Living the LOTUS
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Living the LOTUS
Living the 6 LOTUS 2014 Buddhism in Everyday Life No tulo Living the Lotus – Buddhism in Everyday Life (Vivendo o Sutra de Lótus – O Budismo dentro da vida diária) está condo o desejo de enriquecer e fazer ser mais valiosa a vida a parr da vivência do Sutra de Lótus no codiano, assim como a bela flor de lótus, a qual floresce de dentro da lama. Através da internet, temos nos dedicado em entregar, ao público leitor do mundo todo, o ensinamento do budismo que pode ser vivenciado dentro da vida diária. O informavo Living the Lotus é publicado em quatorze línguas, com a cooperação das filiais do exterior. Entretanto, em algumas línguas a publicação é irregular e contém apenas a orientação do Mestre Presidente Niwano. Connuaremos tentando aperfeiçoar o informavo e, para tanto, contamos com o precioso apoio e comentários dos leitores. Living the Lotus Vol. 105 (junho 2014) Publicação: Rissho Kosei-kai Internacional Fumonkan, 2-6-1 Wada, Suginami-ku, Tokyo, 166-8537 Japan TEL: 03-5341-1124 FAX: 03-5341-1224 E-mail: [email protected] Editor Responsável: Shoko Mizutani Editora: Etsuko Nakamura Tradutora: Nicia Lemi Kishi Revisora: Angela Sivalli Ignatti Equipe de Edição: Shiho Matsuoka, Mayumi Eto, Sayuri Suzuki, Eriko Kanao, Shizuyo Miura, Sachi Mikawa, Yurie Nogawa, Yoshihiro Nakayama, Bold Munkhtsetseg VOL. 105 O diálogo entre as pessoas Founder’s Essay Com relação à religião, podemos dizer que o que está sendo mais colocado em questão é se há possibilidade de se criar um diálogo do ser humano com o ser humano. O hooza é um local de diálogo. Qualquer que seja o problema, se houver alguém que queira falar ou perguntar, precisamos ouvir com máxima atenção o que a pessoa tem a dizer e manter um diálogo até ela realmente se convencer. A isso dizemos ser o hooza. Não haverá concretização do diálogo entre as pessoas se decidirmos, logo de início, ouvindo apenas uma ou duas palavras, que “não preciso mais ouvir o resto porque já sei o que você quer dizer”. Shakyamuni Buda, a qualquer pergunta feita pelos discípulos, primeiro os elogiava várias vezes e depois começava a dizer: “Bons filhos...”. Por essa razão, qualquer pessoa, só pelo fato de ter tido o encontro com Shakyamuni Buda, ficava, de imediato, com as dúvidas esclarecidas. Temos que ter gravado no nosso interior de que todas as pessoas são existências que possuem sua própria dignidade, e que não haverá concretização do diálogo entre as pessoas se não conseguirmos, de coração, reverenciar o próximo. Kaiso Zuikan, vol.7, p.142-143 Basic Buddhism Through Comics by Mitsutoshi Furuya 1 Observando o Mundo Através da Causalidade A Lei da Causalidade Todas as coisas possuem “causas” e quando elas se encontram com certas “condições”, originam certos “efeitos”. Se for isso, pode me perguntar qualquer coisa. 2 Então vamos estudar a Lei da Causalidade. Os efeitos por sua vez irão com certeza originar uma influência (retribuição). Uau, que confiança, ein? Em primeiro lugar, não devemos dormir com a cabeça voltada para o norte. Ein? LIVING THE LOTUS junho 2014 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores. 2 Em seguida, não devemos cortar as unhas à noite. Como? Estou errada? Desisto então. Ei, ei! Do que você está falando? A Lei da Causalidade é o modo de ver as coisas deste mundo como sendo o efeito de causas prévias. É preciso entender corretamente a Lei da Causalidade. Resumindo, há uma causa em todas as coisas e quando ela é aplicada a certa condição, um novo efeito é criado, que irá influenciar as coisas à sua volta. Estou falando de “causas” e “efeitos”. Quer dizer que eu assusto alguém com uma causa e condição e fico esperando deitada pelo resultado? Não é tão simples de entender. Todos parecem felizes. Bem que imaginei... Não, não, não! Então vamos dar um exemplo concreto. Lembra-se daquela família? Entende por que ficaram assim? Continua na página 10 LIVING THE LOTUS junho 2014 3 ORIENTAÇÃO DO MESTRE PRESIDENTE VAMOS TRANSMITIR ALEGRIA Nichiko Niwano Mestre Presidente da Risho Kossei-kai Compartilhar a Alegria A imagem das pequenas crianças transmitindo felizes às mães aquilo que viram ou ouviram é reconfortante e preenche nossos corações. As crianças fazem de tudo para transmitir seus espantos e alegrias, e os pais que ouvem, percebem o desenvolvimento dos filhos e sentem alegria em estarem eles descobrindo novas percepções. Os leitores também já devem ter visto uma situação semelhante a esta. Dentro do aprendizado e prática do ensinamento de Buda, é aquela situação em que os companheiros de fé ficam esbaforidos, por exemplo no hooza, tentando transmitir a alegria do Dharma quando despertam para a gratidão, e dizem: “Sinto-me grato por estar tendo a oportunidade de viver!”; “Pensei que eu era infeliz, mas, na realidade, como sou feliz!”. Não é só no budismo; o importante na religião é transmitir, em particular, a alegria obtida ao ter contato com o ensinamento: o sentimento é de docilidade, de não poder ficar sem transmitir ao próximo. Shakyamuni Buda, após sua iluminação, disse: “Maravilhoso! Maravilhoso! Todos os seres vivos possuem a sabedoria e o virtuoso sinal de um Tathagata”. É o episódio que indica o estado de imensa alegria de Shakyamuni Buda, ao despertar para a Verdade. Podemos dizer ser natural transmitir às pessoas as alegrias e emoções que passamos, 4 assim como é natural ver uma criança tentando transmitir à mãe aquilo que viu ou ouviu. Além disso, por sermos seres humanos, únicos que conseguem compartilhar e sentir as alegrias através das palavras, podemos dizer que tudo isso é a oportunidade de vivermos a unidade que existe entre o eu e o próximo. LIVING THE LOTUS junho 2014 ORIENTAÇÃO DO MESTRE PRESIDENTE Transmitting Our Inspiration Muitas pessoas acham que vivenciar a alegria, principalmente a alegria em relação ao ensinamento, é algo por demais sublime, que está distante delas. Vamos então trocar as palavras “alegria em relação ao ensinamento” por “emoção”. Se for uma experiência em que experimentamos emoção dentro da vida diária, é possível que isso possa acontecer com qualquer pessoa, sendo que nem é necessário que seja uma grande emoção. Por exemplo, ter gratidão pela pessoa que me foi gentil, ou sentir proximidade com aquela pessoa que eu achava não me dar bem, após compreender que eu tinha algo parecido com ela, também é uma emoção. Ficar também impressionado ao ler um livro; ficar emocionado ao ouvir a experiência de uma pessoa também são momentos muito comuns. Ao transmitirmos docilmente essas emoções e alegrias às pessoas, estaremos na realidade transmitindo o ensinamento. Creio que normalmente os leitores devem sentir emoção ao ler, por exemplo, uma frase da revista Koosei, e querem compartilhar e transmitir a um conhecido, entregando-lhe a revista. Isso é exatamente “transmitir a alegria”. LIVING THE LOTUS junho 2014 Outro dia recebi a grata informação de que o prefeito de uma cidade, dentro de suas palavras de congratulações em um evento voltado aos jovens, havia mencionado uma frase da revista Koosei. Creio que a emoção da pessoa que entregou a revista ao prefeito deve ter atraído simpatia e ter criado uma nova alegria. Nós nos emocionamos e nos admiramos das boas ações das pessoas e dizemos: “Que maravilha!”. No budismo dizemos que a admiração possui uma grande virtude, pois a emoção vai passando de pessoa para pessoa e a virtude de fazer o próximo feliz é ainda maior. É por essa razão que o trabalho dos informativos é imensurável. Assim como dizemos que “o ensinamento se espalha através das pessoas”, é muito importante que cada um de nós possa sentir emoções e alegrias. No Sutra encontramos: “pregar com bom tato as leis a cada um deles, a fim de utilizar palavras bondosas e dar ânimo a todos” – tanto os que falam como os que ouvem, procuremos obter profunda alegria no encontro com as pessoas, para nos tornar pessoas que possam levar alegria à comunidade. Revista Koosei, edição de junho. 5 Spiritual Journey Vivendo de Gratidão Kris Ladusau Reverenda da Igreja de Oklahoma Este relato de vida foi realizado no Grande Salão Sagrado, no dia 4 de março de 2014, na ocasião da Missa em Memória do Falecimento do Mestre Fundador. Bom dia a todos! É uma grande honra estar aqui com todos, neste dia tão significativo. Sinto aqui uma profunda, inabalável conexão com o Eterno Buda e este lugar sagrado. Este ano estamos comemorando o 50º aniversário de construção do Grande Salão Sagrado, e soube que, há cinquenta anos, a Risho Kossei-kai realizou aqui a entronização do Gohonzon, revelado ao Mestre Fundador Niwano, baseado nas descrições do Sutra de Lótus. A estátua do Eterno Buda também nos capacita consolidar firmemente os Três Tesouros: o Buda, o Dharma e o Sangha. Ao observar este maravilhoso Gohonzon, sinto que estamos sendo lembrados de que nós também, a partir deste 51º ano, devemos nos erguer e nos mover adiante, levando o Dharma para o mundo. Este fato está em harmonia tanto com Shakyamuni Buda como com o voto do Mestre Fundador Niwano, de libertar todos os seres do sofrimento – o mesmo voto que agora se tornou nosso, desde que escolhemos ser bodhisattvas a navegar neste mundo. Sinto uma grande honra de ser a primeira Reverenda americana da Risho Kossei-kai. Gostaria de lhes compartilhar a minha experiência. Nasci e cresci na pequena cidade de Oklahoma, localizada no centro dos Estados Unidos. Fui criada como cristã e tive uma boa experiência Reverenda Ladusau em seu testemunho de fé no Grande Salão Sagrado. 6 dentro dessa tradição espiritual. O meu encontro com o budismo foi dentro do budismo Zen, em 1975. Na época eu aprendia Judô, Aikidô e Shinto Muso Ryu. Eu gostava da prática de meditação Zen. O meu encontro com a Risho Kossei-kai aconteceu em 1984. Minha mãe havia falecido e uma amiga japonesa me convidou a um culto do Urabon-e (Finados), na cidade de Oklahoma. Não consigo dizer por quê, mas, por alguma razão, o culto me fez sentir muito bem. Tornei-me membro da Risho Kossei-kai e comecei a aprender e praticar os ensinamentos. Senti-me fascinada com a maneira de solucionar problemas através de ensinamentos como o das Quatro Nobres Verdades, e gostei de ver a realidade sem ilusões ou focos egocêntricos. Quando meu pai faleceu com a doença de Alzheimer eu já era membro há dez anos. Uma noite antes de ele falecer, palavras do Sutra se repetiam em minha cabeça: “Nós prestamos homenagem ao Buda, nós prestamos homenagem ao Buda...”. Isso foi muito reconfortante durante aquele momento difícil. Continuei meus estudos e práticas na Risho Kossei-kai até que recebi a função de shunin (líder). Tive também um treinamento especial avançado em Tóquio, em inglês, por eu não falar nada de japonês. Tenho uma profunda gratidão por essa oportunidade. Alguns anos atrás, após um intenso treinamento no Japão, tive a oportunidade de me encontrar com o Mestre Presidente Niwano, antes de eu voltar ao meu país; foi quando pedi a sua orientação. Ele me disse: “Compartilhe a alegria do Dharma”. A sabedoria do Mestre Presidente continua me guiando até hoje. Aprendi que a espiritualidade não é uma prática separada da nossa rotina diária, mas é uma parte integrante de cada momento de percepção. O Mestre Fundador Niwano sempre nos disse que a iluminação estaria no encontro com as pessoas. Creio ser esta uma verdade absoluta. LIVING THE LOTUS junho 2014 Spiritual Journey Como Reverenda, todos os encontros são extremamente oportunidades importantes para o meu aprendizado. Ao aprender o ensinamento da “Causalidade”, quando acontecem certas situações, coloco-me na posição de “causa”. Consigo claramente enxergar meus defeitos e também a oportunidade de crescimento refletidos em mim mesma e no sangha. Percebi também que vim deixando as coisas no centro do Dharma acontecerem muito casualmente. Pedi desculpas ao sangha e juntos estamos restabelecendo um melhor foco e uma postura que reflita nosso respeito a Buda, ao ensinamento e ao nosso tempo de convívio juntos. Aprendi que, quando sinto tensão durante uma interação, é a minha oportunidade de verificar e ter certeza de que a minha natureza búdica permanece aberta para o próximo. O hooza é uma das práticas importantes da Risho Kossei-kai. Como líder, tive momentos de dúvida se eu estava dando uma orientação adequada. Há alguns anos, tive uma percepção. A imagem era clara: eu segurava uma das mãos do Gohonzon e a outra mão segurava a mão da pessoa em sofrimento. Compreendi, naquele momento, que eu era um simples “conduíte” para que o Dharma alcançasse as pessoas. Não sou eu quem está orientando, mas é o ensinamento de Buda que está produzindo alívio espiritual às pessoas. Certa vez, num hooza, uma senhora de idade avançada nos compartilhou que ela havia se mudado recentemente para a casa de seu filho. Ela expressou grande tristeza, pois o filho havia recusado deixá-la ter um altar. Ela chorou quando teve que embrulhar o Gohonzon e guardá-lo numa gaveta, sentindo que nunca mais poderia vê-lo. Pude sentir bem a sua dor. Nesse momento, inconscientemente, me vieram as palavras: “Vejo que a senhora ama profundamente o Buda, e isso é maravilhoso. Não sei o que acontecerá daqui para frente, mas o que posso lhe dizer é que o altar está sempre com a senhora, em seu coração, e Buda está sempre com a senhora.”. Estas palavras pareceram aliviar o sofrimento dessa senhora. Entre risos e lágrimas, o sangha e eu temos crescido dentro do Dharma. Sinto uma profunda honra pelo sangha me compartilhar suas esperanças, seus sonhos e suas dificuldades. Tenho estado junto com os membros quando eles têm que enfrentar assuntos familiares como divórcio, doença e morte. Durante estes anos, eu mesma tenho passado por profundas perdas pessoais; a morte de familiares e LIVING THE LOTUS junho 2014 amigos, e o término de um longo relacionamento. Em todas as ocasiões, o sangha esteve comigo para me apoiar. Quando estou doente, o sangha me liga para saber como estou e trazem comida para mim. Quando estou no Japão, o sangha cuida do centro do Dharma e às vezes, me lembra que eu tenho que tirar um dia de folga. Sou muito grata ao sangha. Todos eles também apóiam-se reciprocamente. Há alguns anos, uma líder queria ser celebrante no funeral de seu irmão. Quando estávamos recitando o Sutra, ela ficou tomada pela emoção e começou a chorar. Ela não conseguia mais recitar. Imediatamente, todo o sangha recitou a parte que ela teria que recitar, até ela conseguir se recompor. Através do Dharma, aprendi que a gratidão é a chave que destrava as algemas, libertando-nos de nossos apegos e removendo nossas limitações. Todas as manhãs reverencio meu altar entoando Namu Myoho Rengue Kyo, verbalizo a gratidão e peço que continue me guiando, que se expandam minhas percepções para poder ver o mundo através dos olhos do Dharma. Agora sei que tudo neste mundo é um Hábil Meio Salvífico. Minha prática é, conscientemente, escolher uma resposta para pensar, falar e agir, em harmonia com o Dharma. O sonho da Risho Kossei-kai de compartilhar o Sutra de Lótus ao mundo tem se tornado realidade. Observo todos os ensinamentos refletidos nas vidas de nossos membros de Oklahoma e celebro com eles quando utilizam os ensinamentos para se libertarem do sofrimento. Gostaria de lhes compartilhar a história de um de nossos membros. Quando Ray veio ao Centro do Dharma, ele estava dentro de uma procura espiritual. Ray sofria de uma desordem de estresse pós-traumática, resultado da guerra do Vietnã à qual serviu. A sua concentração durava apenas cinco minutos. Na hora da oração, ele não conseguia ficar no local quando o tambor começava a tocar, porque isso o fazia lembrar dos bombardeios. No passado ele havia sofrido de distúrbio psicológico e viveu nas ruas por um tempo. Agora ele tinha um lugar para morar, mas mal sobrevivia mensalmente com a assistência de veteranos. Ele não conseguia permanecer por longo tempo em um emprego. Por essa razão ele não tinha dinheiro para fazer a doação; então ensinei-lhe muitas maneiras de demonstrar a generosidade. Ele entendeu rapidamente e começou a prática de sorrir, segurando a porta do centro para as pessoas entrarem, 7 Spiritual Journey elogiando-as e às vezes lendo um poema aos amigos no lugar da mensagem telefônica. Perguntei a ele o que realmente queria fazer na vida. Ele me disse que queria ler histórias às crianças. Adquirimos então o livro Contos de Jataka (histórias da vida passada de Buda) e ele começou então, aos domingos, a ler essas histórias às crianças. Fizemos então um CD profissional de algumas histórias e eu disse a Ray: “Mesmo depois que eu e você morrermos, você estará ainda lendo histórias às crianças”. Ele ficou muito feliz com isso. Conforme Ray continuou vindo ao centro do Dharma, sua concentração foi aumentando até que, certo dia, ele já era capaz de ficar sentado o tempo todo da oração, inclusive na hora do tambor. Ray gostava de ir à cafeteria comigo e conversar sobre a vida e os ensinamentos. Ele expressou sua gratidão ao centro do Dharma várias vezes. Há dois anos, Ray faleceu tranquilamente, enquanto dormia. Ele havia sobrevivido às adversidades da vida e experimentado a força do Dharma em sua vida. Trilhando o Caminho com Ray, aprendi a apreciar as coisas simples da vida; aprendi sobre o sofrimento das pessoas que possuem doenças psicológicas, e, juntos, compartilhamos a alegria de se criar um presente para as gerações futuras. Os ensinamentos do budismo e a Risho Kossei-kai transformaram a minha vida. Nenhum dinheiro no mundo poderia se equivaler ao tesouro que recebi nesta vida, e estou eternamente grata. Sinto-me abençoada quando penso sobre a alegria de estar sendo motivada a viver, que aprendi na Risho Kossei-kai. Meus olhos abriram-se para ver a beleza do Dharma em todas as coisas e todas as pessoas. Posso dizer honestamente que tenho uma grande crença na maneira como o Eterno Buda continua nos ensinando, e, durante o que resta de minha vida, faço o voto de fazer tudo que estiver ao meu alcance para expandir e desenvolver os sanghas do mundo todo. Sou profundamente grata à Risho Kossei-kai por tudo. Sou grata ao Mestre Fundador, à Co-fundadora, ao Mestre Presidente, à Reverenda Kosho e a todos os mestres que me guiaram e continuam me guiando no Caminho do Bodhisattva. Sou muito grata à coordenadora Kiiko Scott e a todos os membros japoneses de Oklahoma. Eles são como nossas “mães fundadoras” que trouxeram o ensinamento para nós, atravessando o oceano. Devo também uma eterna gratidão à nossa primeira Reverenda Yasuko Hildebrand. Tive a grande honra de ter a experiência da verdadeira “sinergia”, trabalhando lado-a-lado com ela, desde a criação do Centro do Dharma de Oklahoma. Que jornada de descobertas comparitilhamos juntas! Agradeço também ao falecido marido da Sra. Yasuko, Sr. Harry, que nos apoiou muito em tudo. Para Kim e a todos os Mestres do Dharma e membros do sangha de Oklahoma: Muito obrigada pela dedicação de todos no estudo e na prática dos ensinamentos e por terem escolhido trilhar o Caminho junto comigo. Sou grata a todos que entraram pelas portas do nosso centro do Dharma, pois alguns de meus melhores mestres foram meus próprios alunos. Sinto também muita gratidão a todas as experiências de minha vida, que me trouxeram a este ponto, e reconheço que nenhuma delas poderia ter acontecido se meus pais não tivessem me dado a vida. Expresso o meu profundo amor e gratidão a eles e também aos familiares e amigos que me dão um apoio contínuo. A todos os senhores, minha família do Dharma, saibam que somos UM. Gostaria de terminar meu relato com as palavras do Sutra: “ A Lei insuperável, profunda, admirável,/ Raramente é encontrada em miríades de éons. / Agora nós a vimos, ouvimos, recebemos e a guardamos. / Possamos nós compreender o primeiro princípio do Tathagata”. Faço o voto de reverenciar a natureza búdica de todos os senhores. A todos, muito obrigada. Reverenda Ladusau conduzindo a cerimônia de bênção a um recém-nascido, no Centro do Dharma de Oklahoma (a terceira da direita para a esquerda) Living the Lotus welcomes your religious experience. Why don’t you share your religious experience through Living the Lotus with members all over the world? Please send your script or inquiry to our email address: [email protected]. Thank you. 8 LIVING THE LOTUS junho 2014 Living the LOTUS LIVING THE LOTUS junho 2014 9 Basic Buddhism Through Comics Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores. Continuação da página 3 Espere aí... acho que... Vou tentar novamente. 3 Que letra que era mesmo? Então as coisas melhoram a partir do esforço. Pedi ao chefe deixar-me desenvolver uma nova área. Não é tão simples assim. Vamos rever a situação mais detalhadamente. Está bem, vou tentar mais uma vez. 10 É triste dizer, mas a minha família não tem jeito mesmo. Sou feia porque puxei meus pais. Bom dia. Todos se esforçaram de alguma forma. Não entre! Isso, e como resultado tornaram-se felizes. Se você não mudar, sua família continuará a mesma. Em vez de definir que sua família não tem solução, que tal colocar-se no lugar do próximo? Nessas horas eu sempre acabaria falando: “Feia é só você”; é isso que não devo falar. LIVING THE LOTUS junho 2014 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores. 4 Desculpe-me por ter puxado a mim. Mas se você cumprimentar as pessoas, elas irão gostar de você. Está bem. A senhora está diferente hoje... Bom dia. Bo... bom dia! Bom dia! Mamãe, adivinhe! Eu fui convidada para uma festa de aniverário! Uau! Bom dia! É mesmo? Conseguiu fazer amizade! Tentando uma vez, fica fácil. Aquela menina é simpática. Estou feliz porque todos mudaram para melhor. A mudança da minha atitude é que fez a diferença. Estou feliz também. LIVING THE LOTUS junho 2014 11 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores. 5 Agora entendeu? A partir da mudança de atitude da mãe em relação à filha, aprofundou-se o relacionamento entre pais e filhos e o lar ficou feliz. A mãe (causa) compreendeu que seus hábitos não eram saudáveis e ao mudar seu jeito com a filha (condição), originou uma melhora no relacionamento (efeito), que mais tarde originou o sentimento amável (recompensa). Está bem! Vamos então fazer alguns exercícios práticos? Vamos pensar a respeito da Lei da Causalidade através desta árvore. E ficou assim grande. 12 Vovô, eu entendi. Como assim? Parece escola... Ein? O início desta árvore era uma pequena semente. Éo efeito, não é? Éa causa, não é? Com uma certa quantidade de água e a luz do Sol... Graças a isso, nós podemos descansar aqui. Éa condição? Éa retribuição em nossas vidas. LIVING THE LOTUS junho 2014 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores. Voltando àquela família... se a mãe pensasse só nela, como estaria agora? 1 1 Ela nem ouviria o incentivo da amiga, baseado na Verdade, e estaria ainda mais frustrada. O problem a então está na causa... A nova atitude dela foi a causa que originou um efeito feliz. Em outras palavras, mesmo que a condição não mude, o efeito seria diferente por causa da mudança da mãe (causa). Vamos supor que uma família infeliz mudou-se para ser vizinho da família feliz. Interessante... 6 Ué? A Lei da Causalidade não termina com a família feliz? A isso dizemos “Bons feitos originam bons resultados e maus feitos originam maus resultados”. Agora a família feliz será a condição para se relacionar com a família infeliz. LIVING THE LOTUS junho 2014 Parece que não tem fim... 13 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores. É bem parecido com o primeiro Selo do Dharma: Todas as coisas são transitórias. 7 2 2 A condição positiva da família feliz poderá transformar a família vizinha. Todas as coisas do mundo estão em constante mudança, tendo como base os princípios da causa e efeito. Exatamente. Tudo neste mundo está conectado por uma vasta rede de causa, condição, efeito e retribuição. 14 Nada tem um ego, não é? Ao observar as coisas dessa forma, vemos como é complexa a interação entre causa e condição. Agora vejo que está entendendo. Na verdade, nós, também, estamos aqui juntos graças a positivas condições. LIVING THE LOTUS junhoe 2014 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores. 8 Quer dizer que já estou entendendo a Lei da Causalidade, não é? Sim, dessa forma estaremos um estágio mais próximo do Nirvana é Paz Espiritual. Como aquela família? O Nirvana mais maravilhoso é encontrado ao levar uma vida positiva e significativa, isto é, não apenas tentar obter a própria felicidade mas também a felicidade de muitas pessoas. Como assim?! É mesmo, não é suficiente apenas nós sermos felizes. Uau! Gato preto! Que mau presságio! Como disse antes, na verdade aquilo não é suficiente. Por isso aquela família tem que crescer e passar para o próximo. estágio. Entendi muito bem o conceito da causalidade. Ótimo! A seguir faremos o treino para você passar para o próximo estágio. Me parece que você vai precisar é de muito treinamento... To be continued LIVING THE LOTUS junho 2014 15 Column o VAMOS HOJE TAMBÉM SEMEAR UMA SEMENTE DO ENSINAMENTO O Mestre Presidente irá, este mês, para a Mongólia. Será realizada a entronização da estátua do Eterno Buda no novo doojoo (centro de treinamento espiritual). A semente do ensinamento, que floresce agora na Mongólia, foi plantada no Japão há vinte anos. Em 1992 foi entregue uma revista Koosei na embaixada da Mongólia. A pessoa que entregou foi uma shunin (líder) da igreja de Shibuya. Na época, a Sra. Zorigmaa Shuger, atual coordenadora, trabalhava na embaixada. A partir desse encontro, ela se tornou membro da Risho Kossei-kai e, ao voltar para Mongólia, guiou muitos amigos e conhecidos para a fé. As palavras de alegria como:“O ensinamento da Risho Kossei-kai está vivo”; “É de fácil compreensão”; “A vida mudou” se espalharam pela Mongólia e hoje, o número de famílias-membros passou de mil. Outro dia recebi do Mestre Presidente o Sutra que será inserido no interior da estátua que será entronizada no novo doojoo. Ao mesmo tempo, recebi as palavras: “Este Sutra é o coração do Eterno Buda. Faça com que, a partir da compaixão e sabedoria de Buda, construa-se um mundo em que haja a salvação de si próprio juntamente com o próximo.”. Recebi, com profunda fé, o desejo do Mestre Presidente, e, hoje também, vou semear mais uma semente do ensinamento. R E V. S H O K O M I Z U T A N I Director of Rissho Kosei-kai International A Risho Kossei-kai é uma organização de budistas leigos, fundada em 05 de março de 1938 pelo Fundador Nikkyo Niwano e pela co-fundadora Myoko Naganuma. O Tríplice Sutra de Lótus é a base deste ensinamento. Trata-se da reunião de pessoas que deseja a paz mundial através do ensinamento de Buda, partindo da convivência diária em seus lares, locais de trabalho e dentro da sociedade. Atualmente, junto com o Mestre Presidente Nichiko Niwano, os membros trabalham ativamente para a difusão do ensinamento, de mãos dadas com outras religiões e organizações, realizando várias atividades para a paz, dentro e fora do Japão. Risho Kossei-kai Vancouver, Canada Seattle London, The United Kingdom Delhi, India San Mateo Hong kong ☆ Shanghai Kolkata North Kolkata San Francisco Los Angeles RKI of North America (Irvine) Internationa Buddhist Congregation Hawaii Tokyo, Headquarters Pusan Masan Taipei Taichung Jilung Chittagong, Bangladesh Oklahoma New York Tampa Bay Dallas San Antonio Kona Maui San Diego Las Vegas Arizona Tainan Colombo, Sri Lanka Kandy-Wattegama Polonnaruwa Habarana Galle Chicago Dayton Sakhalin, Russia Seoul, Korea Lumbini Denver Klamath Falls Ulaanbaatar, Mongolia Sukhbaatar Venezia, Italy Kathmandu, Nepal Roma, Italy Paris, France Sacramento San Jose Colorado Pingtung Singapore Bangkok, Thailand Dhaka Mayani Patiya Domdama s Bazar Satbaria Laksham Raozan Sao Paulo, Brazil RKI of South Asia Sydney, Australia Mogi das Cruzes Sao Miguel Rissho Kosei-kai International Branches 16 LIVING THE LOTUS junho 2014 Rissho Kosei-kai Overseas Dharma Centers Rissho Kosei-kai International 5F Fumon Hall, 2-6-1 Wada, Suginami-ku, Tokyo, Japan Tel: 81-3-5341-1124 Fax: 81-3-5341-1224 2014 Rissho Kosei-kai of New York 320 East 39th Street, New York, NY 10016, U.S.A. Tel: 1-212-867-5677 Fax: 1-212-697-6499 e-mail: [email protected] http://rk-ny.org/ Rissho Kosei-kai International of North America (RKINA) Rissho Kosei-kai of Chicago 2707 East First Street Suite #1 Los Angeles CA 90033 U.S.A Tel: 1-323-262-4430 Fax: 1-323-262-4437 e-mail: [email protected] http://www.rkina.org 1 West Euclid Ave., Mt. Prospect, IL 60056, U.S.A. Tel : 1-773-842-5654 e-mail: [email protected] http://home.earthlink.net/~rkchi/ Branch under RKINA Rissho Kosei-kai of Tampa Bay 2470 Nursery Rd.Clearwater, FL 33764, USA Tel: (727) 560-2927 e-mail: [email protected] http://www.buddhismtampabay.org/ Rissho Kosei-kai International of South Asia (RKISA) 201 Soi 15/1, Praram 9 Road, Bangkapi, Huaykhwang Bangkok 10310, Thailand Tel: 66-2-716-8141 Fax: 66-2-716-8218 e-mail: [email protected] Rissho Kosei-kai Dharma Center of Oklahoma 2745 N.W. 40th Street, Oklahoma City, OK 73112, U.S.A. Tel & Fax: 1-405-943-5030 e-mail: [email protected] http://www.rkok-dharmacenter.org Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Dallas Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Klamath Falls 1660 Portland St. Klamath Falls, OR 97601, U.S.A. Rissho Kosei-kai, Dharma Center of Denver 1571 Race Street, Denver, Colorado 80206, U.S.A. Tel: 1-303-810-3638 Rissho Kosei-kai Dharma Center of Dayton 446 “B” Patterson Road, Dayton, OH 45419, U.S.A http://www.rkina-dayton.com/ Rissho Kosei-kai Buddhist Church of Hawaii 2280 Auhuhu Street, Pearl City, HI 96782, U.S.A. Tel: 1-808-455-3212 Fax: 1-808-455-4633 e-mail: [email protected] http://www.rkhawaii.org Rissho Kosei-kai Maui Dharma Center 1817 Nani Street, Wailuku, HI 96793, U.S.A. Tel: 1-808-242-6175 Fax: 1-808-244-4625 Rissho Kosei-kai Kona Dharma Center 73-4592 Mamalahoa Highway, Kailua-Kona, HI 96740, U.S.A. Tel: 1-808-325-0015 Fax: 1-808-333-5537 Rissho Kosei-kai Buddhist Church of Los Angeles 2707 East First Street, Los Angeles, CA 90033, U.S.A. Tel: 1-323-269-4741 Fax: 1-323-269-4567 e-mail: [email protected] http://www.rkina.org/losangeles.html Rissho Kosei-kai Dharma Center of San Antonio 6083 Babcock Road, San Antonio, TX 78240, U.S.A. Tel: 1-210-561-7991 Fax: 1-210-696-7745 e-mail: [email protected] http://www.rkina.org/sanantonio.html Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Arizona Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Colorado Rissho Kosei-kai Buddhist Center of San Diego Risho Kossei-kai do Brasil Rua Dr. José Estefno 40, Vila Mariana, São Paulo-SP, CEP 04116-060, Brasil Tel: 55-11-5549-4446 / 55-11-5573-8377 Fax: 55-11-5549-4304 e-mail: [email protected] http://www.rkk.org.br Risho Kossei-kai de Mogi das Cruzes Av. 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