OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Aluno(a):
Série e Turma: _______ Nº: _____
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
[ 01 ] - Este Caderno de Questões contém 45 questões numeradas de 1 a 45.
[ 02 ] - Confira se o seu Caderno de Questões contém a quantidade de questões corretas
e se essas estão na ordem mencionada na instrução anterior. Caso o caderno
esteja incompleto ou tenha qualquer defeito, comunique ao aplicador da sala para
que ele tome as providências cabíveis.
[ 03 ] - Não dobre, não amasse nem rasure o cartão-resposta, pois ele não poderá ser
substituído.
[ 04 ] - Para cada uma das questões objetivas são apresentadas 5 opções identificadas
com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão.
[ 05 ] - No cartão-resposta, preencha todo o espaço compreendido no retângulo
correspondente à opção escolhida para a resposta. A marcação em mais de uma
opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.
[ 06 ] - O tempo disponível para esta prova é de 2h30min.
[ 07 ] - Reserve os 20 minutos finais para marcar seu cartão-resposta. Os rascunhos e as
marcações assinaladas no caderno de questões não serão consideradas na
avaliação.
[ 08 ] - Você poderá deixar o local da prova somente após decorrida ½ hora do início da
aplicação e poderá levar o seu caderno de questões ao deixar em definitivo a sala
de provas nos 30 minutos que antecedem o término da prova.
''A prova deve servir como instrumento de aprendizagem''.
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1.
TEXTO I
TEXTO II
Disponível em: http://www.lagartense.com.br.Acesso em 25 de mai de 2014
O texto II faz uma crítica a um acontecimento tratado no texto I. O autor do texto II utiliza para criar o
humor uma estratégia argumentativa decorrente, principalmente, de
a) um discurso do senso comum de que grande parte dos brasileiros é analfabeta e mal sabe assinar o
próprio nome.
b) um confronto entre o que ocorre com o trabalhador rural no momento da votação, por ser esse um
analfabeto.
c) uma comparação entre o cidadão brasileiro e o cidadão estrangeiro no momento da votação.
d) uma contradição entre o que deve ser feito com o novo sistema de votação e o que virá a acontecer
com os analfabetos na hora de votar.
e) uma estratégia de negociação dos direitos de votar em troca de favores.
A charge utiliza-se de um discurso de que a haverá maior facilidade no momento da votação a partir do
recadastramento biométrico, pois incluirá e agilizará o processo de votação para os que são analfabetos
e mal escrevem o próprio nome.
2.
Disponível em: http://teixeiraagora.com.br. Acesso em 25 de mai de 2014.
Considerando-se a finalidade comunicativa comum do gênero e o contexto específico, esse cartaz tem
função predominantemente
a) socializadora, contribuindo para a popularização de ícones da linguagem virtual.
b) sedutora, sugerindo que a ação solidária de doar seja um ato indolor.
c) estética, propiciando uma apreciação despretensiosa da imagem.
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d) educativa, sugerindo um comportamento solidário da população.
e) contemplativa, evidenciando a importância do código moderno utilizado na internet.
Como o cartaz trata de uma campanha sobre doação de sangue, sugere assim uma solidariedade do
leitor para que esse venha a aderir à ideia. Logo a única alternativa possível é a que contemple uma
ação educativa.
3.
Disponível em: http://www.parnaiba.pi.gov.br. Acesso em 25 de mai de 2014.
Considerando a função social das informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, o
ambiente virtual descrito na imagem exemplifica
a)
b)
c)
d)
e)
o modelo de comunicação exclusivo de instituições no combate ao plágio na internet.
a diminuição do grau de interação entre as pessoas, a partir de tecnologia virtual.
a democratização da informação, por meio da interação no ambiente virtual.
a comercialização do acesso a diversas informações via tecnologia virtual.
a produção de repertório cultural direcionado a acadêmicos e educadores.
Trata-se de um espaço virtual aberto a comentários sobre as matérias expostas em um site. Sendo
assim uma forma de democratizar as informações, pensamentos e sugestões daqueles que
acompanham o site em questão.
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3
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Codinome Beija-Flor
4.
Cazuza
Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou
Eu protegi teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor (nunca)
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Na canção, tem-se a manifestação da elaboração artística e criativa da mensagem, por meio de combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do texto, percebe-se, também, a presença marcante de
emoção e expressividade, por meio da qual o emissor
a)
b)
c)
d)
e)
imprime à canção as marcas de sua tristeza da época de infância.
transmite informações objetivas sobre o fim de relacionamento de que trata a canção.
convence o receptor da canção a adotar certo comportamento idem ao dele.
expõe a tristeza decorrente de uma traição geradora do fim de um relacionamento.
objetiva verificar ou fortalecer o amor de um casal em início de relacionamento.
A música revela logo na primeira estrofe um fim de relacionamento decorrente de uma provável traição,
pois o autor utiliza as expressões como “Fingir que perdoou” “Tentar ficar amigos sem rancor” “A
emoção acabou”... que confirmam tal possibilidade.
5.
O QUE É SEGREDOS DE LIQUIDIFICADOR:
"Segredos de liquidificador" é uma expressão introduzida pelo poeta Cazuza na letra da canção
"Codinome Beija-flor", incluída no seu primeiro trabalho solo, o álbum "Exagerado", de 1985. O
enigmático significado da expressão deu origem a muita especulação, sendo muitas as
interpretações avançadas. Contudo, há relatos de que em 1989, um pouco antes de cantar essa
canção em dueto com Simone, durante um especial exibido pela TV Globo, o próprio Cazuza teria
dito “É como se fosse uma coisa de língua no ouvido", exemplificando, com a sua própria língua, os
movimentos circulares que a expressão metaforiza.
Disponível em: http://www.significados.com.br. Acesso em 25 de mai de 2014.
As palavras e as expressões são mediadoras dos sentidos produzidos nos textos. Na fala de Cazuza, a
expressão “é como se” ajuda a conduzir o conteúdo enunciado para o campo da
a)
b)
c)
d)
e)
conformidade, pois há evidências da ocorrência de algo concreto.
reflexividade, pois o uso do “se” na expressão revela ação recíproca.
possibilidade, pois não dá a exatidão do sentido requerido na explicação.
causalidade, pois introduz a causa do surgimento da expressão na fala do cantor.
consequência, pois induz que o surgimento da expressão partiu de algo inexistente.
A expressão introduz uma possibilidade de sentido da expressão o que se confirma com o uso
sequencial do verbo no modo subjuntivo “fosse”.
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6.
Disponível em: http://merece1tirinha.com.br. Acesso em 25 de mai de 2014.
O efeito de sentido da tirinha é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida pelo pinguim que está em cima do bloco de gelo
recorre à
a)
b)
c)
d)
e)
polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos de uma frase para transmitir o humor.
ironia para conferir um novo significado ao termo “burro” expresso no último quadro.
neologismo para criar novos significados à palavra dita no terceiro quadrinho.
intertextualidade para relacionar o humor a um acontecimento real no país.
antonímia para contrapor sentido real da palavra “burro” ao sentido pretendido.
Há mais de um sentido na fala do pinguim que se encontra num bloco de gelo que confere o humor à
tira, ou seja, Nada – falta de existência de algo e nada – verbo nadar.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 7 E 8.
Professor defende questão com a 'grande pensadora' Valesca Popozuda
DOCENTE DIZ QUE USOU PERGUNTA DA PROVA PARA CHAMAR A ATENÇÃO DA
IMPRENSA
Uma prova de filosofia do Centro de Ensino Médio 3 de Taguatinga, no Distrito Federal, rodou a internet
esta noite. No teste, o professor Antônio Kubitschek questiona os alunos sobre o que diz a "grande pensadora
contemporânea" Valesca Popozuda em sua música "Beijinho no Ombro", hit de funk lançando há três meses.
Na prova de múltiplas escolhas, os alunos deveriam completar o trecho da música que diz "se bater de
frente..." com as seguintes opções: A) "É só tiro, porrada e bomba"; B) "É só beijinho no ombro"; C) "É
recalque" ou D) "É vida longa". Para aqueles que não conhecem o funk, a resposta é a letra A.
Segundo Kubitschek, responsável pela prova, a pergunta foi colocada no contexto de um debate em
sala de aula sobre a formação moral da sociedade e sobre a construção de valores. "Discutimos em sala que a
escola só aparece na mídia em contextos ruins. Há 20 dias fizemos uma exposição de fotos e nenhum veículo
de comunicação deu atenção. Eu decidi colocar uma questão como essa na prova esperando a repercussão
nas redes sociais e na imprensa", afirmou em entrevista à rádio CBN.
Ainda segundo o docente, o uso do termo "grande pensadora" não foi colocado entre aspas na prova
porque ele acredita que a funkeira tem influência sobre a sociedade. "Por que não posso chamar a Valesca de
pensadora? Qualquer pessoa que consiga construir um conceito é um filósofo. A todo momento em que você
abre sites e revistas de fofocas, aparece que fulano 'deu beijinho no ombro'. Ela acabou criando um conceito.
Se ela influencia a sociedade com o que ela pensa, eu a considero sim uma pensadora".
Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/professor-sai-em-defesa-devalesca-popuzuda-eu-a-considero-uma-pensadora. Acesso em 25 de mai de 2014.
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7. No texto, o professor apresenta a mídia como uma poderosa ferramenta capaz de
a) propiciar o imediato acesso às informações como forma de disseminar valores positivos sobre a
escola no país.
b) globalizar as informações sobre escola e democratizar os argumentos de todos que se
posicionarem.
c) expandir as notícias sobre famosos e dar visibilidade aos interesses pessoais de cada estudante
brasileiro.
d) propiciar entretenimento e o acesso ao material de qualidade produzido pelas escolas brasileiras.
e) expandir e disseminar assuntos com exclusiva finalidade de fazer valer os aspectos negativos da
função da escola.
A alternativa confirma a visão do professor sobre a mídia e seu papel disseminador como dito por ele
em “Discutimos em sala que a escola só aparece na mídia em contextos ruins”.
8. Algumas palavras são responsáveis pela conexão e união de períodos para a produção de sentido no
enunciado e introdução de novas orações. É o caso da palavra “que” nos períodos retirados do texto:
I.
II.
“Qualquer pessoa que consiga construir um conceito é um filósofo”.
“A todo momento em que você abre sites e revistas de fofocas, aparece que fulano 'deu beijinho
no ombro'”.
Sobre o uso da palavra em destaque nos períodos acima é possível inferir que
a)
b)
c)
d)
e)
na segunda ocorrência, substitui o sujeito expresso pelo verbo “deu”.
na primeira ocorrência, introduz uma oração que caracteriza o termo anterior a ele.
na segunda ocorrência, substitui um termo que funciona como um adjetivo de “fulano”.
na primeira ocorrência, é o complemento verbal de “conseguir”.
na segunda ocorrência, introduz uma oração que funciona como adjetivo da anterior.
É a única possível, pois de acordo com a sintaxe: Em I “que consiga construir um conceito é um
filósofo” é uma oração subordinada adjetiva e caracteriza o substantivo pessoa e em II- “que fulano deu
beijinho no ombro” é uma oração subordinada substantiva e funciona como sujeito da oração “aparece”.
9.
http://veredasdalingua.blogspot.com.br/2013/01/oracoes-subordinadas-adverbiais.html>acesso em 08/06/2014
Sabe-se que expressões e palavras produzem sentidos em textos, sobretudo em tirinhas que possuem
uma preocupação grande à crítica de valores. No primeiro quadrinho, percebe-se que a frase introduz
uma ideia que permeia o campo da
a) finalidade, porque expressa um objetivo relacionado ao desejo do rato.
b) reflexibilidade, porque notamos a presença de um elemento reflexivo relacionado à mensagem da
tirinha.
c) condicionalidade, porque naquela circunstância o rato opina sobre uma hipótese.
d) proporcionalidade, porque as ações ocorrem concomitantes às expectativas dos ratos.
e) temporalidade, porque sugere uma situação momentânea da opinião dos personagens em questão.
A expressão “para que”, contida no 1º quadrinho, introduz uma ideia de finalidade já que o rato deseja
vida longo aos inimigos com o objetivo de que esses vejam a vitória dele.
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10.
Contos de vacinação
Segundo os vacinadores que trabalham nas campanhas, os cachorros ¹que mais dão medo são os
menores, como vira-latas, poodles e os minúsculos chihuahuas.
Entre as histórias contadas estão passagens bizarras ²como carroceiros querendo ³que o seu
cavalo seja vacinado, donos bêbados 4que ao invés de levar o cão, é o cão que estava a levá-los,
pessoas 5que chegam com caixas ou sacos e não param de tirar bicho de dentro...
(http://jovempan.uol. com. br/blogs/animaisecia/2008/08/19/contos-de-vacinacao, acessado em 12 fev. 2009. Texto adaptado..
Observando o texto acima, podemos afirmar que
a) a oração da ref.1 é um período que generaliza a ideia anterior, os cachorros amedrontadores são
pequenos.
b) a conjunção como (ref. 2) traduz uma consequência expressa na oração anterior.
c) na ref. 3, a oração completa o verbo “querendo” traduzindo o desejo dos carroceiros.
d) a oração da ref. 4 está diretamente ligada aos carroceiros que são conduzidos pelos cães.
e) em “que chegam com caixas ou sacos” (ref.5) afirma que todas as pessoas chegam com bichos em
sacos para deixá-los em qualquer lugar.
A oração “carroceiros querendo ³que o seu cavalo seja vacinado,” traduz um desejo dos carroceiros
que querem seus cavalos vacinados, portanto na referência 3, o verbo “querendo” que é transitivo direto
e necessita de complemento (trata-se de uma oração subordinada substantiva objetiva direta).
11.
MONTE CASTELO
Legião Urbana. Composição: Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões)
Ainda que eu falasse / A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja / Ou se envaidece...
O amor é o fogo / Que arde sem se ver
É ferida que dói / E não se sente
É um contentamento / Descontente
É dor que desatina sem doer...
Ainda que eu falasse / A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É um não querer / Mais que bem querer
É solitário andar / Por entre a gente [...]
Disponível em: <http://letras.terra.com.br/legiaourbana/22490/> Acesso em: 08 junho 2014.
Considerando o papel da arte poética nos versos de Luís de Camões, afirma-se que os verbos
presentes nos três primeiros versos do poema anterior expressam:
a)
b)
c)
d)
e)
certezas.
hipóteses.
pedidos.
conselhos.
ameaças.
A conjunção “ainda que” é relativa à concessão e associada ao verbo “falasse” (pretérito imperfeito do
subjuntivo) traduzem uma hipótese para que algo pudesse ocorrer.
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TEXTOS PARA AS QUESTÕES 12 E 13.
TEXTO 1
(Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAes50AB/hq-a-cartomante-machado-assis. Acesso em: 10/6/2014)
TEXTO 2
“Foi então que ela, sem saber que traduzia Hamlet em vulgar, disse-lhe que havia muita cousa
misteriosa e verdadeira neste mundo. Se ele não acreditava, paciência; mas o certo é que a cartomante
adivinhara tudo. Que mais? A prova é que ela agora estava tranquila e satisfeita.
Cuido que ele ia falar, mas reprimiu-se. Não queria arrancar-lhe as ilusões. Também ele, em criança, e
ainda depois, foi supersticioso, teve um arsenal inteiro de crendices, que a mãe lhe incutiu e que aos
vinte anos desapareceram. (...)
Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação das origens.”
(ASSIS, Machado de. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994. v. II. p. 2)
12. A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos revela que:
a) Ainda que pertençam a gêneros textuais diferentes, ambos fazem uso da intertextualidade ao
referenciar Hamlet.
b) Apenas o primeiro texto pode ser considerado literário, pois emprega diferentes linguagens, verbal e
não verbal.
c) O segundo texto é uma réplica do primeiro, recorrendo à linguagem simplificada para agradar ao
público.
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d) A linguagem predominantemente denotativa permite classificar os dois textos como pertencentes ao
mesmo gênero.
e) Os textos pertencem a gêneros textuais distintos, sendo o primeiro literário e o segundo,
informativo.
Os textos pertencem a gêneros textuais distintos, sendo o primeiro HQ e o segundo, um conto. No
entanto, ambos mantêm relação intertextual com Shakespeare, autor de Hamlet, ao citá-lo e referenciar
partes da obra. A intertextualidade também se estabelece entre os dois textos, no entanto, o original (a
que se refere a alternativa c) é o segundo texto, que faz uso de uma linguagem formal, não simplificada.
A função estética, expressa por meio dessa linguagem, permite, dentre outros fatores, caracterizar o
texto machadiano como literário.
13. Sobre o enredo do conto “A Cartomante”, de Machado de Assis, é possível afirmar que:
a) No texto 1 são apresentados os protagonistas do conto. Camilo e Rita desenvolvem um consciente
diálogo filosófico que se articula em todo o texto, sendo este o conflito central.
b) As adivinhações a que se referem os textos dizem respeito ao misticismo personificado na
personagem cartomante, cujas previsões são errôneas e acarretam desfecho trágico.
c) A crendice e a sabedoria popular, expressos nos textos por simpatias e adivinhações, são exaltadas
pelo autor da narrativa como estratégia discursiva e estética para a articulação de enredo.
d) Camilo e Rita correspondem, no conto, ao casal protagonista, cuja representação discursiva denota
platonismo e idealismo, sem que seja efetivado o relacionamento amoroso entre eles.
e) Vilela, referenciado no segundo texto, é exemplo de personagem antagonista que, como vilão da
história, provoca forte melancolia no jovem casal idealizado e romântico.
O conflito central da narrativa diz respeito ao triângulo amoroso de Rita, Camilo e Vilela (sendo esses
três os protagonistas) e a possibilidade de um desfecho trágico, que fica ainda mais tenso com as
cartas anônimas e as previsões da cartomante, que encorajam Camilo a ir de encontro à morte. O
adultério motivador da violência rompe com a concepção platônica de amor, ao trazer à tona a
corrupção moral de seus personagens.
14. “Já sabe que foi em 1860. No ano anterior, ali pelo mês de agosto, tendo eu quarenta e dois anos, fizme teólogo, — quero dizer, copiava os estudos de teologia de um padre de Niterói, antigo companheiro
de colégio, que assim me dava, delicadamente, casa, cama e mesa. Naquele mês de agosto de 1859,
recebeu ele uma carta de um vigário de certa vila do interior, perguntando se conhecia pessoa
entendida, discreta e paciente, que quisesse ir servir de enfermeiro ao coronel Felisberto, mediante um
bom ordenado. O padre falou-me, aceitei com ambas as mãos, estava já enfadado de copiar citações
latinas e fórmulas eclesiásticas. Vim à Corte despedir-me de um irmão, e segui para a vila.
Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o
aturava, nem os próprios amigos. Gastava mais enfermeiros que remédios.”
(ASSIS, Machado de. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994. v. II. p. 32)
O texto, extraído do conto “O Enfermeiro”, de Machado de Assis, permite observar o trabalho de
composição estética do autor. Com relação aos procedimentos de construção do texto literário, é
possível inferir que o autor:
a) Utiliza do escapismo e da imaginação para compor um texto lírico e emotivo, com a finalidade de
comover e persuadir o leitor.
b) Faz uso da linguagem subjetiva e função emotiva para compor um texto em verso, privilegiando a
dramaticidade do gênero teatral.
c) Cria um narrador em terceira pessoa que assume contornos épicos ao empregar como recurso
estético diversas hipérboles na caracterização do herói.
d) Organiza a referência espaço-temporal, a qual é utilizada pelo narrador personagem como
estratégia discursiva para apresentar ao leitor o universo narrativo.
e) Emprega uma estrutura textual dialógica, a fim de encenar fatos sociais diante da plateia e propiciar
o raciocínio crítico no gênero dramático.
O texto, pertencente ao gênero narrativo, recorre à linguagem objetiva e às referências de espaço e
tempo para conduzir a narrativa em primeira pessoa a partir da estruturação clara de seus elementos
estruturais.
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15.
ANNABEL LEE *
(de Edgar Allan Poe, tradução de Fernando Pessoa)
Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor —
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nos invejar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
(Disponível em:
http://www.insite.com.br/art/pessoa/coligidas/trad/922.php.
Acesso em: 8/6/2014)
O padrão estético e a representação da natureza presentes no texto de Edgar Allan Poe (autor do
Romantismo) podem ser encontrados, de maneira semelhante, na seguinte obra de arte:
a)
b)
Natureza Morta com Frutas e Garrafa, Di Cavalcanti
La Máxima Velocidad de la Madonna de
Rafael, Salvador Dalí
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c)
O Mamoeiro, Tarsila do Amaral
d)
Músicos, Pablo Picasso
e)
Pescadores e o Mar, William Turner
A natureza noturna, com referência ao mar e aspecto melancólico típicos da estética romântica
estão presentes apenas na obra de William Turner, um dos grandes pintores do Romantismo inglês.
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16. TEXTO 1
TEXTO 2
I Juca-Pirama, Gonçalves Dias
No meio das tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos - cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos de altiva nação. (...)
São todos Timbiras, guerreiros valentes!
Seu nome lá voa na boca das gentes,
Condão de prodígios, de glória e terror
(...)
Meu canto de morte
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
(Disponível
em:
http://www.adnews.com.br/televisao-eradio/band-lanca-campanha-para-a-copa-do-mundo-2014.
Acesso em: 10/06/2014).
Muito valorizada pelos Românticos, a questão da identidade nacional é recorrente em diversos textos e
contextos. Sobre a referida questão, os textos acima indicam que:
a) O tema escapista predomina em ambos os textos que, motivados por contextos comuns, buscam na
cultura estrangeira a identificação com o primitivo.
b) Em decorrência de fatos históricos comuns, a idealização da natureza se constrói como signo de
orgulho da nação.
c) Em contextos diferentes, ambos os textos apontam para a exaltação de símbolos nacionais, como o
futebol (no texto 1) e o povo brasileiro (nos textos 1 e 2).
d) Em ambos os textos, o orgulho de pertencer às tradições indígenas é ressaltado como sentimento
de pertença e identidade.
e) Independentemente do contexto social, é importante refletir sobre os problemas que assolam o
país, como a miséria e a loucura.
Ambos os textos foram produzidos em momentos de euforia com a Pátria, com a exaltação de símbolos
nacionais representando o “orgulho de ser brasileiro”, sem que haja uma crítica ao País. No entanto,
pertencem a contextos diferentes, sendo o primeiro motivado pela Copa do Mundo de 2014 e o
segundo, pela Independência brasileira, de 1822.
17. TEXTO 1
“Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais
longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito
perfumado.
GABARITO.E3.SIMULADO ENEM.LINGUAGENS.2S.2P.2014
11
NOME COMPLETO - LEGÍVEL: _______________________________________________________
Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava
sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde
pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
(ALENCAR, José de. Iracema. Rio de Janeiro: Bestbolso, 2012)
TEXTO 2
Marabá, Gonçalves Dias
Eu vivo sozinha, ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupã!
Se algum dentre os homens de mim não se
esconde:
— "Tu és", me responde,
"Tu és Marabá!"
"Uns olhos fulgentes,
"Bem pretos, retintos, não cor d'anajá!"
— É alvo meu rosto da alvura dos lírios,
— Da cor das areias batidas do mar;
— As aves mais brancas, as conchas mais
puras
— Não têm mais alvura, não têm mais brilhar.
— Meus olhos são garços, são cor das
safiras,
— Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
— Imitam as nuvens de um céu anilado,
— As cores imitam das vagas do mar!
Se ainda me escuta meus agros delírios:
— "És alva de lírios",
Sorrindo responde, "mas és Marabá:
"Quero antes um rosto de jambo corado,
"Um rosto crestado
"Do sol do deserto, não flor de cajá."
Se algum dos guerreiros não foge a meus
passos:
"Teus olhos são garços",
Responde anojado, "mas és Marabá:
"Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
(Disponível em: http://www.revista.agulha.nom.br/gdias02.html.
Acesso em: 11/6/2014)
Ao comparar os dois textos, é possível afirmar que a estratégia discursiva empregada para a
apresentação da personagem feminina é:
a) Descrever com exatidão as personagens, a fim de garantir a verossimilhança no gênero narrativo.
b) Exaltar a beleza da mulher indígena com realismo e objetividade, utilizando, para tanto o gênero
dramático.
c) Idealizar a mulher indígena, ressaltando sua beleza em prosa e comparando diferentes padrões de
beleza em verso.
d) Ironizar o caráter primitivo das nações indígenas, por meio do dialogismo e da crítica sociológica.
e) Criticar o nacionalismo ufanista e a idealização do índio como símbolo nacional, defendendo a
miscigenação racial.
Como textos românticos, ambos os autores trazem uma percepção idealizada e subjetiva da beleza da
mulher indígena, não correspondente, portanto, à realidade dos fatos. Os recursos empregados para
exaltar essa beleza são distintos, sendo exaltada e descrita a beleza de Iracema no texto em prosa e
proposta uma oposição de beleza entre a mulher branca e a indígena, para destacar esta última, nos
versos de Gonçalves Dias.
18. TEXTO 1
“Para os africanos que foram escravizados, não era simples conseguir a liberdade no Brasil do século
XIX, até pelo menos a década que antecedeu a da Lei Áurea, assinada em 1888. Na cidade do Rio de
Janeiro, a capital do Império, em meados daquele século os libertos não ultrapassavam 5% da
população total. A carta de liberdade era uma conquista que se tornava cada vez mais difícil quanto
mais se aumentava o preço dos cativos, o que se agravou após a extinção do tráfico escravista em
1850. (...)
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A cidade do Rio de Janeiro era uma das cidades afro-atlânticas das Américas escravistas. Foi o porto
às margens do Atlântico que mais recebeu africanos escravizados em todo o continente americano no
século XIX, e, ao longo da história do comércio escravista, de todo o mundo. Segundo viajantes, em
nenhum outro lugar seria possível ver juntos tantos e tão diferentes representantes de tipos de
indivíduos de origem africana. Essas pessoas, trazidas nos porões dos navios tumbeiros, quando
inseridas de modo forçado no mundo do trabalho na cidade e seu entorno, constituíram a “Pequena
África”, região densamente povoada da zona portuária e centro do Rio de Janeiro, e criaram não só no
espaço urbano propriamente, mas também nas regiões periféricas, as marcas de uma cidade negra.
Nesse contexto, não só modificavam cotidianamente a vida carioca como criavam estratégias de
resistência e afirmação.”
(LIMA E SOUZA, Mônica. Vitórias sobre as Correntes. Revista História Viva. n. 127, maio de 2014)
TEXTO 2
Navio Negreiro, Castro Alves
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
(...)
Os textos apresentam temática comum. Para atingir a finalidade discursiva de cada um dos textos, o
autor recorre à estratégia de:
a) Citações de pesquisadores renomados e dados estatísticos, presentes em ambos os textos, a fim
de persuadir o leitor em favor dos ideais abolicionistas difundidos.
b) Uso de dados históricos e estatísticos para informação do leitor, no texto 1, e emprego de
linguagem exaltada e subjetividade para comover e conscientizar o leitor, no texto 2.
c) Descrição de cenas reais do cotidiano dos africanos em textos de mesmo gênero, a fim de
promover a mobilização social por parte do leitor da sociedade contemporânea.
d) Apresentação de dados ficcionais para ilustração do contexto social escravagista na sociedade
brasileira, no texto 1, e encenação de fatos sociais, no texto 2, para entretenimento do público.
e) Ainda que pertencentes a gêneros distintos, os textos 1 e 2 recorrem à intertextualidade como forma
de informar o leitor quanto à problemática da escravidão.
A temática comum é abordada em textos com finalidades distintas, sendo o primeiro um texto
informativo contemporâneo e o segundo, um poema do século XIX. Para tanto, são usados exemplos
históricos e estatísticos no primeiro texto, e expressão dos sentimentos no segundo. Por pertencer à
estética Condoreira, é possível reconhecer o caráter engajado e a linguagem exaltada como
características do texto de Castro Alves.
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A canção do africano, Castro Alves
19.
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...
"Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro".
O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!
.................................................
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!
O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.
"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!
"O sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!
E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!
"Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar...
Os poetas condoreiros emprestavam a seus versos a voz de africanos escravizados. Traziam, à cena,
portanto, o discurso marginalizado daqueles a que não era dada a voz na sociedade escravocrata. O
verso que explicita essa marginalização é:
a)
b)
c)
d)
e)
“E ao cantar correm-lhe em pranto / Saudades do seu torrão...”
“Minha terra é lá bem longe, / Das bandas de onde o sol vem”
“Com suas poucas palmeiras / Dão vontade de pensar...”
“Porque na úmida sala / O fogo estava a apagar”
“A gente lá não se vende / Como aqui, só por dinheiro"
Esse verso demonstra a desvalorização do homem negro na sociedade escravocrata, em que os
homens são vendidos, comercializados como mercadoria e descaracterizados em sua humanidade.
20. No conto “Uns Braços”, de Machado de Assis, a frase proferida pelo personagem Inácio, “Foi um sonho,
um simples sonho!”, indica que, no contexto da narrativa:
a)
b)
c)
d)
e)
O personagem está apaixonado por sua esposa, D. Severina.
Inácio está enganado, pois o beijo de D. Severina não foi um sonho, foi real.
O personagem desconhece o envolvimento amoroso de sua esposa com Borges.
D. Severina é um amor platônico, ela existe apenas na imaginação de Inácio.
Inácio deseja constituir sua vida no Rio de Janeiro, sendo esse seu maior sonho.
Inácio, que vivia como agregado na casa de Borges, apaixona-se pela esposa deste, D. Severina. Não
tem coragem, no entanto, de declarar seu amor e a sedução que a visão dos braços da mulher lhe
provoca. Ela, contudo, percebe seus olhares e em um domingo, aproxima-se do jovem que dormia na
rede e o beija, sem que ele tenha consciência disso, uma vez que, enquanto dormia, sonhava com sua
amada.
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21. Considerando o enredo dos contos “A Cartomante”, “A Causa Secreta”, e “Uns Braços”, é possível
concluir que a temática comum nesses contos é:
a) Abolicionista, sendo denunciadas as precárias condições em que vivem os personagens marcados
pela escravidão.
b) Nacionalista, sendo proposta uma reflexão crítica quanto à desigualdade social no Brasil do século
XIX.
c) Amorosa, sendo projetadas e idealizadas histórias de amor marcadas pela melancolia e pelo
exagero.
d) O adultério, sendo que o “triângulo amoroso” é consumado conscientemente apenas no conto “A
Cartomante”.
e) A traição pela quebra de confiança entre amigos, em função de questões financeiras, à exceção do
conto “A Causa Secreta”.
A temática comum aos contos é o adultério, mesmo que este não seja consumado conscientemente (o
que apenas ocorre em “A Cartomante”), apenas com um beijo velado, como nos contos “A Causa
Secreta” e “Uns Braços”.
22. “A escola era na Rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840. Naquele dia —
uma segunda-feira, do mês de maio — deixei-me estar alguns instantes na Rua da Princesa a ver onde
iria brincar a manhã. Hesitava entre o morro de S. Diogo e o Campo de Sant’Ana, que não era então
esse parque atual, construção de gentleman, mas um espaço rústico, mais ou menos infinito, alastrado
de lavadeiras, capim e burros soltos. Morro ou campo? Tal era o problema. De repente disse comigo
que o melhor era a escola. E guiei para a escola. Aqui vai a razão.”
(ASSIS, Machado de. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994. v. II. p. 2)
Os gêneros textuais possuem características e funções específicas. Considerando o fragmento
transcrito e o enredo do “Conto de Escola”, de Machado de Assis, é possível afirmar que o autor faz uso
de:
a) Descrição objetiva espaço-temporal, com a finalidade de promover a contextualização necessária à
crítica moral efetivada no final da narrativa.
b) Argumentação por meio de exemplificações, com a finalidade de persuadir o leitor a compactuar
com o posicionamento político do narrador.
c) Lirismo na composição do espaço, a fim de traduzir o estado melancólico em que se encontra o eu
lírico.
d) Ficcionalização fantástica, com o objetivo de promover o escapismo necessário à compreensão
filosófica proposta ao final da narrativa.
e) Citação de dados historiográficos com o objetivo de romper com a ficcionalidade narrativa e efetivar
a mímese da realidade.
Como obra literária, a narrativa machadiana trabalha com a ficcionalidade e a função estética. Nesse
sentido, a descrição, o detalhismo e a objetividade de sua linguagem se apresentam para o leitor como
um convite ao ambiente da narrativa. Em “Conto de Escola”, esse universo se articula no intuito de
produzir uma profunda crítica à moralidade da sociedade de seu tempo (ou à falta dela), que desde a
infância convive com o conhecimento da corrupção e da delação.
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23.
É possível depreender que o discurso acima se apresenta como representação de
a) uma campanha, por trazer um assunto de interesse social e buscar persuadir o leitor/cidadão ou a
levá-lo a refletir sobre um tema polêmico e atual.
b) um relatório, por trazer um assunto de prestação de serviço à sociedade diante de um tema
polêmico e de grande repercussão social.
c) um texto argumentativo, por apresentar uma tese clara acerca da legalização das drogas.
d) uma crônica, por trazer um tema do cotidiano com linguagem espontânea com teor subjetivo, por
apresentar a opinião do emissor do texto.
e) um relato, por apresentar uma ação em foco com a vivência de quem já passou pela situação em
destaque.
24.
Visão geral
por Cipó Comunicação Interativa
Nos últimos 20 anos, não houve no Brasil nenhuma ação de cunho transformador das condições
de vida das crianças e adolescentes em situação de rua, afirma a Rede de Monitoramento Amiga da
Criança, formada por 35 organizações da sociedade civil.
Os que antes eram conhecidos como meninos e meninas de rua agora são chamados de crianças
em situação de rua. A mudança representa muito mais do que um simples eufemismo para a realidade
vivida por essa parcela da população infanto-juvenil brasileira. Hoje, sabe-se que a maior parte dessas
crianças e adolescentes não é "de rua" - não são órfãs e possuem um lar para onde, teoricamente,
poderiam voltar no final do dia.
Mas, então, por que muitas preferem ficar nas ruas a voltar para casa? A resposta para grande
parte dos casos está na pobreza e na violência doméstica, que ocorre na forma de abusos psicológicos,
físicos ou sexuais, a que muitas são submetidas. Geralmente são situações tão complexas que esses
meninos e meninas preferem ficar nas ruas, expostos a várias formas de exploração e violação de direitos.
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No entanto, existem outros fatores que levam crianças e adolescentes para as ruas, como a
necessidade de complementar a renda familiar. Milhares deles trabalham diariamente em locais como
semáforos ou estacionamentos das grandes cidades em busca de um trocado para auxiliar e, algumas
vezes, até mesmo sustentar suas famílias. Em situações assim, o dinheiro do deslocamento entre o
local de trabalho e a casa pode fazer falta no final das contas. Por isso, muitos só retornam para seus
lares depois de alguns dias ou mesmo nos finais de semana.
Não há como ignorar, contudo, casos em que crianças e adolescentes buscam nas ruas meios
para satisfazer suas próprias necessidades e desejos de consumo. Há, ainda, aquelas que encontram
no espaço público seu único espaço de lazer e entretenimento.
De acordo com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), um dos maiores problemas
que essas crianças enfrentam é sua condenação pela maior parte da sociedade, como uma ameaça e
uma fonte de comportamento criminoso. Mesmo assim, muitas das que vivem ou trabalham nas ruas
adotaram o termo, considerando que oferece a elas um sentido de identidade e de pertencimento. A
instituição não sabe afirmar quantas crianças e adolescentes vivem nessa situação em todo o planeta,
mas estima em dezenas de milhões.
"Uma vez nas ruas, as crianças tornam-se vulneráveis a todas as formas de exploração e abuso, e
sua vida diária provavelmente está bem distante da infância ideal prevista na Convenção sobre os
Direitos da Criança. Essas crianças frequentemente encontram-se em situações de conflito com a
polícia e outras autoridades, e têm sido molestadas ou espancadas por elas. São arrebanhadas e
conduzidas para fora dos limites da cidade, onde são abandonadas. E são assassinadas por vigilantes
em nome da ‘limpeza da cidade’, frequentemente com a cumplicidade ou o descaso de autoridades
locais", declara o Unicef no relatório Situação Mundial da Infância 2006.
Como se vê, trata-se de uma situação complexa que demanda esforços dos governos, da
sociedade civil e das organizações sociais para que seja, de fato, tratada com a importância e urgência
que requer. No entanto, na avaliação das 35 organizações da sociedade civil que compõem a Rede de
Monitoramento Amiga da Criança, não houve, nos últimos 20 anos, no Brasil, nenhuma ação de cunho
transformador das condições de vida das crianças em situação de rua ou abrigamento, nem de suas
famílias. Pelo contrário, cada vez mais as discussões se voltam para o aumento da capacidade de
abrigamento e para tornar ainda mais severas as punições e os mecanismos repressores.
Por isso, permanece viva a luta pelo respeito e garantia dos direitos dessa parcela da população,
encabeçada desde 1985 pelo Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR) quando,
juntamente com outras organizações e movimentos sociais, a entidade assumiu o desafio de alterar o
panorama legal do País.
São mais de duas décadas de trabalho para retirar crianças e adolescentes da invisibilidade
social, embora eles ainda ocupem as ruas de praticamente todas as cidades brasileiras. Desde então,
dois passos fundamentais já foram dados nesse sentido: a determinação, pela Constituição Federal, da
prioridade absoluta aos meninos e meninas, e a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Agora, o desafio é fazer com que, de fato, essa parcela da população infanto-juvenil brasileira seja
abraçada por um amplo conjunto de políticas públicas capazes de efetivar a promoção e a proteção de
seus direitos fundamentais.
Disponível em: http://www.direitosdacrianca.org.br/temas/situacao-de-rua
Infere-se por seu estilo e conteúdo o texto em questão por ser
a) um editorial, texto de um jornal em que o conteúdo expressa a opinião da empresa, ou da equipe
de redação, sobre temas de ordem sociais e polêmicos sem a obrigação de ter alguma
imparcialidade ou objetividade.
b) um artigo de opinião, texto eminentemente opinativo — mais que informativo — publicado (ou
veiculado) em seção destacada do conteúdo noticioso, para enfatizar que se trata de material nãojornalístico. Os autores recorrentes de artigos são chamados de articulista.
c) uma crônica, por ser uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que
acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com
os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens.
d) uma dissertação, por ter o intuito de convencer o leitor, persuadi-lo a concordar com a ideia ou
ponto de vista exposto. Isso se faz por meio de várias maneiras de argumentação, utilizando-se de
dados, estatísticas, provas, opiniões relevantes etc.
e) uma narração, por ser um texto dinâmico, que contém vários fatores de dependência que são
extremamente importantes para a boa estruturação do texto. Narrar é contar um fato, e como todo
fato ocorre em determinado tempo, em toda narração há sempre um começo um meio e um fim.
São requisitos básicos para que a narração esteja completa.
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25.
A imagem em questão infere
a) um discurso infantil a fim de atrair as crianças para o valor do esporte olímpico a partir de elementos
significativos de seu universo como palhaço e balões.
b) um discurso polêmico, pois apresenta o atleta carregando a tocha olímpica e poluindo a atmosfera.
c) um discurso inovador uma vez que retrata tanto o atleta na figura de um palhaço, o que atrai as
crianças, contribuindo para o futuro do evento e ao mesmo tempo apresenta o quanto esse esporte
representa para todas as esferas mundiais a partir das grandes empresas que o patrocinam.
d) um discurso crítico envolvendo denúncias de corrupção claramente expressas pelas imagens que
sugestionam investimentos escusos comprometendo a transparência dos investimentos nas Olimpíadas.
e) um discurso crítico que envolve denúncias acerca da forma como os patrocinadores resolveram
investir nas Olimpíadas uma vez que estão dando dinheiro diretamente ao atleta ao invés de
repassar para a organização do evento.
26. Para usar o iPhone com o computador, você precisa de:

Uma conexão à Internet para o seu computador
(recomenda-se banda larga)

Um Mac ou um PC com uma porta USB 2.0 ou 3.0 e
um dos seguintes sistemas operacionais:

OS X versão 10.6.8 ou posterior.

Windows 8, Windows 7, Windows Vista ou Windows
XP Home ou Professional com o Service Pack 3 ou
posterior
Conectar o iPhone ao computador: Use o Cabo Lightning
a USB (iPhone 5 ou posterior) ou o Cabo de 30 pinos a
USB (iPhone 4S ou modelos anteriores) para carregar a
bateria do iPhone.
Para cada dispositivo, você será solicitado a comprovar
“confiança” do outro dispositivo.
Conecte à rede Wi-Fi.
Se aparecer no topo da tela, significa que você está
conectado à uma rede Wi-Fi. O iPhone se reconecta
sempre que você retorna ao mesmo local.
Para configurar a rede Wi-Fi: Vá em Ajustes > Wi-Fi.

Para escolher uma rede: Toque em uma das redes listadas e digite a senha, caso seja solicitado.

Para solicitar conexão à uma rede: Ative “Solicitar Conexão” para ser informado quando uma rede Wi-Fi
estiver disponível. Caso contrário, você terá que conectar-se manualmente quando uma rede usada
anteriormente não estiver disponível.
(http://manuals.info.apple.com/MANUALS/1000/MA1565/pt_BR/iphone_manual_do_usuario.pdf)
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Nesse recurso textual
a) o que se quer é caracterizar, dizer como é. Não há uma progressão temporal tal como no texto
narrativo (tipo história). A ordenação das situações se dá numa relação de simultaneidade. Nesse
tipo de texto, as propriedades, os aspectos de um dado objeto, pessoa, cena, etc. descritos
inscrevem-se num certo momento estático do tempo, não havendo, assim, uma relação de
anterioridade e posterioridade entre as situações que figuram a coisa descrita.
b) o que se quer é contar, dizer os fatos os acontecimentos. As situações relatadas (ações, eventos)
são marcadas pelas transformações de estado que vão ocorrendo progressivamente no texto. “(...)
está ligada a ações ou a eventos considerados como processos e, por isso mesmo, ela ressalta o
aspecto temporal e dramático da narrativa; a descrição pelo contrário, visto que se detém em
objetos e seres considerados na sua simultaneidade encara os próprios processos como
espetáculos, parece suspender o curso do tempo e contribuir para estender a narração”.
c) o que se quer é passar uma ordenação de situações (ações), mas de natureza pragmática, prática.
A ordem em que as ações são apresentadas representa uma melhor sequência para atingir o fim
pretendido. É uma ordenação que se configura como necessária para as instruções e/ou
orientações a ser seguidas, comuns em textos injuntivos.
d) o que se quer é persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o
texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um
texto dissertativo-argumentativo.
e) o que se busca é o refletir, o explicar, o avaliar, o conceituar, expor ideias para dar a conhecer, para
fazer saber, associando-se à análise e à interpretação.
27. SETE ANOS NO TIBETE
Heinrich Harrer nasceu em Hüttenberg na região de Caríntia, Áustria. Entre 1933 e 1938 Harrer estudou
geografia e desporto na Universidade Karl-Franzens em Graz. Harrer fez parte da primeira equipe que
escalou a face norte do Eiger na Suíça, junto com Anderl Heckmair, Fritz Kasparek e Ludwig Vörg, a 24
de Julho de 1938. Mais tarde Harrer recontou esta escalada no livro The White Spider.
Exílio na Ásia e Tenzin Gyatso
Com a ascensão do partido Nazista na Áustria, Harrer tornou-se membro da SS, tendo em 1938
integrado uma expedição alemã ao Nanga Parbat nos Himalaias, atualmente parte do Paquistão. Após
o início da II Guerra Mundial em 1939, Harrer foi capturado pelo exército colonial britânico.
Em 1944 conseguiu fugir junto com Peter Aufschnaiter e após 21 meses em fuga conseguiu atravessar
as altas montanhas até ao Tibete, onde ficou durante sete anos, tendo estabelecido amizade com o
jovem Dalai Lama, ficando conhecido como o Professor do Líder Espiritual.
Após a ocupação chinesa do Tibete em 1950, Harrer regressou à Áustria onde documentou as suas
aventuras nos livros Sete Anos no Tibete e Lost Lhasa.
Sete anos no Tibete
Em 1997, o livro Sete Anos no Tibete, foi adaptado ao cinema pelo realizador francês Jean-Jacques
Annaud, que teve como protagonista principal o ator americano Brad Pitt.
Morte
Heinrich Harrer faleceu com 93 anos em Friesach no sul da Áustria. A causa da morte não foi divulgada
pela família que finaliza dizendo: partiu com grande serenidade rumo a sua última expedição.
O livro Sete Anos no Tibete (Adaptado para o cinema com o título homônimo) por seu estilo em que o
autor registra cada momento de sua vida vivenciado, desde a sua chegada aos Himalaias e tudo o que
lhe acontece num caderno onde anota fatos e roteiros dessa até certo ponto desastrosa expedição,
pertence a uma categoria de textos muito comum na literatura que se conceitua como
a) Relato pessoal, uma vez que conta cada momento vivido, mais preocupado com as ações do que
com as emoções.
b) Diário, uma vez que ele registra os momentos vividos tanto no que se refere aos acontecimentos e
aos sentimentos por quais passava.
c) Notícia, uma vez que os fatos ocorridos são verdadeiros por retratar a 2ª Guerra Mundial e a
invasão chinesa no Tibet em 1950.
d) Resenha, uma vez que faz uma crítica a uma fato vivenciado e que depois tornou-se uma obra
literária.
e) Crônica, uma vez que traz um fato histórico que foi vivenciado por um grande alpinista e narra de
maneira circunstancial os acontecimentos.
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28.
Encontra-se no discurso em questão uma possível identificação, em teor e estilística, com outro
discurso expresso em
a) “O povo não quer só comida. Quer comida, diversão e arte.” (Marisa Monte)
b) “Prepara agora, é hora” (Larissa de Macedo Machado)
c) “O que mais falta nesta cidade? Verdade./O que mais que se lhe ponha? Vergonha” (Gregório de
Matos Guerra)
d) “Não há, óh gente, óh não, luar como esse do sertão” (Catulo da Paixão Cearense)
e) “Até quando você vai levar porrada, porrada?” (Gabriel O Pensador)
29. “Rinha de gatos”, de Eduardo Mendoza, une arte, humor e espionagem na Madri pré-revolução”
Romance do autor espanhol, vencedor do prestigioso Prêmio Planeta em 2010, tem uma trama
intensa e repleta de surpresas.
Um inglês chega a uma Madri em polvorosa a bordo de um trem, na primavera de
1936. Assim tem início Rinha de gatos – Madrid 1936 (Editora Planeta, 296 pp., R$
39,90), romance escrito pelo espanhol Eduardo Mendoza e centrado na figura de
Anthony Whitelands, um crítico de arte britânico especialista em arte espanhola, que
viaja à Espanha para verificar a autenticidade de um quadro supostamente pintado
pelo renomado artista Velázquez. Conforme o melancólico estrangeiro empreende sua
saga por Madri, com uma guerra civil prestes a explodir na cidade – e no país -, suas
atividades um tanto obscuras atraem a atenção de facções políticas opostas
interessadas em se apoderar da pintura. Afinal, um Velázquez original poderia pagar
por uma enorme quantidade de armas e ajudar a vencer a guerra que se aproximava.
Anthony vai lidar ainda com um charmoso fascista, José Antonio Primo de Rivera –
amigo do dono do quadro de Velázquez –, com ofertas de sexo de condessas ninfomaníacas, investidas de uma prostituta menor de idade, manipulações de espiões britânicos e alemães e até
com ameaças de um conspirador soviético.
Em suma: o nosso “herói” se sente atirado a uma rinha. E uma rinha de gatos, para piorar.
A despeito de seu início sóbrio e comedido, repleto de suspense quanto ao destino do protagonista, o
romance de Eduardo Mendoza adquire um delicioso e desconcertante tom humorado conforme suas páginas
avançam. Artimanha típica desse autor espanhol, um mestre em subverter as expectativas dos leitores.
E é exatamente isso o que ele concretiza em Rinha de gatos – Madrid 1936, livro vencedor do Prêmio
Planeta em 2010, em sua Espanha nata.
(Disponível em: http://www.lufernandes.com.br/2010/releases/rinha-de-gatos-deeduardo-mendoza-une-arte-humor-e-espionagem-na-madri-pre-revolucao/)
Como uma resenha, o texto “Rinha de gatos” apresenta
a) o resumo da história a fim de que o leitor tenha uma noção do enredo do romance.
b) um breve resumo acrescido de uma certa crítica ou opinião do resenhista, uma vez que esse tem
interesse em convencer o leitor sobre as qualidades da obra.
c) apenas uma breve crítica para apresentar a opinião do resenhista.
d) uma breve tese a fim de expor seu ponto de vista sobre um tema polêmico e real.
e) uma exposição dos fatos narrados a fim de que o leitor tenha uma noção do excelente estilo
dramático a que a obra irá mostrar do início ao fim.
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30. “A família estava reunida em torno do fogo, Fabiano sentado no pilão caído, Sinhá Vitória de
pernas cruzadas, as coxas servindo de travesseiros para os filhos. A cachorra Baleia, com o
travesseiro no chão e o resto do corpo levantado, olhava as brasas que se cobriam de cinza.”
(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas.)
A descrição que se apresenta no fragmento textual em questão, implica
a) a ação em seu foco principal, uma das características marcantes desse estilo.
b) o estado em sua essência, uma vez que o tempo é marcadamente parado, a fim de que se pontue
os elementos descritos para o observador.
c) mudança de aspectos e ações, uma vez que impera a transição de um ambiente para outro.
d) a semelhança entre seres e ambientes a fim de marcar a espaço como elemento preponderante.
e) um momento inexato sem maiores identificações acerca do sentido que cada personagem toma na
cena descrita.
31. Xingamentos contra Dilma são o que soam ser: ignorância
As ofensas na abertura da Copa do Mundo falam mais sobre a vida feudal e aristocrática de
nossa elite do que da presidenta.
(por Pedro Estevam Serrano )
Lula, com sabedoria, disse que esta Copa mostraria ao mundo o País como ele é. E isso já está
rolando.
A Copa está mostrando aos turistas a amabilidade e a simpatia de nosso povo. Não há registro
relevante de agressões a torcidas estrangeiras. Aliás, ao contrário, o que se vê é uma reação altamente
positiva de nossos visitantes ao País, ao menos até agora.
Na quinta-feira, 12, no trem que nos levava aos jogos, as mesmas pessoas que dali a pouco
manifestariam ódio tratavam com carinho e acolhimento nossos visitantes. Show de civilização.
De outro lado, houve os xingamentos deselegantes e incivilizados dirigidos à nossa presidenta.
Francamente, acho positiva a ocorrência, pois denuncia ao mundo um lado de incivilidade grosseira e
deseducada de nossas elites. Seu modo inculto e ignorante de ser e ver o mundo.
O ódio é compreensível. Eu estava presente no jogo, e não havia lá uma só pessoa, entre as que vi,
que não fosse da chamada classe media alta.
Sou da classe média alta paulistana, conheço bem essa gente que é minha.
A maioria é gente boa e dedicada ao trabalho e à família, respondem por um tanto significativo do que
temos de bom no País em termos de produção econômica nos diversos setores, são os gerentes da
economia nacional.
Isso os que trabalham, obviamente. Há uma parte que vive de herança ou proteção da família, falam
mal do Bolsa Família dos pobres porque têm a proteção dos seus. Podem viver confortavelmente sem
nunca ter sabido de fato o que é o sacrifício do trabalho, aquele tipo de trabalho sem o qual não se
come. Não falo, portanto, daquele que se realiza por prazer ou por manutenção da imagem perante a
sociedade. (...)
(http://www.cartacapital.com.br/politica/xingamentos-contra-dilma-sao-o-que-parecem-ignorancia-2290.html)
Infere-se por esse texto em apresentar-se com teor
a)
b)
c)
d)
e)
argumentativo por apresentar uma tese, ser opinativo e buscar ser persuasivo.
argumentativo por seu estilo expositivo e explicativo.
argumentativo por seu estilo informativo.
argumentativo por seu estilo emocional e passional.
argumentativo por seu estilo instrutivo.
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32. Leia o poema na íntegra:
Texto 1
JOSÉ
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José?
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, pra onde?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
PARÓDIA DE
"E AGORA, JOSÉ?"
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
Está sem sua presa,
está sem comprador,
está sem dinheiro,
já não pode matar,
já não pode cortar,
vender já não pode,
a noite congelou,
o dia não veio,
a noite não veio,
a vida não veio,
não veio a tua grana
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo morreu,
e agora, mané?
seu terno de vidro, sua
incoerência,
seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
Texto 2
E agora, mané?
A água acabou,
O gelo derreteu
o povo morreu,
a noite congelou,
e agora, mané?
e agora, você?
você que é sem honra,
que zomba da vida
você que desmata,
que caça e trafica,
e agora, mané?
Com a arma na mão
quer matar a caça,
não existe caça;
quer pescar
predatoriamente,
mas o mar secou;
quer ir pra Suíça,
Suíça não há mais.
mané, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você fumasse
a erva amazonense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
é o seu castigo, mané!
Sozinho no escuro
Num mundo acabado,
sem civilização,
sem sofá felpudo
para se deitar,
sem Jaguar preto
que possa dirigir,
você vaga, mané!
mané, pra onde?
Lucas Koehler
E agora, mané?
Sua podre palavra,
seu instante de viagem,
sua caça e carniça,
sua estátua de marfim,
seu diamante de sangue,
seu casaco de pele,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?
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Entre os dois textos há uma relação a qual se denomina paródia, por:
a) haver uma relação de sentidos idêntica, já que em ambos a reflexão está no mesmo campo:
existencial.
b) haver uma relação mais de estilo do que de conteúdo, uma vez que o texto parodiado traz mais um
apelo às questões ambientais.
c) haver uma certa relação de sentidos, mas nenhuma relação de estilo, uma vez que o texto
parodiado está mais para um texto teatral.
d) haver uma ampla relação de sentidos e nenhuma relação de estilo, uma vez que o texto parodiado
está mais para um texto poético.
e) haver apenas uma relação de estilo, pois ambos são exemplos de textos argumentativos.
33. “Eram, aproximadamente, cinco horas da manhã quando um barulho me acordou. Abri os olhos,
vi que o sol não iluminava ainda o dia. Os ponteiros do relógio na parede, na verdade, não
tinham chegado a hora presumida, mas, daí a um segundo deram as cinco da manhã. E, agora,
me perguntava que barulho estranho era aquele? Por que eu somente acordara e todos
dormiam? Aquilo, também, me intrigava. Fiquei meio aflito e preocupado. Mas, mesmo assim,
abri a porta um pouco desconfiado e uma vaga imagem surgia diante de mim, embaçada pelo
nevoeiro que tomava a manhã...”
Mello, M. Manhã em segundos.
O trecho em questão se apresenta como um relato, pois
a) apresenta um enredo com ações em que o personagem principal procura contar as aventuras e
peripécias pelas quais passa em uma madrugada ao acordar.
b) apresenta um enredo narrado em 1ª pessoa, em que um fato enigmático ocorre em uma manhã
com tempo cronológico definido e tempo psicológico explícito.
c) apresenta as emoções vividas pelo personagem ao receber uma visita na madrugada.
d) apresenta um fato corriqueiro ocorrido em uma manhã em que muitos dormiam em sua residência.
e) apresenta um flashback em que narra algo ocorrido há muito tempo em sua vida.
34. (ENEM-2010)
Saúde
Afinal, abrindo um jornal, lendo uma revista ou assistindo à TV, insistentes são os apelos feitos em
prol da atividade física. A mídia não descansa; quer vender roupas esportivas, propagandas de
academias, tênis, aparelhos de ginástica e musculação, vitaminas, dietas... uma relação infindável
de materiais, equipamentos e produtos alimentares que, por trás de toda essa “parafernália”, impõe
um discurso do convencimento e do desejo de um corpo belo, saudável e, em sua grande maioria,
de melhor saúde.
RODRIGUES,L. H.; GALVÃO, Z. Educação Física na escola: implicações para a prática
pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Em razão da influência da mídia no comportamento das pessoas, no que diz respeito ao padrão de
corpo exigido, podem ocorrer mudanças de hábitos corporais. A esse respeito, infere-se do texto que é
necessário
a) reconhecer o que é indicado pela mídia como referência para alcançar o objetivo de ter um corpo
belo e saudável.
b) valorizar o discurso da mídia, entendendo-o como incentivo à prática da atividade física, para o culto
do corpo perfeito.
c) diferenciar as práticas corporais veiculadas pela mídia daquelas praticadas no dia a dia,
considerando a saúde e a integridade corporal.
d) atender aos apelos midiáticos em prol da prática exacerbada de exercícios físicos, como garantia de
beleza.
e) identificar os materiais, equipamentos e produtos alimentares como o caminho para atingir o padrão
de corpo idealizado pela mídia.
Precisamos levar sempre em consideração nossa saúde e integridade corporal, para que essas práticas
corporais veiculadas pela mídia não nos prejudiquem.
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35. (ENEM-2010)
Não é raro ouvirmos falar que o Brasil é o país das danças ou um país dançante. Essa nossa “fama”
é bem pertinente, se levarmos em consideração a diversidade de manifestações rítmicas e
expressivas existentes de Norte a Sul. Sem contar a imensa repercussão de nível internacional de
algumas delas.
Danças trazidas pelos africanos escravizados, danças relativas aos mais diversos rituais, danças
trazidas pelos imigrantes etc. Algumas preservam suas características e pouco se transformaram
com o passar do tempo, como o forró, o maxixe, o xote, o frevo. Outras foram criadas e são
recriadas a cada instante: inúmeras influências são incorporadas, e as danças transformam-se,
multiplicam-se. Nos centros urbanos, existem as danças como o funk, hip hop, as danças de rua e
de salão.
É preciso deixar claro que não há jeito certo ou errado de dançar. Todos podem dançar, independentemente de biótipo, etnia ou habilidade, respeitando-se as diferenciações de ritmos e estilos
individuais.
GASPARI, T. C. Dança e educação física na escola: implicações para a prática pedagógica.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 (adaptado).
Com base no texto, verifica-se que a dança, presente em todas as épocas, espaços geográficos e
culturais, é uma:
a) prática corporal que conserva inalteradas suas formas, independentemente das influências culturais
da sociedade.
b) forma de expressão corporal baseada em gestos padronizados e realizada por quem tem habilidade
para dançar.
c) manifestação rítmica e expressiva voltada para as apresentações artísticas, sem que haja
preocupação com a linguagem corporal.
d) prática que traduz os costumes de determinado povo ou região e está restrita a este.
e) representação das manifestações, expressões, comunicações e características culturais de um
povo.
A dança é uma das principais manifestações culturais de um povo, tendo cada um, seu próprio estilo.
36. É muito frequente, em competições esportivas, atletas serem desclassificados quando os exames
"antidoping" revelam a utilização de esteroides anabolizantes. Considere as afirmativas a seguir.
I. Os esteroides anabolizantes são empregados para obter um rápido aumento da massa muscular.
II. Os esteroides anabolizantes reduzem muito a secreção da testosterona pelos testículos, que podem
atrofiar-se.
III. O uso prolongado dos esteroides anabolizantes pode causar doenças cardíacas.
Da análise das afirmativas acima podemos assegurar que:
a)
b)
c)
d)
e)
apenas I está correta.
apenas II está correta.
apenas I e II estão corretas.
apenas II e III estão corretas.
I, II e III estão corretas.
Apesar do uso de esteroides anabolizantes geralmente aumentarem a massa muscular, por outro lado,
eles podem ocasionar efeitos colaterais drásticos, como: atrofia dos testículos, doenças cardíacas,
aparecimento de tumores cancerígenos, doenças hepáticas, entre outros.
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37. O avião que irá conduzir os jogadores da seleção
brasileira para os jogos da Copa 2014 foi decorado por
artistas plásticos. Com uma proposta nada convencional,
os artistas realizaram o trabalho durante uma semana no
hangar da Gol em Confins, Belo Horizonte.
Um dos artistas explicou que a ideia de grafitar um avião
nasceu há cerca de um ano, e não tinha nenhuma ligação
com a Copa. "Já tínhamos pintado trem de passageiros e
inúmeras outras coisas, mas nunca tínhamos pintado um
avião. Foi quando procuramos a Gol e o projeto tomou
forma".
A partir de uma parceria surgiu o conceito: levar os passageiros para as nuvens em uma espécie de
brincadeira. Nas cores do Brasil, vários rostos que representam a população estampam a fuselagem.
"Pensamos naquele sujeito que está esperando um voo e, de repente, aparece um avião desse jeito e
muda o cotidiano dele", disse um dos artistas. De acordo com o grafiteiro, o maior desafio foi concretizar
num "suporte" nada convencional o que eles tinham pensado.
Os artistas que realizaram esse trabalho foram:
a)
b)
c)
d)
e)
Eduardo Kobra (Brasil) e Ramon Martins (Brasil).
Banksy (Inglaterra) e Kurt Wenner (Alemanha).
Eric Grohe (Estados Unidos) e Smug (Escócia).
Alex Hornest (Brasil) e Edgar Mueller (Alemanha).
Os gêmeos Gustavo e Otávio Pandolfo (Brasil).
Nascidos em São Paulo na década de 70, os gêmeos Otávio e Gustavo Pandofo ganharam o mundo e
são oje um dos maiores nomes da arte brasileira lá fora. Filhos da arte de rua, esse ano mais brasileiros
conheceram esses artistas do grafitti. No ano de Copa do Mundo, ele foram chamados para decorar um
Boeing 737, da Gol. Esse avião foi o transporte dos nossos jogadores.
38. Exibições de filmes mudos quase sempre contaram com música ao vivo, começando com o pianista na
primeira projeção pública de filmes dos irmãos Lumière, em 28 de dezembro de 1895, em Paris. Desde
o início, a música foi reconhecida como essencial, contribuindo para a atmosfera e dando ao público
vitais sugestões emocionais; músicos eram às vezes colocados em sets durante a filmagem por razões
semelhantes. Salas de cinema de bairro e cidade pequenas geralmente tinham um pianista.
Já haviam sido feitos experimentos com som, mas com problemas de sincronização e amplificação. Em
1926, a Warner Brothers introduziu o sistema de som Vitaphone (gravação de som sobre um disco) até
que em 1927, a Warner lançou o filme, um musical que pela primeira vez na história do cinema possuía
alguns diálogos e cantorias sincronizados aliados a partes totalmente sem som.
O filme a que se refere o texto acima é
a)
b)
c)
d)
e)
“Noviça Rebelde”.
“Cantor de Jazz”.
“Dreamgirls - Em Busca de Um Sonho”.
“Moulin Rouge”.
“Os Embalos de Sábado à Noite”.
“O Cantor de Jazz” é considerado como o primeiro filme de grande duração com falas e canto
sincronizado com um disco de acetato. É um filme musical norte-americano estreado em 1927.
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39.
Objetivando romper com os padrões antigos, os artistas modernos buscam constantemente novas
formas de expressão e, para isto, utilizam recursos como cores vivas, figuras deformadas, cubos e
cenas sem lógica. Não foi fácil para estes artistas serem aceitos pela crítica que já estava acostumada
com padrões estéticos bem definidos, mas, aos poucos, suas exposições foram aumentando e o público
passou a aceitar e entender as obras. Destacando-se na tirinha a obra "Fountaine" ou "Fonte", estava
entre as obras a serem julgadas para um concurso de arte promovido nos Estados Unidos, a escultura
foi rejeitada pelo júri, uma vez que, na avaliação deste, não havia nela nenhum sinal de labor artístico.
O artista que a enviou foi:
a)
b)
c)
d)
e)
Edvard Munch.
Vincent Van Gogh.
Henry Matisse.
Marcel Duchamp.
Salvador Dalí.
“A Fonte” é um urinol de porcelana branco, considerado uma das obras mais representativas do
Dadaísmo na França, criada em 1917, sendo uma das mais notórias obras do artista Marcel Duchamp.
40. O Palácio Anchieta, em Vitória, recebeu no dia 16/05/2014, a exposição 'Di Cavalcanti De Flores e
Amores', do artista modernista brasileiro Di Cavalcanti. Ao todo, 20 obras vão ficar expostas no Salão
Afonso Brás no Centro da capital.
A mostra que chegou ao Espírito Santo será exibida pela primeira vez no estado e pela segunda vez ao
público. Antes, as obras só foram apresentadas no centenário de nascimento do artista, em 1997.
As peças fazem parte do acervo de diversos colecionadores de museus e tem curadoria de Denise
Mattar e consultoria da filha de Di Cavalcanti. Na exposição são apresentadas fotos, vídeos e
documentos que retratam a vida do pintor.
Um dos mais importantes e conhecidos artistas modernistas do Brasil, era também desenhista,
caricaturista, jornalista e pintor. Di Cavalcanti afirmava que suas pinturas eram um reflexo do que via,
mas filtrado e reordenado por sua imaginação.
Em qual das obras abaixo se identifica o estilo de Di Cavalcante citado no artigo?
a)
d)
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b)
e)
c)
Emiliano Di Cavalcanti, conquistou uma posição única na pintura brasileira. Sem se prender a nenhuma
tese nacionalista. Ele amava fazer retratos de mulheres, e as mulatas eram as suas preferidas. Ele
achava sensacional a mestiçagem que ocorre no Brasil.
WILD WORLD
Cat Stevens
Now that I've lost everything to you
You say you wanna start something new
And it's breaking my heart you're leavin'
Baby, I'm grieving'
But if you wanna leave, take good care
Hope you have a lot of nice things to wear
But then, a lot of nice things turn bad out there
CHORUS
Oooh, baby, baby, it's a wild world
It's hard to get by just upon a smile
Oooh, baby, baby, it's a wild world
I'll always remember you like a child, girl
You know, I've seen a lot of what the world can do
And it's breakin' my heart in two
'Cause I never want to see you sad girl
Don't be a bad girl
GABARITO.E3.SIMULADO ENEM.LINGUAGENS.2S.2P.2014
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41. A letra da música Wild World (Mundo Selvagem), do Cat Stevens, mostra que o autor se sentirá triste na
ausência de uma certa pessoa. O autor direciona a letra da música para:
a)
b)
c)
d)
e)
sua mãe.
sua esposa.
seu amor platônico.
sua filha.
sua namorada.
Quando o autor fala que o mundo é selvagem, ele está preocupado com a filha que está saindo de
casa. As duas últimas linhas da letra da música podem ser traduzidas da seguinte forma:
Porque eu nunca quero ver você triste, menina.
Não seja uma menina má.
Antibacterial wipes can still spread bacteria
Published: Tuesday, June 3, 2008 - 13:14 in Health & Medicine
A new study by a team of researchers at the Welsh School of Pharmacy, Cardiff University,
Wales, UK, has found that antimicrobial-containing wipes currently used to decontaminate
surfaces in hospitals can spread pathogens after first use. The research highlights concerns as
to the suitability of the wipes currently being deployed and the importance of a routine
surveillance program in reducing risks of infection to patients.
http://esciencenews.com/articles/2008/06/03/antibacterial.wipes.can.still.spread.bacteria
42. O estudo citado no texto descobriu que paninhos antibacterianos podem espalhar bactérias. Podemos
afirmar que tal estudo foi realizado:
a)
b)
c)
d)
e)
no País de Gales.
na Escócia.
na Holanda.
na Irlanda.
nos Estados Unidos.
O estudo foi feito na “Welsh School of Pharmacy”. Logo, foi feito na Escola de Farmácia do País de
Gales. “Welsh” significa galês e “Wales” significa País de Gales.
PUB MANAGER DISCRIMINATES AGAINST BLACK BARMAID
43. A frase acima é uma manchete de um jornal. O título dessa notícia versa sobre:
a)
b)
c)
d)
e)
alcoolismo.
entretenimento.
intolerância.
abastecimento.
segurança.
A tradução da manchete é:
Gerente de pub discrimina contra barmaid.
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44. A Lucy está conversando com Chalie Brown sobre a sua “git list”. Como a linguagem de quadrinhos é
informal, a palavra que ela pronuncia “git”, na verdade é “get”. No último quadrinho, Charlie Brown
responde “I knew it!”. Com isso, ele quis dizer que sabia que ela:
a)
b)
c)
d)
e)
estava pensando apenas em fazer uma lista de agradecimentos.
tinha uma memória curta apesar dela ser muito jovem.
não havia trazido a lista de presentes para dar a seus familiares.
estava pensando somente em ganhar um tipo de presente.
estava mais interessada em saber o que iria ganhar a o que iria dar.
Lucy estava com uma enorme lista de presentes a ganhar (“get list”) e nem havia pensado na lista de
presentes a dar. Isso prova que ela não estava nem um pouco preocupada em dar presentes.
“Take sides. Neutrality helps the oppressor, never the victim. Silence encourages the tormentor,
never the tormented.”
ELIE WEISEL, accepting the 1986 Nobel Peace Prize.
45. Eliezer "Elie" Wiesel é um professor, ativista político e escritor americano. A frase que ele disse ao
ganhar o Prêmio Nobel da Paz em 1986 recomenda como resistência à opressão
a)
b)
c)
d)
e)
guardar silêncio.
tomar partido.
manter-se neutro.
pegar em armas.
ser sempre oposição.
A primeira coisa que ele falou foi “take sides”, que significa: tome partido.
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