coletânea de textos cadmistas 2010

Transcrição

coletânea de textos cadmistas 2010
CECR Escola Parque NULEP Projeto Cadmo
COLETÂNEA
DE TEXTOS
CADMISTAS
2010
Abdias Augusto
Caíque Nascimento
Daniel Santiago
Ericson Vitor
CECR Escola Parque NULEP Projeto Cadmo
COLETÂNEA
DE TEXTOS
CADMISTAS
2010
Salvador
25 de novembro de 2010
A todos
os anisianos que neste ano
celebraram os 60 anos do
Centro Educacional Carneiro Ribeiro
Agradecimentos
Aos Colegas e Professores do Núcleo de Leitura e
Pesquisa – NULEP, em especial à Prof.ª Maria Augusta
Cortial pelo apoio permanente.
Ao Prof. Gedean Ribeiro por ter acreditado na ideia.
Aos Pais e Mães dos alunos que apoiaram o Projeto
Cadmo.
Ao aluno Carlos Henrique Reis (Escola-Classe IV) pelas
belas ilustrações da capa e sub-capa nº 3.
Sumário
JAMES’P & LOGAN
Abdias Augusto – Colégio Central da Bahia......9
Capítulo Um – Mistland........................................................11
Capítulo Dois – Fenômeno.................... ...............................12
Capítulo Três – Árvore Mãe...................................................22
Capítulo Quatro – Ida Condol................................................34
Capítulo Cinco – Primeiras Aulas...........................................48
Capítulo Seis – Estranhas Aparições.......................................60
Capítulo Sete – O Segredo de James.......................................72
Capítulo Oito – Dias Difíceis...................................................87
UM POUCO DE MIM
Caíque Nascimento – Escola-Classe IV...............99
Poesias
Será........................................................................101
Se............................................................................102
Quem......................................................................103
Não Sei...................................................................104
Sem ideia................................................................104
Destino...................................................................105
Engraçado, não?....................................................106
Mal..........................................................................107
Sem Título...............................................................108
Mais Uma Vez (The Death).....................................109
Soneto da Esperança..............................................110
Conto
Diário de uma Nova Terra.....................................111.
O CAVALEIRO DA MORTE
Daniel Santiago – Escola-Classe IV.................114
Prólogo.................................................................116
Capítulo 1: Eduard Metzelder.............................118
Capítulo 2: Isso! Eu vou para Valkyria..............140
POESIAS
História, começo, meio e fim
Ericson Vitor – Escola-Classe III....................165
Destino................................................................167
Melhores Coisas.....................................................167
Para Onde Foi.......................................................168
Bem Longe............................................................169
História, começo, meio e fim...............................169
Rosto Inimigo.......................................................170
Fotos....................................................................170
Apresentação
Esta “Coletânea de Textos Cadmistas - 2010” é o
resultado das atividades desenvolvidas pelo “Projeto
Cadmo.
Nesta publicação o leitor terá a oportunidade de
conhecer a produção textual de jovens escritores,
alunos do Centro Educacional Carneiro Ribeiro e do
Colégio Central da Bahia.
Os textos estão distribuídos nos gêneros – épico,
conto
e
lírico,
os
quais
refletem
as
leituras
empreendidas ao longo do ano, principalmente sob a
influência de livros que exaltaram o espírito de
descobertas e de aventuras lastreadas pela História,
Cultura e Mitologia.
Não é demais afirmar o quão orgulhoso estou ao
revelar
a
escritores,
capacidade
que
criativa
cultivaram
desses
sonhos,
meninos-
construíram
realidades, subtraíram preconceitos e reafirmaram a
importância da escrita, do exercício prematuro do
pensamento,
e
mais
do
que
nunca,
da
gênese
pedagógica da Escola Parque conforme pensamento
anisiano que diz:
“O suposto ser racional dos gregos e o suposto indivíduo são
dois produtos altamente elaborados, não sendo inata
senão a possibilidade de determinado organismo
humano se fazer um e outro, se a sua história,
as suas experiências, as pessoas com que conviver
e se agrupar, ou seja, a sua educação, a isto ajudarem.”
Ao leitor atento ofereço o direito de julgar a riqueza
destas páginas. Boa leitura.
Prof. Jayme Ribeiro
PARTE I
Abdias Augusto
Abdias Augusto.
Eu li muitos livros aqui no Cadmo. Fiz
grandes amizades. Aprendi coisas novas. Fui
descobrindo coisas que nunca ouvi na vida.
Tenho mais um excelente professor, mais uma
excelente
aula.
E
agradeço
por
estar
participando de um projeto tão legal, genial. Obrigado.
Capítulo 1
-Mistland-
Há tempos em 28 de dezembro de 1499 existiu uma
pequena cidade conhecida como Mistland nas terras onde hoje
em dia é o Rio Grande do Sul. Na época Mistland era pouco
conhecida e muito diferente das grandes e conhecidas cidades
dos ynutis (quem não possui magia).
Essa pequena cidade, Mistland, na dimensão dos ynutis
era uma cidade normal aos olhos dos ynutis, e exclusiva para
eles que não herdaram magia. Hoje em dia essa cidade não
existe mais na dimensão ynuti, e agora é só um lugar
abandonado, em ruínas que precisou na época de 1499, às
pressas, ser escondida em outra dimensão longe dos ynutis e
dos nativos que moravam por perto. Mistland foi escondida em
um final de tarde, no dia 31 de dezembro de 1499, no dia em
que Duarte Pacheco “o verdadeiro descobridor do Brasil”
faleceu e quatro meses antes de Pedro Álvares Cabral chegar
onde atualmente é o Brasil.
Certa vez um espião ynuti cujo nome é Phill, entrou
clandestinamente em Mistland e se misturou entre os mágicos,
feiticeiros e bruxas que moravam lá.
Phill aproveitou uma ocasião para entrar na cidade, e
justamente no dia em que os mágicos realizaram uma pequena
comemoração na praça central, em volta de uma porta
petrificada. E dessa porta magicamente saem vários mágicos
que vem para a comemoração da vitória do Tricentro (criatura
com três animais fundidos – leão, escorpião e Fênix) contra as
trevas desconhecidas.
Alguns mágicos estranharam por nunca terem visto ele,
mas deixaram como se Phill fosse conhecido. E por causa de
Phill “o espião ynuti” que descobriu muita coisa muita coisa
sobre Mistland e levou outro ynuti para ter provas. Phill e outro
espião provaram para o governo ynuti o que Mistland
realmente era.
Depois da prova contra Mistland houve uma rebelião que
os ynutis fizeram ao descobrir a cidade, que na verdade não era
um lugar normal e sim um lugar diferente que eles não
conheciam muito bem. Mas assim mesmo os ynutis sem
esperança de sobreviverem chamaram as forças armadas de
Portugal. E com tochas de fogo para queimar os mágicos, os
ynutis fizeram a batalha total.
E a cada morte que ocorria, seja lá da parte dos ynutis ou
dos mágicos, os que restaram dos mágicos, aos poucos foram
abrindo o portal mágico em forma de porta e recuavam para
não acontecerem mortes. Mas os ynutis insistiam a lutar até o
fim.
Os ynutis venceram a batalha contra os mágicos e
conseguiram expulsar a magia que eles não conheciam daquele
lugar destruindo toda Mistland.
Mas antes dos ynutis lançarem uma arma mortal para
destruir o portal em forma de porta petrificada, um forte e
corajoso homem negro, baixo, com barbas médias em grisalhos
brancos, cujo nome é Hionzario Leus, que tentou fazer os
ynutis esquecerem tudo o que aconteceu com o feitiço do
esquecimento “Decantar”.
Foi muito difícil manipular todos aqueles ynutis de uma
vez só, mas ele conseguiu.
Apesar de Hionzario ficar muito exausto por ter
conjurado uma gigantesca e forte luz azul, que cobriu uma boa
parte do território em que os ynutis estavam. Mas valeu a pena
porque os ynutis não vão lembrar que existiu magia sobre a
dimensão deles, ou seja, a terra. Naquela época de 1499 quando
ocorreu a rebelião, os antigos magos e árvores mestres, ainda
não tinham encontrado a força dos elementos com a magia mais
conhecida hoje em dia como Magia Elementar, e por isso não
conseguiram vencer a rebelião contra os ynutis.
Mas três anos depois, em 1502, depois da rebelião de
1499, graças a Hionzario Leus e os antigos por terem
descoberto a força real dos elementos, e que eles podem ser
misturados misteriosamente com magia, eles conseguiram fazer
magia elementar com o feitiço de transformação “Transfurgia”,
que era um dos feitiços mais poderosos do mundo da magia. E
dali por diante a magia elementar ficou mais forte podendo
vencer os ynutis com o domínio dos elementos naturais: terra,
água, fogo e ar.
E com essa nova era da magia, que é a magia elementar,
os antigos e Hionzario decidiram fazer em cada hemisfério do
mundo de Meriton (mundo da magia) com o domínio de terra,
enormes templos sagrados de cada elemento, que hoje em dia
não são mais templos, mas sim maravilhosas escolas
elementares.
Por votação da população mágica Hionzario foi escolhido
para ser o diretor de uma das escolas elementares. Ele ficou na
dúvida se iria ou não, mas depois de refletir, ele concordou com
o ministro Elton Felton dando o nome inclusive, de Escola Sul
de Condol, ou seja, Colégio de Dominação Elementar.
Para começar esta história existem várias famílias
mágicas no mundo de Meriton, e são essas.
Os Smiths são uma das famílias mais antigas do mundo
Meriton. Eles só perdem para a família Dingstons que surgiu a
dois anos antes dos Smith, dos Rostons, dos Nicks, entre outras.
Os Dingstons e os Smiths na antiguidade não se entendiam
muito bem, e isto ninguém sabe. Há séculos após a rebelião de
1499, eles começaram a travar uma briga mortal com os
Smiths. E para piorar, Jayme que é da família Smith se
apaixonou e casou com Emily Dingston há dois anos (em
2008). Alguns dos Dingstons aceitaram que aceitaram que
Jayme Smith se casasse com Emily porque essa briga é muito
antiga, mas outros não aceitaram tentando de várias formas
separar os dois.
Jayme Smith juntamente com Emily Dingston tiveram
dois filhos gêmeos cujos nomes é James Paulo Smith Dingston
e Logan Anderson Smith Dingston. Os filhos de Jayme e Emily
não herdaram nenhum dom de Elengia porque seus pais não são
domilingistas, e sim cientistas botânicos.
James Paulo e Logan Anderson, dois meninos baixos de
13 anos, de cor clara, com cabelos e olhos castanhos, cresceram
sabendo que seus parentes (menos seus pais) são domilingistas,
e sempre manipulados para não dizerem aos ynutis.
A família Smith teve uma ideia fantástica, porém
perigosa. Os Smiths mágicos com Jayme e Emily andaram por
meses nas florestas mágicas procurando uma forma para dar
dons da Elengia a James e Logan. É por mistérios dos estudos
avançados da Ciência misturados com Elengia (magia
elementar), o resultado das pesquisas deram certo no
diagnóstico.
Jayme, Emily, com a participação de seus parentes mágicos
produziram no meio do laboratório subterrâneo um líquido
colorido que através de uma injeção que será injetada em James
e Logam modificando o DNA. Eles sabem que irão colocar em
risco a vida dos gêmeos, mas assim mesmo injetaram o líquido
colorido nos gêmeos.
E dali por diante os gêmeos ganharam dons de Elengia, e
graças à Ciência Botânica, James e Logan tornaram-se parte do
mundo secreto da Elengia.
Capítulo Dois
-Fenômeno-
Depois da experiência botânica sem estragos, todos foram
para suas casas dormir. É nesta mesma noite na casa de Jayme e
Emily no subúrbio ynuti da cidade do Salvador, Bahia,
enquanto James e Logan dormiam, começaram a sentir várias e
várias dores em todo o corpo, fazendo as águas do mar no
centro de Salvador levitar acima do seu nível normal. Isto
inundou as ruas da cidade baixa, fazendo os ynutis nos pontos
de ônibus se assustarem e evacuarem o local.
Sensores climáticos de meteorologia do governo ynuti
captaram os movimentos das águas de forma diferente em
vários pontos da cidade. No dique do Tororó as águas levitaram
formando tornados de água indo até à escuridão do céu
deformando as nuvens. No farol da Barra as águas vinham até à
beira da praia e se levantaram em cortinas de água tapando a
vista do horizonte.
Hionzario Leus diretamente do seu escritório na Escola
Sul de Condol, lendo um livro ynuti em frente à janela, de
repente ouve um despertador que pelo som não é nada
agradável.
Ele sai da frente da janela se movendo para sua mesa, e
abre a gaveta encontrando seu sensor a brilhar em várias cores.
Logo ele percebe que algo de ruim está acontecendo no planeta
Terra, e que é proibido pelo Ministério da Elengia.
James e Logan em suas camas dormindo, começam a
brilhar e a sentir mais dores. Tudo no quarto dos gêmeos está
em seu devido lugar, quando de repente tudo no quarto
inclusive os gêmeos começam a flutuar em movimento de
ondas. James e Logan estão deitados no ar como se estivessem
em uma cama invisível.
No mundo Meriton, Hionzario fica na dúvida se vai ou
não chamar os outros professores para ir até o planeta Terra
junto com ele, mas desiste da ideia. Hionzario olha para o
quadro à sua frente que se encontra na entrada do gabinete e
pede para o quadro vigiar seu gabinete e não deixar ninguém
entrar. Quando de repente ele estala os dedos fazendo um som
de faísca de fogo. Dos seus dedos realmente saem faíscas de
fogo caindo no chão fazendo surgir areia branca em desenho de
caracol. A areia branca subiu como um redemoinho de areia
consumindo todo o corpo de Hionzario, fazendo-o sumir do seu
gabinete deixando poeira no ar em forma de rotação.
Na Terra, na cidade do Salvador.
Na orla da praia da Barra na cidade de Salvador, apareceu
em frente do farol um outro redemoinho de areia, e dele surgiu
o diretor Hionzario Leus olhando para todo o lado para se
prevenir de algum ynuti que esteja por perto. Mas para sua
sorte o bairro da Barra está neste momento totalmente escuro
por causa dos postes de luz que estão apagados.
Hionzario está como sempre vestindo sua batina prateada
e ao ouvir os passos apressados de alguém ele rapidamente
estala os dedos fazendo sua batina prateada virar uma roupa
ynuti, quando de repente da escuridão aparece um ynuti
morador de rua com sua roupa toda rasgada e suja, passando
correndo do lado de Hionzario sem falar uma palavra.
Hionzario logo percebe que a rua onde ele se encontra está
novamente vazia e continua escura quando um poste de luz
começa a apagar e acender a luz, e só assim ele pode ver as
águas do mar levitadas em cortinas de água. Logo Hionzario
tenta (com seu domínio da água) abaixar as águas, mas não
consegue. O porquê ele não sabe.
James ainda dormindo, começa a parar de flutuar e desce
até o chão do quarto quando de repente ele abre os olhos (ainda
dormindo) que estão completamente escuros como a noite e
depois fecha. No momento em que James fecha os olhos,
Logan abre os seus que estão claros como o dia. Depois desce
do ar indo também ao chão, ficando de pé como James está.
Mas Logan insiste em ficar de olhos abertos.
Hionzario ainda na orla da praia insiste em abaixar as
águas, e dessa vez ele consegue com a ajuda de Logan que em
seu quarto levanta os braços com as mãos abertas e depois
abaixa fazendo as águas da Barra, do Dique do Tororó e do
centro da cidade voltar ao seu nível normal.
Jayme acorda assustado em meio à noite fria por ouvir um
estrondo vindo do quarto dos filhos. E acorda Emily para os
dois irem até o quarto dos gêmeos. E chegando ao quarto
encontram ao abrir a porta, tudo no quarto dos filhos a flutuar.
Assustados olham para o lado para ver se os filhos estão bem.
Quando de repente Logan aparece ajoelhado aos pés de Emily
que pela aparência, Logan está muito assustado pelo que está
acontecendo diante dos seus olhos.
Jayme começa a sorrir de felicidade ao ver o resultado das
pesquisas botânicas, mas também com um pouco de medo de
algum vizinho ver ou ouvir os objetos que estão flutuando no
quarto. Emily se agacha e levanta o filho pedindo para ele se
acalmar. Logo o filho começa a se recuperar do susto. De
repente uma cadeira se rompe com a janela de vidro,
quebrando-a e chamando atenção de um vizinho que está
passando no seu carro em movimento, indo para casa e se
distraiu ao ver a cadeira flutuar sobre o jardim da casa de
Jayme. Por causa desse incidente, o vizinho ynuti perde o
controle do carro, batendo em um poste de luz deixando a
frente do carro toda amassada.
Neste momento James acorda, e só assim tudo em seu
quarto volta ao lugar vagarosamente, fazendo Hionzario perder
o sinal de onde tudo isso veio. Emily coloca a mão na testa por
preocupação pelo vizinho que viu a cadeira flutuar, e
rapidamente pega o telefone do chão para ligar para o pai de
James (Jack) para ele vim consertar o estrago que James fez.
Hionzario perdeu o sinal de onde tudo isto veio. Ele teve uma
visão de dois meninos gêmeos flutuando em um quarto, mas ele
não conhece as pessoas de sua visão.
Logo passa uma ideia pela cabeça de hionzario para ele se
tele transportar para onde. Os postes de iluminação começaram
a piscar querendo refletir novamente a luz na orla da praia.
Hionzario aproveitando a escuridão naquele momento, e
olhando para todos os lados... Ele se tele transporta diretamente
para a casa dos Smith. No momento que ele desaparece da orla
da praia as luzes dos postes de iluminação voltam a clarear a
rua e de pouquinho em pouquinho os ynutis começam a
reaparecer nas ruas.
Capítulo Três
-Árvore Mãe-
Na casa dos Smiths Emily acaba de telefonar para o pai
de Jayme, quando uma luz no quarto de James e Logan começa
a piscar e um vento a surgir do nada. A janela do quarto se
abriu fazendo entrar terra do quintal para dentro do quarto, e
dessa terra com o vento aparece o tornado de areia fazendo
surgir Hionzario. Todos no quarto, menos James, que está
paralisado como uma estátua, se assustam ao ver um homem
ynuti, mas de aparência mágica por ter aparecido de forma
anormal.
Hionzario sem ter o que fazer acena para os Smiths e
depois diz:
- Ola, pessoal! Por que essas caras ao me ver?
- Você aparece assim na minha casa, e como é que você quer
que eu fique? – responde Jayme com uma pergunta.
- Calma, Jayme. Não fique nervoso.
- Eu não estou... Espere aí, como você sabe meu nome? –
perguntou Jayme.
Hionzario dá um sorriso para Jayme.
- Jayme, querido, não está me reconhecendo? Sou eu, hionzario
Leus.
Jayme olha para Hionzario dos pés à cabeça ainda não
reconhecendo:
- Não pode ser! O lendário Hionzario Leus não andaria assim,
andaria? – perguntou Jayme.
- Sim, eu andaria, mas só por disfarce por causa dos ynutis.
Sem ofensa à sua família Jayme. Eu vou te provar.
Hionzario com a força do pensamento fez a terra que fez
ele aparecer subir envolvendo ele em forma de espiral,
modificando a roupa ynuti que ele está usando. Surge a sua
batina branca em seu corpo. E só assim Jayme ver e acredita
que ele é o lendário Hionzario Leus, porque agora ele está
usando sua batina que é o normal para os lendários magos
usarem.
Emily não acredita que Hionzario está ali em sua casa,
por isso ela sai da porta do quarto e vai para perto de Hionzario
para abraçá-lo.
Jayme ficou com um pouco de ciúmes por ver sua esposa
abraçar outro homem, mas ele logo tira isso da cabeça.
- Bom, é... Chega Emily, seu marido pode ficar com ciúmes, e
quem é aquele na janela? – pergunta Hionzario Leus olhando
para janela.
Jayme e Emily rapidamente olham para janela vendo o Sr.
Mário olhando para eles com uma cara de espanto.
Provavelmente ele viu Hionzario trocar de roupa de uma forma
anormal. Hionzario olha para cara de Jayme e Emily
percebendo que o Sr. Mário não faz parte da família Smith.
Rapidamente sem eles verem o mágico pega do seu bolso uma
esfera prateada e aponta para o Sr. Mário.
A esfera prateada reflete uma luz branca, que faz a
memória de um ynuti se apagar e fazer esquecer o que viu de
anormal. Jayme e Emily fecharam os olhos na hora exata que a
luz surgiu, mas Logan ficou com os olhos abertos.
Enfim, a memória do Sr. Mário foi apagada e voltou a ser
como a de um ynuti que não viu nada de anormal, e voltou para
perto de seu carro destruído no outro lado rua. Enquanto isto
Logam e James caem desacordados no chão. Hionzario olhando
para o ambiente do quarto, percebe que foi dali que as águas
foram controladas:
- Bom, família ynuti, quer dizer, Smith, seus filhos depois que
fizeram aquele fenômeno assustador aqui na cidade dos ynutis,
eles precisam ser levados para o próprio bem deles até a
floresta do Mundo Meriton, ao encontro da Árvore Mãe para
purificá-los e impedir que eles façam isso outra vez.
Emily e Jayme se entreolharam com caras de susto, mas
concordaram com Hionzario para levar os filhos pro mundo de
Meriton para serem purificados:
- Jayme e Emily, será que vocês podem me dar licença e saírem
do quarto por dez minutos, por favor. – diz Hionzario com os
braços para trás.
O casal desconfia de Hionzario ter pedido a eles saírem,
mas mesmo desconfiados eles saem. São onze horas, cinqüenta
e nove minutos e cinqüenta e cinco segundos da noite na cidade
do Salvador, quando a porta do quarto se fechou e Hionzario
entra em ação, começando a rodar muito rápido fazendo surgir
uma ventania que fez tudo no quarto novamente ir para os ares
e se movimentar para todos os lados. Tudo no quarto durante
três velozes minutos voltou ao normal com toda mobília em seu
devido lugar. Os cacos da janela de vidro se movimentaram
para a janela se restaurando. O poste de luz voltou ao lugar, o
carro do Sr. Mário ficou impecável e melhor do que antes.
Hionzario conseguiu consertar tudo nos cinco segundos que
prometeu. E a meia-noite em ponto a porta do quarto se abre
entrando Jayme e Emily procurando por Hionzario, e o
encontrou sentado em uma das cadeiras do quarto lendo um
gibi, e os corpos de James e Logan flutuando como se
estivessem em uma maca invisível.
Jayme e Emily se surpreendem ao olhar o quarto dos
filhos e veem tudo no lugar:
- Parabéns, Sr. Hionzario, e muito obrigado. – agradece Jayme.
- Não foi nada. – respondeu Hionzario.
De repente:
- Bim, Bim, Bim... – O relógio no bolso de Hionzario alarma
em som fino ecoando pelo quarto e saindo. Hionzario olha as
horas e diz:
- Já que consertei tudo por aqui, agora podemos ir.
Com um exaltar de dedos de Hionzario surge um enorme
círculo luminoso atrás de Jayme e Emily. Hionzario fecha um
pouco os olhos e coloca a mão na frente para proteger os olhos
da luza. Jayme e Emily se viram para luz fazendo os mesmos
gestos. Os corpos de Logan e James começam seguir na direção
do buraco luminoso ou portal tridimensional. Hionzario pede
para Jayme e Emily entrar e eles obedecem entrando no portal e
sumindo na claridade da luz, quando de repente o portal se
fecha deixando no chão do quarto uma faísca de Elengia.
Dentro do portal Jayme, Emily e os corpos adormecidos
dos irmãos se agitam ao descer as profundas e coloridas
paredes do portal. Quando eles menos esperam, eles passam
por um portal da dimensão do gelo o que fez seus corpos
congelarem por um segundo e...
Bumm... O mundo Meriton aparece do nada fazendo os
corpos congelados de James e Logan se baterem contra o chão
gramado, enquanto Jayme e Emily param de repente a trinta
centímetros acima do chão e depois caem também.
- Ainda bem que chegaram – diz Hionzario para Jayme e
Emily. Estávamos esperando por vocês.
Hionzario está rodeado por três homens do Ministério da
Elengia, que vieram para levar James e Logan ao encontro da
árvore mãe que localiza no lado norte de Meriton.
Hionzario chega perto de Jayme e Emily passando por
cima deles um manto amarelo cor do sol, fazendo eles
descongelarem na mesma hora. E depois Hionzario passou por
cima dos gêmeos também os descongelando:
- Muito Obrigado Hionzario por também descongelar nossos
filhos. – agradece Emily olhando para Hionzario que está de
aparência feliz. Ela continua:
- Que lugar lindo e cheio de árvores. E onde fica esta árvore
mãe?
- Logo depois dessas árvores. Aliás, aquela grandiosa que é a
árvore mãe! Linda não é? – comentou Hionzario apontando
para as árvores e deixando Jayme e Emily de boca aberta.
A árvore mãe é uma árvore de beleza única em Meriton. É
a maior de todas que existe. Ela é um Jequitibá. Entre suas
raízes gigantes existem cavernas onde as pessoas ficam até
serem purificadas. Marcos, um dos homens do Ministério da
Elengia aponta para o lado norte onde está a árvore mãe
pedindo para eles prosseguirem. De repente os corpos ainda
adormecidos de James e Logan começam a flutuar e debaixo
deles aparecem magicamente maçãs visíveis feitas de raízes da
árvore Sucupira, levando os gêmeos na direção da árvore mãe.
- Vamos pessoal! – diz Hionzario começando a andar, seguindo
os três homens do Ministério da Elengia e os gêmeos James e
Logan.
Eles caminharam entre os diversos tipos de árvores de um
lado e do outro fazendo um caminho das árvores, levando até a
árvore mãe. E chegando à propriedade da árvore mãe, logo na
entrada há uma arco de pedra rodeado por raízes. É uma pedra
inclinada anunciando o seguinte:
“Sejam bem-vindos à propriedade da magnífica Árvore mãe Cuidado onde pisam.”
Atenciosamente: PlantsKing (Rainha das Plantas).
Pelo chão da propriedade existem várias raízes em forma
de ondas, saindo e entrando no chão dificultando o caminhar
das pessoas que vão até a árvore mãe. Depois vem as enormes e
grossas raízes fazendo cinco paredes altas em volta dela de
aproximadamente vinte metros de altura sustentando-a.
Emily e Jayme surpreendem-se ao ver de perto a altura e a
beleza da árvore. Quando de repente eles ouvem um som de
folhas secas rolando pelo chão, e quando eles menos esperam
logo na frente deles surge um redemoinho de terra e folhas
secas fazendo aparecer Jack, o pai de Jayme, e avô de James e
Logan:
- Papai! – diz Jayme alegre ao vê-lo. Que grande surpresa!
Achei que o senhor não nos acharia.
- Não diga bobagens, filho... – Jack sussurra no ouvido do filho
enquanto o abraça. Depois abraçou a nora, Emily, que também
ficou muito alegre ao ver o sogro.
Hionzario ouve o nome e a voz de Jack, e para ignorá-lo
adianta os passos passando por uma porta logo na frente,
deixando Jayme, Emily e Jack para trás.
Hionzario teve essa reação por motivos pessoais entre ele
e Jack.
Os três homens do ministério da Elengia descarregam os
gêmeos em cima de uma mesa feita de pedra, enquanto
Hionzario vai até à recepção aguardar na fila para os gêmeos
serem internados.
Jack, Emily e Jayme minutos depois entram na recepção
encontrando James e Logan em cima da mesa de pedra,
enquanto uma raiz retira a maca debaixo deles:
- Uau! Que lugar fantástico. – diz Jack olhando em volta. Eu
nunca estive aqui.
- Sério, Jack? – pergunta uma voz rouca. Ah, já sei... Deve ser
que seus filhos não herdaram a Domelengia? (Dominação de
elementos com magia) – diz Hionzario caçoando de Jack.
- Sempre irritante, hem, Hionzario?! – responde Jack de bom
humor indo dá um abraço em Hionzario.
De repente uma voz vinda do interior da árvore diz:
- Número três mil setecentos e três.
- Pessoal, somos nós. – diz Hionzario olhando para Jayme e
Emily. E só pode vim comigo um responsável pelos gêmeos.
- Eu vou. – Emily se oferece para ir.
Hionzario e Emily se retiram da recepção de espera e vão
para o balcão de atendimento onde está uma bela fada-ninfa
esperando a pessoa que está com o número três mil setecentos e
três. Emily e Hionzario se aproximam do balcão, e quando eles
menos esperam a fada-ninfa dá um pequeno grito ao ver
Hionzario:
- O que aconteceu Libélula? – pergunta Hionzario para a fadaninfa.
- Você me conhece! – responde Libélula. Sério? Mentira! Sabe,
Hionzario, eu sou sua fã número um.
- Muito obrigado Libélula, mas eu li o seu crachá com seu
nome. Onde fica a sala da PlantsKing? – perguntou Hionzario.
- Há, desculpe, Diretor. É... Fica logo ali. – responde Libélula
apontando para uma enorme porta do lado deles.
- Muito obrigado. – agradece Emily.
Os dois se despedem de Libélula e vão para a sala da
PlantsKing.
É chegando perto da porta de entrada do gabinete, a porta
é feita de raiz e se abre sozinha. E quando eles passam pela
porta do gabinete outra vez a porta de raiz se fecha e uma voz
suave a falar rigorosamente:
- Por normas de segurança aos pacientes, os pais ou
responsáveis não podem ficar junto a eles para não interferir no
tratamento. – diz a PlantsKing quando eles entraram no
gabinete. Lamento muito, mas são as normas.
Emily fica curiosa para saber de onde veio aquela voz,
que ela não via quem a refletia. Quando de repente uma enorme
sombra de quase dois metros de altura surge do lado oeste do
gabinete, e em dois segundos a sombra se transforma em uma
linda mulher negra, alta, de cabelos cor marrom-verde em
forma de raízes soltas, de vestido verde longo arrastando ao
chão e olhos negros:
- Hionzario, é você? – pergunta a PlantsKing. Claro que sim.
Eu reconheço essa barba grisalha a milhas.
- Plants, você está maravilhosa, sabia? – diz Hionzario feliz.
- Certo, mas quem é esta moça adorável? – pergunta a
PlantsKing.
- Desculpe, aquela é Emily Dingstons, a mãe dos gêmeos James
e Logam que irão de internar aqui. – responde Hionzario.
Emily ficou desajeitada e acenou dizendo “Oi” e andando
com Hionzario que a conduziu para perto de PlantsKing a fim
de cumprimentá-la melhor.
A PlantsKing e Emily se conheceram melhor até ficarem
amigas. E depois de um bom tempo de conversa a PlantsKing
notou que já fazia dez minutos que eles conversavam e para não
passar mais tempo ela diz:
- Por favor, assine o formulário de internação que está em cima
da mesa.
Quando de repente atrás de Emily e Hionzario a porta
feita de raiz se abre para os corpos de James e Logam entrar
com os operários que estão trazendo, e novamente eles são
colocados em cima de outra mesa. Emily de acaba de assinar as
sete folhas do formulário de internação, quando umas finas,
mas fortes raízes se envolvem nos corpos dos gêmeos
levitando-os em direção a dois pequenos buracos. Chegando lá,
eles recebem pelo rosto jatos de soníferos em forma de fumaça
roxa fazendo eles caírem em completo sono profundo. Depois
as raízes soltam os gêmeos empurrando-os para dentro do
buraco, fazendo eles desaparecerem por causa de outras raízes
finas que surgiram formando uma porta protegendo a entrada.
- Bom, PlantsKing. Já estamos indo para outra pessoa entrar. –
diz Hionzario.
- Tudo bem Leus, mas vocês dois apareçam. – responde
PlantsKing.
Emily e Hionzario se retiram do gabinete e vão
novamente para a sala da recepção reencontrar Jayme e Jack.
- Vocês demoraram. – reclama Jayme para Hionzario e Emily.
- Calma, coração. A gente só estava conversando. – responde
Emily pegando na mão de Jayme. Nossos filhos estão bem. Já
estão na caverna de purificação.
- Jayme, com licença, é que agora temos que ir. – diz
Hionzario. Vamos!
É um portal de luz azul que surge. Eles entram no portal e
somem indo para casa no planeta Terra.
Capítulo Quatro
-Ida a Condol-
Depois de três longos dias de sono profundo para
purificação. James em uma das cavernas do lado norte da
árvore acorda e se depara em lugar esquisito e frio, apenas com
pequenas brechas de luz iluminando onde ele está:
- Onde estou? – pergunta James pra si próprio. Que lugar
estranho?
E pra sua surpresa uma voz suave e desconhecida fala
com ele:
- Bom dia James. Você dormiu bem aqui? Espero que sim. –
diz a PlantsKing para James.
James assustado olha para todos os lados com um pouco
de medo e confuso:
- Quem é você? E... Onde estou? – pergunta o menino
assustado e de voz medrosa. Pai, mãe, Logan, apareçam.
- Calma, James. Não fique assim com medo. Seus pais logo vão
vim para te buscar. – diz a Plantsking tentando acalmar James.
Eu sei que você não me conhece. Mas eu sou a árvore mãe, ou
me chame de PlantsKing, é melhor.
- Está bem PlantsKing. Mas será que a senhora tem algo para
eu comer. – James pergunta.
- Sim, James. Só um minuto. – respondeu PlantsKing.
De repente do lado norte da caverna surge uma porta, e
dela entra um enorme galho de árvore trazendo uma bandeja de
prata com café da manhã para James. Ele olha o que tem na
bandeja, aceita o café e come tudo até não querer mais. A
bandeja estava cheia de frutas mágicas do mundo Meriton, e
frutas não mágicas vindas especialmente do planeta Terra e
alguns bolos de aipim e laranja acompanhados de suco de fruta
afrodisíaca do mundo Meriton. James acaba de comer tudo
depois de dois minutos, e coloca a bandeja em cima de uma
mesa de mármore ao seu lado. E depois de trinta segundos de
silêncio entre James e PlantsKing ele pergunta:
- Árvore, quer dizer, PlantsKing, posso te fazer uma pergunta?
- Pode sim, James. O que você quer saber?
James repensa o que quer perguntar, quando a porta surge
novamente, e que entra dessa vez é Logan:
- Irmão. – diz Logan feliz ao rever James. Que saudade.
- Eu também estou com saudade de você, do papai e da mamãe.
– diz James. Aliás, onde eles estão? – pergunta James olhando
para a porta e vendo seus pais parados olhando para ele e o
irmão.
James arregala os olhos, se levanta e sai correndo para
abraçar os pais. Os quatro se reencontram e matam saudade.
E depois de matarem a saudade, a PlantsKing libera os
gêmeos para ir para casa no mundo dos ynutis, mas já que eles
agora fazem parte do mundo da Elengia, não poderão voltar
para o planeta Terra e sim ficar em Meriton para estudar
Elengia. Hionzario reencontra Jayme, Emily e os meninos na
saída da propriedade da árvore mãe e se oferece para comprar
os materiais escolares. Emily e os gêmeos acham uma boa ideia
e aceitam a proposta, enquanto Jayme fica de cara feia. Mas
depois de pensar melhor ele também concorda, porque também
eles não conhecem nada sobre Meriton.
Os cinco saem da área rural de Meriton e vão andando
para a área urbana onde fica a cidade de Mistland para comprar
os artefatos escolares dos gêmeos. Antes de comprarem os
artefatos, hionzario leva Jayme e sua família até o banco dos
Domilingistas para fazer uma ficha de poupança para dinheiro
domilingista. Claro que o dinheiro não irá sair assim tão rápido,
por isso Hionzario emprestou seu dinheiro para comprar os
materiais escolares dos gêmeos.
Neste dia, o tempo estava muito nublado em risco de cair
tempestade furiosa. Mas mesmo assim eles foram às compras.
Final de tarde em Meriton. Eles já tinham comprado tudo
para o ano letivo e só restava descansar para o dia seguinte
(cinco de março). Os gêmeos embarcaram nas charretes
voadoras e foram para Condol. Hionzario deixou Jayme e sua
família na pousada Meritonplaza, e depois foi para Condol se
preparar para a chegada dos alunos no dia seguinte.
E no dia seguinte James e Logan acordam bem cedo, às
cinco e meia da manhã, para esperar o sol nascer e ouvir a vida
em Meriton acordar para um novo dia.
Às seis horas em ponto o sol em Meriton nasce, e com o
cantar do hipogrifo galo todos acordam em Mistland.
Jayme, Emily, James e Logan descem juntos para a sala
de refeições da pousada para tomar o café da manhã. Minutos
depois eles acabam a refeição e fecham a conta. E depois vão
para o guarda-volume pegar os materiais escolares dos gêmeos:
- Querido onde será esse tal portal tridimensional? – Jayme
pergunta para Emily onde.
De repente quando Jayme acaba de falar, eles ouvem uma
voz grave e desconhecida bem atrás deles.
- Senhor, com licença, mas o portal fica logo ali na praça
central. – diz um elfo doméstico apontando para fora da
pousada.
- Muito obrigado, elfo – Emily agradece.
Todos os quatro pegam as malas e saem da pousada
Meritonplaza e vão em direção da praça central. E chegando à
praça eles olham ao redor e só veem lojas mágicas, pousadas,
restaurantes e nenhum portal à vista. Veem só uma porta
petrificada dentro de um círculo azul desenhado no chão. De
repente eles ouvem um som de algo se despetrificando. Todos
olham para o portal vendo um homem e uma mulher saindo
magicamente em frente à porta petrificada:
- Querido, aquele é o portal! – Emily diz para Jayme.
Muito curioso. James e Logan adiantam os passos e vão
até ao portal, enquanto seus pais os observam e vão atrás.
Jayme ao chegar à frente da porta petrificada, toma iniciativa
colocando a mão na superfície da porta. Sua mão ao invés de
passar para o outro lado, ela ficou no mesmo lugar. Logo ele
percebeu que ele não pode passar para o outro lado e vê seus
filhos embarcarem para Condol:
- Desculpe-nos, filhos, mas eu e sua mãe não podemos passar
para o outro lado. Na somos mágicos! – Jayme lamenta com
clareza e voz abafada.
Emily estica os braços para abraçar os filhos. Os gêmeos
vão juntos e dão um forte abraço duplo de despedida na mãe, e
depois outro no pai. Os gêmeos pegam as malas, olham uma
última vez para os pais e atravessam o portal deixando os pais a
chorar.
James e Logan passam por uma transformação. Os
gêmeos antes de atravessarem o portal, eles estavam com
roupas normais e, ao chegarem ao outro lado eles estão vestidos
com largas vestes brandas e cabelos soltos. Eles olham ao redor
e se deparam com uma plataforma marítima desativada. Os
gêmeos se entre olham sorrindo por conta das vestes gozadas
que estão usando. De repente algo tapa o sol protegendo os
dois. James e Logan se viram e veem um homem alto de face
zangada encarando eles:
- Bom seus engraçadinhos. Eu já estou esperando vocês a vinte
minutos, mas agora andem sem falar nada e entrem na charrete
já. – reclama o zelador da Escola Condol. Ele, o Rodney Maya
pega as malas dos gêmeos e depois coloca em uma charrete.
James e Logan envergonhados pela bronca entram na
charrete de cabeças baixas e se sentam nos dois lugares
reservados para ele. Logan ainda envergonhado olha para o
lado de fora e não vê nada preso à charrete e chama o irmão
que ainda está de cabeça baixa. De repente quando os gêmeos
menos esperam uma voz feminina fala com eles:
- Bom dia, meninos! Vocês devem estar se perguntando o que
irá puxar as charretes, não é? São hipogrifos vermelhos, e meu
nome é Bruna, Bruna Woling. – diz Bruna tentando fazer
amizade com os gêmeos. E esse é Denis Roston, meu primo de
segundo grau.
James e Logan continuam calados olhando pro lado de
fora. De repente a charrete se move dando impulso para frente
começando a andar pelo píer e depois descer para as águas
verdes do lago começando a flutuar por cima da água. O
mesmo aconteceu com as outras cinco charretes.
Bruna imóvel olhando para os gêmeos já perdendo a
esperança de falar com eles, quando inesperadamente Logan
retribui à palavra de Bruna:
- Olá, Bruna e Denis. Meu nome é Logan Smith e meu irmão se
chama James.
Os quatro dentro da charrete começam a conversar coisas
sobre o mundo Meriton.
Onze e meia da manhã de Domingo, as charretes chegam
às águas que banham a Escola Sul Condol. Todos os alunos de
dentro da charrete olham para o lado de fora e não veem nada,
só uma alta torre vinda de dentro das águas:
- Será que a Escola fica por debaixo das águas. – Bruna
assustada pergunta para Denis, James e Logan.
As charretes se aproximam lentamente da torre vinda das
águas. De repente as seis charretes param sobre as águas uma
atrás da outra, bem perto da torre vinda da água. Todos os
alunos novos ficam curiosos olhando a torre, e quando os
alunos menos esperam ao redor da torre as águas começam a se
abrir em círculo surgindo um enorme buraco profundo com
fumaça d’água. Em segundos o buraco se transforma em uma
enorme catarata que no fundo está cheia de fumaça d’água
cobrindo uma enorme ilha, e sobre esta enorme ilha está a
Escola Sul Condol em forma de castelo medieval.
A fumaça d’água some lentamente de cima do castelo
Condol fazendo a enorme torre magicamente se encolher
ficando ainda alta. Mas bem lá em baixo está a escola.
Os alunos ficam maravilhados ao ver tudo isso acontecer.
De repente as charretes dão outro pequeno impulso, mas dessa
vez para baixo indo repousar em terra seca e firme.
As cinco charretes pousam suavemente no píer de
madeira da escola. Rodney, o zelador, desce da primeira
charrete, acompanhado por três alunos novos: Ana, Emmanuel
e Kevin:
- Alunos novos, por favor, podem sair das charretes e se juntem
logo ali em frente à escada de granito. – diz Rodney.
Os alunos obedecem e vão para frente da escada. Depois
dos alunos saírem da charrete, Rodney bate o pé direito no chão
fazendo as charretes começarem a andar sobre o píer e depois
subir contornando a escola. E cada vez sumindo de vista,
saindo de dentro da catarata onde está a escola.
A Escola Sul Condol é um grandioso castelo com várias
janelas espalhadas por todo o lado, várias salas, uma enorme
biblioteca em forma de torre e três enormes salões. Do lado de
fora, na entrada para dentro da escola existe uma enorme porta
dourada por onde os alunos novos irão passar daqui a pouco.
De repente a porta dourada se abre deixando sair os professores
da escola e o diretor Hionzario que chegam bem perto dos
alunos dando as boas vindas, e convidando a todos para se
reunir aos outros alunos antigos no grande salão de refeição. Os
alunos novos sobem os degraus da escada de granito, passam
pela porta dourada, e entram na escola na companhia dos
professores e do zelador Rodney e vão para o grande salão de
refeição.
O salão de refeição é o maior que tem abrigado todos da
escola para as refeições do dia a dia.
Os alunos novos e os professores chegam à frente da
porta do grande salão de refeições. Hionzario estala os dedos
fazendo abrir a porta para todos entrar. Os professores entram
primeiro sorrindo e acenando para os alunos antigos enquanto
os novos aguardam na frente da porta do salão.
Depois que os professores se sentam nas dezesseis
poltronas que se encontram no altar do salão em frente aos
alunos, Hionzario chama os alunos novos para entrarem no
salão e se unir aos outros colegas que estão sentados às mesas.
Bruna, Denis, James, Logan e os outros alunos logo ao
entrarem no salão se surpreendem ao ver as mesas dos alunos
esculpidas em pedra e em forma redonda como se fosse um
picadeiro de circo. Logan olha para todos os lugares dos alunos
à procura de lugares vagos e se surpreende mais ao contar que
tem oito fileiras de mesas nos três cantos do salão, e ao acabar
de contar ele consegue achar lugares vagos na mesa central em
cima da entrada do salão. Ele puxa a manga das vestes dos
amigos Bruna e Denis e depois a do irmão avisando e
apontando para os lugares vagos.
Os quatro sobem as escadas do lado esquerdo da mesa
central, mas se sentam separados por não ter quatro cadeiras
vagas juntas para eles. O salão continua em silêncio total. De
repente depois de cinco minutos todos no salão ouvem a voz de
Hionzario:
- Bem vindo a todos, alunos novos e antigos aqui em Condol.
Os alunos aplaudem o diretor.
- E todos os professores desejam a vocês um excelente início de
ano letivo! Muito Obrigado.
Todos novamente aplaudem o diretor. E no instante que o
diretor acaba de falar, Rodney Maya tempera a garganta
chamando a atenção de todos, dizendo:
- Boa Tarde a todos. Por favor, alunos novos. Venham
novamente até aqui no meio do salão e juntem-se.
Os alunos obedecem e se levantam indo para o centro do
salão. Rodney se retira do centro do salão, caminha até perto do
diretor pegando uma bandeja prateada com vários objetos
redondos dentro, e em seguida trás para o centro do salão
segurando a bandeja nas mãos e diz:
- Bem, conselheiros. Podem ir para seus donos. – fala Rodney
olhando para os objetos redondos na bandeja prateada.
De repente os objetos redondos começam a levitar saindo
da bandeja e se espalham flutuando no ar. Todos os alunos
novos curiosos querendo saber para onde os objetos vão, e
quando os alunos novos menos esperam, os objetos começam a
descer indo na direção deles e parando no ar na frente de cada
aluno.
Todos os alunos novos pegam o objeto redondo, abrem o
objeto em duas partes e lêem o que há dentro: “Sejam bem
vindos a Condol”.
E para surpreender mais os alunos, suas vestes brancas
começam a mudar de cor ficando azul marinho (cor da farda
escolar de Condol).
- Todos agora podem escolher onde querem se sentar. – diz o
diretor para os alunos novos.
James chama os amigos Bruna e Denis para perto dele
enquanto Logam procura novos lugares para quatro pessoas:
- Logam, ali na terceira fileira. – Bruna grita apontando para as
mesas do lado norte.
Logam para garantir seu lugar e de seus amigos corre pela
escada e vai para onde Bruna falou. Todos os alunos se sentam.
Bruna, Denis, James e Logan dessa vez se sentam juntos na
mesma mesa:
- Fadas operárias, por favor, podem servir o almoço para os
alunos. – diz Hionzario.
Os alunos novos olham para todos os lados à procura das
fadas. As pequenas fadas operárias surgem do nada trazendo
várias bandejas com diversos tipos de comida. Peru assado,
churrasco, ensopado de carne, lasanha e entre outros.
Bruna ao ver tudo aquilo já servido pega rapidamente um
prato de prata e começa a servir de tudo um pouco que tem para
se comer. James neste momento não estava com muito apetite e
decide sair do salão para explorar o castelo Condol, enquanto
Bruna, Denis e Logan almoçam uma deliciosa refeição de
domingo.
James se despede do seu irmão gêmeo e dos amigos,
depois desce as escadas, passa por de baixo da porta de entrada
para o salão que fica em cima da mesa central dos alunos e sai
do salão de refeições.
A maioria dos alunos já acabou de almoçar quando de
repente os pratos e taças começam a flutuar indo para o centro
do salão e depois saindo pela porta de entrada do salão em alta
velocidade. No momento que os pratos e taças usados saíram
do salão magicamente, outros limpos aparecem e as fadas
operárias também aparecem trazendo a sobremesa.
Depois da sobremesa, de pouquinho em pouquinho, o
salão foi ficando mais vazio. Os professores foram para a sala
dos professores, e os alunos conhecem a escola. Bruna, Denis e
Logan depois de um dia inteiro à procura de James, eles
reencontram James na biblioteca lendo livros de porções.
A noite chega e às seis e doze da noite a voz do alto
falante avisa aos alunos para ir se ajeitarem para o primeiro
jantar em Condol. Às sete e meia da noite todo o salão de
refeições está lotado de alunos e muitas vozes falando ao
mesmo tempo. James, Logan e seus amigos Bruna e Denis
tiveram dificuldades para achar o salão, mas conseguiram
chegar a tempo do início do banquete. O salão a noite é
iluminado por vários cristais brancos e tochas de fogo azul que
ficam presos à parede do salão iluminando tudo.
Capítulo Cinco
-Primeiras Aulas-
Antes de todos começarem a comer o delicioso banquete,
o diretor Hionzario diz emas palavras:
- Boa noite a todos e novamente sejam bem vindos a Condol!
Mas agora não é momento de parabenizarmos vocês alunos e
sim de comermos este belíssimo banquete. Podem se servir.
Dessa vez James está com bastante apetite por não ter
comido nada o dia inteiro, e ele é o primeiro a se servir do
jantar.
Enquanto isto fora das terras de Condol, em algum lugar
subterrâneo da floresta norte, está Juniper Dings (a irmã do rei
das trevas, o Skraket) sentada em uma poltrona. Ela arma um
plano infalível para se aproximar do gêmeo James, e começa o
plano do seu irmão Skraket.
Às nove horas da noite o jantar encerra no salão de
refeição e é fechado para todos os alunos irem para os
dormitórios, e dormir para o primeiro dia de aula. Bruna, Denis,
James e Logan ao acabarem de jantar foram imediatamente
para o dormitório água dormir. Os quatro já tinham entrado no
dormitório água, mas não puderam entrar nos quartos porque as
portas estavam trancadas.
Todos os cento e cinco dormitórios da escola são
redondos com várias poltronas espalhadas pelo dormitório,
quatro sofás, uma enorme lareira, e cinco portões. Todos os dez
alunos novos da tribo água chegam ao dormitório olhando para
as portas dos cinco quartos vendo pedaços de folha de
pergaminho velho pregado nas portas. Denis curioso adianta os
passos indo vê o que tem escrito nos pergaminhos:
- Pessoal, só ouçam o que está escrito – “Atenção, alunos
novos. Em cada quarto há duas camas para dois alunos. Seus
pertences já estão todos arrumados nos seus lugares e os
ocupantes desse quarto são: Denis Roston e James Paulo.” –
Denis se vira, muito feliz, para os amigos Bruna, James e
Logan. James você é meu colega de quarto!
James ao ouvir o que Denis falou se levanta e dá um forte
abraço no amigo.
Bruna dá um sorriso para Denis e James imaginando a
bagunça que eles podem fazer no quarto. Logam, por gostar de
Bruna, não gostou nada do sorriso que Bruna deu para James,
mas logo ele tira isso da memória por James ser o seu irmão.
Todos os alunos aos poucos foram dormir. Bruna ficou no
terceiro quarto, na companhia de uma menina chamada
Leandra. E Logan ficou no quarto número 4 com Marcos.
Quando todos os alunos se deitam nas camas e caem em
sono profundo, as camas magicamente começam a se levitar a
cinco metros acima do chão. E em determinada parte que elas
se levitam as camas ficam invisíveis por modo de segurança
dos alunos.
Segunda feira às cinco e meia da manhã a torre relógio de
Condol desperta para todos os alunos e professores acordarem
para se aprontar pro café da manhã no salão de refeições. As
duas camas de Denis e James descem na mesma da hora da
barreira invisível.
Minutos depois:
- Meu DEUS, que hora é essa? – Denis sussurra em voz
sonolenta olhando para seu relógio de pulso. – Já são cinco e
quarenta, há não. James acorda. Está na hora de levantar.
James no mesmo instante levanta da cama indo na direção
do banheiro do quarto. Denis em seguida também se levanta e
vai para frente da janela olhar o dia nublado do lado de fora que
mal se pode ver a luz.
- James, Denis, acordem, está na hora de irmos pro salão,
acordem. – diz Bruna em voz alta.
- Obrigado Bruna, mas Logan está aí com você? – James
pergunta para Bruna quando ele saiu do banheiro.
- Não James, ele saiu do dormitório com Fábio, Marcos e Noé
já faz uns dois minutos. E eu estou esperando vocês dois aqui
fora na sala de estudos. – Bruna responde.
- Tá obrigado. – Denis e James agradecem.
Às seis horas da manhã o dia já está mais claro, mas ainda
nublado com nuvens de chuva. Bruna, Denis e James saem do
dormitório água e vão em direção do salão de refeição para
tomarem o café da manhã.
Bruna, Denis e James andam com dificuldade pelo
corredor norte por estar cheio de alunos conversando a espera
do sinal tocar para o começo das aulas. No meio do caminho
em frente ao corredor sul, o caminho fica mais vazio facilitando
o caminhar dos alunos quando de repente entre um grupo de
alunos, Bruna, Denis e James encontram Logan conversando
com outros colegas da escola. Ao avistar o irmão Logan
rapidamente para de sorrir e fica com o rosto sério encarando o
irmão e o não-amigo Denis, e passa por eles sem dizer uma
palavra:
- James por que Logan agiu assim com a gente? – Bruna
pergunta curiosa.
- É mesmo, ele nem falou com a gente, por quê? – Denis
sussurra.
Bruna, Denis e James param em meio aos alunos. James
para de olhar para o irmão e olha para os amigos dizendo:
- Eu não sei pessoal, mas ele não costuma ser assim. – James
responde depois e começa a andar na direção do corredor sul
principal, em direção ao salão de refeições, enquanto Bruna,
Denis observam Logan andar para o corredor leste, e James
para o corredor sul principal, sumindo de vista entre a multidão
de alunos que saía do salão de refeições.
James chega primeiro no salão e guarda os lugares dos
amigos. Um minuto depois Bruna, Denis chegam ao salão de
refeições e olha para cima procurando onde James está sentado.
Ele está sentado na mesa central dos alunos à espera dos
amigos, quando de repente Denis chama James:
- O que houve com você e Logan? – diz Denis em voz alta
chamando a atenção de todos no salão.
- O quê? Eu não fiz nada. – James responde se levantando da
cadeira e falando em voz alta – o que foi que eu fiz?
- Parem com isso vocês dois. – diz Bruna tentando parar a
discussão. – Vocês estão chamando a atenção de todos no
salão.
Quando de repente a professora Eva Loud aparece no salão e
chama os dois de voz alta e severa:
- Senhor Smith e Senhor Roston, por favor, me acompanhem,
já. – diz a professora Eva loud saindo do salão.
Denis e James descem apressados as escadas, ao lado da
mesa dos alunos, e acompanham a professora até ao gabinete
do diretor Hionzario, que fica do lado oeste de Condol. Bruna
fica sentada pensando se iria ou não atrás dos amigos, e por
ansiedade de saber onde fica o gabinete do diretor, ela decide ir
atrás.
A professora Eva e os alunos passam pelo corredor sul
principal lotado de alunos que observam Denis e James
passarem de cabeças baixas na companhia de um professor. A
porta do gabinete do diretor e um enorme espelho fino em
forma de portal no final do corredor oeste:
- Por favor, esperem aqui. – diz Eva ao chegar na frente do
espelho.
Eva Loud chega para bem perto do espelho e toca na
superfície reflexível do espelho fazendo sua mão passar para
dentro do gabinete e em seguida ir todo o seu corpo. De repente
depois de três minutos ela volta colocando só a cabeça para o
lado de fora dizendo:
- Podem entrar que o diretor está à espera de vocês – diz ela
sumindo novamente.
Denis e James, de aparência assustada, adiantam os
passos e passam pelo portal em espelho e chegam do outro lado
no gabinete do diretor, encontrando o diretor sentado em sua
poltrona dizendo:
- Muito obrigado professora Eva loud por trazer os alunos.
Agora é por minha conta. – Hionzario agradece e olha para os
alunos com o rosto severo.
A professora passa por Denis e James indo na direção do
enorme espelho portal e sumindo ao atravessar o espelho:
- Bom, eu quero saber o porquê da discussão entre os dois. Por
que eu estou observando os dois desde o primeiro dia que
chegaram e vocês se dão ou se davam muito bem. – Hionzario
pergunta.
- É que... – James começa a falar quando foi interrompido por
Denis.
- Diretor, é que eu exagerei demais. – Denis responde indo para
perto do Diretor e abaixando a cabeça com vergonha. – Eu não
tinha que começar a discutir com ele. James me desculpe.
- Tudo bem amigão. - James responde também indo para perto
do diretor e apertando a mão de Denis. – Eu sei que a gente iria
voltar a se falar de novo.
Hionzario dá um sorriso para os alunos:
- Bom já que tudo se resolveu, agora podem ir para a aula. – diz
o diretor para os alunos no momento em que a torre do relógio
tocou às sete e meia da manhã.
Denis e James se despedem do diretor e saem do gabinete
felizes, quando de repente eles encontram ao lado do espelho
portal Bruna a espera deles:
- E aí vocês não levaram detenção, levaram? – Bruna pergunta
muito preocupada com os amigos.
- Não ocorreu nada de ruim. – os amigos respondem para Bruna
em coral.
Os três amigos andam livremente pelo corredor oeste que
está vazio e silencioso, só porque os outros alunos estão em
sala de aula. Chegando no corredor leste da escola, eles
encontram o professor Nicolas (que ensina domínio das águas)
lendo um rolo de pergaminho e murmurando:
- Bruna Woling, Denis Roston e James Paulo não vieram a
aula. – diz o professor escrevendo no pergaminho.
- Bom dia professor Nicolas. – diz Bruna lendo o crachá do
professor. – Nós somos os alunos da sua lista.
O professor olha para eles e pede para eles o seguirem que a
aula é do lado de fora da escola, na margem do lago que banha
a ilha Condol.
Às nove horas da manhã a torre do relógio novamente
toca avisando para os alunos trocarem de aula. Bruna, Denis e
James saem juntos da aula de “Domínio das águas” e vão direto
para o corredor Leste assistir a aula de “História da ELENGIA”
com a professora Loud na sala 113:
- Bom dia a todos e sejam bem vindos à minha sala. Eu sou a
professora Eva Loud e não admito bagunça na minha aula. –
diz ela com tom de voz severo para todos os alunos. Mas
principalmente, ela está falando e olhando para Denis e James –
Agora vamos estudar sobre o surgimento do nosso mundo
Meriton, e desejo que todos peguem os livros que estão
guardados dentro das carteiras e acompanhem a minha leitura.
Já.
Todos rapidamente abrem as carteiras e pegam os livros.
A professora como sempre consegue dá a aula completa,
quando de repente a torre do relógio toca às dez da manhã para
o lanche dos alunos. Na saída da sala 113, os gêmeos se
encontram ficando cara a cara um com o outro:
- Oi irmão. – James diz alegre.
- Olá, irmão. – Logan responde com desprezo e sai sem dizer
outra palavra.
James fica triste sem saber o porquê que Logan está
agindo assim. Bruna repara que James não está bem e chama
Denis para tentar alegrar o amigo:
- James se anima vai. Vamos lá pro salão comer alguma coisa.
Eu estou faminta, vamos. – diz Bruna puxando James pelo
braço e arrastando-o para o salão de refeições.
Chegando no salão eles se surpreendem ao vê-lo quase
vazio, só com pequenos grupos de alunos espalhados pelas
mesas dos alunos.
Os três amigos inseparáveis acabam de lanchar, e em
seguida decidem passar na torre biblioteca antes da próxima
aula de “porções elementares”. James pede para seus dois
melhores amigos irem na frente para a biblioteca, enquanto ele
vai na sala 113 pegar seus conselheiro de aulas (objeto
redondo) que ele esqueceu dentro da carteira.
Bruna e Denis concordam e vão sozinhos para a
biblioteca.
James sai do salão de refeições, passa pelo corredor sul
principal que está muito cheio e barulhento, com várias vozes
falando ao mesmo tempo, mas enfim com esforço para passar
entre os colegas, ele consegue chegar ao corredor leste que por
incrível que pareça está vazio sem um aluno. James anda muito
desconfiado pelo corredor leste silencioso, olhando para todos
os lados, quando de repente bem atrás dele, uma pessoa coberta
por um largo capuz preto chama por James em voz sombria e
entra em uma sala vazia. James parece conhecer essa tal pessoa
em vestes negras e dá meia volta entrando na sala 99 onde a
pessoa de capuz preto entrou:
- Juniper é você? – diz James desconfiado, olhando
rapidamente para todos os lados.
- Claro que sou eu, James. Quem poderia ser o Skraket, - diz
Juniper aparecendo de traz de um armário. – Aquele, aquele
imprestável que ainda se diz ser o Rei das Trevas
desconhecidas. – diz Juniper com raiva e ódio. – Eu e você é
que deveríamos estar lá no...
De repente a porta da sala se abre e entra um aluno do
terceiro ano cujo nome é Marcos que encontra James e Juniper
conversando. Juniper fica de costas para a porta da sala e
depois vira a cabeça olhando por cima do ombro o aluno
Marcos:
- James, ele nos descobriu. Agora faça o que tem de fazer,
agora. – diz Juniper com voz sombria e cruel.
Marcos entende o que Juniper quis dizer, para salvar sua
vida, ele tenta abrir e sair da sala, mas não consegue. A porta
travou:
- Adeus, coleguinha, foi bom te conhecer. – diz James com voz
cruel esticando para frente os braços com as mãos abertas –
MORRBACK. – James diz o maior feitiço de morte apontando
para Marcos, eliminando-o no mesmo instante que o feitiço
tocou.
- Muito bom, James Paulo. Você provou do que é capaz. Aqui
está seu conselheiro. Sei que veio procurar por ele. Mas uma
coisa, a raposa vermelha vem lhe preparar melhor. – diz Juniper
estralando os dedos e sumindo em fumaça pavorosa.
James olha para o corpo de Marcos e decide abrir um
portal para colocar o corpo do aluno. E assim ele fez colocando
o corpo na dimensão glacial.
Capítulo Seis
- Estranhas Aparições –
James sai da sala 99 e ao chegar do lado de fora, o
corredor vazio, agora está lotado de alunos conversando,
namorando, praticando Elengia ou simplesmente andando pelos
corredores:
- James, onde você estava o dia inteiro? Você não foi almoçar,
não assistiu o restante das aulas. Onde você estava? – Bruna
pergunta abraçando James e muito preocupada com o amigo.
- Eu só fui pegar meu conselheiro na sala 113. Há não, eu acho
que foi quando eu... – diz pensando quando ele abriu o portal
da dimensão glacial que pode ter congelado o tempo dentro da
sala enquanto do lado de fora tudo se acelerava.
- Deixem isso para lá, o por do sol já chegou, o dia está prestes
a terminar e agora o que resta é só a aula no dia seguinte. –
Denis diz tentando fazer Bruna e James esquecer o problema.
A noite chega em Condol. Todos da escola vão para o
salão de refeições para o jantar. James é o primeiro a se servir
do jantar por ele estar com muito apetite. Depois às oito e meia
da noite antes de todos irem dormir, os amigos decidem ir para
o dormitório e ficarem na beira da lareira contando histórias de
como foi o primeiro dia que eles chagaram em Meriton. Os três
chegam na torre norte onde fica o dormitório água. Mas eles ao
entrar, os três tem uma grande surpresa ao ver pela primeira vez
Logan sentado na poltrona estudando para as aulas e dessa vez
Logan nem se importou com a presença do irmão.
Os três ficam até às dez e cinqüenta e cinco da noite
conversando várias coisas. Denis diz:
- Pessoal eu acho que já é hora de irmos dormir. - diz
bocejando e se espreguiçando – Boa noite pessoal. Vamos
James.
Denis e James entram juntos no quarto para ir dormir.
Bruna fica até tarde na frente da lareira olhando os movimentos
das chamas, quando de repente ela cai no sono apoiando a
cabeça na poltrona e ali mesmo adormeceu.
No sonho de Bruna, ela está vendo várias estranhas
aparições. Nas chamas do fogo na lareira ela vê uma miragem
quase real de uma raposa vermelha caminhando pelo pátio
gramado da escola. E a raposa só chama por um só nome...
- James. – diz Bruna desesperada ao acordar e em seguida se
levanta para ir dormir no quarto.
Meses e meses se passam e Bruna não teve nenhuma
notícia sobre o sonho que ela teve com a raposa. Ela contou
para os seus três melhores amigos da escola: Alan Xavier (do
terceiro ano, tribo da água) Denis, e para o próprio James.
Certo dia perto do horário do almoço, uma luz vermelha surge
no céu ensolarado vindo em alta velocidade para Condol.
Hionzario sentado em sua poltrona, no seu gabinete, ouve
algo passar com velocidade pela janela do gabinete. O direito
rapidamente se levanta da poltrona e vai para frente da janela
olhando para baixo onde está o pátio da escola avistando uma
imensa fumaça vermelha sair do chão.
Hionzario bate o pé fazendo surgir um tornado de areia
consumindo todo seu corpo e tele transportando o diretor para o
pátio da escola:
- O que houve aqui – diz Hionzario ao chegar no pátio da
escola.
A fumaça ainda insiste a sair do chão, quando de repente
surge de dentro da fumaça a raposa vermelha que Bruna
sonhou:
- Não pode ser, aconteceu – diz Bruna saindo do pátio da escola
desesperada e correndo pelo corredor sul principal indo em
direção do banheiro feminino do lado norte da escola. No
sonho de Bruna a raposa não chamou só pelo nome de
James, e sim também tentou matar Bruna se transformando em
um Fauno, por isso ela saiu correndo para se esconder com
medo da morte.
Logan vê Bruna desesperada entrar no banheiro e decide
pegar seu conselheiro e mandar uma mensagem para James
dizendo: “Caro irmãozinho, não pense que só porque eu mandei
essa mensagem para você é que nós dois estamos se falando,
não! Eu só mandei a mensagem para lhe avisar que sua amiga
Bruna está no banheiro feminino do lado norte chorando.”
Denis e James entre a multidão de alunos que está
observando a raposa não percebem o conselheiro apitar:
- James, seu conselheiro recebeu alguma mensagem – diz uma
menina do terceiro ano cujo nome “Naciele”.
James puxa Denis pela camisa e pede para ele entrar na
escola junto com ele. Eles vão até a porta do salão de refeições
e param para ler a mensagem:
- “Caro irmãozinho, não pense que só porque mandei a
mensagem para lhe avisar que sua amiga Bruna está no
banheiro feminino do lado norte chorando.” – James lê de voz
baixa só para Denis ouvir.
Os dois olham para o corredor norte que fica de frente
com o sul, e saem correndo para vê a amiga. Chegando no
banheiro feminino Denis e James encontram Bruna prestes a
sair do banheiro:
- Graças a Deus que vocês apareceram – diz Bruna puxando os
dois amigos e abraçando-os com força.
- O que aconteceu Bruna – Denis pergunta:
- Sabe o sonho que eu tive com a raposa, - Bruna diz olhando
para todos os lados do corredor – e que ela não só chamava seu
nome James, ela tentou me matar em sonho.
Quando de repente os três amigos olham para o corredor
sul principal e vêem o Diretor entrar no salão de refeições
acompanhados por uma multidão de alunos e é claro com a
raposa vermelha. (alguém chega atrás de Bruna, Denis e James
sem eles perceberem):
- Boa tarde, alunos, - diz a voz severa da professora Eva Loud –
O que estão fazendo aqui? Vocês eram para está no salão de
refeições junto com os outros.
Os três alunos tomam um enorme susto ao ouvir a voz da
professora atrás deles. Eles se viram para a professora e Bruna
diz:
- Desculpem-nos professora Eva, eles não têm culpa de estarem
aqui os dois só vieram me buscar para nós três irmos ao salão.
- Certo senhorita, Woling, podem ir – diz a professora com o
rosto sério fixando os olhos nos alunos.
Os três se despedem da professora e vão direto para o
salão. Bruna perde o medo da raposa ao vê-la ao lado de
Hionzario, porque ela não iria mesmo tentar fazer nada com
Hionzario por perto:
- Ainda bem que vocês chegaram alunos, para eu falar o que
tem tenho que dizer para todos – diz o diretor ao vê Bruna,
Denis e James chegando na porta do salão de refeições. A
raposa olha rapidamente para James sorrindo pro garoto – A
raposa vermelha será por pouco tempo nossa hóspede, e desejo
que todos tratem-na muito bem. Seja bem vinda raposa. – O
diretor acaba de falar acariciando com a mão a cabeça da
raposa vermelha.
Todos no salão aplaudem para a raposa dando as boas
vindas. O almoço foi servido às doze e quarenta da tarde devido
ao anúncio para a raposa.
Há uma e meia da tarde todos os alunos retornam as
aulas. Bruna, Denis, James e Logan, e outros do primeiro ano
ao acabarem de almoçar, foram todos juntos para o segundo
salão que fica do lado nordeste da escola estudarem
“CRÔMAÇÃO” com o próprio diretor da escola Hionzario
Leus:
- Boa tarde, alunos do primeiro ano, das tribos água, ar, fogo e
terra. E avisando a todos que vocês só têm essa aula uma vez na
semana, ou seja, às sextas feiras. – diz o diretor para os alunos.
– Agora todos vocês estão vendo que esse salão é redondo e
semelhante ao salão de refeições, mas não é igual, a diferença é
que esse é completamente vazio, enorme e vazio com vários e
vários círculos esculpindo no chão.
- Há, esses círculos são para vocês escolherem e ficar dentro
dele individualmente, - diz a professora Eva Loud ao entrar no
salão – podem escolher. Bom dia diretor Leus eu soube que
esse ano a turma aumentou e decidir por mim mesmo vir ajudar
o senhor.
Todos já escolheram seus lugares para começar a aula. E
como sempre os três amigos inseparáveis ficam um ao lado do
outro. Logan nem mais se importo com a presença do irmão:
- James, James, vem cá. – diz Logan com aparência feliz.
Bruna, Denis e outros alunos que perceberam que os
gêmeos não se falam a meses, estranharam a atitude de Logan
ao chamar o irmão:
- O que aconteceu que você voltou a falar comigo? – James
pergunta com mais desconfiança do que os outros.
- Nada, eu me arrepender de um dia para o outro eu parar de
falar com você irmão, - diz Logan arrependido – então,
melhores amigos – Logan estende a mão para o irmão apertar –
daqui em diante!
- Claro, mas só com uma condição – diz James com ambição –
de você me dá alguns dos seus pássaros Bhytos, por favor.
- Como você soube sobre os pássaros Bhytos?! – Logan
pergunta.
- Irmão para que existem os boatos – James responde com
clareza.
- Claro que eu vou lhe dá os Bhytos, só é você ficar parado –
diz Logan colocando a mão no ombro do irmão, transferindo
imediatamente os Bhytos para o DNA de James.
- Silêncio vocês dois, eu e o diretor estamos tentando dá aula, diz Eva Loud – ou os gêmeos já sabem como se crômar.
- Claro que sim professora Eva Loud e diretor Leus, - Logan
responde com clareza no momento que Eva Loud se calou – eu
e meu irmão vamos demonstrar a todos, vamos lá James.
Os gêmeos Smith vão tranquilamente para o centro do
salão:
- James, faça o que eu fizer – Logan diz telepaticamente para o
irmão.
James fica impressionado pelo dom que os Bhytos deram
para ele e pro irmão. Os gêmeos levantam os braços esquerdo
com a mão aberta e começam a balançar as mãos fazendo surgir
na ponta dos dedos névoa branca escorrendo pelo braço dos
gêmeos.
Em dez segundos os gêmeos se auto crômam, fazendo
desaparecer seus corpos sólidos para ficarem brancos como
névoa:
- Meus parabéns gêmeos Smith, vocês foram os primeiros
alunos do primeiro ano a se Crômar sem uma ajuda do
professor. Parabéns! – Hionzario diz muito orgulhoso dos seus
alunos – podem se descrômar.
- Então pelo esforço dos gêmeos, a tribo da água recebe
cinqüenta pontos para cada aluno – diz a professora Eva Loud
envergonhada por dois simples alunos.
- Alunos antes de vocês saírem, eu quero avisar para toda a
escola – a voz de Hionzario aparece magicamente em todos os
alto-falantes da escola – que a partir de hoje todas as aulas se
encerram às duas da tarde quando os sinos da torre relógio
tocarem, muito obrigado pela atenção.
De repente quando o diretor acaba de falar, a torre do
relógio desperta e só se houve por toda a escola os alunos
festejando pelas aulas ter acabado mais cedo.
Agora que Logan se reconciliou com o irmão, ele agora
cria coragem para andar com James e seus amigos Bruna e
Denis. Os quatro saem do lado nordeste da escola e vão para o
salão comer alguma coisa do lanche:
- James, aonde você vai? – Logan pergunta para o irmão.
- Lugar nenhum, é que eu não estou com apetite. – James
responde.
- Lá tudo bem, a gente se vê na biblioteca, - diz Logan – às
quatro para estudar.
James com corda se virando para o lado do corredor norte
enquanto Logan também se vira entrando salão de refeições
com os dois amigos:
- Logan, onde é que James foi. – Bruna pergunta desconfiada
ao vê James ser acompanhado pela raposa.
- Não sei, ele deve ter ido conhecer mais a escola. – Logan
responde:
- Está bem, se ele quer. – Bruna responde:
James segue andando pelo corredor norte sem olhar para
trás. A raposa vermelha segue ele, quando de repente em uma
parte deserta do corredor norte, surge uma luz – portal muito
forte consumindo os corpos de James e da raposa vermelha.
Às cinco e meia da manhã James volta a Condol pelo
mesmo portal que ele desapareceu. E James ao chegar perto da
torre dormitório da tribo água, ele é pego pelo zelador da escola
“o Rodney Maya”:
- Vai pagar detenção! – diz Rodney feliz ao falar que James vai
ficar de castigo. – Vamos conversar com o diretor Hionzario.
- Não precisa Rodney. Eu já estou aqui. – diz o diretor ao lado
de Bruna, Denis e Logan. – James, venha comigo e Rodney.
Muito obrigado.
Os cinco saem andando pelos corredores até chegarem no
final do corredor leste para entrarem no gabinete do diretor,
mas Hionzario decide ficar do lado de fora com os alunos:
- James, onde você estava desde ontem? – o diretor pergunta
severamente – onde.
- Eu estava na... – James responde quando foi interrompido
pelo próprio diretor.
- Cale-se, você não deve falar mais nada. – diz Hionzario com
fúria – E vocês três vão direto para o dormitório já.
Bruna, Denis e Logan vão correndo para o dormitório,
abrem a porta e ficam sentados nas poltronas a espera de James.
Às seus em ponto da manhã o sol ainda não apareceu em toda
Condol por causa das nuvens escuras que apareceram de
repente. E já se passaram das seis da manhã e James ainda não
chegou no salão, quando de repente uma forte chuva cai
trazendo uma forte e assustadora tempestade para Condol (a
porta do dormitório abre):
- James, e o que aconteceu com você? - Bruna pergunta
preocupada.
- Nada, Bruna. Eu só vou ficar por duas semanas fazendo
redações sobre a História da Elengia”. Cinco rolos de
pergaminho por dia. – James responde com muita raiva e ódio.
Os dias se passam até chagar o mês de novembro, mas
ainda com muita chuva caindo em Condol. A raposa vermelha
enviada por “Juniper” aparece morta no pátio da escola, e o
motivo ninguém sabe. James para de pagar detenção e é
liberado no final da tarde de quinta feira para fazer o que
quiser. Bruna, Denis e Logan armam uma festa secreta no
quarto de James e Denis para festejar a saída de James da
terrível detenção escolar. Eles festejam até às doze horas da
noite. Depois Bruna e Logan saem do quarto dos amigos e vão
dormir.
Denis e James vão dormir e esquecem a janela do quarto
aberta.
Capítulo Sete
- O Segredo de James –
Certa manhã do mês de novembro em um dia nublado e
muito chuvoso em Condol e povoado Condol, quase para cair
uma forte tempestade arrancar as Árvores do chão. A escola
Condol começa da parte dos professores aos poucos acordar.
Nevoeiros cobrem a grama no pátio da escola fazendo sumir o
verde e ficarem braços como a neve.
No alto da torre norte em um dos quartos masculinos,
uma das camas desce devagar até ao chão fazendo um pequeno
som, BRUM. James Paulo é despertado do seu sonho por uma
das janelas que na noite anterior foi esquecida aberta e por
causa do vento forte se bateram contra a parede com um som
agudo que acordaria qualquer um, mas Denis nem se mexeu na
cama.
Mas não foi só por causa das janelas que se bateram que
James acordou, foi por causa de um sonho muito estranho, que
na realidade não poderia acontecer aqui em Condol. James
levanta muito rápido da cama fazendo um pequeno som quando
se mexeu. Ele se senta na beira da cama perto da cabeceira,
apoiando o cotovelo direito em um dos joelhos e com a mão
fechada apóia o queixo e fecha os olhos começando a pensar o
que sonhou.
Ele sonhava que estava na Orla da floresta da escola
Condol, com o chão mal visto por causa do nevoeiro e com
muita chuva. James estava usando uma larga capa preta
cobrindo todo seu corpo magro a espera do maior e perigoso
Mago das trevas de todos os tempos, o SKRAKET DINGS.
James (no sonho) sai do Castelo Condol, passa pelo pátio
branco em nevoeiro indo na direção da Floresta da escola,
andando pelo solo acidentado frutos pelas raízes das árvores e
pisando nos buracos em lamas feito pelas raízes parando no
meio dia Floresta em volta de um enorme círculo muito usado
para competições.
E dentro deste enorme círculo está um homem alto de
face sombria, também coberta por uma capa negra. Esse
homem é o Skraket Dings que está rodeado por seus cinco
aliados das sombras também vestidos em vestes negras. Skraket
olha profundamente aos olhos de James:
- Bom dia príncipe James, estava lhe esperando já faz meia
hora sabia? - diz Skraket de modo educado em voz baixa
sombria.
- Eu sei, Skraket – responde James com raiva por chamar
Skraket de rei, e em seguida fazendo reverência a ele. – Me
desculpe, prometo não me atrasar da próxima vez, prometo...
Quando de repente James abre os olhos parando de pensar
seu sonho por causa da cama de Denis que acaba de descer.
Denis se meche na cama acordando e se vira para a cama de
James olhando o amigo e vendo James sentado de costas para
ele.
James insiste a ficar de costas evitando olhar para amigo
Denis. O vento invade o quarto pela janela que está aberta
fazendo Denis puxar o cobertor e se cobrir, mas James nem se
mexeu para se proteger do vento frio, quando de repente James
ouve a voz sonolenta de Denis Roston perguntando:
- James o que você está fazendo? Outra voz acordado a esta
hora da manhã? – Denis olha para seu relógio de pulso – ainda
é cinco e meia da manhã e os alunos só podem sair do
dormitório depois das sete e está fazendo muito frio James. E
você sabe que vai se meter em confusão outra vez se for pego
acordado a esta hora, vai dormir.
James se irrita por não conseguir terminar de pensar o que
sonhou e não responde a pergunta do amigo Denis, se
abaixando para pegar debaixo da cama um par de tênis escuro
de inverno colocando o tênis em frente a cama depois
levantando o braço com a mão aberta apontando para uma
cadeira perto de sua escrivaninha onde está uma calça
quadriculada, um casaco e um cachecol marrom.
James abaixa o braço e fecha a mão, quando a roupa
chegou até a ele. Denis vendo o que James fez, ainda ficou
deitado, imóvel sem mexer um músculo do corpo.
James começa a se vestir. Primeiro ele veste a calça,
depois o casaco, o cachecol em volta do pescoço e o tênis de
inverno e muito rápido James se direciona ao guarda roupa
abrindo as portas de forma bruta, pegando uma larga capa preta
e vestindo, depois ele se abaixa abrindo uma gaveta do armário
retirando uma luva de algodão com marrom e colocando nas
mãos para se proteger do frio e em seguida saindo do quarto
masculino descendo os cinco degraus em frente a porta do
quarto sem responder a pergunta de Denis.
Denis ainda deitado em sua cama olhando para o teto não
entendendo a atitude do amigo de não responder sua pergunta.
Logo ele percebe que aluno do primeiro ano não tem aulas de
Levitação Mágica e por isso ainda não sabem levitar objetos,
quando ele capta que aquele não é o James Paulo que ele
conhece. Mas continua com medo e deitado em sua cama
quentinha.
Já são cinco e quarenta e dois da manhã nas terras
condolinas e o sol ainda não nasceu por isso a sala de estudos
neste momento se encontra meio escura e só a claridade das
chamas da lareira iluminam a área circular da sala de estudos e
as portas dos outros quartos. A claridade das chamas faz as
poltronas refletirem enormes sombras sobre o chão e embelezar
o ambiente meio escuro da sala.
James passa pela enorme sala circular que é a sala de
estudos do Dormitório água, quando de repente uma voz suave
sussurra em seu ouvido – Pare James, e olhe para cima. - James
arregala os olhos olhando a sua volta fazendo seus olhos
castanhos ficarem verdes, e vê os espaços escuros no
dormitório não vendo ninguém. Ele para do lado de uma
poltrona clareada pela luz das chamas na lareira, abrindo e
fechando os olhos fazendo eles voltarem ao normal. James
obedece à voz que sussurra contra as trevas no ano de 1995 em
Condol, ou aqueles que foram mortos pelos cavalheiros das
trevas. Por pensar nisso os olhos de James enchem de lágrimas
fazendo James chorar. Ele pensou bem se realmente vai trair
seus amigos e toda sua família indo completamente para o lado
das trevas. A vida de todo ser mágico vai ser extinta se ele for
para o lado das trevas, e todo sacrifício dos Magos que lutaram
contra as trevas vai ser em vão.
Quando de repente uma voz fria fala em seu ouvido
esquerdo:
- Vamos lá, James. Você não vai me decepcionar, vai? A magia
das trevas está no seu sangue. – sussurra a voz de Skraket.
De repente as chamas na lareira começam a se aguar, e
entre as chamas surge um dos pássaros Bhytos ainda com suas
cores normais, Azul e Verde, mas meio rodeado por fumaça
negra indo até James. O Bhyto chega junto de James
enxugando com suas penas as lágrimas que desceram dos olhos
do dono. James dá um profundo suspiro balançando a cabeça,
tentando esquecer tudo diante dele e só pensar em seu plano e
de Skraket para dominação do mundo. James se afasta da
poltrona andando na direção da porta de Saída do dormitório e
empurra a porta de segurança saindo de uma vez do dormitório
na companhia do pássaro, que agora por causa de James,
também foi pro lado das sombras. Mas alguns BHYTOS por
vontade própria quiseram ficar do lado do bem, não das trevas.
Enquanto James estava na frente da lareira, Denis muito
rápido levanta da cama, veste uma calça e um casaco marrom,
depois um cachecol verde em volta do pescoço e calça uma
bota de couro, também saindo do quarto indo atrás de James.
Denis enquanto saia do quarto pensou uma vez só na confusão
que ele e James irão se meter quando algum professor encontrar
eles de manhã cedo andando pelos corredores da escola.
Denis enquanto atravessa a sala de estudos (que agora
está sendo quase clareada pela luz do dia) para na frente da
porta de um dos quartos femininos e bate na porta chamando
pelo nome de Bruna Woling.
Bruna bem antes de James, Denis e os professores
acordarem, ela já estava lá no quarto feminino acordada e
vestida com roupa de inverno a espera do sinal tocar pro café
da manhã.
O sol às seis em ponto já começa a raiar entre as
montanhas e clarear as terras de Condol. A luz do sol aos
poucos começa a invadir as salas e corredores escuros de
Condol clareando tudo.
Bruna neste momento se encontra em frente da janela do
quarto sentada em uma cadeira lento um poema que seu amigo
do terceiro ano, Alan Xavier deu a ela. Bruna cuidadosamente
leu o poema para entender o que está lendo:
“O amor é o centro do universo
Busque-o e o encontrará
Pois a saudade vem
E corta como uma faca amolada
Só suportará a dor se amar.”
Por Alan Xavier – 3º A (Casa Água)
Bruna ao acabar de ler o poema dá um sorriso abafado
colocando a mão no rosto, quando de repente ela ouve alguém
bater na porta do quarto e a voz desesperada de Denis
chamando seu nome. Ela cuidadosamente coloca a folha de
pergaminho com o poema em cima da sua escrivaninha e se
levanta para abrir a porta e atender ao amigo Denis. Denis
desesperado muito baixo fala para Bruna:
- Você já está pronta? - Denis se surpreende ao vê Bruna já
arrumada. – Sim, isso não vem ao caso, mas James saiu de
novo de manhã cedo e dessa vez ele fez acontecer coisas
sobrenaturais. Vem comigo procurar ele.
Bruna como é uma amiga de primeira, aceita a proposta
de Denis. Ela volta até a escrivaninha pegando seu conselheiro
de aulas (um aparelho mágico redondo que ajuda aos alunos)
colocando no bolso da calça e volta pra porta do quarto
feminino onde está Denis à sua espera.
Bruna sai do quarto, fecha a porta e para na frente de
Denis:
- O que aconteceu com você, Denis Roston? – pergunta Bruna
para o primo ao ver ele com o rosto franzido olhando para ela.
- Nada, eu só estava pensando... Sei que alunos não podem se
crômar (se transformar em luz com fumaça branca), mas dessa
vez vai ser preciso a gente fazer isso Bruna. – diz Denis com
tom de voz preocupada.
Bruna ao acabar de ouvir esse absurdo “se crômar”,
começou a girar de preocupação, mas dessa vez só por causa de
James ela aceitou.
Denis dá iniciativa levantando o braço e abrindo a mão,
depois balançando os dedos da mão. Quando de repente sua
mão começa a virar fumaça branca em luz consumindo todo o
corpo de Denis. Bruna olha para Denis (que agora virou um
cromo de luz) tocando nele e em dez segundos também virando
cromo.
Os dois em forma de cromo atravessam voando a porta do
dormitório água. Bruna e Denis saem juntos à procura de James
passando pelas escadas que levam ao dormitório, até chegarem
ao corredor principal de Condol.
Bruna e Denis ainda voam, entrando e saindo das salas
com muito cuidado para ninguém ver eles, quando de repente
eles viram a esquina do corredor vendo James coberto pela
capa preta andando pelo corredor da escola que leva ao pátio.
James anda na frente de Denis, e Bruna a cinco metros antes
deles.
E no silêncio do corredor da escola Condol, só com os
passos de James. De repente James, Bruna e Denis ouvem uma
voz cantarolando, muito conhecida, vindo bem na frente deles.
Denis e Bruna param no ar. Denis olha para o lado e vê um
canto escuro do lado dele e de Bruna.
Entrando no canto
escuro, e ao entrar, Denis puxa a amiga Bruna para se esconder
da voz conhecida. Eles olham para fora do buraco e vê James
ainda andando. De repente Bruna e Denis veem uma coisa que
eles não acreditaram. James com um dos braços para cima
começa a balançar os dedos igual a Denis quando vira cromo de
luz). Quando o pássaro Bhyto foi voando para cima de sua
mão... De repente, do seu corpo...
O pássaro BHYTO começa a liberar uma fumaça, que
desce escorrendo como água para a mão de James fazendo todo
seu corpo virar fumaça negra. Muito rápido James faz seu rosto
aparecer entre a fumaça negra e de novo desaparecer quando
seu corpo em fumaça negra foi rapidamente em direção ao teto
da escola e ali parando e flutuando no ar.
O corredor principal da escola voltou a ficar silencioso
novamente, mas só com o controlar da voz conhecida de
Hionzario vindo na direção do corredor principal. Bruna e
Denis ainda olham assustados para James em fumaça negra e
também vê Hionzario cruzando o corredor do Salão de Festas,
vindo na direção de onde James está em fumaça negra, ou,
cromo das trevas.
Hionzario, nesta manhã chuvosa em Condol está vestindo
sua comprida capa branca uma luva vermelha nas mãos e muito
feliz, continua a cantarolar uma música chatíssima quando ele
chega no corredor principal e passa por baixo de James e nem
desconfia.
Bruna que é a melhor amiga de James não acredita que
seu amigo fez uma coisa daquelas:
- Ele virou cromo das trevas, Denis? – sussurra Bruna
começando a chorar, abaixando a cabeça e se perguntando se
aquele realmente é o James que ela e Denis conheceram no
início do ano letivo. Denis também não acredita no que James
fez, porque ele aprendeu (com o conselheiro) a se transformar
em cromo de luz, não cromo das trevas. Denis não chorou nem
um pouco, mas, porém ficou triste e para consolar Bruna ele
começou a passar uma das mãos nas costas da amiga tentando
fazer ela parar de chorar.
Hionzario passou em frente de onde Bruna e Denis estão
escondidos e com um assoar de nariz de Bruna, ele ouve e
desconfia de algo naquele canto escuro voltando para frente do
canto escuro, e parou sem fazer barulho. Quando de repente ele
ouve choros abafados vindo da escuridão. Denis percebe a
presença de Hionzario parado na frente deles e para fazer Bruna
calar a boca, ele devagar coloca a outra mão na boca de Bruna
abafando mais ainda o choro dela e depois bem baixo Denis diz
o motivo:
- Hionzario parou bem aqui na nossa frente. – sussurra Denis
pegando o queixo de Bruna e levantando a cabeça dela. Bruna
ao ver Hionzario toma um susto e no mesmo instante engole o
choro enxugando com a manga do casaco as lágrimas no rosto.
Bruna e Denis ficam parados exprimidos contra a parede
para Hionzario não descobrir que eles estão ali.
Se eles forem pegos de manhã cedo (às seis horas)
andando pelos corredores da escola, vão pagar detenção.
James quando fica em forma de fumaça negra ou cromo,
consegue ver tudo que está sobre a escuridão. James ainda
flutuando faz novamente seu rosto aparecer e olhar fixamente
para o canto escuro vendo Bruna e Denis em apuros. Hionzario
ainda continua olhando para o canto escuro muito desconfiado.
Ele estende o braço esquerdo e de sua mão se ascende uma
pequena e fraca chama de fogo tentando iluminar o espaço
escuro à sua frente. James vê seus amigos em apuros e não
pensa duas vezes em salvar seus melhores amigos lançando um
feitiço invisível na chama de fogo que Hionzario está
conjurando. O feitiço invisível impede que a chama ficasse
forte e também impede que Hionzario visse Bruna e Denis.
James desce do teto ainda em fumaça negra e para trás de
Hionzario.
Hionzario percebe que algo de estranho está acontecendo
com sua conjuração de fogo. Desconfiado ele olha para trás e
vê que uma imensa fumaça negra está flutuando a suas costas e
assustado com a fumaça negra sua conjuração de fogo se apaga
deixando ele indefeso. De repente James em fumaça negra vai
bruscamente na direção de Hionzario fazendo ele não enxergar
nada com a nuvem de fumaça negra. James volta ao seu corpo
normal e deixa o pássaro Bhyto envolver Hionzario com a
nuvem negra.
Denis vê James voltar ao normal e entrar no canto onde
Bruna e ele estão escondidos. Bruna apavorada com o amigo
James, inesperadamente abraça Denis tão forte que se fosse
possível arrancaria as vestes do amigo.
James sente o medo de Bruna, e para não deixá-la com
mais medo ele pede vagarosamente para Bruna e Denis irem
embora enquanto Hionzario se debate contra a fumaça negra
tentando fazer ela recuar.
Hionzario toma sua coragem de volta e consegue conjurar
seu fogo, mas ainda a nuvem insiste.
Bruna e Denis saem do canto escuro o mais rápido
possível e vai na direção do pátio frio e molhado por causa da
chuva que ainda cai em Condol. Quando Bruna e Denis chegam
no lado de fora da escola, eles colocam a capa de chuva e se
escondem atrás de uma árvore enquanto dentro da escola James
fica no lugar escuro e depois vai para perto de Hionzario que
está a sua frente no ambiente claro do corredor. James levanta o
braço direito para o alto abrindo a mão e depois fechando
fazendo a fumaça sumir. James olha para Hionzario e faz uma
cara horrível fixando seus olhos castanhos que agora ficaram
negros.
Hionzario abre um largo sorriso para James, e pergunta
em sua voz aguda que agora por causa do frio e do susto que
teve sua voz ficou fraca:
- Por que esta cara James. Hum! Que cara de mal – Sussurra
Hionzario. Fica confuso por ver James se comportar de modo
diferente e novamente pergunta:
- James, estou falando com você – agora de voz alta – me
responda garoto.
Houve momentos de tensão entre James e Hionzario. De
repente quando Hionzario menos espera, James retribui sua
palavra de voz baixa sombria.
-
Seu
idiota.
Eu
e
meu
Lord
Skraket,
o
maior
DOMELENGISTA das trevas de todos os tempos, estamos
cansados de todos vocês. Todos vocês. E essa é a hora de todos
vocês serem eliminados – responde James em tom de voz
arrogante e raiva.
Hionzario abre a boca com desprezo a James começando
a balançar dizendo:
- James, você não pode falar assim comigo. É... não pode ser
James, você ser um aliado de Skraket, isso é um tipo de piada
não é?
- Hum! Não seja tolo professor mais do que você é. Você acha
que a raposa vermelha veio aqui de qualquer maneira. Ela veio
me procurar para meu Lord me preparar.
De repente a conversa foi cortada por um forte relâmpago
que surgiu do nada fazendo a chuva cair mais forte do lado de
fora. Denis e Bruna ainda estão do lado de fora da escola
escondidos atrás da Árvore e se assustam ao ver e ouvir o
relâmpago.
Combinando de entrar na escola em forma de cromo de
luz. De repente os dois viram cromo flutuando de modo
devagar indo na direção da torre norte Água.
Capítulo Oito
- Dias Difíceis –
Professores da escola Condol vem distraidamente pelo
corredor do lado de Hionzario e James, encontrando o diretor e
o Aluno conversando algo que pela cara James não é agradável.
Os professores Eva Loud, Tim Dim e Nicolas vem na direção
de James e cada vez mais se aproximam.
James vê os professores se aproximarem. Ele abaixa a
cabeça e fechando os olhos quando de repente tudo começa a se
abalar como um terremoto durante dois minutos. Toda a escola
neste momento acorda as camas dos alunos desceram da
barreira invisível de forma bruta fazendo um forte som quando
tocou com brutalidade no chão. Os quadros flutuantes das salas
de aula caíram como se a magia elementar tivesse acabado.
Eva Loud fica muito desconfiada, pegando sua varinha
elementar apontando para James e Hionzario. Eva Loud,
Nicolas e Tim Dim se aproximam mais e mais. Hionzario ao
ver James de cabeça baixa desconfia que ele pode armar algo
ruim contra Eva Loud e os outros dois professores e diz
tentando proteger os professores:
- Cuidado professora Loud, James vai atacar – agora de voz
alta.
E também desesperada a professora Eva Loud com a
varinha nas mãos lança um feitiço paralisante em forma de fogo
gelado na direção de James para detê-lo, mas James de repente
levanta a cabeça abrindo os olhos que agora estão
completamente negros como a noite criando uma barreira
invisível protegendo ele e Hionzario do fogo gelado que Eva
Loud lançou de mal jeito. No momento que o fogo gelado
chegou perto de James, Hionzario não teve reação de se
proteger com outro feitiço e se abaixa fechando os olhos para
não ser atingido.
O fogo gelado não fez efeito – pensou Hionzario
levantando a cabeça não sentindo nada, nenhum gelo
paralisando seu corpo, nada. Hionzario se surpreende ao ver
James um aluno do primeiro ano se protegendo do feitiço de
um professor formado. James ferozmente olha com fixação
para o fogo gelado ainda dominando a barreira invisível. De
repente James fecha os olhos virando fumaça negra (cromo das
trevas) sumindo, evaporando no ar, e depois reaparecendo
ainda em cromo das trevas voando para fora da escola.
A barreira protetora invisível some quando James
desaparece e Eva Loud para de Lançar o feitiço de fogo gelado
antes da barreira invisível desaparecer. Os professores Tim
Dim, Nicolas e Eva Loud vê que James desapareceu e ficam
preocupados com o aluno, depois olham para o chão vendo o
diretor Hionzario parado feito estátua e Eva Loud diz para os
professores Tim Dim e Nicolas:
- Andam, andam, vão entrar em contato com o ministro da
magia Elementar Elton Felton, é... Peçam reforço dos melhores.
E terminando de falar. Eva Loud se abaixa para perto de
Hionzario examinando-o, enquanto Tim Dim e Nicolas vão
correndo o mais depressa possível pelo corredor principal e ao
virar o corredor oeste somem de vista.
- Leus, o que aconteceu aqui? Para onde foi James Paulo? É... o
que aconteceu com ele – pergunta Eva Loud muito rápido para
Hionzario Leus.
Hionzario não consegue falar absolutamente nada
enquanto Eva Loud não consegue entender o que aconteceu de
fato.
E neste exato momento, Bruna e Denis chegam ao
dormitório água indo rapidamente para o quarto masculino
onde está o irmão gêmeo de James, o Logan.
- Logan! – grita Bruna Woling batendo na porta do quarto de
Logan pensando que ele está dormindo. – Levanta. Eu quero
falar com você. Urgente!
Logan como é apaixonado por Bruna, mas namora com
Maciele, rapidamente ele sai de frente da Janela do quarto e vai
para atendê-la.
- O que houve Bruna? – pergunta Logan ao abrir a porta. – Por
que essa gritaria toda?
- Foi que... James fez... uma coisa horrível. – responde Bruna
pausadamente.
Neste momento os pássaros Bhytos do bem aparecem do
nada indo na direção de Logan, Bruna e Denis dizendo todos de
uma vez só:
- Logan, James virou partidário das trevas.
Logan não acredita no que os Bhytos dizem a ele:
- Só poderia ser James, só poderia ser. - diz Logan com voz de
choro se abaixando para se sentar na beira da porta – como será
que meus pais vão ficar ao receber a notícia, como?
Denis que não é muito amigo de Logan deu o braço a
torcer para consolar, mas com um pedido de Bruna ele tira a
mão – amizade do coração e vai consolar o seu mais novo
amigo dizendo:
- Calma Logan. As coisas acontecem, não fica assim, tudo vai
dá bem.
Logan levanta a cabeça parando de chorar e em seguida se
levanta abrindo os braços para Denis, e dá um abraço nele.
Denis não pensou duas vezes a não ser em dar um forte abraço
em Logan.
Tudo naquele momento ficou bem para Denis, Logan,
Bruna e os Bhytos, mas a qualquer hora algo de ruim pode
acontecer em Condol e em todo mundo Meriton.
Os professores Tim Dim e Nicolas enviam a mensagem
para o ministério da Elengia. No mesmo momento que a
mensagem chegou ao ministério através do painel mágico de
emergência o ministro envia para Condol os melhores guardas
para proteger os alunos e professores no jogo elementar.
Em quanto isso. James em cromo das trevas sai das terras
sul Condol em direção da floresta das terras oeste a procura do
esconderijo de Skraket. Chegando à floresta oeste, James em
forma de cromo das trevas passa por cima de várias árvores e
depois desce para o chão voltando ao normal. De repente algo
se move entre as moitas de mato, e de trás da moita aparece um
duende se curvando ao ver James:
- Pare com isso, por favor! – diz James falando com o duende.
O duende atende ao pedido de James parando de se curvar
pra ele:
- Vamos príncipe James, o rei Skraket está à sua espera. – diz o
duende começando a andar por entre as várias árvores.
James segue o duende. Depois de três minutos o duende
para em frente a uma pequena árvore. O duende olha para todos
os lados conferindo se não há alguém por perto olhando de
repente ele se abaixa tocando em uma das raízes da árvore
fazendo surgir um alçapão do lado da raiz que o duende tocou:
- Aqui príncipe James, pode entrar. - diz o Duende em voz
oculta.
James desconfiado pede para o duende ir na frente. O
duende vai e desce uma pequena escada sumindo da vista
James desce as escadas seguindo o duende. Quando James
passou pelo alçapão e entrou no túnel, o alçapão magicamente
se fecha sozinho. O Duende e James andam pelo túnel escuro
até avistarem o final do túnel uma luz amarela parecida de
várias velas iluminando uma sala. Eles chegam bem perto do
fim do túnel o duende diz para James:
- Espere aqui príncipe.
James não ouve o Duende indo com brutalidade para
entrar na sala iluminada pelas velas:
Olha só quem chegou pessoal, o James. Por favor, seja
novamente bem vindo a nossa mesa redonda. – diz o rei das
trevas “SKRAKET” feliz ao ver James.
James se senta em volta de uma mesa redonda com
vários aliados das trevas observando:
- Então James, qual é o seu plano para o começo do domínio de
MERITON – Juniper pergunta para James.
- Vocês já vão saber. - James responde em tom de voz sombria.
Vários e vários dias se passaram desde o dia em que
James fugiu de Condol para se juntar as trevas.
Bruna, Denis e Logan ficam impacientes em saber que
James agora é um ser das trevas, por isso todos os dias Logan
manda telepaticamente mensagens para James pedindo para ele
desistir do lado errado, mas James nem se tocou.
Todo o mundo MERITON está em alerta de que à
qualquer momento as trevas podem atacar e mais dias se
passam e MERITON fica sem água potável, (os logos, mares e
etc. secaram de repente), sem alimento (as plantas todas
morrerão com falta de água) e quase sem oxigênio por causa
das queimadas nas florestas que os cromos das trevas
provocaram.
Certo dia, quando Hionzario não agüentou mais vê tudo
isso acontecer, de repente, e não poder fazer nada, ele pede para
toda escola ir se reunir no salão de refeições que ele quer dizer
uma palavras:
- Atenção, por favor, atenção – diz HIONZARIO em voz baixa
– SILEEÊNCIO, todos vocês, por favor! – agora em voz alta –
Professores, o que nós combinamos agora é a hora de fazer
imediatamente. Agora.
A professora Eva Loud pede para todos os alunos saírem
para o Pier da escola e aguardarem os professores lá fora.
Bruna, Denis, Logan e os outros alunos de Condol saem
imediatamente do salão e vão para o Pier da escola aguardar os
professores.
Logo depois dos alunos saírem da escola, os professores e
o diretor Hionzario chegam logo depois:
- Alunos, atenção, por favor... – diz o diretor.
- Professor estamos aqui fora esperando vocês. – diz Bruna.
- Calma senhorita Woling eu já vou falar. – o diretor responde.
- Eu quero avisar uma coisa muito rápida. É que vocês sabem
que estamos sem água potável e sem alimento. Por causa disso
devemos arriscar a nossa identidade mágica e irmos todos nós
para o planeta Terra buscar ajuda para combater as trevas.
Os alunos se entre olham – olham com medo. Bruna
começa a entrar em pânico por causa do seu segredo mais
profundo (ser cega no planeta Terra, e ao chegar em MERITON
por causa da ELENGIA, sua cegueira sumir).
Denis e Logan percebem que Bruna está em crise de
pânico, e para acalmar a amiga eles começam a cantar uma
música só para ela ouvir, fazendo no mesmo instante a amiga se
acalmar.
Hionzario estende a mão direita para o céu. De repente
todos em Condol ouvem um som rouco parecido com o de um
Hipogrifo vindo dos céus e quando todos menos esperavam,
vários charretes aparecem do nada vindo na direção de Condol.
As charretes chegam rapidamente pousando com rapidez no
Pier de madeira com as portas abertas:
- Rápido, professores, alunos e funcionários, já para dentro das
charretes. – Hionzario diz desesperado.
Imediatamente todos entram nas charretes:
- Diretor, entra. – diz Eva Loud.
- Já estou indo. – Hionzario responde olhando para o céu
conferindo se tem algum cromo das trevas vigiando eles.
Hionzario bate o pé fazendo um pequeno tremor de terra e
dando impulso fazendo com que as charretes andem sobre o
píer e levantam vôo. Hionzario ao ver as charretes saírem da
catarata sem água ele rapidamente levanta um dos braços
virando de imediato cromo de luz indo atrás das charretes e
entrando em uma delas:
- Leus, está tudo sobre controle? – Eva Loud pergunta
preocupada.
- Calma, professora, está tudo bem. – Hionzario responde
novamente olhando para o lado de fora.
Bruna, Denis e Logan estão na quarta charrete junto com
Hionzario e Eva Loud:
- Logan se aconchega no sofá fechando os olhos... Ele tem uma
visão clara de James em forma de Cromo voando indo para
algum lugar. De repente depois de vinte minutos, ele abre os
olhos dizendo:
- Não. – Logan berra chamando a atenção dos outros alunos nas
outras charretes deixando todos com medo. – Ele está vindo
para cá diretor. Olha pro lado de fora, rápido!
Hionzario e Eva Loud olham para o lado de fora tomando
um enorme susto ao ver cinco cromos das trevas voando bem
atrás deles seguindo os charretes:
- Hipogriphos ali em baixo, os portais. – diz o diretor com os
Hipogriphos invisíveis que estão guiando os charretes.
As charretes de repente descem em alta velocidade indo
na direção de um templo redondo em ruínas onde está
abrigando os seis portais das dimensões.
As charretes derrapam no chão ao chegarem bem ao lado
do templo redondo em ruínas:
- Rápido alunos. Todos saiam das charretes e entrem no templo
agora! – Hionzario berra para todos os alunos.
Os alunos em desespero saem das charretes um
empurrando o outro para chegarem dentro do templo. Bruna,
Denis e Logan combinam de arriscar suas vidas para tentar
proteger seus amigos de escola:
- A hora é essa pessoal. Vamos! – diz Logan com um pouco de
medo.
Os três saem das charretes vendo vários e vários cromos
voando em volta do terreno onde está o templo. Os professores
com seus domínios de elementos (menos a água) lançando
como pode contra os cromos. De repente um dos cromos vê
Bruna, Denis e Logan andando, indo para entrar no templo
redondo. E desce para impedir que eles se salvem. Esse cromo
se transforma no gêmeo James, que aparece entre a fumaça
negra com o braço esquerdo e mão aberta apontando para eles:
- James, por favor, não faça nada que possa prejudicar você. –
Bruna diz com medo de James.
- Me prejudicar? Me prejudicar? Eu acho que não ceguinha. –
diz James ofendendo Bruna.
BRUNA ao ouvir “Ceguinha” enche o coração de ódio
levantando o braço e apontando para James:
- Você vai se arrepender por ter me ofendido James. – diz
Bruna com ódio e raiva olhando para James – MOORBACK
(FEITIÇO DE MORTE).
Neste momento para Bruna tudo ficou lento. Muito
rápido, James fecha os braços criando de imediato um escudo
invisível se protegendo.
O feitiço (MORBACK) de morte que Bruna lançou em
James só fez tocar no escudo invisível, e ao James abrir os
braços o feitiço volta direto para Bruna para matá-la. E neste
exato momento antes do feitiço atingir Bruna, Logan empurra a
amiga para o lado e sem querer ele vai para frente do feitiço
provocando um forte impacto. Quando o feitiço toca no peito
de Logan, mata Logan no instante em que o atingiu, deixando o
corpo do gêmeo caído no chão.
Caíque Nascimento
Caíque Nascimento.
O Cadmo na minha vida é uma experiência
muito legal. Conhecer pessoas como Vitor e
Adolfo. Li bastante coisa este ano, e gostei
muito de Moby Dick. Aqui no Cadmo eu me
entendi como escritor e descobri que posso
escrever muito mais. O livro ”Um Pouco de
Mim” é apenas o primeiro de tantos que pretendo escrever. E não
poderia esquecer do Prof. Jayme que nos orientou por todo este
caminho da literatura, nos cedendo um pouco de seu conhecimento.
Porém, ele aprendeu com agente. Daniel toda semana trazia uma
informação nova e Abdias não ficou atrás.
Será
Como minha vida é monótona e rotineira...
Eu acordo.
Troco de roupa.
Tomo café e vou à escola...
Por que não tomar café
Ir à escola
Trocar de roupa e acordar?
Também gostaria de saber:
Por que a vida?
De onde viemos?
e mais importante:
Será que existe um deus?
Se ele existe por que permite isso?
O mundo vai acabar?
Não sei...
Não cabe a mim responder a isso
Mas, se acabar eu só posso dizer:
“Mudei minha rotina!”
30/08/2010, Escola-Classe IV, na sala de aula
Se
Se... se a mim fosse atribuído os segredos do mundo
Se a mim pertencesse o céu
Luar, e todas as coisas boas
Mas não...
A mim atribuem o mal
a metade do dia é meu
e justamente na minha metade
é quando o mau ataca
Eu sou as sombras!
20/08/2010, na Parque
Quem
Já notou...
Existem perguntas importantes como:
“Vou me casar? Vou conhecer pessoas interessantes?”
A mais importante nós não perguntamos:
“Quem sou eu?”
Eu sou Caíque, poeta e músico
NÃO!
Este não sou eu
eu sou um garoto de 1,40 m
tentando ser quem eu não sou
tento ser Caíque
um garoto tão normal quanto um ET na Terra
Mas deixo pra lá
E só pergunto
“quem é você?”
01/10/2010, na Parque
Não Sei
Não sei quem sou
Não sei se existe
Se existe não sei
Mas se existe por que tanto por quê?
Por que isso?
Não sei
Por que aquilo?
Não sei
- “Só sei que nada sei”
10/09/2010, na Parque
Sem ideia
Cara, eu tô sem ideia...
e então resolvi escrever isso
Muitas vezes isso acontece...
e eu já pensei em escrever sobre isso
mas não escrevi...
Agora escrevi,
e gostei!
20/08/2010, na Parque
Destino
O meu destino é incerto
Posso ser rico, ou não
Conhecer pessoas legais
E coisas legais
Posso ser um grande escritor
Seja o que for
Eu não vou ser doutor
Vou ser o Caíque de sempre
Vou ser o que sou
Engraçado, não?
Engraçado, não?
Como o ser humano quer sempre mais
Às vezes são coisas boas como:
notas escolares, amor...
mas às vezes não!
O que todos nós queremos?
Dinheiro? Não!
Queremos paz!
Já chega dessa guerra urbana
Eu quero sair tendo a certeza
que não vou ser roubado.
Mas eu já sou roubado dentro de casa
Por essa corja de políticos corruptos
Eu quero paz!
Pense bem antes de votar
Afinal o melhor voto é o nulo
23/08/2010, na Escola-Classe IV
Mal
Eu espero...
Espero que você nunca queira me conhecer
Pois minha face
Iria te assustar seriamente
Sou rei!
Mas poucos gozam do meu reino
Não moro em Atlantis
Mas minha cidade é inundada pela miséria humana
E se um dia
minha raiva
ocorrer à terra
muitos vão sofrer
sofrer como nunca
como meus ratinhos de ratinhos de laboratórios
Mas eu posso ser o bem
Não quero falar desse maniqueísmo tradicional e besta
Sou quem sou!
E deixo a você o cargo de me imaginar
20/08/2010, em casa
Sem Título
Me recuso aqui pisar
na calçada de ouro que aqui estar
não me importa se o presidente, a rainha pisou aqui
Aqui eu não vou pisar
Pois essa calçada foi construída
Derrubando algumas palafitas
E pra toda essa gente racista
eu falo MORR...
com todo o seu dinheiro
pois tem gente no desespero
e vocês não demonstram o mínimo de desapego
mas na época de eleição fazem falsas promessas pro povão
“Vou fazer assim, assado, vou dar emprego ao desempregado”
E o coitado acredita nisso tudo
Vota nesse político imundo
que vai derrubar o seu barraco
pra construir uma calçada de ouro
Me recuso aqui pisar
11/09/2010, em casa (tocando violão)
Mais uma vez (The death)
Aqui estou eu
sozinho
sentindo medo do passado
e muito mais do meu futuro
com vontade de pular do penhasco
sem um motivo pra perguntar
Pq?
E ainda sozinho
Penso em tudo que fiz
me arrependo
mas não posso me desculpar
meu último suspiro se aproxima
e a senhorita morte com sua foice
levará mais uma alma pro inferno
Nem mesmo se eu tivesse cerberus
ela não recuaria
antes de morrer eu queria dizer
Descu...
13/10/2010, em casa
Soneto da Esperança
Muitas pessoas dizem:
“Tenha esperança”
Esperança em quê?
Que o mundo vai mudar
Esperança que as pessoas vão mudar
Duvido
Por mais que a pessoa mude
Ela é a mesma por dentro
E lá dentro ela cultiva as mesmas ideias
Por minha esperança e deles
O deus ou os deuses
Não importa se é um deus pagão
deus cristão, Jeová ou os deuses gregos
minha esperança é deles.
19/10/2010, na Escola Parque
Conto: Diário de uma Nova Terra.
Na noite de 21 de abril de 1409, na Bahia ouve-se um
grande estrondo. Os indígenas vão olhar a enorme cratera que
dentro havia uma nave com forma cônica. Dela saíram umas
pequenas criaturas, os RECES. O Rece nº 1 (nesta sociedade ao
invés de nomes eles usam números) tentou contato com um dos
indígenas, que fugiu de medo. Nenhum índio voltou ali depois
desse acontecimento. Nos anos seguintes a sociedade Rece se
estabeleceu criando a cidade de Deray. Como os reces viviam
para as ciências, eles tinham mais tecnologia do que nós
sonhávamos ter.
No centro de Deray existia o obelisco dos céus, e uma vez
por ano o deus Hakim a chave dos desejos para abrir o obelisco
e tirar o baú dos desejos. Neste baú dos desejos havia ideias,
pensamentos e invenções para um ano inteiro.
Os reces tinham uma forma anarquista de viver. Não
havia leis, porém, um rece não cometia a burrice de matar outro
rece. Eles viviam em uma harmonia tremenda e viveram pelos
próximos 81 anos, tendo como energia toda a poeira cósmica
da via Láctea, já que eles tinham uma espécie de aspirador de
poeira.
Porém, como sabemos, chegou 1500, ano que a ilha de
Vera Cruz foi descoberta (eu queria saber quem cobriu? Mas
tudo bem) exatamente no dia do aniversário de chegada RECE,
na futura Bahia. Chegou Pedro Álvares Cabral com uma tropa
já atirando. Os reces não se preocupavam com armamentos,
afinal eram bem pacíficos. Porém, a tropa de Cabral não deu
nem tempo para eles se defenderem; eles foram dizimados. E
Pedro anota tudo isto em seu diário da Nova Terra, e volta a
Portugal. Chegando em sua casa em Lisboa, conta essa história
à sua esposa, que logo diz que ele é louco.
Pedro não pensa:
- O que faço? Se contar vão dizer que sou louco e morrerei em
um hospício, e se não contar ficarei louco mesmo. O que faço?
O que faço?
Então apareceu a resposta:
- Já sei! Guardarei o meu diário em lugar secreto para que
alguém do futuro o leia.
E foi o que ele fez. Guardou o diário entre duas prateleiras
de uma estante da Biblioteca Real.
Tempo atual.
Um garoto chega em casa todo alegre:
- Mãe, mãe, olha o que eu achei na biblioteca.
A mãe respondeu:
- To aqui atrás. O que você achou?
- Um livro! Parece que é de ficção científica de 1500.
- Já falei que isto não é para sua idade. Mas diga o nome para
ver se conheço.
- Diário da Nova Terra.
E foi isso que aconteceu. Toda uma vida virou páginas de
um livro, assim como essa história.
O CAVALEIRO DA MORTE
Daniel Santiago
Daniel Santiago.
Assim que fiquei sabendo desta oficina,
me espantei! Pois era bem diferente das
outras que eu já tinha feito. Fiquei
empolgado por participar de tal oficina que
aparentava ter um mesmo perfil que o
meu: livros, escrita e conhecimento. O
processo durante o ano foi o que eu chamo
de empolgante, aulas extrovertidas e livros que ficaram marcados na
história, pelos seus roteiros empolgantes e cheios de ritmo. O livro
que mais me chamou atenção foi Moby Dick – fazia bem meu estilo.
O segundo livro foi como um glossário da mitologia grega; era como
um livro de instruções. O projeto em si foi muito bacana; ajudou a
desenvolver bastante senso crítico e como usar as palavras. Usarei
todo o meu conhecimento que desenvolvi durante o projeto para criar
o meu livro, a minha obra-prima. Sei que não agradarei a gregos e
troianos, mas não pense que não vou tentar!
Prólogo.
No mundo existem muitos tesouros há serem descobertos.
Também há muitos caçadores de recompensas. Esses tais
caçadores enfrentam muitos perigos em suas diversas aventuras
em busca de tesouros. Muitos morrem pelo sonho. Outros
atingem tal fama que ganham até títulos de nobreza. Um deles é
Sir Artur Frederich o maior aventureiro de todos os tempos!
Este homem já conseguia inestimáveis tesouros. Homem não,
elfo, e de raça quase extinta – elfo alado. Ele é o detentor do
chifre do dragão das sombras, da misteriosa armadura dourada
e divina, detentor de terras como o inestimável vale da morte e
a incrível insulavitria, uma ilha longe da costa sul de Collit, a
cidade mais próxima. Há um boato, rumores de que Sir Artur
Frederich está lá esperando aventureiros para uma seleção.
Dizem que ele está querendo montar um grupo, uma elite de
aventureiros. Para selecionar este grupo esperará até o sexto
mês do ano de Tenebra no calendário elfico, no caso o mês de
junho do ano 1310 do calendário humano. Atualmente estamos
no primeiro mês de Tenebra (janeiro de 1310). Eron
Underwond é um jovem aventureiro que ouviu os rumores
sobre o alistamento de aventureiros pelo Sir Artur Frederich, e
partirá em busca de sua lenda pessoal – o caminho da espada.
Mas de algum modo não devemos confiar em caçador de
tesouros, pois muitos podem ser gatunos, e até os mais
conhecidos e nobres podem ser desleais.
Capítulo 1: Eduard Metzelder.
Nas planícies do Reino de Terife, Eron Underwond, um
rapaz de quinze anos, cabelos pretos embaraçados e medianos.
Olhos negros e vívidos, aparentemente um metro e setenta e
cinco de altura, magro, com trapos e botas de couro. Pendurado
em suas costas havia uma arco e um saco de pano (que dava
para ver que estava preenchido com algumas flechas). Ele se
sentou com um papel em suas mãos.
- Haha!!! Que legal!! Então os rumores eram verdadeiros.
Haha!! Que beleza!! - o jovem olhava fixamente o papel
amarelado, que parecia um panfleto. O jovem Eron estava
muito feliz. No panfleto vinham as seguintes informações:
COMUNICADO
“Eu, Sir Artur Frederich convoco todos os
aventureiros a competir nos jogos seletivos.
Os
seis
últimos
participantes
serão
selecionados para serem meus companheiros.
Os jogos serão realizados no sexto mês de
Tenebra (junho deste ano, 1310). Para poder
competir terão que se inscrever na cidade de
Valkyria no ACR (Associação dos Caçadores
de
Recompensas).
É
necessário
levar
comprovante de inscrição para a ilha e um
papiro do aventureiro. Estejam preparados
para
os
jogos,
e
não
se
inscrevam
levianamente. É recomendável que se queime
depois de lido.”
Eron não agüentava ficar em pé de tanta felicidade.
Sentou-se nas gramas das planícies. Olhou para o horizonte,
sorriu e disse:
- Valkyria, lá vou eu!
De repente toda a sua felicidade se esvaiu. Eron pensou e
refletiu – Não tenho nenhum pingo de dinheiro, estou morrendo
de fome e todas as minhas reservas de comida já se foram. – ele
se levantou e disse para si mesmo:
- O que você está pensando que está fazendo, seu idiota! Não
seja pessimista. Tenho que botar na minha cabeça que vou
conseguir. Que as dificuldades não vão me parar. São só
barreiras que vou transpassar.
Levantou a cabeça, pôs um sorriso no rosto e andou.
Descendo planícies de gramados eximiamente verdes. Andou
mais ou menos cinco quilômetros. O sol já estava no meio do
céu. A fome apertou, e sua barriga não grunhia e sim berrava.
Mas logo Eron se animou, pois à frente havia uma floresta, e
onde há floresta há animais. E animais significam um assado de
carne. E também a maioria das cidades do Reino de Terife fica
atrás de vales e florestas, por precaução, é claro, o Reino de
Terife é muito turbulento. Eron adentrou a floresta logo no
início. O ambiente era muito claro e espesso, nada muito
fechado. Mas depois de alguns minutos andando em frente à
floresta ficou bem fechada, com árvores muito coladas umas
nas outras e com arbustos e muitas plantas rasteiras. Estava
tudo muito sinistro, pois toda a luz do dia era encoberta pela
copa das árvores. O máximo de iluminação que Eron
encontrara estava em algumas clareiras muito pequenas e
espessas. A cada passada Eron ficava muito assustado. Naquele
momento até as batidas de asas dos pássaros o assustava e o
fazia ir ao chão.
- Que tolice a minha! Entrar em uma floresta totalmente
desconhecida, sem um companheiro e sem mapa. Como sou
idiota!
Idiota e insano eram as palavras mais adequadas no
momento para adjetivar Eron. Mas ele não se deixou tomar
completamente pelo medo. Sacou seu arco e puxou uma flecha
do seu alforje de pano. Colocou-se em posição de ataque.
Virava para todos os lados apontando seu arco. Mas o que ele
não estava atento era onde estava pisando e nem notou que à
frente havia um declive. Pisou em falso, deu dois passos sem
equilíbrio e tropeçou rolando e batendo em pedras e nas raízes
das árvores. Rolou, rolou e foi para em meio a raízes de uma
árvore. Raízes estranhas, pois eram incrivelmente grandes.
Eron levantou-se meio tonto. O sangue descia pela sua cabeça.
- Por Odin! Que diabos está acontecendo comigo nesta
floresta?!
Os olhos de Eron, congelados, estavam fora de suas
órbitas diante da incrível imagem que eles estavam a apreciar.
À sua frente a imagem da maior árvore que ele já tinha visto em
toda a sua existência. Era incrivelmente grande! As outras
árvores, ao seu redor, aparentavam ter de 25 a 30 metros. Esta
que estava à sua frente nem dava para ver a copa, só o tronco.
Ainda tonto Eron olhou para o barranco em busca de seu arco
que havia se soltado da sua mão em meio à queda. Olhou e
enfim ele encontrou o seu arco, subiu um pouco o barranco e o
pegou. O arco estava trepado entre umas árvores.
- Ainda bem que não houve danos.
Eron voltou para apreciar a incrível árvore. Sentou-se nas
raízes e relaxou um pouco. Se não fosse a fome com certeza
pegaria no sono.
- Ei! Rapaz! O que pensa que está fazendo?
Eron levantou-se de um pulo. Uma voz estranha em meio
àquela terrível floresta tirou toda a sua paz e de repente todos
os elementos que pareciam harmônicos agora pareciam
temíveis. As sombras das árvores bruxuleavam com o vento
forte. Eron não tinha uma espada para sacar, por isso pôs a mão
no arco que estava às suas costas e apontando para todas as
direções prontamente disse:
- Quem está aí? Revele a sua posição ou não mostrarei
clemência!
Sabia que não estava em condições de intimidar alguém,
mas foi o que lhe veio na cabeça. Não demorou pouco mais do
que cinco segundos para vir uma flecha cortando o vento e
atingindo o seu arco, colocando-o a alguns metros de distância,
espetado em uma árvore. Agora Eron estava mais assustado:
- Rapaz, como é audacioso! – disse a voz misteriosa.
- Quem és tu? – retrucou Eron.
- Entra na minha floresta, senta na minha árvore e ainda quer
me fazer perguntas? Eu quem mando aqui! Eu pergunto!
Um garoto caiu à sua frente. Talvez ele estivesse em
alguma árvore. O garoto aparentava ter a sua idade: cabelos
louros, usando uma calça estranha e verde, e braceletes
dourados. O garoto o encarou e chegou bem perto do seu rosto
e fez:
- Bu!
Eron caiu ao chão mais uma vez, e o garoto gargalhou.
No momento em que o garoto riu surgiram vários outros risos.
- Saiam dos postos! – disse o lourinho.
De repente surgiram mais uns vinte garotos estranhos. O
lourinho pôs-se à frente e disse:
- Nós somos os Esfinges, um grupo protetor desta floresta. Eu
sou o Esfinge Master, o líder.
O Esfinge Master avaliou Eron com seus olhos e disse:
- É... Você é um cara interessante. Parece ser inteligente.
Dois capangas grandalhões chegavam junto de Eron e
puxaram o seu alforje que ainda permanecia em suas costas.
Eron relutou para evitar, mas não adiantou nada. A única coisa
que ele pôde fazer foi bradar algumas palavras.
- Ei, isso é meu!! Largue já! – disse Eron.
- Huhu! Olha só chefinho o tom de arrogância desse
vagabundo. –disse um dos capangas grandalhões, que mais
pareciam uns trols.
O Esfinge Master continuava avaliando Eron. De repente
perguntou:
- Como se chama?! Hem? Senhor petulância. – disse em tom de
arrogância.
- Haha, engraçadinho! Me chamo Eron Underwond e sou um
aventureiro!
- Sim, “aventureiro”, no caso você é um caçador de
recompensas! Certo?
- Sim. – disse Eron prontamente.
- Traduzindo, você é um ladrão!
- Mas, ora, que petulância a sua, Esfinge Master!!!! Eu... Eu
não admito este tipo de desrespeito!
- Ora! É mesmo ladrãozinho?!
Eron estava vermelho de tanta fúria.
- Chefe. – disse um dos capangas. No alforje dele só tinha um
punhado de flechas e dois livros. Em seguida o capanga
arremessou os livros para o lado em desleixo.
Instantaneamente dois pares de olhos pareceram flamejar
na direção do capanga.
- Ups!! Fiz algo de errado? – disse o capanga ingenuamente.
Ouviram-se várias vozes nesse instante, e elas diziam
mais ou menos – “É. Ele se deu mal. Era a pior coisa que ele
podia
fazer
diante
do
líder.”
–
todos
se
afastaram
vagarosamente. Esfinge Master e Eron olharam para o capanga
que tinha arremessado os livros. Os dois bradaram juntos:
- COMO VOCÊ PODE TRATAR OS LIVROS ASSIM SEU
IDIOTA??? SEU TROL MONTANHÊS!!!
Esfinge Master e Eron se entreolharam por espanto,
porque tiveram uma mesma opinião. Esfinge Master continuou:
- Livros são coisas primorosas. Eles guardam informações,
histórias, as mais incríveis. Eles foram inventados para serem
apreciados a cada milímetro, a cada dobra, desde o seu
encapamento em couro até o seu inconfundível cheiro.
Eron em seguida completou:
- É isso aí!!! Os livros são o clímax da humanidade. A sua mais
alta e genial invenção! Chega a causar inveja aos deuses. O
tempo passará, novas invenções irão surgir, mas mesmo assim
o livro vai estar lá pelas gerações eternamente.!
- Fuja daqui, seu idiota! Antes que eu o puna! – bradou Esfinge
Master.
Agora os dois garotos iam direção aos livros que estavam
no chão. Um deles tinha o encapamento em couro, folhas
amareladas. E no título dourado havia escrito “As Aventuras de
Sir Artur Frederich”, baseada em fatos reais, recontada por Fig
Person, o bardo.
Eron recolheu o livro de Sir Artur Frederich, como se
fosse o seu maior bem. O outro livro estava na mão de Esfinge
Master, que o analisou mais de uma vez de cima a baixo
parecendo ainda mais surpreso e disse:
- Então... O senhor ladrão petulância Eron. Arrogância em
pessoa! Tem algum tipo de interesse pela ciência. Ou mais
exatamente pela alquimia.
- Ah, sim! Me interesso muito pelo estudo da alquimia.
- Hum... Que surpreendente. Mas não vamos deixar que a
síntese do nosso assunto se perca. Já deu para notar que você
está com fome. E como a lenda da Esfinge diz que uma vez
existiu um monstro terrível, que tinha cabeça de gente e corpo
de leão. Todas às vezes que as pessoas passavam pela sua rota
tinham que responder um questionamento feito por ela. Se
acertasse, isso raramente acontecia, a pessoa continuava o seu
caminho naturalmente. Mas, se errassem a esfinge as comeria.
Certa vez um jovem viajava e cruzou o caminho da Esfinge.
Ela fez uma proposta alta: se você acertar a minha pergunta eu
me mato, mas se não, já sabe, comerei você. E assim o jovem
acertou o questionamento e a Esfinge teve que se matar. E
como o nome do nosso grupo é os Esfinges – continuou
Esfinge Master – te farei uma pergunta. Se acertar a resposta, te
darei comida, abrigo por essa noite e deixarei ir embora
tranquilamente, tá ok assim para você, Eron? Ou você é tão
burro a ponto de querer fugir?
- E se eu errar o seu questionamento? – retrucou Eron
bravamente.
- É... Bem... Se você errar, te eliminarei sem piedade. – disse
Esfinge Master tranquilamente.
- Tá bom! Aceito os seus termos. – Eron parecia muito
confiante.
- Vamos lá. – Esfinge tinha cara de desconfiança como se
soubesse que Eron nunca iria acertar:
“Você está em uma grande enxurrada com um
barco. A cidade está coberta de água. Só há dois
pontos que ainda não estão alagados. Um deles é
uma casa de curandeiro, e o outro é uma velha
choupana onde se encontram três pessoas: um
curandeiro, um velho doente e o amor da sua
vida. O velho doente precisa de ajuda para não
morrer,
e
o
curandeiro
precisa
de
seus
equipamentos para salvar a vida do velho. E se
você deixar o amor de sua vida lá nunca mais a
verá. Lembrando que em seu barco só cabem
duas pessoas fora você. O que você faria? Ham?
Tem meia hora para pensar. Seja breve.”
Esfinge Master foi se afastando lentamente. Eron sentouse pensativamente, tentando refletir sobre o questionamento.
Era realmente uma pergunta muito difícil. Após dez minutos
sem nenhuma solução sensata do problema Eron pensou: “Que
raios de pergunta é essa?”. Ele já tinha tentado várias
combinações, como, por exemplo, levar o amor de sua vida
consigo e deixar o velho e o curandeiro se ferrar. De todo modo
ele sabia que não era a resposta mais sensata. Quinze minutos
já haviam se passado e nada. Várias folhas agora caíam em seu
colo, e mesmo com toda paz e silêncio do mundo nenhuma boa
solução vinha à sua mente.
- Eronzinho! Já se passaram vinte minutos.
Agora ele estava realmente em pânico. Não tinha corrido
tanto risco em toda a sua vida desde o caso que ele roubou
comida da cozinha da Dona Clotilde, uma velha senhora, e
muito gorda que tem um restaurante numa pequena vila da
região de Terife. Já se passaram 25 minutos desde o
questionamento de Esfinge. E como se a benção divina tivesse
caído sobre Eron ele chega uma conclusão:
- É isso!!! – grita para todos ouvirem – Cheguei a uma
conclusão!
- Pois diga qual é, Eron? – Esfinge estava espantado só de
imaginar que ele tinha chegado a uma conclusão. Só faltava
agora ser exata.
- Muito bem. Conclui que a resposta certa é que eu devo doar o
meu barco para o curandeiro e o velho, e ficar ali, naquela
choupana, com o amor da minha vida.
- Mas... Mas...!!! Isto é... É...! É inacreditável! Você acertou?!
Esfinge Master se aproximou e entregou para Eron o livro
que havia recolhido do chão. No título estava escrito “Alquimia
para Leigos”. Eron tomou o livro com força e segurou junto ao
outro em sua mão.
- Obrigado. – agradeceu Eron.
Esfinge franziu a testa e disse ainda pasmo:
- Como prometido, te darei comida, água e um lugar para ficar
caso queira, porque se não notou já está quase noite.
Acompanha-me.
Eron faminto não disse mais nenhuma palavra e o
acompanhou pensando em quais pratos seriam servidos. De
repente Esfinge parou diante do tronco da árvore imensa. Eron
estranhou e prontamente perguntou:
- Não disse que era para te seguir? Por que parou?
- Calma! Tudo a seu tempo.
Esfinge se aproximou do tronco, segurou o próprio pulso
e em seguida disse:
- Contemple a alquimia de verdade, Eron!!! Terrae elementun.
Aquae elementun!
Separou suas mãos, cada uma com sua aura diferente, a
mão direita emanava uma aura marrom, e a esquerda uma aura
azul. E continuou gritando:
- Porta lígnea!!!
No mesmo instante que disse estas palavras pressionou as
duas palmas da mão no tronco da árvore. O vento era lançado
em círculos. Parecia um redemoinho. Eron colocou a mão no
rosto para se proteger. Foi quando ele viu um pentagrama se
materializar no tronco. Era todo dourado e ao seu redor havia
umas rúnicas antigas que por acaso Eron não sabia ler. O vento
parou.
- Uff! Isto sempre me cansa. – disse Esfinge com cara de
prazer.
- Que incrível! Isso é uma alquimia, e da poderosa. – Eron
estava boquiaberto.
- É. Não querendo me gabar, mas eu sou bom nisso. – Esfinge
estava com uma face incrivelmente satisfeita.
Eron reparou que no centro do pentagrama havia uma
fechadura enorme, comparada às convencionais. Esfinge retirou
os seus braceletes e começou a girar e dobrar como se fosse um
cubo mágico. Após moldá-los ele conectou um ao outro –
“Thearaan!!” – era uma chave. A cada segundo Eron ficava
mais surpreendido com Esfinge Master. Esfinge pegou a chave,
enfiou na fechadura e girou três vezes para a direita. A cada
girada parecia que mil trincos se abriam. E enfim se abriu uma
porta – o tronco da árvore era oco.
- Entre, Eron! Sinta-se à vontade, pois você é o meu convidado.
Eron não recusou, e adentrou a porta junto com o Esfinge.
Estava tudo escuro, e a única coisa que se via era uma escada
circular. Havia também umas tochas penduradas nas paredes o
que mostrava que a escada era longa.
- Vamos andando Eron. Pois saiba que o caminho é muito
longo.
- Sim! Vamos!
Os dois começaram a subir as escadas e atrás deles vinha
a tropa do Esfinge. Tudo que se ouviu nos trinta minutos
seguintes foi o barulho das passadas no chão.
- Uff!! Que caminho longo! Estamos próximo do fim? –
questionou Eron.
- Não! – respondeu Esfinge friamente.
- O quê!! Andamos por meia hora dentro de uma árvore...
Abafada, com fome e ainda me diz que está longe? Você mora
onde? No céu?
- Quase lá. Acho que fica próximo do céu.
Eron estava ainda menos animado depois da informação.
Já havia uma hora e meia de andada quando Eron viu uma luz.
- Até que fim! A saída! Glória!
Eles chegavam ao topo da escada, e ali parecia outro
mundo. Existiam casas em cima dos troncos, escadas, pontes, e
com certeza ali era a maior colônia de adolescentes e crianças.
Não se via sequer um adulto. Eron andou com Esfinge até uma
pontezinha que balançava bastante. Dali para ver as nuvens.
Estavam realmente num lugar extremamente alto. Eron parecia
que não queria passar por aquela ponte, mas mesmo assim
seguiu em frente. Foi até uma casa, talvez a maior delas. Era a
casa de Esfinge feita de madeira e palha, com uma porta
vermelha e bem lustrosa.
- Esta é minha casa.
- É realmente muito grande. – Eron tentou elogiar.
- Isto é porque não viu por dentro.
Esfinge abriu a porta da casa e Eron viu um completo
museu, antiquário, estátuas antigas, castiçais, aparelhos
estranhos, quadros, e o que havia mais ali, os livros de diversos
tamanhos, grossos e finos, e de cores inimagináveis, de
diversos assuntos.
- E parece que nós temos algo em comum. Não é Esfinge
Master?
- Sim, acho que você gosta de livros. Então seja bem vindo à
minha casa. Ah! E pode comer o frango que quiser.
- Que frango? – perguntou Eron, e olhava para todos os lados.
- Aquele que está ali em cima da mesa de centro atrás daquela
pilha de livros.
Eron voou em cima do frango. Pouco mais de cinco
minutos depois só havia ossos do frango assado.
Esfinge Master estava sentado numa janela lendo um
livro de contos de fada.
- Hum, seu nome não é Esfinge Master? Ou é? É que não é
comum vê um nome assim, sabe? – indagou Eron.
- No momento basta você saber que meu nome é Esfinge
Master e que sou líder deste grupo. – respondeu Esfinge
toscamente.
- Que arrogância! – Eron deixou esta palavra escapar, mas sabia
que não podia.
- A propósito. – continuou Esfinge. – Para onde você vai?
- Estou indo a Valkyria, me inscrever na competição para
seleção de aventureiros de Sir Artur Frederich.
- Já ouvi falar dele. – disse Esfinge. – Parece que ele é um
bambambam dos troféus, prêmios e tudo mais. Dizem que ele é
apenas um aventureiro sem alma e sem coração que só pensa no
dinheiro.
- Pois isso é uma mentira!! – bradou Eron. – Ele é o aventureiro
mais nobre deste mundo.
- Pobre tolo! Ele não é bonzinho! Você não o conhece! E
quando uma pessoa é estranha para você, não se confia nela!
- Você o conhece? – Eron estava indagando.
- Não.
- Então não fale de quem não conhece!
- Por isso mesmo. – Esfinge era um cara teimoso. – Quando
não se conhece desconfia-se!
- Não vou discutir com você, Esfinge! Você é teimoso.
Os dois se calaram. Já era noite, e o olhar de Esfinge
estava banhado em uma feição triste junto ao luar. Ouviu-se
três badaladas.
- Mas que diabos é isso?! – indagou Eron.
- É o relógio central. Quando dá sete horas da noite ele dá três
badaladas. Significa que está na hora do divertimento!
- Como assim, Esfinge? Não entendo!
- É o momento que nós comemoramos as graças de hoje.
Contamos
histórias,
alguns
apresentam
danças,
outros
apresentam peças e assim por diante. Ah! Esqueci de uma
coisa! Tem também comida e bebida.
- Parece ser bastante legal!
- Vamos, Eron! – convidou Esfinge.
- Sim, por que não?
- Haha! Eu sabia, Eron, que você não recusaria uma boca livre.
- Hum... Você está cheio de graça! – disse Eron com sarcasmo.
- Sim, e porque não estaria?
- Ora! Espero que isto seja uma pergunta retórica!
- Hahaha!
Os dois caminharam pelos troncos incrivelmente grossos
e pelas pontes. A lua estava enorme naquela noite. Andaram até
chegar a uma praça onde havia um palco armado. Muita gente
já estava ali festejando. Eron estava surpreso. Tudo aquilo em
cima de uma árvore era muito surreal. A festa começou e todas
as pessoas estavam agora assistindo a uma apresentação teatral.
Foi quando Eron tirou a atenção de Esfinge fazendo-lhe uma
pergunta:
- Como você veio para aqui? E quem são todas estas pessoas?
- Sou órfão. Então reuni um grupo de órfãos que moravam pela
cidade e vim parar aqui. Logo a notícia se espalhou sobre uma
gangue de garotos órfãos que viviam na floresta da província de
Taxaz. Muitos vieram nos eliminar, mas muitos outros órfãos,
garotos e garotas, vieram se juntar a nós. Cada um tem uma
história pessoal, na qual guarda alguma mágoa do passado.
- E qual é a sua? – Eron continuou indagando.
- Eu disse que cada um tem uma história pessoal, eu não disse
pública.
- Desculpe-me então, Esfinge.
Depois desta breve conversa os dois se divertiram
bastante, e beberam, comeram, se esbaldaram e caíram no sono
ali mesmo.
Alguém o cutuca agora. Eron disse: “Não, agora não.” – e
após estas palavras a única coisa que ele sentiu foi um jorro de
água caindo sobre si. Acordou esbaforido e viu a silhueta de
Esfinge com um balde vazio na mão e rindo.
- Por que você fez isso?!
- Ora, caro Eron... Pelo o que me consta já é manhã.
- O quê! Já?! – espantou-se Eron. – Mas não faz um segundo
que eu peguei no sono!
- Acho que bebeu demais, caro Eron.
- Acho que sim. – disse Eron ainda sonolento.
Esfinge Master jogou no colo de Eron uma maça, e seu
alforje e o arco e disse:
- Vamos partir.
- O quê? – Eron estava confuso, talvez fosse o sono. – Como
assim vamos?
- Ora! Não deu para notar que eu vou te acompanhar na sua
jornada?
- Mas por quê?
- Isso é em parte um assunto pessoal.
Agora que Eron foi reparar no alforje de Esfinge.
- Está bem! Vai ser bom ter um companheiro... Mas quem vai
te substituir?
- Isto já está ok! O subcomandante agora é o comandante.
Confio bastante nele. Já entreguei a chave a ele, e a técnica da
alquimia ele já sabia. Portanto, vamos!
- Que coragem! – Eron estava admirado. – Deixar este lugar
maravilhoso para seguir um caminho sem rumo junto com um
desconhecido?
- É... Isto é realmente estranho. – afirmou Esfinge. – Mas uma
vez um velho sábio me disse que o importante era o caminho e
não o lugar a se chegar. E eu estou estagnado aqui. E este
mesmo velho me disse que um dia quando a minha vida
estivesse caindo na monotonia do dia a dia, apareceria um rapaz
tão incontrolável como o vento, e que ele responderia à minha
única dúvida, ou o meu erro. E quando ele aparecesse, teria
uma grande missão: teria que acompanhá-lo. E por anos esperei
isso, e até que enfim chegou o momento de continuar a escrever
o meu destino.
- História interessante. – comentou Eron.
Os dois caminharam até um lugar onde se encontrava a
escadaria. Já havia muita gente para a despedida. Todos
pareciam muito emocionados. Esfinge olhou para todos aqueles
jovens e disse:
- Adeus meus bons e fiéis amigos... Um dia eu retornarei e
encontrarei vocês com uns belos sorrisos de acordo com os seus
belos rostos.
Todos falaram em coro “Adeus”. E esse momento
melodramático foi interrompido por garoto que aparentava ter
uns sete anos:
- Esfinge Master?
- Sim.
- Eu não entendo. – continuou o garotinho. – O senhor disse
que nos encontraria com belos sorrisos de acordo com os
nossos belos rostos, não foi?
- Sim.
- Mas, o Girobo vai estar chorando quando o senhor retornar,
de tão feio que ele é!
E foi neste último comentário de humor que os dois
aventureiros e o comandante desceram as escadas.
- Comandante. – chamou Esfinge. – É muita educação sua, mas
por que nos acompanha?
- Ora! Se não se lembra, a chave está comigo, Esfinge!
- Ah, claro! Burrice minha.
Os três desceram as escadas, e chegando lá em baixo o
comandante abriu a porta e se despediu. Os dois agora estavam
do lado de fora.
- Pff! Essas escadas quase que me matam! – comentou Eron.
- Um dia você se acostumará!
- É... Sei. Um momento!
- O que é Eron? Você nunca para de falar, indagar, perguntar!
- É que você agora é o meu companheiro, certo?
- Correto.
- Então desejo saber seu nome verdadeiro!
- Hum... Está certo. Está bem! Vou te dizer meu nome. Me
chamo Eduard Metzelder.
- Hahahihi! Que nome estranho.
- Certamente... Certamente.
Capítulo 2 – Isso! Eu vou para Valkyria.
Os dois caminharam floresta adentro. O meio-dia já
estava chegando.
- Eron! Vamos parar um pouco?!
- Claro! Estou morto de cansado.
- É, você só sabe reclamar. Mas não foi para isto que eu decidir
parar, e sim porque estou com fome! – disse Eduard. – Vou
caçar alguma coisa! Enquanto isto procure lenha e faça uma
fogueira, certo?
- Está bem.
Ambos foram para caminhos diferentes. Quinze minutos
depois Eduard retornou e encontrou a fogueira e eron à sua
espera.
- Você demorou bastante, Esfinge! Quer dizer, Eduard.
Eduard estava com um javali nos seus ombros. Alguns
minutos depois, os dois estavam devorando uma deliciosa carne
assada de javali. Descansaram um pouco e voltaram a andar.
Logo eles avistaram uma cidade ao longe.
- Até que enfim uma cidade!! – disse Eron.
- Que felicidade! Isso me espanta. – retrucou Eduard
sarcasticamente.
Os dois chegaram até os portões altos e lustrosos da
cidade. Dois guardas se dirigiram a eles. Um carregava uma
lança e o outro um rolo de pergaminho.
- Identifiquem-se! – bradou o do pergaminho.
- Como?! – estranhou Eron.
- Seus nomes, suas patentes, o que são, o que querem e o que
querem fazer? – disse o guarda em resposta.
- Ah, claro! Meu nome é Eron Underwond, e venho a passeio.
O guarda anotou tudo.
- E o senhor? – continuou o guarda em direção à Eduard.
- Sou Eduard Metzelder, venho a passeio acompanhando Eron.
- Sejam bem vindos! – disse o guarda.
Os dois adentraram o portão. A cidade era incrível, muitas
pessoas, casas, lojinhas, estalagens e comerciantes. Num lugar
mais alto da cidade, havia um castelo enorme e ao lado uma
igreja
igualmente
grande.
Eron
aproximou-se
de
um
comerciante, que vendia uns vidrinhos com líquidos de cores
diversas intitulados de porções.
- Senhor! – chamou Eron. – Pode me dizer o que é aquele
castelo? E a igreja?
O senhor respondeu educadamente:
- O castelo é onde se encontra o governador da cidade e os
outros nobres e importantes. E a igreja é a morada do Bispo.
O senhor agora parecia enfurecido.
- Desculpe-me perguntar, senhor, mas o que lhe irritou tanto
nesta última frase?
- Aquele maldito Bispo!
O senhor começou a chorar neste momento. Eron se
sentiu mal por ter tocado num assunto que causava tanta
tristeza ao velho.
- Desculpe-me. – disse Eron de cabeça baixa, num tom sutil.
- Você quer se desculpar, jovem... Sugiro que saia daqui o
quanto antes!
- Mas... Por que isso?! – perguntou Eron.
- Vou lhe contar uma história. Uma história real. Existia uma
certa cidade chamada Cissé. Uma bela cidade, mas com pessoas
gananciosas. Uma delas era o Bispo. Um poço de bondade...
Tudo farsa! Mas isto não atrapalhava de nenhum modo a nós
moradores. Ele reuniu vários seguidores fazendo os seus
famosos milagres. Só que um dia surgiu uma guilda de
cavaleiros malignos neste mundo!!! Um deles veio para esta
cidade nos atormentar. Conhecido como Death Kniges - a
guilda de Cavaleiro da Morte. O Bispo sentiu que seus
negócios iriam desandar. Com medo ele começou a convocar
os jovens dessa cidade para destruir este tal Cavaleiro. Vários
jovens foram mandados, inclusive meu filho.
O velho começou a chorar e a soluçar novamente.
- O meu filho morreu e o Cavaleiro ainda está vivo. Toda
semana ele vem aqui... Vem eliminar, saquear e pilhar. – Quem
entra nesta cidade só sai morto.
Eron ficou com repulsa, indignado. Imaginou todas as
coisas tristes desse mundo e naquele momento. Neste mesmo
instante Eduard bateu em seus ombros. Eron levantou a cabeça
e viu que estavam cercados por guardas que se aproximaram. O
velho se juntou a Eron e em uma fração de segundos jogou um
pote vermelho no chão e gritou – Corram!
Quando o pote encostou no chão, uma onda de fumaça
subiu e Eron pôs-se a correr. Os dois correram e saíram da zona
de fumaça. Neste mesmo instante, três flechas passaram à sua
frente esvoaçando o ar. Correram e entraram em uma estalagem
toda feita de madeira. O jovem na recepção ficou pasmo com a
entrada brusca dos dois. Eles subiram a escada que levava para
os quartos. Atravessaram o primeiro andar e foram para o
segundo. Estavam correndo muito rápido, quando de repente
passaram por um quarto onde a porta estava aberta e havia uma
bela mulher se despindo. No mesmo instante Eron escorregou e
caiu de boca no chão. Levantou ligeiro para ver aquela imagem
divina, quando Eduard puxou sua orelha e disse:
- Não temos tempo para isso, cabeção!
- Isso mesmo! Foco na fuga! – respondeu Eron para si mesmo.
Viram uma janela à frente e sem pensar pularam cinco
segundos estonteantes no ar, antes de se chocaram com o
telhado de uma casa. Escorregaram e foram descendo de bunda
no telhado e em seguida caíram em cima de uma barraquinha
de verduras. Meu tonto Eron disse:
- Finalmente no chão.
Eduard já estava em pé pronto para lutar com os guardas
que novamente os cercavam.
- Queridos amigos. – disse um dos guardas. – Não queremos
brigas... Só queremos levar os senhores para uma conversa
amigável com o nosso querido Bispo.
- Nem a pau! – retrucou Eduard.
- Aí! Traga o convidado!
Um dos guardas arremessou o velho para outro que
dialogava, e este mesmo empunhou uma faca no seu pescoço.
- Querem conversar agora?
- Maldito! Desgraçado! – praguejou Eduard.
- Acho que isso é um sim.
Eduard avançou bruscamente para cima do guarda e o
socou no rosto, na tentativa de salvar o velho. Mas, foi uma
tentativa frustrada, pois logo foi agarrado por muitos outros.
Acertaram uma pancada em sua cabeça e de repente ele estava
desacordado.
- Eduard! – gritou Eron.
Mas, no mesmo instante, muitos outros avançaram para
cima de Eron e tudo que ele podia sentir agora era uma incrível
dor de cabeça.
Acordou em uma prisão, deitado no chão e com
sangrando na cabeça. Viu as grades enferrujadas e sentiu uma
insaciável angústia.
- Ei, princesa! Pensei que não ia acordar! – disse Eduard
debochadamente.
- Ai... Que dor de cabeça... – resmungou Eron.
- Normal. É assim mesmo. Fica na farra é isso que dar. –
continuou Eduard.
Um guarda se aproximou das grades, deu três batidas nas
grades e disse:
- O nosso amado Bispo quer ver vocês, agora!
- Já vai, amigão. – disse Eduard.
- Nós não vamos nada! – gritou Eron. – Seu guardinha!
- O Bispo disse que você reagiria assim. Então... Reforços!
Chegou mais meia dúzia de guardas.
- Pô, você também não ajuda. – cochichou Eduard no ouvido de
Eron.
- Acompanhem-nos... – bradou o guarda.
Os dois não tiveram escolha senão acompanhar.
Acompanharam, passaram por diversas celas. Tinha todo tipo
de gente: jovem, velho, crianças, mulheres, malucos e em uma
delas estava o velho, triste e dependurado por algemas e
correntes fincadas no teto.
- Mas, por que isso?! – perguntou Eron.
- Lógico. Vocês não colaboraram com a gente... Então tivemos
que usar uma de nossas armas mais preciosas, a chantagem.
Então se vocês não colaborarem, o velho morre. Mas, se
simplesmente tentarem destruir o temível Death Kniges, o
velhinho pode sobreviver. Agora nos acompanhem até o Bispo,
por favor.
Os dois seguiram sem comentar nada. Observaram que a
prisão era muita antiga. Tinha portais arredondados e foi
construída em pedra, exceto pelas grades que eram de metal,
enferrujado, mas, mesmo assim de metal. Subiram uma
pequena escada. Um dos guardas empurrou o teto, e em uma
parte dele se abriu para cima como uma portinhola.
Agora dava para ver que estavam num calabouço. Saíram
pela portinhola e deram numa sala lustrosa e bonita. O que
antes era teto agora era chão. Na sala havia vários santos,
imagens de deus, e havia também um grande santo todo feito
em ouro, dentro de um nicho de madeira, com mini pedestais
dourados. Talvez fosse o padroeiro da igreja ou da região. Eles
continuaram andando, tudo agora era muito mais belo.
Andaram em cima de um lindo tapete vermelho. Eron estava
fascinado e tinha um incrível prazer e felicidade. Podia até
ouvir umas leves notas de harpa ressoando bem no fundo do
seu ouvido. Enfim chegaram numa sala ainda mais bonita,
reluzindo como uma chuva de brilhantes. O som da harpa
estava mais alto, e ainda assim mais suave. Logo ao fundo da
sala havia uma graciosa resposta para a adorável melodia – uma
linda garota tocava a harpa – Seus cabelos pretos brilhavam e
balançavam graciosamente no ritmo do vento. O coração de
Eron disparou. Ele não sabia o que estava sentindo, mas aquela
emoção era muito boa, causando calor e calafrio. De repente o
clima adorável ficou terrivelmente pesado. A linda garota
apresentava uma face assustada, porque ao lado dela estava um
senhor com uma manta branca e vermelha, o Bispo. Ele estava
encostado na garota de modo que a sua mão direita, repleta de
ânsia se apoiava nos joelhos da jovem. O Bispo ria
abestadamente. Agora ele notou que os rapazes estavam na
sala. Eron estava com repugnância, e Eduard nem olhava nos
olhos parecendo enojado.
- Sentem-se, rapazes! – iniciou o Bispo com uma voz
arranhada. – Eu tenho uma proposta a fazer. Creio que vocês já
sabem qual é, não é mesmo?
- Sim, sabemos! – bradou Eduard. – Você deseja que nós
eliminemos o cavaleiro e em troca nós salvamos a nossa vida e
a do velho.
- Sim. – disse em resposta o Bispo.
- Mas, como deve saber, nós fomos capturados por seus
homens. Se seus homens não são capazes de derrotar esse
cavaleiro como é que nós seremos?
- Ora, ora... – disse o Bispo. – Boa pergunta. Eu acredito que
vocês foram capturados porque não estavam preparados para
aquela fuga instantânea, e também estavam dominados pela
fúria. Acredito que o velhinho ao estar na mão dos meus
homens naquele momento, você não teve coragem de atacar
aquela massa de guardas com alquimia.
- Como você sabe sobre a alquimia? – indagou Eduard.
- Se não repararam recolhemos os seus pertences. Então lá tinha
um certo livro sobre alquimia para leigos. Espero que vocês
usem a alquimia para acabar com o cavaleiro. E não tentem
invadir, fugir ou atacar. Essa não é só uma sala de estar, mas
também uma sala de controle. Aquela prisão onde o velho estar
é a mais segura de todas, pois está interligada a esta alavanca. –
o Bispo apontou para o lado, mostrando uma alavanca a uns
cinco metros de onde estava. – Caso eu puxe as correntes que
estão presas ao velho vão ser puxadas para lados diferentes, e
seu corpo se partirá ao meio. Que triste. – o Bispo andou um
pouco e colocou suas mãos em cima da alavanca. – Não
queremos que haja um acidente e que minha mão escorregue
por essa alavanca, não é rapaz? – o Bispo fez um gesto com as
mãos indicando para os guardas os levarem de volta para a
pensão.
- Um momento. – disse Eduard. – Como é que você quer que
eu vá sem o meu material? E quando é que vamos eliminar esse
tal de cavaleiro? Precisamos, pelo menos, de um dia de
preparação!
- Vocês são um problema. – disse o Bispo rindo. – Querem
preparação? Muito bem. Tem um campo nos fundos da
Catedral, que serve de campo de treinamento. As suas
bugigangas serão entregues para vocês lá no campo, e terão até
amanhã para partirem. Ah! E para evitar mais perguntas,
amanhã é o dia que o Death Kniges vai vir até a cidade para
saquear. Então saiam cedo, para enfrentar ele ainda na mata
antes de chegar aqui, para evitar estragos, claro. Boa sorte! E
que Deus esteja conosco.
Os dois rapazes caminharam até o tal campo. Lá suas
coisas foram devolvidas, e então eles tiveram um pouco de
espaço para conversar sem serem ouvidos. Mas mesmo
distantes e escondidos havia alguns guardas apontando arcos e
flechas para os garotos. Eduard percebeu rapidamente.
- Me espantou você ter ficado tanto tempo sem falar nada. –
comentou Eduard.
- Realmente. – respondeu Eron. E logo mudou de assunto. –
Vamos treinar?
- Claro. – continuou Eduard. – É o que você sabe? Sobre
alquimia?
- É... Bem, sei transformar um bule em relógio e fazer ele falar
as horas.
- O quê? – espantou-se Eduard. – Isso não ajuda em nada. Você
não tem o livro.
- Tenho, mas tá tudo em latim. O que eu pude fazer foi isso! –
disse Eron ingenuamente.
- Bom... Nadinha?! Sobre os elementos?! Transmutações?
Portais? Nada. – esbravejou Eduard quase louco.
- Nada. – foi a única palavra que Eron soube dizer.
- Então vou lhe dar uma mini aula. Não vou explicar o que é
alquimia, mas espero que hoje para amanhã você aprenda
alguma técnica. – disse Eduard. – Existem os elementos, no
caso água, ar, fogo, terra e trovão. Há também as sombras e a
luz. Estes são os elementos básicos. Tem também as
transmutações e os portais, mas isso agora é irrelevante.
- Posso fazer uma pergunta? – indagou Eron.
- Já fazendo uma... Claro!
- E a madeira, Eduard, que você usou naquelas escadas na
árvore?
- É uma técnica muito complexa, pois tem que estar em
domínio de dois elementos, terra e água. Para dominar um
elemento tem que estar em harmonia com ele no momento.
Equiparar a energia elemental com a sua e assim possuí-la para
o uso. No caso da madeira tem que se estar em harmonia com
dois elementos, carregar a força da terra numa mão e a leveza
da água em outra, e assim com muito esforço forma-se a
madeira. Cada um já nasce com o espírito voltado para um
elemento.
- E qual seria o meu? – interrompeu Eron.
- Provavelmente o trovão, por causa dos seus cabelos revoltos,
sua estatura, magro e alto, por ser veloz. Mas precisamos de
uma prova concreta.
- Como assim? – indagou Eron novamente.
- Espere aí que você verá! – respondeu Eduard com um tom de
mistério e em seguida bradou algumas palavras – Limbo
inucatione! - Pressionou suas mãos no chão e o pentagrama
apareceu. Só que desta vez foi totalmente diferente. Foi como
se o chão começasse a se despedaçar e no lugar do pentagrama
ficou só um vácuo roxo. Neste momento se ouviu os leves
barulhos de flechas serem puxadas e colocadas em modo de
ataque. Do vácuo Eduard enfiou a mão e puxou uns objetos
triangulares.
- Essa é alquimia de portais? – mais uma vez era Eron
perguntando.
- Sim. – respondeu Eduard com cinco triângulos nas mãos.
Jogou quatro triângulos no portal e ficou com um na mão. –
Vamos, Eron, pegue este triângulo. Se você for do elemento
trovão ele vai reagir.
- Reagir?! – Espantou-se Eron, e em seguida pegou o triângulo
da mão de Eduard. De repente aconteceu algo incrível. Várias
fagulhas de eletricidade saíram do triângulo. O céu escureceu e
começou a trovejar.
- Pronto Eron! Largue já o triângulo! – bradou Eduard.
Eron não pensou duas vezes e largou o triângulo e todo
aquele fenômeno parou. O céu ficou claro outra vez.
- É... Já sabemos qual é o seu elemento Eduard. Eu nunca erro
uma provisão. Só para te informar esse triângulo é sensível à
energia elemental do trovão. Como você viu havia outros
quatro triângulos e cada um era de um elemento: água, fogo, ar
e terra.
- Mas é a luz e as sombras que você mesmo falou?!
- Bom, Eron. Eles não são bem elementos, eles são como uma
força suprema. Pessoas não nascem com o elemento voltado
para estes dois tipos. As pessoas buscam desenvolver eles.
Continuando com o assunto anterior, é bom ter esse elemento.
O trovão é bem difícil se dominar, mas no futuro você terá uma
certa facilidade em aprender a dominar o fogo. Agora vamos
deixar de blábláblá e vamos treinar sério. – Eduard recolheu o
triângulo do trovão, jogou no portal e o fechou. – Vamos lá,
primeiro você terá que dominar a sua energia elemental, e tem
que saber latim, Eron, pois para invocar o elemento você tem
que chamá-lo por seu nome original, e óbvio que é em latim.
- como é que eu domino a minha energia elemental? –
perguntou Eron.
- Sente-se. – disse Eduard. Os dois se sentaram com pernas
cruzadas na posição da borboleta. - Feche os olhos e concentrese, ouça a pulsação do seu coração, ouça o sangue correndo em
suas veias. Agora ouça algo mais. Ouça uma corrente de
energia que corre por trás do coração. Torne-a mais alta. Ouça
só ela. – Eron podia ouvir a tal corrente de energia. – Agora
ponha para fora toda essa energia. Agora é com você, Eron...
Só você pode colocar a energia para fora do seu corpo para ela
emanar.
Eduard levantou-se e deixou Eron lá concentrado.
Duas horas haviam se passado e nada. Eduard estava
desapontado, mas de repente veio uma brilhante ideia na sua
cabeça. Ele apanhou o arco de eron que estava no chão, pegou
algumas flechas e em seguida disse:
- Abra os olhos, Eron!
Eron obedeceu, e quando abriu os olhos veio uma flecha
passando próximo ao seu ombro esquerdo.
- O que você ta fazendo?! – gritou Eron insanamente.
- Talvez a sua energia responda quando você está em perigo.
Por isso não se desconcentre. – respondeu Eduard rindo, e
disparou mais uma flecha. Eron desviou, pois essa tinha
endereço.
Eron começou a correr desviando-se das flechas e com o
pensamento dizendo as seguintes palavras – “Vamos energia!
Flua! Emane, por favor!” – E continuou correndo e várias
flechas voando em sua direção. Após uns trinta minutos de
correria ele notou algo estranho, uma fumaça azul recobria o
seu corpo, emanava e bruxuleava sutilmente.
- Ei! Eduard olhe! – disse Eron com um tom de felicidade.
Eduard parou de disparar flechas.
- Parabéns, até que enfim. Não se desconcentre. Vamos para
próxima lição, já que agora você dominou a energia interior,
vou pedir que você a concentre na mão. Pensei em muitas
coisas enquanto você estava se concentrando. Mande toda esta
energia para a palma de suas mãos.
- Qual é o próximo passo? – perguntou Eron.
- O próximo passo é transformar essa energia em trovão. Para
isso você terá que invocá-lo. Então precisará do latim, e chamálo por seu nome. É só você dizer tonitrua. Lembre-se sempre de
uma coisa, a alquimia é a troca exata.
Eron berrou “tonitrua!” e nada aconteceu e assim
continuou pelas três horas seguintes... “Tonitrua!” e nada
acontecia. Mas Eron era perseverante e continuou, continuou...
Já era noite e nada havia acontecido ainda. Foi quando Eron
pensou – “Troca exata” – É isso!
Eron resolveu executar a técnica mais uma vez.
Concentrou-se e posicionou suas mãos e disse:
- Vamos trocar. – a energia que havia concentrado em suas
mãos sumiu. – Tonitrua! – Lampejos de eletricidade
protuberaram de suas mãos. A eletricidade estava em torno de
suas mãos. Era inacreditável.
- Como sempre não se desconcentre, pois se a pressão cair vai
pegar fogo na sua mão. Toda sua energia vai se transformar em
chamas. Agora vamos para o próximo passo, que é aprender
uma técnica. – Eduard estava com um livro em sua mão. –
Estava pesquisando técnica do trovão e achei uma bem fácil
que é Eletrically despare.
É bem simples. Primeiro você tem que ter um arco e isso
você tem. Vou lhe explicar como funciona. Faz-se a invocação,
coloca o arco em modo de ataque. Se souber executar aparecerá
uma flecha toda de eletricidade. Em seguida é só disparar.
- Vou tentar. Não. Vou executar com certeza. – encorajou-se
Eron.
Apanhou o arco. Fez a invocação, colocou em modo de
ataque. Formou-se uma flecha de eletricidade e na hora do
disparo houve uma explosão. Eron foi arremessado a uns cinco
metros de distância. O seu arco foi arremessado a uns dois
metros de onde ele estava. Suas mãos estavam esturricadas.
Nada grave. Mas mesmo assim aquelas queimaduras acusavam
muita dor.
- O que houve?! – bradou Eron.
- No livro diz que quando mal executado, na hora do disparo
pode ocorrer explosão. Isso acontece quando a energia não é
constante. No caso você precisa tornar a sua energia constante.
Refine a sua energia e não deixe que ela seja bruta. – respondeu
Eduard. – Faça muito barulho Eron, pois já é noite e quero
dormir.
- Como você estar tão calma? Pode ser que não estejamos indo
direto para a morte. – disse Eron.
- Não estamos. – continuou Eduard.
Eron voltou ao treinamento. Houve muitas explosões.
Eron agora já havia enfaixado as mãos. Mas mesmo assim
continuava o treinamento. Após mais algumas tentativas ele
conseguiu executar a técnica, e assim quando já era madrugada
ele caiu no sono.
-
Acorda!
–
gritou
Eduard
e
Eron
abriu
o
olho
instantaneamente. – Vamos!
Havia chegado o momento de enfrentar o cavaleiro da
morte.
- Vamos lá! – encorajou Eron.
Eduard estava com uma roupa diferente, uma camisa
preta de mangas compridas, uma calça preta, e um tipo de bota
com umas amarras até o joelho. Era meio estranho. Os dois
caminharam ato o portão. Uns guardas soltaram umas
risadinhas debochadas enquanto eles passavam, andaram pela
rua principal da cidade rumo à floresta. Alguns dos guardas os
seguiam secretamente, mas Eduard mais uma vez reparou.
Caminharam e entraram na floresta.
- Eron! O plano é simples.
- Que plano?! – Eron estava confuso.
- Cale a boca e escuta. – disse toscamente Eduard. – O plano é:
primeiro, ache o inimigo; segundo, prenda-o; terceiro, elimineo antes que ele possa pensar. No caso nós o achamos, eu o
prendo e você...
- Ok!
Os dois procuravam sorrateiramente. Escondidos ficaram
entre os arbustos e procuraram. Enfim acharam o tal cavaleiro
da morte, um ser com uma figura soturna, envolto num manto
negro. Provavelmente embaixo do manto havia uma armadura,
pois na sua face dava para ver um capacete de guerra
ornamentado com rúnicas antigas, e suas mãos também
estavam recobertas por metal. Tinha uma espada pendurada em
suas costas. Eduard sussurrou:
- Pronto?
- Pron... Pronto! – respondeu Eron.
Eduard continuou sussurrando:
- Terrae, aquae, tentades lígnea... – juntou as mãos e pressionou
no chão, surgiu o pentagrama. Em seguida brotou do chão
tentáculos de madeira, quatro deles que agilmente prendeu os
pés e as mãos do cavaleiro da morte.
- Vai, Eron! – gritou Eduard.
- Tonitrua... Eletriclly despare! – colocou o arco em modo de
ataque, mas foi lento. O cavaleiro da morte torou os tentáculos
de madeira que o prendia. Eron disparou, mas o cavaleiro
desviou, e a flecha elétrica colidiu com uma árvore mais ao
fundo causando uma grande explosão e tudo virou chamas.
- Que audaciosos! Atacar sem ao menos se apresentar. Gosto de
me lembrar do nome dos otários que enfrentei! – disse o
cavaleiro. – Bom, se vocês não se apresentam eu começo.
Klahador da 5ª ordem dos cavaleiros da morte. Agora é com
vocês. Se apresentem!
- Eduard Metzelder, o seu pesadelo derradeiro. – disse Eduard
com tom de arrogância.
- Eron Underwond, só Eron Underwond. – disse Eron.
- Um arrogante e um idiota pretendem me destruir? – perguntou
Klahador.
- Chega de conversa! – bradou Eduard e avançou para cima de
Klahador, que sacou sua espada e deflagrou um golpe. Eduard
desviou e tentou atingi-lo com mãos e pés. Eron avançou
também. Klahador brandiu a espada de modo que lançou um
jato de vento cortante, que arremessou Eron e Eduard contra as
árvores. Eduard sofreu alguns cortes leves.
- Terrae... Aquae... Tentades lígnea!!! – bradou Eduard.
Mais uma vez quatro tentáculos de madeira brotaram do
chão. Só que desta vez eles se movimentavam para atacar o
primeiro tentáculo que foi em direção a Klahador foi fatiado
por sua espada. Mais um tentáculo foi em sua direção e desta
vez Klahador pulou em cima do tentáculo e seguiu andando
nele. O tentáculo balançou e arremessou Klahador direto para o
chão. O cavaleiro era muito rápido e hábil, pois caiu em pé
juntamente com um movimento de espada e todos os tentáculos
estavam esmigalhados.
- Mas como?! – se perguntou Eduard.
O cavaleiro havia sumido. Isso parecia impossível. De
repente surgiu à frente de Eduard uma imensa mancha de
sangue que caiu no chão. O cavaleiro Klahador havia fincado a
sua espada no meio da barriga de Eduard. Klahador puxou a
sua espada e Eduard caiu no chão, quase inerte.
- Eduard! Não! – gritou Eron.
- Não adianta. Logo ele estará morto... É questão de tempo. –
disse Klahador.
Eron estava muito enfurecido, pois Eduard tinha se
tornado o seu amigo, seu companheiro, e agora estava à beira
da morte. Eron avançou.
- Tonitrua!!! Eletriclly despare!!! – bradou Eron.
O feixe de eletricidade foi em direção ao cavaleiro
Klahador que desviou por um triz. O feixe de eletricidade
colidiu em uma rocha que se despedaçou. Houve outra grande
explosão, só que desta vez a explosão atingia o cavaleiro
arremessando-o aos pés de Eron. As ondas elétricas pareciam
ter anestesiado o cavaleiro, que estava meio mole e babando ao
chão.
- O que... que...ah... houve?! – indagava o cavaleiro Klahador.
Eron concentrou energia nas mãos e a transformou em
eletricidade e começou a socar Klahador...
- Quanto mais você me bate com esses socos elétricos, mais eu
fico anestesiado. Não adianta de nada. Você nunca vai
conseguir me destruir sendo tão fraco.
- Eron... Eu tive uma ideia... – disse Eduard quase inconsciente.
- Não, Eduard, não fale. Isso pode te desgastar ainda mais. –
retrucou Eron.
- Cala-se. Deixe-me falar enquanto posso. Olhe para a
esquerda. Há uma lagoa. Jogue-o e lança na água sua descarga
máxima de energia. – disse Eduard. – Rápido!
Eron obedeceu. Puxou o cavaleiro até a lagoa e o jogou
dentro d’água enquanto ele praguejava algo. Concentrou
energia na palma de suas mãos. Transformou-a em eletricidade
e mergulhou as mãos na água aumentando ao máximo a carga
de eletricidade. A água começou a ficar avermelhada. De
repente estava toda tingida de vermelho. Eron desmaiou e caiu
inconsciente na água.
Eron acordou de supetão e avistou Eduard todo enfaixado
e sentado em uma janela.
- Onde estamos?! – indagou Eron.
- Que bom que você acordou. Estamos na casa de uns
camponeses que recolheram a gente no meio da mata.
- E o cavaleiro da morte? – Eron continuou indagando.
- Está morto. Na sala, é onde ele está.
Neste momento um homem gordinho adentrou o quarto.
- Que bom que você acordou. – disse o gordinho. – Deu um
trabalho e tanto tirar você e o outro de dentro do lago. Tive que
puxá-los com um galho de madeira.
- Obrigado pela ajuda senhor. – agradeceu Eron.
- Não foi nada. – respondeu o gordinho.
Os dois foram embora muito agradecidos logo após o
almoço. Levaram o cavaleiro da morte consigo, pois
precisavam provar que tinham destruído o desgraçado.
Caminharam, e chegaram à cidade. Todos ficaram muito
surpresos com a volta dos rapazes, ainda mais com o corpo do
cavaleiro. Foram até a Catedral e adentraram seus portões, e
chegaram na casa do Bispo.
- Aqui está o cavaleiro. Agora liberte o velho. – exigiu Eduard.
- Sim, como prometido. – disse o Bispo. – Guardas!
Dois guardas vieram ao seu chamado.
- Tragam o velhote até aqui. – bradou o Bispo.
- Sim, senhor! – responderam em coro os dois guardas.
Enquanto esperavam em silêncio, apreciavam o delicioso
som da harpa, na qual a deslumbrante garota tocava. Eron
adorou aqueles minutos. Os dois guardas chegaram trazendo o
velho. Em seguida o Bispo disse:
- Guardas. Eliminem o três agora!
Os guardas ficaram imóveis. Não podiam acreditar no que
ouviam.
- Senhor, acha certo eliminar os homens que nos salvaram? –
perguntou um dos guardas.
- Seu desgraçado! Não me desobedeça! A minha vontade é a
vontade de Deus! – bradou o Bispo.
- Não! – disse um dos guardas. – Deus não quer isto, nada
disso, muito menos o que vou fazer agora!
O guarda avançou com sua lança e perfurou o coração do
Bispo, que em seguida caiu no chão. O sangue escorria e já
havia formado uma poça.
- Acho melhor dar o fora daqui. – sugeriu Eduard.
- Concordo. – afirmou Eron.
Os dois já iam partir quando a garota disse:
- Será que eu poderia acompanhar vocês?
- Mas é claro. – disse Eron num incrível tom de felicidade. – Só
que estamos partindo agora.
- Não tem problema. Estou louca para sair daqui. – disse a
garota.
- Então vamos! – continuou Eron.
Os três partiram da cidade correndo. E depois de três
horas de caminhada eles pararam para descansar.
- É poderíamos saber qual o seu nome? – perguntou Eron.
- Meu nome é Lucy Bagshot. – respondeu a garota.
- Belo nome. – concluiu Eron. O meu nome é Eron Underwond.
- E o meu é Eduard. Eduard Metzelder.
- Eu vou ser o maior aventureiro deste mundo. – disse Eron.
- E para onde estamos indo? – perguntou Lucy.
- Valkyria. Nós estamos indo para Valkyria. – respondeu Eron.
E assim, os três partem para Valkyria sem saber o que os
espera nesta nova cidade, nesta incrível aventura.
POESIAS
História, começo, meio e fim
Ericson Victor
Ericson Vitor
Aprendi muito com o Projeto Cadmo. Conheci novas pessoas,
a exemplo do Prof. Jayme. Ler os melhores livros do mundo
como a história de Moby Dick. Gostei muito do Cadmo de
2010. Aqui conheci vários colegas que eu não vou esquecer.
Destino
Sobre cada tempo que termina
Falamos tudo de cada coisa
Terra com destino
Agente chega a mudar o destino
Acreditamos na sorte
Ou será coisa do destino
Destino ruim para mim
Sonhamos pouco usamos pesadelos
Sobre destino
Horrível termo sobre cada coisa
O que é amar o que será o ódio
Eu andava como um sonhador
Me encostei com um destino
Sobre uma luz a escuridão
Existem dez mil destinos em cada esquina.
Sino na catedral me diz porque será
Agente corre atrás do destino mas não encontra
Mesmo seguindo viagem tiro os pés do chão
Melhores Coisas
Minha cor
Minha estrela
Quinta letra do alfabeto
Será que a terra sem você teria razão
Mais linda que a luz
Brilha mais que o sol
Minha beija-flor
Minha adormecida
Para onde foi
Para onde foram pássaros?
Para onde foram galhos?
Para onde foram nuvens?
Para onde foi amor?
Minha cor branca
Deusa da realidade
Foi os seus anseios
Lindo rosto
Criado por deus
“Deus amigo de todos pai admirável”
Mandou ela pra mim
Minha deusa foi o seu olhar foi que me encantou
Só quero um amor maior que eu
Só hoje
Perto horizonte
Diga a verdade uma vez – o mundo acabou
Olho para o céu e vejo você
Minha garota
Eu só preciso ouvir sua voz...
23/08/2010
Bem longe
Me diga que você partiu
Será que a sua sombra está presente neste lugar
Achei que você seria uma imaginação e uma realidade
Aonde quer que eu vá levo você no olhar
Diga quem inventou o amor
Tenho tudo pra fazer você feliz
8 anos sem perdão
A loucura acha isso normal
Além do horizonte existe um lugar
A gente inventa a dor
Você me faz tão bem
Passamos nossa velha infância
Será que toda essa castanha vai acabar
Doces são seus lábios
Lua minguante
Acredito em mim mesmo
Eu me vendo para esconder a luz de você
Alcancei a liberdade
Será que o inverno acabou
Um lugar que não há pecado nem perdão
03/09/2010
História, começo, meio e fim.
História existe sem está dentro de todos
Mas a gente não sabe
O tempo mostra quem é quem
Gigantes trocam vidas por ouro
Pequenos trocam sabedoria por nada
Minha história acabou aqui
Rosto Inimigo
Dizem que eu sou um pobre diabo
Infelicidade encontramos fora de um tempo
Um mundo acabou para mim
Olho para um espelho
E vejo meu próprio inimigo
Usei o meu próprio medo
Para afastar a derrota de mim
Olhei todos olhei o horizonte
Longe, corre, do meu medo
Grande, sombra
Mundo digo perto de mim
Fotos
Precisei andar longe
Naquela praça
Chuvas, água
A dor é uma
Expressão, carros parados
Trem, parado o céu escuro
Olho o dia do julgamento
Sofre último dia da minha vida será
Algumas coisas são infelizes nesse mundo
Cai no penhasco digo amém
Fecho os olhos me arrependo de tudo
Leio a bíblia antes de morrer
“Tendes as Letras
que Cadmo ofertou.
Achais que era um presente
para escravos?”

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