Hidratação
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Hidratação
Prof.º Carlos Eduardo de Oliveira IMPORTÂNCIA POR QUE A ÁGUA É ESSENCIAL PARA O ORGANISMO? 2 IMPORTÂNCIA • A água costuma ser chamada de “nutriente silencioso”, denominação que reflete o grau de certeza da sua presença e disponibilidade. (Maughan, R.J. & Burke, L.M. et al, 2004) 3 COMPOSIÇÃO CORPORAL • 40 a 70 % - Massa Corporal • 65 a 75 % - Músculo • 10% - Gordura Mcardle et all, 2001 4 COMPARTIMENTOS HÍDRICOS • Intracelular • Extracelular • intersticial O liquido extracelular proporciona a maior parte do liquido perdido através da transpiração, predominantemente a partir do plasma sangüíneo Mcardle et al, 2001 5 FUNÇÕES • Transporte de Nutrientes; • Proteção das articulações e vários órgãos; • Estabilização térmica; • Auxilia digestão, a absorção e a excreção; 6 FUNÇÕES 7 INGESTÃO HÍDRICA Produção Diária de Água Perda Diária de Água - Alimentos - Líquidos - Metabolismo 1000 1200 350 - - Total 2550/ml - Total Urina Fezes Pele Pulmões 1250 100 850 350 2550/ml 8 TERMORREGULAÇÃO A produção de calor no exercício e cerca de 15-20 vezes maior do que no repouso, o que seria suficiente para aumentar a temperatura corporal em 5 0C por minuto. Nadel et al, 1977 9 REGULAÇÃO TÉRMICA O Hipotálamo contém o centro coordenador para a regulação da temperatura. HIPOTERMIA HIPERTEMIA Mcardle et all, 2001 10 REGULAÇÃO TÉRMICA 11 REGULAÇÃO TÉRMICA 12 DISSIPAÇÃO DO CALOR Repouso Exercício Convecção 20% 15% Condução 60% Radiação 5% 20% Evaporação 80% 13 ACLIMATAÇÃO AO CALOR • Fluxo sangüíneo aumentado; • Distribuição efetiva do débito cardíaco; • Limiar mais baixo para início da transpiração; • Melhor distribuição do suor; • Maior produção de suor; • Menor concentração de sais no suor; • Temperaturas cutânea e central e FC mais baixas para exercício padronizado; • Menor dependência do catabolismo dos carboidratos Mcardle et al, 2001 14 INGESTÃO HÍDRICA Produção Diária de Água Perda Diária de Água - Alimentos - Líquidos - Metabolismo 1000 1200 350 - - Total 2550/ml - Total Urina Fezes Pele Pulmões 500 100 5000 700 6300/ml 15 ESTRESSE TÉRMICO • Quando relativa a temperatura do ambiente e a estão umidade altas, a capacidade de manter a atividade física é reduzida (Rev paul. Educ. Fisi., São Paulo, 12 (2): 219-27, jul./dez. 1998) 16 ÍNDICE DE ESTRESSE TÉRMICO 17 TERMOREGULAÇÃO AO FRIO • Ajustes cardiovasculares: • Receptores cutâneos + frio = vasoconstricao periférica • Direcionamento sangüíneo para o centro (+ quente) • Atividade muscular: • Regulação é mediada pela temperatura interna e não pela produção de calor • Calafrios durante o exercício 18 TERMORREGULAÇÃO AO FRIO • Produção hormonal: • Adrenalina e noradrenalina (medula adrenal) • Stresse prolongado ao frio = aumento T4 aumento TMB 19 HIDRATACÃO X ESPORTE 20 HIDRATAÇÃO X ESPORTE ANTES DURANTE APÓS 21 HIDRATAÇÃO X ESPORTE • A não ingestão de líquidos pode afetar a saúde de um desportista, o seu peso e composição corporal. ACSM, 2000 22 TERMINOLOGIA • Eu-hidratação:variação diária normal da água. • Super-hidratação:novo estado estável com maior conteúdo de água. • Hipo-hidratação:novo estado estável com menor conteúdo de água. • Desidratação:processo com perda de água, seja no estado de super-hidratação para eu-hidratação ou da eu-hidratação para a hipo-hidratação. • Reidratação:processo com ganho de água de um estado de hipohidratação para eu-hidratação. Mcardle et al, 2001 23 TERMINOLOGIA SUPER-HIDRATAÇÃO DESIDRATAÇÃO EU-HIDRATAÇÃO DESIDRATAÇÃO REIDRATAÇÃO HIPO-HIDRATAÇÃO 24 HIDRATAÇÃO ANTES DO EXERCÍCIO Quantidade adequada de líquido 24 horas precedentes (monitorar urina: freqüência, cor, volume) 500 ml 2 horas antes (hidratação + intervalo eliminar excesso) 25 HIDRATAÇÃO DURANTE O EXERCÍCIO • Volume: 600-1200 ml/h em intervalos de 15 a 20 min. • Duração maior que 30 a 60 min. • Carboidrato: 30-60 g/h (4-8% de CHO). • Na+: 0,5 a 0,7 g/l (± 20 mEq/l). 26 HIDRATAÇÃO PÓS-EXERCÍCIO • Hidratar-se com a quantidade equivalente a sua perda de peso. • Ingerir bebidas isotonicas 27 Caracterização das práticas sobre hidratação em atletas da modalidade de judô no estado de Minas Gerais 28 • Amostra: • 220 atletas (192 homens/38 mulheres) Federação Mineira de Judô • Idade:19,7 ± 6,6 anos • Categorias:Juvenil, Júnior, Sênior. • Metodologia: • Questionário • Objetivo: • avaliar as práticas e nível de conhecimento de hidratação. 29 30 31 32 33 34 35 36 ESTRATÉGIAS DE REPOSIÇÃO HÍDRICA 37 ESTRATÉGIAS DE REPOSIÇÃO HÍDRICA 38 ESTRATÉGIAS DE REPOSIÇÃO HÍDRICA 39 ESTRATÉGIAS DE REPOSIÇÃO HÍDRICA 40 DESIDRATAÇÃO X PERFORMANCE • Desidratação: se refere a um desequilíbrio na dinâmica dos líquidos quando a ingestão hídrica não consegue repor a perda de água. Mcardle et al, 2001 41 DESIDRATAÇÃO X PERFORMANCE • A desidratação aeróbio, afeta diminui ventricular pela sangüíneo e o o desempenho volume redução aumenta de no a ejeção volume freqüência cardíaca. Rev.Bras.Med. Esporte – Vol. 9. N°2 – Mar/Abr. 2003 42 DESIDRATAÇÃO X PERFORMANCE 43 EFEITOS DA DESIDRATAÇÃO ALTERACOES CARDIO-CIRCULATORIAS Volume Plasmático Debito Cardíaco Hipertemia Pressão Arterial Alteração do VO2 max. Fluxo Sangüíneo Fluxo Sangüíneo 44 EFEITOS DA DESIDRATAÇÃO Contração Muscular ATP ADP + P = Energia Temperatura Central Sudorese FADIGA (Montain & Coile, 1992; Horswill, 1998) 45 EFEITOS DA DESIDRATAÇÃO MODERADA LEVE • • • • • • • Fadiga Perda de apetite Sede (Alarme atrasado) Pele vermelha Intolerância ao calor Tontura Aumento da concentração urinaria. Rev.Bras.Med. Esporte – Vol. 9. N°2 – Mar/Abr. 2003 46 EFEITOS DA DESIDRATAÇÃO GRAVE • • • • • • • Dificuldade para engolir Perda de equilíbrio Pele seca e murcha Olhos afundados e visão fosca Pele dormente Delírio Espasmos musculares Rev.Bras.Med. Esporte – Vol. 9. N°2 – Mar/Abr. 2003 47 GRAU DE DESIDRATAÇÃO (medida em % do peso inicial) Peso inicial – Peso final x 100 Peso inicial 48 AVALIACAO DA HIDRATAÇÃO 49 AVALIACAO DA HIDRATAÇÃO 50 HIPONATREMIA • Hiponatremia: hidroeletrolitico e que um resulta desequilíbrio na queda anormal da concentração plasmatica de sódio (< 135 mEq/l ; normal = 136-142 mEq/l). • 1985 (GSSI) 51 HIPONATREMIA • Em exercícios ultrapassam uma prolongados, hora de que duração, recomenda-se beber líquidos contendo de 0,5 a 0,7 g/l de sódio (similar ou até mesmo inferior ao suor do indivíduo). Rev. Bras. Med. Esporte, 2003 52 HIPONATREMIA DURANTE EXERCÍCIO [Na+] Sérico ≤ 136 mEq/l (Sintomas Leves) [Na+] Sérico ≤ 130 mEq/l (Sintomas Graves) Principal Causa: ingestão excessiva de líquidos sem sódio Bergeron, GSSI, 2001 53 FATORES QUE PREDISPOEM A HIPONATREMIA • Exercício de alta intensidade prolongado em um clima quente. • Maior perda de sódio associada a produção de suor contendo uma alta concentração de sódio. • Inicio de uma atividade física em estado com depleção de sódio • Uso de medicação diurética para hipertensão • Ingestão frequente de grandes quantidades de liquido isento de sódio durante exercício prolongado. Mcardle et al, 2001 54 FATORES QUE PREDISPOEM A HIPONATREMIA HORMONIO ANTI-DIURÉTICO * Osmolalidade plasmática elevada (baixa concentração de água, que pode ser causada pela transpiração excessiva sem reposição de água. * Baixo volume plasmático, o qual deve-se à perda de sangue ou à reposição líquida inadequada. Powers et al, 2001 55 HIPONATREMIA:SINTOMAS LEVES • • • • • CEFALÉIA CONFUSÃO MAL-ESTAR NAÚSEAS CÃIMBRAS INTENSOS • CRISES CONVULSIVAS • COMA • EDEMA PULMONAR • MORTE Mcardle et al, 2001 56 SÓDIO • O sódio é o principal íon do espaço extracelular, contribui com cerca de 50% da osmolalidade total do plasma. (Maughan, R.J. & Burke, L.M. et al, 2004) 57 SÓDIO • A inclusão de sódio nas bebidas promove maior absorção de carboidratos água e pelo intestino durante e após o exercício. (Rev. Bras. Med. Esporte, 2003) 58 REPOSIÇÃO HÍDRICA • • • • O QUE BEBER? CHO ISOTÔNICOS QUAL A TEMPERATURA IDEAL? • ESVAZIAMENTO GÁSTRICO • ABSORÇÃO INTESTINAL 59 REPOSIÇÃO HÍDRICA VANTAGENS • ÁGUA: • Baixo Custo • Fácil acesso • Rápido esvaziamento gástrico 60 REPOSIÇÃO HÍDRICA DESVANTAGENS • Não contém eletrólitos • CHO • Insípida • Retarda o equilíbrio hidro-eletrolítico 61 REPOSIÇÃO HÍDRICA CHO Carboidratos de absorção ativa Absorção de sódio e água (Powell, 1987) Absorção e esvaziamento gástrico 6% - mistura de glicose, frutose e sacarose Mantém a glicemia e retarda a fadiga (Rev. Bras. Med. Esporte, 2003) 62 REPOSIÇÃO HÍDRICA Conteúdo de CHO g/l mOsm/kg Gatorade 60 378 Suco de Laranja 94 662 Coca-Cola 105 650 Leite 47 285 (McArdle et al., 2003) 63 REPOSIÇÃO HÍDRICA CHO Durante o Exercício • Previne a hipoglicemia • Retarda a fadiga física e mental; • Promove absorção intestinal (junto com o Na+); • Melhora o sabor; • Estimula a ingestão voluntária. 64 REPOSIÇÃO HÍDRICA ISOTÔNICOS • • • • • Palatabilidade Concentração de Eletrólitos Cãimbras temperatura < entre 15 0C a 22 0C) Estimula a ingestão (Murray,GSSI et al., 1997) 65 REPOSIÇÃO HÍDRICA Esvaziamento Gástrico = Cap. de Absorção (± 40 ml/min ou 2400 ml/h) Superfície Intestinal Absorção Passiva: depende da absorção de solutos 66 REPOSIÇÃO HÍDRICA Osmolaridade da Bebida (Shi, 1995) Presença de CHO na Bebida (Gisolf, 1991; Murray, 1987; Shi, 1995) 67 RECOMENDAÇÕES • • • • • Exercitar-se regularmente; Ajustar-se ao ambiente; Prestar atenção à adaptação ao calor (aclimatação); Manter-se hidratado; Crianças ativas, idosos e gestantes necessitam de um cuidado extra para prevenir a desidratação e doenças provocadas pelo calor; • Muitas condições de saúde apresentam desafios específicos para regulação da temperatura. (GSSI, 1999) 68 [email protected] 69
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