estilo de vida de escolares do nono e terceiro ano de uma escola da

Transcrição

estilo de vida de escolares do nono e terceiro ano de uma escola da
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE SAÚDE - NUSAU
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - DEF
CLAUDEMIR FELICIANO MOTA
ESTILO DE VIDA DE ESCOLARES DO NONO E TERCEIRO ANO DE UMA
ESCOLA DA REGIÃO CENTRAL DE PORTO VELHO-RO
Porto Velho - RO
2014
CLAUDEMIR FELICIANO MOTA
ESTILO DE VIDA DE ESCOLARES DO NONO E TERCEIRO ANO DE UMA
ESCOLA DA REGIÃO CENTRAL DE PORTO VELHO-RO
Monografia de graduação apresentada no curso
de Educação Física do Núcleo de Saúde da
Universidade Federal de Rondônia, para obtenção
do título de licenciatura em Educação Física.
Orientador: Prof.º Ms. José Roberto Godoi de Maio
Filho
Porto Velho - RO
2014
CLAUDEMIR FELICIANO MOTA
ESTILO DE VIDA DE ESCOLARES DO NONO E TERCEIRO ANO DE UMA
ESCOLA DA REGIÃO CENTRAL DE PORTO VELHO-RO
Monografia apresentada ao Curso de
Educação Física da Universidade Federal de
Rondônia – UNIR, como requisito parcial
para obtenção do título de licenciatura em
Educação Física, aprovada com nota
(________), aos ____ dias do mês de
______ do ano de 2014.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________
Prof.º Ms. José Roberto Godoi de Maio Filho
Presidente (Orientador)
Departamento de Educação Física - UNIR
__________________________________
Prof.º Dr. Hélio Franklin Rodrigues de Almeida
Membro
Departamento de Artes - UNIR
__________________________________
Prof.ª Dr.ª Mara Maria Izar de Maio Godoi
Membro
Departamento de Medicina - UNIR
AGRADECIMENTOS
Agradeço em especial aos amigos e familiares que colaboraram ao longo desta batalha,
louvores a DEUS que pela fé deu-me força para levar em frente este sonho.
Obrigado ao meu pai por pedir que eu sempre tentasse mais uma vez antes de desistir, a
minha mãe que sempre me apoiou quando a vida esteve difícil.
Agradeço à instituição Universidade Federal de Rondônia por ter me proporcionado esta
formação, também aos professores e amigos que colaboraram com este estudo em
especial ao professor orientador Ms. José Roberto Godoi de Maio Filho e aos colegas de
profissão Luciano Gutierrez e Queila Almeida.
Obrigado a todos!
“basta ser sincero e desejar profundo
você será capaz de sacudir o mundo
vai tente outra vez!”
Paulo Coelho/Raul Seixas
MOTA, Claudemir Feliciano. Estilo de vida de escolares do nono e terceiro ano de
uma escola da região central de Porto Velho-RO. 2014. Monografia (Graduação)
- Departamento de Educação Física, Universidade Federal de Rondônia, Porto
Velho - RO, 2014.
RESUMO
O presente estudo investigou o estilo de vida dos alunos do nono ano do ensino
fundamental e terceiro ano do ensino médio dos turnos vespertino e matutino,
comparando-os por séries, turnos e gênero. A amostra compreendeu 198
adolescentes estudantes de uma escola estadual de ensino fundamental e médio
localizada na região central do município de Porto Velho-RO, sendo 135 do nono
ano e 63 do terceiro ano, com idade entre 13 a 18 anos. Concluiu-se que os
alunos do terceiro ano tem melhor qualidade de vida que os alunos do nono, os
alunos do sexo masculino mostraram-se melhores em relação ao sexo feminino e
que os alunos que estudam de tarde tem estilo de vida melhor que os estudantes
do período matutino.
Palavras-chave: Comportamento. Qualidade de vida. Adolescentes.
MOTA, Claudemir Feliciano. Lifesyle of students from ninth and third year of a
school in central Porto Velho-RO. 2014. Monograph (Graduation) – Physical
Education Department, Federal University of Rondônia, Porto Velho - RO, 2014.
ABSTRACT
This study aimed to investigate the lifestyle of ninth graders of elementary school
and third year of high school and morning of afternoon shifts, comparing them by
series, shifts and sex. The sample included 198 adolescent students in a city
located in central city of Porto Velho - RO average state primary school and, 135
ninth graders and 63 of the third year, these 98 studies in the morning and 100
afternoons studying with age between 13-18 years. This evaluates the
components of lifestyle: nutrition, physical activity, stress, and preventive behavior
relationships. Results showed that third graders have better quality of life that
students of the ninth, the male students stood in relation to women, and that
students who study late has better lifestyle that students mornings.
Keywords: Behavior. Quality of life. Teens.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – estilo de vida de alunos sobre o componente nutrição comparando-os
por gênero e turma..........................................................................................................27
Gráfico 2 – estilo de vida de alunos sobre o componente atividade física
comparando-os por gênero e turma.......................................................................28
Gráfico 3 – estilo de vida de alunos sobre o componente comportamento
preventivo comparando-os por gênero e turma.....................................................29
Gráfico 4 – estilo de vida de alunos sobre o componente relacionamento social
comparando-os por gênero e turma.......................................................................30
Gráfico 5 – estilo de vida de alunos sobre o componente controle de stress
comparando-os por gênero e turma.......................................................................31
Gráfico 6 – estilo de vida dos alunos sobre o componente nutrição comparandoos por turma e turno...............................................................................................32
Gráfico 7 – estilo de vida dos alunos sobre o componente atividade física
comparando-os por turma e turno..........................................................................33
Gráfico 8 – estilo de vida dos alunos sobre o componente comportamento
preventivo comparando-os por turma e turno........................................................34
Gráfico 9 – estilo de vida dos alunos sobre o componente relacionamento social
comparando-os por turma e turno..........................................................................35
Gráfico 10 – estilo de vida dos alunos sobre o componente controle de stress
comparando-os por turma e turno..........................................................................36
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AVC: Acidente Vascular Cerebral
AGNS: Agencia Nacional de Saúde
CONFEF: Conselho Federal de Educação Física
DCNT: Doenças Crônicas Não Transmissíveis
Kcal: Calorias
OMS: Organização Mundial de Saúde
PNAN: Política Nacional de Alimentação e Nutrição
SC: Santa Catarina
PR: Paraná
RO: Rondônia
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10
2 JUSTIFICATIVA................................................................................................ 13
3 OBJETIVOS DO ESTUDO................................................................................ 14
3.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 14
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................. 14
4 QUALIDADE E ESTILO DE VIDA ................................................................... 15
5 COMPONENTES DO ESTILO DE VIDA............................................................ 18
5.1 ATIVIDADE FÍSICA ....................................................................................... 18
5.2 NUTRIÇÃO .................................................................................................... 20
5.3 CONTROLE DE STRESSE ........................................................................... 21
5.4 RELACIONAMENTO ..................................................................................... 23
5.5 COMPORTAMENTO PREVENTIVO ............................................................. 24
6 MÉTODO........................................................................................................... 25
6.1 TIPO DE PESQUISA ...................................................................................... 25
6.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ........................................................................... 25
6.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS .......................................... 25
6.5 INSTRUMENTOS UTILIZADOS .................................................................... 26
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 27
8 CONCLUSÃO .................................................................................................. 37
8.1 PROPOSTA DE NOVA INVESTIGAÇÃO....................................................... 37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 38
ANEXOS .............................................................................................................. 43
ANEXO 1 - Questionário Estilo de Vida
ANEXO 2 - Declaração de Ciência Institucional
ANEXO 3 - Autorização da Escola
10
1 INTRODUÇÃO
Com a modernização e o fácil acesso das atividades cotidianas é
perceptível que a população está deixando de se movimentar adotando estilos de
vidas cada vez mais sedentários, agravando desta forma a qualidade de vida do
homem moderno. Como fatores preocupantes tem-se o surgimento de doenças
crônicas não transmissíveis, como o diabetes, a hipertensão, cardiopatias,
depressão, obesidade entre outros.
Segundo Aragão (2011), estilo de vida é uma expressão moderna que se
refere à estratificação da sociedade por meio de aspectos comportamentais,
expressos geralmente sob a forma de padrões de consumo, rotinas, hábitos ou
uma forma de vida adaptada ao dia-a-dia. Sua determinação, entretanto, não foge
às regras da formação e diferenciação das culturas: a adaptação ao meio
ambiente e aos outros homens. Pode-se pressupor então que o estilo de vida é a
forma pela qual uma pessoa ou um grupo de pessoas vivenciam o mundo e, em
consequência, se comportam e fazem escolhas.
Nahas (2006) define estilo de vida como um conjunto de ações cotidianas
que reflete as atitudes, os valores e as oportunidades nas vidas das pessoas.
Esses hábitos e ações conscientes estão associados à percepção de qualidade
de vida do indivíduo.
Ainda para Nahas (2001) a qualidade de vida refere-se ao nível de
satisfação com a vida, o alto estima e a percepção do bem estar psicológico, as
condições de trabalho e o bem estar em geral, dando ênfase na vida social e
familiar, inclusive o lazer e a realidade do trabalho.
Podemos então definir estilo de vida como ações cotidianas e qualidade de
vida sendo como o resultado da avaliação destas ações. O sedentarismo e a
alimentação inadequada são os principais fatores que agravam a qualidade de
vida.
De acordo com Ministério da Saúde (2006 p.11). O Sedentarismo e uma
alimentação inadequada são fatores primários de risco para o surgimento de
doenças crônicas não transmissíveis, tais como a hipertensão arterial, diabetes
tipo 2, cardiopatias e alguns tipos de câncer. Hábitos como a ingestão exagerada
de alimentos gordurosos e com excesso de sal, uso de cigarros, exagero no
11
consumo de bebidas alcoólicas, inatividade física, tem sido adotado por grande
parte da população.
Segundo Nunes & Barros (2006), A alta prevalência de sedentarismo na
sociedade atual tem sido um problema recente para a civilização moderna e um
dos principais desafios no campo da saúde pública, predominando atualmente,
esforço físico de muito leve intensidade na maioria das atividades humanas, o que
demanda um gasto energético inferior a 500 calorias (kcal) por dia, valor este 15
vezes menor se comparado ao de nossos ancestrais que viveram há 100 mil
anos, que por serem nômades, andarilhos, caçadores e coletores de alimentos,
gastavam em torno de oito mil kcal diárias com atividades de sobrevivência.
Este comportamento é um fato preocupante ainda mais quando verificamos
os dados da Organização Mundial de Saúde OMS, De 2008: no mundo 31% dos
adultos maiores de 15 anos eram insuficientemente ativos. O resultado disto foi o
aumento do peso corporal de toda a população cerca de 500 milhões de pessoas
são consideradas obesas. (OMS, 2012).
Sobre o estudo, este é de suma importância à ser discutido na
adolescência, pois é um período crítico para a fixação de valores, atitudes e
comportamentos que possivelmente estarão presentes na vida adulta. Segundo
Piaget apud Flavell (2001) a adolescência corresponde ao nível do pensamento
hipotético-dedutivo que é o auge do desenvolvimento da inteligência. A partir
desta estrutura de pensamento é possível o diálogo, que permite que a linguagem
se dê ao nível de discursão para chegar a uma conclusão.
Feijó & Oliveira (2001), resaltam que na fase inicial da adolescência, por
não terem estabelecidos adequadamente sua imagem corporal o adolescente
pode apresentar dificuldades em considerar prioritário cuidados com a saúde
física, limitando muitas vezes uma orientação alimentar e atividade física ainda
que os sinais sejam evidentes aos adultos.
Alunos do ensino médio tendem a diminuir a participação nas aulas de
educação física, no entanto não é motivo para os professores desistirem de
estimular a adoção de um estilo de vida ativo. Esta fase é marcada por muitas
descobertas, incertezas e inseguranças, adolescentes de uma maneira geral
sofrem influências, na construção de sua personalidade, o que poderá determinar
o seu modo de viver, por tanto receber o maior numero de informações sobre a
12
importância da adoção de um estilo de vida saudável nessa fase pode ser
decisivo para sua adesão a praticas saudáveis.
Neste sentido, o profissional de educação física tem o dever de contribuir
para este processo de conscientização, pois segundo o CONFEF (2002), é função
da educação física pedagogicamente desenvolver o ser humano biologicamente,
socialmente e psicologicamente através do ponto de vista, funcional, morfológico
e comportamental. No ambiente escolar o Profissional de Educação Física é o
único funcionário que efetivamente tem habilitação específica para desenvolver
ações pedagógicas que propiciem conhecimentos básicos sobre saúde.
Diante do exposto formulou-se o seguinte problema: Qual o estilo de vida
de adolescentes escolares do 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do
ensino médio.
13
2 JUSTIFICATIVA
Em decorrência do aumento do número de casos de Doenças crônicas não
transmissíveis a cada ano, e considerando-se que o método mais eficaz de
combater o surgimento destas patologias é o tratamento preventivo. O governo
vem desenvolvendo programas que estimulam a adoção de um estilo de vida
mais saudável.
No entanto para obter melhores resultados, é necessário conhecer a
população antes de iniciar qualquer programa de promoção de saúde, pois assim
os esforços serão direcionados para os pontos em que a população em estudo
tenha maiores dificuldades.
O presente estudo justifica-se pela necessidade de conhecer melhor esta
população, uma vez que, até onde se pode investigar, não foi encontrado estudos
com essa população que possibilitem a formação de um perfil relativo ao estilo de
vida. Sendo assim, torna-se relevante para identificar quais comportamentos
necessitam de maior atenção por parte destes alunos, podendo ainda servir como
referencial para futuros trabalhos com esta população.
14
3 OBJETIVOS DO ESTUDO
3.1 OBJETIVO GERAL
Estudar o Estilo de Vida de escolares do nono ano do ensino fundamental
e do terceiro ano do ensino médio de uma escola estadual, localizada na região
central do município de Porto Velho-RO.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Testar a qualidade de vida dos alunos do nono ano e terceiro ano nos
aspectos de saúde nos tocante nutrição, atividade física, comportamento
preventivo, relacionamento social e nível de stress;

Avaliar os resultados deste estudo com outros estudos realizados da
mesma natureza;

Comparar os dados entre gênero, turma e turno.
15
4 QUALIDADE E ESTILO DE VIDA
O termo Qualidade de vida (QV) não é novo Gorgia et al (2011) afirma que
a expressão (QV possui raízes em duas culturas: oriental e ocidental. Na oriental
nota-se sua presença na antiga filosofia chinesa referente à sua arte, literatura,
filosofia e medicina tradicional, bem como, nas forças positivas e negativas, as
quais, em equilíbrio, representam boa QV. Na perspectiva ocidental, observa-se a
QV inicialmente relacionada com a visão aristotélica, a qual descrevia a felicidade
como certo tipo de atividade íntegra da alma, algo como se sentir completo e
realizado, ou seja, com boa QV.
Nas últimas décadas trabalhos científicos sobre QV tem aumento muito,
segundo Gordia et al (2011) entre os anos de 2000 e 2010, a busca no banco de
dados Pubmed nos conduz a 115.435 artigos, enquanto que entre os anos de
1900 e 1999 foram publicados apenas 40.463 artigos sobre a temática. Em outra
ferramenta, muito utilizada em pesquisas acadêmicas é o Scholar Google,
“Google Acadêmico”. Esta ferramenta permite que escolha-se o período de
publicação dos trabalhos científicos disponíveis, de 1990 a 1999 apresenta cerca
de 25.500 resultados e de 2000 a 2010 disponibiliza aproximadamente 330.000
resultados, em uma busca sem livre e sem períodos preestabelecidos esta
ferramenta disponibiliza cerca de 1.150.000 resultados.
Apesar da produção sobre esta temática ter crescido tanto, não foi possível
a
formação
de
um
conceito
universal
sobre
QV.
No sentido de fornecer uma definição do que venha a ser QV já em 1995 a
Organização Mundial de Saúde (OMS), definiu QV como sendo a percepção do
indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de
valores nos quais ele vive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e
preocupações.
Uma definição mais recente é a de Nahas (2010) que define QV como
sendo o resultante de um conjunto de parâmetros individuais e socioambientais
modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o ser humano.
Os parâmetros socioambientais relacionados à QV são: moradia, transporte,
segurança, assistência médica, condições de trabalho, educação, opções de lazer
16
e meio-ambiente; e os parâmetros individuais são: hereditariedade e estilo de
vida.
Torna-se evidente que a percepção de QV do indivíduo pode varia em
diferentes fases da vida, assim como pode ser percebida de maneira diferente de
acordo com o sexo, idade, nível socioeconômico e escolaridade etc. Existem
varias outras definições de QV, no entanto a maioria são parecidas com a OMS e
de Nahas. Dentro destes conceitos observamos que o estilo de vida do individuo
exerce papel importante para a melhoria ou manutenção de sua QV. Portanto
uma população depende de suas condições de existência e do seu acesso a
certos bens e serviços econômicos e sociais, tais como, emprego e renda,
educação básica, alimentação adequada, acesso a bons serviços de saúde,
saneamento básico, habitação, transporte de boa qualidade, etc. (ADRIANO et
al., 2000).
Vilarta & Gonçalves (2004), conceituam como estilo de vida, hábitos ou
comportamentos auto determinados ou adquiridos de influência social/cultural. Já
Passos, (2010) identifica que neste conjunto estão inclusos as preferências
dietéticas, a quantidade de calorias ingeridas diariamente, o consumo de tabaco e
álcool, o uso de medicações sem a devida prescrição ou acompanhamento, a
inatividade física, a opção pelo lazer sedentário e a não adoção de tratamentos ou
medidas preventivas.
Para Nahas (2010), o estilo de vida é o conjunto de ações habituais que
refletem as atitudes, os valores e as oportunidades na vida das pessoas. Barros e
Nahas (2001) resaltam que a adoção de Estilo de Vida no qual se adota um perfil
negativo, assumindo hábitos como a inatividade física, a ingestão em exagero de
alimentos principalmente os gordurosos, fumo e alcoolismos aliados ao uma vida
cheia de stress contribui para várias doenças e crescente risco de mortalidade. O
estilo de vida envolve principalmente o comportamento individual, sendo
determinante para a saúde. Sabe-se que a saúde é um atributo precioso, mas
infelizmente a maioria das pessoas só pensa em mantê-la ou melhorá-la quando
os sintomas de doenças já estão aparecendo ( NAHAS,2010).
Para ter um estilo de vida saudável, Nieman (1999) relata que é a forma
positiva como as pessoas se comportam frente ao cotidiano, considera-se os
17
aspectos relacionados ao: trabalho, lazer social, socialização, família e amigos,
descanso corporal, mental, emocional, alimentação e atividade física regular.
Vilarta (2008) resalta que a avaliação da saúde e da qualidade de vida no
ambiente escolar assume significativa importância, porque permite aos dirigentes
e a toda comunidade o conhecimento da situação real sobre os desafios a serem
vencidos, fortalecendo seu poder de decisão a partir de informações específicas
geradas pela própria comunidade.
Sobre este tema Cerqueira (2006, p. 35) resalta que:
A promoção da saúde na escola é uma prioridade intersetorial complexa
por várias razões. Ainda que as atividades de educação para a saúde
venham se realizando desde muito tempo, na maioria das vezes mantêm
seu foco na prevenção e no controle de doenças e muito pouco na
questão da formação de atitudes saudáveis de vida, do desenvolvimento
psicossocial e da saúde mental e em práticas mais efetivas.
Neste sentido Nahas, desenvolveu um instrumento para avaliar o estilo de
vida das pessoas, o qual posteriormente foi adaptado para adolescentes, este
instrumento busca analisar o estilo de vida individual (ou grupo) em cinco
componentes que afetam a saúde geral e estão associados ao bem-estar
psicológico e a diversas doenças crônicas-degenerativas. (NAHAS, 2010)
18
5 COMPONENTES DO ESTILO DE VIDA
5.1 ATIVIDADE FÍSICA
A atividade física é definida como sendo qualquer movimento corporal
produzido pelos músculos esqueléticos, que resulta em gasto energético maior do
que os níveis de repouso. (Caspersen et al, Apud Pitanga, 2004). De uma
maneira mais simples pode ser entendida como qualquer movimento que os ser
humano realiza, pois até mesmo um simples pestanejar gera um gasto
energético.
O sedentarismo nos últimos anos tem sido encarado como um problema
mundial de saúde, pois bem discutido na literatura, que o tempo prolongado de
comportamento sedentário representa um fator de risco em potencial para a
saúde de toda a população, como o aumento na prevalência das doenças
Crônicas não transmissíveis (DCNT) tais como cardiopatias, hipertensão arterial,
acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer. Segundo
dados da OMS em 2008 no mundo 63% (36 milhões) dos óbitos foram
decorrentes de DCNT, principalmente por cardiopatias (48%), câncer (21%),
problemas respiratórios (24,7%) e Diabetes (7,6%). (OMS, 2012).
A OMS aponta a inatividade física como sendo o quarto maior fator de risco
de mortalidade e disponibiliza dados que dão conta de que, em 2008, no mundo
31% dos adultos maiores de 15 anos eram insuficientemente ativos e
aproximadamente 3,2 milhões de mortes por ano são atribuídas à atividade física
insuficiente. Consequentemente o peso da população aumentou muito segundo a
OMS cerca de 500 milhões de pessoas em 2008, eram considerados obesos
(índice de massa corporal ≥ 30 kg/m²) sendo 10% dos homens e 14 % das
mulheres, com as maiores porcentagens registradas na região das Américas
sendo que 62%,da população desta região eram considerados com sobrepeso e
26% obesos. De acordo com estes dados a cada ano morrem cerca 2,8 milhões
de pessoas devido ao sobrepeso e obesidade. Seguindo esta tendência Porto
19
Velho foi Considerada pelo Vigitel (2011) a capital mais sedentária do país com
74% da população sendo considerada inativa fisicamente.
As doenças cardiovasculares são responsáveis por 29,4% de todas as
mortes registradas no país em um ano. Isso significa que mais de 308 mil
pessoas faleceram principalmente de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Estudos do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (São Paulo) mostram que
60% dessas vítimas são homens, com média de idade de 56 anos. A alta
frequência do problema coloca o Brasil entre os 10 países com maior índice de
mortes por doenças cardiovasculares (AGNS, 2007). Os benefícios da pratica
regular de atividade física são amplamente discutidos na literatura, onde os que
mais se destacam são: no aspecto físico, controle do peso corporal, diminui a
pressão arterial, aumento da densidade óssea, melhora a resistência a insulina,
melhora resistência física, melhora a força muscular e no aspecto psicológico,
alivia o estresse, melhora a autoimagem, diminui a depressão, reduz o isolamento
social, aumenta a sensação de bem estar e melhora a auto-estima.
Pitanga (1998) ressalta que a associação entre atividade física e os
benefícios positivos à saúde são bem documentados, e em geral ocorrem
primeiramente na redução do risco de doenças crônico-degenerativas em adultos,
portanto os indivíduos mais ativos fisicamente têm menor risco de ataque
cardíaco do que aqueles com menor demanda energética.
A atividade física é um comportamento influenciado por vários fatores,
dentre eles os demográficos, como o sexo, a faixa etária, a cor da pele; os
socioeconômicos, como o nível econômico, escolaridade, desemprego; o estilo de
vida, como o tabagismo, consumo de álcool, hábitos alimentares, relacionamentos
sociais e estresse. (THOMAS apud SILVA 2011).
Guedes & Guedes (1995), afirmam que a prática de exercício físico
habitual além de promover a saúde, influência na reabilitação de determinados
patologias associadas ao aumento dos índices de mobilidade e da mortalidade.
Defendem a inter-relação entre atividade física, aptidão física e saúde, as quais
se influenciam reciprocamente. Segundo eles, a prática de atividade influência e é
influenciada pelos índices de aptidão física, os quais determinam e são
determinados pelo estado de saúde.
20
5.2 NUTRIÇÃO
O consumo de comidas rápidas, pouco nutritivas e com autovalor calórico
vem aumentando ao longo dos anos, associado ao sedentarismo, aumenta as
chances do individuo se torna uma pessoa com sobre peso ou obesa a qual é um
fator de risco para o surgimento de doenças como Hipertensão arterial;
Obesidade;
Aumento
do
colesterol
LDL;
Diabetes
tipo
2
e
Doenças
Cardiovasculares dentre outras. Sobre este tema Barros et al. (2008) afirma que
as práticas alimentares inadequadas constituem igualmente um grande desafio.
Nas diferentes regiões do Brasil, a cultura popular ainda preserva tradições e
práticas alimentares errôneas sobre o valor nutritivo, propriedades terapêuticas,
indicações ou interdições de alimentos ou de suas combinações.
De acordo com a Política Nacional de Alimentação e Nutrição - PNAN
(2003) a alimentação e a nutrição são requisitos básicos para a promoção e a
proteção da saúde, o que possibilita a afirmação do potencial de crescimento e
desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania. Para Guiliano
(2005), a alimentação saudável além de ser agradável aos sentidos e ao paladar,
é principalmente aquela que proporciona ao individuo energia e todos os
nutrientes necessários para sua sobrevivência.
Segundo Nahas (2001), nenhum alimento contém todos os nutrientes. A
melhor maneira de assegurar uma dieta saudável é incluir uma ampla variedade
de alimentos nas refeições diárias. Observando-se o equilíbrio dos aspectos
quantitativos (calorias totais) e qualitativos (inclusão dos nutrientes essenciais).
Em outro estudo Nahas (2003) sugere uma alimentação balanceada, composta
por pelo menos 5 porções de frutas e hortaliças, evitando-se ingerir alimentos
muito gordurosos e doces, e que se deve dividir as refeições entre quatro e cinco
refeições bem variadas durante o dia.
De acordo com Guedes & Guedes (1998), para facilitar a preparação de
uma refeição completa, são adotados princípios dos alimentos com a sua
predominância de nutrientes construtores: alimentos ricos em nutrientes,
proteínas e minerais principalmente o cálcio. Energéticos (calóricos) ricos em
nutrientes energéticos, carboidratos e gorduras. Reguladores, alimentos ricos em
vitaminas, minerais, água e eletrólitos (sódio e potássio).
21
Martins & Abreu (1997) sugerem que a escolha dos alimentos deve ser de
modo que a ingestão diária se aproxime da seguinte composição de
macronutrientes Carboidratos: 55-60% do total de calorias ingeridas; proteínas:
10-15%, gorduras: 20-30%, sendo que não mais que 10% deve ser na forma de
gordura saturada (de origem animal). Segundo estes autores os principais
objetivos dessas recomendações é manutenção do peso saudável e a prevenção
da obesidade, das doenças cardiovasculares, da diabetes e outras doenças.
Sobre o assunto, Nahas (2010) observa que uma dieta saudável deve
observar os aspectos quantitativos (número de calorias ingeridas) é qualitativo
(composição das refeições). As necessidades energéticas e de nutrientes são
características individuais. Portanto variam de pessoa para pessoa e levam em
consideração vários fatores (nível de atividade física diário, fase de crescimento,
sexo, gravidez etc).
O papel da alimentação no controle e na prevenção das doenças,
especialmente das crônicas não transmissíveis, é cada vez mais evidente.
Destacam-se, nesse aspecto, a hipertensão arterial, a doença isquêmica do
coração, a Diabetes tipo 2 e também diferentes tipos de câncer, também
associados ao sobrepeso e à obesidade, como o de cólon, mama, endométrio,
esôfago e próstata. Em relação ao câncer, verifica-se que, depois do tabaco,
modificações na dieta é a segunda maneira mais eficiente de preveni-lo
(BARRETO et al. 2005).
5.3 CONTROLE DO STRESS
Stress é a combinação de sensações físicas, mentais e emocionais que
resultam de variados estímulos de preocupações, medos, ansiedades, pressões
psicológicas e fadiga física e/ou mental, que irão exigir uma adaptação e/ou
produção de tensão (LIPP & NOVAES, 2000).
Battison (1998) afirma que stress é um termo muito utilizado para
descrever os sintomas produzidos pelo organismo em resposta à tensão
crescente. Certo nível de stress é normal para ajudar o indivíduo a enfrentarmos
desafios da vida, porém níveis elevados de stress causam inúmeras reações
desagradáveis ao homem.
22
Para Nahas (2001) para se entender o que é Stress, é preciso que se
entenda o que é homeostase, o estado de equilíbrio dos vários sistemas do
organismo entre si e do organismo como um todo com o meio ambiente, este
estado de equilíbrio é alterado por agentes estressantes, como um susto, a
alegria de reencontrar alguém, o fracasso numa competição, a dor, o frio, o calor
ou o esforço físico.
Para Alves e Baptista (2006) as causas originárias do stress são inúmeras,
podendo algumas, ser mais relevantes ou não, dependendo da forma em que o
indivíduo reage aos fatores estressores; apesar da matriz emocional ser biológica,
a emoção é biográfica, ou seja, cada pessoa tem a sua, diferente das outras.
Assim, cada indivíduo reage de forma menos ou mais intensa que o outro.
Segundo Nahas (2001) e Masci (2003), a reação do organismo diante
destes estímulos gera um conjunto de modificações a Síndrome geral de
Adaptação que se constituem em três fases distintas: Reação Aguda ao Stress é
desencadeada sempre que nosso cérebro, independentemente de nossa vontade,
interpreta alguma situação como ameaçadora; - Fase de Resistência acontece
quando a tensão se acumula, e sua principal característica são flutuações no
nosso modo habitual de ser e maior facilidade para termos novas reações
agudas; - Fase de Exaustão, há uma queda acentuada de nossos mecanismos de
defesa.
Lima (2005) relata que entre as três fases do estresse citadas
anteriormente, a que representa um maior risco a saúde do individuo é a fase de
exaustão, pois nessa fase qualquer estimulo estressor pode desencadear reações
patológicas intensas devido a constante necessidade de adaptação do organismo.
Sobre esta fase Nahas (2001), ressalta que o stress na fase de exaustão,
segue-se a tensão nervosa decorrente situações de agressividade de frustração,
tristeza e sensação de impotência, que podem acabar na forma de diversas
doenças. Tais como: Hipertensão Arterial, Infartos Agudos do Miocárdio,
Derrames Cerebrais, Câncer, Úlcera, Depressão (Distúrbios nervosos), Artrite,
Alergias e Dores de Cabeça.
De acordo com Dantas (2001), o exercício físico possui uma evidente ação
antidepressiva, diferente para cada forma de atividade física (moderada ou
intensa). Todos os tipos de atividades físicas são eficazes e quanto maior a
23
duração do programa e o número de sessões realizadas, melhores serão os
resultados.
5.4 RELACIONAMENTOS
Desde que o ventre materno o ser humano necessita esta interagindo com
o próximo essa necessidade de interagir vai aumentando com passar do tempo,
no ambiente familiar, na escola, na igreja, mais tarde no ambiente de trabalho.
Esta relação sofre inúmeras modificações constantemente uma vez que a todo o
momento pessoas entram e saem do nosso convívio, pessoas estas com
pensamentos, atitudes, condições financeiras diferentes, por tanto é necessário
saber conviver com esta diversidade de pensamentos, gostos e culturas.
Sobre
o
assunto,
Guiselini
(2004)
aponta
que
o
processo
de
desenvolvimento e evolução do ser humano é como uma troca necessária no
aspecto social, não poderia ser diferente: “a troca da energia social”. Segundo
este autor existe alguns relacionamentos que influenciam na dimensão social: o
relacionamento familiar, relacionamento no trabalho e o relacionamento no lazer.
Para Guiselini (2004), o relacionamento do indivíduo consigo mesmo, com
as pessoas à sua volta e com a natureza, representa um dos componentes
fundamentais do bem-estar espiritual e, por consequência, da qualidade de vida
de todos os indivíduo. O ser humano necessita estar em constante envolvimento
com tudo a sua volta, e a maneira que esta relação se conduz é que irá
determinar o quanto é agradável ou não seu cotidiano.
Barbanti (2003), afirma que o entusiasmo pela vida, está intimamente
ligado ao padrão de vida; nível de bem-estar que um indivíduo ou uma população
pode desfrutar. Incluem aspectos de saúde física e mental, condições materiais,
infraestrutura, condições sociais em seu relacionamento com o meio ambiente.
Em adolescentes os relacionamentos sociais tem uma importância, pois
estão em uma fase de muitas duvidas e incertezas a maioria em busca de uma
“identidade” pressões e cobranças exageradas nesta fase, da vida, podem levar o
adolescente a sofre algum bloqueio psicológico ou emocional comprometendo
seu desenvolvimento por completo.
24
5.5 COMPORTAMENTO PREVENTIVO
Nas ultimas décadas aumentou muito o numero de mortes atribuídas e a
doenças crônicas não transmissíveis, parte disto, pelo fato de ter aumentado a
idade da população, mas a grande parte devido a comportamentos inadequados
de alimentação e pratica de atividades físicas além do tabagismo e consumo
exagerado de bebidas alcoólicas.
Neste sentido o Ministério da saúde vem adotando algumas estratégias
para reduzir os gastos com estas doenças, como políticas de alimentação e de
promoção da saúde na escola, além de medidas anti-tabagicas e a sensibilização
da população para a adoção de hábitos saudáveis de vida.
Para Gonçalves & Vilarta (2004), os hábitos e os comportamentos que
contribuem
para
influenciar
o
estilo
de
vida
das
coletividades
e,
consequentemente, a qualidade das ações realizadas pelas pessoas integradas
em seu meio.
Desse modo, o comportamento preventivo visa à redução da exposição de
fatores de riscos e melhor enfrentamento das patologias estabelecidas, além
disto, quanto mais precoce a adoção de hábitos saudáveis, maior o benefício
(BARROS, 2003).
O comportamento preventivo não deve estar relacionado somente com
algumas patologias e sim ser incorporado no modo de viver, medidas como usar o
bloqueador solar, não beber e dirigir, usar o preservativo pode ser considerado
comportamentos preventivos da mesma maneira que não fumar, ter uma
alimentação adequada e pratica atividade física regularmente, pois todos tem o
objetivo de manutenção do estado de saudável do individuo.
25
6 MÉTODO
6.1 TIPO DE PESQUISA
O presente trabalho caracteriza-se como um estudo descritivo transversal
de caráter quantitativo, verifica-se que o mesmo possui características básicas,
como a observação, o registro, a análise, a descrição e a correlação de fatos ou
fenômenos sem manipulá-los (MATTOS et al, 2004).
6.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população deste estudo foram escolares adolescentes do 9º ano do
ensino fundamental e 3º do ensino médio da Escola Estadual de Ensino
fundamental e Médio Rio Branco, sendo 63 alunos do terceiro ano e 150 alunos
matriculados no 9º ano, totalizando-se 213 alunos devidamente matriculados
nestas respectivas séries, com idade de 13 a 18 anos, na cidade de Porto Velho
RO. Para a amostragem foi utilizado o livre consenso de cada aluno onde eram
abordados ainda em sala de aula, entre estes, dois alunos do nono ano não
aceitaram participar da pesquisa e outros 13 desta mesma série não
compareceram as aulas na semana em que foram aplicados os questionários na
escola. Resultando em uma amostra de 63 alunos do terceiro e 135 do nono ano
que responderam os questionários.
6.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETAS DE DADOS
Para este estudo foi enviado um ofício (anexo 3) à direção da escola
solicitando autorização para a realização da pesquisa onde a qual autorizou a
realização, e auxiliou na estratégia de aplicação dos questionários (anexo 2).
Posteriormente os modelos de questionários e os objetivos da pesquisa foram
enviados a supervisão da escola, que forneceu o quantitativo de alunos
matriculados nesta instituição. A aplicação dos questionários foi realizada durante
as aulas de educação física da escola, com o auxílio da professora regente da
disciplina.
26
6.4 INSTRUMENTOS UTILIZADOS
Foi utilizado o questionário “perfil do estilo de vida individual-adolescente"
preconizado por Nahas, (2010) em anexo, que avalia os componentes do estilo de
vida: nutrição, atividade física, estresse, comportamento preventivo e os
relacionamentos; cada componente possuindo 3 questões, e tem como opção: as
afirmativas nunca, às vezes, quase sempre e sempre, correspondente a valores
de 0, 1, 2 e 3, respectivamente é estipulado no protocolo de análise, que as
alternativas nunca e às vezes (valor 0 e 1), sejam consideradas como
comportamento insatisfatório em relação ao estilo de vida e de quase sempre e
sempre (valor 2 e 3), comportamento satisfatório.
27
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com os dados coletados na instituição de ensino, formulou-se um
conjunto de informação relatando o estilo de vida dos alunos desta escola sobre diversos
itens como nutrição, atividade física, comportamento preventivo, relacionamento social e
controle de stress. Para melhor apresentar esses dados foi feito o percentual de alunos
participantes da pesquisa separando-os sobre cada item entre satisfatório e insatisfatório,
para finalizar a apresentação destes dados foi compostas tabelas indicando o percentual
de estilos de vida satisfatórios e insatisfatórios sobre cada item.
Dados comparando alunos do 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino
médio, em relação a gênero (masculino e feminino) turma (9º ano e 3º ano), em uma
escola estadual do município de Porto Velho/RO durante o ano de 2014.
Gráfico 1 – estilo de vida de alunos sobre o componente nutrição comparando-os
por gênero e turma.
100%
90%
80%
70%
60%
63,64%
64,06%
63,38%
50% 50%
50%
36,36%
40%
35,94%
36,62%
satisfatório
insatisfatório
30%
20%
10%
0%
3º ano
masculino
3º ano
feminino
9º ano
masculino
9º ano
feminino
Em relação aos dados apresentados no gráfico verifica-se que os alunos do
gênero masculino que cursam o 3º ano do ensino médio tem um comportamento
alimentar melhor que os alunos que cursam o 9º ano do ensino fundamental, 50% e
35,94% respectivamente. Já quando comparamos o gênero feminino, 63,64% das alunas
do 3º tiveram um desempenho insatisfatório contra 63,38% das alunas do 9º ano. Em
relação ao componente nutrição e observando apenas o 9º ano, 64,06% dos alunos do
gênero masculino apresentou comportamento insatisfatório neste item, resultado
28
semelhante encontrado no gênero feminino que apresentou 63,38% insatisfatório neste
mesmo item. Verificando apenas o 3º ano, nota-se que os alunos do gênero masculino
apresentam um quadro melhor que o feminino sendo que apenas 50% dos meninos
representam insatisfatoriamente ao estudo e 63,64% das meninas tiveram este
desempenho. Corroborando com este estudo, Dada (2007) verificou que a maioria dos
alunos de uma escola publica do ensino médio da cidade de Marialva-PR apresentaram
comportamento nutricional inadequados. Fato também observado em alunos de uma
escola publica do ultimo ano do ensino fundamental na cidade de Tubarão-SC (Sene et
al, 2008).
Gráfico 2 – estilo de vida de alunos sobre o componente atividade física
comparando-os por gênero e turma.
100%
90%
86,67%
84,38%
80%
70%
60,61%
57,75%
60%
50%
42,25%
39,39%
40%
satisfatório
insatisfatório
30%
20%
15,62%
13,33%
10%
0%
3º ano
masculino
3º ano
feminino
9º ano
masculino
9º ano
feminino
Ao fazer a análise do gráfico sobre atividade física, encontramos que os alunos do
gênero masculino do ensino médio tem um melhor desempenho que os alunos do ensino
fundamental, como se pode ver 86,67% dos alunos do 3º ano responderam de maneira
satisfatória contra 84,38% dos alunos do ensino fundamental (9º ano), quando
comparamos o gênero feminino, as alunas do 3º ano também tiveram um desempenho
melhor que as do 9º ano, 60,61% do ensino médio responderam de forma satisfatória e
57,75% das alunas do ensino fundamental tiveram este desempenho. Comparando
apenas os alunos do 9º ano nota-se que 84,38% dos alunos do gênero masculino tiveram
desempenho satisfatório, já no gênero feminino esse número cai para 57,75%. Os alunos
do 3º ano do ensino médio sobre o componente atividade física foi verificado que 86,67%
29
dos alunos do gênero masculino tiveram comportamento satisfatório e apenas 60,61%
das meninas a meninas tem este comportamento.
No município de Ilhota–SC foi realizado um estudo que os resultados corroboram
aos deste, Gomes (2013) observou que foi boa à classificação dos dados tendo em vista
que 87% dos alunos consideravam-se ativos em relação a atividade física, colocando
como destaque a participação nas aulas de educação física da escola.
Gráfico 3 – estilo de vida de alunos sobre o componente comportamento
preventivo comparando-os por gênero e turma.
100%
96,67%
100%
90,63%
92,96%
90%
80%
70%
60%
50%
satisfatório
40%
insatisfatório
30%
20%
10%
9,37%
3,33%
0%
3º ano
masculino
7,04%
0%
3º ano
feminino
9º ano
masculino
9º ano
feminino
De acordo com os dados referentes ao comportamento preventivo, os alunos do
gênero masculino do 9º ano do ensino fundamental tiveram desempenho menor no item
comportamento preventivo do que os alunos deste mesmo gênero do 3º ano do ensino
médio, com um índice de satisfação de 90,63% para o 9º ano e 96,67% para os alunos
do 3º ano. Comparando o gênero feminino 92,96% das alunas do 9º ano e 100% das
alunas do 3º ano tiveram desempenho satisfatório. Visualizando apenas os alunos do 9º
ano em relação à prevenção, 90,63% dos alunos do gênero masculino e 92,96% do
gênero feminino responderam de forma satisfatória. Fazendo essa análise apenas no 3º
ano verificou-se que todas as alunas satisfizeram o questionário sobre prevenção e
96,67% dos alunos tiveram desempenho satisfatório.
Em uma pesquisa no município de Ilhota-SC, Gomes (2013) verificou que os
alunos tinham uma boa percepção do comportamento preventivo. Assim pode-se dizer
30
que os dados coletados por Gomes em 2013 identificam-se com os encontrados para a
realização deste trabalho.
Dada (2007) verificou que as alunas de uma escola no
município de Marialva-PR tinham maior preocupação com o componente prevenção do
que os meninos, dados estes também encontrados neste trabalho, como podemos ver
entre os alunos de terceiro ano o sexo feminino tem desempenho mais satisfatório que o
sexo masculino.
Gráfico 4 – estilo de vida de alunos sobre o componente relacionamento social
comparando-os por gênero e turma.
100%
96,67%
96,97%
90%
91,55%
84,38%
80%
70%
60%
50%
satisfatório
40%
insatisfatório
30%
15,62%
20%
10%
8,45%
3,33%
3,03%
0%
3º ano
masculino
3º ano
feminino
9º ano
masculino
9º ano
feminino
Com base nos dados relacionamento social apresentados no gráfico verifica-se
que 84,38% dos alunos do gênero masculino do 9º ano do ensino fundamental e 96,67%
dos alunos do 3º ano do ensino médio tiveram desempenho satisfatório. Em relação ao
gênero feminino 91,55% das alunas do 9º ano e 96,97% das alunas do 3º satisfizeram o
questionário. Entre os alunos do nono ano do ensino fundamental foi verificado que
84,38% dos alunos do gênero masculino e 91,55% do gênero feminino responderam de
forma satisfatória o questionário. Verificando os alunos do 3º ano do ensino médio
constatou-se que 96,67% dos alunos do gênero masculino e 96,97% do gênero feminino
satisfizeram aos itens do componente relacionamento social.
31
Gráfico 5 – estilo de vida de alunos sobre o componente controle de stress
comparando-os por gênero e turma.
100%
96,67%
100%
87,50%
90%
84,51%
80%
70%
60%
50%
satisfatório
40%
insatisfatório
30%
15,49%
20%
12,50%
10%
3,33%
0%
0%
3º ano
masculino
3º ano
feminino
9ª ano
masculino
9º ano
feminino
Observando a tabela no componente controle do stress, verifica-se que 87,50%
dos alunos do sexo masculino do nono ano do ensino fundamental e 96,675 dos alunos
do terceiro ano responderam de maneira satisfatória. Em relação ao sexo feminino,
84,51% das alunas do nono ano e 100% das alunas do terceiro ano satisfizeram o
questionário. Em relação ao nono ano 87,50% dos alunos do sexo masculino e 84,51%
do sexo feminino responderam de modo a satisfazer o questionário e no terceiro ano
96,67% dos alunos do sexo masculino e 100% do sexo feminino tiveram este
desempenho.
Como podemos ver os alunos do terceiro ano apresentaram melhor estilo de vida
quando comparados aos alunos do nono ano, apenas no componente nutrição que as
alunas do 9º tiveram melhor desempenho. Considerando-se apenas o nono ano, os
alunos do sexo masculino tiveram melhor desempenho em relação ao sexo feminino nos
quesitos atividade física e controle de stress, já as meninas tiveram melhor desempenho
nos itens nutrição, comportamento preventivo e relacionamento social. Analisando o
terceiro ano, os alunos do sexo masculino foram melhores nos quesitos nutrição e
atividade física, as alunas foram melhores em relação a comportamento preventivo,
relacionamento social e controle de stress.
Os gráficos a seguir apresentaram dados percentuais comparando o estilo de vida
dos alunos do 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio sobre os itens
nutrição, atividade física, comportamento preventivo, relacionamento social e controle de
32
estres comparando-os por turma (9º ano e 3º ano) e turno (matutino e vespertino), em
uma escola estadual do município de Porto Velho/RO durante o ano de 2014.
Gráfico 6 – estilo de vida dos alunos sobre o componente nutrição comparandoos por turma e turno.
100%
90%
80%
71,64%
70%
58,06%
60%
50%
56,25%
55,88%
44,12%
41,94%
satisfatório
43,75%
40%
insatisfatório
28,36%
30%
20%
10%
0%
3º ano
matutino
3º ano
vespertino
9ª ano
matutino
9º ano
vespertino
De acordo com o gráfico, os alunos do 3º ano que estudam a tarde tem um
comportamento negativo, em relação à nutrição, maior que os alunos do 9º ano deste
mesmo horário, verificando-se que 56,25% dos alunos do 3º ano têm hábitos alimentar
insatisfatórios e 55,88% dos alunos do 9º ano no período vespertino apresentam esse
quadro. Comparando os alunos que estudam de manhã 58,06% dos alunos do 3º ano
apresentam um quadro insatisfatório contra 71,54% dos alunos do 9º ano. Analisando o
9º ano, os alunos que estudam a tarde tem um melhor comportamento se comparado
com os alunos que estudam pela manhã, sendo que 55,88% dos alunos que estudam a
tarde apresentam um comportamento insatisfatório e 71,64% dos alunos que estudam de
manhã apresentam um comportamento insatisfatório. Considerando-se o 3º ano, 56,25 %
dos alunos que estudam a tarde levam estilo de vida insatisfatório segundo o estudo, este
dado não é muito diferente dos alunos que estudam pela manhã, pois entre estes 58,06%
levam um estilo de vida insatisfatório. Neste item verificou-se que a maioria dos alunos,
principalmente os que estudam pela manhã, não possuíam bons hábitos alimentares no
café da manhã.
33
Gráfico 7 – estilo de vida dos alunos sobre o componente atividade física
comparando-os por turma e turno.
100%
90%
81,25%
80%
70%
75,00%
65,67%
64,52%
60%
50%
40%
satisfatório
34,33%
35,48%
25,00%
30%
insatisfatório
18,75%
20%
10%
0%
3º ano
matutino
3º ano
vespertino
9ª ano
matutino
9º ano
vespertino
Verificando o componente atividade física, os alunos do 3º ano do período da
tarde tiveram um índice de 81,25% de respostas satisfatórias e os 9º anos deste mesmo
horário tiveram 75%. No período da manhã 64,52% dos alunos do 3º ano responderam
de forma satisfatória contra 65,67% dos alunos do 9º ano. Os alunos do 9º ano que
estudam a tarde tem um comportamento satisfatório superior aos alunos que estudam de
manhã, 75% e 65,67% respectivamente, tiveram respostas satisfatórias. Em relação aos
alunos do 3º ano 81,25% dos alunos que estudam à tarde responderam de modo
satisfatório. Já os alunos que estudam pela manhã não tiveram esse mesmo
desempenho, pois apenas 64,52% satisfizeram a expectativa de pratica de atividade
física.
34
Gráfico 8 – estilo de vida dos alunos sobre o componente comportamento
preventivo comparando-os por turma e turno.
100%
100%
96,88%
91,04%
90%
92,65%
80%
70%
60%
50%
satisfatório
40%
insatisfatório
30%
20%
10%
0%
8,96%
0%
3º ano
matutino
7,35%
3,12%
3º ano
vespertino
9ª ano
matutino
9º ano
vespertino
Em relação ao comportamento preventivo verifica-se que 92,65% dos alunos do
9º ano que estudam à tarde satisfizeram o questionário e 96,88% dos alunos do 3º ano
deste mesmo turno respondeu de forma satisfatória este questionário. 91,04% dos alunos
do 9º ano e 100% dos alunos do 3º ano que estudam de manhã responderam os itens de
forma satisfatória. Entre os alunos do 9º ano que satisfizeram os itens de comportamento
preventivo, 92,65% estudam no período da tarde e 91,04% estudam no período da
manhã. 96,88% dos alunos do 3º ano que estudam a tarde responderam de forma a
satisfazer o questionário, já os alunos que estudam de manha satisfizeram em 100% este
mesmo questionário.
Ribeiro et al (2012), verificou que os alunos adolescentes da cidade de São
Miguel do Oeste no estado de Santa Catarina apresentaram estilo de vida satisfatório
sobre o componente comportamento preventivo, apresentando valores expressivos neste
índice sobre os demais (91%).
Já em uma pesquisa realizada nesta mesma instituição de ensino com alunos do
ensino médio, Gutierrez (2013) observou que os alunos obtiveram bom desempenho
quesito relacionamento social, porém, os alunos com idade mais avançadas
apresentaram piores resultados. E foi apontado o uso de cigarros, bebidas alcoólicas e
relações sexuais sem proteção como os principais fatores destes dados agravantes.
35
Gráfico 9 – estilo de vida dos alunos sobre o componente relacionamento social
comparando-os por turma e turno.
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
96,88%
96,77%
94,12%
82,09%
satisfatório
insatisfatório
17,91%
5,88%
3,23%
3º ano
matutino
3,12%
3º ano
vespertino
9ª ano
matutino
9º ano
vespertino
No componente relacionamento social verificou-se que 94,12% dos alunos do 9º
ano que estudam no período da tarde e 96,88% dos alunos do 3º ano que estudam nesse
mesmo horário satisfizeram os itens do questionário, 82,09% dos alunos do 9º ano que
estudam pela manhã e 96,77% dos alunos do 3º ano deste mesmo turno responderam de
forma satisfatória. Fazendo a comparação por turno 94,12% dos alunos do 9º ano que
estudam a tarde e 82,09% dos alunos desta mesma série que estudam pela manhã
responderam de forma satisfatória. Entre os alunos do 3º ano, 96,88% dos alunos que
estudam no turno da tarde e 96,77% dos alunos que estudam de manhã satisfizeram o
questionário.
Em um estudo realizado no município de Tubarão-SC com alunos do período da
manhã, Sene et al (2008) encontrou resultado positivo no componente de relacionamento
social, como um dos fatos observados foi a prática de encontros dos alunos fora do
ambiente escolar.
Tanto o estudo realizado em Tubarão-SC, assim como este,
demostram um bom entrosamento social dos adolescentes.
36
Gráfico 10 – estilo de vida dos alunos sobre o componente controle de stress
comparando-os por turma e turno.
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
96,77%
100%
85,07%
86,76%
satisfatório
insatisfatório
14,93%
3,23%
3º ano
matutino
13,24%
0%
3º ano
vespertino
9º ano
matutino
9º ano
vespertino
Focalizando o item controle de stress, 86,76% dos alunos do 9º ano que estudam
a tarde e 100% dos alunos do 3º ano deste mesmo turno responderam o questionário de
forma satisfatória, 85,07% dos alunos do nono ano e 96,77% dos alunos do 3º ano que
estudam de manhã satisfizeram ao questionário. 86,76% dos alunos do 9º ano que
estudam no período da tarde e 85,07% dos alunos desta mesma série que estudam de
manhã satisfizeram o questionário. Comparando ensino médio, 100% dos alunos que
estudam no período da tarde e 96,77% dos alunos que estudam de manhã responderam
satisfatoriamente.
Em estudo realizado por Gomes (2013) mostra que os alunos tem um bom
comportamento em relação ao controle de estresse, como podemos ver há semelhança
entre estes estudos, tanto entre os alunos entrevistados neste estudo quanto os
entrevistados do município de Ilhota-SC tiveram desempenho satisfatório. Já em um
estudo realizado por Sene et al (2008) em Tubarão-SC, foi verificado desempenho
negativo sobre o controle de stress.
37
8 CONCLUSÃO
De acordo com o objetivo deste estudo conclui-se que:

Os alunos tiveram desempenho satisfatório em relação à qualidade de
vida,

O único aspecto negativo é em relação à nutrição.

Os alunos do terceiro ano tem melhor estilo de vida que os alunos do nono
ano,

Em relação ao quesito comportamento preventivo 100% dos alunos do
terceiro ano foram satisfatório

Os alunos que estudam a tarde apresentaram melhor qualidade de vida
em relação aos alunos que estudam de manhã.

Os estudantes do sexo masculino tem qualidade de vida melhor que no
sexo feminino.
8.1 PROPOSTA DE NOVA INVESTIGAÇÃO

Expandir a pesquisa proporcionando uma amostra geral das escolas da
região central do Porto Velho-RO.
38
 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADRIANO et al. A construção de cidades saudáveis: uma estratégia viável para
a melhoria da qualidade de vida? Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro v. 5,
n. 1, p. 53-62, 2000. Disponível em: <redalyc.uaemex.mx/pdf/630/63050106.pdf>
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BARROS, J.A. Sobrepeso e obesidade em escolares das redes pública e
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Cap. 1, p. 11-18.
ANEXOS
44
ANEXO 1 - QUESTIONÁRIO PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL –
ADOLESCENTES
Questionário “Perfil Do Estilo de Vida” Adolescente
Nahas, (2010)
Nome do Aluno:
Série:
Idade:
Gênero: Masc.( ) FEM( ).
Série:
Turno:
Os itens abaixo representam características do estilo de vida relacionadas ao bem-estar
individual. Manifeste-se sobre cada afirmação considerando a seguinte escala:
[ 0 ] absolutamente não faz parte do seu estilo de vida
[ 1 ] às vezes corresponde ao seu comportamento
[ 2 ] quase sempre verdadeiro no seu comportamento
[ 3 ] Sim, isso sempre faz parte do seu estilo de vida
Marque os pontos para cada item.
Você...
Componente: Nutrição
a. Você costuma se alimentar bem no café da manhã.
[
]
b. Você ingere frutas e verduras diariamente.
[
]
c. Você evita frituras e outros alimentos gordurosos.
[
]
[
]
Componente: Atividade Física
d. Você participa das aulas de Educação Física em sua escola.
e. Você pratica algum tipo de exercício físico, esporte, dança, ou luta fora da Educação
Física escolar.
[ ]
f. Você costuma caminhar ou pedalar no seu deslocamento diário.
[
]
45
Componente: Comportamento Preventivo
g. Você está informado e procura se prevenir de doenças sexualmente transmissíveis
.
[ ]
h. Você evita situações de risco e pessoas violentas.
[
]
i. Você conhece e evita os malefícios do fumo, álcool e outras drogas.
[
]
j. Você procura cultivar amigos e está satisfeito com seus relacionamentos.
[
]
k. Seu lazer inclui encontros com amigos, ou atividades rereativas em grupo.
[
]
l. O ambiente escolar e seu relacionamento com professores são bons.
[
]
m. Você está satisfeito com seu corpo e com seu jeito de ser.
[
]
n. Você acha normal o nível de cobrança de seus pais por resultados escolares
[
]
o. Imaginar como será seu futuro é uma coisa estimulante.
[
]
Componente: Relacionamentos
Componente: Controle do Stress
OBRIGADO PELA COOLABORAÇÃO!!!!
46
ANEXO 2 - DECLARAÇÃO DE CIENCIA INSTITUCIONAL
NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Projeto de Pesquisa: “Estilo de Vida de Escolares Adolescentes de uma
Escola Central de Porto Velho”
Pesquisador responsável: Claudemir Feliciano Mota
Professor Orientador: Professor Ms. José Roberto Godoi de Maio Filho
DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA INSTITUCIONAL
Eu, Geraldo Augusto F. Meireles Diretor da Escola Estadual de Ensino Fundamental
e Médio - Rio Branco, de livre e espontânea vontade, autorizo a realização do projeto de
pesquisa acima intitulado, com os alunos matriculados no terceiro ano do ensino médio e
nono ano do ensino fundamental desta Instituição, sob minha responsabilidade. Para
isso, fui informado que não receberei nenhum tipo de remuneração.
Também, fui devidamente esclarecido sobre os protocolos a serem utilizados na
coleta dos dados e respectivos objetivos, sendo eles:
 Questionário fechado sobre Estilo de vida – coleta informações sobre os
componentes: prática de atividade física, nutrição, relacionamentos,
comportamento preventivo e stress;
Com relação aos protocolos a serem realizados, nenhum colocará os participantes
em risco de vida ou constrangimento. Todos os procedimentos para este trabalho de
pesquisa serão desenvolvidos pelo pesquisador responsável sob orientação do professor
Tutor.
47
Este projeto de pesquisa obedecerá às normas éticas destinadas à pesquisa
envolvendo seres humanos, da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) do
Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde (RES. 196 de 10/10/96).
Qualquer dúvida a respeito da pesquisa poderá entrar em contato com o
pesquisador responsável o Acadêmico Claudemir Feliciano Mota pelo e-mail
[email protected] – celular: 9203 - 7868.
Certifico de que tive a oportunidade de ler e entender o conteúdo das palavras
contidas neste termo. E que, a qualquer momento posso interromper os trabalhos de
coleta de dados, sem qualquer prejuízo de ordem pessoal ou institucional.
Porto Velho,______ de _______________ de 2013.
_________________________
José Roberto Godoi de Maio Filho
Professor Orientador
_________________________
Claudemir Feliciano Mota
Acadêmico Pesquisador
48
ANEXO – 3 AUTORIZAÇÃO DA ESCOLA
NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
OFÍCIO S/Nº
Porto Velho, Fevereiro de
2014.
DO: Prof. Ms. José Roberto Godoi de Maio Filho
PARA: Geraldo Augusto F. Meireles
ASSUNTO: Solicitação para realização de projeto de pesquisa.
Ilustríssimo Senhor
Venho pelo presente solicitar autorização para a realização do projeto de
pesquisa intitulado “estilo de vida de escolares adolescentes de uma escola
central de porto velho”, nesta instituição de ensino. O referido projeto, sob
minha orientação, subsidiará a monografia de conclusão do Curso de Educação
Física do Acadêmico Claudemir Feliciano Mota. A pesquisa tem como objetivo
geral Verificar o Estilo de Vida, em escolares adolescentes de uma Escola
Pública na região central do Município de Porto Velho-RO.
Todos
os
procedimentos
para
este
trabalho
de
pesquisa
serão
desenvolvidos pelo pesquisador responsável. Informo que a participação é
voluntária.
Para a coleta de dados será utilizado o questionário “Perfil Do Estilo de Vida”
Adolescente, preconizado por Nahas (2010).
Atenciosamente.
__________________________________________
José Roberto Godoi de Maio Filho
Professor orientador

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