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Transcrição

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Financeiro
ano 3 nº 27 ago/2005
ACREFI - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES
DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
Fundada em 1958
POLÍTICA E ECONOMIA
EM LADOS OPOSTOS
TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 15.000 EXEMPLARES
Sem conexão com a atual crise, desempenho
econômico continua estável
Entrevista
Carlos Heller, presidente da
Abappra – Associação dos Bancos
Públicos e Privados da República
Argentina
Parceria
Associação com bancos abre
novos caminhos para o varejo
editorial
Associação Nacional das Instituições de Crédito,
Financiamento e Investimento
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Cipovicci
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Sardenberg
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Leonardo Diniz, Evanir Coutinho Ussier,
Odílio Figueiredo Neto, Renato Malcon
Presidente Honorário
João Uchôa Borges
Diretor Superintendente
Antônio Augusto de Almeida Leite (Pancho)
Conselheiro Econômico
Prof. Istvan Kasznar
Financeiro
Publicação mensal da ACREFI - Associação
Nacional das Instituições de Crédito,
Financiamento e Investimento.
Jornalista Responsável: Eliana Nigro
MTB 15.005
Coordenação Editorial:
Tamer Comunicação Empresarial
Projeto Gráfico, Editoração e Produção Gráfica:
EDF (www.edf.com.br)
Pré-impressão e Impressão: Fabracor
Tiragem: 15.000 exemplares
As opiniões emitidas nos artigos assinados não
refletem necessariamente as posições da ACREFI
e são de exclusiva responsabilidade dos autores.
A reprodução total ou parcial do conteúdo da
publicação depende de autorização por escrito.
Brasil de amanhã tem de
ser pensado hoje
Érico Sodré Quirino Ferreira, Presidente da ACREFI
O Brasil precisa mudar. E mudar
muito. Não dá mais para passarmos
o tempo todo apagando os incêndios
do passado. Numa hora são os anões
do Congresso, noutra, o impeachment
de um presidente, a CPI dos Bingos,
os poços de um senador, os pianistas
que votam mais de uma vez, o mensalão, a corrupção nos Correios... A lista
de problemas emergenciais é imensa.
Mas precisamos dar um basta nisso,
olhar também para frente e deixar
de gastar a vida olhando no espelho
retrovisor, investigando mazelas do
passado.
Além disso, é necessário deixar
de lado, de uma vez por todas, esse
hábito nefasto – mas tão arraigado
na nossa classe política – de visar
apenas àqueles projetos que angariam votos em suas bases eleitorais. A
ponte, a escola, um novo município?
Sim, tudo isso é fundamental. Mas
será que, diante de problemas tão
graves quanto os que o Brasil tem,
a prioridade não é outra? Que bom
seria se uma boa parte dos políticos
parasse de mirar apenas o próprio
umbigo, as necessidades de suas bases
eleitorais, e voltasse suas atenções ao
Brasil de amanhã!
Luciano Zafalon
Fundada em 1958
Pouco ou nada se planeja visando
ao longo prazo! Um País decente não
pode ser construído de forma correta com projetos para o semestre,
o ano no máximo... É imprescindível
que se planeje como será o Brasil dos
nossos filhos, dos nossos netos. Não
podemos mais aturar meias reformas, meios compromissos, meios interesses... Temos de cobrar dos políticos ações firmes, regulamentações
objetivas, leis coerentes, ainda que
elas contrariem interesses pequenos
e comezinhos de grupos específicos a visão correta é a total, aquela que
abrange o país todo, sem se esquecer de que a nação está inserida num
contexto maior, num mercado globalizado, numa sociedade cheia de
diversidades, mas unida pela brasilidade. O Brasil precisa de estadistas,
de homens preocupados com o bem
comum, com foco no longo prazo.
Que bom será...
Nesta edição
4 Entrevista
Carlos Heller, presidente da Abappra - Associação
dos Bancos Públicos e Privados da República
Argentina
6 Indicadores
Fartura de divisas e política cambial
8 Estratégia
O conhecido caso dos cartões na Coréia
10 Artigo
A economia descolada da crise política - José Arthur
Assunção, vice-presidente da Acrefi e diretor da ASB
Financeira
11 Artigo
Mercado internacional mantém desempenho
econômico do Brasil - Tereza Maria Fernandez
Dias da Silva, sócia da MB Associados
12 Mercado de Capitais
Novas tendências abrem caminho para captações
estruturadas
13 Artigo
Um dia sem seguro - João Elisio Ferraz de Campos,
presidente da Federação Nacional das Empresas de
Seguros e Capitalização - Fenaseg
14 Comércio Varejista
Associação com bancos dá início a uma fase mais
madura das redes de varejo
17 Análise setorial
Qual o caminho da inadimplência?
18 Palestra
Juros baixos, estrutura enxuta e crédito vigoroso
19 Banco de Dados
entrevista
Divulgação
Brasil e Argentina,
sinergias e diferenças
do sistema bancário
Qual a correlação que o senhor faz
entre o atual estágio do sistema
bancário brasileiro e do argentino?
De que forma as sinergias e diferenças podem colaborar no crescimento
do setor no Mercosul?
As maiores diferenças estão no
fato de o sistema financeiro argentino ter atravessado recentemente uma profunda crise. Ainda
que o processo de normatização
tenha sido melhor e mais rápido
do que as previsões mais otimistas, as seqüelas dessa crise ainda
não desapareceram. A Argentina
apresenta níveis de intermediação
financeira (depósitos e empréstimos) significativamente mais baixos do que os do Brasil. O Brasil
também realizou maiores avanços
em matéria de atualização bancária para a sua população com uma
“Na Argentina, se
intensificou o debate
sobre a necessidade
de se ter um Banco
de Desenvolvimento
e o exemplo do
BNDES é uma
referência
incontestável”
Carlos Heller, presidente da Abappra – Associação dos Bancos Públicos e Privados da
República Argentina –, avalia características financeiras dos países vizinhos
grande difusão de cartões e de agências bancárias. O elemento que hoje
favorece a Argentina é o nível das
suas taxas ativas, que se encontram
abaixo dos níveis vigentes antes da
crise. No Brasil, o efeito de sua
estreita política monetária se traduz
em altas taxas de juros de mercado.
Não há dúvida de que há muito que
avançar em matéria de cooperação
bancária, com o objetivo principal
de facilitar o comércio e as transações entre ambos os países.
Brasil e Argentina têm economias
bastante diversas, atualmente. De
que forma isso tem afetado as instituições fi nanceiras nos dois países?
Os sistemas financeiros de cada
nação têm características específicas,
que têm relação com o desenvolvimento econômico, o perfil social e
a tradição, tanto em matéria legal
quanto de instrumentos de crédito
e pagamento. O Brasil, por exemplo,
demorou mais do que a Argentina
na difusão dos cartões de crédito,
dada a elevada aceitação dos cheques. A chamada duplicata brasileira
nunca se desenvolveu na Argentina,
ainda que haja bases legais para
sua existência. No nosso País, o cheque pré-datado tem sido o instrumento preferido para documentar os
pagamentos comerciais. Do ponto de
vista da estrutura bancária, se preservou, apesar do movimento de privatizações nos anos noventa, o serviço bancário público, que é muito
importante e que pode cumprir um
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papel de destaque e suprir as defi ciências dos bancos privados lucrativos. Na Argentina, se intensificou o
debate sobre a necessidade de se ter
um Banco de Desenvolvimento. E o
exemplo do BNDES é uma referência
incontestável.
O senhor considera viável uma maior
aproximação e até uma unifi cação
do sistema monetário dos países do
Mercosul ou, pelo menos, de Brasil
e Argentina? Que vantagens ou desvantagens isso implicaria?
Creio que seria necessário haver
uma moeda comum ao Mercosul.
A unificação monetária, supõe uma
situação bem avançada de integração, que, obviamente, deverá cumprir uma série de etapas e requisitos,
tais como a coordenação macroeconômica, a harmonização dos regimes
fiscais, laborais e financeiros, entre
outros. A unificação monetária cria
melhores condições para se ter uma
moeda mais aceita e estável, facilita
o intercâmbio comercial e de pagamentos entre fronteiras, evita os
desequilíbrios comerciais originários
da variação do valor real das moedas, ajuda o aprofundamento na
área financeira e do mercado de
capitais da região e facilita os investimentos e joint-ventures na área.
Quanto às desvantagens, ficam evidentes as dificuldades como nos
revelam as experiências com o Euro,
as possibilidades de realizar políticas
econômicas nacionais, mesmo que
os ciclos econômicos dos países esteFINANCEIRO
jam altamente correlacionados. Isso
nos obriga a pesquisar profundamente os outros aspectos da integração antes de pensar na unificação monetária.
De que forma o câmbio tem infl uenciado o comércio bilateral?
As tendências mais recentes revelam um importante desequilíbrio
comercial do Brasil, que se mantém
apesar das recentes desvalorizações
do Peso em relação ao Real. Esse
desequilíbrio vem do fato de as
importações argentinas de produtos brasileiros terem crescido mais
do que as importações brasileiras de
produtos argentinos, embora estas
últimas tenham tido um dinamismo
apreciável. Em outras palavras, o
Brasil aproveitou melhor a sua situação dentro do Mercosul do que
a Argentina. Existem alguns setores industriais na Argentina que são
muito prejudicados na competição
com os produtos brasileiros e, por
isso, existe a intenção de se implantar um sistema de salvaguardas que
limite a importação de bens.
Quais são as projeções que o senhor
traça para os bancos nos próximos
cinco anos? Que novidades podemos
esperar para os próximos doze meses?
O sistema financeiro argentino
desenvolveu com êxito um processo
de normatização, deixando para
trás a grave crise que enfrentou. Os
bancos estão bastante líquidos atualmente, incrementando em bom
ritmo seus empréstimos. A saúde de
suas carteiras melhorou muito e a
rentabilidade global do sistema já
alcançou o ponto de equilíbrio, uma
vez que muitas entidades têm tido
resultados positivos nos seus balanços. Creio que nos próximos anos
os bancos continuarão aumentando
seu volume de atividades e melhorando a sua solvência.
Entre os desafios principais que
devem enfrentar, podemos destacar
o de aumentar a parcela da população com acesso a contas bancárias e
democratizar o crédito, dando assistência às pequenas e médias empresas, aos indivíduos e às economias
regionais.
ACREFI
Existe a possibilidade de uma maior
interação e até mesmo de transferência de tecnologia entre os bancos
argentinos e brasileiros? O que isso
pode acarretar?
Creio que a colaboração entre
os bancos brasileiros e argentinos é
muito útil, tanto no plano tecnológico quanto em outras áreas. Trocar experiências de forma a aumentar o acesso da população aos bancos, desenvolver os bancos de investimentos, atender as pequenas e
médias empresas, melhorar a qualidade de atendimento e a satisfação
aos usuários, tudo isso poderia enriquecer as entidades dos dois países.
De que forma as instituições fi nanceiras enxergam o futuro na Argentina, no Brasil e no mundo hoje?
O mundo enfrenta hoje uma
série de desafios, que devem ser
analisados para que se possam
construir sociedades mais democráticas e justas. As desigualdades
entre as nações e mesmo dentro
de cada uma delas são exageradas.
A concentração econômica e financeira é enorme, e existem regiões
do mundo completamente excluídas. Os problemas globais não são
encarados com a urgência necessária.
É o caso da desigualdade no comércio internacional, da crise energética, da degradação do meioambiente e dos desequilíbrios macroeconômicos globais. Sem enfrentar todos esses desafios, é difícil ser
otimista em relação aos próximos
anos. Quanto aos nossos países, no
Brasil e na Argentina existe uma
melhora clara nos aspectos macroeconômicos. Ambas as economias estão crescendo, o processo de
exportação é dinâmico, a inflação
está relativamente controlada, e o
endividamento público está diminuindo. Sem dúvida é necessário
que essas melhorias sejam acompanhadas de uma maior atenção
aos problemas sociais. Os níveis de
desemprego, pobreza e indigência,
assim como a distribuição de renda,
obrigam a mudanças importantes
na política de cada um que permitam construir sociedades mais integradas e justas.
5
“O papel fundamental
dos bancos brasileiros
na Argentina e dos
bancos argentinos no
Brasil é o de amparar os
seus clientes rumo ao
Mercosul”
Como os argentinos vêem o desenvolvimento do banco Itaú, o segundo maior
banco brasileiro, no seu mercado?
O Banco Itaú cresceu muito no
mercado argentino, graças à compra
de um banco privado nacional. Isso
lhe permitiu dar um salto em matéria de agências, volume de operações e número de clientes.
Quais são as perspectivas para outros
bancos brasileiros que desejem participar do mercado argentino?
Na nossa opinião, o papel fundamental dos bancos brasileiros na Argentina e dos bancos argentinos no
Brasil é o de amparar os seus clientes rumo ao Mercosul. Essa função
pode ser levada a cabo mediante o
ingresso do banco em outro mercado, ou através de convênios entre
bancos que permitam atender às
necessidades dos seus respectivos
usuários.
Na sua opinião, o Mercosul tem futuro?
Não tenho dúvidas sobre o futuro
auspicioso do Mercosul. Para os países da América Latina, a integração
é uma necessidade, essencial para
seu desenvolvimento. A região deve
integrar-se tanto nos seus aspectos
econômicos (comércio, investimento,
infra-estrutura, energia), quanto nos
políticos, sociais e culturais. É a única
forma de se integrar ao mundo,
mantendo a autonomia e aproveitando, ao mesmo tempo, as oportunidades da economia global. O Mercosul é o ponto de partida para a
integração da América Latina. Seu
êxito depende de um compromisso
permanente dos governos e de uma
maior participação das sociedades
nesse processo de integração
indicadores
Flávio Roberto Guarnieri
Fartura de divisas e
política cambial
Para assegurar a estabilidade macroeconômica, as políticas devem criar uma
combinação ótima que propicie crescimento real firme e positivo do produto,
inflação mínima e altos saldos no balanço de pagamentos.
Considerando o triênio de 2002/
2004, a evolução real do PIB – Produto
Interno Bruto – foi de apenas 1,92% em
2002; de medíocres 0,55% em 2003; e
de promissores 4,94% em 2004. É bem
verdade que, crescer estatisticamente
sobre o fundo do poço, é mais fácil e
impressiona o analista numa primeira
avaliação.
No mesmo triênio, a inflação, medida
por dois indicadores renovados, o IGP-M
- Índice Geral de Preços de Mercado, e o
IPCA - Índice de Preços ao Consumidor
Ampliado, calculados respectivamente
pela Fundação Getúlio Vargas e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÍstica, despencou consistentemente. Enquanto o IGP-M alcançou 25,31% em
2002, caiu para 8,71% em 2003, e rea-
ISTVAN KASZNAR, CONSELHEIRO ECONÔMICO DA ACREFI
vivou-se em 12,41% em 2004. O IPCA
direcionou-se à baixa com 12,53% em
2002, 9,30% em 2003 e 7,30% em 2004.
As reservas internacionais líquidas
ajustadas, que excluem os empréstimos
do FMI - Fundo Monetário Internacional, cresceram de um baixo valor de
US$ 16,3 bilhões em 2002 – para US$
20,5 bilhões em 2003 e US$ 27,5 bilhões
em 2004. Esta elevação permanente das
reservas é fruto de uma profunda transformação no comportamento estrutural
do balanço de pagamentos, que de fortemente deficitário entre 1997 e 2000,
passou para crescentemente superavitário de 2001 em diante.
Ao observarem-se os componentes
deste tripé fundamentais será razoável
admitir que as políticas econômicas mais
recentes, dos anos 2003/2005, sacrificaram o crescimento real e efetivo do PIB,
em favor do combate persistente à inflação e da conquista de uma confortável posição nas contas externas.
Entre a evolução da inflação e dos
saldos externos, percebe-se comportamentos ainda diferentes, que dão maior
consistência à formação e à tendência
cada vez mais positiva das reservas internacionais líquidas ajustadas.
Enquanto o IPCA chegava a 8,07%,
em sua variação em 12 meses em abril
de 2005, retomando uma leve trajetória
de alta, combatida com juros elevadíssimos e contração monetária ultra-radical, as reservas internacionais alcançavam US$ 39 bilhões, gerando um conforto semelhante apenas ao dos anos
1995, 1996 e 1997. Nestes três anos, contudo, a sobrevivência artificial do câmbio inflou as reservas para respectivamente, US$ 50,9 bilhões, US$ 60 bilhões
e US$ 52 bilhões, aprofundando a crise
cambial do qüinqüênio seguinte.
O que é diferente e chama a atenção no comportamento recente da evolução das reservas brasileiras, é que elas
crescem em termos reais sem maiores
artifícios.
A inflação brasileira com seus 8% ao
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ano, ainda é alta para os padrões internacionais. Face aos EUA, onde a inflação oscila entre 2% e 3,5% anuais, ou a
Suíça e o Japão, que se limitam a inflações de 0,5% a 1,0% ao ano, ainda há
muito o que combater e melhorar.
Em função destes fatos, pode-se afirmar que a política mais bem sucedida
do tripé macroeconômico estabilizador
é a que lida com as contas externas, no
ano de 2004.
De fato, a queda de consumo interno, avaliada à alta de preço das
commodities brasileiras, alavancou as
exportações, inibiu as importações
e não fomentou o endividamento
externo. Entre 2002 e 2003, o Brasil
incorporou às suas reservas líquidas
ajustadas (RLA) mais US$ 4,2 bilhões;
pisou no acelerador da formação positiva de poupança de 2003 a 2004,
acrescentado mais US$ 7 bilhões às
RLA; e atuou exuberantemente no primeiro quadrimestre de 2005, ao somar
às RLA mais US$ 11,5 bilhões.
Este período de vacas gordas pode
durar por longo tempo. Por um lado
a demanda internacional permanece
aquecida satisfatoriamente, com gulosa
demanda afluente norte-americana e a
obstinada disparada do PIB chinês (pelo
menos, até 2007/2008), o que assegura a
demanda pelos produtos brasileiros. Por
outro lado, a desvalorização do dólar
em face do EURO entre 2001 e 2004 e
do próprio EURO desse ano em diante,
como espelho das dificuldades unificação e gestão integrada da Europa
do Mercado Comum Europeu amplificado, cria um distúrbio monetário que
não reforça a aparente sobrevalorização cambial do real brasileiro.
A queda de consumo
interno alavancou as
exportações, inibiu as
importações e não
fomentou o
endividamento externo
A taxa de câmbio nominal comercial
passou de R$/US$ 2,9212 em dezembro
de 2002, para 2,9253 em dezembro de
2003. Ou seja, não mudou quase nada.
A partir desta última data, moveu-se no
sentido aparente de uma sobrevalorização, posto que em dezembro de 2004
alcançava R$/US$ 2,7182 e despencava
para R$/US$ 2,5792 em abril de 2005.
Como o Real está atrelado ao dólar,
um dólar fraco enfraquece o real. Logo,
este é fraco frente ao Euro. Então, as
exportações continuam, e continuarão
consistentes e crescentes. Somos autônomos na produção de petróleo. Isto só
beneficia.
Os exportadores poderão chiar, reclamar e buscar negociações que lhes propiciem vantagens. Contudo, dada a gravidade do ajuste interno, que ceifou o
consumo da classe média, existem grandes quantias de tradeables a exportar.
E pelo volume, as economias de escala
são elevadas e favoráveis aos exportadores, que ganham no volume (quantidade) de mercadorias faturadas a margens declinantes ou estabilizadas e não
no mark-up (margem de retorno líquido
de competidores oligopolisticos) sobre
volumes limitados em regime de escalas
pequenas.
Isto explica porque o Banco Central
do Brasil não move uma palha em prol
dos choros ritmados, apontados em
coro, pelos exportadores. Agora que
as exportações evoluíram francamente
para patamares históricos sem precedentes – saltaram de US$ 60,3 em 2002,
para US$ 96,5 em 2004 e certamente
superarão as US$ 100 bilhões em 2005 –
enquanto as importações foram de US$
47,2 em 2002, elas moveram-se penosamente para US$ 62,7 bilhões em 2004.
Esta relação na Balança Comercial
significa que o Brasil está abrindo um
vasto espaço para pagar e sustentar o
seu principal calcanhar de Aquiles, seu
ponto franco, contido na conta de renda
de capitais, na rubrica dos juros líquidos, que o sangram em US$ 13 bilhões
anuais entre 2002 e 2004. Note-se que
num mundo de juros nominais baixos,
onde a Libor atingiu 3,39% e a primerate 5,75% ao ano, em abril de 2005, a
falta de pressão na conta de serviços do
capital tornou as contas opositoras da
balança de transações correntes (exportações e importações de bens e serviços)
completamente assimétricas. Isto é: os
dólares entram com jestança da exportação escancarada e formam reservas
sem ter pressão esperada pela via de
importações de mercadorias ou juros de
uma dívida cadente por pagar.
A pressão sobre as reservas é tão
tímida, que a taxa de câmbio seguirá em
sua trajetória descendente por mais uns
meses, o que é excelente para combater a inflação e evitar uma retomada de
preços. Deste modo, sem maiores intervenções no mercado cambial, o Banco
Central mantém coerência na sua meta
de ser o menos intervencionista possível, agindo em sintonia fina e sem sensibilizar-se com pressões de classe
estratégia
O conhecido caso dos
cartões na Coréia
Flávio Roberto Guarnieri
E
ste artigo relembra o caso
da vertiginosa expansão dos
cartões de crédito na Coréia
dos primeiros anos desta década.
Trata-se de um bem-sucedido esforço
conjunto do setor financeiro e do
governo, que incentivou ativamente
o uso do plástico.
O objetivo do governo era simples: aumentar a arrecadação de
impostos por meio do uso de cartões
e aquecer a economia por meio do
consumo interno. O resultado foi,
em três anos, uma explosão de 450%
no volume de crédito e a uma média
de 3,5 cartões por adulto.
Bom para (quase) todas as partes
Lá como cá, a indústria do cartão
ainda estava longe da maturidade. O
baixo uso dos cartões era atribuído à
falta do hábito de seu uso e ao que foi
chamado de uma aversão confucionista ao crédito para consumo. Aqui,
as altas taxas de expansão do cartão
de crédito e a promissora introdução
do cartão de débito tornam evidente
o espaço para expansão desta modalidade de pagamento e crédito.
Lá como cá, o governo enfrentava
(e enfrenta) o desafio do varejo informal. O financiamento formal, com
cartões inclusive, torna muito mais
difícil evitar a emissão das notas fiscais, o que praticamente obriga ao
recolhimento dos impostos decorrentes. Se é bom para o sistema financeiro, é ainda melhor para os governos.
ROY MARTELANC É PROFESSOR DE FINANÇAS DA FEA/USP, DIRETOR DE
OPERAÇÕES DA FIA E COORDENADOR DO MBA BANKING DA FIA
Incentivo ao uso do
dinheiro de plástico teve
o objetivo de aumentar
a arrecadação de
impostos e aquecer a
economia
A sonegação no varejo reduz a
arrecadação fi scal em toda a cadeia
produtiva. Ainda mais sério, a existência de empresas que não cumprem com as suas obrigações reduz
a competitividade dos que pagam
todos seus impostos, o que, por sua
vez, reduz a efi ciência de vastos
setores produtivos. Quem tem a
praxe de sonegar que se reestruture
ou que dê passagem.
A terceira parte, o consumidor,
também é beneficiado, pois vê reduzido seu custo de transação e ainda
é o destinatário final dos incentivos
governamentais.
As medidas concretas
De olho na arrecadação e no impacto
no nível de atividade, o governo lançou
mão de praticamente todas as medidas
que conseguiu imaginar.
Primeiro, os estabelecimentos comerciais. O governo aliviou os impostos das empresas quando vendiam
com cartões, reduzindo o custo deste
uso. Para quebrar o resto da resistên-
8
cia, direcionou a fiscalização às que
não aderiram ao plástico, inflando o
risco da sonegação.
Em outra frente, os consumidores. Uma medida fiscal foi a redução
em 10% do imposto de renda da parcela de gastos com cartão que superasse os 10% da renda das pessoas. O
complemento veio por meio de uma
ampla campanha promocional, com
slogans cívicos e sorteios.
A campanha e seu custo governamental podem ser necessários por
um par de anos. Já o benefício é
permanente. O uso do cartão é um
hábito que, depois de arraigado,
só cede diante de uma ameaça ou
do surgimento de uma tecnologia
ainda melhor.
A questão da insolvência
Outra medida tomada foi algum
relaxamento na regulamentação do
setor, que passou a estar mais livre
para aumentar o volume de crédito
concedido. O resultado de todos
estes incentivos foi a forte expansão
do mercado e da inadimplência (veja
o gráfico).
Não faltaram alertas na época.
A Coréia havia acabado de sair de
uma crise de endividamento empresarial de grandes proporções, também decorrente do overmarketing do
crédito. Algumas administradoras de
cartões tiveram de ser reestruturadas.
A recessão do primeiro semestre de
2003 foi atribuída à crise do crédito
FINANCEIRO
ao consumo. Em conseqüência, o crescimento do ano foi de apenas (!) 3%.
Uma aplicação tupiniquim deve
levar em conta medidas preventivas de
mitigação do problema. O emprego
de uma tecnologia de crédito amadurecida localmente e de educação do
consumidor podem trazer algum alívio dos efeitos indesejados.
Uma solução mais importante é
a ênfase ao cartão de débito, que
está saindo de sua fase de introdução para entrar em uma de crescimento acentuado. Enquanto não
represente endividamento pessoal,
é um instrumento imune a crises de
inadimplência.
O aumento da insolvência é uma
decorrência conhecida de praticamente qualquer forma de incremento
no volume de crédito. O desafio é
saber, em um único movimento, obter
as vantagens e mitigar os efeitos colaterais, de forma a obter um benefício
substancial e generalizado.
Evolução da indústria do cartão de crédito na Coréia*
150%
100%
50%
0%
2000
2001
2002
2003
2004(est)
-50%
Crescimento de recebíveis %
Crédito com problemas %
*Dong He, Effie Yao and Kim-hung Li. The growth of consumer credit in Asia. http://www.info.gov.hk/
hkma/eng/public/qb200503/fa2.pdf, 2005.
Próximos passos
O conhecido caso dos cartões na
Coréia é utilizado nos MBAs internacionais para discutir uma série de
aspectos do financiamento do consumo, especialmente da agressividade na comercialização. Ele leva a
pensar em estratégias que reestruturem todo um mercado e as instituições envolvidas.
Também é um exemplo inspirador
de como pode funcionar a colaboração público-privada, em benefício de
ambos e do consumidor
Palestra
Os Novos Caminhos do Varejo
Patrocínio
Dra. Tereza Fernandez Dias da Silva
Diretora da MB Associados
Luciano Zafalon
18 de agosto de 2005 às 8:30, com café da manhã
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artigo
Arquivo ACREFI
A economia descolada
da crise política
Desde que surgiu a primeira denúncia no caso dos Correios envolvendo
o deputado Federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) passei a acompanhar,
com muita atenção, o Risco Brasil e os
demais indicadores.
Quando o deputado concedeu
entrevista, atirando para todos os
lados, não me restavam dúvidas de
que, naquela mesma segunda-feira,
os indicadores econômicos ficariam
sobressaltados. Mas, para minha surpresa, permaneceram comportados
até demais. Pensei: nos próximos dias,
quando a situação piorar, o mercado
vai enfim, ficar nervoso.
Pois bem, espero até hoje esse
momento em que a crise política
sem precedentes por que passamos
vai contaminar a economia. Já estou
me cansando. É bom ficar claro que
nunca torci pela piora da economia.
Não compactuo com os pessimistas.
Apenas não acreditava que fosse
possível um descolamento entre política e economia.
E por que, dessa vez, a economia
não foi contaminada? Existem fatores objetivos e alguns subjetivos:
A relação dívida / PIB, que ultrapassou os 62% no auge da crise de
confiança em 2002, agora está beirando os 50%, com tendência clara
de queda.
O superávit da balança comercial
não pára de bater recordes, apesar
de o Real estar tão sobrevalorizado.
O engraçado é que o superávit
aumenta a cada mês e o dólar vem
JOSÉ ARTHUR ASSUNÇÃO, VICE-PRESIDENTE DA ACREFI
E DIRETOR DA ASB FINANCEIRA
caindo ainda mais. É mágica? Não
creio. Já não acredito em mágicas há
muitos anos.
O que vem acontecendo chama-se
ganho de produtividade. Nossas empresas estão muito competitivas e
ganham mercado dia a dia. O cenário para exportação é o pior possível: dólar em níveis de fevereiro de
2002, portos e estradas que não contribuem em nada para o escoamento
da produção e juros proibitivos à atividade produtiva. Imagine de quanto
seria o saldo da nossa balança se as
condições fossem menos piores. Nem
digo favoráveis!
Voltando ao nosso tópico, ou seja,
por que a crise política não vem interferindo na economia, outro fator é o
controle da inflação. Está muito claro
que o Banco Central não vai se descuidar da inflação. Muito pelo contrário. Vem chegando ao extremo do
conservadorismo para acertar o centro da meta estipulado. O que dá
garantia aos investidores de que os
preços seguirão estáveis e de que
nada vai interferir em suas políticas,
mesmo que desagrade grande parte
da sociedade.
Mas de todas as armaduras de
que se reveste a economia talvez a
mais importante seja o nível de reservas do País. Hoje, mesmo sem a renovação do acordo com o FMI, temos
reservas suficientes para resistirmos a
possíveis especulações.
Citei também algumas questões
subjetivas que fariam diferença nesse
10
momento. A primeira é o fato de existir muita liquidez internacional.
Uma segunda, ainda mais subjetiva, é o fato de um governo de
esquerda estar no poder há quase
três anos e não ter havido nenhuma
ruptura. Já se notou, nesse País, que,
seja de direita, de esquerda, de centro ou do que for o governo, a economia tem sua trajetória muito bem
definida e cada vez mais ortodoxa.
Muita gente vem dizendo que,
uma hora, a crise política vai acabar
respingando na economia. Já explicaram até que a infecção demora
um certo tempo até chegar ao setor
produtivo.
Não restam dúvidas de que é
assim que acontece. Mas é importantíssimo ressaltar que o primeiro
impacto é sempre sentido no mercado financeiro. As crises que contaminam o setor produtivo são iniciadas primeiramente no mercado,
com a elevação da percepção de risco
do país. E isso não aconteceu, pelo
menos até agora. E não me parece
que vai acontecer. Então por que
tanta certeza de que haverá uma
crise na economia real?
A economia finalmente está descolada da política. Pode ser que tudo
mude no futuro? Pode. Tudo pode.
Mas eu não apostaria minhas fichas
num cenário negativo. O cenário
será de muitas incertezas políticas,
mas de muitas certezas na economia. Aposto num cenário de contínuo desenvolvimento
FINANCEIRO
artigo
Mercado internacional
mantém desempenho
econômico do Brasil
A
Luiz Carlos Casagrande
pós quase dois meses da crise política ter se instaurado no país, a grande surpresa está no desempenho da economia, que até o momento não foi
afetado nos seus principais indicadores, diferentemente de
2002, quando a corrida sucessória provocou uma forte desvalorização cambial com todas as suas conseqüências. Pelo
contrário, apesar da moeda brasileira ter se valorizado 12%
até meados de julho, a balança comercial segue apresentando superávits recordes e a atividade econômica continua positiva, somando o resultado ligado ao setor externo
com o crescimento, embora menor, do mercado interno,
apesar do nível das taxas de juros locais. Sem surpresas,
o resultado fiscal acumula superávit primário superior ao
estipulado como meta. Finalmente, a queda da inflação é
consolidada a partir do mês de maio, abrindo caminho para
o início do processo de queda de juros.
Na verdade, o desempenho do mercado internacional é
hoje, âncora da economia brasileira e o principal responsável pela sua “blindagem”. Esse crescimento está sendo capitaneado pelos Estados Unidos com reflexos nas economias
emergentes (China, Índia, Rússia, Brasil, entre outros) e minimizando o fraco desempenho do resto do mundo desenvolvido (Europa e Japão). Aparentemente, apenas um risco
aparece, no curto prazo, que possa reverter esse ciclo virtuoso – o petróleo. A aproximação do inverno do hemisfério
norte, associada a um aumento de demanda e uma rigidez
de oferta estão indicando a possibilidade de uma elevação
mais forte no preço dessa commoditie, que segundo algumas previsões podem atingir US$ 70,00/barril. O impacto
desta elevação de preço na inflação americana pode exigir
do seu banco central um aperto maior de política monetária
que se traduza em uma movimentação brusca nas taxas longas de juros que reverta o movimento dos capitais.
Este comportamento da economia mundial tem sido responsável por boa parte dos sucessos obtidos na política
econômica brasileira. O desempenho da balança comercial
está sendo por ele alavancado, pois possibilitou às empresas o aumento das exportações além de sancionar o reajuste de preços, não apenas das commodities, mas também
ACREFI
11
Luciano Zafalon
TEREZA MARIA FERNANDEZ DIAS DA SILVA, SÓCIA DA MB ASSOCIADOS
dos produtos manufaturados. Com isso, o desempenho
de nossas transações correntes com o exterior segue positivo, com a respectiva diminuição da captação de poupança externa. Além disso, o excesso de liquidez no mercado internacional associado aos baixos níveis das taxas
de juros, atrai para os países emergentes em geral, e para
o Brasil de maneira particular, capitais especulativos que
buscam resultados mais positivos nas suas aplicações.
A questão que se coloca é saber quais os pontos que
poderão reverter este movimento, fazendo com que as
variáveis possam se deteriorar. Dito de outra forma, o que
poderia fazer com que os investidores estrangeiros se desfizessem de suas posições provocando alterações relevantes nos indicadores econômicos.
O receio dos agentes está associado à possibilidade,
por mais remota que seja, de alguma mudança na condução da política econômica, na direção de um caminho
menos ortodoxo. Isso significa, que a imagem do ministro
Palloci não pode ser arranhada e sua força na condução
do Ministério da Fazenda, em nenhum momento questionada. Um segundo ponto está associado ao presidente
da República. O sistema não trabalha com a possibilidade
de que algum fato possa arranhar de maneira importante
a imagem do presidente Lula implicando em seu afastamento do cargo. Dois outros pontos, menos prováveis de
ocorrer no momento, podem assustar os agentes: 1) possibilidade de uma tentativa de aproximação e manipulação
dos movimentos sociais, que de alguma maneira possa ser
associada ao estilo do presidente Chavez, da Venezuela e
2) aprovação por parte do Congresso de um “desajuste”
fiscal, ou seja, algum procedimento que indique deterioração importante nas contas públicas e dificuldades de
manutenção do superávit primário de 4,25% do PIB.
A dificuldade analítica de associar probabilidade para
que aconteça um ou outro fato está ligada à velocidade
na qual a crise está evoluindo. O número de fronts abertos, de setores envolvidos e de notícias veiculadas, dificulta
qualquer previsão, além do que, fatos novos ainda estão
surgindo aumentando a fragilidade da situação
mercado de capitais
Divulogação
Novas tendências
abrem caminho para
captações estruturadas
Até não muito tempo atrás, as carteiras de investimentos em renda fixa
eram compostas, na sua grande maioria, por títulos públicos pós-fixados
e CDBs de bancos de conglomerado.
Mesmo as debêntures, tendo em vista
a falta de padronização, tinham papel
secundário nas estratégias dos administradores de carteira, e acabavam
por ficar restritas aos fundos de pensão e a alguns poucos investidores
institucionais. Era relativamente fácil
manter um grau de risco baixo com
rentabilidade: os títulos públicos e o
CDBs dos grandes bancos cumpriam
este papel com maestria.
Recentemente, entretanto, a perspectiva de redução do déficit e,
por conseguinte, do financiamento
público, vem abrindo espaço para uma
política monetária mais próxima dos
países desenvolvidos, onde a oferta de
títulos públicos tende a ser cada vez
menor, e as alternativas mais rentáveis, no segmento privado, têm vez.
De fato, já podemos perceber que
uma parcela, ainda que pequena, dos
investimentos está migrando do “porto
seguro” dos títulos públicos para as
oportunidades em investimento privado. As debêntures vêm ganhando
relevância, apesar das emissões ainda
estarem muito concentradas em emissores ligados a conglomerados, principalmente, financeiros. A expectativa é de que a padronização das
debêntures, recentemente regulada
pela Comissão de Valores Mobiliários –
PATRÍCIA BENTES, SÓCIA-DIRETORA DA HAMPTON SOLFISE
CVM –, estimule a liquidez, tornando
os prêmios mais condizentes com o
risco de crédito, e atraindo emissores
tais como as grandes empresas de
capital aberto.
Outros papéis que têm atraído o
interesse dos investidores são os chamados “papéis estruturados”, entre
eles, as cotas dos Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios FIDCs, os Certificados de Recebíveis
Imobiliários - CRIs, os Certificados de
Crédito Bancário - CCBs e os Certificados de Crédito Rural - CCRs.
Do ponto de vista dos investidores, estes papéis quando estruturados com qualidade, significam retorno
mais atraente com mitigação de riscos, que seriam difíceis de avaliar e
precificar, não fosse a natureza estruturada destes papéis. Por outro lado,
do ponto de vista dos emissores, estes
papéis significam a captação de recursos mais baratos e/ou mais longos
através de outro mercado que não o
de dívida: o mercado de capitais.
A principal questão para o emissor
é: como emitir um papel com um
retorno maior que o oferecido pelos
títulos públicos, sem aumentar substancialmente o risco do investidor e a
um custo e prazo competitivos quando
comparado ao custo de dívida?
A resposta está na capacidade de
mitigar riscos através de contratos
bem estruturados, que passam pela
qualidade da governança corporativa dos emissores.
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Papéis estruturados com qualidade requerem a adoção de mecanismos de controle de desempenho
e de liquidação antecipada nos casos
de deterioração do ambiente econômico. Falhas na produção de garantias, na documentação e a contaminação por outros passivos não identificados no processo de estruturação
do papel, estão entre os riscos que
podem ser facilmente mitigados.
O emissor deve sempre lembrar
que, para efetivar uma colocação
ampla e bem sucedida do seu papel,
o material para a oferta de distribuição deve conter detalhes sobre o
modus operandi da empresa emissora, seu histórico corporativo e
outras informações que serão passadas ao mercado investidor, em
geral, pela primeira vez. Sai, portanto, na frente no ranking das
colocações bem sucedidas, aquele
emissor que já vem trabalhando
para melhorar os seus controles
internos, compor um quadro gerencial com boa qualidade técnica,
resolver questões sucessórias, entre
outros fatores que convertem a
governança corporativa em um forte
aliado na captação de recursos via
o mercado de capitais.
Ter o mercado de capitais como
fonte de recursos para os seus negócios é realidade para a maioria das
empresas no mundo e, porque não,
em breve uma realidade para a
maioria das empresas no Brasil
FINANCEIRO
artigo
Um dia sem seguro
Divulgação
Divulgação
O
mercado de seguros comemorou no dia 14 de maio,
o “Dia Continental do Seguro”. A data, instituída
há mais de cinqüenta anos para estimular a aproximação entre os profissionais de seguros das Américas, deve
servir também - particularmente quando se intensificam as
relações entre os países do nosso continente - para fazermos uma reflexão sobre o papel do seguro na sociedade.
O setor de seguros, previdência complementar e capitalização é responsável pelo dinamismo de diversos segmentos da economia que os números, por si só, nem
sempre revelam. O que significam os R$ 29,4 bilhões de
indenizações e benefícios pagos no ano passado? Se analisarmos, por exemplo, o ramo de automóveis, vamos
constatar que o valor de R$ 6,9 bilhões pago em cerca de
1,8 milhão de sinistros equivale à metade do faturamento de uma montadora como a Volkswagen, que produz
cerca de 570 mil veículos por ano e tem 24 mil empregados. E as 170 mil indenizações anuais (média de R$ 22 mil)
por óbitos representam cerca de 30% dos falecimentos
ocorridos na faixa etária da população economicamente
ativa (entre 20 e 74 anos).
Meu sentimento é de que as pessoas – embora suas vidas
estejam marcadas individual e coletivamente pela proteção
dos seguros –, não têm consciência da sua importância. E não
têm porque é muito difícil imaginar como seria um dia sem
seguro, ou seja, um dia em que os riscos de todas as atividades humanas deixariam de estar cobertos por seguros.
Se isso acontecesse, os aviões não levantariam vôo,
os navios não deixariam os portos e o transporte de pessoas em geral não funcionaria pela falta da proteção do
seguro de vida e acidentes pessoais. Milhares de atendimentos médico-hospitalares não se realizariam sem
seguro-saúde. Milhares de veículos provavelmente não
circulariam porque seus proprietários não correriam o
risco de acidentes sem o seguro de automóveis. Conseqüentemente, milhares de oficinas e seus empregados
não teriam trabalho e poucos carros novos seriam vendidos porque muito pouca gente se arriscaria a retirar um
veículo das concessionárias sem antes fazer o seguro. As
grandes plantas industriais parariam de produzir porque
os empresários, certamente, não admitiriam que seus investimentos e seus empregados ficassem expostos aos riscos sem
ACREFI
13
a cobertura do seguro. O comércio sofreria um impacto
sem precedentes, com os produtos presos em seus depósitos e impedidos de chegar a seus destinos, dentro dos
países e no exterior, por falta da cobertura do seguro e
o desenvolvimento tecnológico ficaria estagnado porque
nenhum avanço acontece, nenhum satélite é lançado ao
espaço sem a proteção do seguro.
De um modo geral, todas as pessoas e atividades seriam
afetadas em suas vidas e seus negócios se houvesse “um dia
sem seguro”. Os prejuízos sócio-econômicos equivaleriam
aos de uma imensa greve geral sem piquetes e passeatas,
mas com seqüelas que permaneceriam indefinidamente no
inconsciente das pessoas.
Se acontecesse “um dia sem seguro” e se esse dia fosse
o dia 11 de setembro de 2001, por exemplo, as vítimas do
atentado de Nova Iorque não receberiam as indenizações,
calculadas entre 70 e 100 bilhões de dólares, por morte,
danos materiais, lucros cessantes etc...
O papel do seguro, em seu conceito mais abrangente, é
esse: dar às pessoas tranqüilidade para sonhar, ousar e realizar com a certeza de que os riscos de viver e trabalhar têm
a proteção de uma instituição, a instituição seguro. Um fato
narrado pelo escritor italiano Giovanni Pappini em uma de
suas histórias sobre uma visita a Nova Iorque retrata bem
essa questão. Diz ele que, muito impressionado com a grandiosidade da cidade vista dos últimos andares do Empire
State Building, comentou que lhe parecia impossível que os
homens tivessem sido capazes de construir tudo aquilo.
O empresário Henry Ford, também presente, ao ouvir
o comentário de Pappini, teria argumentado: “O senhor
se engana quando pensa que essa cidade foi feita pelos
homens. Quem a fez foram os seguros. Sem seguro não
teríamos os edifícios, porque nenhum homem se atreveria
a trabalhar nessas alturas com o risco de cair e morrer, deixando sua família na miséria; sem seguro, nenhum empresário investiria milhões em uma construção como esta
sabendo que uma simples fagulha poderia reduzir tudo a
cinzas; sem seguro, nada circularia pelas ruas porque ninguém correria o risco de, a qualquer momento, sofrer um
acidente sem cobertura. E isso não acontece só nos Estados
Unidos, mas em todo mundo, cuja tranqüilidade repousa
sobre a base dos seguros.”
Rogério Reis/Pulsar Imagens
JOÃO ELISIO FERRAZ DE CAMPOS, PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE
SEGUROS E DE CAPITALIZAÇÃO - FENASEG
comércio varejista
Tendências Consultoria Integrada
Associação com bancos dá início a uma
fase mais madura das redes de varejo
Estratégia de parceria com grandes instituições financeiras deve
viabilizar a continuidade da expansão de crédito e vendas
Limite para alavancagem
explica o timing dos acordos
O desencadeamento da onda
de anúncios ao longo do segundo
semestre do ano passado relaciona-se com o fato de as redes
varejistas, que tradicionalmente
financiam seus clientes com recursos próprios, terem atingindo um
ponto de saturação quanto à alavancagem em suas carteiras de
crédito, como resultado da rápida
reação das vendas do comércio
desde a segunda metade do ano
anterior.
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O risco de descontrole
da inadimplência é
muito menor que nos
anos pós-Plano Real
Neste sentido, a associação com
instituições financeiras com expertise em crédito e, sobretudo, com disponibilidade de funding incomparavelmente maior, mostra uma decisão
acertada dos varejistas, que, desta
forma, sinalizam que não repetirão
os erros que vitimaram redes tradicionais nos primeiros anos após
o Plano Real, quando surtos de
inadimplência mostraram-se mortais
para empresas com elevada alavancagem em suas carteiras de crédito.
Seria possível argumentar que o
risco de descontrole da inadimplência hoje é muito menor que nos primeiros anos pós-Plano Real, tanto
por um processo de auto-seleção no
comércio, que fez com que prevalecessem apenas as redes mais hábeis
em gerir crédito, quanto pelo menor
risco de crises macroeconômicas, o
que limitaria a importância das associações com os bancos.
De fato, o atual regime macroeconômico, ancorado no regime de
*Veículos com até 10 anos de uso.
Por adicionar expertise na gestão do
crédito e, principalmente, por proporcionar um expressivo aumento na disponibilidade de funding para ampliar a
carteira, a onda de associações estratégicas de empresas varejistas com grandes bancos – cujos destaques foram a
aliança das Casas Bahia com o Bradesco
e do Pão de Açúcar com o Itaú - representa uma estratégia altamente promissora destas redes como forma de
viabilizar a continuidade da expansão
das vendas do comércio.
Em razão disso, esperamos que o
segmento de bens duráveis continue a
ser o destaque do varejo no decorrer
deste ano. Tomando por base a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE,
projetamos crescimento real de 14,6%
das vendas dos segmentos de móveis
e eletrodomésticos, o que representa
um número bastante significativo,
tendo em vista que este alcançou
algo próximo a 25% no ano passado.
Para o comércio como um todo, a
expectativa é de 4,2% de alta.
Inadimplência no comércio x taxa Over-Selic
20%
70%
18%
60%
16%
14%
50%
12%
10%
40%
8%
30%
6%
4%
20%
2%
10%
Inadimplência (esq.)
câmbio flutuante, metas de inflação e Lei de Responsabilidade Fiscal, afastou do horizonte o risco de
saltos na Selic, na magnitude dos
observados em abril de 1995, novembro de 1997 e fevereiro de 1999
– períodos em que a taxa básica de
juros ultrapassou 40% ao ano.
Contudo, nem sempre as ondas
de inadimplência decorrem de fortes elevações na taxa de juros,
como ocorreu no primeiro semestre
de 1997, quando houve um novo
recrudescimento da inadimplência
ao mesmo tempo em que a taxa Selic
vinha recuando (figura 1). Ocorre
que períodos de maior otimismo,
como o atual, podem gerar igualmente ondas de inadimplência caso
jan/05
jan/04
jan/03
jan/02
jan/01
jan/00
jan/99
jan/98
jan/97
jan/96
jan/95
0%
Over-Selic (dir.)
Acordos envolvem o
compartilhamento de
informações sobre os
clientes
um eventual “excesso de confi ança”
tanto dos consumidores quanto dos
ofertantes de crédito provocar um
descontrole do endividamento.
É verdade que, até o momento,
não há evidências de que os consumidores estejam prestes a atingir níveis
preocupantes de endividamento. Em
relação ao crédito para pessoas físicas em atraso há mais de 15 dias, a
taxa mantém-se relativamente estável ao redor de 12,5% desde o início
do ano, sendo que o nível atual é
o mais baixo desde 2002, quando
teve início a série do Banco Central.
Quanto à inadimplência no comércio, o indicador de registros junto ao
SCPC, que havia apresentado alta de
1,7 ponto porcentual entre março e
maio, voltou a recuar para os níveis
observados no início do ano, ao
redor de 5%.
Entretanto, à medida que o comércio entrar em uma fase mais madura,
a necessidade de promover uma gestão mais acurada da concessão de
crédito torna-se cada vez maior, o
que confirma a importância de os
varejistas agregarem a expertise dos
bancos na gestão de suas carteiras.
Ganho não se resume ao
aumento do funding
O aumento da disponibilidade de
recursos para ampliar as vendas a
prazo, representa a vantagem mais
visível para o comércio da associação com os bancos, mas há outras
igualmente relevantes.
Na maior parte dos casos, os acordos envolvem o compartilhamento
de informações sobre o histórico de
crédito dos clientes, alguma forma
de rateio dos riscos envolvidos neste
tipo de operação, bem como a possibilidade de oferecimento de serviços financeiros, como crédito pessoal, seguros, etc.
Como é sabido, quanto mais
informação sobre o cliente, maior a
Aqui, segurança, conforto e credibilidade
não são opcionais. São itens de série.
ABN AMRO – Aymoré Financiamentos.
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RINO
Figura 1
comércio varejista
capacidade de prever o risco de crédito da transação. Neste aspecto, as
empresas varejistas e os bancos possuem grande complementaridade.
Por um lado, as grandes redes possuem um valioso cadastro de clientes habituais, sendo que boa parte
deles nem sequer, possui conta bancária. Paralelamente, além de as
grandes instituições financeiras possuírem históricos de comportamento
de um contingente muito grande de
clientes próprios, inclusive de usuários de cartões de crédito, há algumas fontes de informações que são
de uso exclusivo delas, tal como o
Sistema de Informação de Crédito
(SCR), gerido pelo Banco Central,
que contém dados de todos os tomadores de recursos, pessoas físicas e
jurídicas, com dívidas acima de R$ 5
mil, incluindo valores em atraso e
a existência de garantia real para o
empréstimo.
Do ponto de vista da economia
como um todo, o aumento da participação do sistema financeiro no
financiamento do consumo também
é importante, já que as instituições
que dele participam estão sujeitas
a uma supervisão mais rigorosa
quanto à qualidade de sua carteira
de crédito. Em razão disso, pode-se
dizer que tal processo contribui para
reduzir o risco de novos surtos de
inadimplência no País.
Quanto ao potencial para ampliar o
leque dos negócios, as redes de varejo
apresentam uma série de vantagens
para a comercialização de produtos financeiros, podendo-se destacar as seguintes:
Varejo traz vantagens
para a comercialização
de produtos
financeiros
I - Primeiramente, o oferecimento
de serviços financeiros eleva o fluxo
de pessoas às lojas ao mesmo tempo
em que alcança os indivíduos que
não utilizam a rede bancária.
II - Em segundo lugar, os custos de
uma loja física são significativamente
menores que os de uma agência bancária, além de disporem de horário de
funcionamento mais flexível.
III - Em terceiro, ao oferecerem
serviços financeiros, as redes de
varejo conseguem um importante
diferencial competitivo em relação
ao comércio online, o que representa
uma necessidade urgente, tendo em
vista que as lojas eletrônicas vêm
ganhando rápida participação de
mercado graças a seus menores custos quando comparados ao comércio tradicional.
Dadas todas as vantagens que a
associação com os bancos confere
às grandes redes de varejo, cabe
perguntar, então, qual o impacto
sobre a competitividade do pequeno varejo, com o qual interessam
menos aos bancos fazerem parceria.
De um lado, os pequenos varejistas podem continuar contando
com a vantagem do conhecimento
de localidades geográficas bastante
específicas, como as pequenas cidades ou bairros mais periféricos das
grandes cidades. Uma segunda opção,
mais geral, que vale para pequenas
lojas de shoppings, por exemplo, é
a de concentrar a estratégia de vendas em meios de pagamento eletrônicos, principalmente em cartões de
débito e crédito, os quais eliminam
o risco de crédito para o varejista. A
este respeito vale ressaltar, inclusive, que tem crescido o oferecimento da modalidade de “parcelamento no cartão”, nas quais as
condições de juros são bem mais
vantajosas que as da opção de parcelar a fatura com a administradora do cartão
(Adriano Pitoli - [email protected])
Tendências Consultoria Integrada
Sócios: Mailson da Nóbrega, Gustavo Loyola,
Nathan Blanche, Denise de Pasqual, Edward
Amadeo, Ernesto M. Guedes Filho, Gesner Oliveira,
José Márcio Camargo e Roberto Padovani.
Fone: (011) 3052-3311 - Fax: (011) 3884-9022
e-mail: [email protected]
Equipe Setorial
Coordenação: Denise de Pasqual
Analistas: Adriano Pitoli, Amaryllis Romano, Elton
Bicudo e Sérgio Conti
Banco de Dados: Camila Saito
Suporte: André Silva, Camila Saito e Alexandre
Gallotti
Edição: Benedito Sverberi
Vendas e Marketing: Vilma Garcia:
[email protected]
análise setorial
Qual o caminho da
inadimplência?
Divulgação
Divulgação
P
esquisas nos apontam perigos e crescimento da inadimplência, assim como nós mesmos, analistas do
mercado estamos atentos a este movimento. Há
uma tendência de quando há aumento das taxas de juros
haver um aumento da taxa de inadimplência. Porém, segundo os dados do BC, atualizados até maio, antes do
fechamento desta edição, a inadimplência financeira do
Sistema Nacional tem caído em algumas operações ou, no
mínimo, se estabilizado.
A relação entre provisão total do sistema e o saldo total
de crédito apresenta uma tendência de queda. Em maio,
esta relação foi de 6,1%, contra o valor de 6,2% para o mês
de abril e contra uma relação de 6,5% para maio de 2004,
momento no qual a economia se apresentava em franca
expansão. As provisões totais somaram em maio, R$ 31.740
milhões, sendo deste total R$ 2.367 milhões são de créditos
de maior qualidade, classificados nos níveis de riscos que
engloba AA-A-B, representando 7,5% do total de provisões. O montante de provisão classificada nos níveis C-D-E
somam R$ 7.531 milhões representando 23,7% das provisões totais. Os demais níveis, F-G-H, o crédito de pior qualidade, soma provisões de R$ 21.842 milhões, representando 68,8% do total no mês de maio.
Inadimplência PF: A inadimplência de pessoa física
é normalmente alta, e bastante superior ao de pessoa
jurídica, simplesmente por uma pessoa física típica apresentar um poder econômico menor do que de qualquer
empresa. Nas notas econômicas à imprensa do Banco
Central, é considerada inadimplência de modalidades, os
créditos em atrasos de mais de 15 dias, separados ainda
de 15 a 90 dias e acima de 90 dias.
Cheque especial: A modalidade de cheque especial historicamente apresenta uma tendência de estabilidade no
saldo de crédito. Em maio, este percentual de atraso total
foi de 7,2%, queda de 0,5 p.p. em relação ao mês anterior.
Em relação a maio de 2004, a taxa é 1,1 p.p. inferior, sendo
que neste mês a taxa havia alcançado 8,3%.
Aquisição de bens excluindo-se veículos: A modalidade de aquisição de bens - outros apresenta a maior taxa
de inadimplência entre as modalidades PF. Esta modalidade é característica das linhas brancas e crediários em
lojas de departamento. Em maio, a inadimplência total
foi de 18,6%, inferior ao mês anterior quando o percentual foi de 19,3% e 0,3 p.p. inferior a marca registrada em
maio de 2004 de 18,9%.
Aquisição de Veículos: Modalidade de volume signifi cativo entre as modalidades PF, perdendo somente para
a modalidade de Crédito Pessoal, porém, é uma modalidade de fácil recuperação do crédito, já que normalmente apresenta o próprio bem como garantia. Em maio, a
inadimplência total foi de 8,4%, superior em 0,3 p.p. ao
mês anterior, mas refletindo queda quando comparado a
maio de 2004, quando havia apresentado inadimplência
total de 10,2%.
Crédito Pessoal: Esta modalidade apresenta o maior
volume entre as modalidades PF. Em maio, o saldo total
foi de R$ 54.434 milhões. As operações de crédito consignado são contabilizadas nesta modalidade e totalizaram
em maio, segundo pesquisa do BC, com 13 instituições, R$
17.827 milhões, representando 41,4% da certeira. A inadimplência da carteira total foi de 10,4% no mês de maio,
contra 11,1% no mês anterior e 12,2% no mesmo mês do
ano anterior. O atraso de 15 a 90 dias representou inadimplência de 5,1% nos últimos dois meses e de 5,7%
em maio de 2004. As operações em atraso acima de 90
dias representaram 5,3% em maio, contra 6,0% em abril
e 6,5% em maio de 2004, confirmando a tendência de
queda. Esta modalidade apresenta um fator a mais na
redução da inadimplência. Com o aumento do volume de
crédito consignado e sua representação na carteira total
desde janeiro de 2004, 174,7% e 13,9 p.p. respectivamente, há uma tendência de queda devido ao risco inferior,
apesar de existente, da inadimplência nestas operações.
De uma maneira geral, a taxa de inadimplência fi nanceira vem se mantendo ou até caindo devido há um,
ainda existente, crescimento econômico
Colaborou o Analista Gustavo Pedreira.
Rogério Reis/Pulsar Imagens
PROF. DR. ALBERTO BORGES MATIAS, PRESIDENTE DO INEPAD - INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO
palestra
Juros baixos, estrutura
enxuta e crédito vigoroso
Flávio Roberto Guarnieri
“Sistemas financeiros comprados” foi o tema do ciclo de palestras promovido pela Acrefi e desenvolvido pelo economista Joe Akira
Yoshino, Phd em Finanças pela Universidade de Chicago e professor
da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.
O estudo, inédito, é produto de
dez anos de pesquisa de Akira Yoshino
e analisa profundamente os sistemas
financeiros dos Estados Unidos, durante um longo período da história –
de 1934 a 2003, abrangendo momentos significativos como o pós-guerra,
entre outros – correlacionando seu
comportamento com inflação e taxas
de juros e estabelecendo um paralelo
com países como Brasil e Argentina:
“Os Estados Unidos são um bom benchmark para esse estudo”, explica o
economista.
De acordo com ele, a estabilidade macroeconômica (representada e medida pela inflação) é fundamental para que o sistema financeiro exerça sua bem sua principal
função, que é a de fazer a intermediação do dinheiro.
Aproveitando a experiência norte-americana e os efeitos registrados sobre a rede bancária naquele
País, o professor Joe Akira Yoshino
afirma que é possível constatar que
quando se tem inflação e juros
nominais altos, a tendência é serem
alocados mais recursos no sistema
Flávio Roberto Guarnieri
Flávio Roberto Guarnieri
Em encontro na Acrefi, o economista Akira Yoshino apresenta
estudo sobre sistemas financeiros dos Estados Unidos
Encontro abordou pesquisa que abrange de 1934 a 2003
Inflação e recursos alocados nos Bancos. US:1934-2003
Pearson Correlations
US T-Bill
Number of Bank offices
Number of Bank Branches
Number of Commercial Bank Employees
Commercial Bank Employees per Branche
0,686(*)
0,655(*)
0,784(*)
-0,695(*)
(*) Correlation is significant at 0.01 level (2-tails)
bancário, o que significa maior número de agências e de funcionários
contratados. E o movimento contrário é verdadeiro: quando os juros
nominais caem, a estrutura do sistema também é reduzida.
Esse estudo não foi replicado
com dados brasileiros, no entanto,
o economista lembra que o movimento nos Estados Unidos foi bastante similar ao nosso. Isso permite
dizer que a mesma relação entre in-
18
flação e estrutura bancária é válida
para o Brasil: espera-se algum enxugamento em razão da queda e da
inflação reduzida.
Com base em dados dos mercados internacionais, o professor Yosnhino também conclui que há uma
forte relação entre a diminuição do
spread e expressivos aumentos no
volume de operações de crédito,
sendo esse um caminho para o crescimento do setor.
FINANCEIRO
banco de dados por INEPAD
TAXAS MÉDIAS
GERAL
DATA
Aplicações % a.a.
Var. p.p.
Captações % a.a.
Var. p.p.
Spread % p.p.
Var. p.p.
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
44,0
43,9
43,9
45,1
45,6
45,7
45,0
46,8
47,5
47,8
48,4
49,4
49,0
-0,2
-0,1
0,0
1,2
0,5
0,1
-0,7
1,8
0,7
0,3
0,6
1,0
-0,4
17
16,7
16,4
17,4
17,5
17,9
17,8
18,3
18,8
19,0
19,4
19,4
19,2
0
-0,3
-0,3
1,0
0,1
0,4
-0,1
0,5
0,5
0,2
0,4
0,0
-0,2
27
27,2
27,5
27,7
28,1
27,8
27,2
28,5
28,7
28,8
29,0
30,0
29,8
-0,2
0,2
0,3
0,2
0,4
-0,3
-0,6
1,3
0,2
0,1
0,2
1,0
-0,2
Variação jun-jun
5,0
2,2
2,8
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
PESSOA FÍSICA
DATA
Aplicações % a.a.
Var. p.p.
Captações % a.a.
Var. p.p.
Spread % p.p.
Var. p.p.
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
62,4
62
63,1
63,2
63,2
63,4
61,5
63,4
64,0
64,0
64,5
65,7
64,7
0
-0,4
1,1
0,1
0,0
0,2
-1,9
1,9
0,6
0,0
0,5
1,2
-1,0
17,4
16,7
17,4
17,5
17,3
17,8
17,6
18,2
18,6
18,7
19,1
18,9
18,4
0,2
-0,7
0,7
0,1
-0,2
0,5
-0,2
0,6
0,4
0,1
0,4
-0,2
-0,5
45
45,3
45,7
45,7
45,9
45,6
43,9
45,2
45,4
45,3
45,4
46,8
46,3
0,2
0,3
0,4
0,0
0,2
0,3
-1,7
1,3
0,2
0,1
0,1
1,4
0,5
Variação jun-jun
5,0
2,2
2,8
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
PESSOA JURÍDICA
DATA
Aplicações % a.a.
Var. p.p.
Captações % a.a.
Var. p.p.
Spread % p.p.
Var. p.p.
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
29,7
29,7
28,8
30,4
31,1
30,9
31,0
32,2
32,4
32,9
33,3
33,7
33,4
-0,3
0,0
-0,9
1,6
0,7
-0,2
0,1
1,2
0,2
0,5
0,4
0,4
-0,3
16,7
16,6
15,7
17,3
17,6
18,0
18,0
18,3
18,9
19,2
19,6
19,9
19,8
-0,2
-0,1
-0,9
1,6
0,3
0,4
0,0
0,3
0,6
0,3
0,4
0,3
-0,1
13
13,1
13,1
13,1
13,5
12,9
13,0
13,9
13,5
13,7
13,7
13,8
13,6
-0,1
0,1
0,0
0,0
0,4
-0,6
0,1
0,9
-0,4
0,2
0,0
0,1
-0,2
Variação jun-jun
5,0
2,2
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
ACREFI
19
2,8
banco de dados por INEPAD
JUROS E SPREAD BANCÁRIO
CRÉDITO PESSOA FÍSICA
CRÉDITO PESSOAL
Taxa Juros
Volume
50,0
47,5
45,0
42,5
40,0
37,5
35,0
32,5
30,0
27,5
25,0
22,5
20,0
17,5
15,0
60.000
78
77
55.000
76
50.000
SPREAD
75
45000
74
73
40.000
72
35.000
71
Aplicações
jun/05
mai/05
abr/05
mar/05
fev/05
jan/05
dez/04
nov/04
out/04
set/04
ago/04
jun/04
jul/04
30.000
70
jun
04
jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun
04 04 04 04 04 04 05 05 05 05 05 05
Taxa de Juros
Volume
Captações
VOLUME DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PESSOA FÍSICA - PREFIXADOS (R$ milhões)
MÊS/ANO
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
AQUISIÇÃO DE BENS
CRÉDITO
PESSOAL
VARIAÇÃO
EM %
Veículos
Variação
Outros
Variação
OUTRAS
OPERAÇÕES
VARIAÇÃO
EM %
TOTAL
VARIAÇÃO
EM %
36.715
37.677
38.712
39.888
41.353
42.439
43.423
44.781
47.218
49.965
52.333
54.345
55.586
2,73%
2,62%
2,75%
3,04%
3,67%
2,62%
2,32%
3,13%
5,44%
5,82%
4,74%
3,84%
2,28%
33.591
34.126
34.740
35.383
35.573
36.754
38.065
38.855
39.340
40.221
40.958
41.795
42.801
1,47%
1,59%
1,80%
1,85%
0,54%
3,32%
3,57%
2,07%
1,25%
2,24%
1,83%
2,04%
2,41%
5.599
5.750
5.925
6.179
6.639
6.840
7.225
7.375
7.313
7.394
7.578
7.992
8.372
1,13%
2,68%
3,05%
4,29%
7,45%
3,02%
5,62%
2,08%
-0,83%
1,10%
2,48%
5,47%
4,76%
5.385
5.331
5.400
5.495
5.559
5.625
5.471
5.621
5.834
6.177
6.437
6.889
7.119
-0,59%
-1,01%
1,31%
1,76%
1,17%
1,18%
-2,74%
2,74%
3,78%
5,88%
4,21%
7,02%
3,35%
99.986
101.362
104.057
106.539
108.478
112.358
113.272
116.987
121.288
125.547
129.844
134.169
136.986
1,77%
1,38%
2,66%
2,39%
1,82%
3,58%
0,81%
3,28%
3,68%
3,51%
3,42%
3,33%
2,10%
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
TAXAS DE JUROS PREFIXADOS - PESSOA FÍSICA (R$ milhões)
CRÉDITO PESSOAL
SALDO TOTAL
AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS
TAXAS DE JUROS
SALDO TOTAL
% Variação % Variação
MÊS/ANO R$ milhões
a.m.
p.p
a.a.
p.p
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
36.715
37.677
38.715
39.888
41.353
42.439
43.423
44.781
47.218
49.965
52.333
54.345
55.586
4,62
4,61
4,71
4,72
4,71
4,71
4,56
4,75
4,79
4,74
4,77
4,88
4,83
-0,04
-0,01
0,11
0,01
-0,01
0,00
-0,15
0,19
0,04
-0,04
0,03
0,11
-0,05
71,90
71,70
73,80
73,90
73,80
73,80
70,80
74,50
75,30
74,40
75,00
77,20
76,20
-0,80
-0,20
2,10
0,10
-0,10
0,00
-3,00
3,70
0,80
-0,90
0,60
2,20
-1,00
R$ milhões
33.591
34.126
34.828
35.383
35.573
36.754
38.065
38.855
39.340
40.221
40.958
41.795
42.801
TAXAS DE JUROS
% Variação
a.m.
p.p
2,61
2,60
2,61
2,58
2,57
2,57
2,57
2,63
2,61
2,64
2,66
2,68
2,65
0,06
-0,01
0,01
-0,04
-0,01
0,00
0,00
0,06
-0,02
0,03
0,02
0,02
-0,03
SALDO TOTAL
% Variação
a.a.
p.p
36,30
36,10
36,30
35,70
35,60
35,60
35,60
36,50
36,20
36,70
37,00
37,40
36,90
AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS
1,00
-0,20
0,20
-0,60
-0,10
0,00
0,00
0,90
-0,30
0,50
0,30
0,40
-0,50
R$ milhões
5.599
5.750
5.921
6.179
6.639
6.840
7.225
7.375
7.313
7.394
7.578
7.992
8.372
TAXAS DE JUROS
% Variação
a.m.
p.p
3,96
3,91
3,93
4,03
4,07
4,13
4,36
4,24
4,19
4,12
3,87
3,87
3,67
-0,04
-0,08
0,02
0,10
0,04
0,06
0,23
-0,13
-0,04
-0,07
-0,25
0,01
-0,21
%
a.a.
Variação
p.p
59,40
58,50
58,80
60,60
61,40
62,50
66,90
64,50
63,70
62,40
57,70
57,80
54,10
-0,50
-0,90
0,30
1,80
0,80
1,10
4,40
-2,40
-0,80
-1,30
-4,70
0,10
-3,70
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD.
20
FINANCEIRO
VOLUME DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - CRÉDITO CONSIGNADO
MÊS / ANO
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
Var. jun-jun
CRÉDITO
PESSOAL
36.715
37.677
38.712
39.888
41.353
42.439
43.423
44.781
47.218
49.965
52.333
54.345
55.586
51,40%
CRÉDITO
PESSOAL % Amostra
AMOSTRA*
29.457
30.202
30.985
31.925
33.178
33.881
34.721
35.522
36.921
39.126
41.470
43.009
44.527
51,16%
80,2%
80,2%
80,0%
80,0%
80,2%
79,8%
80,0%
79,3%
78,2%
78,3%
79,2%
79,1%
80,1%
CONSIGNADO
Públicos
Privados
7.528
1.135
8.072
1.316
8.406
1.463
8.913
1.591
9.581
1.704
10.078
1.805
10.742
1.869
11.080
1.969
11.953
2.065
13.489
2.056
14.422
2.173
15.532
2.320
16.269
2.451
116,11% 115,84%
% Consignado**
Total
8.664
9.388
9.869
10.504
11.286
11.882
12.611
13.049
14.018
15.545
16.595
17.852
18.720
116,08%
CONSIGNADO
TOTAL
Estimativa ABM Risk
Consignado
Pessoal
Diferença***
10.798
11.712
12.330
13.123
14.067
14.884
15.771
16.451
17.927
19.851
20.943
22.557
23.370
38,6%
38,3%
38,5%
39,0%
39,2%
38,5%
39,2%
38,9%
37,4%
38,1%
38,0%
37,2%
37,2%
71,9%
71,7%
73,8%
73,9%
73,8%
73,8%
70,8%
74,5%
75,3%
74,4%
75,0%
77,2%
76,2%
33,3%
33,4%
35,3%
34,9%
34,6%
35,3%
31,6%
35,6%
37,8%
36,3%
37,0%
40,0%
39,0%
29,4%
31,1%
31,8%
32,9%
34,0%
35,1%
36,3%
36,7%
38,0%
39,7%
40,0%
41,5%
42,0%
Taxa de Juros %aa
FONTE: INEPAD / BC * Pesquisa com treze das maiores instituições que operam com crédito pessoal. ** Total consignado sobre o total de crédito pessoal da amostra *** Taxa Crédito Pessoal de Mercado - Taxa de Consignado.
INADIMPLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS
CRÉDITO PESSOAL (R$ mil)
Mês/Ano
Saldo
sem atraso
Com atraso
de 15 a 30 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
de 31 a 90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
maior que
90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Saldo total
CarteiraBrasil
Variação
em %
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
31.874.938
32.846.771
33.605.016
34.395.189
36.330.048
36.429.717
38.174.691
39.269.395
41.398.232
43.853.143
45.958.211
47.958.159
49.552.382
998.004
979.871
1.269.799
1.603.160
1.071.229
1.854.350
910.690
1.081.995
1.113.012
1.263.104
1.224.836
1.364.220
1.306.490
2,72%
2,60%
3,28%
4,02%
2,59%
4,37%
2,10%
2,42%
2,36%
2,53%
2,34%
2,51%
2,35%
1.040.267
1.014.235
1.048.360
1.123.560
1.150.369
1.347.591
1.241.283
1.220.396
1.349.410
1.427.796
1.421.446
1.432.355
1.563.251
2,83%
2,69%
2,71%
2,82%
2,78%
3,18%
2,86%
2,73%
2,86%
2,86%
2,72%
2,64%
2,81%
2.250.929
2.337.093
2.333.029
2.358.439
2.444.849
2.478.395
2.490.724
2.597.523
2.649.416
2.800.103
3.078.013
2.951.453
3.180.469
6,13%
6,20%
6,03%
5,91%
5,91%
5,84%
5,74%
5,80%
5,61%
5,60%
5,88%
5,43%
5,72%
36.715.137
37.676.568
38.712.343
39.888.408
41.353.350
42.438.810
43.422.690
44.781.159
47.218.466
49.965.156
52.332.903
54.344.976
55.585.982
2,73%
2,62%
2,75%
3,04%
3,67%
2,62%
2,32%
3,13%
5,44%
5,82%
4,74%
3,84%
2,28%
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS (R$ mil)
Mês/Ano
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
Saldo
Com atraso
sem atraso
de 15 a 30 dias
30.333.668
30.927.564
31.647.980
32.105.124
32.340.462
33.650.225
35.183.751
35.794.379
36.219.687
36.869.843
37.642.112
38.206.540
39.297.632
1.205.501
1.199.259
1.197.763
1.266.622
1.217.895
1.177.013
1.123.870
1.243.330
1.183.837
1.386.782
1.275.989
1.458.922
1.365.724
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
de 31 a 90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
maior que
90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Saldo total
CarteiraBrasil
Variação
em %
3,59%
3,51%
3,45%
3,58%
3,42%
3,20%
2,95%
3,20%
3,01%
3,45%
3,12%
3,49%
3,19%
1.106.926
1.039.556
1.007.462
1.136.700
1.089.188
1.100.391
954.090
1.025.747
1.156.706
1.205.748
1.278.733
1.384.923
1.397.143
3,30%
3,05%
2,90%
3,21%
3,06%
2,99%
2,51%
2,64%
2,94%
3,00%
3,12%
3,31%
3,26%
941.782
960.569
883.791
871.118
922.225
823.190
800.832
788.925
776.871
756.356
758.170
741.774
737.617
2,80%
2,81%
2,54%
2,46%
2,59%
2,24%
2,10%
2,03%
1,97%
1,88%
1,85%
1,77%
1,72%
33.591.319
34.125.996
34.740.423
35.382.584
35.572.761
36.753.547
38.065.281
38.855.103
39.339.842
40.221.467
40.957.737
41.795.094
42.801.146
1,47%
1,59%
1,80%
1,85%
0,54%
3,32%
3,57%
2,07%
1,25%
2,24%
1,83%
2,04%
2,41%
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
ACREFI
21
banco de dados por INEPAD
INADIMPLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS
AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS (R$ mil)
Mê s/Ano
Saldo
sem atraso
Com atraso
de 15 a 30 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
de 31 a 90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
maior que
90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Saldo total
CarteiraBrasil
Variação
em %
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
4.561.384
4.707.381
4.877.281
5.036.740
5.472.671
5.650.757
6.105.428
6.147.604
5.990.515
5.948.868
6.107.852
6.445.620
8.019.873
226.935
232.066
235.179
263.115
263.448
266.926
247.018
323.728
325.200
364.990
357.857
375.047
470.877
4,05%
4,04%
3,97%
4,26%
3,97%
3,90%
3,42%
4,39%
4,45%
4,94%
4,72%
4,69%
5,62%
249.029
237.290
234.775
261.585
272.977
287.900
246.571
275.200
354.267
417.733
418.795
414.913
554.306
4,45%
4,13%
3,96%
4,23%
4,11%
4,21%
3,41%
3,73%
4,84%
5,65%
5,53%
5,19%
6,62%
552.488
563.322
568.248
608.388
621.100
625.283
616.087
618.340
633.331
652.454
683.148
745.969
1.060.523
9,87%
9,80%
9,59%
9,85%
9,35%
9,14%
8,53%
8,38%
8,66%
8,82%
9,02%
9,33%
12,67%
5.599.317
5.749.605
5.924.969
6.179.110
6.639.404
6.840.214
7.224.939
7.374.918
7.313.439
7.393.980
7.577.546
7.991.679
8.372.285
1,13%
2,68%
3,05%
4,29%
7,45%
3,02%
5,62%
2,08%
-0,83%
1,10%
2,48%
5,47%
4,76%
Fonte: Banco Central do Brasil/ INEPAD
INADIMPLÊNCIA - CRÉDITO PESSOAL - PREFIXADO
Junho/2005 (em R$ mil)
21,6%
Atraso de mais
de 90 dias
3.180.469
INADIMPLÊNCIA - AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS - PREFIXADO
Junho/2005 (em R$ mil)
Atraso de
15 a 30 dias
1.306.490
21,1%
52,6%
25,8%
Atraso de
15 a 30 dias
1.365.724
Atraso de
31 a 90 dias
1.563.251
22,6%
39,0%
Atraso de
31 a 90 dias
1.397.143
15 a 30 dias
288.299
Atraso de
15 a 30 dias
470.877
15,7%
Atraso de mais
de 90 dias
902.839
50,8%
26,6%
39,9%
INADIMPLÊNCIA - OUTRAS OPERAÇÕES - PREFIXADO
Junho/2005 (em R$ mil)
Atraso de
INADIMPLÊNCIA - AQUISIÇÃO OUTROS BENS - PREFIXADO
Junho/2005 (em R$ mil)
Atraso de mais
de 90 dias
1.060.523
Atraso de mais
de 90 dias
737.619
49,0%
35,3%
Atraso de
31 a 90 dias
554.306
Atraso de
31 a 90 dias
650.275
OUTRAS OPERAÇÕES (R$ mil)
Mê s/Ano
Saldo
sem atraso
Com atraso
de 15 a 30 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
de 31 a 90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
maior que
90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Saldo total
CarteiraBrasil
Variação
em %
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
3.429.475
3.403.043
3.427.678
3.411.009
3.453.875
3.586.571
3.579.408
3.654.442
3.796.891
4.060.034
4.212.346
4.477.039
4.514.411
228.923
204.489
220.111
230.730
218.566
186.260
183.304
207.002
214.947
226.263
243.579
302.742
288.299
4,25%
3,84%
4,08%
4,20%
3,93%
3,31%
3,35%
3,68%
3,68%
3,66%
3,78%
4,39%
4,05%
334.332
314.235
319.305
384.060
383.012
348.687
338.569
356.159
381.234
417.153
446.176
501.179
650.275
6,21%
5,89%
5,91%
6,99%
6,89%
6,20%
6,19%
6,34%
6,54%
6,75%
6,93%
7,28%
9,13%
824.206
818.283
821.802
809.917
783.905
778.224
679.473
705.436
716.611
742.541
791.179
890.238
902.839
15,31%
15,35%
15,22%
14,74%
14,10%
13,83%
12,42%
12,55%
12,28%
12,02%
12,29%
12,92%
12,68%
5.385.064
5.330.634
5.400.460
5.495.355
5.559.467
5.625.320
5.471.407
5.621.076
5.833.611
6.176.684
6.436.891
6.888.526
7.119.288
-0,59%
-1,01%
1,31%
1,76%
1,17%
1,18%
-2,74%
2,74%
3,78%
5,88%
4,21%
7,02%
3,35%
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
22
FINANCEIRO
DESEMPREGO
TAXA DE DESEMPREGO (%)
DATA
Brasil
Var. p.p.
SP
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
11,70
11,20
11,40
10,90
10,50
10,60
9,60
10,20
10,60
10,80
10,80
10,20
9,40
-0,50
-0,50
0,20
-0,50
-0,40
0,10
-1,00
0,60
0,40
0,20
0,00
-0,60
-0,80
13,30
12,50
12,60
11,70
11,20
11,20
9,80
11,10
11,50
11,50
11,40
10,50
10,50
TAXA DE DESEMPREGO
Taxa (%)
Var. p.p.
jun
04
ago
04
set
04
out
04
nov
04
dez
04
SP
jan
05
fev
05
mar
05
abr
05
mai
05
jun
05
Var. p.p. mensal Brasil
Fonte: IBGE/INEPAD
Brasil
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul
04
Brasil
RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUALMENTE RECEBIDO (R$)
RENDIMENTO MÉDIO REAL
HABITUALMENTE RECEBIDO (R$)
DATA
0,8
0,6
0,4
0,2
0
-0,2
-0,4
-0,6
-0,8
-1
-1,2
14,0
13,5
13,0
12,5
12,0
11,5
11,0
10,5
10,0
9,5
9,0
8,5
8,0
-0,30
-0,80
0,10
-0,90
-0,50
0,00
-1,40
1,30
0,40
0,00
-0,10
-0,90
0,00
Fonte: IBGE/INEPAD
Variação (p.p.)
Var. %
948,50
954,52
940,96
957,04
945,39
946,10
928,61
948,63
957,77
962,70
945,84
931,74
945,80
1,8%
0,6%
-1,4%
1,7%
-1,2%
0,1%
-1,8%
2,2%
1,0%
0,5%
-1,8%
-1,5%
1,5%
SP
1.106,15
1.097,58
1.081,40
1.099,19
1.081,34
1.082,35
1.060,75
1.088,66
1.105,28
1.119,95
1.082,88
1.079,36
1.094,30
Var. %
1,6%
-0,8%
-1,5%
1,6%
-1,6%
0,1%
-2,0%
2,6%
1,5%
1,3%
-3,3%
-0,3%
1,4%
Fonte: IBGE/INEPAD
1.100
0,025
1.050
0,02
0,015
1.000
0,01
950
0,005
900
0
-0,005
850
-0,01
800
-0,015
750
-0,02
700
-0,025
jun
04
jul
04
ago
04
set
04
Brasil
out
04
nov
04
dez
04
SP
jan
05
fev
05
mar
05
abr
05
mai
05
jun
05
Var. % mensal Brasil
Fonte: IBGE/INEPAD
COMÉRCIO VAREJISTA
VOLUME DE VENDAS
VOLUME DE VENDAS
Data
Hipermercados e
Veículos,Motos,
Índice
Var. %
Var. %
Var. %
Geral
Supermercados
Partes e Peças
160
mai/04
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
Variação
mai-mai
109,37
104,56
109,69
106,50
103,74
111,32
109,58
154,93
105,15
97,10
111,36
107,75
112,29
2,67%
5,0%
-4,4%
4,9%
-2,9%
-2,6%
7,3%
-1,6%
41,4%
-32,1%
-7,7%
14,7%
-3,2%
4,2%
104,27
100,57
107,70
104,86
103,82
112,27
107,59
142,81
106,03
96,37
111,90
104,70
104,59
0,31%
-2,5%
-3,5%
7,1%
-2,6%
-1,0%
8,1%
-4,2%
32,7%
-25,8%
-9,1%
16,1%
-6,4%
-0,1%
113,91
116,80
118,40
121,95
121,56
120,31
125,95
137,60
119,03
99,38
122,56
113,56
115,90
5,2%
2,5%
1,4%
3,0%
-0,3%
-1,0%
4,7%
9,2%
-13,5%
-16,5%
23,3%
-7,3%
2,1%
150
140
130
120
110
100
90
80
mai jun
04 04
Índice Geral
1,75%
Fonte: IBGE/INEPAD
ACREFI
jul
04
23
ago set
04 04
out nov dez jan
04 04 04 05
Hipermercados e
Supermercados
fev mar abr mai
05 05 05 05
Veículos, Motos,
Partes e Peças
banco de dados por INEPAD
PREVISÕES ECONÔMICAS
Ano de 2005
PIB Total % a.a.
PIB Agropecuário % a.a.
PIB Indústria % a.a.
PIB Serviço % a.a.
Produção Industrial % a.a.
3,62
3,09
2,97
2,98
3,96
3,34
3,31
3,18
4,40
3,80
3,59
3,65
2,81
2,60
2,41
2,42
4,67
4,25
4,43
4,30
Selic
Taxa anual
IGP-DI
% a.a.
IPCA
% a.a.
Taxa de Câmbio
R$/US$
Saldo Comercial
US$ bilhões
15,91
18,09
17,88
17,85
6,51
5,10
4,36
3,98
5,75
6,14
5,69
5,60
2,95
2,64
2,56
2,54
Var. p.p.
DATA
Índice de Produção Física
Média Móvel Trimestral
Previsão 03/01/2005
4 semanas antes
1 semana antes
Previsão 22/07
Final de 2005
Previsão 03/01/2005
4 semanas antes
1 semana antes
Previsão 22/07
26,46
35,62
36,36
36,93
Fonte: BC-Focus/INEPAD
ATIVIDADE ECONÔMICA
DATA
Taxa da Utilização da
Capacidade Instalada
mai/04
82,39
1,17
mai/04
106,54
1,4%
jun/04
83,13
0,74
jun/04
107,44
0,8%
jul/04
83,53
0,39
jul/04
108,53
1,0%
ago/04
83,85
0,33
ago/04
109,30
0,7%
set/04
83,76
-0,09
set/04
109,86
0,5%
Var. %
out/04
84,00
0,24
out/04
110,15
0,3%
nov/04
83,40
-0,61
nov/04
110,17
0,0%
dez/04
81,10
-2,30
dez/04
110,62
0,4%
jan/05
81,01
-0,09
jan/05
110,89
0,2%
fev/05
80,60
-0,41
fev/05
110,57
-0,3%
mar/05
83,20
2,60
mar/05
110,39
-0,2%
abr/05
81,90
-1,30
abr/05
110,42
0,0%
mai/05
82,30
0,40
mai/05
111,42
0,9%
Variação mai-mai
Variação mai-mai
0,00
Fonte: CNI/INEPAD
4,58%
Fonte: IBGE/INEPAD
PRODUÇÃO (ÍNDICE) X CAPACIDADE (%)
Capacidade (%)
Produção - Índice
85
112
84
110
83
108
82
106
81
104
80
Fonte: INEPAD
Taxa da Utilização
da Capacidade Instalada
mai/05
abr/05
mar/05
fev/05
jan/05
dez/04
nov/04
out/04
set/04
ago/04
100
jul/04
78
jun/04
102
mai/04
79
Índice de Produção Física
Média Móvel Trim estral
24
FINANCEIRO
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA - AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS, MISTOS, VEÍCULOS COMERCIAIS LEVES E PESADOS
PRODUÇÃO
PRODUÇÃO
(em unidades)
(em unidades)
Data
Produção
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
187.124
187.777
199.843
203.062
190.302
201.893
188.970
160.830
188.514
218.611
203.473
214.907
216.025
Média Trim. Var. Mensal Var. Mensal (%)
178.780
184.708
191.581
196.894
197.736
198.419
193.722
183.898
179.438
189.318
203.533
212.330
211.468
7.900
653
12.066
3.219
-12.760
11.591
-12.923
-28.140
27.684
30.097
-15.138
11.434
1.118
Variação jun/04-jun/05
4,4%
0,3%
6,4%
1,6%
-6,3%
6,1%
-6,4%
-14,9%
17,2%
16,0%
-6,9%
5,6%
0,5%
220.000
210.000
200.000
190.000
180.000
170.000
160.000
150.000
jun
04
jul
04
ago
04
set
04
out
04
nov
04
Produção
dez
04
jan
05
fev
05
mar
05
abr
05
mai
05
jun
05
abr
05
mai
05
jun
05
abr
05
mai
05
jun
05
Média trimestral
15,4%
Fonte: Anfavea/INEPAD
VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS
VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS
(em unidades)
(em unidades)
Data
Vendas
Média Trim.
Variação
Variação(%)
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
123.793
129.300
132.739
139.182
130.473
140.793
155.432
100.909
115.436
149.026
137.759
138.078
140.036
121.054
124.165
128.611
133.740
134.131
136.816
142.233
132.378
123.926
121.790
134.074
141.621
138.624
4.390
5.507
3.439
6.443
-8.709
10.320
14.639
-54.523
14.527
33.590
-11.267
319
1.958
3,7%
4,4%
2,7%
4,9%
-6,3%
7,9%
10,4%
-35,1%
14,4%
29,1%
-7,6%
0,2%
1,4%
Variação jun/04-jun/05
165.000
155.000
145.000
135.000
125.000
115.000
105.000
95.000
jun
04
jul
04
ago
04
set
04
out
04
nov
04
Vendas
13,1%
dez
04
jan
05
fev
05
mar
05
Média trimestral
Fonte: Anfavea/INEPAD
EXPORTAÇÃO TOTAL
EXPORTAÇÃO TOTAL
(em unidades)
(em unidades)
Data
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
Exportações Média Trim.
61.452
61.562
68.434
57.406
62.856
60.579
59.049
45.582
62.015
67.502
70.234
76.055
74521
51.289
57.432
63.816
62.467
62.899
60.280
60.828
55.070
55.549
58.366
66.584
71.264
73.603
Variação jun/04-jun/05
Variação
Variação(%)
12.170
110
6.872
-11.028
5.450
-2.277
-1.530
-13.467
16.433
5.487
2.732
5.821
-1.534
24,7%
0,2%
11,2%
-16,1%
9,5%
-3,6%
-2,5%
-22,8%
36,1%
8,8%
4,0%
8,3%
-2,0%
80.000
75.000
70.000
65.000
60.000
55.000
50.000
45.000
40.000
35.000
30.000
jun
04
ago
04
set
04
Exportações
21,3%
Fonte: Anfavea/INEPAD
ACREFI
jul
04
25
out
04
nov
04
dez
04
jan
05
fev
05
mar
05
Média trimestral
banco de dados por INEPAD
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS E IMPORTADOS - AUTOMÓVEIS (em unidades)
Data
Vendas
1000cc
% no Total
1000cc a 2000cc
% no total
>2000cc
% no total
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
103.260
107.215
109.270
113.456
106.228
116.998
129.579
82.256
95.954
125.031
115.228
114.308
115.277
57.800
58.216
59.743
61.404
60.318
65.451
72.331
44.720
51.736
70.179
63.612
63.376
63.327
56,0%
54,3%
54,7%
54,1%
56,8%
55,9%
55,8%
54,4%
53,9%
56,1%
55,2%
55,4%
54,9%
44.923
48.607
49.074
51.607
45.548
51.019
56.738
37.267
43.924
54.197
51.062
50.509
51.492
43,5%
45,3%
44,9%
45,5%
42,9%
43,6%
43,9%
45,3%
45,8%
43,3%
44,3%
44,2%
44,7%
537
392
453
445
362
528
510
269
294
655
554
423
458
0,5%
0,4%
0,4%
0,4%
0,3%
0,5%
0,3%
0,3%
0,3%
0,5%
0,5%
0,4%
0,4%
Fonte: Anfavea/INEPAD
VENDAS POR CATEGORIA - AUTOMÓVEIS
80.000
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
jun
04
1000 cc
jul
04
ago
04
set
04
out
04
nov
04
dez
04
jan
05
fev
05
mar
05
abr
05
mai
05
jun
05
1000 cc a 2000 cc
26
FINANCEIRO
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cientista político
Dora Kramer, comentarista política do
jornal O Estado de São Paulo
Patrocínio
Organização e coordenação:
Tamer Comunicação Empresarial
Tel: 11 3031 2388
E-mail: [email protected]
Site: www.tamer.com.br
Regina Faconti
Tel: 11 3031 7717
E-mail: [email protected]
Site: www.rfassessoria.com.br
Apoio
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Documentação confiável é um dos principais
requisitos para definir políticas, decidir
limites e reduzir riscos.
Nem todos os proponentes de crédito têm
comprovantes de renda e, muitas vezes, a
documentação apresentada não é confiável,
o que dificulta suas decisões de crédito e
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Esta solução estima a renda das diversas
atividades profissionais, diferenciada
por região, considerando as informações
completas e abrangentes do mercado.
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