2011_Mighty Guia Race Celebrates 40 Years_pt

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2011_Mighty Guia Race Celebrates 40 Years_pt
CORRIDA DA GUIA
CELEBRA OS 40 ANOS
A Corrida da Guia é, há muito tempo, um dos eventos favoritos do público e dos
concorrentes. Durante quatro décadas, os melhores pilotos do mundo de carros de
turismo e as maiores marcas de automóveis do planeta têm competido, em busca
da glória, no famoso circuito citadino da Guia, onde a corrida foi buscar o nome.
Um exército com um número sempre crescente de fãs locais, regionais ou de outras
paragens, acompanha cada segundo do drama empolgante da Corrida da Guia
O Ford Sierra RS500s esteve nos três primeiros
lugares da Corrida da Guia de 1989, em que Tim
Harvey foi o vencedor (CGPM)
Emanuele Pirro em 1991, na primeira das suas duas
vitórias com o BMW M3
John Macdonald ganhou a sua primeira Corrida da Guia em 1972
A
inda antes de cruzar a linha de chegada
para se tornar o primeiro vencedor da
Corrida da Guia em 1972, o nome de
John Macdonald já era sinónimo de Macau. Em
1965, o piloto britânico, nascido em Hong Kong,
tinha conquistado os louros do Grande Prémio
de Macau e do Grande Prémio de Motos de
Macau, juntamente com a vitória em carros de
turismo com um Austin Cooper S, um hat-trick
que, certamente, nunca mais se repetirá.
Recorde-se que ele voltou a vencer no Grande
Prémio de Macau no mesmo fim-de-semana
da edição inaugural da Corrida da Guia e,
novamente, em 1973 e 1975.
A vitória de Macdonald foi o ponto de partida
para uma corrida que, a par de Bathurst, qualquer
piloto deseja vencer, apesar de ter levado algum
tempo para os estrangeiros o entenderem. Na
década de 70, a prova foi dominada por pilotos
Charles Kwan, piloto de Hong Kong, após uma
memorável vitória em 1993 (CGPM)
asiáticos, com destaque para Peter Chow, de
Hong Kong, que alcançou grande sucesso, com
três triunfos ao volante do seu Toyota Celica,
bem como o compatriota Herbert Adamczyk
(Porsche) e o japonês Nobuhide Tachi (Toyota),
ambos com duas vitórias e um pódio na primeira
década da corrida.
O japonês Motoji Sekine, quarto lugar em 1985, com o Nissan Skyline GTS-R (Don Morley)
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58˚ GRANDE PRÉMIO DE MACAU
Todavia, com a alvorada dos anos 80 acordou
também o interesse da Europa. Os alemães
Manfred Winkelhock (BMW) e Helmut Greiner
(Porsche) foram os primeiros a aparecer em
1981 e 1982, respectivamente. Mas, foi a era
emergente do Grupo A na corrida de 1983
que mudou tudo. As equipas dos grandes
construtores chegaram em força, com os
melhores pilotos do mundo da especialidade.
Questiona-se, por isso, se o estatuto global do
evento só então arrancou, verdadeiramente,
Em 1994, Jo Winkelhock conquista a primeira das suas
duas vitórias com o BMW 318is (Sutton-images.com)
Domínio total de Steve Soper e do seu BMW 320i, em 1997, com novo recorde de velocidade, que ainda hoje
se mantém (Sutton-images.com)
Adeus ao Quattro – vitória de Michael Bartels em
1999 marca o fim da era do Super Turismo (DST)
2001 foi o ano da primeira de três vitórias do
holandês Duncan Huisman (CGPM)
Norbert Michelisz ganha a sua primeira corrida
do campeonato do mundo da FIA para viaturas de
turismo (WTCC) durante o 57º Grande Prémio de
Macau (CGPM)
Custos crescentes ditaram o fim das normas
do Grupo A em 1993, mas Charles Kwan, o
ícone de Hong Kong, deu-lhes uma excelente
resposta. Derrotar pilotos como Winkelhock
e Pirro para vencer a corrida da Guia é, por
si só, um feito impressionante. Mas, ele fez
isso depois de já ter ganho os eventos de
Supercarros e a Taça de Macau, tornando-se
no primeiro piloto a chegar ao primeiro lugar
do pódio de três corridas, no mesmo fim-desemana, em Macau.
O ano de 1994 deu as boas-vindas aos novos
carros de Superturismo, colocando os BMW
da Schnitzer contra os pelotões dos Toyotas
Coronas e da Audi A4 Quattros. Os europeus
continuaram a dominar o evento, mas os
novos regulamentos atrairam também outros
concorrentes muito rápidos, tal como Brad
Jones, da Audi.
Winkelhock teve os seus anos de maior
sucesso neste período, alcançando duas
vitórias, apesar da oposição sem tréguas
de outros pilotos, incluindo o britânico
Steve Soper, seu companheiro da equipa da
BMW. Soper contava já com dois segundos
lugares em Macau quando aqui voltou, em
1997, para dominar totalmente a corrida e,
a caminho da vitória, fixar o melhor recorde
de sempre, até hoje, em carros de turismo no
circuito da Guia.
A vitória na geral do alemão Michael Bartel
para a Audi, em 1999 (apesar de não ter
ganho nenhuma das mangas) assinalou o fim
da era do Super Turismo. Em 2000, chegou
a Superprodução e, em 2001, uma onda de
domínio, sem precedentes, do holandês Duncan
Huisman com o seu BMW 320i.
O formato actual da corrida começou a
desenhar-se em 2004, quando foram adoptadas
as normas de Super 2000 pela primeira vez e
Jorg Muller, da BMW, conquistou os louros do
triunfo à frente de Andy Priaulx. Com a primeira
edição do novo Campeonato do Mundo FIA
para Viaturas de Turismo (WTCC), em 2005, a
Região Administrativa Especial de Macau teve
a honra de ser escolhida como a ronda final da
campanha mundial e, desde então, o Circuito da
Guia tem sido palco da corrida decisiva.
Entre as vitórias de Macdonald em 1972 e de Rob
Huff e Norbert Michelisz em 2010, a corrida da
Guia mudou muito, mas o prestígio das corridas
de carros de turismo mantém-se. Poucas pistas
conseguem ultrapassar o nível de dificuldade do
traçado para os pilotos e, por isso, são raras as
vitórias consideradas mais valiosas.
quando o espectáculo começou a cativar os fãs
com o poder de grandes equipas como as da
BMW, Jaguar, Ford, Nissan e Volvo, e de pilotos
como Tom Walkinshaw, Johnny Cecotto, antigo
corredor e campeão do mundo de motos, e
Robert Ravaglia, que volta este ano a Macau,
embora no papel de patrão de equipa do
esquadrão da ROAL BMW.
Mais uma década e um novo conjunto de
regulamentos, com 1990 a marcar o início da era
do Grupo A/DTM. Foi curta – os carros só foram
elegíveis entre 1991 e 1994 – mas espectacular.
Ainda hoje se pode ver as imagens na internet
da luta do italiano Emanuele Pirro com o colega
da equipa BMW, Jo Winkelhock, e com Ravaglia,
a caminho da sua segunda vitória em 1992.
Rob Huff (centro) festeja a vitória no Grande Prémio de Macau do ano passado (CGPM)
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