Comunicação Digital e Software Livre - SINDpd-Ce
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Comunicação Digital e Software Livre - SINDpd-Ce
Comunicação Digital e Software Livre SEMANA DA COMUNICAÇÃO PUBLICIDADE E JORNALISMO Apresentação: Ivonísio Mosca de C. Filho [A criatividade do ser humano catalisada pela digitalidade da vida] Ivonísio Mosca de Carvalho Filho tem 46 anos mora em Fortaleza e trabalha na Santa Casa de Fortaleza como gerente de TI e é Diretor de Informática do SINDPD CE. É graduado em Ciência da Computação pela Universidade do Arizona EUA e mestre em computação pela PUC RJ. Tem atuado na Denúncia dos exageros, no combate às visões messiânicas da tecnologia e à redução dos problemas contemporâneos a aspectos meramente tecnológicos. Um mergulho no mundo da vida Questões tradicionais, modernas e pós-modernas se entrecruzam nos acontecimentos cotidianos Mapa da percepção dos paradigmas de época TRADIÇÃO MODERNIDADE PÓS-MODERNIDADE No espaço geográfico os paradigmas de época podem Ser percebidos de forma desigual e combinada. A Tecnologia como Utopia Democrática! Uma nova realidade política e cultural, na qual diversos atores sociais – indivíduos, grupos instituições, empresas – se orientam em função de informações, expectativas e desejos inspirados em referências tecnológicas. Permitindo que hoje seja legítimo a qualquer pessoa do planeta, independentemente de seu lugar de nascimento e posição social, construir seus sonhos de acesso a melhores condições vida tendo referência informações recebidas de todos os cantos de mundo através dos meios de comunicação. Os novos produtos de consumo são artefatos tecnológicos que se impõe como condição de integração social e transformam profundamente a sociedade. Baudrillard A extinção da cultura pela mídia – trocamos o “drama da alienação” pelo “êxtase da comunicação”. O tempo para o silêncio – ele é banido das telas e da comunicação. A sociedade comunicacional é uma utopia. Lucien Sfez Há uma violência simbólica nas tecnologias. Quatro pilares da realidade ilusória: Rede – nova maneira de conceituar velhas práticas, sem desestabilizar a concepção tradicional de mundo. Paradoxo – a perda de identidade do “eu”. Simulação – surge como intenção de fazermo-nos passar pelo que não somos, usando a aparência. Interatividade – esse estilo de comunicação como um diálogo com um ser inteligente. O Umbigo Nacional [ Pensando no coletivo / Agindo no individual ] O título, sintomático, batiza uma abrangente pesquisa nacional realizada pela agência de publicidade Ogilvy Brasil, que traz um diagnóstico não muito positivo sobre o caráter e a personalidade do brasileiro. Entre 31 de agosto e 6 de setembro, a agência ouviu 450 homens e 450 mulheres das principais capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre), de todas as classes sociais (A/B, C e D/E) e faixas etárias (acima de 18 anos) da população. Suas conclusões apontam que o brasileiro é no mínimo contraditório. Solidários em seu discurso e egoístas em suas ações, 60% condenam pequenas transgressões, como bater o cartão de ponto para um colega, comprar um CD pirata ou falar no celular no trânsito, mas 66%, por exemplo, admitem que não se incomodam em comprar produtos piratas. Não é à toa que 95% concordam que o individualismo e o egoísmo cresceram no País, nos últimos anos. O que justifica essa afirmação pode ser a crença de 72% dos entrevistados de que quem faz a coisa certa nem sempre é recompensado. As considerações da pesquisa mostram que “criou-se uma espécie de egoísmo produtivo” em que, para o cidadão prosperar, não é preciso acontecer o mesmo com o País. 281 Exabytes Redes de [Compartilhamento] Wikis You tube Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9610/98): Art. 28. Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária, artística ou científica. Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como: I - a reprodução parcial ou integral; II - a edição; III - a adaptação, o arranjo musical e quaisquer outras transformações; IV - a tradução para qualquer idioma; (...) X - quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas. A Licença GNU LGPL GNU LGPL - significa GNU Library General Public License que dá permissão para que softwares proprietários sejam linkados com as bibliotecas Stallman não vê como uma desvantagem, para a FSF o interessante é que os softwares adotem cada vez mais a licença GNU GPL. A GNU LGPL foi criada para licenciar apenas as bibliotecas que oferecem algo que já existe na forma proprietária Tudo que é uma vantagem, uma conquista para o Free Software deve estar na licença GNU GPL Fonte: GNU Project – http://www.gnu.org Nós usamos os direitos privados para criar bens públicos: trabalhos criativos liberados para certos usos". Essa é a máxima do Creative Commons, um grupo criado em 2001 com o objetivo de construir regras razoáveis e flexíveis de copyright que possam fazer face aos problemas quanto aos direitos de obras no meio digital. Hoje, sediado na Universidade de Stanford (EUA), o CC se integra ao movimento pelo software livre, no sentido de batalhar por um espírito de cooperação voltado à comunidade e cujos meios sejam o voluntarismo e a liberdade. O primeiro projeto, baseado no instrumento conhecido como "Licença Pública Geral" (General Public License), foi o de estabelecer um conjunto de permissões de copyright livre e de uso público. A Licença Creative Commons Atribuição: deixa-se que os outros copiem, distribuam, mostrem o trabalho – e os dele derivados, desde que citem a fonte. Não-comercial: outros podem copiar, distribuir e mostrar seu trabalho e outros baseados nele, apenas para fins não comerciais. Trabalhos não-derivados: permite-se que outros copiem, distribuam, mostrem o trabalho em sua integridade, sem modificá-lo; alterações não são consentidas. Compartilhamento semelhante: aplica-se somente a trabalhos derivados, que devem ter licença especial para distribuição, igual àquela que regula a produção principal. Uma Cultura Livre UMA NOVA FORMA DE DIREITOS AUTORAIS Está nascendo uma cultura popular digital? Shawn Fanning pode não ser lembrado pelos milhares de usuários que hoje compartilham músicas em MP3 pela internet – mas ele é um dos protagonistas da história que começou com uma brincadeira em um computador na faculdade, passou por processos judiciais de gigantes da indústria musical e terminou na constatação de que a mercado tradicional da música (venda de CDs, discos, etc.) jamais será o mesmo. Fanning tinha apenas 18 anos quando criou, em 1999, o Napster, programa pioneiro de compartilhamento de arquivos sonoros. O nome veio do apelido que tinha na faculdade; a idéia, da vontade de dividir música com os amigos. O Napster alcançou patamares não imaginados na época, se tornando uma espécie de febre entre usuários da internet – e uma praga para bandas, gravadoras e órgãos reguladores. Quando a aceitação da idéia de Fanning tornou-se indiscutível (no auge, o Napster chegou a contar com 50 milhões de usuários), começaram as brigas. O Metallica de James Hetfield e Lars Urich encabeçou uma luta contra Fanning e seu produto, entrando com um processo na primeira quinzena de abril de 2000. O ícone do metal não imaginava que todos os esforços acabariam sendo em vão – é possível encontrar dezenas de programas que se utilizam do mesmo princípio para o compartilhamento de arquivos a rede P2P. Sustentamos que o paradigma da propriedade intelectual, que foi repetido até à exaustão desde a viragem para o século XIX, está esgotado. Direito de Autor e Desenvolvimento Tecnológico: Controvérsias e Estratégias”, in Revista Tecnológica 374; p. 155). "Todos nós nascemos originais e morremos cópias“ Carl J. Jung FIM Obrigado ! [email protected]