jornalc-edicao-05-setembro-2014

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jornalc-edicao-05-setembro-2014
1971 - 2014
QUINZEnário | 05 DE SETEMBRO de 2014 | Nº 1573 | Ano XLIII | Directora: Elsa Guerreiro Cepa | www.jornalc.pt | Preço Anual: 30€
1€
Procissão ao
Mar ponto alto
das festas
da Srª da
Bonança em
V.P.Âncora
FOTO : ANTÓNIO
GARRIDO
Pág. 4/5
Restaurantes do concelho
rendem-se ao Espadarte
lanhelas
Pág. 6/7
Festa Das solhas
Uma festa
com história
800 quilos de solhas para
consumir durante a festa
politica
Juntas do concelho
sobrevivem com apoio DO FFF
enquanto esperam por
dinheiro da câmara
PSD acusa equipa
socialista de “esbanjar”
o dinheiro da Câmara
de Caminha
Festa
de São
João
d’Arga
já se faz sem
geradores
Luz elétrica
já chegou
ao recinto
PUB.
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
CAMINHA
Bruno Pires - Restaurante Fonte Nova - “A verdade
é que as pessoas aderiram
em massa ao produto... Enquanto houver procura vou
ter o espadarte na lista...”.
António Domingues
-Restaurante Âncora
Mar - “Como esta é uma
zona onde o espadarte é pouco conhecido, nunca me tinha lembrado de o incluir
na ementa. Com a realização
do Festival a verdade é que as
pessoas começaram a procurar e tem saído muito bem”.
Ricardo Miranda - Restaurante Vitória Mar - “Estou em Vila Praia de Âncora há três anos e nunca
tinha trabalhado com espadarte. Foi uma surpresa
agradável e como tem tido
bastante procura vou continuar a incluí-lo na carta”.
Vitor Fonseca - Restaurante Fortaleza - “Tenho
muitos clientes, principalmente espanhóis que procuram este prato, no entanto
os portugueses, com a realização do evento, também
já estão a aderir”.
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Restaurantes do
concelho rendem-se ao
Espadarte
Passou de um ilustre desconhecido para a maioria dos comensais, a rei nas mesas dos
restaurantes de Vila Praia de
Âncora.
O espadarte, pouco consumido
por estas bandas, deu que falar
nos últimos dias com a realização, naquela vila, do Festival do Bife de Espadarte que
decorreu de 14 a 24 de Agosto
no Campo do Castelo.
O certame foi visitado por milhares de pessoas que ali se
dirigiram para degustar “uma
iguaria” ainda pouco conhecida.
Ao todo terão sido consumidas cerca de duas toneladas de
espadarte durante o festival o
que, segundo a organização,
foi excelente.
Mas o espadarte não se consumiu apenas na tenda gigante
instalada no campo do Castelo.
Alguns restaurantes locais decidiram aderir ao desafio lan-
çado pela organização e incluir
nas suas ementas aquele peixe.
Neste momento já são sete os
estabelecimentos onde o espadarte é comercializado e segundo os proprietários o produto
está a sair muito bem.
O “Fonte Nova” é um dos sete
restaurantes do concelho onde
se pode degustar este peixe que,
ali, é servido grelhado na brasa com batata a murro e legumes. Bruno Pires, proprietário
daquele estabelecimento situado em Vila Praia de Âncora,
diz que o produto está a ter sucesso nos clientes. No “Fonte
Nova” o espadarte já faz parte da ementa há alguns meses
mas, nos últimos dias, a procura tem sido maior “talvez por
causa do evento que está a decorrer lá em baixo, mas também por causa da boa publicidade que foi feita. Segundo
sei espalharam informação por
muitos locais e neste momento já temos clientes que vêm
de propósito à procura do espadarte”, revela.
Há uns meses atrás este hoteleiro decidiu pedir ao armador ancorense António Cunha,
que pesca esta espécie, para lhe
vender espadarte e a partir daí
não deixou de incluir este peixe na ementa.
“Meti aquilo na cabeça e então pedi ao António Cunha que
me arranjasse algumas postas
para experimentar e o que é
certo é que as pessoas começaram a pegar no produto e a
aderir em massa”.
Desde que o espadarte faz
parte da lista do Fonte Nova
tem sido “um ver se te avias”
como confessou Bruno Pires
ao Jornal C.
De entre os consumidores do
espadarte há alguns que já conhecem e pedem porque gos-
tam e há os que querem experimentar. “Digamos que 50%
experimentam pela primeira
vez e os outros 50, principalmente pessoas de outras localidades, já conhecem e querem repetir”.
O espadarte vai continuar a
fazer parte da ementa do Fonte Nova até que haja mercado.
“Enquanto as pessoas quiserem
consumir eu vou ter”, garante.
Para Bruno Pires a realização de eventos gastronómicos
como o Festival do Bife do Espadarte “é muito importante
para o concelho porque traz
gente que aprecia a boa gastronomia e gosta de experimentar novos sabores. Desde que
seja para promover Vila Praia
de Âncora e o turismo, todos
os eventos são bons.
Repare: quando se realizou
pela primeira vez a festa da
sardinha, a princípio ninguém
dava nada por aquilo e hoje é
o evento que é, traz milhares
de pessoas. Para lhe dar um
exemplo, eu tenho clientes que
vêm de propósito”.
As coisas começam pequenas
mas com o tempo vão crescendo e por isso Bruno acredita que o Festival do Espadarte se poderá transformar “num
evento de referência, à semelhança da Festa do Mar e da
Sardinha”.
António Domingues foi outro
dos hoteleiros de Vila Praia de
Âncora que decidiu incluir na
ementa do seu restaurante, o
Âncora Mar, o espadarte. A realização do Festival do Bife de
Espadarte levou a que alguns
clientes começassem a procurar
este peixe e por isso António
Domingues decidiu inclui-lo.
“Como esta é uma zona onde
o espadarte é pouco conhecido, nunca me tinha lembrado
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
de o incluir na ementa. Com
a realização do Festival a verdade é que as pessoas começaram a procurar e tem saído
muito bem”, confessa.
O espadarte veio para ficar e
nos próximos tempos vai continuar a fazer parte da ementa do restaurante Âncora Mar,
onde pode ser degustado grelhado com batata a murro, legumes e um molho especial. “É
um peixe diferente mas muito bom e quem aparecia consome”.
A clientela do espadarte é, na
sua maioria, de fora. “Pessoas que estão aqui a passar férias e que ouvem falar porque
o evento está a decorrer e querem provar”.
Segundo António Domingues
trata-se de um “peixe com muito bom aspeto e muito agradável”.
No Vitória Mar, outro dos restaurantes de Vila Praia de Âncora que aderiu à comercialização do espadarte, garante que a
inclusão deste prato na ementa
tem sido “um sucesso”.
Ricardo Miranda é proprietário e cozinheiro no Vitória Mar
e garante que o peixe “é uma
delícia”.
“Estou em Vila Praia de Âncora há três anos e nunca tinha
trabalhado com espadarte. Foi
uma surpresa agradável e como
tem tido bastante procura vou
continuar a incluí-lo na carta”.
Grelhado na brasa com batata
cozida e legumes salteados, regado com um molho especial, é
a proposta do Vitória Mar.
“É muito bom, eu próprio fiquei surpreendido com a qualidade deste tipo de peixe”.
Do evento que decorreu no
Campo do Castelo, Ricardo
Miranda só tem a dizer bem e
considera que é com este tipo
de iniciativas que se promove
o turismo e a gastronomia no
concelho. “São iniciativas muito interessantes e deviam existir
muitas mais”, considera.
No Restaurante Fortaleza são
os espanhóis os maiores consumidores de espadarte. A espécie é bastante consumida no
país vizinho e por isso desde que
o Fortaleza a inclui na ementa,
há alguns meses, tem sido um
sucesso.
“Tenho muitos clientes, principalmente espanhóis que procuram este prato, no entanto os
portugueses, com a realização
do evento, também já estão a
aderir”, refere Vitor.
De escabeche ou grelhado com
molho de alho é a forma como
o espadarte pode ser consumido no Restaurante Fortaleza em
Vila Praia de Âncora.
No restaurante “O Portinho”
o espadarte também faz parte
da lista, o mesmo acontecendo
no “Verdes Lírios” e no Muralha, este último na vila de
Caminha.
Quem prova
fica a gostar
À hora de almoço a cozinha
do Festival, liderada por Alexandra Cunha, não tem mãos
a medir. Os filetes e o bife de
espadarte são os pratos mais
solicitados, a par da sopa que,
segundo António Cunha, também tem tido muita saída. “Ontem vendemos à volta de 200
litros”.
Espalhadas pelas mesas da sala
dezenas de comensais provam
o espadarte que é apresentado
de diferentes formas.
José Alves é natural de Castelo Branco mas vive há 40 anos
em Vila Praia de Âncora. A primeira vez que comeu espadarte foi no restaurante “Muralha”
em Caminha e como gostou
decidiu deslocar-se até à tenda para voltar a degustar este
peixe de que tanto gosta.
“Já aqui vim duas vezes e não
sei se ficou por aqui. Da primeira vez comi o bife e hoje decidi
comer filetes. Tanto um como
outro estavam excelentes, o espadarte é um peixe ótimo que
eu sinceramente recomendo. A
sopa também é muito boa.
Na mesma mesa Graciete Mendonça está a terminar os filetes
que pediu. Veio com a família,
o marido e os dois filhos, dois
jovens que também ali foram
provar o espadarte. Residentes
na freguesia de Moledo é a segunda vez que se deslocam ao
Festival.
“Viemos uma vez e como gostamos muito decidimos voltar
e trazer os filhos”.
Na mesa ao lado está Maria
Custódia que veio de Arcos de
Valdevez visitar uma irmã que
vive em Vila Praia de Âncora e
juntas resolveram ir provar a especialidade de que tanto se fala.
“Vim a convite da minha irmã
e quando aqui cheguei foi uma
surpresa. O espadarte está um
espetáculo, estou a gostar muito e sinceramente recomendo
a quem nunca experimentou”.
O facto de não ter espinhas torna o espadarte um peixe fácil
de comer e por isso, para além
de conquistar os adultos, o espadarte também conquistou as
crianças e os jovens para quem
comer peixe por vezes se torna numa tarefa pouco atrativa.
Ana Perfeito é do Porto mas
DISTRITOCAMINHA
vive em Viana do Castelo há
seis anos. O pai veio fazer-lhe
uma visita e Ana decidiu convidá-lo para almoçarem juntos em Vila Praia de Âncora.
Souberam que estava a decorrer o certame e decidiram experimentar.
“Estamos sinceramente surpreendidos pela positiva, não
fazíamos ideia de que era tão
bom, estamos fãs. Viemos por
curiosidade e posso dizer-lhe
que gostei imenso, não só do
sabor mas também a nível de
organização que está excelente”.
Ana Perfeito provou e gostou
e a partir de agora garante que
vai começar a consumir espadarte. “Já soube que aqui há alguns restaurantes onde se pode
comer espadarte e por isso um
dia destes venho cá porque de
facto gostei muito”.
Uma opinião que é partilhada pelo pai, Joaquim Perfeito,
que também se confessa particularmente surpreendido com
o sabor deste peixe.
“Gostei muito, é muito bom.
Não conhecia e fiquei muito
bem impressionado, é muito
saboroso”.
Um grande
sucesso
Agostinho Gomes da Ancoreventos, empresa co-organizadora do evento, não podia estar
mais satisfeito com o resultado
deste Festival. O balanço foi
francamente positivo e superou inclusive as expetativas.
“Tem sido surpreendente aquilo que as pessoas nos dizem a
cerca da qualidade deste peixe.
A maioria das pessoas que por
aqui passaram não conheciam e
de facto não hesitam em considerar o espadarte uma iguaria.
Tivemos pessoas que vieram a
primeira vez e não resistiram
vir uma segunda para provar
outra forma de confeccionar
este peixe. Está a ser um grande sucesso”.
Para Agostinho Gomes a partir de agora Vila Praia de Âncora tem todas as condições
para se transformar na capita
do espadarte, basta para isso
que os restaurantes adiram e
comecem a incluir esta prato
nas suas ementas.
“O objetivo da realização
deste festival foi precisamente dar a conhecer o espadarte e ao mesmo tempo tentar
fazer com que os restaurantes locais apostem neste produto. Vila Praia de Âncora ao
ter uma frota considerável de
barcos na captura desta espécie, possibilita a que os restau-
rantes possam ter este produto
com qualidade. Uma coisa que
aconteceu e que eu acho que
foi muito interessante é que até
aqui tínhamos apenas 2 ou 3
restaurantes a comercializar o
espadarte no concelho e, neste momento, já são 7 ou 8”.
Agostinho Gomes lembra que
com a sardinha também foi assim. “Antes da Festa da Sardinha eram poucos os restaurantes da vila que a vendiam.
A verdade é que à medida que
o evento foi crescendo os restaurantes tiveram que incluir
a sardinha nos seus menus, e
hoje quase todos a têm porque
a procura é grande”.
À semelhança do que aconteceu com a sardinha, a organização quer que o espadarte se
torne num produto de referência em Vila Praia de Âncora.
“Acho que neste momento os
restaurantes estão a aderir em
massa porque acreditam no produto e nas suas potencialidades. Estamos a falar de um produto de excelência, com muita
qualidade que agrada às pessoas. Julgo que estão criadas
condições para que o espadarte comece a ser uma referência também a norte”.
Ao todo a organização fala
em cerca de duas toneladas de
espadarte consumido ao longo dos 10 dias em que decorreu o certame, cuja organização já estava a ser preparada
há cerca de um ano.
“Tudo isto começou a ser preparado há cerca de um ano.
Houve um estudo que foi feito
com a ajuda de técnicos qualificados na área do marketing
e da gastronomia que nos deram algumas dicas. Depois o
António Cunha, com uma série de ideias muito próprias, e
uma equipa de várias pessoas,
conseguiu realmente criar aqui
um produto estratégico para o
concelho de Caminha”.
O sucesso do evento exige o
seu regresso no próximo ano,
um regresso que a organização
diz estar apenas dependente da
vontade da Câmara de Caminha, do Porto e Norte e restantes parceiros.
“Se eles quiserem eu penso
que esta é uma receita para continuar sempre em colaboração
com os restaurantes locais. Eu
penso que um evento desta natureza não pode caminhar sozinho, é preciso potenciar este
prato numa perspectiva de uma
nova oferta para Vila Praia de
Âncora à semelhança do que
acontece por exemplo com a
sardinha, com o robalo e outras espécies”, sublinha.
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DISTRITOCAMINHA
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Procissão ao Mar po
da Srª da Bonanç
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FOTOS : ANTÓNIO
GARRIDO
Esta rubrica fará a descrição da identidade regional
do Alto Minho recorrendo a estes 3 elementos.
Daremos grande visibilidade ao sector primário
como vector fundamental para um desenvolvimento
sustentável, que gera oportunidades de negócios e
permite, acima de tudo, preservar a nossa identidade.
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Manda a tradição que na quinta-feira antes da festa, as embarcações partam em direção à
Ínsua para ir buscar a senhora.
São na sua maioria pescadores de Vila Praia de Âncora
mas também de Viana do Castelo que se deslocam em embarcações devidamente engalanadas, pois o dia é de festa.
Partem depois do almoço em
direção a norte e sempre que
o mar o permite. E não vão só
pescadores, vão também embarcações de recreio que fazem
questão de se juntar à procissão naval, um dos momentos
altos da romaria em honra da
Senhora da Bonança que tem
lugar em Vila Praia de Âncora
de 11 a 14 de Setembro.
Em terra a Senhora da Ínsua
está pronta para ir visitar as
gentes de Vila Praia de Âncora, um ritual que acontece
todos os anos por esta altura.
No cais da rua está a embarcação que irá levar a senhora
até perto do forte com o seu
nome, onde será depois transladada para uma outra embarcação de Vila Praia de Âncora.
Dezenas de embarcações
acompanham-na até Vila Praia
de Âncora onde vai ficar até
domingo.
Espalhadas pelos molhes do
Portinho, milhares de pessoas
aguardam a chegada da Srª da
Ínsua a terra, um momento vivido com muita emoção pelas
gentes locais.
No cais todos querem beijar
e tocar a imagem da santa a
quem os pescadores pedem proteção no mar. À espera está o
andor que a vai levar em procissão até à Capela da Srª da
Bonança situada bem no centro da vila.
Mas antes, junto ao farol, há
sermão. O orador pede proteção no mar e abundância para
os pescadores.
“Nós pedimos-te Senhora,
proteção para os nossos pescadores que todos os dias têm
os olhos em ti. Que encontrem
neste mar o pão de casa dia”,
ouve-se.
Findo o Sermão a imagem
segue para a Capela até Domingo, dia da grande procissão religiosa.
É assim o arranque de mais
umas festas em honra da Senhora da Bonança, uma das
maiores romarias do concelho de Caminha.
Segundo o Padre Valdemar
Fernandes, pároco de Vila
Praia de Âncora, trata-se de
uma festa com uma carga religiosa grande, que se foi naturalmente construindo ao longo dos tempos.
Com 3 procissões e muitos
atos religiosos, esta é uma festa onde a devoção dos pescadores está bem patente.
“Esta devoção, que se foi construindo ao longo dos tempos,
está certamente relacionada
com a devoção dos pescado-
res e pela necessidade de evocar
Nossa Senhora. Pela presença
e pela forma como as pessoas
chegam até junto da imagem
da Senhora da Bonança, nota-se a devoção e o amor das
pessoas à Senhora”.
A procissão da Srª da Ínsua
constitui um momento de fé
muito importante, “um grande momento” como refere o
pároco.
“Quem vem dentro dos barcos
ao longo do mar e contempla
as margens, vê que elas estão
repletas de pessoas à espera da
Senhora da Ínsua. É uma gran-
de procissão, muito emotiva”.
Sendo esta uma festividade
muito ligada à classe piscatória
local, a Romaria da Srª da Bonança não deixa de ser a festa
da comunidade de Vila Praia
de Âncora. “Estamos a falar de
uma festa que congrega muita gente. Junta os pescadores
que encontram na senhora muita devoção e muito aconchego, mas junta também pessoas de muitos lugares e muitas
terras que aqui acorrem de propósito para celebrar e festejar
não só em termos religiosos,
mas também em termos culturais e de diversão. A festa é
um momento de reflexão mas
também de encontro e confraternização entre amigos e familiares”, sublinha.
Outro dos momentos que o
padre Valdemar destaca é a
grande procissão de domingo que este ano vai integrar
25 andores.
“Vai ser uma grande festa,
uma festa muito rica capaz de
aproximar as pessoas e levalas a viverem momentos intensos”.
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Programa:
Dia 11 de setembro – 5ª feira
Dia de Nossa Senhora da Ínsua
onto alto das festas
ça em V.P.Âncora
Com um orçamento a rondar
os 87 mil euros, as festas em
honra da Senhora da Bonança apostam num cartaz cultural
“forte”, com muita animação
e onde a tradição tem presença forte.
Atuações de vários grupos musicais, bandas de música, um
cortejo cultural e fogo de artifício, são apenas alguns dos
muitos momentos previstos no
programa deste ano.
A Comissão deu conta de algumas alterações, nomeadamente
no que toca ao cortejo que terá
um percurso diferente do habitual, como explicou ao Jornal C Anabela Pereira, presidente da comissão de festas.
“Este ano pedimos a colaboração da Viana Festas e do Turismo de Vila Praia de Âncora,
que nos vão ajudar a organizar o cortejo. A Viana Festas
vai ceder-nos alguns carros que
julgamos irão enriquecer muito o cortejo”.
Para além dos carros cedidos
pela Viana Festas as freguesias do Vale do Âncora também foram convidadas a parti-
cipar mostrando assim algumas
das tradições locais.
A dimensão dos carros cedidos pela Viana Festas vai obrigar à alteração do trajeto, que
este ano se inicia no Largo da
Estação. Assim o percurso será:
Rua 5 de Outubro, 31 de Janeiro, Av. Ramos Pereira e termina no Campo do Castelo.
Dos espetáculos agendados
destaque a atuação de Pedro
Cachadinha, artista de Ponte
de Lima, do grupo Santamaria e do grupo musical Ivason.
De salientar ainda a presença
das Bandas de Música Mar-
cial de Fermentelos e Filarmónica de Amares que irão atuar
no sábado.
A pensar nos mais jovens, a
comissão de festas convidou
diversos dj’s que irão animar
a denominada tenda eletrónica localizada junto ao parque
de diversões.
Para angariar a verba necessária para a realização das festas
a comissão tem procedido ao
habitual peditório junto da população e também dos estabelecimentos comerciais da vila.
As festas estão orçadas em cerca de 87 mil euros, uma verba
que está longe de estar alcançada, com revelou ao Jornal C
Anabela Pereira, que se queixa
das poucas esmolas conseguidas até ao momento.
“O peditório este ano não está
a correr tão bem como nós estávamos à espera. As pessoas
estão a participar menos mas
ainda assim tivemos esta semana uma pessoa que nos deu
500 euros. Isto é muito importante porque prova que ainda
há gente que acredita nesta comissão de festas”.
Anabela Pereira queixa-se de
uma situação que está a prejudicar as festas relacionada com
o vendedor de farturas que habitualmente vinha à Senhora
da Bonança mas que no ano
passado, por vontade própria
desistiu.
“O que aconteceu é que no
ano passado esse senhor desistiu de fazer as festas de Vila
Paria de Âncora preferindo ir
para Ponte de Lima. O que nós
fizemos foi tentar arranjar outra pessoa que viesse e conseguimos. Agora ele vem dizer
que afinal já quer voltar outra
vez e nós não aceitamos isso”.
A presidente da Comissão acusa o referido feirante de estar a
fazer uma campanha difamatória contra a comissão e lamenta que alguns ancorenses
“estejam a defender pessoas
de fora em vez de defenderem
esta comissão que é composta
por pessoas da terra. Nós estamos a levar por tabela por
causa disso. Há pessoas que
se recusam participar porque
o Mário das farturas não vem.
Isso é lamentável porque não é
o Mário que faz a festa”.
A presidente da Comissão
aproveitou para apelar à união
de todos os ancorenses para
que não deixem de participar
nas festas, quer monetariamente quer participando nos diversos atos religiosos que estão
programados.
“Como lhe disse esta festa
tem um orçamento muito alto
e mesmo com a ajuda da Câmara de Caminha não chega
para fazer face a toda a despesa. Precisamos da colaboração de todos e espero que
a população se junte a nós e
nos ajude a fazer as festas que
Nossa Senhora da Bonança merece”, remata.
8h00 – Alvorada Festiva
9h00 – Entrada do grupo de Zés Pereiras
“Bombos de V.P.Âncora”
15h30 – Procissão Naval de Nº Srª da Ínsua,
com a participação dos Homens do Mar
e suas embarcações
15h30 – Passagem do andor de Nª Srª da Ínsua,
pela Rua dos Pescadores e rua 13 de Fevereiro,
ornamentadas com tapetes floridos
17h00 – Abertura do Parque de Diversões. Atuação
do Grupo de Zés P’reias na Praça da República
21h00 – Procissão de Velas, em honra de Nª Srª de Fátima em
andor de flores naturais com alocução na Praça da República
22h00 – Conunto Marco, Lino e Mingos
(Trio L&M), na Praça da República.
01h00 – Tenda electrónica com Dj e bares junto
ao parque de diversões
Dia 12 de setembro – 6ª feira
Noite do Emigrante
8h00 – Alvorada Festiva
9h00 – Entrada do grupo de Zés P’reiras
“Bombos de V.P.Âncora” e Bombos de S. Sebastião, de Darque
10h00 – Recolha de peteiros nas lojas e embarcaço
de Pedro Cachadinha e seus manos, no Parque
Dr. Ramos Pereiraas e cantares ao desafio.
14.30 – Atuação de Pedro Cachadinha e seus anos,
a percorrer as ruas da vila e estabelecimentos,
com desgarradas e cantares ao desafio.
15h00 – Arruada pelos grupos de bombos a
percorrer as ruas da vila
21h30 – Atuação de Pedro Cachadinha e seus
manos, no Parque Dr. Ramos Pereira
22h00 Grandiosa atuação de Zé Amaro,
no parque Dr. Ramos Pereira.
01h00 - Tenda electrónica com Dj e bares
junto ao parque de diversões
Dia 13 de setembro – sábado
Cortejo da Cultura
8h00 – Alvorada Festiva
9h00 – Entrada do grupo de Bombos de
São Sebastião de Darque e Gigantones
12h00 – Tradicional queima de fogo do meio dia
e entrada na Praça da República das Bandas
de Música: Banda Marcial de Fermentelos
(A Velha) e Filarmónica de Amares
15h00 – Cortejo Etnográfico do Vale do Âncora
17h30 – Festival Folclórico no Parque Dr. Ramos Pereira,
com grupos de Danças e Cantares Regionais do Orfeão de V.P.
Âncora e vários grupos folclóricos com traje do campo e do mar
17.30 – Concentração e despique de Bombos de
vários grupos que participam no cortejo, na
meia laranja, Av. Dr. Ramos Pereira
22h00 – Grande Concerto com o Grupo Santamaria
no Parque Ramos Pereira
22h00 – Concerto das Bandas de Música
na Praça da República
24h00 – Despedida das Bandas de Música
00h30 – Serenata Piromusical na foz do rio Âncora
com fogo-de-artificio preso e batalha naval
e cachoeira especial.
01h00 - Tenda electrónica com Dj e bares
junto ao parque de diversões
Dia 14 de setembro – domingo
Grande procissão religiosa
8h00 – Alvorada Festiva
8h00 – Missa na Capela Nª Srª da Bonança
9h00 - Missa na Capela Nª Srª da Bonança
9h00 – Entrada da Associação Musical de Vila Nova de Anha
no largo da estação com passagem pelo portinho.
10h30 – Missa Solene, cantada pela Associação
Musical de Vila Nova de Anha
14h30 – Entrada da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários
“Os Famalicenses”
15h00 – Recepção das entidades oficiais no salão
da capela da Srª Da Bonança
15.30 – Procissão em honra da Senhora da Bonança.
No portinho, Sermão pelo pregador e colocação dos andores
no chão, virados para o mar, depois do tradicional sermão,
queima de fogo no trajeto da procissão para a capela.
17h30 – Concerto da Banda na Praça da Repúbica
19h30 – Missa de Ação de Graças na Capela
de Nª Srª da Bonança
22h00 – Verbena com o Grupo Musical “IVASON”,
no parque Dr. Ramos Pereira
24h00 – Despedida das festas com fogo de artifício
01h00 - Tenda electrónica com Dj e bares
junto ao parque de diversõe
|5
JORNAL
CAMINHA
Perde-se no tempo a data do
início da festa de Lanhelas, em
honra do Senhor da Saúde e de
Santa Rita de Cássia, que acontece sempre no primeiro fimde-semana de setembro.
Associada a esta festividade,
realizava-se no dia 15 de agosto,
também nos jardins de S. Gregório outra, esta mais simples,
mas de singular cariz, em honra de S. Roque. Eram rematadas as fogaças feitas na padaria
do Tio João “Tolo”. Este pão
tinha a particularidade de ter
várias formas e feitios, salientando, entre elas, a figura de S.
Roque, colocando dois feijões
no lugar dos olhos e um grande laço vermelho ao pescoço.
A farinha era fornecida pela comissão das festas em honra do
Senhor da Saúde e Santa Rita
de Cássia, porque a receita revertia a seu favor.
Contudo, é a partir de 1957 que
há registos da forma como se constituíam as respetivas comissões
das “famosas festas em honra
do Senhor da Saúde e de Santa
Rita”, da exploração de bares e
das respetivas normas. Dum universo de 56 nomes de homens, as
Comissões ficavam constituídas
por apenas cinco homens (presidente, tesoureiro, secretário e
dois vogais), que contavam com
o apoio das esposas e com a colaboração de “gentis meninas”.
Os lugares ocupados para a venda de petiscos e bebidas, bugigangas, localizavam-se fora do
recinto dos jardins de S. Gregório. Dentro do recinto, montava-se um “Café-Bar” à sombra
de um grande castanheiro, exclusivo da Comissão de Festas.
Pela primeira vez, este “CafeBar” é doado à exploração de
particulares no ano de 1967sob
determinadas condições: “…o
arrematante deve ter um bom
sortido de bebidas, não faltando os afamados vinhos brancos, engarrafados da região;
… O arrematante deve primar
em apresentar um bom e saboroso café; …
O arrematante deve ter também
um regular sortido de sandes variadas – doces, pastéis, chocolates, etc., etc…”.
Não aparecendo nenhuma menção ao consumo de solhas, che-
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DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
Festa Das solhas
Uma festa com
história
gamos ao conhecimento de que
as comissões ou pessoas que exploravam o bar, levavam aquilo que tinham em casa e nada
como a solha fresca ou seca, que
era por esse tempo abundante
e de uso e costume à mesa dos
lanhelenses.
Curiosamente, a abertura da
pesca das solhas fazia-se a 15
de agosto, chamada a “libração”,
e todos os pescadores da freguesia iam para o rio com redes picadeiras ou solheiras. O peixe
era tanto que, quando as mulheres levavam o almoço aos familiares, já traziam grandes quan-
tidades de solhas para arranjar.
Os homens voltavam à pesca e,
ao fim do dia, confraternizavam
todos na beirada do rio, comendo solha frita ou em caldeiarada e as respetivas fogaças de S.
Roque. Não é, pois, de estranhar
ver a solha associada à festa religiosa, servindo de petisco ao
visitante. De 15 de agosto em
diante, secavam-se as solhas de
forma tradicional, prática que
chega aos nossos dias, embora, à época, fosse usual guardar
as solhas em caixas grandes no
meio do milho e do feijão. (Em
Lanhelas, pelo inverno dentro,
à “ceia”, em casa de pescador,
comia-se quase sempre batata
cosida com solha seca, regadas
com azeite ou para variar com
um molhinho “rojoado”).
Se os petiscos eram confeccionados em máquinas a petróleo,
a iluminação fazia-se com caçoulos de velas de sebo, a ornamentação, com arcos usados
nas marchas pelos ranchos do
Esqueiro, Covelo e Couto por
altura das festas dos santos populares e as bandeiras confeccionavam-se com tela comprada para o efeito. Não faltava o
foguetório nem a música, não
fosse Lanhelas terra de fogueteiros e de Banda afamada. Com
o passar dos anos, as festas religiosas de todo o Alto Minho
passam a ter muitos mais visitantes, uns movidos pela fé, outros pelo divertimento e lazer.
A festa de Lanhelas alcançou
já reconhecimento e notoriedade gastronómica, evidenciados
pela crescente procura do afamado pitéu, a solha seca. Daí,
hoje referirem-se à festa do Senhor da Saúde e Santa Rita de
Cássia como a Festa das Solhas.
Da mesma forma, as comissões
das festas aumentaram o número de elementos para poderem
dar resposta a desafios maiores.
Assim, todos os anos são nomeados dez casais, de gente mais
nova, quando é possível, apoiados ainda por um grupo de meninas e rapazes solteiros.
As logísticas melhoraram substancialmente, e é no início da década de oitenta, do século passado, que se faz um equipamento
de raiz, com uma cozinha melhor equipada, tendo sido melhorado pelas comissões seguintes.
A quantidade de solhas secas
para vender na festa aumentou
exponencialmente a partir dos
anos oitenta, pois, por essa altura, cada casal levava de casa
cerca de 10 Kg de solhas secas.
Nestes últimos anos, chegam a
consumir-se 600 kg de solhas
ou até mais.
Para facilitar o trabalho árduo,
que é todo o processo de tratamento das solhas até à fase final, adota-se, a partir de 2004,
a secagem de todas as solhas no
mesmo local, obedecendo a um
mesmo procedimento.
Com trabalho, brio e sacrifício e muito bairrismo, todos os
lanhelenses têm levado a efeito
a realização da sua festa, que é
reconhecida e admirada por todos quantos a visitam.
Josefina Covinha
In: Programa da Festa
das Solhas 2014
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
800 quilos de
solhas para
consumir
durante
a festa
Cerca de 800 quilos de solha
seca e fresca deverão ser consumidos durante este fim-desemana em mais uma edição
das festas em honra do Senhor
da Saúde e Santa Rita de Cássia que se realizam a partir de
hoje (sexta-feira) na freguesia
de Lanhelas.
Manda a tradição que a Festa das Solhas, nome pelo qual
também é conhecida esta romaria, seja organizada por um
grupo de jovens casais da freguesia.
Os preparativos começam alguns meses antes, em dezembro de 2013, com a realização de peditórios porta a porta
pela freguesia, venda de rifas
e outros eventos, com o objetivo angariar a verba necessária (7.500 euros) para comprar
as solhas para a festa que, apesar de religiosa, é também uma
festa gastronómica.
Silvia Barros e o companheiro
foram um dos casais escolhidos para a organização deste
evento que se realiza sempre
no mês de setembro.
Acompanhados de mais sete
casais estão a trabalhar desde
maio na preparação dos cerca
de 800 quilos de solhas que vão
ser consumidos nos próximos
3 dias. Uma tarefa árdua mas
que Silvia Barros garante que
se faz com gosto.
“Temos aproximadamente 800
quilos de solhas preparados. Foi
um trabalho árduo que iniciámos em maio, mas ao mesmo
tempo foi agradável porque o
grupo é coeso e damo-nos todos muito bem”.
Durante o fim de semana deverão passar por Lanhelas alguns milhares de pessoas atraídos pelos petiscos e também
pelo programa que este ano promete grande animação, como
revela Silvia Barros.
“São 3 dias repletos de programação que se iniciaram com
a realização das novenas no
dia 28 de Agosto. Depois teremos a partir de sexta feira os
jantares típicos onde a solha é
o prato principal e a abrir as
festividades a atuação da orquestra “Ciklone”.
No sábado teremos, como não
poderia deixar de ser, um encontro de bandas com a participação da Banda Musical Lanhelense e a Banda da Casa do
Povo de Tangil. À noite haverá fogo de artifício e à 1.30 a
despedida das bandas.
No domingo realiza-se a missa em honra do S. da Saúde e
a procissão ao cruzeiro da independência. A tarde será preenchida com um festival folclórico e a encerrar vamos ter
a atuar a orquestra “Taxxis”.
Amantes do desporto rei, os
lanhelenses não dispensam um
bom desafio de futebol e por
isso no sábado, a partir das 17
horas, será disputado no está-
dio local, um jogo entre o Lanhelas e o Perre.
“Vai ser certamente um momento muito animado e contamos com muita gente. O fu-
tebol é muito apreciado aqui
em Lanhelas e por isso esperamos que ganhe o melhor e
que seja mais um momento de
bom ambiente”.
Programa
Sexta-feira dia 5 de Setembro
8.00 h – Alvorada
15.00 h – Abertura do bar
20.00 h – Jantar Típico
22.30 h – Baile com a orquestra “CIKLONE”
Sábado dia 6 de Setembro
8.00 h – Alvorada
9.00 h – Grupo “Bombos das Montanhas”,
pelas ruas da freguesia
10.00h – Abertura do bar
12.00h – Meio dia de fogo
15.00h – Encontro de Bandas: Banda Musical
Lanhelense e Banda Musical Casa do Povo de Tangil
19.00h – Missa solene em honra de Stª Rita de Cássia
20.00h – Jantar Típico
22.00h – Concerto das Bandas de Música
00.00h – Fogo de Artifício – Ivo Show “Bailado
d’água” ROXIE
01.30h – Despedida das Bandas
02.00h – Música Gravada
Domingo dia 7 de Setembro
8.00 h – Alvorada
9.30h – Entrada Banda Musical Lanhelense
10.00h – Missa solene em honra de S. Da Saúde ,
seguindo-se a procissão ao cruzeiro da Independência
Despedida da banda Musical Lanhelense
13.00h – Almoço Típico
15.30h – Tarde Folclórica: Grupo Folclórico e
Etnográfico de Vila Praia de Âncora e Grupo
Folclórico de Tregosa
20.00h – Jantar Típico
22.00h – Baile com a orquestra “TAXXIS”
Ao intervalo, sorteio dos cartões
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
DISTRITOCAMINHA
Pela primeira vez na história
da romaria de São João d’Arga
não se ouviram os ruidosos geradores que, até há pouco tempo, permitiam que o recinto fosse iluminado.
Depois de muitos anos à espera a Comissão de Festas viu
finalmente satisfeita a velha aspiração de levar a luz elétrica
até àquele convento situado em
pleno coração da Serra d’Arga
Marinho Gonçalves, que durante 22 anos exerceu o cargo
de presidente da Junta de Arga
de São João e da Comissão de
Festas, considera a chegada da
luz elétrica ao Mosteiro “a concretização de um sonho e uma
grande alegria”.
“Há 3 coisas pelas quais eu
lutei e trabalhei muito ao longo dos 22 anos em que exerci
o cargo de presidente da junta:
a inauguração da casa da junta, a inauguração da luz pública na freguesia e a inauguração
da chega da eletricidade aqui ao
santuário e as obras. Felizmente está quase tudo cumprido, só
faltam as obras da capela e dos
quarteis que vão avançar já em
setembro”.
A substituir Marinho Gonçalves na comissão de festas
de São João d’Arga está agora está a gora o filho, a quem
passou este ano o testemunho.
“Já passei a pasta mas enquanto puder venho cá e ajudar no
que puder”.
CAMINHA
Festa
de São
João
d’Arga
já se faz sem geradores
Luz elétrica já
chegou ao recinto
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A pé para a
romaria
FOTOS : LUIS VALADARES
.
A festa, uma das mais típicas
do país, voltou a receber a visita de milhares de romeiros que,
de carro ou a pé, ali se dirigiram
no passado dia 28 de Agosto.
Do concelho de Caminha partiram dois grupos de romeiros
a pé, que desta forma reavivaram uma antiga tradição.
De Vila Praia de Âncora par-
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DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
tiu um grupo com mais de uma
centena de romeiros que calcorreou montes e antigos trilhos, num percurso que durou
organizadores desta caminhada a São João d’Arga que contou com a organização da Junta de Freguesia de Caminha e
controu e até garante que fez o
percurso “com uma perna às
costas”.
“Estou habituado a caminhar
todos os dias. Vou de Moledo à foz e volto diariamente”.
Com o cajado na mão, Jorge Fão diz que vai a São João
d’Arga para cumprir a tradição
e nem o “xiripiti” vai escapar.
Mais à frente segue Catarina
Prividêncio. Natural do Porto
mas a passar férias em Caminha, decidiu este ano ir a São
João d’Arga como romeira.
“Já cá tinha estado antes mas
nunca neste espírito de romeira, é a primeira vez e estou a
gostar muito”. Veio com uns
mais de cinco horas. O trajeto
atravessou o Vale do Âncora e
cruzou os concelhos de Caminha e Viana do Castelo passando por sete freguesias, nomeadamente Vila Praia de Âncora,
Vile, Riba de Âncora, Gondar,
Dem, Montaria e Serra d’Arga.
Organizado Pela Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, este é um percurso que já se
faz há cerca de 16 anos.
De Caminha saiu um outro
grupo com cerca de cinquenta romeiros, um número que
foi engrossando já que várias
pessoas se foram juntando ao
longo do percurso.
“À chegada deveríamos ser
mais de 100 pessoas”, garantiu Desidério Afonso, um dos
Vilarelho.
Revitalizar antigas tradições
é o grande objetivo destas caminhadas, que atraem jovens
e menos jovens.
Jorge Fão tem 83 anos e apesar de conhecer a romaria há
muitos anos, foi a primeira vez
que veio a pé.
“Olhe vim acompanhar a mocidade para ver se rejuvenesço
um bocado”, explica entre risos.
“É a primeira vez que venho
a pé e há mais de vinte anos
que não vinha a esta festa. Estou a gostar muito porque é um
convivio muito interessante, as
paisagens são maravilhosas e
com esta música a animar, o
caminho faz-se muito bem”.
Dificuldades Jorge Fão não en-
amigos e a esperiência está a
ser “ótima”, garante.
“Já sabia que isto existia mas
nunca tinha integrado uma romaria destas, aconselho sinceramente porque é uma experiência fantástica”.
Depois de várias horas de caminho o grupo chegou finalmente ao recinto da festa. Entrou a
cantar acompanhado das concertinas, gaitas e cavaquinhos,
e entoando o vira da romaria
onde não faltaram a quadras
picantes, algumas dedicadas
a São João.
Cumpridas as tradicionais voltas à capela, um grupo de dançarinos pede espaço para dançar
a gota e a rosinha. “Era assim
que se fazia antigamente” ex-
plica Desidério Afonso que vai
à romaria desde os 14 anos.
Findos os rituais religiosos
é hora de “assaltar” o farnel.
Cada um leva o seu mas manda a tradição que se juntem todos e que cada um coma o que
lhe apetecer.
Depois da barriga cheia é hora
de regressar à romaria. A descida não é fácil, milhares de
pessoas povoam o pequeno recinto da festa que neste dia excede muito a sua capacidade.
As tascas não têm mãos a medir. Entre petiscos vários, cerveja e vinho, servem o tradicional “xiripiti”, uma mistura
de aguardente com mel que ga-
rante grandes dores de cabeça
a quem não a souber dosear.
A “comandar” o grupo de romeiros vai Desidério Afonso
que vai explicando algumas
das tradições desta romaria
que, depois de ter passado por
um momento complicado, parece estar a ressurgir valorizando as antigas tradições.
“Houve um tempo em que
as concertinas, um dos ícones desta romaria, estavam a
perder o seu espaço e a serem
substituídas pelos discos. Felizmente conseguimos reverter essa situação e sensibilizar
as comissões de festas para
acabarem com os discos pedidos. Hoje isso já não existe
e ainda bem”, explica.
E que santo é este que se diz
casamenteiro e que faz milagres para que as mulheres que
não conseguem ter filhos consigam engravidar?
Desidério Afonso confirma
a teoria mas afasta a tese dos
milagres.
“O que acontecia é essas mulheres vinham à romaria e por
vezes envolviam-se com outros homens e às vezes engravidavam. O milagre era este”
explica.
À medida que a madrugada
vai avançado o recinto começa a ficar mais aliviado. Só ficam os resistentes e aqueles
que ali vão pernoitar.
A festa continua no dia seguinte com missa e procissão,
e com a promessa de que para
o ano, tudo se repete…
Obras do
convento
avançam em
Setembro
O convento de São João
d’Arga está prestes a entrar em
obras, uma empreitada que vai
permitir a recuperação daquele
monumento classificado.
A empreitada “Santuário de
S. João d’Arga – Conservação
e Valorização do Conjunto” vai
custar 577 mil euros e é financiada em 85% pelo ON2 – O
Novo Norte.
A empreitada engloba trabalhos de conservação e beneficiação na capela, nos albergues, nos espaços exteriores,
nos sanitários públicos, no edifício de apoio ao Santuário
e, ainda, o melhoramento e
execução de algumas infraestruturas.
De referir que a obra já era
para se ter iniciado mas a câmara preferiu adiá-la para não
coincidir com a Romaria.
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JORNAL
CAMINHA
Juntas do
concelho
sobrevivem com
apoio DO FFF
enquanto
esperam por
dinheiro da
câmara
A quatro meses
do final do ano, as
Juntas de Freguesia
do Concelho de
Caminha ainda não
receberam as verbas
protocoladas com a
Câmara Municipal no
âmbito da delegação
de competências. As
autarquias têm cada
vez mais encargos
delegados pela
Câmara, mas o
dinheiro para custear
essas tarefas ainda
não chegou aos cofres
das Juntas
de Freguesia.
O PSD de Caminha veio recentemente a público afirmar
que, afinal, as autarquias vão
receber apenas um terço das
verbas prometidas. Para a gestão e manutenção de espaços
verdes e manutenção das vias e
espaços públicos estavam prometidos mais de 55 mil euros,
mas afinal só vão ser transferidos cerca de 18 mil repartidos
pelas 14 juntas. Para manter,
reparar e substituir o mobiliário urbano, pequenas reparações nas escolas e manutenção dos espaços envolventes
estavam prometidos cerca de
128 mil euros, mas afinal só
vão ser transferidos cerca de
42 mil. E o dinheiro só chegará às mãos dos autarcas mediante a entrega de relatórios
sobre as verbas gastas.
Em comunicado enviado à imprensa, o PSD critica o executivo socialista liderado por
Miguel Alves acusando-o de
faltar às promessas de que “iria
transferir mais verbas para as
autarquias e de forma mais facilitada”.
Os sociais democratas fizeram as contas e concluíram que
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DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
afinal cada uma das 14 Juntas
de Freguesia do concelho de
Caminha vai receber em média cerca de quatro mil euros.
(Ver comunicado na íntegra).
Fomos ouvir presidentes de
Junta de 3 diferentes partidos
com representação no concelho de Caminha. Miguel Gonçalves, do PS, presidente da
União de Freguesias de Caminha e Vilarelho; Carlos Castro,
do PSD e presidente da Junta de Vila Praia de Âncora e
Carlos Alves eleito pela CDU
para chefiar a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros. Nenhuma das freguesias contatadas
já recebeu qualquer transferência de verbas.
Miguel Gonçalves, o autarca socialista eleito para liderar
Caminha e Vilarelho, revelou
que a autarquia tem recorrido
à ajuda do Fundo de Financiamento de Freguesias (FFF) para
conseguir sobreviver enquanto não recebe qualquer apoio
da Câmara.
De resto, todas as Juntas de
Freguesias contatadas têm utilizado este recurso. É através
do Fundo de Financiamento de
Freguesias que as autarquias
utilizam a fasquia a que têm
direito nos impostos pagos pelos portugueses e equivalente a
2,5 por cento da média aritmética simples da receita do IRS,
IRC e do IVA do ano transato.
Em declarações ao Jornal C,
o autarca de Caminha e Vilarelho admite dificuldades.
“ As verbas vão ser transferidas mediante a entrega dos
comprovativos de despesa, e
portanto estamos neste momento a instruir o processo para
depois o podermos entregar
à Câmara para começarmos
a receber”.
Para fazer face às despesas tidas até ao momento, as Juntas
têm utilizado as verbas do FFF
como explica Miguel Gonçalves que fala em alguns constrangimentos relacionados com
esta situação.
“É evidente que isso nos tem
causado algum constrangimento mas também temos que ter
consciência da situação em que
Praia de Âncora tem feito nos
últimos meses uma grande ginástica financeira para conseguir levar o barco a bom porto. Carlos Castro explica que
o que tem valido é o dinheiro
do FFF, cerca de 50 mil euros,
verba que tem permitido “man-
se encontra a Câmara e o país e
por isso, dentro da contingência
que temos, há que fazer o melhor possível. Se me pergunta
se eu gostava de ter já as verbas comigo? Obviamente que
sim…”.
O autarca de Caminha e Vilarelho esteve até agora a trabalhar com o dinheiro proveniente do Fundo de Financiamento
de Freguesias e espera receber
as transferências da Câmara de
Caminha para avançar com obras
que diz serem necessárias.
“Até ao momento estivemos
a trabalhar com 50 por cento
do nosso orçamento. Neste momento já sabemos o que vamos
receber e por isso já podemos
começar a planear os nossos investimentos, nomeadamente pequenas obras e reparações, que
também não podiam ser executadas durante o verão”.
Em Vila Praia de Âncora a situação é semelhante. Nestes oito
meses, a autarquia tem vivido
com o dinheiro proveniente do
FFF: cerca de 50 mil euros.
O autarca social democrata
Carlos Castro incita a Câmara
de Caminha a dar rapidamente
início à transferência das verbas previstas na delegação de
competências pois, se isso não
acontecer, o autarca diz que a
sobrevivência da Junta de Freguesia fica em risco.
“Até ao momento ainda não
recebemos nada porque também
ficámos de enviar os relatórios
dos trabalhos que irão ser executados e respetivos montantes. Entretanto já enviamos esses relatórios e neste momento
aguardamos a transferência de
algumas verbas porque se assim não for não só não conseguimos fazer nada, como está
em risco a própria sobrevivência da Junta de Freguesia”.
Sem rendimentos próprios,
a Junta de Freguesia de Vila
ter a porta aberta e pagar a aos
funcionários”.
Carlos Castro diz que ser presidente da Junta nesta situação
é muito complicado. “Sem dinheiro que é que nós estamos
aqui a fazer. Não se pode fazer nada, nem tapar um buraco
sequer, se isto continua assim
não sei como vai ser. A Câmara disse que nos ia ajudar e eu
espero sinceramente que isso
aconteça o mais rapidamente
possível porque nós queremos
começar a trabalhar”.
Em Vilar de Mouros, freguesia liderada pela CDU, tem sido
graças ao espírito do trabalho comunitário que as obras têm sido
feitas naquela freguesia do concelho de Caminha, como conta
o autarca local, Carlos Alves.
“Ainda não recebemos qualquer verba da câmara mas já temos indicação que poderemos
enviar os relatórios para recebermos uma parte da verba atribuída no âmbito dos acordos de
execução”.
Tal como as restantes freguesias do concelho também Vilar
de Mouros tem vivido nos últimos oito meses, “com algum
aperto de tesouraria”, mas ainda assim as obras têm sido feitas recorrendo à boa vontade e
colaboração da própria comunidade vilarmourense.
“Temos seguindo uma estratégia de chamamento da população no âmbito do voluntariado e com essas ações já
conseguimos levar a cabo uma
série de trabalhos e obras na
freguesia. Mesmo sem dinheiro da Câmara, não temos estado parados”.
Até à data, o comunista Carlos
Alves não viu qualquer cêntimo da delegação de competências, algo que para ele já não
é novidade. Diz que o mesmo
aconteceu no tempo da Câmara PSD.
“Eu encaro isto com alguma
preocupação porque claro, já
estamos com oito meses vividos
e naturalmente que já poderíamos ter realizado mais obras
e mais beneficiações na freguesia, e assim não foi possível. Mas compreendo porque
a tesouraria da câmara também está com problemas que
já vêm de trás e que não são
estranhos a quem, de alguma
forma, acompanha o evoluir
da politica concelhia. Toda a
gente sabe o aperto financeiro
em que a Câmara vive e isso
reflete-se nas freguesias. Não
tem a ver com a gestão deste
executivo, mas sim com a péssima gestão de executivos anteriores que transferia verbas
muito reduzidas para as freguesias”.
Carlos Alves fez questão de recordar que no seu último mandato, de 2005 a 2009, teve dois
anos sem receber um único cêntimo. “Recebemos zero”.
JUNTAS SEM DINHEIRO
PARA AS SUAS
FREGUESIAS
Mais e melhor para
Caminha?!
No dia 4 de junho os vereadores do PSD votaram contra os protocolos que seriam
celebrados com as Juntas de
Freguesia.
Apesar dos avisos e recomendações dados ao Presidente
da Câmara chamando a atenção para as verbas irrisórias.
Apesar de se terem avisado
os Presidentes das Juntas de
Freguesia, os protocolos foram aprovados, tendo o executivo bradado aos sete ventos que estava a transferir mais
verbas do que o executivo anterior e que seriam só facilidades no recebimento das
verbas indicadas.
O que aconteceu até agora?
(estamos a 4 meses do final
do ano):
As Juntas não receberam um
cêntimo dos valores protocolados.
Na semana passada foram assinados os protocolos. Os senhores Presidentes das Juntas
foram convocados (por telefone e, por isso, alguns nem
souberam) e foi-lhes dito que
iriam receber um terço da verba protocolada contra entrega
de relatórios circunstanciados
das verbas gastas.
Não sabemos se houve aplausos tal como tanto gosta o partido socialista.
Recordemos que todas as Juntas de Freguesia receberiam
55.800,00 € durante todo o
ano para a gestão e manutenção de espaços verdes e limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros.
Receberiam, porque as 14 Juntas não receberam um cêntimo e só irão receber 18.600,00
€, depois de cada uma delas
apresentar um relatório.
Receberiam ainda 128.700,00
€ para executarem as novas
competências que o Sr. Presidente da Câmara empurrou
para as Juntas de Freguesia:
manter, reparar e substituir o
mobiliário urbano, pequenas
reparações nas escolas, e manutenção dos espaços envolventes às escolas. Receberiam porque não receberam
um cêntimo e só vão receber
42.900,00 € após a apresentação de relatórios.
Nem sequer podem transferir esses valores para outras
ações diferentes das que estão no protocolo COMO DISSE O SR. PRESIDENTE DA
CÂMARA A ALGUNS PRESIDENTES DE JUNTA DE
FREGUESIA.
Total destinado às Juntas em
2014: 61.500,00 €.
Quanto toca a cada uma
das freguesias? Uma média
de 4.393,00 € (com os relatórios devidamente elaborados).
Infelizmente acrescentamos
que nem este valor vão receber até ao final do ano porque,
tal como chamamos a atenção
no dia 4 de junho, as Juntas
não vão poder cumprir o protocolado.
Mais e melhor para Caminha?!
Comissão Política Concelhia
do PSD - Caminha
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
PSD acusa equipa
socialista de “esbanjar”
o dinheiro da Câmara
de Caminha
Os três vereadores eleitos pelo
PSD para o executivo camarário caminhense acusam a equipa socialista liderada por Miguel Alves de estar a ocultar
a real situação financeira do
município.
Os vereadores do PSD pediram à equipa socialista, no dia
8 de Julho, informação sobre a
situação financeira atual da autarquia, mas quase dois meses
depois dizem que ainda continuam à espera da resposta.
Em comunicado enviado à imprensa, os sociais democratas
acusam o executivo socialista
de esbanjar o dinheiro deixado
pela anterior equipa camarária
liderada pelo PSD.
Dizem os sociais democratas
que havia mais de dois milhões
de euros em contas à ordem e
a prazo e que agora há pouco
mais de 800 mil euros.
Em declarações ao Jornal C,
a vereadora social democrata
Liliana Silva, que é também
presidente da Comissão Política Concelhia do PSD, acusa
a equipa de Miguel Alves de
ter esbanjado o dinheiro unicamente na promoção do executivo, em detrimento dos interesses do município.
“Eu não sei como é que eles
conseguiram esbanjar o dinheiro mas acho que toda a gente
percebe que se gastaram milhares de euros em festas, espetáculos, em tendas e barracas
como a que foi utilizada no 25
de Abril. Gastou-se muito dinheiro em coisas que não eram
importantes e que não trouxeram mais valia nenhuma para
o concelho. Coisas que simplesmente trouxeram esbanjamento de dinheiros públicos e
visaram a promoção do executivo”.
Outro dos assuntos abordado
pelo PSD no referido comunicado refere-se ao prazo médio
de pagamento que, segundo os
sociais democratas, aumentou
contrariando desta forma a lei
dos compromissos.
“Quando o anterior executivo deixou a câmara, estava a
pagar a uma média de 85 dias,
ou seja, abaixo do prazo médio de pagamento. Neste momento, com os mesmos compromissos, estão a pagar a 145
dias, ou seja, já estão a violar a lei dos compromissos, o
que é grave.
Quando disseram que não havia dinheiro, que o executivo
anterior tinha feito uma má
gestão, afinal pagava a tempo
e horas, coisa que agora não
acontece, o que é muito grave”.
O PSD diz que, passados 10
meses desde que tomou posse, o executivo socialista já não
tem qualquer depósito a prazo.
“Nós temos dados e informações que dizem que a câmara neste momento já não
tem depósitos a prazo e houve meses em que o valor que
tinham em depósitos era inferior ao valor das cauções. Isto
significa que se tivessem que
restituir às pessoas o dinheiro
dessas mesmas cauções, não
o tinham”.
Sem uma explicação para justificar esta situação, Liliana Silva
garante que o PSD está constantemente a pedir informação
financeira, “algo que não nos
é dado quando nós pedimos,
tem que ser com muita insistência e passa de umas reuni-
ões para as outras”.
Para o PSD esta situação traça um quadro “muito grave”.
“Este executivo acusou o anterior de má gestão, de ter levado a câmara à falência, de
não haver dinheiro para comprar um prego, enfim um cenário horrível, mas afinal não
era essa a real situação. Havia
mais de dois milhões em depósitos a prazo, ainda ontem
saiu na comunicação social informação sobre os municípios
mais endividados e Caminha
não aparece. Isto mostra que
existia uma situação financeira estável que este executivo
tentou denegrir”, acusa.
O PSD termina o comunicado afirmando que perante “a
degradação financeira do município de Caminha no espaço
de um ano de gestão socialista,
e na falta de uma ideia estratégica para o concelho, a solução
passará pela convocatória de
uma conferência de imprensa
onde o presidente da Câmara
irá anunciar o pedido de resgate ao Fundo de Apoio Municipal”.
EXECUTIVO CAMARÁRIO
OCULTA SITUAÇÃO
FINANCEIRA DO MUNICIPIO
Vereadores do PSD continuam à espera
de resposta sobre a real situação financeira da Câmara de Caminha
No dia 8 de Julho os vereadores do PSD
apresentaram requerimento escrito a solicitar informação sobre a situação financeira à data, obrigação que aliás decorre
da lei, e que deveria ser prestada por iniciativa do presidente e não por solicitação
da oposição.
Lamentavelmente este comportamento pouco democrático não nos surpreende, pois tem sido sistemática a posição do
atual executivo em não facultar informação obrigatória quando é solicitada e só o
faz muito posteriormente e por insistência da oposição.
Decerto que o executivo camarário pretende com estes artefactos desmotivar a
oposição e desviar a sua atenção da dramática situação financeira que já foi possível constatar na última informação prestada na Assembleia Municipal de Junho.
Vamos passar a explicar como em 10 meses o executivo do PS esbanjou 2 milhões
de euros:
- O atual executivo (PS) herdou em Outubro de 2013 do anterior executivo (PSD)
depósitos a prazo e à ordem no montante
de 2. 398.264 €:
- Em Dezembro de 2013, já só tinha
1.596.87,44€; Em Janeiro de 2014, já só
tinha 1.283.375,46€; Em Fevereiro de
2014, já só tinha 811.921,68€; Em Março de 2014, já só tinha 764.936,11€: Em
Abril de 2014, já só tinha 551.550,61€;
Em Maio de 2014, (mês em que o município recebeu cerca de 2 milhões de euros
de IMI), já só tinha 997.153,28, Em Junho
de 2014, já só tinha 828.855,38€;
Verifica-se que passados estes meses, o actual executivo já não tem qualquer depósito a prazo e nem o depósito obrigatório dos
cerca de 600 mil euros, à sua guarda, de
valores dos Munícipes relativos a cauções
e outros valores consegue garantir, porque
meses houve já, em que o saldo em bancos
é inferior ao valor das cauções, o que configura uma situação ilegal e imoral.
- Não podemos pronunciar-nos acerca dos
meses de Julho e Agosto porque o executivo omite deliberadamente essa informação, mas quase nos permitimos antecipar
que infelizmente o cenário será ainda pior
e preocupante;
Da posição do 4º melhor pagador do Distrito (em 2012 e 2013) o atual executivo
arrasta o Município para a posição de pior
pagador do Distrito
De facto e conforme comprovam os dados da DGALEm Dezembro de 2013 o Município de
Caminha agrava o seu prazo médio de pagamento para 145 dias, contrariando a Lei
dos Compromissos
Comparemos:
- Em Setembro de 2013 o Município de
Caminha pagava aos seus fornecedores a
85 dias;
-O executivo do PSD realizou vasta obra
no Concelho (Ainda não conhecemos nenhuma obra realizada pelo actual executivo);
- Suportou os mesmos encargos (salários,
piscinas, electricidade, limpeza urbana, etc.);
- Transferiu mais meios e verbas para as
nossas freguesias;
- Transferiu mais meios e verbas para as
nossas Associações e IPSS’s;
- Atribuiu vários incentivos, nomeadamente à natalidade que reflectem dados muito
positivos sobre o número de nascimentos
no nosso Concelho;
- Potenciou e dinamizou uma agenda cultural e eventos de grande vulto financeiro
e que eram já uma referência e conhecidos
em todo o país.
- Deixou uma dívida de curto prazo de
cerca de 3 milhões de euros, com fundos
comunitários aprovados, portanto receita correspondente a cerca de 1 milhão e
meio de euros;
- Os seus prazos médios de pagamento
eram de 79/85 dias, portanto inferior ao
prazo de 90 dias que a Lei estabelece;
- Nunca necessitou de recorrer a empréstimos de curto prazo para fazer face a falta de liquidez de tesouraria;
- Recorreu ao PAEL, para pagar a faturação
das Aguas do Noroeste e não imputar esses
custos à factura da água dos Munícipes;
- Com os mesmos meios e os mesmos encargos, o executivo do PSD honrou e pagou os seus compromissos e ainda deixou
em depósitos em bancos, a prazo e à ordem o montante de 2.398.264€;
- O que pretenderá esconder o atual executivo?
- Porque não dá resposta aos sucessivos
requerimentos apresentados pelos vereadores e deputados na Assembleia Municipal sobre procedimentos legais e cumprimento da Lei dos Compromissos?
- Como se explica o esbanjar de milhares de euros em festas, espectáculos, tendas e barracas que não trouxeram nenhuma mais-valia para o Concelho e que para
além de esbanjamento de dinheiros públicos só visam a promoção da imagem do
Presidente da Câmara?
-Pelas vozes que se ouvem aqui e ali, todos temem o pior, e acabando as festas, festivais e concertos, pode haver contas a pagar e não haver dinheiro para tanta farra!
- Resta-nos a certeza de que perante a degradação financeira do Município de Caminha no espaço de um ano de gestão socialista, e na falta da tal ideia estratégica
para o Concelho, a solução passará pela
convocatória de mais uma conferencia de
imprensa onde assistiremos a um eventual anúncio de pedido de resgate ao Fundo
de Apoio Municipal, protagonizado pelo
Sr. Presidente, e a mais um “show off” televisivo, para as camaras locais e nacionais ainda em estilo de campanha eleitoral a dizer que se vai endividar mas que a
culpa foi dos “outros”!
Sem dúvida Menos e Pior para Caminha.
Comissão Política Concelhia do PSD Caminha
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JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
FOTOs : MIGUEL ESTIMA
Portinho de Vila
Praia de Âncora
NOVAMENTE dragado
O Governo, através da Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, vai gastar mais de
430 mil euros numa nova dragagem do portinho de Vila
Praia de Âncora para extrair apenas um quarto dos inertes
que impedem os pescadores locais de navegarem normalmente no porto, pondo a vida em risco. Vão ser dragados
entre 50 a 60 mil metros cúbicos de areia, no entanto os
inertes que assoreiam aquele porto de pesca do concelho
de Caminha tem um número 4 vezes superior.
O anúncio do desassoreamento vem ao encontro das reivindicações dos pescadores locais, que, contudo, admitem
que a intervenção não é suficiente. O problema do assoreamento do porto é recorrente. No ano passado, o Governo adjudicou outra intervenção de emergência por cerca
de 400 mil euros, mas 15 dias após ter sido concluí-da, o
porto já estava novamente assoreado.
“A operação vem de encontro aquilo que estamos permanentemente a pedir uma vez que nunca é desassoreado
aquilo que é necessário e portanto isto começa a ser um
problema crónico. As dragagens que são feitas nunca são
suficientes e por isso nós estamos permanentemente a lutar pelo mesmo”, refere Vasco Presa, presidente da associação de pescadores de Vila Praia de Âncora
Apesar das dragagens frequentes a operacionalidade do
porto nunca fica minimamente aceitável refere o porta-voz
daquela associação que explica que o problema já faz parte do dia a dia dos pescadores.
“Quando fizeram a última dragagem, no final, o porto
continuou inoperacional. Estamos a falar de é um problema que se arrasta há anos e que nos obriga a ficar muitas
vezes em terra e a reduzir o número de marés para metade”, refere Vasco Presa.
Segundo o comunicado entregue à associação de pescadores, serão entre 50 a 60 mil metros cúbícos de inertes a dragar.
“Cinquenta mil metros cúbicos temos a certeza que vão
ser dragados, mas nós vamos ver se conseguimos um pouco mais porque mesmo assim, em termos de operacionalidade, fica 3 ou 4 vezes abaixo do necessário. Digamos que
fica um bocadinho melhor mas não resolve”.
Vasco Presa lembra que os profissionais da pesca há muito que reivindicam uma solução diferente para o porto de
mar: uma extração de areias por sucção que seria inclusive mais barato para os cofres do Estado.
“Aquilo que nós reivindicamos junto das entidades competentes, e já não é de agora, é uma solução diferente. Julgamos que aqui, um sistema por sucção, utilizado já noutro
locais com resultados positivos e custos muito menores,
seria a solução ideal para que o porto ficasse operacional”.
As dragagens, idênticas às que têm sido feitas até agora não são, segundo Vasco Presa, a situação ideal porque
não resolvem o problema. “Nós defendemos um modelo
diferente, com menor custo mas claro compete às entidades decidir essa questão”.
A dragagem foi adjudicada pela Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e tem um
prazo de execução de 45 dias. No porto de pesca de Vila
Praia de Âncora atracam atualmente cerca de 20 embarcações que dão trabalho a quase 70 pessoas.
Os trabalhos deverão ter início entre os dias 8 e 9 de Setembro e vão custar cerca de 450 mil euros.
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Centenas
de Motards
reunidos
em Vilar de
Mouros
Decorreu no fim-de-semana
de 22 a 24 de Agosto a décima primeira edição do Encontro Motard de Vilar de Mouros.
O convivo e a confraternização dos amantes das duas rodas foi o mote para três dias
bem passados nas margens do
Coura. Promovido pelo Grupo
Motard de Vilar de Mouros o
certame, que já conta com onze
edições, afirmou-se de forma
inequívoca na rota dos motoqueiros. Este ano a festa fezse com cinco concertos divididos pela noite de sexta com
os Alpaca e RocknRiders e no
sábado com Versus, Búfalo e
a fechar os concertos os Trotil. A festa no sábado já ia bas-
tante longa, contudo o final estava reservado para o habitual
show erótico. Festas no Minho
têm as vantagens gastronómicas habituais. Deliciosos petiscos desde as moelas, rojões ou
caracóis, e como é tradição os
grelhados de Boi na brasa e por-
co no espeto. O evento terminou com o passeio pelas praias
de Moledo e Vila Praia de Âncora e o habitual aperitivo em
Caminha na manhã de Domingo, deixando uma grande vontade a todos de marcar presença na edição de 2015.
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
Vespa Asiática
prolifera no Alto
Minho e Caminha
não é exceção
ma coisa do que ser picada por
uma vespa normal ou uma abelha comum”, sublinha.
Os bombeiros do concelho de
Caminha respondem aos pedidos de ajuda para a destruição
dos ninhos de vespa asiática.
“Nós temos procedido, em
conjunto com a proteção civil da câmara de Caminha, à
segundas, quartas e sextas e temos destruído uma média de
2 a 3 ninhos por dia. Fazemos
isso sempre à noite com recurso
a combustão e até ao momento
já contabilizamos 34 queimas.
Neste momento temos mais 4
sinalizados”.
Luís Saraiva deixa o alerta à
população: “sempre que alguém
no de quem deve coordenar e
quais os meios a afetar para
combater a praga.
No documento era solicitado
à Ministra da Agricultura que
seja implementada uma estratégia nacional e uma ação concertada das diversas entidades,
clarificando as competências e
criando uma equipa de interven-
destruição de vários ninhos. As
pessoas vão comunicando aos
bombeiros ou à câmara a existência de ninhos, nós fazemos
a avaliação e nos dias seguintes procedemos à sua destruição, obedecendo a um nível de
prioridades”, explica.
Os locais prioritários para a
destruição são os ninhos situados junto a edifícios públicos
como por exemplo escolas ou
infantários, depois apiários e
residências e depois aqueles
que estão mais longe das populações”, avança.
Segundo o Comandante dos
Bombeiros nos últimos dias
registou-se uma maior sensibilização para o problema o
que faz com que as pessoas tenham comunicado a existência de muitos mais ninhos do
que aqueles que estavam sinalizados.
“Nós fazemos destruição às
avistar um ninho deve comunicar à câmara ou aos bombeiros
para que o mesmo seja destruído com segurança”.
De Viana do Castelo vem a
notícia de que os Bombeiros
Municipais já registaram 448
ninhos de vespa asiática desde que foram detectados naquele concelho.
Só nos primeiros oito meses
deste ano, aquela entidade registou 216 vespeiros, que estão a ser queimados de forma
a dizimar a colónia de vespas.
A validação e destruição é
feita através de atos de queima em parceria com o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Viana
do Castelo.
A autarquia vianense deliberou uma proposta para uma intervenção urgente no combate
da vespa asiática, exigindo uma
clarificação urgente do Gover-
ção que permita combater esta
praga que está a por em causa
a apicultura e a saúde pública.
Este pedido surgiu na sequência das ocorrências no concelho em 2011, registadas pela
APIMIL (Associação Apícola
Entre Minho e Lima), e que se
alastraram a outros concelhos,
havendo casos nos concelhos limítrofes e em toda região norte.
A vespa asiática é uma espécie
originária da China, predadora das vespas e abelhas nacionais. É capaz de dizimar completamente um enxame em poucos
dias. Constitui, por isso, uma
ameaça aos apiários e à produção de mel na região.
De acordo com as informações
existentes, cada ninho pode albergar até 2000 vespas e 150
fundadoras de novas colónias
que, no ano seguinte, poderão
vir a criar pelo menos 6 novos ninhos.
CAMINHA
Está descontrolada
a proliferação da
vespa asiática no Alto
Minho. Há cada vez
mais “avistamentos” e
sinalização de ninhos
na região. Caminha
não é exceção.
Os bombeiros
assumiram a tarefa
de combater a praga
no concelho, mas
perante o crescimento
alarmante de
ninhos de vespa, há
cidadãos que também
começaram a assumir
essa tarefa.
Marco Portocarrero, habitante da freguesia de Seixas transformou-se assim num caça vespas. No concelho de Caminha
tem destruído, a expensas próprias, diversos ninhos de vespa asiática, numa média de três
por dia.
“Verifiquei que nas últimas semanas houve um amento brutal nas visualizações de ninhos
de vespa no concelho de Caminha. O que estou a fazer é
a desenvolver alguns meios
especiais para eliminar os ninhos, nomeadamente através
da injeção de inseticida nesses mesmos ninhos. Tenho a
ajuda dos bombeiros e de alguns apicultores, mas estou a
fazer isto de forma independente. Neste momento estou
a destruir uma média de dois
a três ninhos por dia”.
O número de avistamentos
de ninhos supera largamente
a capacidade para os destruir,
uma situação normal já que é
nesta altura do ano que eles se
conseguem visualizar melhor.
“É nesta altura do ano que realmente se consegue visualizar
melhor os ninhos. O número
de vespas aumenta exponencialmente nesta altura do ano
para começar depois a decrescer até que o enxame morre no
inverno. A partir do final deste mês as fêmeas reprodutora
começam a disseminar e é por
isso que se torna urgente destruir o maior número de ninhos
possível”, explica .
Até ao momento foram destruídos cerca de 30 vespeiros
mas segundo Marco Portocarrero, há outros tantos avistados “e o número de sinalização é à volta de cinco por dia”.
Este habitante da aldeia de
Seixas tem atuado sobretudo
no vale do Coura simplesmente por dever de cidadania. Ninguém lhe paga o tempo e o
dinheiro que gasta na destruição dos ninhos de vespa asiática. Marco Portocarrero pôs
mãos à obra e com uma cana
de pesca e um tubo de inseticida vai matando as vespas
invasoras.
“Eu destruo com inseticida,
embora a combustão também
seja eficaz. O problema é que
se torna uma operação muito
mais complicada uma vez que
os ninhos estão normalmente
em altura”, explica.
Com recurso a material de
alpinismo, Portocarrero sobe
às arvores e com a ajuda de
uma cana de pesca transformada vaisdestruindo os ninhos
de vespa.
“A cana de pesca tem um tubo
adaptado que permite injetar o
inseticida dentro dos ninhos e
assim matar as vespas. Depois
os ninhos são retirados e são
utilizados para fazer alguns estudos sobre o comportamento desta espécie, o que é muito importante”, revela.
Marco Portocarrero lamenta
o atraso na atuação das entidades públicas no combate a
esta vespa que mata as abelhas
nacionais e já ameaça populações, tal é a sua proliferação.
Recentemente foi encontrado
um ninho em plena Avenida da
Grande Guerra, a rua mais movimentada de Viana do Caste-
lo, a capital do distrito. O ninho estava na parede de uma
instituição bancária.
O comandante dos bombeiros
voluntários de Caminha, Luís
Saraiva, alerta, contudo, para
as medidas de precaução que
é preciso ter: é que esta não é
uma vespa comum.
“As pessoas têm que ter muito cuidado porque esta vespa
não é idêntica à vespa comum,
e por isso as consequências podem ser graves. As pessoas têm
que ter o máximo cuidado na
destruição dos ninhos e devem fazê-lo tenho em conta
as medidas de segurança adequadas”, alerta.
O comandante dos bombeiros
chama ainda a atenção para a
violência da picada deste tipo
de vespa. “Nós temos a experiência de algumas pessoas que
já foram picadas por esta espécie e nota-se que não é a mes-
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
Lusitânia abre Loja em Caminha
A Lusitânia – Companhia de
Seguros, SA, uma empresa do
Grupo Montepio, inaugurou esta
semana a sua loja no concelho
de Caminha.
A abertura deste balcão insere-se numa estratégia de proximidade que a Lusitânia está
neste momento a desenvolver
e a implementar, como referiu
ao Jornal C Rui Ferreira, diretor dos agentes norte.
“Para isso estamos a associarnos a parceiros de referência e
mediadores de alto nível de profissionalismo e empreendedores. Ao associarmo-nos a este
perfil de parceiros pretendemos
assegurar uma presença próxima dos clientes”, explica.
Colocar parceiros em pontos
relevantes do mercado com a
imagem da seguradora é uma
estratégia que o grupo tem vindo a manter. “No fundo eles representam a extensão da nossa
imagem”, sublinha.
A loja de Caminha é a quar-
ta do distrito e até ao final do
ano a Lusitânia pretende duplicar este número.
A expetativa para Caminha é
alta e o grande objetivo é conquistar mercado.
“Neste momento a companhia
tem em Caminha uma quota de
penetração no mercado inferior
à sua quota natural e por isso
temos que aproveitar a oportunidade para conquistar novos
clientes. Julgo que isso vai ser
possível graças ao nosso parcei-
ro, que é um agente com excelentes referências no mercado”.
A Lusitânia é uma seguradora
que disponibiliza um portfólio
de produtos muito abrangente
que cobre todos os ramos “e
para além disso tem capacidade de aceitação e de subscrição
em áreas mais técnicas e especificas como sejam atividades
relacionadas com o mar, nomeadamente pescas e náutica de
recreio, as engenharias, mercadorias transportadas, enfim
todo um conjunto de produtos
e áreas de seguros em que estamos presentes”, avança.
Para além dos seguros a Lusitânia também disponibiliza produtos bancários, produtos do ramo
vida e a própria oferta da associação mutualista. “Uma oferta muito ampla”.
Rui Ferreira lança o desafio
a todos os caminhenses para
que visitem a loja de Caminha pois, como garante, “sairão daqui clientes”.
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
EMPREENDE
são 4, são jovens, e são naturais de ponte de Lima.
Amigos de longa data, o Gaspar Martins, o Miguel Guerra, o
pedro Gomes e o João Mimoso
decidiram, depois de terminados os respetivos cursos, criar
a sua própria empresa.
Licenciados em engenharia informática, engenharia civil e designer de produto, em finais de
2013 formaram a FtKoDE, uma
empresa ligada à área da programação informática.
Formados na Escola superior
de tecnologia e Gestão do Instituto politécnico de Viana do
castelo e na Fernando pessoa,
estes 4 amigos estão a dar que
falar nos últimos tempos.
para além dos diversos produtos que têm criado para empresas e autarquias, a FtKoDE apresentou, no passado mês
de Junho, uma aplicação tecnológica para as Feiras Novas de
ponte de Lima, uma das romarias mais mediáticas do país.
trata-se de uma aplicação para
smatphones que dá a conhecer
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não só o programa das festas,
mas também outras informações úteis para quem visita a romaria.
Em entrevista ao Jornal c os 4 jovens empreendedores, que se
conhecem desde o
secundário e que
agora trabalham
juntos, explicam
como surgiu a
ideia de conceber esta aplicação de acesso gratuito, útil
e muito fácil de
consultar.
“A aplicação das
feiras Novas surgiu, em primeiro lugar, porque não existia nenhum sistema on
line, nem nenhum site que
desse a conhecer a festa. só
existe agora o faceboock. A
ideia era criar um site, ou uma
aplicação móvel. optámos pela
aplicação móvel porque é algo
que está em crescendo. A As-
joVens
eMPresários
liMianos
lançaM
aPlicação
MóVel Para
as feiras
noVas
sociação concelhia das Feiras
Novas gostou da ideia e avançamos”, conta
A aplicação, lançada
ao mesmo tempo que
o programa das festas, foi desenvolvida
a pensar nos andróides e nos iphones,
é gratuita e conta
a história da romaria.
“A aplicação
tem várias fotografias sobre
as Feiras Novas, um breve
historial da festa, o programa
deste ano, contatos úteis como por
exemplo bombeiros,
polícia, etc. e os nomes,
endereços e ementas de
alguns restaurantes. permite saber onde estão localizados e como chegar lá”.
Apresentada a 6 de Junho, a
aplicação já teve mais de 1500
downloads, um número bastan-
te bom tendo em conta que as
Feiras Novas ainda não aconteceram. “com o aproximar da
festa esperamos que esse número aumente. Vamos informar e publicitar porque neste
momento ainda há muita gente que desconhece a existência
desta aplicação”.
o design da aplicação é da responsabilidade do João Mimoso
mas o jovem explica que todos
deram o seu contributo. “Basicamente pegámos nos elementos
das Feiras Novas e desmontamo-los de forma a que pudessem ser montados na aplicação
de uma forma gráfica. Acho que
funcionou bastante bem porque
o feedback que temos tido nesse sentido tem sido muito positivo”, garante.
A aplicação, que demorou 3
meses a ser concebida, foi comprada pela Associação concelhia das Feiras Novas por um
preço “bastante baixo” porque,
como explicam, “o objetivo era
entrar no mercado, dar a conhecer o nosso trabalho, e vimos
JORNAL
EMPREENDE+
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
aqui uma boa oportunidade”.
Mas o trabalho da FTKODE
não se resume a esta aplicação.
Em menos de um ano a empresa está a trabalhar em força
com as juntas de freguesia para
quem criou diversos softwares
de gestão autárquica, nomeadamente gestão de toponímia, de
canídeos, cemitério e inventários de património.
Miguel Guerra, um dos engenheiros informáticos, explica que
um software deste género pode
levar até 3 meses ou mais a ser
concebido.
“Varia de software para software mas posso-lhe dizer que o da
toponímia, por exemplo, demorou mais de 3 meses a ser feito.
Estamos a falar em oito horas
por dia e às vezes até mais, finsde-semana incluídos”.
A ideia de criar um software
para as autarquias foi do Pedro
Gomes que viu na agregação das
freguesias e na obrigatoriedade
das mesmas realizarem o respetivo inventário, uma grande
oportunidade.
“O Pedro pensou que era possível criar uma plataforma que facilitasse as juntas no desenvolvimento desse trabalho e avançamos.
Depois foi tipo bola de neve, as
coisas começaram a crescer, começamos com uma junta, depois
com 3 e neste momento já estamos a trabalhar com perto de 30”.
Expandir o trabalho para fora
da área do concelho é agora o
grande objetivo destes jovens
que, em Ponte de Lima, já estão bem implementados.
“Já estamos a trabalhar com
algumas juntas de freguesias de
outros concelhos mas queremos
chegar mais longe”.
O feedback das juntas de freguesia que neste momento já
utilizam a plataforma criada
pela FTKODE “está a ser muito bom”, garante Pedro Gomes
que no entanto admite ainda alguma desconfiança por parte dos
autarcas.
“O feedback tem sido muito
positivo. O nosso software é diferente dos que existem no mercado porque funciona on line.
Isto quer dizer que o presidente
da junta ou qualquer outra pessoa pode aceder ao programa
em qualquer lugar, tanto pode
ser da sede como em casa. Isso
é uma mais valia porque com
a agregação, muitas juntas ficaram com mais do que uma
sede e assim não precisam de
ter várias licenças.
É verdade que ainda existe alguma desconfiança pelo facto
de ser uma aplicação on line,
mas julgo que com o tempo isso
se vai resolver e as pessoas vão
acabar por se habituar”.
Com pouco mais de nove meses a FTKODE, atendendo à
conjuntura, até está a trabalhar
bem, garantem os jovens empresários.
“Não somos diferentes das outras empresas e a verdade é que
a crise também nos tem afetado. Não quero dizer com isto
que não haja trabalho, ele existe, simplesmente as empresas
têm alguma dificuldade em investir na melhoria da sua imagem e nas novas tecnologias.
Digamos que vão adiando essa
parte. Ainda assim para nós está
a correr muito bem, digamos
que tem sido bastante positivo.
Continuamos a aumentar a car-
teira de clientes e isso no fundo é o reconhecimento do nosso trabalho. É bom para quem
sai da faculdade e arrisca como
nós arriscamos”.
Neste momento a FTKODE
está a desenvolver uma plataforma de turismo direcionada
para o Alto Minho que deve estar
concluída dentro de dois meses.
“Trata-se de uma plataforma
com várias ofertas. Também queremos lançar outras aplicações
móveis e esperamos brevemente
poder começar a trabalhar aqui
em Caminha.
Não queremos pensar em muitos projetos ao mesmo tempo
para não corrermos o risco de
ficarem pelo caminho, quere-
mos ir devagar”.
Os 4 amigos de Ponte de
Lima, que não viram na emigração uma saída para o seu
futuro profissional, garantem
que não estão arrependidos de
ter ficado e ter investido na
criação da sua própria empresa cujo lema é: “You Dream,
We Create”.
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JORNAL
ARCOS DE VALDEVEZ
Região
dos Vinhos
VeRdes
prevê boa
colheita
A Região dos Vinhos Verdes – que celebra 106 anos a
18 de Setembro e cujas vindimas deverão arrancar no
espaço de quatro semanas apresenta uma previsão muito favorável à colheita 2014,
com valores médios de qualidade e de quantidade a par
dos resultados dos anos anteriores.
Com uma floração mais
precoce do que o habitual mas também mais lenta devido ao período de temperaturas mínimas baixas ocorrido
no final do mês de Maio -,
a Região registou em Julho
temperaturas globalmente
moderadas com pouca precipitação dispersa, o que indicia uma evolução positiva
da maturação.
Para o enólogo António Cerdeira, “as condições climatéricas dos meses de Agosto
e Setembro são, nesta fase,
os factores determinantes
para o perfil distintivo dos
Vinhos Verdes 2014. Apontamos para uma vindima com
início geral em meados de
Setembro e que revele um
bom equilíbrio entre a intensidade aromática, a acidez e o álcool, sendo desejável para a elegância dos
Vinhos Verdes um final de
período de maturação lento
e progressivo”.
Segundo a Comissão de
Viticultura da Região dos
Vinhos Verdes (CVRVV),
“uma boa previsão de colheita é fundamental numa
altura em que as exportações
continuam a crescer, registando um aumento de cerca de 19% em volume e de
cerca de 15% em valor, face
ao período homólogo, com
particular destaque para mercados como a Alemanha, os
Estados Unidos, a França ou
o Brasil, nos quais se verificam um aumento de exportações entre os 10 e os 40%”,
refere Manuel Pinheiro, Presidente da CVRVV.
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DISTRITO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
CAMINHA
PAREDES DE COURA
Câmara de Viana reforça
apoio às famílias com filhos
em idade escolar
A Câmara de Viana do Castelo anunciou que vai reforçar
o apoio às famílias vianenses
com filhos em idade escolar
com um conjunto de medidas
de apoio económico, num universo de 3096 crianças no primeiro ciclo e de 1093 no ensino pré-escolar.
Para além dos apoios já instituídos nos transportes escolares (um investimento de 843
mil euros para 2708 alunos),
na aquisição de livros e material didático, nos serviços de
refeições (são servidas mais de
760 mil refeições anualmente), e nos serviços de animação e apoio à família, a autarquia, articulando os serviços
de educação e sociais, alarga
agora as medidas:
Assim, em causa está a gratuidade do serviço de prolongamento de horário de funcionamento dos jardim-de-infância,
agora a todos os alunos do préescolar; e a redução dos custos
de refeições escolares para famílias com mais de dois elementos a frequentar o pré-escolar e o primeiro ciclo de ensino
básico. A redução nos serviços de cantina será gradual de
acordo com o número de filhos
dos agregados familiares, ou
seja, de 25 por cento no segundo filho e cinquenta por cento
a partir do terceiro.
Estas medidas entram já em
vigor para o novo ano letivo
2014/2015, que agora começa
e visa apoiar os agregados familiares com maiores fragilida-
des económicas e com maior
número de filhos.
O município de Viana do Castelo reforça assim para o próximo ano letivo um conjunto
de medidas de apoio à educação das crianças e jovens do
concelho e apoia de uma forma positiva os agregados familiares com dificuldades económicas resultantes da crise e
da redução dos rendimentos,
bem como apoia as famílias
com maior número de filhos
em idade escolar.
Este apoio do município de
Viana do Castelo à educação, é
também complementado com
um conjunto de recursos e ações
no domínio cultural e desportivo, complementando as ofertas educativas.
Monção: Banco Municipal de
Livros beneficia 116 crianças
O João, o Miguel e a Isabel,
acompanhados pelos respetivos encarregados de educação,
estiveram recentemente na Biblioteca Municipal de Monção
para receberem os manuais escolares do Banco Municipal de
Livros Escolares de Monção.
A iniciativa, promovida pela
autarquia local através dos serviços do Banco Local de Voluntariado e Biblioteca Municipal, acontece pelo terceiro
ano consecutivo. Sempre em
crescendo. O que mostra que
Monção é um município solidário e dinâmico na concretização de ações de caráter social e ambiental.
Em 2012, foram abrangidas 50
crianças e entregues 200 livros.
Em 2013, o número aumentou
para 94 crianças e 604 livros
entregues. Este ano, o projeto conheceu valores mais elevados: 116 crianças inscritas
e 743 manuais entregues. Números que tenderão a aumentar
com a proximidade do arranque do ano letivo 2014/2015,
entre 12 e 15 de setembro.
Presente na cerimónia, realizada no auditório da biblioteca municipal, o autarca local,
Augusto Domingues, registou, com agrado, o crescimento da iniciativa e a recetividade da comunidade local. E
sublinhou: “são estas pequenas grandes coisas que nos
dão um gosto especial e nos
fazem levantar todos os dias
para trabalhar com empenho
e dedicação”
Como conselho para o futuro,
Augusto Domingues, deixou
o seu próprio trajeto de vida.
“Venho de uma família simples. Perdi o pai cedo, com três
anos, e tive de crescer rápido
com a ajuda da minha mãe e
familiares. Na escola e na vida
profissional, aproveitei todas
as oportunidades. É isso que
vos peço. Aproveitem bem estes apoios. Não desperdicem
nada que a vida vos ofereça”.
A iniciativa, destinada a todos os agregados familiares do
concelho, constou da receção
de livros escolares usados e da
inscrição para quem pretendia
recebê-los no presente ano letivo. Depois de rececionados,
na biblioteca municipal, todos
os manuais foram limpos e restaurados por cinco voluntárias
do Banco Local de Voluntariado de Monção.
Além do sentimento de partilha e solidariedade, procurou-se
a diminuição dos custos associados à aquisição de manuais
escolares, gerando uma poupança financeira aos agregados familiares monçanenses,
bem como o reforço de boas
práticas de proteção e educação ambiental, através de uma
gestão mais criteriosa do papel.
PONTE DA BARCA
PONTE DE LIMA
Ponte de Lima
Câmara abre
concurso para
futuro Parque
da Vila
Dotar a Vila de Ponte de Lima de uma área de recreio e lazer destinado ao convívio da população, provido de equipamentos e estruturas para o exercício da atividade física e
para descanso, é o principal objetivo do futuro Parque da
Vila – Parque Urbano de Ponte de Lima, aprovado na última reunião da autarquia limiana.
Situado na freguesia de Arca e Ponte de Lima, em terrenos adquiridos pelo município de Ponte de Lima, o futuro
Parque da Vila ficará instalado perto de uma zona residencial, permitindo assim uma melhor qualidade de vida, muito próximo de diversos equipamentos e do Centro Histórico da Vila. O projeto pretende promover a ligação funcional
com a natureza e reinventar uma zona até agora recôndita
de Ponte de Lima, tornando-a mais atrativa para os munícipes e visitantes.
A Câmara Municipal pretende potenciar as condições naturais do espaço, com cerca de 5,5 hectares, criando um grande parque de lazer, num imenso prado verde, arborizado,
agradável, prático e convidativo para que as pessoas possam usufruir de atividades lúdicas e desportivas.
A intervenção agregará estruturas já existentes e que se encontram em bom estado de conservação, como é o caso de
percursos pedonais demarcados que atravessarão todos os
espaços e atmosferas do parque, aproveitando também para
recuperar e reordenar a flora autóctone e criar novos espaços, nomeadamente três clareiras de prado relvado para recreio livre.
Para além destas zonas de prado, surgirá um circuito de manutenção construído em madeira, com o objetivo de incutir
o desporto saudável no dia-a-dia da população, um parque
infantil em madeira, um trial bike – pequena pista fechada
em saibro com pump track e curvas sobrelevadas, que fará
as delícias dos jovens mais radicais. Incluirá ainda vários miradouros também em madeira na zona mais alta do parque.
O Parque Urbano da Vila contará com duas entradas principais, a norte e a nascente, e duas entradas secundárias, uma pela
Rua do Bustelinho e outra pela zona do Pavilhão Municipal.
JORNAL
DISTRITO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
MELGAÇO
MONÇÃO
VALENÇA
VIANA DO CASTELO
VILA NOVA DE CERVEIRA
Oposição critica executivo
VIANENSE de “relação ruinosa”
com concessionários dos parques
de estacionamento da cidade
A Câmara de Viana do Castelo
deliberou, por proposta socialista, a atribuição de 130 mil euros em subsídios aos parques de
estacionamento da cidade para
“a campanha de estacionamento”. A oposição acusa a autarquia liderada pelo socialista José
Maria Costa de, desde o início
de Abril do ano passado, já ter
gasto mais de meio milhão de
euros em subsídios atribuídos e
publicidade externa aos parques
de estacionamento subterrâneo
da cidade, explorados por concessionários privados.
Em nota enviada à imprensa,
os três vereadores do PSD que
integram o executivo camarário
vianense escrevem que com o
dinheiro investido era possível
a criação de 2.400 lugares de estacionamento disponíveis 7 dias
por semana, 24 horas por dia.
Os autarcas sociais democratas acusam o executivo socialista
de disponibilizar menos 43 por
cento dos lugares inicialmente
previstos, com o custo multiplicado por seis, transformando a
relação com os concessionários
dos parques de estacionamento
da cidade numa relação ruinosa
para a Câmara.
Também a CDU não poupa críticas à política de estacionamento
da Câmara de Viana, que classifica de escandalosa. A vereadora
eleita pacusa a autarquia de “beneficiar fundamentalmente quem
explora os parques concessionados da cidade”. Ilda Figueiredo
explica que só em três meses –
Julho, Agosto e Setembro – a autarquia vai gastar 130 mil euros
por estacionamento gratuito em
quatro parques, a partir das 18 horas, durante a semana e todo o dia
aos fins-de-semana e feriados.
O autarca de Viana anunciou
entretanto que durante o último
mês e meio 50 mil visitantesutilizaram os parques de estacionamento brangidos pela campanha,
“o que nos leva a concluir que
a mesma foi um êxito”.
José Maria Costa anunciou entretanto que está em preparação
uma nova campanha para o outono /inverno.
PORTA DE LAMAS
DE MOURO COMPLETA
DEZ ANOS DE
EXISTÊNCIA
Terreiro de Cerveira recebe
Desfolhada Tradicional
Recuperar usos e
costumes do concelho
e proporcionar um
serão de convívio à
moda antiga. Estas
são duas das principais
caraterísticas que
prometem marcar
mais uma Desfolhada
Tradicional Minhota,
em Vila Nova de
Cerveira. Criação de
cenário rural acontece
sábado, 6 de setembro,
a partir das 21h30,
e pretende envolver
toda a comunidade.
Num ambiente rural e acolhedor, o centro histórico da Vila
das Artes viaja a um passado não
muito remoto, com as gentes da
terra a recriar uma eira comunitária, num esforço de preservação da identidade cultural e et-
nográfica do concelho.
Toda a população está convidada não só a assistir, mas a
participar ativamente, exibindo no vestuário um elemento
decorativo associado à Desfolhada Tradicional. O objetivo
é envolver residentes e turistas na vivência de uma tradição antiga, que se vai perdendo ao longo dos tempos.
Um carro de bois carregado
e ornamentado vai desfilar pelas principais artérias do centro histórico cerveirense até se
instalar em pleno Terreiro, dando início a uma desfolhada tradicional, momento em que se
soltam os cantares e sons tradicionais, as estórias e as lendas. Não faltarão os bardeiros e
as medas para conferir a maior
autenticidade a esta iniciativa.
Contam os mais antigos que
a desfolhada era um momento
MONÇÃO: RELVADO SINTÉTICO
NO CAMPO DO AREAL
A Porta de Lamas de Mouro,
estrutura concelhia de acolhimento e apoio à visitação do
Parque Nacional da PenedaGerês (PNPG) completa, em
2014, dez anos de existência.
Para assinalar a data estão a
ser desenvolvidas uma série
de iniciativas e actividades,
entre as quais a realização de
uma sessão solene comemorativa, que decorreu no passado dia 3 de Setembro, e
que contou com a presença
do Secretário de Estado do
ordenamento do território e
da conservação da natureza,
Miguel Neto.
A sessão, que teve lugar
em Lamas de Mouro, refletiu sobre o percurso realizado pela Porta e sobre a sua
interacção com o território
envolvente, sendo complementada por uma visita às
estruturas que a compõem
e ainda ao Núcleo Museológico de Castro Laboreiro,
assinalando a sua reabertura ao público após ter sido
alvo de requalificação.
A Porta de Lamas de Mouro,
inaugurada a 15 de Maio de
2004 juntamente com o Nú-
cleo Museológico de Castro
Laboreiro, recebeu, na última
década, mais de 70 mil visitantes, trinta mil dos quais no
âmbito do programa de educação ambiental, acolheu e
desenvolveu inúmeras iniciativas como seminários, conferências e encontros, consumando assim um percurso
marcado pela preservação e
promoção da biodiversidade,
mas também de divulgação
do meio envolvente, nomeadamente das áreas que integram o PNPG - Castro Laboreiro e Lamas de Mouro.
A Câmara Municipal de Monção aprovou, na reunião ordinária do passado dia 25 de agosto,
a execução de relvado sintético no Campo do Areal, em
Messegães, recinto de jogos
da U.D. “Os Raianos”.
A efetivação da empreitada,
que engloba ainda a reformulação das instalações elétricas,
tem um preço base de 220 mil
euros. O prazo para apresentação de propostas para a concretização da obra termina no
20º dia a contar da data da referida publicação.
Após o processo de escolha
da empresa responsável pela
empreitada, cujos critérios assentam no preço (75%) e na
manutenção do relvado sintético (25%), realiza-se a assinatura de contrato de trabalho,
ato de consignação e arranque
da obra que tem um prazo de
execução de 150 dias.
Para a viabilização desta empreitada, houve a necessidade
da celebração de um contrato de comodato entre a U.D.
“Os Raianos” e o município
de Monção. O documento, rubricado ente as duas partes, foi
igualmente aprovado na reunião do executivo municipal
do dia 25 de agosto.
muito aguardado pelas populações, em especial pelos jovens,
que alimentavam a esperança de
encontrar o milho-rei para poder
beijar o rapaz ou a rapariga por
quem nutria um sentimento especial. O trabalho transformava-se
numa verdadeira festa minhota.
O convívio subjacente a esta
recriação integra ainda a gastronomia típica, nomeadamente a broa e o chouriço da região,
acompanhados do bom vinho verde, e que contribuem para que
esta Desfolhada Minhota de Vila
Nova de Cerveira seja uma referência no seio das manifestações etnográficas do Alto Minho.
Numa organização da Comissão de Festas de Nossa Senhora
da Ajuda, a Desfolhada conta
com o apoio da Câmara Municipal, e parceria dos grupos de
folclore do concelho, concertinas e cantares ao desafio
Naquele documento, com a
duração de 25 anos, a U.D.
“Os Raianos” cede ao município, a título gratuito, o direito de uso e fruição do Campo
do Areal, concedendo-lhe autorização para realizar as benfeitorias necessárias no âmbito
desta parceria, isto é, a execução de arrelvamento sintético
no recinto de jogos.
Neste momento, o concelho
de Monção conta com um relvado natural, Estádio Manuel
Lima, casa do Desportivo de
Monção, e dois relvados sintéticos. Um no Parque Desportivo Municipal, no Parque das
Caldas, e outro no Parque Desportivo do Vale do Gadanha,
em Moreira.
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JORNAL
DISTRITOV.N.CERVEIRA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
VILA NOVA DE CERVEIRA
Esgotos a
céu aberto
junto à doca
de recreio
preocupam executivo
de que pede resolução
urgente às Águas
do Noroeste
A Câmara Municipal de Vila
Nova de Cerveira exige das
Águas de Noroeste uma solução definitiva para os frequentes problemas de drenagem de águas residuais para o
rio, provocados pela construção de um drop line na Avenida de Tomiño, junto ao depósito de gás que abastece a
Piscina Municipal. O impas-
se já se arrasta há vários anos
e tem motivado inúmeras reclamações da população.
Inserida no coletor principal
de saneamento que faz a ligação entre a bombagem do
Inatel e a ETAR, a obra, da
responsabilidade da Águas do
Noroeste, consistiu na construção de uma caixa de drenagem de esgotos, tecnicamente
‘Vila das Artes’ acolhe
IX Festival de Bandas
a 21 de setembro
Vila Nova de Cerveira volta a ser palco de um evento
musical, com a participação de cinco bandas filarmónicas
de vários pontos do país, num encontro que convida o público à descoberta das sonoridades típicas destas instituições. O concerto decorre dia 21 de setembro, às 15h00.
Do programa consta um desfile pelas principais artérias do centro histórico pelas 10h30, estando a atuação
das Bandas de Arcos de Valdevez, Mocidade Junqueirense, Gueifães da Maia, Pinheiro da Bemposta e Antas – Esposende, agendada para as 15h00.
O IX Festival de Bandas encerra, pelas 19h00, com a
Marcha de Valdemar Sequeira, intitulada “Ponte da Amizade”, numa interpretação conjunta de todas as bandas.
Organizado pela Associação Cultural e Recreativa Cervaria e com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova
de Cerveira e da União de Freguesias de Cerveira e Lovelhe, esta iniciativa pretende dar relevo à expressão que
as bandas filarmónicas assumem no panorama musical.
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designada por drop line, autorizada pelo executivo anterior, com data de adjudicação
de agosto de 2013.
Em outubro do ano passado, e
após ter tomado posse, o atual
executivo cerveirense ordenou
a suspensão da empreitada para
análise da solução proposta, ficando pendente a construção
prevista até junho último, al-
tura em que a empreitada foi
executada.
O autarca cerveirense explica esta decisão pelo cenário inadmissível causado pela
frequente inundação da Avenida de Tomiño, através de caixas de esgoto sob a gestão das
Águas do Noroeste, situação
que foi sucessivamente denunciada pela Câmara Municipal
ao longo de vários anos e para
a qual a empresa não apresentou qualquer solução razoável.
Fernando Nogueira refere ainda que, ao longo do processo,
a empresa insistiu e deu garantia de eficácia, assegurando que não haveria drenagem
de águas residuais para o rio
e de que apenas se tratava de
uma opção para proteção do
sistema.
Tratando-se da prestação de
um mau serviço na área da salubridade, saúde e atentando
ao meio ambiente, a Câmara
Municipal, que repudia categoricamente casos desta natureza, exigiu às Águas do Noroeste que seja encontrada uma
solução com caráter definitivo para este problema.
Autarquia de Cerveira cede
antiga escola primária de Loivo
à Santa Casa da Misericórdia
Numa política de preservação e dinamização dos antigos edifícios das escolas primárias, a Câmara Municipal
de Vila Nova de Cerveira acaba de aprovar, em reunião de
executivo de 27 de agosto, a
formalização de um protocolo
com a Santa Casa da Misericórdia para a cedência das instalações localizadas na Mata
Velha, em Loivo.
Prestar apoio social aos mais
idosos daquela freguesia através
de um serviço de maior proximidade é a intenção desta instituição ao celebrar o presente
protocolo, criando condições
para que a antiga escola con-
tinue a ser útil à comunidade.
O edifício municipal em causa
carece urgentemente de obras
de requalificação/manutenção,
nomeadamente ao nível do piso,
casas de banhos e caixilharia,
tendo o executivo cerveirense se comprometido a apoiar a
Santa Casa da Misericórdia na
reabilitação do imóvel.
Com a concentração dos alunos em dois centros escolares,
Vila Nova de Cerveira possui
alguns edifícios de antigas escolas primárias que, caso a caso,
tem vindo a ser analisados, para
lhes dar a melhor solução de
reativação em prol de um serviço prestado às populações.
JORNAL
DESPORTO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
Gallaecia
expõe
trabalhos
de alunos
finalistas
Pintura, escultura, fotografia e serigrafia são alguns exemplos dos projetos que estarão expostos
na Escola Superior Gallaecia até ao final do mês
de setembro.
A exposição é o resultado dos trabalhos dos alunos finalistas da licenciatura em Artes Plásticas e
Multimédia da ESG, um
curso que conta com três
anos de existência, sob
a direção do artista plástico Henrique Silva, atual
diretor cultural da Fundação Bienal de Cerveira.
A licenciatura em Artes
Plásticas e Multimédia é o
resultado de um dos mais
recentes projetos da Escola Superior Gallaecia,
com o contributo e apoio
da Bienal de Arte mais
antiga do país. A criação
de espaços de exposição
dos trabalhos desenvolvidos pelos estudantes e
diplomados, valorizando
as perspetivas artísticas
tradicionais com as novas tecnologias, é uma das
principais forças motrizes da escola.
A presença de expressões artísticas e culturais,
cada vez mais relevantes
e de maior dimensão e
impacto na Vila das Artes, vem também alimentando a cultura transfronteiriça que caracteriza a
Escola Superior Gallaecia, uma das poucas instituições universitárias do
país integrada em contexto não urbano.
Este ano arrancará a 4ª
edição do curso de Artes
e Multimédia, estando a
decorrer, até à primeira
semana de Setembro, a
segunda fase de candidaturas.
CAMINHA
Atletas caminhenses partem hoje para os
Alpes para participarem na “Tor des Geants”
donativos para que Sampaio
possa estar, no próximo domingo, ao seu lado a participar nesta prova.
“Não basta dizer no faceboock
e nas redes sociais que se gosta muito do Sampaio do trail,
também é preciso ajuda-lo a
cumprir o sonho. Isso foi possível e eu estou muito satisfeito porque aos 67 anos acalentar o sonho e ter a coragem de
participar numa prova destas,
não é para todos. É preciso dar
valor porque ele é um exemplo
para os mais jovens”.
Dois atletas caminhenses, Pedro Gonçalves e Joaquim Sampaio, partem hoje para os Alpes onde vão participar, a partir
do próximo domingo, na Tor
des Geants.
A prova, que decorre nos Alpes
suíços e italianos, tem um percurso de 330 quilómetros com
24 mil metros de desnível positivo, ou seja, o equivalente a
subir nesses mesmos 330 quilómetros 8 vezes o monte Evarest.
Antes de partirem para esta
grande aventura onde participam 650 atletas de todo o mundo, Pedro Gonçalves e Joaquim
Sampaio deram uma entrevista
ao Jornal C onde deram conta
das suas expetativas para esta
prova que arranca domingo de
manhã.
Chegar ao fim é o grande objetivo destes dois atletas, um
com 41 anos e outro com 67. A
prova tem uma duração máxima de 150 horas e é “non stop”,
como revelou ao Jornal C Pedro Gonçalves.
“São 150 horas para terminar
a prova o que equivale sensivelmente a seis dias e seis horas. No limite dá para andar cerca de 50 quilómetros por dia, o
que exige um grau de preparação física muito grande”.
Terminar a prova é o grande
objetivo destes dois atletas.
“O grande objetivo desta ou
de qualquer outra prova é terminar. Só o facto de estarmos
na partida já exige um grande
esforço e uma grande confiança.
São vários meses de preparação
física e psicológica para aquilo que vamos enfrentar. É um
exercício de superação pessoal
muito grande”, revela.
Para Pedro Gonçalves é um
“grande honra” estar na linha
de partida numa prova internacional como o Tor des Geants
na qual vai participar pela primeira vez.
O desafio não é fácil mas os
dois atletas estão motivados.
Apesar de ser a primeira vez
que vai participar no Tor des
Geants, Pedro Gonçalves diz
conhecer “relativamente bem”
os Alpes e por isso sabe mais
ou menos o que o espera a ele
e ao seu companheiro.
“Já fiz várias provas nos Alpes
e estou muito animado porque
vou com o Sampaio e isso para
mim é uma grande honra. Estamos a falar de um atleta que
é um exemplo a nível nacional
e que bem pode ser considerado o pai do Trail em Portugal”.
Para Pedro Gonçalves a Tor
des Geants “é a ultra das ultras”. Segundo o atleta a nível
de provas internacionais de ultra distância não existe nada
que se possa comparar, a não
ser a Maratona das Areias na
qual já participou dias vezes,
mas essa com características
diferentes uma vez que é disputada no deserto.
“Digamos que são duas provas extremas. Numa levamos
o mínimo de roupa possível e
temos que carregar com todo
o equipamento, na outra que
é esta que vamos agora fazer,
temos que levar muita roupa
mas em compensação temos
apoio logístico que nos transporta todo o material de um
abrigo para o outro. Mas temos as montanhas para subir
e descer e isso não é fácil”.
aos 39 anos quando um dia decidiu que tinha que deixar de
fumar e por consequência começou a engordar muito.
“Cheguei à conclusão que
tinha que fazer alguma coisa
porque o meu único desporto
era jogar xadrez, um desporto
que me dava alguma agilidade
mental mas não física. Foi então que comecei a dedicar-me
ao atletismo de estrada porque
na altura o trail ainda não se
praticava por cá. Passados dois
meses soube que se ia realizar
um contra relógio em Sintra e
como eu desconhecia a prova
fiquei muito entusiasmado e
decidi participar”.
Foi a partir deste momento
que se começaram a realizar as
primeiras provas regulares de
montanha em Portugal. “Até
aí só havia uma que deve ter à
volta de 40 anos, que era a de
Manteigas – Penhas Douradas
na Serra da Estrela”.
A partir do contra relógio da
Serra de Sintra Joaquim Sampaio nunca mais deixou a modalidade, e já lá vão 27 anos.
A participação de Joaquim
Sampaio da Tor de Geants representa o coroar de um grande
sonho que até agora ainda não
tinha conseguido realizar porque, como o próprio explica,
participar numa prova como
esta não sai barato. No mínimo são necessários 1500 euros.
“É uma prova cara e se não
fosse a ajuda de alguns companheiros que fizeram alguns
donativos e de alguns patrociMas afinal
nadores, eu nunca tinha conseguido lá ir porque, tal como
quem é este
muitos reformados neste país,
veterano
também tenho que sustentar a
Joaquim
minha casa e ainda ajudar os
Sampaio?
meus filhos e os meus netos”.
Com 67 anos de idade, este Pedro Gonçalves ajudou na
atleta descobriu a modalidade campanha de angariação de
O objetivo é
chegar ao fim
Competitivo por natureza, tentar chegar ao fim da prova é
o grande objetivo de Joaquim
Sampaio para quem a palavra
desistir não existe no dicionário.
“Eu vou fazer os possíveis e
os impossíveis para chegar à
meta, nem que seja a rastejar.
O meu objetivo principal é chegar ao fim e se conseguir será
uma grande vitória para mim e
também para aqueles que con-
fiaram em mim e me deram a
oportunidade de lá estar”.
Mesmo sem ainda ter partido
para esta grande aventura que
será a participação no próximo
domingo, pela primeira vez, na
Tor des Geants, Sampaio já está
a pensar em lá voltar dentro de
três anos, quando fizer 70 anos
e mudar de escalão.
“Eu já disse que a partir de
agora vou pôr de parte o equivalente a um maço de cigarros para daqui a 3 anos ter dinheiro para voltar a participar
nesta prova. Eu queria ver se
da mudança de escalão, aos 70
anos, ia lá. Se conseguir nessa
altura então já irei com outros
objetivos que é lutar por uma
classificação no meu escalão”.
Ânimo é força de vontade é
coisa que não falta a estes dois
atletas que a partir do próximo
domingo vão participar no “trail
dos trail”. Não os esperam dias
fáceis mas isso também não os
preocupa.
Partem juntos e juntos querem regressar.
O Compromisso é: quem chegar primeiro à meta espera…
Atletas do Desnível
Positivo mostram
raça nos Alpes
O Desnível Positivo, clube de trail com sede no concelho
de Caminha, conseguiu dois 8º lugares naquela que é a prova de trail mais mediática do mundo: o Monte Branco, disputada nos Alpes.
Carlos Sá conquistou o 8º lugar na geral masculinos e Ester
Alves a mesma classificação na geral femininos. Nuno Silva
conquistou o 12º lugar na geral (masculinos).
Os resultados são aplaudidos pelos outros atletas do clube. Pedro Gonçalves, que se prepara para este fim-de-semana disputar o Tor des Geants, uma ultra maratona com mais
de 300 quilómetros, elogia os colegas do clube de Caminha.
“Estamos a falar da prova de trail mais mediática do mundo, uma prova com 168 quilómetros. Certamente que poucas equipas a nível mundial tiveram os resultados que teve o
Desnível Positivo. Em termos de classificações obtivemos o
8º lugar na geral com o Carlos Sá, um 12º lugar com o Nuno
Silva e em femininos a atleta Ester Alves obteve também um
8º lugar na geral”
Com estes resultados Pedro Gonçalves considera que Caminha esteve “muito bem representada” na prova mais mediática do mundo na modalidade de trail.
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JORNAL
DESPORTO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
Ana Fernandes da ADRCL
brilha nos Jogos Olímpicos
da Juventude, na China
Campeonato Ibérico
de Triatlo em Viana
Viana do Castelo recebeu a última etapa do
Campeonato Ibérico de Triatlo com provas
na distância olímpica e de sprint.
Esta que foi a terceira e última prova, foi
organizada pela Fullsport e pelas federações portuguesa e espanhola, com o apoio
da Câmara Municipal de Viana do Castelo.
A última etapa deste evento, que é composto por natação, ciclismo e corrida trouxe
à cidade grandes nomes do triatlo ibérico,
sagrou Jorge Duarte, do Garmin Olímpico
de Oeiras, e Sofia Brites, do AMICICLO
PUB.
GRÂNDOLA.http://www.federacao-triatlo.pt/images/stories/jorge_duarte_triatlo_
longo_viana.jpg A prova incluiu também
provas masculina e feminina na distância
olímpica, a contar para o Campeonato Ibérico da Distância, ganhas por João Renato
Teixeira e pela espanhola Mar Villar Zamur.
Por equipas e no que toca ao Campeonato
Nacional de Clubes de Triatlo Longo, que
está a ser disputado apenas no setor masculino, o Garmin Olímpico de Oeiras venceu a etapa de Viana do Castelo.
A atleta da Associação Desportiva, Recreativa e Cultural
de Lovelhe (ADRCL), Ana Fernandes, classificou-se em segundo lugar na final B do Lançamento do Martelo com 59,06
metros, nos Jogos Olímpicos
da Juventude Nanjing 2014,
China.
Por diversas vezes, o nome de
Ana Fernandes e do país que
representa foi ouvido no Estádio Olímpico de Nanjing, na
China, constituindo um enorme
motivo de orgulho para toda a
direção da coletividade de Lovelhe. A Câmara Municipal de
Vila Nova de Cerveira congratula-se com esta prestação cerveirense resultado de muito esforço, e constituindo-se como
um grande exemplo para as jovens gerações do concelho.
Numa manhã marcada pela
chuva e muita humidade, a atleta
Cerveirense, natural de Campos,
redimiu-se de um apuramento menos bem conseguido no
dia 21, onde foi 14ª com 56,73
metros, e obteve uma classificação considerada espetacular
devido ao valor das suas adversárias, pois todas elas - representantes da Croácia, Colômbia, Grécia, Ucrânia, Moldávia
e República Checa - têm melhor recorde pessoal.
Com este resultado, Ana Fernandes passa a ser a atleta da
ADRC Lovelhe com o segundo melhor resultado de sempre
numa competição Internacional, só superada pela sua tia,
Maria José Conde, na Universidade de Seul, onde foi sexta
classificada.
VIII Triatlo da Amizade
em Vila Nova de Cerveira
Está marcada para o próximo dia 28 de setembro a VIII
edição do Triatlo da Amizade,
uma prova desportiva de caráter internacional organizada em
parceria com a Câmara de Vila
Nova de Cerveira e Tominho.
O VIII Triatlo da Amizade conta com o apoio técnico da Federação Portuguesa de Triatlo e
da Federação Galega de Triatlo.
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Recorde-se que o início da
competição alterna de local a
cada ano e, na edição 2014,
a prova começará no Cais de
Vila Nova De Cerveira com a
prova de natação, em solo galego far-se-á a transição para
o ciclismo (btt) que terminará
no parque de transição novamente no Cais português para
o atletismo.
25. Comércio. Indústria.
Turismo.
Tradicionalmente, e no
conceito clássico, as
atividades económicas
do ser humano têm-se
repartido por três grandes
sectores: primário com
as indústrias extrativas;
secundário, que inclui as
indústrias transformadoras;
terciário, na área dos
serviços. Naturalmente
que sendo a economia uma
dimensão genuinamente
humana, que ao longo da
história da humanidade
se vem estudando e
desenvolvendo, originando
a construção de imensas
teorias, contra-teorias
e teses, toda e qualquer
atividade terá a sua
interpretação económica,
verificando-se, atualmente,
uma grande preocupação
com a evolução, positiva
ou negativa, das várias
economias nacionais, face
ao contexto mais alargado
da economia mundial.
Contribuir para o
desenvolvimento da
economia, qualquer que
seja a sua escala: individual,
familiar, empresarial, estatal,
nacional e internacional,
é um dever de todo o
cidadão responsável,
que se pretenda no
pleno exercício das suas
prerrogativas cívicas. A crise
económico-financeira que
nos últimos anos (20082014) se vem acentuando e
preocupando os cidadãos,
designadamente os de
menos poder económico,
obviamente que não
será da responsabilidade
destes, principalmente dos
desempregados, excluídos,
reformados com pensões
insignificantes.
A responsabilidade da crise
terá de ser imputada a
outros setores económicos,
aos detentores do controlo
económico-financeiro,
àqueles que produzem
regras protetoras dos
grandes interesses
mundiais, eventualmente
a determinados grupos
de trabalhadores/
empregados, colocados
em instituições públicas
e privadas que, a coberto
de legislação específica se
vão mantendo nos seus
postos de trabalho e/ou
em associações de defesa
dos trabalhadores. Sempre
haverá uma quota-parte de
JORNAL
OPINIÃO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
Diamantino
Bártolo
PODER LOCAL
DEMOCRÁTICO
responsabilidade de todos
estes interventores e de
todos os cidadãos em geral.
Cada um responderá em
boa consciência.
No espaço mais restrito
das pequenas comunidades
concelhias, rurais e urbanas,
desenvolvem-se diversas
atividades económicas que,
normalmente, se identificam
com a classificação clássica,
embora, naturalmente,
com maior ou menor
predominância de umas em
relação a outras., admitindose que para o interior do
Portugal real e profundo,
a economia rural de
subsistência tenha
grande peso.
Aqui, entra uma primeira
análise dos executivos
públicos e privados, sendo
certo que, em princípio,
a ninguém é proibido
o exercício de uma
determinada atividade
profissional e económica,
cumpridas que sejam,
obviamente, as disposições
legais e ambientais, entre
outras. Se um cidadão ou
empresa quer instalar o seu
negócio, numa determinada
localidade, terá de se
confrontar com as normas
técnico-jurídicas aplicáveis
a essa atividade, cumprir
todas as formalidades que
lhe forem exigíveis e depois
funcionar normalmente.
Pelas caraterísticas
morfológicas, ambientais,
culturais e situação
geográfica, umas localidades
estarão mais direcionadas
para atividades agrícolas,
pesca, comerciais, outras
para a indústria e outras,
ainda, para o turismo e
lazer, sendo certo que
para o acompanhamento
de todas elas existem
os serviços públicos,
principalmente para efeitos
de licenciamentos, cobrança
de impostos e fornecimento
de serviços burocráticoadministrativos. Compete,
portanto, aos decisores
políticos, aos indivíduos
enquanto tais e às
organizações empresariais
e outras, decidir o que
desejam para os respetivos
espaços e comunidades
para, em função dos
projetos e atividades,
se implementarem as
infraestruturas e serviços
mais adequados e
necessários.
Portugal oferece excelentes
condições para diversas
atividades económicas, e
cada região do país, com
suas caraterísticas próprias,
pode rentabilizar ao
máximo as potencialidades
que estão latentes nas
populações: de norte a sul;
do litoral ao interior. Há
oportunidades e espaço,
para a maior parte das
pessoas, e das instituições,
desenvolverem as suas
atividades e alcançarem
um sucesso relativo, em
situação de normalidade
económico-financeira.
A iniciativa privada
deve dispor da máxima
liberdade para exercer, com
competência, qualidade
e produtividade de alto
nível, as tarefas inerentes
aos bens e serviços que
pretende colocar no
mercado. A separação
entre a iniciativa pública ou
setor público do Estado e a
atividade privada, deve ser a
regra fundamental, o ponto
de equilíbrio, a partir do
qual podem as instituições
cooperar.
No respeito pelas posições
institucionais, pelos
objetivos e pelos valores e
princípios, considera-se que
o setor público do Estado e
o setor privado não terão
interesse em competirem,
entre si, nomeadamente,
utilizando os métodos
da competição desleal,
podendo-se substituir
uma atitude competitiva,
por um comportamento
cooperante, na medida
em que: «Só a cooperação
tem forças para se opor à
competição – na verdade,
só ela tem forças para gerar
um conjunto de fatos em
torno da competição capaz
de contê-la, de limitar seus
efeitos destrutivos sobre
o ecossistema, seja ele
biológico, natural ou social,
político, militar ou qualquer
outro. Mais profundamente
ainda: só a cooperação
tem o poder de criar um
conjunto dentro do qual
a competição tem algum
sentido.» (CARVALHO
2007:55).
Nesta perspectiva, cabe
aos órgãos do Estado,
legal e territorialmente
competentes, apoiar a
iniciativa privada, em
tudo o que for técnica
e juridicamente possível,
aconselhando, orientando,
inspecionando e emitindo
os correspondentes
pareceres para que os
empresários: em nome
individual; e as empresas,
enquanto sociedades, se
possam estabelecer com
segurança e desenvolver
o seu trabalho numa
determinada localidade.
A intervenção municipal é
de extrema importância no
apoio que pode (e deve)
dar aos investidores que
pretendam estabelecer-se
na área do município, o
qual passará a beneficiar
de um melhor e maior
desenvolvimento.
Na situação concreta
do litoral-norte de
Portugal, onde se inserem
os concelhos do Alto
Minho, destacam-se, de
entre outras: atividades
comerciais, indústria ligeira,
com alguma expansão
e significado e, ainda, o
turismo. Estes setores
de atividade económica,
certamente, merecem dos
executivos camarários
a maior atenção, por
variadíssimas razões: criação
de riqueza para a região;
aumento do número
de postos de trabalho;
introdução de novas e
melhores tecnologias;
mais contribuições para a
Segurança Social e para o
sistema tributário, cujos
valores, em parte, ficam
no respetivo concelho;
possibilidade de outras
instituições, nomeadamente:
educação, formação
profissional e de lazer,
se fixarem na área do
município, enfim, melhores
condições de vida.
O apoio ao comércio,
indústria e turismo, que
as autarquias poderiam
(e deveriam) dar,
obviamente dentro das suas
disponibilidades técnicofinanceiras, seria de natureza
diversa, obviamente, não
em subsídios ou quaisquer
contrapartidas monetárias,
mas em melhoramentos
públicos diversos: a
manutenção de uma boa
rede viária, funcional,
limpa e segura, poderá
ser uma primeira medida,
a que outras se seguirão;
saneamento básico; rede
de água ao domicílio em
quantidade e qualidade;
vias de circulação amplas e
suficientemente iluminadas;
parques de estacionamento
confortáveis e seguros;
boas acessibilidades para
e das aldeias e municípios
limítrofes, às auto-estradas
e vias rápidas; às cidades e
vilas vizinhas de Portugal e
de Espanha. Pugnar, também,
por uma boa cobertura em
transportes públicos de e
para a sede do município, em
ligação com as localidades
adjacentes, também com o
exterior e em articulação
com outros transportes e
horários, a partir da sede do
Concelho.
O desenvolvimento e
consolidação daquelas
atividades económicas
pressupõem, igualmente,
outras iniciativas, porém,
estas em parceria com
as instituições, empresas
e associações diversas
interessadas. Naturalmente
que tudo o que o ser
humano produz se destina
ao consumo, qualquer que
seja o processo e bens
produzidos.
Neste sentido, há todo um
percurso, metodologia e
infraestruturas de apoio:
«Como grande parte dos
bens materiais que o homem
necessita são escassos,
para adquiri-los surgem a
princípio certas práticas:
determinadas atividades
económicas, produção,
circulação, repartição e
consumo de bens. Ligadas
a estas atividades e quando
as mesmas se padronizam
e estruturam, surgem as
instituições económicas:
agrícolas, comerciais,
financeiras, industriais,
ou instituições gerais (o
dinheiro, os bancos, os
mercados, a divisão do
trabalho, a propriedade, o
trabalho, o capital e muitas
outras). As condições sociais
e físicas determinam a forma
que assume a estrutura
económica.» (TORRE,
1983:210).
O funcionamento da
economia, parcialmente
referido aos setores de
atividade aqui em análise
– comércio, indústria
e turismo –, será tanto
mais positivo e sólido,
quanto mais as instituições
empresariais investirem na
qualidade e divulgação dos
seus produtos.
Nestes aspetos, a
formação permanente dos
respetivos trabalhadores,
dos diversos setores, é um
passo importante, podendo,
também aqui, a Autarquia
Municipal dar um contributo
razoável, incentivando os
interessados à formação,
disponibilizando alguns
recursos, eventualmente em
instalações, transporte dos
formandos, comparticipação
nos honorários dos
formadores e/ou
estabelecendo parecerias
com as Escolas Profissionais,
públicas e privadas,
preferencialmente, por uma
questão económica, da área
do município.
Por outro lado, a Autarquia
pode dinamizar e
patrocinar, parcialmente,
alguns certames, que
promovam a divulgação
dos principais setores de
atividade económica no
concelho, designadamente,
nos domínios aqui em
reflexão, através de eventos
específicos, que publicitem
os produtos próprios
da região, também em
parceria com as instituições
representativas de cada
setor, como associações
empresariais: do comércio;
indústria e turismo, com
inclusão dos próprios
empresários, individualmente
considerados, se assim
o desejarem.
Como exemplo bemsucedido, e no que concerne
a diversos distritos e
concelhos portugueses, a
verdade e a justiça devem
ser aqui invocadas, para se
referir o sucesso que têm
constituído, por exemplo, as
“Feiras Medievais”, as “Feiras
de Tradições”, e outros
acontecimentos culturais,
embora, alguns deles, não
sejam inéditos, numa ou
noutra localidade.
É possível divulgar-se
e escoarem-se certos
produtos, incluindo os
artigos artesanais e a
gastronomia concelhia,
criando e instituindo outros
certames, abertos a toda a
população e aos visitantes,
com forte intervenção da
comunicação social. No
âmbito de alguns distritos
e concelhos, constitui um
bom evento, por exemplo, a
decorrência dos “Domingos
Gastronómicos” e os
resultados poderão alcançar
maior expressividade se
houver mais facilidades
de acesso aos potenciais
consumidores, em termos
de custos a suportar pelos
mesmos, sejam visitantes ou
residentes, eventualmente,
com a concessão de uma
bonificação, a todos os que
tomarem uma refeição
tradicional.
Divulgar e comercializar
os produtos naturais e
artigos artesanais, pela via de
exposições, feiras, concursos
e outros eventos adequados,
pode ser uma excelente
estratégia, com resultados
objetivos, praticamente
garantidos à partida. A
colaboração das Associações
representativas, organismos
do Estado, Câmaras
Municipais e Juntas de
Freguesia são indispensáveis
para o sucesso do comércio,
indústria e turismo, não
só a nível concelhio, como
também no âmbito nacional.
Trata-se, seguramente, de
um projeto do maior alcance
para o desenvolvimento,
bem-estar e auto-realização
das populações das nossas
aldeias, vilas e cidades, como
também para estabilização
das empresas e ainda maior,
se possível, projeção das
Autarquias Locais. O Poder
Local Democrático tem
imensas potencialidades de
intervenção que devem ser
direcionadas para o bem
público.
Bibliografia
CARNEGIE, Dale & ASSOCIADOS,
(1978). Administrando Através das
Pessoas. Trad. Ivan Zanoni Hausen. Rio
de Janeiro: Biblioteca do Exército –
Editora
CARVALHO, Maria do Carmo Nacif
de, (2007). Gestão de Pessoas. 2ª
Reimpressão. Rio de Janeiro: SENAC
Nacional
TORRE, Della, (1983). O Homem e a
Sociedade. Uma Introdução à Sociologia.
11ª Edição. São Paulo: Companhia
Editora Nacional
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JORNAL
SAÚDE
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
noVo trataMento
Mais cóModo
Para doentes coM
esclerose MÚltiPla
aProVado na ue
iMPlicações
da doença
renal no
organisMo
A persistência de alterações estruturais ou da funcionalidade dos rins por um período superior a 3 meses não
deve ser ignorada. o alerta é da sociedade portuguesa
de Nefrologia (spN) que sublinha a importância do diagnóstico precoce para evitar outras complicações no organismo resultantes da doença renal.
A progressão da doença, um processo lento e silencioso, é responsável por diversas complicações que afetam
quase todos os órgãos do ser humano. Entre as doenças
mais comuns, associadas à doença renal, surgem a anemia, hipertensão, dislipidemia, osteopatia, desnutrição,
neuropatia e doenças cardiovasculares.
De acordo com Fernando Nolasco, presidente da sociedade portuguesa de Nefrologia, “os sintomas associados às lesões causadas pela doença renal no organismo
podem demorar algum tempo a manifestar-se, uma vez
que a prevalência das mesmas aumenta de acordo com
o estádio em que se encontra a doença”.
A comissão Europeia (cE)
autorizou recentemente a comercialização do do peginterferão beta-1a no tratamento para
adultos com esclerose múltipla
por surto-remissão (EMsr), a
forma mais comum de esclerose
múltipla (EM). o tratamento é
administrado de duas em duas
semanas com um novo autoinjetor pronto a usar.
para o prof. Doutor João de
sá, neurologista do Hospital de
santa Maria, trata-se de “uma
formulação distinta de interferão beta 1-a, que vai seguramente revolucionar a terapêutica
de primeira linha da esclerose
múltipla evoluindo por surto-remissão.” Acrescenta ainda que
“teremos assim com um perfil
de eficácia e segurança bem conhecidos uma formulação que
permite ser administrada 2 vezes por mês, o que representa indiscutivelmente uma opção terapêutica extremamente
cómoda para os doentes com
esta doença que poderão ver
assim muito melhorada a sua
qualidade de vida.”
o pLEGrIDY é o único interferão peguilado aprovado
para a utilização na EMsr e
reduz vários parâmetros de atividade da doença, incluindo
número de surtos, lesões cerebrais e progressão da incapacidade. Esta aprovação baseia-se nos resultados de um
dos maiores e principais estudos conduzidos com interferão beta, o ADVANcEi, que
envolveu mais de 1500 doentes com EMsr.
No ensaio clínico ADVANcE,
o novo tratamento administrado
de duas em duas semanas reduziu significativamente a taxa
anualizada de surtos (tAs) ao
final de um ano em cerca de 36
por cento quando comparado
com placebo. os resultados de
dois anos de ADVANcE confirmam que a sua eficácia robusta é mantida além do controlo com placebo no primeiro
ano de estudo.
“Ainda assim, a anemia e a hipertensão são duas doenças que podem surgir numa fase inicial mas, por vezes,
é excluída a possibilidade de relação destas patologias
com a doença renal, o que faz com que, em muitos casos, o diagnóstico seja tardio”.
outras implicações associadas à doença renal são também o “ enfarte ou o acidente vascular cerebral (AVc),
dado que as alterações vasculares que surgem durante
a evolução da insuficiência renal crónica podem induzir patologias isquémicas”, lembra Fernanda carvalho,
nefrologista e vice-presidente da sociedade portuguesa de Nefrologia.
Em portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas
sofram de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.
todos os anos surgem mais de dois mil novos casos de
doentes em falência renal. Em portugal existem atualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera
a possibilidade de um transplante renal.
recuPere
qualidade de Vida…
articule-se…
o ombro (articulação gleno-umeral) é a articulação com maior mobilidade do corpo humano. Esta
grande amplitude advém da mobilização ao mesmo tempo de outras 4 articulações que em conjunto como ombro formam a cintura
escapular.
para um funcionamento normal
do ombro é necessário um equilíbrio de forças e sincronização
de ações de vários grupos musculares. Alguns destes músculos
têm inserções no tórax e mesmo
na coluna dorsal e lombar pelo
que as alterações posturais, podem por este motivo e pelo fato
de alterarem a posição da omoplata no espaço, levar a alterações
do funcionamento do ombro. Estas alterações do funcionamento
levam á inflamação dos tendões
(tendinite) que se não forem tratadas, além da perda de qualidade
de vida levam a uma degradação
progressiva dos tendões que acabam por romper, comprometendo
ainda mais a função do ombro.
o exercício físico que promova
uma postura correta e o fortalecimento dos músculos que controlam
a omoplata (escapulo-torácicos) e
o ombro (coifa dos rotadores) previne o desenvolvimento destes desequilíbrios e promove a sua cura
quando estes já estão instalados.
o ombro, em geral após os 65
anos e á semelhança da anca, pode
desenvolver uma artrose. Esta doença deforma a articulação, sendo
causa de dor e de limitação dos
movimentos. Quando a perda de
qualidade de vida dos doentes o
exige, estes são operados para colocação de uma prótese do ombro.
Esta substitui a cabeça do úmero
e a superfície lesada da omoplata.
Nos primeiros 3 meses após a
cirurgia é feita uma reabilitação
em fisioterapia com o objetivo de
ganhar mobilidade e força. Após
este período é importante manter
um correto funcionamento do ombro. A frequência de uma piscina,
em regime livre ou em aulas de
hidroginástica, em que são aproveitados os efeitos de impulsão e
resistência da água para mobilizar
o ombro sem a ação da gravidade
e fortalecer os músculos da cintura escapular é uma boa opção.
A manutenção de uma postura correta através de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular
como se faz no pilates contribuem
para um funcionamento correto do
ombro. A marcha, com ou sem utilização de pequenos pesos nos punhos, além dos efeitos cardiovasculares e de controlo de peso também
contribui para o equilíbrio muscular da cintura escapular.
Em resumo, ombro necessita de
uma postura e de um equilíbrio
muscular corretos para poder funcionar. o exercício físico adequado à idade e devidamente orientado, contribuiu para um ombro
saudável. Em doentes com prótese
o exercício otimiza os resultados
da intervenção cirúrgica. Agora já
sabe! ArtIcULE-sE!!
cAIXA:
A sociedade portuguesa de ortopedia e traumatologia e a Associação portuguesa das Empresas
de Dispositivos Médicos acabam
de lançar, em portugal, a campanha “Vida é Movimento” com o
mote “Articule-se”, que visa aumentar o conhecimento sobre as
doenças ortopédicas que afetam
ossos e articulações e que são a
maior fonte de dor e incapacidade em todo o mundo. Esta campanha tem também como objetivos desmistificar o tratamento
cirúrgico das doenças ortopédicas e a colocação de próteses, e
clarificar os mitos ainda existentes sobre a qualidade de vida das
pessoas portadores destes dispositivos médicos.
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JORNAL
HISTÓRIA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
b) localização
Não foi difícil encontrar uma
resposta para esta questão. Na
verdade, o documento, que temos vindo a citar, diz expressamente que foi na “vila vulgarmente designada de Vila Mou”,
que paio Vermudes ergueu o referido Mosteiro. ora, este topónimo ainda hoje subsiste.. De
facto, na freguesia de Vila Mou,
encontramos o lugar de Vilamou, situado no local onde se
ergue a atual igreja paroquial,
à margem da estrada nacional,
ao Km 13, numa região fértil,
abundante em água e verdura,
virado ao nascente e abrigado
do norte. Nele estão incluídos
outros subtopónimos tal como:
Burguete, que faz lembrar um
povoado medieval; Ermeiro, que
deriva do latim “eremitériu”;
torre, que refere velhas fortificações do Mosteiro; Igreja Velha, que, como veremos, designava o local da antiga Igreja do
convento.
Além disso a arqueo-
logia, como vimos, tem vindo
a confirmar aquilo que acabamos de referir. Na verdade, quer
nos escombros da antiga igreja
paroquial quer no dito lugar de
Burguete, têm aparecido vestígios lapidares das estruturas
do Mosteiro.
Ainda hoje se conserva na tradiçãoo popular, quer escrita quer
oral, o costume de escrever os
dois elementos lexicais unidos.
c) Invocação
“…et sua consacrationem fecit…”.
o costume de escolher titulares para as igrejas remonta
aos primeiros séculos do cristianismo.
Antes do séc. XI, porém, todos os padroeiros, à exceção
de s. Martinho de tours, eram
mártires. primitivamente só as
basílicas e igrejas particulares
possuíam padroeiros. o confessor das igrejas catedrais e
paroquiais eram os respetivos
bispos ou párocos. Mas, a partir dos séculos VII e VIII, estas passaram a ser também titulares, que, tanto podia ser um
mártir cujas relíquias nela estavam depositadas, ou, o que se
tornou prática corrente, a invocação de são salvador ou santa Maria.
Quanto aos Mosteiros também, pela mesma altura, receberam titulares.
Qual terá sido o padroeiro do
convento e Mosteiro de Vila
Mou?
Não é possível responder a esta
pergunta com base no documento omisso nesse aspeto. É certo
que esta fonte diz: “Et in nomine Domine edificavit cenobium”. contudo, não se deve
entender esta expressão no sentido de escolha de um padroeiro, mas sim como uma indicação do espírito cristão que
presidiu à sua construção.
o mesmo não acontece em relação às Inquirições (1258) e aos
diversos livros das confirmações
de Valença (1354-1533). Estas fontes indicam a existência de dois padroeiros para a paróquia
de Vila Mou: santa Maria e são
Martinho. o
primeiro é
a fundação do
Mosteiro Visigótico
de santa Maria de Vila
Mou e a reorganização
da terra da Vinha
(séc. iX)
Por: Manuel antónio
fernandes Moreira
o mais antigo e vigorou até finais
do séc. XV. o
segundo tornouse efetivo a partir
desta data..
Qual a explicação para
este facto?
Uma das causas mais frequen-
tes da mudança de padroeiro
tem sido, ao longo dos tempos,
a transferência da sede da igreja paroquial.
As invocações aparecem mais
ligadas ao edifício que à instituição.
Foi o que aconteceu em relação a esta paróquia. Nos finais
do séc.XV, por razões que se devem ter prendido com a exiguidade do primeiro edifício, foi
erguido um novo templo.
tudo leva a crer que a primeira
igreja paroquial teria sido o oratório do Mosteiro. Na verdade,
a tradição fala da existência de
uma “igreja velha” no Burguete o que é comprovado pela arqueologia, como vimos. A ser
verdade este facto, como tudo
indica, ela teria sido consagrada à inovação, tão característica da Idade Média, de santa
Maria, como aparece nos documentos acima enunciados.
Deste jeito, não temos outra
alternativa que não seja admitir como padroeiro aquele titular, tanto mais que o Mosteiro
de são salvador, que sucedeu
àquele, foi objeto de uma nova
consagração realizada pelo bispo de tui, D. Jorge, em 1068.
se os padroeiros não fossem
diferentes, teríamos duas vezes
repetida, dentro da mesma paróquia, uma invocação, o que
não é normal.
d) Dotação do Mosteiro.
(…)
A ereção de uma instituição
eclesiástica, na Idade Média,
era seguida de dotação, que fosse capaz de manter e sustentar,
não só o edifício mas também
as pessoas.
o documento da fundação do
Mosteiro de são salvador da
torre é elucidativo a este respeito. De facto, tanto os fundadores do Mosteiro de Vila Mou
como os de são salvador da torre, legaram bens móveis e imóveis às suas instituições. Neste
acontecimento vêem a maioria
dos autores a origem do padroado das igrejas. Em relação ao
Mosteiro de Vila Mou, no citado documento, diz-se expressamente: “… et obtinuit ea abbatibus et monachis sum anu da
sua prole in suo iure…”.
Qual terá sido o dote deste
Mosteiro?
Não é difícil responder a esta
pergunta uma vez que o documento da fundação do Mosteiro
de são salvador diz expressamente: “…adnominavimus ibi
villas que primos hedificatores
illos ibidem testarunt”, isto é, o
dote imediato do Mosteiro de
são salvador foram as vilas
que os primeiros edificadores
haviam deixado em testamento. Logo a seguir passa a enumerar o conjunto das herdades.
(…)
e) Ruinas do Mosteiro
“ordonius… invenit eam iam
retenta et ruinosa… et erexit
eam in cenobium sicut primitus fuerat…”. “…qui hunc locum ruinorum ereximus et fundaus… cenobium”.
Frei ordonho, por volta de
1068, encontrou o Mosteiro de
Vila Mou em ruinas e as suas
rendas sonegadas. Juntamente
com alguns familiares, descendentes de paio Vermudes, resolveram erigir um novo cenóbio, “semelhante ao primerio”,
perto da antiga torre de defesa.
Quando aconteceu tudo isto
e quais os motivos que levaram à destruição deste vetusto testemunho da reconquista
cristã? são duas questões que
ocorrem naturalmente ao espírito do mais desprevenido investigador deste período. Vamos
tentar responder a cada uma,
em separado, dentro das nossas possibilidades.
Assim como o argumento das
gerações serviu para determinar a ápoca em que foi construído o Mosteiro de Vila Mou,
também pode ser utilizado para
encontrar a data do seu desaparecimento. Da análise das relações de parentesco dos doadores em relação a paio Vermudes,
é possível concluir que algumas das doações a este Mosteiro foram feitas por bisnetos
daquele presor, o que nos leva
a pensar que o dito Mosteiro,
passadas três gerações, isto é,
mais ou menos uma centena e
meia de anos após a sua fundação, ainda funcionava e que
a sua destruição só teria tido
lugar a partir do início do séc.
XI, até porque, em meados do
mesmo século, foi reconstruído em torre.
As causas, que motivaram a
sua destrição, não são difíceis de
encontrar. A história geral deste
período e região aparece marcada por dois acontecimentos
notórios: as invasões dos Normandos e o surto expansionista de Almançor.
conhecem-se vários ataques
normandos em território nacional nos séc. IX e X. Vindos
do Norte europeu, em pequenos barcos, leves e ágeis, subiam os rios, atacavam as povioações e vilasdesprevenidas,
indendiavam mosteiros e igrejas, roubando e prendendo os
cristãos, por cujo resgatepediam
avultadas quantias. No reinado
de Afonso IV (927-931) atacaram a região de tui, obrigando
o seu bispo, de nome Náustio,
a refugiar-se no Mosteiro de s,
cristóvão de Labruja. Mais tarde, em 1008, chegaram mesmo
a arrasar aquela cidade, tendo
esta diocese sido incorporada
na de s. tiago de compstela.
pelo ano de 1015, entraram
pelas terras a dentro de Entre
Minho e Douro. Atacaram portucale, tendo conquistado o castelo de Vermoim e feito cativos
muitos membros das famílias
nobres, pedindo pelo seu resgate pesadas quantias.
continua
R UI RaMalHOSa
Economia - Gestão
Contabilidade
Fiscalidade
Técnico Oficial de Contas
Avª Manuel Xavier, 88 - C.C.Estação Lj BC
4910-105 Caminha
Tlm 968 022 369
Email.: [email protected]
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
AVENTURA
INFO
EXPOSIÇÃO
HOSPITAIS | CENTROS DE
SAÚDE ENFERMAGEM
Centro Hospitalar do
Alto Minho
Viana do Castelo | T. 258802100
Centro de Saúde de caminha
Rua Eng.º Agostinho Perreira de
Castro | T. 258719300
Centro de Saúde de Vila
Praia de Âncora
Av. Pontault Combault | T. 258 911318
BOMBEIROS
Caminha
Rua das Flores | T. 258719500(1)
Vila Praia De Âncora
Rua 5 de Outubro | T. 258 911125
PUB.
GNR
Caminha
R. da Trincheira | T. 258719030
Vila Praia de Âncora
Rua Miguel Bombarda | T. 258959260
CAPITANIA DO
PORTO DE CAMINHA
T. geral: 258719070
T. piquete da PM: 258719079
FARMÁCIAS
Farmácia Torres
Praça Conselheiro Silva Torres,
Caminha | T. 258922104
Farmácia Beirão Rendeiro
Rua da Corredoura,
Caminha | T. 258722181
CÂMARA MUNICIPAL
DE CAMINHA
T. 258710300
BIBLIOTECA CAMINHA
Rua Direita
segunda a sexta: 10h00 às 18h30
sábado: 10h00 às 13h00
MUSEU CAMINHA
terça a sexta: 10h00 às 19h30 /
14h30 às 18h00
sábado e domingo: 11h00 às 13h00 /
14h00 às 17h30
MinhOventura promove
passeio noturno em
kayak no rio minho
Um passeio de Kayak pelo rio Minho numa
noite de lua cheia é a proposta da MinhAventura para a próxima terça-feira dia 9 de
Setembro.
A experiência, única, terá início em Seixas
e termina junto à foz do rio Minho.
O início do passeio está marcado para as 2030 horas e a concentração será junto ao Restaurante Ínsua na Foz do Minho. Depois de
uma breve explicação e distribuição de algum material, os participantes são transportados para o Cais de São Sebastião em Seixas onde terá início o percurso.
Pedro Machado da MinhAventura explicou
ao JornalC o objetivo desta iniciativa.
“O dia escolhido não é um dia qualquer, é
o dia da lua cheia e só por isso julgo que é
já um motivo interessante para se fazer este
passeio. A sensação é fantástica porque temos
uma luminosidade diferente acompanhada de
um silêncio e tranquilidade muito grandes. É
inesquecível”, garante.
Os participantes deverão levar calções, t-shirt
e uns chinelos. Se estiver frio a MinhAventura
fornece fatos próprios para a atividade.
Os interessados em viver esta experiência “única” poderão fazer a sua inscrição junto da MinhAventura através dos contatos: 962023674/675.
W W W . JORNALC . P T
POSTOS DE TURISMO
Caminha
Rua Direita | T. 258921952
Moledo
Av. da Praia (em época balnear)
Vila Praia de Âncora
Av. Ramos Pereira | T. 258911384
CENTRO CULTURAL
VILA PRAIA DE ÂNCORA
segunda a sexta: 10h00 às 12h30 /
13h30 às 18h30
sábado: 11h00 às 13h00
SERVIÇOS DE SAÚDE
Rua Engº Luís Agostinho
Pereira de Castro
Bloco 6 – Loja 1
4910-102 Caminha
Tel. 258 721444
RUA ALMADA NEGREIROS
4910-458
VILA PRAIA DE ÂNCORA
TEF.: 258 911 502
258 911 093
FAX: 258 911 082
E.mail: poliancora.saude@sapo:pt
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RESIDÊNCIA PAROQUIAL
Largo. Dr. B. Coelho Rocha
T. 258921413
FEIRAS E MERCADOS
Caminha
Largo Pontault Combault
semanal 4ª feira
Vila Praia de Âncora
Largo do Mercado
semanal 5ª feira
TAXIS
Caminha
Largo do Terreiro | T. 258921401
Vila Praia de Âncora
Praça da República | T. 258911295
Venade TM. 965643481
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014
Nome
Morada
Andar
Nº / Lote
Letra
C. Postal
Localidade
Cupão Assinatura
Rua da Corredoura nº117
4910-133 Caminha, Portugal
Tel. 258 921 754 - Fax. 258 721 054
[email protected]
País
Telf. / Telm.
Indica. Tel.
Portugal - 30€
Pagamento:
Resto do Mundo 65€
Email
Europa 55€
Cheque N.º
Cheque à ordem de Jornal “O Caminhense”
0018 0003 13172853020 13
Transf. Bancária - NIB: ...................................................................
PT50 0018 0003 13172853020 13
Numerário
IBAN: ................................................................
Propriedade: Herdeiros de António José Guerreiro Cepa | administração: Maria Teresa Gomes Cepa | director: Elsa Guerreiro Cepa | sub-director: Cristiano Guerreiro Cepa | chefe de redacção:
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da Corredoura, nº117, 4910-133 Caminha | telefones: +351 258921754 , +351 258922754 | fax: +351 258721041 | Paginação: Cristiano Cepa | design gráfico: Mário Rego | impressão: Empresa
Diário do Minho Ldª | registo de imprensa: nº 201448 | depósito legal nº 84483/94 | tiragem desta edição: 1.600 exemplares | número de contribuinte: 900777117 | nº registo erc: 101449 |
Periodicidade: quinzenal (Sexta-Feira) | endereços electrónicos: [email protected]
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4910 - 603 Caminha - Tel: 258 721457 / 441-Fax 258 721 445
Telemóvel: 968581398 - [email protected]
Rua da Corredoura, 121
Tlf. 258 921 558- 4910 Caminha
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