nobel Prudhomme sully ganhou
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nobel Prudhomme sully ganhou
JORNAL DOS JORNALISTAS DEZEMBRO - 2010 número 334 Sociedade quer Conselho de Comunicação São Paulo faz audiência pública. Liberdade de Imprensa entra de vez na pauta dos debates. Págs 5, 6 e 7 Número de sindicalizados cresceu em 2010 Pág 4 Rádio e TV quer aumento real nos salários Pág 3 Contra demissões nas TVs Cultura e Assembleia Págs 8 e 9 E ditorial Os desafios dos jornalistas para 2011 UNIDADE DEZEMBRO 2010 O 2 ano de 2011 tem início com o governo da presidente Dilma Roussef, que recebe a herança benigna deixada pelo governo Lula e, portanto, com o dever de aprofundar as mudanças econômicas e sociais iniciadas no mandato anterior. A área da Comunicação, que foi alvo de um grande debate nacional nos últimos anos, acumulando avanços e retrocessos, promete continuar a ser objeto de polêmicas e disputas conceituais no ano que vem. Ao se fazer um breve balanço da atuação do governo sobre a área da comunicação, é notório os avanços conquistados, como a criação da Rede Brasil, que amplia o espaço da TV pública; a realização da Confecom, dando voz à sociedade no debate da comunicação; o início da implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e a mudança na lógica de distribuição da publicidade oficial pela Secretaria de Comunicação (Secom) fazendo a verba publicitária ser melhor dividida e menos concentrada nos grandes veículos. Estas são medidas democratizantes que abrem grandes perspectivas para o futuro. Infelizmente, os jornalistas tiveram perdas durante governo Lula, apesar de não ser responsabilidade dele. O fim da necessidade do diploma para o exercício profissional e a extinção completa da Lei de Imprensa trouxeram um grande grau de incerteza para a categoria. Mas, é importante ressaltar, essa situação ampliou a responsabilidade dos Sindicatos dos Jornalistas que precisam estar à altura desses desafios que estão expostos. Afinal, hoje, os problemas da comunicação não são coisas de especialistas, mas estão sendo debatidas por toda a sociedade, como demonstrou a grande participação popular na Confecom. Outro dado que comprova a atualidade do tema é a escolha do futuro Ministro das Comunicações. O fato da presidente Dilma ter tirado do PMDB a titularidade do ministério e chamado Paulo Bernardo (ministro do Planejamento do governo Lula e considerado por analistas como integrante do “núcleo duro” do PT) para comandar a área demonstra a seriedade com que o assunto será tratado nos próximos anos. A reconquista do diploma, a criação de uma nova e democrática Lei de Imprensa, o estabelecimento da verdadeira liberdade de imprensa sem o controle autoritário imposto pelo poder econômico, enfim, a criação de um moderno marco regulatório para o setor são desafios que a categoria e as representações sindicais dos jornalistas não podem ignorar. No campo econômico estamos vivendo um fenômeno curioso: crescimento do mercado formal de trabalho, aumento do faturamento das empresas sem, necessariamente, isso se refletir na melhoria da qualidade de vida do trabalhador, nem em uma melhor distribuição de renda. Temos mais empregos com salários menores. Apesar de algumas nuvens escuras no horizonte internacional, a perspectiva para o Brasil é de crescimento continuado para o próximo ano, sendo, portanto, momento para os trabalhadores procurarem conquistar melhores ganhos em 2011. Para estar à altura desse desafio, o Sindicato dos Jornalistas também precisa ampliar sua atuação, tanto na Capital quanto no Interior. A proposta de trabalho da diretoria para 2011 prevê: conquistar 300 novos associados (crescer cerca de 10% no quadro associativo). Sabemos que essa meta será alcançada com aumento das ações sindicais, ampliando a atuação social da entidade e a diretoria se propõe a isso. Todos unidos pela democracia nas comunicações e pela qualidade de vida e trabalho do jornalista Estes são os votos do Sindicato para 2011. Diretoria do Sindicato Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja CEP 01220-010 - São Paulo - SP * Tel: (11) 3217-6299 - Fax: (11) 3256-7191 E-mail: [email protected] site: www.jornalistasp.org.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou do Sindicato. DIRETORIA EXECUTIVA Presidente José Augusto de Oliveira Camargo (Guto) Secretário Geral André Luiz Cardoso Freire Secretário de Finanças Kepler Polamarçuk Secretário do Interior Alcimir Antonio do Carmo Secretária de Cultura e Comunicação Rose Nogueira Secretária de Relações Sindicais e Sociais Evany Conceição Francheschi Sessa Secretário Jurídico e de Assistêncial Paulo Leite Moraes Zocchi Secretária de Ação e Formação Sindical Telé Cardim Secretária de Sindicalização Márcia Regina Quintanilha CONSELHO DE DIRETORES Suely Torres de Andrade Luigi Bongiovanni José Aparecido Dos Santos (Zezinho) Cláudio Luís De Oliveira Soares Candida Maria Rodrigues Vieira Luiz Francisco Alves Senne (Kiko) Ari De Moura Wladimir Miranda Lílian Mary Parise (Diretor adjunto de finanças) DIRETORES REGIONAIS Bauru -Flavio Augusto Melges Campinas- Agildo Nogueira Júnior Oeste Paulista-Sèrgio Barbosa Piracicaba- Martim Vieira Ferreira Ribeirão Preto- Aureni Faustino de Menezes Santos-Carlos Alberto Ratton Ferreira São José do Rio Preto- Daniele Jammal Sorocaba- José Antonio Rosa Vale do Paraíba,Litoral Norte e Mantiqueira - (Diretor adjunto do Interior) Edivaldo Antonio Almeida COM.REG.E FISC. EXERC. PROF. (CORFEP) Douglas Amparo Mansur, Vítor Ribeiro, José Eduardo De Souza. Rodrigo da Silva Ferrari.Suplente: Alan Rodrigues (Diretor adjunto de comunicação) CONSELHO FISCAL José Donizeti Costa, Marcelo Carlos Dias dos Santos, Dulcimara Cirino, Carlos Eduardo Luccas (suplente) e Simone De Marco Rodrigues (suplente) DIRETORIAS DE BASE Bauru R. Primeiro de Agosto,447 sala 604E CEP. 17010-011 Tel.(14) 3222-4194 E mail – [email protected] Marcelo De Souza Carlos, Ieda Cristina Borges, Sergio Luiz Bento, Karina Fernanda Prado Grin e Flavio Augusto Melges (Tuca Melges) Campinas R. Dr Quirino, 1319 9° and CEP . 13015-082 Tel (19) 3231-1638 E mail – [email protected] Hugo Arnaldo Gallo Mantellato, Katia Maria Fonseca Dias Pinto, Orlando De Arco e Flexa Neto e Fernanda De Freitas Oeste Paulista R. Pedro de Olveira Costa,64 Sbs da CUT CEP. 19010-100 Tel. (18) 3901-1633 E mail - [email protected] Tânia Brandão, Priscila Guidio Bachiega, Danilo Augusto Maschio Pelágio, Fernando Sávio Rodrigues Dos Santos, Hércules Farnesi Da Costa Cunha e Sergio Ricardo Guzzi Piracicaba Pça. José Bonifácio,799 sala 22 CEP.13400-120 Tel.(19) 3434-8152 E mail – [email protected] Vanderlei Antonio Zampaulo, Luciana Montenegro Carnevale, Paulo Roberto Botão,Ubirajara Toledo,Poliana Salla Ribeiro e Fabrice Desmont’s Da Silva Ribeirão Preto R. Dr Américo Brasiliense,405 sala 404 CEP.14015-050 Tel.(16) 3610 – 3740 E mail – [email protected] Firmino Luciano Piton,Eduardo Augusto Schiavoni, Antônio Claret Gouvêa e Tadeu Queiroz Da Silva Santos R.Martin Afonso,101 6° and CEP.11010-061 Tel (13) 3219 – 4359 E mail- [email protected] Joaquim Ordonez Fernandes De Souza, Reynaldo Salgado,Eraldo José Dos Santos Glauco Ramos Braga, Emerson Pereira Chaves,Marcelo Luciano Martins Di Renzo e Pedro Figueiredo Alves Da Cunha Sorocaba R.Cesario Mota,482 CEP.18035-200 centro Tel.(15) 3342 -8678 E mail - [email protected] Adriane Mendes, Fernanda De Oliveira Cruz, Regivaldo Alves Queiroz, Emídio Marques e Marcelo Antunes Cau São José do Rio Preto R.Major Joaquim Borges de Carvalho,497 CEP.15050 -170 Vila Angélica Tel. (17) 3211 – 9621 E mail – [email protected] Jocelito Paganelli, Rubens Cárdia Neto, Luiz Roberto Montagna Zanatta, Sérgio Ricardo Do Amaral Sampaio, Cássia Morgon Fernandes e Antonio Carlos Ribeiro Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira R.Cons Rodrigues Alves,203 casa 02 Cep.12209-540 Tel.(12) 3241-2686 E mail – [email protected] Jorge Silva, Sirlene Santana Viana, Neusa Maria De Melo,Rita De Cássia Dell’ Áquila e Fernanda Soares De Andrade COMISSÃO DE ÉTICA Denise Fon, Roland Marinho Sierra, Antonio Raimundo Chastinet Pontes Sobrinho, Alcides Rocha, Flávio Tiné, Fernando Jorge, Dr. Lúcio França ,Cristina Charão, Antonio Funari Filho e Padre Antonio Aparecido Peres EXPEDIENTE Diretor responsável: Rose Nogueira (MTb 9736/SP) Editor: Simão Zygband (MTb 12.474/ SP) Diagramação: Rubens M. Ferrari (MTb 27.183/SP) Reportagem: Ana Paula Carrion (MTb-8842/RS) Colaborador: Eduardo Ribeiro (Moagem) Impressão: Foma Certa Fone (11) 3672-2727 Tiragem:10.000 exemplares. Conselho Editorial: Jaqueline Lemos, Luiz Carlos Ramos, Laurindo (Lalo) Leal Filho, Carlos Mello, Assis Ângelo, Renato Yakabe e Adunias Bispo da Luz. J a c r d r p m l d m c c m b O e C p d r n t d p p h 2 ú 2 s q c r c d u o l 2 a b d f Rádio e TV Jornalistas lutam por aumento real nos salários Lucratividade Levantamento realizado pela Assessoria Econômica do Sindicato mostra que os empresários de Rádio e TV têm condições de proporcionar aumento real e recompor perdas históricas da categoria. Só para ter uma ideia basta dizer que as empresas de TV tiveram um salto no faturamento publicitário da ordem de 289%, que pulou de R$ 3,5 bilhões em 1996 para R$ 13,6 bilhões em 2009. No mesmo período, o INPC subiu apenas 147%. “As empresas de Rádio e TV foram beneficiadas pela política econômica do governo nos últimos anos e tiveram faturamento recorde. Este crescimen- 8,8% de reajuste salarial (INPC do período + 3% de aumento real). Piso unificado de R$ 1.600,00 (jornada de trabalho de 5 horas) Recomposição de 2,34% para compensar parte das perdas dos últimos dez anos (7,17% - 2000 a 2009). Vale Refeição obrigatório Mudança da data base para 1º de junho Fim da atual escala de folga com pagamento dos finais de semana trabalhados PLR de um salário nominal Aumento do valor da diária de viagem Fim do desvio de função (motorista e repórter) Ano Total do Faturamento Rádio + TV 2000 6.024.192.180,00 2001 5.781.794.940,00 2002 6.095.651.520,00 2003 7.030.637.796,55 2004 8.833.485.298,00 2005 10.175.667.973,00 2006 11.261.470.578,72 2007 12.020.085.862,86 2008 13.507.659.112,92 2009 14.556.219.256,27 2010 (até Ago) 11.260.885.803,73 Fonte: Intermeios DEZEMBRO 2010 A categoria reivindica UNIDADE O s patrões atenderam à pressão do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo e deram início às negociações da Campanha Salarial de Rádio e TV de 2010. Na manhã do dia 24 de novembro, as diretorias se reuniram para dar encaminhamento à pauta de reivindicação apresentada há mais de um mês aos empresários. Na primeira rodada, os patrões utilizaram a mesma tática de oferecer índice abaixo da inflação (ofertaram 5%), mas concordaram em estabelecer um calendário de negociações que se encerrará antes do Natal. Assim, ficaram marcados novos encontros em dezembro, com possibilidade de prorrogação. Os empresários se comprometeram em manter as mesmas cláusulas da Convenção Coletiva assinada no ano passado. Também aceitaram manter a data-base em 1º de dezembro, o que garente retroativos em caso de atraso nas negociações. Os jornalistas de Rádio e TV da Capital, Litoral e Interior reivindicam 8,8% de reajuste salarial (ou seja, o INPC do período + 3% de aumento real), além de piso unificado de R$ 1.600,00 (para 5 horas de trabalho) e recomposição de 2,34% a título de perdas salariais dos últimos 10 anos (estimada em 7,17% de 2000 a 2009). Jornais e revistas do Interior e Litoral não pagam reajuste to nunca foi repassado aos jornalistas. Os empresários, depois de muita mobilização aceitaram repor o índice de inflação e acabaram eles sim engordando seus lucros”, diz o presidente do Sindicato, José Augusto Camargo (Guto). Segundo o dirigente, as TVs apresentaram ganho real de 57% apenas com receitas provenientes de anúncios e para uma inflação de 147% apurada no período de 1996 a 2009, os salários dos jornalistas tiveram reajustes de 118%, ou seja, acumula uma perda real de 12%. “Nesta campanha os jornalistas irão lutar para que esta defasagem histórica seja minimamente resgatada”, confirmou Guto. Alguns jornais do Interior e Litoral de São Paulo, como por exemplo, O Regional de Catanduva, ainda não pagaram o reajuste retroativo a 1º de junho, e cujo acordo foi formalizado entre os sindicatos patronal e o SJSP em setembro. No caso de O Regional, há denúncias de que nem a PLR do ano passado foi paga, mas, o RH da empresa força os jornalistas a assinarem que receberam, porém sem pagar de fato, ou seja, assina que recebe, mas não recebe. “Esse tipo de ação é absurda”, diz o secretário do Interior e Litoral do SJSP, Alcimir Carmo. Para ele, “as empresas não querem honrar com seus compromissos e inventam os mais diversos motivos”. Carmo lembra que a empresa alegou que não pagou porque ainda não está homologada a Convenção Coletiva de Trabalho no Ministério do Trabalho. “É desculpa esfarrapada, pois, na medida em que os sindicatos que representam empresa e trabalhadores assinam o acordo, já existe o compromisso”, diz. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo deverá ingressar na Justiça com ações mais duras contra as empresas, inclusive coletivas, para assegurar o cumprimento das normas e convenções coletivas, bem como a legislação trabalhista. 8,8% salar + 3% M Aviso aos associados O Sindicato dos Jornalistas estará em recesso de final de ano entre os dias 23 de dezembro e 3 de janeiro de 2011. 3 Fim esca com d de tra A ção Sindical Sindicalização cresce em 2010 UNIDADE DEZEMBRO 2010 E 4 m 2010, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo aumentou o seu quadro de sindicalizados, chegando a 300 o número de novos filiados, uma média de um por dia. O de estudantes présindicalizadoschegou a 60 novos. Ao longo do ano, vários entrevistados do Jornal Unidade ressaltaram a importância da sindicalização dos jornalistas profissionais e apontaram os desafios que precisam ser travados pela classe organizada. Entre elas, a luta em defesa da profissão e o resgate da obrigatoriedade do diploma, a democratização dos meios de comunicação e a regulação do setor. Na entrevista ao jornal Unidade, na edição nº 331, o deputado estadual reeleito e, então coordenador da campanha eleitoral vitoriosa da presidenta Dilma Rousseff, Rui Falcão, defendeu a sindicalização dos profissionais de imprensa: “Acho importante que todo jornalista, independentemente de sua função, seja sindicalizado. É uma maneira de fortalecer a classe. O Sindicato tem uma tradição em defesa da democracia muito forte e é importante que isso se mantenha para que ele não perca sua representatividade”. O ex-presidente do Sindicato, Audálio Dantas, disse que o papel do Sindicato continua sendo muito importante e acredita que “a grande luta (da categoria) é pela democratização dos meios de comunicação”. Já o jornalista Alberto Dines, entrevistado na mesma edição, apontou como prioritária a defesa da profissão “a questão central com tantas mudanças e tensões é a defesa da especificidade da profissão sob todos os pontos de vista (do ético ao técnico)”... Aliadas a estas grandes questões do momento somam-se as de ordem trabalhista como: jornada de trabalho excessiva, sem pagamento de horas-extras e contratação sem carteira, colocando o profissional na situação de "frila-fixo" ou de ‘PJ’, entre outras. O crescimento no quadro associativo em 2010 demonstra uma retomada de consciência dos jornalistas sobre a necessidade de reorganização da categoria, tanto na melhoria da profissão e na retomada de dignidade do setor. A maioria não quer se alijar deste processo e sabe que o Sindicato efetua as negociações salariais, assim como se engaja nas lutas pela democratização do país e dos meios de comunicação. Para a secretária de Sindicalização do SJSP, Márcia Quintanilha, o aumento de 5% registrado em 2010, é fruto de intenso trabalho realizado nas redações e nas assessorias de imprensa. “Para o próximo ano, a expectativa é de que o aumento seja de 10%. Em 2011, o Sindicato dos Jornalistas de SP lançará uma campanha de sindicalização em defesa do direito dos jornalistas, assim como, a FENAJ (Federação Nacional de Jornalistas)”, disse a dirigente. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo existe desde 15 de abril de 1937 e é o principal instrumento de lutas dos jornalistas e da sociedade brasileira. É o maior sindicato da categoria no País, filiado à Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas, CUT – Central Única dos Trabalhadores e à Apijor – Associação Brasileira de Propriedade Intelectual dos Jornalistas Profissionais. Como se sindicalizar: Preencha a ficha disponível no site da entidade www.sjsp.org.br e baixe o formulário. Encaminhe à sede do Sindicato ou a Regional mais próxima, junto com cópias da Carteira Profissional (onde tem a foto e o verso), a página onde está o carimbo do Registro Profissional (MTB), do Diploma de Jornalista, CIC e RG, comprovante de endereço e uma foto. Caso queira a Cédula de Identidade de Jornalista da Fenaj, mais uma foto. Corfep analisa concessão de novos registros A Comissão de Registro e Fiscalização do Exercício Profissional (Corfep), do SJSP está reabrindo a emissão de Atestados de Capacitação aos jornalistas de imagem (diagramadores, ilustradores, repórteres cinematográficos e fotográficos). Até o final do mês de janeiro de 2011 serão analisados os pedidos de novos registros (MTB) para jornalistas de imagem (documentos necessários no www.sjsp.org.br). Os jornalistas de fora da Capital não mais precisam procurar a DRT em São Paulo. O serviço foi descentralizado e passam a existir nas delegacias regionais de Piracicaba, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Franca, Guarulhos, Presidente Prudente, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos e Sorocaba. Milton Neves Sorocaba e Rio Preto O workshop: "O trabalho da Assessoria de Comunicação nos grandes eventos esportivos - Copa 2014 e Olimpíadas 2016", com o jornalista e publicitário Milton Neves já tem mais de 50 inscritos. A iniciativa é da Comissão Permanente e Aberta de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (CPAJAC). A Regional Santos do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo promove o II Concurso de Fotojornalismo Universitário “Contrastes sociais da Baixada Santista”. O objetivo é estimular os estudantes da região a aprimorar conhecimento e técnica na área da fotografia voltada à construção da notícia. A diretora de base do SJSP em Sorocaba, Adriane Mendes, repórter do jornal Cruzeiro do Sul, foi vencedora do Prêmio Jornalístico da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas da categoria Jornal Impresso. Bruno Cecim (também do Cruzeiro do Sul) na categoria Fotografia, Neide Barbosa (Jovem Pan), em Rádio, Cíntia Gasques e Carlos Alberto Soares (TV Sorocaba, afiliada do SBT) em Telejornalismo também foram vitoriosos. Em São José do Rio Preto, o jornalista Mário Soler (ex-delegado seccional do Sindicato dos Jornalistas daquela cidade), lançou fotobiografia do ex-prefeito e deputado federal reeleito rio-pretense, Edinho Araújo. Folha Universal Campinas O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo fechou acordo com a direção da Folha Universal, ligada à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), para que os jornalistas que trabalham em São Paulo recebam salário segundo a convenção coletiva paulista. Atualmente, os profissionais recebem com base na convenção carioca, cujos valores salariais são inferiores. O jornal é um dos veículos com a maior tiragem nacional, com cerca de 2,3 milhões de exemplares semanais. O Ministério Público do Trabalho (MPT) aplicou multa de R$ 2 mil reais ao jornal Todo Dia, de Campinas, por descumprimento de Termo de Ajuste de Conduta. A empresa havia se comprometido a efetuar depósitos de FGTS e a não implantar banco de horas. Fiscalização solicitada pelo MPT constatou que a empresa não estava cumprindo com o acordado. A multa, aplicada pela procuradora Cláudia Marques de Oliveira, é consequencia da luta dos jornalistas Morte da jornalista JT e Estadão O Sindicato lamenta a morte da jornalista Luciana Barreto Montanhana, sequestrada e morta por um policial militar do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). O corpo foi encontrado no último dia 27. A entidade divulgou nota sobre o trágico episódio (www.sjsp.org.br). O JT e Estadão efetuaram demissões em novembro. Foram ao todo onze baixas. O Estadão demitiu jornalista com cerca de 40 anos de casa, além de repórteres e diagramadores. No Jornal Tarde, os cortes atingiram diversas editoria e também a diagramação. Santos M ídia Agência Brasil Lula reafirma defesa da Liberdade de Imprensa em entrevista aos blogueiros Por ter sugerido a criação do Conselho Federal de Jornalismo, por se sentir vítima de uma campanha difamatória por parte da mídia no episódio que ficou conhecido como “mensalão” e ao efetuar críticas à conduta e parcialidade de uma parte da imprensa, o presidente Lula concedeu uma emblemática entrevista coletiva aos chamados “blogueiros progressistas” escolhidos durante a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecon), realizada no início do ano. Na oportunidade, o presidente Lula falou sobre temas importantes e disse categoricamente que a “mídia antiga” tentou derrotá-lo: Mídia antiga - Tenho problemas na relação com a mídia antiga. Sei que lutaram para me derrotar. Sou resultado da liberdade de imprensa nesse país. Temos telespectador, ouvinte, leitor. Eles acham que povo é massa de manobra. Eles se enganam. Tem que lidar com internet, algo que eles não sabem como lidar. Temos também que trabalhar para democratizar a mídia eletrônica. Sai pesquisa com 80% de aprovação e eles ficam assustados. O povo brasileiro conseguiu conquistar um espaço extraordinário. Não se deixa levar por um colunista que não tem interesse em divulgar os fatos. Antes eles (a mídia) não tinham que se explicar, agora, eles tem. (…) Quanto mais liberdade, melhor. Liberdade de imprensa - Com todos os defeitos, eu sou o resultado da liberdade de imprensa deste país. Quem tem que julgá-los não sou eu, que vou ficar xingando. Eles (a mídia) pensam que o povo é massa de manobra como era no passado, eles se enganam. O povo está mais inteligente, mais sabido. Censura – Não existe maior censura do que a ideia de que a mídia não pode ser criticada (…). Quando você acusa uma pessoa, você tem de ter provas. Se der errado, peça desculpas. No Brasil, parece que é feio pedir desculpas. UNIDADE A atuação da mídia, a regulação dos meios de comunicação no país e a censura são temas que entraram na ordem do dia dos debates entre governo, empresários, jornalistas, intelectuais e os chamados “blogueiros”. O assunto suscitou a realização de eventos para debater o tema, alguns deles com a presença do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo. O presidente da entidade, José Augusto de Oliveira Presidente durante entrevista inédita aos blogs (Guto) participou em Brasília do Seminário Internacional “Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias”, organizado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República e também do “Classificação Indicativa: mídia e violência”, sob responsabilidade do Ministério da Justiça. O Sindicato também teve assento no seminário “Cultura de Liberdade de Imprensa”, promovido pela TV Cultura de São Paulo. A entidade chegou a sugerir a realização do evento durante encontro com o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad. Também foi importante para a liberdade de imprensa a primeira entrevista coletiva realizada pelos chamados “blogueiros progressistas” com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Todos es- conteúdo da mídia é necessátes episódios reproduzem o anseio da so- ria, ocorre em diversos países, ciedade em discutir tema tão importante sem significar censura”. para todos os brasileiros em geral e para A consultora da Organizaos jornalistas em particular. ção das Nações Unidas para Na opinião do ministro chefe da Se- Educação, Ciência e Cultura cretaria de Comunicação Social da Pre- (Unesco), Eve Salomon, em sidência da República, Franklin Martins, entrevista ao jornal O Estado a regulamentação nas comunicações de São Paulo, defendeu a reeletrônicas, especialmente quando se gulação dos meios de comutratam de concessões públicas, “é tare- nicação. “Quando se fala no fa que cabe ao Estado fazer, à sociedade tema sempre surge um temor Ministro Franklin Martins ção nunca olha alguma coisa antes, apediscutir, ao Congresso legislar e às agên- de que acabe se chegando a cias, depois, fazerem a regulação e fisca- algum tipo de censura. Daí a dificulda- nas depois de transmitida. Você pode lizarem”. Ele defendeu esta tese durante de de debater isso no país. Regulação e transmitir ou publicar o que quiser e, se o Seminário Internacional sobre Comu- censura não têm qualquer relação. Cen- isso fere a lei, ser punido. A regulação é nicações Eletrônicas e Convergência de sura significa impedir que alguma coisa uma maneira de proteger a liberdade de Mídias. Segundo ele, a “regulação do seja transmitida ou impressa. A regula- expressão”, disse. DEZEMBRO 2010 Ricardo Stuckert/PR Sou resultado da liberdade de imprensa nesse país 5 UNIDADE DEZEMBRO 2010 6 Assim como diversos estados brasileiros como Ceará, Bahia, Sergipe, Pernambuco, São Paulo também pretende efetuar a criação do Conselho Estadual de Comunicação, instrumento que permite a participação da sociedade civil na qualidade das informações oferecidas para telespectadores, leitores, internautas, entre outras. Para isso, já estão tramitando na Assembleia Legislativa paulista dois projetos de leis sobre o assunto de autoria de deputados de bancadas de situação e de oposição ao governo do PSDB em São Paulo: um é do deputado estadual Antônio Mentor, líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) no Parlamento paulista (a Resolução 9/2010) e outro de Edmir Chedid, do Democratas (DEM), presidente da Comissão da Comissão de Transportes e Comunicações, que apresentou a Resolução 07/2010. A criação do Conselho em nível estadual e também federal, é tema controverso e sofre bombardeio dos empresários de comunicação. Para eles, o Conselho é uma “ameaça à liberdade de imprensa”. Para outros, é necessário criar mecanismos que permitam garantir a participação popular e da sociedade civil no que é fornecido ao público e acabar com a voz do pensamento único reinante na imprensa e na mídia em geral através da chamada “liberdade de empresa”. É importante lembrar que TVs e Rádios são concessões públicas. Controvesa ou não, a verdade é que a criação do Conselho de Comunicação está prevista na Constituição, no Artigo 224, que diz: "para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei", com direito a criação de órgãos correlatos nos estados, a exemplo dos demais conselhos nacionais. O debate do tema ganhou ainda mais força após a realização da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em 2009, pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que entre suas deliberações apontou a urgente necessidade da criação de Conselhos como instrumento de democratização da comunicação no país. Para saber detalhes dos projetos o Jornal Unidade procurou os dois parlamentares para falar sobre o assunto. Divulgação Alesp São Paulo intensifica luta pela criação do Conselho de Comunicação Deputado estadual Antônio Mentor, líder da bancada do PT/SP “Comunicação é um serviço público e precisa ser observada”, afirma Mentor Unidade: Quais os pontos centrais do projeto? Antônio Mentor: O fundamental do projeto é a garantia da participação da sociedade civil neste serviço público que é a comunicação através dos seus vários veículos. Ele irá discutir a operação, a concessão, o cumprimento da legislação, no âmbito operacional. Não é uma fiscalização sobre os conteúdos que os veículos vão transmitir como estão tentando difundir na tentativa de desqualificar o projeto. É uma fiscalização operacional. Unidade: Qual o perfil do projeto? Antônio Mentor: Ele é um Conselho de perfil parlamentar, que está vinculado a Comissão de Comunicação da Assembleia Legislativa e que tem poder deliberativo dentro desta instância. Ele será formado por 30 membros e respectivos substitutos, escolhidos entre representantes das universidades paulistas, do Poder Legislativo, do Ministério Público, da Defensoria Pública do Estado e do poder público municipal. Unidade: Ele conta com a participação da sociedade civil e, em especial, de sindicalistas? Antônio Mentor: Sim. Ele é um projeto tripartite com participação do Estado, empresariado e sociedade civil, na qual se encaixam os movimentos sindical e social. Unidade: Em que fase encontra-se o projeto? Antônio Mentor: Ele é um projeto de resolução, ou seja, ele tem caráter interno na Assembleia Legislativa e está tramitando há um mês e meio e deve passar pela Comissão de Justiça para ser submetido à votação. Unidade: O Sr. acredita que haverá reação contrária a criação do Conselho em SP? Antônio Mentor: Quando iniciamos este projeto imediatamente recebemos uma reação muito forte, com alegações de que queríamos cercear a liberdade de imprensa. A matéria é constitucional e está prevista no Artigo 224. Estamos combatendo duramente essa falsa impressão de alguns setores, de que a criação do Conselho trará alguma forma de censura ou de restrição à liberdade de imprensa. Unidade: Na sua avaliação o que está por traz desta reação? Antônio Mentor: Alguns setores da mídia não querem discutir a concessão e usam esse argumento falso de censura e de cerceamento para desqualificar a criação dos Conselhos. É a lei do mais forte prevalecendo sobre as concessões. Unidade: Que benefícios a sociedade terá com a Criação do Conselho? Antônio Mentor: Enormes. Vivemos na era da comunicação. Hoje não existe a sociedade sem os meios de comunicação, portanto, ela tem quer ser observada como um serviço público por isso ela é objeto de discussão. Divulgação Alesp R egulação O Projeto de Resolução 07/2010, também proposto à ALESP sugere a criação do Conselho Estadual de Comunicação Social. De acordo com o deputado Edmir Chedid (DEM), a finalidade do conselho proposto por ele é auxiliar a ALESP em sua missão institucional, que difere do conselho pro- posto pelo PT, que, em seu artigo 2º, diz expressamente "fiscalizar a comunicação". Além disso, ele explica que, contrário ao proposto no Estado do Ceará, o Projeto de Resolução de sua autoria é ligado apenas à Assembleia Legislativa, sem nenhuma interferência do Poder Executivo Estadual. "Não se trata de fiscalizar os meios de comunicação social, como sugerido no Ceará ou pelo PT, em São Paulo. Mas, apenas de trabalhar pela liberdade de imprensa e de expressão", declarou. Para Edmir Chedid, outra diferença no projeto do Ceará, do PT e o que apresentou à Assembleia Legislativa está na composição de seus membros. "O projeto cearense prevê que o conselho seja composto por cinco membros indicados pelo Governo do Estado. O projeto petista prevê a indicação 39 membros, com ga- No mês de outubro, os deputados da avanccaremos na democratização da Assembleia Legislativa do Ceará apro- comunicação. Quero agradecer aos covaram, por unanimidade, o projeto que legas parlamentares pela aprovação criou o Conselho de Comunicação Social por unanimidade neste Plenário, esse do Estado do Ceará (Cecs), de autoria da projeto que foi elaborado conjuntamendeputada estadual Rachel Marques (PT). te pela sociedade civil e entidades que Conforme o texto aprovado, o Conse- estão preocupadas em como desenvollho integrará a Secretaria da Casa Civil do ver ações voltadas a uma comunicação Estado, tendo por finalidade formular e democrática", afirmou Rachel Marques. acompanhar a execução da política estaDias antes da aprovação do projeto o dual de comunicação, exercendo funções presidente do Sindicato dos Jornalistas consultivas, normativas, fisProfissionais no Estado calizadoras e deliberativas. de São Paulo (SJSP), José Entre as competências do Augusto Camargo (Guto), Cecs, está a de definir a polítisaudou a iniciativa da deca de comunicação estadual, putada em seu discurso por meio de estudos, parecede abertura do 32º Prêmio res, recomendações, além de Vladimir Herzog, onde acompanhar o desempenho disse "a deputada Rachel e a atuação dos meios de coMarques está simplesmenmunicação locais. te honrando a tradição O Conselho será ainda Deputada Rachel progressista do seu estado, composto por 25 membros, Marques (PT/CE) que foi o primeiro a libertar sendo sete integrantes do poder públi- os escravos, quatro anos antes da Lei Áuco, oito da sociedade civil (Produtores e rea, e agora têm a primazia de organizar Difusores) e dez da sociedade civil (Tra- o Conselho de Comunicação". balhadores e Consumidores)- dentre os O presidente do Sindicato dos Jornaúltimos, um será indicado pelo Sindicato listas do Ceará (Sindjorce), Claylson Mardos Jornalistas Profissionais no Estado tins, assegurou que o Sindicato trabalhará do Ceará (Sindjorce). para viabilizar a atuação do Conselho, por No plenário, a autora falou que “a meio de audiência a ser marcada. aprovação desse Conselho foi uma das Vários estados estão organizados para 600 propostas aprovadas na Conferên- criação de seus Conselhos. Bahia, Alacia Nacional de Comunicação e que- goas, Piauí, Ceará, Sergipe, Rio Grande remos que além deste estadual sejam do Sul, Goiás, Minas Gerais e Pernamcriados os municipais. Dessa forma, buco também lutam pela construção. Diretores do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo participaram da reunião da Frente Paulista pelo Direito a Comunicação e a Liberdade de Expressão realizada na sede da entidade, no início de dezembro. A pauta foi a defesa da formação do Conselho Estadual de Comunicação paulista. Durante a reunião, o grupo elaborou um documento com os principais pontos sobre a importância da construção do Conselho, que será distribuído durante a audiência pública “Ameaça à liberdade de imprensa ou exercício de cidadania?”, realizada na Alesp. O mesmo também será entregue na posse do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e aos deputados estaduais e federais eleitos em outubro, que serão diplomados no dia 17 de dezembro na Assembleia Legislativa. Durante o período de disputa eleitoral a Frente divulgou um manifesto cobrando o compromisso dos candidatos ao governo do estado e dos deputados para que caso fossem eleitos contribuíssem para a formação do Conselho Estadual de Comunicação em São Paulo. Entre os pontos defendidos pela Frente Paulista no manifesto está a Defesa da comunicação como um direito humano e um bem público e a liberdade de expressão para todos e todas; o combate aos monopólios e oligopólios dos meios de comunica- Arquivo Palácio Bandeirantes Frente Paulista pela Liberdade de Expressão lança manifesto Divulgação Deputados cearenses aprovam criação do Conselho DEZEMBRO 2010 Deputado Edmir Chedid (DEM) rantia aos representantes sindicais, além de apontar quais serão os representantes dos outros seguimentos. Isso não ocorre no meu projeto onde há a garantia da livre escolha dos representantes dos setores de comunicação social e não prevê qualquer participação de representantes do governo", afirmou. A concepção do projeto é possibilitar que a sociedade oriente a atuação do Poder Legislativo. Por isso, segundo ele, não faz sentido indicar neste conselho membros do Poder Público. O Projeto prevê cinco representantes da sociedade civil e oito representantes dos órgãos de imprensa. Ele não tem poder decisório ou executivo, mas apenas de auxiliar as atividades do Poder Legislativo. UNIDADE Divulgação Alesp “Não se trata de fiscalizar os meios de comunicação”, diz deputado do DEM Governador eleito Geraldo Alckmin ção, defendendo a democratização, pluralidade e diversidade etnicorracial, de gênero e regional nos e dos meios de comunicação social; promover uma regulação democrática e participativa das concessões públicas de radiodifusão; denunciar e combater as violações dos Direitos Humanos e as manipulações dos meios de comunicação que criminalizam e desqualificam as lutas populares; defender o controle social da mídia, através de um órgão regulador formado por representantes do poder público, dos empresários e da sociedade civil, representada em toda a sua diversidade, entre outros. No próximo ano, a Frente organizará atividade com parlamentares eleitos para discutir a plataforma não mais como instrumento eleitoral, mas como instrumento de mandato. A criação do Conselho Estadual dependerá dos esforços de toda a sociedade. 7 D efesa do Emprego > UNIDADE DEZEMBRO 2010 8 José Augusto Camargo (Guto) Do blog do Luchetti O futuro da TV Assembleia, que terá seu contrato rompido em 15 de fevereiro, conforme declarou o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, vive momentos decisivos. Foram cinco meses de apreensão e incerteza. Os primeiros boatos de demissões em massa na TV Cultura, cortes de programas e rompimento de contratos, entre eles o da TV Assembleia, vieram à tona no mês de agosto. Durante todo período o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo atuou firmemente para que os trabalhadores não fossem prejudicados. O Sindicato reuniu-se com o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, para assegurar direitos aos funcionários. Além disso, uma grande corrente em defesa da Rádio e TV Cultura foi organizada com apoio de diversas entidades ligadas ao setor. A última investida foi realizada no dia 9 de novembro, quando o Sindicato protocolou pedido de audiência com o presidente da Alesp, deputado Barros Munhoz (PSDB/SP) para tratar do assunto. Em recente reunião do Conselho Curador da entidade, Sayad reiterou o rompimento de contrato. O presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, José Augusto Camargo, Guto, disse que a grande preocupação sempre foi a manutenção dos empregos de dezenas de profissionais. “O principal é fazer com que os 112 trabalhadores que nela atuam não sejam prejudicados. Isso, sem falar do importante papel que cumpre a TV Assembleia a serviço da democracia, de levar a cobertura do desempenho dos deputados eleitos pela sociedade paulista”. O deputado estadual, Adriano Diogo (PT/SP), que realizou discurso em plenário defendendo as TVs Cultura e Assembleia, solicitou que o presidente da Casa recebe-se uma comissão para tratar do assunto. Para ele, a situação é preocupante. “É cruel ver um corpo de profissionais de alto André Freire Sindicato luta contra demissões nas TVs Cultura e Assembleia Alberto Luchetti, diretor da TV ALESP nível ser atingido no exercício da profissão. A TV Assembleia é um instrumento democrático que dá visibilidade aos projetos da Casa. Mesmo sendo uma transmissão em circuito fechado, para alguns ela é uma “pedra no sapato”. Para nós, da oposição, ela é a única forma de expressão, já que somos constantemente ignorados pela grande imprensa”. Segundo ele, o que o chamou a atenção foi a escolha da data de rompimento de contrato, prorrogada para 15 de fevereiro. “Porque não 15 de março? A nova mesa de trabalho já estaria composta. O rompimento será realizado em pleno recesso parlamentar?”, questionou. Para o representante dos funcionários da TV Cultura no Conselho Curador, José Maria Lopes, a questão está em fazer com que o presidente da Alesp assuma o papel de interlocutor da negociação. “Está claro é que a Fundação Padre Anchieta não tem mais como arcar com os gastos da TV Assembleia. O que interessa saber, é qual será o procedimento da nova Fundação que administrará a emissora e de como os trabalhadores serão tratados”. Indagado sobre as possíveis demissões, o diretor da TV Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o jornalista Alberto Luchetti, afirmou que pretende manter o emprego dos funcionários que realizam a produção do canal legislativo, desde que mantenha sob sua responsabilidade o contrato de produção, como possuía com a Fundação Padre Anchieta, gestora da TV Cultura de São Paulo. “Já assumi este compromisso com o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, o Guto (José Augusto Camargo) e também com o dos Radialistas para manter o emprego dos funcionários, caso permaneça com o contrato de produção da TV Assembleia”, diz Luchetti. No entanto, Luchetti espera que o governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB) mantenha a produção da TV Assembleia através da Funda- Acompanhe as novidades sobre a Rádio e TV Cultura www.salvertvcultura.org > com as TVs Justiça (ligada ao Supremo Tribunal Federal – STF) e a TV ligada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que realizou todas as campanhas institucionais para as eleições de 2010. A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de São Paulo, que votará o orçamento do estado para 2011, já deverá dar indicativos de que, de fato, haverá ou não recursos destinados para a TV Cultura continuar a produzir a TV Assembleia. Deputado Adriano Diogo (PT/ SP) Eleição da Fenaj Sr. Editor Em carta publicada na edição de novembro do Unidade, o sr. Amadeu Mêmolo, membro da comissão eleitoral nacional da Fenaj (CEN), tece uma série de comentários críticos à carta da Chapa 2 publicada na edição anterior do jornal, aos quais temos obrigação de responder. A Chapa 2 da Fenaj fora bastante objetiva em sua manifestação: limitara-se a informar aos leitores que, tendo a CEN rejeitado seu pedido de recontagem de votos em alguns sindicatos, decidiu recorrer ao poder judiciário; e apontou as datas que marcaram o percurso da ação judicial. Não fez qualquer consideração de ordem moral ou subjetiva. V a p á m . o e e u , o e Myltainho Prezado editor Reli a entrevista que concedi à Ana Paula (Unidade 333, novembro 2010, p. 13) e não entendi a razão da cirúrgica extirpação do nome de Heródoto Barbeiro, quando informo que ele, candidato a deputado estadual, fez dobradinha com Sergio Kobayashi (federal) concorrendo pela Arena, partido pró ditadura militar, e no auge desta, quando caíam em cima dos jorna- e o , a O sr. Mêmolo, muito ao contrário, viu na carta da Chapa 2 “propósitos obscuros”, atribuiu-lhe intenção “enganosa” e ainda acusou-a de tentar “manobras” que “afrontam os princípios éticos e morais que ainda estão em vigor em nossa profissão”. Tamanha verborragia deve-se ao fato de que, na opinião dele, teríamos assacado “inverdades contra a CEN”. Ora, nossa carta tinha de ser curta, e foi (1.460 caracteres), para ser proporcional à nota do Unidade que procurávamos contestar. Nossa preocupação foi a de mostrar a cronologia dos fatos e nossas reais intenções ao impetrar a ação judicial. Não havia, portanto, como enveredar pelas filigranas regimentais que tanto agradam aos cultores do formalismo jurídico. Trocando em miúdos as prolixas considerações que representam boa parte dos 3.223 caracteres empregados pelo sr. Mêmolo, o que a CEN realmente fez foi recusar nosso pedido de recontagem, pois exigiu que produzíssemos “provas” que não tínhamos como providenciar sem a documentação que somente ela, a CEN, poderia obter. Tanto isso é verdade que a Justiça do Trabalho acatou nosso pedido e ordenou à Fenaj que exibisse os documentos requisitados pela Chapa 2. listas, culminando com o assassinato do Vlado. Precisamos saber quem foi quem na história para melhor entender quem é quem. viadas. Nos cortes, há possibilidade de equívocos, que pode eventualmente ter ocorrido. Entendemos que não cabe ao órgão oficial do Sindicato fazer julgamento político, religioso, ideológico de qualquer profissional de imprensa. Casos extremos, estes sim, são levados ao Conselho de Ética. No entender da redação, Myltainho fugiu do tema proposto, o da credibilidade da mídia, ao se referir a Heródoto Barbeiro. Por isso a referência não foi publicada na matéria. Saudações jornalísticas, Mylton Severiano, o Myltainho Nota do editor: O Unidade de fato edita, como faz qualquer publicação, as matérias que nos são en- Atenciosamente, E rramos Por um erro de edição, a foto de Demétrio Costa, publicada na página 8 da edição 333 do Unidade saiu trocada. Ele é este que está abaixo. DEZEMBRO 2010 bilitadas a produção televisiva: a Fundação Renato Azeredo, de Minas Gerais e a Fundação para o Desenvolvimento das Artes e Comunicação (Fundac), de São Paulo. Luchetti é conselheiro da Fundac e realiza trabalhos para a Fundação Azeredo. “Não seria o ideal, mas caso a TV Cultura de fato não continue produzindo a TV Assembleia, uma destas entidades deverá fazê-lo. E tenho inserção junto a elas”. Também foram cancelados os contratos Cartas e - a - ção Padre Anchieta. “Ele tem poderes de revogar uma decisão do presidente da Fundação, João Sayad e até mesmo pedir para o Conselho Curador para trocá-lo. É uma decisão meramente política”, diz ele. Caso a TV Cultura não continue com a produção da TV Assembleia, como já declarou o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, Luchetti diz que apenas duas fundações no Brasil estão ha- UNIDADE V e a a e e Divulgação Alesp > Pedro Pomar, Lúcia Rodrigues, Bia Barbosa e Leonor Costa (integrantes da Chapa 2 da Fenaj) > 9 O vaivém do mercado Por Eduardo Ribeiro UNIDADE DEZEMBRO 2010 J ornal 10 AS REDAÇÕES de O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde sofreram onze baixas recentemente. Do Estadão saíram os editores-executivos Mariângela Hamu e José Carlos Cafundó, o repórter Moacir Assunção (ex-diretor do nosso Sindicato) e o sub Heraldo Vaz, ambos de Política e dois colegas da diagramação. Deixaram o JT a editora-executiva de Novas Mídias Lúcia Camargo Nunes, o redator de primeira página Ariadene Penteado Camargo, o editor de Logística Valter Pereira de Souza, o repórter de Política Josmar Jozino e o diagramador Elvio Passarelli. O JORNAL BRASIL ECONÔMICO descontinuou o Outlook, suplemento de cultura que circulava nas edições de final de semana. Com a decisão, deixaram o jornal a editora-executiva Phydia de Athayde, a editora Cristina Ramalho e os repórteres Gabriel Penna, Natália Mazzoni e Luiz Henrique Ligabue. Pouco depois de anunciar o fim do caderno, a empresa promoveu alguns remanejamentos na equipe. Thais Costa deixou Empresas e passou a editora-executiva de Suplementos e Seminários e em seu lugar, como editor-executivo de Empresas, ficou Arnaldo Comin, que anteriormente coordenava a editoria de Destaques. Daniela Paiva, absorvida do Outlook, começou a cuidar de uma coluna de Cultura e outra de Criatividade. Já a editoria de Brasil ganhou o reforço de Ruy Barata Neto, vindo de Empresas, na vaga de Juliana Elias, que saiu. No lugar de Comin, em Destaques, entrou Gabriel Salles, com o apoio de Fabiana Parajara. E Maeli Prado deixou São Paulo para ser correspondente em Brasília, no lugar de Silvio Ribas, que deixou a casa. MORRIS KACHANI começou como editor convidado da revista mensal Serafina, da Folha de S.Paulo. WILIAN MIRON deixou o DCI, mas permanece cobrindo o setor de Telecom pela Agência Dinheiro Vivo. No lugar dele ficou a repórter Fhoutine Marrie, que atuava na editoria de Política do jornal. BEATRIZ PERES despediu-se da Folha de S.Paulo, onde esteve por 11 anos, por último como editora da revista São Paulo. Embora 2010 tenha sido excepcional sob quase todos os pontos de vista, não se pode dizer que tivemos um bom novembro. As demissões provocaram uma certa apreensão nas redações do Grupo Estado (com 11 demissões) e do Brasil Econômico (que descontinuou o suplemento Outlook, demitindo cinco de seus seis integrantes). Na outra ponta, quatro pequenos lançamentos foram anunciados: duas novas edições regionais do Bom Dia, em Taubaté e São José dos Campos, um novo gratuito do Grupo Metro Brasil – o Metro Motor – e a revista Cálculo, sobre matemática. E há também inúmeros livros novos de nomes como Ludenbergue Góes, Fernando Granato e Márcio ABC. Além de boa leitura, quero aproveitar para desejar a todos um Feliz Natal e um 2011 repleto de ótimas notícias! R evista GILBERTO NASCIMENTO, após passagem pelo núcleo de eleições do portal Terra, assumiu a edição da revista mensal de inovação do Grupo ABCD Maior, a InovABCD (www.abcdmaior. com.br). SIMONE TOBIAS começou como editora-assistente da revista Consumidor Moderno, do Grupo Padrão. O contato dela é [email protected]. I nternet DUDA SALVATO é o novo editor do Olhar Digital (http://olhardigital.uol. com.br), que tem foco em projetos sociais. No programa de mesmo nome, veiculado na Rede TV (domingos, 16h45), assumiu como produtora Nathaly Tavoni. A ssessorias GUSTAVO GRAÇA, vindo da Andreoli MS&L, Mônica Anjos, regressando após três anos fora, e Tatiane Lima integraramse à equipe da In Press Porter Novelli. MARINA LEÃO e Thais Hannuch são os reforços da Perspectiva. GLADIS EBOLI (11-9900-9219) assumiu a Direção de Comunicação, Marketing e Operação São Paulo da World Vision Brasil. LUCIANA MUNARETTI está de trabalho novo. Começou como gerente de Desenvolvimento de Negócios da Approach, subordinada a Rosa Dalcin. O e-mail dela é [email protected]. PATRÍCIA ÁVILA assumiu a VicePresidência de Operações na BursonMarsteller. TALES ROCHA deixou a Allianz e se associou à Rosa Arrais, na agência de comunicação que ela dirige e leva o seu nome há mais de 17 anos. O novo e-mail dele é [email protected]. REINALDO GOMES começou na S/A Comunicação, assumindo a conta da Agência de Fomento Paulista/Nossa Caixa Desenvolvimento. BIA MURANO, filha de Virgínia Murano e Pedro Del Picchia, abriu uma agência de comunicação que leva seu nome. O e-mail é [email protected]. DANIEL ZANARDI, vindo da Produção do Programa Amaury Jr., começou na Luciana Branco Comunica, no atendimento à área de entretenimento da Nokia. SIMONE GRAZIELLE é a nova assessora de imprensa do Grupo Conspiração. O novo e-mail dela é simone.grazielle@ conspira.com.br. T elegráficas MARCOS GREGÓRIO FERNANDES GOMES ([email protected]) aposentou-se e está disponível para frilas. Ele foi preparador de originais, copidesque, redator e editor-chefe na divisão fascículos da Abril, e também passou por Ática, JT e Família Cristã. EMERSON ZANETTE está de volta ao Brasil depois de temporada de estudos em Londres. Seus contatos são [email protected] e 119276-4133. ROSANGELA PETTA está trazendo para São Paulo a Oficina de Escrita Criativa, com o aval de Luiz Antonio de Assis Brasil, que a realiza há 25 anos na PUC-RS. Ao lado dela estará Humberto Werneck. Informações pelo www. oficinadeescritacriativa.com.br ou 113255-2003. PARCERIA entre Universidade Anhembi Morumbi e BandNews TV resultou na criação do programa Repórter Universitário, em que os alunos da escola produzem matérias para o canal. MALU OLIVEIRA, que atuou como coordenadora de internet e mídias sociais na campanha de Eduardo Campos em Pernambuco, está vivendo em Londres. Fica por lá até março, estudando, fazendo pesquisas em mídias sociais e escrevendo para seu blog de viagem www.rodinhas.blog.br. A LINHAS&LAUDAS, de Fernanda Bulhões e Ederaldo Kosa, passou a se chamar Linhas Comunicação e sua estrutura passou a ser organizada sob oito núcleos distintos. T elevisão CAROLINE THOMEU deixou a Band para ocupar a vaga de Rafael Chinaglia na apresentação do BandNews TV. No canal Terraviva, que também integra o Grupo Bandeirantes, Ana Carolina Souza começou na reportagem, no lugar de Marcelo Dias, que saiu. DÉBORA FRANÇA começou como editora do programa Papo de Mãe (TV Brasil) L ançamentos A METRO BRASIL, que edita o jornal Metro e recentemente passou a produzir o Metro Quadrado, lançou o Metro Motor, focado na indústria automotiva. Com tiragem inicial de 100 mil exemplares, a publicação é quinzenal e tem distribuição gratuita – sempre aos sábados – na capital e Grande ABC. A redação conta com José Luiz Longo (diretor de Redação), Irineu Masiero (coordenador de Redação), Ariel Kostman e Lara De Novelli (editores-executivos), Guilherme Costa e Fernando Corrêa (repórteres), Vitor Iwasso e Daniel Lopes (editores de Arte). O JORNAL BOM DIA começou a circular, em duas versões no Vale do Paraíba, uma delas em São José e a outra em Taubaté. Os novos títulos são uma parceria de Fernando Salerno, diretor responsável do jornal O Vale, e J. Hawilla, dono da Rede Bom Dia. Hélcio Costa, que dirige O Vale, é o editor-chefe dos dois novos jornais. Na equipe do Bom Dia São José estão a editora-executiva Tânia Campelo, os editores-assistentes Guilhermo Codazzi e Marcelo Pedroso, e os repórteres Ana Ferreira e João Paulo Sardinha. O editor de Arte é Flávio Forner e os diagramadores, Alessandra Silva e Paulo Silva. A mesma equipe responde pelo Bom Dia Taubaté, que tem a mais uma repórter fixa, Suellen Fernandes. A MATEMÁTICA acaba de ganhar uma revista de circulação nacional. A partir de março, quando será lançada a segunda edição, ela passará a ser mensal. O vaivém do mercado Por Eduardo Ribeiro ESTÁ CHEGANDO às livrarias duas obras de Araquém Alcântara, o inédito Fotografia e a reedição ampliada de TerraBrasil, maior best-seller brasileiro do gênero, com mais de 82 mil exemplares vendidos, em 11 edições. LUDENBERGUE GÓES é o autor de Todos os ganhadores do Prêmio Nobel de Literatura (Global Editora), em que traça o perfil dos 107 escritores que ganharam o Nobel de Literatura, desde o primeiro, Sully Prudhomme (1901), até Mario Vargas Llosa (2010). MÁRCIO ABC, diretor de Redação da Rede Bom Dia de jornais, lançou Desrumo (Novo Século), seu segundo romance. O primeiro, Parabala, foi lançado em 2002 pela Scortecci. FERNANDO GRANATO é o autor de João Cândido (Selo Negro Edições), que conta a história do líder da Revolta da Chibata (Rio, novembro de 1910). ANALU ANDRIGUETTI lançou A matadora de orquídeas (Editora Edith), livro de poesias. Assessora do Centro Paula Souza, ela mantém o blog www. amatadoradeorquideas.wordpress.com. BRUNO MARFINATI escreveu Filhos de Sarajevo – Convivendo com os fantasmas da guerra, livro-reportagem que entrelaça histórias de vida narradas pelas próprias crianças afetadas pela guerra da Bósnia e um passeio pela Sarajevo do pós-guerra, LOUISE Z. SOTTOMAIOR e Josué Leonel coordenam além do feijão com arroz, biografia do ex-ministro Maílson da Nóbrega editada pela Civilização Brasileira, selo da Record. O FOTÓGRAFO João Zinclar reuniu no livro O rio São Francisco e as águas no sertão um ensaio realizado entre 2005 e 2010. Durante esses anos, ele percorreu as margens do São Francisco em oito estados e registrou a cultura do povo ribeirinho e sua luta em defesa do rio. LUGAR DE REPÓRTER ainda é na rua: o Jornalismo de Ricardo Kotscho I nterior SERGIO DIAS deixou a coordenação dos jornais Folha de Louveira e Folha de Vinhedo. Os contatos dele são [email protected] e 19-9602-5050. O JORNAL TRIBUNA, de Ribeirão Preto, na comemoração de seus 15 anos, chegou às bancas com novo projeto gráfico, produzido pela Dueto, da mesma cidade. FIGUEIREDO FILHO deixou a Assessoria de Comunicação da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) após nove anos. Sâmia Borges continua no atendimento da universidade. GEÓRGIA RODRIGUES deixou, após um ano e meio, a Texto&Cia, também de Ribeirão Preto. (Editora Tinta Negra) é o nome do livro que Mauro Junior, repórter da Central Globo de Esportes, e José Roberto Ponte, da DM9DDB, lançaram, tendo como base o TCC que produziram em 2002, na Universidade Santa Cecília (Unisanta), em Santos/SP. EDISON VEIGA e Marceleza – texto e ilustração – são os autores de Essa tal Proclamação da República (Panda Books), em que explicam, com linguagem irreverente, os fatos que antecederam a expulsão de dom Pedro II e da família real, bem como o panorama da sociedade brasileira do século XIX e a história dos hinos e da bandeira nacional. MARCOS LOPES lançou dois livros da série “O segredo do caleidoscópios” com os títulos “O voo dos Sonhos” e o “Móbile de Estrelas”. Webjornalismo é tema de livro Em virtude do avanço das novas mídias e das ferramentas de comunicação cada vez mais híbridas e móveis, o modo de se fazer jornalismo vem mudando de maneira revolucionária ao longo dos anos desde a criação da internet. Para retratar e analisar a evolução por que a transmissão da informação vem passando, a jornalista e professora do curso de Rádio e TV da Faculdade Cásper Líbero, Magaly Prado, lançou no último dia 30, o livro Webjornalismo. A obra, com prefácio do jornalista Caio Túlio Costa, aborda temas como jornalismo multimídia, blogs jornalísticos e jornalismo móvel, entre outros. Magaly aborda o papel do jornalismo na web e nas redes sociais, que hoje agregam mais de 55 milhões de usuários somente no Brasil Em dez capítulos, o livro trata do webjornalismo multimídia, interativo, colaborativo, personalizado, customizado e móvel. Do hipertexto passando pela multimídia até constituir uma hipermídia, o jornalismo digital ganha força. O livro chega ao mercado mostrando uma maneira diferente de trabalhar a informação com as tecnologias recentes Além de mostrar o papel do jornalismo nas redes sociais, a autora também ana- RAIMUNDO PEREIRA lançou o livro “O escândalo Daniel Dantas - Duas Investigações”, obra que relata a averiguação feita pela Polícia Federal contra supostos crimes cometidos pelo dono do Banco Opportunity. A obra de autoria de Pereira conta a história e as investigações sofridas por Dantas, da Operação Satiagraha, o momento da prisão e a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) em soltar o banqueiro. No livro, RaimundoS também relembra a forma com que a mídia brasileira cobriu o caso, que segundo ele cita foi o “mais famoso escândalo financeiro do País”. O autor do livro, Pereira tem passagens pela revista Veja, Isto É, Realidade, Ciência Ilustrada e pelo Jornal da Tarde. Atualmente é supervisor editorial da revista Retrato do Brasil. Também ganhou notoriedade como editor do jornal Movimento, publicação da chamada imprensa alternativa no período do regime militar. DEZEMBRO 2010 L ivros A ilustração é de João Lestrange. UNIDADE Seu nome é Cálculo – Matemática para todos e o objetivo é mostrar a importância da ciência para professores, alunos, técnicos, políticos e empresários, entre outros. Na equipe estão Luciana do Carmo (diretora geral), Luiz Costa Pereira Júnior (coordenador), Márcio Simões (editor) e Milton Rodrigues Alves (diretor do projeto gráfico). R egistro lisa o conteúdo produzido e gerado pelo usuário, que traz à tona o consumidor no papel do jornalista, assim como as questões éticas. A função dos jornalistas evoluiu na era da hipermídia. Atualmente, não basta informar; ele precisa também saber filtrar a informação e interagir com o público. O webjornalismo, que começou como uma extensão do jornalismo tradicional, hoje é uma das principais mídias do mundo. De acordo com estudo realizado em 2010 pela Agência Click, cerca de 80% dos brasileiros estão nas redes sociais. MORREU em São Paulo, na madrugada de 31 de outubro, aos 41 anos, vítima de um infarto fulminante, Ulrica D’Orey, editora de Beleza da revista Cláudia. Ela voltava do teatro quando passou mal e foi para seu apartamento, onde seus pais a encontraram morta no dia seguinte. Egressa do Curso Abril de Jornalismo, era apaixonada pelo universo das revistas femininas. Seu corpo foi cremado em Santos. NO MESMO dia, em Fortaleza, faleceu aos 62 anos, Rodolfo Spínola, que durante mais de 25 anos foi correspondente do Grupo Estado no Ceará. Rodolfo, que atuava ultimamente como assessor de imprensa da Secretaria Especial de Portos, em Brasília, estava dirigindo quando sofreu um enfarte e bateu seu carro num poste. TAMBÉM nos deixou, no dia 23 de novembro, em Araraquara, aos 39 anos, Álvaro Taniguti, repórter policial da Rádio Morada do Sol. Ele lutava contra um câncer no cérebro desde 2002. Natural de São Paulo, mudou-se para Bauru no início dos anos 1990 para cursar Rádio e TV na Unesp. De lá, foi para Araraquara, onde cursou Direito e Jornalismo. 11 UNIDADE DEZEMBRO 2010 I magem O Parque da Aclimação pelo olhar de Marcos Duffles M 12 arcos Duffles é um repórter fotográfico que utilizou a fotografia como arma de sua militância em defesa do Parque da Aclimação, um dos principais de São Paulo, e pode registrar a luta dos moradores pela sua preservação. Morou por 52 anos no bairro de mesmo nome e editou por conta própria dois álbuns de fotografias intitulados: “Jardins e céus de uma casa paulistana”(1997) e “Quatro décadas de fotografias do bairro da Aclimação” (2009). Entre suas fotos do Parque há algumas marcantes: o lago artificial que existe em seu interior apresentou problema hidráulico em 2007 e ficou, pela primeira vez em sua história, totalmente vazio, prejudicando peixes, cisnes, patos e marrecos. As fotos de Marcos revelam o amor que ele e a comunidade de seu bairro têm pelo Parque da Aclimação. É o lugar de lazer, descanso, descontração, mas quando há alguma ameaça, os moradores se mobilizam e lutam pela sua preservação, inclusive com realização de “abraço”, como foi registrado pelo fotógrafo. Marcos começou a trabalhar com uma câmera fotográfica Asahi Pentax SPII que ganhou de seus pais e nunca mais parou. Colaborou várias revistas, entre as quais, a Foto Cine Som, editada pelo Foto Cine Clube Bandeirante. Participou na década de 80 da fundação da União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo, que tinha como bandeira de lutas o direito do crédito (nome do autor da foto na publicação), a implantação de uma tabela de preços mínimos pelos serviços fotográficos e a obtenção da regulamentação da profissão de fotógrafo que – segundo ele - até hoje não foi alcançada. Chegou a apresentar trabalhos teóricos para a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), sendo um deles intitulado “Jurisprudência em direitos autorais de fotografias”.