projeto O Desenho no Cinema

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projeto O Desenho no Cinema
UNIVERSIDADE DE PORTO
FACULDADE DE BELAS ARTES
PROGRAMA DE DOUTORAMENTO EM EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
Ano letivo 2014/2015
PROJETO
Título (provisório): O Desenho no Cinema
Doutoranda: Maria Elisa Coelho de Almeida Trindade
Junho de 2015
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O Desenho no Cinema
Palavras-chave – Desenho, processo, funções, conceção e Cinema
Sumário: O desenho tem tido um papel de algum relevo ao serviço da arte narrativa do cinema,
praticamente desde o seu nascimento, no entanto poucas vezes reconhecido e valorizado. No
nosso trabalho de investigação abordaremos principalmente a importância do desenho em todo o
processo de criação cinematográfica, desde a fase de pré-produção até à rodagem dum filme,
incluindo quer os desenhos feitos pelos próprios realizadores (estrangeiros e nacionais) quer os
de outros profissionais que trabalham na equipa de produção, sob o seu escrutínio.
Nesse sentido, analisaremos o método de trabalho dos cineastas e seus colaboradores mais
diretos, e as funções do desenho como meio intermediário de fácil utilização e transversal a
todos os departamentos artísticos, mormente a relevância do storyboard como espécie de guião
gráfico que permite pré-visualizar um filme, e outros desenhos conceptuais e de continuidade.
Introdução: Com a nossa investigação pretendemos demonstrar a importância da utilidade do
desenho na arte narrativa do cinema, analisando e discutindo a sua aplicação em diversas
funções comunicativas, ou seja, o desenho ao serviço da 7ª Arte. Na verdade, à primeira vista, o
desenho poderá parecer de pouca utilidade no processo de trabalho da criação cinematográfica,
mas tem sido fundamental em todas as fases de produção, quer no cinema tradicional quer em
muito do cinema contemporâneo, embora durante muito tempo o seu papel tenha sido
subalternizado em relação a outros elementos, e até ignorado: de facto, ao contrário do que hoje
acontece, no cinema clássico existiu uma certa imprecisão na divisão de tarefas dentro dos
departamentos artísticos dos estúdios, e frequentemente o trabalho dos artistas não era sequer
creditado nas fichas técnicas.
Entretanto, o advento do cinema a cores, com as novas possibilidades expressivas que originou,
foi acompanhado dum aumento progressivo da importância e influência dos departamentos
artísticos, constituídos por volta do fim da era do cinema mudo: o filme E tudo o vento levou
(1939) costuma ser apontado como tendo tido um papel decisivo, para o reconhecimento da
contribuição daqueles para a estética final dos filmes.
Estado da Arte:
Quando se fala de desenho no cinema provavelmente virá imediatamente à mente o chamado
Cinema de Animação; sendo inegável a importância que o desenho adquiriu neste género
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O Desenho no Cinema
específico, na verdade ele tem estado sempre presente, praticamente desde o início, em todas as
fases da produção cinematográfica. Contudo, aquela que será seguramente a sua função mais
importante raramente tem oportunidade de ser apreciada pelo espectador, pois normalmente não
figura no resultado final que pode ser visto no ecrã.
As vinhetas do storyboard foram, por assim dizer “plagiadas” da Banda Desenhada e a sua
origem da sua utilização no cinema de “imagem real” é ainda obscura, ou não está
completamente estabelecida, mas pensa-se que terá acontecido por influência do cinema de
animação. Visto os storyboards, e outros desenhos de produção, terem sido considerados durante
muito tempo como meramente material de trabalho, imagens criadas exclusivamente para a
preparação dos filmes – ficando guardados na melhor das hipóteses em arquivos dos
estúdios/produtores ou, nalguns casos, na posse dos cineastas –, são pouco numerosos os do
cinema clássico que sobreviveram intactos até aos nossos dias.
Nos últimos anos tem sido publicadas várias obras sobre alguns realizadores, e também muitos
deles têm sido objeto de estudos académicos, tais como teses de Doutoramento e/ou Dissertações
de Mestrado.
Elisa María M. Martínez (2002) na sua tese de doutoramento Las estrategias narrativo-visuales
en el cine de Alfred Hitchcock, sobre os desenhos executados por Hitchcock, cita mesmo uma
declaração do realizador em que recomenda a realização de storyboards para as cenas mais
importantes. Em 2011 a Universidade de Valencia publicou a tese dando origem ao livro
Hitchocock: imágenes entre líneas.
Inês Gil (2002) é autora de uma dissertação de mestrado sobre um filme de Charles Laughton: A
sombra do caçador. Do storyboard à Direcção de Actores.
Esther Viyuela Illera (2004), com a tese de doutoramento El Cine de Tim Burton aborda com
sentido critico a obra do cineasta americano desde o início da sua carreira, na Disney, até ao
filme O Planeta dos Macacos, dando ênfase ao processo criativo a partir de várias perspetivas.
Com a tese de doutoramento Peter Greenaway: un ilustrado en la era neobarroca. interacciones
entre cine y arte contemporâneo, Monika Keska (2009) faz uma análise comparativa e
interdisciplinar das ideias de Peter Greenaway sobre a renovação da linguagem fílmica, a partir
do ponto de vista da história da arte, em relação com diferentes manifestações artísticas
contemporâneas.
Angela Sanchez de Vera Torres (2007), na tese de doutoramento La puesta en escena del libro (a
través de Peter Greenaway). libro de artista, cine y exposición, analisa a obra de
Peter
Greenaway para estudar como se apresenta o livro num contexto artístico, passando em revisão
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as suas publicações (guiões, relatos, livros de artista, catálogos), principais exposições e
filmografia.
Peter Ettedgui é autor de duas obras que interessam para a nossa investigação: Cinematography
screencraft (1998), que contém entrevistas com alguns dos mais importantes directores de
fotografia, em que os mesmos relatam como trabalham a partir dos storyboardse Diseño de
producción y dirección artística (2002), que oferece uma visão mais ampla sobre o papel do
desenho, a nível do que se costuma designar como design production.
Mike Goodridge é autor da obra Les réalisateurs, a qual também contém exemplos de
storyboards de alguns realizadores, e entrevistas relevantes.
Leese Elizabeth é autora da obra Costume Design in the Movies: An Illustrated Guide to the
Work of 157 Great Designers (1991), considerada uma obra de referência no que concerne ao
design de guarda-roupa; Karl French é autor da obra Art by Film Directors (2004), que apresenta
exemplos variados de desenhos e pinturas de vinte realizadores; Cathy Whitlock é autora de uma
abrangente obra sobre a história do design de cenários no cinema de Hollywood: Designs on
Film: A Century of Hollywood Art Direction (2010). Por fim, muito recentemente Joyce e Trevor
Goring, eles próprios autores de storyboards de importantes filmes, publicaram uma obra
dedicada a esse tema: The Unseen Art of Hollywood: A retrospective of film storyboards (2012).
Só a partir da década de 1990 os desenhos concebidos para o cinema começaram a despertar
mais interesse, e alcançaram alguma visibilidade, com uma sucessão de exposições dedicadas
aos desenhos preparatórios e storyboards de alguns realizadores, e outros profissionais:
"Storyboard, 90 ans de dessins pour le cinéma" (1992, Palais de Tokyo, Paris); "Drawing into
Film" (1993, Pace Gallery, Nova Iorque), e "The Director’s Eye" (1996, Museum of Modern Art,
Oxford). Em anos mais recentes, há a registar ainda as exposições dedicadas aos desenhos de
Federico Fellini (2003/2004, Guggenheim Museum, Nova Iorque), Akira Kurosawa (2011,
Fundación Colección ABC, Madrid),Tim Burton (2009, MoMA, Nova Iorque; 2013,
Cinémathèque Française, Paris; 2014, Galerie hlavního mĕsta Prahy, Praga), e Gustav Deutsch &
Hanna Schimek, relativa ao filme Shirley-Visions of Reality (2013/2014, Künstlerhaus,
Nürnberg). Assinale-se ainda as seguintes exposições: David Cronenberg. Evolution no museu
Eyefilm de Amesterdão (2014), na qual esteve exposto abundante material, incluindo muitos
desenhos, storyboards, maquetas e objetos da produção de muitos filmes da carreira do cineasta
canadiano; a recente “Profession: chef décorateur” (Paris, 2014/2015), realizada na
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Cinémathèque Française, a mesma instituição em cujo site oficial está patente a exposição virtual
"Story-board de cinéma".
A nível da bibliografia sobre o tema, além de alguns textos incluídos nos catálogos das
exposições mencionadas, ainda são relativamente escassas as investigações produzidas, e
centrando geralmente a atenção apenas nos storyboards ou nos desenhos de cineastas
específicos: Hitchcock, Saul Bass, Kurosawa, Eisenstein, Tim Burton, por exemplo.
Entretanto, de alguns anos a esta parte começaram a publicar-se, cada vez em maior número,
livros dedicados a todo o processo de trabalho de pré-produção de alguns filmes – normalmente
os
de
grande
orçamento
–
que
incluem
exemplos
da
aplicação
do
desenho.
O nosso propósito é abordar a relação entre o Desenho e o Cinema num panorama mais
abrangente: ou seja, tratar a influência das artes visuais (e, em particular, o desenho) sobre o
cinema; não prestar apenas atenção ao trabalho desenvolvido pelos departamentos artísticos nas
várias vertentes, mas também aos desenhos da autoria dos próprios cineastas; a presença do
desenho como parte integrante do filme, e o desenho a partir do cinema.
Objetivos: A nossa posição é a de revalorizar os aspetos visuais do cinema (embora este englobe
várias formas de arte), para os quais muito tem contribuído o desenho, sendo certo que a sua
importância é frequentemente secundarizada: a maioria dos teóricos, historiadores e críticos de
cinema parece preferir valorizar outros aspetos, apesar de se poder afirmar que o cinema se tem
apropriado, abundantemente, de elementos extraídos dum património visual com vários séculos
de
existência,
referências
iconográficas
(e
compositivas)
dificilmente
descartáveis.
Serão abordadas as relações entre o Desenho e o Cinema, nomeadamente: a conceção visual da
narrativa fílmica através do storyboard, como uma espécie de guião gráfico – melhor dizendo,
visualiza em imagens reais aquelas apenas sugeridas no guião –; a função supervisora do
designer de produção (production designer) e/ou do diretor artístico (art director); os desenhos
técnicos e conceptuais; o desenho de espaços cénicos, adereços e artefactos; o design de guardaroupa e acessórios na criação de personagens; o desenho como parte integrante do filme; ainda, o
caso específico de alguns cineastas que, devido à sua formação artística ou prática profissional,
atribuíram (e/ou atribuem) uma importância especial ao papel do desenho no seu processo de
trabalho,
para
conceber,
propor
e
explicar
as
suas
ideias
narrativo-visuais.
Tendo em conta que o cinema tem sido considerado uma arte essencialmente narrativa, sendo
por vezes salientado para justificar esse carácter a formação (ou influência) literária da maior
parte dos realizadores como um fator determinante – omitindo o facto de muitos (alguns deles,
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O Desenho no Cinema
dos mais significativos da história do cinema) terem formação nas artes plásticas –, qual tem sido
o contributo do desenho como componente do processo de trabalho preparatório para a
realização dos seus filmes? Que formas específicas tem assumido o desenho na sua relação com
o cinema? Que benefícios trouxe a prática do desenho (e ainda traz), como “incubador” de
ideias, ao processo criativo no Cinema, e quais as suas implicações e influências? Será que o
storyboard (e outros desenhos “de continuidade”) condiciona de alguma forma a imagem
filmada?
E por último, pretendemos abordar o que consideramos o processo inverso, Do Cinema ao
Desenho: a produção artística a partir das imagens extraídas de um filme, mas também desenhos
concebidos para um filme determinado que passam a ter valor artístico autónomo, ou outros que
servem como meio auxiliar de pesquisa nos arquivos cinematográficos e para facilitar o trabalho
de montagem.
Será também objeto de reflexão o ensino do desenho, nomeadamente o da elaboração de um
storyboard, que faz parte dos currículos de alguns Cursos de Cinema ou Audiovisuais. Sendo
esta prática já uma evidência, o que levou as Faculdades a introduzi-lo nos currículos dos seus
cursos?
Metodologia
O nosso propósito é abordar o tema como efeito directo do trabalho dos cineastas e seus
colaboradores mais próximos, analisando exemplos concretos dos seus desenhos, para tal
aplicando uma metodologia essencialmente analítico-comparativa, quer quando elencamos e
discutimos questões gerais quer quando recorremos à dissecação de “estudos de caso”.
Sempre que possível, recorreremos aos depoimentos de todos os intervenientes para um melhor
esclarecimento das suas intenções e práticas, porque os entendemos como uma fonte
fundamental para a nossa investigação, pois pertencem àqueles diretamente implicados na
planificação criativa, e produção dos desenhos. Além disso, pretendemos igualmente relevar a
importância da imagem como fonte documental, enquanto alternativa viável à investigação
convencional que se socorre de outro tipo de documentos.
Salientamos também que embora a ordem cronológica não seja determinante para a nossa
investigação, que percorre a história do cinema desde os seus primórdios até à atualidade, mesmo
assim será usada como instrumento auxiliar.
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O Desenho no Cinema
Fontes documentais: realização de entrevistas; visitas a exposições, a cinematecas e museus do
cinema no estrangeiro. Filmes, vídeos, documentação fotográfica. Jornais, catálogos,
monografias de realizadores e outros profissionais, sites e bases-de-dados.
Estrutura da Tese
Introdução: projeto, estrutura e metodologia.
Capítulo I – Enquadramento das relações/influências mútuas entre o Cinema, as Artes visuais, a
Arquitetura e o Design. Estas influências foram ao longo da história do cinema um fator
determinante, e estiveram sempre presentes (em maior ou menor grau) no processo criativo de
muitos cineastas.
Capítulo II – Pré-concepção visual: os desenhos dos realizadores
A formação-base de alguns cineastas como artistas plásticos não é indiferente, e tem contribuído
para trazer uma nova visão ao cinema. Por isso, não é estranho que muitos deles utilizem o
desenho no seu método de trabalho; alguns realizadores (e não apenas aqueles com a referida
formação), com maior ou menor destreza gráfica, usam-no de forma sistemática.
Neste capítulo daremos como exemplos vários cineastas, porque entendemos que é importante
analisar autores de épocas diferentes, e também por terem estilos e características distintas.
Exemplos de realizadores a abordar: George Méliès, Alfred Hitchcock, Fritz Lang, Sergei
Eisenstein, Akira Kurosawa, John Huston, Orson Welles, Saul Bass, Federico Fellini, Satyajit
Ray, Roman Polanski, Andrzej Wajda, Ridley Scott, Terry Gillian, Martin Scorsese, Peter
Greenaway, Tim Burton, Guillermo del Toro, Jane Campion, Todd Haynes, João Botelho, etc.
Capítulo III – Concepção visual: design de produção e direcção artística
Sendo a produção cinematográfica um trabalho de equipa é relevante salientar a constituição dos
“departamentos de arte”, as funções desempenhadas pelo desenhador de produção e/ou diretor
artístico. Dos primeiros esboços e pensamentos visuais dos realizadores à sua transformação em
storyboards mais elaborados, desenhos de espaços cénicos, de artefactos e de adereços, desenhos
técnicos e desenhos conceptuais, desenhos de personagens, design de guarda-roupa e acessórios.
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O Desenho no Cinema
Capítulo IV – O desenho como parte integrante do filme
O desenho incluído em cenas fílmicas: como parte integrante das imagens, ou jogando com
imagens reais e actores de carne e osso. A representação cinematográfica do “acto de desenhar”.
Capítulo V – Do Cinema ao Desenho
Neste capítulo serão abordas as obras de artistas plásticos que se apropriam das imagens e cenas
cinematográficas para desenvolver a sua prática.
Os desenhos concebidos para um filme determinado, que passam a ter valor artístico autónomo.
Os métodos e práticas pedagógicas aplicadas à aprendizagem do desenho, por exemplo
storyboards, em vários níveis de ensino, baseados nos processos criativos do cinema.
Reflexões finais
Bibliografia
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