atividade analgésica de um doador de hno/noˉ no modelo da

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atividade analgésica de um doador de hno/noˉ no modelo da
ATIVIDADE ANALGÉSICA DE UM DOADOR DE HNO/NOˉ NO
MODELO DA FORMALINA EM CAMUNDONGOS. Ana Carla Zarpelon1,
Mário Marchesi, Katrina Miranda, Sergio Henrique Ferreira, Fernando de Queiroz
Cunha, Waldiceu Aparecido Verri Junior.
RESUMO
Introdução: No presente estudo foi utilizada uma droga capaz de sofrer desprotonização
simples, o que lhe confere a capacidade doadora de HNO/NOˉ. A desprotonização do HNO
gera o ânion nitroxil, altamente reativo. Existem evidências de que o óxido nítrico apresenta
atividade tanto pró- quanto antinociceptiva dependendo do modelos nociceptivos estudado e
das doses de doadores/inibidores da síntese de óxido nítrico utilizadas. Contudo, o papel de
diferentes formas de óxido nítrico como por exemplo o NOˉ, ainda não foi investigada. Assim,
no presente estudo foi avaliado se o doador de HNO/NOˉ apresenta atividade antinociceptiva
no modelo de formalina. Neste modelo, a formalina é injetada na pata traseira de camundongos
induzindo um comportamento nociceptivo característico e repetitivo de sacudidas da pata
(“flinches”). Ainda, esse comportamento nociceptivo é caracterizado por duas fases. A
primeira é chamada de fase neurogênica e ocorre logo após a injeção da formalina entre 0-5
minutos. Nesta fase, ocorre a ativação dos nociceptores (fibras sensitivas responsáveis pela
condução da informação dolorosa) locais pela serotonina e histamina que são liberadas em
resposta ao estímulo com a formalina. A segunda fase ocorre entre 15-30 minutos após a
injeção da formalina, e é chamada de fase inflamatória. Nesta fase o comportamento de
flinches é inibido pelo tratamento com inibidores da cicloxigenase e inibidores da produção ou
ação de citocinas (TNF-α, IL-1β, CINC-1). Assim, esses mediadores são liberados em resposta
a formalina e agem nos seus receptores presentes nos nociceptores ativando-os ou agindo em
outras células induzindo a liberação de outros mediadores que agem em seus receptores nos
nociceptores. Dessa forma, o modelo da formalina é amplamente utilizado e apresenta uma
reação complexa envolvendo tanto a ativação quanto a sensibilização dos nociceptores com
mecanismos neurogênicos e inflamatórios.
Objetivo: Avaliar o possível efeito analgésico de um doador de HNO/NOˉ no modelo de
flinches induzidos pela injeção intraplantar (subcutânea plantar) de formalina.
Material e Métodos: Os testes foram realizados em camundongos Swiss machos com peso
entre 20 e 25 gramas, provenientes do biotério central da Universidade de São Paulo, campus
de Ribeirão Preto. Os camundongos foram pré-tratados por via subcutânea com o doador de
HNO/NOˉ nas doses de 0.3, 1.0 e 3.0 mg/Kg 40 minutos antes da injeção de 30 µL de
formalina 2,5% intraplantar. A resposta comportamental de sacudidas da pata foi avaliada
durante 30 minutos. Este estudo está de acordo com as normas para utilização de animais
experimentais da Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) e foram aprovados
pelo Comitee de Ética Experimental da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
Resultados: O tratamento com o doador de HNO/NOˉ inibiu o comportamento de flinches em
ambas as fases do teste da formalina de maneira dose-dependente. A dose de 3 mg/Kg inibiu
Ana Carla Zarpelon1 – Acadêmica do curso de Biomedicina. Centro Universitário de Maringá.
E-mail: [email protected]. Fone: (44)9124-8888/(44)3026-2742.
Profa. Katrina Miranda – University of Arizona, Tucson, EUA.
Acadêmico Mário Marquesi – Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, USP.
Prof. Sergio Henrique Ferreira, Prof. Fernando de Queiroz Cunha e Pós- Doutorando
Waldiceu Aparecido Verri Junior ([email protected] ou [email protected]) –
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.
em 41% e 30% o número de flinches na primeira e segundas fases do teste da formalina,
respectivamente.
Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem que o tratamento com doador de HNO/NOˉ
pode representar uma nova terapia analgésica. Seus mecanismos de ação estão sendo
investigados.
Palavras-chave: Nitroxil; Formalina; Dor.
Ana Carla Zarpelon1 – Acadêmica do curso de Biomedicina. Centro Universitário de Maringá.
E-mail: [email protected]. Fone: (44)9124-8888/(44)3026-2742.
Profa. Katrina Miranda – University of Arizona, Tucson, EUA.
Acadêmico Mário Marquesi – Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, USP.
Prof. Sergio Henrique Ferreira, Prof. Fernando de Queiroz Cunha e Pós- Doutorando
Waldiceu Aparecido Verri Junior ([email protected] ou [email protected]) –
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.