coletânea de textos cadmistas 2010
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coletânea de textos cadmistas 2010
CECR Escola Parque NULEP Projeto Cadmo COLETÂNEA DE TEXTOS CADMISTAS 2010 Abdias Augusto Caíque Nascimento Daniel Santiago Ericson Vitor CECR Escola Parque NULEP Projeto Cadmo COLETÂNEA DE TEXTOS CADMISTAS 2010 Salvador 25 de novembro de 2010 A todos os anisianos que neste ano celebraram os 60 anos do Centro Educacional Carneiro Ribeiro Agradecimentos Aos Colegas e Professores do Núcleo de Leitura e Pesquisa – NULEP, em especial à Prof.ª Maria Augusta Cortial pelo apoio permanente. Ao Prof. Gedean Ribeiro por ter acreditado na ideia. Aos Pais e Mães dos alunos que apoiaram o Projeto Cadmo. Ao aluno Carlos Henrique Reis (Escola-Classe IV) pelas belas ilustrações da capa e sub-capa nº 3. Sumário JAMES’P & LOGAN Abdias Augusto – Colégio Central da Bahia......9 Capítulo Um – Mistland........................................................11 Capítulo Dois – Fenômeno.................... ...............................12 Capítulo Três – Árvore Mãe...................................................22 Capítulo Quatro – Ida Condol................................................34 Capítulo Cinco – Primeiras Aulas...........................................48 Capítulo Seis – Estranhas Aparições.......................................60 Capítulo Sete – O Segredo de James.......................................72 Capítulo Oito – Dias Difíceis...................................................87 UM POUCO DE MIM Caíque Nascimento – Escola-Classe IV...............99 Poesias Será........................................................................101 Se............................................................................102 Quem......................................................................103 Não Sei...................................................................104 Sem ideia................................................................104 Destino...................................................................105 Engraçado, não?....................................................106 Mal..........................................................................107 Sem Título...............................................................108 Mais Uma Vez (The Death).....................................109 Soneto da Esperança..............................................110 Conto Diário de uma Nova Terra.....................................111. O CAVALEIRO DA MORTE Daniel Santiago – Escola-Classe IV.................114 Prólogo.................................................................116 Capítulo 1: Eduard Metzelder.............................118 Capítulo 2: Isso! Eu vou para Valkyria..............140 POESIAS História, começo, meio e fim Ericson Vitor – Escola-Classe III....................165 Destino................................................................167 Melhores Coisas.....................................................167 Para Onde Foi.......................................................168 Bem Longe............................................................169 História, começo, meio e fim...............................169 Rosto Inimigo.......................................................170 Fotos....................................................................170 Apresentação Esta “Coletânea de Textos Cadmistas - 2010” é o resultado das atividades desenvolvidas pelo “Projeto Cadmo. Nesta publicação o leitor terá a oportunidade de conhecer a produção textual de jovens escritores, alunos do Centro Educacional Carneiro Ribeiro e do Colégio Central da Bahia. Os textos estão distribuídos nos gêneros – épico, conto e lírico, os quais refletem as leituras empreendidas ao longo do ano, principalmente sob a influência de livros que exaltaram o espírito de descobertas e de aventuras lastreadas pela História, Cultura e Mitologia. Não é demais afirmar o quão orgulhoso estou ao revelar a escritores, capacidade que criativa cultivaram desses sonhos, meninos- construíram realidades, subtraíram preconceitos e reafirmaram a importância da escrita, do exercício prematuro do pensamento, e mais do que nunca, da gênese pedagógica da Escola Parque conforme pensamento anisiano que diz: “O suposto ser racional dos gregos e o suposto indivíduo são dois produtos altamente elaborados, não sendo inata senão a possibilidade de determinado organismo humano se fazer um e outro, se a sua história, as suas experiências, as pessoas com que conviver e se agrupar, ou seja, a sua educação, a isto ajudarem.” Ao leitor atento ofereço o direito de julgar a riqueza destas páginas. Boa leitura. Prof. Jayme Ribeiro PARTE I Abdias Augusto Abdias Augusto. Eu li muitos livros aqui no Cadmo. Fiz grandes amizades. Aprendi coisas novas. Fui descobrindo coisas que nunca ouvi na vida. Tenho mais um excelente professor, mais uma excelente aula. E agradeço por estar participando de um projeto tão legal, genial. Obrigado. Capítulo 1 -Mistland- Há tempos em 28 de dezembro de 1499 existiu uma pequena cidade conhecida como Mistland nas terras onde hoje em dia é o Rio Grande do Sul. Na época Mistland era pouco conhecida e muito diferente das grandes e conhecidas cidades dos ynutis (quem não possui magia). Essa pequena cidade, Mistland, na dimensão dos ynutis era uma cidade normal aos olhos dos ynutis, e exclusiva para eles que não herdaram magia. Hoje em dia essa cidade não existe mais na dimensão ynuti, e agora é só um lugar abandonado, em ruínas que precisou na época de 1499, às pressas, ser escondida em outra dimensão longe dos ynutis e dos nativos que moravam por perto. Mistland foi escondida em um final de tarde, no dia 31 de dezembro de 1499, no dia em que Duarte Pacheco “o verdadeiro descobridor do Brasil” faleceu e quatro meses antes de Pedro Álvares Cabral chegar onde atualmente é o Brasil. Certa vez um espião ynuti cujo nome é Phill, entrou clandestinamente em Mistland e se misturou entre os mágicos, feiticeiros e bruxas que moravam lá. Phill aproveitou uma ocasião para entrar na cidade, e justamente no dia em que os mágicos realizaram uma pequena comemoração na praça central, em volta de uma porta petrificada. E dessa porta magicamente saem vários mágicos que vem para a comemoração da vitória do Tricentro (criatura com três animais fundidos – leão, escorpião e Fênix) contra as trevas desconhecidas. Alguns mágicos estranharam por nunca terem visto ele, mas deixaram como se Phill fosse conhecido. E por causa de Phill “o espião ynuti” que descobriu muita coisa muita coisa sobre Mistland e levou outro ynuti para ter provas. Phill e outro espião provaram para o governo ynuti o que Mistland realmente era. Depois da prova contra Mistland houve uma rebelião que os ynutis fizeram ao descobrir a cidade, que na verdade não era um lugar normal e sim um lugar diferente que eles não conheciam muito bem. Mas assim mesmo os ynutis sem esperança de sobreviverem chamaram as forças armadas de Portugal. E com tochas de fogo para queimar os mágicos, os ynutis fizeram a batalha total. E a cada morte que ocorria, seja lá da parte dos ynutis ou dos mágicos, os que restaram dos mágicos, aos poucos foram abrindo o portal mágico em forma de porta e recuavam para não acontecerem mortes. Mas os ynutis insistiam a lutar até o fim. Os ynutis venceram a batalha contra os mágicos e conseguiram expulsar a magia que eles não conheciam daquele lugar destruindo toda Mistland. Mas antes dos ynutis lançarem uma arma mortal para destruir o portal em forma de porta petrificada, um forte e corajoso homem negro, baixo, com barbas médias em grisalhos brancos, cujo nome é Hionzario Leus, que tentou fazer os ynutis esquecerem tudo o que aconteceu com o feitiço do esquecimento “Decantar”. Foi muito difícil manipular todos aqueles ynutis de uma vez só, mas ele conseguiu. Apesar de Hionzario ficar muito exausto por ter conjurado uma gigantesca e forte luz azul, que cobriu uma boa parte do território em que os ynutis estavam. Mas valeu a pena porque os ynutis não vão lembrar que existiu magia sobre a dimensão deles, ou seja, a terra. Naquela época de 1499 quando ocorreu a rebelião, os antigos magos e árvores mestres, ainda não tinham encontrado a força dos elementos com a magia mais conhecida hoje em dia como Magia Elementar, e por isso não conseguiram vencer a rebelião contra os ynutis. Mas três anos depois, em 1502, depois da rebelião de 1499, graças a Hionzario Leus e os antigos por terem descoberto a força real dos elementos, e que eles podem ser misturados misteriosamente com magia, eles conseguiram fazer magia elementar com o feitiço de transformação “Transfurgia”, que era um dos feitiços mais poderosos do mundo da magia. E dali por diante a magia elementar ficou mais forte podendo vencer os ynutis com o domínio dos elementos naturais: terra, água, fogo e ar. E com essa nova era da magia, que é a magia elementar, os antigos e Hionzario decidiram fazer em cada hemisfério do mundo de Meriton (mundo da magia) com o domínio de terra, enormes templos sagrados de cada elemento, que hoje em dia não são mais templos, mas sim maravilhosas escolas elementares. Por votação da população mágica Hionzario foi escolhido para ser o diretor de uma das escolas elementares. Ele ficou na dúvida se iria ou não, mas depois de refletir, ele concordou com o ministro Elton Felton dando o nome inclusive, de Escola Sul de Condol, ou seja, Colégio de Dominação Elementar. Para começar esta história existem várias famílias mágicas no mundo de Meriton, e são essas. Os Smiths são uma das famílias mais antigas do mundo Meriton. Eles só perdem para a família Dingstons que surgiu a dois anos antes dos Smith, dos Rostons, dos Nicks, entre outras. Os Dingstons e os Smiths na antiguidade não se entendiam muito bem, e isto ninguém sabe. Há séculos após a rebelião de 1499, eles começaram a travar uma briga mortal com os Smiths. E para piorar, Jayme que é da família Smith se apaixonou e casou com Emily Dingston há dois anos (em 2008). Alguns dos Dingstons aceitaram que aceitaram que Jayme Smith se casasse com Emily porque essa briga é muito antiga, mas outros não aceitaram tentando de várias formas separar os dois. Jayme Smith juntamente com Emily Dingston tiveram dois filhos gêmeos cujos nomes é James Paulo Smith Dingston e Logan Anderson Smith Dingston. Os filhos de Jayme e Emily não herdaram nenhum dom de Elengia porque seus pais não são domilingistas, e sim cientistas botânicos. James Paulo e Logan Anderson, dois meninos baixos de 13 anos, de cor clara, com cabelos e olhos castanhos, cresceram sabendo que seus parentes (menos seus pais) são domilingistas, e sempre manipulados para não dizerem aos ynutis. A família Smith teve uma ideia fantástica, porém perigosa. Os Smiths mágicos com Jayme e Emily andaram por meses nas florestas mágicas procurando uma forma para dar dons da Elengia a James e Logan. É por mistérios dos estudos avançados da Ciência misturados com Elengia (magia elementar), o resultado das pesquisas deram certo no diagnóstico. Jayme, Emily, com a participação de seus parentes mágicos produziram no meio do laboratório subterrâneo um líquido colorido que através de uma injeção que será injetada em James e Logam modificando o DNA. Eles sabem que irão colocar em risco a vida dos gêmeos, mas assim mesmo injetaram o líquido colorido nos gêmeos. E dali por diante os gêmeos ganharam dons de Elengia, e graças à Ciência Botânica, James e Logan tornaram-se parte do mundo secreto da Elengia. Capítulo Dois -Fenômeno- Depois da experiência botânica sem estragos, todos foram para suas casas dormir. É nesta mesma noite na casa de Jayme e Emily no subúrbio ynuti da cidade do Salvador, Bahia, enquanto James e Logan dormiam, começaram a sentir várias e várias dores em todo o corpo, fazendo as águas do mar no centro de Salvador levitar acima do seu nível normal. Isto inundou as ruas da cidade baixa, fazendo os ynutis nos pontos de ônibus se assustarem e evacuarem o local. Sensores climáticos de meteorologia do governo ynuti captaram os movimentos das águas de forma diferente em vários pontos da cidade. No dique do Tororó as águas levitaram formando tornados de água indo até à escuridão do céu deformando as nuvens. No farol da Barra as águas vinham até à beira da praia e se levantaram em cortinas de água tapando a vista do horizonte. Hionzario Leus diretamente do seu escritório na Escola Sul de Condol, lendo um livro ynuti em frente à janela, de repente ouve um despertador que pelo som não é nada agradável. Ele sai da frente da janela se movendo para sua mesa, e abre a gaveta encontrando seu sensor a brilhar em várias cores. Logo ele percebe que algo de ruim está acontecendo no planeta Terra, e que é proibido pelo Ministério da Elengia. James e Logan em suas camas dormindo, começam a brilhar e a sentir mais dores. Tudo no quarto dos gêmeos está em seu devido lugar, quando de repente tudo no quarto inclusive os gêmeos começam a flutuar em movimento de ondas. James e Logan estão deitados no ar como se estivessem em uma cama invisível. No mundo Meriton, Hionzario fica na dúvida se vai ou não chamar os outros professores para ir até o planeta Terra junto com ele, mas desiste da ideia. Hionzario olha para o quadro à sua frente que se encontra na entrada do gabinete e pede para o quadro vigiar seu gabinete e não deixar ninguém entrar. Quando de repente ele estala os dedos fazendo um som de faísca de fogo. Dos seus dedos realmente saem faíscas de fogo caindo no chão fazendo surgir areia branca em desenho de caracol. A areia branca subiu como um redemoinho de areia consumindo todo o corpo de Hionzario, fazendo-o sumir do seu gabinete deixando poeira no ar em forma de rotação. Na Terra, na cidade do Salvador. Na orla da praia da Barra na cidade de Salvador, apareceu em frente do farol um outro redemoinho de areia, e dele surgiu o diretor Hionzario Leus olhando para todo o lado para se prevenir de algum ynuti que esteja por perto. Mas para sua sorte o bairro da Barra está neste momento totalmente escuro por causa dos postes de luz que estão apagados. Hionzario está como sempre vestindo sua batina prateada e ao ouvir os passos apressados de alguém ele rapidamente estala os dedos fazendo sua batina prateada virar uma roupa ynuti, quando de repente da escuridão aparece um ynuti morador de rua com sua roupa toda rasgada e suja, passando correndo do lado de Hionzario sem falar uma palavra. Hionzario logo percebe que a rua onde ele se encontra está novamente vazia e continua escura quando um poste de luz começa a apagar e acender a luz, e só assim ele pode ver as águas do mar levitadas em cortinas de água. Logo Hionzario tenta (com seu domínio da água) abaixar as águas, mas não consegue. O porquê ele não sabe. James ainda dormindo, começa a parar de flutuar e desce até o chão do quarto quando de repente ele abre os olhos (ainda dormindo) que estão completamente escuros como a noite e depois fecha. No momento em que James fecha os olhos, Logan abre os seus que estão claros como o dia. Depois desce do ar indo também ao chão, ficando de pé como James está. Mas Logan insiste em ficar de olhos abertos. Hionzario ainda na orla da praia insiste em abaixar as águas, e dessa vez ele consegue com a ajuda de Logan que em seu quarto levanta os braços com as mãos abertas e depois abaixa fazendo as águas da Barra, do Dique do Tororó e do centro da cidade voltar ao seu nível normal. Jayme acorda assustado em meio à noite fria por ouvir um estrondo vindo do quarto dos filhos. E acorda Emily para os dois irem até o quarto dos gêmeos. E chegando ao quarto encontram ao abrir a porta, tudo no quarto dos filhos a flutuar. Assustados olham para o lado para ver se os filhos estão bem. Quando de repente Logan aparece ajoelhado aos pés de Emily que pela aparência, Logan está muito assustado pelo que está acontecendo diante dos seus olhos. Jayme começa a sorrir de felicidade ao ver o resultado das pesquisas botânicas, mas também com um pouco de medo de algum vizinho ver ou ouvir os objetos que estão flutuando no quarto. Emily se agacha e levanta o filho pedindo para ele se acalmar. Logo o filho começa a se recuperar do susto. De repente uma cadeira se rompe com a janela de vidro, quebrando-a e chamando atenção de um vizinho que está passando no seu carro em movimento, indo para casa e se distraiu ao ver a cadeira flutuar sobre o jardim da casa de Jayme. Por causa desse incidente, o vizinho ynuti perde o controle do carro, batendo em um poste de luz deixando a frente do carro toda amassada. Neste momento James acorda, e só assim tudo em seu quarto volta ao lugar vagarosamente, fazendo Hionzario perder o sinal de onde tudo isso veio. Emily coloca a mão na testa por preocupação pelo vizinho que viu a cadeira flutuar, e rapidamente pega o telefone do chão para ligar para o pai de James (Jack) para ele vim consertar o estrago que James fez. Hionzario perdeu o sinal de onde tudo isto veio. Ele teve uma visão de dois meninos gêmeos flutuando em um quarto, mas ele não conhece as pessoas de sua visão. Logo passa uma ideia pela cabeça de hionzario para ele se tele transportar para onde. Os postes de iluminação começaram a piscar querendo refletir novamente a luz na orla da praia. Hionzario aproveitando a escuridão naquele momento, e olhando para todos os lados... Ele se tele transporta diretamente para a casa dos Smith. No momento que ele desaparece da orla da praia as luzes dos postes de iluminação voltam a clarear a rua e de pouquinho em pouquinho os ynutis começam a reaparecer nas ruas. Capítulo Três -Árvore Mãe- Na casa dos Smiths Emily acaba de telefonar para o pai de Jayme, quando uma luz no quarto de James e Logan começa a piscar e um vento a surgir do nada. A janela do quarto se abriu fazendo entrar terra do quintal para dentro do quarto, e dessa terra com o vento aparece o tornado de areia fazendo surgir Hionzario. Todos no quarto, menos James, que está paralisado como uma estátua, se assustam ao ver um homem ynuti, mas de aparência mágica por ter aparecido de forma anormal. Hionzario sem ter o que fazer acena para os Smiths e depois diz: - Ola, pessoal! Por que essas caras ao me ver? - Você aparece assim na minha casa, e como é que você quer que eu fique? – responde Jayme com uma pergunta. - Calma, Jayme. Não fique nervoso. - Eu não estou... Espere aí, como você sabe meu nome? – perguntou Jayme. Hionzario dá um sorriso para Jayme. - Jayme, querido, não está me reconhecendo? Sou eu, hionzario Leus. Jayme olha para Hionzario dos pés à cabeça ainda não reconhecendo: - Não pode ser! O lendário Hionzario Leus não andaria assim, andaria? – perguntou Jayme. - Sim, eu andaria, mas só por disfarce por causa dos ynutis. Sem ofensa à sua família Jayme. Eu vou te provar. Hionzario com a força do pensamento fez a terra que fez ele aparecer subir envolvendo ele em forma de espiral, modificando a roupa ynuti que ele está usando. Surge a sua batina branca em seu corpo. E só assim Jayme ver e acredita que ele é o lendário Hionzario Leus, porque agora ele está usando sua batina que é o normal para os lendários magos usarem. Emily não acredita que Hionzario está ali em sua casa, por isso ela sai da porta do quarto e vai para perto de Hionzario para abraçá-lo. Jayme ficou com um pouco de ciúmes por ver sua esposa abraçar outro homem, mas ele logo tira isso da cabeça. - Bom, é... Chega Emily, seu marido pode ficar com ciúmes, e quem é aquele na janela? – pergunta Hionzario Leus olhando para janela. Jayme e Emily rapidamente olham para janela vendo o Sr. Mário olhando para eles com uma cara de espanto. Provavelmente ele viu Hionzario trocar de roupa de uma forma anormal. Hionzario olha para cara de Jayme e Emily percebendo que o Sr. Mário não faz parte da família Smith. Rapidamente sem eles verem o mágico pega do seu bolso uma esfera prateada e aponta para o Sr. Mário. A esfera prateada reflete uma luz branca, que faz a memória de um ynuti se apagar e fazer esquecer o que viu de anormal. Jayme e Emily fecharam os olhos na hora exata que a luz surgiu, mas Logan ficou com os olhos abertos. Enfim, a memória do Sr. Mário foi apagada e voltou a ser como a de um ynuti que não viu nada de anormal, e voltou para perto de seu carro destruído no outro lado rua. Enquanto isto Logam e James caem desacordados no chão. Hionzario olhando para o ambiente do quarto, percebe que foi dali que as águas foram controladas: - Bom, família ynuti, quer dizer, Smith, seus filhos depois que fizeram aquele fenômeno assustador aqui na cidade dos ynutis, eles precisam ser levados para o próprio bem deles até a floresta do Mundo Meriton, ao encontro da Árvore Mãe para purificá-los e impedir que eles façam isso outra vez. Emily e Jayme se entreolharam com caras de susto, mas concordaram com Hionzario para levar os filhos pro mundo de Meriton para serem purificados: - Jayme e Emily, será que vocês podem me dar licença e saírem do quarto por dez minutos, por favor. – diz Hionzario com os braços para trás. O casal desconfia de Hionzario ter pedido a eles saírem, mas mesmo desconfiados eles saem. São onze horas, cinqüenta e nove minutos e cinqüenta e cinco segundos da noite na cidade do Salvador, quando a porta do quarto se fechou e Hionzario entra em ação, começando a rodar muito rápido fazendo surgir uma ventania que fez tudo no quarto novamente ir para os ares e se movimentar para todos os lados. Tudo no quarto durante três velozes minutos voltou ao normal com toda mobília em seu devido lugar. Os cacos da janela de vidro se movimentaram para a janela se restaurando. O poste de luz voltou ao lugar, o carro do Sr. Mário ficou impecável e melhor do que antes. Hionzario conseguiu consertar tudo nos cinco segundos que prometeu. E a meia-noite em ponto a porta do quarto se abre entrando Jayme e Emily procurando por Hionzario, e o encontrou sentado em uma das cadeiras do quarto lendo um gibi, e os corpos de James e Logan flutuando como se estivessem em uma maca invisível. Jayme e Emily se surpreendem ao olhar o quarto dos filhos e veem tudo no lugar: - Parabéns, Sr. Hionzario, e muito obrigado. – agradece Jayme. - Não foi nada. – respondeu Hionzario. De repente: - Bim, Bim, Bim... – O relógio no bolso de Hionzario alarma em som fino ecoando pelo quarto e saindo. Hionzario olha as horas e diz: - Já que consertei tudo por aqui, agora podemos ir. Com um exaltar de dedos de Hionzario surge um enorme círculo luminoso atrás de Jayme e Emily. Hionzario fecha um pouco os olhos e coloca a mão na frente para proteger os olhos da luza. Jayme e Emily se viram para luz fazendo os mesmos gestos. Os corpos de Logan e James começam seguir na direção do buraco luminoso ou portal tridimensional. Hionzario pede para Jayme e Emily entrar e eles obedecem entrando no portal e sumindo na claridade da luz, quando de repente o portal se fecha deixando no chão do quarto uma faísca de Elengia. Dentro do portal Jayme, Emily e os corpos adormecidos dos irmãos se agitam ao descer as profundas e coloridas paredes do portal. Quando eles menos esperam, eles passam por um portal da dimensão do gelo o que fez seus corpos congelarem por um segundo e... Bumm... O mundo Meriton aparece do nada fazendo os corpos congelados de James e Logan se baterem contra o chão gramado, enquanto Jayme e Emily param de repente a trinta centímetros acima do chão e depois caem também. - Ainda bem que chegaram – diz Hionzario para Jayme e Emily. Estávamos esperando por vocês. Hionzario está rodeado por três homens do Ministério da Elengia, que vieram para levar James e Logan ao encontro da árvore mãe que localiza no lado norte de Meriton. Hionzario chega perto de Jayme e Emily passando por cima deles um manto amarelo cor do sol, fazendo eles descongelarem na mesma hora. E depois Hionzario passou por cima dos gêmeos também os descongelando: - Muito Obrigado Hionzario por também descongelar nossos filhos. – agradece Emily olhando para Hionzario que está de aparência feliz. Ela continua: - Que lugar lindo e cheio de árvores. E onde fica esta árvore mãe? - Logo depois dessas árvores. Aliás, aquela grandiosa que é a árvore mãe! Linda não é? – comentou Hionzario apontando para as árvores e deixando Jayme e Emily de boca aberta. A árvore mãe é uma árvore de beleza única em Meriton. É a maior de todas que existe. Ela é um Jequitibá. Entre suas raízes gigantes existem cavernas onde as pessoas ficam até serem purificadas. Marcos, um dos homens do Ministério da Elengia aponta para o lado norte onde está a árvore mãe pedindo para eles prosseguirem. De repente os corpos ainda adormecidos de James e Logan começam a flutuar e debaixo deles aparecem magicamente maçãs visíveis feitas de raízes da árvore Sucupira, levando os gêmeos na direção da árvore mãe. - Vamos pessoal! – diz Hionzario começando a andar, seguindo os três homens do Ministério da Elengia e os gêmeos James e Logan. Eles caminharam entre os diversos tipos de árvores de um lado e do outro fazendo um caminho das árvores, levando até a árvore mãe. E chegando à propriedade da árvore mãe, logo na entrada há uma arco de pedra rodeado por raízes. É uma pedra inclinada anunciando o seguinte: “Sejam bem-vindos à propriedade da magnífica Árvore mãe Cuidado onde pisam.” Atenciosamente: PlantsKing (Rainha das Plantas). Pelo chão da propriedade existem várias raízes em forma de ondas, saindo e entrando no chão dificultando o caminhar das pessoas que vão até a árvore mãe. Depois vem as enormes e grossas raízes fazendo cinco paredes altas em volta dela de aproximadamente vinte metros de altura sustentando-a. Emily e Jayme surpreendem-se ao ver de perto a altura e a beleza da árvore. Quando de repente eles ouvem um som de folhas secas rolando pelo chão, e quando eles menos esperam logo na frente deles surge um redemoinho de terra e folhas secas fazendo aparecer Jack, o pai de Jayme, e avô de James e Logan: - Papai! – diz Jayme alegre ao vê-lo. Que grande surpresa! Achei que o senhor não nos acharia. - Não diga bobagens, filho... – Jack sussurra no ouvido do filho enquanto o abraça. Depois abraçou a nora, Emily, que também ficou muito alegre ao ver o sogro. Hionzario ouve o nome e a voz de Jack, e para ignorá-lo adianta os passos passando por uma porta logo na frente, deixando Jayme, Emily e Jack para trás. Hionzario teve essa reação por motivos pessoais entre ele e Jack. Os três homens do ministério da Elengia descarregam os gêmeos em cima de uma mesa feita de pedra, enquanto Hionzario vai até à recepção aguardar na fila para os gêmeos serem internados. Jack, Emily e Jayme minutos depois entram na recepção encontrando James e Logan em cima da mesa de pedra, enquanto uma raiz retira a maca debaixo deles: - Uau! Que lugar fantástico. – diz Jack olhando em volta. Eu nunca estive aqui. - Sério, Jack? – pergunta uma voz rouca. Ah, já sei... Deve ser que seus filhos não herdaram a Domelengia? (Dominação de elementos com magia) – diz Hionzario caçoando de Jack. - Sempre irritante, hem, Hionzario?! – responde Jack de bom humor indo dá um abraço em Hionzario. De repente uma voz vinda do interior da árvore diz: - Número três mil setecentos e três. - Pessoal, somos nós. – diz Hionzario olhando para Jayme e Emily. E só pode vim comigo um responsável pelos gêmeos. - Eu vou. – Emily se oferece para ir. Hionzario e Emily se retiram da recepção de espera e vão para o balcão de atendimento onde está uma bela fada-ninfa esperando a pessoa que está com o número três mil setecentos e três. Emily e Hionzario se aproximam do balcão, e quando eles menos esperam a fada-ninfa dá um pequeno grito ao ver Hionzario: - O que aconteceu Libélula? – pergunta Hionzario para a fadaninfa. - Você me conhece! – responde Libélula. Sério? Mentira! Sabe, Hionzario, eu sou sua fã número um. - Muito obrigado Libélula, mas eu li o seu crachá com seu nome. Onde fica a sala da PlantsKing? – perguntou Hionzario. - Há, desculpe, Diretor. É... Fica logo ali. – responde Libélula apontando para uma enorme porta do lado deles. - Muito obrigado. – agradece Emily. Os dois se despedem de Libélula e vão para a sala da PlantsKing. É chegando perto da porta de entrada do gabinete, a porta é feita de raiz e se abre sozinha. E quando eles passam pela porta do gabinete outra vez a porta de raiz se fecha e uma voz suave a falar rigorosamente: - Por normas de segurança aos pacientes, os pais ou responsáveis não podem ficar junto a eles para não interferir no tratamento. – diz a PlantsKing quando eles entraram no gabinete. Lamento muito, mas são as normas. Emily fica curiosa para saber de onde veio aquela voz, que ela não via quem a refletia. Quando de repente uma enorme sombra de quase dois metros de altura surge do lado oeste do gabinete, e em dois segundos a sombra se transforma em uma linda mulher negra, alta, de cabelos cor marrom-verde em forma de raízes soltas, de vestido verde longo arrastando ao chão e olhos negros: - Hionzario, é você? – pergunta a PlantsKing. Claro que sim. Eu reconheço essa barba grisalha a milhas. - Plants, você está maravilhosa, sabia? – diz Hionzario feliz. - Certo, mas quem é esta moça adorável? – pergunta a PlantsKing. - Desculpe, aquela é Emily Dingstons, a mãe dos gêmeos James e Logam que irão de internar aqui. – responde Hionzario. Emily ficou desajeitada e acenou dizendo “Oi” e andando com Hionzario que a conduziu para perto de PlantsKing a fim de cumprimentá-la melhor. A PlantsKing e Emily se conheceram melhor até ficarem amigas. E depois de um bom tempo de conversa a PlantsKing notou que já fazia dez minutos que eles conversavam e para não passar mais tempo ela diz: - Por favor, assine o formulário de internação que está em cima da mesa. Quando de repente atrás de Emily e Hionzario a porta feita de raiz se abre para os corpos de James e Logam entrar com os operários que estão trazendo, e novamente eles são colocados em cima de outra mesa. Emily de acaba de assinar as sete folhas do formulário de internação, quando umas finas, mas fortes raízes se envolvem nos corpos dos gêmeos levitando-os em direção a dois pequenos buracos. Chegando lá, eles recebem pelo rosto jatos de soníferos em forma de fumaça roxa fazendo eles caírem em completo sono profundo. Depois as raízes soltam os gêmeos empurrando-os para dentro do buraco, fazendo eles desaparecerem por causa de outras raízes finas que surgiram formando uma porta protegendo a entrada. - Bom, PlantsKing. Já estamos indo para outra pessoa entrar. – diz Hionzario. - Tudo bem Leus, mas vocês dois apareçam. – responde PlantsKing. Emily e Hionzario se retiram do gabinete e vão novamente para a sala da recepção reencontrar Jayme e Jack. - Vocês demoraram. – reclama Jayme para Hionzario e Emily. - Calma, coração. A gente só estava conversando. – responde Emily pegando na mão de Jayme. Nossos filhos estão bem. Já estão na caverna de purificação. - Jayme, com licença, é que agora temos que ir. – diz Hionzario. Vamos! É um portal de luz azul que surge. Eles entram no portal e somem indo para casa no planeta Terra. Capítulo Quatro -Ida a Condol- Depois de três longos dias de sono profundo para purificação. James em uma das cavernas do lado norte da árvore acorda e se depara em lugar esquisito e frio, apenas com pequenas brechas de luz iluminando onde ele está: - Onde estou? – pergunta James pra si próprio. Que lugar estranho? E pra sua surpresa uma voz suave e desconhecida fala com ele: - Bom dia James. Você dormiu bem aqui? Espero que sim. – diz a PlantsKing para James. James assustado olha para todos os lados com um pouco de medo e confuso: - Quem é você? E... Onde estou? – pergunta o menino assustado e de voz medrosa. Pai, mãe, Logan, apareçam. - Calma, James. Não fique assim com medo. Seus pais logo vão vim para te buscar. – diz a Plantsking tentando acalmar James. Eu sei que você não me conhece. Mas eu sou a árvore mãe, ou me chame de PlantsKing, é melhor. - Está bem PlantsKing. Mas será que a senhora tem algo para eu comer. – James pergunta. - Sim, James. Só um minuto. – respondeu PlantsKing. De repente do lado norte da caverna surge uma porta, e dela entra um enorme galho de árvore trazendo uma bandeja de prata com café da manhã para James. Ele olha o que tem na bandeja, aceita o café e come tudo até não querer mais. A bandeja estava cheia de frutas mágicas do mundo Meriton, e frutas não mágicas vindas especialmente do planeta Terra e alguns bolos de aipim e laranja acompanhados de suco de fruta afrodisíaca do mundo Meriton. James acaba de comer tudo depois de dois minutos, e coloca a bandeja em cima de uma mesa de mármore ao seu lado. E depois de trinta segundos de silêncio entre James e PlantsKing ele pergunta: - Árvore, quer dizer, PlantsKing, posso te fazer uma pergunta? - Pode sim, James. O que você quer saber? James repensa o que quer perguntar, quando a porta surge novamente, e que entra dessa vez é Logan: - Irmão. – diz Logan feliz ao rever James. Que saudade. - Eu também estou com saudade de você, do papai e da mamãe. – diz James. Aliás, onde eles estão? – pergunta James olhando para a porta e vendo seus pais parados olhando para ele e o irmão. James arregala os olhos, se levanta e sai correndo para abraçar os pais. Os quatro se reencontram e matam saudade. E depois de matarem a saudade, a PlantsKing libera os gêmeos para ir para casa no mundo dos ynutis, mas já que eles agora fazem parte do mundo da Elengia, não poderão voltar para o planeta Terra e sim ficar em Meriton para estudar Elengia. Hionzario reencontra Jayme, Emily e os meninos na saída da propriedade da árvore mãe e se oferece para comprar os materiais escolares. Emily e os gêmeos acham uma boa ideia e aceitam a proposta, enquanto Jayme fica de cara feia. Mas depois de pensar melhor ele também concorda, porque também eles não conhecem nada sobre Meriton. Os cinco saem da área rural de Meriton e vão andando para a área urbana onde fica a cidade de Mistland para comprar os artefatos escolares dos gêmeos. Antes de comprarem os artefatos, hionzario leva Jayme e sua família até o banco dos Domilingistas para fazer uma ficha de poupança para dinheiro domilingista. Claro que o dinheiro não irá sair assim tão rápido, por isso Hionzario emprestou seu dinheiro para comprar os materiais escolares dos gêmeos. Neste dia, o tempo estava muito nublado em risco de cair tempestade furiosa. Mas mesmo assim eles foram às compras. Final de tarde em Meriton. Eles já tinham comprado tudo para o ano letivo e só restava descansar para o dia seguinte (cinco de março). Os gêmeos embarcaram nas charretes voadoras e foram para Condol. Hionzario deixou Jayme e sua família na pousada Meritonplaza, e depois foi para Condol se preparar para a chegada dos alunos no dia seguinte. E no dia seguinte James e Logan acordam bem cedo, às cinco e meia da manhã, para esperar o sol nascer e ouvir a vida em Meriton acordar para um novo dia. Às seis horas em ponto o sol em Meriton nasce, e com o cantar do hipogrifo galo todos acordam em Mistland. Jayme, Emily, James e Logan descem juntos para a sala de refeições da pousada para tomar o café da manhã. Minutos depois eles acabam a refeição e fecham a conta. E depois vão para o guarda-volume pegar os materiais escolares dos gêmeos: - Querido onde será esse tal portal tridimensional? – Jayme pergunta para Emily onde. De repente quando Jayme acaba de falar, eles ouvem uma voz grave e desconhecida bem atrás deles. - Senhor, com licença, mas o portal fica logo ali na praça central. – diz um elfo doméstico apontando para fora da pousada. - Muito obrigado, elfo – Emily agradece. Todos os quatro pegam as malas e saem da pousada Meritonplaza e vão em direção da praça central. E chegando à praça eles olham ao redor e só veem lojas mágicas, pousadas, restaurantes e nenhum portal à vista. Veem só uma porta petrificada dentro de um círculo azul desenhado no chão. De repente eles ouvem um som de algo se despetrificando. Todos olham para o portal vendo um homem e uma mulher saindo magicamente em frente à porta petrificada: - Querido, aquele é o portal! – Emily diz para Jayme. Muito curioso. James e Logan adiantam os passos e vão até ao portal, enquanto seus pais os observam e vão atrás. Jayme ao chegar à frente da porta petrificada, toma iniciativa colocando a mão na superfície da porta. Sua mão ao invés de passar para o outro lado, ela ficou no mesmo lugar. Logo ele percebeu que ele não pode passar para o outro lado e vê seus filhos embarcarem para Condol: - Desculpe-nos, filhos, mas eu e sua mãe não podemos passar para o outro lado. Na somos mágicos! – Jayme lamenta com clareza e voz abafada. Emily estica os braços para abraçar os filhos. Os gêmeos vão juntos e dão um forte abraço duplo de despedida na mãe, e depois outro no pai. Os gêmeos pegam as malas, olham uma última vez para os pais e atravessam o portal deixando os pais a chorar. James e Logan passam por uma transformação. Os gêmeos antes de atravessarem o portal, eles estavam com roupas normais e, ao chegarem ao outro lado eles estão vestidos com largas vestes brandas e cabelos soltos. Eles olham ao redor e se deparam com uma plataforma marítima desativada. Os gêmeos se entre olham sorrindo por conta das vestes gozadas que estão usando. De repente algo tapa o sol protegendo os dois. James e Logan se viram e veem um homem alto de face zangada encarando eles: - Bom seus engraçadinhos. Eu já estou esperando vocês a vinte minutos, mas agora andem sem falar nada e entrem na charrete já. – reclama o zelador da Escola Condol. Ele, o Rodney Maya pega as malas dos gêmeos e depois coloca em uma charrete. James e Logan envergonhados pela bronca entram na charrete de cabeças baixas e se sentam nos dois lugares reservados para ele. Logan ainda envergonhado olha para o lado de fora e não vê nada preso à charrete e chama o irmão que ainda está de cabeça baixa. De repente quando os gêmeos menos esperam uma voz feminina fala com eles: - Bom dia, meninos! Vocês devem estar se perguntando o que irá puxar as charretes, não é? São hipogrifos vermelhos, e meu nome é Bruna, Bruna Woling. – diz Bruna tentando fazer amizade com os gêmeos. E esse é Denis Roston, meu primo de segundo grau. James e Logan continuam calados olhando pro lado de fora. De repente a charrete se move dando impulso para frente começando a andar pelo píer e depois descer para as águas verdes do lago começando a flutuar por cima da água. O mesmo aconteceu com as outras cinco charretes. Bruna imóvel olhando para os gêmeos já perdendo a esperança de falar com eles, quando inesperadamente Logan retribui à palavra de Bruna: - Olá, Bruna e Denis. Meu nome é Logan Smith e meu irmão se chama James. Os quatro dentro da charrete começam a conversar coisas sobre o mundo Meriton. Onze e meia da manhã de Domingo, as charretes chegam às águas que banham a Escola Sul Condol. Todos os alunos de dentro da charrete olham para o lado de fora e não veem nada, só uma alta torre vinda de dentro das águas: - Será que a Escola fica por debaixo das águas. – Bruna assustada pergunta para Denis, James e Logan. As charretes se aproximam lentamente da torre vinda das águas. De repente as seis charretes param sobre as águas uma atrás da outra, bem perto da torre vinda da água. Todos os alunos novos ficam curiosos olhando a torre, e quando os alunos menos esperam ao redor da torre as águas começam a se abrir em círculo surgindo um enorme buraco profundo com fumaça d’água. Em segundos o buraco se transforma em uma enorme catarata que no fundo está cheia de fumaça d’água cobrindo uma enorme ilha, e sobre esta enorme ilha está a Escola Sul Condol em forma de castelo medieval. A fumaça d’água some lentamente de cima do castelo Condol fazendo a enorme torre magicamente se encolher ficando ainda alta. Mas bem lá em baixo está a escola. Os alunos ficam maravilhados ao ver tudo isso acontecer. De repente as charretes dão outro pequeno impulso, mas dessa vez para baixo indo repousar em terra seca e firme. As cinco charretes pousam suavemente no píer de madeira da escola. Rodney, o zelador, desce da primeira charrete, acompanhado por três alunos novos: Ana, Emmanuel e Kevin: - Alunos novos, por favor, podem sair das charretes e se juntem logo ali em frente à escada de granito. – diz Rodney. Os alunos obedecem e vão para frente da escada. Depois dos alunos saírem da charrete, Rodney bate o pé direito no chão fazendo as charretes começarem a andar sobre o píer e depois subir contornando a escola. E cada vez sumindo de vista, saindo de dentro da catarata onde está a escola. A Escola Sul Condol é um grandioso castelo com várias janelas espalhadas por todo o lado, várias salas, uma enorme biblioteca em forma de torre e três enormes salões. Do lado de fora, na entrada para dentro da escola existe uma enorme porta dourada por onde os alunos novos irão passar daqui a pouco. De repente a porta dourada se abre deixando sair os professores da escola e o diretor Hionzario que chegam bem perto dos alunos dando as boas vindas, e convidando a todos para se reunir aos outros alunos antigos no grande salão de refeição. Os alunos novos sobem os degraus da escada de granito, passam pela porta dourada, e entram na escola na companhia dos professores e do zelador Rodney e vão para o grande salão de refeição. O salão de refeição é o maior que tem abrigado todos da escola para as refeições do dia a dia. Os alunos novos e os professores chegam à frente da porta do grande salão de refeições. Hionzario estala os dedos fazendo abrir a porta para todos entrar. Os professores entram primeiro sorrindo e acenando para os alunos antigos enquanto os novos aguardam na frente da porta do salão. Depois que os professores se sentam nas dezesseis poltronas que se encontram no altar do salão em frente aos alunos, Hionzario chama os alunos novos para entrarem no salão e se unir aos outros colegas que estão sentados às mesas. Bruna, Denis, James, Logan e os outros alunos logo ao entrarem no salão se surpreendem ao ver as mesas dos alunos esculpidas em pedra e em forma redonda como se fosse um picadeiro de circo. Logan olha para todos os lugares dos alunos à procura de lugares vagos e se surpreende mais ao contar que tem oito fileiras de mesas nos três cantos do salão, e ao acabar de contar ele consegue achar lugares vagos na mesa central em cima da entrada do salão. Ele puxa a manga das vestes dos amigos Bruna e Denis e depois a do irmão avisando e apontando para os lugares vagos. Os quatro sobem as escadas do lado esquerdo da mesa central, mas se sentam separados por não ter quatro cadeiras vagas juntas para eles. O salão continua em silêncio total. De repente depois de cinco minutos todos no salão ouvem a voz de Hionzario: - Bem vindo a todos, alunos novos e antigos aqui em Condol. Os alunos aplaudem o diretor. - E todos os professores desejam a vocês um excelente início de ano letivo! Muito Obrigado. Todos novamente aplaudem o diretor. E no instante que o diretor acaba de falar, Rodney Maya tempera a garganta chamando a atenção de todos, dizendo: - Boa Tarde a todos. Por favor, alunos novos. Venham novamente até aqui no meio do salão e juntem-se. Os alunos obedecem e se levantam indo para o centro do salão. Rodney se retira do centro do salão, caminha até perto do diretor pegando uma bandeja prateada com vários objetos redondos dentro, e em seguida trás para o centro do salão segurando a bandeja nas mãos e diz: - Bem, conselheiros. Podem ir para seus donos. – fala Rodney olhando para os objetos redondos na bandeja prateada. De repente os objetos redondos começam a levitar saindo da bandeja e se espalham flutuando no ar. Todos os alunos novos curiosos querendo saber para onde os objetos vão, e quando os alunos novos menos esperam, os objetos começam a descer indo na direção deles e parando no ar na frente de cada aluno. Todos os alunos novos pegam o objeto redondo, abrem o objeto em duas partes e lêem o que há dentro: “Sejam bem vindos a Condol”. E para surpreender mais os alunos, suas vestes brancas começam a mudar de cor ficando azul marinho (cor da farda escolar de Condol). - Todos agora podem escolher onde querem se sentar. – diz o diretor para os alunos novos. James chama os amigos Bruna e Denis para perto dele enquanto Logam procura novos lugares para quatro pessoas: - Logam, ali na terceira fileira. – Bruna grita apontando para as mesas do lado norte. Logam para garantir seu lugar e de seus amigos corre pela escada e vai para onde Bruna falou. Todos os alunos se sentam. Bruna, Denis, James e Logan dessa vez se sentam juntos na mesma mesa: - Fadas operárias, por favor, podem servir o almoço para os alunos. – diz Hionzario. Os alunos novos olham para todos os lados à procura das fadas. As pequenas fadas operárias surgem do nada trazendo várias bandejas com diversos tipos de comida. Peru assado, churrasco, ensopado de carne, lasanha e entre outros. Bruna ao ver tudo aquilo já servido pega rapidamente um prato de prata e começa a servir de tudo um pouco que tem para se comer. James neste momento não estava com muito apetite e decide sair do salão para explorar o castelo Condol, enquanto Bruna, Denis e Logan almoçam uma deliciosa refeição de domingo. James se despede do seu irmão gêmeo e dos amigos, depois desce as escadas, passa por de baixo da porta de entrada para o salão que fica em cima da mesa central dos alunos e sai do salão de refeições. A maioria dos alunos já acabou de almoçar quando de repente os pratos e taças começam a flutuar indo para o centro do salão e depois saindo pela porta de entrada do salão em alta velocidade. No momento que os pratos e taças usados saíram do salão magicamente, outros limpos aparecem e as fadas operárias também aparecem trazendo a sobremesa. Depois da sobremesa, de pouquinho em pouquinho, o salão foi ficando mais vazio. Os professores foram para a sala dos professores, e os alunos conhecem a escola. Bruna, Denis e Logan depois de um dia inteiro à procura de James, eles reencontram James na biblioteca lendo livros de porções. A noite chega e às seis e doze da noite a voz do alto falante avisa aos alunos para ir se ajeitarem para o primeiro jantar em Condol. Às sete e meia da noite todo o salão de refeições está lotado de alunos e muitas vozes falando ao mesmo tempo. James, Logan e seus amigos Bruna e Denis tiveram dificuldades para achar o salão, mas conseguiram chegar a tempo do início do banquete. O salão a noite é iluminado por vários cristais brancos e tochas de fogo azul que ficam presos à parede do salão iluminando tudo. Capítulo Cinco -Primeiras Aulas- Antes de todos começarem a comer o delicioso banquete, o diretor Hionzario diz emas palavras: - Boa noite a todos e novamente sejam bem vindos a Condol! Mas agora não é momento de parabenizarmos vocês alunos e sim de comermos este belíssimo banquete. Podem se servir. Dessa vez James está com bastante apetite por não ter comido nada o dia inteiro, e ele é o primeiro a se servir do jantar. Enquanto isto fora das terras de Condol, em algum lugar subterrâneo da floresta norte, está Juniper Dings (a irmã do rei das trevas, o Skraket) sentada em uma poltrona. Ela arma um plano infalível para se aproximar do gêmeo James, e começa o plano do seu irmão Skraket. Às nove horas da noite o jantar encerra no salão de refeição e é fechado para todos os alunos irem para os dormitórios, e dormir para o primeiro dia de aula. Bruna, Denis, James e Logan ao acabarem de jantar foram imediatamente para o dormitório água dormir. Os quatro já tinham entrado no dormitório água, mas não puderam entrar nos quartos porque as portas estavam trancadas. Todos os cento e cinco dormitórios da escola são redondos com várias poltronas espalhadas pelo dormitório, quatro sofás, uma enorme lareira, e cinco portões. Todos os dez alunos novos da tribo água chegam ao dormitório olhando para as portas dos cinco quartos vendo pedaços de folha de pergaminho velho pregado nas portas. Denis curioso adianta os passos indo vê o que tem escrito nos pergaminhos: - Pessoal, só ouçam o que está escrito – “Atenção, alunos novos. Em cada quarto há duas camas para dois alunos. Seus pertences já estão todos arrumados nos seus lugares e os ocupantes desse quarto são: Denis Roston e James Paulo.” – Denis se vira, muito feliz, para os amigos Bruna, James e Logan. James você é meu colega de quarto! James ao ouvir o que Denis falou se levanta e dá um forte abraço no amigo. Bruna dá um sorriso para Denis e James imaginando a bagunça que eles podem fazer no quarto. Logam, por gostar de Bruna, não gostou nada do sorriso que Bruna deu para James, mas logo ele tira isso da memória por James ser o seu irmão. Todos os alunos aos poucos foram dormir. Bruna ficou no terceiro quarto, na companhia de uma menina chamada Leandra. E Logan ficou no quarto número 4 com Marcos. Quando todos os alunos se deitam nas camas e caem em sono profundo, as camas magicamente começam a se levitar a cinco metros acima do chão. E em determinada parte que elas se levitam as camas ficam invisíveis por modo de segurança dos alunos. Segunda feira às cinco e meia da manhã a torre relógio de Condol desperta para todos os alunos e professores acordarem para se aprontar pro café da manhã no salão de refeições. As duas camas de Denis e James descem na mesma da hora da barreira invisível. Minutos depois: - Meu DEUS, que hora é essa? – Denis sussurra em voz sonolenta olhando para seu relógio de pulso. – Já são cinco e quarenta, há não. James acorda. Está na hora de levantar. James no mesmo instante levanta da cama indo na direção do banheiro do quarto. Denis em seguida também se levanta e vai para frente da janela olhar o dia nublado do lado de fora que mal se pode ver a luz. - James, Denis, acordem, está na hora de irmos pro salão, acordem. – diz Bruna em voz alta. - Obrigado Bruna, mas Logan está aí com você? – James pergunta para Bruna quando ele saiu do banheiro. - Não James, ele saiu do dormitório com Fábio, Marcos e Noé já faz uns dois minutos. E eu estou esperando vocês dois aqui fora na sala de estudos. – Bruna responde. - Tá obrigado. – Denis e James agradecem. Às seis horas da manhã o dia já está mais claro, mas ainda nublado com nuvens de chuva. Bruna, Denis e James saem do dormitório água e vão em direção do salão de refeição para tomarem o café da manhã. Bruna, Denis e James andam com dificuldade pelo corredor norte por estar cheio de alunos conversando a espera do sinal tocar para o começo das aulas. No meio do caminho em frente ao corredor sul, o caminho fica mais vazio facilitando o caminhar dos alunos quando de repente entre um grupo de alunos, Bruna, Denis e James encontram Logan conversando com outros colegas da escola. Ao avistar o irmão Logan rapidamente para de sorrir e fica com o rosto sério encarando o irmão e o não-amigo Denis, e passa por eles sem dizer uma palavra: - James por que Logan agiu assim com a gente? – Bruna pergunta curiosa. - É mesmo, ele nem falou com a gente, por quê? – Denis sussurra. Bruna, Denis e James param em meio aos alunos. James para de olhar para o irmão e olha para os amigos dizendo: - Eu não sei pessoal, mas ele não costuma ser assim. – James responde depois e começa a andar na direção do corredor sul principal, em direção ao salão de refeições, enquanto Bruna, Denis observam Logan andar para o corredor leste, e James para o corredor sul principal, sumindo de vista entre a multidão de alunos que saía do salão de refeições. James chega primeiro no salão e guarda os lugares dos amigos. Um minuto depois Bruna, Denis chegam ao salão de refeições e olha para cima procurando onde James está sentado. Ele está sentado na mesa central dos alunos à espera dos amigos, quando de repente Denis chama James: - O que houve com você e Logan? – diz Denis em voz alta chamando a atenção de todos no salão. - O quê? Eu não fiz nada. – James responde se levantando da cadeira e falando em voz alta – o que foi que eu fiz? - Parem com isso vocês dois. – diz Bruna tentando parar a discussão. – Vocês estão chamando a atenção de todos no salão. Quando de repente a professora Eva Loud aparece no salão e chama os dois de voz alta e severa: - Senhor Smith e Senhor Roston, por favor, me acompanhem, já. – diz a professora Eva loud saindo do salão. Denis e James descem apressados as escadas, ao lado da mesa dos alunos, e acompanham a professora até ao gabinete do diretor Hionzario, que fica do lado oeste de Condol. Bruna fica sentada pensando se iria ou não atrás dos amigos, e por ansiedade de saber onde fica o gabinete do diretor, ela decide ir atrás. A professora Eva e os alunos passam pelo corredor sul principal lotado de alunos que observam Denis e James passarem de cabeças baixas na companhia de um professor. A porta do gabinete do diretor e um enorme espelho fino em forma de portal no final do corredor oeste: - Por favor, esperem aqui. – diz Eva ao chegar na frente do espelho. Eva Loud chega para bem perto do espelho e toca na superfície reflexível do espelho fazendo sua mão passar para dentro do gabinete e em seguida ir todo o seu corpo. De repente depois de três minutos ela volta colocando só a cabeça para o lado de fora dizendo: - Podem entrar que o diretor está à espera de vocês – diz ela sumindo novamente. Denis e James, de aparência assustada, adiantam os passos e passam pelo portal em espelho e chegam do outro lado no gabinete do diretor, encontrando o diretor sentado em sua poltrona dizendo: - Muito obrigado professora Eva loud por trazer os alunos. Agora é por minha conta. – Hionzario agradece e olha para os alunos com o rosto severo. A professora passa por Denis e James indo na direção do enorme espelho portal e sumindo ao atravessar o espelho: - Bom, eu quero saber o porquê da discussão entre os dois. Por que eu estou observando os dois desde o primeiro dia que chegaram e vocês se dão ou se davam muito bem. – Hionzario pergunta. - É que... – James começa a falar quando foi interrompido por Denis. - Diretor, é que eu exagerei demais. – Denis responde indo para perto do Diretor e abaixando a cabeça com vergonha. – Eu não tinha que começar a discutir com ele. James me desculpe. - Tudo bem amigão. - James responde também indo para perto do diretor e apertando a mão de Denis. – Eu sei que a gente iria voltar a se falar de novo. Hionzario dá um sorriso para os alunos: - Bom já que tudo se resolveu, agora podem ir para a aula. – diz o diretor para os alunos no momento em que a torre do relógio tocou às sete e meia da manhã. Denis e James se despedem do diretor e saem do gabinete felizes, quando de repente eles encontram ao lado do espelho portal Bruna a espera deles: - E aí vocês não levaram detenção, levaram? – Bruna pergunta muito preocupada com os amigos. - Não ocorreu nada de ruim. – os amigos respondem para Bruna em coral. Os três amigos andam livremente pelo corredor oeste que está vazio e silencioso, só porque os outros alunos estão em sala de aula. Chegando no corredor leste da escola, eles encontram o professor Nicolas (que ensina domínio das águas) lendo um rolo de pergaminho e murmurando: - Bruna Woling, Denis Roston e James Paulo não vieram a aula. – diz o professor escrevendo no pergaminho. - Bom dia professor Nicolas. – diz Bruna lendo o crachá do professor. – Nós somos os alunos da sua lista. O professor olha para eles e pede para eles o seguirem que a aula é do lado de fora da escola, na margem do lago que banha a ilha Condol. Às nove horas da manhã a torre do relógio novamente toca avisando para os alunos trocarem de aula. Bruna, Denis e James saem juntos da aula de “Domínio das águas” e vão direto para o corredor Leste assistir a aula de “História da ELENGIA” com a professora Loud na sala 113: - Bom dia a todos e sejam bem vindos à minha sala. Eu sou a professora Eva Loud e não admito bagunça na minha aula. – diz ela com tom de voz severo para todos os alunos. Mas principalmente, ela está falando e olhando para Denis e James – Agora vamos estudar sobre o surgimento do nosso mundo Meriton, e desejo que todos peguem os livros que estão guardados dentro das carteiras e acompanhem a minha leitura. Já. Todos rapidamente abrem as carteiras e pegam os livros. A professora como sempre consegue dá a aula completa, quando de repente a torre do relógio toca às dez da manhã para o lanche dos alunos. Na saída da sala 113, os gêmeos se encontram ficando cara a cara um com o outro: - Oi irmão. – James diz alegre. - Olá, irmão. – Logan responde com desprezo e sai sem dizer outra palavra. James fica triste sem saber o porquê que Logan está agindo assim. Bruna repara que James não está bem e chama Denis para tentar alegrar o amigo: - James se anima vai. Vamos lá pro salão comer alguma coisa. Eu estou faminta, vamos. – diz Bruna puxando James pelo braço e arrastando-o para o salão de refeições. Chegando no salão eles se surpreendem ao vê-lo quase vazio, só com pequenos grupos de alunos espalhados pelas mesas dos alunos. Os três amigos inseparáveis acabam de lanchar, e em seguida decidem passar na torre biblioteca antes da próxima aula de “porções elementares”. James pede para seus dois melhores amigos irem na frente para a biblioteca, enquanto ele vai na sala 113 pegar seus conselheiro de aulas (objeto redondo) que ele esqueceu dentro da carteira. Bruna e Denis concordam e vão sozinhos para a biblioteca. James sai do salão de refeições, passa pelo corredor sul principal que está muito cheio e barulhento, com várias vozes falando ao mesmo tempo, mas enfim com esforço para passar entre os colegas, ele consegue chegar ao corredor leste que por incrível que pareça está vazio sem um aluno. James anda muito desconfiado pelo corredor leste silencioso, olhando para todos os lados, quando de repente bem atrás dele, uma pessoa coberta por um largo capuz preto chama por James em voz sombria e entra em uma sala vazia. James parece conhecer essa tal pessoa em vestes negras e dá meia volta entrando na sala 99 onde a pessoa de capuz preto entrou: - Juniper é você? – diz James desconfiado, olhando rapidamente para todos os lados. - Claro que sou eu, James. Quem poderia ser o Skraket, - diz Juniper aparecendo de traz de um armário. – Aquele, aquele imprestável que ainda se diz ser o Rei das Trevas desconhecidas. – diz Juniper com raiva e ódio. – Eu e você é que deveríamos estar lá no... De repente a porta da sala se abre e entra um aluno do terceiro ano cujo nome é Marcos que encontra James e Juniper conversando. Juniper fica de costas para a porta da sala e depois vira a cabeça olhando por cima do ombro o aluno Marcos: - James, ele nos descobriu. Agora faça o que tem de fazer, agora. – diz Juniper com voz sombria e cruel. Marcos entende o que Juniper quis dizer, para salvar sua vida, ele tenta abrir e sair da sala, mas não consegue. A porta travou: - Adeus, coleguinha, foi bom te conhecer. – diz James com voz cruel esticando para frente os braços com as mãos abertas – MORRBACK. – James diz o maior feitiço de morte apontando para Marcos, eliminando-o no mesmo instante que o feitiço tocou. - Muito bom, James Paulo. Você provou do que é capaz. Aqui está seu conselheiro. Sei que veio procurar por ele. Mas uma coisa, a raposa vermelha vem lhe preparar melhor. – diz Juniper estralando os dedos e sumindo em fumaça pavorosa. James olha para o corpo de Marcos e decide abrir um portal para colocar o corpo do aluno. E assim ele fez colocando o corpo na dimensão glacial. Capítulo Seis - Estranhas Aparições – James sai da sala 99 e ao chegar do lado de fora, o corredor vazio, agora está lotado de alunos conversando, namorando, praticando Elengia ou simplesmente andando pelos corredores: - James, onde você estava o dia inteiro? Você não foi almoçar, não assistiu o restante das aulas. Onde você estava? – Bruna pergunta abraçando James e muito preocupada com o amigo. - Eu só fui pegar meu conselheiro na sala 113. Há não, eu acho que foi quando eu... – diz pensando quando ele abriu o portal da dimensão glacial que pode ter congelado o tempo dentro da sala enquanto do lado de fora tudo se acelerava. - Deixem isso para lá, o por do sol já chegou, o dia está prestes a terminar e agora o que resta é só a aula no dia seguinte. – Denis diz tentando fazer Bruna e James esquecer o problema. A noite chega em Condol. Todos da escola vão para o salão de refeições para o jantar. James é o primeiro a se servir do jantar por ele estar com muito apetite. Depois às oito e meia da noite antes de todos irem dormir, os amigos decidem ir para o dormitório e ficarem na beira da lareira contando histórias de como foi o primeiro dia que eles chagaram em Meriton. Os três chegam na torre norte onde fica o dormitório água. Mas eles ao entrar, os três tem uma grande surpresa ao ver pela primeira vez Logan sentado na poltrona estudando para as aulas e dessa vez Logan nem se importou com a presença do irmão. Os três ficam até às dez e cinqüenta e cinco da noite conversando várias coisas. Denis diz: - Pessoal eu acho que já é hora de irmos dormir. - diz bocejando e se espreguiçando – Boa noite pessoal. Vamos James. Denis e James entram juntos no quarto para ir dormir. Bruna fica até tarde na frente da lareira olhando os movimentos das chamas, quando de repente ela cai no sono apoiando a cabeça na poltrona e ali mesmo adormeceu. No sonho de Bruna, ela está vendo várias estranhas aparições. Nas chamas do fogo na lareira ela vê uma miragem quase real de uma raposa vermelha caminhando pelo pátio gramado da escola. E a raposa só chama por um só nome... - James. – diz Bruna desesperada ao acordar e em seguida se levanta para ir dormir no quarto. Meses e meses se passam e Bruna não teve nenhuma notícia sobre o sonho que ela teve com a raposa. Ela contou para os seus três melhores amigos da escola: Alan Xavier (do terceiro ano, tribo da água) Denis, e para o próprio James. Certo dia perto do horário do almoço, uma luz vermelha surge no céu ensolarado vindo em alta velocidade para Condol. Hionzario sentado em sua poltrona, no seu gabinete, ouve algo passar com velocidade pela janela do gabinete. O direito rapidamente se levanta da poltrona e vai para frente da janela olhando para baixo onde está o pátio da escola avistando uma imensa fumaça vermelha sair do chão. Hionzario bate o pé fazendo surgir um tornado de areia consumindo todo seu corpo e tele transportando o diretor para o pátio da escola: - O que houve aqui – diz Hionzario ao chegar no pátio da escola. A fumaça ainda insiste a sair do chão, quando de repente surge de dentro da fumaça a raposa vermelha que Bruna sonhou: - Não pode ser, aconteceu – diz Bruna saindo do pátio da escola desesperada e correndo pelo corredor sul principal indo em direção do banheiro feminino do lado norte da escola. No sonho de Bruna a raposa não chamou só pelo nome de James, e sim também tentou matar Bruna se transformando em um Fauno, por isso ela saiu correndo para se esconder com medo da morte. Logan vê Bruna desesperada entrar no banheiro e decide pegar seu conselheiro e mandar uma mensagem para James dizendo: “Caro irmãozinho, não pense que só porque eu mandei essa mensagem para você é que nós dois estamos se falando, não! Eu só mandei a mensagem para lhe avisar que sua amiga Bruna está no banheiro feminino do lado norte chorando.” Denis e James entre a multidão de alunos que está observando a raposa não percebem o conselheiro apitar: - James, seu conselheiro recebeu alguma mensagem – diz uma menina do terceiro ano cujo nome “Naciele”. James puxa Denis pela camisa e pede para ele entrar na escola junto com ele. Eles vão até a porta do salão de refeições e param para ler a mensagem: - “Caro irmãozinho, não pense que só porque mandei a mensagem para lhe avisar que sua amiga Bruna está no banheiro feminino do lado norte chorando.” – James lê de voz baixa só para Denis ouvir. Os dois olham para o corredor norte que fica de frente com o sul, e saem correndo para vê a amiga. Chegando no banheiro feminino Denis e James encontram Bruna prestes a sair do banheiro: - Graças a Deus que vocês apareceram – diz Bruna puxando os dois amigos e abraçando-os com força. - O que aconteceu Bruna – Denis pergunta: - Sabe o sonho que eu tive com a raposa, - Bruna diz olhando para todos os lados do corredor – e que ela não só chamava seu nome James, ela tentou me matar em sonho. Quando de repente os três amigos olham para o corredor sul principal e vêem o Diretor entrar no salão de refeições acompanhados por uma multidão de alunos e é claro com a raposa vermelha. (alguém chega atrás de Bruna, Denis e James sem eles perceberem): - Boa tarde, alunos, - diz a voz severa da professora Eva Loud – O que estão fazendo aqui? Vocês eram para está no salão de refeições junto com os outros. Os três alunos tomam um enorme susto ao ouvir a voz da professora atrás deles. Eles se viram para a professora e Bruna diz: - Desculpem-nos professora Eva, eles não têm culpa de estarem aqui os dois só vieram me buscar para nós três irmos ao salão. - Certo senhorita, Woling, podem ir – diz a professora com o rosto sério fixando os olhos nos alunos. Os três se despedem da professora e vão direto para o salão. Bruna perde o medo da raposa ao vê-la ao lado de Hionzario, porque ela não iria mesmo tentar fazer nada com Hionzario por perto: - Ainda bem que vocês chegaram alunos, para eu falar o que tem tenho que dizer para todos – diz o diretor ao vê Bruna, Denis e James chegando na porta do salão de refeições. A raposa olha rapidamente para James sorrindo pro garoto – A raposa vermelha será por pouco tempo nossa hóspede, e desejo que todos tratem-na muito bem. Seja bem vinda raposa. – O diretor acaba de falar acariciando com a mão a cabeça da raposa vermelha. Todos no salão aplaudem para a raposa dando as boas vindas. O almoço foi servido às doze e quarenta da tarde devido ao anúncio para a raposa. Há uma e meia da tarde todos os alunos retornam as aulas. Bruna, Denis, James e Logan, e outros do primeiro ano ao acabarem de almoçar, foram todos juntos para o segundo salão que fica do lado nordeste da escola estudarem “CRÔMAÇÃO” com o próprio diretor da escola Hionzario Leus: - Boa tarde, alunos do primeiro ano, das tribos água, ar, fogo e terra. E avisando a todos que vocês só têm essa aula uma vez na semana, ou seja, às sextas feiras. – diz o diretor para os alunos. – Agora todos vocês estão vendo que esse salão é redondo e semelhante ao salão de refeições, mas não é igual, a diferença é que esse é completamente vazio, enorme e vazio com vários e vários círculos esculpindo no chão. - Há, esses círculos são para vocês escolherem e ficar dentro dele individualmente, - diz a professora Eva Loud ao entrar no salão – podem escolher. Bom dia diretor Leus eu soube que esse ano a turma aumentou e decidir por mim mesmo vir ajudar o senhor. Todos já escolheram seus lugares para começar a aula. E como sempre os três amigos inseparáveis ficam um ao lado do outro. Logan nem mais se importo com a presença do irmão: - James, James, vem cá. – diz Logan com aparência feliz. Bruna, Denis e outros alunos que perceberam que os gêmeos não se falam a meses, estranharam a atitude de Logan ao chamar o irmão: - O que aconteceu que você voltou a falar comigo? – James pergunta com mais desconfiança do que os outros. - Nada, eu me arrepender de um dia para o outro eu parar de falar com você irmão, - diz Logan arrependido – então, melhores amigos – Logan estende a mão para o irmão apertar – daqui em diante! - Claro, mas só com uma condição – diz James com ambição – de você me dá alguns dos seus pássaros Bhytos, por favor. - Como você soube sobre os pássaros Bhytos?! – Logan pergunta. - Irmão para que existem os boatos – James responde com clareza. - Claro que eu vou lhe dá os Bhytos, só é você ficar parado – diz Logan colocando a mão no ombro do irmão, transferindo imediatamente os Bhytos para o DNA de James. - Silêncio vocês dois, eu e o diretor estamos tentando dá aula, diz Eva Loud – ou os gêmeos já sabem como se crômar. - Claro que sim professora Eva Loud e diretor Leus, - Logan responde com clareza no momento que Eva Loud se calou – eu e meu irmão vamos demonstrar a todos, vamos lá James. Os gêmeos Smith vão tranquilamente para o centro do salão: - James, faça o que eu fizer – Logan diz telepaticamente para o irmão. James fica impressionado pelo dom que os Bhytos deram para ele e pro irmão. Os gêmeos levantam os braços esquerdo com a mão aberta e começam a balançar as mãos fazendo surgir na ponta dos dedos névoa branca escorrendo pelo braço dos gêmeos. Em dez segundos os gêmeos se auto crômam, fazendo desaparecer seus corpos sólidos para ficarem brancos como névoa: - Meus parabéns gêmeos Smith, vocês foram os primeiros alunos do primeiro ano a se Crômar sem uma ajuda do professor. Parabéns! – Hionzario diz muito orgulhoso dos seus alunos – podem se descrômar. - Então pelo esforço dos gêmeos, a tribo da água recebe cinqüenta pontos para cada aluno – diz a professora Eva Loud envergonhada por dois simples alunos. - Alunos antes de vocês saírem, eu quero avisar para toda a escola – a voz de Hionzario aparece magicamente em todos os alto-falantes da escola – que a partir de hoje todas as aulas se encerram às duas da tarde quando os sinos da torre relógio tocarem, muito obrigado pela atenção. De repente quando o diretor acaba de falar, a torre do relógio desperta e só se houve por toda a escola os alunos festejando pelas aulas ter acabado mais cedo. Agora que Logan se reconciliou com o irmão, ele agora cria coragem para andar com James e seus amigos Bruna e Denis. Os quatro saem do lado nordeste da escola e vão para o salão comer alguma coisa do lanche: - James, aonde você vai? – Logan pergunta para o irmão. - Lugar nenhum, é que eu não estou com apetite. – James responde. - Lá tudo bem, a gente se vê na biblioteca, - diz Logan – às quatro para estudar. James com corda se virando para o lado do corredor norte enquanto Logan também se vira entrando salão de refeições com os dois amigos: - Logan, onde é que James foi. – Bruna pergunta desconfiada ao vê James ser acompanhado pela raposa. - Não sei, ele deve ter ido conhecer mais a escola. – Logan responde: - Está bem, se ele quer. – Bruna responde: James segue andando pelo corredor norte sem olhar para trás. A raposa vermelha segue ele, quando de repente em uma parte deserta do corredor norte, surge uma luz – portal muito forte consumindo os corpos de James e da raposa vermelha. Às cinco e meia da manhã James volta a Condol pelo mesmo portal que ele desapareceu. E James ao chegar perto da torre dormitório da tribo água, ele é pego pelo zelador da escola “o Rodney Maya”: - Vai pagar detenção! – diz Rodney feliz ao falar que James vai ficar de castigo. – Vamos conversar com o diretor Hionzario. - Não precisa Rodney. Eu já estou aqui. – diz o diretor ao lado de Bruna, Denis e Logan. – James, venha comigo e Rodney. Muito obrigado. Os cinco saem andando pelos corredores até chegarem no final do corredor leste para entrarem no gabinete do diretor, mas Hionzario decide ficar do lado de fora com os alunos: - James, onde você estava desde ontem? – o diretor pergunta severamente – onde. - Eu estava na... – James responde quando foi interrompido pelo próprio diretor. - Cale-se, você não deve falar mais nada. – diz Hionzario com fúria – E vocês três vão direto para o dormitório já. Bruna, Denis e Logan vão correndo para o dormitório, abrem a porta e ficam sentados nas poltronas a espera de James. Às seus em ponto da manhã o sol ainda não apareceu em toda Condol por causa das nuvens escuras que apareceram de repente. E já se passaram das seis da manhã e James ainda não chegou no salão, quando de repente uma forte chuva cai trazendo uma forte e assustadora tempestade para Condol (a porta do dormitório abre): - James, e o que aconteceu com você? - Bruna pergunta preocupada. - Nada, Bruna. Eu só vou ficar por duas semanas fazendo redações sobre a História da Elengia”. Cinco rolos de pergaminho por dia. – James responde com muita raiva e ódio. Os dias se passam até chagar o mês de novembro, mas ainda com muita chuva caindo em Condol. A raposa vermelha enviada por “Juniper” aparece morta no pátio da escola, e o motivo ninguém sabe. James para de pagar detenção e é liberado no final da tarde de quinta feira para fazer o que quiser. Bruna, Denis e Logan armam uma festa secreta no quarto de James e Denis para festejar a saída de James da terrível detenção escolar. Eles festejam até às doze horas da noite. Depois Bruna e Logan saem do quarto dos amigos e vão dormir. Denis e James vão dormir e esquecem a janela do quarto aberta. Capítulo Sete - O Segredo de James – Certa manhã do mês de novembro em um dia nublado e muito chuvoso em Condol e povoado Condol, quase para cair uma forte tempestade arrancar as Árvores do chão. A escola Condol começa da parte dos professores aos poucos acordar. Nevoeiros cobrem a grama no pátio da escola fazendo sumir o verde e ficarem braços como a neve. No alto da torre norte em um dos quartos masculinos, uma das camas desce devagar até ao chão fazendo um pequeno som, BRUM. James Paulo é despertado do seu sonho por uma das janelas que na noite anterior foi esquecida aberta e por causa do vento forte se bateram contra a parede com um som agudo que acordaria qualquer um, mas Denis nem se mexeu na cama. Mas não foi só por causa das janelas que se bateram que James acordou, foi por causa de um sonho muito estranho, que na realidade não poderia acontecer aqui em Condol. James levanta muito rápido da cama fazendo um pequeno som quando se mexeu. Ele se senta na beira da cama perto da cabeceira, apoiando o cotovelo direito em um dos joelhos e com a mão fechada apóia o queixo e fecha os olhos começando a pensar o que sonhou. Ele sonhava que estava na Orla da floresta da escola Condol, com o chão mal visto por causa do nevoeiro e com muita chuva. James estava usando uma larga capa preta cobrindo todo seu corpo magro a espera do maior e perigoso Mago das trevas de todos os tempos, o SKRAKET DINGS. James (no sonho) sai do Castelo Condol, passa pelo pátio branco em nevoeiro indo na direção da Floresta da escola, andando pelo solo acidentado frutos pelas raízes das árvores e pisando nos buracos em lamas feito pelas raízes parando no meio dia Floresta em volta de um enorme círculo muito usado para competições. E dentro deste enorme círculo está um homem alto de face sombria, também coberta por uma capa negra. Esse homem é o Skraket Dings que está rodeado por seus cinco aliados das sombras também vestidos em vestes negras. Skraket olha profundamente aos olhos de James: - Bom dia príncipe James, estava lhe esperando já faz meia hora sabia? - diz Skraket de modo educado em voz baixa sombria. - Eu sei, Skraket – responde James com raiva por chamar Skraket de rei, e em seguida fazendo reverência a ele. – Me desculpe, prometo não me atrasar da próxima vez, prometo... Quando de repente James abre os olhos parando de pensar seu sonho por causa da cama de Denis que acaba de descer. Denis se meche na cama acordando e se vira para a cama de James olhando o amigo e vendo James sentado de costas para ele. James insiste a ficar de costas evitando olhar para amigo Denis. O vento invade o quarto pela janela que está aberta fazendo Denis puxar o cobertor e se cobrir, mas James nem se mexeu para se proteger do vento frio, quando de repente James ouve a voz sonolenta de Denis Roston perguntando: - James o que você está fazendo? Outra voz acordado a esta hora da manhã? – Denis olha para seu relógio de pulso – ainda é cinco e meia da manhã e os alunos só podem sair do dormitório depois das sete e está fazendo muito frio James. E você sabe que vai se meter em confusão outra vez se for pego acordado a esta hora, vai dormir. James se irrita por não conseguir terminar de pensar o que sonhou e não responde a pergunta do amigo Denis, se abaixando para pegar debaixo da cama um par de tênis escuro de inverno colocando o tênis em frente a cama depois levantando o braço com a mão aberta apontando para uma cadeira perto de sua escrivaninha onde está uma calça quadriculada, um casaco e um cachecol marrom. James abaixa o braço e fecha a mão, quando a roupa chegou até a ele. Denis vendo o que James fez, ainda ficou deitado, imóvel sem mexer um músculo do corpo. James começa a se vestir. Primeiro ele veste a calça, depois o casaco, o cachecol em volta do pescoço e o tênis de inverno e muito rápido James se direciona ao guarda roupa abrindo as portas de forma bruta, pegando uma larga capa preta e vestindo, depois ele se abaixa abrindo uma gaveta do armário retirando uma luva de algodão com marrom e colocando nas mãos para se proteger do frio e em seguida saindo do quarto masculino descendo os cinco degraus em frente a porta do quarto sem responder a pergunta de Denis. Denis ainda deitado em sua cama olhando para o teto não entendendo a atitude do amigo de não responder sua pergunta. Logo ele percebe que aluno do primeiro ano não tem aulas de Levitação Mágica e por isso ainda não sabem levitar objetos, quando ele capta que aquele não é o James Paulo que ele conhece. Mas continua com medo e deitado em sua cama quentinha. Já são cinco e quarenta e dois da manhã nas terras condolinas e o sol ainda não nasceu por isso a sala de estudos neste momento se encontra meio escura e só a claridade das chamas da lareira iluminam a área circular da sala de estudos e as portas dos outros quartos. A claridade das chamas faz as poltronas refletirem enormes sombras sobre o chão e embelezar o ambiente meio escuro da sala. James passa pela enorme sala circular que é a sala de estudos do Dormitório água, quando de repente uma voz suave sussurra em seu ouvido – Pare James, e olhe para cima. - James arregala os olhos olhando a sua volta fazendo seus olhos castanhos ficarem verdes, e vê os espaços escuros no dormitório não vendo ninguém. Ele para do lado de uma poltrona clareada pela luz das chamas na lareira, abrindo e fechando os olhos fazendo eles voltarem ao normal. James obedece à voz que sussurra contra as trevas no ano de 1995 em Condol, ou aqueles que foram mortos pelos cavalheiros das trevas. Por pensar nisso os olhos de James enchem de lágrimas fazendo James chorar. Ele pensou bem se realmente vai trair seus amigos e toda sua família indo completamente para o lado das trevas. A vida de todo ser mágico vai ser extinta se ele for para o lado das trevas, e todo sacrifício dos Magos que lutaram contra as trevas vai ser em vão. Quando de repente uma voz fria fala em seu ouvido esquerdo: - Vamos lá, James. Você não vai me decepcionar, vai? A magia das trevas está no seu sangue. – sussurra a voz de Skraket. De repente as chamas na lareira começam a se aguar, e entre as chamas surge um dos pássaros Bhytos ainda com suas cores normais, Azul e Verde, mas meio rodeado por fumaça negra indo até James. O Bhyto chega junto de James enxugando com suas penas as lágrimas que desceram dos olhos do dono. James dá um profundo suspiro balançando a cabeça, tentando esquecer tudo diante dele e só pensar em seu plano e de Skraket para dominação do mundo. James se afasta da poltrona andando na direção da porta de Saída do dormitório e empurra a porta de segurança saindo de uma vez do dormitório na companhia do pássaro, que agora por causa de James, também foi pro lado das sombras. Mas alguns BHYTOS por vontade própria quiseram ficar do lado do bem, não das trevas. Enquanto James estava na frente da lareira, Denis muito rápido levanta da cama, veste uma calça e um casaco marrom, depois um cachecol verde em volta do pescoço e calça uma bota de couro, também saindo do quarto indo atrás de James. Denis enquanto saia do quarto pensou uma vez só na confusão que ele e James irão se meter quando algum professor encontrar eles de manhã cedo andando pelos corredores da escola. Denis enquanto atravessa a sala de estudos (que agora está sendo quase clareada pela luz do dia) para na frente da porta de um dos quartos femininos e bate na porta chamando pelo nome de Bruna Woling. Bruna bem antes de James, Denis e os professores acordarem, ela já estava lá no quarto feminino acordada e vestida com roupa de inverno a espera do sinal tocar pro café da manhã. O sol às seis em ponto já começa a raiar entre as montanhas e clarear as terras de Condol. A luz do sol aos poucos começa a invadir as salas e corredores escuros de Condol clareando tudo. Bruna neste momento se encontra em frente da janela do quarto sentada em uma cadeira lento um poema que seu amigo do terceiro ano, Alan Xavier deu a ela. Bruna cuidadosamente leu o poema para entender o que está lendo: “O amor é o centro do universo Busque-o e o encontrará Pois a saudade vem E corta como uma faca amolada Só suportará a dor se amar.” Por Alan Xavier – 3º A (Casa Água) Bruna ao acabar de ler o poema dá um sorriso abafado colocando a mão no rosto, quando de repente ela ouve alguém bater na porta do quarto e a voz desesperada de Denis chamando seu nome. Ela cuidadosamente coloca a folha de pergaminho com o poema em cima da sua escrivaninha e se levanta para abrir a porta e atender ao amigo Denis. Denis desesperado muito baixo fala para Bruna: - Você já está pronta? - Denis se surpreende ao vê Bruna já arrumada. – Sim, isso não vem ao caso, mas James saiu de novo de manhã cedo e dessa vez ele fez acontecer coisas sobrenaturais. Vem comigo procurar ele. Bruna como é uma amiga de primeira, aceita a proposta de Denis. Ela volta até a escrivaninha pegando seu conselheiro de aulas (um aparelho mágico redondo que ajuda aos alunos) colocando no bolso da calça e volta pra porta do quarto feminino onde está Denis à sua espera. Bruna sai do quarto, fecha a porta e para na frente de Denis: - O que aconteceu com você, Denis Roston? – pergunta Bruna para o primo ao ver ele com o rosto franzido olhando para ela. - Nada, eu só estava pensando... Sei que alunos não podem se crômar (se transformar em luz com fumaça branca), mas dessa vez vai ser preciso a gente fazer isso Bruna. – diz Denis com tom de voz preocupada. Bruna ao acabar de ouvir esse absurdo “se crômar”, começou a girar de preocupação, mas dessa vez só por causa de James ela aceitou. Denis dá iniciativa levantando o braço e abrindo a mão, depois balançando os dedos da mão. Quando de repente sua mão começa a virar fumaça branca em luz consumindo todo o corpo de Denis. Bruna olha para Denis (que agora virou um cromo de luz) tocando nele e em dez segundos também virando cromo. Os dois em forma de cromo atravessam voando a porta do dormitório água. Bruna e Denis saem juntos à procura de James passando pelas escadas que levam ao dormitório, até chegarem ao corredor principal de Condol. Bruna e Denis ainda voam, entrando e saindo das salas com muito cuidado para ninguém ver eles, quando de repente eles viram a esquina do corredor vendo James coberto pela capa preta andando pelo corredor da escola que leva ao pátio. James anda na frente de Denis, e Bruna a cinco metros antes deles. E no silêncio do corredor da escola Condol, só com os passos de James. De repente James, Bruna e Denis ouvem uma voz cantarolando, muito conhecida, vindo bem na frente deles. Denis e Bruna param no ar. Denis olha para o lado e vê um canto escuro do lado dele e de Bruna. Entrando no canto escuro, e ao entrar, Denis puxa a amiga Bruna para se esconder da voz conhecida. Eles olham para fora do buraco e vê James ainda andando. De repente Bruna e Denis veem uma coisa que eles não acreditaram. James com um dos braços para cima começa a balançar os dedos igual a Denis quando vira cromo de luz). Quando o pássaro Bhyto foi voando para cima de sua mão... De repente, do seu corpo... O pássaro BHYTO começa a liberar uma fumaça, que desce escorrendo como água para a mão de James fazendo todo seu corpo virar fumaça negra. Muito rápido James faz seu rosto aparecer entre a fumaça negra e de novo desaparecer quando seu corpo em fumaça negra foi rapidamente em direção ao teto da escola e ali parando e flutuando no ar. O corredor principal da escola voltou a ficar silencioso novamente, mas só com o controlar da voz conhecida de Hionzario vindo na direção do corredor principal. Bruna e Denis ainda olham assustados para James em fumaça negra e também vê Hionzario cruzando o corredor do Salão de Festas, vindo na direção de onde James está em fumaça negra, ou, cromo das trevas. Hionzario, nesta manhã chuvosa em Condol está vestindo sua comprida capa branca uma luva vermelha nas mãos e muito feliz, continua a cantarolar uma música chatíssima quando ele chega no corredor principal e passa por baixo de James e nem desconfia. Bruna que é a melhor amiga de James não acredita que seu amigo fez uma coisa daquelas: - Ele virou cromo das trevas, Denis? – sussurra Bruna começando a chorar, abaixando a cabeça e se perguntando se aquele realmente é o James que ela e Denis conheceram no início do ano letivo. Denis também não acredita no que James fez, porque ele aprendeu (com o conselheiro) a se transformar em cromo de luz, não cromo das trevas. Denis não chorou nem um pouco, mas, porém ficou triste e para consolar Bruna ele começou a passar uma das mãos nas costas da amiga tentando fazer ela parar de chorar. Hionzario passou em frente de onde Bruna e Denis estão escondidos e com um assoar de nariz de Bruna, ele ouve e desconfia de algo naquele canto escuro voltando para frente do canto escuro, e parou sem fazer barulho. Quando de repente ele ouve choros abafados vindo da escuridão. Denis percebe a presença de Hionzario parado na frente deles e para fazer Bruna calar a boca, ele devagar coloca a outra mão na boca de Bruna abafando mais ainda o choro dela e depois bem baixo Denis diz o motivo: - Hionzario parou bem aqui na nossa frente. – sussurra Denis pegando o queixo de Bruna e levantando a cabeça dela. Bruna ao ver Hionzario toma um susto e no mesmo instante engole o choro enxugando com a manga do casaco as lágrimas no rosto. Bruna e Denis ficam parados exprimidos contra a parede para Hionzario não descobrir que eles estão ali. Se eles forem pegos de manhã cedo (às seis horas) andando pelos corredores da escola, vão pagar detenção. James quando fica em forma de fumaça negra ou cromo, consegue ver tudo que está sobre a escuridão. James ainda flutuando faz novamente seu rosto aparecer e olhar fixamente para o canto escuro vendo Bruna e Denis em apuros. Hionzario ainda continua olhando para o canto escuro muito desconfiado. Ele estende o braço esquerdo e de sua mão se ascende uma pequena e fraca chama de fogo tentando iluminar o espaço escuro à sua frente. James vê seus amigos em apuros e não pensa duas vezes em salvar seus melhores amigos lançando um feitiço invisível na chama de fogo que Hionzario está conjurando. O feitiço invisível impede que a chama ficasse forte e também impede que Hionzario visse Bruna e Denis. James desce do teto ainda em fumaça negra e para trás de Hionzario. Hionzario percebe que algo de estranho está acontecendo com sua conjuração de fogo. Desconfiado ele olha para trás e vê que uma imensa fumaça negra está flutuando a suas costas e assustado com a fumaça negra sua conjuração de fogo se apaga deixando ele indefeso. De repente James em fumaça negra vai bruscamente na direção de Hionzario fazendo ele não enxergar nada com a nuvem de fumaça negra. James volta ao seu corpo normal e deixa o pássaro Bhyto envolver Hionzario com a nuvem negra. Denis vê James voltar ao normal e entrar no canto onde Bruna e ele estão escondidos. Bruna apavorada com o amigo James, inesperadamente abraça Denis tão forte que se fosse possível arrancaria as vestes do amigo. James sente o medo de Bruna, e para não deixá-la com mais medo ele pede vagarosamente para Bruna e Denis irem embora enquanto Hionzario se debate contra a fumaça negra tentando fazer ela recuar. Hionzario toma sua coragem de volta e consegue conjurar seu fogo, mas ainda a nuvem insiste. Bruna e Denis saem do canto escuro o mais rápido possível e vai na direção do pátio frio e molhado por causa da chuva que ainda cai em Condol. Quando Bruna e Denis chegam no lado de fora da escola, eles colocam a capa de chuva e se escondem atrás de uma árvore enquanto dentro da escola James fica no lugar escuro e depois vai para perto de Hionzario que está a sua frente no ambiente claro do corredor. James levanta o braço direito para o alto abrindo a mão e depois fechando fazendo a fumaça sumir. James olha para Hionzario e faz uma cara horrível fixando seus olhos castanhos que agora ficaram negros. Hionzario abre um largo sorriso para James, e pergunta em sua voz aguda que agora por causa do frio e do susto que teve sua voz ficou fraca: - Por que esta cara James. Hum! Que cara de mal – Sussurra Hionzario. Fica confuso por ver James se comportar de modo diferente e novamente pergunta: - James, estou falando com você – agora de voz alta – me responda garoto. Houve momentos de tensão entre James e Hionzario. De repente quando Hionzario menos espera, James retribui sua palavra de voz baixa sombria. - Seu idiota. Eu e meu Lord Skraket, o maior DOMELENGISTA das trevas de todos os tempos, estamos cansados de todos vocês. Todos vocês. E essa é a hora de todos vocês serem eliminados – responde James em tom de voz arrogante e raiva. Hionzario abre a boca com desprezo a James começando a balançar dizendo: - James, você não pode falar assim comigo. É... não pode ser James, você ser um aliado de Skraket, isso é um tipo de piada não é? - Hum! Não seja tolo professor mais do que você é. Você acha que a raposa vermelha veio aqui de qualquer maneira. Ela veio me procurar para meu Lord me preparar. De repente a conversa foi cortada por um forte relâmpago que surgiu do nada fazendo a chuva cair mais forte do lado de fora. Denis e Bruna ainda estão do lado de fora da escola escondidos atrás da Árvore e se assustam ao ver e ouvir o relâmpago. Combinando de entrar na escola em forma de cromo de luz. De repente os dois viram cromo flutuando de modo devagar indo na direção da torre norte Água. Capítulo Oito - Dias Difíceis – Professores da escola Condol vem distraidamente pelo corredor do lado de Hionzario e James, encontrando o diretor e o Aluno conversando algo que pela cara James não é agradável. Os professores Eva Loud, Tim Dim e Nicolas vem na direção de James e cada vez mais se aproximam. James vê os professores se aproximarem. Ele abaixa a cabeça e fechando os olhos quando de repente tudo começa a se abalar como um terremoto durante dois minutos. Toda a escola neste momento acorda as camas dos alunos desceram da barreira invisível de forma bruta fazendo um forte som quando tocou com brutalidade no chão. Os quadros flutuantes das salas de aula caíram como se a magia elementar tivesse acabado. Eva Loud fica muito desconfiada, pegando sua varinha elementar apontando para James e Hionzario. Eva Loud, Nicolas e Tim Dim se aproximam mais e mais. Hionzario ao ver James de cabeça baixa desconfia que ele pode armar algo ruim contra Eva Loud e os outros dois professores e diz tentando proteger os professores: - Cuidado professora Loud, James vai atacar – agora de voz alta. E também desesperada a professora Eva Loud com a varinha nas mãos lança um feitiço paralisante em forma de fogo gelado na direção de James para detê-lo, mas James de repente levanta a cabeça abrindo os olhos que agora estão completamente negros como a noite criando uma barreira invisível protegendo ele e Hionzario do fogo gelado que Eva Loud lançou de mal jeito. No momento que o fogo gelado chegou perto de James, Hionzario não teve reação de se proteger com outro feitiço e se abaixa fechando os olhos para não ser atingido. O fogo gelado não fez efeito – pensou Hionzario levantando a cabeça não sentindo nada, nenhum gelo paralisando seu corpo, nada. Hionzario se surpreende ao ver James um aluno do primeiro ano se protegendo do feitiço de um professor formado. James ferozmente olha com fixação para o fogo gelado ainda dominando a barreira invisível. De repente James fecha os olhos virando fumaça negra (cromo das trevas) sumindo, evaporando no ar, e depois reaparecendo ainda em cromo das trevas voando para fora da escola. A barreira protetora invisível some quando James desaparece e Eva Loud para de Lançar o feitiço de fogo gelado antes da barreira invisível desaparecer. Os professores Tim Dim, Nicolas e Eva Loud vê que James desapareceu e ficam preocupados com o aluno, depois olham para o chão vendo o diretor Hionzario parado feito estátua e Eva Loud diz para os professores Tim Dim e Nicolas: - Andam, andam, vão entrar em contato com o ministro da magia Elementar Elton Felton, é... Peçam reforço dos melhores. E terminando de falar. Eva Loud se abaixa para perto de Hionzario examinando-o, enquanto Tim Dim e Nicolas vão correndo o mais depressa possível pelo corredor principal e ao virar o corredor oeste somem de vista. - Leus, o que aconteceu aqui? Para onde foi James Paulo? É... o que aconteceu com ele – pergunta Eva Loud muito rápido para Hionzario Leus. Hionzario não consegue falar absolutamente nada enquanto Eva Loud não consegue entender o que aconteceu de fato. E neste exato momento, Bruna e Denis chegam ao dormitório água indo rapidamente para o quarto masculino onde está o irmão gêmeo de James, o Logan. - Logan! – grita Bruna Woling batendo na porta do quarto de Logan pensando que ele está dormindo. – Levanta. Eu quero falar com você. Urgente! Logan como é apaixonado por Bruna, mas namora com Maciele, rapidamente ele sai de frente da Janela do quarto e vai para atendê-la. - O que houve Bruna? – pergunta Logan ao abrir a porta. – Por que essa gritaria toda? - Foi que... James fez... uma coisa horrível. – responde Bruna pausadamente. Neste momento os pássaros Bhytos do bem aparecem do nada indo na direção de Logan, Bruna e Denis dizendo todos de uma vez só: - Logan, James virou partidário das trevas. Logan não acredita no que os Bhytos dizem a ele: - Só poderia ser James, só poderia ser. - diz Logan com voz de choro se abaixando para se sentar na beira da porta – como será que meus pais vão ficar ao receber a notícia, como? Denis que não é muito amigo de Logan deu o braço a torcer para consolar, mas com um pedido de Bruna ele tira a mão – amizade do coração e vai consolar o seu mais novo amigo dizendo: - Calma Logan. As coisas acontecem, não fica assim, tudo vai dá bem. Logan levanta a cabeça parando de chorar e em seguida se levanta abrindo os braços para Denis, e dá um abraço nele. Denis não pensou duas vezes a não ser em dar um forte abraço em Logan. Tudo naquele momento ficou bem para Denis, Logan, Bruna e os Bhytos, mas a qualquer hora algo de ruim pode acontecer em Condol e em todo mundo Meriton. Os professores Tim Dim e Nicolas enviam a mensagem para o ministério da Elengia. No mesmo momento que a mensagem chegou ao ministério através do painel mágico de emergência o ministro envia para Condol os melhores guardas para proteger os alunos e professores no jogo elementar. Em quanto isso. James em cromo das trevas sai das terras sul Condol em direção da floresta das terras oeste a procura do esconderijo de Skraket. Chegando à floresta oeste, James em forma de cromo das trevas passa por cima de várias árvores e depois desce para o chão voltando ao normal. De repente algo se move entre as moitas de mato, e de trás da moita aparece um duende se curvando ao ver James: - Pare com isso, por favor! – diz James falando com o duende. O duende atende ao pedido de James parando de se curvar pra ele: - Vamos príncipe James, o rei Skraket está à sua espera. – diz o duende começando a andar por entre as várias árvores. James segue o duende. Depois de três minutos o duende para em frente a uma pequena árvore. O duende olha para todos os lados conferindo se não há alguém por perto olhando de repente ele se abaixa tocando em uma das raízes da árvore fazendo surgir um alçapão do lado da raiz que o duende tocou: - Aqui príncipe James, pode entrar. - diz o Duende em voz oculta. James desconfiado pede para o duende ir na frente. O duende vai e desce uma pequena escada sumindo da vista James desce as escadas seguindo o duende. Quando James passou pelo alçapão e entrou no túnel, o alçapão magicamente se fecha sozinho. O Duende e James andam pelo túnel escuro até avistarem o final do túnel uma luz amarela parecida de várias velas iluminando uma sala. Eles chegam bem perto do fim do túnel o duende diz para James: - Espere aqui príncipe. James não ouve o Duende indo com brutalidade para entrar na sala iluminada pelas velas: Olha só quem chegou pessoal, o James. Por favor, seja novamente bem vindo a nossa mesa redonda. – diz o rei das trevas “SKRAKET” feliz ao ver James. James se senta em volta de uma mesa redonda com vários aliados das trevas observando: - Então James, qual é o seu plano para o começo do domínio de MERITON – Juniper pergunta para James. - Vocês já vão saber. - James responde em tom de voz sombria. Vários e vários dias se passaram desde o dia em que James fugiu de Condol para se juntar as trevas. Bruna, Denis e Logan ficam impacientes em saber que James agora é um ser das trevas, por isso todos os dias Logan manda telepaticamente mensagens para James pedindo para ele desistir do lado errado, mas James nem se tocou. Todo o mundo MERITON está em alerta de que à qualquer momento as trevas podem atacar e mais dias se passam e MERITON fica sem água potável, (os logos, mares e etc. secaram de repente), sem alimento (as plantas todas morrerão com falta de água) e quase sem oxigênio por causa das queimadas nas florestas que os cromos das trevas provocaram. Certo dia, quando Hionzario não agüentou mais vê tudo isso acontecer, de repente, e não poder fazer nada, ele pede para toda escola ir se reunir no salão de refeições que ele quer dizer uma palavras: - Atenção, por favor, atenção – diz HIONZARIO em voz baixa – SILEEÊNCIO, todos vocês, por favor! – agora em voz alta – Professores, o que nós combinamos agora é a hora de fazer imediatamente. Agora. A professora Eva Loud pede para todos os alunos saírem para o Pier da escola e aguardarem os professores lá fora. Bruna, Denis, Logan e os outros alunos de Condol saem imediatamente do salão e vão para o Pier da escola aguardar os professores. Logo depois dos alunos saírem da escola, os professores e o diretor Hionzario chegam logo depois: - Alunos, atenção, por favor... – diz o diretor. - Professor estamos aqui fora esperando vocês. – diz Bruna. - Calma senhorita Woling eu já vou falar. – o diretor responde. - Eu quero avisar uma coisa muito rápida. É que vocês sabem que estamos sem água potável e sem alimento. Por causa disso devemos arriscar a nossa identidade mágica e irmos todos nós para o planeta Terra buscar ajuda para combater as trevas. Os alunos se entre olham – olham com medo. Bruna começa a entrar em pânico por causa do seu segredo mais profundo (ser cega no planeta Terra, e ao chegar em MERITON por causa da ELENGIA, sua cegueira sumir). Denis e Logan percebem que Bruna está em crise de pânico, e para acalmar a amiga eles começam a cantar uma música só para ela ouvir, fazendo no mesmo instante a amiga se acalmar. Hionzario estende a mão direita para o céu. De repente todos em Condol ouvem um som rouco parecido com o de um Hipogrifo vindo dos céus e quando todos menos esperavam, vários charretes aparecem do nada vindo na direção de Condol. As charretes chegam rapidamente pousando com rapidez no Pier de madeira com as portas abertas: - Rápido, professores, alunos e funcionários, já para dentro das charretes. – Hionzario diz desesperado. Imediatamente todos entram nas charretes: - Diretor, entra. – diz Eva Loud. - Já estou indo. – Hionzario responde olhando para o céu conferindo se tem algum cromo das trevas vigiando eles. Hionzario bate o pé fazendo um pequeno tremor de terra e dando impulso fazendo com que as charretes andem sobre o píer e levantam vôo. Hionzario ao ver as charretes saírem da catarata sem água ele rapidamente levanta um dos braços virando de imediato cromo de luz indo atrás das charretes e entrando em uma delas: - Leus, está tudo sobre controle? – Eva Loud pergunta preocupada. - Calma, professora, está tudo bem. – Hionzario responde novamente olhando para o lado de fora. Bruna, Denis e Logan estão na quarta charrete junto com Hionzario e Eva Loud: - Logan se aconchega no sofá fechando os olhos... Ele tem uma visão clara de James em forma de Cromo voando indo para algum lugar. De repente depois de vinte minutos, ele abre os olhos dizendo: - Não. – Logan berra chamando a atenção dos outros alunos nas outras charretes deixando todos com medo. – Ele está vindo para cá diretor. Olha pro lado de fora, rápido! Hionzario e Eva Loud olham para o lado de fora tomando um enorme susto ao ver cinco cromos das trevas voando bem atrás deles seguindo os charretes: - Hipogriphos ali em baixo, os portais. – diz o diretor com os Hipogriphos invisíveis que estão guiando os charretes. As charretes de repente descem em alta velocidade indo na direção de um templo redondo em ruínas onde está abrigando os seis portais das dimensões. As charretes derrapam no chão ao chegarem bem ao lado do templo redondo em ruínas: - Rápido alunos. Todos saiam das charretes e entrem no templo agora! – Hionzario berra para todos os alunos. Os alunos em desespero saem das charretes um empurrando o outro para chegarem dentro do templo. Bruna, Denis e Logan combinam de arriscar suas vidas para tentar proteger seus amigos de escola: - A hora é essa pessoal. Vamos! – diz Logan com um pouco de medo. Os três saem das charretes vendo vários e vários cromos voando em volta do terreno onde está o templo. Os professores com seus domínios de elementos (menos a água) lançando como pode contra os cromos. De repente um dos cromos vê Bruna, Denis e Logan andando, indo para entrar no templo redondo. E desce para impedir que eles se salvem. Esse cromo se transforma no gêmeo James, que aparece entre a fumaça negra com o braço esquerdo e mão aberta apontando para eles: - James, por favor, não faça nada que possa prejudicar você. – Bruna diz com medo de James. - Me prejudicar? Me prejudicar? Eu acho que não ceguinha. – diz James ofendendo Bruna. BRUNA ao ouvir “Ceguinha” enche o coração de ódio levantando o braço e apontando para James: - Você vai se arrepender por ter me ofendido James. – diz Bruna com ódio e raiva olhando para James – MOORBACK (FEITIÇO DE MORTE). Neste momento para Bruna tudo ficou lento. Muito rápido, James fecha os braços criando de imediato um escudo invisível se protegendo. O feitiço (MORBACK) de morte que Bruna lançou em James só fez tocar no escudo invisível, e ao James abrir os braços o feitiço volta direto para Bruna para matá-la. E neste exato momento antes do feitiço atingir Bruna, Logan empurra a amiga para o lado e sem querer ele vai para frente do feitiço provocando um forte impacto. Quando o feitiço toca no peito de Logan, mata Logan no instante em que o atingiu, deixando o corpo do gêmeo caído no chão. Caíque Nascimento Caíque Nascimento. O Cadmo na minha vida é uma experiência muito legal. Conhecer pessoas como Vitor e Adolfo. Li bastante coisa este ano, e gostei muito de Moby Dick. Aqui no Cadmo eu me entendi como escritor e descobri que posso escrever muito mais. O livro ”Um Pouco de Mim” é apenas o primeiro de tantos que pretendo escrever. E não poderia esquecer do Prof. Jayme que nos orientou por todo este caminho da literatura, nos cedendo um pouco de seu conhecimento. Porém, ele aprendeu com agente. Daniel toda semana trazia uma informação nova e Abdias não ficou atrás. Será Como minha vida é monótona e rotineira... Eu acordo. Troco de roupa. Tomo café e vou à escola... Por que não tomar café Ir à escola Trocar de roupa e acordar? Também gostaria de saber: Por que a vida? De onde viemos? e mais importante: Será que existe um deus? Se ele existe por que permite isso? O mundo vai acabar? Não sei... Não cabe a mim responder a isso Mas, se acabar eu só posso dizer: “Mudei minha rotina!” 30/08/2010, Escola-Classe IV, na sala de aula Se Se... se a mim fosse atribuído os segredos do mundo Se a mim pertencesse o céu Luar, e todas as coisas boas Mas não... A mim atribuem o mal a metade do dia é meu e justamente na minha metade é quando o mau ataca Eu sou as sombras! 20/08/2010, na Parque Quem Já notou... Existem perguntas importantes como: “Vou me casar? Vou conhecer pessoas interessantes?” A mais importante nós não perguntamos: “Quem sou eu?” Eu sou Caíque, poeta e músico NÃO! Este não sou eu eu sou um garoto de 1,40 m tentando ser quem eu não sou tento ser Caíque um garoto tão normal quanto um ET na Terra Mas deixo pra lá E só pergunto “quem é você?” 01/10/2010, na Parque Não Sei Não sei quem sou Não sei se existe Se existe não sei Mas se existe por que tanto por quê? Por que isso? Não sei Por que aquilo? Não sei - “Só sei que nada sei” 10/09/2010, na Parque Sem ideia Cara, eu tô sem ideia... e então resolvi escrever isso Muitas vezes isso acontece... e eu já pensei em escrever sobre isso mas não escrevi... Agora escrevi, e gostei! 20/08/2010, na Parque Destino O meu destino é incerto Posso ser rico, ou não Conhecer pessoas legais E coisas legais Posso ser um grande escritor Seja o que for Eu não vou ser doutor Vou ser o Caíque de sempre Vou ser o que sou Engraçado, não? Engraçado, não? Como o ser humano quer sempre mais Às vezes são coisas boas como: notas escolares, amor... mas às vezes não! O que todos nós queremos? Dinheiro? Não! Queremos paz! Já chega dessa guerra urbana Eu quero sair tendo a certeza que não vou ser roubado. Mas eu já sou roubado dentro de casa Por essa corja de políticos corruptos Eu quero paz! Pense bem antes de votar Afinal o melhor voto é o nulo 23/08/2010, na Escola-Classe IV Mal Eu espero... Espero que você nunca queira me conhecer Pois minha face Iria te assustar seriamente Sou rei! Mas poucos gozam do meu reino Não moro em Atlantis Mas minha cidade é inundada pela miséria humana E se um dia minha raiva ocorrer à terra muitos vão sofrer sofrer como nunca como meus ratinhos de ratinhos de laboratórios Mas eu posso ser o bem Não quero falar desse maniqueísmo tradicional e besta Sou quem sou! E deixo a você o cargo de me imaginar 20/08/2010, em casa Sem Título Me recuso aqui pisar na calçada de ouro que aqui estar não me importa se o presidente, a rainha pisou aqui Aqui eu não vou pisar Pois essa calçada foi construída Derrubando algumas palafitas E pra toda essa gente racista eu falo MORR... com todo o seu dinheiro pois tem gente no desespero e vocês não demonstram o mínimo de desapego mas na época de eleição fazem falsas promessas pro povão “Vou fazer assim, assado, vou dar emprego ao desempregado” E o coitado acredita nisso tudo Vota nesse político imundo que vai derrubar o seu barraco pra construir uma calçada de ouro Me recuso aqui pisar 11/09/2010, em casa (tocando violão) Mais uma vez (The death) Aqui estou eu sozinho sentindo medo do passado e muito mais do meu futuro com vontade de pular do penhasco sem um motivo pra perguntar Pq? E ainda sozinho Penso em tudo que fiz me arrependo mas não posso me desculpar meu último suspiro se aproxima e a senhorita morte com sua foice levará mais uma alma pro inferno Nem mesmo se eu tivesse cerberus ela não recuaria antes de morrer eu queria dizer Descu... 13/10/2010, em casa Soneto da Esperança Muitas pessoas dizem: “Tenha esperança” Esperança em quê? Que o mundo vai mudar Esperança que as pessoas vão mudar Duvido Por mais que a pessoa mude Ela é a mesma por dentro E lá dentro ela cultiva as mesmas ideias Por minha esperança e deles O deus ou os deuses Não importa se é um deus pagão deus cristão, Jeová ou os deuses gregos minha esperança é deles. 19/10/2010, na Escola Parque Conto: Diário de uma Nova Terra. Na noite de 21 de abril de 1409, na Bahia ouve-se um grande estrondo. Os indígenas vão olhar a enorme cratera que dentro havia uma nave com forma cônica. Dela saíram umas pequenas criaturas, os RECES. O Rece nº 1 (nesta sociedade ao invés de nomes eles usam números) tentou contato com um dos indígenas, que fugiu de medo. Nenhum índio voltou ali depois desse acontecimento. Nos anos seguintes a sociedade Rece se estabeleceu criando a cidade de Deray. Como os reces viviam para as ciências, eles tinham mais tecnologia do que nós sonhávamos ter. No centro de Deray existia o obelisco dos céus, e uma vez por ano o deus Hakim a chave dos desejos para abrir o obelisco e tirar o baú dos desejos. Neste baú dos desejos havia ideias, pensamentos e invenções para um ano inteiro. Os reces tinham uma forma anarquista de viver. Não havia leis, porém, um rece não cometia a burrice de matar outro rece. Eles viviam em uma harmonia tremenda e viveram pelos próximos 81 anos, tendo como energia toda a poeira cósmica da via Láctea, já que eles tinham uma espécie de aspirador de poeira. Porém, como sabemos, chegou 1500, ano que a ilha de Vera Cruz foi descoberta (eu queria saber quem cobriu? Mas tudo bem) exatamente no dia do aniversário de chegada RECE, na futura Bahia. Chegou Pedro Álvares Cabral com uma tropa já atirando. Os reces não se preocupavam com armamentos, afinal eram bem pacíficos. Porém, a tropa de Cabral não deu nem tempo para eles se defenderem; eles foram dizimados. E Pedro anota tudo isto em seu diário da Nova Terra, e volta a Portugal. Chegando em sua casa em Lisboa, conta essa história à sua esposa, que logo diz que ele é louco. Pedro não pensa: - O que faço? Se contar vão dizer que sou louco e morrerei em um hospício, e se não contar ficarei louco mesmo. O que faço? O que faço? Então apareceu a resposta: - Já sei! Guardarei o meu diário em lugar secreto para que alguém do futuro o leia. E foi o que ele fez. Guardou o diário entre duas prateleiras de uma estante da Biblioteca Real. Tempo atual. Um garoto chega em casa todo alegre: - Mãe, mãe, olha o que eu achei na biblioteca. A mãe respondeu: - To aqui atrás. O que você achou? - Um livro! Parece que é de ficção científica de 1500. - Já falei que isto não é para sua idade. Mas diga o nome para ver se conheço. - Diário da Nova Terra. E foi isso que aconteceu. Toda uma vida virou páginas de um livro, assim como essa história. O CAVALEIRO DA MORTE Daniel Santiago Daniel Santiago. Assim que fiquei sabendo desta oficina, me espantei! Pois era bem diferente das outras que eu já tinha feito. Fiquei empolgado por participar de tal oficina que aparentava ter um mesmo perfil que o meu: livros, escrita e conhecimento. O processo durante o ano foi o que eu chamo de empolgante, aulas extrovertidas e livros que ficaram marcados na história, pelos seus roteiros empolgantes e cheios de ritmo. O livro que mais me chamou atenção foi Moby Dick – fazia bem meu estilo. O segundo livro foi como um glossário da mitologia grega; era como um livro de instruções. O projeto em si foi muito bacana; ajudou a desenvolver bastante senso crítico e como usar as palavras. Usarei todo o meu conhecimento que desenvolvi durante o projeto para criar o meu livro, a minha obra-prima. Sei que não agradarei a gregos e troianos, mas não pense que não vou tentar! Prólogo. No mundo existem muitos tesouros há serem descobertos. Também há muitos caçadores de recompensas. Esses tais caçadores enfrentam muitos perigos em suas diversas aventuras em busca de tesouros. Muitos morrem pelo sonho. Outros atingem tal fama que ganham até títulos de nobreza. Um deles é Sir Artur Frederich o maior aventureiro de todos os tempos! Este homem já conseguia inestimáveis tesouros. Homem não, elfo, e de raça quase extinta – elfo alado. Ele é o detentor do chifre do dragão das sombras, da misteriosa armadura dourada e divina, detentor de terras como o inestimável vale da morte e a incrível insulavitria, uma ilha longe da costa sul de Collit, a cidade mais próxima. Há um boato, rumores de que Sir Artur Frederich está lá esperando aventureiros para uma seleção. Dizem que ele está querendo montar um grupo, uma elite de aventureiros. Para selecionar este grupo esperará até o sexto mês do ano de Tenebra no calendário elfico, no caso o mês de junho do ano 1310 do calendário humano. Atualmente estamos no primeiro mês de Tenebra (janeiro de 1310). Eron Underwond é um jovem aventureiro que ouviu os rumores sobre o alistamento de aventureiros pelo Sir Artur Frederich, e partirá em busca de sua lenda pessoal – o caminho da espada. Mas de algum modo não devemos confiar em caçador de tesouros, pois muitos podem ser gatunos, e até os mais conhecidos e nobres podem ser desleais. Capítulo 1: Eduard Metzelder. Nas planícies do Reino de Terife, Eron Underwond, um rapaz de quinze anos, cabelos pretos embaraçados e medianos. Olhos negros e vívidos, aparentemente um metro e setenta e cinco de altura, magro, com trapos e botas de couro. Pendurado em suas costas havia uma arco e um saco de pano (que dava para ver que estava preenchido com algumas flechas). Ele se sentou com um papel em suas mãos. - Haha!!! Que legal!! Então os rumores eram verdadeiros. Haha!! Que beleza!! - o jovem olhava fixamente o papel amarelado, que parecia um panfleto. O jovem Eron estava muito feliz. No panfleto vinham as seguintes informações: COMUNICADO “Eu, Sir Artur Frederich convoco todos os aventureiros a competir nos jogos seletivos. Os seis últimos participantes serão selecionados para serem meus companheiros. Os jogos serão realizados no sexto mês de Tenebra (junho deste ano, 1310). Para poder competir terão que se inscrever na cidade de Valkyria no ACR (Associação dos Caçadores de Recompensas). É necessário levar comprovante de inscrição para a ilha e um papiro do aventureiro. Estejam preparados para os jogos, e não se inscrevam levianamente. É recomendável que se queime depois de lido.” Eron não agüentava ficar em pé de tanta felicidade. Sentou-se nas gramas das planícies. Olhou para o horizonte, sorriu e disse: - Valkyria, lá vou eu! De repente toda a sua felicidade se esvaiu. Eron pensou e refletiu – Não tenho nenhum pingo de dinheiro, estou morrendo de fome e todas as minhas reservas de comida já se foram. – ele se levantou e disse para si mesmo: - O que você está pensando que está fazendo, seu idiota! Não seja pessimista. Tenho que botar na minha cabeça que vou conseguir. Que as dificuldades não vão me parar. São só barreiras que vou transpassar. Levantou a cabeça, pôs um sorriso no rosto e andou. Descendo planícies de gramados eximiamente verdes. Andou mais ou menos cinco quilômetros. O sol já estava no meio do céu. A fome apertou, e sua barriga não grunhia e sim berrava. Mas logo Eron se animou, pois à frente havia uma floresta, e onde há floresta há animais. E animais significam um assado de carne. E também a maioria das cidades do Reino de Terife fica atrás de vales e florestas, por precaução, é claro, o Reino de Terife é muito turbulento. Eron adentrou a floresta logo no início. O ambiente era muito claro e espesso, nada muito fechado. Mas depois de alguns minutos andando em frente à floresta ficou bem fechada, com árvores muito coladas umas nas outras e com arbustos e muitas plantas rasteiras. Estava tudo muito sinistro, pois toda a luz do dia era encoberta pela copa das árvores. O máximo de iluminação que Eron encontrara estava em algumas clareiras muito pequenas e espessas. A cada passada Eron ficava muito assustado. Naquele momento até as batidas de asas dos pássaros o assustava e o fazia ir ao chão. - Que tolice a minha! Entrar em uma floresta totalmente desconhecida, sem um companheiro e sem mapa. Como sou idiota! Idiota e insano eram as palavras mais adequadas no momento para adjetivar Eron. Mas ele não se deixou tomar completamente pelo medo. Sacou seu arco e puxou uma flecha do seu alforje de pano. Colocou-se em posição de ataque. Virava para todos os lados apontando seu arco. Mas o que ele não estava atento era onde estava pisando e nem notou que à frente havia um declive. Pisou em falso, deu dois passos sem equilíbrio e tropeçou rolando e batendo em pedras e nas raízes das árvores. Rolou, rolou e foi para em meio a raízes de uma árvore. Raízes estranhas, pois eram incrivelmente grandes. Eron levantou-se meio tonto. O sangue descia pela sua cabeça. - Por Odin! Que diabos está acontecendo comigo nesta floresta?! Os olhos de Eron, congelados, estavam fora de suas órbitas diante da incrível imagem que eles estavam a apreciar. À sua frente a imagem da maior árvore que ele já tinha visto em toda a sua existência. Era incrivelmente grande! As outras árvores, ao seu redor, aparentavam ter de 25 a 30 metros. Esta que estava à sua frente nem dava para ver a copa, só o tronco. Ainda tonto Eron olhou para o barranco em busca de seu arco que havia se soltado da sua mão em meio à queda. Olhou e enfim ele encontrou o seu arco, subiu um pouco o barranco e o pegou. O arco estava trepado entre umas árvores. - Ainda bem que não houve danos. Eron voltou para apreciar a incrível árvore. Sentou-se nas raízes e relaxou um pouco. Se não fosse a fome com certeza pegaria no sono. - Ei! Rapaz! O que pensa que está fazendo? Eron levantou-se de um pulo. Uma voz estranha em meio àquela terrível floresta tirou toda a sua paz e de repente todos os elementos que pareciam harmônicos agora pareciam temíveis. As sombras das árvores bruxuleavam com o vento forte. Eron não tinha uma espada para sacar, por isso pôs a mão no arco que estava às suas costas e apontando para todas as direções prontamente disse: - Quem está aí? Revele a sua posição ou não mostrarei clemência! Sabia que não estava em condições de intimidar alguém, mas foi o que lhe veio na cabeça. Não demorou pouco mais do que cinco segundos para vir uma flecha cortando o vento e atingindo o seu arco, colocando-o a alguns metros de distância, espetado em uma árvore. Agora Eron estava mais assustado: - Rapaz, como é audacioso! – disse a voz misteriosa. - Quem és tu? – retrucou Eron. - Entra na minha floresta, senta na minha árvore e ainda quer me fazer perguntas? Eu quem mando aqui! Eu pergunto! Um garoto caiu à sua frente. Talvez ele estivesse em alguma árvore. O garoto aparentava ter a sua idade: cabelos louros, usando uma calça estranha e verde, e braceletes dourados. O garoto o encarou e chegou bem perto do seu rosto e fez: - Bu! Eron caiu ao chão mais uma vez, e o garoto gargalhou. No momento em que o garoto riu surgiram vários outros risos. - Saiam dos postos! – disse o lourinho. De repente surgiram mais uns vinte garotos estranhos. O lourinho pôs-se à frente e disse: - Nós somos os Esfinges, um grupo protetor desta floresta. Eu sou o Esfinge Master, o líder. O Esfinge Master avaliou Eron com seus olhos e disse: - É... Você é um cara interessante. Parece ser inteligente. Dois capangas grandalhões chegavam junto de Eron e puxaram o seu alforje que ainda permanecia em suas costas. Eron relutou para evitar, mas não adiantou nada. A única coisa que ele pôde fazer foi bradar algumas palavras. - Ei, isso é meu!! Largue já! – disse Eron. - Huhu! Olha só chefinho o tom de arrogância desse vagabundo. –disse um dos capangas grandalhões, que mais pareciam uns trols. O Esfinge Master continuava avaliando Eron. De repente perguntou: - Como se chama?! Hem? Senhor petulância. – disse em tom de arrogância. - Haha, engraçadinho! Me chamo Eron Underwond e sou um aventureiro! - Sim, “aventureiro”, no caso você é um caçador de recompensas! Certo? - Sim. – disse Eron prontamente. - Traduzindo, você é um ladrão! - Mas, ora, que petulância a sua, Esfinge Master!!!! Eu... Eu não admito este tipo de desrespeito! - Ora! É mesmo ladrãozinho?! Eron estava vermelho de tanta fúria. - Chefe. – disse um dos capangas. No alforje dele só tinha um punhado de flechas e dois livros. Em seguida o capanga arremessou os livros para o lado em desleixo. Instantaneamente dois pares de olhos pareceram flamejar na direção do capanga. - Ups!! Fiz algo de errado? – disse o capanga ingenuamente. Ouviram-se várias vozes nesse instante, e elas diziam mais ou menos – “É. Ele se deu mal. Era a pior coisa que ele podia fazer diante do líder.” – todos se afastaram vagarosamente. Esfinge Master e Eron olharam para o capanga que tinha arremessado os livros. Os dois bradaram juntos: - COMO VOCÊ PODE TRATAR OS LIVROS ASSIM SEU IDIOTA??? SEU TROL MONTANHÊS!!! Esfinge Master e Eron se entreolharam por espanto, porque tiveram uma mesma opinião. Esfinge Master continuou: - Livros são coisas primorosas. Eles guardam informações, histórias, as mais incríveis. Eles foram inventados para serem apreciados a cada milímetro, a cada dobra, desde o seu encapamento em couro até o seu inconfundível cheiro. Eron em seguida completou: - É isso aí!!! Os livros são o clímax da humanidade. A sua mais alta e genial invenção! Chega a causar inveja aos deuses. O tempo passará, novas invenções irão surgir, mas mesmo assim o livro vai estar lá pelas gerações eternamente.! - Fuja daqui, seu idiota! Antes que eu o puna! – bradou Esfinge Master. Agora os dois garotos iam direção aos livros que estavam no chão. Um deles tinha o encapamento em couro, folhas amareladas. E no título dourado havia escrito “As Aventuras de Sir Artur Frederich”, baseada em fatos reais, recontada por Fig Person, o bardo. Eron recolheu o livro de Sir Artur Frederich, como se fosse o seu maior bem. O outro livro estava na mão de Esfinge Master, que o analisou mais de uma vez de cima a baixo parecendo ainda mais surpreso e disse: - Então... O senhor ladrão petulância Eron. Arrogância em pessoa! Tem algum tipo de interesse pela ciência. Ou mais exatamente pela alquimia. - Ah, sim! Me interesso muito pelo estudo da alquimia. - Hum... Que surpreendente. Mas não vamos deixar que a síntese do nosso assunto se perca. Já deu para notar que você está com fome. E como a lenda da Esfinge diz que uma vez existiu um monstro terrível, que tinha cabeça de gente e corpo de leão. Todas às vezes que as pessoas passavam pela sua rota tinham que responder um questionamento feito por ela. Se acertasse, isso raramente acontecia, a pessoa continuava o seu caminho naturalmente. Mas, se errassem a esfinge as comeria. Certa vez um jovem viajava e cruzou o caminho da Esfinge. Ela fez uma proposta alta: se você acertar a minha pergunta eu me mato, mas se não, já sabe, comerei você. E assim o jovem acertou o questionamento e a Esfinge teve que se matar. E como o nome do nosso grupo é os Esfinges – continuou Esfinge Master – te farei uma pergunta. Se acertar a resposta, te darei comida, abrigo por essa noite e deixarei ir embora tranquilamente, tá ok assim para você, Eron? Ou você é tão burro a ponto de querer fugir? - E se eu errar o seu questionamento? – retrucou Eron bravamente. - É... Bem... Se você errar, te eliminarei sem piedade. – disse Esfinge Master tranquilamente. - Tá bom! Aceito os seus termos. – Eron parecia muito confiante. - Vamos lá. – Esfinge tinha cara de desconfiança como se soubesse que Eron nunca iria acertar: “Você está em uma grande enxurrada com um barco. A cidade está coberta de água. Só há dois pontos que ainda não estão alagados. Um deles é uma casa de curandeiro, e o outro é uma velha choupana onde se encontram três pessoas: um curandeiro, um velho doente e o amor da sua vida. O velho doente precisa de ajuda para não morrer, e o curandeiro precisa de seus equipamentos para salvar a vida do velho. E se você deixar o amor de sua vida lá nunca mais a verá. Lembrando que em seu barco só cabem duas pessoas fora você. O que você faria? Ham? Tem meia hora para pensar. Seja breve.” Esfinge Master foi se afastando lentamente. Eron sentouse pensativamente, tentando refletir sobre o questionamento. Era realmente uma pergunta muito difícil. Após dez minutos sem nenhuma solução sensata do problema Eron pensou: “Que raios de pergunta é essa?”. Ele já tinha tentado várias combinações, como, por exemplo, levar o amor de sua vida consigo e deixar o velho e o curandeiro se ferrar. De todo modo ele sabia que não era a resposta mais sensata. Quinze minutos já haviam se passado e nada. Várias folhas agora caíam em seu colo, e mesmo com toda paz e silêncio do mundo nenhuma boa solução vinha à sua mente. - Eronzinho! Já se passaram vinte minutos. Agora ele estava realmente em pânico. Não tinha corrido tanto risco em toda a sua vida desde o caso que ele roubou comida da cozinha da Dona Clotilde, uma velha senhora, e muito gorda que tem um restaurante numa pequena vila da região de Terife. Já se passaram 25 minutos desde o questionamento de Esfinge. E como se a benção divina tivesse caído sobre Eron ele chega uma conclusão: - É isso!!! – grita para todos ouvirem – Cheguei a uma conclusão! - Pois diga qual é, Eron? – Esfinge estava espantado só de imaginar que ele tinha chegado a uma conclusão. Só faltava agora ser exata. - Muito bem. Conclui que a resposta certa é que eu devo doar o meu barco para o curandeiro e o velho, e ficar ali, naquela choupana, com o amor da minha vida. - Mas... Mas...!!! Isto é... É...! É inacreditável! Você acertou?! Esfinge Master se aproximou e entregou para Eron o livro que havia recolhido do chão. No título estava escrito “Alquimia para Leigos”. Eron tomou o livro com força e segurou junto ao outro em sua mão. - Obrigado. – agradeceu Eron. Esfinge franziu a testa e disse ainda pasmo: - Como prometido, te darei comida, água e um lugar para ficar caso queira, porque se não notou já está quase noite. Acompanha-me. Eron faminto não disse mais nenhuma palavra e o acompanhou pensando em quais pratos seriam servidos. De repente Esfinge parou diante do tronco da árvore imensa. Eron estranhou e prontamente perguntou: - Não disse que era para te seguir? Por que parou? - Calma! Tudo a seu tempo. Esfinge se aproximou do tronco, segurou o próprio pulso e em seguida disse: - Contemple a alquimia de verdade, Eron!!! Terrae elementun. Aquae elementun! Separou suas mãos, cada uma com sua aura diferente, a mão direita emanava uma aura marrom, e a esquerda uma aura azul. E continuou gritando: - Porta lígnea!!! No mesmo instante que disse estas palavras pressionou as duas palmas da mão no tronco da árvore. O vento era lançado em círculos. Parecia um redemoinho. Eron colocou a mão no rosto para se proteger. Foi quando ele viu um pentagrama se materializar no tronco. Era todo dourado e ao seu redor havia umas rúnicas antigas que por acaso Eron não sabia ler. O vento parou. - Uff! Isto sempre me cansa. – disse Esfinge com cara de prazer. - Que incrível! Isso é uma alquimia, e da poderosa. – Eron estava boquiaberto. - É. Não querendo me gabar, mas eu sou bom nisso. – Esfinge estava com uma face incrivelmente satisfeita. Eron reparou que no centro do pentagrama havia uma fechadura enorme, comparada às convencionais. Esfinge retirou os seus braceletes e começou a girar e dobrar como se fosse um cubo mágico. Após moldá-los ele conectou um ao outro – “Thearaan!!” – era uma chave. A cada segundo Eron ficava mais surpreendido com Esfinge Master. Esfinge pegou a chave, enfiou na fechadura e girou três vezes para a direita. A cada girada parecia que mil trincos se abriam. E enfim se abriu uma porta – o tronco da árvore era oco. - Entre, Eron! Sinta-se à vontade, pois você é o meu convidado. Eron não recusou, e adentrou a porta junto com o Esfinge. Estava tudo escuro, e a única coisa que se via era uma escada circular. Havia também umas tochas penduradas nas paredes o que mostrava que a escada era longa. - Vamos andando Eron. Pois saiba que o caminho é muito longo. - Sim! Vamos! Os dois começaram a subir as escadas e atrás deles vinha a tropa do Esfinge. Tudo que se ouviu nos trinta minutos seguintes foi o barulho das passadas no chão. - Uff!! Que caminho longo! Estamos próximo do fim? – questionou Eron. - Não! – respondeu Esfinge friamente. - O quê!! Andamos por meia hora dentro de uma árvore... Abafada, com fome e ainda me diz que está longe? Você mora onde? No céu? - Quase lá. Acho que fica próximo do céu. Eron estava ainda menos animado depois da informação. Já havia uma hora e meia de andada quando Eron viu uma luz. - Até que fim! A saída! Glória! Eles chegavam ao topo da escada, e ali parecia outro mundo. Existiam casas em cima dos troncos, escadas, pontes, e com certeza ali era a maior colônia de adolescentes e crianças. Não se via sequer um adulto. Eron andou com Esfinge até uma pontezinha que balançava bastante. Dali para ver as nuvens. Estavam realmente num lugar extremamente alto. Eron parecia que não queria passar por aquela ponte, mas mesmo assim seguiu em frente. Foi até uma casa, talvez a maior delas. Era a casa de Esfinge feita de madeira e palha, com uma porta vermelha e bem lustrosa. - Esta é minha casa. - É realmente muito grande. – Eron tentou elogiar. - Isto é porque não viu por dentro. Esfinge abriu a porta da casa e Eron viu um completo museu, antiquário, estátuas antigas, castiçais, aparelhos estranhos, quadros, e o que havia mais ali, os livros de diversos tamanhos, grossos e finos, e de cores inimagináveis, de diversos assuntos. - E parece que nós temos algo em comum. Não é Esfinge Master? - Sim, acho que você gosta de livros. Então seja bem vindo à minha casa. Ah! E pode comer o frango que quiser. - Que frango? – perguntou Eron, e olhava para todos os lados. - Aquele que está ali em cima da mesa de centro atrás daquela pilha de livros. Eron voou em cima do frango. Pouco mais de cinco minutos depois só havia ossos do frango assado. Esfinge Master estava sentado numa janela lendo um livro de contos de fada. - Hum, seu nome não é Esfinge Master? Ou é? É que não é comum vê um nome assim, sabe? – indagou Eron. - No momento basta você saber que meu nome é Esfinge Master e que sou líder deste grupo. – respondeu Esfinge toscamente. - Que arrogância! – Eron deixou esta palavra escapar, mas sabia que não podia. - A propósito. – continuou Esfinge. – Para onde você vai? - Estou indo a Valkyria, me inscrever na competição para seleção de aventureiros de Sir Artur Frederich. - Já ouvi falar dele. – disse Esfinge. – Parece que ele é um bambambam dos troféus, prêmios e tudo mais. Dizem que ele é apenas um aventureiro sem alma e sem coração que só pensa no dinheiro. - Pois isso é uma mentira!! – bradou Eron. – Ele é o aventureiro mais nobre deste mundo. - Pobre tolo! Ele não é bonzinho! Você não o conhece! E quando uma pessoa é estranha para você, não se confia nela! - Você o conhece? – Eron estava indagando. - Não. - Então não fale de quem não conhece! - Por isso mesmo. – Esfinge era um cara teimoso. – Quando não se conhece desconfia-se! - Não vou discutir com você, Esfinge! Você é teimoso. Os dois se calaram. Já era noite, e o olhar de Esfinge estava banhado em uma feição triste junto ao luar. Ouviu-se três badaladas. - Mas que diabos é isso?! – indagou Eron. - É o relógio central. Quando dá sete horas da noite ele dá três badaladas. Significa que está na hora do divertimento! - Como assim, Esfinge? Não entendo! - É o momento que nós comemoramos as graças de hoje. Contamos histórias, alguns apresentam danças, outros apresentam peças e assim por diante. Ah! Esqueci de uma coisa! Tem também comida e bebida. - Parece ser bastante legal! - Vamos, Eron! – convidou Esfinge. - Sim, por que não? - Haha! Eu sabia, Eron, que você não recusaria uma boca livre. - Hum... Você está cheio de graça! – disse Eron com sarcasmo. - Sim, e porque não estaria? - Ora! Espero que isto seja uma pergunta retórica! - Hahaha! Os dois caminharam pelos troncos incrivelmente grossos e pelas pontes. A lua estava enorme naquela noite. Andaram até chegar a uma praça onde havia um palco armado. Muita gente já estava ali festejando. Eron estava surpreso. Tudo aquilo em cima de uma árvore era muito surreal. A festa começou e todas as pessoas estavam agora assistindo a uma apresentação teatral. Foi quando Eron tirou a atenção de Esfinge fazendo-lhe uma pergunta: - Como você veio para aqui? E quem são todas estas pessoas? - Sou órfão. Então reuni um grupo de órfãos que moravam pela cidade e vim parar aqui. Logo a notícia se espalhou sobre uma gangue de garotos órfãos que viviam na floresta da província de Taxaz. Muitos vieram nos eliminar, mas muitos outros órfãos, garotos e garotas, vieram se juntar a nós. Cada um tem uma história pessoal, na qual guarda alguma mágoa do passado. - E qual é a sua? – Eron continuou indagando. - Eu disse que cada um tem uma história pessoal, eu não disse pública. - Desculpe-me então, Esfinge. Depois desta breve conversa os dois se divertiram bastante, e beberam, comeram, se esbaldaram e caíram no sono ali mesmo. Alguém o cutuca agora. Eron disse: “Não, agora não.” – e após estas palavras a única coisa que ele sentiu foi um jorro de água caindo sobre si. Acordou esbaforido e viu a silhueta de Esfinge com um balde vazio na mão e rindo. - Por que você fez isso?! - Ora, caro Eron... Pelo o que me consta já é manhã. - O quê! Já?! – espantou-se Eron. – Mas não faz um segundo que eu peguei no sono! - Acho que bebeu demais, caro Eron. - Acho que sim. – disse Eron ainda sonolento. Esfinge Master jogou no colo de Eron uma maça, e seu alforje e o arco e disse: - Vamos partir. - O quê? – Eron estava confuso, talvez fosse o sono. – Como assim vamos? - Ora! Não deu para notar que eu vou te acompanhar na sua jornada? - Mas por quê? - Isso é em parte um assunto pessoal. Agora que Eron foi reparar no alforje de Esfinge. - Está bem! Vai ser bom ter um companheiro... Mas quem vai te substituir? - Isto já está ok! O subcomandante agora é o comandante. Confio bastante nele. Já entreguei a chave a ele, e a técnica da alquimia ele já sabia. Portanto, vamos! - Que coragem! – Eron estava admirado. – Deixar este lugar maravilhoso para seguir um caminho sem rumo junto com um desconhecido? - É... Isto é realmente estranho. – afirmou Esfinge. – Mas uma vez um velho sábio me disse que o importante era o caminho e não o lugar a se chegar. E eu estou estagnado aqui. E este mesmo velho me disse que um dia quando a minha vida estivesse caindo na monotonia do dia a dia, apareceria um rapaz tão incontrolável como o vento, e que ele responderia à minha única dúvida, ou o meu erro. E quando ele aparecesse, teria uma grande missão: teria que acompanhá-lo. E por anos esperei isso, e até que enfim chegou o momento de continuar a escrever o meu destino. - História interessante. – comentou Eron. Os dois caminharam até um lugar onde se encontrava a escadaria. Já havia muita gente para a despedida. Todos pareciam muito emocionados. Esfinge olhou para todos aqueles jovens e disse: - Adeus meus bons e fiéis amigos... Um dia eu retornarei e encontrarei vocês com uns belos sorrisos de acordo com os seus belos rostos. Todos falaram em coro “Adeus”. E esse momento melodramático foi interrompido por garoto que aparentava ter uns sete anos: - Esfinge Master? - Sim. - Eu não entendo. – continuou o garotinho. – O senhor disse que nos encontraria com belos sorrisos de acordo com os nossos belos rostos, não foi? - Sim. - Mas, o Girobo vai estar chorando quando o senhor retornar, de tão feio que ele é! E foi neste último comentário de humor que os dois aventureiros e o comandante desceram as escadas. - Comandante. – chamou Esfinge. – É muita educação sua, mas por que nos acompanha? - Ora! Se não se lembra, a chave está comigo, Esfinge! - Ah, claro! Burrice minha. Os três desceram as escadas, e chegando lá em baixo o comandante abriu a porta e se despediu. Os dois agora estavam do lado de fora. - Pff! Essas escadas quase que me matam! – comentou Eron. - Um dia você se acostumará! - É... Sei. Um momento! - O que é Eron? Você nunca para de falar, indagar, perguntar! - É que você agora é o meu companheiro, certo? - Correto. - Então desejo saber seu nome verdadeiro! - Hum... Está certo. Está bem! Vou te dizer meu nome. Me chamo Eduard Metzelder. - Hahahihi! Que nome estranho. - Certamente... Certamente. Capítulo 2 – Isso! Eu vou para Valkyria. Os dois caminharam floresta adentro. O meio-dia já estava chegando. - Eron! Vamos parar um pouco?! - Claro! Estou morto de cansado. - É, você só sabe reclamar. Mas não foi para isto que eu decidir parar, e sim porque estou com fome! – disse Eduard. – Vou caçar alguma coisa! Enquanto isto procure lenha e faça uma fogueira, certo? - Está bem. Ambos foram para caminhos diferentes. Quinze minutos depois Eduard retornou e encontrou a fogueira e eron à sua espera. - Você demorou bastante, Esfinge! Quer dizer, Eduard. Eduard estava com um javali nos seus ombros. Alguns minutos depois, os dois estavam devorando uma deliciosa carne assada de javali. Descansaram um pouco e voltaram a andar. Logo eles avistaram uma cidade ao longe. - Até que enfim uma cidade!! – disse Eron. - Que felicidade! Isso me espanta. – retrucou Eduard sarcasticamente. Os dois chegaram até os portões altos e lustrosos da cidade. Dois guardas se dirigiram a eles. Um carregava uma lança e o outro um rolo de pergaminho. - Identifiquem-se! – bradou o do pergaminho. - Como?! – estranhou Eron. - Seus nomes, suas patentes, o que são, o que querem e o que querem fazer? – disse o guarda em resposta. - Ah, claro! Meu nome é Eron Underwond, e venho a passeio. O guarda anotou tudo. - E o senhor? – continuou o guarda em direção à Eduard. - Sou Eduard Metzelder, venho a passeio acompanhando Eron. - Sejam bem vindos! – disse o guarda. Os dois adentraram o portão. A cidade era incrível, muitas pessoas, casas, lojinhas, estalagens e comerciantes. Num lugar mais alto da cidade, havia um castelo enorme e ao lado uma igreja igualmente grande. Eron aproximou-se de um comerciante, que vendia uns vidrinhos com líquidos de cores diversas intitulados de porções. - Senhor! – chamou Eron. – Pode me dizer o que é aquele castelo? E a igreja? O senhor respondeu educadamente: - O castelo é onde se encontra o governador da cidade e os outros nobres e importantes. E a igreja é a morada do Bispo. O senhor agora parecia enfurecido. - Desculpe-me perguntar, senhor, mas o que lhe irritou tanto nesta última frase? - Aquele maldito Bispo! O senhor começou a chorar neste momento. Eron se sentiu mal por ter tocado num assunto que causava tanta tristeza ao velho. - Desculpe-me. – disse Eron de cabeça baixa, num tom sutil. - Você quer se desculpar, jovem... Sugiro que saia daqui o quanto antes! - Mas... Por que isso?! – perguntou Eron. - Vou lhe contar uma história. Uma história real. Existia uma certa cidade chamada Cissé. Uma bela cidade, mas com pessoas gananciosas. Uma delas era o Bispo. Um poço de bondade... Tudo farsa! Mas isto não atrapalhava de nenhum modo a nós moradores. Ele reuniu vários seguidores fazendo os seus famosos milagres. Só que um dia surgiu uma guilda de cavaleiros malignos neste mundo!!! Um deles veio para esta cidade nos atormentar. Conhecido como Death Kniges - a guilda de Cavaleiro da Morte. O Bispo sentiu que seus negócios iriam desandar. Com medo ele começou a convocar os jovens dessa cidade para destruir este tal Cavaleiro. Vários jovens foram mandados, inclusive meu filho. O velho começou a chorar e a soluçar novamente. - O meu filho morreu e o Cavaleiro ainda está vivo. Toda semana ele vem aqui... Vem eliminar, saquear e pilhar. – Quem entra nesta cidade só sai morto. Eron ficou com repulsa, indignado. Imaginou todas as coisas tristes desse mundo e naquele momento. Neste mesmo instante Eduard bateu em seus ombros. Eron levantou a cabeça e viu que estavam cercados por guardas que se aproximaram. O velho se juntou a Eron e em uma fração de segundos jogou um pote vermelho no chão e gritou – Corram! Quando o pote encostou no chão, uma onda de fumaça subiu e Eron pôs-se a correr. Os dois correram e saíram da zona de fumaça. Neste mesmo instante, três flechas passaram à sua frente esvoaçando o ar. Correram e entraram em uma estalagem toda feita de madeira. O jovem na recepção ficou pasmo com a entrada brusca dos dois. Eles subiram a escada que levava para os quartos. Atravessaram o primeiro andar e foram para o segundo. Estavam correndo muito rápido, quando de repente passaram por um quarto onde a porta estava aberta e havia uma bela mulher se despindo. No mesmo instante Eron escorregou e caiu de boca no chão. Levantou ligeiro para ver aquela imagem divina, quando Eduard puxou sua orelha e disse: - Não temos tempo para isso, cabeção! - Isso mesmo! Foco na fuga! – respondeu Eron para si mesmo. Viram uma janela à frente e sem pensar pularam cinco segundos estonteantes no ar, antes de se chocaram com o telhado de uma casa. Escorregaram e foram descendo de bunda no telhado e em seguida caíram em cima de uma barraquinha de verduras. Meu tonto Eron disse: - Finalmente no chão. Eduard já estava em pé pronto para lutar com os guardas que novamente os cercavam. - Queridos amigos. – disse um dos guardas. – Não queremos brigas... Só queremos levar os senhores para uma conversa amigável com o nosso querido Bispo. - Nem a pau! – retrucou Eduard. - Aí! Traga o convidado! Um dos guardas arremessou o velho para outro que dialogava, e este mesmo empunhou uma faca no seu pescoço. - Querem conversar agora? - Maldito! Desgraçado! – praguejou Eduard. - Acho que isso é um sim. Eduard avançou bruscamente para cima do guarda e o socou no rosto, na tentativa de salvar o velho. Mas, foi uma tentativa frustrada, pois logo foi agarrado por muitos outros. Acertaram uma pancada em sua cabeça e de repente ele estava desacordado. - Eduard! – gritou Eron. Mas, no mesmo instante, muitos outros avançaram para cima de Eron e tudo que ele podia sentir agora era uma incrível dor de cabeça. Acordou em uma prisão, deitado no chão e com sangrando na cabeça. Viu as grades enferrujadas e sentiu uma insaciável angústia. - Ei, princesa! Pensei que não ia acordar! – disse Eduard debochadamente. - Ai... Que dor de cabeça... – resmungou Eron. - Normal. É assim mesmo. Fica na farra é isso que dar. – continuou Eduard. Um guarda se aproximou das grades, deu três batidas nas grades e disse: - O nosso amado Bispo quer ver vocês, agora! - Já vai, amigão. – disse Eduard. - Nós não vamos nada! – gritou Eron. – Seu guardinha! - O Bispo disse que você reagiria assim. Então... Reforços! Chegou mais meia dúzia de guardas. - Pô, você também não ajuda. – cochichou Eduard no ouvido de Eron. - Acompanhem-nos... – bradou o guarda. Os dois não tiveram escolha senão acompanhar. Acompanharam, passaram por diversas celas. Tinha todo tipo de gente: jovem, velho, crianças, mulheres, malucos e em uma delas estava o velho, triste e dependurado por algemas e correntes fincadas no teto. - Mas, por que isso?! – perguntou Eron. - Lógico. Vocês não colaboraram com a gente... Então tivemos que usar uma de nossas armas mais preciosas, a chantagem. Então se vocês não colaborarem, o velho morre. Mas, se simplesmente tentarem destruir o temível Death Kniges, o velhinho pode sobreviver. Agora nos acompanhem até o Bispo, por favor. Os dois seguiram sem comentar nada. Observaram que a prisão era muita antiga. Tinha portais arredondados e foi construída em pedra, exceto pelas grades que eram de metal, enferrujado, mas, mesmo assim de metal. Subiram uma pequena escada. Um dos guardas empurrou o teto, e em uma parte dele se abriu para cima como uma portinhola. Agora dava para ver que estavam num calabouço. Saíram pela portinhola e deram numa sala lustrosa e bonita. O que antes era teto agora era chão. Na sala havia vários santos, imagens de deus, e havia também um grande santo todo feito em ouro, dentro de um nicho de madeira, com mini pedestais dourados. Talvez fosse o padroeiro da igreja ou da região. Eles continuaram andando, tudo agora era muito mais belo. Andaram em cima de um lindo tapete vermelho. Eron estava fascinado e tinha um incrível prazer e felicidade. Podia até ouvir umas leves notas de harpa ressoando bem no fundo do seu ouvido. Enfim chegaram numa sala ainda mais bonita, reluzindo como uma chuva de brilhantes. O som da harpa estava mais alto, e ainda assim mais suave. Logo ao fundo da sala havia uma graciosa resposta para a adorável melodia – uma linda garota tocava a harpa – Seus cabelos pretos brilhavam e balançavam graciosamente no ritmo do vento. O coração de Eron disparou. Ele não sabia o que estava sentindo, mas aquela emoção era muito boa, causando calor e calafrio. De repente o clima adorável ficou terrivelmente pesado. A linda garota apresentava uma face assustada, porque ao lado dela estava um senhor com uma manta branca e vermelha, o Bispo. Ele estava encostado na garota de modo que a sua mão direita, repleta de ânsia se apoiava nos joelhos da jovem. O Bispo ria abestadamente. Agora ele notou que os rapazes estavam na sala. Eron estava com repugnância, e Eduard nem olhava nos olhos parecendo enojado. - Sentem-se, rapazes! – iniciou o Bispo com uma voz arranhada. – Eu tenho uma proposta a fazer. Creio que vocês já sabem qual é, não é mesmo? - Sim, sabemos! – bradou Eduard. – Você deseja que nós eliminemos o cavaleiro e em troca nós salvamos a nossa vida e a do velho. - Sim. – disse em resposta o Bispo. - Mas, como deve saber, nós fomos capturados por seus homens. Se seus homens não são capazes de derrotar esse cavaleiro como é que nós seremos? - Ora, ora... – disse o Bispo. – Boa pergunta. Eu acredito que vocês foram capturados porque não estavam preparados para aquela fuga instantânea, e também estavam dominados pela fúria. Acredito que o velhinho ao estar na mão dos meus homens naquele momento, você não teve coragem de atacar aquela massa de guardas com alquimia. - Como você sabe sobre a alquimia? – indagou Eduard. - Se não repararam recolhemos os seus pertences. Então lá tinha um certo livro sobre alquimia para leigos. Espero que vocês usem a alquimia para acabar com o cavaleiro. E não tentem invadir, fugir ou atacar. Essa não é só uma sala de estar, mas também uma sala de controle. Aquela prisão onde o velho estar é a mais segura de todas, pois está interligada a esta alavanca. – o Bispo apontou para o lado, mostrando uma alavanca a uns cinco metros de onde estava. – Caso eu puxe as correntes que estão presas ao velho vão ser puxadas para lados diferentes, e seu corpo se partirá ao meio. Que triste. – o Bispo andou um pouco e colocou suas mãos em cima da alavanca. – Não queremos que haja um acidente e que minha mão escorregue por essa alavanca, não é rapaz? – o Bispo fez um gesto com as mãos indicando para os guardas os levarem de volta para a pensão. - Um momento. – disse Eduard. – Como é que você quer que eu vá sem o meu material? E quando é que vamos eliminar esse tal de cavaleiro? Precisamos, pelo menos, de um dia de preparação! - Vocês são um problema. – disse o Bispo rindo. – Querem preparação? Muito bem. Tem um campo nos fundos da Catedral, que serve de campo de treinamento. As suas bugigangas serão entregues para vocês lá no campo, e terão até amanhã para partirem. Ah! E para evitar mais perguntas, amanhã é o dia que o Death Kniges vai vir até a cidade para saquear. Então saiam cedo, para enfrentar ele ainda na mata antes de chegar aqui, para evitar estragos, claro. Boa sorte! E que Deus esteja conosco. Os dois rapazes caminharam até o tal campo. Lá suas coisas foram devolvidas, e então eles tiveram um pouco de espaço para conversar sem serem ouvidos. Mas mesmo distantes e escondidos havia alguns guardas apontando arcos e flechas para os garotos. Eduard percebeu rapidamente. - Me espantou você ter ficado tanto tempo sem falar nada. – comentou Eduard. - Realmente. – respondeu Eron. E logo mudou de assunto. – Vamos treinar? - Claro. – continuou Eduard. – É o que você sabe? Sobre alquimia? - É... Bem, sei transformar um bule em relógio e fazer ele falar as horas. - O quê? – espantou-se Eduard. – Isso não ajuda em nada. Você não tem o livro. - Tenho, mas tá tudo em latim. O que eu pude fazer foi isso! – disse Eron ingenuamente. - Bom... Nadinha?! Sobre os elementos?! Transmutações? Portais? Nada. – esbravejou Eduard quase louco. - Nada. – foi a única palavra que Eron soube dizer. - Então vou lhe dar uma mini aula. Não vou explicar o que é alquimia, mas espero que hoje para amanhã você aprenda alguma técnica. – disse Eduard. – Existem os elementos, no caso água, ar, fogo, terra e trovão. Há também as sombras e a luz. Estes são os elementos básicos. Tem também as transmutações e os portais, mas isso agora é irrelevante. - Posso fazer uma pergunta? – indagou Eron. - Já fazendo uma... Claro! - E a madeira, Eduard, que você usou naquelas escadas na árvore? - É uma técnica muito complexa, pois tem que estar em domínio de dois elementos, terra e água. Para dominar um elemento tem que estar em harmonia com ele no momento. Equiparar a energia elemental com a sua e assim possuí-la para o uso. No caso da madeira tem que se estar em harmonia com dois elementos, carregar a força da terra numa mão e a leveza da água em outra, e assim com muito esforço forma-se a madeira. Cada um já nasce com o espírito voltado para um elemento. - E qual seria o meu? – interrompeu Eron. - Provavelmente o trovão, por causa dos seus cabelos revoltos, sua estatura, magro e alto, por ser veloz. Mas precisamos de uma prova concreta. - Como assim? – indagou Eron novamente. - Espere aí que você verá! – respondeu Eduard com um tom de mistério e em seguida bradou algumas palavras – Limbo inucatione! - Pressionou suas mãos no chão e o pentagrama apareceu. Só que desta vez foi totalmente diferente. Foi como se o chão começasse a se despedaçar e no lugar do pentagrama ficou só um vácuo roxo. Neste momento se ouviu os leves barulhos de flechas serem puxadas e colocadas em modo de ataque. Do vácuo Eduard enfiou a mão e puxou uns objetos triangulares. - Essa é alquimia de portais? – mais uma vez era Eron perguntando. - Sim. – respondeu Eduard com cinco triângulos nas mãos. Jogou quatro triângulos no portal e ficou com um na mão. – Vamos, Eron, pegue este triângulo. Se você for do elemento trovão ele vai reagir. - Reagir?! – Espantou-se Eron, e em seguida pegou o triângulo da mão de Eduard. De repente aconteceu algo incrível. Várias fagulhas de eletricidade saíram do triângulo. O céu escureceu e começou a trovejar. - Pronto Eron! Largue já o triângulo! – bradou Eduard. Eron não pensou duas vezes e largou o triângulo e todo aquele fenômeno parou. O céu ficou claro outra vez. - É... Já sabemos qual é o seu elemento Eduard. Eu nunca erro uma provisão. Só para te informar esse triângulo é sensível à energia elemental do trovão. Como você viu havia outros quatro triângulos e cada um era de um elemento: água, fogo, ar e terra. - Mas é a luz e as sombras que você mesmo falou?! - Bom, Eron. Eles não são bem elementos, eles são como uma força suprema. Pessoas não nascem com o elemento voltado para estes dois tipos. As pessoas buscam desenvolver eles. Continuando com o assunto anterior, é bom ter esse elemento. O trovão é bem difícil se dominar, mas no futuro você terá uma certa facilidade em aprender a dominar o fogo. Agora vamos deixar de blábláblá e vamos treinar sério. – Eduard recolheu o triângulo do trovão, jogou no portal e o fechou. – Vamos lá, primeiro você terá que dominar a sua energia elemental, e tem que saber latim, Eron, pois para invocar o elemento você tem que chamá-lo por seu nome original, e óbvio que é em latim. - como é que eu domino a minha energia elemental? – perguntou Eron. - Sente-se. – disse Eduard. Os dois se sentaram com pernas cruzadas na posição da borboleta. - Feche os olhos e concentrese, ouça a pulsação do seu coração, ouça o sangue correndo em suas veias. Agora ouça algo mais. Ouça uma corrente de energia que corre por trás do coração. Torne-a mais alta. Ouça só ela. – Eron podia ouvir a tal corrente de energia. – Agora ponha para fora toda essa energia. Agora é com você, Eron... Só você pode colocar a energia para fora do seu corpo para ela emanar. Eduard levantou-se e deixou Eron lá concentrado. Duas horas haviam se passado e nada. Eduard estava desapontado, mas de repente veio uma brilhante ideia na sua cabeça. Ele apanhou o arco de eron que estava no chão, pegou algumas flechas e em seguida disse: - Abra os olhos, Eron! Eron obedeceu, e quando abriu os olhos veio uma flecha passando próximo ao seu ombro esquerdo. - O que você ta fazendo?! – gritou Eron insanamente. - Talvez a sua energia responda quando você está em perigo. Por isso não se desconcentre. – respondeu Eduard rindo, e disparou mais uma flecha. Eron desviou, pois essa tinha endereço. Eron começou a correr desviando-se das flechas e com o pensamento dizendo as seguintes palavras – “Vamos energia! Flua! Emane, por favor!” – E continuou correndo e várias flechas voando em sua direção. Após uns trinta minutos de correria ele notou algo estranho, uma fumaça azul recobria o seu corpo, emanava e bruxuleava sutilmente. - Ei! Eduard olhe! – disse Eron com um tom de felicidade. Eduard parou de disparar flechas. - Parabéns, até que enfim. Não se desconcentre. Vamos para próxima lição, já que agora você dominou a energia interior, vou pedir que você a concentre na mão. Pensei em muitas coisas enquanto você estava se concentrando. Mande toda esta energia para a palma de suas mãos. - Qual é o próximo passo? – perguntou Eron. - O próximo passo é transformar essa energia em trovão. Para isso você terá que invocá-lo. Então precisará do latim, e chamálo por seu nome. É só você dizer tonitrua. Lembre-se sempre de uma coisa, a alquimia é a troca exata. Eron berrou “tonitrua!” e nada aconteceu e assim continuou pelas três horas seguintes... “Tonitrua!” e nada acontecia. Mas Eron era perseverante e continuou, continuou... Já era noite e nada havia acontecido ainda. Foi quando Eron pensou – “Troca exata” – É isso! Eron resolveu executar a técnica mais uma vez. Concentrou-se e posicionou suas mãos e disse: - Vamos trocar. – a energia que havia concentrado em suas mãos sumiu. – Tonitrua! – Lampejos de eletricidade protuberaram de suas mãos. A eletricidade estava em torno de suas mãos. Era inacreditável. - Como sempre não se desconcentre, pois se a pressão cair vai pegar fogo na sua mão. Toda sua energia vai se transformar em chamas. Agora vamos para o próximo passo, que é aprender uma técnica. – Eduard estava com um livro em sua mão. – Estava pesquisando técnica do trovão e achei uma bem fácil que é Eletrically despare. É bem simples. Primeiro você tem que ter um arco e isso você tem. Vou lhe explicar como funciona. Faz-se a invocação, coloca o arco em modo de ataque. Se souber executar aparecerá uma flecha toda de eletricidade. Em seguida é só disparar. - Vou tentar. Não. Vou executar com certeza. – encorajou-se Eron. Apanhou o arco. Fez a invocação, colocou em modo de ataque. Formou-se uma flecha de eletricidade e na hora do disparo houve uma explosão. Eron foi arremessado a uns cinco metros de distância. O seu arco foi arremessado a uns dois metros de onde ele estava. Suas mãos estavam esturricadas. Nada grave. Mas mesmo assim aquelas queimaduras acusavam muita dor. - O que houve?! – bradou Eron. - No livro diz que quando mal executado, na hora do disparo pode ocorrer explosão. Isso acontece quando a energia não é constante. No caso você precisa tornar a sua energia constante. Refine a sua energia e não deixe que ela seja bruta. – respondeu Eduard. – Faça muito barulho Eron, pois já é noite e quero dormir. - Como você estar tão calma? Pode ser que não estejamos indo direto para a morte. – disse Eron. - Não estamos. – continuou Eduard. Eron voltou ao treinamento. Houve muitas explosões. Eron agora já havia enfaixado as mãos. Mas mesmo assim continuava o treinamento. Após mais algumas tentativas ele conseguiu executar a técnica, e assim quando já era madrugada ele caiu no sono. - Acorda! – gritou Eduard e Eron abriu o olho instantaneamente. – Vamos! Havia chegado o momento de enfrentar o cavaleiro da morte. - Vamos lá! – encorajou Eron. Eduard estava com uma roupa diferente, uma camisa preta de mangas compridas, uma calça preta, e um tipo de bota com umas amarras até o joelho. Era meio estranho. Os dois caminharam ato o portão. Uns guardas soltaram umas risadinhas debochadas enquanto eles passavam, andaram pela rua principal da cidade rumo à floresta. Alguns dos guardas os seguiam secretamente, mas Eduard mais uma vez reparou. Caminharam e entraram na floresta. - Eron! O plano é simples. - Que plano?! – Eron estava confuso. - Cale a boca e escuta. – disse toscamente Eduard. – O plano é: primeiro, ache o inimigo; segundo, prenda-o; terceiro, elimineo antes que ele possa pensar. No caso nós o achamos, eu o prendo e você... - Ok! Os dois procuravam sorrateiramente. Escondidos ficaram entre os arbustos e procuraram. Enfim acharam o tal cavaleiro da morte, um ser com uma figura soturna, envolto num manto negro. Provavelmente embaixo do manto havia uma armadura, pois na sua face dava para ver um capacete de guerra ornamentado com rúnicas antigas, e suas mãos também estavam recobertas por metal. Tinha uma espada pendurada em suas costas. Eduard sussurrou: - Pronto? - Pron... Pronto! – respondeu Eron. Eduard continuou sussurrando: - Terrae, aquae, tentades lígnea... – juntou as mãos e pressionou no chão, surgiu o pentagrama. Em seguida brotou do chão tentáculos de madeira, quatro deles que agilmente prendeu os pés e as mãos do cavaleiro da morte. - Vai, Eron! – gritou Eduard. - Tonitrua... Eletriclly despare! – colocou o arco em modo de ataque, mas foi lento. O cavaleiro da morte torou os tentáculos de madeira que o prendia. Eron disparou, mas o cavaleiro desviou, e a flecha elétrica colidiu com uma árvore mais ao fundo causando uma grande explosão e tudo virou chamas. - Que audaciosos! Atacar sem ao menos se apresentar. Gosto de me lembrar do nome dos otários que enfrentei! – disse o cavaleiro. – Bom, se vocês não se apresentam eu começo. Klahador da 5ª ordem dos cavaleiros da morte. Agora é com vocês. Se apresentem! - Eduard Metzelder, o seu pesadelo derradeiro. – disse Eduard com tom de arrogância. - Eron Underwond, só Eron Underwond. – disse Eron. - Um arrogante e um idiota pretendem me destruir? – perguntou Klahador. - Chega de conversa! – bradou Eduard e avançou para cima de Klahador, que sacou sua espada e deflagrou um golpe. Eduard desviou e tentou atingi-lo com mãos e pés. Eron avançou também. Klahador brandiu a espada de modo que lançou um jato de vento cortante, que arremessou Eron e Eduard contra as árvores. Eduard sofreu alguns cortes leves. - Terrae... Aquae... Tentades lígnea!!! – bradou Eduard. Mais uma vez quatro tentáculos de madeira brotaram do chão. Só que desta vez eles se movimentavam para atacar o primeiro tentáculo que foi em direção a Klahador foi fatiado por sua espada. Mais um tentáculo foi em sua direção e desta vez Klahador pulou em cima do tentáculo e seguiu andando nele. O tentáculo balançou e arremessou Klahador direto para o chão. O cavaleiro era muito rápido e hábil, pois caiu em pé juntamente com um movimento de espada e todos os tentáculos estavam esmigalhados. - Mas como?! – se perguntou Eduard. O cavaleiro havia sumido. Isso parecia impossível. De repente surgiu à frente de Eduard uma imensa mancha de sangue que caiu no chão. O cavaleiro Klahador havia fincado a sua espada no meio da barriga de Eduard. Klahador puxou a sua espada e Eduard caiu no chão, quase inerte. - Eduard! Não! – gritou Eron. - Não adianta. Logo ele estará morto... É questão de tempo. – disse Klahador. Eron estava muito enfurecido, pois Eduard tinha se tornado o seu amigo, seu companheiro, e agora estava à beira da morte. Eron avançou. - Tonitrua!!! Eletriclly despare!!! – bradou Eron. O feixe de eletricidade foi em direção ao cavaleiro Klahador que desviou por um triz. O feixe de eletricidade colidiu em uma rocha que se despedaçou. Houve outra grande explosão, só que desta vez a explosão atingia o cavaleiro arremessando-o aos pés de Eron. As ondas elétricas pareciam ter anestesiado o cavaleiro, que estava meio mole e babando ao chão. - O que... que...ah... houve?! – indagava o cavaleiro Klahador. Eron concentrou energia nas mãos e a transformou em eletricidade e começou a socar Klahador... - Quanto mais você me bate com esses socos elétricos, mais eu fico anestesiado. Não adianta de nada. Você nunca vai conseguir me destruir sendo tão fraco. - Eron... Eu tive uma ideia... – disse Eduard quase inconsciente. - Não, Eduard, não fale. Isso pode te desgastar ainda mais. – retrucou Eron. - Cala-se. Deixe-me falar enquanto posso. Olhe para a esquerda. Há uma lagoa. Jogue-o e lança na água sua descarga máxima de energia. – disse Eduard. – Rápido! Eron obedeceu. Puxou o cavaleiro até a lagoa e o jogou dentro d’água enquanto ele praguejava algo. Concentrou energia na palma de suas mãos. Transformou-a em eletricidade e mergulhou as mãos na água aumentando ao máximo a carga de eletricidade. A água começou a ficar avermelhada. De repente estava toda tingida de vermelho. Eron desmaiou e caiu inconsciente na água. Eron acordou de supetão e avistou Eduard todo enfaixado e sentado em uma janela. - Onde estamos?! – indagou Eron. - Que bom que você acordou. Estamos na casa de uns camponeses que recolheram a gente no meio da mata. - E o cavaleiro da morte? – Eron continuou indagando. - Está morto. Na sala, é onde ele está. Neste momento um homem gordinho adentrou o quarto. - Que bom que você acordou. – disse o gordinho. – Deu um trabalho e tanto tirar você e o outro de dentro do lago. Tive que puxá-los com um galho de madeira. - Obrigado pela ajuda senhor. – agradeceu Eron. - Não foi nada. – respondeu o gordinho. Os dois foram embora muito agradecidos logo após o almoço. Levaram o cavaleiro da morte consigo, pois precisavam provar que tinham destruído o desgraçado. Caminharam, e chegaram à cidade. Todos ficaram muito surpresos com a volta dos rapazes, ainda mais com o corpo do cavaleiro. Foram até a Catedral e adentraram seus portões, e chegaram na casa do Bispo. - Aqui está o cavaleiro. Agora liberte o velho. – exigiu Eduard. - Sim, como prometido. – disse o Bispo. – Guardas! Dois guardas vieram ao seu chamado. - Tragam o velhote até aqui. – bradou o Bispo. - Sim, senhor! – responderam em coro os dois guardas. Enquanto esperavam em silêncio, apreciavam o delicioso som da harpa, na qual a deslumbrante garota tocava. Eron adorou aqueles minutos. Os dois guardas chegaram trazendo o velho. Em seguida o Bispo disse: - Guardas. Eliminem o três agora! Os guardas ficaram imóveis. Não podiam acreditar no que ouviam. - Senhor, acha certo eliminar os homens que nos salvaram? – perguntou um dos guardas. - Seu desgraçado! Não me desobedeça! A minha vontade é a vontade de Deus! – bradou o Bispo. - Não! – disse um dos guardas. – Deus não quer isto, nada disso, muito menos o que vou fazer agora! O guarda avançou com sua lança e perfurou o coração do Bispo, que em seguida caiu no chão. O sangue escorria e já havia formado uma poça. - Acho melhor dar o fora daqui. – sugeriu Eduard. - Concordo. – afirmou Eron. Os dois já iam partir quando a garota disse: - Será que eu poderia acompanhar vocês? - Mas é claro. – disse Eron num incrível tom de felicidade. – Só que estamos partindo agora. - Não tem problema. Estou louca para sair daqui. – disse a garota. - Então vamos! – continuou Eron. Os três partiram da cidade correndo. E depois de três horas de caminhada eles pararam para descansar. - É poderíamos saber qual o seu nome? – perguntou Eron. - Meu nome é Lucy Bagshot. – respondeu a garota. - Belo nome. – concluiu Eron. O meu nome é Eron Underwond. - E o meu é Eduard. Eduard Metzelder. - Eu vou ser o maior aventureiro deste mundo. – disse Eron. - E para onde estamos indo? – perguntou Lucy. - Valkyria. Nós estamos indo para Valkyria. – respondeu Eron. E assim, os três partem para Valkyria sem saber o que os espera nesta nova cidade, nesta incrível aventura. POESIAS História, começo, meio e fim Ericson Victor Ericson Vitor Aprendi muito com o Projeto Cadmo. Conheci novas pessoas, a exemplo do Prof. Jayme. Ler os melhores livros do mundo como a história de Moby Dick. Gostei muito do Cadmo de 2010. Aqui conheci vários colegas que eu não vou esquecer. Destino Sobre cada tempo que termina Falamos tudo de cada coisa Terra com destino Agente chega a mudar o destino Acreditamos na sorte Ou será coisa do destino Destino ruim para mim Sonhamos pouco usamos pesadelos Sobre destino Horrível termo sobre cada coisa O que é amar o que será o ódio Eu andava como um sonhador Me encostei com um destino Sobre uma luz a escuridão Existem dez mil destinos em cada esquina. Sino na catedral me diz porque será Agente corre atrás do destino mas não encontra Mesmo seguindo viagem tiro os pés do chão Melhores Coisas Minha cor Minha estrela Quinta letra do alfabeto Será que a terra sem você teria razão Mais linda que a luz Brilha mais que o sol Minha beija-flor Minha adormecida Para onde foi Para onde foram pássaros? Para onde foram galhos? Para onde foram nuvens? Para onde foi amor? Minha cor branca Deusa da realidade Foi os seus anseios Lindo rosto Criado por deus “Deus amigo de todos pai admirável” Mandou ela pra mim Minha deusa foi o seu olhar foi que me encantou Só quero um amor maior que eu Só hoje Perto horizonte Diga a verdade uma vez – o mundo acabou Olho para o céu e vejo você Minha garota Eu só preciso ouvir sua voz... 23/08/2010 Bem longe Me diga que você partiu Será que a sua sombra está presente neste lugar Achei que você seria uma imaginação e uma realidade Aonde quer que eu vá levo você no olhar Diga quem inventou o amor Tenho tudo pra fazer você feliz 8 anos sem perdão A loucura acha isso normal Além do horizonte existe um lugar A gente inventa a dor Você me faz tão bem Passamos nossa velha infância Será que toda essa castanha vai acabar Doces são seus lábios Lua minguante Acredito em mim mesmo Eu me vendo para esconder a luz de você Alcancei a liberdade Será que o inverno acabou Um lugar que não há pecado nem perdão 03/09/2010 História, começo, meio e fim. História existe sem está dentro de todos Mas a gente não sabe O tempo mostra quem é quem Gigantes trocam vidas por ouro Pequenos trocam sabedoria por nada Minha história acabou aqui Rosto Inimigo Dizem que eu sou um pobre diabo Infelicidade encontramos fora de um tempo Um mundo acabou para mim Olho para um espelho E vejo meu próprio inimigo Usei o meu próprio medo Para afastar a derrota de mim Olhei todos olhei o horizonte Longe, corre, do meu medo Grande, sombra Mundo digo perto de mim Fotos Precisei andar longe Naquela praça Chuvas, água A dor é uma Expressão, carros parados Trem, parado o céu escuro Olho o dia do julgamento Sofre último dia da minha vida será Algumas coisas são infelizes nesse mundo Cai no penhasco digo amém Fecho os olhos me arrependo de tudo Leio a bíblia antes de morrer “Tendes as Letras que Cadmo ofertou. Achais que era um presente para escravos?”