França - Épice

Transcrição

França - Épice
e d i ção e s p e c i a l
França
Edição Especial França - Louis Roederer
Caro cl ient e,
E
stamos muito honrados e felizes em
anunciar a entrada ao nosso portfólio
dos champagnes e vinhos do prestigioso
grupo francês Louis Roederer. Além dos
champagnes de luxo Louis Roederer Brut
Premier, Louis Roederer Rosé Vintage, Cristal
e Cristal Rosé, recebemos os deliciosos
vinhos rosés, branco e tinto de Domaines Ott,
que são referências máximas na Provence.
Teremos também três Bordeaux de alto
nível: Château Pichon Longueville Comtesse
de Lalande, Château de Pez e Château HautBeauséjour, tornando o capítulo da França
uma das estrelas da nossa seleção.
Isso só comprova a nossa preocupação
constante em oferecer aos nossos clientes
um menu de vinhos completo e bem
cuidado, com nomes que representam o que
há de melhor em suas respectivas regiões.
Sem dúvida, essa novidade representa
um marco na nossa história e esperamos
que você goste e brinde conosco com uma
taça de champagne!
Um grande abraço dos amigos,
Licínio D i as, Nivaldo Ol iveira e Lu l i D ias
5
Edição Especial França - Louis Roederer
Sum á rio
E nt enda os ícones
T
tinto
Louis Roederer
8
10
B ordeaux
20
Château Pichon Longueville
Comtesse de Lalande
Château de Pez
Château Haut-Beauséjour
22
24
26
C ha mpagn e
Estág i o em ba rri c a
3000ml
rosé
CHAMPAGNE
1500ml
R
C
375ml
branco
Pre miação
Decanter
100
tempo
6
B
Garrafas disp oní v e i s
750ml
Ti pos d e vi nh o
2013
crítico
pontuação
safra
Fonte s consultadas
• Decanter – revista inglesa especializada em vinhos (www.decanter.com)
• James Suckling – crítico norte-americano (www.jamessuckling.com)
• Robert Parker Online – publicação de vinhos criada pelo crítico norte-americano Robert Parker (www.erobertparker.com)
• Wine Enthusiast – revista especializada em vinhos publicada nos Estados Unidos (www.winemag.com)
• Wine Spectator – revista especializada em vinhos publicada nos Estados Unidos (www.winespectator.com)
P rove n ce
Domaines Ott
28
30
7
Champagne
É o berço dos vinhos borbulhantes mais antigos, deliciosos e cobiçados do mundo.
Espumantes de outras fronteiras não podem ser chamados de champagne, apenas os
produzidos nessa histórica região do norte da França. Além de ser um território único, de clima
continental e solos essencialmente calcários – que há 95 milhões de anos formavam o fundo
do mar – preenchidos de videiras de Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, Champagne
desenvolveu ao longo de centenas de anos uma preciosa cartilha de elaboração de seu vinho
borbulhante. A produção do champagne é comparada a de uma obra de arte, envolvendo a
mescla de vinhos de diferentes safras; estágios em galerias subterrâneas e técnicas originais,
como remuage e dégorgement. Até hoje é o borbulhante de eleição nas celebrações mais
solenes às mais festivas e nos momentos mais exclusivos também.
8
9
champagne
N
10
a degustação “Champagne Cristal
Brilha ao Longo dos Anos”, realizada
numa manhã de outubro de 2013 pela revista norte-americana Wine Spectator, Frédéric Rouzaud abriu seu discurso com a seguinte frase: “Há 40 anos ele era consumido
como sobremesa, 30 anos atrás, como aperitivo e, agora, graças a vocês, será bebido
no café da manhã.” Por trás do bom humor
do presidente executivo da Louis Roederer,
que é também membro da sétima geração
da família no comando da maison, a mensagem é clara: os champagnes Louis Roederer
são grandes clássicos que convivem bem
com qualquer modismo.
Não por acaso atraiu naquela manhã
uma legião de cerca de mil amantes de
vinho para provar safras antigas da cuvée
de Prestige Cristal. “Este exemplar de 1990
tem agora 23 anos de idade, mas é tão fantástico, tão limpo em termos de qualidade
que você deveria comprar esses vinhos jovens e guardá-los”, recomendou a editora
sênior da Wine Spectator Alison Napjus.
Fundada em 1776, a maison Louis
Roederer é indiscutivelmente um caso sério
Grande apreciador
dos vinhos de Louis Roederer,
o czar Alexandre II solicitou
à sua maison preferida
uma cuvée exclusiva, enviando
seu sommelier pessoal a Reims
para acompanhar
a criação do magnífico
champagne Cristal.
de longevidade e excelência. Em 1833, foi
herdada por Louis Roederer, que além de
dar a ela seu nome, empenhou sua energia
para fazer dessa casa uma exceção entre as
grandes marcas de Champagne. De espírito
empreendedor e visionário, Louis Roederer
cuidava pessoalmente do cultivo das uvas,
pois sabia que um grande vinho depende,
sobretudo, da qualidade da matéria-prima.
Por isso, tomou uma atitude controversa
na época: comprar vinhedos próprios em
zonas Grands Crus de Champagne, distinguindo-se para sempre numa região onde
champagne
90% dos vinhedos pertencem a pequenos
agricultores que vendem sua produção
às grandes marcas. Atualmente, a maison
Louis Roederer possui 240 hectares de vinhedos distribuidos em 410 parcelas em
zonas Grands e Premiers Crus. Elas ficam
em três distritos clássicos de Champagne:
Montagne de Reims, Côte des Blancs e
Vallée de la Marne. Isso permite que 70%
dos vinhos da Louis Roederer sejam elaborados com uvas próprias, garantindo
rendimentos controlados e o mais alto
padrão de qualidade.
Quando, em 1876, o czar Alexandre II
encomendou à sua maison preferida uma
cuvée exclusiva para ser servida na sua corte, Louis Roederer II teve a brilhante ideia
de selecionar as melhores videiras de seus
Grands Crus mais excepcionais. O champagne Cristal é elaborado a partir de vinhas
velhas cultivadas nas comunas de Verzenay,
Verzy, Beaumont-sur-Vesle, Aÿ, Mareuilsur-Aÿ, Avize, Cramant e Mesnil-sur-Oger
e ganhou esse nome porque foi engarrafado em uma garrafa de cristal transpartente
feita sob encomenda.
Indicado no
Wine Buyer’s Guide
de Robert
Parker entre
“Os Melhores
Non-Vintage
Brut”.
Louis Roederer
Brut Premier
É o champagne que melhor traduz o
sofisticado DNA da casa Louis Roederer, com
impressionante consistência safra após safra.
Cheio de personalidade, exibe textura sedutora,
riqueza de sabores e uma finesse refrescante.
É estruturado e incrivelmente persistente.
Resultado do corte de vinhos de seis safras,
entre eles os reservas envelhecidos em carvalho,
o Brut Premier é elaborado com 40% de Pinot
Noir, 40% de Chardonnay e 20% de Pinot Meunier.
Sem dúvida, um grande clássico!
C
375ml
750ml
Wine
Spectator
91
1500ml
James
Suckling
92
3000ml
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Todos os vinhos
safrados da Louis Roederer
são originados
exclusivamente a partir
de vinhedos próprios,
o que é algo raro
em Champagne.
champagne
champagne
Louis Roederer
Louis Roederer
champagne
champagne
Louis Roederer
Louis Roederer
Outro champagne de luxo, que se transformou no cartão de visitas da maison, é o
Vinhos feitos
Brut Premier. Esse estilo surgiu graças ao
obra de arte
empenho pessoal de Léon Olry-Roederer
que, em 1920, ao ver mais da metade de
A precisão na elaboração dos
seus vinhedos destruídos durante a Primeichampagnes Louis Roederer é tão
ra Grande Guerra, enquanto se empenhava
meticulosa que a vinificação é
na reconstrução das propriedades, capitarealizada parcela por parcela – e são
neou a elaboração de um novo champagne.
ao todo 410! Trata-se de um trabalho
Louis Roederer Brut Premier é um blend
de artesão. A colheita é prensada
THE LOUIS
ROEDERER
ESTATES
de oito colheitas produzido
todos os
anos,
localmente – há três centros de
repetindo em cada garrafa o distinto e deliprensagem, em Verzenay, Aÿ e
cado caráter da maison Louis Roederer.
Avize, para atender aos vinhedos
Já o delicioso Cristal Rosé é uma obra
próximos – e, então, o mosto de
de Jean-Claude Rouzaud, pai de Frédéric.
cada parcela é transportado para a
MONTAGNEEm 1974, ele decidiu criar uma cuvée rosé a
vinícola em Reims, onde fermenta
DE REIMS partir da seleção de vinhas velhas de Pinot
em recipientes individualizados.
Noir cultivadas nos mais preciosos vinheLouis Roederer mantém milhares
dos Grands Crus de Aÿ, que atualmente sede litros de seus melhores vinhos
guem os princípios da biodinâmica.
MONTAGNE
envelhecendo
nas tradicionais caves,
DE REIMS
Por meio de uma trajetória perene,
em tonéis de carvalho – é o grande
rica e inovadora, a maison Louis Roederer
14 demonstra por que é uma referência em
tesouro da maison. O resultado
Marne
é uma impressionante paleta de
Champagne. Desde 1833 é comandada
vinhos excepcionais
à disposição
Marne
pela mesma família de forma independenpara compor as cuvées – uma arte
te e sem medirVALLÉE
esforços
para manter o mais
DE
a cargo do experiente chefe de
MARNE
alto padrão deLAqualidade.
Sai geração, enTHE LOUIS ROEDERER ESTATES
cave
Jean-Baptiste
Lécaillon.
tra geração e a Louis Roederer mantém-se
CÔTE DES
entre os maiores nomes do vinho francês.
Louis Roederer
Rosé vintage
Para elaborar este distinto champagne rosé,
Louis Roederer utiliza o processo conhecido
como saignée, que consiste em manter o mosto
em contato com a película das uvas durante
5 a 8 dias. Isso garante a bela cor salmão com
matizes dourados e uma deliciosa riqueza
frutada, além de notas tostadas e de padaria.
Na boca é encorpado, generoso e com acidez
mineral. Resultado do corte de 62% de Pinot Noir
e 38% de Chardonnay, sendo 7% do vinho vinificado
em carvalho, o Rosé Vintage é um champagne
impressionantemente puro e classudo.
BLANCS
CÔTE DES
BLANCS
As propriedades
da Louis Roederer
em Champagne
C
750ml
MONTAGNE
DE REIMS
Vinhedos
Chardonnay
Chardonnayde
Vineyards
Wine
Spectator
Vinhedos
de Meunier
Pinot Noir
e Pinot Meunier
Pinot noir and
Vineyards
The Louis Roederer
Vinhedos
da LouisVineyards
Roederer
Louis Roederer
Pressing da
Centre
Centros
de prensagem
Louis Roederer
Marne
Wine &
Spirits
94
94
2009
2009
James
Suckling
Wine
Enthusiast
2010
2009
THE LOUIS ROEDERER ESTATES
VALLÉE DE
LA MARNE
93
CÔTE DES
BLANCS
MONTAGNE
DE REIMS
93
15
champagne
champagne
Louis Roederer
Louis Roederer
Para o champagne
Cristal, Louis Roederer
desenvolveu uma garrafa
de cristal especial, com
a base reta. Isso porque
o czar Alexandre II tinha medo
de ser assassinado com veneno
escondido na cavidade
que existe nas garrafas
de champagne.
16
17
Vinhos de
grande precisão
e finesse”
Bruce Sanderson
Wine Spectator
champagne
champagne
Louis Roederer
Louis Roederer
Cristal vem em uma
luxuosa garrafa
transparente, envolvida
em papel especial de
cor laranja que protege
o vinho da luz. Deve ser
guardado assim até
ser consumido.
Indicado no Wine
Buyer’s Guide de
Robert Parker entre
“As Melhores Cuvées
de Luxo”
19
18
Cristal
Cobiçado no mundo todo, o champagne Cristal foi
criado em 1876 a pedido do czar Alexandre II, notório
apaixonado pelos vinhos da maison Louis Roederer. É um
marco também por ter inaugurado uma nova categoria:
a Cuvée de Prestige, sendo elaborado apenas em anos
excepcionais. Para criar um champagne que atendesse ao
paladar do exigente czar, Louis Roederer empreendeu uma
seleção rigorosa das melhores uvas de seus Grands Crus.
O Cristal 2006 é um charmoso corte com 60% de Pinot Noir
e 40% de Chardonnay, sendo 20% dos vinhos maturados
em carvalho. O resultado é um champagne de intenso
bouquet e cheio de camadas de sabores. Tem textura
cremosa e densa, quase mastigável, e um delicioso frescor.
C
750ml
1500ml
3000ml
Cristal Rosé
Fruta fresca e licorosa e aromas de amêndoas
tostadas, padaria e especiarias se combinam no
charmoso Cristal Rosé. Na boca tem um ataque
sedutor, intenso e cheio de finesse e uma acidez
mineral e firme. Refinado e profundo ao mesmo
tempo, é elaborado com 55% de Pinot Noir, de vinhas
velhas plantadas em Aÿ, e 45% de Chardonnay,
sendo 20% do vinho vinificado em carvalho.
C
750ml
Decanter
James
Suckling
Wine
Enthusiast
2006
2006
2006
97
97
95
BORDEAUX
Nenhuma outra região vitivinícola se equipara em prestígio a Bordeaux. A fotografia do
castelo emoldurado por vinhedos povoa o imaginário de qualquer apreciador (ou não) de
vinhos. Localizada no sudoeste da França, a região de Bordeaux semeou sua fama no século 12
com o casamento de Leonor da Aquitânia com o rei da Inglaterra. Durante 300 anos esteve sob
domínio inglês e seus vinhos inundaram aquele mercado. Mas talvez o grande marco na longa
história dos vinhos bordaleses seja a célebre classificação de 1855, que elencou os melhores
do Médoc e Graves. Os crus classés foram subdivididos em Premiers Crus, Deuxièmes Crus,
Troisièmes Crus, Quatrièmes Crus e Cinquièmes Crus. Esses châteaux são até hoje venerados
por qualquer pessoa que acompanha o mundo do vinho.
BORDEAUX
BORDEAUX
Réserve de la Comtesse
Paui l l ac
K
Q
22
uando Frédéric Rouzaud, presidente
do grupo Louis Roederer, adquiriu o
Château Pichon Longueville Comtesse de
Lalande no final de 2006, inaugurou uma
nova era, representando a terceira família a
se suceder no comando dessa tradicional
propriedade. E isso quer dizer muita coisa,
levando-se em consideração que a origem
do château remonta a 1689.
Nas duas linhagens antecessoras destacam-se protagonistas mulheres que com
devoção incansável mantiveram o Château
Pichon-Lalande, como é conhecido, na elite
dos vinhos de Pauillac, uma das mais atrativas denominações de Bordeaux.
Em 1850, pouco antes de sua morte, o
barão Joseph de Pichon Longueville dividiu sua propriedade entre os cinco filhos.
É produzido com uvas que não entram
na elaboração do Grand Vin, mas que são
cultivadas nos mesmos vinhedos e também
selecionadas. O vinho matura em barricas
de carvalho, sendo 25% novas. Mostra corpo
médio e é rico em notas de fruta preta
combinadas com nuances do carvalho. Tem um
final de boca sedutor, com toques de pimenta
preta. Muito saboroso e atraente.
Um dos vinhos
monumentais
do século
passado.
www.pichon-lalande.com
A condessa Virginie assumiu 3/5, em um
acordo com suas duas irmãs, transformando seu quinhão em Château Pichon Longueville Comtesse de Lalande, já que era
casada com o conde de Lalande. Foi sob
seu mandado que o vinho produzido ali
despontou como Deuxième Cru na histórica classificação de 1855. Pouco depois, no
início de 1870, foi lançado um segundo tinto
que, um século mais tarde, passou a se chamar Réserve de la Comtesse.
A outra mulher que marcou os destinos
dessa casa foi May-Éliane de Lencquesaing,
que dedicou quase 30 anos de sua vida a
recuperar os vinhedos, modernizar a adega e a promover seus vinhos, tornando-os
desejados no mundo todo. Sob sua gestão
o Château Pichon Longueville Comtesse
de Lalande ganhou fama como “super second”. Obteve 100 pontos de Robert Parker
na safra 1982 e, em 1994, a Wine Spectator
indicou-o entre as 50 propriedades top de
Bordeaux, em oitavo lugar no ranking.
Sob o controle do grupo Louis Roederer,
o altíssimo padrão de qualidade está em
boas mãos. Foi elaborado um mapa geológico dos 89 hectares de vinhedos e a sala de
fermentação ganhou cubas de inox de diferentes tamanhos, o que permite a vinificação
individual de cada parcela e, assim, grande
precisão na seleção dos vinhos para o corte
do Grand Vin. Desde 2012, o enólogo Nicolas
Glumineau, que já foi o guardião de vinhos
do porte de Château Montrose, Haut-Brion
e Margaux, é o diretor geral do Château Pichon Longueville Comtesse de Lalande.
É considerado
um dos vinhos mais
femininos de Pauillac
graças à elegância
e delicadeza.
robert parker
T
18
meses
750ml
Robert
Parker Online
90-92
2014
Château Pichon
Longueville Comtesse
de Lalande
Também conhecido como Pichon-Lalande, é elaborado,
principalmente, com Cabernet Sauvignon, mas também com
grande proporção de Merlot (entre 20% e 30%), além de pequena
dose de Cabernet Franc e Petit Verdot, dependendo da safra.
Matura durante 18 meses em barricas francesas, sendo 50% novas
e 50% de primeiro uso. É complexo e sofisticado ao mesmo
tempo, em um estilo cheio de fruta preta combinada com notas
de violeta, baunilha e especiarias. Tem corpo médio, boa estrutura
e um final de boca persistente e macio, com um delicioso toque
mineral. “Um excelente vinho a curta distância dos Premiers
Crus”, na opinião de Neal Martin, do Robert Parker Oline.
T
18
meses
Wine
Spectator
750ml
Robert
Parker Online
92
93-95
2012
2014
23
Bordeaux
bordeaux
Sa i nt -E stèp he
E
24
mbora figure como uma das mais antigas propriedades de Bordeaux – sua
origem remonta a 1452 –, o Château de Pez
ressurge na atualidade como uma estrela
emergente da região. Isso porque passou
por uma delicada recuperação a partir de
1995, quando foi adquirido pela reputada
casa de Champagne Louis Roederer.
Seu Grand Vin, classificado como Cru
Bourgeois em 1932, voltou a brilhar como
nos velhos tempos. Vale lembrar que
no século 16 o Château de Pez pertencia
à família Pontac, que também estava à
frente de outra propriedade cultuada de
Bordeaux, o Château Haut-Brion. Segundo
o Atlas Mundial do Vinho, o tinto produzido no Château de Pez “foi vendido como
Pontac, em Londres, no século 17 – possivelmente antes de qualquer outro cru do
Médoc”. Sinal de que já era uma referência.
Localizado no reputado Haut-Médoc, na
comuna de Saint-Estèphe, o Château de Pez
possui 39 hectares de vinhedos plantados no
topo das colinas ao redor do casarão. Além
da exposição solar privilegiada, o solo é outro fator decisivo no estilo classudo e rico do
vinho dessa casa, sendo composto de uma
camada de 1 metro de cascalho, típico da
região, cobrindo uma base argilo-calcária.
O rendimento é propositadamente baixo já
que a intenção é estimular as uvas a obterem maior concentração de componentes
que dão complexidade ao vinho. A adega
segue a cartilha de Bordeaux com uma coleção de barricas onde estagia o tinto a cada
colheita – 40% das barricas são novas, outros
40% são de primeiro uso e há 20% de barricas de segundo uso.
As vinhas do
Château de Pez têm, em
média, 25 anos de idade e
são plantadas com Cabernet
Sauvignon e Merlot,
principalmente, e um pouco
de Cabernet Franc, Petit
Verdot e Malbec.
Com uma filosofia que prega a máxima
qualidade possível, o Château de Pez renasce como um ótimo achado de Saint-Estèphe.
É, sem dúvida, um Bordeaux para seguir
safra após safra.
Château de Pez é um
dos grandes Crus
Bourgeois de Saint-Estèphe,
considerado um produtor
excelente de vinhos
muito finos pelo Atlas
Mundial do Vinho.
Château de Pez
Cabernet Sauvignon e Merlot compõem mais
de 90% do corte, que ainda possui pequena dose
de Petit Verdot e, em algumas safras, de Cabernet
Franc também. Trata-se de um tinto denso, cheio
de fruta preta madura com nuances de grafite
e notas de cedro conferidas pelo estágio de
12 a 18 meses em barricas. Na boca é muito
saboroso e estruturado, com taninos firmes e
um final suculento e persistente. “Muito refinado”
para Neal Martin, do Robert Parker Online.
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12
a
Robert
Parker Online
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2014
meses
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Bordeaux
bordeaux
Château Haut-Beauséjour
é mais um Cru Bourgeois
de Saint-Estèphe sob
a batuta da reputada
casa de Champagne
Louis Roederer.
Sa i nt -E stèp he
O
26
Château Haut-Beauséjour surgiu após
Jean-Claude Rouzaud adquirir, em
1992, duas propriedades localizadas no coração de Saint-Estèphe (Château Picard e
Château Beauséjour) e renomeá-las como
Château Haut-Beauséjour. É vizinho ao
Château de Pez e, assim como a propriedade-irmã, desponta como uma excelente
descoberta de Bordeaux.
Os 20 hectares de vinhedos estão em
constante renovação e a marca registrada do Château Haut-Beauséjour é uma
proporção de Merlot maior do que o
comum na região. Não é raro o corte de
seu Grand Vin ter a mesma quantidade
de Merlot e de Cabernet Sauvignon. Em
algumas safras, a Merlot é protagonista.
Isso permite que o tinto esteja pronto
para beber mais cedo, mesmo assim,
sua boa estrutura garante um longo en-
velhecimento na garrafa.
Considerado uma “ótima compra”,
o Château Haut-Beauséjour está sob a supervisão do enólogo Nicolas Glumineau,
que é também o guardião do Château
de Pez e do cobiçado Château Pichon
Longueville Comtesse de Lalande, classificado como Deuxième Cru. Ou seja,
é talhado com o mesmo preciosismo dos
excepcionais Cru Classé de Bordeaux.
Château
Haut-Beauséjour
Este charmoso corte com Cabernet Sauvignon e
Merlot pode ter, dependendo da safra, pequena
quantidade de Cabernet Franc e Petit Verdot. O vinho
matura durante 12 meses em barricas de carvalho
(cerca de 40% novas). O nariz é atrativo, com destaque
para notas de fruta preta madura, como ameixa e
cassis. Na boca tem corpo médio, boa estrutura de
taninos aveludados e um final cheio de especiarias.
Pode ser apreciado desde jovem, mas ganha
complexidade com o envelhecimento na garrafa.
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12
meses
Wine
Enthusiast
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2011
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Provence
É a meca dos vinhos rosados. A Provence produz 40% dos rosés franceses e 5,6%
de todos os elaborados no mundo. De cor atraente e delicada, aromas que percorrem
notas frutadas e florais e sempre muito saborosos, os rosados da Provence são a
referência máxima da categoria. Apesar da onipresença dos rosados – representam 88%
da produção –, a Provence também gera bons tintos e brancos. A denominação Bandol
chama a atenção com seus tintos de boa estrutura e muita fruta e especiarias. Nos brancos,
a atração é a aromática uva Rolle, a mesma que a Vermentino italiana. No sul da França, o mais
ensolarado “quarteirão” do país está associado a férias. Os vinhedos da Provence convivem
com campos de lavanda, oliveiras e amendoeiras e têm aos pés o deslumbrante Mediterrâneo e,
na retaguarda, a sombra das montanhas. Alguém falou em paraíso?
provence
K
D
30
omaines Ott é um dos mais notáveis
produtores da Provence não por acaso. Fundada em 1896, essa casa desde
sempre acreditou no potencial dos vinhos
rosés originados nesse território ensolarado e banhado pelo Mediterrâneo.
Atualmente, é fácil reconhecer a Provence como sinônimo de melhores vinhos
rosés do planeta, mas até há pouco tempo
não era assim. Mesmo no sul da França, a
produção de rosados era simplesmente
uma maneira de dar destino ao vinho desprezado na elaboração de tintos. Domaines
Ott sempre figurou como uma exceção,
dedicando-se à produção de rosés excepcionais, de altíssima qualidade. “Nós sempre produzimos muito rosé e um pouco de
vinho branco e tinto. Durante algum tempo
(até início do século 20) estávamos à parte
do mercado. Agora, ditamos a moda”, contou Jean-François Ott, membro da quarta
provence
www.domaines-ott.com
geração da família de produtores, em uma
reportagem à revista Wine Spectator.
Pioneiro na reconstrução da Provence,
Marcel Ott era um jovem engenheiro agrônomo da Alsácia quando chegou à costa
do Mediterrâneo no final do século 19. Ele
se sentiu tão atraído pela região que não se
intimidou ao se deparar com vinhedos em
estado lastimável, completamente destruídos pela praga filoxera. Em vez de replantá-los aleatoriamente, fez questão de selecionar as melhores castas, recuperando
três propriedades que se destacam como
berço de autênticos vinhos da Provence.
O Château de Selle, adquirido em 1912,
beneficia-se de condições especiais – o clima árido e o solo rico em minerais repercutem em vinhos surpreendentes. Bem perto
do Mediterrâneo, Marcel Ott encontrou, em
1936, Clos Mireille, uma propriedade antiga
por onde passaram monges beneditinos.
No lugar de pinheiros, oliveiras e amoreiras, plantou videiras. Com solo xistoso e
sob a influência marítima e a proteção das
montanhas ao fundo, Clos Mireille produz vinhos sedutoramente distintos. Já o
Château Romassan entrou para o portfólio da família Ott em 1956. Depois de um
minucioso trabalho de reconstrução, que
durou 30 anos e consistiu em reorganizar
pequenas parcelas de 1 a 2 hectares, passou a gerar um vinho tinto fora do comum,
profundo e rico, que traduz o caráter especial da pequena denominação de Bandol.
Em 2004, Domaines Ott juntou-se
ao grupo de propriedades sob o controle da prestigiada casa de Champagne
Louis Roederer. Mas a família Ott continua imprimindo seu estilo perfeccionista aos destinos do negócio e, atualmente, os primos Christian e Jean-François
Ott estão à frente da vinícola.
É um produtor
“excelente”, com
quatro estrelas no
Wine Buyer’s Guide
de Robert Parker.
Garrafas icônicas
O desejo de destacar a
identidade de seus vinhos levou
René Ott a desenhar ele próprio
uma garrafa especial, na década
de 1930. Naquela época, os
vinhos em geral eram vendidos
em barricas de madeira e
servidos indistintamente em
jarros, deixados nas mesas dos
restaurantes. Impossível saber
quem era o produtor. René Ott
criou garrafas com um design
em curvas sutis, inspiradas nas
antigas ânforas. Elas se mantêm
atuais até hoje, sendo clássicas
e elegantes, assim como os
vinhos de Domaines Ott.
31
provence
provence
Domaines Ott
Domaines Ott
Apesar da hegemonia dos
rosés, a Provence produz
um tinto fora de série numa
pequena denominação
chamada Bandol, considerada
pelos especialistas uma das
grandes regiões vitivinícolas
do mundo!
32
Clos Mireille
Blanc de
Blancs
Château
Romassan
Rouge Bandol
Trata-se de um vinho branco
muito distinto, resultado da
mescla de Sémillon (70%) com
a uva Rolle (30%). O nariz é
marcante e rico, com notas de
fruta madura, tipo pêssego, e
de especiarias doces, além de
toques florais. Com bastante
frescor, o Clos Mireille Blanc
de Blancs é também sedoso
e sobressaem, na boca,
suculentas notas cítricas.
Grande referência de Bandol,
reputada denominação da
Provence, o Château Romassan
assina este tinto cheio de caráter.
Notas de frutas vermelhas e
pretas e de especiarias e um
toque mentolado na boca
traduzem na perfeição o
elegante corte com 90% de
Mourvèdre, a uva emblemática
dessa zona, e 10% de Grenache.
B
750ml
Clos Mireille
Rosé Coeur
de Grain
Coeur de Grain é o termo usado para indicar os
rosados finos e excepcionais. O Clos Mireille Rosé
Coeur de Grain é produzido a partir de Grenache
(65%), Cinsault (22%) e Syrah (13%) plantadas em
um microclima inigualável, entre o Mediterrâneo
e as montanhas e em solo xistoso e argiloso. Com
uma cor pêssego cristalina, é um rosé rico em
notas minerais combinadas a toques de tangerina,
pêssego e manga e com boa acidez. Equilibrado e
charmoso, mostra um final de boca persistente.
R
750ml
1500ml
3000ml
T
33
750ml
Les Domaniers
Rosé
Uma excelente introdução para quem
pretende descobrir o charme dos rosés da
Provence. O Les Domaniers combina 65%
de Grenache, 25% de Cinsault e 10% de
Syrah, revelando uma sedutora cor salmão
e aromas e sabores de frutas vermelhas
frescas, além de melão, pêssego e abacaxi.
É um conjunto harmonioso, com boa
acidez, sem ser enjoativo.
R
750ml
Coordenação geral: Luli Dias
Coordenação editorial: Patricia Jota e Regiane Nogueira
Apoio técnico: Carlos Giacometti
Textos: Patricia Jota
Direção de arte: Alessandro Meiguins / Atol Estúdio
Projeto gráfico: Suye Okubo e Alessandro Meiguins
Design e tratamento de imagens: Natan Brecht / Atol Estúdio
Fotos da capa, vinícolas e vinhos: Louis Roederer
Foto da carta de apresentação (pág. 5): Federico Garcia
Impressão: PANCROM
Épice Importação
Rua Alto Belo, 1067, Vila Antonieta
São Paulo, SP
CEP: 03478-040
Tel: 11.2701-2050
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www.epice.com.br

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