Informativo Samarco ed. 5 Ano III

Filiado
Sindicato
METABASE
MARIANA
Nova diretoria
Democracia, transparência e luta
Edição 5- Ano III - 13 de outubro de 2015
(31) 3557-2019 (Mariana) / 3837-6462 (Barão de Cocais)
Informativo oficial do Sindicato Metabase Mariana, Catas Altas, Santa Bárbara, Barão de Cocais, Caeté, São
Gonçalo do Rio Abaixo, João Monlevade, Bela Vista de Minas, Rio Piracicaba e Matipó
A melhor mineradora do Brasil oferece
«esmola» para seus trabalhadores
E
m reunião durante a quarta rodada
de negociação, a Samarco, em
nome da crise, vem mais uma vez
desrespeitando o trabalhador, “batendo o
pé” na sua proposta inicial de 0% de
aumento.
Os representantes do Sindicato,
procurando viabilizar as negociações,
concordaram em abrir mão de alguns
pedidos de cláusulas da pauta de
reivindicações, entendendo que o cenário
se mostra difícil, mas a empresa continua
brincando de negociar, quando na mesa de
negociação não reconhece o valor do que
ela tem de melhor: o seu trabalhador.
Com fórmulas mirabolantes - que
nem o professor pardal entenderia -,
apresentaram contas e querem nos fazer
entender que isso é o melhor que ela tem a
oferecer nesse acordo, e que também é o
melhor para o empregado.
Só pra lembrar aos trabalhadores: a
pauta montada pelo Sindicato foi
respaldada por todos os trabalhadores
quando participaram da pesquisa,
mostrando assim seus anseios.
Entendemos que, em conjunto com o
trabalhador, não estamos pedindo nada
que a Samarco não possa ceder, pois é
uma empresa sólida e consistente no
mercado, e não pode, em nome de uma
crise querer sacrificar seu trabalhador,
fazendo com que estes paguem a conta
dos seus investimentos.
Na semana passada, por exemplo,
houve um recorde de produção e os
trabalhadores continuam sofrendo uma
pressão enorme para que não haja parada
de equipamentos e, quando ocorre, que
sejam liberados o mais rápido possível.
Vamos tentar entender a proposta da
Samarco:
A empresa chegou, após cálculos, a
uma média de salário de nível técnico
operacional de R$3040,00. Em cima desse
valor, está aplicando 4%, que não
representam o aumento solicitado pelo
Sindicato, e sim uma tentativa de
transformar um percentual de aumento em
pagamento de uma só vez. Nesse caso,
totalizariam R$121,60, que multiplicado por
12 meses, somariam R$1459,20, que,
bondosamente, a Samarco arredonda para
R$1460,00. Esse dinheiro ainda seria pago
da seguinte maneira – R$1090,00 na folha
de pagamento e R$370,00 em crédito
adicional no cartão alimentação.
Continuando a proposta da empresa:
ela insiste em querer nos dar 0% de
aumento, um abono de R$900,00 (até
Sindicalize-se!
Ninguém é tão bom quanto todos nós juntos!
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chefe de equipe?), e disse que não
reduziria o valor do cartão alimentação,
mantendo-o em R$665,00. Nós do
Sindicato rejeitamos essa proposta por
entender que ela continua sendo um
desrespeito ao trabalhador.
Na quarta reunião, falar numa mesa
de negociação que aceita a não redução do
cartão alimentação, apresentar uma conta
tentando mostrar um índice de ganho que
não é real e falar que isso é Acordo Coletivo
de Trabalho é inaceitável!
Gestores continuam desrespeitando a
marcação de horas extras
Mais uma vez os chefes de equipe dos turnos
insistem em continuar desrespeitando a legislação e
não cumprindo o acordado no Acordo Coletivo, no
que diz respeito às horas excedentes de entrada e
saída dos funcionários. Segundo acompanhamento
do Sindicato, foi constatado que principalmente os
trabalhadores dos turnos da Mina estão sendo
prejudicados e tendo seus direitos cerceados na não
marcação de suas horas excedentes na jornada.
Portanto, o Sindicato vem acompanhando
esporadicamente a entrada e a saída dos turnos na
portaria da Samarco, onde os trabalhadores chegam
até 20 minutos antes e saem 25 minutos após o
horário previsto.
Exigimos dos representantes de Relações
Trabalhistas que apresentem ao Sindicato - dentro
do prazo de 5 dias - a relação do espelho de ponto
dos trabalhadores que laboram em turno ininterrupto
de revezamento. Por fim, fica advertido mais uma
vez aos “todo-poderosos chefinhos de equipe” que
cumpram com o estabelecido por lei, pois, esta foi a
última advertência referente à gestão da “chibata”.
Estamos de olho!
Nós deixamos uma contra proposta
de um abono de R$25.000,00 reais líquidos
pago de uma só vez para assim darmos
continuidade com seriedade e respeito ao
trabalhador nas negociações do ACT
2015/2016.
Esse abono solicitado contempla as
perdas que viriam nos próximos doze
meses relativos à férias, 13º, FGTS, cálculo
de aposentadoria, PLR, adicional de turno,
periculosidade, insalubridade, horas
extras/in itineres e feriados trabalhados.