características do intraempreendedor

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características do intraempreendedor
CARACTERÍSTICAS DO INTRAEMPREENDEDOR
Cassiano Bringhenti
Castorina Baron Zimmer Da Ré
Gilda Maria Souza Friedlaender
Maria Cristina de Araújo Niederauer
Florianópolis, 1999.
SUMÁRIO
Características do Intraempreendedor ..................................................... 3
Necessidades................................................................................................. 4
Estudos referentes a personalidade ....................................................... 6
Conhecimentos............................................................................................. 8
Habilidades ................................................................................................ 12
Valores........................................................................................................ 14
Comportamento do Intraempreendedor ................................................ 17
Perfil do Intraempreendedor ................................................................... 22
Bibliografia................................................................................................. 26
Características do Intraempreendedor
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CARACTERÍSTICAS DO INTRAEMPREENDEDOR
Os intraempreendedores são pessoas que se realizam através de suas idéias e
estão inseridos em uma organização. A realização de seus projetos ocorre através de um
processo de comportamento já reconhecido em diversas pesquisas tanto na área do
empreendedorismo quanto na de intraempreendedorismo.
Assim como os empreendedores que são automotivados para abrir seu próprio
negócio, responsabilizando-se por todas as atividades inerentes ao processo, o
intraempreendedor o faz da mesma forma, porém buscando na organização a
infraestrutura e a segurança que lhe permite dedicar-se integralmente ao seu
intraempreendimento.
A importância de estudar o processo de comportamento está no fato de que as
empresas são constituídas de pessoas e somente funcionarão se as mesmas estiverem
ocupando seus cargos e desempenhando suas funções de acordo com o que lhes foi
solicitado. São os indivíduos que planejam ou ordenam, decidem onde e como utilizar
equipamentos, aperfeiçoam técnicas empregadas em serviços, asseguram o capital
necessário e tomam decisões nas áreas contábeis e fiscais (CHIAVENATO, 1994).
Contudo, para compreender os procedimentos das organizações, é preciso
estudar o comportamento dos seus indivíduos, respeitando o ser humano como pessoa
(dotada de características próprias de personalidade, aspirações, valores, necessidades,
motivações e objetivos individuais) e como recursos (dotada de habilidades,
conhecimentos e competências, necessários para desenvolver uma determinada tarefa
organizacional).
A bibliografia indica que são quatro as características básicas que formam o
perfil
do
empreendedor.
Essas
características
podem
ser
intraempreendedores, levando-se em consideração a sua personalidade.
adaptadas
aos
Características do Intraempreendedor
4
As quatro características básicas são:
•
Necessidades
•
Conhecimentos
•
Habilidades
• Valores
NECESSIDADES
Segundo LEZANA (1995), a necessidade é um déficit ou a manifestação de um
estado de desequilíbrio interno do indivíduo. Ela pode ser satisfeita, frustrada
(permanecer no organismo) ou compensada (transferida para outro objeto). A
necessidade surge quando se rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando um
estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio.
Por outro lado, BERGAMINI (1990) conceitua a necessidade como uma
condição no interior do indivíduo que o dinamiza e predispõe para certos tipos de
comportamentos.
Maslow apud AZEVEDO (1997) classifica as necessidades em primárias
(fisiológicas e de segurança) e secundárias (sociais, de estima e auto-realização), sendo
que, num determinado instante, estas se apresentarão em posições relativamente
diferenciadas:
• as necessidades fisiológicas são as necessidades humanas básicas para a
própria subsistência, isto é, alimento, sono, higiene;
• a necessidade de segurança é essencialmente a necessidade de estar livre de
perigos, em outras palavras, constitui-se na auto-preservação;
Características do Intraempreendedor
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• a necessidade social consiste na necessidade de se pertencer a vários grupos
e de ser aceito por estes;
• a necessidade de estima envolve tanto a auto-estima como a necessidade de
reconhecimento por parte dos outros. A satisfação dessa necessidade de
estima produz sentimentos de confiança em si mesmo, de prestígio, de poder
e de controle;
•
a auto-realização é a necessidade que as pessoas sentem de maximizar seu
próprio potencial, seja ele qual for. É o desejo de tornar-se aquilo de que se é
capaz.
Uma representação gráfica da hierarquia das necessidades é apresentada na
figura a seguir.
Hierarquia das Necessidades
Segundo Murray apud TONELLI (1997), as necessidades representam uma força
originária da região cerebral que organiza a percepção e a apreciação do processo de
comportamento. Nesse sentido, é possível inferir a respeito do tipo de necessidades em
Características do Intraempreendedor
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jogo, à medida que se observe o comportamento aparente. Dois fatores compõem essas
necessidades. O primeiro é de ordem qualitativa, representado pelo tipo de objetivo ou
motivo para o qual é dirigida a ação. O segundo diz respeito ao aspecto energético ou
quantitativo, caracterizado pela força ou intensidade desse motivo na direção do
objetivo. Além disso, essas necessidades podem manifestar-se quando estão em estado
de atividade ou latentes, quando ainda não encontraram uma forma evidente de
expressão.
Na visão de Murray diferentes necessidades podem ocorrer simultaneamente,
sendo que, neste caso, é gerado um conflito. Uma das necessidades será ou poderá se
tornar, num determinado momento, a mais forte, em cujo caso é chamada necessidade
prepotente e exigirá satisfação antes das necessidades concorrentes.
Esta característica é responsável pela busca incessante do homem de se
satisfazer. Todo o comportamento é influenciado pelas necessidades, uma vez que
possibilita a satisfação das mesmas.
ESTUDOS REFERENTES A PERSONALIDADE
O trabalho pioneiro realizado acerca das características comportamentais dos
empreendedores foi conduzido por David McClelland, em 1961 apud LONGEN (1997).
McClelland realizou vários estudos sobre a questão da motivação e desenvolveu
uma teoria sobre a motivação psicológica, baseado na crença de que o estudo da
motivação contribui significativamente para o entendimento do empreendedor, e que
também pode ser utilizado para o intraempreendedor. Segundo sua teoria de motivação
psicológica, as pessoas são motivadas por três necessidades:
a. necessidade de realização
b. necessidade de afiliação
c. necessidade de poder
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A necessidade de realização é a necessidade que o indivíduo tem de por a prova
seus limites, de fazer um bom trabalho. É uma necessidade que mensura as realizações
pessoais. Pessoas com alta necessidade de realização são pessoas que procuram
mudanças em suas vidas, estabelecem metas e colocam-se em situações competitivas,
estipulando também para si, metas que são realistas e realizáveis.
A necessidade de afiliação existe apenas quando há alguma evidência sobre a
preocupação em estabelecer, manter, ou restabelecer relações emocionais positivas com
outras pessoas.
A necessidade de poder é caracterizada principalmente pela forte preocupação
em exercer poder sobre os outros.
Os indicadores comportamentais que caracterizam cada uma dessas necessidades
são descritos a seguir:
Necessidade de Realização
•
Competir com seus próprios critérios;
•
encontrar ou superar um padrão de excelência;
•
visar uma única realização;
•
usar feedback;
•
visar obter metas de negócio de longo prazo;
•
formular planos para superar obstáculos pessoais ambientais e de negócios.
Necessidade de Afiliação
•
Visar estabelecer laços de amizade, ser aceito;
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•
procurar fazer parte de grupos sociais;
•
sentir grande preocupação pelo rompimento de uma relação interpessoal
positiva;
•
possuir uma elevada preocupação com as pessoas na sua situação de trabalho.
Necessidade de Poder
•
Executar ações poderosas;
•
despertar fortes reações emocionais nas outras pessoas;
•
estar sempre preocupado com a reputação, status e posição social;
•
visar sempre superar os outros.
PINCHOT (1985) afirma que os intraempreendedores têm como características
de necessidades a liberdade e acesso a recursos da empresa. São orientados para metas e
automotivados, mas também reagem às recompensas e ao reconhecimento da empresa.
São indivíduos que põem a mão na massa. Podem saber como delegar, mas quando
necessário fazem o que deve ser feito (ação). Gostam de riscos moderados, não temem
serem demitidos e por isso vêem pouco risco pessoal.
CONHECIMENTOS
A palavra conhecimento tem diversos significados, entretanto não há uma
definição de conhecimento que possa ser aceita de modo geral. No Brasil a palavra
conhecimento pode significar conscientização, saber, cognição, sapiência, percepção,
Características do Intraempreendedor
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ciência, experiência, qualificação, discernimento, competência, habilidade prática,
capacidade, aprendizado, certeza e assim por diante (SVEIBY, 1998).
TOBAL & SERAFIM (1999) definem o conhecimento como uma capacidade
de agir. A capacidade que uma pessoa tem de agir continuamente é criada por um
processo de saber.
Autores como BROOKS & BROOKS (1997) afirmam que o homem constrói
seu próprio conhecimento do mundo em que vive. Ele procura instrumentos que
auxiliem a compreender suas próprias experiências. A experiência o leva a concluir que
algumas pessoas são generosas e outras são pobres de espírito, que governo
representativo pode funcionar ou não, que o cubo tem seis lados, que a maior parte das
pessoas gostam de elogios. Estes são alguns das centenas de milhares de conhecimentos,
uns mais complexos do que outros, que se constróem através de reflexões, a partir da
interação com objetos e idéias
Cada um sente o mundo sintetizando novas experiências a partir daquilo que já
havia previamente entendido. Freqüentemente, o homem encontra um objeto, uma idéia,
um relacionamento ou um fenômeno que não faz sentido para ele. Quando confrontado
com tais dados ou percepções, ele interpreta o que vê conforme o conjunto de regras
que tem ou gera um novo conjunto de regras que melhor se adapte para perceber o que
está acontecendo. Isto, de acordo com PIAGET & INHELDER (1971), ocorre porque o
conhecimento não vem do sujeito nem do objeto, mas da unidade dos dois.
SVEIBY (1998) inspirado nas teorias de Michael Polanyi (que desenvolveu sua
teoria do conhecimento tácito no final da década de 1940 e início da de 1950), acredita
que o conhecimento possui quatro características:
•
O conhecimento é tácito: não pode ser descrito por meio de palavras por ser
principalmente tácito, ou seja, sempre se sabe mais do que se pode expressar. Os
indivíduos utilizam, mudam ou adaptam os conceitos à luz de suas experiências e
reinterpretam a linguagem utilizada para expressá-los. Quando uma palavra ou um
conceito novo é incorporado a um sistema de linguagem antigo, um influencia o
outro. O conhecimento prático é - em grande parte - tácito.
Características do Intraempreendedor
•
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O conhecimento é orientado para a ação: Constantemente gera-se novos
conhecimentos através da análise das impressões sensoriais que se recebe (quanto
mais sentidos empregados no processo melhor), perdendo os antigos. Essa qualidade
do conhecimento é dinâmica e é refletida em verbos como aprender, esquecer,
lembrar e compreender. É uma habilidade pessoal inalienável e intransferível, cada
pessoa o constrói individualmente.
•
O conhecimento é sustentado por regras: o conhecimento está baseado em regras
que não mudam com facilidade. As regras sustentam o processo de saber, mas
também o restringem. As regras permitem agir com rapidez e eficácia sem ter que
parar para pensar no que se está fazendo, mas também tendem a permitir que se
tomem as coisas por certo. Constantemente e inconscientemente adota-se padrões e
percepções mais ou menos fixos ao se reagir ao mundo que nos rodeia. Assim, a
maior dificuldade não está em persuadir as pessoas a aceitar as novas idéias, mas em
abandonar as antigas.
•
O conhecimento está em constante mutação: os novos conhecimentos sempre
adquirem nuances dos conhecimentos que já se possui. Pode-se articular ou
transmitir partes dos conhecimentos de modo a ser correspondido. Sempre se sabe
mais do que é expressado, ou seja, o resultado é que o que foi articulado e
formalizado é menos do que aquilo que se sabe de modo tácito.
Os conhecimentos do intraempreendedor estão baseados em (adaptado de DE
MORI et al, 1998):
•
aspectos técnicos relacionados com o negócio: procuram saber todas as minúcias
que envolvem o processo de produção. Se o intraempreendedor tem uma idéia ele a
leva a sério, trata-a como uma idéia de negócio. Se alguma área o preocupa ele
trabalha um pouco mais nela, tendo sempre em mente o seu intraempreendimento;
•
experiência na área comercial: procura ter sempre suas atenções voltadas afim de
satisfazer as necessidades dos clientes, seja adaptando ou inovando. Após verificar
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as necessidades do cliente tenta adequar as necessidades da corporação e também as
suas como intraempreendedor;
•
escolaridade: conhecimentos que se adquirem com o sistema formal de ensino.
Com frequência é alto, em particular em campos técnicos;
•
formação complementar: busca novas informações a fim de atualizar-se. Busca
informações para obter um bom planejamento de suas ações;
•
experiência em empresas: busca descobrir como funciona cada um dos setores da
empresa a fim de ter uma visão do seu funcionamento global e também como outras
empresas desempenham essas funções. Ele coleta informações, faz estudos da
concorrência, pesquisa a clientela, atrai uma equipe e levanta fundos ou a obtenção
da permissão para prosseguir. Como está inserido dentro das organizações, o
intraempreendedor conhece as empresas e como estas funcionam.
PINCHOT (1985) afirma que o intraempreendedor geralmente utiliza a intuição
como forma de conhecimento. Mesmo com bons conhecimentos da realidade dos
negócios e do mercado, eles são auxiliados por uma capacidade para imaginar
realidades de negócios e organizacionais da forma como seus clientes irão reagir à
inovação. Os intraempreendedores passam muito tempo construindo e testando seus
modelos mentais. Eles vêem o marketing, a produção, as finanças, o projeto e as pessoas
como um sistema integrado. Sua visão de cada uma dessas áreas pode não ser tão boa
como aquela do homem do marketing, do fabricante ou do financista, mas o
intraempreendedor tem a capacidade de ver o negócio como um todo, como poderá
funcionar e então agir com coragem para fazê-lo acontecer.
Esta capacidade de visualizar os passos desde a idéia até a realização é uma das
características básicas do conhecimento do intraempreendedor.
Características do Intraempreendedor
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HABILIDADES
Habilidade é a facilidade para utilizar as capacidades físicas e intelectuais.
Manifesta-se através de ações executadas a partir do conhecimento que o indivíduo
possui, por já ter vivido situações similares. À medida que se pratica ou enfrenta
repetidamente uma determinada situação, a resposta que a pessoa emite vai se
incorporando ao sistema cognitivo (LONGEN, 1997).
Além de incorporar a resposta, pode ocorrer que o indivíduo incorpore o método
utilizado para emitir esta resposta. Desta forma, ele terá adquirido uma outra habilidade
que poderá utilizar para enfrentar situações diversas.
A capacidade é o potencial da pessoa, para realizar um tipo específico de
atividade, embora uma habilidade seja composta de reações condicionadas,
memorizações e respostas selecionadas, cada uma delas quando integrada numa
habilidade, se torna modificada. O padrão da habilidade, considerado como um todo,
adquire características próprias e inconfundíveis.
Quando se desenvolve uma habilidade, acrescenta-se algo novo ao sistema
psicológico.
A habilidade depende da aquisição do conhecimento, isto significa que
habilidade não é inata, ela se manifesta no desempenho.
A criatividade também é uma habilidade. Para se ter sucesso não é
imprescindível ser criativo, é, entretanto, importante conhecer o pensamento criativo.
Pode se tornar útil algum dia para resolver seus próprios problemas, ou para gerenciar
pessoas criativas, sendo necessário saber o que os provocam.
Em várias ocasiões da vida há necessidade de se tornar criativo, ter soluções
criativas. É prudente saber como estimular e utilizar sua criatividade inerente.
Criatividade é um valioso dom quando se pode utilizá-la para antecipar mudanças no
comportamento de empreender.
Características do Intraempreendedor
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O intraempreendedor deve estar atento aos desafios que lhe surgem para poder
resolvê-los com conhecimento e habilidade exigidos.
A habilidade de identificação de novas oportunidades se relaciona com a
habilidade de perceber o que os outros não percebem e de visualizar muito mais longe
que os demais. A identificação de oportunidades depende muito da criatividade e da
capacidade de pensar de modo inovador. O indivíduo que possui esta habilidade está
sempre atento às informações que possam aumentar seu conhecimento relativo ao seu
empreendimento para que possa criar, implantar e desenvolver novas soluções.
A habilidade de valoração de oportunidades e pensamento criativo atribui valor
aquilo que se apresenta como uma oportunidade. A avaliação crítica é essencial para
distinguir entre boas e más oportunidades. As iniciativas inovadores são poucas, pois
em nosso atual sistema educativo não está incorporado o desenvolvimento da
criatividade e da avaliação, ou seja, o aluno durante seu aprendizado não é estimulado a
buscar dentro de si criatividade para resolução dos pequenos problemas, tornando este
lado de sua personalidade um tanto inerte.
A habilidade de comunicação persuasiva é a capacidade de convencer os outros
a respeito da pertinência de uma idéia. A comunicação pode ocorrer de diversas formas
como: visual, não verbal, oral ou escrita. Pode-se dizer que um intraempreendedor tem a
habilidade da comunicação quando consegue transmitir claramente sua idéia, tornando-a
um projeto executável com adesões no processo de desenvolvimento.
A habilidade de negociação é a habilidade de convencer os outros, através da
comunicação, a respeito da pertinência de uma idéia. Os empreendedores/
intraempreendedores, geralmente, começam com apenas uma idéia na cabeça. Para
transformar esta idéia em realidade precisam, primeiramente, convencer os amigos,
parentes e patrocinadores a acreditar e investir em seu novo projeto. Mais tarde deverá
persuadir as pessoas a fazerem o que ele acredita que é importante.
A habilidade na aquisição de informações é a capacidade de saber coletar, reunir
e agrupar informações de maneira a serem úteis em seu objetivo. A questão da
informação revela-se como um fator diferenciador no desempenho geral da empresa. A
Características do Intraempreendedor
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posse de informações sobre mercados, processos gerenciais e avanços tecnológicos,
entre outros, apresenta-se intrinsecamente relacionada com a posição comparativamente
mais sólida e saudável que o empreendimento venha a adquirir.
A habilidade de resolução de problemas: é saber como utilizar sistematicamente
operações mentais para encontrar respostas, assim enfrentar os desafios e superar os
obstáculos. Para resolução de problemas, o maior entrave é a identificação correta dos
mesmos. Há vários processos envolvidos na criação e desenvolvimento de um novo
empreendimento, criando um conjunto único de problemas, desafios e crises. Cabe ao
empreendedor/intraempreendedor a tarefa de encontrar o melhor estilo, que lhe
proporcione a forma ideal de revolucionar e gerar soluções inovadoras.
VALORES
Os valores têm o significado de normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou
mantidos por indivíduo, classe, sociedade, etc. (FERREIRA, 1994)
Para EMPINOTTI (1994) valores são entendidos como um conjunto de crenças,
preferências, aversões, predisposições internas e julgamentos que caracterizam a visão
de mundo do indivíduo. São fundamentais no estabelecimento dos aspectos culturais
que muito contribuem para o desenvolvimento das características individuais.
Apresentam-se organizados numa hierarquia diferenciada para cada indivíduo, na qual
haverá valores prioritários em relação aos outros. Segundo o autor, o valor manifesta-se
nas atitudes e comportamentos expressando as virtudes que caracterizam os indivíduos.
Valor é uma concepção de algo desejado, implícita ou explicitamente, distinto de
um indivíduo ou característico de um grupo, que influi na seleção dos meios e dos fins
da ação a partir de modalidades disponíveis na interpretação de Kluckhohn apud
PERRON (1997).
Características do Intraempreendedor
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A maioria dos estudiosos da questão dos valores, concordam que estes são
constituídos por três componentes fundamentais: um é o de natureza cognitiva, pois o
aspecto da valoração, implica em um processo de abstração, de representação e de
avaliação, tendo como resultado o estabelecimento de significações formais; um outro
de natureza afetiva, em decorrência do investimento afetivo envolvido, e por último um
componente de ordem comportamental, visto que torna-se uma variável mediadora que
conduz a uma seleção de comportamentos frente a um determinado contexto.
Dentre os principais valores pode-se destacar (adaptado de DE MORI et al, 1998):
•
existenciais: quando referem-se à vida em todos os aspectos,
dimensões e níveis: saúde, alimentação, etc. Incluem também o trabalho, salário,
economia, produção, circulação e várias outras formas de investimento lucrativo.
Os valores existenciais, por serem os mais abrangentes, constituem-se num dos
principais referenciais na constituição da visão de mundo das pessoas;
•
estéticos: são os valores ligados à sensibilidade, desde os sensoriais
relacionados aos cinco sentidos até a arte mais requintada e suas múltiplas
formas de expressão. Haja vista a música, a pintura, a escultura, a arquitetura, o
teatro, as belas artes, enfim, toda a forma de expressão de sentimentos a cujo
cultivo a pessoa sempre esteve voltada e atraída;
•
intelectuais: São os valores relacionados com o intelecto do
indivíduo, o qual é o instrumento privilegiado da pessoa humana na conquista do
saber. É através da inteligência que se processa a leitura da realidade. Seu
cultivo e aprimoramento é reconhecidamente importante;
•
morais: são relacionados com a moralidade, pois são um conjunto de
doutrinas, princípios, normas e padrões orientadores do procedimento humano,
correto e honesto. É no pleno exercício e aplicação dos valores éticos que se
forma o homem honesto, virtuoso, cumpridor de seus deveres;
Características do Intraempreendedor
•
religiosos:
são
os
valores
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ligados
à
atitudes
religiosas,
manisfestadoras da necessidade que o homem tem de manisfestar seus mais
profundos sentimentos religiosos.
Os valores caracterizam a visão de mundo dos indivíduos. Percebe-se facilmente
sua relação com o comportamento, pois, os valores influenciam as diversas etapas do
processo comportamental estudado anteriormente.
Particularmente, na etapa da decisão, eles têm papel significativo. O critério para
levar a cabo uma decisão será fundamentado nos valores do indivíduo. Assim, a
alternativa a ser escolhida deverá obedecer os valores vigentes à época.
Da mesma forma, os intraempreendedores farão uso de seus valores para tomar
decisões referentes à organização.
Do ponto de vista organizacional, os valores do empreendedor e do
intraempreendedor adquirem um especial significado, pois, é através dos valores que a
pessoa determina suas aspirações. Portanto, os valores definirão o que gostariam de
fazer em relação a sua vida pessoal e à sociedade.
KATZ (1986), ao estudar a questão da capacitação de administradores, faz uma
referência em relação aos valores: "Uma parte importante do processo é o auto-exame
do aluno quanto aos seus próprios conceitos e valores, que pode capacitá-lo a
desenvolver conceitos mais úteis a seu respeito e acerca dos outros. Com a mudança de
atitude, espera-se que também ocorra um aprimoramento no trato com problemas
humanos".
Os intraempreendedores são autoconfiantes e corajosos. São otimistas quanto à
capacidade de superar o sistema e as dificuldades por ele impostas. Preferem símbolos
de liberdade ao invés de status tradicionais. Historicamente, segundo PINCHOT (1985),
eles vêm da classe média, têm boas relações com os pais e já trabalharam em pequenas
organizações.
Novas pesquisas são necessárias para que se possa estabelecer o perfil atual
desses profissionais.
Comportamento do Intraempreendedor
17
COMPORTAMENTO DO INTRAEMPREENDEDOR
Relata Bridges apud MACHADO (1999) que as transformações no mercado de
trabalho decorrem basicamente da revolução técnico-científica, na utilização de novos
materiais e na organização do trabalho e da gestão empresarial. Torna-se necessário
expandir o perfil das habilidades daqueles que pretendem permanecer ou conquistar seu
espaço no mercado de trabalho, levando em conta características como participação,
iniciativa, raciocínio lógico e discernimento.
A atitude é colocada por MACHADO (1999) como a característica pessoal mais
decisiva no atual ambiente das organizações. Além desta, há também o conhecimento e
a perspectiva que apresentam papel fundamental. Juntas, essas características, formam
os atributos de atitude.
O conjunto de capacidades e talentos que definem o
intraempreendedor é
diferente daquele do indivíduo tradicional que escala a hierarquia corporativa ou do
mais recente colaborador individual. Os intraempreendedores necessitam de capacidade
para a formação de grupos e de bons conhecimentos da realidade dos negócios e do
mercado. Embora não necessitem dos talentos políticos dos gerentes tradicionais, eles
precisam claramente serem líderes. E, mais do que os gerentes tradicionais, devem
tomar decisões rápidas na ausência de dados confiantes.
Embora as tarefas do intraempreendedorismo levem as pessoas a certos padrões,
não existe uma fórmula estabelecida para a determinação prévia de quem pode ser
intraempreendedor.
As
pessoas
tornam-se
intraempreendedoras
quando
as
circunstâncias as levam a um ato de vontade: a decisão de transformar um conceito de
negócio em realidade dentro da empresa em que trabalham, sem levar em conta as
barreiras e os riscos, através de suas atitudes, conhecimentos e perspectivas.
Segundo a avaliação de PINCHOTT (1985), as características que definem o
comportamento do intraempreendedor são: visão, polivalência, necessidade de agir,
Comportamento do Intraempreendedor
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prazer em realizar pequenas tarefas, visão e ação, dedicação, prioridades, metas,
superação de erros e administração de riscos.
•
Visão: capacidade de imaginar, ver a sua obra acabada, nos mínimos detalhes,
dentro da mente. Construir na mente um modelo da nova invenção. Quando se pensa
em fazer um produto, não é apenas para o cliente; deve-se pensar em maneiras de
fazer melhor para a empresa. A visão do intraempreendedor não é apenas uma vaga
idéia de uma meta, nem somente uma imagem clara do produto ou serviço. Ela é um
modelo operacional de todos os aspectos do negócio que está sendo criado e dos
passos necessários para fazê-los acontecer. O intraempreendedor tem a capacidade
de ver como um negócio, como um todo, poderá funcionar, e então agir com
coragem e decisão para fazê-lo acontecer.
•
Polivalente: como no início as pessoas não conseguem entender as idéias do
intraempreendedor, os mesmos resolvem ultrapassar os limites da empresa a fim de
fazer aquilo que é função de outras pessoas. Para que seu negócio inicie e prospere,
os intraempreendedores devem cruzar as barreiras que dividem a empresa em
funções e assumir as responsabilidades por todos os aspectos do mesmo.
•
A necessidade de agir: os intraempreendedores são, naturalmente, orientados para a
ação. Ao invés de planejar indefinidamente, eles começam, quase de imediato, a
fazer algo para realizar seus planos. Um dos traços mais importantes dos
intraempreendedores é a falta de disposição para aceitar um não como resposta.
•
Em busca do prazer das pequenas tarefas:
os intraempreendedores não se
importam em executar trabalhos que estejam abaixo de sua posição. Eles executam
as tarefas triviais que são parte de todo novo projeto. Ao invés de fazer desenhos
Comportamento do Intraempreendedor
elaborados
e
esperar
um
longo
tempo
19
até
que
seja
produzido,
os
intraempreendedores fazem rascunhos e produzem eles mesmos. Essa tendência de
por a mão na massa faz com que o serviço saia e os ajuda a ficarem literalmente em
contato com todos os aspectos de seu intraempreendimento. Sua capacidade de
tomar decisões rápidas e, quando necessário, pensar em mudanças radicais de
planos, em termos de seu impacto sobre todos os aspectos no negócio, depende de
eles estarem em contato direto com o intraempreendimento.
•
Visão e Ação: os intraempreendedores são, ao mesmo tempo, pensadores e
executores, planejadores e trabalhadores. Eles precisam ser assim pois ninguém irá
realizar seus sonhos por eles, e nem eles o quereriam. Até que se tornem reais suas
visões, ninguém entende seu significado.
•
Dedicação: o intraempreendedor é totalmente dedicado ao seu negócio. Não se
importa de ficar horas depois do expediente ou mesmo trabalhando nos finais de
semana afim de desenvolver um novo negócio ou produto. Sua dedicação é tão
extrema que eles quase não tem tempo ou atenção para outros aspectos da vida.
Uma das razões pelas quais os sistemas tradicionais de desenvolvimento de produtos
não podem competir com o intraempreendedorismo é que eles são demasiadamente
burocráticos para encorajar a dedicação ou soltar as rédeas. Quando são divididas
as funções em tarefas separadas, é negado ao intraempreendedor o caráter de
responsabilidade e o entusiasmo que inspiram a dedicação total.
•
Estabelecendo as prioridades internas: a maior parte dos intraempreendedores
conseguem sucesso perseguindo empreendimentos que adquiram significado
profundamente pessoal. Eles acreditam que o mundo necessita do produto que eles
propõem, que o mesmo será uma contribuição valiosa. Os intraempreendedores são
comprometidos com suas idéias, frequentemente mantendo e aperfeiçoando a
mesma visão durante anos, objetivando principalmente a renda psicológica.
Comportamento do Intraempreendedor
•
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Estabelecendo metas autodeterminadas: os intraempreendedores costumam tomar
a iniciativa de fazer coisas que não lhe foram pedidas. As metas que eles
estabelecem para si próprios são concretas e mensuráveis. Elas são estabelecidas
inicialmente em incrementos semanais e abrangem, com os objetivos, planos de
cinco a dez anos.
•
Estabelecendo altos padrões internos: para o intraempreendedor não basta que
outras pessoas achem que a qualidade esteja boa o suficiente. Eles tem pouca
satisfação em aderir a padrões impostos por outros e podem até ignorá-los. Ao
mesmo tempo, estabelecem para si mesmos padrões internos muito elevados nas
áreas que consideram importantes. Sua luta constante pela excelência, quando
combinada com uma boa dose de paciência e uma falta de respeito pela tradição,
parece resultar em novos produtos e serviços de qualidade superior, em prazos
muitas vezes quase irreais.
•
Superando (não evitando) erros e fracassos: os intraempreendedores tendem a
confiar em seus talentos e nas perspectivas de seus negócios. Mesmo quando é
óbvio para todos que o cercam que eles fracassaram, os intraempreendedores
costumam ver as coisas de modo diferente. Eles enfrentam o fracasso não como um
desastre pessoal, mas como uma experiência de aprendizado. Vêem a si mesmos
como responsáveis por seu próprio destino; como resultado, não tendem a culpar
outros pelo seu fracasso, mas sim focalizar a parte que estava sob seu controle e
pensar em como poderia ter feito melhor. Lidar com erros e fracassos é muito
importante para o intraempreendedor, porque fazer coisas novas está ligado a
cometer erros, inclusive grandes erros. E quando algo sai errado, eles procuram ver
o que podem aprender com isso.
Comportamento do Intraempreendedor
•
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Administrando o risco: é comum algumas empresas pedir aos intraempreendedores
que assumam riscos. O objetivo disto é que quando você põe algo importante para si
em jogo, o comprometimento se torna muito maior, diminuindo assim os riscos de
descomprometimentos ou de um futuro abandono em troca de uma oferta melhor.
Ser intraempreendedor é um estado de espírito. O primeiro passo para se tornar
um e deixar de ser um empregado tradicional é ter a coragem para deixar que sua
própria imaginação e discernimento lhe digam que direção tomar; volta-se novamente
para a atitude.
Atualmente as empresas estão saindo da Era Industrial e entrando na Era da
Inovação e Conhecimento, exigindo que a busca por um caminho melhor seja uma
tarefa de todos. O intraempreendedorismo oferece uma alternativa para as pessoas que
possuem talentos a serem desenvolvidos. Através do uso das características
comportamentais acima descritas, é possível fazer a ligação entre os gerentes e os
inventores, contribuindo para que as novas idéias se transformem em realidades
lucrativas.
Perfil do Intraempreendedor
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PERFIL DO INTRAEMPREENDEDOR
As mudanças profundas pelas quais vem passando o mundo, neste final de
século, incluem transformações na prática do trabalho. No mundo do trabalho, os
desafios estão basicamente relacionados às grandes mudanças em sua organização, aos
cada vez mais surpreendentes avanços tecnológicos e, com isso, às novas expectativas
relativas ao desempenho dos profissionais, que passam a enfrentar mercados
globalizados e exigentes em produtividade e competitividade. Em função disso, exige-se
do trabalhador um perfil de habilidades cada vez mais abrangentes de acordo com
Willian Bridges apud MACHADO (1999).
O novo perfil valoriza traços como participação, iniciativa, raciocínio lógico e
discernimento, de maneira a contribuir para que a empresa progrida . Isso é corroborado
por Pastore apud MACHADO (1999), que reafirma que o trabalhador necessita ter
iniciativa na tomada de decisões e assuma uma postura correta diante do trabalho, que
se traduza em aprender o tempo todo.
MACHADO (1999) afirma que as organizações necessitam de profissionais que
consigam reunir a excelência intelectual a virtudes como sentimento de cooperação,
capacidade de reflexão, fluência verbal e, principalmente, iniciativa. Este novo perfil
exigido do trabalhador assemelha-se ao perfil do intraempreendedor.
Para Irving
GROUSBECK (1997) para se tornar um intraempreendedor a
pessoa precisa:
•
ter desejo intenso de “empreender” (inovar) na organização em que está vinculado;
•
ser conhecido como um líder na organização;
•
ter um time com habilidades para auxiliá-lo;
Perfil do Intraempreendedor
•
23
ter o desejo e habilidade para ser o “campeão” dos produtos e serviços que
desenvolve;
•
saber como realizar o trabalho, orientando sua equipe, apenas contando com o
apoio/aval do patrocinador;
•
ter bom relacionamento com os superiores que acreditam em seu trabalho e
“patrocinam” o mesmo;
•
ter o respeito de todos aqueles que o cercam, incluindo seu chefe, tanto imediato
quanto ao superior;
•
trabalhar numa direção pré estabelecida por ele mesmo;
•
ter a capacidade de visualizar a idéia e todas as etapas para sua realização,
imaginando e planejando para então trabalhar e executar a idéia;
•
conseguir manipular o sistema para adequar a seus interesse.
Segundo PINCHOT (1985) o perfil do intraempreendedor possui as seguintes
peculiaridades:
•
motivos principais: o que motiva o intraempreendedor é a liberdade e acesso aos
recursos da organização. Orienta-se por metas e automotivado, mas também reage
ao reconhecimento da organização;
•
orientação quanto ao tempo: metas finais de 3-15 anos, dependendo do tipo de
empreendimento.
Urgência
para
atender
cronogramas
auto-impostos
ou
organizacionais;
•
ação: põe a mão na massa. Pode saber como delegar, mas quando necessário faz o
que deve ser feito;
Perfil do Intraempreendedor
•
24
habilidades: muito semelhantes ao empreendedor, mas a situação exige maior
capacidade para prosperar dentro da organização. Necessita de ajuda neste aspecto.
Conhece muito intimamente o negócio. Mais agudez para negócios do que
habilidade gerencial ou política. Freqüentemente com formação técnica, se está em
um negócio técnico. Pode ter sido responsável por lucros ou perdas na antiga
organização;
•
coragem e destino: autoconfiante e corajoso. Muitos intraempreendedores são
cínicos a respeito do sistema, mas otimistas quanto à sua capacidade de superá-lo;
•
atenção: tanto dentro como fora da organização. Vende aos de dentro as
necessidades de risco e do mercado, mas também focaliza os clientes;
•
risco: gosta de riscos moderados. Em geral não teme ser demitido, portanto, vê
pouco risco pessoal;
•
pesquisa de mercado: faz sua própria pesquisa e avaliação intuitiva do mercado,
como o empreendedor;
•
status: considera os símbolos de status tradicionais uma piada - prefere símbolos de
liberdade;
•
fracasso e erro: sensível à necessidade de parecer disciplinado na corporação.
Tenta ocultar os projetos arriscados, então pode aprender com os erros sem o custo
político do fracasso público;
•
decisões: gosta de fazer os outros concordarem com sua visão. Algo mais paciente e
disposto que o empreendedor, mas ainda um executor;
•
a quem serve: agrada a si mesmo, aos clientes e patrocinadores;
•
atitude em relação ao sistema: não gosta do sistema, mas aprende a manipulá-lo;
•
estilo de solução de problemas: resolve problemas dentro do sistema ou passa por
cima dele, sem deixá-lo;
Perfil do Intraempreendedor
25
•
histórico familiar: passado de pequena empresa, profissional liberal ou agricultor;
•
relacionamento com os pais: relações melhores com o pai, mas ainda instáveis;
•
histórico sócio-econômico: classe média;
•
nível de Instrução: com freqüência alto, em particular em campos técnicos, às
vezes não;
•
relacionamento com os outros: transações dentro da hierarquia.
Pode-se, resumidamente, definir o intraempreendedor como sendo uma pessoa
que:
•
é persistente;
•
trabalha arduamente;
•
segue seu próprio objetivo;
•
é decidido e auto confiante;
•
é otimista;
•
orienta-se por seu objetivo e não para obter status ou dinheiro;
•
é flexível;
•
orienta detalhes, quando necessário;
•
assume riscos razoáveis (pequenos).
Algumas vezes segundo GROUSBECK (1997) o intraempreendedor se torna:
• rabugento;
• ressente-se quando dizem o que fazer;
• intolerante quanto a incompetência ( falta de habilidade) por ser exigente com
seus colaboradores.
26
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