PROJETO ESPORTE BRASIL. Manual de Aplicação de Medidas e

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PROJETO ESPORTE BRASIL. Manual de Aplicação de Medidas e
 PROJETO ESPORTE BRASIL. Manual de Aplicação de Medidas e Testes, Normas e Critérios de Avaliação. Porto Alegre – RS. Adroaldo Cezar Araujo Gaya 2009 PROJETO ESPORTE BRASIL PROESP Adroaldo Gaya (Coordenador do PROESP) 1. O QUE É O PROJETO ESPORTE BRASIL? É um programa que se desenvolve no âmbito da educação física escolar e esporte educacional com o objetivo de auxiliar os professores de educação física na avaliação dos indicadores de crescimento corporal, do estado nutricional, da aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho esportivo em crianças e jovens entre 7 a 17 anos. 2. QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DO PROJETO ESPORTE BRASIL? • Realizar intervenções na área da promoção da saúde através da proposição de um sistema de medidas e testes que possibilitam a avaliação dos indicadores de saúde associados ao gênero, a idade cronológica, ao crescimento corporal, ao estado nutricional e a aptidão física; • Realizar intervenções na área do esporte através da proposição de um programa de identificação de crianças e jovens com altas habilidades motoras capaz de viabilizar uma interface entre a educação física, o esporte educacional e o esporte de rendimento; • Constituir um banco de dados capaz de orientar estudos no sentido de sugerir diagnósticos e de propor normas e critérios de avaliação da população escolar brasileira no âmbito do crescimento corporal, do estatuto nutricional e da aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho motor; • Subsidiar o Observatório Permanente sobre o Desenvolvimento corporal, motor e da aptidão física de crianças e jovens brasileiros 3. A BATERIA DE MEDIDAS E TESTES PROESP O conjunto de medidas e testes do PROESP é constituído de instrumentos para medida do crescimento, do perfil nutricional e testes de aptidão física relacionados à saúde e ao desempenho esportivo. Contudo, considerando a realidade da imensa maioria das escolas brasileiras no que se refere à carência em sua estrutura física e a precária disponibilidade de materiais para as aulas de educação física e esporte educacional torna‐se necessário que tais instrumentos de medida e avaliação sejam acessíveis. Para tanto, é necessário que seus instrumentos sejam de muito baixo custo, que exijam o mínimo de materiais sofisticados e que sejam de fácil aplicação e aquisição. Não obstante, tais características referentes à simplicidade, praticidade e operacionalidade dos instrumentos de medidas e testes devem necessariamente estar vinculadas as exigências científicas que garantem a qualidade métrica de um sistema de avaliação. Em outras palavras há a exigência que as medidas e testes e seus respectivos instrumentos sejam válidos, fidedignos e objetivos. Ainda mais, é necessário que os instrumentos utilizados tenham relação com a cultura corporal da população a qual pretende atender e, não só, é importante que os critérios de avaliação sejam realmente estabelecidos a partir de estudos empíricos sobre a população que se deseja avaliar. A nossa experiência ao longo de 15 anos no PROESP, visitando, medindo e testando crianças e adolescentes em escolas nas capitais e no interior; escolas urbanas e rurais; escolas públicas e privadas; escolas pequenas, médias e grandes nos deixaram convictos que a importação de modelos de testes e medidas para a avaliação de crianças e jovens brasileiros não uma estratégia adequada. Nossas pesquisas têm demonstrado que em muitas variáveis corporais e motoras nossas crianças diferem de forma significativa dos padrões sugeridos em testes internacionais. Por exemplo: (a) as curvas de crescimento corporal de nossa população diferem em valores médios e nas fases de pico de crescimento dos padrões americanos. Os valores médios da população infanto‐juvenil brasileira dos dois sexos são mais elevados que os valores médios sugeridos pelo NCHS/CDC e, a maturação biológica ocorre precocemente na população brasileira em relação à população americana; (b) Como conseqüência desta constatação, os critérios de avaliação do Índice de Massa Corporal propostos, por exemplo, pelo Fitnessgram ficam inadequados aos nossos escolares. (c) Alguns testes sugeridos por programas internacionais são pouco relacionados à nossa cultura corporal do movimento humano e, em alguns casos, exige um período importante de aprendizagem por parte dos escolares, ou exigem materiais que não estão acessíveis aos professores das escolas mais modestas; (d) Os critérios de avaliação propostos internacionalmente para avaliação da aptidão física relacionada à saúde, da mesma forma não apresentam validade empírica para nossas crianças e adolescentes. Das observações acima, entre outras, se conclui pela relevância da proposição de um sistema de avaliação referenciada a população brasileira. Esta foi à motivação essencial na concepção do PROESP. A seleção das medidas e testes levou em consideração todos esses aspectos relacionados à nossa realidade cultural. Muitas medidas e testes foram experimentados nesse percurso de 15 anos. Mas o pressuposto se manteve: constituir uma bateria de medidas e testes que fosse válida, fidedigna, objetiva e, fundamentalmente acessível aos professores de educação física de todas as escolas e instituições do nosso Brasil. Portanto o que segue são informações sobre as medidas e testes do PROESP. Apresentamos um manual onde constam as instruções sobre aplicação dos testes, os critérios de cientificidade, as tabelas com os critérios de avaliação estratificados por idade cronológica e sexo e, informações sobre a as pesquisas que testaram a validade empírica dos critérios de avaliação. 4. APLICAÇÃO DA BATERIA DE MEDIDAS E TESTE SOMATOMOTORES DO PROESP‐BR BATERIA DE MEDIDAS E TESTES SOMATOMOTORES – PROESP ‐ BR Medidas corporais Massa corporal, estatura, envergadura e IMC Resistência geral Corrida de 6 ou 9 minutos Força‐resistência abdominal Sit Up em 1 minuto Flexibilidade Sentar‐e‐alcançar Força explosiva de membros inferiores Salto Horizontal Força explosiva de membros superiores Arremesso de Medicineball (2 Kg) Agilidade Teste do quadrado Velocidade Corrida de 20 metros 4.1 Ordens de aplicação das medidas e testes PROESP‐BR Com a finalidade de operacionalizar a aplicação do PROESP‐BR dividimos a bateria de medidas e testes somatomotores em dois grupos. As provas de sala e as provas de quadra (ou campo). No primeiro grupo constam as seguintes provas: (1) Massa corporal total, (2) Estatura, (3) Envergadura e (4) Flexibilidade. O motivo de serem realizadas preferencialmente em sala decorre do fato da exigência de que os escolares permaneçam descalços. Os testes de quadra ou campo são realizados em espaços livres com os escolares vestidos com roupas adequadas às praticas esportivas (calção ou agasalho, camiseta, e tênis). Os testes seguem a seguinte ordem: (5) Teste de resistência/força abdominal; (6) Teste de força explosiva de membros inferiores; (7) Teste de força explosiva de membros superiores (8) Teste de agilidade, (9) Teste de velocidade e; (10) Teste de resistência cardiovascular. 4.2 Instruções para aplicação da bateria PROESP‐BR 1. A Bateria PROESP‐BR é precedida por um breve aquecimento de 5 minutos conforme modelo apresentado em anexo. 2. Após o aquecimento, os alunos devem ser organizados em pequenos grupos, em ordem crescente (ou decrescente) de estatura. Esta estratégia tem o objetivo de facilitar a tarefa de medida quando se tem apenas uma trena para medir a envergadura. Dessa forma, ao colocar os alunos por ordem de estatura podemos dividi‐los em dois grupos que serão avaliados com a trena fixada a 1,20 m do solo para os alunos menores e 1,50 m para os alunos maiores. 3. Retiram seus calçados para as provas de sala. 4. Cada aluno recebe sua ficha individual de anotações a qual deverá ser entregue ao professor para os devidos registros das medidas e testes (modelo em anexo). 5. Encerradas as medidas e testes de sala, os alunos serão orientados a vestirem seus calçados e serão conduzidos aos testes de quadra ou campo seguindo a ordem proposta na Bateria PROESP‐BR. Medida da massa corporal Material: Uma balança com precisão de até 500 gramas Orientação: No uso de balanças o avaliador deverá ter em conta sua calibragem. Na utilização de balanças portáteis recomenda‐se sua calibragem prévia e repetir este procedimento a cada 8 a 10 medições. Sugere‐se a utilização de um peso padrão previamente conhecido para calibrar a balança. Anotação: A medida deve ser anotada em quilogramas com a utilização de uma casa decimal. Medida da estatura Material: Estadiômetro, ou trena métrica, ou fita métrica com precisão até 2 mm. Orientação: Na utilização de fita métrica, considerando que normalmente ela têm 1,50 metros de comprimento, aconselha‐se fixá‐la na parede a 1 metro do solo e estendê‐la de baixo para cima. Neste caso o avaliador não poderá esquecer‐se de acrescentar 1 metro (distância do solo a fita) ao resultado medido na fita métrica. Para a leitura da estatura deve ser utilizado um dispositivo em forma de esquadro. Deste modo um dos lados do esquadro é fixado à parede e o lado perpendicular à cabeça do sujeito avaliado. Este procedimento elimina erros decorrentes das possíveis inclinações de instrumentos tais como réguas ou pranchetas quando livremente apoiados apenas sobre a cabeça do sujeito avaliado. Anotação: A medida da estatura é anotada em centímetros com uma casa decimal. Medida do Índice de Massa Corporal (IMC) Orientação: É determinado através do cálculo da razão entre a medida de massa corporal total em quilogramas pela estatura em metros elevada ao quadrado. IMC= Massa (Kg)/ estatura (m)2 Anotação: A medida é anotada com uma casa decimal. Medida da envergadura Material: Trena métrica com precisão de 2mm. Orientação: Sobre uma parede lisa, de preferência sem rodapé, fixa‐se a trena métrica paralelamente ao solo a uma altura de 1,20 metros para os alunos menores e 1,50 m para os alunos maiores. O aluno posiciona‐se em pé, de frente para a parede, com os braços em abdução em 90 graus em relação ao tronco. Os cotovelos devem estar estendidos e os antebraços supinados. O aluno deverá posicionar a extremidade do dedo médio esquerdo no ponto zero da trena, sendo medida a distância até a extremidade do dedo médio direito. Anotação: A medida é registrada em centímetros com uma casa decimal. Teste de Flexibilidade (sentar‐e‐alcançar com o Banco de Wells) Material: Utilize um banco com as seguintes características: a) um cubo construído com peças de 30 x 30 cm; b) uma peça tipo régua de 53 cm de comprimento por 15 cm de largura; c) escreva na régua uma graduação ou cole sobre ela uma trena métrica entre 0 a 53 cm; d) coloque a régua no topo do cubo na região central fazendo com que a marca de 23 cm fique exatamente em linha com a face do cubo onde os alunos apoiarão os pés. Orientação: Os alunos devem estar descalços. Sentam‐se de frente para a base da caixa, com as pernas estendidas e unidas. Colocam uma das mãos sobre a outra e elevam os braços à vertical. Inclinam o corpo para frente e alcançam com as pontas dos dedos das mãos tão longe quanto possível sobre a régua graduada, sem flexionar os joelhos e sem utilizar movimentos de balanço (insistências). Cada aluno realizará duas tentativas. O avaliador permanece ao lado do aluno, mantendo‐lhe os joelhos em extensão. Anotação: O resultado é medido a partir da posição mais longínqua que o aluno pode alcançar na escala com as pontas dos dedos. Registra‐se o melhor resultado entre as duas execuções com anotação em uma casa decimal. Teste de Flexibilidade (Sentar‐e‐alcançar sem o Banco de Wells) Material: Fita métrica e fita adesiva Orientação: Os alunos devem estar descalços. Estenda uma fita métrica no solo. Na marca de 38,1 cm desta fita coloque um pedaço de fita adesiva de 45 cm em perpendicular à fita métrica. A fita adesiva deve fixar a fita métrica no solo. O sujeito a ser avaliado senta‐se com a extremidade zero da fita métrica entre as pernas. Os calcanhares devem quase tocar a fita adesiva na marca dos 38,1cm e estarem separados cerca de 30 cm. Com os joelhos estendidos e as mãos sobrepostas, o avaliado inclina‐se lentamente e estende as mãos para frente o mais distante possível. O avaliado deve se manter nesta posição o tempo suficiente para a distância ser anotada pelo avaliador. Anotação: O resultado é medido em cm a partir da posição mais longínqua que o aluno pode alcançar na escala com as pontas dos dedos. Registra‐se o melhor resultado entre duas execuções com anotação em uma casa decimal. Teste de força‐resistência (abdominal) Material: colchonetes de ginástica e cronômetro. Orientação: O sujeito avaliado posiciona‐se em decúbito dorsal com os joelhos flexionados a 45 graus e com os braços cruzados sobre o tórax. O avaliador, com as mãos, segura os tornozelos do estudante fixando‐os ao solo. Ao sinal o aluno inicia os movimentos de flexão do tronco até tocar com os cotovelos nas coxas, retornando a posição inicial (não é necessário tocar com a cabeça no colchonete a cada execução). O avaliador realiza a contagem em voz alta. O aluno deverá realizar o maior número de repetições completas em 1 minuto. Anotação: O resultado é expresso pelo número de movimentos completos realizados em 1 minuto. Teste força explosiva de membros inferiores (salto horizontal) Material: Uma trena e uma linha traçada no solo. Orientação: A trena é fixada ao solo, perpendicularmente à linha de partida. A linha de partida pode ser sinalizada com giz, com fita crepe ou ser utilizada uma das linhas que demarcam as quadras esportivas. O ponto zero da trena situa‐se sobre a linha de partida. O avaliado coloca‐se imediatamente atrás da linha, com os pés paralelos, ligeiramente afastados, joelhos semi‐flexionados, tronco ligeiramente projetado à frente. Ao sinal o aluno deverá saltar a maior distância possível aterrissando com os dois pés em simultâneo. Serão realizadas duas tentativas, registrando‐se o melhor resultado. Anotação: A distância do salto será registrada em centímetros, com uma decimal, a partir da linha traçada no solo até o calcanhar mais próximo desta. Teste de força explosiva de membros superiores (arremesso do medicineball) Material: Uma trena e um medicineball de 2 kg (ou saco de areia com 2 kg) Orientação: A trena é fixada no solo perpendicularmente à parede. O ponto zero da trena é fixado junto à parede. O aluno senta‐se com os joelhos estendidos, as pernas unidas e as costas completamente apoiadas à parede. Segura a medicineball junto ao peito com os cotovelos flexionados. Ao sinal do avaliador o aluno deverá lançar a bola à maior distância possível, mantendo as costas apoiadas na parede. A distância do arremesso será registrada a partir do ponto zero até o local em que a bola tocou ao solo pela primeira vez. Serão realizados dois arremessos, registrando‐se o melhor resultado. Sugere‐se que a medicineball seja banhada em pó branco ou umedecida para facilitar a identificação precisa do local onde tocou pela primeira vez ao solo. Anotação: A medida será registrada em centímetros com uma casa decimal. Teste de agilidade (teste do quadrado) Material: um cronômetro, um quadrado desenhado em solo antiderrapante com 4m de lado, 4 cones de 50 cm de altura ou 4 garrafas de refrigerante de 2 L do tipo PET1. Orientação: O aluno parte da posição de pé, com um pé avançado à frente imediatamente atrás da linha de partida. Ao sinal do avaliador, deverá deslocar‐se até o próximo cone em direção diagonal. Na seqüência, corre em direção ao cone à sua esquerda e depois se desloca para o cone em diagonal (atravessa o quadrado em diagonal). Finalmente, corre em direção ao último cone, que corresponde ao ponto de partida. O aluno deverá tocar com uma das mãos cada um dos cones que demarcam o percurso. O cronômetro deverá ser acionado pelo avaliador no momento em que o avaliado realizar o primeiro passo tocando com o pé o interior do quadrado. Serão realizadas duas tentativas, sendo registrado o melhor tempo de execução. Anotação: A medida será registrada em segundos e centésimos de segundo (duas casas após a vírgula). Teste de velocidade de deslocamento (corrida de 20 metros) Material: Um cronômetro e uma pista de 20 metros demarcada com três linhas paralelas no solo da seguinte forma: a primeira (linha de partida); a segunda, distante 20m da primeira (linha de cronometragem) e a terceira linha, marcada a um metro da segunda (linha de chegada). A terceira linha serve como referência de chegada para o aluno na tentativa de evitar que ele inicie a desaceleração antes de cruzar a linha de cronometragem. Dois cones para a sinalização da primeira e terceira linhas. Orientação: O estudante parte da posição de pé, com um pé avançado à frente imediatamente atrás da primeira linha (linha de partida) e será informado que deverá cruzar a terceira linha (linha de chegada) o mais rápido possível. Ao sinal do avaliador, o aluno deverá deslocar‐se, o mais rápido possível, em direção à linha de chegada. O avaliador deverá acionar o cronômetro no momento em que o avaliado ao dar o primeiro passo toque o solo pela primeira vez com um dos pés além da linha de partida. O cronômetro será travado quando o aluno ao cruzar a segunda linha (linha de cronometragem) tocar pela primeira vez ao solo. Anotação: O cronometrista registrará o tempo do percurso em segundos e centésimos de segundos (duas casas após a vírgula). Teste de Capacidade Cardiorespiratória (6 ou 9 minutos) Material: Local plano com marcação do perímetro da pista. Cronômetro e ficha de registro. Sugere‐se a utilização de material numerado para fixar às costas dos alunos identificando‐os claramente para que o avaliador possa realizar o controle do número de voltas. Trena métrica. Orientação: Divide‐se os alunos em grupos adequados às dimensões da pista. Observa‐
se a numeração dos alunos na organização dos grupos, facilitando assim o registro dos anotadores. Tratando‐se de estudantes com cabelos longos, observa‐se o comprimento dos cabelos para assegurar que o número às costas fique visível. Informa‐se aos alunos sobre a execução correta do testes dando ênfase ao fato de que devem correr o maior tempo possível, evitando piques de velocidade intercalados por longas caminhadas. Informa‐se que os alunos não deverão parar ao longo do trajeto e 1
Testes de fidedignidade foram realizados com garrafas do tipo PET em relação aos cones de
50cm tendo sido encontrado índices de correlação intra-classe 0,93.
que se trata de um teste de corrida, embora possam caminhar eventualmente quando sentirem‐se cansados. Durante o teste, informa‐se ao aluno a passagem do tempo aos 3, 5 e 8 minutos (“Atenção: falta 1 minuto!”) no teste dos 9 minutos e 2, 4 e 5 (“Atenção: falta 1 minuto) no teste dos 6 minutos. Ao final do teste soará um sinal (apito) sendo que os alunos deverão interromper a corrida, permanecendo no lugar onde estavam (no momento do apito) até ser anotada ou sinalizada a distância percorrida. Todos os dados serão anotados em fichas próprias devendo estar identificado cada aluno de forma inequívoca. Sugere‐se que o avaliador calcule previamente o perímetro da pista e durante o teste anote apenas o número de voltas de cada aluno. Desta forma, após multiplicar o perímetro da pista pelo número de voltas de cada aluno deverá complementar com a adição da distância percorrida entre a última volta completada e o ponto de localização do aluno após a finalização do teste. Anotação: Os resultados serão anotados em metros com aproximação às dezenas. 5. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE (APFS) A ApFS envolve componentes associados à prevenção e a redução dos riscos de doenças, como também pela maior disposição para as atividades da vida diária. Os componentes da ApFS da bateria PROESP incluem testes da função cardiorrespiratória (teste de corrida/caminhada de 6 ou 9 minutos), composição corporal (IMC) e testes da função músculo‐esquelético: testes de flexibilidade (sentar‐
e‐alcançar) e força/resistência abdominal (sit‐up). A ApFS é definida operacionalmente por avaliação criterial. Ou seja, através de pesquisas empíricas realizadas no âmbito do PROESP‐BR com a população infanto‐
juvenil brasileira demonstrou‐se que: 1. há associação entre baixos níveis de aptidão física cardiorrespiratória (teste dos 9 minutos) e níveis elevados de IMC com a ocorrência de fatores de risco tais como níveis elevados de colesterol, pressão arterial e obesidade (Bergmann, 2009; Moreira, 2009 e Silva (2009); 2. há associação entre baixos níveis de flexibilidade e resistência abdominal (sentar‐e‐alcançar e sit‐up) com a ocorrência de desvios posturais e queixas de dor nas costas (Lemos, 2007); 3. há determinados níveis de aptidão física em crianças e adolescentes estratificados por idade e sexo (pontos de corte), tanto para o teste de 6 e 9 minutos, IMC, sentar‐e‐alcançar e sit‐up que se associam com a ocorrência dos fatores de risco aumentado. (Bergmann, 2008; Moreira 2008, Lemos 2007). Portanto, tendo em vista essas evidências científicas o PROESP‐BR sugere critérios de avaliação para os testes de ApFS conforme as tabelas abaixo: IMC para rapazes e moçcas Índice de Massa Corporal Idade Rapazes Moças 7 17,8 17,1 8 19,2 18,2 9 19,3 19,1 10 20,7 20,9 11 22,1 22,3 12 22,2 22,6 13 22,0 22,0 14 22,2 22,0 15 23,0 22,4 16 24,0 24,0 17 25,4 24,0 Consideram‐se valores abaixo dos pontos de corte como parâmetros de normalidade. Os valores superiores aos pontos de corte configuram‐se como indicadores de risco à presença de níveis elevados de colesterol e pressão arterial, além da provável ocorrência de obesidade. Teste de 9 minutos para rapazes e moçcas Teste dos 9 minutos Idade Rapazes Moças 7 1157 1090 8 1157 1101 9 1174 1103 10 1208 1157 11 1384 1179 12 1425 1210 13 1500 1210 14 1560 1220 15 1634 1240 16 1660 1256 17 1660 1256 Lorenzi (2006) evidenciou níveis elevados de associação entre os testes de 9 minutos, 6 minutos e volume máximo de oxigênio em ml(kg.min)‐0.67. Por suposto conclui‐se que o teste de 9 minutos é capaz de predizer com alta fidedignidade o desempenho no teste dos 6 minutos. Com base nestas evidências Lorenzi desenvolveu equações que permitem predizer os resultados do teste dos 6 minutos a partir do teste dos 9 minutos2. Sendo assim, o PROESP‐BR sugere que avaliação da capacidade cardiorrespiratória também possa ser realizada, de forma alternativa, através do teste de corrida/caminhada dos 6 minutos sendo avaliada conforme os pontos de corte sugeridos pela tabela abaixo. Teste dos 6 minutos Idade Rapazes Moças 7 768 715 8 768 715 9 820 780 10 856 820 11 955 915 12 996 960 13 1050 1015 14 1100 1060 15 1155 1120 16 1190 1160 17 1190 1160 Consideram‐se os valores abaixo dos pontos de corte como indicadores de risco à presença de níveis elevados de colesterol e pressão arterial, além da provável ocorrência de obesidade. Os valores acima dos pontos de corte são considerados com níveis desejados de ApRS. Teste de flexibilidade (sentar‐e‐alcançar com Banco de Wells) Idade Rapazes Moças 7 22 18 8 22 18 9 22 18 10 22 18 11 21 18 12 19 18 13 18 18 14 18 20 15 19 20 16 20 20 17 20 20 2
Equações de predição de Lorenzi (2006) para o teste de 6 minutos a partir do teste dos 9
minutos:
Feminino: d (6min)= 78,39 +(d em 9min X 0,378) + (idade X 28,48)
Masculino: d (6min) =104,51+(d em 9min X 0,437) + (idade X 22,40)
Moreira et al. (2009) detectaram níveis elevados de associação entre o teste de sentar‐e‐alcançar com e sem a utilização do Banco de Wells, conforme descrito na metodologia do PROESP‐BR. A partir dessas constatações os autores, considerando três fases de desenvolvimento corporal (pré‐púberes, púberes e pós‐púberes) sugeriam equações para predizer o resultado do teste com banco a partir do teste sem banco3. Considerando estas informações o PROESP‐BR sugere o teste de sentar‐e‐
alcançar sem banco de Wells como alternativa para avaliação da flexibilidade conforme os pontos de corte da tabela seguinte. Teste de flexibilidade (sentar‐e‐alcançar sem Banco de Wells) Idade Rapazes Moças 7 29,3 21,4 8 29,3 21,4 9 29,3 21,4 10 29,4 23,5 11 27,8 23,5 12 24,7 23,5 13 23,1 23,5 14 22,9 24,3 15 24,3 24,3 16 25,7 24,3 17 25,7 24,3 Consideram‐se os valores abaixo dos pontos de corte como indicadores de risco à ocorrência de desvios posturais e queixa de dores nas costas. Os valores acima dos pontos de corte são considerados com níveis desejados de ApRS. 3
Equações de Moreira et al. (2009) para predição da flexibilidade no teste de “sentar-ealcançar sem Banco de Wells” a partir do teste com Banco de Wells.
Grupos (idades)
Masculino
Feminino
“1” (7-10)
0.581 x SB + 4.923
0.545 x SB + 6.322
“2” (11-13)
0.638 x SB + 3.220
0.692 x SB + 1.727
“3” (14-17)
0.717 x SB + 1.517
0.668 x SB + 3.748
Teste de força/resistência abdominal (sit‐up). Idade Rapazes Moças 7 20 20 8 20 20 9 22 20 10 22 20 11 25 20 12 30 20 13 35 23 14 35 23 15 35 23 16 40 23 17 45 23 Resultados inferiores aos pontos de corte indicam a probabilidade aumentada de Indicadores de Risco à presença de desvios posturais e queixas de dor nas costas. Os valores iguais e acima dos pontos de corte sugerem Níveis desejados de ApRS. 6. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA AO DESEMPENHO MOTOR (APFDM). As capacidades funcionais motoras se referem ao desenvolvimento das qualidades da aptidão física tais como a força, velocidade, agilidade, potência aeróbia4. Tais componentes diferem consideravelmente dos componentes da ApFS posto que estão, em grande escala, determinados geneticamente. A relevância da avaliação das componentes da ApFDM deve‐se a sua importante intervenção no âmbito do desempenho de habilidades esportivas. Presume‐se que a prática esportiva, mais ou menos qualificada, exige bons índices de desempenho nestas componentes motoras. Assim, no âmbito da educação física escolar e esporte educacional, torna‐se importante que o professor inclua em seu plano de ensino estratégias pedagógicas para o aprimoramento dessas qualidades proporcionando a seus alunos pré‐condições para que possam usufruir uma prática esportiva de lazer qualificada e prazerosa. O PROESP‐BR propõe avaliar além da potência aeróbica as seguintes componentes: força explosiva de membros inferiores (salto horizontal), força explosiva de membros superiores (arremesso do medicineball de 2 Kg); agilidade (quadrado) e velocidade de deslocamento (20 metros). A operacionalização da ApFDM no PROESP‐BR efetiva‐se por avaliação normativa (ver quadro abaixo). A avaliação normativa ou por normas utiliza uma escala percentílica que permite avaliar o desempenho de um sujeito em relação a seu próprio grupo. Em outras palavras, a avaliação normativa permite a localização de um determinado sujeito numa determinada competência ou característica no seio de seu próprio grupo ou população de origem. No PROESP‐BR as normas são sugeridas a partir do dos dados nacionais e são avaliadas a partir de categorias referentes à expectativa de padrões de desempenho conforme tabela abaixo. Valores em percentis Expectativa de Padrão de Desempenho 40 40 ‐ 60 60 ‐ 80 80 ‐ 98 98 Fraco Razoável Bom Muito Bom Excelência 4
A potência aeróbia é incluída nos testes de ApFDM por constituir-se numa variável
determinante em esportes com exigências de longa duração.
Força explosiva de membros superiores (arremesso do medicineball) MASCULINO Normas de referência para a avaliação da força explosiva de membros superiores dos rapazes – Arremesso do medicinebal. Idade Fraco Razoável Bom M.Bom Excelência Sexo 7 < 164 164 ‐ 179 180 ‐ 201 202 ‐ 249 >= 250 8 < 180 180 ‐ 199 200 ‐ 224 225 ‐ 269 >= 270 9 < 200 200 ‐ 219 220 ‐ 249 250‐ 299 >= 300 10 < 212 213 ‐ 239 240 ‐ 269 270 ‐ 329 >= 330 11 < 238 238 ‐ 260 261 ‐ 293 294 ‐ 361 >= 362 12 < 264 264 ‐ 296 297 ‐ 329 330 ‐ 422 >= 423 13 < 300 300 ‐ 339 340 ‐ 389 390 ‐ 499 >= 500 14 < 350 350 ‐ 399 400 ‐ 449 450 ‐ 561 >= 562 15 < 400 400 ‐ 439 440 ‐ 499 500 ‐ 608 >= 609 16 < 453 453 ‐ 499 500 ‐ 552 553 ‐ 699 >= 700 17 < 480 480 ‐ 521 520 ‐ 589 590 ‐ 689 >= 690 FEMININO Normas de referência para a avaliação da força explosiva de membros superiores das moças – Arremesso do medicinebal. Sexo Idade Fraco Razoável Bom M.Bom Excelência 7 < 153 153 ‐ 161 162 ‐ 179 180 ‐ 216 >= 217 8 < 167 167 ‐ 184 185 ‐ 199 200 ‐ 246 >= 247 9 < 185 185 ‐ 200 201 ‐ 225 226 ‐ 279 >= 280 10 < 200 200 ‐ 219 220 ‐ 244 245 ‐ 301 >= 302 11 < 220 220 ‐ 246 247 ‐ 276 275 ‐ 329 >= 330 12 < 241 241 ‐ 269 270 ‐ 299 300 ‐ 369 >= 370 13 < 265 265 ‐ 294 295 ‐ 322 323 ‐ 399 >= 400 14 < 280 280 ‐ 309 310 ‐ 343 344 ‐ 417 >= 418 15 < 300 300 ‐ 329 330 ‐ 359 360 ‐ 429 >= 430 16 < 320 320 ‐ 339 340 ‐ 369 370 ‐ 449 >= 450 17 < 310 310 ‐ 339 340 ‐ 374 375 ‐ 440 >= 441 Força explosiva de membros inferiores (salto em distância) MASCULINO Normas de referência para a avaliação da força explosiva de membros inferiores dos rapazes – Salto em distância. Sexo Idade Fraco Razoável Bom M.Bom Excelência 7 < 111 111 ‐ 121 122 ‐ 133 134 ‐ 159 >= 160 8 < 118 118 ‐ 127 128 ‐ 139 140 ‐ 165 >= 166 9 < 129 129 ‐ 139 140 ‐ 151 152 ‐ 178 >= 179 10 < 135 135 ‐ 146 147 ‐ 157 158 ‐ 187 >= 188 11 < 140 140 ‐ 151 152 ‐ 164 165 ‐ 191 >= 192 12 < 149 149 ‐ 159 160 ‐ 173 174 ‐ 203 >= 204 13 < 159 159 ‐ 169 170 ‐ 184 185 ‐ 216 >= 217 14 < 170 170 ‐ 183 184 ‐ 199 200 ‐ 230 >= 231 15 < 180 180 ‐ 193 194 ‐ 209 210 ‐ 242 >= 243 16 < 186 186 ‐ 199 200 ‐ 214 215 ‐ 248 >= 249 17 < 186 186 ‐ 203 204 ‐ 219 220 ‐ 250 >= 251 FEMININO Normas de referência para a avaliação da força explosiva de membros inferiores das moças – Salto em distância. Sexo Idade Fraco Razoável Bom M.Bom Excelência 7 < 94 94 ‐ 105 106 ‐ 115 116 ‐ 146 >= 147 8 < 105 105 ‐ 112 113 ‐ 126 127 ‐ 152 >= 153 9 < 116 116 ‐ 126 127 ‐ 139 140 ‐ 165 >= 166 10 < 123 123 ‐ 133 134 ‐ 145 146 ‐ 173 >= 174 11 < 127 127 ‐ 137 138 ‐ 149 150 ‐ 179 >= 180 12 < 130 130 ‐ 140 141 ‐ 154 155 ‐ 184 >= 185 13 < 133 133 ‐ 144 145 ‐ 159 160 ‐ 189 >= 190 14 < 134 134 ‐ 146 147 ‐ 160 161 ‐ 198 >= 199 15 < 135 135 ‐ 147 148 ‐ 162 163 ‐ 198 >= 199 16 < 131 131 ‐ 142 143 ‐ 158 159 ‐ 191 >= 192 17 < 121 121 ‐ 134 135 ‐ 152 153 ‐ 189 >= 190 Teste de agilidade (quadrado) MASCULINO Normas de referência para a avaliação da agilidade dos rapazes. Sexo Idade Excelência
M.Bom
Bom
7 <= 6,09
6,08 – 7,00
7,01 ‐ 7,43
8 <= 5,97
5,98 ‐ 6,78
6,79 ‐ 7,20
9 <= 5,81
5,82 ‐ 6,50
6,51 ‐ 6,89
10 <= 5,58
5,59 ‐ 6,25
6,26 ‐ 6,66
11 <= 5,39
5,40 ‐ 6,10
6,11 ‐ 6,50
12 <= 5,17
5,18 ‐ 6,00
6,01 ‐ 6,34
13 <= 5,00
5,01 ‐ 5,86
5,87 ‐ 6,16
14 <= 5,00
5,01 ‐ 5,69
5,70 ‐ 6,00
15 <= 4,91
4,92 ‐ 5,59
5,60 ‐ 5,99
16 <= 4,90
4,91 ‐ 5,42
5,43 ‐ 5,75
17 <= 4,90
4,91 ‐ 5,43
5,44 ‐ 5,75
Razoável 7,44 ‐ 7,76 7,21 ‐ 7,59 6,90 ‐ 7,19 6,67 ‐ 7,00 6,51 ‐ 6,87 6,35 ‐ 6,70 6,17 ‐ 6,53 6,01 ‐ 6,37 6,00 ‐ 6,26 5,76 ‐ 6,10 5,76 ‐ 6,03 Fraco
> 7,76
> 7,59
> 7,19
> 7,00
> 6,87
> 6,70
> 6,54
> 6,37
> 6,26
> 6,10
> 6,03
FEMININO Normas de referência para a avaliação da agilidade das moças. Sexo Idade Excelência
M.Bom
Bom
7 <= 6,56
6,57 ‐ 7,56
7,57 ‐ 8,00
8 <= 6,40
6,41 ‐ 7,22
7,23 ‐ 7,59
9 <= 6,03
6,04 ‐ 6,89
6,90 ‐ 7,25
10 <= 5,88
5,89 ‐ 6,60
6,61 ‐ 7,00
11 <= 5,72
5,73 ‐ 6,49
6,50 ‐ 6,90
12 <= 5,63
5,64 ‐ 6,36
6,37 ‐ 6,80
13 <= 5,57
5,58 ‐ 6,28
6,29 ‐ 6,70
14 <= 5,49
5,50 ‐ 6,22
6,23 ‐ 6,68
15 <= 5,33
5,34 ‐ 6,19
6,20 ‐ 6,66
16 <= 5,41
5,42 ‐ 6,15
6,16 ‐ 6,55
17 <= 5,54
5,55 ‐ 6,22
6,23 ‐ 6,58
Razoável 8,01 ‐ 8,41 7,60 ‐ 7,98 7,26 ‐ 7,63 7,01 ‐ 7,35 6,91 ‐ 7,24 6,81 ‐ 7,17 6,71 ‐ 7,10 6,69 ‐ 7,03 6,67 ‐ 7,00 6,56 ‐ 6,94 6,59 ‐ 7,00 Fraco
> 8,41
> 7,98
> 7,63
> 7,35
> 7,24
> 7,17
> 7,10
> 7,03
> 7,00
> 6,94
> 7,00
Teste de velocidade (20 metros) Razoável 4,43 ‐ 4,62 4,22 ‐ 4,47 4,10 ‐ 4,31 3,99 ‐ 4,15 3,87 ‐ 4,03 3,75 ‐ 3,96 3,61 ‐ 3,81 3,47 ‐ 3,67 3,39 ‐ 3,60 3,32 ‐ 3,50 3,31 ‐ 3,53 Fraco > 4,63 > 4,47 > 4,31 > 4,15 > 4,03 > 3,96 > 3,81 > 3,67 > 3,60 > 3,50 > 3,53 Normas de referência para a avaliação da velocidade das moças. Sexo Idade Excelência M.Bom Bom 7 <= 3,90 3,91 ‐ 4,47 4,48 ‐ 4,77 8 <= 3,87 3,88 ‐ 4,27 4,28 ‐ 4,53 9 <= 3,55 3,56 ‐ 4,00 4,01 ‐ 4,28 10 <= 3,43 3,44 ‐ 3,97 3,98 ‐ 4,16 11 <= 3,29 3,30 ‐ 3,87 3,88 ‐ 4,09 12 <= 3,07 3,08 ‐ 3,78 3,79 ‐ 4,00 13 <= 3,00 3,01 ‐ 3,71 3,72 ‐ 3,98 14 <= 3,00 3,01 ‐ 3,70 3,71 ‐ 3,97 15 <= 3,05 3,06 ‐ 3,72 3,73 ‐ 4,00 16 <= 3,24 3,25 ‐ 3,70 3,71 ‐ 4,00 17 <= 3,16 3,17 ‐ 3,79 3,80 ‐ 4,07 Razoável 4,78 ‐ 5,07 4,54 ‐ 4,75 4,29 ‐ 4,54 4,17 ‐ 4,41 4,10 ‐ 4,31 4,01 ‐ 4,25 3,99 ‐ 4,19 3,98 ‐ 4,21 4,01 ‐ 4,25 4,01 ‐ 4,23 4,08 ‐ 4,32 Fraco > 5,07 > 4,75 > 4,54 > 4,41 > 4,31 > 4,25 > 4,19 > 4,21 > 4,25 > 4,23 > 4,32 MASCULINO Normas de referência para a avaliação da velocidade dos rapazes. Sexo Idade Excelência M.Bom Bom 7 <= 3,65 3,66 ‐ 4,12 4,13 ‐ 4,42 8 <= 3,50 3,51 ‐ 4,00 4,01 ‐ 4,21 9 <= 3,15 3,16 ‐ 3,88 3,89 ‐ 4,09 10 <= 3,07 3,08 ‐ 3,74 3,75 ‐ 3,98 11 <= 3,00 3,01 ‐ 3,62 3,63 ‐ 3,86 12 <= 3,00 3,01 ‐ 3,50 3,51 ‐ 3,74 13 <= 3,00 3,01 ‐ 3,37 3,38 ‐ 3,60 14 <= 2,90 2,91 ‐ 3,23 3,24 ‐ 3,46 15 <= 2,87 2,88 ‐ 3,16 3,17 ‐ 3,38 16 <= 2,78 2,79 ‐ 3,12 3,13 ‐ 3,31 17 <= 2,72 2,73 ‐ 3,12 3,13 ‐ 3,30 FEMININO Teste de resistência (9 minutos) M.Bom 1289 ‐ 1514 1362 ‐ 1661 1509 ‐ 1808 1560 ‐ 1898 1600 ‐ 1920 1664 ‐ 2014 1745 ‐ 2114 1810 ‐ 2182 1881 ‐ 2275 1890 ‐ 2388 1830 ‐ 2310 Excelência
>=1515 >=1662 >=1809 >=1899 >=1921 >=2015 >=2115 >=2183 >=2276 >=2389 >=2311 Normas de referência para a avaliação da resistância geral das moças. Sexo Idade Fraco Razoável
Bom
7
< 992 992 ‐ 1071
1072 ‐ 1194
8
< 1040 1040 ‐ 1133
1134 ‐ 1249
9
< 1100 1100 ‐ 1204
1205 ‐ 1339
10
< 1111 1111 ‐ 1240
1241 ‐ 1377
11
<1140 1140 ‐ 1259
1260 ‐ 1397
12
< 1150 1150 ‐ 1272
1273 ‐ 1422
13
< 1160 1160 ‐ 1286
1287 ‐ 1449
14
< 1171 1171 ‐ 1296
1297 ‐ 1447
15
< 1188 1188 ‐ 1304
1305 ‐ 1451
16
< 1155 1155 ‐ 1259
1260 ‐ 1378
17
< 1110 1110 ‐ 1217
1218 ‐ 1324
M.Bom 1195 ‐ 1519 1250 ‐ 1505 1340 ‐ 1668 1378 ‐ 1761 1398 ‐ 1722 1423 ‐ 1749 1450 ‐ 1799 1448 ‐ 1818 1452 ‐ 1849 1379 ‐ 1644 1325 ‐ 1703 Excelência
>=1520 >=1506 >=1669 >=1762 >=1723 >=1750 >=1800 >=1819 >=1850 >=1645 >=1704 MASCULINO Normas de referência para a avaliação da resistência geral dos rapazes. Sexo Idade Fraco Razoável
Bom
7
< 1082 1082 ‐ 1199
1200 ‐ 1288
8
< 1120 1120 ‐ 1241
1242 ‐ 1361
9
< 1230 1230 ‐ 1355
1356 ‐ 1508
10
< 1260 1260 ‐ 1403
1404 ‐ 1559
11
< 1290 1290 ‐ 1435
1436 ‐ 1599
12
< 1352 1352 ‐ 1499
1500 ‐ 1663
13
< 1417 1417 ‐ 1569
1570 ‐ 1744
14
< 1487 1487 ‐ 1639
1640 ‐ 1809
15
< 1556 1556 ‐ 1707
1708 ‐ 1880
16
< 1574 1574 ‐ 1730
1731 ‐ 1889
17
< 1535 1535 ‐ 1679
1680 ‐ 1329
FEMININO Teste de resistência geral (predição para 6 minutos) Excelência
>=924 >=1010 >=1097 >=1158 >=1190 >=1255 >=1320 >=1372 >=1435 >=1505 >=1505 Normas de referência para a avaliação da resistência geral dos rapazes. Sexo Idade Fraco Razoável
Bom
M.Bom 7
< 652 652 ‐ 682
683 ‐ 729
730 ‐ 851 8
< 700 700 ‐ 734
735 ‐ 777
778 ‐ 874 9
< 750 750 ‐ 789
790 ‐ 840
841 ‐ 965 10 < 783 783 ‐ 831
832 ‐ 883
884 ‐ 1026 11 < 822 822 ‐ 867
868 ‐ 919
920 ‐ 1042 12 < 855 855 ‐ 900
901 ‐ 957
958 ‐ 1080 13 < 887 887 ‐ 934
935 ‐ 996
997 ‐ 1128 14 < 920 920 ‐ 966
967 ‐ 1023
1024 ‐ 1163 15 < 955 955 ‐ 999
1000 ‐ 1043
1044 ‐ 1204 16 < 970 970 ‐ 1009
1010 ‐ 1054
1055 ‐ 1155 17 < 982 982 ‐ 1022
1023 ‐ 1062
1063 ‐ 1206 Excelência
>= 852 >=875 >=966 >=1027 >=1043 >=1081 >=1129 >=1164 >=1205 >=1156 >=1207 MASCULINO Normas de referência para a avaliação da resistância geral dos rapazes. Sexo Idade Fraco Razoável
Bom
M.Bom 7
< 735 735 ‐ 785
786 ‐ 824
825 ‐ 923 8
< 773 773 ‐ 825
826 ‐ 878
879 ‐1009 9
< 845 845 ‐ 899
900 ‐ 965
966 ‐ 1096 10 < 880 880 ‐ 941
942 ‐ 1009
1010 ‐ 1157 11 < 915 915 ‐ 977
978 ‐ 1049
1050 ‐ 1189 12 < 965 965 ‐ 1029
1030 ‐ 1109
1100 ‐ 1254 13 < 983 983 ‐ 1082
1083 ‐ 1158
1159 ‐ 1319 14 < 1068 1068 ‐ 1134 1135 ‐ 1209
1210 ‐ 1371 15 < 1120 1120 ‐ 1186 1187 ‐ 1261
1262 ‐ 1434 16 < 1150 1150 ‐ 1219 1220 ‐ 1288
1289 ‐ 1504 17 < 1156 1156 ‐ 1219 1220 ‐ 1288
1289 ‐ 1504 FEMININO CURVAS DE CRESCIMENTO CORPORAL PARA A POPULAÇÃO INFANTO‐JUVENIL BRASILEIRA Os estudos comparativos realizados pelos pesquisadores do PROESP‐BR evidenciaram diferenças entre as curvas de crescimento corporal entre a população infanto‐juvenil brasileira e a população americana proveniente dos estudos do NCHS/CDC. Tanto para estatura como para massa corporal total os valores da população brasileira (percentil, 5, 50 e 95) eram mais elevados que os valores propostos pelo NCHS/CDC até a idade próxima aos 13 anos. A partir dessa idade os valores se aproximavam e por volta do 14 anos os adolescentes americanos superavam os valores encontrados na população brasileira. Estes dados sugerem, além das diferenças nos valores absolutos na estatura e massa corporal total nos dois sexos, a hipótese de que a maturação biológica é precoce na população brasileira em relação à americana do NCHS/CDC. Portanto, considerando estas informações conclui‐e que avaliar o crescimento corporal de crianças e adolescente brasileiros pelas curvas do NCHS/CDS não é a melhor decisão metodológica. Dessa forma O PROESP‐BR propôs curvas normativas específicas para estatura e massa corporal total para a população brasileira entre 7 a 17 anos. Estatura (cm) dos rapazes Estatura (cm) das moças Massa corporal total rapazes Massa corporal total moças As diferenças entre o perfil de crescimento da estatura e da massa corporal total entre rapazes e moças brasileiros e americanos provenientes do NCHS/CDC alteraram da mesma forma, o perfil das curvas percentílicas do Índice de Massa Corporal (IMC). Portanto, tornou‐se aconselhável que se propusessem curvas de IMC referenciadas a população brasileira. Rapazes Moças REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Lorenzi, Thiago Del Corona, 2007 ‐ Testes de Corrida/Caminhada de 6 e 9 Minutos: Validação e Determinantes Metabólicos em Adolescentes. Dissertação de Mestrado. Bergmann, Gabriel Gustavo 2007 ‐ Crescimento somático, aptidão fisica relacionada à saúde e estilo de vida em escolares de 10 a 14 anos: um estudo longitudinal. Dissertação de Mestrado. Bergmann, Gabriel Gustavo, 2009 ‐ Aptidão física relacionada à saúde cardiovascular : proposição de pontos de corte para escolares brasileiros. Tese de doutorado. Lemos, Adriana Torres de, 2008 ‐ Associação entre a ocorrência de dor e de alteração postural da coluna lombar e os níveis de aptidão física relacionada à saúde em adolescentes de 10 a 16 anos de idade. Dissertação de Mestrado. Moreira, Rodrigo Baptista, 2009 ‐ COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ESCOLARES DE 10 A 15 ANOS: UM ESTUDO LONGITUDINAL. Dissertação de Mestrado. Silva, Marcelo Faria 2009 – tese de doutorado Garlipp, Daniel Carlos, 2007 ‐ Dimorfismo sexual e estabilidade no crescimento somático e em componentes da aptidão física. Análise longitudinal em crianças e adolescentes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA PROJETO ESPORTE BRASIL. Observatório Permanente dos Indicadores de saúde e fatores de prestação esportiva em crianças e jovens. MANUAL DE APLICAÇÃO DE MEDIDAS E TESTES, NORMAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO. Adroaldo Cezar Araujo Gaya, JULHO/09 Ficha técnica do Manual 2009. Reestruturação do logotipo em 2009 – Osório Schaefer Fotos – Ricardo Luz Pettini 2007 Diagramação – Rodrigo Soares Rodrigues Revisão dos Textos – Membros do PROESP – BR ** O PROESP‐BR é apoiado pela Secretaria Nacional de Esporte Educacional do Ministério do Esporte e do CNPq. Contato ‐ www.proesp.ufrgs.br / [email protected] Fone: + 55 51 3308.5819 / Fax: + 55 51 3308.5842
Anexo – Modelo de Ficha de anotação de dados do PROESP/PST NOME COMPLETO DO ALUNO: SEXO: ( ) M ( ) F DATA DE NASCIMENTO: / / NOME DA MÃE: NOME DO PAI: ENDEREÇO: CIDADE: BAIRRO: CEP: TELEFONE: ( ) DATA DE AVALIAÇÃO: / / HORÁRIO: TEMPERATURA: Esporte praticado com freqüência: Freqüência semanal Duração média de cada Tempo de sessão prática 1‐ 2‐ 3‐ Apresenta alguma deficiência? Qual? OBSERVAÇÕES: 9 minutos: m 6 minutos m Massa corporal: Kg Salto em distância: cm Estatura: cm Arremesso de Medicineball: cm Envergadura: cm Quadrado: seg Sentar‐e‐alcançar: cm Corrida de 20 metros: seg Abdominal: repetições Anexo – Modelo de Ficha de anotação de dados do PROESP‐BR ESCOLA: SÉRIE: TURMA: ENDEREÇO: CIDADE: BAIRRO: CEP: TELEFONE: ( ) EMAIL: NOME COMPLETO DO ALUNO: SEXO: ( ) M ( )F DATA DE NASCIMENTO: / / NOME DA MÃE: NOME DO PAI: ENDEREÇO: CIDADE: BAIRRO: CEP: TELEFONE: ( ) DATA DE AVALIAÇÃO: / / HORÁRIO: TEMPERATURA: Modalidade Esportiva praticada Freqüência Duração média de cada Tempo de com freqüência: semanal sessão prática 1‐ 2‐ 3‐ Apresenta alguma deficiência? Qual? OBSERVAÇÕES: 9 minutos: m 6 minutos m Massa corporal: Kg Salto em distância: cm Estatura: cm Arremesso de Medicineball: cm Envergadura: cm Quadrado: seg Sentar‐e‐alcançar: cm Corrida de 20 metros: seg Abdominal: repetições ANEXO 1. Modelo de Aquecimento ALONGAMENTOS DE MEMBROS SUPERIORES
Manter a posição
10 segundos
por
para cada lado
CÍRCULO DE BRAÇOS
ALONGAMENTOS DE MEMBROS INFERIORES
Manter a posição
por 10 segundos
para cada lado
10 repetições para
frente e 10 para trás
Manter a posição
por 10 segundos
para cada lado
FLEXÃO LATERAL DE TRONCO
10 repetições para
cada lado
Manter a posição
por 10 segundos
ROTAÇÃO DE TRONCO
10 repetições para
cada lado
FLEXÃO/EXTENSÃO DE MSIS
ROTAÇÃO DE TRONCO
10 repetições para
cada lado
10 repetições para
cada lado
FLEXÃO – EXTENSÃO DE OMBRO
A FUNDO – A FRENTE
10 repetições para
cada lado
FLEXÃO QUADRIL/JOELHO
10 repetições para
cada lado
10 repetições para
cada lado

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