Lição 12 10 de Setembro a 16 de Setembro

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Lição 12 10 de Setembro a 16 de Setembro
Lição 12
10 de Setembro a 16 de Setembro
Ministério Urbano No Tempo Do Fim
Sábado à tarde
Leitura para o estudo da semana: Atos 18:1-28; Êxodo 2:23-25; Mateus 13:3-9, 18-23; João 15:12 e 13; II
Pedro 3:9.
Verso Áureo: “Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao Senhor, porque,
na sua paz, vós tereis paz.” Jeremias 29:7.
AS MENSAGENS DOS TRÊS ANJOS requerem que o Evangelho seja pregado a “toda a nação, tribo, língua
e povo” (Apoc. 14:6). Por isso, onde quer que as pessoas vivam, a mensagem deve ser-lhes levada. E uma
vez que muita gente vive atualmente nas cidades, às cidades temos de ir.
Na verdade, a urgência relativamente ao trabalho nas cidades aumentou em 2007, quando os peritos em
estatísticas das Nações Unidas declararam que, pela primeira vez na História, a maioria da população
mundial estava a viver em áreas metropolitanas. Hoje, o ministério urbano tornou-se na questão central
na estratégia missionária da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Em muitas nações, o esforço evangelístico Adventista tem conseguido mais resultados nas pequenas
cidades e nas áreas rurais fora das zonas metropolitanas do que nas cidades. Inquéritos feitos revelaram
que, nalguns dos principais complexos urbanos, a maioria das pessoas nunca ouviu falar na Igreja
Adventista do Sétimo Dia, e, portanto, não sabe nada acerca das “mensagens dos três anjos”.
Por isso, é evidente que, para alcançarmos o mundo, temos de alcançar as cidades.
Ano Bíblico: Ezequiel 42-44. Plano de Leitura
Livro Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes – A Primeira Escola da Criança [pág. 107]
Comentário
Através de Jeremias, Zedequias e todo o Judá, incluindo os que tinham sido levados para Babilónia, foram
aconselhados a submeter-se pacificamente ao domínio temporário dos seus conquistadores. Era
especialmente impor-tante que os que estavam no cativeiro procurassem promover a paz da terra para a
qual tinham sido levados. No entanto, isto era contrário às inclinações do coração humano. E Satanás,
aproveitando-se das circunstâncias, fez com que surgissem entre o povo falsos profetas, tanto em
Jerusalém como em Babilónia, que declaravam que o jugo do cativeiro em breve seria quebrado e o
anterior prestígio da nação restaurado. …
Deus, com terna compaixão, informou o Seu povo cativo dos planos que tinha para Israel. Ele sabia que,
se os falsos profetas os convencessem a espe-rarem pela libertação num curto espaço de tempo, a sua
posição em Babilónia tornar-se-ia muito difícil. Qualquer manifestação ou insurreição da sua parte
despertaria a vigilância e a severidade das autoridades caldaicas, o que poderia levar à posterior
restrição das suas liberdades. O resultado seria sofrimento e angústia. Ele desejava que se submetessem
pacificamente à sua sorte, tor-nando a sua servidão tão agradável quanto possível. E o Seu conselho foi:
“Construam casas para nelas habitarem; plantem hortas e comam do seu fru-to. ... Trabalhem pelo bem
das cidades para onde vos levaram cativos. Peçam ao Senhor por elas, porque se essas cidades
prosperarem, a prosperidade será vossa também.” Jer. 29:5-7. – Profetas e Reis, pp. 293 e 294 (Ed. P.
SerVir).
Na profecia da destruição de Jerusalém, Cristo disse: “Por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos
esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do reino será pregado em
todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.” Esta profecia será de novo
cumprida. A abundante iniquidade daquela época encontra o seu paralelo nesta geração. Assim será
quanto à predição da pregação do Evangelho. Antes da queda de Jerusalém, Paulo, escrevendo sob a
inspiração do Espírito Santo, declarou que o Evangelho fora pregado a “toda a criatura que há debaixo do
céu”. Colossenses 1:23. Assim agora, antes da vinda do Filho do homem, o Evangelho eterno tem que ser
pregado a “toda a nação, e tribo, e língua, e povo”. Apocalipse 14:6, 14. Deus “tem determinado um dia
em que com justiça há de julgar o mundo”. Atos 17:31. Cristo diz-nos quando será esse dia. Ele não diz
que todo o mundo se converterá, mas que “este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em
testemunho a todas as gentes, e então virá o fim”. Dando o Evangelho ao mundo, está na nossa mão
apressar a volta do nosso Senhor. Não nos cabe apenas aguardar, mas apressar o dia de Deus (II Pedro
3:12). Se a Igreja de Cristo tivesse feito o trabalho que lhe foi designado, como Ele ordenou, o mundo
inteiro já teria sido advertido, e o Senhor Jesus já teria vindo à nossa Terra com poder e grande glória. – O
Desejado de Todas as Nações, pp. 540 e 541 (Ed. P. SerVir).
A NATUREZA DAS CIDADES
Domingo, 11 de Setembro.
As cidades juntam muitas culturas diferentes, muitos grupos étnicos, muitas línguas e religiões.
Tradicionalmente, cada grupo tem o seu “quartel”, o seu território definido. Cada vez mais, todos os tipos
de pessoas vivem porta com porta nas regiões metropolitanas. Esta realidade multicultural cria riscos e
complexidade, mas também proporciona grandes oportunidades para o Evangelho. Há mais tolerância
em face de novas ideias, mais boa-vontade para ouvir novas religiões, do que frequentemente existe nos
ambientes culturais mais tradicionais, fora das cidades. A cidade pode proporcionar acesso a muitas
pessoas que, de outro modo, talvez nunca se aproximassem da mensagem Adventista do Sétimo Dia.
Leia Atos 18:1-28 para ver um exemplo de como Paulo realizava a implantação de igrejas nas
cidades. Que lições podemos aprender com o que ele fez?
Nestes centros urbanos, havia um mosaico de muitas línguas e culturas e de muitos grupos étnicos, tal
como acontece nas cidades de hoje. Paulo descobria certos tipos de pessoas com quem se relacionava.
Encontrava pessoas que partilhavam a sua ligação à fé judaica, à cidadania romana e à fabricação de
tendas, em que ele trabalhava. Vivia na casa de um casal que se tornou, ele mesmo, crente e evangelista.
Ensinou na sinagoga até ser expulso e, depois, começou uma igreja caseira no lar de um crente. Ele
treinava e apoiava bastantes novos crentes, de maneira que, quando ele se mudava, podia nomear
pessoas para dirigirem o grupo.
Evidentemente, Paulo compreendia e sentia-se à vontade a trabalhar no contexto multicultural,
multirreligioso, da cidade (veja também I Cor. 9:20-23). Ele sabia adaptar-se ao ambiente em que se
encontrava, e aprendia a apresentar a verdade de maneira a responder melhor às necessidades daqueles
que estava a tentar alcançar.
Como podemos nós, como indivíduos, e a nossa igreja local, como um todo, estar melhor equipados para
nos misturarmos com as nossas comunidades, de maneira a alcançá-las?
Ano Bíblico: Ezequiel 45-48. CM / Vivendo Dentro das Receitas 249
Comentário
[Paulo] ilustrou de maneira prática o que podia ser feito por leigos consagrados, em muitos lugares onde
as pessoas não estavam familiarizadas com as ver-dades do Evangelho. A sua atitude inspirou muitos
trabalhadores humildes a desejar fazer o que lhes fosse possível para o avanço da causa de Deus, ao
mesmo tempo que se mantinham a si mesmos com o trabalho diário. Áquila e Priscila não foram
chamados a dar todo o seu tempo ao ministério evan-gélico. Todavia, esses humildes obreiros foram
usados por Deus para mos-trar mais perfeitamente a Apolo o caminho da verdade. O Senhor emprega
vários instrumentos para a realização do Seu plano, e, enquanto alguns com talentos especiais são
escolhidos para dedicar todas as suas energias à tarefa de ensinar e pregar o Evangelho, muitos outros,
sobre quem mãos humanas nunca foram postas para ordenação, são chamados a desempenhar uma
parte importante na salvação das pessoas.
Há um vasto campo aberto diante do obreiro evangélico por conta própria. Muitos podem conseguir
valiosas experiências no ministério, enquanto dedicam parte do tempo em atividades manuais, e, por
este método, podem desenvolver-se obreiros eficientes para importantes serviços em campos
necessitados.
O voluntário e abnegado servo de Deus, que trabalha incansavelmente espalhando a palavra e a
doutrina, leva sobre o coração um pesado fardo. Não mede o seu trabalho pelas horas. O salário não tem
influência no trabalho, nem se desvia do seu dever por causa de condições desfavoráveis. Recebeu do
Céu a sua missão, e do Céu espera a recompensa quando estiver concluída a obra que lhe foi confiada. –
Atos dos Apóstolos, pp. 250 e 251 (Ed. P. SerVir).
Em todo o mundo, são necessários mensageiros de misericórdia. Há necessidade de famílias cristãs que
vão para localidades que estão em trevas e erro, … que tomem conhecimento das necessidades dos seus
semelhantes e que trabalhem pela causa do Mestre. Se essas famílias se estabelecessem nos lugares
escuros da Terra, lugares em que o povo está envolto em sombras espirituais, e deixassem a luz da vida
de Cristo irradiar por meio delas, quão nobre seria a obra que se poderia realizar.
Este trabalho requer sacrifício. Enquanto muitos esperam que sejam removidos todos os obstáculos, fica
por fazer aquilo que poderiam efetuar, e multidões estão a morrer sem esperança e sem Deus. Alguns,
por amor de vantagens comerciais, ou para adquirir conhecimentos científicos, arriscam-se a penetrar
em regiões inóspitas, e a resistir de bom grado a sacrifícios e privações. Mas quão poucos estão
dispostos, por amor dos seus semelhantes, a mudar a sua família para regiões carecidas do Evangelho!
Alcançar as pessoas, onde quer que estejam e seja qual for a sua posição ou estado, e auxiliá-las por
todos os modos possíveis – eis o verdadeiro ministério. Mediante esses esforços, podem conquistar
corações, e abrir uma porta de acesso àqueles que estão a perecer. … O amor de Cristo, numa corrente
que cura e vivifica, deve fluir da vossa vida. Ao procurarem atrair outros para o círculo do Seu amor, que a
pureza da vossa linguagem, a abnegação do vosso serviço, o contentamento da vossa conduta sejam um
testemunho do poder da Sua graça. Perante o mundo, representem-n’O de forma tão pura e tão justa,
que os homens O contemplem na Sua beleza. – A Ciência do Bom Viver, p. 103 (Ed. P. SerVir).
O LUGAR DE SOFRIMENTO
Segunda, 12 de Setembro.
À medida que Cristo, o Curador, passava por Jerusalém, por Cafarnaum e por outras cidades do Seu
tempo, os doentes, os deficientes e os pobres juntavam-se ao Seu redor. O Seu coração comovia-se pela
Humanidade sofredora.
Na cidade, há mais de tudo – mais pessoas, mais edifícios, mais trânsito e mais problemas. Isto
representa um desafio real para as igrejas. Aqueles que partilham o Evangelho não podem simplesmente
ignorar as enormes necessidades humanas ao seu redor e concentrar-se apenas na mensagem, porque
fazer isso traz descrédito à mensagem. Se as suas ações não demonstram a compaixão, a graça e a
esperança de que falamos, então aquilo de que falamos não terá poder algum. Será ouvido apenas como
mais uma das muitas vozes que lutam por captar o ouvido das multidões.
Leia Êxodo 2:23-25; 6:5; Salmo 12:5; Romanos 8:22; e Job 24:12. Que mensagem encontramos para
nós nestes textos?
O nosso mundo é um lugar de sofrimento. Ele geme sob o peso e o sofrimento do pecado. Nenhum de
nós, sejamos quem formos, foge a esta realidade.
Esse sofrimento também nos oferece poderosas oportunidades para testemunharmos. Mas também
precisamos de ser cuidadosos aqui. Quando se trata do modo como uma igreja é encarada pelos não
membros em termos de vizinhança, é importante compreendermos a diferença entre eventos
comunitários e um serviço continuado que responde realmente às necessidades. Na mente das pessoas
da comunidade há uma diferença entre uma igreja que entrega alimentos às famílias uma vez por ano,
na época festiva, e uma semelhante a certa igreja Adventista numa grande cidade.
O que faz esta igreja? Reúne-se num centro comunitário que funciona diariamente. As pessoas podem
dirigir-se ali todas as manhãs e comer um pequeno-almoço quente! E nem sequer é uma igreja grande.
Tem apenas uns setenta e cinco membros, mas eles estão totalmente empenhados em responder às
necessidades dos seus vizinhos num bairro urbano. Este é um trabalho notável, mas que exige dedicação
e um sentimento de obrigação de ajudar os necessitados.
Imagine o impacto nas nossas comunidades, se todas as nossas igrejas fizessem alguma coisa para
ajudar a responder aos gemidos que certamente existem nos bairros ao nosso redor.
Ano Bíblico: Daniel 1-3. CM / Vivendo Dentro das Receitas 249
Comentário
Deus chama cada membro da Igreja a dedicar sem reservas a sua vida ao serviço do Senhor. Ele pede
uma decidida reforma. Toda a Criação geme sob a maldição. O povo de Deus deve colocar-se onde cresça
na graça, sendo santificado no corpo, na alma e no espírito, pela verdade. Quando romperem com toda a
ruinosa tolerância em matéria de saúde, terão uma perceção mais clara do que significa verdadeira
piedade. Uma maravilhosa mudança será vista na experiência religiosa. – Conselhos Sobre Saúde, p.
579.
Os que pensam no resultado de apressar ou impedir o Evangelho pensam nisso em relação a si mesmos
e ao mundo. Poucos pensam nisso em relação a Deus. Poucos tomam em consideração o sofrimento que
o pecado causou ao nosso Criador. Todo o Céu sofreu com a agonia de Cristo; mas esse sofrimento não
começou nem terminou com a Sua manifestação em humanidade. A Cruz é uma revelação, aos nossos
sentidos embotados, da dor que o pecado, desde o seu início, acarretou ao coração de Deus. Cada desvio
do que é justo, cada ação de crueldade, cada fracasso da natureza humana para atingir o seu ideal, trazLhe pesar. Quando sobrevieram a Israel as calamidades que eram o resultado certo da separação de
Deus – subjugação pelos seus inimigos, crueldade e morte – refere-se que “se angustiou a sua alma por
causa da desgraça de Israel”. Juízes 10:16. ... O Seu Espírito “intercede por nós com gemidos
inexprimíveis”. Enquanto “toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora”
(Romanos 8:26, 22), o coração do Pai infinito condói-se, em simpatia. – Educação, p. 263.
Com graça no coração, os crentes devem fazer as obras de Cristo, colocando-se, de alma, corpo e
espírito, ao Seu lado, como Sua mão humana, para distribuir o Seu amor aos que estão fora do aprisco.
Os crentes devem associar-se uns aos outros em companheirismo cristão, considerando-se uns aos
outros como irmãos e irmãs no Senhor. Devem amar-se uns aos outros como Cristo os amou. Devem ser
luzes para Deus, brilhando na Igreja e no mundo, recebendo graça por graça, ao distribuírem aos outros.
Assim são constantemente guardados em espiritual proximidade de Deus. Refletem a imagem de
Cristo.
O amor santificado é difusivo, recusando-se a ser limitado pelo lar ou pela Igreja. Ele procura salvar as
almas que estão a perecer. Cada coração que tenha sentido o amor de um Salvador que perdoa o
pecado encontra-se aliado a todos os outros corações cristãos. Os verdadeiros crentes unir-se-ão uns aos
outros no trabalho pelas almas prestes a perecer. Não gastem os nossos pastores tempo e energia no
trabalho pelos que conhecem a verdade. Em vez disso procurem os que estão fora do aprisco, e cada um
deve estimular o outro à fervorosa ação em bem definidos e santificados esforços para salvar as pobres
almas que estão a perecer nos seus pecados. – Medicina e Salvação, p. 316.
SEMEAR E COLHER NAS CIDADES
Terça, 13 de Setembro.
Leia Mateus 13:3-9, 18-23. Embora esta história nos seja familiar, como podemos usar o que ela
ensina de forma a ajudar-nos a compreender melhor como podemos ministrar e testemunhar
junto das nossas comunidades, incluindo as cidades?
Embora contada num contexto rural, esta parábola é, de facto, mais importante no ministério urbano do
que em pequenas vilas e áreas rurais, porque as áreas urbanas têm uma maior variedade de “solos”. Isso
explica porque é mais desafiador fazer campanhas evangelísticas nas cidades do que em áreas mais
rurais.
As diversas condições do terreno produzem diferentes tipos de resultados, sugerindo a necessidade de
estudar as condições do solo antes de investir em atividades evangelísticas. Se, depois de estudar o
“terreno” da comunidade, a sua igreja descobre que existe pouco “terreno bom” no seu território, devem
planear melhorar esse solo através do amolecimento das veredas duras, da remoção das pedras e da
eliminação dos espinhos e dos cardos. Quer dizer, para que o evangelismo seja bem-sucedido, a igreja
deve trabalhar com antecedência, preparando o solo. Isso pode fazer uma enorme diferença na eficácia
da campanha evangelística.
Em I Coríntios 12, Romanos 12 e Efésios 4, a Bíblia fala acerca dos dons espirituais. Diz que há uma
multiplicidade de dons, mas apenas uma missão. Os tipos de solos mencionados na parábola
demonstram a necessidade de incluir muitos dons diferentes no esforço para alcançar as cidades. Nas
cidades grandes, “homens de talentos vários devem ser usados”, escreveu Ellen G. White. “Novos
métodos precisam de ser introduzidos. O povo de Deus tem que despertar para as necessidades da
época em que vive.” – Ellen G. White, Evangelismo, p. 70. Através do dom da visão divina, ela viu o que é
necessário para um ministério urbano eficaz. Hoje é ainda mais necessário ter uma ampla variedade de
abordagens e de dons em ação dentro de uma estratégia alargada e multifacetada. Uma campanha
isolada ou um único projeto grande não vão conseguir muito a longo prazo. A estrutura complexa e a
enormidade da cidade simplesmente “engolem” esses programas, e, no prazo de poucas semanas, não
resta nenhum vestígio do impacto feito. É preciso fazer mais antes.
Pense naqueles a quem está a tentar testemunhar. Em que tipo de solo se enquadram? O que pode fazer
para ajudar a preparar melhor o terreno?
Ano Bíblico: Daniel 4-6. CM / Vivendo Dentro das Receitas 249
Comentário
Nas cidades grandes há certas classes que não podem ser alcançadas pelas reuniões públicas. Essas têm
de ser procuradas como o pastor procura as suas ovelhas perdidas. Esforço diligente e pessoal tem de
ser envidado em seu favor.
Se eles não quiserem vir ao banquete do Evangelho a que Cristo os convida, então os mensageiros de
Deus devem-se acomodar às circunstâncias e levar-lhes a mensagem através do trabalho de casa em
casa, estendendo assim o seu ministério aos caminhos e atalhos, dando ao mundo a última mensagem.
Vão à casa mesmo dos que não manifestam nenhum interesse. Enquanto a doce voz da misericórdia
convida o pecador, trabalhem com toda a energia do cérebro e do coração, como fez Paulo, que não
cessou “noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um”. No dia de Deus, quantos nos enfrentarão,
dizendo: “Estou perdido! Estou perdido! E nunca me advertiram; nunca me rogaram que fosse a Jesus. Se
eu tivesse crido como vocês creem, teria acompanhado toda a alma destinada ao juízo que estivesse ao
meu alcance, com orações e lágrimas e advertências.”…
Luz, luz da Palavra de Deus – eis do que o povo necessita. Caso os mestres da Palavra sejam voluntários,
o Senhor levá-los-á a uma relação íntima com o povo. Guiá-los-á aos lares daqueles que necessitam e
desejam a verdade; e à medida que os servos de Deus se empenham na obra de procurar as ovelhas
perdidas, são-lhes despertadas e vivificadas as faculdades espirituais. Sabendo que estão em harmonia
com Deus, sentem-se ditosos e felizes. Sob a direção do Espírito Santo, obtêm uma experiência de
inapreciável valor para eles. As suas faculdades intelectuais e morais atingem o mais alto
desenvolvimento; pois é concedida graça em resposta à petição. – Evangelismo, pp. 433 e 434.
O nosso povo comete um grande erro quando, depois de realizar uma reunião campal e juntar algumas
almas, desarmam as tendas e julgam ter cumprido o seu dever. A sua obra apenas começou. Pregaram
doutrinas novas e estranhas para o povo que os ouviu, e então deixaram a semente lançada para ser
apanhada pelas aves, ou então, a murchar por falta de humidade. …
Depois de o povo ter ouvido as razões da nossa fé, que comece a obra de casa em casa. Relacionem-se
com o povo, e leiam para eles as preciosas palavras de Cristo. Exaltem Cristo crucificado entre eles, e em
breve os que ouviram as mensagens de advertência dos ministros de Deus na tenda, e ficaram convictos,
serão atraídos a indagar sobre o que ouviram. Este é o momento para apresentar as razões da nossa fé,
com mansidão e temor, não um temor servil, porém um cauteloso temor para que não falem
inadvertidamente. Apresentem a verdade tal como é em Jesus, com toda a mansidão e humildade, ou
seja, com simplicidade e sinceridade, dando o mantimento a seu tempo, e a cada homem a sua porção. –
Evangelismo, pp. 431 e 432.
FOQUE O ESFORÇO NAS PESSOAS
Quarta, 14 de Setembro.
Leia João 15:12 e 13; Tiago 1:27; e Gálatas 6:2. Em conjunto, o que nos dizem estes textos que é tão
importante para qualquer esforço evangelístico sério?
Devido ao enorme tamanho da população urbana, é fácil perder de vista que a fé é algo pessoal. O
objetivo, ao trabalhar nas cidades, e em qualquer outro lugar, é que as pessoas, individualmente,
encontrem um relacionamento pessoal com Cristo. Pesquisas feitas revelam que uma vasta maioria dos
conversos que entram na Igreja Adventista do Sétimo Dia diz que se decidiu devido ao relacionamento
com um amigo Adventista. E, muitas vezes, as amizades, especialmente no caso de esforços
evangelísticos, envolvem morrer para o eu e disponibilidade para trabalhar pelo bem dos outros.
Cavar o terreno, semear, alimentar os rebentos até à colheita e preservar a colheita – tudo isso funciona
melhor, se existir um forte elemento relacional. Precisamos de aprender a fazer amizade com as pessoas;
precisamos de aprender a ouvi-las; precisamos de aprender a amá-las. Se estes elementos são essenciais
em qualquer esforço evangelístico, são-no ainda muito mais no ministério urbano, no qual as pessoas
podem, por vezes, sentir-se perdidas e desamparadas no meio da imensa população.
O elemento vital dos ministérios dos pequenos grupos urbanos poderá tomar a forma de “igreja em
casa”, como existia no Novo Testamento (Atos 2:46), ou pode simplesmente ser pequenos grupos dentro
de uma congregação maior. Onde quer que haja um bairro urbano ou uma zona suburbana que não
tenham uma igreja local, mas onde residam três ou mais Adventistas do Sétimo Dia, deveria ser ali
organizado um pequeno grupo que funcionasse na comunidade. (Veja Ellen G. White, Testemunhos para
a Igreja, vol. 7, pp. 21 e 22.)
Esta abordagem é essencial no ministério urbano, por várias razões. Uma é o complexo mosaico de
grupos culturais, étnicos, linguísticos e socioeconómicos a serem alcançados no seio de centenas de
comunidades e de subculturas, mesmo nas cidades de tamanho médio. A menos que haja pequenos
grupos que tenham como objetivo cada um desses segmentos, a missão de Cristo não será terminada.
Os ministérios dos pequenos grupos também são necessários devido à dificuldade que os crentes têm
em seguir Jesus na cidade. Há muitas pressões, muitas tentações e muitos encontros com fés e
ideologias diferentes. Alguns crentes simplesmente cedem às pressões e deixam a igreja, enquanto
outros desenvolvem uma dura carapaça para proteger os seus sentimentos, e tornam-se insensíveis em
relação às pessoas que os rodeiam, e que necessitam de uma representação amorosa de Jesus.
Ano Bíblico: Daniel 7-9. CM / Vivendo Dentro das Receitas 249
Comentário
Podem atingir às alturas para as quais o Espírito Santo vos chama. A verdadeira religião significa viver a
Palavra na vossa vida prática. A vossa profissão pouco valor terá sem a execução prática da Palavra. “Se
alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.” Esta é a
condição do discipulado. “Eis aqui o meu Servo, que escolhi, o meu amado em quem a minha alma se
compraz: Porei sobre ele o meu Espírito, e anunciará aos gentios o juízo.” …
A Igreja não tem sido devidamente educada para trabalhar fora do seu próprio povo. Muitas almas fora
da Igreja poderiam ter sido iluminadas e muito mais luz trazida para a Igreja, se cada membro da Igreja,
em cada país, que pretende ter a luz avançada da verdade, tivesse trabalhado de coração e alma e com a
voz, a fim de ganhar almas para a verdade. Demasiado pouco trabalho está a ser feito pelos membros da
Igreja em prol dos que necessitam da luz, dos que estão fora da Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia. O
Senhor declara: “Não esmagará a cana quebrada, e não apagará o morrão que fumega, até que faça
triunfar o juízo; e no seu nome os gentios esperarão.” Os que cooperam com Jesus Cristo, reconhecerão
que todas essas promessas se cumprem na sua própria experiência. O Senhor tem determinado o dever
de cada alma. No Juízo, ninguém terá qualquer escusa a apresentar por não cumprir o seu dever. –
Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 127.
Há possibilidades de fazerem para Jesus um trabalho com que nunca sonharam. O Cristão é um homem
semelhante a Cristo, uma mulher que se assemelha a Cristo, ativos no serviço de Deus, presentes na
reunião social, cuja presença também animará outros. A religião não consiste em obras, mas a religião
atua; não está adormecida. A pura religião de Jesus é a fonte de onde procedem correntes de caridade,
amor, sacrifício. ... Tendo no coração o amor de Cristo, os lábios emitirão o Seu louvor e enaltecerão o
Seu nome. Haverá uma pressão na alma cheia do amor de Cristo. …
Apoiando-se firmemente em Deus pela oração e pela fé, a alma permanecerá firme na independência
moral, todavia com bondade perfeita, perfeito amor. As tentações da sociedade são enfrentadas e
resistidas, é mantida comunhão com Deus, e a comunhão entre a sua vida e Deus habilita-o a transmitir
aos outros através das suas relações sociais as seletas bênçãos que o Céu tem para dar. ... porém, o seu
[dever] não termina aí. Deus requer mais. Ele requer de vós que amem assim como Cristo amou as
pessoas. Requer de vós compaixão para com o sofredor, o errante, os que estão sujeitos às tentações de
Satanás. Requer de vós bondade, cortesia até mesmo para com o desafortunado, uma generosa
consideração para com os sentimentos dos outros. – Filhos e Filhas de Deus (Meditações Matinais), p.
271.
EVANGELIZANDO AS CIDADES
Quinta, 15 de Setembro.
Ninguém está a dizer que o evangelismo e o ministério são fáceis. A realidade é que não são. Os seres
humanos são corruptos, pecadores e não são naturalmente espirituais. Como Paulo disse a respeito de si
mesmo: “Porque sabemos que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido sob o pecado” (Rom. 7:14). Se
Paulo diz isso, o que podemos dizer daqueles que não conhecem o Senhor ou que nunca tiveram uma
experiência transformadora de vida com Jesus?
E, como se a nossa natureza caída não fosse já suficientemente má, as cidades sempre foram conhecidas
pela sua influência notoriamente má sobre as pessoas. As pessoas enfrentam muitas tentações que o
inimigo das almas usa para as enredar e para as manter ligadas ao pecado e ao mundo. Por isso, não
admira que a evangelização das cidades em especial não seja uma tarefa simples; mas é uma tarefa que
pode ser realizada, e nós, como Igreja, para sermos fiéis ao nosso chamado, devemos fazê-la.
O que nos dizem os versículos seguintes acerca da importância da evangelização em geral?
II Pedro 3:9 I Tim. 2:4 Segundo a Palavra, a morte de Cristo foi universal: abrangeu toda a Humanidade, desde Adão e Eva até
ao último ser humano que viver sobre esta Terra. Isto inclui, obviamente, as imensas multidões que
vivem nos grandes centros metropolitanos do mundo. Elas também precisam de ouvir as grandes
verdades que nos são tão gratas e preciosas.
“Não há mudança nas mensagens que Deus enviou no passado. O trabalho nas cidades é a obra
essencial para este tempo. Quando as cidades forem trabalhadas como Deus deseja, o resultado será o
pôr-se em operação um poderoso movimento como nunca foi testemunhado.” – Ellen G. White, Medicina
e Salvação, p. 304.
O chamado para evangelizar as cidades é pessoal. É o chamado a termos, nós mesmos, uma experiência
mais profunda com Cristo, e um chamado a uma intercessão mais fervorosa, assim como a um
planeamento e a uma implementação abrangentes. Está totalmente baseado no reavivamento e na
reforma, porque será realizado apenas pelo poder do Espírito Santo.
Leia Romanos 10:14 e 15. O que é dito aqui que, em princípio, se aplica a todos nós que afirmamos ser
seguidores de Cristo? Como podemos ser todos mais ativos na evangelização e no ministério,
independentemente do lugar onde vivemos?
Ano Bíblico: Daniel 10-12. CM / Vivendo Dentro das Receitas 249
Comentário
… os heróis da fé de Deus são herdeiros de uma herança de maior valor do que qualquer riqueza
terrestre – uma herança que satisfará os anelos da alma. Podem ser desconhecidos e não reconhecidos
pelo mundo, mas estão inscritos nos registos do Céu como cidadãos celestiais, e possuirão exaltada
grandeza, um peso eterno de glória. …
A maior obra, o mais nobre esforço em que os homens se podem empenhar, é encaminhar pecadores ao
Cordeiro de Deus. Ministros fiéis são colaboradores do Senhor na realização dos Seus desígnios. Deus
diz-lhes: Ide, ensinai e pregai Cristo. Instruí e educai todos os que não conhecem a Sua graça, bondade e
misericórdia. Ensinai ao povo.
“Como pois invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E
como ouvirão se não há quem pregue?” [Romanos 10:14.] …
Os obreiros de Cristo nunca devem pensar, muito menos falar em fracasso na sua obra. O Senhor Jesus é
a nossa eficiência em todas as coisas; o Seu Espírito tem de ser a nossa inspiração; e ao nos colocarmos
nas Suas mãos, para ser veículos de luz, os nossos meios de fazer bem nunca se esgotarão. Poderemos
haurir da Sua plenitude, e receber daquela graça que desconhece limites. – Obreiros Evangélicos, pp. 18 e
19.
Entre o povo de Deus não deve haver colonização. A palavra do Senhor para eles é: “Transbordarás para
a direita e para a esquerda” (Isaías 54:3). Eles devem fazer semeaduras em todos os lugares. A verdade
para este tempo deve ser proclamada em toda a parte. Aqueles em cujo coração brilhou a luz devem
lembrar-se de que são obreiros de Deus, Suas testemunhas. Servir e honrá-l’O deve ser a sua ciência.
Devem insistir com os outros para que guardem os Seus mandamentos e vivam. A obediência à Lei de
Deus é a questão que provará o mundo. …
A todos os povos, e nações, e tribos e línguas deve ser proclamada a verdade. Chegou o tempo de ser
realizado muito trabalho dinâmico nas cidades e em todos os campos negligenciados e não penetrados.
– Este Dia Com Deus (Meditações Matinais, 1980), p. 341.
Reconhecem que cada ano milhares e milhares e dez vezes dez milhares de almas estão a perecer, a
morrer nos seus pecados? As pragas e os juízos de Deus já estão a fazer a sua obra, e almas estão a
caminhar para a ruína porque a luz da verdade não foi lançada sobre o seu caminho. Cremos realmente
que devemos levar a Palavra de Deus a todo o mundo? Quem crê nisso? “Como pois invocarão aquele em
quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão se não há quem
pregue?” Quem tem a fé que o habilitará a praticar esta palavra? Quem crê na luz que Deus deu? –
Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 398.
Sexta, 16 de Setembro.
ESTUDO ADICIONAL: Leia Ministry to the Cities (Ministério em Favor das Cidades), Hagerstown, Md.:
Review and Herald® Publishing Association, 2012. É uma compilação feita pelos Depositários dos Escritos
de Ellen G. White, que inclui a maior parte do que ela escreveu acerca do ministério urbano.
Um especialista Adventista do Sétimo Dia em ministérios urbanos fez uma pesquisa no índice dos artigos
de Ellen G. White relativamente ao seu conselho de sair das cidades ou de ir viver nelas. Em 107 artigos,
24 davam instruções para se sair das cidades ou para estabelecer instituições fora delas. Mas 75 artigos
davam instruções específicas para se entrar nas cidades e para as evangelizar. Os outros 8 artigos eram
neutros. Um historiador da Igreja resumiu os conselhos de Ellen G. White acerca do trabalho nas cidades,
mostrando que, relativamente às instituições, ela defendia o trabalho feito a partir de centros situados
fora da cidade, e ao lidar com o trabalho da igreja local, ela defendia que o trabalho fosse feito a partir do
interior da cidade.
Quais são os planos da sua igreja para alcançar as cidades? Onde está localizada a sua igreja,
relativamente à área metropolitana mais próxima? Nenhuma igreja deveria pensar que evangelizar as
cidades é irrelevante para ela. Todas as congregações Adventistas precisam de dar a sua contribuição
para este importantíssimo objetivo missionário. Ignorar as cidades e focar-se apenas em evangelizar as
áreas fora das regiões metropolitanas não é uma resposta fiel à missão que Jesus nos deu.
“Porque é que famílias que conhecem a verdade presente não hão de estabelecer-se nessas cidades?...
Haverá leigos que se mudarão para… cidades…, para deixarem brilhar para os outros a luz que Deus lhes
deu.” – Ellen G. White, em Advent Review and Sabbath Herald (Revista do Advento e Arauto do Sábado),
29 de setembro de 1891.
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
1. Pense na maravilhosa mensagem que recebemos. Pense na esperança que temos, na promessa de
uma vida melhor agora e na grandiosa esperança da eternidade. Quais são alguns dos seus textos
favoritos, textos que revelam a esperança que temos em Jesus? Porque representam tanto para si?
Partilhe-os na Unidade de Ação no Sábado.
2. Tente imaginar o que deve ser não ter esperança nenhuma, pensar apenas que esta vida, com todas as
suas lutas, canseiras e mágoas, é tudo, e que depois morre e apodrece na sepultura. Isto é o que muita
gente, especialmente nas grandes multidões das cidades, acredita. Então, como podemos aprender a ter
um grande amor pelas almas e disponibilidade para as alcançar, onde quer que vivam?
Ano Bíblico: Oseias 1-4. CM / Vivendo Dentro das Receitas 249
Comentários de Ellen G. White, Leitura Adicional: Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p.
399.
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Moderador
Texto-Chave: Êxodo 2:23-25.
Com o Estudo desta Lição, o Membro da unidade de ação Vai:
Aprender: A compreender o desafio missionário especial das áreas urbanas e perceber que o modelo de
ministério holístico praticado por Jesus é a única abordagem que produzirá verdadeiro sucesso.
Sentir: Entusiasmo ao responder à pergunta de Deus: “E não hei de eu ter compaixão da grande cidade?”
(Jonas 4:11.)
Fazer: Identificar maneiras específicas de responder ao desafio da missão urbana.
Esboço da Aprendizagem:
I. Aprender: O Desafio das Cidades.
A. O livro de Jonas termina de uma forma algo ambígua, com Deus a fazer uma pergunta objetiva (Jonas
4:11). O que nos diz esta pergunta acerca da natureza essencial de Deus?
B. Há mais de cem anos, Ellen G. White escreveu que a Igreja Adventista do Sétimo Dia negligenciava as
cidades (Fundamentos de Educação Cristã, p. 537). Porque têm os Adventistas ignorado as cidades? O
que torna as cidades tão difíceis para a missão? O que as torna tão importantes para a missão?
II. Sentir: Preocupação com os Habitantes das Cidades.
A. Já partilhou com Deus alguns temores ou preocupações que tenha acerca do seu envolvimento na
missão urbana?
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III. Fazer: Ação nas Cidades.
A. Deus disse aos exilados em Babilónia que orassem pela “paz (shalom)… da cidade” (Jer. 29:7). Tome
tempo, esta semana, para orar pela paz, pelo bem-estar e pela prosperidade de uma grande cidade do
seu país e pelos seus habitantes.
B. O Salmista descreve os exilados judeus como estando a clamar: “Como entoaremos o cântico do
Senhor em terra estranha?” (Sal. 137:4.) Para muitos Adventistas, as cidades são uma “terra estranha”. De
que maneiras práticas podemos cantar o cântico de Deus nas cidades?
Sumário:
Deus estava preocupado com Nínive. Ele disse aos exilados judeus que fossem uma bênção em
Babilónia, e Jesus chorou sobre Jerusalém. As cidades têm um lugar especial no coração de Deus. Não
podemos cumprir a Grande Comissão de irmos a todo o mundo, se ignorarmos as cidades, onde vive
agora a maioria da população mundial. Ao entrarmos nas cidades, somos chamados a seguir o método
que Cristo usava ao ministrar.
CICLO DA APRENDIZAGEM
1º PASSO – MOTIVAR!
Realce da Escritura: Jeremias 29:7.
Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: Ao enfrentarmos o crescente desafio missionário das
cidades – um desafio que temos negligenciado largamente – somos chamados a seguir o exemplo de
ministério holístico, usado por Cristo em favor da pessoa no seu todo.
Só para o Dinamizador: Somos chamados a ser uma bênção para as cidades. Esta semana, examine
com a sua Unidade de Ação as prioridades missionárias da vossa igreja. Há áreas ou grupos de pessoas
que estão a ser negligenciados? O que pode ser feito para alcançar pessoas nas áreas urbanas de modo
mais eficaz? Discussão de Abertura: Conta-se uma velha história de um homem que estava junto de um candeeiro
de rua, com a cabeça baixa, a procurar atentamente alguma coisa. O seu amigo David para para o
ajudar.
“O que perdeste, John?”, pergunta ele.
“Deixei cair o meu relógio e não o encontro em lado nenhum.”
“Isso é mau”, diz David. “Deixa-me ajudar-te.”
Assim, David põe-se de gatas e, durante os dez minutos seguintes, ajuda John a procurar o seu relógio no
pavimento junto ao candeeiro.
Finalmente, depois de vasculhar cada recanto do pavimento várias vezes, ele volta-se para John e diz:
“Tens a certeza de que o deixaste cair aqui?”
“Bem, não exatamente aqui”, respondeu John.
“O que queres dizer?”, exclama David. “Onde o deixaste cair?”
John apontou para a escuridão. “A uns vinte metros daqui. Naquele sítio.”
David não podia acreditar no que ouvia. “Deixaste cair o relógio além, mas tens andado a procurá-lo aqui
todo este tempo? Isso é ridículo. Porque tens estado a procurar aqui?”
“Bem, é óbvio”, diz John. “A luz é melhor aqui.”
Por estranho que possa parecer, a Igreja Cristã tem a tendência para pregar “onde a luz é melhor”. Temos
gasto a grande maioria dos nossos recursos em áreas onde já existe uma forte base cristã – onde a luz é
mais forte. E temos muitas vezes ignorado as zonas do mundo onde o nome de Jesus nunca foi ouvido.
Podemos ver isso claramente no facto de que a Igreja Adventista é mais forte nas zonas rurais do que
nas cidades – onde vive hoje a maior parte da população mundial.
Pense Nisto: Analisem como os recursos da igreja local – pessoal, tempo e dinheiro – são gastos. Quanto
é gasto, por exemplo, na manutenção da igreja e nos materiais para os membros de igreja, e quanto em
alcançar a comunidade? Que passos podemos dar para dirigir os recursos da igreja para onde a luz é
mais fraca? Se a vossa igreja é numa cidade, como podem dirigir mais recursos e tempo para alcançar a
vossa comunidade? Se são uma igreja rural, o que podem fazer para apoiar a missão urbana?
2º PASSO – ANALISAR!
Só para o Dinamizador: A Escritura indica que Deus tem uma preocupação especial com os habitantes
das cidades. Hoje, as áreas urbanas representam um enorme desafio missionário para a Igreja
Adventista. Reveja com a sua Unidade de Ação os princípios bíblicos sobre como melhor alcançarmos as
pessoas nas cidades com o amor de Jesus.
Comentário Bíblico
I. Não Deveríamos Nós Preocupar-nos?
(Recapitule com a Unidade de Ação Êxodo 2:24 e 25; Jonas 4:11; Mateus 9:36.)
Quando Deus ouviu os clamores e gemidos dos Israelitas, “atentou… para os filhos de Israel, e conheceuos…” (Êxo. 2:25). A Bíblia revela que Deus está envolvido nos assuntos humanos e vitalmente preocupado
com o bem-estar da Sua Criação.
Vemos isso claramente revelado no livro de Jonas. Naum descreve Nínive como a “cidade
ensanguentada… toda cheia de mentiras e de rapina! Não se aparta dela o roubo” (Naum 3:1). Ele
pergunta: “… sobre quem não passou continuamente a tua malícia?” (Naum 3:19.) Outras versões, como
a NIV, traduzem: “…quem é que não sentiu a tua infindável crueldade?” E, no entanto, o livro de Jonas
mostra-nos que Deus amava as pessoas dessa cidade, e termina com Deus a fazer uma pergunta
retórica: “Não hei de eu ter compaixão da grande cidade?” (Jonas 4:11.)
Séculos mais tarde, Jesus mostrou a Sua preocupação com as multidões. Numa ocasião, Ele tinha andado
em viagem pela Galileia, a pregar, a ensinar e a curar. Não há dúvida de que estava exausto, mas
continuava preocupado com as pessoas. Mateus diz-nos que, quando Jesus viu a multidão, “teve grande
compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes, como ovelhas que não têm pastor” (Mateus
9:36).
Pense Nisto: Hoje, porque é o evangelismo urbano considerado tão difícil? Que temores ou preconceitos
podem ter-nos tornado menos dispostos a prestar atenção às necessidades das cidades? Que passos
podemos dar, como Igreja e como indivíduos, para mudarmos as nossas atitudes básicas relativamente à
missão urbana? II. Procurar a Paz
(Recapitule com a Unidade de Ação Jeremias 29:7.)
Jeremias 29 contém a única instrução divina específica registada sobre como o Seu povo deveria viver e
trabalhar nas cidades. E a Sua orientação deve ter surpreendido, se não chocado, os exilados judeus em
Babilónia. Ele deixa claro que eles não deveriam esperar voltar para casa dentro de pouco tempo. Isso, só
por si, deve ter sido profundamente doloroso para os exilados. Em vez de fazerem as malas e estarem
preparados para voltar, eles deveriam fazer de Babilónia a sua casa para o período previsto – encontrar
cônjuges, plantar hortas e procurar a shalom da cidade: “Procurai a paz (shalom) da cidade, para onde
vos fiz transportar, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz (shalom) vós tereis a paz (shalom)” (Jer.
29:7).
A palavra hebraica shalom é muito rica e multifacetada, e significa – entre outras coisas – paz,
prosperidade, bem-estar. E Deus está a dizer-lhes que orem e trabalhem pela shalom da cidade. Ao fazêlo, diz Ele, eles encontrarão a sua própria shalom. Este é um conselho espantoso. Eles não deveriam
formar um enclave judaico separado na cidade de Babilónia, o que seria, possivelmente, a sua inclinação
natural. Afinal de contas, seria muito mais fácil, se eles se mantivessem juntos como família cultural e
religiosa. Seria mais fácil guardar o Sábado, comer comida limpa (kosher), ficar longe das práticas
idólatras de Babilónia e confortarem-se uns aos outros com recordações e esperanças comuns. Mas
Deus diz-lhes para fazerem exatamente o contrário de se manterem separados – diz-lhes para se
envolverem na sociedade dos seus captores, para trazerem shalom à cidade.
Esta instrução deveria ser uma advertência para todos os que, hoje, poderiam sugerir que a missão
urbana pode ser realizada através de abordagens breves, curtas, ou dirigida à distância, com um contacto
casual com a cidade.
Pense Nisto: Analise com a Unidade de Ação a palavra hebraica shalom. Que passos específicos
podemos dar para procurar e orar pela shalom das comunidades urbanas ao nosso redor?
3º PASSO – PRATICAR!
Só para o Dinamizador: Os Judeus exilados em Babilónia estavam alienados emocional, física e
espiritualmente. O Salmista descreve uma das cenas mais pungentes da Bíblia, quando os exilados se
reúnem junto aos rios de Babilónia e choram, ao recordarem a sua terra natal, especialmente a cidade de
Jerusalém. Os seus cruéis captores ordenam-lhes que cantem, mas essa é a última coisa que eles sentem
vontade de fazer. Eles exclamam: “Como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?” (Salmo
137:4.)
Historicamente, a Igreja Adventista tem tido a tendência para focar a sua atenção e os seus recursos nas
zonas rurais, e, há mais de cem anos, Ellen G. White disse que nós “negligenciávamos as cidades”. Assim,
com algumas notáveis exceções, as cidades deste mundo são “terra estranha” para muitos de nós, e
precisamos de aprender como cantar o cântico do Senhor nesses desafiadores campos missionários.
Atividade: Aproveite a oportunidade para analisar com a sua Unidade maneiras práticas de podermos
cantar o cântico do Senhor em áreas urbanas onde podemos não nos sentir à vontade, entre pessoas
que podem pensar e comportar-se de maneira diferente de nós.
Para começar, foquem a vossa atenção na comunidade urbana mais próxima da igreja onde se reúnem.
O que já sabem os membros de igreja acerca desta comunidade? Alguém da vossa Unidade de Ação vive
nessa comunidade – ou é a vossa igreja principalmente uma igreja de passagem, onde os membros de
igreja viajam alguns quilómetros até à igreja todos os Sábados?
4º PASSO – APLICAR!
Só para o Dinamizador: Se queremos ministrar eficazmente às necessidades das comunidades urbanas,
precisamos de saber quais são essas necessidades. Precisamos de estudar as nossas comunidades. Énos dito que, quando o apóstolo Paulo chegou a Atenas, tomou tempo para andar pela cidade e olhou
cuidadosamente (Atos 17:23) para o que o rodeava.
Quando foi a última vez que andámos pelas nossas comunidades para compreendermos melhor as
pessoas e as suas necessidades? O que leem, veem e ouvem as pessoas? Como passam o tempo livre
que têm? O que “adoram” elas? (Podem não acreditar em Deus, mas todas as pessoas adoram qualquer
coisa.) O que lhes causa dor? O que lhes dá alegria? Na atividade que se segue, tente ajudar a Unidade a
compreender a importância de perceber a sua comunidade.
Atividade: Dependendo dos vossos recursos e da localização da vossa igreja, escolha uma das seguintes
atividades:
1. Se estiverem localizados numa comunidade urbana, leve a Unidade a fazer uma “viagem de estudo” de
15 minutos a pé. Distribua papel e lápis ou canetas antes de partirem. Peça-lhes que observem e que
anotem qualquer coisa que vejam dentro das seguintes categorias:
A. Riqueza da comunidade.
B. Necessidades da comunidade.
C. Interesses e atividades da comunidade.
Ao caminharem juntos, ajude a dirigir a atenção para indicadores, tais como: tipos de lojas e de serviços,
instalações desportivas, centros comunitários. Há lixo e graffiti? Os parques estão limpos? Que atividades
e eventos estão a ser anunciados?
2. Se a atividade 1 não for viável, façam uma “viagem de estudo interna”. Peça aos membros da Unidade
que descrevam o centro urbano mais próximo deles e o que sabem sobre ele. Analisem como encontrar
mais informação sobre as necessidades locais. Algumas ideias poderiam incluir ler os jornais locais,
comprar nas lojas locais, passear pela vizinhança, marcar uma entrevista para conhecer os líderes
comunitários locais, tais como o comandante da polícia ou o comandante dos bombeiros.
Depois destas atividades, analisem maneiras através das quais a vossa igreja local possa estar equipada
para ajudar a responder às necessidades comunitárias. Que habilidades específicas ou recursos na vossa
congregação podem ser usados? Como pode a vossa presença numa zona urbana – trabalhando e
orando pela shalom da cidade – fazer uma diferença tangível? Os parques podem estar mais limpos? As
pessoas pobres podem ser melhor alimentadas? As famílias podem ser mais felizes? As pessoas podem
ter mais capacidade de se relacionarem com os recursos públicos?

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