Antigo manuscrito da Bíblia está disponível na internet Mais de

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Antigo manuscrito da Bíblia está disponível na internet Mais de
Antigo manuscrito da Bíblia está disponível na internet
Mais de 1.600 anos depois de ser escrita em grego, uma das cópias mais antigas da
BÃ-blia se tornará globalmente acessÃ-vel via internet pela primeira vez nesta
semana. A partir de quinta-feira, partes da Codex Sinaiticus, que contém o Novo
Testamento mais velho e completo, estarão disponÃ-veis na web, afirmou a
Universidade de Leipzig (Alemanha), um dos quatro conservadores do texto antigo.
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Imagens em alta resolução do Evangelho de Marcos, diversos livros do Velho
Testamento e observações dos trabalhos feitos ao longo de séculos estão em
www.codex-sinaiticus.net , num primeiro passo para a publicação online integral
do manuscrito até dia 24 de ulho próximo. O website vai ter inclusões substanciais
em novembro de 2008 e em julho de 2009, quando deve estar concluÃ-do.
Ulrich Johannes Schneider, diretor da Biblioteca da Universidade de Leipzig, afirmou
que a publicação online do Codex permitirá que qualquer um estude uma peça
"fundamental" para os cristãos. Alguns textos estarão disponÃ-veis com
traduções em inglês e alemão, acrescentou.
Especialistas acreditam que o documento, datado de aproximadamente do ano 350,
possa ser a cópia mais antiga conhecida da BÃ-blia, junto com o Codex Vaticanus,
outra versão antiga da BÃ-blia, afirmou Schneider. "Acho que é fantástico que
graças à tecnologia agora podemos tornar acessÃ-veis os artefatos culturais mais
antigos -- aqueles que de tão preciosos não poderiam ser vistos por ninguém -numa qualidade realmente alta", explicou Schneider.
Acredita-se que o "Codex Sinaiticus", escrito em grego arcaico, seja uma das 50
cópias das escrituras encomendadas pelo imperador romano Constantino depois que
ele se converteu ao cristianismo.
O "Codex Sinaiticus" contém algumas passagens do Antigo Testamento e todas as
do Novo Testamento. Ele foi escrito no mosteiro de Santa Catarina, perto do monte
Sinai, no Egito.
O documento ficou no local até metade do século 19, quando um estudioso
alemão, Constantin von Tischendorf, levou partes do manuscrito para a Alemanha e
para a Rússia. O monastério considera que o Codex foi roubado.
A BÃ-blia agora está dividida em quatro partes. A maior delas está na Biblioteca
Britânica, em Londres. As outras estão na biblioteca da Universidade de Leipzig
(Alemanha), na biblioteca nacional da Rússia, em São Petersburgo e no próprio
monastério.
Descoberta
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Antigo manuscrito da Bíblia está disponível na internet
O Codex Sinaiticus foi descoberto por Constantine Tischendorf no Mosteiro de Santa
Catarina (Ortodoxo Grego) no Monte Sinai. Ele descobriu a primeira parte em 1844 e a
segunda, em 1859. Em maio de 1844, em sua ida ao Monte Sinai, Tischendorf parou
em Roma, onde teve uma audiência com o Papa Gregório XVI.
Segue a história de como Tischendorf encontrou o Sinaiticus: “No ano de 1844,
enquanto viajava sob o patrocÃ-nio de Frederick Augustus, Rei da Saxônia, em busca
de manuscritos, Tischendorf chegou ao Convento de Santa Catarina, no Monte Sinai.
Ali observando certos documentos de aparência antiga, numa cesta de papéis,
prontos para serem incinerados no forno, ele os apanhou e descobriu que eram 43
folhas de vellum da Versão Septuaginta. Foi-lhe permitido levá-las; mas desejando
ele salvar as outras partes do manuscrito, do qual ouvira falar, explicou o seu valor aos
monges e estes, tendo sido esclarecidos, permitiram-lhe copiar somente uma página,
tendo se recusado a vender-lhe o resto. Ao regressar, ele publicou, em 1846, o que
havia conseguido obter, com o nome de “Codex Frederick Augustanus―,
dedicado ao seu benfeitor. (“A Guide To The Textual Criticism of the New
Testament―, p. 24). Alguns inimigos da defesa da BÃ-blia King James têm afirmado
que os manuscritos não foram encontrados na “cesta de lixo―, mas a verdade
é que o foram. Foi isso o que Tischendorf exatamente escreveu: “Percebo uma
grande e ampla cesta cheia de antigos pergaminhos; e o bibliotecário me contou que
duas pilhas idênticas já haviam sido atiradas às chamas. O que me surpreendeu foi
encontrar no meio dessa pilha de papéis...― (“Narrative of the Discovery of the
Sinaitic Manuscript―, p. 23). John Burgon, que ainda vivia, quando Tischendorf
descobriu o Sinaiticus, também visitou pessoalmente o Mosteiro de Santa Catarina, a
fim de pesquisar manuscritos antigos. Ele testemunhou que os manuscritos “eram
depositados na cesta de lixo do Convento― (The Revision Revised, 1883, ps. 319 e
342).
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