Super Revisão - Professor Francisco Júnior

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Super Revisão - Professor Francisco Júnior
Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
Sumário
1. CRASE ........................................................................................................................................ 1
2. PONTUAÇÃO E ACENTUAÇÃO GRÁFICA .................................................................................... 9
3. CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA ................................................................................................. 24
4. REESCRITA DE FRASES ............................................................................................................. 32
1. CRASE
1. O acento grave foi devidamente utilizado em
a) Para que o Brasil se desenvolva, uma educação de qualidade deve ser
oferecida à todos os jovens.
b) Os números se referem à estudantes das escolas particulares e públicas
de todas as regiões do Brasil.
c) Richard Feynman, prêmio Nobel de Física, começou à observar o
desempenho dos estudantes brasileiros a partir de 1950.
d) As escolas brasileiras devem se preparar à partir de agora para oferecerem
aos jovens uma educação de qualidade.
e) Eles chegaram à escola no momento em que os alunos estavam na sala de
aula sem nenhuma atividade.
Gabarito: E.
COMENTÁRIO:
Letra “a”: O acento grave, indicativo da crase, é usando para indicar a fusão
da preposição “a” com outro “a”, que pode ser artigo ou pronome. Sempre a
crase ocorrerá com palavras femininas, existindo somente duas exceções
a essa regra: O “aquele” e o “aquilo”, que podem receber o acento grave. Ex.:
Fui àquele comércio ontem. Reitero: A regra é acento grave antes de palavras
femininas. Isso posto, vamos desenvolver o comentário desta alternativa,
que está errada. Veja: “à todos os jovens”. Note que “todos” é palavra
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masculina, que, como visto, não permite a crase, pois não admite o artigo
feminino anteposto a ela.
Letra “b”: Errada. A expressão “à estudantes” contém uma preposição apenas
e nenhuma outra palavra determinante feminina, como o artigo “a”. E isso
acontece porque “estudantes” é um nome masculino e antes dos tais não
ocorre o fenômeno da crase. Fique atento: Mesmo que o “a” da expressão em
apreço fosse artigo, ainda assim não se usaria o acento grave, pois, para que
ocorresse a crase, ambos os termos deveriam estar no plural, o que não
ocorre aqui, já que somente “estudantes” é que está.
Letra “c”: Errada. Perceba: “começou à observar”. Qual a classe morfológica
da palavra “observar”? É verbo! Antes de verbos não ocorre a crase, eis o
erro da alternativa.
Letra “d”: Errada pelo mesmo motivo da anterior: Antes de verbos não se usa
o acento grave.
Letra “e”: Gabarito. Vamos ver a frase: “Eles chegaram à escola...”. Note os
critérios: O verbo “chegar” pede a preposição “a”; “escola” é uma palavra
feminina; tanto o “a” quanto “escola” estão no singular. Assim, temos a fusão
da preposição “a” com o artigo “a”, portanto, ocorrência obrigatória da crase.
2. Na expressão “acesso à informação”, o acento grave é indicador do
fenômeno da crase. Este acento NÃO deve ser utilizado em:
a) Fui a cidade procurar emprego.
b) O texto se refere aquele que não possui computador.
c) Os ricos vivem as escondidas para não serem roubados.
d) Os condomínios fechados são, as vezes, a única solução.
e) O urbanista contou a uma certa pessoa sobre seus projetos.
Gabarito: E.
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COMENTÁRIO:
Letra “a”: Correta. O verbo “ir” pede a preposição “a” e “cidade” admite o
artigo “a”, portanto, a fusão entre os dois “as” é cabível. Crase perfeita.
Letra “b”: Correta: Veja que nesta alternativa temos uma exceção à
ocorrência da crase apenas antes de nomes femininos. Podemos usar o
acento grave no “aquele” e no “aquilo”. Para que haja crase antes desses
pronomes demonstrativos, basta tão somente que o termo regente exija a
preposição “a”, pois ou outro “a” já está presente na primeira sílaba desses
demonstrativos.
Como
o
verbo
“refere”
pede
a
preposição,
há
obrigatoriamente a crase.
Letra “c”: Correta. Ocorre crase neste caso também: “Os ricos vivem às
escondidas”. A Expressão em destaque é uma locução adverbial feminina de
modo. Elas são sempre acentuadas. São exemplos de locuções adverbiais: Às
vezes, à noite, indicativas de tempo; à prefeitura, à praça, indicativas de
lugar; às pressas, às escuras, às claras, indicativas de modo.
Letra “d”: Correta. Mais uma locução adverbial, neste caso, de tempo.
Ficando: “Os condomínios fechados são, às vezes, a única solução.”.
Letra “e”: Errada. Nosso gabarito. Olhe:
O urbanista contou a uma certa pessoa sobre seus projetos.
Artigo indefinido.
Antes de artigo indefinido não ocorre crase.
3. “Em longo prazo, é preciso um trabalho com alunos, com a inserção de
atividades culturais e lazer e com o incentivo à participação dos pais na
escola.”
O sinal indicativo de crase presente no fragmento acima ocorre pela mesma
regra de qual alternativa?
(A) O gerente concedeu um empréstimo à professora para a construção da
casa própria.
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(B) Maria cursou cinco anos de Engenharia de Alimentos à noite e trabalhou
durante o dia.
(C) Marcos conseguiu ser fiel à esposa durante trinta anos, quando conheceu
outra mulher.
(D) Jorge manteve-se à distância de cem metros da esposa, conforme
orientação do juiz.
(E) Jorge resolveu vender seus dois carros importados à concessionária para
quitar dívidas.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: A primeira coisa que temos que fazer em questões deste tipo é
descobrir a regra do enunciado base: “... com o incentivo à participação dos
pais na escola”. Por que ocorreu a crase nessa expressão? Achando a
resposta, é só encontrar qual a única outra alternativa que tem elemento com
crase por motivo idêntico. Vamos lá, então!
A palavra “incentivo”, que é o termo regente, e que não é verbo, pede
complemento para que sua significação fique completa; e tal complemento
se liga ao termo regente por meio da preposição “a”. Achamos a regra!
Ou seja, temos um nome (entenda por nome o que não é verbo;
geralmente o nome é um substantivo, um adjetivo ou um advérbio) de
significação incompleta que exige que seu complemento se ligue a ele por
meio de preposição. Agora vamos compará-la às alternativas e ver qual delas
tem a mesma regra, a mesma situação.
Começando pela letra “a” já vemos que está errada. O termo regido
completa o sentido de um verbo, não de um nome, como podemos ver:
“concedeu um empréstimo à professora”.
Verbo TDI
+
Objeto Indireto
Letra “b”: Errada. A expressão “à noite” é uma locução adverbial de tempo.
Não completa, portanto, o sentido de nenhum nome.
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Letra “c”: Correta. Analisando a frase: “Marcos conseguiu ser fiel à esposa”,
concluímos que o acento grave aqui foi usado pelo mesmo motivo do texto
base da questão, isto é, “à esposa” é complemento do nome “fiel”.
Letra “d”: Errada. Esta expressão: “à distância de” é locução adverbial de
lugar e não completa o sentido de nome algum.
Letra “e”: Errada. O verbo “vender” é bitransitivo:
“vender seus dois carros importados à concessionária”
VTDI
+
OI
Assim, mais uma vez, temos o termo regido completando o sentido de um
verbo. Eis o erro.
4. “O PL 2788/11, que foi aprovado em dezembro no Senado e chegou à
Câmara, prevê tolerância zero ao álcool no volante.”
O fragmento extraído do texto apresenta um emprego correto da crase,
assinale abaixo a alternativa que também apresenta a crase empregada
corretamente.
(A) O deputado chegou à criticar as atitudes dos companheiros sobre as
mudanças da Lei Seca.
(B) Os motoristas alcoolizados muitas vezes se recusam à fazer o teste do
bafômetro.
(C) Atitudes foram tomadas em relação à coibir o abuso de bebidas
alcoólicas.
(D) Foi revelado à ele que não haveria tolerância quanto aos erros cometidos.
(E) A união entre os políticos levou à unanimidade de aprovação no momento
da votação.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Errada. Eis a razão: Não se usa acento grave antes de verbos. O
correto seria: “chegou a criticar”.
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Letra “b”: Errada. Não há crase antes de verbos. Correto: “Recusam a fazer”.
Letra “c”: Errada. Não há crase antes de verbos. Correto: “relação a coibir”.
Letra “d”: Errada. Não se usa acento grave diante de pronomes pessoais
masculinos. Lembre: Crase é a fusão de “a” + “a”. Portanto, temos que ter a
preposição “a” + um nome no feminino. Detalhe para as exceções quanto aos
demonstrativos “aquele” e “aquilo”, que apesar de serem masculinos
admitem o acento grave.
Letra “e”: Gabarito. O verbo “levar” pede preposição e “unanimidade” é
palavra feminina, que lhe completa o sentido, e que aceitaria o artigo
feminino “a” como seu antecedente. Assim, fundem-se os “as” e teremos a
crase. Fique atento ao seguinte recurso prático para descobrir se há ou não
crase em casos como esse:
Critério prático
Exemplo
Troque o termo regido por
“A união entre os políticos levou à unanimidade de
outra palavra que pertença
aprovação no momento da votação.”
à
sua
mesma
classe
gramatical. Caso apareça
antes dele “ao” é porque
haverá crase ali.
Substantivo feminino
Fazendo a substituição, temos:
“A união entre os políticos levou ao desentendimento de
aprovação no momento da votação.”
Substantivo masculino
Ao substituir unanimidade por desentendimento, apareceu o ao. Há,
portanto, crase.
Gabarito: e
5. “O argumento contrário ao direito à privacidade é o direito à
informação.”
Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase segue a mesma regra
do fragmento acima.
(A) Pedro gosta de dormir à tarde.
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(B) Sérgio se referiu à empresa em que trabalhou.
(C) Maria vai à biblioteca aos sábados.
(D) João foi fiel à namorada durante o namoro
(E) O menino ofereceu ajuda à velhinha.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: A regra para esta questão é a seguinte: Há um nome, “direito”, ao
qual está ligado um complemento, “privacidade”, por meio da preposição
“a”. Pronto. O nosso esqueminha da regra é:
NOME + PREPOSIÇÃO + COMPLEMENTO.
Esta alternativa não serve como gabarito porque “à tarde” é locução
adverbial de tempo e não completa sentido de nome, já que faz referência
ao verbo “dormir”, ao qual acrescenta uma circunstância de tempo.
Letra “b”: Errada. O termo “a empresa” é objeto indireto, portanto, completa
o sentido de um verbo, não de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Letra “c”: Errada. “À biblioteca” completa o sentido do verbo “vai”. Mais uma
vez, não completa o sentido de um nome.
Letra “d”: Correta. Pois “à namorada” completa o sentido do nome “fiel”. Vêse, assim, a mesma regra do enunciado base:
NOME + PREPOSIÇÃO + COMPLEMENTO.
Letra
“e”:
Errada.
Temos
aqui
um
verbo
bitransitivo,
com
dois
complementos: “O menino ofereceu ajuda à velhinha.”.
VTDI
+
OD +
OI
Como os complementos aqui são verbais, esta alternativa não está conforme
a regra do texto cabeça da questão.
Gabarito: d
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6. Assinale a alternativa que apresenta o mesmo emprego de crase
ocorrido em “Graças aos avanços no saneamento básico, à descoberta de
novas drogas e a fatores ambientais e de prevenção”
(A) Devido às dificuldades da velhice, é melhor preparar-se com antecedência
para esta fase da vida.
(B) Quem alcança a velhice com saúde deve agradecer à oportunidade e ser
feliz.
(C) Possuía móveis à Luiz XV, condizentes com sua idade avançada.
(D) Aos idosos é dada a oportunidade de assistir à chegada de uma nova era.
(E) A sociedade ainda apresenta muito preconceito quando se refere à
velhice.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Correta. Mas uma vez temos a estrutura NOME + PREPOSIÇÃO +
COMPLEMENTO.
Vamos desmembrar o enunciado e desenvolvê-lo, para melhor
visualizarmos a regra:
“Graças aos avanços no saneamento básico,
graças à descoberta de novas drogas e
Nome + Preposição + Complemento
graças a fatores ambientais e de prevenção”
Assim, esta alternativa apresenta crase pelo mesmo motivo do enunciado
matriz:
Substantivo
“graças”
+
preposição
“às”
+
complemento
“descobertas”.
Letra “b”: Errada. “À oportunidade” está completando o verbo agradecer,
daí o erro.
Letra “c”: Errada. O termo “à Luiz XV”, que desenvolvido fica “à moda de
Luiz XV, tem o “à” acentuado porque é uma locução prepositiva. Ainda, não
complementa o sentido de nome algum, por isso que não serve para o nosso
gabarito, por não se encaixar na já comentada estrutura do texto inicial.
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Letra “d”: Errada. O verbo “assistir” no sentido de “ver” é transitivo indireto.
“À chegada”, portanto, é objeto indireto de “assistir”, não podendo ser o
gabarito, já que completa o sentido de um verbo, e não de um nome.
Letra “e”: Errada por não apresentar o mesmo emprego do texto principal.
“À velhice” completa o sentido do verbo “referir-se”.
Gabarito: a
2. PONTUAÇÃO E ACENTUAÇÃO GRÁFICA
1. No trecho: “... que transitam pela cidade suja, pobre, poluída,
dominada por mendigos,...” (4º§), o uso da vírgula justifica-se por
a) separar um vocativo.
b) isolar um adjunto adverbial.
c) demonstrar elipse do verbo.
d) separar aposição explicativa.
e) separar termos coordenados sem conectivos.
Gabarito: E.
COMENTÁRIO:
Letra “a”: Errada, pois não há nenhum vocativo no texto.
Letra “b”: Errada, pois dentre os termos isolados pela vírgula também não
há adjunto adverbial.
Letra “c”: Errada, pois não há omissão (elipse ou zeuga) de verbos. O único
verbo é “transitam” e ele não é retomado no texto.
Letra “d”: Apesar de o gabarito oficial ter considerado esta alternativa
incorreta, entendemos que ela está perfeitamente enquadrada no conceito
de aposto, visto que todas as palavras que se seguem isoladas por vírgulas
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referem-se ao vocábulo cidade, especificando-a, detalhando-a. Portanto,
função típica de aposto.
Letra “e”: Gabarito. A vírgula tem várias funções. Uma delas é isolar termos
coordenados, dispensando, assim, o uso do conectivo “e”. Escrevêssemos
com o conectivo, ficaria assim:
“... que transitam pela cidade suja e pobre e
poluída e dominada por mendigos,...”
2. Relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª, considerando a regra
gramatical de acentuação.
1. Regra das oxítonas.
2. Regra das paroxítonas.
3. Regra das proparoxítonas.
4. Regra da segunda vogal do hiato.
( ) Aí, atraísse, saída.
( ) Poderá, café, até.
( ) América, doméstico, demográfica.
( ) Crematórios, resquício, notícia.
A sequência está correta em
a) 1, 2, 3, 4
b) 2, 3, 1, 4
c) 4, 2, 1, 3
d) 1, 4, 3, 2
e) 4, 1, 3, 2
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Letra “a”: Errada. Não satisfaz a sequência.
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Letra “b”: Errada. Não satisfaz a sequência.
Letra “c”: Errada. Não satisfaz a sequência.
Letra “d”: Errada. Não satisfaz a sequência.
Letra “e”: Correta. As palavras na sequência 4 – 1 – 3 – 2 estão perfeitamente
condizentes com suas respectivas regras de acentuação.
Vamos criar uma tabela para classificarmos todas:
Aí, atraísse, saída
Hiatos
Poderá, café, até
Oxítonas
América, doméstico, demográfica
Proparoxítonas
Crematórios, resquício, notícia
Paroxítonas
Gabarito: E.
3. Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao emprego dos sinais de
pontuação e suas funções no texto.
(A) “Essas escolas ficam, principalmente, em regiões “mais conturbadas” de
nível per capita menor...” (marca a intercalação de um adjunto adverbial)
(B) “Além disso, a correção das provas é mais objetiva nessa disciplina do
que em português.” (marca a anteposição de um adjunto adverbial)
(C) “O pesquisador considerou as características individuais dos alunos
como sexo, cor, renda domiciliar...” (separa termos de mesma função)
(D) “Segundo a tese, que contou com a orientação da professora Ana Lúcia
Kassouf, o estudo...” (isola uma oração subordinada adjetiva explicativa)
(E) “...Evando Camargos Teixeira, que leciona na Universidade Federal de
Ouro Preto (Ufop),” (isola a oração subordinada adjetiva restritiva)
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Correta. Já vimos que a Língua Portuguesa possui uma ordem
padrão, que chamamos direta: SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTOS +
ADJUNTOS. Quando fazemos a transposição do adjunto para outro lugar
nessa sequência (para o início ou para o meio), ele deve ser isolado por
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vírgula. Agora atenção: Caso o adjunto adverbial seja formado por apenas
uma palavra ou duas, a vírgula é opcional. Ex.: Hoje estão fazendo muitas
guloseimas aqui! Percebeu que não usei a vírgula depois de “hoje”? Fi-lo
porque o adjunto tinha só uma palavra, optei, dessa forma, por não utilizar
a vírgula; isso dá mais fluência ao texto.
Letra “b”: Correta. Como o adjunto foi deslocado para o início da oração, o
autor isolou-o por vírgula. Reitero: Se “além disso” não estivesse isolado por
vírgula, ainda estaria mantida a correção gramatical, pelos motivos expostos
na alternativa anterior. Leia-a novamente.
Letra “c”: Correta. A vírgula é empregada para separar termos de mesma
função sintática (separar uma sequência de objetos diretos, por exemplo.
Veja: Comprei um carro, uma moto, uma bicicleta...). Em tais casos, ela
substitui o conectivo aditivo “e”. Faça o teste e substitua a vírgula pelo “e”.
Letra “d”: Correta. Sempre as orações subordinadas adjetivas explicativas
serão isoladas por vírgula. Ex.: A Semana Santa, que é um período religioso,
é para lembrarmos da morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Letra “e”: Errada. Notem que a oração em apreço está isolada por vírgula e o
examinador denominou-a restritiva. Eis o erro da questão, pois ela é, como
você já sabe, explicativa. Para que ela fosse restritiva, teríamos que retirar
as vírgulas, ficando assim:
“...Evando Camargos Teixeira que leciona na Universidade Federal de Ouro
Preto (Ufop)”
SEM VÍRGULA = O S A RESTRITIVA
Gabarito: e
4. “Os oficiais norte-americanos afirmaram ter documentação de
identificação do corpo do terrorista e que o corpo foi fotografado antes
de ser jogado no mar...”
O fragmento acima apresenta um problema de paralelismo sintático. Assinale
a alternativa que apresenta a sua reescrita correta, sem esse problema de
paralelismo sintático.
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(A)
Os
oficiais
norte-americanos
afirmaram
ter
documentação
de
identificação do corpo do terrorista e ter fotografado o corpo antes de ser
jogado no mar...
(B) Os oficiais norte-americanos afirmaram que tem documentação de
identificação do corpo do terrorista e fotos do corpo antes de ser jogado no
mar...
(C) Os oficiais norte-americanos afirmaram que tem documentação de
identificação do corpo do terrorista e de que o corpo foi fotografado antes
de ser jogado no mar...
(D) Os oficiais norte-americanos afirmaram que têm documentação de
identificação do corpo do terrorista e que o corpo foi fotografado antes de
ser jogado no mar...
(E)
Os
oficiais
norte-americanos
afirmaram
ter
documentação
de
identificação do corpo do terrorista e que fotografaram o corpo antes de ser
jogado no mar...
COMENTÁRIOS:
Chegamos agora a uma questão excelente! De pequena incidência até agora,
mas muito boa para trabalharmos os termos correlacionados, ou processo
correlacional ou ainda os termos paradependentes. Por oportuno, frise-se
que o paralelismo sintático não é um problema. O problema está em se
construírem orações desconexas sintaticamente. Feitas essas considerações,
vamos aos comentários.
Para que ocorra o paralelismo sintático tem que haver simetria de
construção dos termos, isto é, termos de função semelhante devem vir
dispostos um após o outro: Objeto com objeto; agente da passiva com
agente da passiva e assim por diante. Isso quer dizer que se eu vou
correlacionar dois objetos diretos, entre eles não deve haver outros termos,
do contrário o paralelismo estará descaracterizado. Lembre-se de que
paralelo significa lado a lado. Assim, não pode haver termo de outra
classificação sintática entre dois outros de igual função.
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Agora que você já entendeu o que significa paralelismo sintático, vamos de
vez aos comentários.
Letra “a”: Correta. Esta alternativa desconstrói o desvio da norma culta
presente no texto base da questão e faz o paralelismo sintático de forma
correta, pondo os dois objetos direitos um ao lado do outro, sem termos
interferentes entres ambos. Veja o texto original:
“Os oficiais norte-americanos afirmaram ter (verbo transitivo direto)
documentação de identificação do corpo do terrorista (objeto direto) e
que o corpo foi fotografado antes de ser jogado no mar...” (não é objeto
direto e “ter”).
Assim, os objetos não estado lado a lado, não houve paralelismo sintático.
Veja agora a reescrita com o paralelismo sintático:
Os oficiais norte-americanos afirmaram ter documentação de identificação
do corpo do terrorista (objeto direto de ter) e ter fotografado o corpo antes
de ser jogado no mar... (objeto direto de ter)
Notaram? Ficou objeto direto ao lado (paralelo) de objeto direto.
Veja um exemplo mais simples, para sedimentarmos a aprendizagem:
Ou ele estuda na biblioteca ou em casa.
Há desvio da norma culta, pois o termo “ele estuda” está quebrando o
paralelismo, já que está entre os dois “ou”. O correto seria assim:
Ele estuda ou na biblioteca ou em casa.
Note que agora os termos estão lado a lado, estão paralelos, sem nenhum
outro termo entre eles.
Letra “b”: Errada. Além de não construir o paralelismo, pois entre “e fotos”
deveria haver a expressão “que têm”, esta alternativa possui um erro
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ortográfico, pois não acentuou o “tem”, que está no plural, já que se refere a
“oficiais norte-americanos”. O correto seria “têm”.
Letra “c”: Errada. Mais uma vez, aparece o verbo “tem” sem acento. Afora
isso, percebemos um “de” entre os objetos, o que quebra o paralelismo: “e de
que o corpo”. Essa preposição é, neste contexto, perfeitamente descartável.
Letra “d”: Errada. A expressão “que tem” só aparece em uma oração, mas não
na outra. Muda, portanto a estrutura.
Letra “e”: Errada. O fragmento “e que fotografaram” deveria ser “e ter
fotografado. Aí, sim, teríamos estruturas correlatas, um paralelismo
sintático.
Gabarito: a
5. De acordo com o Novo Acordo Ortográfico, a palavra que sofreu
alteração foi
(A) Coreia, pois paroxítonas terminadas em ditongos ei e oi não se acentuam
mais.
(B) três, pois pertence às palavras monossilábicas terminadas com a
consoante s.
(C) aluno-professor, pois compostos de substantivos passaram a ser grafados
com hífen.
(D) aguado, pois as palavras que possuíam trema perderam-no, exceto os
nomes próprios.
(E) anfiteatros, pois compostos cuja formação se perdeu pelo uso não tem
mais hífen.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Correta. Os ditongos abertos “éi” e “ói”, nas palavras paroxítonas,
perderam os acentos gráficos conforme novo acordo ortográfico. Assim,
hoje, temos: Coreia, assembleia, ideia, jiboia, claraboia, paranoia etc.
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Fique esperto. O acento só saiu das PAROXÍTONAS. As monossílabas
tônicas: méis, dói; e as oxítonas: coronéis, heróis, troféus, continuam com
acento nos referidos ditongos.
Letra “b”: Errada. Nossa! Viagem total do examinador. Nunca houve tal regra!
A palavra três recebe acento por ser monossílaba tônica terminada em e(s).
Acentuam-se todos os monossílabos tônicos terminados em –A(S), -E(S) e –
O(S), ou seja, seguidos ou não de “s”. Exs.: Pá(s), três, nó(s).
Letra “c”: Errada. Recebe o hífen porque o segundo termo indica uma
finalidade do primeiro. Outros exemplos: Navio-escola, decreto-lei, homemrobô.
Letra “d”: Errada. Esta palavra, “aguado”, não tinha hífen antes do novo
acordo ortográfico. O trema caiu dos grupos –GUE, -GUI, -QUE e –QUI e tal
vocábulo tem -GUA (aguado)! Exs.: linguiça, cinquenta etc. Conservou-se o
trema somente na onomástica (em nomes estrangeiros e em seus derivados).
Exs.: Müller, mülleriano.
Letra “e”: Errada. “Anfi” é um prefixo terminado em vogal que está sendo
ligado a uma palavra iniciada por consoante diferente de “h”, por isso que
não tem hífen. Regra: Ligam-se por hífen os prefixos terminados em vogal e
cuja palavra seguinte inicie-se por consoante diferente de “h”.
Gabarito: a
6. Assinale a alternativa correta quanto à acentuação das palavras.
(A) Minoritário
(B) Benefíciar
(C) Dependênte
(D) Tolerânte
(E) Fenomenál
COMENTÁRIOS:
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Gabarito: a
Letra “a”: Correta. Paroxítona terminada em ditongo.
Letra “b”: Errada. A sílaba tônica é a última, ou seja, este vocábulo é oxítono.
Descabido, portanto, tal assento como se fosse paroxítona.
Letra “c”: Errada. “Dependente” não tem acento gráfico. Tem acento
prosódico, que é aquele que nos indica a sílaba tônica das palavras. Todos
os vocábulos tem esse acento, como flor, casa, coco, coelho. Esses não têm
acento gráfico, mas possuem acento prosódico indicando qual a sílaba
tônica. Ela é paroxítona, e as tais quando terminadas em –E não recebem
acento gráfico.
Letra “d”: Errada. Pelo mesmo motivo da alternativa anterior.
Letra “e”: Errada. Oxítonas terminadas em –L não recebem acento gráfico.
7. A vírgula empregada em “...o Clube de Roma, a paralisia do
crescimento econômico.” (4.§) justifica-se pelo mesmo motivo daquela
empregada em
(A) “Seu consumo caiu 98%; o preço, 90%.” (5.§)
(B) “Mil anos atrás, bem antes da industrialização...” (3.§)
(C) “Para ele, como a população crescia em progressão...” (1.§)
(D) “...então sob forte demanda, durariam apenas treze...” (5.§)
(E) “Apesar de tais lições, volta-se a falar em limites...” (7.§)
COMENTÁRIOS:
Vejamos a frase base da questão:
“...o Clube de Roma, a paralisia do crescimento econômico.”
Zeugma do verbo SER
Agora sabemos que estamos em busca de uma incidência da figura de
linguagem chamada zeugma. Prossigamos.
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Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
Letra “a”: Correta. Temos aqui o uso de uma figura de linguagem chamada
zeugma, que é um tipo especial de elipse. Consiste em omitir um termo já
utilizado na oração, marcando tal omissão por uma vírgula. Sem a referida
figura, a frase ficaria assim:
“Seu consumo caiu 98%; o preço, 90%.”
Zeugma do verbo CAIR
Agora sem zeugma: “Seu consumo caiu 98%; o preço CAIU 90%.”
Sem zeugma, o verbo veio expresso.
Letra “b”: Errada. A vírgula aqui está isolando o adjunto adverbial de tempo.
A posição desse termo é no final da oração. Quando ele é deslocado para o
início ou para o meio, devemos usar a vírgula.
Letra “c”: Errada. Não temos aqui nenhuma zeugma. A vírgula foi usada para
assinalar a intercalação da oração seguinte.
Letra “d”: Errada. Caberia vírgula depois do “então”, pois o termo seguinte –
“sob forte demanda,” – deve ser isolado por vírgulas. Não há zeugma.
Letra “e”: Errada. As expressões concessivas têm valor adverbial. Assim, elas
devem, quando deslocadas para o início da oração, ser isoladas por vírgula.
Aqui também não há zeugma.
Gabarito: a
Alarmismo ambiental e consumo, Maílson da Nóbrega
1.§ Muitos previram o fim do mundo nos ultimos 200 anos. Thomas Malthus
(1766-1834) falava em risco de catastrofe humana. Para ele, como a populaçao crescia
em progressao geometrica e a produçao de alimentos em progressao aritmetica, a fome
se alastraria. Assim, para controlar a expansao demografica, Malthus defendia a
abstinencia sexual e a negaçao de assistencia a populaçao em hospitais e asilos. O risco
foi superado pela tecnologia, que aumentou a produtividade agrícola.
2.§ Hoje, o alarmismo vem de ambientalistas radicais. A catastrofe decorreria do
aquecimento global causa do basicamente pelo homem, via emissoes de dioxido de
carbono. Em 2006, o governo britanico divulgou relatorio de grande repercussao,
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
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Reescrita de Frases
preparado por sir Nicholas Stern, assessor do primeiro-ministro Tony Blair. Stern
buscava alertar os que reconheciam tal aquecimento, mas julgavam que seria um
desperdício enfrenta-lo. O relatorio mereceu dura resposta de Nigel Lawson, exministro
de Energia e da Fazenda de Margaret Thatcher, hoje no grupo dos “ceticos”, isto e, os que
duvidam dos ambientalistas. No livro An Appeal to Reason (2008), Lawson atribuiu
objetivos políticos ao documento, que nao teria merito nas conclusoes nem nos
argumentos.
3.§ Lawson afirma que o aquecimento nao tem aumentado desde a virada do
seculo e que sao comuns oscilaçoes da temperatura mundial. Ha 400 anos, o esfriamento
conhecido como “pequena era do gelo” fazia o Rio Tamisa congelar no inverno. Mil anos
atras, bem antes da industrializaçao — que se diz ser a origem da mudança climatica —
, houve um “aquecimento medieval”, com temperaturas tao altas quanto as atuais. “Muito
antes, no Imperio Romano, o mundo era provavelmente mais quente”, assinala. De fato,
sempre me chamou atençao o modo de vestir de gregos e romanos, que aparecem em
roupas leves em pinturas da Grecia e da Roma antigas. Nunca vi um deles metido em
pesados agasalhos como os de hoje.
4.§ Entre Malthus e os ambientalistas, surgiram outros alarmistas. Em 1968, saiu
o livro The Population Bomb, do biologista americano Paul Ehrlich, no qual o autor
sustentava que o tamanho excessivo da populaçao constituiria ameaça a sobrevivencia
da humanidade e do meio ambiente. Em 1972, o Clube de Roma propos o “crescimento
zero” como forma de enfrentar a exaustao rapida de recursos naturais. Ehrlich defendia
a reduçao do crescimento populacional; o Clube de Roma, a paralisia do crescimento
economico. Nenhum dos dois
estava certo.
5.§ Em artigo na ultima ediçao da revista Foreign Affairs, Bjom Lomborg,
destacado “cetico”, prova o enorme fracasso das previsoes catastroficas do Clube de
Roma. Dizia-se que em uma geraçao se esgotariam as reservas de alumínio, cobre, ouro,
chumbo, mercurio, molibdenio, gas natural, petroleo, estanho, tungstenio e zinco. As de
mercurio, entao sob forte demanda, durariam apenas treze anos. Acontece que a
inovaçao tecnologica permitiu substituir o mercurio em bateriase outras aplicaçoes. Seu
consumo caiu 98%; o preço, 90%. As reservas dos demais metais aumentaram e outras
inovaçoes reduziram sua demanda. O colapso nao ocorreu.
6.§ Como o Clube de Roma pode ter errado tanto? Segundo Lomborg, seus
membros desprezaram o talento e a engenhosidade do ser humano e “sua capacidade de
descobrir e inovar”. Se as sugestoes tivessem sido acatadas, meio bilhao de chineses,
indianos e outros teriam continuado muito pobres. Lomborg poderia ter afirmado que o
Brasil estaria mais desigual e nao haveria a ascensao da classe C.
7.§ Apesar de tais liçoes, volta-se a falar em limites físicos do planeta. Na linha do
Clube de Roma, defendese o estancamento da expansao baseada no consumo de bens
materiais. Se fosse assim, inumeros países seriam congelados em seu estado atual, sem
poder reduzir a pobreza nem promover o bem-estar.
8.§ Mesmo que o homem nao seja a causa basica do aquecimento, e preciso nao
correr riscos e apoiar medidas para conter as emissoes. Mas tambem resistir a ideias de
frear o consumo. Alem de injusta, a medida exigiria um impossível grau de coordenaçao
e renuncia ou um inconcebível comando autoritario. Desprezaria, ademais, a capacidade
do homem de se adaptar a novas e desafiantes situaçoes.
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Português – Super Revisão:
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Reescrita de Frases
Revista Veja, ediçao 2.285. p. 24.
8. Considerando a acentuação da palavra indústria, pode-se dizer que
recebeu o acento agudo por
(A) ser proparoxítona.
(B) ser oxítona terminada em –a.
(C) ser paroxítona terminada em ditongo.
(D) ser oxítona terminada em ditongo.
(E) ser paroxítona com a vogal “i” na última sílaba.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Errada. Indústria é paroxítona terminada em ditongo, por isso
que recebe acento, já que há expressa previsão na regra para tal. Não é,
portanto, proparoxítona!
Letra “b”: Errada. É paroxítona terminada em ditongo.
Letra “c”: Correta. Está de acordo com a regra.
Letra “d”: Errada. É paroxítona terminada em ditongo.
Letra “e”: Errada. É paroxítona terminada em ditongo. O –I deveria estar
sozinho, sem outra vogal, na última sílaba, como em jú-ri, para receber
acento. Note que o examinador tentou confundir você, já que nesta
alternativa o –I aparece num ditongo.
Gabarito: c
9. Assinale a alternativa incorreta, considerando a acentuação das
palavras físicas, psíquicas e biológicas (linha 14) e o novo acordo
ortográfico.
(A) A maioria das palavras que foram alteradas, quanto à acentuação, por
força do Novo Acordo Ortográfico são paroxítonas.
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Português – Super Revisão:
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(B) As palavras mencionadas estão marcadas com acento agudo, pois ainda
cumprem a regra anterior. Segundo o Novo Acordo Ortográfico, não seriam
acentuadas.
(C) O acento agudo empregado nas três palavras indica sua sílaba tônica,
portanto são proparoxítonas. Segundo a regra, que não sofreu alteração com
o Novo Acordo, todas as proparoxítonas são acentuadas.
(D) O Novo Acordo Ortográfico aboliu o trema, em regra.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Correta. Condiz com a realidade no novo acordo ortográfico.
Letra “b”: Incorreta. Gabarito. Todas as palavras mencionadas na pergunta
são proparoxítonas e as tais sempre foram acentuadas, seja antes, seja
depois do novo acordo ortográfico.
Letra “c”: Correta. Está perfeita!
Letra “d”: Correta. Aboliu sim. Restando trema apenas em alguns nomes e
em seus derivados.
Gabarito: b
Texto I, para responder as questões de 1 a 5.
O Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde foi instituído no ano de
2000, após sugestões recebidas dos gestores estaduais e municipais do SUS e da
sociedade em geral, passando a normatizar o processo de cadastramento em todo
Território Nacional.
O Sistema representa um desejo há muito aspirado por todos que utilizam as
informações de saúde como base para elaboração do seu trabalho, tanto no aspecto
operacional quanto gerencial. Os dados cadastrais constituem um dos pontos
fundamentais para a elaboração da programação, controle e avaliação da assistência
hospitalar e ambulatorial no país, assim como a garantia da correspondência entre a
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
capacidade operacional das entidades vinculadas ao SUS e o pagamento pelos serviços
prestados.
É um gigantesco empreendimento no sentido de adquirir o conhecimento
efetivo de como está formado o universo de estabelecimentos que cuidam da saúde da
nossa população, desde os grandes centros, até as mais longínquas localidades,
tornando visível esse cenário a toda sociedade, fortalecendo o controle social.
Disponível em: em http://cnes.datasus.gov.br/Info_ Introdução.asp. (com adaptações).
Acesso em 29 /9/2012
10. Em relação ao texto I, assinale a alternativa correta.
(A) O uso do acento em “país” (linha 09) se justifica pela mesma regra do uso
em “visível” (linha 20).
(B) No primeiro parágrafo do texto, de acordo com as regras de acentuação
gráfica, o particípio do verbo “instituir” está corretamente acentuado.
(C) A palavra “está” (linha 13) foi acentuada corretamente por se classificar
morfologicamente como pronome.
(D) Não haveria prejuízo às normas de acentuação gráfica se o verbo “ser’
(linha 13) fosse empregado sem o acento.
(E) Na linha 14, a palavra “longínquas” está empregada em desacordo com as
normas de acentuação gráfica.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Errada. “País” segue a regra dos hiatos, já “visível” segue a regra
das paroxítonas.
Letra “b”: Correta. “Instituído”. Regra de acentuação dos hiatos. Quando o
“i” como segunda vogal do hiato vem sozinho na sílaba, seguido ou não de
“s”, ele recebe acento. É a regra.
Letra “c”: Errada. Pronome?! Tal vocábulo é verbo! Segue a regra das oxítonas
terminadas em –A.
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
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Letra “d”: Errada. Haveria, sim, porque “está” é oxítona terminada em –A,
devendo, assim, ser acentuada.
Letra “e”: Errada. Está de acordo com a regra de acentuação das paroxítonas.
Gabarito: b
11. Em relação ao texto II, assinale a alternativa correta, em relação à
acentuação gráfica das palavras.
(A) O acento existente em “sentá-lo” deve-se à palavra ser paroxítona.
(B) O verbo “conter”, quando conjugado na 2a pessoa do singular, manterá o
acento circunflexo: “Tu contêns um ar de alegria”.
(C) A acentuação está correta na expressão “sempre comigo um pouco avido”.
(D) Utilizar-se-á a crase na reescrita do trecho “sempre comigo, à não ser
quando triste”.
(E) A expressão “Sempre singular comigo” pode ser reescrita e corretamente
acentuada na forma “sempre única comigo”.
Texto II, para responder a questão 7.
1 É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
4 E como sempre singular comigo.
Vinícius de Moraes
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Errada. O acento deve-se ao fato de “sentá-lo” ser oxítona
terminada em –A.
Letra “b”: Errada. O verbo “conter” possui uma regra especial de acentuação,
como segue:
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
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2ª pessoa do singular
Conténs. Note que o acento é agudo, não
circunflexo. Eis o erro!
3ª pessoa do singular:
Contém
3ª pessoa do plural:
Contêm. Aqui, sim, o acento é circunflexo.
Demais pessoas:
Não recebem acento:
Eu contenho
Nós contemos
Vós contendes
Letra “c”: Errada. Tal vocábulo é “ávido”, que significa aquele que deseja
com ardor. “Avido”, sem acento, só se for do verbo haver, lógico que com o
“h”: Havido.
Letra “d”: Errada. Não caberá o acento grave antes de advérbio de negação,
simplesmente porque antes deles não se usa artigo feminino. O correto é:
“sempre comigo, a não ser quando triste”.
Letra “e”: Correto. A frase reescrita mantém o mesmo sentido e conserva a
regra ortográfica quando acentua a palavra “única”, que é proparoxítona.
Estas sempre recebem acento.
Gabarito: e
3. CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
1. Tendo em vista a norma culta, assinale a alternativa INCORRETA
quanto à concordância verbal.
a) A maioria deles desembarca na sala de aula sem nenhuma estratégia.
b) 1% dos alunos conhecem modernas teorias.
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
c) A causa de tantos jovens não terem conhecimentos básicos estão no ensino
fundamental.
d) 1% do alunado se encontra despreparado para ingressar no mercado de
trabalho.
e) 80% aprenderam teorias obsoletas.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Correta. Temos aqui uma expressão partitiva. São exemplos desse
tipo de expressão: O grosso de, uma parte de, metade de, grande número de,
uma porção de, a maioria de etc. há duas formas de concordância para o
verbo:
1ª possibilidade:
O verbo fica no singular concordando com o núcleo
dessas
expressões
(grosso,
parte,
metade,
número, porção, maioria etc.)
2ª possibilidade:
O verbo concorda com o termo da expressão
explicativa que as acompanha (Ex.: A maioria dos
alunos estudam bastante.)
Letra “b”: Correta. Estamos, agora, diante de outra regra: A de numerais
percentuais.
Quando
fracionários
seguidos
temos
de
na
uma
oração
numerais
expressão
percentuais
especificativa,
há
ou
duas
possibilidades de concordância: o verbo faz concordância tanto com o
numeral quanto com a expressão. Dessa forma, esta alternativa também
estaria correta se fosse escrita assim: “1% dos alunos conhece modernas
teorias.”
Letra “c”: Incorreta. Veja a frase abaixo:
“A causa de tantos jovens não terem conhecimentos básicos estão no
Sujeito
+
Verbo
ensino fundamental.”
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
O que notamos? Que o verbo não fez concordância com o seu sujeito: Eis o
erro desta alternativa. O correto seria:
“A causa de tantos jovens não terem conhecimentos básicos está no
Sujeito
+
Verbo
ensino fundamental.”
Letra “d”: Correta pela mesma regra da letra “b”. Para orações com numerais
percentuais ou fracionários seguidos de expressão especificativa, o verbo
poderá ficar no singular ou no plural. Nesta alternativa, tanto o numeral
“1”, quanto o termo especificativo “aluno” estão no singular. Assim, o verbo
ficará obrigatoriamente no singular.
Letra “e”: Correta. Concordância feita com 80, que é plural.
Gabarito: C.
2. “... cerca de R$ 1,4 milhão virá do consumo das famílias,
principalmente da classe C (com rendimentos entre R$ 1,4 mil e R$ 7 mil),
responsáveis por 51% do consumo total e que abrange 54% da população
brasileira atualmente.” Sobre as estruturas linguísticas empregadas e
aspectos semânticos no trecho destacado é correto afirmar que
a) “responsáveis” mantém concordância com “classe C”.
b) ao substituir a expressão “das famílias” por “da família”, o termo
“responsáveis” também deve ser alterado.
c) a expressão “responsáveis por 51%” pode ser substituída, sem prejuízo,
por “51% responsáveis”.
d) a característica “responsáveis” é atribuída a “rendimentos”.
e) a forma verbal “virá” admite, no trecho, a substituição de “do” por “ao”.
COMENTÁRIOS:
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
Letra “a”: Errada. Caso houvesse concordância, seria “responsável”, não
responsáveis.
Letra “b”: Correta. Pois “responsáveis” concorda com “famílias”. Alterando
um, tem-se que alterar o outro também.
Letra “c”: Errada. A percentagem refere-se ao consumo. Caso fosse feita a
troca sugerida na alternativa, a percentagem passaria a referir-se às famílias,
o seria uma incoerência textual.
Letra “d”: Errada. Já vimos que “responsáveis” refere-se a “famílias”.
Letra “e”: Errada. Não admite porque “do” remete à origem do consumo.
“Ao” não teria o mesmo sentido. Além do que, a regência do verbo “vir”
requer a preposição “de”.
Gabarito: B.
3. Assinale a alternativa que, em conformidade com a norma padrão,
preserva o sentido original do verso “Talvez ainda faça um monte de
gente feliz” (v. 19).
(A) Talvez eu ainda faça bastantes pessoas felizes.
(B) Quem sabe ainda faça bastante pessoas felizes.
(C) Talvez, ainda, eu faça algumas pessoas feliz.
(D) Talvez, quem sabe, eu possa fazer pessoas felizes o bastante.
(E) Talvez ainda faça bastante pessoas felizes.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Correta. Para saber se bastante é advérbio (invariável) ou adjetivo
(variável), basta pronunciá-lo no plural: bastantes, se for possível a sua
passagem para o plural, ele será adjetivo e, consequentemente, estará
correto no plural. É o que acontece nesta alternativa, daí estar perfeitamente
de acordo com a norma culta. Veja esta frase: “Aqui em Bacabal está fazendo
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
bastante calor”. Tentemos transcrever no plural: Aqui em Bacabal está
fazendo bastantes calor. Não é possível! “Bastante” é, nesse exemplo,
advérbio.
Letra “b”: Errada, porque “bastante” aqui pode sim ir para o plural, já que é
um adjetivo e concorda com “pessoas”. Veja: “Quem sabe ainda faça
bastantes pessoas felizes”. Outro critério prático é substituir bastantes por
muitos, se a troca for possível, pode flexionar o bastante. Assim: “Quem sabe
ainda faça muitas/bastantes pessoas felizes”. Perfeito!
Letra “c”: Errada. O “feliz” concorda com “algumas pessoas”, portanto, tem
que ficar no plural, assim: “algumas pessoas felizes.”
Letra “d”: Errada, porque com a alteração, o número de pessoas felizes não
seria o foco. O xis da questão seria a intensidade com as pessoas ficariam
felizes, independentemente de quantas. Não conserva, por isso, o sentido
pretendido pelo autor do texto. Reitero: O sentido do texto é a quantidade
de pessoas, não a qualidade/intensidade da felicidade delas.
Letra “e”: Errada. Tente substituir bastante por “muitas”, é outro recurso
prático. Se a substituição por possível, bastante deverá ir para o plural.
Vamos ver: “Talvez ainda faça bastante pessoas felizes.”
“Talvez ainda faça muitas pessoas felizes.
Perfeitamente possível, logo, bastante deveria ter ficado no plural
concordando com felizes.
Gabarito: a
4. Assinale a alternativa correta quanto à concordância nominal e ou
verbal.
(A) Eu e meu primo tinham (ter - pretérito imperfeito indicativo) medo e
temor jamais vistos quando enfrentava-mos (enfrentar - pretérito imperfeito
do indicativo) a escuridão.
(B) Você e sua mãe poderam (poder - futuro do presente) fazer hoje o trabalho
e a produção proposto (proposto) pelo professor.
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
(C) Serenos (sereno) juízo e deliberação sempre demonstraram meu avô e
minha tia (demonstrar - pretérito perfeito do indicativo).
(D) Outro tanto não dissem os rapazes (dizer – pretérito perfeito do
indicativo).
(E) Ao lado direito havia bancos (haver – pretérito imperfeito do indicativo);
em cada um poderiam (poder futuro do pretérito do indicativo) sentar-se a
gosto quatro pessoas no grande jardim.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Errada. O correto é “Eu e meu primo tínhamos”, porque “eu” + “ele”
= “nós. O verbo, assim, fica na 1ª pessoa do plural. Há ainda outro erro na
alternativa: “enfrentava-mos” não se escreve dessa forma, mas sim desta:
enfrentávamos.
Letra “b”: Errada. O futuro do presente de “poder” não é “poderam”, mas
sim: “poderão”. Você e sua mãe = Vocês. Vocês poderão. Ainda há outro erro:
“o trabalho e a produção proposto”. A regra diz que quando o adjetivo é
posposto
a
dois
substantivos
de
gêneros
diferentes
pode
haver
concordância com ambos ou com o último.
Poderíamos ter:
“trabalho e a produção propostos” – concordância feita com ambos. Como
há um no masculino e outro no feminino, prevalece o masculino no plural.
Ou
“trabalho e a produção proposta” – concordância feita um o último
substantivo, que é feminino.
Letra “c”: Errada. Quando o adjetivo na função de adjunto adnominal vem
antes de uma sequência de substantivos, a concordância é feita com o
primeiro. Na alternativa em comento, deveria ficar assim: “sereno juízo e
deliberação”.
Adjetivo + 1º termo
Letra “d”: Errada. O correto seria “disseram” os rapazes.
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
Letra “e”: Correta. “Havia bancos” está correto porque “haver” está
empregado no sentido de “existir” e em tais casos é impessoal, fincando na
3ª pessoa do singular. “Poderiam” concorda com “quatro pessoas no grande
jardim”. Questão sem nenhuma erro de concordância.
Gabarito: e
5. O texto apresenta coerência quanto ao emprego da concordância
verbal, exceto em
(A) “às interrupções no abastecimento que aconteceram entre setembro”
(linhas 8 e 9).
(B) “alguns casos chegaram a mais de três dias” (linha 11).
(C) “As ocorrências afetaram pelo menos 590 mil unidades” (linha14).
(D) “AES Eletropaulo informou "que”.
(E) “Após a análise dos documentos, o Procon concluiu que” (linha 20).
Fragmento do Texto:
Eletropaulo é multada em R$ 4,7 milhões por blecautes em SP
A concessionária AES Eletropaulo, empresa responsável pelo fornecimento de energia
na Grande São Paulo, foi multada nesta quinta-feira em R$ 4,7 milhões pelo Procon
(Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor). A multa é referente às interrupções no
abastecimento que aconteceram entre setembro de 2010 e janeiro de 2011.
De acordo com o Procon, a multa também foi provocada pela demora excessiva no
restabelecimento, que em alguns casos chegaram a mais de três dias, e por ter deixado
o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) indisponível.
As ocorrências afetaram pelo menos 590 mil unidades consumidoras. Na quinta-feira,
24, a empresa compareceu ao Procon para apresentar os esclarecimentos sobre os
blecautes.
Os documentos detalham o tempo de duração dos blecautes, motivos, número de
consumidores afetados, medidas adotadas, ressarcimento dos prejuízos causados, entre
outros.
Após a análise dos documentos, o Procon concluiu que a empresa agiu em desacordo
com o Código de Defesa do Consumidor por ter deixado de assegurar a continuidade de
serviço.
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
Por meio de nota, a AES Eletropaulo informou "que está analisando o auto de infração
emitido pelo Procon e que tomará as medidas administrativas cabíveis".
Folha de São Paulo http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/884141-eletropaulo-emultada-em-r-47-milhoes-por-blecautes-em-sp.shtml
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Correta. “Interrupções” concorda com “aconteceram”.
Letra “b”: Errada. Temos que lançar mão do período inteiro para
percebermos o erro desta alternativa:
“De acordo com o Procon, a multa também foi provocada pela demora
excessiva no restabelecimento, que em alguns casos chegaram a mais de
três dias.”
O verbo “chegar” concorda com “demora excessiva no restabelecimento”,
que é singular. Portanto, deveria estar no singular: chegou. Eis o erro.
O correto:
“De acordo com o Procon, a multa também foi provocada pela demora
excessiva no restabelecimento, que em alguns casos chegou a mais de três
dias.”
Letra “c”: Correta. “As ocorrências afetaram”, verbo concordando com o
sujeito.
Letra “d”: Correta. A Eletropaulo informou... esse verbo neste texto é
transitivo direto, por isso as orações subordinadas substantivas objetivas
diretas que se seguem iniciam-se pela conjunção integrante “que”: "que está
analisando o auto de infração emitido pelo Procon e que tomará as medidas
administrativas cabíveis". Não há erros nesta alternativa.
Letra “e”: Correta. “O Procon” singular, “concluiu”, singular.
Gabarito: b
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
4. REESCRITA DE FRASES
1. Dentre as reescritas referentes ao trecho: “Entre 2011 e 2020, o
consumo per capita deve aumentar 30% para as faixas A e B e cerca de
50% para as demais.”, há correção gramatical e semântica em
a) a partir de 2011 e 2020, o consumo per capita pode aumentar 30% para as
faixas A e B e cerca de 50% para as demais.
b) o consumo per capita deve aumentar 30% para as faixas A e B e cerca de
50% para as demais em 2011 e 2020.
c) entre 2011 e 2020, o consumo per capita devem aumentar 30% para as
faixas A e B e ainda, cerca de 50% para as demais.
d) entre 2011 e 2020, o consumo per capita deve aumentar cerca de 30% para
às faixas A e B e por volta de 50% para às demais.
e) entre 2011 e 2020, deve haver um aumento no consumo per capita de 30%
para as faixas A e B e em torno de 50% para as demais.
Gabarito: E.
COMENTÁRIO:
Letra “a”. Errada. A expressão “a partir” encerra ideia de início, de ponto de
partida, não de intervalo de tempo, como indica a preposição “entre”. O
sentido ficaria, incontestavelmente, alterado.
Letra “b”. Errada. Novamente: o termo “em 2011 e 2020” não indica intervalo
sequencial de tempo, mas tempos pontuais, momentos isolados. Indicam 2
anos apenas. Enquanto que a expressão “entre 2011 e 2020” indica vários
anos.
Letra “c”. Errada. Aqui, temos um erro de concordância, pois o verbo
concorda com o sujeito. Vejamos:
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
“o consumo per capita devem aumentar”
Sujeito singular
+ Verbo no plural (Errado)
Correto:
“o consumo per capita deve aumentar”
Sujeito singular
+ Verbo no singular (Correto)
Letra “d”. Errada. Temos dois erros de acentuação aqui:
“aumentar cerca de 30% para às faixas A e B
e por volta de 50% para às demais.”
Como sabemos, a crase é fusão de dois “as”, geralmente preposição exigida
pelo termo regente e um artigo feminino ou pronome demonstrativo iniciado
por “a”. O erro desta alternativa está em que o verbo “aumentar” é transitivo
direto, não necessitando, por isso, de preposição. Se falta a preposição “a”,
não temos mais os dois “as” e, por conseguinte, fica impossível a fusão, a
crase. O correto seria sem acento grave, já que só temos artigo feminino:
“aumentar cerca de 30% para as faixas A e B e
por volta de 50% para as demais.”
Os dois “as” são artigos.
Letra “e”. Correta. Após as trocas por outros termos equivalentes, mantevese a correção gramatical e conservou-se a coerência também.
2. “O professor não se tornará um profissional mais exitoso se não tiver
uma profunda melhora de preparo, por mais que seu salário seja
aumentado.” (8.§)
A reescrita que mantém o sentido original do fragmento acima é
(A) O professor só se tornará um profissional exitoso somente se ele tiver
aumento de salário e uma profunda melhora de preparo.
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
(B) Se o salário do professor for aumentado, ele se tornará um profissional
mais exitoso com uma profunda melhora de preparo.
(C) Ainda que o professor tenha uma profunda melhora de preparo, ele não
se tornará um profissional mais exitoso sem que seu salário seja aumentado.
(D) Por mais que o salário do professor seja aumentado, ele só se tornará um
profissional mais exitoso se tiver uma profunda melhora de preparo.
(E) A fim de o professor se tornar um profissional mais exitoso, ele tem de
ter uma profunda melhora de preparo, além de um salário aumentado.
COMENTÁRIOS:
A ênfase do texto não recai sobre o aumento de salário do professor, mas,
sim, sobre sua constante capacitação. Por mais que ele ganhe bem, caso não
se aperfeiçoe dia após dia, ele não será um bom profissional.
Bem, de posse da interpretação do enunciado base, ficou fácil a análise.
Vamos lá!
Letra “a”: Errada. Falha ao vincular o preparo do professor ao aumento de
salário como combinação indispensável para que ele seja exitoso. Não é isso,
como já vimos, que o texto diz.
Letra “b”: Errada. Porque o aumento do salário não é condição inequívoca
para o aumento do preparo do professor. Quantos profissionais há que
ganham muito bem e sequer têm coragem de comprar um livro! É um
absurdo, mas há muitas pessoas assim! Algumas vezes o que ganha menos
prepara-se melhor que o mais abastado.
Letra “c”: Errada. Atrelou o ser exitoso ao aumento do preparo e do salário
simultaneamente. Não é o que o texto diz.
Letra “d”: Correta. Está perfeita, vamos transcrevê-la:
Por mais que o salário do professor seja aumentado, ele só se tornará um
profissional mais exitoso se tiver uma profunda melhora de preparo.
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
Letra “e”: Errada. Mais uma vez condicionou o êxito do professor ao preparo
e ao aumento de salário concomitantemente. Como reiteradamente vimos,
não encontra base textual.
Gabarito: d
3.
“...à
medida
que
amadurecemos,
buscamos,
às
vezes
desesperadamente, essas duas grandes conquistas...” (6.° parágrafo). A
reescrita que mantém o sentido original desse fragmento é
(A) Quando amadurecemos, buscamos, às vezes desesperadamente, essas
duas grandes conquistas.
(B) Porquanto amadurecemos, buscamos, às vezes desesperadamente, essas
duas grandes conquistas.
(C) Amadurecemos tanto que buscamos, às vezes desesperadamente, essas
duas grandes conquistas.
(D) Desde que amadurecemos, buscamos, às vezes desesperadamente, essas
duas grandes conquistas.
(E) Conforme amadurecemos, buscamos, às vezes desesperadamente, essas
duas grandes conquistas.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Errada. O “quando amadurecemos” encerra uma ideia de
amadurecimento completo, ao passo que o amadurecimento do texto base é
paulatino, dá-se pouco a pouco, é um processo.
Letra “b”: Errada. O “porquanto” indica uma relação de causa e
consequência. Não está conforme o texto.
Letra “c”: Errada. Fala sobre uma quantidade grande de amadurecimento.
Foge, portanto, ao escopo do pretendido pelo mentor do texto.
Letra “d”: Errada. Aqui há uma referência pontual, isto é, chega-se a um
ponto de amadurecimento, para, assim, buscar as conquistas.
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
Letra “e”: Correta. Harmoniza-se perfeitamente ao texto base, passando a
ideia de amadurecimento paulatino, pouco a pouco, alcançado com o
decorrer do tempo.
Gabarito: e
4. Assinale a alternativa que apresenta uma correta reescrita, sem
prejuízo formal ou semântico, para o seguinte fragmento: “Existem
evidências de que pessoas com atitude positiva e fé possuem saúde
melhor”,
(A) “Houveram evidências de que pessoas que com atitude positiva e fé têm
saúde melhor.”
(B) “Há evidências de que pessoas com atitude positiva e fé tem saúde
melhor.”
(C) “Haverão evidências de que pessoas com atitude positiva e fé têm saúde
melhor.
(D) “Há evidências de que pessoas com atitude positiva e fé têm saúde
melhor.”
(E) “Houve evidências de que pessoas com atitude positiva e fé tem saúde
melhor.”
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Errada. O verbo “haver” indicando tempo é impessoal, ficando
na terceira pessoa do singular: houve (correto), não houveram (errado).
Letra “b”: Errada. Nesta alternativa o desvio da norma culta está na
acentuação do verbo “ter”. Ele faz concordância com pessoas, devendo ficar
no plural: têm (com circunflexo).
Letra “c”: Errada. O verbo “haver” indicando tempo, passado ou futuro, é
impessoal, ficando na terceira pessoa do singular: haverá (correto), não
haverão (errado).
Letra “d”: Correta. Mantém a coerência textual com o enunciado matriz e não
apresenta nenhum desvio ortográfico.
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
Letra “e”: Errada. Mais uma vez a falha está na acentuação do verbo “ter”.
Ele faz concordância com pessoas, devendo ficar no plural: têm (com
circunflexo): “Pessoas (elas) têm”. Veja a seguir a conjugação completa do
verbo “ter”:
EU
Tenho
TU
Tens
ELE
Tem
NÓS
Temos
VÓS
Tendes
ELES
Têm
Gabarito: d
5. Assinale a alternativa que reescreve passagens do texto com
preservação do sentido original e da norma-padrão.
(A) No Brasil, são recolhidas oficialmente 33 milhões de toneladas de entulho
por ano (linhas 5 e 6).
(B) No Brasil, são recolhidos oficialmente 33 milhões de toneladas de entulho
por ano, material suficiente para construir quase 500 mil casas populares de
50 metros quadrados cada uma (linhas 5 a 7).
(C) Aí começa as coletas da impureza (linha 11 e 12).
(D) O operário responsável por operar a máquina de brita tritura todos os
materiais em cinco diferentes tamanhos de grãos (linhas 13 e 14).
(E) Uma usina de reciclagem vai substituir a brita natural na construção de
blocos (linhas 18 e 19).
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
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Reescrita de Frases
Texto
Toda obra gera entulho. E o dono da obra quem deve assegurar a destinaçao
correta do entulho, normalmente os aterros. Quando isso nao acontece, ceramica, gesso,
cimento, concreto, vergalhao, madeira e outros materiais aparecem abandonados em
terrenos baldios, encostas de morros ou em leitos de rios e lagos.
No Brasil, sao recolhidos oficialmente 33 milhoes de toneladas de entulho por
ano. Material sui ciente para construir quase 500 mil casas populares de 50 metros
quadrados cada uma. Mas quem estuda o setor de construçao civil admite que a
quantidade gerada seja muito maior que essa.
Ha quem nao veja no entulho problema, e sim uma soluçao. Em Belo Horizonte,
por exemplo, o que e coletado nas ruas e levado para usinas de reciclagem. Tudo que
chega e despejado e espalhado no patio. A agua ajuda a baixar a poeira. Aí começa a
coleta das impurezas. Tudo que nao pode entrar na reciclagem do entulho e impureza, e
a cada dia sao separadas 10 toneladas de impurezas, que vao para o aterro. O britador
tritura todos os materiais em cinco diferentes tamanhos de graos.
Uma usina de reciclagem de entulho e uma linha de montagem de material de
construçao de diferentes tipos como, por exemplo, brita, que e muito comum para quem
esta fazendo obra, precisa de pedrinha. Ela vai substituir a brita natural na elaboraçao
de blocos, pavimentaçao, meio-i o. Esse material natural, que antes seria lixo, passa a ser
insumo para as nossas obras.
“Se eu fosse buscar no mercado para todas as obras municipais, seria uma
despesa importante, nao so o material, a brita e a areia, como o material que a gente usa
base e subbase de pavimentaçao, cobertura de valas”, fala o diretor de Planejamento da
Sup. Limpeza Urbana/BH, Lucas Garilho.
A primeira usina foi inaugurada ha 17 anos. Hoje sao tres em atividade,
transformando 460 toneladas de detritos, por dia, em materia-prima para a construçao
civil. Apenas no ano passado, Belo Horizonte reciclou mais de 112 mil toneladas de
entulho. Com esse material, seria possível construir: 1.651 casas populares com 50
metros quadrados; 34 quilometros de ruas com dez metros de largura; 67 escolas com
mais de mil metros quadrados.
Se fosse comprar esses materiais no mercado, Belo Horizonte teria de gastar
aproximadamente R$ 7 milhoes por ano. “Um bloco no mercado, ele esta em torno de R$
1,00, R$ 1,20. Para nos sai com uma reduçao em torno de 40%, um valor menor do que
esse. A gente tem uma economia de 40% em cada bloco”, conta Garilho.
Nao e difícil encontrar na capital mineira construçoes feitas a partir do entulho
reciclado. E o caso de um galpao de pneus velhos. O piso foi feito de entulho, paredes
feitas de entulho. A primeira vista, nao da pra identificar a origem. A pergunta que
interessa e: da para confiar, e seguro? “Para esse tipo de construçao — um piso mais
grosseiro, um bloco de vedaçao —, o entulho reciclado, ele pode ser tranquilamente
utilizado”, afirma Garilho.
Isso e um exemplo de que, aos poucos, o Brasil vai descobrindo a riqueza do
entulho. Menos mineraçao, menos custos, mais inteligencia na hora de construir o novo,
reaproveitando o que nunca mereceu ser chamado de velho.
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Português – Super Revisão:
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COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Errada. Não apresentam flexão de gênero milhão, bilhão, trilhão e
quatrilhão, fincando sempre no masculino. Dessa forma, o correto é
“recolhidos oficialmente 33 milhões de toneladas”.
Letra “b”: Errada. Apesar de o gabarito oficial ter considerado errada esta
alternativa, no nosso entendimento ela também está correta, pois mantém o
sentido do texto, tendo por única diferença a troca de um ponto por uma
vírgula que, ao nosso ver, não mudou o entendimento pretendido pelo autor.
Letra “c”: Errada. “Aí começa as coletas da impureza”. Nota-se claramente
o erro de concordância. O verbo deve concordar com o seu sujeito. Correto
seria: “Aí começam as coletas da impureza”.
Letra “d”: Correta. Sem problemas semânticos ou ortográficos.
Letra “e”: Errada. Houve uma confusão aqui quanto “ao que vai substituir”!
Ou seja, quanto ao sujeito oracional. Veja a alternativa:
“Uma usina de reciclagem vai substituir
a brita natural na construção de blocos” (Errada)
Note, todavia, que o texto fala de britas que seriam produzidas a partir de
material reciclável. Assim sendo, manteria o sentido do texto se estivesse
reescrito assim:
“Uma brita reciclada vai substituir
a brita natural na construção de blocos” (Correta)
Assim, percebemos que o erro foi colocar o termos “uma usina de
reciclagem” para ocupar o lugar de sujeito. Isso foi feito, lógico, para
confundir você. Uma leitura atenta ao texto, todavia, nos “salva” dessas
armadilhas. Aliás, releia o trecho agora e veja como ficará claro em sua
mente.
Gabarito: d
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
6. O trecho “Somente a partir do momento em que as organizações
alcançaram um certo tamanho e complexidade(...)” (linhas 24 a 26) pode
ser reescrito, sem prejuízo sintático e sem alteração semântica, da
seguinte forma:
(A) “Somente a partir do momento cujas as organizações alcançaram um
certo tamanho e complexidade(...)”.
(B) “Somente a partir do momento onde as organizações alcançaram um certo
tamanho e complexidade(...)”.
(C) “Somente a partir do momento no qual as organizações alcançaram um
certo tamanho e complexidade(...)”.
(D) “Somente a partir do momento as quais as organizações alcançaram um
certo tamanho e complexidade(...)”.
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Errada. O pronome relativo cujo é o único em Língua Portuguesa
que conservou a forma e o sentido que possuía no latim. Indica posse.
Assim, relaciona um termo antecedente a um consequente atribuindo ao
primeiro uma ideia de posse em relação segundo. Vamos ver um exemplo,
para sedimentarmos:
Ex.: O Voyage cujo pneu furou é 2010.
Antecedente
Consequente
Pronome relativo (posse)
O “pneu” é do “Voyage”, ou seja, pertence a esse carro. Essa é a ideia.
Outra particularidade quanto ao relativo “cujo” é que não se admite artigo
depois dele. Ex.: “Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR.” Ficaria errado se
escrevêssemos assim: “Feliz a nação cujo o Deus é o SENHOR.”
A alternativa em questão comete esse erro. Veja o que ela traz: “...momento
cujas as organizações...”. Artigo não aceito pelo cujo, ferindo, assim, os
padrões da norma culta.
Ademais, não há relação de posse no seguinte trecho: “momento cujas as
organizações”. Questão toda errada!
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
Letra “b”: Errada. O relativo “onde” só é usado para referir-se a lugar.
“Momento” não é lugar! Logo, a alternativa fere o emprego culto da língua.
Atualmente, até pessoas influentes, como apresentadores de jornais, estão
usando essa palavra indiscriminadamente. Fique atento: “Onde” só quando
se referir a lugar. Expressões como “A Páscoa é a época onde comemoramos
a ressurreição de Cristo” estariam erradas, porque “Páscoa” e “época” não
são lugares. Já esta construção estaria perfeitamente dentro dos padrões
cultos: “O Templo Central da Assembleia de Deus é onde comemoramos a
Páscoa”, porque o termo em destaque é um lugar.
Letra “c”: Correto. Troca perfeitamente possível, mantendo a correção
gramatical e a coerência com o enunciado base da questão.
Letra “d”: Errada. A expressão “as quais” não se refere a “momento” nem a
qualquer outro termo da oração. Totalmente fora dos padrões normativos.
Gabarito: c
7. Considerando o trecho “Onde quer que a cooperação de pessoas no
intuito de alcançar um ou mais objetivos comuns se torne organizada e
formal, o componente essencial e fundamental dessa associação é a
Administração - a função de conseguir fazer as coisas por meio das
pessoas, com os melhores resultados.” (linhas 18 a 23), a reescrita que
melhor atende aos sentidos do texto apresenta correção gramatical é
(A) “Onde quer que a cooperação de pessoas, no intuito de alcançar um ou
mais objetivos comuns, torne-se organizada e formal; o componente
essencial e fundamental dessa associação é: a Administração, a função de
conseguir fazer as coisas por meio das pessoas, com os melhores
resultados.”.
(B) “Onde quer que a cooperação de pessoas, no intuito de alcançar um ou
mais objetivos comuns, se torne organizada e formal, o componente
essencial e fundamental dessa associação é: a Administração, a função de
conseguir fazer as coisas por meio das pessoas, com os melhores
resultados.”.
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
(C) “Onde quer que a cooperação de pessoas no intuito de alcançar um ou
mais objetivos comuns, se torne organizada e formal; o componente
essencial e fundamental dessa associação é a Administração - a função de
conseguir fazer as coisas por meio das pessoas, com os melhores
resultados.”.
(D) “Onde, quer que a cooperação de pessoas no intuito de alcançar, um ou
mais objetivos comuns torne-se organizada e formal, o componente
essencial e fundamental dessa associação é a Administração: a função de
conseguir fazer as coisas por meio das pessoas, com os melhores
resultados.”.
COMENTÁRIOS:
Quando se apresentar um texto grande e entrecortado como este, tente
colocá-lo na ordem direta – sujeito + verbo + complementos + adjuntos –,
isso facilitará a intelecção (processo de entender) do enunciado. Como
sugestão, segue o mesmo texto com ordem direta:
“Onde quer que a cooperação de pessoas se torne organizada e formal,/ no
intuito de alcançar um ou mais objetivos comuns,/ o componente essencial
e fundamental dessa associação é a Administração/ - a função de conseguir
fazer as coisas por meio das pessoas, com os melhores resultados.”
Viram como agora o sentido está cristalino? Ficou fácil!
Letra “a”: Correta. Atende às exigências da norma culta e mantém o sentido
original.
Letra “b”: Errada. O desvio da norma culta está em “..., se torne”, já que após
vírgula não usamos pronomes oblíquos. O correto seria “..., torne-se”.
Letra “c”: Errada. Mesma falha da alternativa anterior: iniciar oração por
pronome oblíquo. O correto seria “..., torne-se...”.
Letra “d”: Errada. O primeiro período está totalmente falho. Vamos à análise:
“Onde, quer que a cooperação de pessoas no intuito de alcançar, um ou
mais objetivos comuns torne-se organizada e formal,”
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
Gráfica, Concordância, Regência e
Reescrita de Frases
O “onde” não deveria estar isolado por vírgula, já que ele forma uma
unidade significativa com “quer que”. O segundo erro é isolar por vírgula
o verbo “alcançar” de seu objeto direto: “um ou mais objetivos comuns”.
Em
Língua
Portuguesa,
não
se
separam
por
vírgula
os
termos
imediatamente sucessivos. Assim, não se usa vírgula:

entre sujeito e predicado;
Errada: Eu, estou vendo a Laine.
Correta: Eu estou vendo a Laine

entre verbo de ligação e predicativo;
Errada: A Laine é, bonita.
Correta: A Laine é bonita.

entre verbo significativo e seus objetos diretos e indiretos.
Errada: Escrevo, a vida. Preciso, de inspiração.
Correta: Escrevo a vida. Preciso de inspiração.
Reescrevendo corretamente teríamos:
“Onde (sem vírgula) quer que a cooperação de pessoas no intuito de
alcançar (sem vírgula) um ou mais objetivos comuns torne-se organizada e
formal,”
Gabarito: a
8. O trecho “Era um obcecado por jogo e, na vez em que foi atropelado,
pediu urgentemente,” pode ser reescrito, sem prejuízo sintático e sem
alteração semântica, da seguinte forma:
(A) Era um obcecado por jogo e, na vez onde foi atropelado, pediu
urgentemente,
(B) Era um obcecado por jogo e, na vez quando foi atropelado, pediu
urgentemente,
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Português – Super Revisão:
Crase, Pontuação, Acentuação
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Reescrita de Frases
(C) Era um obcecado por jogo e, na vez à qual foi atropelado, pediu
urgentemente,
(D) Era um obcecado por jogo e, na vez a qual foi atropelado, pediu
urgentemente,
(E) Era um obcecado por jogo e, na vez que foi atropelado, pediu
urgentemente,
COMENTÁRIOS:
Letra “a”: Errada. Mais uma questão cobrando conhecimento sobre o
emprego do “onde”. Veja: “na vez onde foi atropelado”. O relativo está se
referindo à palavra “vez”, que não é lugar, o que torna o seu uso indevido e
a alternativa incorreta. O correto seria: “na vez quando foi atropelado”, já
que está se referindo a tempo.
Letra “b”: Correta. O “quando” encerra ideia de tempo, referindo-se, assim,
à época do atropelamento. Mantém, por isso, correção sintática e semântica.
Letra “c”: Errada. Quem é atropelado o é em algum tempo, em algum lugar.
O termo “vez”, que indica tempo, pede a preposição “em”. Assim, até caberia
“na qual”, mas “à qual” não, pois seria usar uma regência incorreta.
Letra “d”: Errada. Mesmo da alternativa anterior (Leia-a). Erro de regência.
Letra “e”: Errada. Aqui também temos um erro de regência. Veja:
“... na vez que foi atropelado” (Errada)
“... na vez em que foi atropelado” (Correta)
Faltou, portanto, a preposição “em”, exigida, como visto, pelo vocábulo
“vez”.
Gabarito: b
Galera, espero que tenham gostado.
Estudem crendo que a vitória já está nas mãos, que assim será.
Grande abraço, Fé e Força.
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