nobel Prudhomme sully ganhou

Transcrição

nobel Prudhomme sully ganhou
JORNAL DOS JORNALISTAS
DEZEMBRO - 2010 número 334
Sociedade quer
Conselho de
Comunicação
São Paulo faz audiência pública. Liberdade de Imprensa
entra de vez na pauta dos debates.
Págs 5, 6 e 7
Número de sindicalizados cresceu em 2010
Pág 4
Rádio e TV quer aumento real nos salários
Pág 3
Contra demissões nas TVs Cultura e Assembleia
Págs 8 e 9
E ditorial
Os desafios dos jornalistas
para 2011
UNIDADE DEZEMBRO 2010
O
2
ano de 2011 tem início com o governo da presidente Dilma Roussef,
que recebe a herança benigna deixada pelo governo Lula e, portanto,
com o dever de aprofundar as mudanças econômicas e sociais iniciadas no mandato anterior.
A área da Comunicação, que foi
alvo de um grande debate nacional
nos últimos anos, acumulando avanços e retrocessos, promete continuar
a ser objeto de polêmicas e disputas
conceituais no ano que vem.
Ao se fazer um breve balanço da
atuação do governo sobre a área da
comunicação, é notório os avanços
conquistados, como a criação da Rede
Brasil, que amplia o espaço da TV
pública; a realização da Confecom,
dando voz à sociedade no debate da
comunicação; o início da implantação
do Plano Nacional de Banda Larga
(PNBL) e a mudança na lógica de distribuição da publicidade oficial pela
Secretaria de Comunicação (Secom)
fazendo a verba publicitária ser melhor dividida e menos concentrada
nos grandes veículos. Estas são medidas democratizantes que abrem grandes perspectivas para o futuro.
Infelizmente, os jornalistas tiveram perdas durante governo Lula,
apesar de não ser responsabilidade
dele. O fim da necessidade do diploma para o exercício profissional e a
extinção completa da Lei de Imprensa trouxeram um grande grau de incerteza para a categoria.
Mas, é importante ressaltar, essa
situação ampliou a responsabilidade
dos Sindicatos dos Jornalistas que
precisam estar à altura desses desafios que estão expostos. Afinal, hoje,
os problemas da comunicação não
são coisas de especialistas, mas estão
sendo debatidas por toda a sociedade,
como demonstrou a grande participação popular na Confecom.
Outro dado que comprova a atualidade do tema é a escolha do futuro
Ministro das Comunicações. O fato da
presidente Dilma ter tirado do PMDB
a titularidade do ministério e chamado
Paulo Bernardo (ministro do Planejamento do governo Lula e considerado
por analistas como integrante do “núcleo duro” do PT) para comandar a área
demonstra a seriedade com que o assunto será tratado nos próximos anos.
A reconquista do diploma, a criação de uma nova e democrática Lei de
Imprensa, o estabelecimento da verdadeira liberdade de imprensa sem
o controle autoritário imposto pelo
poder econômico, enfim, a criação de
um moderno marco regulatório para
o setor são desafios que a categoria
e as representações sindicais dos jornalistas não podem ignorar.
No campo econômico estamos vivendo um fenômeno curioso: crescimento do mercado formal de trabalho, aumento do faturamento das
empresas sem, necessariamente, isso
se refletir na melhoria da qualidade
de vida do trabalhador, nem em uma
melhor distribuição de renda. Temos
mais empregos com salários menores.
Apesar de algumas nuvens escuras
no horizonte internacional, a perspectiva para o Brasil é de crescimento continuado para o próximo ano,
sendo, portanto, momento para os
trabalhadores procurarem conquistar
melhores ganhos em 2011.
Para estar à altura desse desafio, o
Sindicato dos Jornalistas também
precisa ampliar sua atuação, tanto na
Capital quanto no Interior. A proposta de trabalho da diretoria para 2011
prevê: conquistar 300 novos associados (crescer cerca de 10% no quadro
associativo). Sabemos que essa meta
será alcançada com aumento das
ações sindicais, ampliando a atuação
social da entidade e a diretoria se propõe a isso. Todos unidos pela democracia nas comunicações e pela qualidade de vida e trabalho do jornalista
Estes são os votos do Sindicato para
2011.
Diretoria do Sindicato
Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas
Profissionais no Estado de São Paulo
Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja CEP
01220-010 - São Paulo - SP * Tel: (11)
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Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou do Sindicato.
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente
José Augusto de Oliveira Camargo (Guto)
Secretário Geral
André Luiz Cardoso Freire
Secretário de Finanças
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Secretário do Interior
Alcimir Antonio do Carmo
Secretária de Cultura e Comunicação
Rose Nogueira
Secretária de Relações Sindicais
e Sociais
Evany Conceição Francheschi Sessa
Secretário Jurídico e de Assistêncial
Paulo Leite Moraes Zocchi
Secretária de Ação e Formação Sindical
Telé Cardim
Secretária de Sindicalização
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CONSELHO DE DIRETORES
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Luigi Bongiovanni
José Aparecido Dos Santos (Zezinho)
Cláudio Luís De Oliveira Soares
Candida Maria Rodrigues Vieira
Luiz Francisco Alves Senne (Kiko)
Ari De Moura
Wladimir Miranda
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finanças)
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Bauru -Flavio Augusto Melges
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Oeste Paulista-Sèrgio Barbosa
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Ribeirão Preto- Aureni Faustino de Menezes
Santos-Carlos Alberto Ratton Ferreira
São José do Rio Preto- Daniele Jammal
Sorocaba- José Antonio Rosa
Vale do Paraíba,Litoral Norte
e Mantiqueira - (Diretor adjunto do Interior)
Edivaldo Antonio Almeida
COM.REG.E FISC. EXERC. PROF.
(CORFEP)
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adjunto de comunicação)
CONSELHO FISCAL
José Donizeti Costa, Marcelo Carlos Dias
dos Santos, Dulcimara Cirino, Carlos
Eduardo Luccas (suplente) e Simone De
Marco Rodrigues (suplente)
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CEP . 13015-082 Tel (19) 3231-1638
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Hugo Arnaldo Gallo Mantellato, Katia Maria
Fonseca Dias Pinto, Orlando De Arco e
Flexa Neto e Fernanda De Freitas
Oeste Paulista
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Guzzi
Piracicaba
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Montenegro Carnevale, Paulo Roberto
Botão,Ubirajara Toledo,Poliana Salla
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Ribeirão Preto
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Firmino Luciano Piton,Eduardo Augusto
Schiavoni, Antônio Claret Gouvêa e Tadeu
Queiroz Da Silva
Santos
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Reynaldo Salgado,Eraldo José Dos Santos
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e Pedro Figueiredo Alves Da Cunha
Sorocaba
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Adriane Mendes, Fernanda De Oliveira
Cruz, Regivaldo Alves Queiroz, Emídio
Marques e Marcelo Antunes Cau
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Ricardo Do Amaral Sampaio, Cássia
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Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira
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Cep.12209-540 Tel.(12) 3241-2686
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Jorge Silva, Sirlene Santana Viana, Neusa
Maria De Melo,Rita De Cássia Dell’ Áquila e
Fernanda Soares De Andrade
COMISSÃO DE ÉTICA
Denise Fon, Roland Marinho Sierra, Antonio
Raimundo Chastinet Pontes Sobrinho, Alcides
Rocha, Flávio Tiné, Fernando Jorge, Dr. Lúcio
França ,Cristina Charão, Antonio Funari Filho
e Padre Antonio Aparecido Peres
EXPEDIENTE
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9736/SP) Editor: Simão Zygband (MTb 12.474/
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27.183/SP) Reportagem: Ana Paula Carrion
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3672-2727 Tiragem:10.000 exemplares.
Conselho Editorial: Jaqueline Lemos, Luiz
Carlos Ramos, Laurindo (Lalo) Leal Filho,
Carlos Mello, Assis Ângelo, Renato Yakabe e
Adunias Bispo da Luz.
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Rádio e TV
Jornalistas lutam por
aumento real nos salários
Lucratividade
Levantamento realizado pela Assessoria Econômica do Sindicato mostra
que os empresários de Rádio e TV têm
condições de proporcionar aumento
real e recompor perdas históricas da
categoria. Só para ter uma ideia basta
dizer que as empresas de TV tiveram
um salto no faturamento publicitário da
ordem de 289%, que pulou de R$ 3,5 bilhões em 1996 para R$ 13,6 bilhões em
2009. No mesmo período, o INPC subiu
apenas 147%.
“As empresas de Rádio e TV foram
beneficiadas pela política econômica
do governo nos últimos anos e tiveram
faturamento recorde. Este crescimen-
8,8% de reajuste salarial (INPC do período
+ 3% de aumento real).
Piso unificado de R$ 1.600,00 (jornada de trabalho
de 5 horas)
Recomposição de 2,34% para compensar parte das
perdas dos últimos dez anos (7,17% - 2000 a 2009).
Vale Refeição obrigatório
Mudança da data base para 1º de junho
Fim da atual escala de folga com pagamento
dos finais de semana trabalhados
PLR de um salário nominal
Aumento do valor da diária de viagem
Fim do desvio de função (motorista e repórter)
Ano
Total do
Faturamento
Rádio + TV
2000
6.024.192.180,00
2001
5.781.794.940,00
2002
6.095.651.520,00
2003
7.030.637.796,55
2004
8.833.485.298,00
2005
10.175.667.973,00
2006
11.261.470.578,72
2007
12.020.085.862,86
2008
13.507.659.112,92
2009
14.556.219.256,27
2010 (até Ago) 11.260.885.803,73
Fonte: Intermeios
DEZEMBRO 2010
A categoria reivindica
UNIDADE
O
s patrões atenderam à
pressão do Sindicato dos
Jornalistas Profissionais
de São Paulo e deram início às negociações da Campanha Salarial de Rádio e TV de 2010. Na manhã
do dia 24 de novembro, as diretorias se
reuniram para dar encaminhamento à
pauta de reivindicação apresentada há
mais de um mês aos empresários.
Na primeira rodada, os patrões utilizaram a mesma tática de oferecer índice abaixo da inflação (ofertaram 5%),
mas concordaram em estabelecer um
calendário de negociações que se encerrará antes do Natal. Assim, ficaram
marcados novos encontros em dezembro, com possibilidade de prorrogação.
Os empresários se comprometeram
em manter as mesmas cláusulas da
Convenção Coletiva assinada no ano
passado. Também aceitaram manter a
data-base em 1º de dezembro, o que garente retroativos em caso de atraso nas
negociações.
Os jornalistas de Rádio e TV da Capital, Litoral e Interior reivindicam 8,8%
de reajuste salarial (ou seja, o INPC do
período + 3% de aumento real), além de
piso unificado de R$ 1.600,00 (para 5
horas de trabalho) e recomposição de
2,34% a título de perdas salariais dos
últimos 10 anos (estimada em 7,17% de
2000 a 2009).
Jornais e revistas do
Interior e Litoral
não pagam reajuste
to nunca foi repassado aos jornalistas. Os empresários, depois de muita
mobilização aceitaram repor o índice
de inflação e acabaram eles sim engordando seus lucros”, diz o presidente
do Sindicato, José Augusto Camargo
(Guto).
Segundo o dirigente, as TVs apresentaram ganho real de 57% apenas
com receitas provenientes de anúncios
e para uma inflação de 147% apurada
no período de 1996 a 2009, os salários dos jornalistas tiveram reajustes
de 118%, ou seja, acumula uma perda
real de 12%. “Nesta campanha os jornalistas irão lutar para que esta defasagem histórica seja minimamente
resgatada”, confirmou Guto.
Alguns jornais do Interior e Litoral de
São Paulo, como por exemplo, O Regional de Catanduva, ainda não pagaram o
reajuste retroativo a 1º de junho, e cujo
acordo foi formalizado entre os sindicatos patronal e o SJSP em setembro.
No caso de O Regional, há denúncias de
que nem a PLR do ano passado foi paga,
mas, o RH da empresa força os jornalistas a
assinarem que receberam, porém sem pagar
de fato, ou seja, assina que recebe, mas não
recebe. “Esse tipo de ação é absurda”, diz
o secretário do Interior e Litoral do SJSP,
Alcimir Carmo. Para ele, “as empresas não
querem honrar com seus compromissos e
inventam os mais diversos motivos”.
Carmo lembra que a empresa alegou
que não pagou porque ainda não está
homologada a Convenção Coletiva de
Trabalho no Ministério do Trabalho. “É
desculpa esfarrapada, pois, na medida
em que os sindicatos que representam
empresa e trabalhadores assinam o acordo, já existe o compromisso”, diz.
O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo deverá ingressar na Justiça com ações
mais duras contra as empresas, inclusive
coletivas, para assegurar o cumprimento
das normas e convenções coletivas, bem
como a legislação trabalhista.
8,8%
salar
+ 3%
M
Aviso aos associados
O Sindicato dos Jornalistas estará em recesso de
final de ano entre os dias 23 de dezembro
e 3 de janeiro de 2011.
3
Fim
esca
com
d
de
tra
A ção Sindical
Sindicalização
cresce em 2010
UNIDADE DEZEMBRO 2010
E
4
m 2010, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São
Paulo aumentou o seu quadro
de sindicalizados, chegando a
300 o número de novos filiados, uma média de um por dia. O de estudantes présindicalizadoschegou a 60 novos.
Ao longo do ano, vários entrevistados
do Jornal Unidade ressaltaram a importância da sindicalização dos jornalistas
profissionais e apontaram os desafios
que precisam ser travados pela classe organizada. Entre elas, a luta em defesa da
profissão e o resgate da obrigatoriedade
do diploma, a democratização dos meios
de comunicação e a regulação do setor.
Na entrevista ao jornal Unidade, na edição nº 331, o deputado estadual reeleito e,
então coordenador da campanha eleitoral
vitoriosa da presidenta Dilma Rousseff,
Rui Falcão, defendeu a sindicalização dos
profissionais de imprensa: “Acho importante que todo jornalista, independentemente de sua função, seja sindicalizado. É
uma maneira de fortalecer a classe. O Sindicato tem uma tradição em defesa da democracia muito forte e é importante que
isso se mantenha para que ele não perca
sua representatividade”.
O ex-presidente do Sindicato, Audálio
Dantas, disse que o papel do Sindicato continua sendo muito importante e
acredita que “a grande luta (da categoria) é pela democratização dos meios de
comunicação”. Já o jornalista Alberto
Dines, entrevistado na mesma edição,
apontou como prioritária a defesa da
profissão “a questão central com tantas
mudanças e tensões é a defesa da especificidade da profissão sob todos os pontos
de vista (do ético ao técnico)”...
Aliadas a estas grandes questões do
momento somam-se as de ordem trabalhista como: jornada de trabalho excessiva, sem pagamento de horas-extras e
contratação sem carteira, colocando o
profissional na situação de "frila-fixo" ou
de ‘PJ’, entre outras.
O crescimento no quadro associativo
em 2010 demonstra uma retomada de
consciência dos jornalistas sobre a necessidade de reorganização da categoria,
tanto na melhoria da profissão e na retomada de dignidade do setor. A maioria
não quer se alijar deste processo e sabe
que o Sindicato efetua as negociações
salariais, assim como se engaja nas lutas
pela democratização do país e dos meios
de comunicação.
Para a secretária de Sindicalização do
SJSP, Márcia Quintanilha, o aumento de
5% registrado em 2010, é fruto de intenso trabalho realizado nas redações e nas
assessorias de imprensa. “Para o próximo
ano, a expectativa é de que o aumento
seja de 10%. Em 2011, o Sindicato dos
Jornalistas de SP lançará uma campanha
de sindicalização em defesa do direito dos
jornalistas, assim como, a FENAJ (Federação Nacional de Jornalistas)”, disse a
dirigente.
O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo existe desde 15 de abril de 1937 e é o
principal instrumento de lutas dos jornalistas e da sociedade brasileira. É o maior
sindicato da categoria no País, filiado à
Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas, CUT – Central Única dos Trabalhadores e à Apijor – Associação Brasileira de
Propriedade Intelectual dos Jornalistas
Profissionais.
Como se sindicalizar:
Preencha a ficha disponível no site da
entidade www.sjsp.org.br e baixe o formulário. Encaminhe à sede do Sindicato
ou a Regional mais próxima, junto com
cópias da Carteira Profissional (onde
tem a foto e o verso), a página onde
está o carimbo do Registro Profissional
(MTB), do Diploma de Jornalista, CIC
e RG, comprovante de endereço e uma
foto. Caso queira a Cédula de Identidade
de Jornalista da Fenaj, mais uma foto.
Corfep analisa concessão de novos registros
A Comissão de Registro e Fiscalização do Exercício Profissional (Corfep), do
SJSP está reabrindo a emissão de Atestados de Capacitação aos jornalistas de
imagem (diagramadores, ilustradores, repórteres cinematográficos e fotográficos). Até o final do mês de janeiro de 2011 serão analisados os pedidos de
novos registros (MTB) para jornalistas de imagem (documentos necessários
no www.sjsp.org.br).
Os jornalistas de fora da Capital não mais precisam procurar a DRT em São
Paulo. O serviço foi descentralizado e passam a existir nas delegacias regionais
de Piracicaba, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Franca, Guarulhos,
Presidente Prudente, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos e Sorocaba.
Milton Neves
Sorocaba e Rio Preto
O workshop: "O trabalho da Assessoria de Comunicação nos grandes
eventos esportivos - Copa 2014 e
Olimpíadas 2016", com o jornalista
e publicitário Milton Neves já tem
mais de 50 inscritos. A iniciativa é
da Comissão Permanente e Aberta de
Jornalistas em Assessoria de Comunicação (CPAJAC).
A Regional Santos do Sindicato
dos Jornalistas de São Paulo promove o II Concurso de Fotojornalismo
Universitário “Contrastes sociais da
Baixada Santista”. O objetivo é estimular os estudantes da região a
aprimorar conhecimento e técnica
na área da fotografia voltada à construção da notícia.
A diretora de base do SJSP em Sorocaba, Adriane Mendes, repórter do
jornal Cruzeiro do Sul, foi vencedora
do Prêmio Jornalístico da Associação
Paulista de Cirurgiões Dentistas da
categoria Jornal Impresso.
Bruno Cecim (também do Cruzeiro
do Sul) na categoria Fotografia, Neide Barbosa (Jovem Pan), em Rádio,
Cíntia Gasques e Carlos Alberto Soares (TV Sorocaba, afiliada do SBT)
em Telejornalismo também foram
vitoriosos.
Em São José do Rio Preto, o jornalista Mário Soler (ex-delegado
seccional do Sindicato dos Jornalistas daquela cidade), lançou fotobiografia do ex-prefeito e deputado
federal reeleito rio-pretense, Edinho Araújo.
Folha Universal
Campinas
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo fechou acordo com a direção da Folha
Universal, ligada à Igreja Universal
do Reino de Deus (IURD), para que
os jornalistas que trabalham em São
Paulo recebam salário segundo a
convenção coletiva paulista. Atualmente, os profissionais recebem com
base na convenção carioca, cujos valores salariais são inferiores.
O jornal é um dos veículos com a
maior tiragem nacional, com cerca de
2,3 milhões de exemplares semanais.
O Ministério Público do Trabalho
(MPT) aplicou multa de R$ 2 mil reais ao jornal Todo Dia, de Campinas,
por descumprimento de Termo de
Ajuste de Conduta. A empresa havia
se comprometido a efetuar depósitos
de FGTS e a não implantar banco de
horas. Fiscalização solicitada pelo
MPT constatou que a empresa não
estava cumprindo com o acordado.
A multa, aplicada pela procuradora
Cláudia Marques de Oliveira, é consequencia da luta dos jornalistas
Morte da jornalista
JT e Estadão
O Sindicato lamenta a morte da
jornalista Luciana Barreto Montanhana, sequestrada e morta por um
policial militar do Grupo de Ações
Táticas Especiais (Gate). O corpo foi
encontrado no último dia 27. A entidade divulgou nota sobre o trágico
episódio (www.sjsp.org.br).
O JT e Estadão efetuaram demissões em novembro. Foram ao todo
onze baixas. O Estadão demitiu jornalista com cerca de 40 anos de casa,
além de repórteres e diagramadores.
No Jornal Tarde, os cortes atingiram
diversas editoria e também a diagramação.
Santos
M ídia
Agência Brasil
Lula reafirma
defesa da Liberdade
de Imprensa
em entrevista
aos blogueiros
Por ter sugerido a criação
do Conselho Federal de Jornalismo, por se sentir vítima
de uma campanha difamatória por parte da mídia no
episódio que ficou conhecido como “mensalão” e ao
efetuar críticas à conduta e
parcialidade de uma parte da
imprensa, o presidente Lula
concedeu uma emblemática
entrevista coletiva aos chamados “blogueiros progressistas” escolhidos durante a
1ª Conferência Nacional de
Comunicação (Confecon), realizada no início do ano.
Na oportunidade, o presidente Lula falou sobre temas importantes e disse categoricamente que a “mídia
antiga” tentou derrotá-lo:
Mídia antiga - Tenho problemas na
relação com a mídia antiga. Sei que lutaram para me derrotar. Sou resultado
da liberdade de imprensa nesse país.
Temos telespectador, ouvinte, leitor.
Eles acham que povo é massa de manobra. Eles se enganam. Tem que lidar
com internet, algo que eles não sabem
como lidar. Temos também que trabalhar para democratizar a mídia eletrônica. Sai pesquisa com 80% de aprovação e eles ficam assustados. O povo
brasileiro conseguiu conquistar um
espaço extraordinário. Não se deixa
levar por um colunista que não tem interesse em divulgar os fatos. Antes eles
(a mídia) não tinham que se explicar,
agora, eles tem. (…) Quanto mais liberdade, melhor.
Liberdade de imprensa - Com todos
os defeitos, eu sou o resultado da liberdade de imprensa deste país. Quem tem
que julgá-los não sou eu, que vou ficar
xingando. Eles (a mídia) pensam que o
povo é massa de manobra como era no
passado, eles se enganam. O povo está
mais inteligente, mais sabido.
Censura – Não existe maior censura
do que a ideia de que a mídia não pode
ser criticada (…). Quando você acusa
uma pessoa, você tem de ter provas. Se
der errado, peça desculpas. No Brasil, parece que é feio pedir desculpas.
UNIDADE
A
atuação da mídia,
a regulação dos
meios de comunicação no país e
a censura são temas que entraram na ordem do dia dos
debates entre governo, empresários, jornalistas, intelectuais
e os chamados “blogueiros”.
O assunto suscitou a realização de eventos para debater o
tema, alguns deles com a presença do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado
de São Paulo.
O presidente da entidade, José Augusto de Oliveira Presidente durante entrevista inédita aos blogs
(Guto) participou em Brasília
do Seminário Internacional “Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias”, organizado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência
da República e também do “Classificação
Indicativa: mídia e violência”, sob responsabilidade do Ministério da Justiça.
O Sindicato também teve assento no
seminário “Cultura de Liberdade de Imprensa”, promovido pela TV Cultura de
São Paulo. A entidade chegou a sugerir
a realização do evento durante encontro
com o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad.
Também foi importante para a liberdade de imprensa a primeira entrevista coletiva realizada pelos chamados “blogueiros
progressistas” com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Todos es- conteúdo da mídia é necessátes episódios reproduzem o anseio da so- ria, ocorre em diversos países,
ciedade em discutir tema tão importante sem significar censura”.
para todos os brasileiros em geral e para
A consultora da Organizaos jornalistas em particular.
ção das Nações Unidas para
Na opinião do ministro chefe da Se- Educação, Ciência e Cultura
cretaria de Comunicação Social da Pre- (Unesco), Eve Salomon, em
sidência da República, Franklin Martins, entrevista ao jornal O Estado
a regulamentação nas comunicações de São Paulo, defendeu a reeletrônicas, especialmente quando se gulação dos meios de comutratam de concessões públicas, “é tare- nicação. “Quando se fala no
fa que cabe ao Estado fazer, à sociedade tema sempre surge um temor Ministro Franklin Martins
ção nunca olha alguma coisa antes, apediscutir, ao Congresso legislar e às agên- de que acabe se chegando a
cias, depois, fazerem a regulação e fisca- algum tipo de censura. Daí a dificulda- nas depois de transmitida. Você pode
lizarem”. Ele defendeu esta tese durante de de debater isso no país. Regulação e transmitir ou publicar o que quiser e, se
o Seminário Internacional sobre Comu- censura não têm qualquer relação. Cen- isso fere a lei, ser punido. A regulação é
nicações Eletrônicas e Convergência de sura significa impedir que alguma coisa uma maneira de proteger a liberdade de
Mídias. Segundo ele, a “regulação do seja transmitida ou impressa. A regula- expressão”, disse.
DEZEMBRO 2010
Ricardo Stuckert/PR
Sou resultado da liberdade
de imprensa nesse país
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UNIDADE DEZEMBRO 2010
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Assim como diversos estados brasileiros como Ceará, Bahia, Sergipe, Pernambuco, São Paulo também
pretende efetuar a criação do Conselho Estadual de
Comunicação, instrumento que permite a participação da sociedade civil na qualidade das informações
oferecidas para telespectadores, leitores, internautas,
entre outras.
Para isso, já estão tramitando na Assembleia Legislativa paulista dois projetos de leis sobre o assunto
de autoria de deputados de bancadas de situação e de
oposição ao governo do PSDB em São Paulo: um é do
deputado estadual Antônio Mentor, líder da bancada
do Partido dos Trabalhadores (PT) no Parlamento paulista (a Resolução 9/2010) e outro de Edmir Chedid, do
Democratas (DEM), presidente da Comissão da Comissão de Transportes e Comunicações, que apresentou a
Resolução 07/2010.
A criação do Conselho em nível estadual e também
federal, é tema controverso e sofre bombardeio dos
empresários de comunicação. Para eles, o Conselho é
uma “ameaça à liberdade de imprensa”. Para outros, é
necessário criar mecanismos que permitam garantir a
participação popular e da sociedade civil no que é fornecido ao público e acabar com a voz do pensamento único
reinante na imprensa e na mídia em geral através da
chamada “liberdade de empresa”. É importante lembrar
que TVs e Rádios são concessões públicas.
Controvesa ou não, a verdade é que a criação do
Conselho de Comunicação está prevista na Constituição, no Artigo 224, que diz: "para os efeitos do disposto
neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como
seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei", com direito a criação de órgãos
correlatos nos estados, a exemplo dos demais conselhos
nacionais.
O debate do tema ganhou ainda mais força após a
realização da Conferência Nacional de Comunicação
(Confecom), em 2009, pelo governo do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, que entre suas deliberações
apontou a urgente necessidade da criação de Conselhos
como instrumento de democratização da comunicação
no país.
Para saber detalhes dos projetos o Jornal Unidade procurou os dois parlamentares para falar sobre o
assunto.
Divulgação Alesp
São Paulo intensifica luta pela
criação do Conselho de Comunicação
Deputado estadual
Antônio Mentor,
líder da bancada do
PT/SP
“Comunicação
é um serviço
público e precisa
ser observada”,
afirma Mentor
Unidade: Quais os pontos centrais do
projeto?
Antônio Mentor: O fundamental do
projeto é a garantia da participação da
sociedade civil neste serviço público
que é a comunicação através dos seus
vários veículos. Ele irá discutir a operação, a concessão, o cumprimento da legislação, no âmbito operacional. Não é
uma fiscalização sobre os conteúdos que
os veículos vão transmitir como estão
tentando difundir na tentativa de desqualificar o projeto. É uma fiscalização
operacional.
Unidade: Qual o perfil do projeto?
Antônio Mentor: Ele é um Conselho
de perfil parlamentar, que está vinculado
a Comissão de Comunicação da Assembleia Legislativa e que tem poder deliberativo dentro desta instância. Ele será
formado por 30 membros e respectivos
substitutos, escolhidos entre representantes das universidades paulistas, do
Poder Legislativo, do Ministério Público,
da Defensoria Pública do Estado e do poder público municipal.
Unidade: Ele conta com a participação
da sociedade civil e, em especial, de sindicalistas?
Antônio Mentor: Sim. Ele é um projeto tripartite com participação do Estado, empresariado e sociedade civil, na
qual se encaixam os movimentos sindical e social.
Unidade: Em que fase encontra-se o
projeto?
Antônio Mentor: Ele é um projeto de
resolução, ou seja, ele tem caráter interno
na Assembleia Legislativa e está tramitando há um mês e meio e deve passar pela
Comissão de Justiça para ser submetido à
votação.
Unidade: O Sr. acredita que haverá reação contrária a criação do Conselho em SP?
Antônio Mentor: Quando iniciamos
este projeto imediatamente recebemos
uma reação muito forte, com alegações
de que queríamos cercear a liberdade de
imprensa. A matéria é constitucional e
está prevista no Artigo 224. Estamos
combatendo duramente essa falsa impressão de alguns setores, de que a criação do Conselho trará alguma forma de
censura ou de restrição à liberdade de
imprensa.
Unidade: Na sua avaliação o que está
por traz desta reação?
Antônio Mentor: Alguns setores
da mídia não querem discutir a concessão e usam esse argumento falso
de censura e de cerceamento para desqualificar a criação dos Conselhos. É
a lei do mais forte prevalecendo sobre
as concessões.
Unidade: Que benefícios a sociedade
terá com a Criação do Conselho?
Antônio Mentor: Enormes. Vivemos
na era da comunicação. Hoje não existe a
sociedade sem os meios de comunicação,
portanto, ela tem quer ser observada
como um serviço público por isso ela é
objeto de discussão.
Divulgação Alesp
R egulação
O Projeto de Resolução 07/2010, também proposto à ALESP sugere a criação do
Conselho Estadual de Comunicação Social.
De acordo com o deputado Edmir Chedid
(DEM), a finalidade do conselho proposto
por ele é auxiliar a ALESP em sua missão
institucional, que difere do conselho pro-
posto pelo PT, que, em seu artigo 2º, diz
expressamente "fiscalizar a comunicação".
Além disso, ele explica que, contrário ao
proposto no Estado do Ceará, o Projeto de
Resolução de sua autoria é ligado apenas à
Assembleia Legislativa, sem nenhuma interferência do Poder Executivo Estadual.
"Não se trata de fiscalizar os meios de comunicação social, como sugerido no Ceará
ou pelo PT, em São Paulo. Mas, apenas de
trabalhar pela liberdade de imprensa e de
expressão", declarou.
Para Edmir Chedid, outra diferença
no projeto do Ceará, do PT e o que apresentou à Assembleia Legislativa está na
composição de seus membros. "O projeto
cearense prevê que o conselho seja composto por cinco membros indicados pelo
Governo do Estado. O projeto petista
prevê a indicação 39 membros, com ga-
No mês de outubro, os deputados da avanccaremos na democratização da
Assembleia Legislativa do Ceará apro- comunicação. Quero agradecer aos covaram, por unanimidade, o projeto que legas parlamentares pela aprovação
criou o Conselho de Comunicação Social por unanimidade neste Plenário, esse
do Estado do Ceará (Cecs), de autoria da projeto que foi elaborado conjuntamendeputada estadual Rachel Marques (PT). te pela sociedade civil e entidades que
Conforme o texto aprovado, o Conse- estão preocupadas em como desenvollho integrará a Secretaria da Casa Civil do ver ações voltadas a uma comunicação
Estado, tendo por finalidade formular e democrática", afirmou Rachel Marques.
acompanhar a execução da política estaDias antes da aprovação do projeto o
dual de comunicação, exercendo funções presidente do Sindicato dos Jornalistas
consultivas, normativas, fisProfissionais no Estado
calizadoras e deliberativas.
de São Paulo (SJSP), José
Entre as competências do
Augusto Camargo (Guto),
Cecs, está a de definir a polítisaudou a iniciativa da deca de comunicação estadual,
putada em seu discurso
por meio de estudos, parecede abertura do 32º Prêmio
res, recomendações, além de
Vladimir Herzog, onde
acompanhar o desempenho
disse "a deputada Rachel
e a atuação dos meios de coMarques está simplesmenmunicação locais.
te honrando a tradição
O Conselho será ainda Deputada Rachel
progressista do seu estado,
composto por 25 membros, Marques (PT/CE)
que foi o primeiro a libertar
sendo sete integrantes do poder públi- os escravos, quatro anos antes da Lei Áuco, oito da sociedade civil (Produtores e rea, e agora têm a primazia de organizar
Difusores) e dez da sociedade civil (Tra- o Conselho de Comunicação".
balhadores e Consumidores)- dentre os
O presidente do Sindicato dos Jornaúltimos, um será indicado pelo Sindicato listas do Ceará (Sindjorce), Claylson Mardos Jornalistas Profissionais no Estado tins, assegurou que o Sindicato trabalhará
do Ceará (Sindjorce).
para viabilizar a atuação do Conselho, por
No plenário, a autora falou que “a meio de audiência a ser marcada.
aprovação desse Conselho foi uma das
Vários estados estão organizados para
600 propostas aprovadas na Conferên- criação de seus Conselhos. Bahia, Alacia Nacional de Comunicação e que- goas, Piauí, Ceará, Sergipe, Rio Grande
remos que além deste estadual sejam do Sul, Goiás, Minas Gerais e Pernamcriados os municipais. Dessa forma, buco também lutam pela construção.
Diretores do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo participaram da reunião da Frente Paulista pelo Direito a
Comunicação e a Liberdade de Expressão realizada na sede da entidade, no
início de dezembro. A pauta foi a defesa da formação do Conselho Estadual
de Comunicação paulista.
Durante a reunião, o grupo elaborou um documento com os principais
pontos sobre a importância da construção do Conselho, que será distribuído durante a audiência pública
“Ameaça à liberdade de imprensa ou
exercício de cidadania?”, realizada na
Alesp. O mesmo também será entregue na posse do governador Geraldo
Alckmin (PSDB) e aos deputados estaduais e federais eleitos em outubro,
que serão diplomados no dia 17 de
dezembro na Assembleia Legislativa.
Durante o período de disputa eleitoral a Frente divulgou um manifesto
cobrando o compromisso dos candidatos ao governo do estado e dos deputados para que caso fossem eleitos
contribuíssem para a formação do
Conselho Estadual de Comunicação
em São Paulo.
Entre os pontos defendidos pela
Frente Paulista no manifesto está a
Defesa da comunicação como um direito humano e um bem público e a
liberdade de expressão para todos e
todas; o combate aos monopólios e
oligopólios dos meios de comunica-
Arquivo Palácio Bandeirantes
Frente Paulista pela Liberdade
de Expressão lança manifesto
Divulgação
Deputados cearenses
aprovam criação do Conselho
DEZEMBRO 2010
Deputado Edmir Chedid
(DEM)
rantia aos representantes sindicais, além
de apontar quais serão os representantes
dos outros seguimentos. Isso não ocorre
no meu projeto onde há a garantia da livre
escolha dos representantes dos setores de
comunicação social e não prevê qualquer
participação de representantes do governo", afirmou.
A concepção do projeto é possibilitar
que a sociedade oriente a atuação do
Poder Legislativo. Por isso, segundo ele,
não faz sentido indicar neste conselho
membros do Poder Público. O Projeto
prevê cinco representantes da sociedade
civil e oito representantes dos órgãos de
imprensa. Ele não tem poder decisório
ou executivo, mas apenas de auxiliar as
atividades do Poder Legislativo.
UNIDADE
Divulgação Alesp
“Não se trata de fiscalizar os
meios de comunicação”, diz
deputado do DEM
Governador eleito Geraldo Alckmin
ção, defendendo a democratização,
pluralidade e diversidade etnicorracial, de gênero e regional nos e dos
meios de comunicação social; promover uma regulação democrática e participativa das concessões públicas de
radiodifusão; denunciar e combater
as violações dos Direitos Humanos e
as manipulações dos meios de comunicação que criminalizam e desqualificam as lutas populares; defender
o controle social da mídia, através
de um órgão regulador formado por
representantes do poder público, dos
empresários e da sociedade civil, representada em toda a sua diversidade, entre outros.
No próximo ano, a Frente organizará atividade com parlamentares
eleitos para discutir a plataforma
não mais como instrumento eleitoral, mas como instrumento de mandato. A criação do Conselho Estadual
dependerá dos esforços de toda a sociedade.
7
D efesa do Emprego
>
UNIDADE DEZEMBRO 2010
8
José Augusto Camargo (Guto)
Do blog do Luchetti
O
futuro da TV Assembleia, que terá
seu contrato rompido em 15 de fevereiro, conforme declarou o presidente da Fundação Padre Anchieta,
João Sayad, vive momentos decisivos. Foram cinco meses de apreensão e incerteza. Os primeiros
boatos de demissões em massa na TV Cultura,
cortes de programas e rompimento de contratos,
entre eles o da TV Assembleia, vieram à tona no
mês de agosto. Durante todo período o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São
Paulo atuou firmemente para que os trabalhadores não fossem prejudicados.
O Sindicato reuniu-se com o presidente da
Fundação Padre Anchieta, João Sayad, para assegurar direitos aos funcionários. Além disso, uma
grande corrente em defesa da Rádio e TV Cultura
foi organizada com apoio de diversas entidades
ligadas ao setor. A última investida foi realizada
no dia 9 de novembro, quando o Sindicato protocolou pedido de audiência com o presidente da
Alesp, deputado Barros Munhoz (PSDB/SP) para
tratar do assunto. Em recente reunião do Conselho Curador da entidade, Sayad reiterou o rompimento de contrato.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas de
São Paulo, José Augusto Camargo, Guto, disse
que a grande preocupação sempre foi a manutenção dos empregos de dezenas de profissionais. “O
principal é fazer com que os 112 trabalhadores
que nela atuam não sejam prejudicados. Isso,
sem falar do importante papel que cumpre a TV
Assembleia a serviço da democracia, de levar a
cobertura do desempenho dos deputados eleitos
pela sociedade paulista”.
O deputado estadual, Adriano Diogo (PT/SP),
que realizou discurso em plenário defendendo as
TVs Cultura e Assembleia, solicitou que o presidente da Casa recebe-se uma comissão para tratar do assunto. Para ele, a situação é preocupante.
“É cruel ver um corpo de profissionais de alto
André Freire
Sindicato luta contra demissões
nas TVs Cultura e Assembleia
Alberto Luchetti, diretor da TV ALESP
nível ser atingido no exercício da profissão. A TV
Assembleia é um instrumento democrático que
dá visibilidade aos projetos da Casa. Mesmo sendo uma transmissão em circuito fechado, para
alguns ela é uma “pedra no sapato”. Para nós, da
oposição, ela é a única forma de expressão, já que
somos constantemente ignorados pela grande
imprensa”.
Segundo ele, o que o chamou a atenção foi a escolha da data de rompimento de contrato, prorrogada para 15 de fevereiro. “Porque não 15 de
março? A nova mesa de trabalho já estaria composta. O rompimento será realizado em pleno recesso parlamentar?”, questionou.
Para o representante dos funcionários da TV
Cultura no Conselho Curador, José Maria Lopes, a
questão está em fazer com que o presidente da Alesp
assuma o papel de interlocutor da negociação. “Está
claro é que a Fundação Padre Anchieta não tem
mais como arcar com os gastos da TV Assembleia.
O que interessa saber, é qual será o procedimento
da nova Fundação que administrará a emissora e de
como os trabalhadores serão tratados”.
Indagado sobre as possíveis demissões, o diretor da TV Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo, o jornalista Alberto Luchetti, afirmou
que pretende manter o emprego dos funcionários que realizam a produção do canal legislativo,
desde que mantenha sob sua responsabilidade o
contrato de produção, como possuía com a Fundação Padre Anchieta, gestora da TV Cultura de
São Paulo.
“Já assumi este compromisso com o presidente
do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, o Guto
(José Augusto Camargo) e também com o dos Radialistas para manter o emprego dos funcionários,
caso permaneça com o contrato de produção da
TV Assembleia”, diz Luchetti.
No entanto, Luchetti espera que o governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB) mantenha
a produção da TV Assembleia através da Funda-
Acompanhe as novidades sobre a Rádio e TV Cultura
www.salvertvcultura.org
>
com as TVs Justiça (ligada ao Supremo Tribunal Federal – STF) e a TV ligada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que realizou
todas as campanhas institucionais para as
eleições de 2010.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de São Paulo, que votará o orçamento do
estado para 2011, já deverá dar indicativos
de que, de fato, haverá ou não recursos destinados para a TV Cultura continuar a produzir a TV Assembleia.
Deputado Adriano Diogo (PT/
SP)
Eleição da Fenaj
Sr. Editor
Em carta publicada na edição de novembro
do Unidade, o sr. Amadeu Mêmolo, membro da comissão eleitoral nacional da Fenaj
(CEN), tece uma série de comentários críticos à carta da Chapa 2 publicada na edição
anterior do jornal, aos quais temos obrigação
de responder.
A Chapa 2 da Fenaj fora bastante objetiva
em sua manifestação: limitara-se a informar
aos leitores que, tendo a CEN rejeitado seu
pedido de recontagem de votos em alguns
sindicatos, decidiu recorrer ao poder judiciário; e apontou as datas que marcaram o
percurso da ação judicial. Não fez qualquer
consideração de ordem moral ou subjetiva.
V
a
p
á
m
.
o
e
e
u
,
o
e
Myltainho
Prezado editor
Reli a entrevista que concedi à Ana Paula
(Unidade 333, novembro 2010, p. 13) e não entendi a razão da cirúrgica extirpação do nome
de Heródoto Barbeiro, quando informo que ele,
candidato a deputado estadual, fez dobradinha
com Sergio Kobayashi (federal) concorrendo
pela Arena, partido pró ditadura militar, e no
auge desta, quando caíam em cima dos jorna-
e
o
,
a
O sr. Mêmolo, muito ao contrário, viu na
carta da Chapa 2 “propósitos obscuros”, atribuiu-lhe intenção “enganosa” e ainda acusou-a de tentar “manobras” que “afrontam
os princípios éticos e morais que ainda estão
em vigor em nossa profissão”. Tamanha verborragia deve-se ao fato de que, na opinião
dele, teríamos assacado “inverdades contra a
CEN”.
Ora, nossa carta tinha de ser curta, e foi
(1.460 caracteres), para ser proporcional à
nota do Unidade que procurávamos contestar. Nossa preocupação foi a de mostrar a
cronologia dos fatos e nossas reais intenções
ao impetrar a ação judicial. Não havia, portanto, como enveredar pelas filigranas regimentais que tanto agradam aos cultores do
formalismo jurídico.
Trocando em miúdos as prolixas considerações que representam boa parte dos 3.223
caracteres empregados pelo sr. Mêmolo, o
que a CEN realmente fez foi recusar nosso pedido de recontagem, pois exigiu que
produzíssemos “provas” que não tínhamos
como providenciar sem a documentação que
somente ela, a CEN, poderia obter.
Tanto isso é verdade que a Justiça do Trabalho acatou nosso pedido e ordenou à Fenaj que exibisse os documentos requisitados
pela Chapa 2.
listas, culminando com o assassinato do Vlado.
Precisamos saber quem foi quem na história
para melhor entender quem é quem.
viadas. Nos cortes, há possibilidade de equívocos, que pode eventualmente ter ocorrido.
Entendemos que não cabe ao órgão oficial
do Sindicato fazer julgamento político, religioso, ideológico de qualquer profissional de
imprensa. Casos extremos, estes sim, são levados ao Conselho de Ética. No entender da
redação, Myltainho fugiu do tema proposto,
o da credibilidade da mídia, ao se referir a
Heródoto Barbeiro. Por isso a referência não
foi publicada na matéria.
Saudações jornalísticas,
Mylton Severiano, o Myltainho
Nota do editor:
O Unidade de fato edita, como faz qualquer publicação, as matérias que nos são en-
Atenciosamente,
E rramos
Por um erro de
edição, a foto de
Demétrio Costa,
publicada na página 8 da edição 333
do Unidade saiu
trocada. Ele é este
que está abaixo.
DEZEMBRO 2010
bilitadas a produção televisiva: a Fundação
Renato Azeredo, de Minas Gerais e a Fundação para o Desenvolvimento das Artes e
Comunicação (Fundac), de São Paulo.
Luchetti é conselheiro da Fundac e realiza trabalhos para a Fundação Azeredo.
“Não seria o ideal, mas caso a TV Cultura
de fato não continue produzindo a TV
Assembleia, uma destas entidades deverá fazê-lo. E tenho inserção junto a elas”.
Também foram cancelados os contratos
Cartas
e
-
a
-
ção Padre Anchieta. “Ele tem poderes de
revogar uma decisão do presidente da
Fundação, João Sayad e até mesmo pedir
para o Conselho Curador para trocá-lo.
É uma decisão meramente política”, diz
ele.
Caso a TV Cultura não continue com a
produção da TV Assembleia, como já declarou o presidente da Fundação Padre
Anchieta, João Sayad, Luchetti diz que
apenas duas fundações no Brasil estão ha-
UNIDADE
V
e
a
a
e
e
Divulgação Alesp
>
Pedro Pomar, Lúcia Rodrigues, Bia Barbosa
e Leonor Costa (integrantes da Chapa 2 da
Fenaj)
>
9
O vaivém do mercado
Por Eduardo Ribeiro
UNIDADE DEZEMBRO 2010
J ornal
10
AS REDAÇÕES de O Estado de
S.Paulo e Jornal da Tarde sofreram onze
baixas recentemente. Do Estadão saíram
os editores-executivos Mariângela Hamu
e José Carlos Cafundó, o repórter Moacir
Assunção (ex-diretor do nosso Sindicato)
e o sub Heraldo Vaz, ambos de Política e
dois colegas da diagramação. Deixaram o
JT a editora-executiva de Novas Mídias
Lúcia Camargo Nunes, o redator de primeira página Ariadene Penteado Camargo, o editor de Logística Valter Pereira
de Souza, o repórter de Política Josmar
Jozino e o diagramador Elvio Passarelli.
O JORNAL BRASIL ECONÔMICO
descontinuou o Outlook, suplemento
de cultura que circulava nas edições de
final de semana. Com a decisão, deixaram o jornal a editora-executiva Phydia
de Athayde, a editora Cristina Ramalho
e os repórteres Gabriel Penna, Natália
Mazzoni e Luiz Henrique Ligabue. Pouco depois de anunciar o fim do caderno,
a empresa promoveu alguns remanejamentos na equipe. Thais Costa deixou
Empresas e passou a editora-executiva
de Suplementos e Seminários e em seu
lugar, como editor-executivo de Empresas, ficou Arnaldo Comin, que anteriormente coordenava a editoria de
Destaques. Daniela Paiva, absorvida do
Outlook, começou a cuidar de uma coluna de Cultura e outra de Criatividade. Já
a editoria de Brasil ganhou o reforço de
Ruy Barata Neto, vindo de Empresas, na
vaga de Juliana Elias, que saiu. No lugar
de Comin, em Destaques, entrou Gabriel
Salles, com o apoio de Fabiana Parajara.
E Maeli Prado deixou São Paulo para ser
correspondente em Brasília, no lugar de
Silvio Ribas, que deixou a casa.
MORRIS KACHANI começou como
editor convidado da revista mensal Serafina, da Folha de S.Paulo.
WILIAN MIRON deixou o DCI, mas
permanece cobrindo o setor de Telecom
pela Agência Dinheiro Vivo. No lugar dele
ficou a repórter Fhoutine Marrie, que atuava na editoria de Política do jornal.
BEATRIZ PERES despediu-se da Folha de S.Paulo, onde esteve por 11 anos,
por último como editora da revista São
Paulo.
Embora 2010 tenha sido excepcional sob quase todos os pontos de vista, não se pode dizer
que tivemos um bom novembro. As demissões provocaram uma certa apreensão nas redações
do Grupo Estado (com 11 demissões) e do Brasil Econômico (que descontinuou o suplemento
Outlook, demitindo cinco de seus seis integrantes). Na outra ponta, quatro pequenos lançamentos foram anunciados: duas novas edições regionais do Bom Dia, em Taubaté e São José dos
Campos, um novo gratuito do Grupo Metro Brasil – o Metro Motor – e a revista Cálculo, sobre
matemática. E há também inúmeros livros novos de nomes como Ludenbergue Góes, Fernando
Granato e Márcio ABC. Além de boa leitura, quero aproveitar para desejar a todos
um Feliz Natal e um 2011 repleto de ótimas notícias!
R evista
GILBERTO NASCIMENTO, após
passagem pelo núcleo de eleições do
portal Terra, assumiu a edição da revista mensal de inovação do Grupo ABCD
Maior, a InovABCD (www.abcdmaior.
com.br).
SIMONE TOBIAS começou como
editora-assistente da revista Consumidor Moderno, do Grupo Padrão. O contato dela é [email protected].
I
nternet
DUDA SALVATO é o novo editor do
Olhar Digital (http://olhardigital.uol.
com.br), que tem foco em projetos sociais.
No programa de mesmo nome, veiculado
na Rede TV (domingos, 16h45), assumiu
como produtora Nathaly Tavoni.
A ssessorias
GUSTAVO GRAÇA, vindo da Andreoli
MS&L, Mônica Anjos, regressando após
três anos fora, e Tatiane Lima integraramse à equipe da In Press Porter Novelli.
MARINA LEÃO e Thais Hannuch são
os reforços da Perspectiva.
GLADIS EBOLI (11-9900-9219) assumiu a Direção de Comunicação, Marketing e Operação São Paulo da World
Vision Brasil.
LUCIANA MUNARETTI está de trabalho novo. Começou como gerente de Desenvolvimento de Negócios da Approach,
subordinada a Rosa Dalcin. O e-mail dela é
[email protected].
PATRÍCIA ÁVILA assumiu a VicePresidência de Operações na BursonMarsteller.
TALES ROCHA deixou a Allianz e se
associou à Rosa Arrais, na agência de
comunicação que ela dirige e leva o seu
nome há mais de 17 anos. O novo e-mail
dele é [email protected].
REINALDO GOMES começou na S/A
Comunicação, assumindo a conta da
Agência de Fomento Paulista/Nossa Caixa Desenvolvimento.
BIA MURANO, filha de Virgínia Murano e Pedro Del Picchia, abriu uma agência de comunicação que leva seu nome. O
e-mail é [email protected].
DANIEL ZANARDI, vindo da Produção do Programa Amaury Jr., começou
na Luciana Branco Comunica, no atendimento à área de entretenimento da
Nokia.
SIMONE GRAZIELLE é a nova assessora de imprensa do Grupo Conspiração.
O novo e-mail dela é simone.grazielle@
conspira.com.br.
T elegráficas
MARCOS GREGÓRIO FERNANDES
GOMES ([email protected])
aposentou-se e está disponível para frilas. Ele foi preparador de originais, copidesque, redator e editor-chefe na divisão
fascículos da Abril, e também passou por
Ática, JT e Família Cristã.
EMERSON ZANETTE está de volta
ao Brasil depois de temporada de estudos em Londres. Seus contatos são
[email protected] e 119276-4133.
ROSANGELA PETTA está trazendo para São Paulo a Oficina de Escrita
Criativa, com o aval de Luiz Antonio de
Assis Brasil, que a realiza há 25 anos na
PUC-RS. Ao lado dela estará Humberto Werneck. Informações pelo www.
oficinadeescritacriativa.com.br ou 113255-2003.
PARCERIA entre Universidade
Anhembi Morumbi e BandNews TV
resultou na criação do programa Repórter Universitário, em que os alunos da escola produzem matérias para
o canal.
MALU OLIVEIRA, que atuou como
coordenadora de internet e mídias sociais na campanha de Eduardo Campos
em Pernambuco, está vivendo em Londres. Fica por lá até março, estudando,
fazendo pesquisas em mídias sociais
e escrevendo para seu blog de viagem
www.rodinhas.blog.br.
A LINHAS&LAUDAS, de Fernanda
Bulhões e Ederaldo Kosa, passou a se
chamar Linhas Comunicação e sua estrutura passou a ser organizada sob oito
núcleos distintos.
T elevisão
CAROLINE THOMEU deixou a
Band para ocupar a vaga de Rafael Chinaglia na apresentação do BandNews
TV. No canal Terraviva, que também
integra o Grupo Bandeirantes, Ana Carolina Souza começou na reportagem,
no lugar de Marcelo Dias, que saiu.
DÉBORA FRANÇA começou como
editora do programa Papo de Mãe (TV
Brasil)
L
ançamentos
A METRO BRASIL, que edita o jornal
Metro e recentemente passou a produzir o Metro Quadrado, lançou o Metro
Motor, focado na indústria automotiva.
Com tiragem inicial de 100 mil exemplares, a publicação é quinzenal e tem
distribuição gratuita – sempre aos sábados – na capital e Grande ABC. A redação
conta com José Luiz Longo (diretor de
Redação), Irineu Masiero (coordenador
de Redação), Ariel Kostman e Lara De
Novelli (editores-executivos), Guilherme Costa e Fernando Corrêa (repórteres), Vitor Iwasso e Daniel Lopes (editores de Arte).
O JORNAL BOM DIA começou a circular, em duas versões no Vale do Paraíba, uma delas em São José e a outra em
Taubaté. Os novos títulos são uma parceria de Fernando Salerno, diretor responsável do jornal O Vale, e J. Hawilla,
dono da Rede Bom Dia. Hélcio Costa,
que dirige O Vale, é o editor-chefe dos
dois novos jornais. Na equipe do Bom
Dia São José estão a editora-executiva
Tânia Campelo, os editores-assistentes
Guilhermo Codazzi e Marcelo Pedroso,
e os repórteres Ana Ferreira e João Paulo
Sardinha. O editor de Arte é Flávio Forner e os diagramadores, Alessandra Silva
e Paulo Silva. A mesma equipe responde
pelo Bom Dia Taubaté, que tem a mais
uma repórter fixa, Suellen Fernandes.
A MATEMÁTICA acaba de ganhar
uma revista de circulação nacional. A
partir de março, quando será lançada a
segunda edição, ela passará a ser mensal.
O vaivém do mercado
Por Eduardo Ribeiro
ESTÁ CHEGANDO às livrarias duas
obras de Araquém Alcântara, o inédito
Fotografia e a reedição ampliada de TerraBrasil, maior best-seller brasileiro do
gênero, com mais de 82 mil exemplares
vendidos, em 11 edições.
LUDENBERGUE GÓES é o autor de
Todos os ganhadores do Prêmio Nobel
de Literatura (Global Editora), em que
traça o perfil dos 107 escritores que ganharam o Nobel de Literatura, desde o
primeiro, Sully Prudhomme (1901), até
Mario Vargas Llosa (2010).
MÁRCIO ABC, diretor de Redação da
Rede Bom Dia de jornais, lançou Desrumo (Novo Século), seu segundo romance. O primeiro, Parabala, foi lançado em
2002 pela Scortecci.
FERNANDO GRANATO é o autor de
João Cândido (Selo Negro Edições), que
conta a história do líder da Revolta da
Chibata (Rio, novembro de 1910).
ANALU ANDRIGUETTI lançou A
matadora de orquídeas (Editora Edith),
livro de poesias. Assessora do Centro
Paula Souza, ela mantém o blog www.
amatadoradeorquideas.wordpress.com.
BRUNO MARFINATI escreveu Filhos
de Sarajevo – Convivendo com os fantasmas da guerra, livro-reportagem que entrelaça histórias de vida narradas pelas
próprias crianças afetadas pela guerra
da Bósnia e um passeio pela Sarajevo do
pós-guerra,
LOUISE Z. SOTTOMAIOR e Josué
Leonel coordenam além do feijão com
arroz, biografia do ex-ministro Maílson
da Nóbrega editada pela Civilização Brasileira, selo da Record.
O FOTÓGRAFO João Zinclar reuniu
no livro O rio São Francisco e as águas no
sertão um ensaio realizado entre 2005 e
2010. Durante esses anos, ele percorreu
as margens do São Francisco em oito estados e registrou a cultura do povo ribeirinho e sua luta em defesa do rio.
LUGAR DE REPÓRTER ainda é na
rua: o Jornalismo de Ricardo Kotscho
I nterior
SERGIO DIAS deixou a coordenação dos jornais Folha de Louveira e Folha de
Vinhedo. Os contatos dele são [email protected] e 19-9602-5050.
O JORNAL TRIBUNA, de Ribeirão Preto, na comemoração de seus 15 anos,
chegou às bancas com novo projeto gráfico, produzido pela Dueto, da mesma
cidade.
FIGUEIREDO FILHO deixou a Assessoria de Comunicação da Universidade
de Ribeirão Preto (Unaerp) após nove anos. Sâmia Borges continua no atendimento da universidade.
GEÓRGIA RODRIGUES deixou, após um ano e meio, a Texto&Cia, também
de Ribeirão Preto.
(Editora Tinta Negra) é o nome do livro
que Mauro Junior, repórter da Central
Globo de Esportes, e José Roberto Ponte, da DM9DDB, lançaram, tendo como
base o TCC que produziram em 2002, na
Universidade Santa Cecília (Unisanta),
em Santos/SP.
EDISON VEIGA e Marceleza – texto e ilustração – são os autores de Essa
tal Proclamação da República (Panda
Books), em que explicam, com linguagem
irreverente, os fatos que antecederam
a expulsão de dom Pedro II e da família
real, bem como o panorama da sociedade
brasileira do século XIX e a história dos
hinos e da bandeira nacional.
MARCOS LOPES lançou dois livros da série “O segredo do caleidoscópios” com os títulos “O voo dos
Sonhos” e o “Móbile de Estrelas”.
Webjornalismo
é tema de livro
Em virtude do avanço das novas mídias
e das ferramentas de comunicação cada
vez mais híbridas e móveis, o modo de se
fazer jornalismo vem mudando de maneira revolucionária ao longo dos anos desde
a criação da internet. Para retratar e analisar a evolução por que a transmissão da
informação vem passando, a jornalista e
professora do curso de Rádio e TV da Faculdade Cásper Líbero, Magaly Prado,
lançou no último dia 30, o livro Webjornalismo. A obra, com prefácio do jornalista Caio Túlio Costa, aborda temas como
jornalismo multimídia, blogs jornalísticos
e jornalismo móvel, entre outros. Magaly
aborda o papel do jornalismo na web e nas
redes sociais, que hoje agregam mais de 55
milhões de usuários somente no Brasil
Em dez capítulos, o livro trata do webjornalismo multimídia, interativo, colaborativo, personalizado, customizado
e móvel. Do hipertexto passando pela
multimídia até constituir uma hipermídia, o jornalismo digital ganha força. O
livro chega ao mercado mostrando uma
maneira diferente de trabalhar a informação com as tecnologias recentes
Além de mostrar o papel do jornalismo
nas redes sociais, a autora também ana-
RAIMUNDO PEREIRA lançou o livro “O escândalo Daniel Dantas - Duas
Investigações”, obra que relata a averiguação feita pela Polícia Federal contra
supostos crimes cometidos pelo dono do
Banco Opportunity.
A obra de autoria de Pereira conta a
história e as investigações sofridas por
Dantas, da Operação Satiagraha, o momento da prisão e a decisão do Superior
Tribunal Federal (STF) em soltar o banqueiro. No livro, RaimundoS também
relembra a forma com que a mídia brasileira cobriu o caso, que segundo ele cita
foi o “mais famoso escândalo financeiro
do País”.
O autor do livro, Pereira tem passagens pela revista Veja, Isto É, Realidade,
Ciência Ilustrada e pelo Jornal da Tarde.
Atualmente é supervisor editorial da revista Retrato do Brasil. Também ganhou
notoriedade como editor do jornal Movimento, publicação da chamada imprensa
alternativa no período do regime militar.
DEZEMBRO 2010
L ivros
A ilustração é de João Lestrange.
UNIDADE
Seu nome é Cálculo – Matemática para
todos e o objetivo é mostrar a importância da ciência para professores, alunos,
técnicos, políticos e empresários, entre
outros. Na equipe estão Luciana do Carmo (diretora geral), Luiz Costa Pereira
Júnior (coordenador), Márcio Simões
(editor) e Milton Rodrigues Alves (diretor do projeto gráfico).
R egistro
lisa o conteúdo produzido e gerado pelo
usuário, que traz à tona o consumidor no
papel do jornalista, assim como as questões éticas. A função dos jornalistas evoluiu na era da hipermídia. Atualmente,
não basta informar; ele precisa também
saber filtrar a informação e interagir com
o público.
O webjornalismo, que começou como
uma extensão do jornalismo tradicional,
hoje é uma das principais mídias do mundo. De acordo com estudo realizado em
2010 pela Agência Click, cerca de 80% dos
brasileiros estão nas redes sociais.
MORREU em São Paulo, na madrugada de 31 de outubro, aos 41 anos, vítima
de um infarto fulminante, Ulrica D’Orey,
editora de Beleza da revista Cláudia. Ela
voltava do teatro quando passou mal e
foi para seu apartamento, onde seus pais
a encontraram morta no dia seguinte.
Egressa do Curso Abril de Jornalismo,
era apaixonada pelo universo das revistas femininas. Seu corpo foi cremado em
Santos.
NO MESMO dia, em Fortaleza, faleceu aos 62 anos, Rodolfo Spínola, que
durante mais de 25 anos foi correspondente do Grupo Estado no Ceará. Rodolfo, que atuava ultimamente como assessor de imprensa da Secretaria Especial
de Portos, em Brasília, estava dirigindo
quando sofreu um enfarte e bateu seu
carro num poste.
TAMBÉM nos deixou, no dia 23 de
novembro, em Araraquara, aos 39 anos,
Álvaro Taniguti, repórter policial da Rádio Morada do Sol. Ele lutava contra um
câncer no cérebro desde 2002. Natural
de São Paulo, mudou-se para Bauru no
início dos anos 1990 para cursar Rádio e
TV na Unesp. De lá, foi para Araraquara,
onde cursou Direito e Jornalismo.
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UNIDADE DEZEMBRO 2010
I magem
O Parque da
Aclimação
pelo olhar de
Marcos Duffles
M
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arcos Duffles é um repórter fotográfico que utilizou a fotografia como arma
de sua militância em defesa do Parque da Aclimação, um dos principais de São Paulo, e pode
registrar a luta dos moradores pela sua preservação. Morou por 52 anos no bairro de mesmo
nome e editou por conta própria dois álbuns
de fotografias intitulados: “Jardins e céus de
uma casa paulistana”(1997) e “Quatro décadas
de fotografias do bairro da Aclimação” (2009).
Entre suas fotos do Parque há algumas marcantes: o lago artificial que existe em seu interior
apresentou problema hidráulico em 2007 e ficou,
pela primeira vez em sua história, totalmente vazio, prejudicando peixes, cisnes, patos e marrecos.
As fotos de Marcos revelam o amor que ele e
a comunidade de seu bairro têm pelo Parque
da Aclimação. É o lugar de lazer, descanso,
descontração, mas quando há alguma ameaça, os moradores se mobilizam e lutam pela
sua preservação, inclusive com realização de
“abraço”, como foi registrado pelo fotógrafo.
Marcos começou a trabalhar com uma câmera fotográfica Asahi Pentax SPII que ganhou
de seus pais e nunca mais parou. Colaborou
várias revistas, entre as quais, a Foto Cine
Som, editada pelo Foto Cine Clube Bandeirante. Participou na década de 80 da fundação da
União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo,
que tinha como bandeira de lutas o direito do
crédito (nome do autor da foto na publicação),
a implantação de uma tabela de preços mínimos pelos serviços fotográficos e a obtenção
da regulamentação da profissão de fotógrafo
que – segundo ele - até hoje não foi alcançada.
Chegou a apresentar trabalhos teóricos para a
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
(SBPC), sendo um deles intitulado “Jurisprudência em direitos autorais de fotografias”.

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