Baixe o pdf. - IdeiasBizarras

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Baixe o pdf. - IdeiasBizarras
edição labiríntica: entre e perca-se.
borges + minotauro
+ arthur bispo +
cinema japonês +
teoria do caos
novembro 2002
nEm tOdoS oS cAmiNhoS
LEvam a rOmA
mini-enciclopédia de variedades: coisas e
idéias bizarras: para puro entretenimento
16
Fanzine editada pela ideias bizarras
EDITORA: CHRISTINA CASTILHO - Belo Horizonte - MG e-mail: [email protected]
Brasil
"eu sentia que
o mundo é um labirinto, do qual
era impossível fugir, pois todos os caminhos,
ainda que fingissem ir ao norte ou ao sul, iam
realmente a Roma".
Jorge Luis
Borges
You're not in Kansas anymore, Dorothy...
acontece. tem dias que a gente fica
profundamente sério. é até estranho
pra mim, que vivo em cima do telhado,
experimentar profundidade na altura.
acontece.
sentir que vive num labirinto,
cheio de caminhos falsos e paredes
sem portas, costuma assustar.
meu labirinto já fez aniversário.
me perdi num certo dia de
maio de 2001...
e nunca mais me achei.
a sensação é estranha:
estar perdida num lugar
tão familiar. mais
desorientada que adão
no dia das mães – mas
à vontade, em casa.
meu labirinto fica em
cima de um telhado.
é um lugar onde as ruas
não têm nome e as escadas
te deixam sempre no
mesmo andar.
no final das contas, é legal.
preliminares
de profundis
Christina Castilho
editora, bizarra, sentindo-se de
repente profundamente ‘púnqui’.
Fotomanipulação: Shelley Eichholz
arthur bispo do rosário
A obra de Arthur Bispo do Rosário nasceu
entre as paredes do sistema psiquiátrico, na
colônia Juliano Moreira no Rio de Janeiro,
onde esteve internado por mais de meio
século. Do artista, sabe-se que nasceu
em 1909, a 14 de maio, em Japaratuba (Sergipe). Foi marinheiro,
faxineiro, segurança etc. Na noite
de 22 de dezembro de 1938, Bispo viu Jesus Cristo descer à terra
escoltado por uma corte de sete
anjos azuis. Delirando, passou dois
dias pelas ruas do Rio
até se apresentar no mosteiro de São Bento como
escolhido para fazer um
inventário do mundo
para apresentar a Deus.
Preso, foi encaminhado
para o hospital Nacional
dos Alienados. Diagnóstico: esquizofrenia paranóide. Em janeiro de 1939
foi transferido para a Colônia Juliano Moreira. Morreu em 5 de julho de 1989, aos 77 anos.
"De que cor você vê minha aura?" Assim Bispo recebia as pessoas à
porta de sua cela. Este era o código que ele usava para reconhecer
aqueles que compartilhavam a magia de seu mundo. "Cada
louco é guiado por um cadáver. O louco só fica bom quando se
livra desse morto". Para livrar-se desse cadáver, que é a loucura,
só havia para Bispo dois caminhos: a morte ou a criação.
Optou por esta última, e de modo intenso:
"Eu preciso destas palavras.
Escritas".
Os doentes mentais são
como Beija-flores. Nunca pousam.
Estão sempre a dois metros do solo. (A.B.R.)
quem tem pena do minotauro?
O mito é mais ou menos
assim:
Poseidon, deus do mar, envia a Minos, rei de Creta, um
touro branco que deve ser
sacrificado em sua honra. Deslumbrado com a beleza do animal, o monarca
guarda-o para si, entregando ao deus outro animal
menos belo.
Em represália, Poseidon faz
com que a esposa de Minos, Pasifae, seja tomada
por um desejo incontrolável
pelo touro branco. Completamente apaixonada, Pasifae
pede ao arquiteto Dédalo
para construir uma vaca de
madeira onde ela poderá entrar e se unir ao touro.
Dessa paixão nasce o Mi-
notauro, animal com corpo
de homem e cabeça de touro que se alimenta de carne
humana. Como o Minotauro
representa a vergonha de
Minos, por ser fruto do adultério da mulher, é enclausurado num labirinto (também
construído por Dédalo a pedido do rei), onde é alimentado com corpos humanos
de jovens vindos de Atenas.
Teseu, filho do rei de Atenas, resolve matar o Minotauro para livrar sua cidade
da maldição imposta pelo rei
de Creta.
O resto da história todo o
mundo sabe: Ariadne, a filha idiota do rei, apaixona-se
por Teseu e dá um novelo de
lã para ele desenrolar à
A palavra labirinto deriva de «labrys», que
na língua minóica, tanto quanto é possivel
reconstruí-la, tinha a acepção de «duplo
machado».
Com as suas duas lâminas simétricas, o
«labrys» é um símbolo sacrifical ambíguo. A
sua dualidade é à imagem daquela que se
oferece como uma opção a cada bifurcação
do labirinto, que tanto pode ser um caminho
para a liberdade como para a clausura.
medida que penetra no labirinto. Assim, Teseu chega
até o Minotauro, mata-o e
pode encontrar o caminho de
volta para fora, seguindo o
fio desenrolado.
[Claro que depois da vitória,
Teseu "se esquece" da promessa que fez a Ariadne de
desposá-la e a abandona
para sempre.]
RESPOSTAS: REI DE COPAS RESPONDE: Begin at the beginning and go on till you come to the end: then
stop. / ALICE RESPONDE AO GATO QUE RI: Yes, you are. I’m mad, you’re mad, we’re all mad here. / ALICE
RESPONDE À RAINHA DE COPAS: Don’t answer that, you fool! / ALICE RESPONDE À GATINHA DINAH: Do
bats eat cats? / PEIXE PORTEIRO RESPONDE: Are you to get in at all? / ALICE RESPONDE À LAGARTA:
Cristina Laterza / ALICE RESPONDE AO CHAPELEIRO LOUCO: I don’t know. / TARTARUGA QUE CHORA
RESPONDE: I have got no sorrow. / REI DE COPAS RESPONDE: Start the game again.
Are you
mad?
!?
Where
shall I
begin?
!?
Who
stole the
tarts?
!?
!?
!?
Do you
play
crocket?
What is
your
sorrow?
!?
Why is
a raven like
a writingdesk?
Do cats
eat
bats?
!?
How
am I to
come in?
Who are
you?
!?
!?
FOLLOW ALICE IN HER JOURNEY IN WONDERLAND AND ANSWER THE QUESTIONS:
English through nonsense LESSON 3
por Cristina Laterza
alice is lost. what about you?
Qualquer mulher que tenha sido desfrutada por cinco
homens é pessoa adequada a ser desfrutada.
* A leprosa
* A lunática
* A expulsa da sua casta
* A que revela segredos
* A que expressa publicamente o desejo de relações
sexuais
* A muito branca
* A muito preta
* A que cheira mal
* A que é parente próxima
* A que é amiga
* A que leva vida de ascetismo
* A esposa de um conhecido, de um amigo, de um
brâmane culto, e do rei.
As seguintes mulheres não
devem ser desfrutadas:
QUE RECORREM OS CITADINOS E DOS
AMIGOS E INTERMEDIÁRIOS
Trecho do capítulo V do Kama Sutra
DAS CATEGORIAS DAS MULHERES A
kama sutra
Colaboração: Rafaela Lima
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O ouvido humano possui dois componentes distintos: a cóclea, em formato de
caracol, responsável pela nossa audição e
o vestíbulo, responsável pela orientação
espacial e pelo equilíbrio do nosso corpo.
Juntos, cóclea e vestíbulo, formam o
labirinto. O comprometimento de algum
desses componentes vai provocar
sintomas popularmente conhecidos como
labirintite.
O mau funcionamento do labirinto pode
ser gerado por diversas causas: problemas próprios dos ouvidos, problemas do
sistema nervoso central e problemas em
outros sistemas que acabam refletindo
sobre o labirinto (diabetes, hipertensão,
colesterol alto, aterosclerose, problemas
na coluna cervical, uso de medicamentos,
vícios como o álcool, fumo e café,
exposição a barulhos intensos etc.)
Os sintomas são variados, mas em geral
compreendem tonturas giratórias. A tontura é sentida porque o cérebro recebe
informações erradas a respeito da posição
no espaço, informações geradas pelo
labirinto doente. Essa sensação de tontura
pode dar a falsa idéia de que a pessoa está
rodando (vertigem), caindo (desequilíbrio), sendo empurrada (desvio de marcha), flutuando (falta de firmeza nos
passos) ou ouvindo ruídos (zumbido). A
diminuição da audição, náuseas e vômitos
são decorrências comuns.
A MONUMENTAL TOMB FOR THE BIZARRE BODY
project labyrinth
Uma coleção de corpos humanos
com mutações genéticas preservados por uma instituição médica é a
motivação do projeto do artista
canadense Ragnar Lagerblad.
Ele vem construindo ‘relicários’ para
abrigar os espécimes e planeja
construir um museu na forma de um
labirinto para colocá-los.
Para ele, o labirinto parece ser a
metáfora arquitetônica perfeita para
a experiência existencial, para a
qual o corpo é o primeiro requisito.
Ele vai reunir vários ‘relicários’, cada
um representando um tipo de mutação humana.
O labirinto deverá ser feito de tijolos
ou pedras e terá formato circular. As
paredes serão recobertas com
afrescos e arte mural.
Os visitantes serão levados através
de várias passagens que poderão
levar a áreas sem saída onde os
relicários funerários estarão.
Na entrada do labirinto-museu, Lagerblad pretende colocar um relicário especialmente significativo:
Exumaya, como é denominado, foi
construído em torno dos restos de
um bebê acéfalo, nascido de uma
imigrante rural que trabalhava em
plantação de laranja na Califórnia. A
anormalidade foi causada pela exposição da mãe a pesticidas.
A intenção do artista é fazer com
que as pessoas reflitam sobre as
consequências da interferência
irresponsável no meio ambiente e
sobre as condições de vida a que os
trabalhadores estão expostos.
O Natal não é pop. A véspera é pop.
Adão e Eva não são pop. A serpente é pop.
Orgasmo não é pop. Sexo é pop.
Freddy Krueger é pop. Fred Astaire também é pop.
A Madonna não é pop. A Monalisa é pop.
John Kennedy não é pop. Jackie é pop.
O dia que o Homem pisou na Lua pela primeira vez não é pop.
O dia que o Homem olhou pra Lua pela primeira vez é pop.
2001 não é pop. 2001; Uma Odisséia No Espaço é pop.
Religiões não são pop. Ícones são pop.
A Máfia não é pop. Brando é pop.
O jeans não é pop. O jeans em James Dean é pop.
O canto não é pop. O grito é pop.
Artistas nunca são pop. A arte é sempre pop.
Ter a arte no pensamento não é pop.
Ter a arte no coração também não é pop.
Ter a arte é pop.
As capelas não são pop. A Capela Sistina é pop.
O amanhã não é pop. A manhã é pop.
O narcisismo não é pop. Narciso é pop.
Ser grande não é pop.
Ser ou Não ser é pop.
A beleza verdadeira é pop. A beleza de mentira... também é pop.
Martin Luther King é pop. Stephen King também é pop.
Todas as idéias do mundo não são pop. Um mundo de idéias é pop.
As cidades no final da estrada não são pop. A estrada é pop.
A mudez não é pop. O silêncio é pop.
Tentar ser pop nunca é pop.
Drácula é pop. Nosferatu também é pop.
Discos de vinil são pop. Discos voadores são pop.
João e Maria... pop. João e Ninguém... pop.
Capitão Marvel é pop.
Morrer pela fé não é pop. Viver por qualquer merda que seja é pop.
Homens não são pop. Imagens são pop.
Vender o pop não é pop. Comprar o pop também não é pop.
Ter ideologias não é pop. Ter idéias é pop.
Ouvir rádio não é pop. Ouvir vozes é pop.
Se você não é pop, não se entristeça. O pop é como pipoca: um
milho tristonho que em um segundo inesperado POP!
No sétimo dia, Ele criou o pop. Para divulgar o Seu nome.
* Daniel Frazão, um beatbleargneak do Black & White AliceRabbitHoleWorld Baby!
você é pop?
ABOUT LONDON UNDERGROUND
London Underground is a whollyowned subsidiary of London
Transport. The company was
formed in 1985, but its history
dates back to 1863 when the
world's first underground railway
opened in London.
Today, London Underground is a
major business with 3 million passenger journeys made a day. The
Tube network covers the capital
city from East to West, South to
North: 275 stations over 408 km
(253 miles) of railway.
O labirinto tem sido usado
como um símbolo sagrado por
muitas culturas e tradições
religiosas. Exemplos de diferentes labirintos já foram
encontrados em lugares distantes como a Escandinávia,
Grã-Bretanha, México e Índia.
Alguns têm 3.700 anos e sua
origem ainda é um mistério.
A Idade Média, em particular,
mostrou um interesse renovado pelo tema do labirinto e
um design mais complexo do
que o clássico ‘7-circuit’ tornou-se popular. Trata-se do
labirinto ‘11-circuit’ dividido
em quatro quadrantes. Foi
muito usado nas catedrais
góticas.
O mais famoso labirinto deste
tipo que sobreviveu ao tempo
encontra-se na Catedral de
Chartres (perto de Paris). O
labirinto de Chartres foi construído por volta de 1200 e se
encontra aplicado no chão da
igreja. Seu centro original foi
removido e outras áreas foram restauradas.
Catedral de Chartres, França
A proposta deste tipo de labirinto é ser percorrido. Eles só
possuem um caminho que
leva para dentro e para fora.
Ao contrário dos labirintos
que estamos acostumados,
este não foi feito para confundir: não há becos sem saída, nem caminhos errados e
não há como se perder nele.
Tudo o que se tem a fazer é
colocar um pé na frente do
outro e, seguramente, alcançar o centro (onde o desenho
de uma roseta simboliza a iluminação), dar meia volta e
sair de novo.
No passado, acreditava-se
que percorrer o trajeto deste
labirinto equivalia a uma peregrinação (uma jornada na esperança de tornar-se mais
próximo de Deus) ou a uma
penitência (neste caso, o
trajeto era feito de joelhos).
Às vezes, o “11-circuit’ servia
como um substituto da peregrinação cristã a Jerusalém.
Ainda existem labirintos percorríveis hoje em dia. Nos
and psychological growth. It
is a tool that encourages intros-pection and allows for
trans-formation for people of
all religious backgrounds".
Igreja Presbiteriana da Nova
Canaã
Estados Unidos, por exemplo,
a Igreja Presbiteriana da Nova
Canaã abriga o ‘Labyrinth
Project of Connecticut’, que
oferece uma variedade de
experiências em três tipos de
labirintos portáteis. De acordo com Helen Curry, fundadora do projeto: "walking the
labyrinth can be a profoundly
moving experience that offers
the opportunity for spiritual
um labirinto onde ninguém se perde
"O Caos não tem estátua nem figura e não pode ser imaginado; é um espaço que só pode ser
conhecido pelas coisas que nele existem e ele contém o universo infinito." Frances A. Yates
TEORIA DO CAOS
Na Mitologia grega, o Caos era considerado o estado não organizado, ou
o nada, de onde todas as coisas surgiam. De acordo com a Teogonia
de Hesíodo, o Caos precedeu a origem, não só do mundo, mas também dos deuses. A cosmogonia de
Orphic afirma que Chronos (personificação do tempo) deu origem a
Ether e a Caos, este formou um
enorme ovo de onde nasceu o Paraíso, a Terra e Eros.
Com o desenvolvimento da Matemática e das outras ciências, a Teoria
do Caos surgiu com o objetivo de
compreender e dar resposta às
flutuações erráticas e irregulares que
se encontram na natureza (resíduos
da formação primordial vinda do
grande ovo de Caos?).
A investigação do Caos teve início
nos anos 60, quando se descobriu
que sistemas complexos, que podiam descrever possíveis previsões
do tempo, podiam ser traduzidos
por equações matemáticas simples.
Do mesmo modo, sistemas que
eram aparentemente simples e modelos deterministas, podiam levar a
problemas muito complexos.
Através desta ciência, verificou-se
que um sistema passa facilmente de
um estado de ordem para um estado
caótico, podendo surgir, de uma maneira espontânea, dentro do caos, a
ordem. Também foi verificado que
pequenas diferenças nas condições
iniciais de um sistema podem
conduzir a diferenças significativas no
resultado final, abalando assim o
paradigma da física determinista.
O Efeito Borboleta ou, mais tecnicamente, "a sensível dependência
nas condições iniciais" é a essência
do caos. Essa relação foi descoberta
por Edward Lorenz em 1961, quando fazia experiências com cálculos
meteorológicos. Embora referirmos
ao nome borboleta, a única referência que existe nos documentos de
Lorenz é a seguinte: “Se a teoria estiver correta, o bater de asas de uma
gaivota é suficiente para alterar o
curso do tempo para sempre.”
A explicação é que pequenas mudanças iniciais levam a grandes modificações nas ações seguintes – devido
à natureza não-linear das equações,
que oferecem uma fantástica complexidade de ações caóticas.
Caos vem do
grego khínein,
que significa
abismo.
Omnes viae Romam ducunt (latim)
Tutte le strade portano a Roma (italiano)
Tous les chemins menent a Rome (francês)
Todos los caminos llevan a Roma (espanhol)
All roads lead to Rome (inglês)
Toate drumurile duc la Roma (romeno)
Eis Rhomen pantes hai hodoi (grego clássico)
Ole e drome odeyoun es Rome (grego moderno)
Alle Wege führen nach Rom (alemão)
Alle veier fører til Roma (norueguês)
Alla vägar bär till Rom (sueco)
Teann na boithre go leir go Roimh (gálico irlandês)
Tha a h-uile rathad a dol don Ròimh (gálico escocês)
TAn holl hentoù a gas da Roma (bretão)
Vce Dorogi vedut v Rim (russo)
Vsi dorohy vedut do Rymu (ucraniano)
Vsechny cesty vedou do Rima (tcheco)
Wszystkie drogi prowadza do Rzymu (polonês)
Svi putovi vode u Rim (croata)
Svi putevi vode u Rim (sérvio)
Site patishta vodat kon Rim (macedônio)
Vse poti vodijo v Rim (eslovênio)
Visi keliai veda i Roma (lituânio)
Të gjithe rruget çojnë në romë (albanês)
Polor Djampanere Hrom gue danin (armênio)
Minden út Rómába vezet (húngaro)
Subete no michi wa Rooma ni tsuujiru (japonês)
Modeun Gileun Romaro Tonghanda (coreano)
Khoulhain Ourhotho Mawbloan LRoomee (aramaico)
Kullul-turuq tou'addi ila Roma (árabe)
Tiau tiau da lu tung Lwo-ma (chinês)
Todos os caminhos levam a Roma
Os dois primeiros séculos após a morte de Augusto constituíram o período mais brilhante da História de Roma. Roma tornou-se o
centro de um império que se estendia pela Europa, Ásia e África. A ligação entre Roma e suas províncias era facilitada por uma rede
de estradas que percorria todo o império; daí o famoso ditado: "Todos os caminhos levam a Roma".
Todos os caminhos levam a Roma
O cinema
cinema splatter-gore
splatter-gore japonês
japonês
O
UMA BREVE INTRODUÇÃO AO CINEMA MAIS RADICAL DO MUNDO
O Oriente possui um rico cinema
de horror, cultuado por fãs de
todo o mundo. Tanto o Japão
quanto a China produzem uma
boa quantidade de filmes do
gênero, sendo que alguns já se
tornaram clássicos, como
Kwaidan e Mr. Vampire. Mas é
no underground japonês que
encontramos os filmes mais
mórbidos e extremos.
A podreira absoluta fica por
conta da infame série "Guinea
Pig", realizada no início da década de 90. Completamente
gore, com as cenas de mutilação mais gráficas da história, foi
banida no Japão durante anos, e
atualmente só é encontrada em
lojas especializadas em filmes
cults e raros. Nos EUA a série
chegou a ser investigada pelo
FBI, após uma denúncia do ator
americano Charlie Sheen, que
recebeu uma cópia e pensou
tratar-se de um "snuff-movie".
Tal polêmica só acabou quando
o produtor Satoru Ogura apresentou o "The Making of Guinea
Pig", onde o artista Nobuaki Koga revela vários dos truques,
efeitos e maquiagens da série,
que segundo a lenda foi realizada como uma dissertação de
mestrado, a fim de comprovar
talentos em maquiagens e F/X,
filmando cenas ultra-realistas
de desmembramentos e outras
nojeiras. Ao todo, a série é composta por sete episódios, sendo
o primeiro Devil's Experiment,
onde uma garota é barbaramente torturada e abusada de
diversos modos até morrer, tendo inclusive sua pele queimada
e seus olhos perfurados; Android of Notre Dame, de Kazuhito Kuramoto, que conta a
his-tória de um cientista maluco
que conduz experimentos em
cadáveres, na esperança de encontrar a cura para a doença
mortal de sua irmã; Flowers of
Flesh and Blood, de Hideshi Hino,
o mais notório episódio da série,
que exibe um longo ritual de
mutilações, onde uma garota
é drogada, para em seguida ter
seus dedos, braços e pernas
amputados, sua cabeça decapitada e seus olhos extraídos por
uma colher, todos devidamente
saboreados pelo assassino;
Mermaid Live Inside the Manhole, também de Hideshi Hino,
onde um pintor encontra uma
sereia ferida num esgoto, leva-a
para casa e, sem saber como
medicá-la, observa impassível
sua piora que a cobre de bolhas
e feridas que expelem vermes e
pus. Ela assim se torna sua musa, ele não consegue parar de
pintá-la, acompanhando toda a
sua degradação; Woman Doctor,
que é uma coleção de cenas
bizarras conduzidas por um médico travesti, que se auto-mutila, explode cabeças e faz experiências em pacientes; o surrealista Lucky Sky Diamond, de
Izou Hashimoto, em que uma
mulher é submetida a experiências com drogas num hospital psiquiátrico, onde ocorre
todo tipo de sadismo e mau-trato
às pacientes, com médicos
operando e fazendo sexo com as
enfermeiras, comendo baratas etc; e, por fim, He Never
Dies, sobre um sujeito depressivo porque sua namorada lhe
trocou por outro, mas que não
consegue se suicidar, tornandose uma espécie de assombração para ela, neste que
talvez seja o único momento
hilário da série. Além destes sete
episódios e do making-of, há
também disponível o vídeo "The
Slaughter Special", que é uma
compilação dos melhores (?)
momentos da série.
A crueldade e a misoginia
destacam cada vez mais o
cinema underground japonês no
ocidente. Vários títulos estão
sendo lançados em formato
digital pela Japan Shock Video.
* por Heráclito Maia, Carcasse.com
salvem as cobaias!
Conduzir ratos por um labirinto
usando um sistema de estímulo e recompensa é uma
prática antiga. Que tal, então,
Fonte: Folha on line
“Ai de mim!", disse o rato, - “o mundo vai ficando dia a dia mais estreito".
“– Outrora, tão grande era que ganhei medo e corri, corri até que finalmente fiquei contente por ver aparecerem muros de ambos os lados do horizonte, mas estes altos muros
correm tão rapidamente um ao encontro do outro que eis-me já no fim do percurso, vendo
ao fundo a ratoeira em que irei cair".
“– Mas o que tens a fazer é mudar de direção”, disse o gato, devorando-o.
Bigode virtual
colocar esse sistema na cabeça dos bichos?
Foi o que Talwar e seus colegas fizeram. Dois eletrodos
foram implantados no cérebro
dos animais: um na região que
comanda os seus sensíveis
bigodes e outro no centro de
prazer – a famosa área de recompensa.
O time de roedores, então,
começou a ser treinado. Num
labirinto comum de laboratório, os bigodes eram "tocados" virtualmente de cada
lado. Se o rato virava para a
esquerda quando seu bigode
era estimulado desse lado,
uma suave descarga do eletrodo o recompensava no centro de prazer. As ordens elétricas eram transmitidas por
um computador portátil a um
microprocessador carregado
pelo animal no dorso, como
uma mochila.
Depois de aprender a identificar os sinais nos bigodes
para virar e o sinal para ir em
frente, os bichinhos foram para espaços abertos e conseguiram subir em árvores,
an-dar em superfícies estreitas, atravessar túneis, saltar e
até sair correndo por áreas
ilumi-nadas.
Fábula Curta, Franz Kafka
RATOS COMANDADOS POR CONTROLE REMOTO
Os ratos de laboratório já fizeram de tudo pela ciência. Ou
quase. Desta vez, um pesquisador conseguiu teleguiar
os bichos a uma distância de
até 500 metros usando um
computador portátil, após
implantar eletrodos no cérebro deles.
Com esse aparato relativamente simples, ele treinou os
roedores para andar por
labirintos, subir escadas e até
correr em espaços iluminados,
uma tarefa que os ratinhos
não costumam encarar com
simpatia. Tudo em tempo real,
afirma Sanjiv Talwar, da
Universidade do Estado de
Nova York.
O truque, segundo o pesquisador, não é só uma curiosidade: o princípio poderá ser
utilizado para ajudar pessoas
que perderam o movimento
dos membros ou criar "robôs
biológicos", minúsculos e espertos, capazes de entrar em
prédios desabados e localizar
pessoas feridas.
a saída do labirinto:
dead end

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