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TUNGUSKA, REMINICÊNCIAS DE L UZ O evento que ocorreu em Tunguska permeia a imaginação dos estudiosos e forenses até hoje, como algo extraordinário que ocorreu, e por uma série de motivos descritos e definidos, passou sem uma resposta plausível, lógica ou mesmo provável. Tunguska se tornou algo maior que a própria verdade que pode um dia vir a defini­lo, escrevo aqui baseado em uma série de textos e pesquisas anteriores sobre o evento, nomes, fatos e conceitos podem ser facilmente achados com uma rápida pesquisa na rede. Ressalto que este artigo não tem o objetivo de achar a resposta para a questão, e sim encharcar a mente dos leitores com dúvidas que tiraram e tiram o sono de dezenas de pesquisadores, assim como expor todos os lados e visões achados sobre o tema, em mídia aberta. Então, as Terras Montanhosas da Sibéria Média O epicentro da catástrofe está situado na porção norte da taiga na bacia do rio Podkamennaja, Tunguska a 60 graus 53 minutos latitude norte e 101 graus e 54 minutos, longitude leste, nas chamadas Terras Montanhosas da Sibéria Média. Estas Terras situam­ se a leste do rio Jenissej que limita a planície siberiana e estendem­se até o curso baixo do rio Lena. É caracterizado por áreas altas, extensas e desmembradas, com alturas entre 500 e 700 metros sobre o nivel do mar. A leste são delimitadas pela planície das Jakutias na altura dos rios Lena e Wiljui. O limite norte é formado pelos pântanos da baixada de Taimyr. Seu Sudoeste é limitado pelas montanhas de Altai, ao qual se unem o rio Sajan e as montanhas de Transbaikal. A nordeste do rio Sajan está o lago de Baikal. Com 1620 metros é o lago mais profundo da terra. As vias principais são a Ferrovia Transiberiana e as rodovias da Sibéria Central no limite do permafrost, além de aviões. Nos meses de inverno os rios congelados tornam­se muito importantes, já que servem de linhas regulares para o trânsito de caminhões. A manutenção de pistas e rodovias confiáveis normais não é possível devido ao permafrost, já que estas afundam na lama no verão. Alguns rios, entre eles o Tunguska Pedregosa, são navegáveis para barcos e barcaças especiais, que se encarregam do transporte de pessoas e bens. Vanavaara, por exemplo, só pode ser alcançada por barco ou através no ar, naturalmente. O transporte aéreo através de helicópteros e aviões com hélice, mas também por zeppelin, tem esta função importante em toda a Sibéria, existindo uma densa rede de campos de pouso e heliportos.
­ 2 ­ As condições climáticas Locais O clima das Terras Montanhosas da Sibéria Média é continental. Por isso há poucas precipitações. Os verões são curtos e relativamente quentes com temperaturas médias, em julho, de 15 graus Celsius. A eles seguem­se longos e frios invernos com temperaturas médias de ­30º Celsius (o Pólo do Frio do hemisfério norte está em Ojmjakon/Werchojansk com ­72 Graus). Primavera e outono praticamente não são definidos e duram no máximo alguns dias. O solo permafrost na Sibéria só degela superficialmente nos meses de verão, os rios continuam congelados, em parte, até junho. O tempo para vegetação é de 100 dias por ano. A região é ocupada principalmente por taiga. Em alguns pontos ocorrem manchas de tundra. A taiga é composta pelas espécies arbóreas Betula tortuosa, Betula pubescens, Picea obovata, Abies sibirica, Larix sibirica, Pinus sibirica, Pinus cembra, uma variedade de Arvores e de Larix dahurica. A composição muda em direção ao leste. As florestas ocupam na Sibéria 2,5 milhões de km2. Com um crescimento não­perturbado as árvores alcançam uma altura de 25 m. O Substrato Geológico A estrutura geológica da região é complexa. O substrato é formado por formações cambrianas a triássicas de natureza magmática e metamórfica. Algumas zonas de falha alcançam comprimentos de até 2000 km. A região em que se deu a catástrofe está situada na Sinclinal de Tunguska, uma bacia paleozóica que se estende até 70 graus de latitude, na qual ocorreram derrames basálticos (trapps) em volumes gigantescos no Triássico inferior. Os Traps alcançam espessuras de até 2100 metros. Interessante é a existência, exatamente no triângulo formado por Vanavaara, Baykit e Mutoray, na região de impacto, de alguns pipes extremamente ricos em ferro , que estão em contato com camadas mais profundas da terra. A natureza geológica da área faz com que tenha um alto potencial para recursos minerais. Ocorrências de ferro, cobre e níquel já estão sendo exploradas. Imediatamente próximos ao epicentro há volumes economicamente viáveis de gás natural e petróleo nos calcários e sedimentos clásticos do pré­cambriano­cambriano (Vendiano). Além disso, foram constatados vários "pipes" de kimberlitos, que tornam possível bons potenciais para diamante.
­ 3 ­ A Estrutura do Solo Típico para a Sibéria são solos podzólicos pobres em nutrientes e grandes pântanos. Na Sibéria Média o permafrost é o principal agente de formação de solos. Pode ser dito que em função do permafrost não ocorre formação de solos. Tunguska, 7:17 horas da manha do dia 30 de junho de 1908 Então na Tunguska deserta, gélida e com poucos habitantes, em uma manha densa como de costume nesta época do ano, algo aconteceu, um fazendeiro local menciona ter ouvido o som “como de bater de asas de um pássaro assustado”, seguido de uma grande explosão, trabalhadores dos campos dizem ter visto um objeto cilíndrico cruzando o céu, deixando uma esteira de fogo, Sergei Semenov, fazendeiro local, disse ter visto um grande clarão atravessar o céu, deixando um rastro de poeira e fumaça, fez­se um clarão superior, de repente ele disse fazer tanto calor que não podia ficar onde estava, a camisa o queimava as costas, fala perceber subir uma bola de fogo do ponto de impacto e se transformar­se em um cogumelo negro, ele estava a 60 kilometros do epicentro (onde ficava sua cabana), nômades das mais diversas regiões relataram sobre ondas de choque que arrastavam as tendas, queimavam a floresta em espaços densos e de grande porte, rebanhos de renas mortas, entre dezenas de fatos que comprovam fisicamente o ocorrido, pois hoje, cem anos depois, e só o que o comprova . Por ser umas das regiões menos povoadas do mundo, alem de queimaduras em alguns habitantes, não houve vítimas graves nem mortes envolvidas no evento, alem de um camponês que morreu por causa da onda de choque, e não pela explosão em si. No sugerido epicentro, o bosque foi queimado e arrastado em um diâmetro superior a 30 kilômetros, e no mundo todo, fenômenos climáticos e atmosféricos inundaram os jornais da época. O estrondo foi ouvido até do círculo polar ártico, ondas de tremores circundaram a terra 2 vezes antes de sumirem, em Tunguska não anoiteceu e em toda a região, até a Europa, testemunhou­se o fenômeno das “Noites Brancas”, quando uma massa grande de poeira é jogada na atmosfera e reflete a luz do sol a noite, depois de um deslumbrante pôr­do­sol, no London Times relatos de pessoas que podiam ler jornal a meia noite sem luz artificial marcaram o ano, como o ano em que a noite estava tão clara quanto o dia. O fenômeno continuou pelos meses seguintes, mas em boa parte sendo interpretado como reflexões de poeiras estratosféricas relacionadas a uma erupção na ilha Iwan Bogoslof, nas Aleutas. O jornal "Morgenpost" de Berlin, de 3 de julho de 1908, suspeitava inicialmente de anomalias magnéticas relacionadas a uma mancha solar especialmente ativa naqueles dias.. Em todo o hemisfério norte, fotos tiradas a meia noite como se fosse meio dia, e por do sois incríveis foram testemunhados por aquela geração, fenômenos que não eram vistos desde Krakatoa em 1883. O que ficou do fenômeno foi o rastro de danos em Tunguska, dezenas de vítimas de queimaduras, o descaso do governo russo que nem sequer publicou alguma nota a respeito e dezenas de tribos nômades sem abrigo, que atribuíram o evento a OGDA, Deus local do fogo e dos Trovões, que seria “filho dos Céus”. Pra tornar a situação mais complexa aos pesquisadores, muitas famílias da região começaram a apresentar sintomas muito estranhos, que seriam da formação de pústulas pelo corpo inteiro, chegando a matar famílias inteiras, que levou os médicos da expedição liderada por Gennady Plekhanov a concluir que o que se alastrou sobre a região foi uma epidemia de varíola. O mundo e a Rússia na época, fatos que ajudaram a manter o evento sem explicação Não se discute que o que mais impossibilitou estudos mais avançados e precisos, pelo menos análises do impacto no terreno com poucos dias transcorridos do acontecido foi o movimento político que regia o estado russo e a região na época. A Rússia daqueles dias era caracterizada por enormes contrastes sociais, conflitos separatistas e tensões pré­revolucionárias. A guerra pela Manchúria transformou­se em um conflito duradouro com o Japão colonial. E nos anos de 1914 a 1918 a Primeira Guerra Mundial abateu­se sobre a Europa e a Rússia. A este somou­se a Revolução de Outubro que gerou uma guerra civil que durou até 1929. Só 10 anos depois a Segunda Guerra Mundial envolveu a Europa e a União Soviética recém formada. Não é de se admirar que os acontecimentos de Tunguska foram esquecidos gradativamente ao longo do tempo.
­ 4 ­ Com a poeira do acontecido ainda no ar, deixaram transparecer que era de interesse governamental que o evento fosse interpretado pela massa mais humilde como um aviso divino, ou mesmo a punição divina, contendo, muito sutilmente, os movimentos revolucionários que agitavam a região na época. O evento ocorreu sem dúvida, não importa o que tenha acontecido, aconteceu, e, o governo russo nem sequer se pronunciou sobre, como se fosse algo extraordinário demais para ter acontecido, nenhum jornal da época, russo, publicou a respeito e toda essa indiferença resultou que a primeira expedição de caráter científico ao local saísse com 20 anos de atraso, embora, no ano de 1911 uma expedição de geólogos russos alcançou por acaso a Região de Schischkow que se situa 120 quilômetros aos sul do epicentro e ficaram admirados sobre o mar de árvores derrubadas. Mas iria demorar mais 19 anos até que a primeira expedição especificamente voltada à pesquisa do mistério de Tunguska se dirigisse ao local. Kulik e as expedições A teoria mais coerente e sólida que viria a surgir na época seria de que a explosão foi causada por um meteorito gigante, em cima desta teoria em 1927 foi organizada a primeira expedição científica a região do evento, planejada por anos, pelo entusiasmo e interesse de Leonid Alexejewitsch Kulik. Professor de Ciências Geológicas e membro da Academia de Ciências de Moscou. Sem o seu interesse pelo tema este provavelmente teria sido esquecido completamente. Durante suas atividades para a construção de uma coleção internacional de meteoritos Kulik teve contato, por acaso, com um calendário de 1908 no qual tinham sido coladas reportagens de um jornal siberiano que relatavam o enigmático acontecimento de 30 de junho, onde um evento, entre muitos fatos, teria provocado o descarrilhamento do transiberiano.. Ele parte de cidade ferroviária de Taichet, com destino a interiorana Vanavaara, 600 kilômetros de taiga e campos a separavam. Após alcançar o Posto Vanavaara, iniciou com uma inquirição sistemática de testemunhas oculares. Para estas inquirições Kulik pôde usar as anotações do geógrafo de Krasjonark I. M. Suslow, que já havia realizado questionamentos e pesquisas um ano antes. De acordo com o entendimento de Kulik deveria existir, em algum lugar na região da Sinclinal de Tunguska, uma gigantesca cratera meteorítica, semelhante à cratera de Barrington no Arizona, com 1265 metros de diâmetro e 175 metros de profundidade. As histórias que eram relatadas apontavam um grande asteróide realmente. Com grande dificuldade muitos depoimentos foram arquivados, já que tudo era feito com a ajuda de interpretes, pois a língua tungus (idioma da região) não era falada pelos russos e vice­versa. Em 8 de abril, com uma semana de atraso por causa de uma grande nevasca, partem a cavalo em direção ao epicentro da explosão leonid kulik, um colega e um guia local, indo adentre o cenário de devastação. Chegando na região, porém, percebeu que o suposto meteorito era uma rocha bem terrestre, mas não desanimou e se direcionou para o relatos das testemunhas. Duas semanas depois, Kulik se encontrava no topo da cadeia de morros que antecedia o dito ponto de impacto do meteoro, la de cima observou que estava na periferia da área diretamente atingida pela explosão, pois as árvores, nesta vasta área, estavam todas caídas na mesma direção, era só um dos lados do epicentro e assombrava a potência do impacto, pois superava a todas as expectativas. Como de costume, grandes dificuldades estavam no caminho das expedições de Kulik, pois todos os homens que o acompanhavam voltaram a Vanavara depois de alguns meses, cansados, doentes e esgotados, somente um guia valente o acompanhou lado a lado, até que o próprio Kulik teve que retornar pra Vanavara doente e cansado, antes de terminar seus estudos.
­ 5 ­ Certo de que no centro da devastação encontraria a cratera e o objeto definido, o que encontrou foi uma cadeia de montanhas baixas e nenhum meteoro, o que definia o ponto de impacto era a direção das árvores caídas, de forma radial, árvores da altura de postes telefônicos estavam deitadas apontando para um centro onde as árvores estavam queimadas de cima para baixo, ainda de pé. Observando de uma colina a área da explosão, Kulik escreveu: "De nosso ponto de observação, não se vê sinal da floresta, pois tudo foi devastado e queimado e, em torno dessa área morta, a jovem floresta de vinte anos cresceu furiosamente, procurando o sol e a vida. é inquietante ver árvores de 30 centímetros de diâmetro partidas como gravetos, com os troncos atirados vários metros em direção ao sul". Não havia ponto de impacto, somente um pântano gelado. O anfiteatro de montanhas em seu diâmetro de 1,5 Km guiava Kulik a teoria mais plausível, o meteoro explodiu antes de encontrar a terra. Ele cavou e drenou grande parte da região ao longo de suas expedições a região, sem encontrar nenhum vestígio do corpo, sua teoria era dada como correta pela junta científica Russa, mas ele nada encontrou mesmo assim, o que tornou o caso mais complexo. Ele vem a morrer em 1941, na segunda guerra, vítima de febre tifóide enquanto prisioneiro da Alemanha, mas muitos assumiram sua causa em busca de respostas, sem esquecer que suas três expedições iniciais foram cruciais para a determinação de estudos posteriores. Organizada pelo "Comitê de Meteoritos" da Academia de Ciências e foi dirigida pelo geoquímico K.P. Florenski, chegando à conclusão de que o episódio não poderia Ter como causa um meteorito. Florenski era um reconhecido expert em meteoritos, tendo se destacado no resgate dos fragmentos do meteorito de ferro Sichote­Alinski, cuja queda se verifiou na Sibéria do Leste em 1948. Naquele episódio foram encontradas várias crateras, das quais foi resgatado ferro meteorítico, e a região toda estava coberta por gotinhas fundidas do meteorito. Bem diferente mostrou­se a Florenski o caso de Tunguska: nem uma única grama de matéria cósmica pode ser encontrada. O objeto da explosão, portanto queimou ou vaporizou completamente no ar. 1958, 1961 e 1962 foram os anos de suas pesquisas, entre inovações inseridas em seus métodos, o uso de um helicóptero para sondar a área foi uma evolução. Ele tirou fotos aéreas da área de impacto, revelando um área de impacto em forma de “asas de mariposa”, dando evidências que teria sido 2 explosões em linha reta invés de uma, também foram encontrados muitos micrólitos cristalinos ricos em irídio e níquel, que comprovaria que teria sido um corpo de origem extraterrestre. Kirill teria se direcionado a pesquisa minuciosa da região, esquecendo a comprovação por macro evidências, achando grandes concentrações de magnetita também, assim como fragmentos de cristais de rochas fundidos com o calor. Juntando as peças do quebra cabeça Kirill formula sua teoria e publica na revista Sky & Telescope em 1961, teria um cometa se chocado com a Terra em 1908? Para ele era certo, cometas são corpos mais frágeis que meteoros, e teria se desintegrado na atmosfera. Feitos de pó, gelo e rocha um pequeno cometa seria a resposta para tudo, de acordo com Kirill. As expedições se tornaram mais freqüentes e intensas depois de Kirill, cerca de 40 até hoje, sua maioria lideradas por Nicolai Vasiliev, com a academia russa de ciências patrocinando, todas com bons resultados diante da dificuldade do caso. Em 1989 a Rússia começa a convidar pesquisadores do mundo para se aliar na pesquisa (norte­amercanos, ingleses, alemães e japoneses). Veio com as pesquisas mais evidência no solo de que seria um corpo extraterrestre, contritos carbonáceos, comuns em corpos celestes, dariam mais certezas quanto à origem do objeto. Pesquisas posteriores deram mais credibilidade a kulik também, com informações adicionais, em 1977, pesquisadores se certificariam que a camada de rochas e partículas que cobriam o carvão vegetal em 1908 era igual em composição a poeira estelar que os cosmologistas colheram no espaço na década de sessenta.
­ 6 ­ Essa teoria aliada a passagem do cometa encke, no exato dia do evento, seria a resposta ao mistério (o corpo seria um pedaço do cometa que teria caído na Terra), mas sempre é bom ressaltar que nada foi comprovado. Um total de 33 expedições, praticamente uma por ano, foram realizadas por estes grupos de trabalho até a dissolução da União Soviética. Apesar das dúvidas destes cientistas em relação à hipótese oficial do cometa, eles agiam em concordância com a Academia de Ciências de Moscou. De outra maneira dificilmente teriam obtido a licença de entrar na região da catástrofe, que foi declarada zona de exclusão em 1958. Foram organizados trabalhos sobre Anomalias de Elementos e Isótopos (E.M. Kolesnikow, S.P. Golenski), Investigações de Mutações (G.F. Plechanow, B.A. Dragavzev), Mudanças Paleomagnéticas do Solo (A.P. Bojarkinn), Distribuição e Dimensão das Queimaduras por Irradiação (V.G. Fast, D.V. Demin) e Correlação dos Relatos das Testemunhas (L.E. Epiktetova, K.P. Kurbatski, I.K. Dorosehin, S.A. Rasin, A.F. Kovalevski). Centenas de estudantes conseguiram a façanha de fazer seus trabalhos práticos de campo na região de Tunguska. Os trabalhos destas Universidades siberianas tornaram­se conhecidos e mais uma vez incentivaram a fantasia da opinião pública. Porque estava se trabalhando no assunto, se um cometa poderia comprovar tudo? Que mutações eram estas? Porque a região de Tunguska foi declarada zona de exclusão? Assim, mais uma vez, autores de ficção científica como Stanislaw Lern (Os Astronautas, Solaris, e outros) e os irmãos Strugatzki (Piquenique ao lado do Caminho), bem como diretores como Tarkowski (Der Stalker) usaram o tema para seus trabalhos, aumentando a popularidade do mesmo. Em 1993, o americano Christopher Chiba se inclinaram novamente sobre a hipótese de um pequeno asteróide, com um estudo minucioso feito sobre a região impactada, ele determinaram o tamanho do objeto (de 30 a 50 M.), seu peso (entre 50 e 100 mil toneladas), e dita altura onde teria explodido (sobre o rio a uns 6000 metros de altura, sobre o ponto 60o 55’ Norte, 101o 57’ Oeste). Hipóteses de todos os tipos O mais simples é sempre o mais provável, um asteróide. A força do impacto, os depoimentos, a origem, um corpo celeste, de grandes proporções e de objetivos titânicos, esta sempre foi a explicação procurada, a mais achada, a mais aceita e, tremeis, a mais simples. Inicialmente a ciência imaginava que um meteorito tivesse caído na região de Tunguska. Exatamente Leonid Kulik foi a pessoa que insistia nesta teoria e que continuava incessantemente a procura pelo meteorito. Diversas observações, entretanto, são contrárias à teoria do meteorito. O principal problema consiste na ausência de uma cratera e no fato de que até hoje não foi encontrada nenhuma massa meteorítica. Exatamente meteoritos destacam­se dos cometas por uma alta densidade e um alto peso específico, que muitas vezes é devido a um alto teor de ferro. Se um material destes teria se chocado com a terra não teria havido explosões apenas no ar, mas também na terra. Exatamente como na cratera do Arizona ou também no meteorito de Shikote­Alinski nas vizinhanças de Tunguska. Do ponto de vista semântico a teoria do meteorito está negada de qualquer maneira, porque meteoritos são, por definição, matéria cósmica nas dimensões de cms. Um meteorito com dimensões de cm não poderia ter provocado um inferno na terra como aconteceu naquela ocasião na Sibéria. Independente de detalhes deste tipo existem, evidentemente, também representantes maiores desta
­ 7 ­ espécie, e estes são chamados então de asteróides ou também planetóides. Estes alncaçam tamanhos de poucos metros até 1000 km. O asteróide Canion Diablo, que gerou a cratera de Barrington, tinha um diâmetro de apenas 30 metros e era formado por 150.000 toneladas de ferro. Entrou na atmosfera terrestre com uma velocidade de 15km/segundo e uma energia equivalente a 4,5 megatons de TNT. Meteoritos e asteróides podem entretanto estar livres de ferro e chamam­se então de aerolitos. A sua densidade é maior que a dos cometas, mas possuem um potencial de se desfazer quando da sua entrada na atmosfera bem maior que seus parentes de ferro. Uma simulação feita em um supercomputador do Laboratório Sandia, nos Estados Unidos, mostrou que um pequeno asteróide que entre na atmosfera terrestre pode fazer um estrago muito maior do que se imaginava até agora. "Nosso entendimento estava super simplificado," diz ele. "Nós não precisamos mais fazer essas considerações simplificadoras porque os supercomputadores atuais nos permitem fazer as coisas com alta resolução em 3­D. Tudo se torna mais claro quando você olha as coisas com ferramentas mais refinadas." A nova simulação mostra que o centro de massa de um asteróide explodindo acima do solo é transportado para baixo a velocidades superiores à velocidade do som, na forma de um jato de gás de alta temperatura que se expande na medida em que dirige para o solo. Essa bola de fogo gera grandes ondas de impacto e pulsos de radiação termal na superfície, muito maiores do que se imaginava até agora. As simulações existentes levavam em conta apenas o impacto da explosão em cada altura estimada. A nova simulação mostra que a enorme devastação do Evento Tunguska na verdade foi causada por uma explosão menor do que se imaginava até agora. Ou seja, asteróides pequenos podem fazer grandes estragos. A simulação mostra que a massa do asteróide é comprimida pelo aumento na resistência oferecida pela atmosfera terrestre na medida em que ele se dirige para o solo. Quando ele atinge a parte mais densa, já próximo à superfície, a atmosfera se transforma em um verdadeiro muro de resistência, que faz com que o asteróide exploda, criando um jato de gás quente que atinge a superfície, juntamente com um deslocamento de ar muitas vezes mais poderoso do que os mais violentos tufões. O efeito é tão devastador que os cientistas descobriram que o Evento Tunguska foi produzido por uma explosão entre três e cinco megatons e não 20, como se acreditava até agora. Um ano depois, colegas chineses de Swetsow, Quanlin e Peixue também concluiram que o objeto de Tunguska deveria ter sido um asteóide, especificamente um condrito de carbono. De acordo com seus cálculos este tinha um raio de 1,5 km e pesava 2,96 x 1010 toneladas; A energia da explosão foi indicada como sendo equivalente a 3,3x1010 toneladas de TNT. Mesmo que estes cálculos e as simulações são convincentes em si, surgem dúvidas porque a hipótese do asteróide não oferece explicação para importantes fatos da catástrofe. As seguintes perguntas nutrem as duvidas: a.) Se toda a matéria do asteróide vaporizou na atmosfera, como se explica então as anomalias de isótopos no epicentro ? b.) Onde estão os aerossóis de silicato, na ordem de dezenas de milhares de toneladas que devem ter sido liberadas ? c.) Como podem ser explicados os fenômenos luminosos que iniciaram, em parte, já antes do episódio ?
­ 8 ­ d.) Como se originou o corredor genético, no qual foram constatados mudanças genéticas em plantas e animais ? e.) Como se explica a direção de vôo centrífuga do objeto, contra o sentido dos ponteiros do relógio ? f.) Porque houve perturbações do campo magnético, semelhantes àquelas originadas por explosões de bombas atômicas ? g.) Como explicar as aparições de termoluminescência no solo como indicador de radiação dura ionisada ? Não é possível precisar o tamanho do asteróide porque não há informações sobre sua velocidade e sobre as características do material de que era formado ­ um pequeno asteróide sólido pode ter um efeito explosivo muito maior do que um que seja formado por material poroso, considerando que os dois tenham a mesma velocidade ao atingir a Terra. Isso tudo trabalhando com a idéia de não termos uma cratera, no entanto, a análise de um lago próximo à explosão fez com que ela voltasse a fazer sentido. Situado a cerca de 8 quilômetros do epicentro, o lago Cheko foi analisado por uma equipe italiana da Universidade de Bolonha. Eles alegaram que, por ter o formato de um cone, diferente dos outros lagos da região, o Cheko poderia ser na verdade o resultado de uma cratera. A teoria é crua e ainda tem muitos furos nos cálculos, mas com uma região toda pantanosa e de difícil acesso mesmo, é dificultosa esta ótica sobre o evento, e se continuar os estudos, levará tempo para uma conclusão. Um Cometa A falta de qualquer material sobre ou no solo da região da catástrofe fez surgir a suspeita, no final dos anos cinquenta, de que no caso do episódio de Tunguska não tinha se tratado de um meteorito ou asteróide, mas sim um cometa de gelo, cujo material teria vaporizado completamente no contato com a atmosfera. Ao contrário de asteróides ou planetóides trata­se, no caso de cometas, de "Bolas de Neve Sujas", formadas por hidrogênio, gás carbônico, nitrogênio e enxofre com até 100 km de diâmetro. Sua estrutura consiste de 20% cernes minerais relativamente leves na forma de poeiras e pedras, incrustados por uma camada de gelo que forma os outros 80%, composta de água congelada, nitrogênio, metano, gás carbônico, monóxido de carbono, combinações de cianetos e outros gases. Durante a sua passagem pelo sistema solar os cometas irradiam uma radiação X altamente energética e aparentam ser muito maiores do que seu núcleo. O chamado coma fortemente brilhante alcança diâmetros de 20.000 km até vários milhões de km e é causado por sua aproximação com o sol. Forma­se através de gases derretidos e poeiras que se soltam e se tornam brilhantes através do efeito ionisante do vento solar. O núcleo do cometa e o coma formam, juntos, a cabeça do cometa. A ele se une uma cauda nítidamente visível de particulas brilhantes. Devido à grande quantidade de água congelada imaginava­se inicialmente ser fácil explicar a falta de matéria no solo da catástrofe, ainda mais porque os outros elementos formadores de cometas podem ser encontrados em quase todos os lugares no solo da terra. Mas cometas foram, a esta altura, bem pesquisados e sabe­se de seus núcleos que estes possuem as carcacterísticas de condritos carbônicos, comportando­se de maneira semelhante aos asteróides. Sim, condritos carbônicos aparentam ser os restos diretos de cometas derretidos.
­ 9 ­ Por muitos anos a teoria do cometa era um dogma e foi rapidamente encontrado um cometa aceitável, de nome Encke, que foi visto como sendo a causa para o episódio. Encke foi um cometa descoberto em 1786, descrito por Johann Franz Encke. É um cometa com o mais curto de todos os períodos de cometa conhecidos, de apenas 3,31 anos. A ablação do vento solar e as constantes forças gravitacionais durante sua passagem pelo Sistema Solar fragmentaram ou destruíram partes dele, o que é comprovado pelas correntes de Taurídeos Alpha e Beta que surgem pelo menos duas vezes por ano. As correntes de Taurídeos Beta surgem todos os anos entre 23 de junho e 7 de julho e podem ser facilmente observadas no céu na forma de um aumento das aparições de meteoros. Nos últimos anos foram sendo públicados resultados de pesquisas que indicam a possibilidade dos cometas servirem de containers para combinações orgânicas na forma de compostos hidrogenados aromáticos e mesmo de albumina. Algumas abordagens, como o Grupo de Cardiff da Universidade de Cardiff em Wales, Inglaterra, falam inclusive de Panspermas e referem­se a dados geomedicinais que relacionam o aparecimento periódico de coqueluche concomitantemente ao surgimento do cometa Encke. Com esta abordagem poderiam ser encontradas, possívelmente, algumas explicações para as mutações genéticas verificadas na região de Tunguska. Realmente o episódio de Tunguska deu­se exatamente no meio­tempo dos Taurídeos Beta, e sua ligação com o Encke é uma conclusão lógica. Mesmo assim a hipótese do cometa não é factível em vários pontos: a.) O maior problema da hipótese do cometa consiste em explicar porque o objeto não explodiu já a 30 km de altura. Porque os cometas, comparados com os asteróides, apresentam uma densidade menor e deveriam, por isso, explodir a alturas maiores. b.) Porque surgiram anomalias do campo magnético terrestre similares àquelas de explosões de bombas atômicas ? c.) O que aconteceu com o núcleo do cometa, que deveria Ter sido formado por matéria sólida e cuja existência faz surgirem todas as perguntas limitantes do capítulo? d.) Onde estão os restos, que deveriam ser reconhecíveis por elevadas anomalias de isótopos? e.) O surgimento de um cometa no céu normalmente se anuncia através de uma cauda brilhante. Mas não existe nenhum relato de cometa daquela época feito por observatórios. Nonlocal natural Explosions e os canhões de Barisal Entre as teorias mais interessantes está aquela das explosões naturais não­locais (NNE), desenvolvida a partir dos anos noventa pelo pesquisador russo Andrej Olchowatow do Instituto de Pesquisas para Radiometria de Moscou. Olchowatow pesquisou as explosões e aparições luminosas que surgiram em 1991 e 1992 na cidade de Sasavo, a 350 ao sul de Moscou. As aparições, que fizeram surgir uma UFO­histeria, foram ocasionadas por processos endógenos cuja mecânica ainda não foi esclarecida. Centenas de testemunhas oculares observaram aparições esféricas luminosas no horizonte e, em parte, sentiram ondas de calor. Imediatamente depois das aparições surgiu um raio, seguido de explosões. Exatamente na mesma hora entraram em colapso, por perturbações, as ligações de telecomunicação da região inteira (radio, radio e TV). Em residências fechadas explodiram lâmpadas incandescentes e recipientes de plástico. No outro dia foi encontrada uma cratera nas proximidades das aparições luminosas, com 30 metros de largura e 3 metros de profundidade. Não foi encontrado nenhum meteorito ou outro tipo de material. Apenas um ano depois os acontecimentos se repetiram. Estações de medida, instaladas neste meio tempo, registraram fortes perturbações do campo magnético assim como terremotos leves.
­ 10 ­ No contexto de suas pesquisas, Olchowatow registrou vários outros relatos, onde o desenrolar dos acontecimentos e origens dos mesmos era semelhante aos acontecimentos em Savaso. Assim relata casos em 1974 em Arthurs Table, Wales, 1978 em Bell Island, Canadá, 1986 em Negorsk, Rússia, 1990 em Petrozavodsk, Rússia, 1993 em Banjawarm, Austrália, 1993 em Jermanowize na Polônia, 1994 em Cando, Espanha, 1995 em Perth, Austrália, 1996 em Honduras do Oeste e 1997 na Hudson Bay, Canadá. Olchowatow compara todos estes e também o episódio de Tunguska com o fenômeno chamado de "canhões de Barisal". Barisal é uma pequena cidade situada no delta do rio Ganges, em Bangladesh. Lá se conhecem, desde tempos históricos, fenômenos naturais que se manifestam como fortes trovões que parecem vir do mar. Olchowatow notou que todas estas aparições foram relegadas pela ciência sem que se tivessem encontrado explicações satisfatórias para estes fenômenos. Ele catalogou todos os casos e denominou­os de nonlocal natural explosions (NNE). A existência destas aparições, também conhecidas como raios­esfera (Kugelblitz em alemão), não é contestada por ninguém; só sobre suas origens há desconhecimento. Novas pesquisas, como as da geóloga E.R. Kazankowa do Instituto para Petróleo e Gás da Academia de Ciências, trabalham com processos geológicos de autoorganização dependentes de energias gravitacionais de outros corpos celestes sempre atuantes. Dentro da Terra haveria liberações de energia através de impulsos diferentemente direcionados. É absolutamente possível que energias organizadas eletromagnéticamente constroem­se de acordo com o Princípio do Condutor para descarregar­se através de limites tectônicos ou por intrusões portadores de ferro e por isso mesmo condutoras. Sumamente interessante também é o fato de que na região de Tunguska já houve outro impacto, muito maior, mesmo que alguns milhões de anos atrás. No ano de 1986 o geólogo russo S.A. Vishnevskii publicou resultados de pesquisas que confirmam sem sombra de dúvida a existência de um astroblema na bacia de Tunguska. Será que há uma relação entre os dois episódios, possívelmente relacionado a causas endógenas ? ∙ A favor da tese do NNE como explicação para a catástrofe de Tunguska pesa a análise das testemunhas oculares, de que antes da explosão ocorreram aparições luminosas extrememente complexas, totalmente atípicas para a entrada de um meteorito e adequadas muito mais à categoria dos raios­esfera e das chamadas luzes de terremoto. ∙ Além disso os dados sismológicos não concordam com o impacto de um corpo celeste, mas indicam uma sequência de terremotos locais diferenciados. ∙ As anomalias geoquímicas constatadas no epicentro contém deutério demais , o que contradiz a origens extraterrestres, permitindo concluir sobre liberações tectônicas ou vulcânicas de gases. Testes atômicos Nos tempos depois da segunda guerra não poderia deixar de surgir essa hipótese sobre o ocorrido, dezenas de queimaduras graves em habitantes, mutações comprovadas em plantas e animais da região, o mencionado cogumelo de fogo e até um relatado pulso eletromagnético que o evento teria provocado, tendo sua força estimada entre 12 a 15 megatons, testes nucleares seriam uma
­ 11 ­ resposta plausível e simples para o assunto, mas temos problemas temporais e poucas provas com relação a tal teoria, nenhum movimento estranho acompanhado pelo camponeses, nenhum precedente ou antecedente de tal explosão, nada que leve os olhos da busca a tal direção. Bomba de Hidrogênio natural Em 1989, dois astrônomos, D’alessio e Harms sugeriram que a parte de deutério de um cometa que teria penetrado na atmosfera terrestre poderia ter se fusionado nuclearmente, deixando uma forma distinguível de carbono 14 na atmosfera. Independentemente, em 1990, César Sirvent propôs que um cometa, ao descer, com uma concentração anormalmente alta de deutério eu sua composição, poderia explodir como uma bomba de hidrogênio natural, gerando a maior parte da energia liberada na explosão. A seqüência seria de uma explosão mecânica e cinética, depois uma explosão termonuclear gerada pela primeira explosão. Uma nave extraterrestre Em 70 anos de pesquisa num terreno incerto sobre uma situação delicada como o incidente em Tunguska, os conspiracionistas não poderiam deixar passar sem uma teoria a altura. Uma nave teria caído lá e muito dizem que a cortina de ferro que regia a região conseguiu acobertar da luz da verdade evidências de tal, que, em anos de pesquisa secretas o governo russo teria livrado a região de provas, confiscado material coletado por vários cientistas que estudaram a região e outras manoplas orquestradas pelo ministério de segurança estatal, popularmente conhecido como KGB. Um coronel da KGB teria revelado que o governo russo guarda evidências claras de que o que ocorreu na região de Tunguska foi um incidente ufológico. Um jornal de baixa credibilidade ufológica, o Pravda, revela em suas páginas que cientistas russos teriam o conhecimento de artefatos alienígenas encontrados na região. O que tem de espalhado e que membros da Fundação fenômeno espacial de Tunguska acharam na região algum tipo de material feito por tecnologia extraterrestre, que foi levado à cidade de Krasnoyarsk.( http://english.pravda.ru/science/19/94/378/13705_tunguska.html ). Nenhuma imagem desse objeto foi apresentada. E parece que entra para o rol das coisas nunca provadas junto com as fotos aéreas de Atlântida, as demonstrações científicas dos poderes de para normais famosos, o DNA dos pelos do Yeti, etc. A história da nave espacial acidentada na Sibéria é mais antiga que a de Roswell; mais antiga até que a era moderna dos discos voadores. O primeiro que falou dela foi Alexander Kazantsev, em 1946. E a maioria dos autores que abraçaram depois a idéia do OVNI espatifado admite a primazia de Kazantsev. "A hipótese de Kazantsev me parece a mais provável de todas as que se tem emitido, incluindo a minha", diz Jacques Bergier em 'Os extraterrestres na História' (1970), que chegou a propor que o evento tivesse sido uma explosão nuclear devida a experimentos feitos pelos "deportados políticos na Sibéria". "Nós nos juntamos preferivelmente à opinião de quem suspeita de explosão de um reator instalado em alguma nave exótica", afirma Erich von Däniken em 'Recordações do futuro' (1968). "Uma das hipóteses mais convincentes ­ dadas as especiais circunstâncias do acontecido, compartilhada por um grande número de investigadores e lançada em 1949 por Alexander Kazantsev, é que a explosão de 1908 foi efeito da explosão de uma astronave extraterrestre", conclui Andres Faber­Kaiser em 'Sacerdotes ou cosmonautas?' (1974). "As grandes perguntas seguem sem respostas: se tratava de uma nave tripulada? Foi um acidente ou um 'experimento'? E por que em essa região do planeta?", se pergunta Juan José Benítez em 'Meus enigmas favoritos' (1993). Todos se esquecem de um detalhe: Kazantsev era escritor de ficção científica e não apresentou a teoria em nenhuma revista científica, e sim a idealizou para usar em dois contos: "Um visitante do espaço" e "O marciano".
­ 12 ­ Alguns relatos que foram coletados de testemunhas oculares pareciam comprovar que o objeto era dirigido, para complicar mais a trama. Como o de Svetlana Polonov, até pouco tempo uma das últimas testemunhas ainda vivas, que declarou no programa de Jaime Maussan (ufólogo mexicano): "Eu tinha oito anos nesse momento e o vi com meu pai, em uma pequena vila perto da estrada de trem e nunca esquecerei que parecia como uma larga chaminé com um rabo de fogo. Recordo que disse a todos o que havia visto: e de repente baixou, porém logo se inclinou um pouco e em seguida, tenho certeza, mudou de posição. Desapareceu detrás de uns morros, e recordo como se houvesse sido ontem, me pareceu que o mundo ia terminar, houve uma luz que encheu todo o céu, cobri os olhos com as mãos e pude ver os ossos de minhas mãos". 900 testemunhas que viviam perto do lugar de choque deram declarações similares, suas histórias falam de um objeto que mudou sua trajetória, manobra que contradiz qualquer explicação científica lógica ou acontecimento natural. Porém, devemos lembrar que estes testemunhos começaram a ser coletados no mínimo 19 anos depois do acontecimento, tempo suficiente para criar toda uma mitologia, contaminando a história com lembranças e adendos inexistentes na ocasião do evento. Até hoje, nada tinha sido encontrado que justificasse a hipótese de explosão de um artefato alien, nenhum fragmento sequer dessa nave foi encontrado, além desse que é agora noticiado, assim como também não se encontra nenhum cientista russo de prestígio chamado Yuri Lavbin. O jornalista Luis Afonso Games fala dele: "Este indivíduo já visitou várias vezes o epicentro do fenômeno de Tunguska e está obcecado com os óvnis”. Tem em Krasnoyarsk um pequeno museu onde expõe peças que supostamente avalizam sua teoria ­ que na Sibéria se espatifou uma nave de outro mundo, pior, afirma que Chis Carter se baseou em suas idéias para os episódios de "Arquivo X" relacionados com a explosão de 1908. "Vamos tentar encontrar provas de que o que se chocou com a Terra, não foi um meteorito, mas uma nave espacial extraterrestre", declarou Lavbin à imprensa em 23 de julho, antes de empreender sua última expedição. Agora diz que os alienígenas nos salvaram fazendo explodir "um meteorito enorme que se dirigia até nós a grande velocidade". Grande teoria se tivesse provas... Mas no caso deste artefato tão falado realmente existir, o que ele poderia ser? Segundo Geert Sassen, um historiador holandês especialista em exploração espacial, poderia ser realmente um pedaço de uma nave espacial, mas de origem bem terrestre e conhecida. Para ele os expedicionários "podem haver encontrado peças do quinto vôo de prova do 'Vostok'", que foi lançado do cosmódromo de Baikonur a 22 de dezembro de 1960 e se espatifou pouco depois por um falha em a terceira fase. Outro especialista em historia da astronáutica Asif Siddiqi, diz em seu livro 'Challenge to Apollo: the Soviet Union and the space race, 1945­1974'­ que "a carga aterrizou a uns 3.500 quilômetros do lugar do lançamento em uma das regiões mais remotas e inacessíveis da Sibéria, na região do rio Podkamennaya Tunguska, perto do ponto de impacto do famoso meteorito de Tunguska". E não podemos nos esquecer que esta região se encontra na trajetória da maioria das naves lançadas de Baikonur, motivo pelo qual se pode esperar que esteja repleta de fragmentos de foguetes Essa talvez seja a teoria mais difícil de provar, devido a mística em volta e a quantidade de fraude do gênero, mas que conste nos autos do incidente como uma versão tão rica quanto as outras em boatos, personagens e evidências tão físicas quanto um oásis num deserto de duvidas. Embora personagens de difícil de gustação como o coronel Anatole Kustnemenov, que assumia a divisão Siberiana da KGB, fez declarações públicas surpreendentes que em Tunguska acidentou­se um veículo de origem extraterrestre, e que o governo de Moscou encobriu os fatos. Parece que as conclusões de militares e cientistas russos que estudaram as evidências copiadas em Tunguska determinaram oficialmente desde há décadas que a tremenda explosão de 1908 foi provocada por um veículo voador de origem extraterrestre, que perdeu o controle antes de se fragmentar em mil pedaços. A história foi de imediato encoberta, tal como em anos depois ocorreria em Roswell, se bem que em dias como hoje não sei mais o significado de “encobertar”, já que quanto mais secretas e profanas são as tais “evidências encobertadas”, mais famoso é o caso. Buraco Negro Um buraco negro não pode ser destruído, ao não ser que seja muito pequeno e se desintegre por si mesmo(como se desinflando por radiação Hawking), e um raio em campo esta teoria, pois e remota a possibilidade de um micro buraco negro em espaço concreto e vir a se desintegrar em tal ainda, bom, e tão remota quanto a próxima hipótese.
­ 13 ­ Antimatéria Já do ano de 1936 é a teoria dos dois americanos Whipple e Lapace que, após estudarem os resultados das pesquisas de Kulik, concluíram que possívelmente uma reação de antimatéria poderia ser considerada como causa da catástrofe de Tunguska. Esta teoria foi posteriormente detalhada pelo cientista russo Konstantinov. Desde que foi possível aos integrantes do centro Europeu de Pesquisas Nucleares ­ CERN, em 1996, produzir o anti­Hidrogênio, muitos consideram a possibilidade um anti­mundo, mesmo de um anti­universo. Realmente astrônomos consideram viável a existência de antimatéria no cosmo, sendo possível que esta se movimente pelo espaço como a matéria regular, formada por meteoritos e cometas. Já nos primeiros contatos com os átomos de nossa atmosfera, seguindo o modelo dos dois americanos, seriam possíveis gigantescas liberações de energia, que poderiam explicar as destruições na Tunguska Pedregosa. Haarp, Tesla e mais fundo no buraco do coelho De todas as teorias, em minha opinião, mais extraordinária que a queda de uma nave possa ser, os boatos referidos a Tesla, e os inícios das pesquisas com armas climáticas são os mais extraordinárias, teorias defendidas pelos conspiracionistas que crêem que a maior arma hoje é a informação, e que a guerra travada, hoje, é entre verdades, inverdades e boatos. Manipulações que vão a um grau indefinível de objetivos obscuros. Neste meio, sempre que houver uma pesquisa sobre tecnologia para fins subentendidos, estará o nome Nikola Tesla escrito nas entrelinhas da história jamais contada. Falar de Nikola Tesla e falar de dedicação, experiências fantásticas, personagens cobertos por cortinas de ferro e Siglas pouco mencionadas, falar de Tesla ocuparia um outro artigo inteiro, então trataremos do que interessa a este caso analisado. Tesla esteve desde sempre ligado a eletricidade, inventou a transmissão por corrente alternada, usada hoje, entre outros 127 inventos patenteados, mas, sua grande pesquisa, estava ligada a governos secundários e eletromagnetismo num nível profano. Gastando todos seus recursos em pesquisa e investimentos sem retorno, em projetos que ninguém tinha interesse, além da antipatia de investidores e governos, Tesla acabou falido e morreu pobre, e sem nenhum reconhecimento. Como todos os homens brilhantes, o reconhecimento veio com o tempo, para provar a hipocrisia social que permeia o mundo desde tempos remotos. Tesla nunca tinha usado seu intelecto para a construção de armas, mas precisando de investimentos para continuar seus projetos paralelos, propôs a construção de uma arma, uma arma tão poderosa que só o rumor de sua existência faria as nações sucumbirem, arma esta que ele chamou de o raio da morte. Não se sabe ao certo como a tal arma funcionava, a princípio se acreditava ser um acelerador de partículas, se ele construiu um modelo também e outro mistério, mas reza a lenda que sim, e que ele efetuou um teste com o equipamento, que teria, digamos, dado um pouco fora de cálculo: "...Naquela época, Robert Peary estava fazendo sua segunda tentativa em se chegar ao pólo norte. Criptocamente, Tesla notificou a expedição que eles estariam tentando entrar em contato com eles de alguma forma, e eles deveriam relatar qualquer coisa incomum que eles observassem. Na noite de 30 de junho, acompanhado por seu associado, George Scherff, na torre de Wardenclyffe, Tesla apontou seu raio através do Atlântico, para o Ártico, a um ponto calculado como estando a oeste da expedição de Peary. Tesla ligou o equipamento. De início, era difícil dizer que ele estava funcionando. Sua extremidade emitiu uma luz pálida, dificilmente notável. Então, uma coruja voou de seu ninho no topo da torre, na direção do raio, e foi desintegrada instantaneamente. Isso concluiu o teste. Tesla observou os jornais e enviou telegramas para Peary na esperança de confirmar a efetividade do raio da morte. Nada apareceu. Tesla estava pronto para admitir derrota quando recebeu notícias de um estranho evento ocorrido na Sibéria...” Ele considerava a hipótese que a arma tinha ultrapassado o alvo desejado e acertado a Sibéria, com medo do próprio invento e do fim que poderiam dar a ele, ele desmontou o equipamento e esqueceu a idéia, embora tenha sido reconsiderado no fim da segunda guerra, mas ai é outra história.
­ 14 ­ Expus aqui algumas das teorias mais plausíveis, que se juntam a muitas outras menos funcionais num mar de dúvidas ainda existentes, com certeza camuflado por outro mar de sorrisos nervosos de astrônomos, geólogos e estudiosos que não devem dormir bem depois de uma discussão sobre Tunguska. Também ressalto que embora muitas teorias tenham provas mais que convincentes que dobram o evento ao seu vento, nenhuma teoria e comprovada cientificamente, o que torna o caso mitológico. O tempo transforma, perguntas transtornam Hoje, 100 anos depois do evento, temos algo em torno de 50 teorias sérias sendo levadas em consideração pela massa crescente de estudiosos e forenses que com a ajuda dos meios modernos correm atrás de uma verdade que acredito eu nunca chegará a ser provada, porque assim a ciências ainda se enche de magia e alquimia para permear as mentes dos novos olhos curiosos que fazem a máquina se mover. O evento de Tuguska vive hoje através dos meios de comunicação alternativos e graças a coragem e a dedicação de grandes homens, muitos mencionados neste breve resumo que escrevo aqui, mas com certeza muitos outros também tem seu nome escrito neste episódio, e sequer saberemos seus nomes. Os eventos mencionados já vão longe no corredor do tempo, e são tão prováveis e capazes de estudo quanto a mecânica que fez com que moyses abrisse o Mar Vermelho. A ciência aparece na sociedade moderna como o instrumento usado para tornar as coisas aceitáveis, dignas de um parágrafo em alguma folha esquecida de um livro escolar, mas sempre haverá fatos na história humana com os quais a simples ciência dos conceitos e óticas macroscópicas nunca assimilará sem o consórcio com a metafísica e a antiga ciência do invisível. No mais, tornam as coisas mais mágicas e tornam a entediante mecânica da comprovação um exercício de imaginação que faz surgir esperanças para o futuro, e surgir também cabeças cheias de “futuros próximos” como um dia foi Julio Verne ou DaVinci, e tornam também o presente uma caricatura de suas próprias ânsias, brincando com a idéia da crença e do fato, como a água engarrafada ai do lado vendida na rede como tendo grandes propriedades benéficas. Agradeço ao Alex pelo espaço cedido, Obrigado! Deixo aqui algumas fontes de pesquisa para os interessados: http://www.physorg.com/news766.html http://www.space.com/scienceastronomy/tunguska_event_040812.html http://www.worldnetdaily.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=39929 prometheus.al.ru/english/ phisik/onichelson/onichelson.htm http://news.nationalgeographic.com/news/2007/11/071107­russia­crater_2.html http://www.ventausa.com/theproducts.cfm?cat=4&master=8417&owner=739
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