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FACULDADE LUTERANA SÃO MARCOS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ANÁLISE DAS PRINCIPAIS PEÇAS DE AUTOMÓVEIS QUE A LS AUTO PEÇAS DEVE TER EM ESTOQUE LEANDRO ARAÚJO DE SOUZA Alvorada 2014/1 FACULDADE LUTERANA SÃO MARCOS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ANÁLISE DAS PRINCIPAIS PEÇAS DE AUTOMÓVEIS QUE A LS AUTO PEÇAS DEVE TER EM ESTOQUE LEANDRO ARAÚJO DE SOUZA Artigo como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel, em Administração, pela Faculdade Luterana São Marcos. Professor orientador: Dr. Gláucio Francisco Simões Costa Alvorada 2014/1 RESUMO No mercado atual, os clientes estão cada vez mais rodeados por novas ideias, marcas, produtos e serviços. A partir dessas ofertas, criam suas expectativas e fazem suas escolhas. Com base nisso, as empresas buscam, a cada dia, a perfeição no atendimento a essas necessidades e desejos. Desta forma, precisam escolher ferramentas eficazes para satisfazê-las. No artigo presente, foi abordado o tema referente a elaboração de um mix padrão de peças automotivas a serem mantidas em estoque, pela empresa LS Auto Peças, a fim de atender com excelência sua demanda. Contou com informações fornecidas por dez oficinas, sendo clientes, localizadas no município de Alvorada/RS, através de um questionário com perguntas fechadas, de caráter exploratório, descritivo e aplicado. Teve como alvo, conhecer quais peças automotivas possuem maior rotatividade, as percepções e a relação de seus clientes para com seus fornecedores. Além da pesquisa, o trabalho teve o embasamento teórico na literatura, para o melhor entendimento e concretização de seus objetivos. Analisando-se os resultados, no qual, prevaleceu peças de motor, injeção e suspensão, classificadas como as de maiores mortalidades, foram traçadas sugestões de melhorias para ampliar a eficiência no processo de compras e a presença da empresa no mercado local. Palavras-chave: Autopeças. Marketing. Mix de Produtos. Varejo. Satisfação. 2 1 INTRODUÇÃO No Brasil, houve um acentuado crescimento nos últimos anos, na demanda por automóveis, em virtude do aumento da oferta de crédito com taxas baixas de juros, redução do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) e pela elevação da renda per capita, o que gerou a entrada de novos consumidores no mercado. Em 2012, o país terminou como o quarto maior mercado de carros do mundo, tendo um aumento de 6,1% em relação a 2011, totalizando 3,6 milhões de carros vendidos. Nos primeiros quatro meses de 2013, o número de veículos vendidos bateu a marca de 1,16 milhão. (TERRA, 2013) O setor de autopeças tem se beneficiado do crescimento da indústria automobilística brasileira. Carros novos possuem a garantia estendida, oferecida pela indústria automobilística. Este benefício oferecido aos consumidores é um grande diferencial competitivo entre as marcas. Em 1999, uma estratégia ousada da sulcoreana Hyundai, agitou o mercado norte americano na sua busca por um espaço maior, oferecendo 10 anos de garantia, para todos os seus modelos. Desde então, se iniciou uma grande batalha, onde em sequência, Lexus, Infiniti, Nissan, Mitsubishi, Toyota e Daimler Chrysler, aderiram à mesma estratégia. O tempo de garantia ofertado pelas indústrias automobilísticas nacionais está vinculado com a popularidade de seus veículos, de modo que os populares recebem em média um ano de garantia, enquanto, que os mais caros têm um tempo maior, em geral até três anos. Neste contexto, têm-se algumas exceções, as coreanas Kia e Hyundai, dão cinco anos de garantia em todos os seus modelos. Esta fatia de consumidores, que está coberta pela garantia, não faz parte do público alvo das autopeças. No entanto, essa fatia é considerada pequena, uma vez que, levando em consideração no Brasil o tempo médio de garantia estendida de três anos. Segundo o Departamento de Trânsito do Estado do Rio Grande do Sul (Detran RS), dados contabilizados até junho de 2013, a frota de automóveis em circulação na cidade Alvorada é de 64.749. A empresa LS Auto Peças, criada em julho de 2013, atua no comércio e varejo de peças e acessórios novos para automóveis. Um dos sócios da empresa trabalhou no ramo de autopeças desde que iniciou suas atividades laborais, há mais de cinco anos. Através do seu bom relacionamento com a clientela, conseguiu que seus clientes fossem fiéis ao seu atendimento, criando uma vantagem competitiva individual. Por ter passado por algumas empresas do ramo de autopeças, utilizava-se desta experiência, para redirecionar esses clientes para a empresa em que atuava. Em função desta base de clientes formada, e com a vontade de empreender um negócio próprio, em parceria com um amigo, que tornou-se sócio, surgiu a LS Auto Peças, que tem como objetivo central o comércio de peças para carros leves, fabricados a partir de 2000, que segundo dados do DETRAN RS somam 49,97% sobre o total da frota em circulação no estado gaúcho. A empresa tem a intenção de formar parcerias com oficinas mecânicas que estão presentes na capital e grande Porto Alegre. A venda direta para consumidores também ocorrerá, porém não será o alvo principal da organização 3 neste primeiro momento. Sua estrutura conta com um depósito coberto de 36 m², situado na Rua Fernando Ferrari, 145, em Alvorada. Seu funcionamento é de segunda-feira a sábado. A empresa, no presente momento, conta como capital humano os dois sócios. Tem como principais concorrentes, que já possuem uma imagem consolidada no município e o domínio dos clientes potenciais locais: Autopeças 43, Focus Distribuidora, Parati Autopeças, AkiPeças, Alvorada Autopeças, GL Car e a Autopeças 60. Estes concorrentes se localizam na avenida principal da cidade, atendendo tanto a clientes individuais, quanto oficinas de automóveis. Embora a concorrência já tenha o prestígio do mercado, a LS Auto Peças possui diversas oportunidades de firmar parcerias com oficinas da região, pois, além de possuir o preço final altamente competitivo, apresenta-se no momento um setor automotivo em grande expansão. No município de Alvorada existem diversas oficinas automotivas, destacando-se algumas de maior potencial que poderão vir a ser clientes: Gêmeos Car; JM Centro Automotivo; Mecânica Marcelo; e Telmo Car. Apesar do pequeno capital de giro, ter poucos clientes e ainda não ter a imagem consolidada no mercado local, a LS Auto Peças possui clientes fixos em Alvorada, parcerias com oficinas automotivas do município de Porto Alegre, experiência no ramo de autopeças e beneficia-se com o fato de fazer a compra da mercadoria, após a solicitação do cliente. Com base neste contexto, levando em consideração o crescimento do mercado automotivo na região de Alvorada e a variedade desse segmento, para a empresa usar de forma correta seu capital de giro, apresenta-se o seguinte problema de pesquisa: qual é o mix de produtos adequado para manter no estoque da LS Auto Peças, a fim de melhor atender a demanda? O objetivo geral deste trabalho é avaliar o mix das principais peças automotivas que a LS Auto Peças deve ter em estoque para atender a demanda de seus clientes Para atingir o resultado esperado foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: Levantar as vendas da LS Auto Peças entre outubro de 2013 e março de 2014. Aplicar uma pesquisa de mercado com dez oficinas mecânicas, da cidade de Alvorada, que são clientes da empresa LS Auto Peças. Identificar as linhas de peças que possuem maior rotatividade. Propor ações para obter um processo de compras mais eficiente. Propor um mix de peças para serem mantidas em estoque. Visando os objetivos atingidos após esta introdução, foi desenvolvido o referencial teórico, seguido dos procedimentos metodológicos, análise de dados, sugestões de melhorias, considerações finais e referências. 4 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Clientes Segundo Nardis e Dias (2010) uma pequena definição de clientes é “uma pessoa ou unidade organizacional que desempenha um papel no processo de troca ou transação com uma empresa ou organização. Neste contexto tem-se a tipologia para o cliente potencial, de acordo com Kossen (apud NARDIS e DIAS, 2010): Suspect: pessoas ou organizações avaliadas como possíveis compradoras de produtos ou serviços. Prospect: pessoas ou organizações que podem se beneficiar do produto ou serviço e que possuem o poder de decisão para compra. Prospect qualificado: surge quando se inicia o relacionamento com o prospect, e este, manifesta um interesse pela empresa. 2.1.1 Estratégias para Atendimento de Clientes Segundo Blessa (2011) existem oito regras básicas para alcançar a excelência no tratamento dos clientes, são elas: Quadro 1 – Estratégias para atendimento de clientes. 1 2 3 4 5 6 O exemplo deve vir de cima: A participação do proprietário e dos principais funcionários da empresa é essencial. Eles devem sair de seus setores e criar um relacionamento com os clientes, visitando-os regularmente, respondendo a seus telefonemas e e-mails. A maioria dos executivos não encontra espaço para visitar seus clientes e conferir a aceitação de seus produtos. Ficam apenas acompanhando informativos da empresa, esquecendo-se de que os “generais” também precisam ir para o front. Todo mundo precisa ser envolvido: Do pessoal da produção, passando pelos empregados do escritório, até as telefonistas, todos devem compartilhar e sentir-se também responsáveis. Afirme-se de que os processos de recrutamento, treinamento e reciclagem cooperam com as metas sobre o cliente. A prestação de um serviço, não pode ser atribuída a somente um setor exclusivo da empresa. Delegar a autoridade: As decisões devem ser tomadas no ato, por quem está na linha de frente, o cliente não pode esperar por funcionários superiores. Rapidez no atendimento: A filtragem do atendimento deve presumir a prioridade dos problemas. Toda reclamação procedente deveria ser respondida em até 24 horas. Ouvir sempre o cliente: Os desejos e necessidades dos consumidores estão em constante mudança. O que hoje, é bom, amanhã, pode não ser. Pesquisas cíclicas ajudam a fazer a seleção e dão orientação para as adaptações necessárias. Trabalhar em parceria: A relação com cliente não acaba na venda. É preciso estender este relacionamento, auxiliá-lo quanto à melhor forma de utilizar seu produto ou serviço. 5 Mudar os critérios de avaliação: A satisfação do cliente deve ser um item tão importante na análise de desempenho e para a remuneração dos 7 funcionários quanto à expansão de mercado ou o aumento de faturamento. Todo cliente deve ser tratado como único. Investir em treinamento: Para a satisfação do cliente é preciso muito 8 treinamento em conceitos de qualidade total e técnicas de relações humanas. Não existe empresa nota 10 com pessoal nota 5. Fonte: Adaptado de Blessa (2011) pelo autor. 2.1.2 Satisfação dos Clientes Segundo Kotler e Armstrong (2007), os clientes criam suas expectativas de acordo com o que as ofertas lhe proporcionaram, e desta forma fazem suas escolhas com base nessas expectativas. Os clientes satisfeitos contam aos demais sobre suas boas experiências e provavelmente voltarão a comprar, porém os insatisfeitos muitas vezes trocam para a concorrência além de depreciar o produto aos outros. 2.1.3 Necessidades dos Clientes Para Kotler e Armstrong (2007, p.4) [...] as necessidades humanas são situações de privação percebida. Incluem necessidades físicas básicas de alimentação, vestuário, abrigo e segurança; necessidades sociais de pertencer a um grupo e de afeto e necessidades individuais de conhecimento e expressão das próprias ideias e sentimentos. Elas não foram inventadas pelos profissionais de marketing; são elementos básicos da condição humana. Relata McDonald (2008) que no ramo comercial, pesquisas mostraram que existe uma ligação direta entre lucratividade de longo prazo e capacidade de uma organização entender as necessidades de seus clientes e gerar valor para eles. 2.1.4 Fidelização de Clientes De acordo com Kotler e Armstrong (2007), uma boa gestão dos relacionamentos com os clientes, cria, nos mesmos, o encantamento. Os clientes satisfeitos tendem a falar favoravelmente sobre a empresa e seus produtos ou serviços. Com relação à fidelidade, existe uma grande proximidade entre a satisfação e a insatisfação, pois a empresa pode oferecer um produto ou serviço de alta qualidade por um longo tempo e ao cometer uma pequena falha, pode gerar uma grande perda de fidelidade, fazendo com que esse cliente, então insatisfeito, deprecie seu produto aos outros clientes ou possíveis clientes. 6 2.1.5 Valor para o Cliente De acordo com Churchill e Peter (2000, p.13), o valor para o cliente “é a diferença entre as percepções do cliente quanto aos benefícios e quanto aos custos da compra e uso de produtos e serviços. ” Para Churchill e Peter (2000), o marketing voltado para o valor, pressupõe que os clientes que queiram comprar um bem ou produto, só o farão se os benefícios oferecidos superarem os custos envolvidos na troca ou forem melhores, comparados às demais escolhas. Segundo Kotler (1998, p.51), [...] valor entregue ao consumidor é a diferença entre o valor total esperado e o custo total do consumidor. Valor total para o consumidor é o conjunto de benefícios esperados por determinado produto ou serviço. Custo total do consumidor é o conjunto de custos esperados na avaliação, obtenção e uso do produto ou serviço. 2.2 Mercado De acordo com Kotler e Armstrong (2007, p.6), um mercado “é o conjunto de compradores reais e potenciais de um produto. Esses compradores compartilham de um desejo ou uma necessidade específica que podem ser satisfeitos por meio de trocas e relacionamentos. ” Porém, Kotler e Armstrong (2007) expõe que é trabalhoso criar estes relacionamentos, uma vez que, os vendedores têm o dever de procurar clientes potenciais, identificar suas necessidades, elaborar boas ofertas ao mercado, definir preços para elas, promovê-las, armazená-las e entregá-las. Estas são as atividades centrais do marketing (desenvolvimento de produto, pesquisa, comunicação, distribuição, serviços e determinação de preços). Os tipos de mercados por Nardis e Dias (2010): Mercado de bens e consumos: é constituído por famílias e indivíduos que adquirem produtos e serviços para consumo pessoal. Mercado de negócios: é constituído por organizações que compram bens e serviços que serão usados na fabricação de produtos ou na prestação de serviços que serão revendidos, alugados ou fornecidos para as outras empresas. É dividido em quatro categorias: mercado empresarial, institucional, governamental e revendedor. 2.3 Vendas Com base nisso, Rackham (apud KOTLER, 1998, p.618) descreve que [...] o processo de venda movimenta-se desde as investigações preliminares sobre os problemas e necessidades do cliente, passando pela demonstração da capacidade do fornecedor e, finalmente, chegando-se a um compromisso a longo prazo. 7 2.3.1 Venda Pessoal Segundo Kotler (1998) os princípios de venda pessoal e da negociação, abordam especificamente o auxílio ao vendedor no fechamento de uma venda com o cliente. Porém, na maioria dos casos, a empresa não está interessada em, apenas, fechar uma venda. Ela procura conquistar o cliente para atendê-lo por muito tempo. Segundo Urdan e Urdan (2010), venda pessoal é a ferramenta de comunicação de marketing em que o vendedor interage com um, ou mais, compradores com o intuito de influenciá-los a favor dos produtos da empresa, contribuindo para a satisfação e o valor percebido pelo cliente. Complementam Urdan e Urdan (2010, p.306) a definição, relatando que, “a interação humana face a face é a característica fundamental da venda pessoal, complementada por outros canais de comunicação como telefone e email. ” De acordo com Nardis e Dias (2010), o sucesso dos vendedores da organização está relacionado com suas capacidades de realizarem uma comunicação clara, persuasiva e prestativa com os clientes. Para isso o vendedor deve estar preparado, ter o entendimento dos elementos da comunicação e utilizar métodos de vendas adequados aos compradores e a seus produtos. 2.3.2 Venda Direta De acordo com Nardis e Dias (2010), a venda direta acontece quando a venda de bens e serviços ocorre fora do estabelecimento comercial fixo, realizadas de pessoa a pessoa, individualmente ou não. É vista mais como um canal de distribuição por não haver vínculo empregatício entre organização e os vendedores. 2.3.3 Força de Vendas De acordo com Kotler (1998), na organização, a venda pessoal é um elo com os clientes, no qual o vendedor é a sua imagem. O objetivo da força de vendas é buscar clientes potenciais; mantê-los informados sobre produtos e serviços da empresa; oferecer um bom atendimento; prestar outros tipos de serviços, como assistência técnica, orientação sobre financiamento; e fazer coleta de informações. (KOTLER, 1998) Como estratégias, a empresa deve chegar aos clientes certos, no momento certo e da maneira correta. Para isso, os vendedores devem agir em equipe, contar com o apoio das demais áreas, como o pessoal da alta administração e o pessoal técnico, a fim de, sanar todas as necessidades envolvidas no processo de vendas. (KOTLER, 1998) 8 2.4 Varejo De acordo com Urdan e Urdan (2010), o varejista é um prestador de serviços que possui uma relação direta com o consumidor final. Na atualidade, é responsável pela maior proporção do processo de decisão de compras. Richter (apud LAS CASAS, 2012, p.17) define varejo como “o processo de compra de produtos em quantidade relativamente grande dos produtores atacadistas e fornecedores, para posterior venda em quantidades menores ao consumidor final”. 2.4.1 Lojas Independentes Segundo Parente (2011) as lojas independentes possuem apenas uma loja. São empresas com poucos recursos tecnológicos, de pequeno porte e administração familiar. Têm um maior controle na gestão do negócio, por centralizarem suas operações em uma única unidade. Devido ao contrato mais direto entre proprietários ou gerentes com clientes, criam uma sintonia mais ajustada às necessidades do consumidor e uma maior agilidade em responder às variações do mercado. Sua desvantagem é a limitação de recursos e baixo poder de negociação com os fornecedores. 2.4.2 Lojas Especializadas Relata Parente (2011), que o tamanho das lojas é muito variado, podem ser desde pequenas tabacarias, que empregam de três a cinco funcionários, até uma grande loja de material de construção como a Leroy Merlin, que empregam mais de uma centena de colaboradores. As lojas especializadas dominam o varejo de não-alimentos no Brasil. De acordo com Las Casas (2012), as lojas especializadas são formadas, com um maior número de casos, por varejistas do tipo independente, que disponibilizam aos seus clientes, uma linha única de produtos ou muito semelhantes, como artigos esportivos, eletrodomésticos, joias etc. 2.4.3 Funções do Administrador Varejista Segundo Las Casas (2012, p.34 e 35) [...] o administrador do varejo desempenhará as funções típicas dos administradores, principalmente as de planejar, organizar, dirigir e controlar os negócios. Funções do administrador varejista: 1. Compra (obtenção e rotação da mercadoria); 2. Formação de preços; 3. Promoção (propaganda e display); 4. Ofertas de serviços; 5. Venda pessoal; 6. Controle (inclusive estoque e despesas de controle); 7. Outras atividades (escolha do local, projeto etc.); 9 Com referência às mercadorias já adquiridas, as funções complementares: 8. Localização dos depósitos; 9. Seleção de equipamentos para manuseio de mercadorias; 10. Registros da mercadoria recebida; 11. Determinação dos procedimentos de verificação; 12. Rotulagem da mercadoria; 13. Distribuição; 14. Organização da empresa e delegação de autoridade e responsabilidade para desempenho. Convém salientar que o envolvimento da administração com as atividades relacionadas depende muito do tamanho e da estrutura da empresa. [...] 2.5 Marketing Conforme a American Marketing Association (apud Churchill e Peter 2000, p.4), marketing é “[...] o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de ideias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais.” Para Kotler e Armstrong (2007, p.6) “marketing significa administrar mercados para produzir relacionamentos lucrativos com o cliente. ” 2.5.1 Composto de Marketing De acordo com Churchill e Peter (2000, p.20), “um composto de marketing é uma combinação de ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos da organização. ” Existem quatro ferramentas primárias no composto de marketing, segundo Churchill e Peter (2000), são os 4 Ps: Produto: os aspectos que podem afetar a tomada de decisão do consumidor no momento da compra, segundo Churchill e Peter (2000) são a novidade do produto, sua complexidade e sua qualidade percebida. De acordo com Churchill e Peter (2000), a aparência física, além da embalagem e rótulo do produto, também podem influenciar os consumidores. Um produto com alta qualidade ou adaptado as necessidades exclusivas do comprador tende a ter alto valor e pode ser um diferencial na hora da compra. Para Urdan e Urdan (2010) produto é um objeto concreto ou abstrato que satisfaz as necessidades e desejos dos consumidores. Os tipos de produtos descritos por Urdan e Urdan (2010) são: Produtos tangíveis e intangíveis: os tangíveis são produtos (bens) físicos, como carros, celulares, apartamentos. Os intangíveis são os serviços, como shows musicais e tratamentos médicos. Produtos de consumo e industriais: os de consumo são comprados pelos consumidores finais, a fim de satisfazer as necessidades e desejos individuais ou domiciliares. Os industriais são adquiridos por organizações de manufatura, de prestação de serviços etc. Estes itens são incorporados no produto que a empresa fabrica (matéria-prima) ou no processo produtivo (um torno mecânico). 10 No caso do ramo de autopeças os produtos são tangíveis e de consumos. Preço: para Urdan e Urdan (2010) o preço tem natureza diferente dos demais componentes, pois enquanto os demais componentes criam valor para o cliente, o preço é a contrapartida de que a empresa cobra do cliente pelo que oferece a ele. O preço é tudo aquilo que o cliente percebe ter dado ou sacrificado para obter o produto. Praça: de acordo com Urdan e Urdan (2010, p.126): Os profissionais administram o composto de marketing para realizar trocas com o mercado. Eles começam cuidando do produto. Mas a troca só acontece se o produto estiver no lugar, momento e forma que o consumidor espera Promoção: segundo Urdan e Urdan (2010) as empresas desenvolvem seus produtos a fim de satisfazer os desejos e necessidades de seus consumidores. Cuidam do preço, da distribuição e através da promoção, promovem tudo que fazem. O processo da comunicação está na base da promoção e tem como modelo básico o seguinte esquema: Figura 1 – Processo de promoção. Fonte: Urdan e Urdan (2010, p.245) adaptado pelo autor. 2.5.2 Posicionamento Segundo Kotler e Armstrong (2007), o posicionamento é a forma como o produto é percebido pelos consumidores. Quanto a suas características importantes, é a posição que ele toma na mente dos consumidores em relação aos produtos dos concorrentes. Os consumidores, a fim de facilitar o processo de compra, organizam os produtos em categorias e os posicionam em sua mente, com ou sem ajuda dos profissionais do marketing, no entanto esses profissionais não pretendem deixar a posição de seus produtos ao léu. Para isso precisam planejar posicionamentos, dando aos seus produtos maior vantagem nos mercados selecionados. De acordo com Regis McKenna (apud NARDIS e DIAS, 2010, p.118) 11 [...] a essência de uma estratégia de posicionamento de marketing de sucesso é uma boa estratégia de posicionamento, que permita à empresa alcançar uma presença singular no mercado. Todos os outros fatores estratégicos de marketing (produto, preço, promoção e distribuição) devem ser derivados do posicionamento. 2.5.3 Segmentação de Mercado Segundo Churchill e Peter (2000, p.204 e 205) [...] segmentação de mercado é o processo de dividir um mercado em grupos de compradores potenciais que tenham semelhantes necessidades e desejos, percepções de valores ou comportamentos de compra. Confirma McDonald (2008, p.74) a afirmação acima, definindo segmentação de mercado como “um grupo de clientes ou consumidores que compartilham as mesmas necessidades ou necessidades semelhantes”. Para McDonald (2008) existem critérios que são aceitos universalmente em relação ao que constitui um segmento de mercado: Segmentos devem ser de um tamanho apropriado para gerar o retorno desejado à organização. Os membros de cada segmento devem possuir alto grau de semelhanças, mas ser diferentes do restante do mercado. Os critérios da caracterização de segmentos devem habilitar a empresa a ter uma comunicação eficiente com eles. 2.5.4 Bens x Serviços De acordo com Rathmell (apud LAS CASAS, 2012) a diferenciação entre bens e serviços é feita da seguinte forma: o bem é alguma coisa, um objeto, um artigo, um artefato ou um material, já o serviço é um ato, uma ação, um esforço, um desempenho. Quadro 2 – Características que distinguem serviços e bens. Características Serviços Bens Geralmente envolvem uma Geralmente envolvem uma relação impessoal e breve, Relação com os relação contínua com os embora a força e a duração clientes clientes. das relações estejam crescendo. Perecibilidade Serviços só podem ser Bens podem ser colocados usados no momento em eu em estoque e usados num são oferecidos. momento posterior. 12 Características Intangibilidade Serviços Bens O cliente possui apenas lembranças ou resultados, como um cabelo bem cortado ou um maior conhecimento. O cliente possui objetos que podem ser usados, revendidos ou dados para outros. Bens normalmente são Serviços geralmente não produzidos por Inseparabilidade podem ser separados da determinadas pessoas e pessoa que os fornece. vendidos por outras. Esforço cliente Uniformidade O envolvimento do cliente do O cliente pode estar a par da pode ser limitado a comprar produção dos serviços. o produto final e usá-lo. Devido à inseparabilidade e ao alto envolvimento, cada serviço pode ser único, com uma possível variação de qualidade. As variações na qualidade e as diferenças em relação a padrões podem ser corrigidas antes que os clientes comprem os produtos. Fonte: Churchill e Peter (2000, p.293) 2.5.5 Pesquisa de Marketing Para Westwood (1996), além dos dados obtidos sobre os clientes, é preciso, também, captar informações sobre a concorrência e seus produtos. É preciso obter informações sobre o mercado, e se este, percebe a presença da organização e do que está sendo oferecido por ela, incluindo a imagem da empresa e do produto, o serviço antes e pós-venda, preço e qualidade. Deve-se pesquisar propaganda e as promoções de vendas para, a fim de, desvendar quais processos são os mais efetivos para o seu tipo de produto ou serviço. Segundo Kotler e Armstrong (2007, p.87), “a pesquisa de marketing é a elaboração, coleta, análise e registros sistemáticos de dados relevantes sobre uma situação específica de marketing com a qual uma organização se depara. ” Complementam Kotler e Armstrong (2007) que, uma pesquisa de marketing pode ajudar os responsáveis da área a entender a satisfação do cliente e seu comportamento de compra. Ela pode estimar a eficácia da definição de preços, produto, distribuição e promoções. 2.5.6 Marketing de Serviços De acordo com Churchill e Peter (2000), o marketing de serviços se assemelha ao marketing de produtos em muitos aspectos, pois, ambos são destinados a oferecer valor ao cliente em uma troca. As características que distinguem os serviços dos bens são ao seguinte: Possuem relação contínua com os clientes. Só podem ser usados no momento que são oferecidos. 13 O cliente guarda apenas lembranças e resultados. Geralmente não se separam de quem os oferece. O cliente pode estar a par da produção dos serviços. Cada serviço pode ser único, com possível variação de qualidade. Complementa Las Casas (2012) que a principal diferença do marketing de serviços para o de produtos, está vinculado à imagem e administração de evidência, uma vez que os serviços profissionais dependem desses fatores para se desenvolverem, já que não possuem parte física para ser exibida aos clientes. 2.5.7 Marketing de Relacionamento De acordo com Parente (2011) as empresas deverão fazer cada vez mais investimentos em tecnologias, em principal, a de banco de dados, pois é ela que viabiliza que os varejistas desenvolvam um relacionamento mais individualizado e duradouro com seus clientes, com o intuito de atender suas necessidades, mediante procedimentos de micro segmentação, tornando-os fiéis ao seu estabelecimento. O marketing de relacionamento para Madruga (2010, p.6) “na atualidade privilegia a interação com o seu cliente, com o objetivo de desenvolver, especialmente para ele, um conjunto de valores que o levarão à satisfação e longevidade do seu relacionamento com a compra. ” 2.5.8 Marketing de Varejo Para Blessa (2011), o marketing de varejo cria uma ligação entre as áreas de marketing e vendas, dentro da própria empresa, e tem como prioridade o relacionamento estratégico entre, fornecedor e pontos-de-venda. Tem como objetivo planejar os canais de venda e os clientes-chave, melhorando o posicionamento no varejo e garantindo a atuação junto aos consumidores. De acordo com Las Casas (2012), o marketing varejista tem na sua base a prestação de serviços. O cliente procura, ao entrar numa loja, produtos, mas também um bom atendimento, pois, muitas vezes os produtos são encontrados em diversos lugares. 2.5.9 Concorrentes Segundo Churchill e Peter (2000), no ambiente competitivo é raro existir apenas uma organização que ofereça um determinado tipo de produto ou serviço. Os profissionais de marketing precisam pesquisar seus concorrentes, a fim de conhecer o que estão fazendo e prever suas estratégias futuras. Para Predebon (2008, p.16) [...] se a loja tem concorrentes perto, a área de influência próxima poderá gerar competições acirradas, margens e lucro menores, e assim, em geral, a área não corresponderá a mais que metade das vendas. A loja, então, terá que investir mais em mídia, promoções, e também no visual da fachada – tudo para aparecer e garantir uma fatia do bolo. 14 2.6 Estoque A falta de estoque, implica em vários aspectos na organização. Para Dias (2012), causará: perdas de lucros, com cancelamentos de pedidos; custos adicionais, pela substituição por produtos de terceiros; quebra da imagem da empresa, beneficiando consequentemente o concorrente. Para Gonçalves (2010), é necessário a analise estratégica de um cenário a curto prazo, referente aos processos diários da empresa, que envolvem, variedades de produtos, demanda e prazos de entrega, pois, diante de um ambiente de incertezas, possibilitará alternativas de como a empresa deverá reagir diante de situações de baixa confiabilidade e das mudanças de rumo no planejamento estratégico. A fim de realizar previsões de estoque, Dias (2012), relata que existem duas categorias de informações básicas a serem obtidas, as quantitativas, que levam em consideração a evolução das vendas no passado, a população, a renda e influência das propagandas, e as qualitativas, que consideram a opinião dos gerentes, vendedores, compradores e pesquisas de mercado. Ressalta Ballou (2003), que as previsões sobre as quantidades de produtos que os clientes demandarão no mercado, são um dos aspectos fundamentais para a construção de todo o planejamento empresarial. Segundo Gonçalves (2010), para empresas que possuem um pequeno número de clientes, o método de Pareto, no qual considera que, 80% dos fatos são explicáveis por 20% dos eventos, é ideal para obter-se uma previsão de vendas e assim, consequentemente, o que conter em estoque. Neste caso, 20% dos clientes terão a possibilidade de estimar cerca de 80% das previsões. 2.7 Compras Com o mix de produtos conhecido, e o padrão de estoque formulado, Gonçalves (2010), relata que, a compra de grandes quantidades desses itens, em função dos descontos, gerará consequentemente uma redução no número de encomendas necessárias para cobrir a demanda desses itens em estoque. De acordo com Dias (2012), as atividades típicas da seção de compras, no qual é importante frisar, neste artigo, a atividade de pesquisa, onde é feito o estudo do mercado, dos materiais e dos custos, garantindo o ajuste adequado para cada tipo de organização. 2.8 Administração Estratégica Para Certo (2010, p.18) “a administração estratégica é um processo contínuo e circular voltado para a manutenção da organização como um todo integrado de maneira adequada ao seu ambiente. ” Este processo, segundo Certo (2010) se desenvolve em fases como é exibido na figura a seguir: 15 Figura 2 – Fases da administração estratégica. Fonte: CERTO (2010, p.19) - Fases do desenvolvimento de um processo de administração estratégica. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A fim de alcançar o que foi estipulado no objetivo geral e específicos, que visam avaliar o mix das principais peças automotivas de automóveis que a LS Auto Peças deve ter em estoque para atender a demanda de seus clientes, foi traçado uma metodologia, que será exposta a seguir. Para Vergara (2010), existem diversas taxionomias de tipo de pesquisas, porém, divide-se em dois critérios: quanto aos fins; e quanto aos meios. Em relação aos fins, a pesquisa, foi de caráter exploratória, descritiva e aplicada. De acordo com Vergara (2010, p.42), a pesquisa exploratória “é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado”. Isto retrata bem a realidade no município, onde pouco se investe, em pesquisas de opinião. Completam Collis e Hussey (2006, p.24) descrevendo que o objetivo da pesquisa exploratória “é procurar padrões, ideias ou hipóteses, em vez de testar ou confirmar uma hipótese. ” A pesquisa em si, procura vincular um padrão de consumo que os clientes locais possuem, no propósito de atender exatamente suas necessidades. A pesquisa descritiva, para Vergara (2010), exibe características de uma certa população ou de determinado acontecimento. Pode ser classificada como pesquisa de opinião. Segundo Collis e Hussey (2006), a pesquisa descritiva “é usada para identificar e obter informações sobre as características de um determinado problema ou questão. ” Quanto a pesquisa aplicada, segundo Vergara (2010), foi motivada pela necessidade da resolução de problemas concretos, ou seja, ao contrário da pesquisa pura que é motivada pela curiosidade do pesquisador. Em relação aos meios, foi classificada como bibliográfica e pesquisa de campo. 16 Para Gil (2010) toda pesquisa acadêmica necessita em alguma ocasião a pesquisa bibliográfica, que é elaborada com o propósito de fornecer fundamentação teórica ao trabalho, com base em obras já publicadas De acordo com Vergara (2010, p.43) a pesquisa de campo [...] é investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para atendê-los. Pode incluir entrevistas, aplicações de questionários, testes e observação participante ou não. A abordagem da pesquisa foi de forma qualitativa e quantitativa. Quantitativa, pois se utilizou de métodos estatísticos na análise dos dados coletados, assim como a média obtida das questões que tratam sobre quais peças de automóveis são mais utilizadas na manutenção dos mesmos, que foram apresentados em forma de gráficos e tabelas. Qualitativa, uma vez que, para parte destas perguntas houve uma análise baseada na Escala Likert, no qual teve como alternativas: muito insatisfeito, insatisfeito, indiferente, satisfeito e muito satisfeito. Portanto, buscou qualificar a importância de alguns aspectos sobre os concorrentes. A coleta de dados foi realizada através de um questionário de perguntas fechadas, aplicado entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014, nas dez oficinas mecânicas clientes da LS Auto Peças, situadas em Alvorada. Para embasar a estrutura do questionário, foram escolhidos vinte e cinco automóveis, de seis montadoras, dos quais 24 estão entre os 60 modelos mais vendidos no Brasil, de 2003 a 2010. Entre as montadoras, cinco lideram o ranking de vendas, de 2003 a 2010, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave, 2014). Os veículos com fabricação abaixo do ano de 2003, não foram listados, na pesquisa, por motivo da baixa comercialização dos mesmos, no mercado atual, consequentemente, terão menos incidências de consertos. Seguindo nesta linha, os veículos fabricados a partir do ano de 2010, não foram listados, pois muitos modelos, no período de construção do questionário, ainda permaneciam com garantias de fábrica e também, por não terem suas peças sendo fabricadas por indústrias paralelas a montadoras automotivas, ou seja, suas manutenções ficam ligadas obrigatoriamente às concessionárias. Como limitações da pesquisa podem ocorrer que alguns respondentes não tenham entendido alguma pergunta ou não responderam corretamente. No entanto essas limitações não invalidam a pesquisa. 4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS A análise de dados contou com o resultado de um questionário aplicado apenas aos clientes da LS Auto Peças. Foi elaborado para responder aos objetivos pretendidos. Na sua maior parte, teve perguntas fechadas, para que pudessem obter informações necessárias, para o escopo principal do trabalho. A análise dos dados foi feita em cima de dados fornecidos por dez clientes da LS Auto Peças, localizados no município de Alvorada, que responderam questões pertinentes aos relacionamentos com seus fornecedores e rotatividade das peças de quatro segmentos de serviços (motor e injeção; embreagem; freio; suspensão). 17 Para a realização da pesquisa foram feitas visitas aos clientes, no período entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014. 4.1 Avaliação dos concorrentes Para o melhor entendimento dos resultados obtidos pela pesquisa, é necessário perceber, primeiramente, quais são as carências do mercado local, as prioridades dos clientes e o que gera mais valor para eles. Em cima disto, foi elaborado uma tabela, com a finalidade de apontar em quais aspectos, os principais concorrentes, se sobressaíam e também em quais aspectos possuíam desvantagens, isso na visão dos clientes da LS Auto Peças. Para reforçar a declaração acima, Churchill e Peter (2000) relatam que, os profissionais de marketing precisam pesquisar seus concorrentes, a fim de conhecer o que estão fazendo e prever suas estratégias futuras. Tabela 1 - Avaliação dos concorrentes. Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. No quesito atendimento, percebeu-se que a Auto Peças 43 destacou-se, ficando com 33,33%, permanecendo acima do dobro sobre os demais concorrentes, já a autopeças GL Car teve maior percentagem de insatisfação, com 13,33%. O resultado em geral, garantiu a satisfação dos clientes em relação ao atendimento, com 66,67%, porém, a empresa pode fazer desses dados uma oportunidade para conquistar a confiança dos que estão insatisfeitos, ajustando suas carências, assim como frisa Blessa (2011), que é importante a empresa trabalhar em parceria com o cliente, pois, a relação com o mesmo não deve acabar na venda, é preciso estender este relacionamento, auxiliá-lo quanto à melhor forma de utilizar seu produto ou serviço. Deve-se ouvir sempre o cliente, uma vez que os desejos e necessidades dos consumidores estão em constante mudança. As pesquisas periódicas, ajudam a fazer a seleção e dão orientação para as adaptações necessárias. Quanto ao indicador preço, no resultado geral, os pontos negativos sobressaíram sobre os pontos positivos, expressando a grande insatisfação dos clientes da Aki-Peças, Auto Peças Parati e GL Car, apresentando respectivamente 28,57%, 21,43% e 14,29% de descontentamento. A LS Auto Peças, a fim de evitar esta realidade, efetiva suas compras, após uma rigorosa cotação de preços, pois, como cada fornecedor destaca-se em algumas linhas de produtos, as compras sendo feitas de forma fragmentada entre eles, oferecerá preços justos e competitivos à empresa. O objetivo da criação de um mix de produtos apropriado a demanda da empresa, juntamente 18 com a efetividade do setor de compras, nas negociações de preços, garantirá a eficiência esperada no processo de vendas e trará um melhor retorno. Para Urdan e Urdan (2010), o preço tem natureza diferente dos demais componentes, pois enquanto os demais componentes criam valor para o cliente, o preço é a contrapartida de que a empresa cobra do cliente pelo que oferece a ele. Com base nisso, a LS Auto Peças conta com mais de 30 fornecedores ativos, e já vem efetuando compras diretas de fábricas, de modo que, possa ter várias alternativas e elevar seu poder de barganha, atendendo as expectativas dos clientes na relação preço versus qualidade. Quanto às condições de pagamento, a Aki-Peças destacou-se por ter 12,50% de satisfação e por não ter indicações de reclamações, já com uma significativa percentagem negativa, a Auto Peças 43 conduziu o pior resultado com 25%. No quesito entrega, a Auto Peças Parati foi eleita a melhor, com 33,33% de indicações positivas, porém, também foi citada, por 16,67% dos clientes, na parte negativa da tabela, juntamente com GL Car e Auto Peças 60, que obtiveram os mesmos percentuais. Quanto a entrega das peças, a LS Auto Peças possui grande vantagem, disponibilizando este serviço para todos os seus clientes, sem custo agregado, pois, possui o serviço de vendas, por telentrega, como principal objetivo, no momento. Porém, possui uma motocicleta e em dias de movimento elevado, terceiriza este serviço, neste caso, surge a necessidade de adquirir mais uma motocicleta para agilizar suas entregas. No indicador localização, pode-se ver, que dentre os cinco concorrentes listados, apenas os dois que se localizam nas extremidades do município apresentaram resultados negativos, são eles: Auto Peças 43 e Auto Peças 60, apontando respectivamente 28% e 20% como ponto negativo. No geral, a localização dos concorrentes da LS Auto Peças se concentra na avenida principal da cidade, alguns bem próximos da empresa. Para Predebon (2008) se a concorrência está por perto, provocará competições acirradas, margens e lucro menores, e assim, a área não corresponderá a mais que metade das vendas. A loja, então, terá que investir mais em mídia, promoções, e também no visual da fachada – tudo para aparecer e garantir uma fatia do bolo. Os dados colhidos a respeito da variedade de produtos, sobre os concorrentes, que está ligado diretamente ao objetivo geral deste artigo, apresentou-se de forma bem convincente, ressaltando com 41,67% de satisfação a Auto Peças 60 e com 16,67% a Auto Peças 43. Isso demonstra que esses concorrentes compensam a má-localização, com a variedade. A satisfação dos clientes, quanto a este quesito, não está somente ligada aos concorrentes possuírem um mix completo de produtos, mas também quais marcas oferecem. O número de clientes que preferem produtos de primeira linha e os que preferem os de segunda linha, se encontra bem próximo. Este dado será tratado a seguir. 4.2 Critérios da satisfação dos clientes Na pesquisa, os clientes foram questionados se compram com muita frequência de fornecedores específicos (fixos). O resultado apontou que 50% 19 compram com frequência, enquanto que, a outra metade compra de diversos fornecedores. Estes, justificaram que compram de fornecedores que lhe oferecem as melhores vantagens, em relação ao preço e a disponibilidade do produto requerido, ou seja, não compram baseados em fidelidade. De acordo com Kotler e Armstrong (2007), no que diz respeito a fidelidade, existe uma grande proximidade entre a satisfação e a insatisfação, pois a empresa pode oferecer um produto ou serviço de alta qualidade por um longo tempo e ao cometer uma pequena falha, pode gerar uma grande perda de fidelidade, fazendo com que esse cliente, então insatisfeito, deprecie seu produto junto aos outros clientes ou possíveis clientes. Dentro do ramo de autopeças, existem distribuidoras que revendem diretamente seus produtos para oficinas mecânicas. O processo desejado, é a venda das distribuidoras somente para as lojas de autopeças, pois, estas necessitam vender seus produtos as oficinas e consumidores finais, para gerarem receita e assim resistirem no mercado. No entanto, a pesquisa apontou que 40% dos clientes compram com frequência de distribuidoras, com preços bem abaixo da tabela oferecido pelas lojas de autopeças, que obtiveram 60% da preferência. Quanto ao grau de satisfação, foi levado em consideração os fatores referentes ao atendimento, preço, entrega, condições de pagamentos, variedade dos produtos e localização. A pesquisa apontou que 60% estão satisfeitos com seus fornecedores, 30% estão insatisfeitos e 10% indiferentes. Ressaltando que este grau de satisfação possa estar relacionado a um fator isolado, que na visão do cliente, tenha uma importância maior que os demais fatores de avaliação. Segundo Kotler e Armstrong (2007), os clientes criam suas expectativas de acordo com o que as ofertas lhe proporcionaram, e desta forma fazem suas escolhas com base nessas expectativas. Com a atual dependência que os usuários possuem no transporte particular, a excelência dos serviços prestados nas oficinas mecânicas, são baseados no curto prazo para os consertos serem realizados. Na análise da pesquisa, verifica-se que, dentre os 30% dos clientes que estão insatisfeitos, 40% indicaram a opção entrega dos produtos como principal motivo, deixando preço, condições de pagamento e variedades dos produtos com 20% de indicação. Para estes serviços de consertos serem realizados, dependem de outros fatores. A entrega das peças e insumos é um deles, logo, conclui-se que a empresa que oferecer de forma eficaz este serviço, ganhará a confiança da oficina, em questão, criando uma vantagem competitiva. O serviço de entrega, é um ponto muito interessante a ser tratado, no entanto, a empresa já possui este serviço. Este processo, não requer alto investimento e treinamento para ser realizado, lembrando que, a empresa estaria suprindo a necessidade desses clientes que apontam como estado crítico este fator. Este argumento pode ser reforçado pela teoria, na qual Kotler e Armstrong (2007) afirmam que os clientes satisfeitos contam aos demais sobre suas boas experiências e provavelmente voltarão a comprar, porém os insatisfeitos muitas vezes trocam para a concorrência além de depreciar o produto/serviço aos outros. A pesquisa, assinala a satisfação dos clientes em dois fatores principais: preço e entrega. Ambos com 33,33%. Atendimento e condições de pagamento marcaram, cada um, 16,67%. Localização e variedade não pontuaram. 20 Sabendo-se que a entrega é a principal causa dos clientes estarem insatisfeitos com seus fornecedores, percebe-se que a entrega somado ao indicador preço formam 66,66% do principal motivo que leva os clientes satisfeitos a comprarem. Embora o grau de satisfação dos clientes seja de 60% em relação aos seus fornecedores, foram questionados se trocariam ou comprariam de outras empresas, se estas lhe oferecessem maiores benefícios, suprindo suas carências. O resultado apontou uma afirmação de 90%. Neste ponto de análise, pode-se afirmar que a maioria das empresas compram ou possuem parcerias com fornecedores fixos, porém, não levam em consideração esse tempo ou histórico de compras, como um peso significativo na balança, no momento de trocá-los por outros. Dos clientes que afirmaram que trocariam de fornecedores, 33,33% apontaram como motivo da decisão a variedade, 22,22% um preço melhor, 33,33% um serviço de entrega mais eficaz e 11,11% condições de pagamentos mais flexíveis. Atendimento e localização, não pontuaram. A pesquisa apontou que 60% dos clientes optam, no ato da compra, por produtos de primeira linha, contra 40% que preferem produtos paralelos. Obviamente, a diferença do preço entre estes produtos é de alto valor, porém, a qualidade empregada nos produtos de primeira linha, garante uma venda segura e gera grande satisfação ao cliente quanto a durabilidade. Este item vem ao encontro do objetivo geral do trabalho, pois além de analisar o mix de produtos, é preciso saber o que o cliente busca na qualidade destes. Quanto as formas de pagamentos mais utilizadas pelos clientes, teve-se a seguinte classificação: 50% disseram que pagam com cheques seus fornecedores, 30% através de dinheiro e 20% pagam com cartão de crédito. No resultado da pesquisa, o prazo de pagamento fornecido aos clientes, ressaltou o de sete e o de 30 dias, ambas com 40%. Quanto aos que responderão sete dias, justificaram que realizam acertos semanais com seus fornecedores, pagos em dinheiro. Já os que responderam 30 dias, utilizam a forma de pagamento através de cheques pré-datados. A LS Auto Peças já se adaptou a esse fato, isso pode ser traduzido em números: 90% das contas a receber são advindos de pagamentos feitos com cheques, enquanto que os outros 10% restante, através de dinheiro ou cartões de crédito. O resultado da pesquisa indicou, com grande vantagem, que os serviços mais realizados em oficinas, envolvem motor e injeção eletrônica, com 80% de indicação. Outro segmento que foi mencionado, foi o de suspensão, com 20%. 4.3 Análise Motor e Injeção Fazendo referência a responsabilidade social, as montadoras automotivas, com o passar dos anos, foram obrigadas a criarem motores com índices menores na emissão de gases poluentes. Com isso, surgiram os motores com injeção eletrônica. Além do grande benefício que possibilitam ao meio ambiente, possuem maiores vantagens quanto a economia de combustível e desempenho do motor, diante dos modelos antigos, os carburados. Porém, para que isso fosse possível, a engenharia teve que implantar, além da central, 21 diversos outros componentes responsáveis por esse controle, que são divididos em dois grupos: sensores e atuadores. Tendo em vista a grande quantidade de peças que envolvem o sistema de um automóvel e a brevidade do questionário, foi mencionado na pesquisa, somente algumas peças que fazem parte do grupo dos atuadores, são elas: bobina de ignição, bico injetor e bomba de combustível. Respectivamente, obtiveram 5,21%, 3,68 e 1,23% no índice de mortalidade. Esta escolha foi baseada na provável ideia de que estas peças, sofram maiores desgastes, por terem o contato direto com os combustíveis, assim, sofrendo os efeitos de suas impurezas. Por parte dos sensores, possuem uma vida útil mais longa, pois servem apenas como indicadores ao computador central do automóvel, sobre as condições das peças. No geral, representaram um percentual baixo, quando comparado com as principais peças de manutenção, como os filtros, correias de comando (dentadas), bomba da água, juntas, correias do alternador e velas de ignição, no qual unidas representaram 72,70% de mortalidade. Esses dados podem ser visualizados na Tabela 2. Tabela 2 – Mortalidade de peças no segmento de motor e injeção. Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Este contexto se deve ao fato de que, existe no Brasil, a cultura de recomendar-se aos proprietários de automóveis, a realização de manutenções preventivas, principalmente na compra de um seminovo, no qual deve-se trocar peças que fazem parte do conjunto com percentual alto de mortalidade, acima citado, uma vez que, a manutenção corretiva é muito mais cara. Um exemplo: se um filtro de combustível não for trocado no tempo de uso devido, ele poderá 22 ocasionar o estrago da bomba de combustível, um item que custa em média 800% a mais do que o filtro. Na pesquisa, observou-se que quatro montadoras conduziram o ranking de manutenções nesse segmento. São elas: Volkswagen (26%), Ford (23,41%), Fiat (20,23%) e Chevrolet (20,31%). Renault e Peugeot apresentaram percentuais baixos, respectivamente 7,67% e 2,38%. De acordo com UNICONS - União Nacional em Defesa de Consumidores Consorciados e Usuários do Sistema Financeiro - (2002), o consumidor brasileiro, possui duas opções para realizar compras de peças automotivas, são elas: montadoras e mercado independente. A primeira possui a cadeia formada por, fabricante, montadora e concessionária. A segunda é formada por fabricante, grande distribuidor e autopeças. As montadoras, possuem a obrigação de comercializar peças e insumos de todos seus modelos atuais aos seus consumidores, porém, o mercado independente, não possui essa obrigação, sendo assim, visa a fabricação de peças para veículos que lhes beneficiam, ou seja, aos de maiores vendas. Montadoras como a Renault, Peugeot e outras que não foram mencionados neste artigo, possuem muitas de suas peças, fabricadas somente por suas montadoras, ou seja, grande parte das peças desses veículos, são comercializadas somente em concessionárias, onde os consumidores pagam valores altíssimos, tendo em vista a prática abusiva na venda de peças, por parte de todas as montadoras, no qual, as concessionárias, são obrigadas a cobrar preços entre 88,35% e 619,76% a mais que o mercado independente. (UNICONS, 2002) Um exemplo a ser citado seria as peças do Gol Geração III 1.0 – 16V – básico que custavam na rede concessionária R$ 99.656,23, sendo que o preço do carro novo era de R$ 17.515,00, ou seja, com o valor das peças era possível comprar cinco veículos novos, restando ainda R$ 12.081,23 (UNICONS, 2002). Ressalta-se que esse exemplo, serve apenas para representar as demais montadoras, pois, o modelo Gol, possui suas peças comercializadas no mercado independente. Este fator vem ao encontro a demanda de automóveis no país. Segundo dados da Fenabrave, 2014: Fiat, Volkswagen, Chevrolet e Ford, nesta ordem, formam a classificação das montadoras que mais venderam no período entre 2003 e 2010 no Brasil. O mercado independente age principalmente sobre essas montadoras. Juntas formaram 80,27% das vendas, respectivamente, 24,72%, 22,57%, 22,29% e 10,69%. Estes dados podem ser visualizados no gráfico 1. Gráfico 1 – Vendas de automóveis no Brasil entre 2003 e 2010. 24,72% 22,57% 22,29% 10,69% 4,02% 3,51% 3,38% 3,07% 2,33% 1,92% 0,86% Fiat Volkswagen Chevrolet Ford Renault Honda Outros Toyota Peugeot Citroen Mitsubisch Hyunday Fonte: Dados Fenabrave (2014) adaptados pelo autor. 0,64% 23 Conclui-se que, quanto mais automóveis de uma determinada montadora estiverem em circulação no país, maior serão os casos de manutenções envolvendo essa montadora, que por sua vez, necessitará de um volume maior de peças para reposição, no mercado paralelo, revertendo esse processo em vendas para as autopeças. Os serviços de manutenção, deste segmento, foram indicados como os mais realizados nas oficinas. Isso pode ser reafirmado observando os dados relativos as vendas da LS Auto Peças no período entre outubro de 2013 e março de 2014, onde mostrou que a demanda por peças de motor e injeção representou 56,90% do total de vendas. Gráfico 2 – Vendas da LS Auto Peças entre outubro de 2013 e março de 2014. 56,90% 24,97% 8,53% Motor e Injeção Suspensão Freio 4,81% Outros Acessórios 4,79% Embreagem Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Cabe salientar a importância de manter um estoque devidamente ajustado para peças de motor e injeção, principalmente das quatro montadoras principais, como verificou-se, pois, trará provavelmente, pelo menos, a metade do faturamento total da empresa, como foi ilustrado no gráfico 2. Tabela 3 – Carros com maior índice de manutenções no segmento de motor e injeção. Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Assim como é possível ser visualizado na tabela acima, os automóveis que tiveram maiores indicações foram: Gol (16,25%), Escort (13,18%), Palio (10,40%), Corsa (9,68%), Uno (9,40%) e Fiesta (8,43%). 24 4.4 Análise da Embreagem Brevemente, conceitua-se a embreagem, como sendo responsável por transmitir a rotação do motor para as engrenagens da caixa de velocidade, dessa forma, dando movimento ao automóvel. Conforme relatos dos profissionais das oficinas mecânicas pesquisadas, normalmente, uma embreagem é trocada entre os 120.000km e 180.000km, porém, se for mal utilizada, poderá desgastar-se ao fim de apenas 40.000km. A embreagem, no geral, é formada principalmente por três componentes: disco, platô e rolamento. No entanto, não poderiam ser mencionadas, pelos pesquisados, de forma separadamente, na questão manutenção, pois quando o conjunto de embreagem exibe algum tipo de desgaste, é feita a troca de todas as peças. Isso acontece, porque o serviço (mão-de-obra) que envolve sua troca, é um processo demorado, trabalhoso e com alto custo. Tabela 4 - Mortalidade de peças no segmento de embreagem. Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Como observou-se na Tabela 4, as peças representaram o mesmo índice de mortalidade, pois, a fim de evitar outros problemas, derivados da manutenção parcial da embreagem, a curto prazo, é feito a troca completa do kit. Pode-se afirmar que um veículo acusará algum problema de embreagem, após um longo tempo da sua fabricação. Com certeza, essa situação poderá ser antecipada, caso o automóvel seja utilizado de forma excessiva. Isso confirma a baixa demanda por peças desse segmento que ocorreram nas vendas da LS Auto Peças entre outubro de 2013 e marco de 2014, que representou 4,79%. Isso foi confirmado na pesquisa, na qual apontou como os mais incidentes desse problema, os automóveis: Escort, com 26,92%; e Fiesta, com 19,23%. Ambos da montadora Ford e que tiveram seus primeiros modelos fabricados há mais de 15 anos, respectivamente 1983 e 1995. Por este motivo, estão bem mais propícios a apresentarem problemas, devido ao longo tempo de rodagem. O alto uso dos automóveis, também está ligado ás manutenções precoces. O motivo é a grande procura por modelos populares, que por serem econômicos, estão no topo da lista de vendas, tanto para clientes particulares, quanto para empresas que buscam baixo custo com transporte. Este cenário também foi confirmado na pesquisa, onde exibiu os automóveis Palio e Corsa, logo atrás dos modelos da Ford, ambos com 15,38% de mortalidade, relacionados a peças de embreagem. 25 Tabela 5 - Carros com maior índice de manutenções no segmento de embreagem. Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. No âmbito geral, destacou-se os automóveis da montadora Ford, que juntos formaram 53,85%, seguidos pelos da Fiat (19,23%), Chevrolet (15,38%), Peugeot (7,69%), Volkswagen (3,85%) e Renault que não teve indicações. 4.5 Análise de Freio Este segmento é formado por poucos componentes, divididos em dois grupos: freio a disco e freio a tambor. Trata-se no geral de peças como: disco de freio, pastilha, lona, tambor, cilindro, válvula, servo freio e o insumo líquido de freio. A grande parte dos veículos do país, possuem o sistema de freios a disco na parte dianteira e freio a tambor na parte traseira. Este artigo procurou abranger peças relacionadas ao freio a disco, que por sua vez, trazem alta mortalidade, visto que sofrem maiores desgastes, por estarem na parte dianteira do veículo, pois, quando o automóvel freia, todo o seu peso desloca-se para frente, pressionando as rodas dianteiras contra o solo, dessa forma, aumentam sua aderência, já as rodas traseiras são abrandadas dessa aderência, perdendo parcialmente sua ação. Por esse motivo, existe a necessidade de freios mais fortes nas rodas dianteiras, já que, sofrerão maiores desgastes. As pastilhas de freio, quando trocadas no tempo apropriado de uso, não afetam os demais componentes do sistema de freio, no caso, os discos. Porém, na maioria das ocorrências, estas manutenções são feitas de maneira corretivas e não preventivas, ocasionando danos maiores. Voltando para os dados obtidos pela pesquisa, a montadora Volkswagen se sobressaiu com 41,80% de mortalidade. As demais ficaram com uma diferença grande em relação a líder. Chevrolet teve 20,11%, Fiat 16,93%, Peugeot 14,02%, Ford 4,76% e Renault 2,38%. Tabela 6 - Carros com maior frequência de manutenções no segmento de freio. Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. 26 Analisando os automóveis, percebe-se que três, dos cinco com maiores incidências, são da montadora Volkswagen. Portanto, os condutores deste indicador são: Gol (18,78%), Palio (14,55%), Santana (10,98%), Corsa (9,13%) e Parati (8,33%). Juntos formam mais de 60% e detêm uma importância significativa para a empresa em assegurar um estoque devidamente ajustado para atendê-los. A pesquisa apontou, exatamente a ordem de mortalidades, no qual apresenta as pastilhas em primeiro lugar com 60%, seguida pelos discos de freio com 38,57%. A tabela 7 ilustra essas informações. Tabela 7 - Mortalidade de peças no segmento de freio. Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Analisando os dados relativos as vendas da LS Auto Peças, esta categoria, representou 8,53% das vendas entre outubro de 2013 e março de 2014, conforme exibido no gráfico 2. 4.6 Análise do segmento de Suspensão Suspensão, é um sistema presente nos veículos que engloba diversas peças, responsáveis por absorverem as irregularidades das pistas, conservar a estrutura e estabilidade do veículo, mantendo todas as rodas no chão. Em relação as peças, classifica-se o sistema de suspensão dianteiro, como mais complexo que o traseiro. O dianteiro envolve peças como: axiais, rolamentos de roda, amortecedores, terminais de direção, juntas homocinéticas, pivôs, balanças, bieletas, molas e calços. Entre outros componentes que possuem a função de amortecer impactos do motor e caixa de marchas, como: calços, coxins e buchas. A suspensão traseira, basicamente é formada por coxins, amortecedores e molas. A situação da cidade de Alvorada, e também das cidades vizinhas, proporciona esse cenário, por apresentar ruas e avenidas em condições precárias e com alto índices de irregularidades. Neste caso, derivam-se dessas características, o número de manutenções ser elevado. Neste contexto, apresenta-se novamente a montadora Volkswagen com maior frequência de manutenções, ficando com 29,77%, seguida pela Fiat (24,49%), Ford (15,03%), Peugeot (12,71%), Chevrolet (12,28%) e Renault (5,72%). Na análise por automóveis, destacam-se na classificação: Gol (20,30%), Palio (12,36%), Uno (12,14%), 206 (9,46%) e Fiesta (9,41%). Estes veículos estão entre os mais vendidos no Brasil no período entre 2003 e 2010. Os demais automóveis, representaram percentagens abaixo de 6%. 27 Tabela 8 - Carros com maior frequência de manutenções no segmento de suspensão. Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. O índice de mortalidade dessas peças pode ser visualizado com maiores detalhes na Tabela 9. Tabela 9 - Mortalidade de peças no segmento de suspensão. Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Este segmento, apresenta grande importância na receita de vendas, pois na pesquisa foi mencionado por 20% dos clientes, como sendo o serviço mais realizado nas oficinas, isto também pode ser reafirmado baseado nos dados de vendas da LS Auto Peças, entre outubro de 2013 e março de 2014, onde representou 24,97%, conforme exibido no gráfico 2. 4.7 Sugestões Manter em estoque, peças de embreagem, suspensão e freio, de veículos populares, como: Palio, Corsa, Gol, Uno, Celta, Fiesta e Escort, pois são veículos que possuem manutenção barata e não provocarão altos custos para LS Auto Peças. 28 Manter em estoque, peças de motor e injeção, como: filtros, correias dentadas, bombas da água, juntas, correias do alternador e velas de ignição, para diversos modelos de automóveis, pois trarão alto retorno. Expandir a imagem da LS Auto Peças ao público, e não somente às oficinas, para isso, seria interessante, a locação de um imóvel comercial no ponto central da cidade, onde se encontra um grande fluxo de consumidores, por contar com um elevado número de lojas de diversos segmentos. Outra justificativa para esta mudança se dá pelo motivo de não haver loja de autopeças neste trecho da cidade. Aquisição de mais uma motocicleta para realizar entregas de mercadorias, pois como possui clientes em Alvorada e Porto Alegre, em períodos de altas vendas, elevará a eficiência na rapidez de entrega, pois possui apenas uma. Investir em divulgação, assim como anúncios em comunicativos locais e folders. Elaborar promoções semanais, de algum item ou linha de produto, a fim de apresentar aos clientes e às oficinas que interessam a empresa. Com base nos dados da pesquisa, realizar compras dos itens mais solicitados, em grandes quantidades, a fim de manter esses produtos, sempre a pronta entrega. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo geral do artigo, foi avaliar o mix das principais peças automotivas que a LS Auto Peças deve ter em estoque, para atender a demanda de seus clientes. Para isso, foi elaborado e aplicado um questionário, com a finalidade de conhecer melhor as necessidades de seus clientes, assim como, o que acham mais importante na relação cliente versus fornecedor, tais como aspectos relacionado ao atendimento, preço, variedade, entrega, condições de pagamento, hábitos de compras e preferências. Para a construção do questionário e também para se obter um melhor retorno com a sua aplicação, foram utilizados dados estatísticos de órgãos nacionais e estaduais, a fim de formular uma estrutura sólida, baseada em dados atuais e aproveitáveis. No entanto, foram selecionados, para as questões principais do questionário, 25 modelos de automóveis, dos quais 24 estão na lista dos 50 mais vendidos no período de 2003 a 2010 no Brasil, pertencentes a seis montadoras, sendo cinco delas, líderes em vendas neste mesmo período, destacando-se as três primeiras, Fiat, Volkswagen e Chevrolet (Fenabrave, 2014). Sabendo-se da imensa variedade de peças que existem no setor automotivo, para a construção do questionário, foi tomado como base, para o preenchimento das alternativas, peças que já vinham se destacando nas vendas da empresa. Isso foi possível, através do detalhamento das vendas da LS Auto Peças entre outubro de 2013 e março de 2014, que serviu como amostra para a elaboração de um questionário preciso. No segmento de motor e injeção, pode-se afirmar que houve uma equivalência entre as quatro principais montadoras (Ford, Chevrolet, Fiat e Volkswagen), porém com uma leve ênfase nas peças dos veículos da Volkswagen, que apresentaram maior índice de mortalidade. Nesse contexto, 29 podemos destacar a presença de peças que estão ligadas as revisões, ou seja, manutenções que são feitas periodicamente pelos consumidores, utilizando-se de serviços como troca de filtro de óleo, filtro de combustível, filtro de ar, correia dentada, correia de alternador e velas de ignição. O segmento de suspensão, foi destacado tanto na pesquisa, quanto nos dados de vendas da empresa, como sendo o segmento que possui maior número de manutenções, após o de motor e injeção. Igualmente, os veículos da Volkswagen se sobressaíram, acompanhados pelos da montadora Fiat, dando destaque a peças como amortecedores, axiais, buchas e rolamentos de roda. O segmento de embreagem, por mais que tenha, atualmente, baixa representatividade nas vendas da empresa, pode gerar grande lucratividade se for bem administrado, pois traz em seu mix, peças de alto valor e que geralmente são vendidas em kits, agregando e elevando de forma significativa a receita. A condutora nos dados de vendas e na pesquisa, foi a montadora Ford, obtendo mais de 50% no indicador de manutenções. Na parte de freios, destacou-se as montadoras Volkswagen e Chevrolet, onde juntas representaram mais de 60% no resultado final da pesquisa, realçando pastilhas e lonas, como sendo as peças de maior mortalidade, no qual, também, fazem parte das peças que são frequentemente trocadas por conta das revisões. A partir deste artigo, foi possível detalhar e comprovar o que já estava sendo feito empiricamente nas ações de compras da empresa, pois, a pesquisa teve grande similaridade quando comparada com informações retiradas das planilhas de vendas da LS Auto Peças. Com base nesta análise, será possível aperfeiçoar ações presentes e formular novas estratégias para se manter um estoque adequado ao público alvo. Concluiu-se que a ênfase do mix de produtos da LS Auto Peças será voltada para peças de motor, injeção e suspensão, pois como mostrou a pesquisa e foi reafirmado pelos dados de venda, fazem parte do maior índice de manutenções dos clientes de Alvorada, da empresa LS Auto Peças. A compra será feita tomando como base as montadoras principais, Volkswagen, Ford, Chevrolet e Fiat, a fim de manter a rotatividade de estoque e retorno a curto prazo. Para a empresa, este artigo foi de grande importância, pois não proporcionou apenas a adequação de seu estoque, mas sim, fez com que a empresa tomasse conhecimento sobre diversos aspectos do ambiente externo, avaliando a visão dos seus clientes perante seus concorrentes, seus hábitos de compras e preferências. Isso fez com que a empresa possa tomar suas decisões baseadas em uma estrutura concreta e confiável, assegurando sua continuidade no ramo. Para o pesquisador, a realização desse estudo, possibilitou pôr em prática o seu conhecimento adquirido ao longo do curso de Administração, empregando ferramentas que aprendeu na teoria, e que agora, as utilizou para seu próprio benefício, onde buscou melhorias para sua própria empresa. Pode-se dizer que no geral, obteve grande satisfação ao termino do artigo, no qual pôde visualizar sua trajetória de desafios sendo resumida em uma obra, de sua autoria, sendo utilizada para seu projeto profissional. Como sugestões para trabalhos futuros, lista-se os seguintes assuntos: - Análise da viabilidade de implantação de uma linha de produtos designados as retificadoras de motores. 30 - Análise da viabilidade de implantação de linhas de produtos para serem vendidas, por atacado, a autocenters. Nesta junção de teoria com práticas realizadas, espera-se da empresa, um melhor preparo em satisfazer as necessidades dos seus clientes, assim como buscar no seu ambiente externo, oportunidades de melhores negócios e prevenir-se de algumas ameaças que possam surgir ao longo de seu crescimento. Enfim, em um meio, onde todas organizações parecem, a cada dia, mais semelhantes, o diferencial estabelecido, a partir de nossos conhecimentos e experiências, fazem toda a diferença na hora de manter e conquistar novos consumidores. 31 REFERÊNCIAS BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2003. BLESSA, Regina. Merchandising no ponto-de-venda. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2011. CERTO, Samuel C., Peter J. P. Administração estratégica: planejamento e implantação de estratégias. 3.ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010. CHURCHILL, Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000. COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. DETRAN-RS, Departamento Estadual de Trânsito. Frota RS. Disponível em:<http://www.detran.rs.gov.br/uploads/13740831731_Frota_do_RS.pdf>. Acesso em: 14 ago. 2013. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2012. FENABRAVE, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Índices e números. Disponível em: http://www3.fenabrave.org.br:8082/plus/modulos/listas/index.php?tac=indicese-numeros&idtipo=1&layout=indices-e-numeros>. Acesso em: 22 jun. 2014. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2010. GONÇALVES, Paulo Sergio. Administração de materiais. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. 32 KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1998. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de varejo. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2012. _________________________. Marketing de serviços. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2012. MADRUGA, Roberto. Guia de implementação relacionamento e CRM. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2010. de marketing de MCDONALD, Malcolm. Planos de marketing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. NARDIS, Shidosi Graziano; DIAS, Sergio Roberto Gestão de marketing. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2010. NOTÍCIAS, Primeira Mão. Garantia de fábrica vira recurso de fidelização. Disponível em: <http://notícias.primeiramao.com.br/ garantia_de_fabrica_vira_recurso_de_fidelizacao__content_ct_6859__.aspx>. Acesso em: 14 ago. 2013. PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégia. São Paulo: Atlas, 2011. PREDEBON, José. 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São Paulo: Pearson Makron Books, 1996. 1 APÊNDICE A – Questionário aplicado às oficinas mecânicas clientes. Bom dia / Boa tarde / Boa noite Meu nome é Leandro Araújo de Souza, sou aluno da Faculdade Luterana São Marcos. Para o fechamento do Trabalho de Conclusão de Curso, solicito sua colaboração para o preenchimento desta pesquisa, no qual o objetivo é avaliar o mix das principais peças automotivas que a LS Auto Peças deve ter em seu estoque, para melhor atendê-lo futuramente. Desde já agradeço sua colaboração. 1- Compra com muita frequência de um fornecedor específico? ( ) Sim ( ) Não 2- De onde compra com mais frequência? ( ) Concessionárias ( ) Distribuidoras ( ) Loja de autopeças 3- Dentre as autopeças abaixo, marque o principal ponto positivo (P) e negativo (N) de cada uma delas: Atendimento P N Preço P N Condição de pagamento P N Entrega P N Localização P N Variedade P Auto Peças 43 Parati Auto Peças Aki-Peças GL Car Auto Peças 60 4- Qual o grau de satisfação com o(s) seu(s) fornecedores? ( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Indiferente ( ) Satisfeito ( ) Muito Satisfeito 5- Se INSATISFEITO, qual o porquê (motivo)? ( ) Atendimento ( ) Preço ( ) Entrega ( ) Localização ( ) Condição de pagamento ( ) Variedade 6- Se SATISFEITO, qual o porquê (motivo)? ( ) Atendimento ( ) Preço ( ) Entrega ( ) Localização ( ) Condição de pagamento ( ) Variedade de produtos 7- Trocaria de fornecedor(es)? ( ) Não Se sim, qual o motivo? ( ) Atendimento ( ) Preço ( ) Entrega ( ) Localização ( ) Sim ( ) Condição de pagamento ( ) Variedade de produtos 8- Quando compra, na maioria das vezes, procura produtos: ( ) Paralelos ( ) de Primeira Linha 9- Qual a forma de pagamento mais utilizada pelo(s) seu(s) fornecedor(es)? ( ) Dinheiro ( ) Cheque ( ) Cartão de Crédito ( ) Boleto Bancário ( ) Cartão de Débito ( ) Outro Qual?_____________ 10- Qual o prazo de pagamento mais utilizado pelos fornecedores? ( ) 7 dias ( ) 15 dias ( ) 30 dias ( ) 60 dias ( ) 90 dias ( ) 120 dias 11- Quais são os serviços mais executados na oficina? ( ) Motor e Injeção ( ) Embreagem ( ) Freio ( ) Suspensão ( ) Outro Qual?_____________ N 2 12 – Dentre os carros listados na tabela a seguir, separados por fabricantes, quais peças possuem maior incidência de consertos? 3 APÊNDICE B – Análise dos resultados da pesquisa aplicada aos clientes. Gráfico 1 - Pergunta aos clientes: compram com frequência de fornecedores fixos? Compram com frequência de fornecedores fixos? 50% SIM 50% NÃO Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 2 - Qual local os clientes compram com mais frequência. De onde compra com mais frequência? 0% CONSECIONÁRIAS 40% DISTRIBUIDORAS 60% AUTO Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 3 - Pesquisa de satisfação sobre o atendimento dos concorrentes. Satisfação sobre o atendimento dos concorrentes 33,33% 13,33% 0,00% 13,33% 6,67% 13,33% 0,00% POSITIVO 6,67% 6,67% NEGATIVA ATENDIMENTO Auto Peças 43 Auto Peças Parati Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Aki-Peças GL Car Auto Peças 60 6,67% 4 Gráfico 4 - Pesquisa de satisfação sobre a entrega dos concorrentes. Satisfação sobre a entrega dos concorrentes 33,33% 16,67% 0,00% 0,00% 0,00% 16,67% 16,67% 8,33% 0,00% 8,33% POSITIVO NEGATIVA ENTREGA Auto Peças 43 Auto Peças Parati Aki-Peças GL Car Auto Peças 60 Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 5 - Pesquisa de satisfação sobre as condições de pagamento dos concorrentes. Satisfação sobre as condições de pagamento dos concorrentes 25,00% 12,50% 12,50% 12,50% 0,00% 12,50% 12,50% 12,50% 0,00% 0,00% POSITIVO NEGATIVA CONDIÇÕES DE PAGAMENTO Auto Peças 43 Auto Peças Parati Aki-Peças GL Car Auto Peças 60 Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 6 - Pesquisa de satisfação sobre a localização dos concorrentes. Satisfação sobre a localização dos concorrentes 28,00% 24,00% 20,00% 12,00% 12,00% 4,00% 0,00% 0,00% POSITIVO 0,00% 0,00% NEGATIVA LOCALIZAÇÃO Auto Peças 43 Auto Peças Parati Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Aki-Peças GL Car Auto Peças 60 5 Gráfico 7 - Pesquisa de satisfação sobre o preço dos concorrentes. Satisfação sobre o preço dos concorrentes 28,57% 21,43% 14,29% 14,29% 10,71% 7,14% 3,57% 0,00% 0,00% 0,00% POSITIVO NEGATIVA PREÇO Auto Peças 43 Auto Peças Parati Aki-Peças GL Car Auto Peças 60 Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 8 - Pesquisa de satisfação sobre a variedade dos concorrentes. Satisfação sobre a variedade dos concorrentes 41,67% 16,67% 8,33% 8,33% 8,33% 0,00% POSITIVO 0,00% 0,00% 8,33% 8,33% NEGATIVA VARIEDADE Auto Peças 43 Auto Peças Parati Aki-Peças GL Car Auto Peças 60 Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 9 - Grau de satisfação dos clientes com seus fornecedores. Satisfação dos clientes com seus fornecedores 50,00% 30,00% 10,00% 0,00% Muito Insatisfeito Insatisfeito Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Indiferente 10,00% Satisfeito Muito Satisfeito 6 Gráfico 10 - Motivo da insatisfação dos clientes. Motivo da insatisfação dos clientes 40,00% 20,00% 20,00% 20,00% 0,00% ATENDIMENTO 0,00% PREÇO CONDIÇÕES DE PAGAMENTO ENTREGA LOCAL VARIEDADE Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 11 - Motivo da satisfação dos clientes. Motivo da satisfação dos clientes 33,33% 16,67% 33,33% 16,67% 0,00% ATENDIMENTO PREÇO CONDIÇÕES DE PAGAMENTO ENTREGA 0,00% LOCAL VARIEDADE Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 12 - Percentual sobre quais clientes trocariam de fornecedores e quais não trocariam. Trocaria de fornecedor(es)? 10% NÃO SIM 90% Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. 7 Gráfico 13 - Motivo da possível troca de fornecedores. Motivo da possível troca de fornecedores 33,33% 33,33% 22,22% 11,11% 0,00% 0,00% ATENDIMENTO PREÇO CONDIÇÕES DE PAGAMENTO ENTREGA LOCAL VARIEDADE Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 14 – Percentual de compras de produtos paralelos e produtos de primeira linha. Produtos paralelos x Produtos primeira linha 40% PARALELOS PRIMEIRA LINHA 60% Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 15 - Forma de pagamento mais utilizada pelos clientes. Forma de pagamento mais utilizada 50% 30% 20% 0% DINHEIRO CHEQUE CARTÃO DE CRÉDITO Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. BOLETO BANCÁRIO 0% 0% CARTÃO DE DÉBITO OUTRO 8 Gráfico 16 - Prazo de pagamento mais utilizado pelos clientes. Prazo de pagamento mais utilizado 40% 40% 10% 10% 0% 7 DIAS 15 DIAS 30 DIAS 60 DIAS 90 DIAS 0% 120 DIAS Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 17 - Serviço mais executado nas oficinas. Serviço mais executado nas oficinas 80% 20% 0% Motor e Injeção Suspensão Freio 0% Embreagem Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 18 - Automóveis com maior incidência de troca de bico injetor. Bico Injetor 50,00% 16,67% 16,67% Gol Palio Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Fiesta Clio 16,67% 9 Gráfico 19 - Automóveis com maior incidência de troca de bobina ignição. Bobina Ignição 23,53% 23,53% 17,65% 11,76% 11,76% Gol 11,76% Uno Fiesta Celta Corsa Vectra Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 20 - Automóveis com maior incidência de troca de bomba da água. Bomba da Água 17,65% 11,76% 11,76% 11,76% 11,76% 5,88% Gol 5,88% Uno Palio Fiesta Escort 5,88% Focus Celta 5,88% Corsa Astra 5,88% Clio Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 21 - Automóveis com maior incidência de troca de bomba de combustível. Bomba de Combustível 50% 50% Uno Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Fiesta 5,88% 206 10 Gráfico 22 - Automóveis com maior incidência de troca de bomba de óleo. Bomba de Óleo 37,50% 37,50% 25,00% Gol Palio Escort Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 23 - Automóveis com maior incidência de troca de bronzinas. Bronzinas 71,43% 14,29% 14,29% Gol Parati Escort Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 24 - Automóveis com maior incidência de troca de cabos de ignição. Cabos de Ignição 24,00% 24,00% 16,00% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00% 4,00% Gol Saveiro Parati Uno Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Palio Celta Corsa Sandero 11 Gráfico 25 - Automóveis com maior incidência de troca de correia do alternador. Correia do Alternador 19,35% 12,90% 9,68% 6,45% 6,45% 3,23% 6,45% 6,45% 6,45% 6,45% 6,45% 6,45% 3,23% Gol Voyage Saveiro Parati Uno Palio Escort Celta Corsa Astra Vectra Clio Fiesta Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 26 - Automóveis com maior incidência de troca de correia dentada. Correia Dentada 11,54% 11,54% 9,62% 7,69% 7,69%7,69% 7,69% 3,85% 7,69% 3,85% 1,92%1,92% 3,85% 3,85%3,85%3,85% 1,92% Gol Santana Voyage Saveiro Golf Uno Palio Escort Celta Corsa Astra Vectra Clio Logan Sandero 206 Focus Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 27 - Automóveis com maior incidência de troca de filtros. Filtros 12,50% 10,71% 10,71% 8,93% 8,93% 7,14% 5,36% 3,57% 7,14% 5,36% 3,57% 3,57% 3,57% 3,57% 3,57% 1,79% Gol Voyage Golf Parati Uno Palio Fiesta Escort Celta Corsa Clio Logan Sandero 206 207 307 Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. 12 Gráfico 28 - Automóveis com maior incidência de troca de juntas. Juntas 15,15% 12,12% 9,09% 9,09% 9,09% 6,06% 6,06% 3,03% 3,03% Gol Voyage Parati 9,09% 9,09% 6,06% 3,03% Uno Palio Siena Fiesta Escort Celta Corsa Vectra Clio Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 29 - Automóveis com maior incidência de troca de pistões e anéis. Pistões e Anéis 33,33% 33,33% Gol Parati 33,33% Escort Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 30 - Automóveis com maior incidência de troca de retentores. Retentores 15,38% 15,38% 15,38% 15,38% 15,38% 7,69% Gol Santana Palio Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Escort Focus Corsa Clio 15,38% 206 13 Gráfico 31 - Automóveis com maior incidência de troca de velas de ignição. Velas de Ignição 16,13% 16,13% 16,13% 12,90% 6,45% Gol Parati 6,45% Uno Palio Celta 6,45% Corsa Astra 6,45% Vectra 6,45% Logan 6,45% Sandero Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 32 - Montadoras com maior incidência de troca de peças de motor e injeção. Montadoras – Motor e Injeção 26,00% 23,41% 20,31% 20,23% 7,67% 2,38% VOLKSWAGEM FIAT FORD CHEVROLET RENAULT PEUGEOT Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 33 – Classificação por automóveis sobre o segmento de motor e injeção. Automóveis – Motor e Injeção 14,11% 12,27% 9,20% 9,20% 7,06% 6,75% 5,83% 5,52% 5,52% 3,68% 3,37% 3,07% 2,76% 2,45% 1,84% 1,84% 1,84% 1,23% 0,61% 0,61% 0,61% 0,61% Gol Corsa Uno Palio Escort Celta Clio Fiesta Vectra Parati p206 Sandero Voyage Astra Santana Focus Logan Saveiro Golf Siena 207p p307 Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. 14 Gráfico 34 - Automóveis com maior incidência de troca de disco, platô e rolamento. Disco, Platô e Rolamento 26,92% 19,23% 15,38% 15,38% 7,69% 3,85% 7,69% 3,85% Gol Palio Siena Fiesta Escort Focus Corsa 206 Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 35 - Montadoras com maior incidência de troca de peças de embreagem. Montadoras - Embreagem 53,85% 19,23% 15,38% 3,85% 0,00% VOLKSWAGEM FIAT FORD CHEVROLET RENAULT 7,69% PEUGEOT Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 36 - Classificação por automóveis sobre o segmento de embreagem. Automóveis - Embreagem 26,92% 19,23% 15,38% 15,38% 7,69% 7,69% 3,85% 1 Escort Fiesta Palio Corsa Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Focus 206 Gol Siena 3,85% 15 Gráfico 37 - Automóveis com maior incidência de troca de disco de freio. Disco de Freio 18,52% 14,81% 14,81% 11,11% 7,41% 7,41% 7,41% 7,41% 7,41% 3,70% Gol Santana Voyage Palio Celta Corsa Astra 206 207 307 Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 38 - Automóveis com maior incidência de troca de pastilha e lona. Pastilha e Lona 19,05% 16,67% 14,29% 9,52% 7,14% 7,14% 7,14% 4,76% 4,76% 4,76% 2,38% Gol Santana Parati Uno Palio Fiesta Corsa Prisma Sandero 2,38% 206 207 Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 39 - Montadoras com maior incidência de troca de peças de freio. Montadoras - Freio 41,80% 20,11% 16,93% 14,02% 4,76% VOLKSWAGEM FIAT FORD Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. 2,38% CHEVROLET RENAULT PEUGEOT 307 16 Gráfico 40 - Classificação por automóveis sobre o segmento de freio. Automóveis - Freio 18,57% 14,29% 10,00%10,00% 8,57% 5,71% 5,71% 4,29% 4,29% 4,29% 2,86% 2,86% 2,86% 2,86% 2,86% 1 Gol Palio Santana Parati Corsa Fiesta 207 Prisma 206 307 Voyage Uno Celta Astra Sandero Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 41 - Automóveis com maior incidência de troca de amortecedor. Amortecedor 29,17% 16,67% 16,67% 12,50% 8,33% 8,33% Gol Santana 8,33% Voyage Uno Fiesta Corsa 206 Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 42 - Automóveis com maior incidência de troca de axial. Axial 18,18% 18,18% 15,15% 12,12% 12,12% 6,06% 6,06% 3,03% Uno Palio Fiesta 6,06% 3,03% Escort Corsa Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Astra Prisma Clio 207 307 17 Gráfico 43 - Automóveis com maior incidência de troca de balança. Balança 28,57% 28,57% 28,57% 14,29% Gol Uno Fiesta 206 Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 44 - Automóveis com maior incidência de troca de bieleta. Bieleta 28,57% 28,57% 28,57% 14,29% Gol Voyage Fiesta 20600,00% Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 45 - Automóveis com maior incidência de troca de buchas. Buchas 15,15% 12,12% 12,12% 12,12% 12,12% 9,09% 6,06% 6,06% 6,06% 6,06% 3,03% Gol Santana Voyage Uno Palio Fiesta Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Escort Corsa Clio 20600,00% 20700,00% 18 Gráfico 46 - Automóveis com maior incidência de troca de coxins. Coxins 25,00% 20,00% 20,00% 10,00% 10,00% 10,00% 5,00% Gol Uno Palio Escort Corsa Clio 20600,00% Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 47 - Automóveis com maior incidência de troca de junta homocinética. Junta Homocinética 20,00% 15,00% 10,00% Gol 10,00% Voyage 10,00% Saveiro 10,00% Parati Uno 15,00% 10,00% Palio Escort Clio Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 48 - Automóveis com maior incidência de troca de pivô. Pivô 50,00% 37,50% 12,50% Gol Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Palio Astra 19 Gráfico 49 - Automóveis com maior incidência de troca de rolamento de roda. Rolamento de Roda 14,81% 14,81% 11,11% 14,81% 11,11% 7,41% 7,41% 7,41% 7,41% Corsa Astra Vectra 3,70% Gol Voyage Parati Uno Palio Fiesta Clio Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 50 - Montadoras com maior incidência de troca de peças de suspensão. Montadoras – Suspensão 29,77% 24,49% 15,03% 12,71% 12,28% 5,72% VOLKSWAGEM FIAT FORD CHEVROLET RENAULT PEUGEOT Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. Gráfico 51 - Classificação por automóveis sobre o segmento de suspensão. Automóveis – Suspensão 16,67% 12,75% 11,76% 8,33%7,84% 6,86%6,37% 5,88% 4,90%4,41%2,94%2,94%1,96%1,47%0,98%0,98%0,98%0,98%0,98% Gol Uno Palio Fiesta Corsa Escort 206 Clio Voyage Astra Santana 207 307 Parati Saveiro Celta Prisma Vectra Sandero Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor. 20 APÊNDICE C – Venda da LS Auto Peças entre outubro de 2013 e março de 2014, dividida por segmentos. Tabela 1 – Vendas LS Auto Peças entre outubro de 2013 e março de 2014. Fonte: Coleta de dados adaptado pelo autor ANEXO A – Veículos mais vendidos entre 2003 e 2010 no Brasil. Tabela 1 – Veículos mais vendidos entre 2003 e 2010 no Brasil. Fonte: Dados FENABRAVE (2014) adaptados pelo autor. .