Resumos - Colmich

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Entre o Patronato Régio e o honor do público. A aspersão com
água benta no Reino da Nova Espanha durante o século xviii
David Carbajal López, Universidad de Guadalajara-Centro Universitario de los Lagos
A aspersão com água benta foi um dos rituais pelos quais construía-se a
autoridade civil e eclesiástica no século xviii. Estava associada tradicionalmente às honras do Patronato Régio e à hierarquia do clero sobre os
leigos. Neste século, houve intentos de estendê-lo às novas autoridades
introduzidas pelas Reformas Bourbônicas, acima de tudo, às autoridades municipais, sob o argumento da utilidade pública.
(Água benta, Cerimonial, Reformas Bourbônicas, Patronato Régio,
Utilidade Pública)
Espíritos puros e bestas: O alto e o baixo nas gárgulas do convento agostinho de Cuitzeo, Michoacán (Século xvi)
Javier Ayala Calderón, Universidad de Guanajuato
Neste trabalho estudam-se as gárgulas do convento agostinho de Cuitzeo, Michoacán, mesmo assim para a identifição e reconhecimento
individual dos seus conceitos subjacentes como determinar os vínculos
estabelecidos entre elas, como programa iconográfico que expõe o passo no meio de níveis espirituais, através de metáforas de aperfeiçoamento de ampla raizame tanto na homilética medieval quanto na emblemática do cristianismo novohispânico.
(Cuitzeo, imaginário religioso, gárgula, iconologia, emblemática)
A “maquinação jesuíta” no imaginário russo
Jean Meyer, cide, México
A Rússia czarista do século xix viu emergir com virulência uma teoria
da conspiração contra a autêntica alma russa, evidentemente ortodoxa.
O principal binômio desta conspiração, catolicismo e jesuítas, não era
novo, pois data desde a origem da Companhia no século xvi. Porém,
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em um mundo europeu estendido no qual se terem ressentido as diversas crises das monarquias tradicionais havidas a começar da Revolução
Francesa, o fantasma dos jesuítas como o Anticristo torna-se a surgir no
meio de um debate político no que se pretende reforçar o carácter tradicional da ortodoxia russa. Neste texto oferecem-se os parâmetros
para perceber os aspectos fundamentais da construção da ideia da conspiração, não muito afastada na sua estrutura num outro tipo de teorias
conspiradoras, na que intervieram intelectuais do talhe de Dostoiévski.
(Conspiração, Dostoiévski, identidade, igrejas, jesuítas, memória, Polônia, Rússia)
Cristos reis, virgens e devotos na revolta nas serras mexicanas
(1765-1770)
Nadine Béligand, Université Lumière Lyon 2
Nos anos 1765-1770, uma série de rebeliões estalaram nos territórios
das margens do reino da Nova Espanha. As motivações foram de natureza religiosa -obter um clero indígena encarregado da prática religiosa– e também política –a aversão em relação aos espanhóis–. Os chefes
daqueles movimentos apropriaram-se de veleidades coletivas de vingança; acreditaram firmemente na chegada de um novo mundo no
qual os índios não teriam sido vencidos, mas seriam senão vencedores,
porque Deus pessoalmente baixaria à Terra para estabelecer a justiça
divina no seu proveito. As características desses movimentos revelam as
influências recíprocas entre a tradição autóctone (xamanismo, absorção
de plantas psicotrópicas, alucinações, cultos ao redor das pessoas mágicas) e teologia cristã (missas, administração dos sacramentos, crença
num só Deus verdadeiro, adoção dos nomes de Cristo e de Juan Diego). Os visionários, figuras mais íntimas da subversão, comportam-se
como espelhos do cristianismo indígena. A sua aventura mística revela
também uma identidade coletiva em que a diferença cultural está em
um caminho intermediário entre a imitação da santidade e a indianização da prática católica. Assim, o cristianismo indígena, tal qual se tem
praticado nos territórios de fronteira, sofreu um conjunto de transformações estruturais, cujo resultado foi a sua confiscação com a finalidade de obter a autonomia política e religiosa.
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(Rebeliões indígenas, catolicismo indígena, visionários e profetas, século xviii, Serra da Puebla, Serra Gorda)
A diversificação de ingressos paroquiais e o regime de sustento
dos curas. Arcebispado de México, 1700-1745
Rodolfo Aguirre, iisue-unam
Neste artigo explica-se que a conformação dos ingressos paroquiais no
arcebispado de México obedeceu por um lado, à política do terceiro
concílio mexicano, e por outro, ao jogo de interesses locais, da freguesia
e do clero paroquial. Tudo isto resultou em uma diversidade de ingressos e de formas de pagamento que concretizavam-se em diferentes convênios locais, o que não significava precisamente uma desordem ou
ausência de autoridade da mitra.
(Ingressos paroquiais, clero paroquial, arcebispado de México, terceiro
concílio mexicano)
A Ciénaga de Chapala, Michoacán: mudanças e permanências
na construção regional
Pedro Damián Loeza Lara, Rubén Darío Ramírez Sánchez e Mario
Alberto Reyes Téllez, Universidad de La Ciénega del Estado de Michoacán de Ocampo
O presente artigo ilustra os processos que definiram a conformação
agrícola, social e política da região de La Ciénaga de Michoacán de
Ocampo, que partem desde a chegada dos espanhóis até a atualidade.
Pomos atenção nos fenômenos, desde o nascimento das fazendas agropecuárias até o estabelecimento do modelo neoliberal. No seu conjunto, analisamos como a região é resultado dos processos sociais que têm
permitido a geração de um novo esquema de domínio no qual convergem empresários, fazendeiros e o Estado.
(Região, mudanças sociais, estrutura política, modernização, neoliberalismo)
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¿Sustentabilidade versus subsistência? Um estudo de caso dentro da área natural protegida Cañón del Usumacinta
Federico Reyes Grande, El Colegio de la Frontera Sur
O presente documento dá conta de como a execução da política de
desenvolvimento rural a partir dos anos cinquenta derivou na sustentabilidade ambiental, e discute como a reorientação das atividades produtivas que aquela entranha está a tender a carcomer as estratégias de
subsistência baseadas no uso dos recursos naturais. Para isso, examinase o ejido Ignacio Allende, município de Tenosique, Tabasco, pertencente à área natural protegida de Cañón del Usumacinta.
(Área Natural Protegida, estratégias de subsistência, desenvolvimento
rural, sustentabilidade, agricultura de auto-consumo, gestão ambiental)
Tradução em Português por Nora Reyes
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