Craques incentivam

Transcrição

Craques incentivam
Onde mora a chama da esperança
Periodicidade mensal
|
Ano 2 | Fundada em 2009
|
T
80,00 M
R15
Edição nº 21 | Janeiro 2014 | www.idolo.co.mz
O
EDIÇÃ
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I
ESPEC
ST6/2E7R”
“PO
Págs. 2
O SILÊNCIO MATA
Na rampa da glória
É daqui.
Craques
incentivam
Mexer
Simão Mate
Dominguez
Armando Emílio Guebuza
Presidente da República de Moçambique
Mensagem
de Sua Excia
Chefe do Estado
Moçambicano
4
Editorial
Romper com o passado
E
stamos a montar uma linha
verde expurgada de vícios
para que nos faça sorrir com
energia renovada. É tempo
de olhar o futuro com rigor
e optimismo, alargando a
base de esperança que se concentra
no talento desta nova fornada de jogadores. O mosaico de talentos é de uma
imensidão rica que abre campo para
uma escolha criteriosa, obrigando às
autoridades desportivas a realização
de um investimento de qualidade.
Nada há a inventar, senão cimentar e
depositar cada vez esperanças no lote
de jogadores pesquisados, ampliando
horizontes para a descoberta de mais
diamantes sujeitos a uma lapidação.
Temos razões fortes para sonhar,
porque Moçambique está a construir uma selecção de futuro, com
argumentos para sua afirmação,
ainda que seja debaixo de imensas
limitações. Mas vontade de vencer as grandes batalhas é visível no
semblante dos novos valores que
estão às ordens do seleccionador
João Chissano.
O país é imenso e todo praticante
de futebol quer e ambiciona vestir a
camisola dos Mambas. Resta à equipa técnica dar oportunidade àqueles
que se vão afirmando nos grandes
centros urbanos e nos distritos. Os
processos de trabalho técnico e táctico harmonizam-se gradualmente,
ganham consistência e os automatismos começam a ressaltar à vista.
Há compreensão dos jogadores
quanto às dificuldades denotadas
na parte organizativa, há paciência
dos técnicos em relação à logística
e outras componentes, mas, aten-
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ção, que urge accionar instrumentos
correctivos para que, doravante, os
louros sejam colhidos. É no acreditar
do sonho idealizado que está o ganho.
Faz tempo que a rapaziada está
junta, bebe e busca da mesma fonte a
energia invisível para demover obstáculos. Sabe que é importante dar
alegria aos compatriotas e em missão de pátria a sociedade deve unir-se, transmitindo o seu calor e confiança aos novos embaixadores.
É preciso compreender e aceitar
que esta selecção está em construção. São jovens que saltam das equipas do Moçambola e dos escalões
de formação das selecções, com o
propósito de ganhar “endurance” e
traquejo competitivo.
O Africano Interno das Nações da
África do Sul constitui uma rampa
para o relançamento desta nova geração de futebolistas, mas atenção
que não se pode exceder nas expectativas, sobretudo em função da
inexperiência do próprio grupo de
trabalho. Todavia, reside neles força dupla para a sua exaltação. Que a
Nação seja solidária e calorosa para
com estes jogadores internos que,
certamente, trabalharão para a valorização do futebol moçambicano.
Deles se aguardam coragem, bravura e fair play em cada lance e em
cada jogo. E, para fazer jus à sua presença no CAN-Interno, a direcção da
FMF, em parceria com a Revista Ídolo, Banco Comercial de Investimento
(BCI), Moçambique Celular (Mcel) e
Papelaria Académica, oferecem uma
edição especial aos jogadores e ao
público leitor em geral.
REVISTA ÍDOLO
DIRECTOR EDITORIAL
Gervásio de Jesus
[email protected]
Endereço
Av. Rio Limpopo, Praceta da
Urbanidade nº 61– r/c Flat 1
Janeiro 2014 |Contactos:
www.idolo.co.mz
+258 82 31 00 980
+258 84 55 27 437
Redacção
Gervásio de Jesus, João Chicote
Nelson Mabau e Dalton Sitoe
Fotografia
Salvador Sigaúque
Arte & Desenho Gráfico
Valdmiro Vaz
(V.V.Consultores de media)
Revisão Linguística:
Leonel Abranches
Web master
Paulino Maineque
Marketing
Ondina Pereira e Cátia Henriques
Registo
N.º 08/GABINFO-DEC-2009
Impressão
Minerva Central
Tiragem
3000 Exemplares
MAPUTO - MOÇAMBIQUE
GOLO
6
Mensagem do Presidente da FMF
Caros amigos leitores, adeptos
e amantes dos Mambas!
É
com enorme orgulho que vos dirijo esta missiva na esperança de colher em cada moçambicano adepto
e amante da Selecção Nacional de
Futebol – os Mambas – o sentimento
de união, camaradagem e conquista. Este mês, dentro de dias e horas, temos uma
missão nobre e conjunta por cumprir.
A nossa Bandeira Nacional e multicolor estará a flutuar num dos dezasseis mastros fixados
no Estádio de Cape Town, uma das cidades-sede
da fase final do Campeonato Africano das Nações reservado aos jogadores internos.
A competição vai decorrer de 11 de Janeiro a 1
de Fevereiro de 2014, na África do Sul, e nós participamos pela primeira vez num evento de tamanha envergadura, o que nos honra bastante,
por se tratar de uma oportunidade ímpar para
esta nova geração de jogadores se afirmar na
elite do futebol africano.
É claro que já estivemos presentes em quatro
outras ocasiões da Copa Africana das Nações
(Egipto-1986, África do Sul-1996, Burkina Faso1998 e Angola-2010), mas com outra espessura,
ou seja sem restrições a jogadores a seleccionar.
Esta participação é cristalina para este naipe
de futebolistas, transportada por um sabor especial, porque ocorre na terceira edição da existência da prova e nós vamos fazer o jogo inau-
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gural diante do anfitrião - África do Sul.
Tomamos parte no evento por mérito próprio.
Atravessamos um caminho espinhoso, sinuoso,…
até mesmo rocambolesco e, quando quase todos
não acreditavam senão a direcção da federação,
os jogadores e a equipa técnica, eis que surgiu o
milagre. Mas, sublinhe-se, milagre resultado de
trabalho árduo.
Agora, resta-nos acreditar ainda mais nesta rapaziada disposta a dignificar Moçambique além-fronteiras. Tivemos uma preparação
aceitável, feita na medida do possível, e que nos
permite competir ao mesmo nível dos restantes
adversários. Estamos num grupo difícil, juntamente com a África do Sul, Nigéria e Mali, mas
a bravura dos nossos rapazes deixa-nos sonhar
com uma eventual qualificação. Se o sonho é
que guia o Homem, então temos é de acreditar
que podemos fazer coisas bonitas neste CAN-Interno.
Apelamos para que todos contribuam com o
seu apoio e carinho a esta selecção, formada por
jogadores jovens e que procuram conquistar experiência competitiva. A direcção a qual dirijo espera que a sociedade desportiva nacional, e não
só, vista com paixão, prazer e orgulho redobrado
ao longo deste mês a camisola dos Mambas.
Feizal Sidat
9
CALENDÁRIO DE JOGOS
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CALENDÁRIO DE JOGOS
Cidades-Sede
África do Sul anfitriã do CHAN-2014
A
terceira edição do
Campeonato Interno
das Nações Africanas
(CHAN-2014), realiza-se na África do
Sul, entre 11 de Janeiro
e 1 de Fevereiro próximos. A prova
estava inicialmente marcada para
Líbia, mas devido à instabilidade
política e social naquele país, foi
transferida para África do Sul, que
se mostrou disponível a acolher a
competição. O CHAN-2014 será
disputado por um total de 16 se-
lecções nacionais distribuídas, na
fase inicial, por quatro grupos de
quatro equipas cada. África do Sul,
Gana, Nigéria, Marrocos, Etiópia e
República Democrática do Congo
(RDC), são os principais candidatos à conquista do título.
Nações Qualificadas
Equipa
Qualification Qualificação
North Zone | Zona Norte
Automatic Automático
Líbia
Marrocos
Defeated Derrotado
P
olokwane, Bloemfontein e Cape Town
são as cidade sul-africanas escolhidas
para receber a primeira fase do Campeonato Africano das Nações exclusivo
a jogadores internos. São cidades-sede
aprovadas pela Confederação Africana
de Futebol (CAF) e que espera uma maior participação do público aos estádios. Por lá também realizaram-se alguns jogos do Africano das Nações
2013. A CAF está confiante no sucesso do evento
e conta com toda a máquina organizativa dos sul-africanos.
Cidade do Cabo
Cape Town Stadium
Polokwane
Peter Mokaba Stadium
Capacity: 64,100
Capacidade: 64.100
Capacity: 41,733
Capacidade: 41.733
Tunísia
Zone West A | A Zona Oeste
Mauritânia
Defeated Derrotado
Senegal
Mali
Defeated Derrotado
Guiné
Zone West B Zona Oeste B
Gana
Automatic Automático
Nigéria
Defeated Derrotado
Burkina Faso
Defeated Derrotado
Costa do Marfim
Níger
Central Zone | Zona Central
Congo
Defeated Derrotado
República Democrática do Congo
Gabão
Defeated Derrotado
Camarões
República Democrática do Congo
Defeated Derrotado
Camarões
Mangaung
(Bloemfontein)
(Bloemfontein)
Estádio Free State
Cidade do Cabo
Capacity: 40,911
Capacidade: 40.911
Bloemfontein
Cidade do Cabo
Athlone Stadium
Polokwane
Capacity: 34,000
Capacidade: 34.000
Athlone, Cidade do Cabo
Central-East Zone | Centro-Leste Zona
Burundi
Defeated Derrotado
Sudão
Etiópia
Defeated Derrotado
Ruanda
Uganda
Defeated Derrotado
Tanzania
Southern | Zone Zona Sul
Fase de grupos
Grupo A
Team Equipa
África do Sul
África do Sul
Hosts Anfitrião
Zimbabwe
Defeated Derrotado
Zâmbia
Mali
Nigéria
Moçambique
Defeated Derrotado
Angola
Moçambique
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Pld W
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J
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GFGM
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GDC
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CALENDÁRIO DE JOGOS
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CALENDÁRIO DE JOGOS
11 January 2014 ( 2014-01-11 )
18:00
15 January 2014 ( 2014-01-11 )
20:00
16 January 2014 ( 2014-01-11 )
17:00
20 January 2014 ( 2014-01-11 )
19:00
11 Janeiro 2014 (2014/01/11)
18:00
15 Janeiro 2014 (2014/01/11)
20:00
16 Janeiro 2014 (2014/01/11)
17:00
20 Janeiro 2014 (2014/01/11)
19:00
África do Sul
Match 1
Jogo 1
Match 10
Jogo 10
Nigéria
Moçambique
Moçambique
Cape Town Stadium
Cidade do Cabo
Cape Town Stadium
Cidade do Cabo
Burkina Faso
Uganda
Athlone Stadium
Cidade do Cabo
Match 19
Jogo 19
Zimbabwe
Athlone Stadium
Cidade do Cabo
11 January 2014 ( 2014-01-11 )
21:00
19 January 2014 ( 2014-01-11 )
19:00
16 January 2014 ( 2014-01-11 )
20:00
20 January 2014 ( 2014-01-11 )
19:00
11 Janeiro 2014 (2014/01/11)
21:00
19 Janeiro 2014 (2014/01/11)
19:00
16 Janeiro 2014 (2014/01/11)
20:00
20 Janeiro 2014 (2014/01/11)
19:00
Match 2
Match 2
Mali
Nigéria
Match 17
Jogo 17
Nigéria
África do Sul
15 January 2014 ( 2014-01-11 )
17:00
19 January 2014 ( 2014-01-11 )
19:00
15 Janeiro 2014 (2014/01/11)
17:00
19 Janeiro 2014 (2014/01/11)
19:00
África do Sul
Match 9
Jogo 9
Burkina Faso
Cape Town Stadium
Cidade do Cabo
Cape Town Stadium
Cidade do Cabo
Mali
Match 18
Jogo 18
Moçambique
Cape Town Stadium
Cidade do Cabo
TeaEquipa
Zimbabwe
Uganda
Burkina Faso
Marrocos
00
00
00
00
00
00
00
00
DE
LD
00
00
00
00
00
00
00
00
GFGM GAGS GDC
00
00
00
00
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00
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00
00
Match 20
Jogo 20
Marrocos
Marrocos
Uganda
Cape Town Stadium
Cidade do Cabo
Grupo C
Pld
J
Team Equipa
Mali
Athlone Stadium
Cidade do Cabo
Pld J W V
Match 12
Jogo 12
Athlone Stadium
Cidade do Cabo
Grupo B
Zimbabwe
Match 11
Jogo 11
Zimbabwe
Pts
Pts
00
00
00
00
Gana
W
V
D E L D GFGM GAGS
GDC
Pts
Pts
Gana
Líbia
Etiópia
00 00 00 00
00
00
00
00
00 00 00 00
00 00 00 00
00
00
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00
00
00
00
00
Congo
00 00 00 00
00
00
00
00
13 January 2014 ( 2014-01-11 )
17:00
17 January 2014 ( 2014-01-11 )
17:00
13 Janeiro 2014 (2014/01/11)
17:00
17 Janeiro 2014 (2014/01/11)
17:00
Match 5
Jogo 5
Congo
Gana
Free State Stadium
Mangaung
Match 13
Jogo 13
Líbia
Free State Stadium
Mangaung
12 January 2014 ( 2014-01-11 )
17:00
12 January 2014 ( 2014-01-11 )
20:00
13 January 2014 ( 2014-01-11 )
20:00
17 January 2014 ( 2014-01-11 )
20:00
12 Janeiro 2014 (2014/01/11)
17:00
12 Janeiro 2014 (2014/01/11)
20:00
13 Janeiro 2014 (2014/01/11)
20:00
17 Janeiro 2014 (2014/01/11)
20:00
Match 3
Jogo 3
Athlone Stadium
Cidade do Cabo
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Marrocos
Uganda
Match 4
Jogo 4
Athlone Stadium
Cidade do Cabo
Burkina Faso
Líbia
Match 6
Jogo 6
Etiópia
Free State Stadium
Mangaung
Etiópia
Match 14
Jogo 14
Congo
Free State Stadium
Mangaung
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13
CALENDÁRIO DE JOGOS
12
CALENDÁRIO DE JOGOS
Etiópia
21 January 2014 ( 2014-01-11 )
19:00
21 January 2014 ( 2014-01-11 )
19:00
21 Janeiro 2014 (2014/01/11)
19:00
21 Janeiro 2014 (2014/01/11)
19:00
Match 21
Jogo 21
Match 19
Jogo 19
Congo
Gana
Free State Stadium
Mangaung
Quartos-de-final
25 January 2014 ( 2014-01-11 )
20:30
1
Líbia
Winner Group A
Vencedor do Grupo A
Peter Mokaba Stadium
Polokwane
Team Equipa
RD Congo
W
V
D E L D GFGM
República Democrática do Congo
00 00 00 00
00
00
00 00
Gabão
00 00 00 00
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Burundi
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Mauritânia
00 00 00 00
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14 January 2014 ( 2014-01-11 )
20:00
18 January 2014 ( 2014-01-11 )
20:00
14 Janeiro 2014 (2014/01/11)
20:00
18 Janeiro 2014 (2014/01/11)
20:00
Match 7
Jogo 7
Mauritânia
Match 16
Jogo 16
Burundi
Peter Mokaba Stadium
Polokwane
Gabão
22 January 2014 ( 2014-01-11 )
19:00
14 Janeiro 2014 (2014/01/11)
20:00
22 Janeiro 2014 (2014/01/11)
19:00
Match 8
Jogo 8
Burundi
Match 23
Jogo 23
Burundi
18 Janeiro 2014 (2014/01/11)
17:00
22 Janeiro 2014 (2014/01/11)
19:00
Gabão
Peter Mokaba Stadium
Polokwane
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Mauritânia
Match 24
Jogo 24
Gabão
Free State Stadium
Mangaung
Match 26
Jogo 26
Runner-Up Group D
Segundo do Grupo D
Cape Town Stadium
Cidade do Cabo
26 January 2014 ( 2014-01-11 )
20:30
3
26 Janeiro 2014 (2014/01/11)
20:30
Winner Group B
Vencedor do Grupo B
Match 27
Jogo 27
Runner-Up Group A
Segundo do Grupo A
Free State Stadium
Mangaung
26 January 2014 ( 2014-01-11 )
20:30
4
26 Janeiro 2014 (2014/01/11)
20:30
Winner Group D
Vencedor do Grupo D
Peter Mokaba Stadium
Polokwane
22 January 2014 ( 2014-01-11 )
19:00
25 Janeiro 2014 (2014/01/11)
17:30
Winner Group C
Vencedor do Grupo C
RD Congo
18 January 2014 ( 2014-01-11 )
17:00
Match 15
Jogo 15
2
Mauritânia
14 January 2014 ( 2014-01-11 )
20:00
Runner-Up Group B
Segundo do Grupo B
25 January 2014 ( 2014-01-11 )
17:30
Peter Mokaba Stadium
Polokwane
Peter Mokaba Stadium
Polokwane
RD Congo
GAGS
GD Pts
C Pts
Match 25
Jogo 25
Cape Town Stadium
Cidade do Cabo
Grupo D
Pld
J
25 Janeiro 2014 (2014/01/11)
20:30
Match 28
Jogo 28
Runner-Up Group C
Segundo do Grupo C
Peter Mokaba Stadium
Polokwane
Meias-finais
29 January 2014 ( 2014-01-11 )
17:00
1
29 Janeiro 2014 (2014/01/11)
17:00
Winner Match 25 Match 29
Vencedor do Jogo 25 Jogo 29
Winner Match 28
Vencedor Jogo 28
Free State Stadium
Mangaung
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15
ESTÁdios
14
CALENDÁRIO DE JOGOS
1 Cape Town Stadium
Meias-finais
Cidade do Cabo
29 January 2014 ( 2014-01-11 )
17:00
2
Capacity: 64,100
Capacidade: 64.100
29 Janeiro 2014 (2014/01/11)
17:00
Winner Match 26 Match 30
Vencedor Jogo 26 Jogo 30
Winner Match 27
Vencedor Jogo 27
Free State Stadium
Mangaung
Terceiro lugar
1 February 2014 ( 2014-02-01 )
17:00
1
1
01 de Fevereiro de 2014 (2014/02/01)
17:00
Loser Match 29
Perdedor Jogo 29
Match 31
Jogo 31
Peter Mokaba
Stadium
Polokwane
Capacity: 41,733
Capacidade: 41.733
Loser Match 30
Perdedor Jogo 30
Cape Town Stadium
Cidade do Cabo
Final
1 February 2014 ( 2014-02-01 )
20:00
1
1
01 de Fevereiro de 2014 (2014/02/01)
20:00
Winner Match 29
Vencedor Jogo 29
Match 32
Jogo 32
Free State Stadium
Mangaung
(Bloemfontein)
Capacity: 40,911
Capacidade: 40.911
Winner Match 30
Vencedor Jogo 30
Cape Town Stadium
Cidade do Cabo
2014 African Nations
Championship Winn
1
Athlone Stadium
Cidade do Cabo
Capacity: 34,000
Capacidade: 34.000
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Cape Town: cidade
multicultural
C
idade do Cabo é a segunda cidade mais populosa (com mais de
três milhões e setecentos mil habitantes)
da África do Sul, depois
de Joanesburgo, e da capital da
província e cidade de primatas do
Cabo Ocidental. Como a sede do
Parlamento Nacional, é também a
capital legislativa do país. Faz parte do City of Cape Town município
metropolitano. A cidade é famosa
devido ao seu porto, bem como
ao seu ambiente natural no reino
floral do Cabo, bem como marcos
conhecidos como Table Mountain
e Cape Point.
Localizada na praia de Table Bay,
a Cidade do Cabo foi originalmente
desenvolvida pela Companhia Holandesa das Índias Orientais, como
uma estação de abastecimento
(da fonte) para os navios holandeses que navegam para a África
Oriental, Índia e o Extremo Oriente. Jan van Riebeeck, à sua chegada em 6 de Abril 1652, estabeleceu
o primeiro assentamento europeu
p e r m a n e nte
na África do
Sul. Cape Town
outgrew
rapidamente a sua
finalidade original
como o primeiro posto avançado
europeu no Castelo da Boa Esperança,
tornando-se o centro
económico e cultural da
Colónia do Cabo.
Até o Witwatersrand
Gold Rush e o desenvolvimento de Joanesburgo, a
cidade do Cabo era a maior
da África do Sul. Hoje é uma
das cidades mais multiculturais do mundo, reflectindo o
seu papel como um importante
destino para os imigrantes e expatriados para a África do Sul. A
partir de 2011 a região metropolitana teve uma população estimada
de 3.740.000. A cidade foi nomeada
o Design Capital Mundial para 2014
pelo Conselho Internacional das
Sociedades de Design Industrial.
19
Reportagem Mambas
18
Reportagem Mambas
FASE DE QUALIFICAÇÃO DA SELECÇÃO
NACIONAL (MAMBAS) AO CHAN 2014
O sorteio da CAF ditou para a fase de
qualificação ao CAN-Interno 2014 a
realização de 3 eliminatórias (pré-eli-
minatória, primeira e segunda eliminatórias), cujo início foi em Dezembro
de 2012.
Lutar por boa
prestação
Pré-eliminatória
1
1ª Mão 02/12/2012
Moçambique 4 x Seychelles 0 Maputo
2ª Mão 14/12/2012
Seychelles 1 x Moçambique 2
Seychelles
E. Zimpeto
- João o,
n
Chissa nador
o
selecci bas
m
dos Ma
Marcadores: Em Maputo ( Diogo 2, Kito 1 e Lanito 1 )
Em Seychelles ( Mário e Reginaldo)
Os Mambas transitaram para outra fase com o agregado de 6-1, por força do cruzamento do
sorteio o adversário na primeira eliminatória seria a Namíbia.
Primeira Eliminatória
2
1ª Mão 28/07/2013
Moçambique 3 x Namibia 0 Maputo
2ª Mão 03/08/2013
Namíbia 3 x Moçambique 0
Whindhoek
E. Machava
Marcação de Grandes Penalidades Namíbia 4 x Moçambique 5
Agregado final Moçambique 8 x Namíbia 7
Moçambique transitou à eliminatória seguinte e a última com Angola
Marcadores: Em Maputo (Mário 1, Miro 1, Dário Khan 1)
Marcadores de Grandes Penalidades em Windhoek (Miro, Lanito, Diogo, Dário Khan e Gabito)
Segunda e Ultima Eliminatória
3
1ª Mão 25/08/2013
Moçambique 0 x Angola 0 Maputo
E. Machava
2ª Mão 31/08/2013
Angola 1 x Moçambique 1
Benguela
E. Umbaka
Obs: A eliminatoria ficou empatada em golos. Por força do regulamento da competição, em
caso de empate em golos, é considerada qualificada a Selecção que tiver marcado o maior
número de golos fora.
Assim, significou que a Selecção Nacional ( Os Mambas ) foram considerados os vencedores
da eliminatória e consequentemente a qualificação à fase final do CAN-Interno 2014.
Marcador- Diogo
Jogos da Fase Final do CAN-2010
Nº Jogo
Data
Local
Resultado
1 Moçambique x Benin
12-01-2010 Benguela
2-2
2 Egipto x Moçambique
16-01-2010 Benguela
2-0
3 Nigéria x Moçambique
20-01-2010 Lubango
3-0
Obs. 3 jogos, 1 empate, 2 golos marcados, último classificado com 1 ponto
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Situação
Empate
Derrota
Derrota
O
seleccionador nacional dos
Mambas, João Chissano, antevê uma prestação difícil, porém não impossível de registo
de suscesso. “Todos os adversários são teoricamente mais
fortes, basta olhar para o ranking da FIFA”. Disse num outro desenvolvimento que
a falta de jogos de rodagem e a não ida
a Cape Town são factores que poderão contribuir negativamente para uma
prestação positiva da selecção. Apesar
desta realidade, João Chissano diz que os
componentes da selecção estão focados
pelo mesmo objectivo e prometem dar o
melhor de si para dignificar o país.
”A primeira fase dos treinos foi óptima
e os jogadores mostram-se confiantes.
Sabemos que o calendário de preparação não foi cumprido, mas há que saber
valorizar a Bandeira Nacional”, disse o
seleccionador nacional, que continua a
afirmar que Moçambique precisa saber
dar respostas positivas às adversidades,
respeitando primeiro os opositores que
são de outra robustez.
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Reportagem Mambas
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esta selecção
promete
O
antigo
capitão
da Selecção
Nacional
de Futebol, Manuel Bucuane, já está a cumprir
com as suas novas
tarefas de embaixador dos Mambas, por
indicação da Federação Moçambicana da
modalidade. Bucuane,
ou simplesmente Tico-Tico, clama apenas pela
indicação ter sido tardia,
sublinhando que outros
jogadores que atingiram
notoriedade
mereciam
distinção idêntica.
“É uma experiência
interessante e um novo
desafio à minha pessoa.
Honra-me transmitir minha experiência aos jogadores desta selecção.
Quero contribuir para o
sucesso destes rapazes nesta e noutras
campanhas. A conversa do balneário é fundamen-
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tal para incentivar os jogadores,
dando-lhes a maior tranquilidade
possível”, disse Tico-Tico quando
abordado pela Ídolo.
O jogador que mais vezes capitaneou os Mambas em toda a
história da selecção, mostra-se
radiante com a função que lhe foi
atribuída pela direcção da FMF.
“Pretendo dar o meu melhor.Vejo
que esta selecção é formada por
muitos jovens e com talento. Falta-lhes experiência competitiva,
que se adquire com imenso trabalho e intercâmbios. O enquadramento desses jovens jogadores está a ser feito perfeitamente
e acredito que vai dar resultados
positivos. Eu vou procurar transmitir-lhes confiança, garra e
competência para se conseguir
boas exibições.”
Realçou o facto desta selecção
ser bem comandada e que tem
vindo a registar uma evolução
notável. Citou o exemplo das boas
campanhas feitas no Torneio da
COSAFA e nas eliminatórias de
qualificação para o CAN-Interno.
“O João Chissano está a fazer
um excelente trabalho. Desde
que assumiu o comando, a equipa transfigurou-se e vai obtendo
resultados satisfatórios. E está no
CAN-Interno por mérito próprio,
daí que os jogadores devem ser
acarinhados e valorizados”.
Segundo Tico-Tico, Moçambique vai dar o seu máximo para
atingir outros patamares, mas
advertiu: “Não tenhamos ilusões.
Estamos num grupo difícil com
África do Sul a ser um adversário
forte e respeitável. Aliás, os sul-africanos têm uma Liga bastante
competitiva e com bons jogadores.
Temos de saber abordar este e outros adversários - Nigéria e Mali.”
Afirmou também que esta selecção promete num futuro não
distante superar as expectativas, porque João Chissano está
a saber integrar novos valores,
olhando para aqueles que se evidenciam também nas províncias.
“É claro que os bons jogadores
optam por vir a Maputo porque
os maiores clubes estão aqui. Mas
os rapazes do Ferroviário da Beira foram briosos no Moçambola e
João Chissano está a ser apenas
justo ao convoca-los para a selecção. Se o Ferroviário da Beira
não é campeão deve-se à Liga
Muçulmana, que é bastante forte.
Mas é de louvar a filosofia de trabalho de Chissano.”
A finalizar, apelou para que a
Nação moçambicana se una no
apoio aos Mambas, sem necessidade de pressiona-los, visto que
a sua presença no CAN-Interno
servirá para acumular experiências para o CAN de 2015. “Vamos
mostrar que temos qualidade e
podemos fazer coisas maravilhosas.”
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Reportagem Mambas
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Reportagem Mambas
Tudo é possível
O
guarda-redes da selecção nacional e da
HCB de Songo, Soarito,
não tem dúvidas em
afirmar que o grupo
de trabalho está coeso, mas reconhece que os Mambas estão numa série complicada. “No CHAN não há equipas
fáceis, pois todas as selecções
estão lá por mérito próprio. Sei
que estamos num grupo difícil, mas prontos para ultrapassar essa barreira”. Soarito tem
vindo a revelar-se como uma
opção certa à selecção nacio-
,
Soarito redes
guarda
da HCB
Estou bem
integrado
nal, com exibições de alto nível.
Esteve em bom plano durante
o Torneio da COSAFA, que teve
lugar na Zâmbia, e também nas
eliminatórias de qualificação
dos Mambas para o CAN Interno.
o,
- Nelit o do
d
avança rio da
iá
Ferrov
Beira
O
jovem avançado do Ferroviário da Beira, Nelito, que
se junta à selecção Nacional pela primeira vez, diz
estar preparado para dar o
melhor de si, até porque a
preparação permitiu construir coesão
no seio do grupo de trabalho. O jogador dos “locomotivas” beirenses afirma
que os Mambas têm possibilidades de
passar à fase seguinte.”Temos possibilidades e capacidades de passar à fase
seguinte, a pressão não está do nosso
lado, está com a Nigéria e África do Sul,
respeitamos os adversários mas não
os tememos”. Nelito espera ter uma
estreia auspiciosa na selecção nacional e agradece a oportunidade que lhe
foi dada pela equipa técnica nacional.
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Reportagem Mambas
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Reportagem Mambas
Lanito no leito
do sonho!
A
os 27 anos, Alánio Eugénio Mafumo,
mais conhecido por Lanito, está à
beira de se estrear na grande festa
do futebol africano com a camisola da Selecção Nacional. Um sonho
que muito depende da decisão de
João Chissano, seleccionador nacional.
Lanito, médio-ofensivo, do Desportivo de
Maputo, está esperançoso sobretudo após excelente carreira realizada na temporada passada, em que marcou 19 golos pelos alvi-negros,
na II Divisão.
Vontade de conquistar novos horizontes,
partindo do CAN-Interno, é enorme até por que
sente-se bem enquadrado no grupo de trabalho. Já leva dois golos marcados pelos Mambas
frente às Seychelles e Namíbia, em cinco jogos
oficiais.
Lanito tem potencial para se afirmar na selecção e vai brigar por um lugar ao sol entre
os melhores que estão sob as ordens de João
Chissano. Formado em Engenharia Electrónica
e Telecomunicações, o jogador alvi-negro espera um dia jogar no futebol sul-africano e espanhol. É de opinião que o futebol sul-africano
está a evoluir bastante e as condições de trabalho favorecem para a melhoria da qualidade
dos jogadores.
Começou a sua carreira em 2010 no Textáfrica de Chimoio e actualmente representa o
Desportivo de Maputo. Tem 1,78 metro de altura
e os seus tempos livres são preenchidos escutando música e diversão com amigos. Adora
comer feijoada, seu ídolo é Dominguez, do Sundowns da África dp Sul, e o clube de preferência
é Desportivo de Maputo. Janeiro 2014 | www.idolo.co.mz
Qualificação
depende de nós
ldo,
- Reini
lateral o d
esquer
P
arco em palavras, o
lateral esquerdo dos
Mambas,
Reinildo,
está confiante no desempenho
positivo
dos Mambas durante
o torneio. Disse que a preparação realizada permite ao combinado nacional sonhar com êxito,
não obstante ter de enfrentar
adversários de peso. Sublinhou
que Moçambique tem potencial
e é importante fazer-se mostrar
ao mundo. “Sou de opinião que a
qualificação para a fase seguinte
depende de nós mesmos.”
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Chan - 2014
A nossa selecção é daqui.
É daqui.
Patrocinador Oficial
Em cima da esquerda para direita:
Manuel Valói (Treinador de Guarda-redes), Hélder Muianga (Seleccionador Adjunto), Pinto (Fer.Maputo), Belito (Fer.Nampula), Moniz (Fer. Beira), Gabito (Maxaquene), Soarito (HCB), João Chissano (Seleccionador Nacional), Lanito (Desp. Maputo), Chico (Fer. Maputo), Victor (Desp.
Nacala), Salomone (Massagista) e Mahumana (Roupeiro).
Semi-agachados: Madeira Valeiro (coordenador da selecção), Imo ( Liga Muçulmana), Kito (Maxaquene), Nelito (Fer.Beira), Reinildo (Fer.Beira), Dito (Costa do Sol), Diogo (Fer. Maputo), Alvarito (Costa do Sol), Chico II (Liga Muçulmana) e Raul Cuna (Massagista).
Sentados: Isac (Maxaquene), Barrigana (Fer.Maputo), Manuelito ( Costa do Sol), Maninho (Fer.Beira), Josimar (Liga Muçulmana), Miro (Liga Muçulmana), Dário Khan (Liga Muçulmana), João Mazive (Costa do Sol) e Mário (Fer.Beira).
Selecção Nacional de Futebol de Moçambique
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Reportagem Mambas
Mambas resgataram imagem
“P
Notáveis ajudarão
por fora!
E
les não estarão presentes no CAN-Interno da
África do Sul por força
dos regulamentos da
Confederação Africana
de Futebol (CAF), visto
que esta prova é reservada, exclusivamente, a jogadores que actuam nos campeonatos internos.
Estes estrangeiros fazem falta à
representação nacional que, provavelmente, ganharia outra compostura e daria mais peso. Mas por
fora vão torcer para que os seus colegas trilhem pelo melhor caminho
e consigam mostrar-se e garantir
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uma representatividade condigna.
Mexer e Zainadine Jr., ambos do
Nacional da Madeira, Simão Mate,
do Levante da Espanha, Dominguez, do Sundowns, da África do
Sul, e Paíto, na Suíça, são peças
que juntar-se-ão aos restantes
seleccionáveis para as eliminatórias de qualificação para o Campeonato Africano das Nações, Marrocos-2015.
Moçambique já tem uma base e
agora pode continuar a trabalhar
no sentido de mobilizar outras forças para busca de competências
exigidas por diferentes provas.
elo facto de sermos
um país com muitas
dificuldades, aliando às carências em
termos de resultados desportivos, o
apuramento ao CAN Interno acaba
sendo um prémio, primeiro para o
grupo de trabaho e, depois, em especial para o povo moçambicano. E
porque o futebol vale pelo momento,
a qualificação acabou sendo também
uma forma para os Mambas resgatarem a sua imagem”, assim se expressou António Fumo, comentador
da Televisão Independente de Moçambique (TIM).
Na sua óptica, o apuramento é resultado da sequência de jogos que
acabaram conferindo ao grupo de
trabalho uma confiança no que vinham fazendo e o facto de a selecção ter realizado muitos jogos com o
mesmo grupo de jogadores num curto espaço de tempo ( os dois últimos
da qualificação para 2014, o torneio
da COSAFA na Zâmbia e os próprios
jogos do apuramento ao CAN Interno). Este aspecto conferiu ao grupo
um estatuto de equipa confiante e
ficou uma vez mais a prova de que
um grupo para se tornar equipa forte precisa de muitos jogos juntos e,
ainda nesse particular, somos obrigados a reconhecer a qualidade dos
técnicos nacionais e assumirmos a
responsabilidade de garantir a regularidade nas presenças em provas
como CAN.
Adversários
de peso
Apesar do reconhecido valor dos
adversários que o sorteio ditou, “acho
que antes de começarem os jogos,
partimos nas mesmas circunstâncias, claro que teoricamente eles são
mais fortes. No passado, os nossos
confrontos directos são-lhes favoráveis e os nossos orçamentos são de
longe incomparáveis e a única coisa
que temos em comum, neste momento, é a presença no CAN Interno
e estarmos juntos no mesmo grupo.
Uma vez apurados passamos a
estar expostos para encontrar qualquer tipo de adversário e temos que
reconhecer que fazemos parte dos
melhores 16 campeonatos jogados
em África e a única forma que tínhamos de evitar esses adversários era
estar ausente do CAN Interno.
Os dados acima indicados nem
sempre ganham jogos e reza a velha
máxima “ as equipas teoricamentes
fracas quando jogam com as fortes têm uma motivação muito grande”
podemos fazer boa figura e esses, na
minha opinião, são os adversários
certos. Estamos numa prova séria.
Qualidade
da equipa
Quanto a esse pormenor disse
que “temos um leque de jogadores,
que regressaram para a selecção
e com muitos jogos internacionais
nas pernas, o que na minha opinião
favorece muito a equipa e devemos
reconhecer essa mistura que a equipa técnica fez com jogadores experimentados e as actuais referências do
Moçambola, não sendo esse o topo
da qualidade desejada mas garante
minimamente a disputa dos jogos
com tácticas próprias para se explorar bem a nossa matéria-prima sem
exigências exageradas. Acho que
este grupo de trabalho deve desfrutar deste momento sem pressão mas
io
- Antón
Fumo, dor
ta
comen
da TIM
com responsabilidade.
Valor
do Moçambola
Reconheço que o Moçambola está
num processo de evolução não na velocidade pretendida mas à medida das
nossas possibilidades, olhando para
o tipo de parceiros que vêm surgindo
em cada época e a entrada de novas
equipas. Defendo, porém, que o mesmo deve ser cada vez mais abrangente,
chegando a todas as províncias mas
com equipas que tenham alguma sustentabilidade financeira para aguentar
com as exigência da prova. Em suma, o
Moçambola deve ser uma prova exclusiva, como forma de procurar a qualidade em qualquer equipa que ascenda
à prova máxima. Quando falo do mínimos refiro-me aos campos, material de
trabalho e salários.
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Reportagem Mambas
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Reportagem Mambas
Missão complicada
O
antigo
internacional
moçambicano Tomás
Inguane, que actuou
com sucesso no Orlando
Pirates da África do Sul,
manifestou-se regozijado com o apuramento da selecção
nacional ao CAN-Interno e desejou uma boa representatividade na
prova em perspectiva. O ex-defesa
central dos Mambas reconhece que
Moçambique está num grupo difícil, uma vez que vai ter de enfrentar
uma África do Sul a atravessar uma
fase de evolução. “Em primeiro lugar quero desejar
um 2014 repleto de muitas conquistas ao desporto moçambicano em
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especial ao futebol, mas, acima de
tudo, muita saúde a todos nós.
Quero dar os meus parabéns aos
rapazes que qualificaram a selecção de todos nós ( moçambicanos)
para o CHAN. Estamos num grupo
complicado, porque temos África do
Sul que é o pais organizador e o seu
campeonato é um dos melhores do
nosso continente. A base da selecção dos Bafana-Bafana é composta
por jogadores que estão na África
do Sul e depois temos a Nigéria que
também tem um campeonato local
bem competitivo.”
Apesar desta realidade, Tomás
Inguane afirma que “temos uma
palavra a dizer, mas para isso pre-
stica
o
n
g
o
r
-p
Tomás
e
Inguan
cisamos de fazer um bom resultado
no jogo de abertura”.
Por outro lado, segundo disse,
as equipas moçambicanas e a selecção têm de ter hábito de estar
sempre presente nas competições
organizadas pela CAF e depois podemos pensar em ganhar.
Em relação às possibilidades
de qualificação para outra fase do
CHAN, Inguane afirmou que “temos
de evitar perder no jogo inaugural e
depois discutirmos com as outras
equipas do Grupo o apuramento
para outra fase do torneio”
Acrescentou que este grupo de
atletas até pode garantir novos sonhos ao país, porque, de acordo com
suas palavras, “pessoalmente acredito que ainda temos muitos talentos, mas precisamos de seriedade,
um bom campeonato ao nível interno e irmos às competições internacionais e jogar de igual para igual. Se
assim for estaremos em condições
de ser uma referência ao nível zonal
e do próprio continente.
Para melhorar a qualidade do
nosso futebol, segundo Inguane,
“precisamos de começar pela base,
dar uma formação adequada aos
nossos treinadores, ter um campeonado regular ao nível da formação,
bons campos para a prática da modalidade e dar condições mínimas
aos petizes, como, por exemplo, um
bom equipamento, aí sim estaríamos a perspectivar o futuro futebolístico do país e sempre teremos
jogadores à altura e bem preparados
para defender as cores nacionais de
igual para igual com os outros.”
Pode-se superar
Mali e Nigéria
S
érgio Marcos é jornalista de profissão e Director de Desporto na
Televisão de Moçambique (TVM). Vive intensamente a carreira dos
Mambas e apela para que os jogadores construam bons resultados
no CAN Interno. Está convicto de
que esta geração de jogadores tem
valências para progredir e granjear simpatia dos moçambicanos se
as gentes que actuam no sistema
desportivo nacional decidirem
pelo apoio necessário.
“As minhas expectativas são as
mesmas de sempre. Espero que a
equipa construa os melhores resultados possíveis”, disse adiantando,
num outro desenvolvimento, que “a
melhor preparação de uma equipa
é a própria competição. O que este
grupo tem vindo a fazer nos últimos
dois anos é notável e vejo entrosamento na equipa. O número de jogos
particulares aumentou nos últimos
tempos e os jogadores cresceram
muito mentalmente.”
Marcos considera a África do
Sul como adversário mais difícil para os Mambas, sustentando
a sua posição no facto de muitos
dos seus bons jogadores actuarem
actualmente no ABSA Premier
o
- Sérgi
s,
Marco de
r
Directo o na
rt
Despo
T VM
League. Acrescentou que Nigéria
e Mali “exportam” muito e não serão fortes como a selecção interna.
Referiu que esta geração de jogadores moçambicanos pode atingir
outros patamares: “se os agentes
que actuam no sistema desportivo
nacional fizerem o que lhes cabe,
com certeza que estes e outros
atletas moçambicanos podem
produzir resultados em África”.
Diz esperar que os jogadores saibam que têm valor, pois o Moçambola está com boas referências e
podem muito bem superar Mali e
Nigéria, disputando com a África
do Sul a qualificação no grupo. Janeiro 2014 | www.idolo.co.mz
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Reportagem Mambas
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Reportagem Mambas
Talvez possamos passar
que
- Henri
Aly,
sta
jornali
H
Prova para projectar
selecção com futuro
enrique Aly, jornalista
moçambicano e apresentador do canal televisivo sul-africano
SuperSport Máximo,
acredita num desempenho positivo dos Mambas no
CHAN-2014 e que a ocasião sirva
para relançar a selecção nacional.
“Acredito que seja uma boa
oportunidade para se dar espaço
ao talento jovem do futebol moçambicano e a minha grande expectativa é a de que a equipa técnica aproveite a competição para
projectar uma seleção com futuro,
sem ter preocupações relativas a
resultados.”
Quanto à preparação da selecção para a prova, Aly diz desconhecer os pormenores, mas
acrescenta que se a mesma tiver
ocorrido dentro do preceituado
pela equipa técnica, “não tenho
dúvidas de que tenha sido adequada.”
Relativamente às possibilida-
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des de qualificação dos Mambas,
em face do reconhecido potencial
dos adversários, nomeadamente
África do Sul, Mali e Nigéria, Aly
tem a seguinte opinião:
“Olhando para o potencial das
selecções em causa, parece-me
que as hipóteses de apuramento à
fase a eliminar são reduzidas. Mas,
tratando-se de uma competição,
onde só evoluem atletas que militam nos campeonatos e ligas dos
seus respectivos países, talvez esta
seja uma excelente ocasião para
Moçambique medir o nível competitivo do Moçambola e, quem sabe,
não possa surpreender...
Questionado se acredita na
possibilidade desta geração de jogadores poder escrever uma linda
história para o país, o jornalista e
apresentador do SuperSport respondeu:
“Acho que todas as gerações
podem escrever histórias lindas
para qualquer país e Moçambique
não é excepção. Para tanto, basta
que quem dirige tenha sempre em
carteira planos e projectos de potenciação do talento individual e de
agregação desse mesmo talento
individual em colectivos que se rejam por uma política definida com
base nas caraterísticas específicas
dos atletas dessa geração, a quem
não devem faltar meios de incentivo e condições de trabalho.”
Aly deixou ficar a seguinte
mensagem para os jogadores dos
Mambas:
“Que sejam, como sempre, dignos da camisola que vestirem e
que sejam mais briosos e profissionais do que todos aqueles que,
tendo ou não responsabilidades
directas no seu desempenho e
consequente sucesso, continuam a criar, por via da sua incapacidade, entraves a que os atletas
exponenciem ao máximo as suas
qualidades em prol de uma melhor
e maior dignificação do futebol
moçambicano e do desporto em
geral.”
A
inda que meio céptico, o comentador do
SuperSport Máximo,
Óscar Paul, augura
uma passagem do
Mambas para a segunda fase no CHAN da África do
Sul. Adianta que a prova engloba
jogadores que actuam internamente e fazer antevisão do que
poderá acontecer é bico de obra.
“Honestamente, fica difícil fazer projeccões, porque esta prova
comporta apenas jogadores que
actuam internamente. E como não
somos propriamente um país “exportador”, teremos sempre mais
chances no CHAN do que no CAN.
Talvez possamos passar à fase de
grupos, finalmente.”
Em relação à preparação da
selecção para o evento, Paul considera não ter sido a que foi solicitada pelo seleccionador, mas, “a
possível”’, como já nos habituamos, infelizmente.
África do Sul, Mali e Nigéria são
os adversários dos Mambas, apesar do valor destas selecções, o
comentador do SuperSport julga que existem possibilidades
de qualificação, mas alerta para
o facto de se ter presente que os
campeonatos da África do Sul e
Nigéria têm mais qualidade que o
Moçambola. Por isso, normalmente, esses dois serão os primeiros.
Temos de ganhar ao Mali para podermos sonhar.
Indagado se acredita nesta ge-
ração de jogadores em escrever
uma linda história para o país, Paul
respondeu:
“Gostaria, mas, face à qualidade
do nosso futebol, tenho muitas reservas. Seria um momento importante, mesmo considerando que
se trata do CHAN. Mas, para uma
Nação que já ofereceu grandes talentos ao mundo, temos mesmo de
Paul,
r
a
c
s
Ó
tador
comen rSport
e
do Sup
sonhar em brilhar no CAN.”
A finalizar desejou muita força aos Mambas, sublinhando que
torcemos todos por eles, que dêm
o seu máximo, mesmo que não
ganhem, que cada um saia do
campo consciente de que fez o seu
melhor pelos 23 milhões de moçambicanos que estão a necessitar de alegrias neste momento.
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34
Reportagem Mambas
Saber ter
atitude
A
io
- Antón
e,
Niquic o da
d
deputa
AR
ntónio Niquice, deputado da Assembleia da República, falou também
à Ídolo sobre as expectativas em
torno da participação dos Mambas
no CAN Interno. Lembrou ser esta
a primeira vez que Moçambique se
faz presente numa prova do género, com alguns jogadores sem experiência de uma fase final de uma
prova africana, facto que pode ser positivo para a
sua carga emocional e daí arrancarem uma prestação de grande vulto. Acredita que a selecção nacional vai passar à segunda fase. Quanto à preparação
dos Mambas diz ter sido a melhor possível. “Podia
ter sido melhor, por exemplo, a África do Sul realizou
uma partida diante de uma das melhores selecções
do mundo, a Espanha. Esse factor é catalisador, mas
isso não significa que Moçambique deve sentir-se
inferiorizado. Face ao cenário criado à volta da competição, o parlamentar sustenta que “esta é uma prova
onde só militam jogadores dos campeonatos dos respectivos países e, quanto a mim, apesar do reconhecido
valor dos campeonatos do Mali, África do Sul e Nigéria,
em que as suas equipas estão num “ranking” bastante
superior ao nível continental, Moçambique vai apresentar, praticamente, a sua espinhal dorsal da selecção principal. Portanto, há todas as possibilidades de fazer uma
prova razoável que garanta qualificação à fase seguinte.
Sobre a avaliação que faz a esta nova geração de jogadores, António Niquice não crê que tenha o mesmo palmarés dos anos anteriores. Moçambique vale mais pelo seu
colectivo. Porém, tem elementos novos com uma boa margem de progressão e se forem bem encaminhados poderão
ter um futuro extraordinário. Acrescentou que gostaria que
os jogadores dos Mambas percebessem que ao envergar a
camisola da selecção, carregam toda uma Nação. “Por isso,
não se diminuam em nenhum momento pelo estatuto dos
adversários que vão encontrar. Lembrem-se que a atitude,
nestes casos, podem ser um factor determinante para a vitória.”
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Vamos
sonhar
“C
omo desportista
e, naturalmente,
apoiante incondicional da selecção nacional, os
Mambas,
estou
convicto de que com muito trabalho sério, podemos lograr bons
resultados. Espero que ao nível
técnico esteja em curso um trabalho sério neste sentido, naturalmente que há que se assegurar, administrativamente, todas
condições logísticas para o nosso
bom desempenho”, assim se expressou Jocas Estêvâo, jornalista
do semanário desportivo Desafio.
Sobre a preparação, referiu que
tem estado a acompanhar os esforços em curso visando afinar a
máquina e, “pelas últimas declarações do nosso seleccionador
nacional, me parece que há um
trabalho bastante aturado e sério
no sentido de olear a máquina.“
Preocupa-lhe, no entanto, o capítulo das finalizações. “Ao nível do
Moçambola, nos últimos tempos,
precisamos de formar nas escolas e nos escalões de formação,
exímios finalizadores, atacantes
natos para fazerem a diferença
e, naturalmente, assegurarem
vitórias e resgatarem a alegria
ao povo moçambicano, que tanto
merece.”
Avaliando os adversários dos
Mambas, Jocas Estêvão diz es-
- Jocas ,
o
Estêvã a
st
jornali fio
a
do Des
tarem ao nosso alcance, embora, nominalmente, pareçam
favoritos. “É preciso termos em
consideração que grande parte
da mais valia dos atletas destes
países que fazem a diferença,
actuam no estrangeiro e não necessariamente nos campeonatos
internos. Se tivermos uma boa
preparação física e técnica, estaremos em condições de suplantar, não vejo aqui a possibilidade
de contemplarmos vencedores
antecipados, embora tenhamos
que reconhecer, no ranking, a
pole position, desses grandes gurus do futebol africano.”
O nosso interlocutor não tem
dúvidas de que a oportinidade
está à vista para que esta geração de atletas possa fazer história e escrever com letras de ouro
o seu próprio percurso, conferindo alegria que os moçambicanos
merecem. ”Nós estaremos atentos e acompanhando todos os
momentos. Não apenas para contemplar, mas também para conferirmos a força e apoio necessários para que, numa só força,
saíamos vencedores. É preciso
frisar que, para além das quarto linhas, somos indispensáveis,
daí que apelo a todos para não
desperdiçarmos a oportunidade
de participar, tratando-se de um
evento que se realiza próximo de
casa. Aliás, vamos contar tam-
bém com o apoio dos próprios
sul-africanos, até cruzarmos
com eles, sendo um país irmão.”
Jocas Estêvão deixou uma
palavra de apreço e carinho aos
Mambas, desejando muito empenho e entrega à rapaziada, que dê
o seu máximo. “Vai ser uma boa
montra para projecção e alcance de outros patamares, daí que
cada vitória, boa exibição, terá
impacto no colectivo e também
ao nível do sucesso individual,
sendo por isso relevante que os
craques que serão contemplados
para que nos representem, demonstrem as suas habilidades e
prevaleça, sempre, o “Fair Play”.
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Reportagem Mambas
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Reportagem Mambas
A
sselam Khan, instrutor de Futsal da FIFA, afirma que a selecção nacional está num grupo
complicado, mas pode surpreender os outros concorrentes
dependendo da sua ambição
e de um bom começo na prova. “Como sabemos, estamos no considerado “grupo
da morte”, mas tratando-se de um prova
que contará apenas com jogadores internos, apenas podemos contar com a África
do Sul quase com a sua equipa “A” por ter
poucos jogadores de grande nível a jogar
além fronteiras. Nigéria e Mali são sempre
ossos duros de roer dado o grande potencial
das suas selecções inferiores e a facilidade
como produzem talentos que chegam ao
topo do futebol mundial com a mesma facilidade. Portanto, temos que esperar duas
selecções ao nível das suas equipas principais. Respondendo à questão, posso só esperar que possamos ter um bom início, pois
acredito que isso será um tónico importante
para a nossa rapaziada poder dar uma boa
resposta às dificuldades que, certamente,
todos esperamos, mas a esperança é última a morrer!
Se a preparação foi ou não adequada,
Khan disse que “penso que terá sido dentro
daquelas que são as nossas possibilidades.
Uma preparação adequada seria testar os
nossos jogadores com selecções fortes ao
nível dos nossos adversários, de preferência sempre fora para que os jogadores pudessem sentir as dificuldades de se jogar
fora, além fronteira, tendo em conta que faremos jogos a sério no campo do adversário
(África do Sul) e neutro (Nigéria e Mali).
Mas no essencial seria dar minutos aos
jogadores e mesmo oportunidade da equipa
técnica poder ver quem tem “pulmão” para
esta grande responsabilidade. Infelizmente,
vamos fazendo a preparação com as armas
que temos e, por isso, espero que tenhamos
o bom senso de não esquecer que o mister
João Chissano, embora não possa afirmar
publicamente, terá pensado em jogar com
selecções nacionais como Egipto, Gana,
Guiné Conacry ou mesmo Uganda, para
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Crucial vencer
primeiro jogo
não falar de uma ou outra equipa
nacional europeia. Outro ponto
importante é o das observações.
Sendo uma incógnita tanto a Nigéria como o Mali, penso que no
programa de preparação devíamos ter em conta uma “visita” de
um observador da equipa técnica
de pelo menos um jogo dos nossos adversários acima do equador.
Relativamente à África do Sul
acredito que por estar a dois passo pode estar a acontecer mas
sabemos todos que os nossos
vizinho e organizadores da prova
têm poucos jogadores a jogar fora
do país e vai certamente atacar a
prova com a sua principal equipa
que é por nós conhecida.
Questionado sobre as hipóteses de os Mambas transitarem,
Khan afirmou: “como já disse,
tudo passa por um resultado bom
diante da África do Sul no dia 11
de Janeiro. Com os outros podemos não estar preparados psicologicamente para defrontar estes
colossos (Mali e Nigéria), mas
quem sabe se motivados por um
bom resultado diante da equipa
da casa podemos dar o click necessário para que os jogadores se
superem. Depois veremos como
abordar os dois jogos seguintes.
Esta é uma nova geração de jogadores que sonha escrever uma
linda história para o país? Asse-
lam Khan é reservado na abordagem à questão. “É complicado
responder a esta questão, pois
temos visto que os nossos jogadores são maus profissionais
e os que singram são os pouco
que tentaram, com grande esforço, ser profissionais e hoje estão
no verdadeiro profissionalismo.
Vamos acreditar que sim, que
podem elevar o nome do nosso
pais, mas fica o alerta: todos devem olhar para o futebol de alto
rendimento com o maior profissionalismo possível, pois nem o
possível acontece no nosso fute-
am
- Assel strutor
in
Khan,
da FIFA
bol - tapar o sol com a peneira até
quando?”
A terminar, Asselam Khan pediu aos jogadores para que dignifiquem o nosso país colocando
em primeiro lugar o “fair play”.
Se for para perder que o façam de
cabeça erguida e tenham o bom
senso de reconhecer a superioridade dos adversários, evitando
encontrar culpados onde não os
há. Enfim, que sejam o grupo da
viragem em todos os aspectos
dentro da selecção, pois têm um
condutor de homem que já deu
provas. FORÇA!”
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Entrevista
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Entrevista
Lacatoni a marca
que veste a Selecção
A
Lacatoni é a marca
que veste a Selecção Nacional de Futebol, os Mambas,
na base de um vínculo de parceria. Recentemente apresentou o novo
equipamento que os Mambas
vão utilizar no CAN-Interno, que
combina performance, inovação, sustentabilidade ambiental
e designer. Em entrevista à Idolo,
Filipe Azevedo, administrador da
Lacatoni, manifestou-se satisfeito em trabalhar em Moçambique e considerou a FMF um parceiro estratégico.
- Como descreve a relação entre a Lacatoni e a FMF?
A parceria entre a Lacatoni
e FMF tem sido muito positiva e
tem, sem dúvida, ajudado na implementação da marca no mercado africano.
- O que significa vestir a Selecção Nacional de Moçambique?
Vestir a Selecção Nacional de
Moçambique é, para a Lacatoni,
uma grande honra. É um motivo
de orgulho vestir os “Mambas”
e esperamos alcançar, juntos,
muitas vitórias.
- Acha que a sua marca está a
ser valorizada pela selecção?
A Selecção Nacional de Mo-
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çambique é um parceiro de referência. Sentimos que esta parceria valoriza imenso a marca
Lacatoni.
- Como decorreu o processo
de implantação da Lacatoni em
Moçambique?
O processo de implantação da
Lacatoni em Moçambique tem
sido feito de forma gradual.
- Qual é o maior desafio da
empresa no mercado moçambicano lores do povo moçambicano, assim, temos vindo a desenvolver esforços de adaptação que
beneficiem quer a marca, quer o
país. Além disso, queremos não
apenas marcar presença, mas
também criar valor. O projecto
que promovemos recentemente,
em conjunto com INADE/FPD,
dos circuitos de Fitness, que são
o mais recente conceito de circuitos de manutenção onde pessoas de várias faixas etárias podem exercitar-se sem qualquer
custo, em plena harmonia com
a natureza e num ambiente social enriquecedor, são um bom
exemplo disso. O lançamento
deste projecto, com forte cariz
social, associado ao desporto e à
saúde, teve como desafios e objectivos principais: criar empatia e “goodwill” na comunidade;
associar positivamente o bem-estar, a saúde e a alegria da população aos próprios valores das
marcas. Este projecto tem uma
forte componente de marketing
social, por visar satisfazer necessidades que não estão a ser
atendidas actualmente, estabelecendo novos paradigmas que
promovem o bem-estar social.
- Com quantos clubes trabalha em Moçambique e quais são
as quantidades que fornece anualmente?
Actualmente uma grande par-
te dos clubes profissionais de
futebol são equipados pela Lacatoni.
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Reportagem
Reportagem
África do Sul
da certeza !
Á
frica do Sul tem um campeonato interno bastante competitivo e um leque de jovens jogadores que emprestam qualidade assinalável à prova.
Kaizer Chiefs, Orlando Pirates, Mamelodi Sundowns, Free State e Santos são conjuntos com jogadores seleccionáveis.
O seleccionador Gordon Igesund tem muito por
onde escolher para garantir que os Bafana Bafana (na língua local zulu significa garotos) tenham
um desempenho positivo. O facto de ser anfitrião
já lhe confere o estatuto de candidato à passagem à fase seguinte e, quiçá, a conquista da prova.
Aaron Mokoena é a estrela de momento. Os sul-africanos são exímios na organização de eventos
desportivos. Em 1996 e 2013 foram anfitriões do
“Africano” e em 2010 organizaram o Campeonato do Mundo FIFA. Tem até ao momento um título
africano conquistado.
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Nigéria
da magia!
N
igéria é uma das selecções bem cotadas
no panorama africano. Vai estar no
Mundial da FIFA pela
terceira vez. Já participou das finais de 1994 e 2010.
Porém, nunca passou dos oitavos-de-final. Internamente, conquistou por três vezes a Taça das Nações Africanas, em 1980, 1994 e
2013. Arrebatou igualmente a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos
de 1996, quando venceu o Brasil
nas meias-finais e a Argentina na
final. Em 2008 foi medalha de prata, após derrota diante da Argentina. Nos Jogos Africanos venceu
a medalha de ouro em 1973, duas
de prata em 1978 e 2003 e duas de
bronze em 1991 e 1995. Tem feito
um trabalho significativo ao nível da base que já culminou com
a conquista do título mundial de
Sub-17, em 1985, 1993 e 2007.
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Tributo ao King
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Reportagem
Moçambique chora
pela morte de Eusébio
E
Mali da inovação
O
Mali é das selecções fortes e que
tem vindo a registar uma notável ascensão, fruto de um trabalho de grande profundidade nos
escalões etários. Ainda que não
tenha ganho nenhum título continental, a sua selecção principal tem pautado por prestações sensacionais. Em 1972, por
exemplo, ocupou a segunda posição e em
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2012-2013 ficou na terceira posição. Os seus
principais jogadores são Fredéric Kanouté,
Mahamadou Diarra, Salif Keita, Mohamed
Sissoko, Seydou Keita, Sammy Traoré e Bassala Touré. Tem “exportado” muitos jogadores, por isso o campeonato interno não é de
grande expressão. Mas, mesmo assim, tem
argumentos para lutar pela qualificação no
grupo em que se encontra inserido.
ternizado pelo nome de
King e Pantera Negra,
Eusébio da Silva Ferreira,
partiu para sempre. Vítima de paragem cardio-respiratória, o antigo
jogador do Benfica e da selecção
portuguesa, morreu na madrugada do dia 5 de Janeiro de 2014. Já
vinha queixando-se de problemas
de saúde de há algum tempo a esta
parte, tendo chegado a sofrer um
acidente vascular cerebral (AVC),
em 2012. Os restos mortais do Pantera Negra foram a enterrar no dia
6 de Janeiro de 2014, no cemitério
do Lumiar, em Portugal, numa cerimónia marcada por muita chuva,
lágrimas, aplausos e cânticos. Os
presentes gritavam “És o nosso rei,
Eusébio”. Embaixador da selecção
portuguesa e figura incontornável do mundo de futebol, o Pantera
Negra teve um digno funeral, de alguém carismático.
Um dos melhores jogadores de
todos os tempos, Eusébio da Silva Ferreira tornou-se símbolo do
futebol ao serviço do Benfica de
Portugal e da Selecção Portuguesa,
onde foi precioso na conquista do
terceiro lugar no Campeonato do
Mundo de 1966.
Nascido a 25 de Janeiro de 1942,
na antiga cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo, concretamente no Bairro da Mafalala, o King era
conhecido pela sua velocidade, técnica e pela execução e potência do
remate de pé direito. A sua capaci-
dade de drible, a sua intuição, articulação do seu corpo com o esférico
em relação ao espaço, dotavam-no
de características únicas….enfim tinha uma força natural bem viva.
Eusébio actuou pelo Benfica 15
dos seus 22 anos como jogador de
futebol. Até à data detém o recorde
de golos dos encarnados, com 638
em 614 partidas oficiais.
Conquistou onze campeonatos
portugueses pelo Benfica (19601961, 1962-1963, 1963-1964, 19641965, 1966-1967, 1967-1968, 19681969, 1970-1971, 1971-1972, 1972-1973
e 1974-1975), cinco (5) Taças de Portugal (1961-1962, 1963-1964, 19681969, 1969-1970 e 1971-1972), uma (1)
Taça dos Campeões Europeus (19611962) e contribuiu para que o Benfica
atingisse mais três finais da Taça dos
Campeões Europeus (1962-1963,
1964-1965 e 1967-1968).
Há o registo de ter sido também o
maior marcador da Taça dos Campeões Europeus em 1965, 1966 e 1968.
Arrebatou ainda a Bola de Prata por
sete vezes (recorde português) em
1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1970 e
1973. Foi o primeiro jogador a ganhar
a Bota de Ouro, em 1968, feito que
mais tarde repetiu em 1973.
Eusébio recebeu várias distinções em Portugal e no estrangeiro ao longo da vida, destacando-se entre elas os Colares de Mérito
Desportivo (1981) e de Honra ao
Mérito Desportivo (1990), além da
«Águia de Ouro», o mais alto galardão do Benfica, em 1982.
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Tributo ao King
MENSAGEM
DO PRESIDENTE DA REPúBLICA
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Maputo, 5 de Janeiro de 2014
Alma do King
evocada no CHAN
A
pesar de ter jogado
mais tempo em Portugal, pelo Benfica e pela
Selecção das Quinas,
Eusébio da Silva Ferreira é moçambicano de
gema e em diversos momentos da
sua vida quando solicitado, respondeu positivamente com acções de
solidariedade.
Procurou aproximar-se das estruturas desportivas nacionais para
dar a sua contribuição e em diversas fases acompanhou a carreira e o
desempenho dos Mambas nas diferentes campanhas.
A morte do Pantera Negra abalou os moçambicanos, sobretudo
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a classe desportiva, que tem nele
como ídolo. A selecção moçambicana já foi encorajada por Eusébio a
vingar e enveredar pelo melhor caminho e, agora, estando presente no
Campeonato Africano das Nações
(CAN-Interno), nada melhor do que
inspirar-se pela alma de Eusébio
para uma prestação positiva.
Aliás, os jogadores querem prestar uma digna homenagem ao Pantera Negra, pelo contributo e ensinamentos deixados. Esta geração
revê-se no valor puro de Eusébio,
por isso espera mover-se em campo com o espírito guerreiro que o
King transmitia dentro das quatro
linhas.
Moçambique, os moçambicanos e o mundo do desporto estão
de luto. Perdemos, a 5 de Janeiro de 2014, Eusébio da Silva Ferreira, futebolista de primeira água e com uma carreira internacional
célebre e celebrada como uma referência de grande craveira.
Foi, pois, com profunda mágoa e consternação que tomámos conhecimento desta triste notícia. Triste e chocante porque veio tirar-nos um homem que, durante décadas, praticou
o futebol com elegância, galhardia e arte. Por mérito dessa sua
forma de jogar e de saber jogar futebol Eusébio constituiu-se
numa verdadeira fonte de inspiração e de alegria para milhões
de moçambicanos e de cidadãos do resto do mundo.
Nascido no chão da nossa terra, a 25 de Janeiro de 1942, Eusébio da Silva Ferreira, com os seus pés nus, construiu, a partir
da nacionalista, desportiva, poética, artística e multifacetada
Mafalala uma carreira que viria a torná-lo uma referência incontornável na rica geração dos futebolistas moçambicanos e
de outras parte do globo do seu tempo.
Temido pelos defesas e guarda-redes e venerado pelos médios e atacantes;
Aclamado pelos seus admiradores e adversários;
Celebrado pelos amantes do futebol e de outras modalidades
desportivas; e
Imortalizado por obras literárias, de arte e cultura,
O Pantera Negra projectou o nome desta Pátria de Heróis
à escala planetária. Ao mesmo tempo, demonstrou que, com
auto-estima, determinação, criatividade e muito trabalho nós,
moçambicanos, podemos realizar os nossos o sonhos transformando desafios em oportunidades.
Neste momento de muita dor, gostaríamos de endereçar as
nossas mais sentidas condolências à família enlutada, aos amigos e admiradores de Eusébio da Silva Ferreira, bem como a todos os desportistas e cidadãos do mundo inteiro que perderam
uma referência insuperável.
Até sempre Eusébio!
Armando Emílio Guebuza
(Presidente da República de Moçambique)
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Conferência de futebol
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Tributo ao King
MENSAGEM DE CONDOLÊNCIAS
`A FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL
A
Federação Moçambicana de Futebol
(FMF), através do seu
Presidente,
Feizal
Sidat, vem por este
meio manifestar e
lamentar o desaparecimento físico do Sr. Eusébio da Silva Ferreira,
conhecido no mundo do futebol
por “Pantera Negra” . A comunidade futebolística moçambicana
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foi colhida de surpresa, na manhã
deste dia 5 de Janeiro de 2014, com
esta triste notícia da morte do
maior jogador de futebol de todos
os tempos e símbolo nacional de
Portugal e de Moçambique.
Em nome da Federação Moçambicana de Futebol e dos desportistas moçambicanos no geral,
nesta hora difícil, vimos por esta
via apresentar a V.Excia Presiden-
te da Direcção da FPF as mais sentidas condolências à comunidade
do Futebol Português e, acima
de tudo, à família, amigos e entes
queridos de Eusébio da Silva Ferreira. Moçambique e Portugal perdem assim a maior referência da
história do futebol dos dois países.
Paz à sua alma.
Maputo, 05 de Janeiro, 2013
FMF edita Brochura
da conferência de futebol
A
brochura
resultante da 2ª Conferência
Nacional de Futebol
já está disponível no
mercado
nacional.
Trata-se de um documento que contém as grandes decisões e recomendações saídas do
evento que se realizou nos dias 16
e 17 de Outubro de 2013, no Centro
de Conferências das Telecomunicações de Moçambique – TDM, sob
lema “Por Um Futebol Inclusivo e
Abrangente”. A brochura tem 52
páginas, é ilustrada e a cores, dois
mil exemplares, podendo ser adquirida na sede da FMF. É um instrumento de consulta e orientação
das actividades de desenvolvimento do futebol, que teve aprovação
dos participantes.
O evento contou com cerca de
200 participantes entre dirigentes,
sendo de destacar as presenças dos
Srs. José Dimitri, Inspector-Geral do
Ministério da Juventude e Desportos, Sr. José Dava, Director Executivo
do Fundo de Promoção Desportiva,
Sr. José Pereira, Director Adjunto do
Estádio Nacional do Zimpeto, Sr. Rui
Albasini, Director dos Serviços do
Desporto de Rendimento do Instituto Nacional do Desporto, Sr. Roy
Carlos Tembe, Director da Juventude
e Desportos da Cidade de Maputo,
Srª Ângela Reane, Directora Provincial da Juventude e Desportos de
Nampula, quadros e técnicos do Ministério da Juventude e Desportos e
do Instituto Nacional do Desporto –
INADE.
O Ministro da Juventude e Desportos, Fernando Sumbana Júnior,
que se fez acompanhar por Carlos
de Sousa, Vice-Ministro da Juventude e Desportos, fez a abertura
oficial do evento.
A conferência nacional da tribo
do futebol, contou igualmente com
a participação do Dr. Salimo Abdula,
Presidente da Mesa da Assembleia
Geral da Federação Moçambicana de
Futebol, Sr. Feizal Sidat, Presidente da
Direcção da Federação Moçambica-
na de Futebol, membros da Direcção
da Federação Moçambicana de Futebol, nomeadamente, Sr. Amir Gafur, Sr. António Chambal, Sr. Aurélio
Matias, Sr. Viano Guiliche, Sr. Nicolas
Esculudes, Srª. Claudete Pereira, Srª.
Palmira Pedro Francisco e Sr. Filipe
Johane.
Estiveram também presentes os
Srs. Marcelino Macome e João Carlos da Conceição, Presidente e Vice-presidente do Comité Olímpico de
Moçambique, respectivamente, Sr.
Augusto Matine, Director Técnico
da Federação Moçambicana de Futebol, Sr. João Chissano, Treinador
da Selecção Nacional de Futebol,
Presidentes e Secretários Gerais de
todas as Associações Provinciais,
empresas ligadas ao ramo do desporto, Escola Superior de Ciências
do Desporto da Universidade Eduardo Mondlane, Faculdade de Educação Física e Desportos da Universidade Pedagógica, Órgãos de
Comunicação Social, entre outros
quadros proeminentes do desporto.
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Conferência de futebol
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Conferência de futebol
Ouvir a sociedade
para soluções conjuntas
Feizal Sidat, na qualidade de anfitrião, enalteceu a presença de
representantes dos clubes, dirigentes, praticantes, jornalistas,
treinadores, estudantes e desportistas de futebol, que decidiram
juntar-se à FMF para objectivamente discutir, com
rigor, matérias e temas
que interessam o futebol.
Disse que o actual elenco federativo quer
promover
e
aprofundar
o
diálo-
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Sidat,
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F
ente
d
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s
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r
P
F
da FM
go com a sociedade no espírito da
gestão pública participativa, para
inverter o cenário prevalecente.
Sublinhou que a conferência
reafirma o compromisso da Federação de ouvir a sociedade, através da promoção de debates que
envolvem a participação de representantes de diversos segmentos
da modalidade e da sociedade, por
isso julga ser importante criar entendimento sobre a democratização e desenvolvimento do futebol
e examinar os papéis e responsabilidades dos vários actores, estatais, privados e sociedade civil envolvidos no futebol.
Solidificar
pilares erguidos
N
a sua intervenção, Salimo Abdula, Presidente de Mesa da Assembleia Geral, começou
por agradecer o convite a si dirigido para
participar no prestigiado evento e
felicitou a Federação Moçambicana
de Futebol pela realização da conferência.
Referiu que era um privilégio estar com ilustres figuras do desporto
para avaliar a saúde do futebol nacional.
Disse que a Conferência devia dar
respostas às seguintes questões:
Para onde se caminha, onde se espera chegar e como é que se pretende chegar até lá, e que as respostas
a estas perguntas sirvam de pernas
para andar e, quiçá, dê asas para
voar em direcção à grandeza que todos os moçambicanos esperam que
o futebol do país alcance.
Disse ainda que a II Conferência
Nacional de Futebol é o momento
único em que, a exemplo da I Conferência Nacional, perspectiva-se
solidificar os pilares erguidos com
o objectivo de levar a bom porto o
limo
- Dr. Sa
,
Abdula te
en
Presid da
a
da Mes F
FM
AG da
desporto mais amado pela nação.
Prosseguindo, disse que, como
era óbvio, não esperava, naquele
evento, a solução de todos os problemas do futebol, mas sim um momento cujos debates, propostas e
soluções espelhem acções que no
futuro possam engrandecer o futebol.
A terminar referiu que se tornava necessário aprofundar, na conferência, a análise sobre os pontos
fortes e fracos, ameaças e oportunidades, factores de desenvolvimento
e de entraves da modalidade rainha.
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Conferência de futebol
50
Conferência de futebol
Futebol fortalece
Cultura de Paz
P
or seu turno, Fernando Sumbana Júnior,
Ministro da Juventude
e Desportos, começou
por endereçar palavras
de apreço pela realização da Conferência Nacional de
Futebol, tendo referido que a mesma tem a particularidade de juntar
gente verdadeiramente do futebol,
gente sempre imbuída pelo espírito de fazer mais e melhor para
o futebol moçambicano, pelo seu
desenvolvimento e pela expansão
por todo o país.
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O titular da pasta do Ministério
da Juventude e Desportos felicitou a Federação Moçambicana de
Futebol pelo lema escolhido para
esta Conferência.
O ministro Sumbana Júnior
disse ainda que os expectativas
desta Conferência devem gravitar
em torno de resultados desportivos, daí que se espera que os seus
objectivos sejam integralmente
alcançados e adoptem modelos
eficazes que permitam alcançar
bons resultados desportivos.
Afirmou também que a Con-
ndo
- Ferna a,
n
Sumba de
ro
Minist os
rt
Despo
ferência acontece num momento
em que somos desafiados a uma
profunda reflexão sobre um vasto leque de preocupações que, de
certa forma, têm contribuído para
um ambiente pouco saudável em
torno da modalidade, referindo-se concretamente a: Moral, ética
e violência nos recintos desportivos; Gestão do futebol desde a
base ao topo; Quadro competitivo,
calendário anual, figurino do campeonato e selecções nacionais; e
Infraestruturas desportivas.
Disse ainda que o Governo não
está confortado com a onda de violência e de intolerância que grassa o
nosso futebol, referindo-se à existência de instrumentos jurídicos
com vista a colmatar-se essa malfadada tendência, nomeadamente
o Regulamento de Segurança nos
Recintos e Espectáculos Desportivos, aprovado recentemente pelo
Conselho de Ministros.
Trata-se de um instrumento
que orienta os organizadores dos
eventos desportivos sobre os procedimentos a tomar em conta em
diferentes níveis de competições,
de forma a evitar-se a ocorrência
de actos de violência.
Acrescentou que a este conjunto de temas, junta-se a sempre
recorrente e não menos preocupante questão da massificação
das camadas de formação e da
absorção dos talentos anualmente
descobertos em eventos juvenis
como o BEBEC, a Copa Coca Cola e
os Jogos Escolares que movimentam muitas crianças.
O Ministro da Juventude e Desportos disse ainda que os fazedores
de futebol, os amantes da modalidade e todos aqueles que se identificam com este gigantesco fenómeno
popular estão com as atenções viradas para este fórum, na esperança de que se produzam decisões e
recomendações que tragam verdadeiras mudanças em toda a matriz
institucional do nosso futebol.
Sumbana Júnior vincou a necessidade de um maior aproveitamento da reunião, do rico acervo
desportivo que algumas das lendas
presentes, guiadas pelo espírito
de que cada experiência é sempre
um valor acrescentado numa discussão que pretende desenhar um
futuro ao nosso futebol, que é uma
modalidade que contribui para a
consolidação da Unidade Nacional,
cultura de paz e ocupação sã dos
tempos livres dos cidadãos.
TEMAS ABORDADOS
ww Estruturação e Profissionalização do Futebol em Moçambique: mito ou realidade;
ww Gestão do Futebol;
ww Recursos Financeiros para
a Modernização de Infra-estruturas;
ww Gestão da Imagem do Futebol: Formas de Torná-la Lucrativa e a Venda de Direitos
de Transmissão dos Jogos;
ww Detecção, Formação e Desenvolvimento de talentos
(Sistema de licenciamento
de treinadores em África);
ww Estratégia de Implementação da Política do Desporto
em Moçambique;
ww Segurança nos Campos de
Jogos;
ww Plenária da Justiça;
ww The Pacific Institute;
ww Responsabilidade Social do
Futebol..
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