Pesquisa para trabalho referente à evolução dos

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Pesquisa para trabalho referente à evolução dos
Pesquisa para trabalho referente à evolução dos
softwares de design.
Glossário
Este documento contém termos técnicos ou meras siglas que podem causar estranheza. Por
favor, use o glossário abaixo para maior compreensão. Atenção! O Glossário abaixo supõe que
você não conheça termos técnicos ligados a design e programação avançada, mas que conheça
termos básicos de computação, tais como software e hardware.
CAD – Computer Aided Design (Design assistido pelo computador). Refere-se frequentemente
a softwares. Há ainda a versão CAID, Design Industrial assistido pelo computador, e CAM,
fabricação assistida pelo computador.
Cliente-servidor – Modelo computacional que separa clientes e servidores, sendo interligados
entre si geralmente por uma rede de computadores.
Kernel (ou modeladores nucleares/de núcleo) – Em computação, o núcleo ou cerne (em inglês:
kernel) é o componente central do sistema operativo da maioria dos computadores; servindo
de ponte entre aplicativos e o processamento real de dados feito a nível de hardware.A
principal tarefa de um núcleo é permitir a execução de aplicativos e ajudá-los com recursos
como abstrações de hardware. O núcleo possui acesso completo a memória do sistema e deve
permitir que processos acessem a memória com segurança conforme a sua necessidade.
Modelador nuclear –Veja Kernel.
NLE – Non-linear editing system (sistema de edição não-linear) – Um sistema de edição de
áudio ou vídeo que pode fazer edição não-destrutiva no material original.
Patch – Parte de um software designado para consertar problemas ou atualizar um programa
de computador ou seus dados de suporte. Isto inclui vulnerabilidades de segurança ou outros
bugs, melhorando a usabilidade e performance.
PDM – Product Data Management (Administração de dados de produto), tecnologia de
software que visa gerenciar todas as informações e processos relativos ao ciclo de vida de um
produto, entendendo-se ciclo de vida como todo o período compreendido desde a concepção
de um produto até sua obsolescência, passando pelas etapas de projeto e produção.
Raster – Imagens (também chamadas de bitmap) que contém a descrição de cada pixel, em
oposição a gráficos vetoriais.
SIGGRAPH - (abreviação de Special Interest Group on GRAPHics and Interactive Techniques;
em português: Grupo de Interesse Especial em Gráficos e Técnicas Interativas) é o nome da
conferência anual sobre computação gráfica convocada pela organização ACM SIGGRAPH. A
primeira conferência SIGGRAPH ocorreu em 1974. A conferência é frequentada por dezenas de
milhares de profissionais de informática.
ANOS 60
William Fetter foi um designer gráfico da Boeing Aircraft Co. que em 1960 levou os créditos
por ter cunhado a expressão “Computação Gráfica” para descrever o que ele estava fazendo
na Boeing na época. Fetter disse que na verdade o termo foi dado a ele por Verne Hudson da
Divisão Wichita da Boeing.
A primeira geração de software’s CAD eram tipicamente aplicações de rascunho 2D
desenvolvidas por um grupo interno de T.I. de um fabricante (frequentemente colaborando
com pesquisadores universitários) e com a intenção primária de automatizar tarefas de
rascunho repetitivas. Doutor Hanratty co-produziu tal sistema CAD, chamado DAC (Design
Automatizado pelo Computador) nos Laboratórios de Pesquisa da General Motors em meados
da década de 60. Softwares CAD para proprietário foram também desenvolvidos pela
McDonnell-Douglas (CADD lançado em 1966), Ford (PDGS lançado em 1967), Lockheed
(CADAM lançado em 1967) e muitos outros.
Começando em 1959, General Motors e IBM embarcaram em um projeto para criar um
ambiente unificado de design assistido por computador. Originalmente chamado “Digital
Design”, seu nome foi mudado para DAC, Design Augmented by Computer (Design Aumentado
por Computador). Foi formalmente divulgado na Conferência de Outono Joint Computer de
1964. Chamado DAC-1, o primeiro sistema foi construído pela IBM usando especificações
providenciadas por um time de engenheiros da General Motors, incluindo Fred Krull e Dr.
Patrick Hanratty que mais tarde fundaram a companhia CADD MCS. O sistema de display,
algumas vezes considerado como o primeiro sistema CAD, introduzia transformações em
objetos geométricos em exibição, incluindo rotação e zoom, e uma função de não-exibição
(mais tarde chamada “clipping”). Usava um lápis de luz, em vez das comumente usadas arma
de luz ou caneta de luz. Este dispositivo lia voltagens de coordenadas de uma folha
transparente condutiva posicionada acima do display da IBM Alpine.
O display do DAC-1 era conectado a um computador IBM 7094. Utilizava um sistema de grupo
de design muito criativo, que consistia numa leitura da foto conectada ao dispositivo projetor.
Quando se desejava colaboração para o desenho do design, o operador poderia selecionar
uma vista que seria exibida em uma gravadora CRT auxiliar, escaneada e rapidamente
processada, e poderia então ser projetada na tela. DAC-1 também poderia exportar desenhos
de outras fontes, como os tradicionais desenhos à mão, usando um leitor controlado pelo
computador.
Ao escolher um tema para sua tese de doutorado, um estudante do MIT chamado Ivan
Sutherland olhou para um simples tubo de raios de catódio e uma caneta de luz do console TX2 e pensou que deveria ser capaz de desenhar no computador. Assim, nascia em 1963 o
Sketchpad, e com ele, computação gráfica interativa. Suas contribuições transformaram os
gráficos de uma ferramenta militar de laboratório para o mundo da engenharia e do design.
Sutherland fez um filme do uso interativo do Sketchpad, que se tornou uma espécie de filme
cult.
Muitas das ideias inicialmente demonstradas no Sketchpad são agora parte da ambientação
computacional usada por milhões em pesquisas científicas, aplicações de negócios e
recreação. Essas ideias incluem o conceito da estrutura de hierarquia interna, de uma imagem
principal e de imagens exemplo que são versões modificadas da principal, o método de
especificar detalhes da geometria da foto, a habilidade de copiar as imagens e restrições,
técnicas elegantes para construção de imagem utilizando uma caneta de luz, separação do
sistema de coordenadas no qual é definido a partir de onde uma foto é exibida, e operações
recursivas como “mover” e “apagar” aplicadas para imagens hierarquicamente definidas.
A corporação ITEK começou no programa SAGE, na MIT (em particular, Thurber Moffett e
Norm Taylor), localizada perto da Lincoln Labs. O projeto ITEK desenharia lentes óticas que
resultariam em um sistema chamado “The Electronic Drafting Machine”, EDM. O EDM usava
um computador DEC PDP-1 da Digital Equipment Corp., um display com atualizações de
vetores e um grande dispositivo de memória para a exibição gráfica. Comandos de entrada
eram feitos com uma caneta de luz. O EDM foi desenvolvido em 1961 e saiu na Time em 2 de
março de 1962.
ITEK comercializou a máquina EDM, sendo mais tarde vendida para a Control Data
Corporation, então comercializada pela CDC Digigraphics System. Foi intensamente usada na
indústria aérea por companhias como Lockheed e Martin Marietta. Um dos sistemas mais
caros, era disponível pela Digigraphics por aproximadamente US$500 mil. O sistema era um
sucessor para o antigo software de pesquisa ITEK e como o Sketchpad, entrada de dados era
feita através de uma caneta de luz.
Em 1965, o time de Charles Lang, incluindo Donald Welbourn e A. R. Forrest, no laboratório de
informática da Universidade de Cambridge, começou uma pesquisa séria em software de
modelagem 3D. Os benefícios comerciais desta pesquisa não começaram a aparecer até 1970,
no entanto, enquanto isso pesquisadores franceses estavam fazendo trabalho pioneiro em
computação 3D, como curva complexa e geometria de superfície. Citroen de Casteljau fez
progressos fundamentais na área e Bezier (da Renault) publicou sua pesquisa, incoporando
alguns algoritmos de Casteljau, mais tarde na década de 60. O trabalho de ambos Casteljau e
Bezier continua a ser uma das fundações do software CAD 3D no tempo presente. Ambos MIT
e Universidade de Cambridge foram também muito ativos em pesquisa contínua na
implementação de modelagem de superfície, curva complexa 3D em software CAD.
Um professor no departamento de Engenharia Mecânica do MIT durante os anos 50 e 60,
Steven Coons, tinha a visão do computador de gráficos interativos como uma poderosa
ferramenta de design. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele trabalhou no design de
superfície de aviões, desenvolvendo a matemática para descrever de forma generalizada
“patches de superfície”. No Laboratório de sistemas eletrônicos do MIT ele investigou fórmulas
matemáticas para estes patches, e em 1967 publicou uma das maiores contribuições para a
área do design geométrico, uma dissertação que ficou conhecida como “O pequeno livro
vermelho”. A sua “Coons Patch” foi uma elaboração que apresentava anotações, fundamentos
matemáticos e interpretação intuitiva de uma ideia que se transformaria na base das
descrições de superfície usadas hoje, como superfícies b-spline, NURB, etc. Sua técnica para
descrever uma superfície era construí-la a partir de coleções de patches adjacentes, cujas
constantes melhorias permitiriam que as superfícies tivessem a curvatura esperada pelo
designer. Cada patch era definida por quatro curvas limites, e uma configuração de “funções
de mistura” que definia como o interior estava construído a partir de valores interpolados dos
marcos.
A Universidade de Utah estabeleceu um dos programas pioneiros, e certamente, o mais
influente de gráficos computacionais dos EUA, quando pediram que David Evans (que se
juntou à Utah em 1965) estabelecesse um programa que poderia avançar a arte neste novo
campo em 1968. O departamento de ciência da computação recebeu uma grande doação da
ARPA (US$5 milhões por ano durante 3 anos) que resultou no trabalho de muitos estudantes
de graduação que levaram a disciplina para o que é hoje. Nas palavras de Robert Rivlin em seu
livro “The Algorithmic Image: Graphic Visions of The Computer Age”: ”Quase toda pessoa
influente na comunidade moderna de gráficos de computador passou pela Universidade de
Utah ou teve contato com ela de alguma maneira”.
Evans juntou-se à Ivan Sutherland, que desenvolveu o Sketchpad e mais tarde teve um cargo
no Departamento de Defesa, para criar um ambiente onde novos problemas da disciplina eram
expostos, e novas soluções criativas eram descobertas. Mais tarde, fundaram a Evans and
Sutherland Computer Company para desenvolver e comercializar design, CAD/CAM,
modelagem molecular e simuladores de voo.
Ao fim da década de 60, interesse em aplicações comerciais de CAD estavam crescendo e
muitas companhias de CAD, incluindo Applicon, Auto-trol, Computervision (que vendeu sua
primeira licença de CAD comercial para a Xerox em 1969), Evans & Sutherland, divisão McAuto
de McDonnel-Douglas (estabelecida definitivamente em 1960), SDRC (Corporação de Pesquisa
de Estrutura Dinâmica) e United Computing foram estabelecidas.
Softwares CAD começaram sua migração fora da pesquisa e dentro do uso comercial nos anos
70.
ANOS 70
A maioria dos softwares CAD continuaram a ser desenvolvidos por grupos internos de grandes
indústrias automotivas e aéreas, frequentemente trabalhando em conjunto com grupos de
pesquisa universitários. Ao longo da década indústrias automotivas como: Ford (PDGS),
General Motors (CADANCE), Mercedes-Benz (SYRCO), Nissan (CAD-I lançado em 1977) e
Toyota (TINCA lançado em 1973 por Hiromi Araki e seu time, CADETT em 1979 também por
Hiromi Araki) e indústrias aéreas tais como Lockheed (CADAM), McDonnell-Douglas (CADD) e
Northrop (NCAD), todas tinham grandes grupos de desenvolvimento trabalhando em
programas CAD para proprietário.
A maioria dos softwares CAD ainda era substituições 2D para rascunho, sendo que os maiores
benefícios das indústrias eram:
1 – Erros de desenho reduzidos,
2 – Reutilização de desenhos aumentada.
Em 1972, SuperPaint é completo. SuperPaint foi o primeiro sistema de desenho computacional
digital a usar um frame buffer – uma memória de alta velocidade especial – e o ancestral de
todos os programas modernos de pintura. Ele podia criar animações sofisticadas, de até 16,7
milhões de cores, tinha paintbrushes ajustáveis, ampliação de vídeo, e usava uma tablet
gráfica para desenho. Foi desenvolvido por Richard Shoup e outros no Centro de Pesquisas
Xerox de Palo Alto (PARC). Seus designers ganharam um prêmio em 1998 por sua invenção.
O primeiro programa de modelagem 3D sólido, SynthaVision, da MAGI (Mathematics
Application Group Inc) foi lançado em 1972, não como software CAD mas como programa para
analisar exposição de radiação nuclear. Os modelos 3D da SynthaVision eram modelos sólidos
similares ao CSG (Geometria construtiva sólida) usados mais tarde em softwares 3D. Em geral,
no entanto, e apesar do aumento da performance do computador, a modelagem sólida ainda
era primitiva para a maioria das aplicações práticas.
Quantel foi fundada em 1973 em Newbury, Reino Unido. Sua meta era criar tecnologia para
uso em produções televisivas. Seu primeiro produto foi o DFS 3000, que foi o primeiro
framestore digital. O DFS 3000 é mais conhecido como o dispositivo que permitiu a primeira
inserção de vídeo para transmissão televisiva, uma inserção de vídeoimagem no quadro
principal mostrando uma aproximação da tocha olímpica enquanto o corredor entrava no
estádio, nas Olímpiadas de 1976 de Montreal. Em seguida houve uma série de dispositivos
digitais de efeitos, incluindo o DPE5000 e o DLS 6000.
Um dos mais famosos destes programas 2D que ainda existem (apenas em nome), foi o
CADAM, sistema originalmente desenvolvido pela companhia de aviões Lockheed. Em 1975, a
companhia aérea francesa Avions Marcel Dassault comprou uma licença com código-fonte do
CADAM da Lockheed e em 1977 começou a desenvolver um software 3D chamado CATIA
(Computer Aided Three Dimensional Interactive Application – Aplicação Interativa em três
dimensões para computador), programa bem sucedido em uso atual.
Uma das pesquisas mais influentes da década foi modelagem 3D de superfície para softwares
CAD.
Ian Braid, trabalhando no grupo de Charles Lang na Universidade de Cambridge, lançou uma
pesquisa produtiva das aplicações de b-rep em modelagem de sólidos ao longo dos anos 70,
culminando em 1978 no lançamento do modelador sólido BUILD, a primeira real
representação em implementação de modelagem de sólidos.
O aumento do poder dos computadores, em especial a introdução de microcomputadores de
custo menor com compiladores otimizados e terminais gráficos, estava começando a fazer o
mercado de softwares CAD mais acessível para engenheiros. O mercado de softwares CAD
comerciais estava surgindo e ao final da década era muito forte e lucrativo.
Em 1976, MCS apresentou AD-2000, um sistema de design e fabricação para os primeiros
computadores 32-bit. Em 1986 eles apresentariam ANVIL-5000, um sistema mecânico
CAD/CAM que, por mais de uma década, foi o mais poderoso e integrado CAD/CAM disponível,
funcionando em todas as classes de computadores desde grandes estações de trabalho até os
de uso pessoal.
O pessoal da NYIT CGL (Laboratório de Gráficos Computacionais do Instituto de Tecnologia de
Nova York) foi muito produtivo no design de softwares influentes durante o período de 1975 a
1979, incluindo o programa de animação Tween, o programa de pintura Paint, o programa de
animação SoftCel, e outros. Eles também contribuíram para técnicas de imagem que
envolviam animação, fractais, mutação, composição da imagem, mapeamento de textura
(mip-map) e muitos outros.
O mercado de softwares CAD e hardwares cresceu de menos de U$$25 milhões em 1970 para
pouco menos de U$1 bilhão em 1979, com interesse investidor em vendas de softwares CAD
espelhando esta tendência.
A década de 70 viu grandes avanços em softwares CAD, especialmente nos algoritmos
fundamentais geométricos nos quais eles se baseavam.
Mais tarde na mesma década, novas linguagens de programação de alto nível tais como C e
sistemas operacionais mais simples como o UNIX estavam surgindo em maior escala de uso e a
primeira geração de computadores de mesa capazes de gráficos (como a série da HewlettPackard HP9845 em 1978) estava encorajando engenheiros a experimentar com programação
e anunciando o amanhecer da estação de trabalho computacional.
ANOS 80
Fundada em 1982 por dois ex-empregados da Xerox, Charles Geschke e John Warnock, Adobe
foi depressa uma pioneira no campo de software. Localizada na Califórnia do Norte, na área
que hoje é conhecida como Vale do Silicone, a primeira ventura da companhia foi em
publicações para computador de mesa com o desenvolvimento do PostScript, uma linguagem
de programação para impressão e aplicações com fontes, cuja primeira licença foi vendida em
1983. Cedo após vender PostScript para a Microsoft, a Adobe, em parceria com a Apple,
começou a trabalhar em seu primeiro aplicativo gráfico, o Illustrator. Originalmente
desenvolvido para uso em sistemas Macintosh, Illustrator é uma aplicação de desenho
baseada em vetores de grande precisão.
Softwares CAD começaram a década de 80 como um tópico de pesquisa que havia acabado de
desabrochar em lucro comercial, mas a indústria de softwares CAD estava para acabar a
década enfrentando a realidade da difícil competição comercial dirigida pelo frenético
calendário de desenvolvimento comercial do produto e a imprecendente mudança em ambas
as tecnologias de hardware e software.
DEC era o vendedor número um no cheio mercado de engenharia de microcomputadores no
início de 1980, mas um novo desafio, a estação de trabalho UNIX, estava surgindo para
revolucionar a computação e o mercado de softwares CAD mais rapidamente que qualquer
um, especialmente DEC, poderiam antecipar. A arquitetura aberta do UNIX abriu o potencial
do mercado de computadores para uma nova onda de estações de trabalho de baixo custo,
baixa manutenção, alta performance, com hardware otimizado especificamente para ciência,
engenharia, e claro, softwares CAD.
O produto mais conhecido da Quantel é o Paintbox, ainda em produção. O Paintbox é
considerado um dos primeiros sistemas comerciais de pintura e foi apresentado na edição de
primavera do NAB show (http://en.wikipedia.org/wiki/NAB_Show) em 1980. Quantel obteve
patentes relacionadas ao sistema e desafiou a comunidade de imagem digital inteira com uma
série de ações judiciais controversas. O Paintbox resultou em uma variedade de tecnologias
digitais da Quantel.
O Paintbox teve um efeito revolucionário durante os anos 80 e o ínicio dos anos 90. Foi um
marco, não apenas para Quantel, mas também para designers criativos trabalhando em
televisão, pós-produção e filmes. Nenhuma dessas indústrias seriam o que são hoje sem o
Paintbox. Ele não apenas providenciou um novo conjunto de ferramentas criativas
instantâneas mas também uma interface de usuário revolucionária que podia ser aprendida
rapidamente e usada tradicionalmente por ilustradores, artistas e designers gráficos.
O próximo dispositivo foi lançado em 1982. Chamado Mirage, foi a primeira máquina de
efeitos digitais capaz de manipular imagens 3D em espaço 3D. Usava também um método
interessante de transformar uma imagem em outra usando um sistema de partículas
bidimensional para mapear pixels de uma imagem em pixels de uma segunda imagem. À
medida que os pixels moviam no tempo, a primeira imagem parecia desintegrar-se e então
reestruturar-se na segunda imagem.
Outro salto radical foi feito em 1986 quando Quantel apresentou Harry, o primeiro editor nãolinear do mundo. NLEs são agora padrão no ramo das edições, tornando suítes de edição
lineares extremamente obsoletas. Harry fez pelos editores de vídeo o que Paintbox havia feito
por designers gráficos, dando a eles uma ferramenta para mover seu comércio em frente aos
trancos e barrancos. Harry combinou vários minutos de armazenamento de disco digital com
um sistema de gráficos 2D e um cru mas elegante meio de reunir videoclipes. Foi a única
estação digital de edição não-linear capaz de produzir material de qualidade para transmissão
por quase uma década.
PCs também apareceram no início da década. IBM lançou seu primeiro PC em 1981 e
Autodesk, fundada em 1982, fez uma demonstração do primeiro CAD para PC’s, “Lançamento
1 do AutoCAD”, em novembro de 1982. O foco da empresa era em softwares de design para
PC.
Apesar de PCs e Macs aumentarem em capacidade ao longo dos anos 80 e AutoCAD continuar
a ganhar mercado substancial no mercado de softwares 2D (embora sendo ridicularizada pelos
líderes em venda), a geral falta de poder de processador e especialmente a performance
gráfica pobre comparada às estações de trabalho UNIX significavam que não era até a próxima
década que os PCs teriam seu efeito revolucionário na indústria dos softwares CAD.
Em 1985 a indústria de softwares CAD parecia ter se conformado com uma posição
confortável, com melhorias na funcionalidade dos softwares tomando vantagem de contínuos
avanços na performance de hardware dos computadores. Margens de lucro eram altas como
os preços dos softwares CAD, apesar dos preços de hardwares caírem e do crescimento das
vendas ser forte. Computervision, com receitas anauis excedendo os US$350 milhões, era a
líder do mercado à frente de GE/CALMA, Applicon e Intergraph; seguidas por McDonnelDouglas/Unigraphics e IBM/CATIA. Então, em 1985, um novo e muito agressivo vendedor de
modelador de sólidos 3D, Parametric Technology Corp. (agora PTC) apareceu no mercado – a
realidade comercial estava chegando e em muitas maneiras a indústria nunca mais seria a
mesma.
Em 1985 Corel é fundada. Construindo sistemas de publicação desktop, Corel rapidamente
apresenta ferramentas de efeito de texto que inspiram desenvolvedores a considerar a tarefa
ambiciosa de construir uma aplicação gráfica fácil de usar para PC.
No mesmo ano, Diehl Graphsoft, Inc. foi fundada e a primeira versão de MiniCAD, lançada.
MiniCAD transformou-se no programa CAD mais vendido no Macintosh.
Em 1986 Autodesk começou a desenvolver um pacote de animação. Desenvolvedores-chave
foram Jaime Clay e o fundador da Autodesk, John Walker. O primeiro pacote da Autodesk foi o
AutoFlix (para uso com Auto CAD e AutoShade) e AutoFlix 2.0 que incluía Animation Tool Kit
(kit de ferramentas de animação) para AutoCAD.
Softimage foi fundada em 1986 pelo cineasta Daniel Langlois. Langlois queria criar filmes
animados mas estava descontente com a tecnologia existente, que ele considerava insuficiente
para suas necessidades e designados para uso de cientistas e técnologos computacionais. Sua
visão era uma companhia de software que direcionasse a criação de animação 3D não apenas
para, mas por artistas. Ele sentia que o conceito era fundamental em como a indústria via
criação de efeitos visuais e gerava uma nova geração de artistas de efeitos e animadores.
Muitas marcos que influenciaram a indústria vieram da visão “artista/tecnologia”, como o
primeiro sistema integrado de animações e efeitos, a primeira companhia a levar ferramentas
de animação para o PC (Windows NT), uma integração ampla que incluía pós-produção com o
lançamento de SOFTIMAGE | DS (mais tarde Avid | DS) e SOFTIMAGE | XSI, a expansão da
acessibilidade a ferramentas de animação e efeitos nos mercados de massa de jogos e em
indústrias de conteúdo para web.
O primeiro resultado do desenvolvimento do início da companhia foi o sistema Softimage
Creative Environment, com “fluxo de trabalho criativo e integração de processos”. Em 1987
Langlois e os engenheiros Richard Mercille e Laurent Lauzon começaram o desenvolvimento da
aplicação 3D da companhia. Creative Environment 1.0 foi lançado na SIGGRAPH de 1988. Pela
primeira vez, todos os processos 3D (modelagem, animação e renderização) estavam
integrados. O sistema tinha ferramentas avançadas e o primeiro traçador de raio de velocidade
de produção. Creative Environment (que veio a ser conhecido como SOFTIMAGE®|3D), se
transformou na solução padronizada de animação da indústria.
A expansão do ambiente criativo continuou, com um acordo entre Softimage e Mental Images
que focava-se na tecnologia de renderização. Creative Environment 2.6 foi lançado, com
administração de arquivos, metaclay, clusters, animação de rebanho, canais, envelopes
ponderados e uma expansão da política de sistema aberto. O pacote Creative Toonz animação
2D automatizava as tarefas mais tediosas em animação 2D, como “inking_&_painting”,
enquanto mantinha a aparência de imagens desenhadas à mão. Com computadores
avançando, tornando-se capazes de lidar com vídeo, Softimage começou o desenvolvimento
de Digital Studio, como um passo para a integração de produção 2D/3D. O poder de um
ambiente pós-produção em um software é consistente com a visão original de Langlois sobre a
companhia.
Mental ray®, um sistema avançado individual para renderização e partículas, um sistema de
partículas interativo usado para criar fenômenos naturais como nuvens, neve, fogo, etc,
viraram parte do sólido Softimage.
PRISMS, da Side Effects Software, foi extensivamente usado para criar efeitos visuais para
televisão e filmes ano final dos anos 80 e 90. Alguns dos projetos incluem Apollo 13; Twister;
The Fifth Element, Independence Day e Titanic – os últimos dois ganharam um Academy
Award pelos melhores efeitos visuais. A Side Effects Software continuaria a desenvolver e
apoiar o PRISMS até a versão 7.1 em 1998.
Se é animação processual, ação ou edição de áudio, Side Effects Software provou ser uma
inovação da indústria. Algumas das revoluções que Side Effects ofereceu nos anos 80 incluem
a primeira a colocar GUI em um sistema de modelagem processual, a primeira a incorporar
uma linguagem de expressão na interface do usuário, a primeira a ter ferramenta de redução
de polígonos e a adicionar metaballs.
Em 1987 o CorelDRAW é oficialmente iniciado, com o codi-nome “WALDO”.
Uma tendência ainda maior estava contribuindo para a complacência da indústria dos
softwares CAD: indústrias aéreas e automotivas haviam começado a se retirar do
desenvolvimento de softwares CAD internos e estavam começando a comprar grandes
quantidades de softwares CAD dos vendedores comerciais. Boeing começou seu projeto de
software TIGER 3D CAD em 1980 mas em 1988 anunciou que CATIA seria usado para desenhar
e rascunhar o novo avião 777, criando uma estonteante receita de US$1 bilhão de dólares para
a IBM-Dassault. A transferência de softwares CAD internamente desenvolvidos para soluções
comerciais prometia mais que o dobro do total do tamanho do mercado, para o benefício dos
vendedores comerciais.
Lembra-se que mencionei que a PTC mudaria a indústria? Veremos o porquê. Quando a
Parametric Technology Corp. lançou seu primeiro software CAD para UNIX, o Pro/Engineer, em
1987, os líderes em venda de softwares CAD eram: Computervision (CADDS), Intergraph (IGDS
e InterArct), McDonnell-Douglas (Unigraphics), GE/CALMA, IBM/Dassault (CADAM e CATIA) e
SDRC (I-DEAS, que foi lançado em 1982). Estes vendedores inicialmente viram o Pro/Engineer
como irrelevante, imaturo e instável, mas em dezoito meses a partir do lançamento do
programa; o mercado de software CAD incluindo vendas, administradores, publicitários e
desenvolvedores dos maiores vendedores de softwares CAD estavam em vários estágios de
desordem porque a Parametric Technology vendia novas licenças de seu software 3D em uma
velocidade recorde.
Pro/Engineer irrevogavelmente mudou as expectativas dos usuários em relação a
funcionalidade da interface de softwares CAD, a facilidade de uso e mais especialmente a
velocidade da modelagem de sólidos. Pro/Engineer foi o primeiro sistema 3D a implementar
completamente os conceitos demonstrados inicialmente há mais de vinte anos, no Sketchpad
de Ivan Sutherland (exceto a caneta), mas fez isso como o primeiro software 3D a ser
completamente baseado em modelos sólidos e características estudadas do passado.
Literalmente de um dia para o outro o Pro/Engineer fez as interfaces de usuário de outros
vendedores de CAD obsoletas. Pro/Engineer fez uso extensivo do UNIX X-Windows para
providenciar uma interface de usuário com menus drop-down, sensíveis a conteúdo, opções
pop-up e caixas de entrada, ícones e outras características amigáveis. Comparado ao
Pro/Engineer, os vendedores estabelecidos de softwares CAD, que eram todos baseados em
sistemas operacionais de proprietário e escritos em Fortran e Assembler, eram lentos e
destituídos de capacidade de competição. Se não tivesse sido pelas funções, inicialmente
fracas, de curva 3D e modelagem de superfície do Pro/Engineer e os investimentos em
treinamento e especialmente os dados do legado (teria sido muito caro converter o formato
de proprietário de dados do Pro/Engineer) que as empresas já tinham feito nos sistemas de
softwares CAD, o avanço da Parametric Technology teria sido ainda mais dramático do que já
foi.
MDM&E/Unigraphics (Engenharia e Fábrica de McDonnell-Douglas) tinha sido o primeiro
maior vendedor de software CAD a compreender completamente a emergência rápida de
estações de trabalho UNIX e um dos poucos com uma história de suporte a múltiplas
plataformas de hardware.
Dassault, com sua herança aérea, já tinha ganho uma forte reputação por complexa
modelagem de superfície 3D quando Pro/Engineer foi lançado. Dassault estava também
preocupada com seu comprometimento massivo com a Boeing e sentiu menos a ameaça
inicial da Parametric Technology.
MDM&E/Unigraphics estava bem mais ameaçada e foi forçada a reagir mais rapidamente,
então, em 1988, Unigraphics adquiriu Shape Data (que estava prestes a lançar Parasolid) de
Evans&Sutherland. O time da Unigraphics rapidamente aposentou o PADL-2 UniSolids e, ao
final de 1989, introduziu um modelador sólido mais competitivo e integrado chamado
UG/Solids baseado no Parasolid.
Parasolid foi desenhado por John Owen e seu time na Shape Data para ser compatível com o
antigo modelador de sólidos Romulus. Ron Davidson lançou Parasolid como um “padrão” em
modelagem sólida núcleo em 1989 e muito rapidamente licenciou Parasolid para SiemensNixdorf, General Dynamics, Fujitsu e outras pela integração com seus programas CAD.
Independentemente, Charles Lang e Ian Braid formavam o Three-Space Ltd. em Cambridge, na
Inglaterra, em 1985 e foram retidos pela Dick Sowar’s Spatial Technology (que havia sido
fundada por Sowar e John Rowley em 1986) para desenvolver o ACIS, modelador de sólidos
núcleo pelo CAD da Spatial Technology’s Strata. A primeira versão de ACIS foi lançada em 1989
e rapidamente licenciada pela HP pela integração com seu software CAD ME.
Thomas Knoll, um universitário de Michigan, desenvolveu uma aplicação gráfica que poderia
ser usada em seu computador em 1987. Ele chamou o programa de Photoshop e seu irmão
John levou o programa para a California no ano seguinte, onde o mostrou para executivos da
Adobe e da Apple. A Adobe comprou o programa e contratou os irmãos para que
continuassem trabalhando nele.
Em 1988 Wavefront entrou no mercado de desktops com o Personal Visualizer. Este software
dava a usuários CAD uma interface “aponte e clique” para renderização realistíca. Codesenvolvido com Silicon Graphics, este produto foi licenciado para Sun, IBM, HP, Tektronics,
DEC e Sony. Em 1989, eles continuaram com este impulso no mercado além da indústria de
entretenimento, mudando a comunidade científica com o software Data Visualizer, um
produto altamente flexível para aplicações de design industrial do mundo inteiro construído
com a reputação da Wavefront de sistemas abertos e interação gráfica rápida.
Pesquisadores japoneses eram também muito ativos na década de 1980. O professor Fumihiko
Kimura e seu time na Universidade de Tóquio estiveram pesquisando modelagem de sólidos
desde o início da década. Um dos pesquisadores do professor Kimura, Dr. Hiroaki Chiyokura,
havia se mudado para Ricoh no meio de 1980 e em 1987 a Ricoh lançou o DesignBase,
representação em modelagem de sólidos núcleo única, usando superfícies de Gregory em vez
do NURBS (modelo matemático usado regularmente em programas gráficos) como sua
geometria primária. Designbase foi rapidamente adotado por muitos vendedores de CAD e
Ricoh começou a vendê-lo em seu escritório americano em 1989. Isto marcou o começo da
“guerra de modeladores nucleares” entre ACIS, DesignBase e Parasolid, que continuou ao
longo da década seguinte.
No mercado de hardwares, a “guerra das estações de trabalho” lutada entre Apollo Computer,
Sun Microsystems, SGI, HP, DEC e IBM chegou ao seu clímax em 1987, quando Apollo
Computer chegou ao terceiro lugar, logo após IBM e DEC. Em 1989 a HP adquiriu a Apollo
Computer, tomando o segundo lugar da DEC, e ao fim dos anos 80, a primeira geração de
processadores RISC e renderização de alta performance em tempo real 3D com variedade de
cores estavam virando referência no mercado de hardwares. HP e Sun surgiram como as
maiores vendedoras de estações de trabalho para fins gerais com SGI dominando o mercado
de gráficos 3D. DEC estava então desesperadamente procurando maneiras de ganhar
novamente sua dominância no ínicio dos anos 80 e a IBM estava prestes a enfrentar uma das
maiores perdas na história corporativa dos Estados Unidos.
No início de 1988, Autodesk 3D Studio e Autodesk Animator começaram a ser desenvolvidos.
Na SIGGRAPH de 1989 em Boston, Autodesk revelou um novo pacote para animação em PC
chamado Autodesk Animator, o primeiro passo da Autodesk no reino das ferramentas
multimedia. As capacidades de reprodução do software de animação atingiam velocidades
muito impressionantes, que o transformaram no padrão para animação em PCs.
Este software era usado para visualizar como nanomachines poderiam parecer. Esta animação
foi usada no documentário da BBC “Little by Little” e foi a primeira vez que um produto de
animação da Autodesk foi usado para transmissão televisiva.
CorelDRAW tempestuou o mundo da computação gráfica em 1989, apresentando um
programa totalmente em cores de ilustração vetorial e layout – o primeiro para Windows. Dois
anos mais tarde, Corel revolucionaria a indústria novamente, apresentando o primeiro pacote
gráfico “tudo-em-um” com a versão 3, que combinava ilustração vetorial, layout de página,
edição de fotos e muito mais em uma única suite.
A indústria começou a década complacentemente, mas eventos substanciais mudaram as
coisas. O mercado potencial para softwares CAD estava expandindo-se significantemente mas
as recessões na Europa e nos Estados Unidos estavam diminuindo a média de preço dos
softwares CAD e reduzindo os antigos gordos lucros. Ao fim da década, os líderes de venda de
CAD haviam se transformado em: Dassault Systems (CATIA), Parametric Technology
(Pro/Engineer), MDC (Unigraphics) e SDRC (I-DEAS). Ambas Computervision e CALMA
(despojada pela GE) haviam sido adquiridas pela Prime Computer (que também estava à beira
da falência) em 1988 e juntas com a Intergraph estavam perdendo um mercado que nunca
mais ganhariam.
ANOS 90
Side Effects continuou inovando na indústria durante os anos 90. Foi a primeira a incluir um
sistema de partículas, a primeira a ter captura de motion integrada, a primeira a incluir tempo
de amostra de frame, a primeira a ter audição de áudios, a primeira a introduzir splines
hierárquicos, a primeira compatível no Linux, e mais.
A IBM revelou uma nova linha de estações de trabalho em 1990 e promoveu o software da
Alias entre a equipe de vendas e os clientes. “Alias é o melhor do mundo em visualização e
animação”, disse o presidente da IBM Canadá, John Thompson. Rob Burgess foi nomeado
presidente da Alias em 1991 com a missão de levar a companhia para o próximo nível de
crescimento. Burgess anunciou uma aliança estratégica de três anos com a SGI. Ele também
aproveitou a oportunidade para comprar a tecnologia Spacemaker e lançar Upfront, um
pacote de baixo custo 3D para arquitetos, disponível para Mac e Windows. Alias adquiriu uma
grande jogada ao impressionar Bill Gates, que mencionou Upfront durante a maior conferência
da Microsoft como uma aplicação especialmente inovadora para Windows. “Na área gráfica,
eu escolhi Upfront da Alias Research. É realmente uma ferramenta incrível para ter certeza de
que o design está completamente certo”, disse o presidente da Microsoft. Este projeto
pavimentaria o caminho do desenvolvimento de Sketch!, posicionado como uma ferramenta
para artistas gráficos que queriam fazer trabalhos 3D mais realistas do que a Adobe oferecia.
Em 1992 a Macromedia é fundada. Em 1995 a empresa faz sua primeira aquisição, Altsys. Em
particular, a companhia estava atrás do software FreeHand da Altsys, que era um programa de
layout de páginas e desenho em vetor muito similar ao Adobe Illustrator. Os componentes do
software e o mecanismo de renderização de gráficos vetoriais que estava contido no FreeHand
foram muito úteis para a Macromedia no desenvolvimento de suas tecnologias e no apoio de
sua estratégia para web.
Macromedia comprou ainda o FutureSplash Animator, uma ferramenta de animação
originalmente comprada para computadores com suporte à caneta. Esta companhia era
conhecida como FutureWave Software, e foi adquirida porque seu programa era adequado
para download de toda a internet por causa de seu tamanho reduzido. Naquela época a
maioria dos usuários de internet tinham uma conexão muito lenta e não esperariam muito
para baixar programas pesados. Seguindo a dica da Netscape, Macromedia renomeou o
FutureSplah Animator para Macromedia Flash.
O mercado de softwares CAD começou os anos 90 em tumulto e conflito: Pro/Engineer da
Parametric Technology continuou a influenciar as expectativas dos usuários e a vender licenças
a mais clientes mais rapidamente que nunca, mas ao mesmo tempo, alguns dos maiores
contratos de softwares CAD estavam sendo competidos e ganhos por outras empresas de CAD.
Felizmente para os vendedores de CAD estabelecidos há mais tempo que a PTC, o mercado
estava crescendo firme e as indústrias (que cada vez mais guiavam-se pelo custo e tempo no
mercado para fazer sua opção) utilizavam mais automação, incluindo claro mais pedidos de
softwares CAD. Em 1990 era óbvio que a Boeing estava sendo bem sucedida com a sua política
“tudo no CATIA, papel nenhum” de estratégia de design, adquirindo substanciais reduções no
tempo que seria necessário para analisar corretamente design no papel. O sucesso da Boeing
foi motivando outras indústrias aéreas e automotivas a considerar padronizar uma única
corporação de CAD para o volume de seu trabalho, e então, no período de 1990 a 1993, alguns
dos maiores contratos na história dos softwares CAD foram competidos e vencidos.
Flame, desenvolvido pelo Australian Garry Tregaskis foi o primeiro sistema de software a
funcionar na plataforma Silicon Graphics à medida que o poder de computação necessário
para processar camadas de vídeo e efeitos ficaram disponíveis. Lançado oficialmente na
SIGGRAPH de 1992, Flame foi usado no filme Super Mario Brothers.
Em 1992 estações de trabalho UNIX haviam redefinido CAD e nenhum software CAD novo
estava sendo vendido para uso, quer seja na estrutura principal ou nos terminais de
microcomputadores. Esses vendedores, mais notavelmente Computervision e Intergraph, que
tradicionalmente se focaram em hardware de proprietário e soluções de software privado
foram particularmente nocauteadas enquanto se tornava claro (como a chocante perda de
US$5 bilhões da IBM em 1992 ajuda a ilustrar) que clientes cada vez mais queriam sistemas
abertos de baixo custo e não mais estavam preparados para pagar os custos altos de manter
hardware de proprietário e sistemas operacionais. Em 1993 o mercado de softwares CAD tinha
claramente sido tomado pela IBM-Dassault (CATIA), EDS-Unigraphics (Unigraphics) e
Parametric Technology (Pro/Engineer), líderes na UNIX seguidos de perto pela SDRC (I-DEAS).
Apesar da pressa do grande “padrão corporativo” em contratos de software CAD no ínicio dos
anos 90, estava ficando cada vez mais difícil para os líderes diferenciar seus produtos. A
influência do Pro/Engineer foi tão forte e os vendedores de CAD 3D tiveram que correr para
compensar pelo avanço da Parametric Technology tão depressa, que em 1994 os programas
oferecidos por cada um dos vendedores líderes estavam muito similares: cada um tinha
esboço, gestão de restrições, modelagem de sólidos, históricos, superfíceis NURBS, interfaces
de usuário X-Windows, etc.
Em 1990 o Photoshop é vendido pela primeira vez como um software independente. Outras
cinco versões seriam lançadas nesta década, a seguir:
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
Adobe Photoshop 2.0 em 1991, capaz de rasterizar arquivos do Illustrator.
Adobe Photoshop 2.5 em 1993.
Adobe Photoshop 3 em 1994. Esta versão foi o começo das camadas no Photoshop,
que mudou completamente o modo de trabalho dentro do Photoshop e que deu aos
usuários um grande leque de possibilidades.
Em 1996 é lançado o Adobe Photoshop 4, com adicionais como Camadas de Ajuste e
Ações. Esta versão incluía uma nova barra de ferramentas e tinha uma interface que
combinava com outros produtos Adobe.
Em 1998 é lançado o Adobe Photoshop 5, com duas grandes atualizações: o texto
editável e a habilidade de múltiplos “desfazer”.
Em 1999 é lançado o Adobe Photoshop 5.5 que vinha com suporte a web, como as
opções “salvar para web”, “corte em fatias” e “extrair”.
Assim como o Photoshop liberou a edição de imagens do privilégio de umas poucas pessoas
para o domínio de muitas, Adobe Premiere Pro ajudou um novo mundo de artistas visuais que
poderia editar e criar vídeos sem comprar estações especializadas extremamente custosas.
No início dos anos 90, editores lineares eram mais comuns, o que criava óbvias barreiras para a
edição de vídeo. A Apple apresentou a tecnologia QuickTime para o Mac em 1991, mas por
causa da velocidade de processamento e tempo de renderização, os computadores de mesa
não fizeram justiça à tecnologia. Sentindo a oportunidade neste mercado emergente, a Adobe
adquiriu um produto de edição de vídeo para desktop chamado ReelTime do SuperMac. O
produto – renomeado Adobe Premiere – chegou no mercado em 1992.
Aclamado pela crítica, Adobe Premiere permitiu aos cineastas combinar imagens e som em
filmes baseados no tempo. Funcionando em equipamento desktop cada vez mais potente,
Adobe Premiere apelava a uma nova geração de artistas de vídeo que precisavam de uma
alternativa de baixo custo e qualidade profissional. Usuários facilmente organizavam
videoclipes nas sequências desejadas, marcando os pontos iniciais e finais e adicionando
trilhas sonoras. Adobe Premiere também atraiu videografistas novatos – tornando a edição de
vídeo acessível e divertida.
Em 1993 a Adobe lançou Adobe Premiere para Windows, que rapidamente tornou-se a
aplicação líder em vídeo digital para PCs. No ano seguinte, a companhia ganhou After Effects
através de sua aquisição da Aldus. Frequentemente descrito como “O Photoshop do Video”,
Adobe After Effects usa um trabalho orientado a camadas, tornando o ambiente ideal para
trabalhos de efeitos especiais extensivos.
Autodesk surfou bem a onda do PC, transformando-se na companhia de software CAD 2D
número 1 com receita de US$285 milhões em 1992 (para fins de comparação, a receita do
mesmo ano do software CAD da EDS-Unigraphics foi menos da metade). Autodesk anunciou
que tinha vendido a milionésima licença de seu AutoCAD 2D e que estava lançando o
“AutoCAD Release 13”, incluindo funções de modelagem de sólidos baseado no ACIS 3D
Kernel.
Em 1993 Alias começou o desenvolvimento de um novo software de entretenimento, mais
tarde conhecido como Maya, que se transformaria na ferramenta de animação mais
importante da indústria. PowerAnimator, da mesma empresa, foi usado para criar Donkey
Kong Country para a Nintendo. Como resultado de este e outros relacionamentos, Alias
dominou o segmento de jogos com a maior receita. PowerAnimator foi usado em cinco dos
maiores filmes do verão de 1994: Forrest Gump, O Máscara, A Verdade da Mentira (True Lies),
Os Flintstones, e Star Trek: The Next Generation “A Final Unity”. Clientes da Alias em efeitos
especiais incluíam os estúdios mais proeminentes, como Industrial Light & Magic, Angel
Studios, Digital Domain, Dream Quest images, Cinesite, Metrolight Studios, Pixar, Sony Pictures
Imageworks, Video Image, The Walt Disney Company and Warner Brothers.
Em 1994 a Softimage fundiu-se à Corporação Microsoft. Creative Environment 2.65 foi lançado
com possibilidades de expressões, modo fantasma e interpolação de forma. IDEAS (Interactive
Developer's Entertainment Authoring Software) com ProPlay e ProPlayPlus foi lançado. Este
software incluía Softimage Creative Environment, NURBS, polígonos e ferramentas para
redução de cores, simulações dinâmicas e cinemática inversa. Também continua o software
Eddie para composição e efeitos em vídeo. Muito deste sistema estava direcionado ao
mercado de desenvolvedoras de jogos.
Então, ao fim de 1994, assim que a indústria de softwares CAD tinha se acostumado ao choque
das estações de trabalho UNIX, e até mesmo a DEC parecia prestes a ganhar sua antiga glória
com o lançamento de seu novo processador “Alpha”, dois eventos combinados com o
lançamento do CAD 3D da Autodesk revolucionaram totalmente a indústria: Microsoft lançou
seu primeiro sistema operacional 32-bit para PCs, Windows NT, e Intel lançou seu primeiro
chip 32-bit Pentium Pro. Ao mesmo tempo a “guerra dos modeladores sólidos kernel 3D” foi
intensificada enquanto EDS/Unigraphics oficialmente lançou Parasolid para Windows NT,
Spatial Techonology lançou sua extensão de kit de ferramentas para ACIS para Windows NT e
Ricoh lançou Designbase para Windows NT. O software 3D CAD havia antes levado anos e
milhões de dólares para ser desenvolvido, mas poderia a princípio agora ser desenvolvido e
lançado em menos de um ano com orçamentos menores. Em 1993, uma pequena companhia
chamada SolidWorks começou a fazer exatamente isto.
O mercado de softwares CAD foi marcado por duas grandes mudanças em meados da década
de 1990, a explosão de softwares CAD 3D e a explosão em sistemas PDM (Product Data
Management).
Enquanto desenvolvimentos em PDM estavam acelerando, em 1995 era claro que CAD 3D
baseado em modelagem sólida b-rep e modelagem de superfície NURBS estavam começando a
se repetir e vendedores estavam se focando menos em importantes avanços de tecnologia. A
velocidade de desenvolvimento no início dos anos 90 retrocedeu, quando SolidWorks
repentinamente lançou o SolidWorks 95 3D CAD como um “80% da funcionalidade do
Pro/Engineer’s a 20% do preço”, em 1995. A reação dos outros vendedores de CAD foi bem
diferente da reação de 1987, quando o Pro/Engineer foi lançado.
O lançamento original do Pro/Engineer criou confusão porque vendedores de CAD foram
forçados a reavaliar totalmente seus programas e reescrever suas arquiteturas fundamentais,
SolidWorks 95 forçou-os a simplesmente decidir se lançavam um subconjunto de seu produto
atual ou o produto inteiro, para Windows NT.
Enquanto haviam diferenças substanciais entre os sitemas operacionais UNIX e Windows NT e
os lançamentos não pendiam completamente para um lado, Windows beneficiou-se de
ferramentas de desenvolvimento extremamente boas (MFC, Visual C++, etc) e “nivelar o
campo da tecnologia” era geralmente percebido como simples questão de tempo. De fato
todos os softwares CAD 3D líderes no UNIX foram lançados em versões Windows NT ao final
de 1995.
O advento de marketing agressivo e sério de softwares 3D CAD a menos de US$10.000 para
Windows criou um dilema de negócios para os vendedores de CAD de UNIX. Enquanto era
claro que muitos usuários de softwares CAD necessitavam o poder da CPU e especialmente o
poder dos gráficos providenciados pelas estações de trabalho UNIX, era igualmente óbvio que
havia um grande mercado de usuários que estava satisfeito com a performance oferecida
pelos PCs. Em 1997 era também claro que a vantagem de performance da UNIX estava sendo
rapidamente apagada enquanto a Intel aumentava o poder de processadores Pentium e
múltiplas fábricas taiwanesas competiam para produzir placas gráficas 3D poderosas para PCS.
Repentinamente os vendedores de CAD 3D para UNIX descobriram-se sobre intensa pressão
de preço enquanto clientes com sensibilidade de performance menor começaram a comprar
SolidWorks 95 em vez de softwares UNIX de alta performance muito mais caros (ou os menos
caros mas muito mais complexos softwares para Windows líderes de mercado).
Reciprocamente, Autodesk descobriu-se sobre pressão para melhorar sua oferta de software
3D enquanto clientes com exigências de performance mais altas compravam SolidWorks 95
em vez do ACIS. O mercado de CAD de médio alcance havia nascido e o sucesso da Solid Works
foi tanto que apenas 2 anos depois ela foi adquirida pela Dassault Systems por US$320
milhões.
Também em 1997, Computervision, que esteve declinando ao longo da década, tentou
adquirir uma posição no mercado de CAD 3D com o lançamento de seu DesignWave 3D CAD,
baseado no modelador EDS-Unigraphics Parasolid.
Em 1998 Avid Techonology, Inc adquiriu Softimage. As duas companhias juntaram forças para
desenvolver a próxima geração de ferramentas para artistas digitais. Foi apresentado o
Animation Sequencer, e em 1999 “Sumatra” tornou-se o primeiro sistema de edição de
animação não-linear e fundiu todas as tarefas de compostagem, edição e animação 3D.
Estava claro que:
1 – Os anos de crescimento relativamente fácil e rápido estavam acabados,
2 – A crescente falta de diferenciação da tecnologia de software CAD estava tornando a
competição mais difícil e cara,
3 – A queda nas receitas de software CAD 3D causada por feroz competição preço/benefício
dos vendedores de CAD 3D para Windows estava reduzindo o valor de vendas de softwares
CAD puros.
Os vendedores líderes precisavam diversificar e PDM providenciou a eles a oportunidade. Ao
longo dos anos 90 o mercado PDM esteve crescendo a mais de 20% por ano, atingindo receitas
de US$1,1 bilhão em 1997. O mercado previa mais que o dobro nos próximos cinco anos e os
vendedores líderes de CAD apenas tinham um dígito disto, era inevitável que eles teriam de
olhar para sistemas PDM para crescimento futuro.
1998 foi o ano em que DEC, após uma década de resistência, foi adquirida pela “PC clone”
Compaq. A mensagem que a aquisição da DEC mandou para todos os mercados de software,
incluindo CAD, era uma confirmação do que já era um fato bem estabelecido: Se não rodava
em Windows então provavelmente não servia. O mercado andou um longo caminho em
apenas duas décadas.
O mercado de software CAD no final dos anos 90 foi marcado por três principais revelações,
cada uma delas guiadas pela premissa básica de que não era mais possível para os líderes de
venda de software CAD competirem e crescerem simplesmente com receitas de software CAD
3D. As três revelações foram:
1 – Aquisições e consolidação,
2 – A pressa de ganhar sua fatia no mercado PDM,
3 – A debandada por tornar-se “habilitado” na internet.
Em 1995 Alias é usado em filmes como Toy Story, Pocahontas, Gasparzinho e o olho dourado,
e Batman Eternamente. Sega Interactive usa PowerAnimator para criar Star Wars Arcade. Em
7 de fevereiro do mesmo ano, Wavefront Technologis, Inc., Silicon Graphics, Inc. e Alias
Research, Inc. anunciaram que entrariam em acordos definitivos de fusão. A nova missão da
companhia era focar-se em desenvolver as ferramentas mais avançadas do mundo para
criação de conteúdo digital.
Em 1996 Chris Landreth da Alias|Wavefront é nomeado para um Academy Award pelo curta,
The End, por testar novas características adicionadas ao desenvolvimento de Maya incluindo
motion capture, animação facial e cabelo.
Em 1997 Alias|Wavefront informa 44% de aumento nas vendas sobre o ano interior em design
industrial e atribui isso a novos avanços na tecnologia CAID assim como ao lançamento de
novas versões de seus produtos: AliasStudio 8.5, Alias AutoStudio 8.5 and Alias Designer 8.5.
Seus clientes atuais incluem Philips, Daewoo (Inglaterra), Rubbermaid, BMW, Renault, Honda e
Audi.
Em 1997 a Ford Motor Company escolhe AliasStudio para padronizar seu processo de design
industrial assistido por computador. Calculado em mais de US$4 milhões em vendas e serviços,
esta é uma das maiores vendas na história da companhia Alias. Como um passo significativo
para a implementação do programa Ford C3P, a compra do AutoStudio representa a decisão
da fabricante de carros de subsituir os processos antigos para firmar compromisso com o
software da Alias|Wavefront .
Advanced Visualizer é reconhecido pela Academia como o primeiro pacote de software
comercial para modelagem, animação e renderização com qualidade suficiente para filmes
animados.
Em 1997 a Alias | Wavefront lança o Composer 4.5 com motion blur, lens distortion e
tecnologia time warp technology. Efeitos criados com o Composer são usados em muitos
filmes de Hollywood incluindo Mars Attacks, Dante's Peak, Casino, Broken Arrow e
Waterworld.
Apesar de algumas companhias (como a Alibre fundada em 1997) anunciarem rapidamente
software 3D CAD cliente-servidor habilitados na Internet que permitiram total modelagem 3D
pela Web, o principal foco era capacitar ver os modelos 3D em navegadores Web e construir
navegadores Internet/Intranet para sistemas PDM. Uma das líderes foi a Dassault Systems, que
beneficiava-se de sua experiência de integrar software CAD para o projeto Boeing 777, que já
havia feito seu primeiro movimento em relação a capacitação de software CAD para a Internet
em 1996 com seu CATIA Conferencing Groupware, que permitia revisão e comentário de
modelos CATIA pela Internet. Em 1997 Dassault lançou seu Navegador CATWeb que
providenciava assembleias e visualização melhor dos modelos CATIA 3D pela internet. Então,
no início de 1998, a Dassault criou a subsidiária ENOVIA para desenvolver o sistema PDM II
(que poderia usar o módulo do navegador CATWeb para providenciar PDM habilitado para a
internet). No mesmo ano, estreia o Macromedia Fireworks.
Em 1998 a Alias|Wavefront apresenta seu novo produto 3D Maya. Maya é líder de indústria
nas seguintes áreas-chave: animação de personagens, efeitos visuais explosivos e arquitetura
de sistema. Representantes da Blue Sky/VIFX, Cinesite, Dream Pictures Studio, Dream Quest
Images, GLC Productions, Kleiser-Walczak, Rhonda Graphics, Square, Santa Barbara Studios e
Imagination Plantation estavam dentre os muitos clientes BETA que apoiavam Maya. Industrial
Light & Magic faz um investimento estratégico comprando ações suficientes de Maya para dar
aos diretores técnicos e aos artistas de departamento de produção digital uso extensivo do
software 3D mais avançado da Alias/Wavefront.
Em 1998 Chris Landreth produz Bingo, um curta animado, utilizando Maya. Bingo atrai atenção
internacional e é reconhecido em festivais de filmes ao redor do mundo.
Em 1999 a Alias|Wavefront anuncia o software de design industrial Studio e DesignStudio
para a plataforma Windows NT. Studio e DesignStudio são as escolhas de grandes companhias
automotivas como BMW, Fiat, Ford, Honda, Italdesign, e Renault.
Em 1999 Maya Complete incorpora todas as ferramentas para animação mundial em ambas
as plataformas IRIX e NT. Maya Complete foi desenvolvido como uma solução mais profissional
e ampla para o mercado 3D artístico. No mesmo ano Maya Unlimited, a nova produção para a
indústria de vídeos é apresentada. Maya Unlimited incorpora todos os elementos de Maya
Complete além de Maya Cloth, Maya Fur, Maya Live, e Maya Power Modeling. Maya é usado
pela Industrial Light & Magic (ILM) no filme Star Wars: Episódio I "A Ameaça Fantasma".
Enquanto as notícias dominantes do ano eram a aquisição da Computervision pela Parametric
Technology e como isto afetaria a indústria de software de CAD, as notícias menos óbvias eram
que não houve nenhuma revolução tecnológica sendo feita em software 3D CAD. Havia um
número de novos pequenos nichos de venda de software 3D CAD aparecendo com vários
produtos de baixo custo baseados em dois grandes modeladores 3D nucleares (Parasolid da
Unigraphics Solutions e ACIS da Spatial Technology, Ricoh’s Designbase havia desaparecido da
guerra de modeladores comerciais 3D em 1997) mas nenhuma revolução grande apareceu em
mais de uma década, desde que Pro/Engineer havia sido lançado.
Discreet, uma divisão da Autodesk, foi estabelecida em 1999 depois da Autodesk adquirir
Discreet Logic Inc por US$520 milhões e fundir suas operações com Kinetix®. Autodesk é então
lider mundial em recursos de design e criação de conteúdo digital. A companhia providencia
software e serviços por portais da internet para ajudar clientes. Uma das maiores companhias
de software do mundo, Autodesk ajuda o design de mais de 4 milhões de clientes em mais de
150 países a virar realidade.
ANOS 2000
Em 2000 The Motion Factory, Inc. foi adquirida pela Avid | Softimage. Em 2001 Softimage fez
um acordo para ferramentas do Xbox e anunciou compatibilidade com Linux.
Clientes da Softimage incluem alguns dos mais proeminentes estudios de produção, como a
Industrial Light and Magic, Digital Domain, Sega, Nintendo e Sony. Eles usaram Softimage para
criar animação em centenas de filmes ( Jurassic Park, Titanic, The Matrix, Men in Black, Star
Wars – the Phantom Menace, Gladiator, Harry Potter, AI: Artificial Intelligence, Pearl Harbor,
Queen of the Damned ), jogos (Super Mario 64, Tekken, Virtual Fighter, Wave Race, NBA Live)
e milhares de comerciais e projetos estudantis e corporativos.
Em 2000 a Alias |Wavefront inclui uma política de renderização universal para o lançamento
do Maya 3 que permite clientes de Maya Complete e Maya Unlimited a “planar” entre o Maya
Batch Renderer por qualquer número de máquinas das plataformas Windows NT, IRIX e Linux.
No mesmo ano a Alias|Wavefront anuncia sua intenção de levar Maya para a plataforma
Apple® Mac® OS X. A empresa é ainda recompensada com sua maior venda única para General
Motors, providenciando AutoStudio, SurfaceStudio e StudioPaint. Maya é usada para criar os
quatro jogos mais vendidos de dezembro de 2000 para Playstation 2.
Na indústria de software CAD, a atenção virou-se para o CAD capacitado para a internet,
enquanto o Alibre lançava o Alibre Design, baseado no ACIS da Spatial Technology, que foi o
primeiro software 3D CAD capaz de executar modelagem 3D cliente-servidor pela internet
(apesar de, no Japão, o time CAD da Toyota Caelum ser capaz de modelar 3D em LANs desde
meados de 1990, antes mesmo do termo ‘cliente-servidor’ tornar-se popular!).
Autodesk lançou o AutoCAD 2000i em meados dos anos 2000, seu primeiro software CAD
capacitado para a internet, que também oferecia a habilidade de visualização de desenhos
com navegador web e colaboração online simples usando Microsoft Net Meeting.
A pressão nas fábricas para reduzir o tempo conceito, design, detalhe, e fabricação dos novos
produtos aumentou muito ao longo da década anterior e nos anos 2000 a Ford mostrou o
quanto poderia ser ganho com internet e software 3D CAD completamente integrado quando
lançou o Ford Mondeo, carro que foi desenhado completamente através da Internet usando a
plataforma “C3P da Ford” (CAD, CAM, CAE, PDM) em cerca de um terço do tempo
tradicionalmente requerido. O sucesso da Ford provou que a integração com software CAD,
software PDM e internet dava a engenheiros e designers a habilidade de ver e colaborar em
um único “mestre digital”, não apenas salvando tempo e gastos de viagem, mas quase
eliminando a tradicional incompatibilidade e problemas inerentes ao design e produção de um
produto complexo por pessoas dispersas globalmente.
Enquanto não houve nenhuma revolução tecnológica fundamental (o que o Professor Clayton
chamaria de “mudanças tecnológicas rompidas”) desde o lançamento de Pro/Engineer em
1987, o início dos anos 2000 viu uma ou duas revelações interessantes tornando mais simples
e mais intuitivo criar modelos CAD 3D. No final de 2001, think3 introduziu seu GSM, “Global
Shape Modeling” (Modelagem de formas global), em seu software thinkDesign para tornar
possível “empurrar e pushar” superfícies NURBS. No início de 2003, PTC (sigla pela qual a
Parametric Technology tornou-se conhecida) lançou seu novo CAD WildFire 3D que também
tentava tornar mais simples criar geometria 3D.
Ao final dos anos 90, a Adobe começou um processo ambicioso de revisar sua linha inteira de
aplicações criativas bem sucedidas de modo a padronizar as interfaces de usuário. As
demandas de mercado ditavam que profissionais criativos tornavam-se mais proeficientes
usando uma maior ordem de ferramentas e desenvolvendo conteúdo para canáis de múltipla
entrega. Afinal de contas, as linhas entre conteúdo criado para impressão, internet, serviços
digitais e vídeo estavam se ofuscando – uma tendência que continua a acelerar. Para
profissionais criativos, aprender a usar as ferramentas da Adobe mais holisticamente oferecia
uma vantagem competitiva distinta. A Adobe teve repensar interfaces, linhas de tempo de
desenvolvimento e lançamentos para suas aplicações web. Eventualmente, a empresa decidiu
testar inicialmente o conceito da suite na Itália sobre a direção de um pequeno mas
entusiasmado time. O sucesso foi estonteante, resultando no lançamento mundial da Adobe
Creative Suite em 2003. A primeira versão continha Illustrator, InDesign, Photoshop, Version
Cue, guia de design e recursos de treinamento. A Edição Premium também incluía o GoLive.
Em 2001 o software Maya tem um papel fundamental no filme muito aguardado da Square®
USA, Final Fantasy.
Em 2002, a Macromedia lança o Flash MX (Flash 6), a primeira versão do Flash a suportar
vídeo. Há uma grande mudança na web, com sites e jogos em Flash despontando por toda
parte. Em 2005, os computadores consumidores tinham o Macromedia Flash instalado mais
que qualquer outro formato de mídia de internet, incluindo QuickTime, Java, Windows Media
Player e RealNetworks. À medida que o programa amadurecia, o foco foi transportado de
comercializar o software como ferramenta de gráficos e mídia a promovê-lo como uma real
aplicação de plataforma web.
Em 18 de abril de 2005, a Adobe anuncia um acordo para adquirir a Macromedia, uma
transação avaliada em aproximadamente US$3,4 bilhões.
Em Janeiro de 2006 a Autodesk adquiriu a Alias por US$197 milhões em dinheiro, trazendo
StudioTools e Maya para a bandeira Autodesk.
Em 2007 a Adobe lança o Creative Suite 3, que inclui os programas de sucesso da Macromedia,
Fireworks, Flash e Dreamweaver. Designers ao redor do mundo comemoram a integração dos
programas sob uma única bandeira e a Adobe torna-se mais popular que nunca.
Em 2012, a Corel adquire a Avid.
Fontes/Leia Mais:
História dos CAD (em inglês):
http://www.cadazz.com/cad-software-history.htm
História do computador (há uma curta seção dedicada a gráficos e jogos – em inglês):
http://www.computerhistory.org/timeline/
História da computação gráfica e da animação (em inglês):
http://design.osu.edu/carlson/history/lessons.html
Sobre o Sketchpad (em inglês):
http://www.cl.cam.ac.uk/techreports/UCAM-CL-TR-574.pdf
http://design.osu.edu/carlson/history/PDFs/Interactive-Sketchpad.pdf
http://www.guidebookgallery.org/articles/sketchpadamanmachinegraphicalcommunicationsy
stem
História da Intergraph (em inglês):
http://www.intergraph.com/about_us/history.aspx
História da Macromedia (em inglês):
http://www.fundinguniverse.com/company-histories/macromedia-inc-history/
Autodesk
Sobre o Flame (atualmente pertencente à Autodesk):
http://area.autodesk.com/flame20
História da Autodesk
http://www.fourmilab.ch/autofile
Corel
Informações da empresa:
http://www.corel.com/corel/pages/index.jsp?pgid=800127
História da empresa:
http://www.corel.com/content/pdf/corporate/History_of_Corel.pdf
Adobe
Linha do tempo da empresa (em inglês):
http://www.adobe.com/aboutadobe/history/timeline/
Revista comemorativa com a história da empresa e seus produtos (em inglês):
http://www.adobe.com/aboutadobe/history/newsletter/
História do Adobe Illustrator (em inglês):
http://www.vecteezy.com/blog/2010/5/24/2-the-history-of-adobe-illustrator
Photoshop – 20 anos de história (em inglês):
http://www.graphicmania.net/adobe-photoshop-history-memories-that-made-a-legend/
Informações sobre a aquisição da Macromedia (em inglês):
http://www.adobe.com/aboutadobe/invrelations/adobeandmacromedia.html
História da Adobe Creative Suite (em inglês):
http://www.computerworld.com/s/article/9175359/Adobe_Creative_Suite_The_history
Ajuda sobre camadas do Photoshop (em inglês):
http://help.adobe.com/en_US/photoshop/cs/using/WSfd1234e1c4b69f30ea53e41001031ab6
4-78e3a.html
Para fins de curiosidade:
Manipulação de fotos ao longo da história (em inglês):
http://ethicsinediting.wordpress.com/2009/04/01/photo-manipulation-through-history-atimeline/
História da adulteração de fotos:
http://www.fourandsix.com/photo-tampering-history/
Marcos na história da cartografia, visualização de dados e gráficos estatísticos:
http://www.math.yorku.ca/SCS/Gallery/milestone/milestone.pdf
Visual Intelligence: The First Decade of Computer Art (1965-1975) – Em inglês:
http://design.osu.edu/carlson/history/PDFs/dietrich-leonardo.pdf
O computador digital como um meio criativo (em inglês):
http://design.osu.edu/carlson/history/PDFs/IEEE-Noll.pdf
Termos técnicos 3D:
http://meupoligono.blogspot.com.br/2011/03/termos-tecnicos-poligono-lowpoly.html
Pesquisa produzida por Andrea Medeiros – [email protected]

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