cultura de paz e não-violência

Transcrição

cultura de paz e não-violência
CULTURA DE PAZ
E NÃO-VIOLÊNCIA
vol. 5
Realização:
Apoio:
C O L E Ç Ã O D E
SUSTENTABILIDADE
Apresentação
COLEÇÃO DE SUSTENTABILIDADE DA
ENSEADA INDÚSTRIA NAVAL
CULTURA DE PAZ
E NÃO-VIOLÊNCIA
Os programas de Educação Ambiental e
Comunicação Social da Enseada Indústria Naval
têm como um de seus obje vos trabalhar temas
estratégicos considerados de grande relevância
para a gestão dos ecossistemas e das pessoas.
Como material de apoio aos dois programas, foi
criada uma coleção de livros temá cos ilustrados
e escritos em linguagem coloquial e acessível aos
nossos integrantes, ins tuições locais de ensino,
comunidades do entorno e suas lideranças sociais.
Os volumes abordam, de maneira didá ca,
assuntos da atualidade que estão em pauta e cuja
discussão fortalece o sen do de cidadania.
Resíduos sólidos, é ca, saúde integral, patrimônio
cultural e meio ambiente são algumas das
questões apresentadas nesta coleção, a qual
pretende aprofundar a compreensão em torno de
um dos temas centrais do século XXI: a
sustentabilidade das relações entre as pessoas e
delas com seu ambiente.
Com o lançamento desta coleção, inauguramos
mais um canal de comunicação com nossos
leitores que esperamos seja mo vador. Ao trazer
para o dia a dia temas de interesse global, nossa
intenção é que eles es mulem a reflexão de
vol. 5
C O L E Ç Ã O D E
SUSTENTABILIDADE
homens e mulheres sobre seu papel de
protagonistas na construção do seu próprio
desenvolvimento e o de suas comunidades.
A Enseada Indústria Naval, como empresa
engajada nas causas contemporâneas da
sustentabilidade, tem se empenhado na
conservação e na gestão eficiente e eficaz dos
ecossistemas e das pessoas sob a sua
responsabilidade. Por isso, acredita na atuação
diferenciada de seus integrantes e das
comunidades locais como agentes de
transformação para a construção de uma nova
consciência cole va.
Guarde com carinho este quinto volume da
Coleção de Sustentabilidade da Enseada Indústria
Naval. Aproprie‐se de seu conteúdo e assuma o
nobre papel de tornar‐se um agente de
disseminação desses valores e posturas dentro de
sua família, do seu ambiente social e do seu
espaço de trabalho.
Contamos com você!
Humberto Rangel
Diretor de Relações Ins tucionais e Sustentabilidade
Caroline Azevedo
Gerente de Sustentabilidade
O QUE SIGNIFICA
CULTURA DE PAZ?
MUITOS SÃO AQUELES QUE FALAM SOBRE
A PAZ. POUCOS AGEM PARA QUE ELA SE
CONCRETIZE.
03
MELHOR DO QUE SE PERGUNTAR O QUE É
CULTURA DE PAZ É PRATICAR TUDO DE BOM
QUE COMPROVE E REAFIRME O DESEJO DE
SE CONSTRUIR UMA CULTURA MARCADA PELA PAZ.
A
construção da
CULTURA DE
PAZ é tão
importante que uma
das missões da Organização das Nações
Unidas (ONU) é zelar pela harmonia no
relacionamento entre os países. Para
isso, a ONU proclamou o ano 2000
como o Ano Internacional por uma
Cultura de Paz e estabeleceu o período
de 2001 a 2010 como a Década
Internacional da Promoção da Paz e
Não‐Violência, para as crianças de todas
as nacionalidades.
Nessa década, em vários pontos do
planeta, muitas pessoas passaram a
discu r esse tema. A Agência das
Nações Unidas (UNESCO) apoiou
programas que transformaram esses
princípios em ações concretas. Foram
feitos muitos projetos no campo da
jus ça, da saúde, da educação e dos
direitos humanos.
A UNESCO foi a responsável pela distribuição do documento chamado
MANIFESTO POR UMA CULTURA DE PAZ E NÃO‐VIOLÊNCIA. Um
dos obje vos da en dade foi recolher 100 milhões de assinaturas de
pessoas comprome das a criar um novo mundo, baseado na
tolerância, na solidariedade e na não‐violência.
04
O primeiro documento lançado pela
ONU foi o MANIFESTO POR UMA
CULTURA DE PAZ E NÃO‐VIOLÊNCIA
(2000). Foi elaborado, na França, por um
grupo de ganhadores do prêmio Nobel
da Paz. Esse manifesto usa uma
linguagem simples para traduzir as
resoluções das Nações Unidas para
que todos os povos da terra
entendam. No documento estão
relacionados valores, a tudes e
comportamentos essenciais para
tornarem mais saudáveis as nossas
relações, nos níveis pessoal,
profissional, social e planetário.
O Brasil seguiu a orientação da
UNESCO e criou o Programa Abrindo
Espaços. Em muitos Estados essa
inicia va teve sucesso. Nos fins de
semana, por exemplo, as escolas
públicas de várias cidades abriram
suas portas para o lazer, promovendo
jogos e reuniões. Com isso, muitos
jovens encontraram locais seguros
para o entretenimento, ficando, assim,
longe das drogas e da marginalidade.
Em São Paulo, várias cidades formaram
educadores da paz. Na Bahia, o 10 de
dezembro passou a ser o Dia Estadual
da Cultura de Paz com Jus ça Social,
pela Lei nº 9.202, criada em 2004.
05
VAMOS NOS COMPROMETER
COM A CONSTRUÇÃO DA PAZ?
O QUE VOCÊ TEM FEITO PARA QUE OS
PRINCÍPIOS PROPOSTOS PELA ONU,
SOBRE A CULTURA DE PAZ, CONTINUEM
A SER EXECUTADOS ATÉ HOJE?
Para chamar a atenção das pessoas sobre
algum assunto importante, Ins tuições
escrevem MANIFESTOS.
VOCÊ SABE O QUE É UM MANIFESTO?
VAMOS CONHECER OS
6 PRINCÍPIOS DO MANIFESTO
SOBRE A CULTURA DE PAZ?
 Respeitar a vida e a dignidade de cada ser
humano, sem nenhum po de discriminação.
 Rejeitar a violência em todas as suas formas.
 Cul var a generosidade, contribuindo para o
fim da exclusão, da injus ça e da opressão
polí ca e econômica.
 Defender a liberdade de expressão e a
diversidade cultural, privilegiando sempre o
diálogo, sem ceder ao fana smo, à difamação
e à rejeição.
 Promover o consumo responsável e um modo
Manifesto é um texto, uma declaração
pública sobre princípios e intenções, com a
finalidade de alertar a comunidade sobre um
problema ou de denunciar publicamente
algo de errado que está acontecendo. Por
meio do Manifesto convoca‐se o público a
par cipar de ações transformadoras.
A intenção da ONU, ao publicar o
MANIFESTO sobre a CULTURA DE PAZ, foi
convidar pessoas e nações a se engajarem
no movimento em favor da PAZ.
06
de desenvolvimento que respeite todas as
formas de vida e preserve o equilíbrio dos
recursos naturais do planeta.
 Contribuir para o desenvolvimento da
comunidade, com a plena par cipação das
mulheres e o respeito aos princípios
democrá cos, de modo a criarmos, juntos,
novas formas de solidariedade.
NÃO BASTA, APENAS,
FAZER MANIFESTOS
É PRECISO CUMPRI‐LOS.
07
AS INICIATIVAS PROPOSTAS PELO
MANIFESTO PROVOCARAM UMA
AMPLA REFLEXÃO SOBRE AS
FORMAS DE COLOCAR EM PRÁTICA
A CULTURA DE PAZ.
ESSA CULTURA SE BASEIA NA
PREVENÇÃO E NA RESOLUÇÃO
NÃO‐VIOLENTA DOS CONFLITOS.
Ao contrário do que muitos
imaginam, não‐violência não tem
nada a ver com subserviência ou
passividade. Tem a ver com a forma
como encaramos os conflitos, que são
absolutamente normais em nossa
vida. O filho que não quer ir à escola,
o namorado que se irrita porque a
namorada saiu pra beber com os
amigos, as desavenças no trabalho, as
divergências polí cas.
Como nos ensina o filósofo francês
Jean‐Marie Muller, CONFLITO é o
confronto da vontade de cada pessoa
com a do outro, cada um querendo
vencer a resistência do outro.
08
VÁRIAS VEZES POR DIA SOMOS
OBRIGADOS A LIDAR COM
CONFLITOS, QUE APARECEM
PORQUE SOMOS DIFERENTES E
PENSAMOS DE MANEIRA
DIFERENTE UNS DOS OUTROS.
Podemos ser gen s e expor nosso
ponto de vista educadamente ou
alterar o tom de voz, assumindo uma
postura agressiva, sarcás ca ou irônica.
Ou seja, podemos reagir de maneira
violenta ou não‐violenta. Portanto, é
nosso comportamento que determina a
forma como serão conduzidos os
conflitos.
CONVERSAR É ESTAR
ABERTO PARA OUVIR
ATENTAMENTE O OUTRO,
É SE COLOCAR NO LUGAR
DELE PARA TENTAR
ENTENDER SEU PONTO
DE VISTA.
09
O QUE ESTAMOS FAZENDO
PARA CULTIVAR A PAZ E
DIZER NÃO À VIOLÊNCIA?
NÓS TODOS DEVEMOS NOS COMPROMETER
A MELHORAR, CADA VEZ MAIS, O NOSSO
PLANETA BASEANDO‐NOS NA TOLERÂNCIA,
NA SOLIDARIEDADE E NA NÃO‐VIOLÊNCIA.
Vivemos numa época em que,
diariamente, somos ví mas da violência
expressa em diferentes formas. Somos
autores ou espectadores da violência
em nossas casas, no trabalho e nas ruas.
A violência se manifesta de várias
maneiras e em diferentes graus: na
discussão agressiva entre marido e
mulher; na opressão às nossas crianças;
na fome imposta a milhões de pessoas
no mundo; nos maus‐tratos aos animais
e à natureza; na proibição de se pra car
determinada religião ou de expressar
ideias livremente.
NA CULTURA DE PAZ,
CONVERSAR É A CONDUTA
RECOMENDADA PARA
RESOLVER CONFLITOS.
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11
VIOLÊNCIA, A MAIOR
AMEAÇA À PAZ
Entramos numa discussão dispostos a “vencer” a
qualquer preço, cheios de razão e de verdades
absolutas, esquecendo que cada um de nós tem sua
lista própria de verdades absolutas.
Tentamos impor nossa maneira de resolver problemas
ou insis mos em convencer o outro de que nossa
opinião é mais “correta” do que a dele. Toda vez que
agimos dessa forma, estamos pra cando um pequeno ato
de violência. Essa desavença pode evoluir para um bate‐
boca ou, dependendo do grau de intolerância e de
agressividade entre os envolvidos, virar uma briga feia.
Gandhi inspirou os maiores pacifistas do nosso tempo,
valorizando o diálogo como forma de solucionar conflitos.
Cada vez que conseguimos vencer nossa raiva, adiando a vontade
de “responder à altura”, ou que enfrentamos com calma uma
divergência, conseguindo expressar nossos sen mentos, estamos
sendo construtores da paz.
Assim como Gandhi, vários líderes da humanidade tornaram‐se
famosos por semear a paz e personificar a não‐violência, mesmo
quando eram ví mas da violência. Esse caminho foi ensinado, entre
outros, também por MANDELA E IRMÃ DULCE.
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13
MAHATMA GANDHI, AQUELE QUE LIBERTOU
A ÍNDIA RECORRENDO À
NÃO‐VIOLÊNCIA
Grande líder indiano, Mahatma Gandhi lutou,
PACIFICAMENTE, durante 40 anos para livrar
seu país do domínio dos ingleses e tornou‐se
famoso por pra car a não‐violência.
Um dos conceitos mais abrangentes sobre a
não‐violência é da autoria de Gandhi. Ele
entende a NÃO‐VIOLÊNCIA como sendo a
a tude que renuncia a matar ou a causar
danos aos outros seres vivos por meio de
pensamentos, palavras ou ações. Para Gandhi,
nenhum obje vo, por melhor que seja,
jus fica o uso de meios violentos ou
contrários à moral.
Gandhi nha uma aparência frágil e fala
mansa. Ele é o símbolo do pacifismo.
Durante 40 anos conduziu o povo indiano
em PROTESTOS NÃO‐VIOLENTOS contra
os colonizadores ingleses e finalmente,
em 1947, a Índia conquistou a
independência. O país, então, se
dividiu em dois, dando
origem ao Paquistão.
na África do Sul, onde realizou as primeiras
ações de RESISTÊNCIA PACÍFICA contra
as injus ças. Mais tarde, de volta à Índia,
ele conseguiu mobilizar seu povo a seguir
sua doutrina da não‐violência. Ela se
baseava em quatro princípios: A VERDADE,
O AMOR, A NÃO‐VIOLÊNCIA E A
NÃO‐COOPERAÇÃO (com as medidas e as
leis impostas pelos ingleses).
Gandhi também ficou conhecido por seus
pensamentos e sua filosofia. O tulo de
Mahatma (que significa alma grande)
expressa o respeito e a veneração dos
indianos por seu grande líder.
Todo 30 de janeiro se comemora O DIA DA
NÃO‐VIOLÊNCIA em homenagem a Gandhi,
que morreu nessa data, no
ano de 1948. Ele foi
assassinado a ros por
um hindu inconformado
com a divisão da Índia.
Nascido na Índia em 1869, Gandhi
estudou Direito na Inglaterra e
começou a trabalhar como advogado,
14
15
Nelson Mandela foi um importante líder
polí co da África do Sul, que lutou contra
o sistema de apartheid, no seu país. O
termo apartheid significa "vida
separada". Esse sistema racista se
oficializou em 1948, na África do Sul, e
obrigava os negros a viverem separados
dos brancos.
"SONHO COM O DIA EM QUE
TODOS COMPREENDERÃO
QUE FORAM FEITOS
PARA VIVEREM COMO
IRMÃOS."
Os negros não nham poder, nem
direitos polí cos, econômicos ou sociais
e eram controlados pelos brancos. A luta
de Nelson Mandela contra esse sistema
de discriminação foi da como modelo
mundial de resistência.
NELSON
MANDELA
16
Como advogado dos direitos humanos,
Mandela dedicou 67 anos de sua vida a
essa causa. Mas foi a forma com que
enfrentou os brancos que o tornou
famoso. Ele sempre seguiu e pregou os
princípios da NÃO‐VIOLÊNCIA na
defesa dos direitos dos negros. Por isso
que ele se tornou o maior líder da África
negra e um dos homens mais admirados
do mundo.
Mandela nasceu numa família de nobreza
tribal, mas preferiu deixar seu território para
estudar e, depois, atuar poli camente em
favor da igualdade entre brancos e negros.
Logo se tornou líder da RESISTÊNCIA
NÃO‐VIOLENTA da juventude africana.
Em 1955 foi o responsável pela “Carta da
Liberdade”, documento no qual defendia o
fim do apartheid.
Era chamado de “madiba” (nome do seu clã)
e de “tatá” (pai), porque era do como o pai
da moderna nação sul‐africana. Foi
perseguido, ficou preso durante 27 anos e,
mesmo na prisão, incen vou a luta contra a
discriminação racial no país.
Em 1994, tornou‐se o primeiro presidente da
África do Sul livre. Foi reverenciado por todas
as nações e a ONU ins tuiu o 18 de julho,
data em que nasceu, como o Dia
Internacional Nelson Mandela. Exemplo de
luta pela liberdade, pela jus ça e pela
democracia. Mandela faleceu em 5 de
dezembro de 2013, aos 95 anos, em sua
residência, em Johannesburgo.
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Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes,
conhecida como Irmã Dulce, a Beata
Dulce dos Pobres, recebeu do povo
baiano o apelido carinhoso de "O ANJO
BOM DA BAHIA". Religiosa católica,
essa brasileira dedicou a vida às obras
de caridade e de assistência aos
pobres, enfermos e necessitados.
Aos 13 anos, Irmã Dulce começou a
manifestar o desejo de ser religiosa,
passando a ajudar os mendigos e os
doentes. Com a permissão dos seus pais,
fez da casa da família um centro de
atendimento às pessoas necessitadas. Foi
uma a vista do primeiro movimento
cristão operário da Bahia. Tempos depois,
ajudou a criar o Círculo Operário da Bahia,
que nha como foco a defesa dos direitos
dos operários.
Dedicou‐se, inicialmente, à educação, mas
percebeu que sua missão era, realmente,
trabalhar para as obras sociais. Depois de
muita peregrinação, instalou seus doentes
num galinheiro do Convento Santo
Antônio, cujo albergue deu origem ao
Hospital com o mesmo nome.
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Pode‐se afirmar que Irmã Dulce era
a vista da PAZ, entendida enquanto
AMOR incondicional pelo “OUTRO”.
Ela dizia:
COM AMOR, FÉ E
DEDICAÇÃO É POSSÍVEL
TRANSFORMAR A
REALIDADE EM QUE
VIVEMOS.
Sua vida foi dirigida pelo respeito e pelo
cuidado com o outro. Irmã Dulce
costumava dizer, com devoção:
“MINHA RELIGIÃO É A DO
AMOR E MINHA
LINGUAGEM É A DO
CORAÇÃO!”
IRMÃ DULCE, COM O SEU JEITO
AMOROSO, FOI CONTRA A VIOLÊNCIA
E A FAVOR DA PAZ, DIZENDO:
“AS PESSOAS QUE
ESPALHAM
AMOR
NÃO TÊM TEMPO
NEM DISPOSIÇÃO
PARA JOGAR
PEDRAS”.
O "anjo bom da Bahia" morreu
aos 77 anos, mas sua obra
con nua sendo conduzida por
aqueles que nela acreditam.
19
EM SEU TRABALHO EM FAVOR
DA NÃO‐VIOLÊNCIA, GANDHI
INSISTIA NA IMPORTÂNCIA DA
EDUCAÇÃO
PARA A PAZ.
A educação para a paz é entendida
como um processo educa vo con nuo e
permanente, baseado em valores
humanís cos como o respeito, a
solidariedade, a tolerância, a busca pela
igualdade. O obje vo é FORMAR
CIDADÃOS CONSCIENTES de que
todos os povos têm direito à liberdade e
à felicidade.
É a EDUCAÇÃO PARA A PAZ que ajuda
a desenvolver uma cultura capaz de
despertar, nas pessoas, um
entendimento crí co da realidade. Uma
sociedade educada para a Paz é aquela
que se empenha na construção de uma
sociedade mais justa e igualitária.
20
Todo esse caminho de transformação
social depende da cooperação entre as
pessoas. E essa cooperação começa
pelo entendimento. A COMPREENSÃO
DAS FALHAS, FRAGILIDADES E
LIMITAÇÕES DAS PESSOAS NOS
AJUDA A SER MAIS TOLERANTES
COM O OUTRO. Essa a tude, que
Gandhi chama de compaixão, é um
passo fundamental para evitar que os
conflitos se transformem em brigas.
O próprio Gandhi considerava os
conflitos posi vos, quando incen vavam
o diálogo. Ele sabia que, ao expor nossas
ideias, temos de abrir espaço para os
argumentos de quem não concorda com
elas. O DIÁLOGO DEVE SER PACÍFICO.
Defender nossos pontos de vista sem
nos tornarmos violentos e agressivos é
um dos exercícios mais eficazes da
educação para a paz.
NÃO SE DEVE USAR A FORÇA NEM
DISCUTIR COM AGRESSIVIDADE
PARA RESOLVER UM CONFLITO. O
DIÁLOGO É A EXPRESSÃO MAIOR DA
NÃO‐VIOLÊNCIA
21
A EDUCAÇÃO É UM DOS
INSTRUMENTOS MAIS
EFICIENTES PARA MUDAR
O MUNDO.
EDUCAÇÃO
Por meio da
aprendemos
que para se viver a Paz é preciso:
 ter harmonia com a gente mesmo, com o
outro e com o meio ambiente;
 agir não apenas sem violência, mas ter
intenções não‐violentas;
 ter respeito e cuidado pelo OUTRO;
 pra car a solidariedade e a tolerância.
ENFIM, PELA EDUCAÇÃO,
BUSCA‐SE A VERDADE E
A CONVIVÊNCIA EM
HARMONIA
COM
COM AS
AS
22
DIFERENÇAS.
23
A UNESCO CHAMA A NOSSA
ATENÇÃO, QUANDO DIZ: COMO AS
GUERRAS SE INICIAM NA MENTE DO
HOMEM, É TAMBÉM NA MENTE DO
HOMEM QUE A DEFESA DA PAZ DEVE
SER CONSTRUÍDA.
A EDUCAÇÃO,
A CIÊNCIA E
A CULTURA
Como nas escolas tradicionais não nos
ensinam a dialogar, vários centros de
formação humanís ca oferecem cursos
de diálogo pacífico. Para lidar com
situações de conflito de maneira posi va
é preciso aprender algumas técnicas.
Conheça algumas delas:







são essenciais para a formação da
mentalidade das pessoas. Então,
podemos dizer que o
CONHECIMENTO
COLABORA COM A
CONSTRUÇÃO DA
PAZ.
A FALTA DE PAZ É, TAMBÉM,
CONSEQUÊNCIA DA FALTA DE UMA
EDUCAÇÃO HUMANÍSTICA.
24



Escolha o momento e o lugar
certos para falar;
Não interrompa o outro;
Relaxe e tenha paciência;
Esteja atento à sua linguagem
corporal (evite gestos agressivos);
Escute com interesse, preste
atenção, em vez de ficar pensando
no seu próximo argumento;
Não dê sermão;
Faça perguntas do po: "Fulano,
essa situação não tá legal. Eu
queria saber o que você acha disso
tudo. O que está pegando entre
nós? Qual a sua opinião?" Ao
invés de: "Você não vai com minha
cara? Que foi, não gostou? Tá
achando ruim?"
Cuidado com o "achismo". Não
tome decisões a par r do que
você acha ou daquilo que você
imagina. Ex.: "Eu vou convidar
aquela pessoa só por convidar,
mas tenho certeza que ela não vai
aceitar." "Só pela cara dessa moça,
ela deve ser uma chata".
Não perca o controle;
Não ofenda.
25
DIGA NÃO À VIOLÊNCIA.
ANTES DE BRIGAR PROCURE
ENTENDER AS RAZÕES DO
OUTRO. COLOQUE‐SE NO
LUGAR DELE E TENTE
ESCUTAR. DIGA COMO SE
SENTE E PROCURE CONTER A
AGRESSIVIDADE.
A palavra violência, apesar de
significar vigor, força, rigor,
dureza, autoridade e poder,
geralmente só é empregada
no sen do nega vo de
agressão, brutalidade e
crueldade.
VAMOS MUDAR
ESSA SITUAÇÃO
TRABALHANDO
PARA A PAZ?
No Português existem certas
palavras que, embora tenham
vários significados, acabam se
popularizando no seu sen do
nega vo. É o caso da palavra
VIOLÊNCIA.
26
Apesar de também significar
veemência e impetuosidade,
VIOLÊNCIA é mais empregada no
sen do da VIOLAÇÃO, termo que se
aplica bem aos atos de restrição aos
direitos humanos.
A violência, enquanto violação, pode
a ngir os direitos civis (como a invasão
da privacidade e proteção desigual para
ricos e pobres); os direitos sociais
(como dificuldade de acesso aos
serviços de saúde, educação, segurança
e habitação); os direitos econômicos
(expressados pelo acesso desigual a
oportunidades de emprego e excesso
de poder do sistema bancário); os
direitos culturais, religiosos e polí cos
(explícitos na restrição à par cipação
polí ca e proibição de votar).
O termo VIOLAÇÃO é usado,
também, no sen do de desrespeito,
de negação. É negar ao OUTRO o
direito de manifestar seu potencial
como ser humano, discriminando,
boicotando, inibindo seu
comportamento.
27
"A VIOLÊNCIA NÃO É FORÇA, MAS,
SIM, UMA FRAQUEZA. ELA NUNCA
PODERÁ SER CRIADORA DE COISA
ALGUMA; APENAS É DESTRUIDORA
DE TUDO."
Benede o Croce.
"A VIOLÊNCIA NÃO É CAPAZ DE
FAZER DESAPARECER A VIOLÊNCIA. A
HUMANIDADE NÃO PODE SE LIVRAR
DA VIOLÊNCIA A NÃO SER POR MEIO
DA NÃO‐VIOLÊNCIA."
Gandhi
SEMPRE QUE REPRIMIMOS AS
IDEIAS DE ALGUÉM OU
RIDICULARIZAMOS SUAS OPINIÕES,
ESTAMOS VIOLANDO SUA
HUMANIDADE. AGINDO ASSIM
ESTAMOS SENDO VIOLENTOS.
Ah! Você estará enganado ao pensar
que a PAZ é, apenas, a ausência de
conflitos, a falta de violência ou o estado
de harmonia entre as pessoas ou
nações. Nada disso! A Paz relaciona‐se,
também, com a energia:
28
 NO PLANO MENTAL: mediante
pensamentos posi vos e a construção
do conceito de cidadania planetária.
 NO PLANO EMOCIONAL: acolhendo
os sen mentos de cooperação,
fraternidade e alteridade
(reconhecimento do outro).
A PROMOÇÃO DA PAZ ESTÁ NO RECONHECIMENTO
DA IMPORTÂNCIA DE TODOS OS SERES,
NA CONTINUIDADE DA VIDA.
NA CONSTRUÇÃO DA PAZ, É
URGENTE QUE COOPERAÇÃO
E AMOR CAMINHEM
LADO A LADO.
 NO PLANO FÍSICO: mediante a
experiência da saúde integral.
A ideia de paz apresenta‐se como uma
necessidade mundial, pois se liberta do
significado vinculado à guerra e ganha
espaço e importância por se relacionar
com as diversas dimensões do ser
humano.
EXISTEM MUITAS FORMAS DE SE
BUSCAR A PAZ. UMA DELAS É
COLOCAR‐SE NO LUGAR DO OUTRO,
ISTO É, VIVER O PRINCÍPIO DA
ALTERIDADE.
Alteridade significa ser capaz de aprender
com o outro, respeitar seus direitos e,
principalmente, respeitar suas diferenças.
29
QUEM BUSCA A PAZ PREOCUPA‐SE
COM A DIGNIDADE HUMANA.
LOGO, PREOCUPA‐SE COM A VIDA.
A BUSCA PELA PAZ
COMEÇA EM CASA.
Precisamos entender que a violência não
acontece com alguém, apenas na rua. Acontece
dentro das nossas casas, nas nossas famílias,
nos nossos bairros, nas escolas e no trabalho.
Ela a nge a cada um de nós quando nos
achamos no direito de agredir, xingar, humilhar
e até matar, para fazer valer a nossa vontade ou
aquilo que acreditamos ser o certo.
A falta de Paz começa com a violência familiar.
Essa violência se expressa de várias formas:
sica, psicológica, sexual ou pela negligência ou
indiferença. Alguns pais confundem atos
violentos com “forma de educar”. Acham
natural bater nos filhos, alegando que esse é
um direito dos pais. Ao proceder dessa maneira,
agem como se fossem proprietários dos seus
filhos.
A esse po de abuso se dá o nome de violência
intrafamiliar. Ela a nge, de maneira mais
frequente, parceiros ín mos (namorados, casais
hetero ou homossexuais, ex‐namorados, casais
separados), crianças, adolescentes e idosos.
30
A violência, em geral, passa de geração para
geração. Com a desculpa de que "o meu pai
me criou assim", muitas pessoas insistem
em impor aos filhos a sua autoridade pela
força sica. Desse modo, no século XXI,
ainda existem cas gos severos e surras, em
lugar de conselhos e diálogos.
Para garan r a integridade sica e moral de
crianças e adolescentes, foi sancionada a Lei
da Palmada, também chamada de "Menino
Bernardo", que proíbe os pais de recorrerem
aos tapas como forma de punição.
Pais que maltratarem os filhos serão
encaminhados a programas oficiais de
proteção à família, para receber cursos de
orientação e tratamento psicológico. Eles
também serão adver dos por um juiz da
Vara da Infância.
QUANDO SE BATE EM UMA CRIANÇA,
ELA APRENDE A BATER TAMBÉM. É
COMO EDUCÁ‐LA PARA SER VIOLENTA. A
CRIANÇA ENTENDE QUE O CAMINHO
PARA SOLUCIONAR OS PROBLEMAS É A
FORÇA. E APRENDE QUE, QUANDO
SENTE RAIVA DE ALGUÉM, PODE BATER.
31
A EDUCAÇÃO NOS ENSINA, AINDA, QUE
UMA DAS FORMAS DE DEMONSTRAR
RESPEITO PELAS PESSOAS É NÃO TER
PRECONCEITO.
Falamos tanto em “respeitar as diferenças”,
mas temos a maior dificuldade em colocar
em prá ca esse princípio básico.
QUAL É, ENTÃO, A RELAÇÃO ENTRE
PRECONCEITO E VIOLÊNCIA?
O PRECONCEITO é uma violência contra o
ser humano e uma AMEAÇA À PAZ. Ele se
manifesta sempre que não aceitamos as
DIFERENÇAS DO OUTRO. Os pos mais
comuns de preconceito são aqueles
baseados em etnia, classe social, orientação
sexual e deficiência.
O preconceito social, por exemplo, acontece
quando uma pessoa bem sucedida
discrimina os mais pobres. A não‐aceitação
dos direitos dos homossexuais, na nossa
sociedade, tem gerado mais do que
discussões: muitos gays têm sido espancados
e até mortos por aqueles que não respeitam
sua orientação sexual.
A intolerância religiosa, que considera a
religião dominante como única e verdadeira,
também é uma forma de preconceito, assim
como considerar uma etnia superior a outra.
Hitler, por exemplo, achava que os alemães
eram superiores aos outros povos e que a
Alemanha era melhor que os outros países.
Esse preconceito acabou provocando a
Segunda Guerra Mundial.
Quantas pessoas ainda consideram um
elogio classificar alguém como um “negro de
alma branca”? As expressões magia negra e
ovelha negra, por exemplo, são entendidas
como bruxaria e pessoa de comportamento
condenável.
A imagem nega va associada às palavras
PRETO e NEGRO é reflexo do preconceito e
da discriminação. Às vezes, usamos certas
expressões tão naturalmente que nem
percebemos o quanto elas são ofensivas.
Quando alguma coisa é feia, ruim, nos causa
cansaço ou desconforto, costumamos dizer
que a “coisa está preta”.
ESSAS IDEIAS SÃO FALSAS E DEIXAR DE
REPRODUZÍ‐LAS É UMA FORMA DE SE
POSICIONAR A FAVOR DA PAZ.
O tempo passa, falamos sobre a construção
da paz, mas con nuamos a u lizar
expressões que discriminam, apesar da
nossa Cons tuição Federal falar sobre
liberdade, direitos e deveres iguais.
VOCÊ JÁ PENSOU QUE MUITA
COISA QUE VOCÊ DIZ, MESMO
SEM A INTENÇÃO DE FERIR, É
PRECONCEITO?
O PRECONCEITO, QUANDO
INCORPORADO À NOSSA FALA,
TORNA AS DISCUSSÕES MAIS
AGRESSIVAS.
32
33
A FORÇA DOS
PROVÉRBIOS
Há muitas expressões preconceituosas
que, de tão repe das, acabam sendo
aceitas como verdades. Estas frases
feitas, além de discriminar as mulheres,
contribuem para jus ficar atos de
violência contra elas:
 O papel mais importante da mulher é
cuidar da casa.
 Cabe ao homem a úl ma palavra nas
decisões importantes da casa.
 A mulher deve tolerar a agressão do
marido, se for para manter a família
unida.
 Não admito que minha parceira me
peça pra usar camisinha.
 Trocar fraldas, dar banho e alimentar
as crianças é responsabilidade da
mãe.
 Evitar a gravidez é obrigação da
mulher.
34
Quando o agressor se aproxima, a mulher
aperta o botão. Uma viatura policial
chega imediatamente. Em Minas Gerais,
os acusados têm que usar tornozeleiras.
 Não sei por que estou batendo, mas
ela sabe por que está apanhando.
Provérbios como “manda quem pode,
obedece quem tem juízo” reforçam a
crença de que é natural dar a úl ma
palavra àqueles que detêm o poder –
seja o pai, o chefe ou o namorado
ciumento.
MUITAS PESSOAS
AINDA ACREDITAM
QUE, POR DEPENDEREM
FINANCEIRAMENTE OU
EMOCIONALMENTE DE
ALGUÉM, DEVEM ABRIR
MÃO DA PRÓPRIA
INDIVIDUALIDADE. POR
ESSE MOTIVO, MULHERES
VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA CONTINUAM
AO LADO DE UM
COMPANHEIRO AGRESSOR.
IMPORTANTE
CONHECER!
A LEI MARIA
DA PENHA
An gamente, os condenados por
violência contra a mulher nham
apenas de distribuir cestas básicas e
fazer trabalho comunitário. A Lei Maria
da Penha mudou isso. Diante da certeza
da punição, muitos homens violentos
agora pensam duas vezes antes de agir.
Em alguns Estados, medidas prá cas
vêm sendo tomadas para evitar que o
agressor chegue perto de sua ví ma. No
Espírito Santo, cem mulheres receberam
o botão do pânico, com um GPS.
Aprovada em 2006, a Lei Maria da Penha
ganhou esse nome por causa da
farmacêu ca cearense que sofreu duas
tenta vas de assassinato por parte do
marido. Inconformada porque ele só
pegou dois anos de prisão, Maria da
Penha lutou durante 19 anos para que ele
fosse punido. Para isso, teve de recorrer
aos tribunais internacionais, que
condenaram o Brasil pelo descaso com a
questão.
A lei ampliou o conceito de violência
domés ca, que durante décadas se
resumiu à agressão sica.
Consequências da Lei
 Só irá ocorrer pedido de prisão se o réu
for reincidente;
 O juiz pode determinar que ele saia de
casa imediatamente (mesmo que a casa
seja dele);
 Ele pode ser preso caso se aproxime da
mulher;
 A pena máxima de prisão é de 3 anos.
35
AGORA,
TODO TIPO DE VIOLÊNCIA
É CRIME E QUALQUER
HOMEM QUE
PRATICAR VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA SERÁ
PUNIDO.
Isso só acontece por causa da existência da
Lei Maria da Penha. Essa lei deses mula e
previne a violência contra a mulher.
No Brasil, durante muitos anos, somente a
agressão sica era considerada violência
domés ca. Agora, pode ser condenado qualquer
homem que pra car violência psicológica
(humilhação), moral (chamar a mulher de
vagabunda, por exemplo), patrimonial (deixar a
mulher sem dinheiro, esconder seus
documentos) ou sexual (obrigá‐la a fazer sexo)
contra sua mulher, namorada, companheira ou
qualquer outra mulher com quem tenha
man do um relacionamento.
36
Sempre que for agredida, a mulher deve prestar
queixa numa delegacia, para que sejam tomadas
medidas legais de proteção à sua integridade sica,
psicológica e moral.
Um dos fatores que mais colaboram com a violência
domés ca é o silêncio. A ví ma fica anestesiada
pelo sen mento de vergonha e pela perda de
autoes ma. Quando é ofendida, prefere se calar e
fica imobilizada pelo terror constante de “provocar”
a ira do agressor.
DENUNCIAR A VIOLÊNCIA
É UMA FORMA DE EXERCER
NOSSA CIDADANIA.
DIGA NÃO
AO SILÊNCIO
LIGUE 180. Esse serviço 24 horas presta orientações
às mulheres. Ele é gratuito, aceita chamada
anônima, informa como a ví ma deve agir e indica
os locais mais próximos onde pode procurar ajuda.
37
O ESFORÇO PELA
PAZ É UMA
BANDEIRA QUE DEVE
SER LEVANTADA,
DIARIAMENTE, E
HASTEADA, SEMPRE, NAS
NOSSAS CONSCIÊNCIAS.
DIGNIDADE
E VIDA
VIOLÊNCIA E
PRECONCEITO
PESSOAS DIGNAS TAMBÉM SÃO ÉTICAS.
A palavra “ÉTICA” vem do grego “ethos”
que significa “MODO DE SER” ou
“CARÁTER”. A moral e a é ca têm
finalidades semelhantes: são ambas
responsáveis por construir as bases que vão
guiar a conduta do homem, determinando
seu caráter e suas virtudes, e por ensinar a
melhor forma de agir e de se comportar em
sociedade.
O PRECONCEITO é um po de VIOLÊNCIA que
destrói o que a DIGNIDADE pretende defender.
DIGNIDADE é o valor que reveste tudo aquilo que
não tem preço.
DIGNIDADE é uma qualidade própria do ser
humano, porque o homem é a única criatura capaz
de se submeter livremente às leis morais – aquele
conjunto de valores e princípios que orienta a vida
em sociedade. Os dez mandamentos, por exemplo,
são leis morais.
A pessoa digna é aquela que age com decência e
hones dade e cujo comportamento merece o
respeito dos seus semelhantes. Já aquele que é
38
maldoso, fofoqueiro, manipulador e
preconceituoso ou que gosta de rar
vantagem dos outros é uma pessoa indigna.
A ÉTICA
ESTÁ RELACIONADA
COM A JUSTIÇA SOCIAL,
COM A VIDA,
COM A NÃO‐VIOLÊNCIA
E COM A PAZ.
O RESPEITO e a SOLIDARIEDADE ao
próximo são valores morais e é cos
relacionados à dignidade humana, assim
como o entendimento de que todos somos
iguais. De acordo com os princípios é cos,
qualquer sofrimento desnecessário
imposto a qualquer membro da sociedade
é considerado imoral. Por isso, as pessoas
dignas têm o dever é co de lutar contra as
injus ças sociais, que provocam as
desigualdades entre os homens. Do
contrário, não estaremos reconhecendo o
legí mo direito de todos os seres humanos
a uma vida digna
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REFERÊNCIAS
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FICHA TÉCNICA
DIRETORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
E SUSTENTABILIDADE
Humberto Rangel
GERÊNCIA DE SUSTENTABILIDADE
Caroline Azevedo
TEXTO
Denise Ribeiro (MTb 12379)
Marilene Sampaio
EDIÇÃO
Denise Ribeiro
REVISÃO
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ILUSTRAÇÃO
Marilene Sampaio
PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO
Luciano Roba o
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desenvolvido pela Enseada Indústria Naval,
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1ª Edição, 06 de Outubro/2014
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