado. Distribuídas em
84 turmas, 2,7 mil pessoas passaram pelo curso de educação
alimentar. A agenda do programa está lotada até o fim deste
ano e as empresas interessadas
Arlene: o curso é uma forma de
qualificação profissional
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só poderão levar a unidade móvel às suas fábricas para ministrar o curso em 2006.
“Nossa unidade móvel tem
destino programado até 16 de
dezembro”, informa Suely Linhares, gerente de Relações
com o Mercado. As empresas,
segundo Suely, encontraram no
Cozinha Brasil uma boa oportunidade de estimular a reeducação alimentar dos funcionários
e contribuir para melhorar a
qualidade de vida de seus familiares e moradores das comunidades vizinhas às fábricas.
Mais do que isso, algumas
empresas viram no programa
uma alternativa para elevar a
renda do trabalhador e oferecerlhe capacitação profissional.
“Algumas esposas de funcionários e moradoras das comunidades são empregadas domésticas
e o aprendizado no curso é uma
forma de qualificação profissional”, diz Arlene Sousa Dualibe,
assistente social da Fábrica de
Papel da Amazônia (Facepa),
com 610 trabalhadores no Pará.
“Esse diferencial elas podem
usar na hora de procurar um
emprego ou de elevar a remuneração”, acrescenta.
PIONEIRISMO
A Facepa foi uma das primeiras a levar a unidade móvel
do Cozinha Brasil para a fábrica.
A idéia da empresa era realizar
uma etapa de cursos com três
turmas de 30 alunos. “Mas a
demanda foi tão grande que tivemos de fazer em duas etapas
de três turmas com 30 alunos
cada”, afirma Arlene.
O programa, de acordo com
a assistente social, vai ao encontro do interesse da empresa
de promover a saúde do trabalhador. “Além de ensinar a comer melhor por menor custo, o
Cozinha Brasil permite maior conhecimento da composição dos
Oneida: empregado bem alimentado é mais
saudável e economiza com remédios
alimentos, ensina a importância
da higiene e a manipulação da
comida”, diz. Um dos resultados práticos para a empresa é
a redução do absenteísmo (ausência habitual ao emprego),
segundo Arlene. “Trabalhadores
mais saudáveis faltam menos ao
trabalho e isso já foi observado
na fábrica”, conclui.
Empregados, como Oneida
Costa da Silva, auxiliar de enfermagem há 10 anos na Facepa, aplicam no dia-a-dia o que
aprenderam no Cozinha Brasil.
“Já fiz suco de macaxeira, que é
muito rico em vitaminas, e passei a utilizar mais soja na alimentação de meu bebê”, conta. Para
Oneida, o conteúdo do curso é
interessante para o trabalhador.
“É importante que as empresas
levem esses cursos para a fábrica porque o empregado que se
alimenta direito é mais saudável
e gasta menos com remédios e
médicos”, comenta.
ESTRATÉGIA
A procura pelo programa é
resultado também da estratégia
de negócios do novo superintendente do SESI Pará, José Olímpio
Bastos. Para conhecer os centros
de atividades (CATs) no Estado
e apresentar os programas do
SESI às empresas paraenses,
Bastos tem percorrido as regiões industriais do Pará. “Vários
objetivos estão reunidos nesse
trabalho, mas podemos destacar dois: conhecer a situação de
cada CAT e sentir nos empresários a receptividade aos nossos
programas. Quero verificar se o
SESI está cumprindo com o papel de melhorar a qualidade de
vida do trabalhador para poder
implementar novas ações”, afirma o superintendente.
A direção da MGM Madeira
decidiu levar a unidade móvel do
Cozinha Brasil para os 400 empregados da fábrica após assistir a uma apresentação sobre os
programas do SESI. “Percebemos
Acima, Bastos e
Remor: a importância
do contato direto do
superintendente para
divulgar serviços do
SESI. Ao lado, Maria
do Carmo, secretáriaexecutiva: o programa
atraiu funcionários
de todas as
camadas sociais
que era uma oportunidade de
oferecer um benefício a mais
para os empregados e seus familiares”, diz o gerente de exportação, Marcelo Remor.
O resultado superou as expectativas. A empresa organizou três turmas de 30 alunos
cada. “Tivemos uma demanda
muito maior do que o número
de vagas oferecidas”, constata. O programa, segundo ele,
trouxe benefícios também para
a população da comunidade
vizinha à fábrica. “A empresa
fica a cerca de 30 quilômetros
de Belém e há uma população
carente para a qual o aproveitamento total dos alimentos é
muito importante”, observa.
No entanto, em todos os locais por onde passou, a unidade
móvel do Cozinha Brasil e o curso de educação alimentar atraíram pessoas de todas as faixas
sociais. “Achei excelentes as
dicas de aproveitamento de ali-
mentos, em especial por causa
dos benefícios que isso pode
trazer para a nossa saúde”, diz
Maria do Carmo Gomes, secretária-executiva da MGM.
Pesquisa realizada entre 261
participantes do curso nos municípios de Belém, Ananindeua
e Marituba confirma a aprovação
do programa. Do total de entrevistados, 95% informaram usar
no dia-a-dia os aprendizados do
curso, como adquirir legumes com
folhas, talos e ramas e utilizar as
cascas das frutas e dos legumes.
Um percentual de 96,5% informou
que preparava em casa as receitas
apresentadas e 88,5% revelou que
reduziu as despesas com alimentação após participar do curso.
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ENTREVISTA
Em nova fase
“As empresas começam a enxergar o SESI de outra forma. Já começamos a
fechar negócios, parcerias e aumentar a participação em nossos programas”
José Olímpio Bastos, superintendente do SESI Pará
FOTO: FÁBIO PINA
Jornal SESI Nacional - O senhor assumiu o cargo há poucos meses. Como via e como vê
hoje a atuação do SESI Pará?
José Olímpio Bastos - Eu
via o trabalho do SESI como
um cidadão. Mas agora que estou há 90 dias aqui, consigo
ver, com clareza, que a instituição investe na responsabilidade social, melhorando a
qualidade de vida dos industriários para que possam melhorar sua produtividade.
SN - Quais conceitos devem
marcar sua administração?
Bastos - Com a busca constante da consciência do que se
está fazendo, do ascensorista
à superintendência. Depois,
com a idéia de utilizar todas as ferramentas na sistematização de processos, visando resultados de acordo com
as metas propostas.
SN - Quais são os planos e prioridades estabelecidos
para o Regional?
Bastos – Pretendemos melhorar a comunicação para
atender à prioridade de entender o mercado como um todo.
Todas as gerências estão buscando isso nos municípios
onde atuamos. Queremos qualificar tanto o fluxo de informação como a maneira de informar. E, como conseqüência,
dinamizar o trabalho do SESI Pará.
SN - O senhor adotou a estratégia de visitar empresas e, em algumas ocasiões, reunir um grupo delas para
apresentar os programas do SESI. Por que a opção por
essa estratégia?
Bastos - Se não sabemos com quem vamos atuar, fica
difícil fazer o trabalho. Como pretendemos aprofundar o
relacionamento com o mercado, precisamos conhecer os
empresários, quem trabalha nas empresas. No Pará, essa
aproximação é ainda mais importante devido ao tamanho
do Estado, às distâncias e à diversidade.
SN - Qual está sendo o resultado desse trabalho?
Bastos - As empresas começam a enxergar o SESI de
outra forma. Nas visitas, já começamos a fechar negócios,
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parcerias e aumentar a participação em nossos programas.
SN - Quais áreas no Estado
o senhor considera que mais
necessitam da ajuda das ações
do SESI?
Bastos - Em relação a prioridades, eu citaria a saúde e a
educação, que enfrentam problemas sérios no Pará e o SESI
tem como atender às demandas.
SN - O programa Cozinha
Brasil está sendo muito procurado no Pará. A que pode ser
atribuído isso?
Bastos - À seriedade dos
profissionais que desenvolvem o
programa no Pará e à certeza dos
bons resultados. A divulgação
tem contribuído, não só pela mídia, mas também pelas pessoas que comentam a qualidade
do programa. No Pará, um Estado tão grande, onde se têm
casos de fome, má alimentação, um programa que vai onde
o problema está se torna realmente interessante.
SN - No Pará, o programa tem sido considerado uma
forma alternativa de qualificação profissional, que pode
contribuir para gerar ou melhorar a renda familiar. Esse
objetivo estava previsto?
Bastos - Realmente temos verificado casos, não previstos, de pessoas que enxergam no aprendizado proposto pelo Cozinha Brasil uma alternativa de produzir, de se
tornar um pequeno empreendedor com a utilização das
técnicas ensinadas no curso. Apesar de não prevermos,
isso nos alegra e nos incentiva a continuar o trabalho.
SN - Além do Cozinha Brasil, quais são os programas que mais têm despertado o interesse das indústrias do Pará?
Bastos - Destacamos o Educação do Trabalhador e os
programas de lazer, porque o empresariado local tem se
conscientizado da importância de investir na qualidade
de vida do trabalhador também fora das companhias,
como parte da responsabilidade social empresarial. Mas
também temos uma procura grande pelo Saúde e Segurança no Trabalho.
PARCERIA
Ação articulada
Juntos, SESI e SENAI oferecem programas
de educação básica e profissional para jovens
alunos, como em Pernambuco,
onde quase 5 mil jovens de 14 a
16 anos disputaram no ano passado as 542 vagas disponíveis
no Estado. “Tivemos de fazer um
minivestibular para preencher as
vagas oferecidas em sete unidades de ensino porque o número
de inscritos era muito elevado”,
relata Isabel Cristina Xavier de
Albuquerque, analista em Educação. A grande demanda pelos
cursos está na marca SESI/SENAI,
garantia de qualidade do ensino,
diz ela. “São duas instituições
com muita credibilidade em suas
áreas de trabalho”, explica.
Além do aprendizado completo em sala de aula, a partir
do segundo ano os alunos iniciam estágios em empresas par-
ceiras. “Essa é uma oportunidade maravilhosa à qual nunca
teria acesso se não fosse esse
programa”, diz a estudante pernambucana Shislayne Aline Rodrigues da Silva, de 16 anos. O
pai, ambulante, e a mãe, agente
de saúde, não têm condições financeiras para pagar um curso
profissionalizante ou uma faculdade. Aluna do segundo ano do
curso de vestuário, Shislayne já
é estagiária em uma indústria
de confecção. “Meu contrato
com a empresa vai até o fim do
próximo ano”, comemora.
Os alunos pernambucanos
podem optar por cursos de vestuário, eletromecânica, telecomunicações, eletrotécnica, têxtil, alimentos e refrigeração.
FOTO: SESI/MINAS GERAIS
Um projeto de cidadania
que leva a marca SESI/SENAI
permite a alunos de diversas regiões do País concluir,
simultaneamente, o ensino
médio e o curso técnico. Para
oferecer essa educação completa, que pode melhorar as
perspectivas dos estudantes
no mercado de trabalho, as
duas instituições uniram forças no programa Formação Integral do Trabalhador: Educação Básica do SESI Articulada
com a Educação Profissional do
SENAI, em expansão em todo
o território nacional.
A experiência do SESI em
educação básica e do SENAI em
ensino profissionalizante industrial tem atraído milhares de
Estudantes de Minas Gerais garantem entrada imediata no mercado de trabalho após os cursos
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FOTOS: MILENA LIMA
PARCERIA
Acima, Shislayne:
estágio é a grande
oportunidade. À
esquerda, Isabel:
com grande número
de candidatos,
o vestibular foi
obrigatório
“Em cada região, os cursos
são planejados de acordo com
a clientela e as necessidades
diferenciadas”, explica Goretti
Pinho, gerente de Educação de
Jovens e Adultos do Departamento Nacional. A proposta de
articulação do ensino médio com
a educação profissional já existe
no sistema SESI desde 1999, por
meio de workshops e reuniões,
como o Encontro Técnico Nacional realizado em novembro do
ano passado, em Brasília.
“Um dos objetivos dessa
parceria é elevar a escolaridade
básica da força de trabalho para
permitir a ascensão social, o
exercício da cidadania e a inserção produtiva”, afirma Goretti.
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Para Regina Torres, diretora
de Operações do SENAI, essa
linha de atuação das duas entidades apresenta um grande diferencial porque reúne competências em educação básica e
na educação profissionalizante,
oferecendo uma oportunidade
inigualável. “O aluno recebe
dois diplomas, conclui a escolarização e adquire competências específicas para o mercado
de trabalho”, diz.
A expectativa, ela diz, é de
crescimento da demanda tanto
por parte das empresas como
dos trabalhadores, pelo programa ser inovador no sistema brasileiro de educação, e pode ser
a grande solução para melhorar
a qualidade do ensino médio.
A diretora lembrou que os professores das duas instituições
se submeteram a um importante
processo de capacitação específica para a atuação de forma articulada. “Não houve simplesmente
uma soma de competências,
mas a construção conjunta de
um trabalho.” O SENAI, informa,
oferece mais de 30 cursos profissionalizantes diferentes em
todo o País e esse número pode
ser ampliado de acordo com as
necessidades das empresas.
Neste ano, o programa atenderá 3,1 mil alunos da Bahia, do
Rio de Janeiro, de Minas Gerais,
de Pernambuco e do Maranhão.
A tendência, prevê a gerente, é
a adesão ao programa de outros
Estados. “Mais 15 departamentos regionais já apresentaram
interesse na proposta”, informa. A expectativa é que até o
próximo ano o programa esteja
abrangendo pelo menos 20 departamentos regionais.
PIONEIRISMO
O Rio de Janeiro foi um dos
primeiros a adotar a idéia. A educação básica e profissional articulada foi introduzida no programa SESI Educação de Jovens
e Adultos fluminense em 2001.
Neste ano, como projeto piloto, foi adotado no ensino médio
regular em uma das escolas da
instituição. “A expectativa é estender às demais unidades”, prevê a gerente de Educação Básica,
Hosana Cavalcante Meireles. Nas
três escolas, o SESI-RJ mantém
no programa 358 alunos.
Cursos de hardware e cabeamento de redes, eletrônica, mecânica e segurança no trabalho
são ministrados em três unidades de ensino no Rio de Janeiro: Benfica, Paciência e Caxias.
“Benfica e Paciência são bairros
localizados em regiões que concentram populações de baixa
renda e os cursos, além de seus
objetivos, pelas relações que
em 2000, já funcionava como
proposta piloto. Um estudo
desenvolvido pela gerente do
programa de articulação do
Regional baiano, Cristina Andrade, mostra a satisfação de
alunos e da indústria com os
resultados da iniciativa.
Pesquisa realizada no final
do ano passado, como parte
de uma tese de mestrado em
Administração
Estratégica,
na Universidade de Salvador,
pela própria Cristina, avaliou o grau de satisfação de
20 empresas nas quais alunos
egressos do programa foram
inseridos: “95% dos entrevistados estavam satisfeitos com
o desempenho dos jovens empregados”, revela a gerente.
Entre os alunos, identificou-se
satisfação geral, principalmente porque o programa proporcionou complementação de
renda para as famílias e facilitou, em alguns casos, o ingresso no ensino superior.
FOTO: MIGUEL ÂNGELO
GRANDES EMPRESAS
Cursos de mecatrônica, refrigeração e condicionamento
de ar, movelaria, vestuário, alimentos, fabricação com ênfase
em mecânica e plástico e proFOTO: SESI/BAHIA
FOTO: MIGUEL ÂNGELO
que eu faça faculdade
de Comunicação, como
planejo, o que aprendi aqui vai me ajudar
muito”, afirma.
Nas unidades de
Benfica e Paciência,
onde a maioria dos
alunos tem entre 16 e
18 anos, são ministrados cursos de hardware, eletrônica e cabeamento de redes. Aluno
do curso de mecânica
da unidade de Paciência, Rodrigo Carvalho
já sabe onde fará seu
estágio. “Pedi estágio
Regina: essa iniciativa pode
em uma fábrica de caser a grande solução para
talisadores onde trabamelhorar o ensino médio
lha um amigo”, conta.
Na unidade de enestabeleceram entre a insti- sino de Caxias, a opção é segutuição e o público, ajudaram a rança do trabalho. “Idealizamos
melhorar a imagem da comuni- esse curso para alunos mais vedade”, afirma Hosana.
lhos e experientes, que pretenBoa parte dos alunos, ex- dem utilizá-lo para mudar de área
plica, é proveniente de outras ou obter ascensão profissional nas
regiões do Estado. “Com a cir- empresas nas quais atuam”, expliculação de pessoas de outras ca Hosana. Por isso, os alunos de
áreas, essas unidades, em es- Caxias são, na maioria, pessoas
pecial Benfica, melhoraram sua com mais de 30 anos.
imagem e ganharam maior visiAntes mesmo do Rio, a
bilidade”, acrescenta.
Bahia também saiu na frente
Aluno em Benfica do tercei- na adesão ao programa que,
ro período de hardware,
Rodrigo Balbi, 18 anos,
diz que uma das vantagens do curso é poder
concluir o segundo grau
mais rapidamente e ainda
obter diploma profissionalizante. O aluno já faz
estágio em uma empresa
de informática. “Mesmo
À direita, Goretti:
elevar escolaridade
para permitir
ascensão social.
Ao lado, Cristina:
para tese de mestrado
pesquisou satisfação
das empresas
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FOTO: SESI/BAHIA
PARCERIA
Moura: depois de escolher mecatrônica por curiosidade, conquistou emprego em multinacional
cessos industriais são oferecidos a 1,1 mil jovens baianos.
“No início, não tinha muito idéia
do que era mecatrônica, escolhi por curiosidade, mas com
o trabalho meu conhecimento
ampliou bastante”, diz Marcos
Souza Moura, de 20 anos, aluno
da turma piloto do programa.
Depois da conclusão do curso,
Moura passou por empresas de
grande porte, como Coca-Cola,
e atualmente trabalha na Saga
Nordeste, especializada em automação industrial.
Tiago dos Santos, formado no
curso de processos industriais,
é um exemplo do que revela a
pesquisa. “Não vim de família
rica, não teria como pagar a
faculdade”, afirma o jovem, que
pretende financiar os estudos
superiores com o salário do estágio. Sua renda e a do padrasto
aposentado ajudam a sustentar
a família, formada ainda pela
mãe e mais três irmãos. “O curso
me deu uma boa perspectiva de
vida”, acrescenta.
Corporações multinacionais
também oferecem estágios
aos alunos do programa. Maria
Fernanda de Oliveira (foto da
capa), aluna do curso de me10
catrônica, estagia na unidade
baiana da Bosch, onde atua na
supervisão da casa de máquinas. Esta, segundo a aluna, é
uma oportunidade de conhecer
todo o processo de produção em
uma grande fábrica.
Entre os alunos que passaram pelo estágio na Bosch, seis
foram efetivados. “Esse programa é sensacional”, diz Hilário da
Silva, superintendente de Manutenção e Instalação da empresa,
responsável pelas contratações.
“Os alunos chegam muito capacitados na parte técnica e fica
fácil depois moldá-los de acordo
com a cultura da empresa. Cursos como esses têm de ser incentivados”, acrescenta.
Plínio Thiers, consultor em
formação de profissionais de
nível técnico da Millenium, fabricante de pigmentos com 500
empregados, compartilha da
mesma opinião. “O Brasil precisa
de investimentos como esse em
educação do segundo grau”, afirma. Sempre que precisa de mãode-obra técnica qualificada, o
consultor recorre aos egressos
do programa SESI/SENAI. “Conheço a seriedade do curso, que
é ministrado com profundidade e
temos certeza de que as pessoas
saem capacitadas”, afirma.
FAIXA ETÁRIA
A tendência é de ampliação
do programa no Estado, prevê
Cristina, gerente do programa
na Bahia. “Cursos profissionalizantes como esse ganharam
estímulo com a Lei Complementar 154 e com a Medida
Provisória 251, promulgada em
junho deste ano, que trazem
incentivos do Governo Federal
aos cursos profissionalizantes”,
observa. Uma das novidades
positivas, cita a gerente, é a
ampliação da idade do aprendiz
de 14 a 18 anos, prevista anteriormente, para 14 a 24 anos,
determinada pela Medida Provisória. “Os jovens terão um prazo
maior para concluir o curso profissionalizante”, observa.
Em Minas Gerais, a parceria
entre o SESI e o SENAI foi também implantada em 2001. Em 17
unidades de ensino, os alunos
mineiros podem optar pelos cursos de telecomunicações, biotecnologia, mecânica, designer
gráfico, eletrônica, mecânica automobilística, microinformática
e informática industrial.
FOTO: SESI/MARANHÃO
Segundo a consultora Andréa
Lagrota Magnavacca, pesquisas
anuais realizadas entre egressos dos cursos revelam que boa
parte deles obtém a inserção
no mercado de trabalho logo
após seu término. “Outros foram aprovados em vestibulares
de diversas faculdades, sem a
necessidade de freqüentar cursinhos preparatórios”, afirma.
No Maranhão, o programa,
ainda em fase piloto, oferece a
uma turma de 40 alunos cursos
na área de tecnologia industrial
com especialização em eletroeletrônica e manutenção de mecânica industrial. “O curso possibilitará ao aluno uma trajetória
formativa contínua e racional,
que propiciará habilitação profissional de nível médio, atualizada
e compatível com as exigências
do mercado de trabalho”, diz
Vanda Marli dos Santos, gerente
de Educação do SESI/SENAI.
Para a aluna do curso de eletroeletrônica Isabela Costa dos
Santos, de 16 anos, o programa
é um impulso para a faculdade
de engenharia elétrica. “Achei
o programa muito interessante
porque já comecei a me familiarizar com o que vou aprender
na faculdade”, comenta. Para
atender às necessidades do programa, o Maranhão treinou e capacitou 30 técnicos e docentes.
“A capacitação incluiu as especificidades de um novo modelo de
educação, que tem como característica a formação por competências”, explica a gerente.
Neste ano, o programa Formação Integral do Trabalhador:
Educação Básica do SESI Articulada com a Educação Profissional
do SENAI passa por um processo
de disseminação, segundo Goretti. Assessorar sua introdução nos
departamentos regionais interessados, incluir o tema empreende-
Vanda: curso formará alunos com alta qualificação
dorismo no currículo dos cursos,
capacitar equipes de professores
e gestores, mais a realização do
2o Encontro Técnico Nacional, nos
dias 26, 27 e 28 de setembro, em
Salvador, são algumas das ações
previstas para 2005.
Balanço positivo para a Educação
Nos últimos seis anos, quase 5,5 milhões de pessoas se
beneficiaram com o programa
SESI Educação do Trabalhador.
Desde 2003, o SESI é o
principal parceiro do Ministério
da Educação (MEC) no programa Por um Brasil Alfabetizado,
aderindo à meta oficial se comprometeu a ensinar 2 milhões
de brasileiros a ler e a escrever
até 2006. No primeiro ano do
programa SESI Por um Brasil
Alfabetizado, 300 mil alunos se
formaram e, em 2005, esse número subirá para 600 mil.
Em agosto, dois eventos foram destaques em Pernambuco.
No dia 1º, a segunda festa de
formatura dos alunos do Regional, que contou com a participação de Armando Monteiro Neto,
presidente da CNI, e, durante a
primeira semana do mês, foi realizado o III Encontro Nacional
do Programa SESI Por um Brasil Alfabetizado, reunindo profissionais
de todos os DRs, para avaliar resultados, discutir ações e definir
metas para a iniciativa. Presentes, além de grande número de
autoridades, na foto, da
esquerda para a direita:
Timothy Ireland, diretor
do MEC; Eliane Martins,
coordenadora nacional
do programa; Jucineide
Andrade, do DR-PE; Mariana Raposo, diretora
de Operações do DN; e
Ernane Aguiar, superintendente do Regional
pernambucano. Um dos
desafios identificados no
encontro foi a necessidade de ampliar o atendimento do programa às
pessoas portadoras de
necessidades especiais.
“Já alfabetizamos pes-
soas com necessidades especiais,
mas nossa meta é aumentar o número de beneficiados, dedicando
maior atenção a eles”, destaca
Eliane Martins, coordenadora nacional do programa.
FOTO: MILENA VASCONCELOS
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PREVENÇÃO
Dentista na escola
FOTOS: SESI/MINAS GERAIS
Programa oferece serviço de saúde bucal às
crianças em Minas Gerais
Acima, atendimento em
consultório instalado
na escola. À esquerda,
aula de escovação
Lançado neste ano pelo Departamento Regional mineiro, o
SESI Odontovida Escolar já beneficia 7,1 mil alunos de 13 escolas
da rede de ensino do SESI no
Estado. Já no primeiro semestre,
os resultados da iniciativa foram
tão positivos que os responsáveis
pelo programa planejam atender
no próximo ano 12 mil alunos de
todas as escolas da rede.
A expectativa é que, até
2010, 90% das crianças da instituição já dispensem tratamento
dentário, afirma a cirurgiã-den12
tista Mônica Beatriz da Silva,
coordenadora do programa. Essa
previsão tem como base o trabalho que vem sendo feito no Regional e o levantamento epidemiológico realizado em fevereiro
e março, com aproximadamente
6,5 mil alunos do SESI.
EXPECTATIVA
A pesquisa, realizada com o
objetivo de colher informações
sobre as condições de saúde bucal de cada criança e definir os
devidos tratamentos, mostrou
que 83% delas estavam livres de
cáries e 17% dos alunos examinados apresentavam necessidade
de tratamento. “Consideramos
um ótimo resultado e acredita-
mos estar no caminho certo para
alcançar a meta estabelecida até
2010”, diz Mônica.
O SESI Odontovida Escolar
presta aos alunos atendimentos
básicos tanto nos consultórios
do programa, que funcionam nas
escolas, como em unidades móveis que vão para colégios que
não dispõem de consultórios.
Os tratamentos especializados,
como endodontia, odontopediatria, periodontia, prótese e ortodontia, quando necessários, são
encaminhados aos profissionais
da rede credenciada do SESI,
próximos das escolas.
“O principal objetivo do programa e a nossa maior expectativa é colaborar para a formação de
uma geração mais saudável, livre
de cárie e muito mais educada em
relação à saúde como um todo”,
afirma a coordenadora.
O programa prevê ainda uma
série de ações de caráter educativo nas escolas, durante todo o
ano, como oficina de escovação
orientada; distribuição de kits
de higiene bucal; técnica de demonstração da placa bacteriana;
teatro de fantoches; concurso de
redação; orientação aos pais e
exposição de painéis com desenhos feitos pelas crianças, entre
outras iniciativas. “Essas atividades são fundamentais para
complementar o programa”, observa o gerente de Saúde do Regional, Fernando Coelho Neto.
Além de melhorar a saúde
bucal, o SESI Odontovida Escolar,
segundo Mônica, tem contribuído para o desenvolvimento das
crianças, elevando o rendimento escolar e, ainda, para a diminuição dos índices de evasão e
de repetência.
ESPETÁCULO
FOTOS: JOSÉ PAULO LACERDA
Arte universal
Temporada do festival itinerante de teatro
de bonecos começa em Brasília
A segunda edição do festival
itinerante SESI Bonecos do Brasil
e do Mundo estreou no dia 2 de
agosto, no Teatro Plínio Marcos,
em Brasília. O projeto é uma iniciativa do Instituto Brasileiro
de Comunicação Cristã (Inbrac),
com o patrocínio do SESI. A dupla peruana Hugo & Ines abriu o
evento com o espetáculo Cuentos Pequeños.
No Distrito Federal, o festival apresentou sua fase internacional e, até o dia 7, teve
participação de oito companhias brasileiras e cinco estrangeiras. Representaram o Brasil
a Cia. de Bonecos, de Santa
Catarina; Contadores de Estórias, do Rio de Janeiro; Mestre
Chico de Daniel, do Rio Grande
do Norte; Trucks, de São Paulo;
Mestre Zé de Vina, Cordel do
Fogo Encantado e Bonecos Gigantes, de Pernambuco; e Ma-
mulengo Presepada, de Brasília.
Os grupos estrangeiros vieram
da China, Yang Fai; da Espanha,
Jordi Bertran; da Argentina,
El Chonchón; do Peru, a dupla
Hugo & Ines; e da Hungria, a
companhia Mikropódium.
EM CINCO ESTADOS
Na fase nacional, denominada SESI Bonecos do Brasil, o
festival itinerante percorrerá os
Estados de Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Tocantins
e Espírito Santo, encerrando a
temporada em 18 de setembro.
Na primeira edição do projeto,
no ano passado, as apresentações foram apenas nos Estados
do Nordeste. Em todas as loca-
Alegria das crianças
Na tarde de 3 de agosto, András Lénárt, do Mikropódium, fez uma apresentação extra especialmente
para as crianças internadas na ala de queimados do
Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília. O artista
teve como parceira uma boneca bailarina de apenas
16 centímetros, que fazia dançar nas mãos das crianças. Foi um trabalho delicado e funcionou como um
tipo muito especial de analgésico, comentou Helena
Barbosa de Miranda, mãe de um dos pequenos pacientes do hospital. A médica Maria Clara Martins do Vale,
chefe da Unidade de Pediatria, ressaltou a importância da iniciativa, já que, como disse, a alegria ativa o
sistema imunológico, colaborando para o tratamento
e recuperação das crianças.
lidades, os espetáculos são realizados em praças públicas com
infra-estrutura necessária também para abrigar os eventos paralelos, como feira de produtos,
exposição de bonecos, oficinas
de criação e até um espaço do
Projeto Lambe-lambe, para que
o público possa fazer fotos com
os bonecos para recordação.
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CIRCUITO
Integração
O time feminino da empresa JCAF, de Roraima, conquistou o primeiro lugar na categoria do Campeonato
Mundial de Vôlei de Praia, promovido pela Confederação Esportiva Internacional do Trabalho (CSIT), em
Lisboa, Portugal. A equipe da JCAF (foto) é integrada
pelas atletas Elizangela Silva, Ozenildes Silva, Patrícia
Carvalho e Adriana Melo. O técnico é José Carlos Dias.
A equipe masculina da Sadia, de Toledo, no Paraná,
formada por Marcos Bonfim, Hector Oliveira, Alberto
Neto, Artur Boscarioli Silva e o técnico Marcos Assunção, conquistou a terceira posição do mesmo campeonato, na categoria masculina.
No Campeonato de Voleibol, promovido pela CSIT
em Albena, na Bulgária, a equipe masculina, da Companhia Vale do Rio Doce, do Maranhão, conquistou a
8ª colocação. No Campeonato de Xadrez, da mesma
CSIT e promovido também em Portugal, José Jorge
Carvalho, dos Correios, do Rio de Janeiro, conquistou o 3º lugar.
O Departamento Regional de
Santa Catarina reuniu durante
dois dias, em Blumenau, cerca de
500 dos seus funcionários (foto)
para a final da primeira edição dos
Jogos de Integração do SESI (JISESI), realizada em 25 de junho.
A proposta do JISESI é promover
FOTO: SESI/RORAIMA
FOTO: SESI/SANTA CATARINA
Vencedores
a integração do corpo funcional
no Estado por meio do esporte e
reforçar valores importantes para
a instituição, adotando internamente o mesmo princípio que
oferece às empresas clientes: o
esporte como ferramenta para
motivar a equipe.
FOTO: SESI/ALAGOAS
Cinema no local
de trabalho
Novo cliente
O SESI assinou contrato com a Brasil Telecom
para prestar serviços do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) em 12 Estados
– Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Roraima, Acre, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais
– e no Distrito Federal. O PCMSO realiza levantamentos e diagnósticos precoces de riscos à saúde
dos trabalhadores e faz prevenção contra ameaças
ambientais. No total, serão atendidos 6,2 mil empregados da Brasil Telecom, informa Sylvia Yano, da
Unidade de Saúde e Segurança do Trabalho do DN.
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A Norvinco, em Alagoas
(foto), foi a primeira empresa
a receber o projeto SESI Cinema
na Empresa, cujo objetivo é levar
entretenimento às fábricas, vi-
sando contribuir para a ampliação do universo cultural dos trabalhadores. A estréia do projeto
foi com o filme O Último Samurai, estrelado por Tom Cruise.
Promovendo a
inclusão social
FOTO: SESI/RIO GRANDE DO SUL
FOTO: LUMIAR-AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA
Cinema na praça
Começou em 5 de agosto, no
interior de Pernambuco (foto),
a quarta edição do projeto Cine
SESI Cultural no Estado. O projeto promove até três sessões de
cinema, a cada noite, nos finais
de semana, em praças públicas
de 14 municípios, selecionados
entre os que têm entre 15 mil e
100 mil habitantes. Estão programados para apresentação os
filmes Lisbela e o Prisioneiro,
Narradores de Javé e Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban,
além de curtas-metragens.
Na Paraíba, o projeto Cine
SESI Cultural tem parceria da
empresa Aliança Comunicação
e também será levado para 14
municípios do Alto Sertão, no
interior do Estado, entre os meses de agosto e novembro.
FOTO: SESI/MINAS GERAIS
Educação musical
O Coral Sesinho (foto) é a
nova atração em Uberlândia:
formado por 40 alunos de 7 a 11
anos de idade, selecionados entre 200 estudantes das escolas
do SESI de Mansour e Gravatás, o
grupo surpreende pelo empenho
nos ensaios e pela emoção que
já consegue transmitir nas apresentações, diz o regente Ângelo
Marques Nascimento. Para Cárita
Ferreira, gerente da unidade de
Mansour e idealizadora do coral,
“as crianças estão descobrindo
na música uma nova forma de
ver e interpretar a vida”.
No Rio Grande do Sul, o Grupo Bettanin é
o novo parceiro do projeto Novos Horizontes,
que tem como objetivo promover a inclusão social por meio de ações para formação pessoal e
profissional de adolescentes (foto), em cursos
com duração de 11 meses.
Pela parceria, a empresa oferece vale-transporte e lanche aos alunos do município de Esteio, abrindo possibilidade de emprego ao final
do curso em uma de suas unidades industriais
promovendo a sociabilização desses jovens e o
ingresso no mercado de trabalho.
O projeto, desenvolvido em conjunto pelos
departamentos regionais do SESI e do SENAI,
já está implantado em 29 municípios gaúchos.
Ao SESI cabem as ações de reforço escolar,
empreendedorismo, noções básicas de higiene
e saúde, prevenção ao uso de drogas, orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis,
prevenção de acidentes no trânsito e no trabalho, noções de primeiros socorros, educação
física, atividades artísticas e culturais. O SENAI oferece aulas de matemática básica, desenho, informática, noções de qualidade técnica
ambiental, de matérias-primas, tecnologia de
injeção, tecnologia de moldes, periféricos de
injeção, manutenção, atividades operacionais,
complementação da educação profissional, higiene, segurança e saúde no trabalho.
Nilton Luiz Vieira, gerente de Recursos Humanos do Grupo Bettanin, explica que o apoio
ao projeto é também uma maneira de qualificar mão-de-obra operacional para o mercado
de trabalho.
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ESPAÇO INTEGRADO
IEL
SENAI
Todas as agências do Citibank na América Latina usam
software criado pela empresa brasileira Eversystem. A
filial brasileira do banco levou a solução para a matriz,
que, depois de submetê-lo aos mais severos testes, decidiu adotá-lo. A demanda internacional por software abre
oportunidades para o Brasil participar de um setor que
movimenta US$ 1 trilhão e cresce 30% ao ano.
Mesmo com competência e mercado favorável, o País
não tem empresas com o porte necessário, nem capacidade de formação de mão-de-obra qualificada em quantidade suficiente para que o setor possa se desenvolver.
Há também problemas de ordem fiscal, sendo urgente a
criação de condições favoráveis para a expansão desse
segmento e a implantação de uma estratégia de marketing
de âmbito internacional. Unir esforços é essencial para
consolidar o setor, fragmentado em cerca de 20 mil empresas, a maioria com menos de 10 funcionários.
O IEL vem usando sua experiência para fortalecer os
arranjos produtivos locais (APLs) e impulsionar o setor,
com destaque para dois projetos: o Farol Digital, na Paraíba, e o Condomínio Digital, na Bahia.
O projeto paraibano foi lançado em maio e deve expandir o APL de tecnologia da informação (TI) no Estado,
com suporte a novos empreendedores. Com orçamento de
R$ 3,27 milhões, o projeto reúne 12 parceiros, que implantarão 15 ações para capacitar gestores, melhorar produtos, ampliar o acesso aos mercados e aumentar em 10%
o volume de vendas.
Na Bahia, o IEL participa junto com outras instituições
do projeto Condomínio Digital, que fará de um edifício com
20 mil metros quadrados um centro de apoio a empresas
de software. O condomínio deverá estar pronto no final
de 2006 e abrigará 80 empresas, incubadora, minicentro
de convenções, minishopping, projetos de inclusão digital,
além de instituições de ensino e pesquisa.
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Programas de responsabilidade social e capacitação técnica são executados, já há alguns anos, em
parceria pelo SENAI e pela
Petrobras para capacitar e
qualificar mão-de-obra, com
o objetivo de contribuir para
geração de emprego e renda
em nove Estados brasileiros:
Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de
Janeiro (foto), Rio Grande
do Sul, São Paulo e Sergipe.
Agora, a estatal e o SENAI
começam a trabalhar juntos também na qualificação
de pessoal para as áreas de
saúde, meio ambiente e segurança da Petrobras.
Em 2002, o SENAI começou a desenvolver o Programa
de Qualificação Básica para
operadores das unidades de
Negócio de Abastecimento da
estatal nesses nove Estados,
e, desde então, já capacitou
3 mil pessoas. O conteúdo
do curso foi estruturado com
base em demanda específica
da Petrobras quanto aos conhecimentos de seu pessoal,
respeitando e valorizando a
diversidade dos alunos. Temas como meio ambiente,
gestão de qualidade e operação de riscos fazem parte
do currículo, estruturado em
módulos. Dos 3 mil alunos,
significativa parcela se beneficiou de mais de um módulo do programa.
Na Bahia, no Rio e no Paraná, o SENAI também formou 2,3 mil pessoas, capacitando mão-de-obra local
para trabalhar nas paradas
técnicas para manutenção,
nas refinarias da Petrobras.
Nesses períodos, são gerados
até 3,5 mil empregos diretos
em áreas que necessitam de
pessoas especializadas, como
na caldeiraria e na soldagem.
Em maio deste ano, o SENAI firmou nova parceria para
qualificar pessoal da Petrobras nas áreas de saúde, meio
ambiente e segurança (SMS),
desenvolvendo o curso Qualificação em SMS. No curso são
seguidas soluções educacionais criadas pela Universidade Corporativa da Petrobras,
englobando temas de interesse do setor, como valorização
da vida, legislação, além de
aspectos técnicos.
O objetivo é promover
uma mudança comportamental dos trabalhadores, para
obediência e aplicação correta de regras de segurança.
Numa primeira etapa, estão
sendo formadas turmas de
multiplicadores e a expectativa é que o curso seja incluído na grade curricular do
SENAI e se torne pré-requisito para ingresso no quadro
funcional da Petrobras.
FOTO: SENAI NACIONAL
FOTO: LIQUIDLIBRARY
Sofisticação tecnológica Recursos humanos