projeto político pedagógico - COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA

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projeto político pedagógico - COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA
1
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA - ENS. FUNDAMENTAL E ENS.
MÉDIO
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico foi
elaborado pelos professores, equipe
pedagógica, funcionários e comunidade
escolar do Colégio Estadual Alvorada
da Infância – Ensino Fundamental e
Médio com a finalidade de explicitar a
identidade da Escola, suas metas e seus
planos de ação.
KALORÉ
2011
2
SUMÁRIO
1.APRESENTAÇÃO .............................................................................................
5
2. INTRODUÇÃO ..................................................................................................
6
2.1. Identificação e Histórico da Escola …............................................................
8
2.2. Aspectos Históricos do Colégio......................................................................
9
2.3. Níveis e Modalidades de Ensino Ofertado.....................................................
16
2.4. Forma de Organização da Escola..................................................................
18
3. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS, JUSTIFICATIVA E FILOSOFIA DA
ESCOLA................................................................................................................ 19
3.1 Objetivos Gerais .............................................................................................
19
3.2 Objetivos Específicos......................................................................................
19
3.3 Justificativa.....................................................................................................
22
3.4 Filosofia da Escola..........................................................................................
23
4. MARCO SITUACIONAL....................................................................................
24
4.1 Problemas diagnosticados em 2011................................................................
30
4.2 Conselho Escolar.............................................................................................
33
4.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários..................................................
34
4.4 Professores e Alunos Representantes de Turmas….......................................
36
4.5 Princípios da Gestão Democrática.................................................................
37
4.6 Docentes..........................................................................................................
39
4.7 Técnicos Pedagógicos.....................................................................................
40
4.8 Equipe Pedagógica..........................................................................................
40
4.9 Apoio................................................................................................................
40
4.10 CELEM …................................................................................................................... 41
4.11 Programa de Atividades Complementares Curriculares no Contraturno …..
42
4.12 Sala de Apoio à Aprendizagem ….................................................................
42
4.13 Situação atual …............................................................................................
42
4.14 Análise dos índices de Aprovação, Evasão e Repetência …........................
43
5.0 MARCO CONCEITUAL …..............................................................................
46
5.1 Concepção de Homem....................................................................................
47
5.2 Concepção de Sociedade …...........................................................................
48
5.3 Concepção de Escola......................................................................................
49
3
5.4 Concepção de Educação.................................................................................
50
5.5 Concepção de Cultura.....................................................................................
51
5.6 Concepção de Trabalho..................................................................................
53
5.7 Concepção de Tecnologia …..........................................................................
54
5.8 Concepção de Cidadania …...........................................................................
55
5.9 Concepção de Conhecimento ….....................................................................
55
5.10 Concepção de Ensino Aprendizagem ….......................................................
56
5.11 Concepção de Avaliação …...........................................................................
58
5.12 Concepção de Currículo................................................................................
59
5.13 Concepção de Alfabetização e Letramento …..............................................
61
5.14 Concepção de Gestão …...............................................................................
63
5.14.1 Gestão Democrática …..............................................................................
63
5.14.2 Gestão Pedagógica …................................................................................
64
5.15 Concepção de Infância e Adolescência …....................................................
66
6. MARCO OPERACIONAL …..............................................................................
68
6.1 Projetos Curriculares e Atividades de Enriquecimento Cultural …..................
76
6.2 OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA – Escrevendo o Futuro …..............
77
6.3 OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA – OBMEP …..................................................
78
6.4 Avaliações Externas Institucionais – Dados Educacionais …..........................
78
6.5 Avaliação ….....................................................................................................
80
6.6 Recuperação …...............................................................................................
81
6.7 Conselho de Classe ….....................................................................................
82
6.8 Processo de Classificação, Reclassificação, Adaptação e Progressão 82
parcial.....................................................................................................................
6.9 Formação Continuada …..................................................................................
84
6.10 Educação do Campo …..................................................................................
84
6.11 Educação das relações Étnicos – Raciais …................................................
87
6.12 – EJA …..........................................................................................................
89
7. REGIME E FUNCIONAMENTO …...................................................................
91
7.1 Calendário Escolar ….......................................................................................
91
7.2 Matriz Curricular …..........................................................................................
92
8. CURSO EXTRACURRICULAR …...................................................................... 94
8.1. CELEM (Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna) ….....................
94
4
8.2 Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno …...
94
8.3 Sala de Apoio à Aprendizagem …...................................................................
95
9. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO …...........................
96
10. PLANO DE TRABALHO DA DIREÇÃO …....................................................
98
11. PLANO DE TRABALHO DA EQUIPE PEDAGÓGICA ….............................. 101
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ….......................................................... 105
ANEXOS
PLANO DE ESTÁGIO
PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM
CONTRATURNO
CALENDÁRIO ESCOLAR
PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL
Arte........................................................................................................................ 122
Ciências …............................................................................................................ 138
Educação Física …................................................................................................ 153
Ensino Religioso …............................................................................................... 167
Geografia – Ensino Fundamental e Médio ….......................................................
176
História ….............................................................................................................. 189
Língua Portuguesa …............................................................................................ 197
Matemática …........................................................................................................ 219
Inglês …................................................................................................................. 235
PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
Arte........................................................................................................................ 255
Biologia …............................................................................................................. 266
Educação Física …................................................................................................ 278
Filosofia …............................................................................................................. 292
Física …................................................................................................................. 301
História ….............................................................................................................. 310
Língua Portuguesa …............................................................................................ 317
Matemática …........................................................................................................ 332
Química …............................................................................................................. 343
Sociologia ….......................................................................................................... 355
Inglês …................................................................................................................. 363
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1. APRESENTAÇÃO
O projeto político-pedagógico é uma ação intencional, que dá a escola
autonomia e identidade própria, norteando as suas ações. Essa autonomia exige
responsabilidade e compromisso da Escola e dos órgãos colegiados que
representam a comunidade Escolar (Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil,
entre outras). O coletivo deve inter-relacionar-se, levantando seus próprios
problemas, anseios, metas e, principalmente, estabelecendo de forma horizontal a
missão que fundamentará sua ação pedagógica.
Não é suficiente conhecer a realidade em que se opera. É essencial que
haja empenho coletivo em desmistificar e ressignificar condições e ações que
venham contribuir com a melhoria do desenvolvimento educativo.
Nessa premissa, a construção do Projeto Político Pedagógico se torna
uma ação fundamental que se revela através de um documento, a qual traduz a
identidade própria deste Estabelecimento de Ensino. Trata-se de atuar alicerçados
no contexto real, considerando os recursos disponíveis e a abrangência dos reflexos
do processo educativo. Tudo isso, embasados na Constituição Federal, Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, como forma de contemplar que sejam
garantidos os princípios de gratuidade e qualidade do trabalho pedagógico.
Nesse sentido, é função da escola promover o desenvolvimento pleno do
cidadão. Para tanto, faz-se necessário garantir o acesso e a permanência do aluno
na escola.
Pensando numa formação profissional e na informatização de grandes
indústrias, precisamos preparar os educandos, para que cada um possam ocupar o
seu espaço nesse mundo do trabalho cada vez mais competitivo
e acima de tudo,
formar cidadãos conscientes, participativos, críticos, honestos, coerentes, capazes
de transformar a sociedade e o mundo com atitudes e ações, as quais lhes foram
incutidas em nossas escolas, atuando na busca da superação das desigualdades e
do respeito ao ser humano.
6
Este projeto é fruto da interação entre os objetivos e prioridades
estabelecidas pela coletividade, onde estabelece, através da reflexão, as ações
necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que
exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores,
equipe técnica pedagógica, alunos, pais, instâncias colegiadas e a comunidade
como um todo, com o intuito de garantir o bom desempenho da comunidade escolar
e principalmente da função de “educar” do referido Estabelecimento de Ensino.
Educar não significa somente “transmitir” conhecimentos acumulados
socialmente, e sim viver valores apresentados pela comunidade, bem como inserir
outros valores necessários para que o ser humano possa viver e conviver bem,
consigo mesmo e com os demais seres.
Dessa forma, buscou-se reunir todos os segmentos da comunidade escolar
para eleger as prioridades no trabalho pedagógico que visem a formação integral do
aluno, garantindo que suas individualidades sejam respeitadas e que haja o
desenvolvimento do senso coletivo.
2. INTRODUÇÃO
O presente projeto representa a identidade do Colégio Estadual
Alvorada da Infância - Ensino Fundamental e Médio e foi elaborado embasado nas
Diretrizes Curriculares Estaduais e na LDBEN 9394/96, alicerçado em pressupostos
de uma Tendência Histórico Crítica, tendo como princípio uma prática social que
esteja compromissada em solucionar os desafios da educação e do ensino de nosso
Colégio, propiciando situações e novas formas de pensar o fazer pedagógico dentro
do contexto de luta favorável e/ou desfavorável da própria Escola.
A Tendência Pedagógica Progressista - Crítico Social dos Conteúdos
ou Histórico-Crítica tem como papel da Escola a difusão dos conteúdos. Conteúdos
estes culturais, universais que são incorporados pela humanidade frente à realidade
social, cujos métodos partem de uma relação direta da experiência do aluno, sendo
confrontada com o saber sistematizado, tendo o aluno o papel de participador e o
professor como mediador do processo entre o saber e o aluno. A aprendizagem
baseia-se nas estruturas cognitivas já estruturadas nos educandos, atribuindo a
instrução e ao ensino o papel de proporcionar aos alunos o domínio de conteúdos
7
científicos, de modo a formarem uma consciência crítica face à realidade social e
capacitando-os a assumir a condição de agente ativo de transformação de si próprio
e da sociedade onde está inserido.
Para o educando, o aprendizado escolar é o elemento central para o
seu desenvolvimento e o processo de ensino-aprendizagem na escola deve ser
construído, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real do
aluno, com relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, os objetivos
estabelecidos pela escola, adequados à faixa etária e ao nível de conhecimento e
habilidades de cada grupo de alunos.
Nas relações entre desenvolvimento e aprendizado, o papel da
intervenção pedagógica é muito importante, pois a interferência de outros indivíduos
na aprendizagem é a mais transformadora.
Essa concepção teórica coloca o papel do professor em função de
destaque, com sua importante tarefa de mediar uma articulação significativa entre
conceitos espontâneos e conceitos científicos de tal forma que o conceito
espontâneo abra caminhos aos conceitos científicos promovendo a evolução no
educando de novas e mais elaboradas formas de compreensão da realidade.
Portanto, o professor tem o papel explícito de interferir na zona de
desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanços que não ocorreram
espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta
ao desenvolvimento.
Em virtude de pertencermos a uma sociedade que por décadas e
décadas apostou só no intelecto, é imprescindível valorizar o aspecto emocional dos
nossos alunos, fator essencial para o desenvolvimento da inteligência dos
indivíduos. A incapacidade de lidar com as próprias emoções pode destruir vidas e
impedir que se tenha sucesso. Os alunos precisam de estímulos para trabalhar em
equipes, salientando a importância da contribuição de todos, o espírito de
companheirismo, o bom relacionamento para que cada um possa perceber
emocionalmente a si mesmo e aos outros.
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Fundamentando-se em Howard Gardner,: “não existe uma inteligência geral,
mas inteligências diferentes”, enfatizamos as múltiplas inteligências que as pessoas
possuem, pois estas não podem ser avaliadas por uma visão unidimensional.
Partindo da ideia da diferença, através de variadas estratégias, materiais,
estímulos e seduções, é preciso levar o aluno a compreender situações para que se
tornem estudantes inventivos, capazes de usar sua curiosidade e estímulo à
exploração de um saber para ampliar o seu conhecimento. Gardner enfatiza a
importância da correlação entre os conteúdos escolares e as inteligências múltiplas
aguçando a sensibilidade dos alunos como o pensar, o criar, tocar, ver e muitas
outras. Nas relações interpessoais, a sala de aula, como ambiente de
aprendizagem, caracteriza-se como movimento, como práxis em que a produção de
professores e alunos direciona- se para a mesma finalidade. Segundo os
professores, na prática pedagógica, ”professor e alunos transformam-se” e
transformam o conhecimento em aprendizagem.
Como estratégias de aprendizagem, a realização de conversas entre o
professor e entre os alunos parece ser uma das possibilidades para se descobrir
como os alunos aprendem.
2.1. Identificação e Histórico da Escola
Código da Escola: 00042
Endereço: Rua Antônio Cassemiro Jucoski, s/nº
Município: Kaloré – PR.
Código: 1320
FONE/FAX: (43) 3421 1117
E-mail: [email protected]
Site da Escola: www.klealvoradadainfancia.seed.pr.gov.br
NRE: Apucarana
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
a) O Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância - Ensino
Fundamental e Médio, na modalidade de Escola do Campo, está localizado à rua
Antônio Cassimiro Jucoski, s/nº, Distrito de Jussiara no município de Kaloré, região
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norte do Estado do Paraná. Tem como Entidade mantenedora o Governo do Estado
do Paraná, através da SEED, sob a jurisdição do Núcleo Regional de Educação de
Apucarana, chefiado pela Ilma Srª. Maria Onide Ballan Sardinha . Atualmente é
dirigida pela Ilma Srª Marta Lourenti dos Reis .
Autorizado a funcionar pela Resolução Conjunta nº 05/82 de 26/04/86 e
reconhecido pela Resolução nº 5.541/85 de 08/01/86.
b) Organização da escola: Série Finais do Ensino Fundamental e Ensino
Médio, CELEM, Atividades Complementares e Sala de Apoio.
Turnos: Manhã (7h40min às 12h) – Ensino Fundamental
Tarde (13h às 16h40min) – Sala de Apoio à Aprendizagem
Tarde (13h à 16h40min) – Atividades Complementares Curriculares em
Contraturno Esporte e Lazer
Intermediário – Tarde (17h às 18h40min) - CELEM/Espanhol
Noite (18h50min às 23h) – Ensino Médio
2.2.
Aspectos Históricos do Colégio
O Colégio Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental e Ensino
Médio iniciou
suas atividades em 1951, com a ajuda de moradores e da
comunidade em geral. Mais tarde passou a funcionar, tendo como mantenedora a
Prefeitura Municipal que recebia recursos através de convênios realizados com o
Governo do Estado do Paraná para o pagamento dos professores. Durante o seu
período de funcionamento teve as seguintes denominações e atos oficiais:
1951 - Grupo Escolar Alves de Morais (antigo primário);
1961 - Escola de Jussiara (antigo primário);
1962 - Casa Escolar Alvorada da Infância (antigo primário)
1964 a 1981 - Grupo Escolar Alvorada da Infância (1º a 5º ano);
1981 - Escola Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau (1ª a 8ª séries);
Resolução Conjunta nº 05/82 DOE de 26/04/86 - Criação do Curso de 1º Grau.
1983- Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau (1ª a 8ª );
Resolução nº 1.151/83 DOE de 29/04/83-Denominou-a como Estadual.
1986- Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau; Resolução nº
5.541/85 DOE de 08/01/86 - Ato de Reconhecimento do Estabelecimento e do
Curso.
10
1993- Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau (5ª a 8ª).
Resolução nº 4.566/93 DOE de 02/09/93 - Cessação das quatro primeiras
séries do ensino de 1º Grau.
1998- Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental.
Resolução Secretarial nº 3.120/98 – SEED. Deliberação nº 003/98 – CEE.
Parecer nº 147/98 - NRE - Aprovação de mudança de Nomenclatura.
Fazem parte do Histórico da Escola:
1969 a 1978 - Ginásio Machado de Assis (Escola particular criada em 1969 e
cessado em 1978);
1978 a 1982 - Ginásio Abraham Lincoln (extensão de Kaloré - 5ª a 8ª);
Em 1951, o Grupo Escolar Alves de Morais, localizado à Avenida Principal,
S/Nº, funcionava no prédio de uma pensão com apenas uma sala de aula
provisória, cedida pelo proprietário da pensão e funcionava em dois turnos:
matutino das 8 às 11hs e intermediário das 11 às 14 hs.
Em 1961, foi denominada Escola de Jussiara e, em 1961 Casa Escolar
Alvorada da Infância, passou a funcionar em três salas de madeira, localizada à Rua
Jaborandi, S/Nº, em três turnos: matutino das 8 às 11hs, intermediário das 11 às 14
hs, e vespertino das 14 às 17hs.
O nome Alvorada da Infância surgiu através da observação e comparação
de alguns aspectos da cidade por seus moradores. Jussiara era uma cidade
pequena, tranqüila, hospitaleira aos visitantes com muitas árvores floridas e
pássaros. Dessa forma, esses aspectos mais o alvoroço e alarido dos pássaros e as
brincadeiras das crianças trouxeram a idéia de Alvorada da Infância. Durante estes
anos teve como Diretora a senhora Zulmira de Almeida Guerra, uma pessoa muito
dedicada que trabalhou em prol da comunidade.
Em 1964, foi denominada Grupo Escolar Alvorada da Infância e até 1965
toda documentação da Escola era arquivada na Inspetoria Municipal na Prefeitura
de Jandaia do Sul.
Em 1967, foram construídas no mesmo prédio duas salas de aula e uma
cozinha.
Em 1969, foram construídas mais duas salas de aula, passando assim, a
funcionar em dois turnos: matutino das 8 às 11hs e intermediário das 11 às 14hs. E
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ainda, seu prédio foi cedido para o funcionamento do Ginásio Machado de Assis,
nos turnos: tarde das 14 às 17hs e noite das 19 às 22hs. O Ginásio foi fundado por
João Sala e era pago pelos alunos, funcionou assim até 1978.
No exercício de 1978, foi construído o atual prédio, totalmente de alvenaria,
localizado à Avenida das Perobas, S/Nº, hoje Rua Antônio Cassimiro Jucoski, S/Nº,
com seis salas de aula e demais salas e compartimentos. O projeto de construção
foi requisitado através do Deputado Gilberto Carvalho e do Prefeito José Basdão,
obra de grande valia para o Distrito, sendo até hoje um dos maiores bens que o
Distrito possui.
Ainda em 1978, foi extinto o Ginásio Machado de Assis e criado uma
extensão do Colégio Abraham Lincoln de Kaloré, houve novas mudanças, o ensino
tornou-se gratuito e o turno de funcionamento passou a ser o noturno. Funcionou em
1978, 1979 e 1980 com quatro turmas, em 1981 com duas turmas e extinto de forma
gradativa até 1982, em função da autorização de funcionamento do Ensino de 1º
Grau na Escola Alvorada da Infância.
Em 1981, foi autorizada a oferecer o Ensino de 1º Grau, passou a funcionar
em três turnos: matutino com 5ª série, vespertino com 1ª a 4ª séries e noturno com
5ª e 6ª séries e denominou-se Escola Alvorada da Infância -Ensino de 1º Grau.
Em 1982, passa ofertar o Ensino Pré-escolar nas modalidades de Jardim II
e III.
Em 1983, denominou-se Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de
1º Grau e continua ofertando Pré-Escolar e 1ª a 8ª séries.
Em 1992, pela primeira vez, elabora o seu Projeto Político Pedagógico.
Em 1993, foram cessadas as quatro primeiras séries do 1º Grau, desta
Escola e criou-se a Escola Municipal Paraíso da Infância - Ensino Pré-Escolar e de
1º Grau. A municipalização na época, trouxe para os administradores vários
problemas, desde a falta de material permanente, a divisão de materiais que até
então estava na guarda de apenas um Diretor e até a falta de ambiente físico para
divisão de salas internas, com o passar do tempo os problemas foram aumentando e
perduram até hoje.
Em 1998, a Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau,
passou a denominar-se Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental,
o qual permanece em vigência.
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Em 1999, elabora o Plano de Ação, uma realimentação do Projeto Político
Pedagógico. E no início de 2000 o Plano de Desenvolvimento e Ação, passando
assim a assumir a Gestão Participativa.
Em 2000, a Escola de forma coletiva e, em consonância com os Parâmetros
Curriculares Nacionais, elabora o seu Projeto Pedagógico para o Ano de 2001.
Em 2003 passa a ser considerada dentro da metodologia Escola do
Campo e em, 2004, 2005 e 2006, atendendo as políticas da SEED, reestrutura o
Projeto Político Pedagógico, juntamente com professores, funcionários, pais,
representantes do Conselho Escolar, APMF., Grêmio Estudantil e representantes de
turmas.
Em 2006 com grande esforço e desempenho da Diretora e dos pais, foi
implantado o Ensino Médio, onde a Escola Estadual Alvorada da Infância – Ensino
Fundamental, passou a denominar-se Colégio Estadual Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Em 2007, o curso do Ensino Médio foi autorizado através da Resolução nº
69/07 de 15 de janeiro de 2007. O processo de Reconhecimento do Curso encontrase em tramitação.
Em 2010, o colégio passou a ofertar o curso do CELEM (Centro de Língua
Estrangeira Moderna) de língua espanhola.
Em 2011, o curso do Ensino Médio foi reconhecido através da Resolução
1595/2011 e nesse mesmo ano, também foi implantado o Programa de Atividades
Complementares Curriculares em Contraturno e a Sala de Apoio a Aprendizagem de
Língua portuguesa e Matemática.
Foram Diretores, Secretários, Supervisores, Administradores e Inspetores:
DIRETORES
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
1951
1954 a 1963
1964, 1965 e 1966
1967 a 1971
1971 e 1972
1973 a 1975
1976 a 1977
1978, 1979 e 1980
1980 (03 meses)
1980
Maria Alves de Morais (Domiciano)
Zulmira Almeida Guerra
Sara L. Canto
Elídia Souza Cavalheiro
Vicente Procópio Ribeiro
Maria Aparecida Canello
Martinha Campos
Darci Aravechi Ferreira Buranello
Laércio Lemes Gonçalves
Marta Nogueira Lourenti
13
•
•
•
•
•
•
•
•
1981 a 1983
1984 a 1986
1987 a 1991
1992 a 1995
1996 e 1997 (06 meses)
1997, 1998 e 1999 e 2000
2002 a 2003
2004 a 2011
Ivone Teixeira Rebelato
Darci Aravechi Ferreira Buranello
Eulina Costa
Marta Lourenti dos Reis
Edriane Donizeti Labegalini
Marta Lourenti dos Reis
Rita de Cássia Tassi Melo
Marta Lourenti dos Reis
SECRETÁRIOS
• 1969.
• 1973 a 1975
• 1976 a 1977
• 1978 a 1980
• 1980
• 1981 a 1983
• 1984 a 1991
• 1992
• 2001,2002,2003,2004 e 2005
• 1993 a 1995
• 1996 a 1997
• 1997 (06 meses)
• 1998
• 1999 e 2000
• 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005
Belcholina Cardoso Canello
Isaura Efigênia Marquês
Darci Aravechi Ferreira Buranello
Marta Lourenti dos Reis
Adélia Meloquero
Darci Aravechi Ferreira Buranello
Cleide Alves Pereira
Darci Aravechi Ferreira Buranello
Michele Pereira Lima
Rosangela Jucoski
Marta Lourenti dos Reis
Vilma Ciriaki de Castro
Vilma Ciriaki de Castro
Maria Aparecida Lorenti Lima
Michele Pereira Lima
ADMINISTRATIVOS
• Anair Pagote dos Santos
• Andréia Vicentim
• Cláudio Martins Romão
• Cleonice da Silva Santos
• Edmilson Leal de Matos
• Sonia Maria Marquezini
• Poliana Pereira Calefi Búfalo
Maria Aparecida Gonçalves
Maria Aparecida Lorenti Lima
Josiane Ferreira Alfonso
Maria Liderce de Souza
Reginaldo dos Reis
Neide Maria da Silva
Lucimara Morelo Oliveira
SUPERVISORAS
• 1969
• 1992
• 1993 a 1995
• 2000
• 2005 a 2011
Senhorinha M. da Silva
Eulina Costa
Zenaide Delgado Gussão
Maria Aparecida Gonçalves
Tania Regina Macedo de Sousa
INSPETORES
• 1962
• 1967
• 1973
 1983 a 1989
Ignês de Oliveira (Jandaia do Sul)
Maria Junqueira Favila
Antenor Molina
Maria Helena Aquaroni
Aparecida de Lourdes Pereira
14
DOCUMENTADOR ESCOLAR
 1991 a 2000
 2001 a 2005
 2006 a 2010
 2011
Aparecida de Lourdes Pereira
Vânia Elizabete Jardim Fernandes
Noeli Cividini Glória
Ariadne Franco Cabral Fernandes
PREFEITOS QUE INFLUENCIARAM NO ANDAMENTO DA ESCOLA
• 1963 a 1966
Otávio Impossetto
• 1967 a 1970
Francisco Lemes Gonçalves
• 1971 a 1972
Otávio Impossetto
• 1973 a 1976
José Basdão
• 1977 a 1982
Mauro Labegalini
• 1983 a 1988
Noel Pedro Ribeiro
• 1989 a 1992
Mauro Labegalini
• 1993 a 1996
Eleomil Altivo Fuzetti
• 1997 a 2000
Aléscio Canello
• 2001 a 2004 e 2006
Eleomil Altivo Fuzetti
• 2007 à 2010
Adnan Luiz Canello
• 2010
André Pereira
• 2011
Osni Franco
• 2011
Edmilsom Luiz Stencel
PÁROCOS QUE CONTRIBUIRAM COM O DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA
1º - Pe. José do Amaral
6º - Pe. Darci Maximino de Oliveira
2º - Pe. Luciano Ambrozini
7º- Pe. Vírgilio Cabral dos Santos
3º - Pe. Lino Beal
8º- Pe. José Fernandes de Souza
4º - Januz Sobezack
9º - Pe. Valter Antônio Brandão
5º - Pe. Lourenço
10º – Pe Maurício Vicente Ferreira
PROFESSORES QUE ATUARAM NA ESCOLA DESDE A SUA CRIAÇÃO
Leny Fornaciari
Maria Alves de Morais
Zulmira Almeida Guerra (62)
Belcholina Cardoso Canello (62)
Jandira Fiorucci Morais (62)
Laura Aparecida Bernardo do Prado (67)
Elídia Souza Cavalheiro (63)
Nair Martins Dorighello (63)
Irene Maia Sagradim (63)
Ivone Maria Floripes Dorighello (68)
Leonor Paulina Rodrigues (68)
Mara Cristina Cavalheiro (68)
Maria G. Dorighello
Iracema Batista Luiz
Francisca Batista Luiz
Alcemira Pereira (68)
Auxiliadora Pagoti
Nilza Maria Ferreira
Maria Aparecida Ribeiro
Isaura Efigênia Marquês
Aparecida de Lourdes Nascimento
Joanina B. Altran
Darci Aravechi Ferreira Buranello
Anair Pagote dos Santos
Maria Helena Machado
Tereza Maria da Conceição
Nilva Pinheiro Toledo (79)
Sonia Jucoski
Zilda Imposseto da Silva (80)
Josefina Marquezini
Vilma Gonçalves
Ana Lúcia da Silva
Marlí de Fátima Buranello
Rosilene Aparecida Silvestre
Zenaide Delgado Gussão
Regina Romeiro dos Santos
15
Maria Solemar Silvestre
Cecília Aparecida do Prado
Terezinha Martins Cavalheri
Angelina Felicidade Pedriali Silvestre
Maria Gasparini Doriguel
Aparecida de Lourdes Nascimento
Maria Aparecida Canello
Célia Gozales Vieira (71)
Joana Olivoto
Marta Lourenti dos Reis
Adélia Meloqueiro
Iracema Olivoto
Eugênia Maria de Almeida Freitas
Daicy Terezinha Altran
Elza Martins da Cunha (71)
Josefa Feliciano Braz
Fatima Marques
João Vissoci do Nascimento (73)
Vicente Procópio Ribeiro
Ludoina Sansana
Marlene Ferrer
Aparecida Perini
Maria Terezinha Ferreira
Maria Liderci de Souza
Ana Maria D.de Figueiredo Sanches
Antonia Cardoso dos Reis Protano
Cleudinéia Aparecida Pereira
Irenice Marcon Fantachole
Lucélia Semensato Leunis Justi
Maria Edméa Boso
Marilda Trentini Barbosa
Orides Teixeira Meloqueiro
Sonia Regina da Silva Berti
Vilma Berti Fernandes
Sandra Regina Colombo
José da Silva Trovão
João Cavalcanti
Laércio Lemes Gonçalves
Cleonice da Silva Santos
Ana Claúdia Vicentin das Neves
Ariadne Cabral Franco Fernandes
Elaine Travagli
Ellen Tatiane Protano
Kátia Cilene dos S. Sanches
Marcelo Piva
Márcia Cristina Nunes Teco
Marlí de Fátima Buranello
Sebastião Pereira dos Santos
Lucia Nita Plaça Davanço
Jacira de Fátima Carvalho
Judite Sacradim
Cleide Alves Pereira
Cleusa Margarida Colombo
Adelaide de F. da Silva
Tereza de Morais Colombo
Cleide Alves Sofka
Maria Aparecida Gonçalves
Ademir Marcon Romão (5ª a 8ª)
Airton Aparecido Rita
Rosangela Jucoski
Ednéia de Fatima Meloqueiro
Edriani Donizeti Labegalini
Eulina Costa
Iraci Aparecida Cachone
Maria de Fátima Lourenço
Teresa Martins dos Santos
Maria José Marquezim
Maria Helena Aquaroni (71)
Aliete da Silva
Elza Quintanilha Braga
Sueli Maria de Morais
Neusa Maria Shorti
Irani Lúcia Gonçalves
Ana Lucia Mendes
Ana Rosa Diniz
Aparecida de Fatima Mercúrio Estrada
Concepcion Domingues Valério
Jaime Ademir Roder
Luiz Otávio Pereira
Maria helena Gonzales Aquaroni
Rosa Maria de Jesus Colombo
Rosangela Jucoski
Vania Elizabete Jardim Fernandes
Washington Luiz da Silva
Sueli de Mello Fuzetti
José Altino
Maria Teresa Dolce de Oliveira
Vilma Ciriaki de Castro
Ana Márcia Labegalini Stencel
Darlene Cristina dos Santos Reis
Darci aravechi Ferreira Buranello
Elisângela de Fátima C. Semensato
Emerson da Silva Oliveira
Leila Aparecida Keller
Márcia de F. Vissossi da Silva
Margarete M. P. Constantino
Rita de Cássia Tassi Melo
Silvio Martins de Oliveira
Tatiane Iurkiv
Vivian da Silva Sanches
16
Kátia Simone Ribeiro Pereira
Tatiane Marcolino Vissossi Macedo
Luciane Chamorro Rodrigues
Patrícia Elaine Ribeiro Cereja
Canelo Carina Elisabete da Silva Bochio
Thaíse Luma Mercúrio
Lenice Alves da Silva Stencel
Moacir Fuzeti Segundo
Tania Regina Domingues de
Danielle de Oliveira
F.
OS AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS QUE ATUARAM NA ESCOLA DESDE A
SUA CRIAÇÃO
Benedita Antonia dos Santos
Lazara Luiza Brasil
Lourdes Pamplona Silva
Doroti Brasil
Dirce Romão Gonçalves
Augusta Ruth Alves do Carmo
Maria Creuza Braga
Natalina de Souza Coelho
Pedro Batista do Carmo
Maria José de Queiros
Marli Faustino de Souza
Vilma Gonçalves
Olga Pacheco Rolim
Lenice Visozi
Vilma Célia Gonçalves Maia
Valdeci Francisca Custódio
Eunice Maria da Conceição Vieira
Maria Siqueira Garcia
Abelina Rodrigues
Zilma Nogueira de Souza
Norma G. C. Carvalho
Maria Judite B. Monteiro
Iolanda Paris Bovetto
Creusa Maria Alberto Costa
Maria Leonidia Men
Vilma Célia Gonçalves Maia
Maria Aparecida do Nascimento
Lucia Heléia Romão da Silva
Neide Maria da Silva
Doralice Godinho da Silva
Nilva Emitério Rolim
Luzia Meloqueiro Gonçalves
Maria Luísa Vitisin
2.3 Níveis e Modalidades de Ensino Ofertado
O Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância, oferta o Ensino
Fundamental de 5ª à 8ª Série/6º à 9º Ano e o Ensino Médio.
A carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um
mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar.
Ensino Fundamental, assim distribuído:
SÉRIE
TURNO
Nº DE TURMAS
ALUNOS MATRIC.
5ª
Manhã
01
12
6ª
Manhã
01
7
7ª
Manhã
01
14
8ª
TOTAL
Manhã
Manhã
01
4
7
40
17
Ensino Médio, assim distribuído:
SÉRIE
TURNO
Nº DE TURMAS
ALUNOS MATRIC.
1ª
Noite
01
14
2ª
Noite
01
8
3ª
TOTAL
Noite
Noite
01
3
11
33
2.4 Forma de Organização da Escola
Organograma abaixo, demonstra a forma de organização da
Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental
Conselho Escolar
Direção
Equipe
Pedagógica
Secretaria
Serviços de Apoio
Corpo Docente
Repres.
Turmas
APMF
Grêmio Estudantil
Biblioteca
Corpo Discente
Pais
19
3. OBJETIVOS GERAIS
FILOSOFIA DA ESCOLA
E
ESPECÍFICOS,
JUSTIFICATIVA
E
3.1 Objetivos Gerais
A escola tem como objetivo geral promover a formação necessária para o
exercício da cidadania, por meio do desenvolvimento da capacidade cognitiva, afetiva,
física, ética, estética e de atuação e inserção social.
3.2 Objetivos Específicos
•
Divulgar o Projeto Político Pedagógico em todos os segmentos da
comunidade educativa, para fortalecer o envolvimento e o compromisso ético de todos
na construção de uma escola de qualidade;
•
Buscar a melhoria da qualidade de ensino, para que haja também
melhoria na qualidade de vida e nas relações humanas;
•
Exercitar a democracia e a cidadania, através do movimento de ação-
reflexão-ação, buscando a participação e o comprometimento do grupo, traçando
metas e alcançando objetivos;
•
Descentralizar as decisões para que todos construam e executem
coletivamente uma proposta educativa baseada na realidade;
•
Introduzir questionamentos, visando a mudança nos procedimentos e
atitudes da comunidade escolar, ao longo do processo ensino e aprendizagem;
•
Planejar e executar projetos, envolvendo pais, alunos e funcionários;
•
Melhorar o processo de ensino e aprendizagem, de modo que os
alunos usufruam da escola para aprender, construir, crescer e conviver;
•
Criar um espaço para que os professores possam refletir sobre o
ensinar e o aprender;
•
20
Proporcionar situações de aprendizagem, vivenciando os valores
morais e auxiliando os indivíduos na formação de uma sociedade mais justa e
igualitária;
•
Organizar atividades de valorização profissional para promover a
socialização do saber e o engajamento de todos na busca de uma sociedade mais
democrática e menos desigual;
•
Desenvolver a capacidade de aprender, aprimorando o domínio da
leitura da escrita e do cálculo; tendo em vista a aquisição de conhecimentos e
habilidades, a formação de atitudes e valores.
•
Compreender a cidadania como participação social e política, assim
como exercício de direitos e deveres políticos, civil e social; adotando, no dia-a-dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e
exigindo para si o mesmo respeito;
•
Compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a
tecnologia, as artes e os valores em que se fundamentam a sociedade;
•
Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas
diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de
tomar decisões coletivas;
•
Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões
sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de
identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País;
•
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural
brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionandose contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de
crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
•
21
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do
ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo
ativamente para a melhoria do meio ambiente;
•
Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de
confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de interrelação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de
conhecimento e no exercício da cidadania;
•
Promover e incentivar com a colaboração da sociedade, a melhoria da
educação; visando o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
•
Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com
responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
•
Utilizar as diferentes linguagens - verbal, matemática, gráfica, plástica
e corporal - como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e
usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a
diferentes intenções e situações de comunicação;
•
Incentivar o educando a aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber;
•
Entender as diferentes formas atuais de conceber o conhecimento,
utilizando diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos (TICs) aprimorando
o ensino-aprendizagem ;
•
Questionar a realidade, formulando problemas e tratando de resolvê-
los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade
de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação;
•
Desenvolver atividades que ressaltem a importância do trabalhador do
22
campo, enquanto indivíduo responsável pela produção de alimentos desta e das
futuras gerações;
•
ambientais,
Realizar trabalhos, envolvendo ações, para ressignificar as práticas
no
sentido
de
relacionar
desenvolvimento
econômico
com
desenvolvimento sustentável.
•
Propiciar uma escola de qualidade, oferecendo um ambiente favorável
para que o educando possa desenvolver-se, integralmente, em todos os aspectos,
respeitando as diferenças individuais no que diz respeito à diversidade étnica,
ideologia, política, valorizando os limites e o desempenho de cada um;
•
Ofertar ensino de qualidade que viabilize melhores resultados nas
avaliações internas e externas, visando alcançar as metas estabelecidas para a
Educação Básica.
3.3
Justificativa
A tecnologia avançou, as empresas evoluíram, surgiram novas profissões, o
mercado de trabalho tornou-se mais competitivo. Constatam-se exigências de outras e
novas competências e habilidades básicas, necessárias para o desenvolvimento da
capacidade de aprender e continuar aprendendo. Exige-se autonomia intelectual e
pensamento crítico e criativo, tanto para prosseguir estudos, quanto para adaptar-se às
ocupações e diferentes situações do novo contexto. Evidencia-se a necessidade da
construção de diferentes significados socialmente reconhecidos como verdadeiros
sobre o mundo físico e natural, sobre a realidade social e política.
Busca-se a compreensão do significado das ciências, das letras, das artes e do
processo de transformação da sociedade e da cultura. Criou-se uma nova consciência
das relações do homem com o seu meio, sua cultura e sua história. Destaca-se, ainda
e cada vez mais, a necessidade da compreensão dos princípios e valores, bem como
do domínio dos fundamentos científico-tecnológicos que presidem a produção moderna
de conhecimentos, bens e serviços necessários as novas condições de ocupação e
23
aperfeiçoamento humano.
3.4
Filosofia da Escola
A Filosofia da Escola consiste em desenvolver as potencialidades do
educando, para ser capaz de pensar e agir, instrumentalizando para enfrentar os
desafios da vida com sabedoria, sendo responsável pelos seus atos.
Acreditamos que a aprendizagem deve incentivar novos conhecimentos num
processo contínuo, através de práticas e vivências, promovendo à concretização do
desenvolvimento da competência pessoal e social, onde levará a entender a educação
como possibilidade efetiva de mudar o amanhã.
Objetivamos na formação do educando, o exercício da cidadania e o
desenvolvimento de conhecimentos, assegurando os meios de progredirem nos
estudos e na preparação para o mundo do trabalho, e participação ativa na sociedade.
Acreditamos que a aprendizagem é um dos mecanismos internos, pessoais e
parte da ação da criança, e esta se enriquece nas trocas e nas relações pessoais,
favorecendo em todos os sentidos.
Dentro do contexto no qual estamos situados, necessitamos de uma filosofia
de educação que articule produto e processo, pois é a partir do entendimento das
ideias que a reflexão crítica e atividade criadora desenvolvem em nossos educandos, a
possibilidade de intervir no meio em que vivem comprometidos com seus semelhantes,
na construção de uma sociedade mais justa. Dentro desta perspectiva, a escola se
propõe delinear uma forma de construir o fazer educativo, desenvolvendo o senso
crítico reflexivo e libertador, na medida em que suas bases antropológicas tomam o
homem como ser integral.
Nossa filosofia requer oportunizar ao educando condições para a formação de
cidadão consciente, participativo e crítico na formação da sociedade, levando o mesmo
a construir seus conhecimentos e buscar bases sólidas, capaz de buscar soluções para
as injustiças e desigualdades sociais.
24
Seguindo os preceitos legais e assegurado a todos os direito de igualdade de
acesso e permanência na escola, visando respeitar a diversidade cultural, a diferença
de gênero, a orientação sexual, a etnia, as necessidades educacionais especiais, bem
como os afrodescendentes, indígenas, entre outros.
A qualidade no ensino é essencial em todos os segmentos da escola,
buscando levar os alunos ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades.
4. MARCO SITUACIONAL
Nenhum ser humano vive sozinho, todos dependem de relações, trocas de
experiências entre as pessoas, por isso fazemos parte da sociedade. Infelizmente
vivemos em uma sociedade injusta, com muita desigualdade social, predominada pelo
capitalismo. Há ainda falta de oportunidades e uma desigualdade que gera violência,
desestrutura familiar, financeira e emocional. As pessoas que detêm o capital, têm
oportunidades e regalias, e assim, consequentemente, continuam de posse deste
mesmo capital, o que não ocorre com os indivíduos que trabalham para os que têm
posses.
Entendemos que o papel do aluno na sociedade é a busca da melhoria do
espaço em que vive, para isso é preciso que ele entenda de onde veio e para que está
na escola, e a partir disso estar aberto a aprendizagem, não somente em relação ao
conhecimento científico, mas também na formação do indivíduo. Distinguir o que é
certo e o que é errado, saber que cada pessoa é responsável por seus atos.
A sociedade influencia o meio em que vivemos através dos costumes, valores,
cultura, que esta mesma sociedade prega. Os valores básicos e fundamentais da
família e o senso de responsabilidade perante as ações e/ou omissões do indivíduo
devem ser mantidos. Porém algumas leis devem ser mantidas e cumpridas. Cobrar
com maior rigidez a obrigatoriedade de ensino até os 18 anos, e fazer cumprir e aplicar
as leis do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.
A relação de ensino-aprendizagem esteve e está presente na sociedade. A
25
escola surgiu para elite e, consequentemente criada por esta mesma elite. No Brasil,
com o passar dos anos e do interesse desta sociedade, surge a escola para treinar
pessoas para o trabalho, ou seja, mão de obra. Entendemos que o papel da escola é
formar o aluno em sua totalidade. É preciso, que esta escola reconheça os alunos com
suas individualidades e possa ao mesmo tempo transmitir conceitos, noções de ordem,
limites, oferecendo oportunidades e proporcionando a formação do indivíduo como um
todo.
Além do conhecimento científico, a escola deve transmitir também noções e
ações de cidadania, preparação para o mundo do trabalho, valores humanos,
educação, socialização e afetividade.
A realidade brasileira, no que diz respeito à educação, dentro da LDB, no seu
artigo 1º, fala:
A educação abrange processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais.
Cabe ao País, portanto, a responsabilidade de assegurar à sua população o
direito à educação, compromisso confirmado e ampliado em sua Constituição de 1.988
e, dessa forma, colaborar para a globalização da educação básica.
Porém, a realidade da nossa nação, segundo a visão de alguns profissionais
de Educação do Colégio Estadual Alvorada da Infância é que ela não é organizada de
forma justa, pois é explícita a desigualdade social existente nos “quatro cantos do
país”; dificultando, assim, a universalização da educação.
Apesar das transformações ocorridas ao longo dos tempos, as relações de
poder vêm sendo mantidas de tal forma que o capitalismo se instalou e é característica
da maioria das sociedades atuais. Sendo capitalista, e para se manter, interessa aos
dominantes que detém o poder uma sociedade individualista que valorize e dissemine
o consumo exagerado e o poder a ele atrelado.
Esta sociedade sobrevive por interesse dos dominantes, mantida pelos
dominados, que nela se envolvem sem refletir, perpetuando suas práticas e seus
valores.
26
Torna-se injusta na medida em que nela prevalecem a desigualdade, o
individualismo e as relações de poder e de classes que subjugam social e
economicamente os menos favorecidos.
A escola, mesmo sem querer, dá uma grande parcela de contribuição para
manutenção da sociedade vigente, na medida em que falha na tentativa de pôr em
prática o que teoricamente idealiza.
Certamente não é a sociedade que queremos. Defendemos uma sociedade
humanizada, igualitária, fraterna e justa, onde todos, apesar das diferenças de cultura,
credo ou ideologia, partilhem de sua construção realizando seus deveres e exercendo
seus direitos.
E nessa sociedade, a pluralidade cultural e social tem se modificado bastante
nestes últimos anos. Sem contar que os agricultores estão atravessando uma crise
financeira causada pelo baixo preço da safra e também pelo desequilíbrio dos fatores
climáticos. O crescimento desorganizado da população na sede dos municípios e
distritos surgem sem infraestrutura. Essas pessoas não têm condições adequadas de
moradia, de trabalho, enfim de viver dignamente. O que ocasiona a migração dessa
população para os centros maiores.
E no nosso município essa realidade não é diferente. Para melhorar esse
quadro, implantou a Educação do Campo, porém há necessidade de disponibilizar
recursos físicos, materiais, humanos e financeiros para que se cumpra o objetivo: uma
educação de qualidade voltada para a permanência do homem no campo e, ao mesmo
tempo, colocar em prática projetos que consolidem as Diretrizes Curriculares para a
Educação do Campo e o saber universal.
É importante ressaltar que as três esferas do governo (federal, estadual e
municipal) têm o compromisso de ofertar educação a todos. O governo oferece a base
e a escola no seu dia a dia, tenta adequar à sua realidade e muitas vezes se perde na
sua essência, a de construir saberes sistematizado.
Neste panorama, o Colégio Estadual Alvorada da Infância tem o grande
compromisso social dentro do município de Kaloré e especificamente no Distrito de
27
Jussiara. Essa responsabilidade é de formar cidadãos para viver na sociedade. Isso
porque tem como princípios filosóficos a construção de uma sociedade justa, quanto a
sua natureza; solidária, quanto à sua organização, a serviço da vida. Para isso,
queremos formar sujeitos livres, sensíveis, autônomos, justos e capazes de buscar
soluções coletivas para as injustiças e desigualdades sociais, através do engajamento
político-social.
Cabe aqui descrever um breve histórico do Município, pois para se constituir o
futuro, é necessário conhecer o passado, viver e entender o presente para melhor
formar os nossos educandos.
O Município de Kaloré possui um clima subtropical e sofre impactos das ações
humanas, devido à expansão da fronteira agrícola e pecuária, que resulta na
devastação de matas ciliares, dentre outros problemas. O município, segundo dados do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2000, possuía 5.044 habitantes;
atualmente possui 4.503 habitantes, onde se constata a diminuição da população se
comparado a dados anteriores. Faz divisa com os municípios de São João do Ivaí, São
Pedro do Ivaí, Borrazópolis, Novo Itacolomi e Marumbi. A base da economia é agrícola,
a população é de classe média baixa, com pouca geração de empregos. Na segurança
pública, há necessidade de ampliação na assistência policial, para que seja efetuadas
ações preventivas. Além disso, outros problemas graves encontrados no município são
as disparidades política partidária, que afeta o convívio social e a escassez de recursos
financeiros, que impede a maximização dos atendimentos ofertados em quase todos os
segmentos. Porém, segundo o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) a Educação
e a saúde, são de boa qualidade. Em se tratando do distrito de Jussiara, onde o
Colégio Estadual Alvorada da Infância se localiza, a situação é ainda mais precária:
transporte insuficiente dos moradores para a sede, falta de saneamento básico, falta de
atendimento odontológico e farmacêutico. Vale ressaltar que nossos alunos se
ausentam da escola para terem esses atendimentos de saúde na sede.
Antes de descrever a realidade de nossos educandos, se faz necessário
esclarecer as condições físicas e funcionais da escola. Ela funciona em sistema de
28
dualidade com a Escola Municipal Paraíso da Infância; necessitando de ampliação,
pois a falta de espaço tem causado transtornos para ambas. O terreno da Escola e o
prédio pertencem à Fundepar.
Quanto as condições físicas e materiais, atenta-se primordialmente para a
ampliação do prédio escolar. Sendo que o Colégio Estadual Alvorada da Infância está
organizada da seguinte forma: 04 salas de aulas, 01 biblioteca, 01 sala para o
laboratório de informática, 01 sala onde funciona a secretaria e direção, 01 sala dos
professores e pedagogo, 01 sala
almoxarifado e 01 cantina. O Prédio é bem
conservado. Os portões e alambrados estão precários.
O Colégio passou por reformas estruturais significativas como: pintura interna e
externa, reformas dos banheiros, cozinha, porém, verificamos que ainda necessitamos
de alguns itens na quadra como: portões, vestiários, sanitários e locais para guardar os
materiais de educação física, bem como, adaptações de grande porte: ampliação,
segurança/acessibilidade.
O tempo escolar é organizado de acordo com o módulo 40, ofertando 25 horas
aulas semanais no período matutino e noturno, sendo as aulas realizadas em sala de
aula, pátio, quadra de esportes, estudo de campo, laboratório de informática e campo
de futebol, conforme o desenvolvimento das atividades.
O Colégio Estadual Alvorada da Infância vem atendendo alunos da zona rural
e do distrito. A maioria são filhos de pais com baixa renda, mas que reconhecem a
importância da escola, por isso contribuem com a mesma.
O nível de escolarização da comunidade, é bem diversificada, pois uma grande
porcentagem são analfabetos, sendo que
muitos deles estão frequentando o
Programa Paraná Alfabetizado, outros apenas possuem o 1º grau e alguns concluíram
o ensino superior. Porém, com a realidade atual, muitos dos jovens estão buscando
mais níveis de escolarização, visando um novo mercado de trabalho.
Estes alunos se mostram desmotivados pela leitura e escrita , pois a era
tecnológica exige pouco esta habilidade. As situações socioeconômicas são distintas,
pois os educandos são oriundos do meio urbano e rural, mas com acesso aos mesmos
29
bens e valores culturais.
Além disso, a sociedade do distrito reflete a desestruturação familiar que
acontece no mundo de hoje, onde os núcleos familiares não seguem um padrão
tradicional. Sem a intenção de sermos moralistas, percebemos alunos sofrendo por não
terem uma referência familiar.
De acordo com os pressupostos, verificamos que a maioria de nossos alunos
são de baixa renda, alguns refletem a desestruturação familiar que acaba por não
incutir os valores éticos necessários à boa convivência na comunidade e na escola.
Alunos que não se respeitam e comentam sobre a moral dos colegas pelo fato de todos
se conhecerem no distrito.
Muitas das famílias são beneficiadas por Programas Sociais do Governo como
o Leite das Crianças, Bolsa Família (até 15 anos), Bolsa Jovem (15 à 17 anos), PETI
(Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e Baixa Renda na Energia Elétrica.
No entanto, os índices de evasão e repetência são baixos, acontecendo por
motivo de trabalho, distância da Escola, migrações constantes. As questões do
trabalho se referem aos períodos de safras, quando a grande maioria dos educandos
se dedicam a colheita e/ou plantio, muitas vezes até trabalhando em outros municípios,
sem horários definidos, chegando cansados à escola, sem ânimo para estudar. O
transporte dos educandos que residem em propriedades distantes do distrito, é
dificultado pelas condições das estradas e pela manutenção dos veículos.
Cabe à escola a responsabilidade de contribuir na construção da ética do
educando e educador, permitindo a coerência entre a teoria e a prática docente e
discente.
Nesse sentido, a escola, em algumas situações, acaba fazendo papel de
assistencialista e assim deixando de cumprir a sua função formativa. Na escola, temos
uma amostra dos problemas existentes na sociedade que refletem na educação, como:
violência, drogas, gravidez precoce e, principalmente, o alcoolismo e a sexualidade.
Sabemos que a sociedade está passando por constantes mudanças, onde
valores, convicções, atitudes, dentre outros aspectos, estão sendo amplamente
30
questionados, discutidos e abordados de modo a produzir uma nova realidade, que
muitas vezes, está suscetível à aprovação de um ou mais grupos. Um dos fatores que
acelera essa postura é o avanço tecnológico, que desponta e se expande globalmente.
É possível nos depararmos com realidades convincentes hoje, que amanhã,
não passam de histórias do passado. A dinamicidade é admirável e a inconstância
prepondera a necessidade de constante atualização. A busca por atualização, bem
como, por novas descobertas não se restringe apenas a grupos científicos elitizados.
O professor, inserido neste meio, sente dificuldade em formar alunos críticos,
que possam contribuir com a sociedade, onde esses alunos, nem sempre são
questionadores e estão empenhados em buscar novos conhecimentos.
Sabemos que a tarefa de garantir o futuro não é só dos governos, e sim, de
todos os seres humanos. Sendo assim trabalhar as Diversidades como: Educação do
Campo, Gênero e Diversidade Sexual, História e Cultura dos povos Indígenas (Lei
11645/08) e História e Cultura Afro-Brasileira-Africana (Lei 10639/03). Desenvolvimento
Socioeducacional: Prevenção de Drogas, Enfrentamento a Violência, Educação
Ambiental e Cidadania e Direitos Humanos.
Segundo Demo (1992) a cidadania se constrói com a força da sociedade e a
comunidade. No entanto, a sociedade tende a tomá-la como objeto de tutela
governamental. A solução para muitas questões da sociedade deveria estar no
compromisso da própria comunidade de se envolver e agir.
Uma importante questão a ser discutida diz respeito ao diagnóstico dos
problemas escolares. Diagnosticar problemas com clareza e pensar as soluções requer
planejamento e trabalho coletivo em todas as etapas. O diagnóstico, se bem
conduzido, pode enriquecer cada vez mais o trabalho de construção e realização do
projeto de cada Escola.
4.1 Problemas diagnosticados em 2011
Gestão de resultados educacionais
•
Tempo insuficiente para análise constante do PPP;
31
•
Participação de todos os alunos do Ensino Médio no Enem;
•
Comprometimento dos pais com a aprendizagem dos filhos;
•
Avaliação do PPP.
Gestão participativa/ democrática
•
Falta de conhecimento por parte das instâncias colegiadas sobre a
importância da participação nas decisões coletivas;
•
Reunir todos os professores para o Conselho de Classe;
•
Motivar a participação dos membros do Conselho Escolar.
Gestão pedagógica
•
Elaboração dos critérios de avaliação;
•
Preenchimento no livro registro;
•
Monitoramento das dificuldades dos alunos, como defasagem de
conteúdos, dificuldades de aprendizagem, necessidade de atendimento diferenciado e
ou até psicológico;
•
Inovação de práticas metodológicas para melhorar a aprendizagem;
•
Organização do tempo e o espaço escolar;
•
Rotatividade dos professores.
•
A hora-atividade pré determinada no mesmo turno de funcionamento,
dificultando assim o intercâmbio entre professores que tem por objetivo trabalhar a
interdisciplinaridade contextualizada;
•
Alunos que trabalham o dia todo e vem para a escola cansados;
•
Dificuldade em realizar reuniões com os professores porque trabalham
em duas escolas;
Gestão de inclusão/socioeducação
•
A acessibilidade: adaptações de grande porte;
Gestão de pessoas
•
Comprometimento de alguns profissionais;
32
•
Falta de pessoal na área administrativa e serviços gerais.
Gestão de serviços de apoio (recursos físicos e financeiros)
• Falta de manutenção em tempo hábil nos recursos tecnológicos (pessoal
técnico capacitado);
• Espaço físico insuficiente para atendimento das necessidades educacionais:
salas de aulas, refeitório, depósito de merenda, laboratório de Ciências e Química,
salas internas para direção, professores e pedagogo;
• Recursos financeiros insuficientes para manutenção e merenda escolar;
• Ausência de central de gás.
• Recursos financeiros e humanos insuficientes para o bom funcionamento da
Escola de Campo;
• Infraestrutura inadequada para Escola de Campo.
Cabe à direção do Colégio articular todo esse envolvimento e proporcionar o
entrosamento dos próprios profissionais da educação que trabalham na instituição. As
reuniões pedagógicas previstas em calendário, não são suficientes para resolver todos
os problemas no âmbito escolar, onde eventualmente algumas decisões precisam ser
tomadas por pequenos grupos, devido a incompatibilidade de horários dos professores.
O Conselho Escolar e APMF do Colégio, estão devidamente regulamentados e
são realizados de forma democrática. Ainda encontramos dificuldades em reunir todos
os membros colegiados onde os horários nem sempre são compatíveis.
O Colégio conta de forma ativa com a ajuda de participação dos pais, desde a
organização até a realização de atividades Culturais, promocionais, campanhas, lazer
entre outras.
A APMF, o Conselho Escolar, o Grêmio Estudantil e Representantes de
Turmas, atuam ao lado da direção, ajudando, apoiando quanto a aplicação de recursos
financeiros liberados pela SEED ou mesmo adquirido através de promoções do próprio
Colégio.
Num conjunto de esforços Pais, Professores, Funcionários, Alunos, APMF,
33
Conselho Escolar e Amigos da Escola atuam em busca de uma escola organizada;
priorizando, assim, a qualidade do ensino.
4.2 Conselho Escolar
Representantes do 1º Segmento - Dos Profissionais da Escola
NOME
Marta Lourenti dos Reis
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE
Diretora
Pós Graduação
Tania Regina Macedo de Sousa Equipe Pedagógica
Pós Graduação
Cleonice da Silva Santos
Professora
Pós Graduação
Poliana Pereira Calefi Búfalo
Técnico Administrativo Pós Graduação
Neide Maria da Silva
Serviços Gerais
2º Grau Completo
Representantes do Segundo Segmento - Comunidade atendida pela Escola
NOME
Márcia de F. Vissossi da Silva
Joice da Silva Vieira
Lucinéia Gomes Peixoto
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE
Pós Graduação
2º Grau Incompleto
2º Grau Completo
Pais
Grêmio Estudantil
APMF
Representantes do Terceiro Segmento - Representantes dos segmentos da
sociedade e da Igreja
NOME
Sueli Oliveira Braga Vissoci
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE
Representante da
Igreja
2º Grau Completo
SUPLENTES DO CONSELHO ESCOLAR
1º Segmento
NOME
Ana Rosa Diniz
FUNÇÃO
Professora
ESCOLARIDADE
Ensino Superior
34
2º Segmento
NOME
Mayara Apª Vicentim Olívio
Érica Vissossi da Silva
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE
Gremio Estudantil 2º Grau Incompleto
Representante
2º Grau Completo
dos alunos
Ana Maria de Queiroz Armelin Representante
dos Pais
3º Segmento
NOME
Sueli de
Vissossi
Oliveira
1º Grau Completo
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE
Braga Representante da 2º Grau Completo
Igreja
4.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários
Diretoria da APMF
NOME
FUNÇÃO
Sandra Regina G. da Silva
Presidente
ESCOLARIDADE
2º Grau Completo
Ademir Pacheco Rolim
Vice-Presidente
1º Grau Incompleto
Lucinéia Gomes Peixoto
1º Tesoureiro
2º Grau Completo
Ana Maria G. Constantino
2º Tesoureiro
2º Grau Completo
Lucimara Morelo Oliveira
1ª Secretária
Ensino Superior
Cleonice da Silva Santos
2º Secretária
Pós Graduação
Poliana Pereira Calefi Búfalo
1º Diretor Sócio
Pós Graduação
Cultural Esportivo
Ana Márcia L. Stencel
2º Diretor Sócio Pós Graduação
Cultural Esportivo
Conselho Deliberativo e Fiscal
NOME
Ana Maria Macêdo Sartori
Cidinéia de Fátima L. Laurindo
Maria Aparecida Lorente Lima
Olga Pacheco dos Santos
José Aparecido Américo da Silva
FUNÇÃO
Professora
Professora
Funcionária
Funcionária
Representante Pais
ESCOLARIDADE
Pós Graduação
Pós Graduação
2º Grau Completo
2º Grau Completo
1º Grau Incompleto
35
Aplacinto de Jesus Kieszkowski
Representante Pais 1º Grau Incompleto
Edson Nogueira de Sousa
Representante Pais 2º Grau Completo
Antonio Pereira dos Santos
Representante Pais 1º Grau Completo
Assessoria Técnica: Marta Lourenti dos Reis e Tania Regina Macedo de Sousa
As reuniões de pais se constituem em mais um dos problemas enfrentados
pelo Colégio, muitos pais trabalham durante o dia e os professores trabalham à noite
em outras escolas. Sem contar que alguns pais não se incomodam com a vida escolar
dos filhos, deixando a mercê da escola.
Em relação aos alunos, encontram-se desmotivados quanto ao processo
ensino-aprendizagem, embora a maioria são questionadores e críticos, cobram da
escola e dos professores que sejam informados sobre os conteúdos
do plano de
trabalho docente, que serão ministrados durante o ano, bem como aulas diferenciadas,
uso de recursos tecnológicos, como TV pendrive e laboratório de informática, maior
autoridade por parte dos professores, maior enfoque nos conteúdos, maior
objetividade, responsabilidade e formação de consciência, dando ênfase aos
Desenvolvimentos Socioeducacionais.
Alguns alunos não concordam com a aprovação pelo Conselho de Classe,
pois
acham que
são “empurrados” no final do ano para a série seguinte, sem
conhecimento. Essas opiniões foram dadas por grande parte dos alunos da escola de
ensino fundamental e médio, e muitas das respostas foram bem parecidas, quando não
iguais.
Entretanto, são realizados pré-conselhos com os alunos de cada série
juntamente com o professor e aluno representante de turma, onde são planejadas
ações de melhoria do rendimento escolar da turma. As ações e sugestões são levadas
para o conhecimento do Conselho de Classe que é realizado com a participação de
todos professores, que analisam as dificuldades e problemas no processo ensinoaprendizagem, sem se deter apenas nas notas. Embora tendo uma nova visão de
como deva ser o mesmo, encontramos dificuldades em encaminhá-lo e na realização
das intervenções propostas.
36
Enfim, essas contradições estão explícitas no nosso dia-a-dia, e precisam ser
solucionadas, sendo uma instituição que de fato forme o cidadão consciente e crítico
para atuar na sociedade.
4.4 Professores e Alunos Representantes de Turmas
Ensino Fundamental
TURMA
PROFESSOR REPRESENTANTE
ALUNO REPRESENTANTE
5ª
Ana Márcia Labegaline Stencel
Lyandra Macedo de Sousa
6ª
Tania R. Domingues Figueiredo Canelo Tátila Correia Emitério
7ª
Kátia Simone Ribeiro Pereira
Leonardo Henrique Macedo
8ª
Cleonice da Silva Santos
Tânia Cristina Alves Massocatto
Ensino Médio
TURMA
PROFESSOR REPRESENTANTE
ALUNO REPRESENTANTE
1º
Luciane Chamorro Rodrigues
Angélica Cristina Emetério
2º
Marlí de Fátima Buranello
Eduardo Meloqueiro da Silva
3º
Carina Elisabete da Silva Bochio
Joice da Silva Vieira
O Colégio hoje trabalha com a avaliação diagnóstica. As notas são resultantes
dos trabalhos em grupo e/ou individual e avaliações escritas e orais, sendo a
recuperação paralela.
Esses resultados são apresentados bimestralmente aos pais juntamente com
alguns professores através de reuniões. Além disso, os pais dos alunos com
dificuldades
de
aprendizagem
e
problemas
disciplinares
são
atendidos,
particularmente, durante a hora atividade do professor.
No que se refere à Avaliação Institucional realizada em 2005, que diante da
possibilidade de confrontar opiniões advindas dos diversos segmentos que constituem
a comunidade escolar, através da real análise, reflexão e discussão que se
desencadeou desta avaliação do Colégio Estadual Alvorada da Infância, cabe enfatizar
algumas sugestões que contemplem a maximização dos resultados positivos que se
37
originam da efetivação da ação pedagógica. Em outras palavras, ideias surgiram e,
depois de discutidas por todas as instâncias, foram teorizadas e aqui serão
apresentadas como sugestões para que possam contribuir com as conquistas do
processo educativo em seus diversos âmbitos.
Vale ressaltar que, a Avaliação Institucional diagnosticou problemas que
merecem atenção e uma maior organização da comunidade Escolar, a fim de superálos. Em se tratando, dos órgãos colegiados de gestão, constata-se a necessidade de
maior interação e integração. Atentando para os profissionais da educação há a
necessidade de aperfeiçoar a relação professor-tecnologia-conhecimento-aluno.
4.5 Princípios da Gestão Democrática
Falar em gestão democrática na escola é voltar em um assunto que vem sendo
debatido há muito tempo pelos educadores. No Estado do Paraná, a gestão é feita de
uma maneira democrática, existem as Instâncias Colegiadas, como as
APMFs
(Associação de Pais, Mestres e Funcionários) que tem a função de integrar a escola
com a comunidade e também o papel de se envolver em todas as questões, que
exigem decisões que interferem no bom andamento da escola, e paralelo às APMFs
existe o Conselho Escolar
que é composto por representantes de todos os
segmentos, escolhidos de forma democrática onde o presidente é o diretor (a) que
também é escolhido por votação direta. Essas Instâncias Colegiadas foram eleitas de
acordo com suas respectivas leis e estatutos. As reuniões ocorreram de acordo com as
necessidades, discutindo os problemas de aprendizagem, promoções e eventos
realizados pela escola. Essas Instâncias participam de forma direta ou indireta dos
projetos desenvolvidos pelo Colégio, como: FERA, ComCiência, Festa Junina, Festas
Promocionais, Formatura, Agenda 21, participação nos Conselhos de Classe e
elaboração do Projeto Político Pedagógico. Por isso, não se pode dizer que a
organização da escola não seja democrática. O que está faltando à comunidade
escolar é ter essa consciência de como as coisas devem funcionar, e cobrar de quem
está à frente da escola que seja cumprido esse modelo de gestão democrática que
38
aqui está implantado. O problema é que viver a democracia exige, por parte de todos,
uma doação maior que aquele tempo que recebemos para estar na escola. Os
educadores ainda não perceberam que as escolas ganharam uma dimensão social que
nunca teve, que ela está deixando de ser uma escola repetidora para se tornar uma
escola co-criadora deste novo mundo que está surgindo. Hoje, a escola recebeu uma
transferência de responsabilidade muito grande, não sendo mais aquele modelo onde a
família tinha a obrigação de socializar a criança, a igreja de moralizar, a escola de
culturalizar, as empresas de inserir no processo produtivo e o Estado à função de
organizar esse processo.
Portanto, as escolas que não se adaptarem a essas mudanças, não
conseguirão atender os anseios de seus educandos. Porém para que a escola consiga
se apropriar e mudar sua prática pedagógica, é necessário uma gestão democrática
em que todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, sejam conscientes
do papel de agentes transformadores da realidade que vivem.
O acesso à gestão democrática não é um caminho que os profissionais da
educação vão encontrar pronto, deve ser conquistado por todos com a participação nas
reuniões, nos encontros pedagógicos e toda a discussão ou reflexão que venha a ser
feita para se falar da escola.
Manter uma gestão democrática é nunca deixar de participar, trabalhar com
educação é ter que rever seus conceitos sempre. Quanto maior for a participação
menor o risco de errar, por isso ser profissional da educação é ter o compromisso com
a comunidade escolar de garantir a permanência de uma gestão democrática .
Quanto a Formação Continuada de Professores, alguns educadores ainda não
se deram conta da revolução silenciosa que vem acontecendo na escola. Por um lado
houve a transferência de formação ética e moral que antes era ofertada pela família e a
pela igreja, e por outro lado, temos que competir com milhares de informações e
estímulos externos que chegam aos educandos a todo o momento, e aí vem a figura do
professor que, na maioria das vezes, tem as mesmas posturas daqueles que foram os
39
seus professores.
A formação continuada é ofertada pela SEED, prevista em calendário, outras
oferecidas por faculdades públicas ou particulares e também reuniões pedagógicas e
grupos de estudos realizados pelo Colégio com leituras de textos a serviço do
enfrentamento dos problemas didáticos.
A qualidade do ensino aprendizagem passa necessariamente por uma escola
organizada que tenha regras claras e justas, que seja aberta para o mundo, com
atividades que conduza os educandos também a buscar o conhecimento fora da sala
de aula, com professores comprometidos com essa qualidade, numa gestão
democrática onde toda a comunidade escolar supere as dificuldades e caminhe para se
ter realmente uma escola que tenha uma educação com qualidade no ensino
aprendizagem. Assim, o educador que não acompanhar essa mudança, ficará
desatualizado dentro do processo de evolução educacional.
O Colégio conta com 23 funcionários, assim distribuído: 01 diretor, 01 na
equipe pedagógica, 02 funcionários da equipe administrativa, 02 auxiliares de serviços
gerais e 17 no corpo docente. O Colégio tem como pratica a integração de todos
envolvidos no processo educativo, o que requer dinâmica que contemplem relações
amistosas na busca de soluções para os problemas.
4.6 Docentes
NÍVEL DE ESCOLARIDADE E VÍNCULO EMPREGATÍCIO
NOME
VÍNCULO
Ana Claúdia V. das Neves
Ana Márcia L. Stencel
Estadual
Estadual
Ana Rosa Diniz
Estadual
Carina Elisabete da S Bochio Estadual
Cleonice Silva Santos
Estadual
Cleide Alves Pereira Pontes Estadual
REPR
QPM
QPM
SC02
SC02
QPM
SC02
HABILIT.
3º GRAU
PÓS
COMPLETO GRADUAÇ
ÃO
Ciências/Biologia
X
X
Geografia
X
X
Ciências
X
-
Matemática
Ciências/Biologia
Pedagogia/Arte
X
X
X
X
X
X
40
Ellen Tatiane Protano
Elaine Travagli Ornaghui
Iraci Aparecida Cachone
Kátia Simone Ribeiro Pereira
Lenice Alves da Silva
Stencel
Estadual
Estadual
Estadual
Estadual
Estadual
REPR
REPR
SC02
REPR
REPR
Marli de Fátima Buranello
Estadual
Moacir Fuzeti Segundo
Patricia Elaine Ribeiro Cerja
Silvio Martins de Oliveira
Tania Regina Domingues
Figueiredo Canelo
Estadual
Estadual
Estadual
QPM
SC02
QPM
SCO2
REPR
REPR
REPR
Estadual
REPR
Luciane Chamorro Rodrigues Estadual
Educação Física
Matemática
Educação Física
Português/Inglês
Português/Espanh
ol
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
História/Arte
X
X
Geografia/Pedag.
X
X
Ciências/Biologia
Ciências/Biologia
Educação Física
X
X
X
X
X
X
Português/Inglês
X
X
4.7 Técnicos Pedagógicos
DIRETOR E PROFESSOR PEDAGOGO
NOME
VÍNCULO
Marta Lourenti dos Estadual QPM
Reis
HABILIT.
Port./Inglês
FUNÇÃO
Diretora
ESCOLARIDADE
Pós - Graduação
4.8 Equipe Pedagógica
NOME
Tania Regina
Sousa
Macedo
VÍNCULO
de Estadual
QPM
HABILIT.
Pedagogia
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE
Supervisora e
Orientadora
Pós- Graduação
4.9 Apoio
TÉCNICO ADMINISTRATIVO
NOME
VÍNCULO
Lucimara Morelo de Oliveira REPR
Poliana Pereira Calefi Búfalo REPR
HABILIT.
Pedagogia
Letras/Inglês
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE
Aux. Administrativo Ensino Superior
Aux. Administrativo Pós Graduação
41
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS E MERENDEIRA
NOME
VÍNCULO
Neide Maria da Silva
Eunice Maria da C. Vieira da Silva
Estadual
Estadual
ESCOLARIDADE
QFEB
REPR
2º Grau Completo
2º Grau Completo
Em nossa escola, assim como em todos os estabelecimentos de ensino da
rede pública do Estado do Paraná, os docentes contam com 20% de sua carga horária
para a hora atividade, organizada por professor (individual), sendo estas insuficientes
para a realização das atividades propostas pela LDB.
Durante a hora atividade, o professor realiza planejamentos, reuniões
pedagógicas, correção de trabalhos, prepara aulas e faz leituras de caráter
pedagógico, significando uma maior dedicação do docente às atividades fora da sala
de aula.
Constata-se a existência de um número expressivo de educandos que se
sentem desmotivados do processo ensino e aprendizagem. A própria cultura da
comunidade local é excludente, uma vez que há críticas constantes quanto ao
comportamento alheio (valores, condição sócio-econômica, vícios etc). Tal fato é
agravado pela ausência de pessoal especializado (psicólogos, assistentes sociais e
outros), recursos físicos, materiais pedagógicos e também pela falta dos avanços
tecnológicos eficazes. O colégio não possui alunos com necessidades especiais, os
que encontra-se no município são encaminhados a especialistas que atendem no SUS
ou APAE.
4.10 CELEM
A carga horária mínima anual de cento e sessenta horas, distribuídas por um
mínimo de oitenta dias de efetivo trabalho escolar.
TURNO
Intermediário Tarde
Nº DE TURMAS
02
ALUNOS MATRIC.
31
Foi implantado nesse ano de 2011, o Programa de Atividades Complementares
Curriculares em Contraturno e a Sala de Apoio a Aprendizagem de Língua Portuguesa
42
e Matemática.
4.11 Programa de Atividades Complementares Curriculares no Contraturno ESPORTE E LAZER – Esportes E.F
TURNO
Tarde
Nº DE TURMAS
01
ALUNOS MATRIC.
18
4.12 Sala de Apoio à Aprendizagem
TURNO
Tarde
Tarde
Nº DE
TURMAS
01
01
DISCIPLINA
ALUNOS
MATRIC.
Língua Portuguesa
Matemática
16
16
4.13 SITUAÇÃO ATUAL
Organização do Espaço Físico
Sala de aula: 04
Biblioteca: 01
Sala para laboratório de Informática : 01
Sala dos Professores e Pedagogo: 01
Sala da Direção e Secretaria da Escola Municipal : 01
Sala da Direção e Secretaria da Escola Estadual: 01
Sanitário dos professores: 01
Sanitários masculinos :03
Sanitários femininos : 04
Cozinha: 01
Pátio coberto: 01
Quadra esportiva: 01
As salas existentes atendem no período manhã os alunos do Colégio Estadual
Alvorada da Infância, no período da tarde são utilizadas pela Escola Municipal Paraíso
da Infância e no período da noite os alunos do Ensino Médio. Sendo que as mesmas
apresentam um ambiente iluminado, ventilado e com carteiras em estado de
43
conservação mediano.
Com a cedência de salas para o funcionamento da Escola Municipal, são
improvisados espaços físicos para sala de apoio. E ainda se faz necessário salas
internas para melhor adequação do trabalho do Colégio Estadual, uma vez que não
possui salas para secretaria, supervisores, professores e laboratório de ciências e
biologia.
A quadra de esportes não possui portões, vestiários e sanitários, necessitando
de reformas.
A Biblioteca funciona de forma compartilhada e atende alunos das duas
escolas. Nela também está instalada a TV Escola e o Laboratório do PROINFO,
necessitando assim de um funcionário capacitado para atendê-la.
4.14 Análise dos índices de Aprovação, Evasão e Repetência
Quadro Demonstrativo do Número de alunos por série, turma e Turno
Ano Letivo 2004
SÉRIE
TURNO
5ª
6ª
7ª
8ª
TOTAL
Manhã
Manhã
Manhã
Manhã
-
MATRÍC. TRANSF. DESIST.
20
18
12
25
75
1
1
1
3
1
1
APROV.
10
13
11
23
57
REPROV
.
4
1
5
APROV
C.C.
4
3
1
1
9
REPROV
.
2
2
APROV
C.C.
1
7
3
1
12
Ano Letivo 2005
SÉRIE
TURNO
5ª
6ª
7ª
8ª
TOTAL
Manhã
Manhã
Manhã
Manhã
-
MATRÍC. TRANSF. DESIST
.
17
1
2
17
1
14
12
1
60
2
3
APROV.
11
09
11
10
41
44
Ano Letivo 2006
ENSINO FUNDAMENTAL
SÉRIE
TURNO
5ª
6ª
7ª
8ª
TOTAL
Manhã
Manhã
Manhã
Manhã
-
MATRÍC. TRANSF. DESIST.
19
13
17
15
64
1
1
-
APROV.
10
12
11
13
46
REPROV
.
2
1
3
APROV
C.C.
7
1
6
14
ENSINO MÉDIO
SÉRIE
TURNO
1º
2º
3º
TOTAL
Noite
Noite
Noite
-
MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV.
22
19
14
55
3
2
3
8
-
13
13
7
33
5
3
8
APROV
C.C.
1
4
1
6
OBS: Os alunos 1º ano do Ensino Médio foram reprovados por nota e frequência em
função da necessidade de se deslocarem a outros municípios para trabalhar na época
da colheita.
Já no 3º ano os motivos foram de dificuldades de falta de companhia no deslocamento
do sítio para a cidade, e ainda, aluno que chegou de transferência com defasagem de
aprendizagem, mesmo sendo dado um tratamento pedagógico diferenciado, não houve
avanços.
Ano Letivo 2007
ENSINO FUNDAMENTAL
SÉRIE
TURNO
5ª
6ª
7ª
8ª
TOTAL
Manhã
Manhã
Manhã
Manhã
-
MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV.
17
17
14
18
66
1
1
2
-
12
10
11
14
47
2
1
1
1
5
APROV
C.C.
2
6
1
3
12
45
ENSINO MÉDIO
SÉRIE
TURNO
1º
2º
3º
TOTAL
Noite
Noite
Noite
-
MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV
.
12
1
10
14
2
10
1
16
11
1
42
3
31
2
APROV
C.C.
1
1
4
6
MATRÍC. TRANSF. DESIST.
APROV. REPROV
.
6
3
12
6
6
11
35
9
APROV
C.C.
3
2
2
7
MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV
.
18
1
1
8
3
12
1
7
12
1
11
42
2
2
26
3
APROV
C.C.
5
4
9
MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV
.
13
11
9
2
5
1
20
2
12
2
9
1
8
51
2
3
36
3
APROV
C.C.
2
1
4
7
Ano Letivo 2008
ENSINO FUNDAMENTAL
SÉRIE
TURNO
5ª
6ª
7ª
8ª
TOTAL
Manhã
Manhã
Manhã
Manhã
-
13
15
18
11
57
1
1
4
6
-
ENSINO MÉDIO
SÉRIE
TURNO
1º
2º
3º
TOTAL
Noite
Noite
Noite
-
Ano Letivo 2009
ENSINO FUNDAMENTAL
SÉRIE
TURNO
5ª
6ª
7ª
8ª
TOTAL
Manhã
Manhã
Manhã
Manhã
-
46
ENSINO MÉDIO
SÉRIE
TURNO
MATRÍC.
1º
2º
3º
TOTAL
Noite
Noite
Noite
-
11
12
11
34
TRANSF. DESIST. APROV. REPROV
.
1
8
7
1
7
2
22
-
APROV
C.C.
2
5
3
10
Ano Letivo 2010
ENSINO FUNDAMENTAL
SÉRIES TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST APROV. REPROV
.
.
APROV.
C.C
5ª Série
Manhã
8
1
-
7
-
-
6ª Série
Manhã
16
3
-
9
1
3
7ª Série
Manhã
8
-
-
5
2
1
8ª Série
Manhã
15
1
-
12
-
2
TOTAL
-
47
5
-
33
3
6
SÉRIE
TURNO
MATRÍC.
1º
2º
3º
TOTAL
Noite
Noite
Noite
-
8
11
13
32
ENSINO MÉDIO
TRANSF. DESIST. APROV. REPROV.
-
-
6
11
13
30
-
APROV
C.C.
2
2
5. MARCO CONCEITUAL
Sabemos que a educação é a chave para a transformação social, tanto a
educação familiar como a escolar. Somos cientes de que sozinhos não mudaremos o
mundo, mas enquanto educadores, intencionamos contribuir para a construção de uma
sociedade mais justa, socialmente qualitativa e solidária, politicamente democrática,
culturalmente pluralista, que priorize as leis vigentes na Constituição Federal. Com
condições de plena realização do Ser Humano, valorizando o “ser” em detrimento do
47
“ter”, pautada pelos princípios éticos, estéticos e políticos, onde todos sejam
verdadeiramente reconhecidos e respeitados em sua dignidade humana e em suas
diferenças.
Sendo assim, visamos uma educação que possibilite nossos educandos a
desenvolverem suas potencialidades, usufruírem o direito à liberdade de expressão e
terem acesso ao conhecimento científico e tecnológico.
Neste contexto queremos formar um sujeito solidário, ativo, criativo e pensante
e que defenda a vida como condição humana indiscutível e se preocupe com o
presente, formando assim sua própria história.
5.1 Concepção de Homem
Ao se referir sobre a complexidade do ser humano: “ser ao mesmo tempo,
totalmente biológico e totalmente cultural”, procuramos estruturar nossa concepção de
homem e, em consequência desta, a expectativa em relação ao cidadão que queremos
formar.
Entendendo o sujeito tanto físico como social, temos a intenção de desenvolver
no aluno a consciência e o sentimento de perceber a terra, de modo que possa
compreender a interdependência entre os fenômenos e seja capaz de interagir de
maneira crítica, criativa e consciente com seu meio natural e social.
Alguns desafios são fundamentais no que se refere a formação do sujeito,
desenvolver uma aptidão para contextualizar e integrar para situar qualquer informação
em seu contexto, para colocar e tratar os problemas, ou seja, o grande desafio de
formar sujeitos que possam enfrentar realidades cada vez mais complexas
(polidisciplinares, transversais, multidimensionais, globais, etc).
Assim, acreditamos ser possível formar um cidadão menos acuado e mais
indignado, um cidadão que sabe mediar conflitos, propondo soluções criativas em favor
da solidariedade humana e do equilíbrio ambiental.
Para tanto, esse sujeito necessita visualizar processos, enfim, ter uma visão
sistêmica da realidade.
48
Além disso, o homem é um sujeito de ações e de práticas, capaz de sonhar e
direcionar seus passos, um cidadão que se apropria do processo histórico, cultural,
que explicam as facetas sociais. Assim, atua numa posição, na qual tem direitos e
deveres, assumindo o papel de lutar para a transformação da realidade na qual se
insere. Contribuindo
de forma plena, integrando-se ao todo que compõe a esfera
social, participante do processo de construção dos conhecimentos sociais, culturais e
políticos que circundam a realidade.
5.2 Concepção de Sociedade
Para Max Weber a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das
ações individuais, estas são todo tipo de ação que o indivíduo faz, orientando-se pela
ação de outros. Para Durkein o objeto de estudo da sociologia são os fatos sociais,
esses fatos sociais são as regras impostas pela sociedade .
Considerando que os alicerces da sociedade ocidental contemporânea estão
sujeitos à economia de mercado que valoriza a formação técnica em detrimento à
formação ética e moral do cidadão, a escola tem se constituído a partir de valores
voltados a construção de um sujeito competitivo.
A sociedade é campo das manifestações e interações humanas, é nela que o
ser humano se expõe agindo, comunica seus pensamentos, celebra suas conquistas
ou demonstra suas deficiências.
Nesta sociedade, a educação tem papel fundamental, devendo ser inclusiva,
integradora, dialética, contínua, processual e segura, embasada por uma escola
democrática, reflexiva, transformadora, coerente, prazerosa e planejada. devendo ser
portanto o espaço onde toda a complexidade da humanidade possa ser exposta, vista
e sentida com solidariedade e fraternidade.
É nesta perspectiva que a educação encontra um dos seus grandes desafios:
instrumentalizar o educando para sua emancipação social com equilíbrio e sobriedade,
estabelecendo subsídios para a construção de uma sociedade fundada nos princípios
da coletividade, justiça e liberdade sem restrições de qualquer natureza, permitindo a
49
convivência na e pela diversidade, projetando em suas gerações futuras valores morais
e materiais balizados pelos mais justos dos princípios que fazem jus à nossa
humanidade. É no espaço escolar que o conhecimento historicamente produzido é
ressignificado em suas razões filosóficas, permitindo ao educando a construção de
reflexões a respeito dos paradigmas que constituem a sociedade vigente.
Portanto, queremos uma sociedade onde haja igualdade de condições de vida
para todos os sujeitos. Onde todos tenham acesso a uma educação escolar de boa
qualidade, à saúde, ao trabalho, à moradia, à cultura, ao lazer, à participação política,
entre outros. Queremos uma sociedade onde o povo possa gozar de todos os seus
direitos, inclusive de ouvir e ser ouvido.
5.3 Concepção de Escola
A escola é uma instituição social responsável pela reelaboração sistemática
dos saberes dos alunos e, ainda por preparar os alunos para atuarem no contexto
social, onde todos têm objetivos
em comum. Na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação nº 9394/96, artigo 2º diz que “a pessoa é educada para o seu
desenvolvimento, para a cidadania e para o trabalho”.
Assim, a escola na atualidade precisa buscar efetivar um ensino de qualidade,
onde todos os alunos tenham acesso e permanência com sucesso, em que a escola
seja concebida numa gestão democrática, havendo a participação da comunidade
escolar, conselhos e equivalentes, a fim de que no coletivo todos propiciem um ensino
coerente com as especificidades de cada aluno que integra a escola de campo.Isto
posto, é preciso que as ações da escola sejam compartilhadas, uma vez que o gestor,
enquanto líder, direciona, informa e delega funções, sendo um estimulador das atitudes
cooperativas na escola, onde prevaleça uma relação dialógica que atrele o todo da
escola na efetivação de um ensino significativo e contextualizado.
A comunidade escolar deve constituir-se numa equipe de trabalho engajada
num fazer de qualidade, onde o diálogo permita atitudes crítico-reflexiva, onde todos
tenham capacidade de buscar e inovar mediante o aprofundamento teórico.
50
Uma vez que o gestor e os educadores necessitam estar em constantes
buscas por estratégias que dinamizem as ações na escola.
Segundo (LIBÂNEO, 2008, p. 41):
Os dirigentes da escola precisam ajudar os professores, a partir da reflexão
sobre a prática, a examinar suas opiniões ativas e os valores que as sustentam,
a colaborar na modificação dessas opiniões e valores tendo como referência as
necessidades dos alunos e da sociedade e os processos de ensino
aprendizagem(...) onde a gestão do cotidiano da escola, seja articulada com
todo o projeto pedagógico, o sistema de gestão, o processo de ensino e
aprendizagem acontece.
Fazendo assim, ter-se-a uma organização preocupada com a formação
continuada, com a discussão conjunta dos problemas da escola, discussão que é de
natureza organizacional, mas principalmente pedagógica e didática. Nesse sentido, a
escola precisa constituir-se além do espaço da aprendizagem sistematizada, um lugar
prazeroso, motivador, capaz de despertar o interesse dos alunos pala aprendizagem.
5.4 Concepção de Educação
Diante de uma sociedade ampla e democrática, o homem necessita exercer
sua cidadania, como fonte participativa e ferramenta de luta em busca de soluções
para os problemas reais, que sejam capazes de contribuir para transformação dessa
sociedade, onde a diversidade seja um foco para a compreensão de tais problemas
que afetam a todos.
Julgamos que os valores façam parte da essência humana e sua importância
precisa ser despertada e semeada dentro de cada ser, justamente porque são eles, os
valores, que motivam e enriquecem a nossa vida e nos ajudam a estabelecer relações
e vínculos positivos em relação a nós mesmos e aos outros.
Desta forma, oportunizaremos conhecimentos, vivência e integração, pois a
aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da
experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais.
Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente.
Quando a educação é construída pelo sujeito da aprendizagem, no cenário escolar,
51
prevalecem a ressignificação dos sujeitos, novas coreografias, novas formas de
comunicação e a construção de novas habilidades, caracterizando competências e
atitudes significativas.
A Educação como interatividade contempla tempos e espaços novos, dialogo,
problematização e produção própria dos educandos. O professor exerce a sua
habilidade de mediador das construções de aprendizagem. E mediar é intervir para
promover mudanças. Como mediador, o docente passa a ser comunicador,
colaborador e exerce a criatividade do seu papel de co-autor do processo de aprender
dos alunos.
Na relação desse
encontro pedagógico, professores e alunos interagem
usando a co-responsabilidade, a confiança, a dialogicidade fazendo a auto-avaliação
de suas funções. Isso é fundamental, pois nesse encontro, professores e alunos vão
construindo novos modos de se praticar a educação. É necessário que o trabalho
escolar seja competente para abdicar a cidadania tutelada, ultrapassar a cidadania
assistida, para chegar à cidadania emancipada, que exige sujeitos capazes de fazerem
história própria. Saber pensar é uma das estratégias mais decisivas. O ser humano
precisa saber fazer e, principalmente, saber fazer-se oportunidade.
A educação vista sobre o prisma da aprendizagem, representa a vez da voz, o
resgate da vez e a oportunidade de ser levado em consideração. O conhecimento
como cooperação, criatividade e criticidade, fomenta a liberdade e a coragem para
transformar, sendo que o aprendiz se torna no sujeito ator como protagonista da sua
aprendizagem. Porque nós estamos na educação formando o sujeito capaz de ter
história própria, e não história copiada, reproduzida, na sombra dos outros.
5.5 Concepção de Cultura
A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte entre outras, porém
seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que
o homem através da sua racionalidade, mais precisamente a inteligência, consegue
executar, dessa forma todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais
52
tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados
das gerações passadas para as futuras.
Os elementos culturais são artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião,
crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências,
invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir).
A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o
homem tem a capacidade de desenvolver culturas distinguindo, dessa forma de outros
seres como os vegetais e animais.
Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a capacidade
de se permanecer quase intacta, e são passadas aos descendentes como uma
memória coletiva, lembrando que é um elemento social, impossível de se desenvolver
individualmente.
Certamente já nos perguntamos, ou fomos perguntados, sobre o que seja a
cultura. Vivendo num país onde tanto se fala da variedade e da exuberância cultural
que permeia de forma emblemática o nosso povo, é, no mínimo, esperado que
tenhamos uma ideia concebida sobre o que venha a ser esse fenômeno tão expressivo
e característico da nossa gente e de todos os povos da Terra.
O termo “cultura” surgiu em 1871 como síntese dos termos Kultur e Civilization.
Este, termo francês que se referia às realizações materiais de um povo; aquele, termo
alemão que simbolizava os aspectos espirituais de uma comunidade.
Segundo David Schneider, “Cultura é um sistema de símbolos e significados..
Para Max Weber, o homem é um animal, que vive preso a uma teia de significados por
ele mesmo criada. Partindo desse raciocínio, Clifford Geertz sugere que essa teia e sua
análise seja o que chamamos de cultura.
No trabalho de análise dessa teia, nos diz Geertz, a missão do antropólogo é
desvendar esses significados, estabelecendo relações entre si, de forma a ensejar uma
interpretação semiótica do objeto analisado. E uma boa interpretação só será possível,
continua ele, através do estabelecimento dessas relações, da seleção de informantes,
da transcrição de textos, do levantamento de genealogias, do mapeamento de campos
53
etc., em suma, através de um levantamento etnográfico.
Então dessa forma, o respeito pela diversidade cultural
é estar sempre
valorizando a cultura popular e erudita e cabe a escola aproveitar essa diversidade,
existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e democrático. Pois a cultura é
resultado das experiências adquiridas pelo homem ao longo do tempo. Experiências
ocorridas em contato com a natureza utilizando meios de subsistência.
É no mundo e em sua relação com os outros que o homem adquire e constrói
instrumentos de adaptação e criação, produzindo cultura. É, portanto, impossível
entender o homem fora de um contexto histórico-social – de um tempo, de um espaço
e de um grupo social determinado -, que influi no modo dele ser e pensar e que, ao
mesmo tempo, sofre a sua influência.
Por cultura entendemos o conjunto de conhecimentos, valores, normas,
procedimentos e tecnologias construídos por um grupo social determinado e que dá um
caráter específico a esse grupo, diferenciando-o de outros e constituindo um
determinado tipo de sociedade. É algo, portanto, a ser assimilado pelo conjunto das
pessoas desse grupo social, no sentido de sua integração a ele como um membro
ativo. Cada ser humano traz dentro de si uma cultura, seja ela herdada ou adquirida, a
escola deve trabalhar e respeitar essas diferentes culturas.
A cultura herdada é apenas ponto de partida para esse grupo ou geração, que,
necessariamente, como agente de criação cultural, transforma, transgride, cria e recria,
construindo ou reconstruindo o seu próprio mundo e, teoricamente, avançando.
Portanto, o planejamento dos conteúdos deve estar relacionado com o
desenvolvimento de uma prática pedagógica que articule esses conteúdos à dinâmica
de um processo educativo que empregue recursos didáticos pedagógicos promotores
da aprendizagem e que respeite a identidade cultural do aluno, na perspectiva da
diversidade cultural.
5.6 Concepção de Trabalho
Trabalho e educação são atividades especificamente humanas. Podemos
54
definir trabalho como qualquer atividade física ou intelectual, realizada por ser humano,
cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo.
O trabalho é toda transformação que o homem impõe à natureza para tirar
algum proveito, é meio de sobrevivência. Então devemos assimilar a perspectiva de
atuação da escola como meio de formação de cidadãos e de cidadania, ensinar
conteúdos e habilidades necessárias à participação do indivíduo na sociedade.
Através de seu trabalho específico, a escola deve proporcionar ao aluno a
compreensão da sua realidade, situar, interpretar e contribuir para sua transformação.
5.7 Concepção de Tecnologia
Quando se trata do uso da tecnologia moderna, como o computador e a
internet, enquanto recursos de trabalho pedagógico, a mediação entre professor/aluno/
conhecimento é imprescindível, já que estes recursos não substituem e nem
dispensam a ação pedagógica crítica do docente e consequentemente dos alunos.
No
entanto,
estamos
vivenciando
uma
nova
experiência
do
tempo
intrinsecamente ligada às novas tecnologias que parecem provocar impactos
significativos nos processos cognitivos e que, consequentemente, indicam a urgência
de mudanças nas formas de pensar a seleção e transmissão do conhecimento e da
informação.
A tecnologia e o avanço da ciência, não atingem a sociedade de forma
homogênea, determinando modelos para as relações sociais. O acesso às tecnologias
de informação e comunicação amplia as transformações sociais e desencadeia uma
série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento.
Portanto, frente a este cenário de desenvolvimento tecnológico que vem
provocando mudanças nas relações sociais, a educação tem procurado construir novas
estratégias pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos
tecnológicos, resultando assim em práticas que promovam o currículo nos seus
diversos campos dentro do sistema educacional.
55
5.8 Concepção de Cidadania
A noção de cidadania foi historicamente transformada como resultado das lutas
sociais pela aquisição e exercício de direitos e pelo aumento da participação das
pessoas na vida social e política.
Assim, cidadania expressa um conjunto de direitos e de deveres que permite
aos cidadãos e cidadãs o direito de participar da vida política e da vida pública,
podendo votar e serem votados, participando ativamente na elaboração das leis e do
exercício de funções públicas.
Hoje, no entanto, o significado de cidadania assume contornos mais amplos,
que extrapolam o sentido de apenas atender às necessidades políticas e sociais, e
assume como objetivo a busca por condições que garantam uma vida digna às
pessoas.
Entender a cidadania a partir da redução do ser humano às suas relações
sociais e políticas não é coerente com a multidimensionalidade que nos
caracteriza e com a complexidade das relações que cada um e todas as
pessoas estabelecem com o mundo à sua volta. Deve-se buscar compreender
a cidadania também sob outras perspectivas, por exemplo, considerando a
importância que o desenvolvimento de condições físicas, psíquicas, cognitivas,
ideológicas, científicas e culturais exerce na conquista de uma vida digna e
saudável para todas as pessoas. (MEC, 2007, p. 11).
Cidadania é a conquista da qualidade de vida, preservando a dignidade
humana, a natureza e o meio ambiente. Seu objetivo é formar cidadãos para
conviverem em sociedade, suprindo suas necessidades vitais, culturais, sociais e
políticas; assim, construindo uma nova ordem social.
Portanto, educar é um ato que visa à convivência social, a cidadania e a
tomada de consciência política. A educação escolar, além de ensinar o conhecimento
científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da
cidadania. Sendo assim, a educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa
um agente de transformação da sociedade.
5.9 Concepção de Conhecimento
O conhecimento se refere àquilo que se concebe como verdade; fatos que
56
remetem à experimentação e à comprovação de hipóteses através de meios
investigativos que se consolidam em realidades observáveis no cotidiano. Também
pode ser entendido como aquilo que se admite a partir da captação sensitiva sendo
assim acumulável na mente humana. É aquilo que o homem absorve de alguma
maneira, através de informações que de alguma forma lhe são apresentadas, para um
determinado fim ou não.
O conhecimento se distingue da informação porque está associado a uma
intencionalidade. Tanto o conhecimento como a informação, consistem em declarações
verdadeiras, onde o conhecimento é considerado como um propósito ou uma utilidade.
No âmbito escolar, o conhecimento assume essa identidade, permitindo sua
aquisição, construção, reconstrução e ainda possibilitando que fatos comprovados e
visualizados como sendo conhecimento sejam expandidos de geração em geração,
através da solidificação do processo educativo.
Para tanto, se torna imprescindível explicitar o modo como concebemos o
conhecimento: na sociedade, ele é produzido nas relações sociais mediadas pelo
trabalho; no contexto escolar, ele é resultado de fatos, conceitos, generalizações e
pressupõe sempre uma intenção, ou seja, a escola através do conhecimento deve ter
consciência de seu papel decisório na formação do cidadão.
5.10 Concepção de Ensino Aprendizagem
A escola é uma instituição social, responsável pela sistematização dos saberes
dos alunos, o processo de ensino aprendizagem, deve ser concebido numa relação
dialógica onde o educador é o mediador de todo processo.
Na escola pública a efetivação de um ensino de qualidade requer uma gestão
democrática, onde a comunidade escolar viabilize estratégias para firmar uma parceria
com a família, haja vista que o sucesso na aprendizagem dos alunos exige essa
relação mútua.
Uma concepção de ensino aprendizagem na escola de campo deve estar
atrelada a formação integral de cada aluno, para que possam exercer com a
autonomia,
57
criticidade, o exercício da cidadania e atuar na sociedade de forma
responsável. Em que o conhecimento reelaborado seja uma ferramenta de luta contra
as injustiças sociais e um mecanismo de luta por um espaço no mundo do trabalho.
Assim, faz-se necessário um ensino condizente com a realidade dos alunos,
capaz de atender todas as suas aspirações, enfatizando uma metodologia de ensino
pautada nos recursos tecnológicos, onde o educador mediante um planejamento
sistematizado utiliza os meios mediativos como instrumentos para pesquisa, sendo o
eixo integrador
de uma aprendizagem significativa, despertando a discussão,
propiciando a instrumentalização e a análise crítica acerca dos conteúdos.
Uma vez que, os alunos precisam ser questionados para que possam
reelaborar seus saberes, tornando-os científicos e úteis na sua prática social.
Isto posto, diz (SAVIANI, 1999, P. 81), “a síntese que os alunos chegam é o
momento culminante do processo educativo sendo a passagem da síncrise à síntese,
trata-se da efetiva incorporação dos instrumentos culturais, transformando agora em
elementos ativos de transformação social”.
Para (FREIRE, 1997, p. 26) “quando vivemos a autenticidade exigida pela
prática de ensinar/aprender participamos de uma experiência total, direta, política,
ideológica, pedagógica, estética e ética, em que a boniteza deve achar-se de mãos
dadas com a decência e com a seriedade.
Assim, o educador precisa ter compromisso político aliado ao fazer docente,
para que seja um articulador entre o conteúdo, aluno e realidade,
colaborando
mediante um currículo aberto e flexível para que os alunos construam sua identidade.
Os conceitos científicos não se aprendem ou assimilam de maneira simples,
como hábitos mentais, uma vez que são exigidas relações mais complexas entre o
ensino e o desenvolvimento destes conceitos. Assim, o ensino desempenha um papel
primordial no surgimento e na aprendizagem dos conceitos científicos e na
aprendizagem dos conteúdos científicos (GASPARIN, 2003, p. 65).
Dessa forma a escola de campo tem por finalidade atender todos os alunos
nas suas peculiaridades, tendo como fundamento básico reafirmar uma concepção de
58
ensino com o compromisso político-pedagógico, construída no coletivo por toda a
comunidade escolar, sendo o eixo norteador da ação docente, efetivar o trabalho
didático- pedagógico com uma metodologia de ensino inovadora, despertando em
todos os alunos interesse e motivação para participarem do processo educativo.
5.11 Concepção de Avaliação
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino
aprendizagem, com função diagnóstica (permanente, cumulativa, processual e
contínua):
configura-se como um meio de obter informações necessárias sobre o
desenvolvimento da prática pedagógica para a intervenção/reformulação desta prática
e dos processos de aprendizagem, pressupondo tomada de decisão, refletindo assim,
o desenvolvimento global do aluno, considerando as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre quantitativos. Tendo como objetivo valorizar o conhecimento já
adquirido pelo aluno, incentivando a continuar construindo esse conhecimento.
Os instrumentos de avaliação utilizados pelo professor serão definidos de
acordo com os critérios pré-estabalecidos no Plano de Trabalho Docente, podendo ser
seminários, atividades escritas (provas, relatórios, dissertações, sínteses, produções de
textos),
atividades
orais
(provas,
debates,
palestras),
pesquisa
(de
campo,
bibliográficas), trabalho em grupo ou individual.
Nesta concepção de avaliação, também, tem papel privilegiado o Conselho de
Classe, enquanto instância colegiada de avaliação do trabalho pedagógico e dos
resultados de aprendizagem. O Conselho tem espaço privilegiado de avaliação coletiva
do ensino e da aprendizagem e, também, de avaliação da ação dos sujeitos
(educandos e educadores), envolvidos direta ou indiretamente no trabalho pedagógico.
Nas reuniões do Conselho de Classe se buscam, após as reflexões coletivas, os
subsídios para a melhoria do ensino e da aprendizagem, pois “A prática de pensar é a
melhor maneira de pensar certo.” (FREIRE, apud, CRUZ, 1995, p. 113).
Assim, o Conselho de Classe pode se efetivar como espaço democrático de
59
participação e reflexão, onde possam se situar conscientemente no processo de
trabalho que juntos desenvolvem e buscam novos e mais favoráveis rumos para este
processo.
Quando se constata, através do processo de avaliação, que nem todos os
alunos estão tendo êxito na aprendizagem, é realizada a recuperação de estudos, para
que estes alunos se apropriem dos conhecimentos propostos em sua plenitude. É
importante lembrar, que a recuperação de estudos é direito dos alunos, conforme o que
prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96, no artigo 24, V –
“e) obrigatoriedade de proporcionar estudos de recuperação, de preferência paralelos
ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar [...]”.
A recuperação, é um instrumento relevante para proporcionar ao aluno o
sucesso escolar. Contínua/Paralela, objetivam combater a defasagem de conteúdo
programático. O Colégio Estadual Alvorada da Infância mantem seu propósito, de
acordo com a LDB, de ser paralela a cada conteúdo avaliado, contínua, diagnóstica,
interdisciplinar e contextualizada dentro do ensino aprendizagem, valorizando os
padrões éticos da proposta educacional.
Entendemos que o ato de avaliar se faz presente em todos os momentos da
vida humana. Desta forma, ele também está presente em todos os momentos vividos
em sala de aula. Assim, toda aula deve ser de avaliação, como nos diz a pedagoga
Vera Maria Garcia da Costa:
Neste tipo de avaliação, os conhecimentos como os objetivos, o método, os
recursos são meios, instrumentos através dos quais alunos e professores,
dialogam e refletindo sobre a sua ação, se situam em seu crescimento mais
global. São avaliados os sentimentos, as atitudes, as habilidades, os
comportamentos desenvolvidos ou não, a partir das informações buscadas
pelo grupo.
À escola cabe viabilizar a todos os alunos oportunidades de aprendizagem e
possibilitar a superação das dificuldades encontradas no percurso desse aprendizado.
5.12 Concepção de Currículo
Escola Alvorada da Infância através de Aplicação pretende ultrapassar a
60
estrutura linear e compartimentalizada das disciplinas isoladas e desarticuladas. Assim,
busca relações de reciprocidade e colaboração entre as diversas áreas em uma atitude
dialógica e cooperativa permanente, necessária à compreensão das múltiplas relações
que constituem o mundo da vida, no qual os sujeitos, mediados pela comunicação,
organizam-se e interagem construindo saber, cultura e condições necessárias à
existência. Colabora com essa ideia FERRAÇO
Pensar os currículos de uma escola pressupõe, então, viver seu cotidiano que
inclui, além do que é formal e tradicionalmente estudado, toda uma dinâmica
das relações estabelecidas, ou seja, para se poder falar dos currículos
praticados nas escolas, é necessário estudar os hibridismos culturais vividos
nos cotidianos. (2006, p. 10)
O currículo deve redimensionar, constantemente, os espaços e tempos
escolares, revendo concepções e práticas pedagógicas. Nesse contexto, a formação
permanente dos educadores é indispensável, promovendo a cooperação entre os
implicados no processo educativo, possibilitando mudanças, a partir de uma práxis
reflexiva, tendo em vista a qualificação do processo de ensino aprendizagem.
Todo o processo de educação escolar, por ser intencional e sistemático,
implica a elaboração e realização de um programa de experiências pedagógicas a
serem vivenciadas em sala de aula, na escola e fora dela. O currículo é entendido aqui
como o conjunto dessas atividades, carregadas de sentido, com uma intencionalidade
educativa, capaz de indicar os caminhos, admitindo mudanças, atalhos, alterações
significativas em busca da aprendizagem de todos os alunos. Assim, a educação
ultrapassa a reprodução de saberes e fazeres, possibilitando a troca de experiências e
a construção de aprendizagens significativas.
Devido às mudanças que vêm ocorrendo em todos os campos do saber e na
sociedade em geral, estão levando a escola a repensar o currículo. Nesta perspectiva
de currículo, conhecimento e conteúdo, é fundamental trabalhar as Diversidades como:
Educação do Campo, Gênero e Diversidade Sexual, História e Cultura dos povos
Indígenas (Lei 11645/08) e História e Cultura Afro-Brasileira-Africana (Lei 10639/03).
Desenvolvimento Socioeducacional: Prevenção de Drogas, Enfrentamento a Violência,
61
Educação Ambiental e Cidadania e Direitos Humanos.
Tanto os conhecimentos universais como os desafios do cotidiano podem e
devem ser discutidos como expressões históricas, políticas e econômicas da realidade.
Dessa forma, o currículo está diretamente relacionado ao contexto sóciopolítico-cultural e, assim, é construído de forma dinâmica e participativa através de uma
abordagem interdisciplinar, tendo em vista, prioritariamente, a formação do cidadão
comprometido eticamente com a transformação da sociedade.
5.13 Concepção de Alfabetização e Letramento
Ao longo dos anos a alfabetização escolar tem sido alvo de inúmeras
controvérsias teóricas e metodológicas, exigindo que a escola e, sobretudo, aqueles
profissionais que lidam com o desafio de alfabetizar se posicionem em relação às
mesmas, o que certamente terá consequências para as práticas pedagógicas que irão
adotar.
Por isso, diante de uma escola de campo é fundamental que nós professores
saibamos a diferença entre alfabetização e letramento, lembrando que embora ambos
caminham juntos, precisamos ressaltar aqui que nem todo sujeito letrado precisa
necessariamente ser alfabetizado.
E ainda para muitos autores, a alfabetização é um processo praticamente
mecânico aprendido, na maioria das vezes dentro da sala de aula, o letramento é um
conjunto de conhecimentos que o individuo acumula ao longo da vida, onde muitos
conhecem a simbologia das letras mas não conseguem decifrá-las corretamente.
Embora seja difícil imaginar como alguém possa exercer tal condição em grau
satisfatório sem que antes tenha sido alfabetizado, podemos explicar esse fato se
considerarmos que a maioria absoluta dos conhecimentos que o individuo pode
adquirir está na forma de símbolos (letras), onde o mesmo possui algum grau de
letramento, no sentido atual de sua aplicabilidade no seu dia-a-dia.
Portanto, cabe aos educadores o papel de incentivar na formação de cidadãos
capazes de obter seu próprio grau de letramento. Isso porque o letramento é segundo
62
alguns autores, uma capacidade individualizada adquirida de diferentes formas e meios
pelos autores envolvidos. Não existe uma fórmula para que se possa ensinar um
individuo racionar, existe sim , a maneira de ensinar que é necessário racionar.
A escola cabe a tarefa de desenvolver a aprendizagem referente a leitura e da
escrita, sistematizar esses conhecimentos, assumindo a responsabilidade de iniciar a
criança no processo de alfabetização e de aperfeiçoar sua leitura, por via do
letramento, a fim de garantir-lhe domínio de uma prática cuja finalidade não se esgota
em si mesma, embora o processo de alfabetização se dirija à apropriação das
operações de um código, pois a língua escrita os mecanismos de leitura e escrita, são
complementares entre si.
Hoje, as crianças estão ingressando mais cedo na escola púbica, exigindo dos
profissionais da educação uma revisão do Projeto Político Pedagógico para o Ensino
Fundamental nas séries iniciais, uma vez que o processo de alfabetização e letramento
passa a exigir uma ressignificação da prática pedagógica, onde o lúdico e as atividades
psicomotoras estejam atreladas ao desenvolvimento integral de cada criança.
Os planejamentos de ensino, os planos de aula e os projetos de trabalho são
portanto, frutos de reflexões coletivas e individuais cujo objetivo é a aprendizagem das
crianças. Por isso, deve ser pensados a longo, médio e curto prazos, abrindo espaços
para alterações, substituições e para novas e inesperadas situações que acontecem na
sala de aula e no entorno delas, que podem trazer significativas contribuições para
reflexão das crianças, gerando novos temas de interesse, novos conhecimentos e
novas formas de interpretar a realidade.
A escola pode ser um lugar de afirmação do que as crianças e os adolescentes
já são e sabem, ao mesmo tempo em que os levam as mudanças significativas, a
novos conhecimentos, por meio da aprendizagem, em relação à compreensão do
grupo a que pertencem na escola e a compreensão de novas possibilidades de vida,
de modo geral.
Em relação aos alunos que ingressarão no 6º ano, os profissionais da
Educação estarão desenvolvendo uma metodologia adequada para essa faixa etária,
63
incluindo o lúdico (brincadeira – onde brincar é importante no desenvolvimento)
“aprender brincando”, pois os alunos estão entrando na adolescência, mas, não
podemos esquecer que ainda são crianças. É importante que não haja rupturas na
passagem da educação infantil para o ensino fundamental, mas que haja continuidade
dos processos de aprendizagem.
Nesse sentido, a escola estará promovendo o acesso da criança aos padrões
formais da escrita, garantindo a sua participação na cultura de forma crítica e
participativa e não simplesmente como um mero receptor de informações.
5.14 Concepção de Gestão
A administração sofreu ao longo de seu processo de “amadurecimento”
algumas transformações que foram cruciais na mudança de paradigma, de sorte que
não se concede mais a ideia de administrar pautada pelos velhos conceitos.
Podemos dizer que para cada velho conceito um novo conceito mais
abrangente se impôs na substituição. Assim, surge a ideia de Gestão, a qual, passa se
da óptica fragmentada para a óptica organizada pela visão de conjunto; da limitação de
responsabilidade para a sua expansão; da centralização da autoridade para
descentralização; da ação episódica de eventos para processo dinâmico, contínuo e
global; da burocratização e hierarquização para coordenação e horizontalização; da
ação individual para a coletiva.
5.14.1 Gestão Democrática
A gestão democrática é pautada no diálogo, entendida como a participação
efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar, pais, professores, estudantes e
funcionários na organização, na construção e na avaliação dos projetos pedagógicos,
na administração dos recursos da escola, enfim, nos processos decisórios da escola. A
democratização da gestão é defendida enquanto possibilidade de melhoria na
qualidade pedagógica do processo educacional das escolas, na construção de um
currículo pautado na realidade local, na maior integração entre os agentes envolvidos
64
na escola e no apoio efetivo da comunidade às escolas, como participante ativa e
sujeito do processo de desenvolvimento do trabalho escolar. A partir dos princípios da
gestão democrática, baseada na Lei 7040/98, todas as ações da escola precisam ser
construídas democraticamente, com o envolvimento de todos os segmentos da escola:
direção, professores, funcionários, alunos e pais; um processo que viabiliza a
participação e as conquistas de todos os segmentos envolvidos. Os princípios que
norteiam a Gestão Democrática são:
• Descentralização: A administração, as decisões, as ações devem ser
elaboradas e executadas de forma não hierarquizada.
• Participação: Todos os envolvidos no cotidiano escolar devem participar da
gestão: professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis, pessoas que
participam de projetos na escola, e toda a comunidade ao redor da escola.
• Transparência: Qualquer decisão e ação tomada ou implantada na escola tem
que ser de conhecimento de todos.
A Gestão Democrática é formada por alguns componentes básicos:
Constituição do Conselho escolar; APMFs ; Elaboração do Projeto Político Pedagógico
de maneira coletiva e participativa; definição e fiscalização da verba da escola pela
comunidade escolar; divulgação e transparência na prestação de contas; avaliação
institucional da escola, professores, dirigentes, estudantes e equipe técnica.
Em todas as ações desenvolvidas no Colégio Estadual Alvorada da Infância,
envolvem os professores, funcionários, pais, alunos e comunidade num congregamento
de esforços na tentativa de tornar a educação uma área forte na sociedade,
desenvolvendo assim sua função social. A escola estimula e incentiva as atividades
que os professores e alunos optam por realizar, por acreditar que destas ações
conjuntas resultam melhorias para a escola, alunos, pais e comunidade.
5.14.2 Gestão Pedagógica
Para efetivação da intencionalidade da instituição, de formar cidadão
participativo, responsável, crítico e criativo, a escola precisa se organizar de maneira a
65
respeitar os saberes dos educandos e nunca desprezar seu conhecimento empírico,
sua experiência anterior. Deve ser uma constante a discussão sobre os problemas
sociais, desigualdades, falta de oportunidades, que a comunidade enfrenta. Deve
proporcionar momentos de debates sobre novas descobertas e novas teorias, que
proporcionem crescimento e novas maneiras de inclusão social por meio do
conhecimento. Reorientar o currículo, em todos os seus aspectos, desde a organização
das turmas, a seleção dos conteúdos pedagógicos, a escolha dos materiais didáticos,
das metodologias e didáticas, ao tipo de relações que se dão na sala de aula e no
espaço fora da sala de aula, a relação da escola com as famílias e com a comunidade
circundante e, até a repensar a avaliação e suas consequências na vida dos alunos,
bem como incentivar a formação continuada de todos os educadores responsáveis pela
instituição. Organizar de forma eficaz todos os recursos didáticos necessários para
desenvolvimento da proposta que proporcione oportunidade a todos, por meio de
projetos, oficinas pedagógicas, aulas de campo e pesquisa, tendo a leitura como meio
para interpretar informações, resolver problemas, entre outros aspectos, aprender
significativamente, promovendo uma educação de qualidade.
•
Diretrizes Curriculares para Educação Básica (DCEs) : Documento
referência para a organização e avaliação do trabalho pedagógico nas escolas da rede
pública estadual. Que organiza o conhecimento escolar por disciplinas escolares e o
conhecimento da disciplina por conteúdos estruturantes e básicos.
•
Proposta Pedagógica Curricular (PPC):
é o fio condutor da ação
educativa. Na sua concepção dialética, o PPC é práxis que surge da realidade. Nela
são congregados aspectos históricos, políticos, sociais e econômicos. Ao mesmo
tempo consolida tarefas e saberes críticos, criativos, reflexivos e transformadores. De
acordo com Sacristán: “Planejar é dar tempo para pensar a prática, antes de realizá-la,
esquematizando os elementos mais importantes numa sequência de atividades”. O
planejamento deve contemplar a possibilidade de um movimento de ação-reflexãoação na busca constante de um processo de ensino-aprendizagem produtivo. A escola
realiza as reelaborações das Propostas Pedagógicas Curriculares anuais, sempre que
se faz necessário.
66
Faz-se uma prévia na semana pedagógica e depois, após o
conhecimento da clientela, verificação dos níveis de desenvolvimento da turma, é que
se elabora o PTD ( Plano de Trabalho Docente).
•
Plano de Trabalho Docente (PTD): é um planejamento das ações
educativas ao longo do ano letivo, sendo revisto a cada semestre.
O PTD faz parte
dos documentos que organizam o processo pedagógico na escola, antecipando a ação
docente, organizando seu tempo e norteando suas ações educacionais, pois registra o
que ele pensa fazer, como fazer, quando faze, com que e com quem fazer. Sendo a
forma mais adequada de preparar os conteúdos selecionados para o ensino
aprendizagem, na sua dimensão final dentro de espaço e tempo específico, facilitando
ao professor uma reflexão sistemática do seu fazer e dando condições ao aluno de
estabelecer suas relações com este conteúdo.
•
Hora-Atividade: em termos legais, a existência da hora-atividade está
determinada pela LDB 9394/96, artigo 67, inciso VI, a qual assegura ao professor em
sua carga horária um período reservado a estudos, planejamento e avaliação.
Atualmente a Lei 11.738/08 em seu parágrafo 4, artigo 2, dispõe que no mínimo um
terço da jornada de trabalho do professor seja destinado para a hora atividade, embora
no Paraná, esteja em vigor a Lei estadual 13.807/02 que institui 20% de hora atividade
para os professores da educação básica do Paraná.
5.15 Concepção de Infância e Adolescência
A infância, deve ser compreendida como um modo particular de se pensar a
criança, e não um estado universal, vivida por todos do mesmo modo. Mais uma vez,
nos deparamos com a multiplicidade e a urgência de desvincularmos a concepção de
criança e de infância de uma ideia pré-concebida, seja ela qual for. Até chegarmos a
um vislumbre de uma concepção pós-moderna de criança e infância, devemos refletir
um pouco sobre o assunto:Os dicionários da língua portuguesa registram a palavra
infância como o período de crescimento que vai do nascimento até o ingresso na
puberdade, por volta dos doze anos de idade. Segundo a Convenção sobre os Direitos
67
da Criança, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em novembro de
1989, "crianças são todas as pessoas menores de dezoito anos de idade". Já para o
Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), criança é considerada a pessoa até os
doze anos incompletos, enquanto entre os doze e dezoito anos, idade da maioridade
civil, encontra-se a adolescência.
Etimologicamente, a palavra infância vem do latim, infantia, e refere-se ao
indivíduo que ainda não é capaz de falar. Essa incapacidade, atribuída à primeira
infância, estende-se até os sete anos, que representaria a idade da razão. Percebe-se,
no entanto, que a idade cronológica não é suficiente para caracterizar a infância. É o
que Khulmann Jr. (1998, p. 16) afirma categoricamente:Infância tem um significado
genérico e, como qualquer outra fase da vida, esse significado é função das
transformações sociais: toda sociedade tem seus sistemas de classes de idade e a
cada uma delas é associado um sistema de status e de papel.
Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como
uma categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de
serem essencialistas. É como afirma Pitombeira (2005): a naturalização da
adolescência e sua homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria
sociedade. Assim, as características “naturais” da adolescência somente podem ser
compreendidas quando inseridas na história que a geraram. Mas não foi sempre deste
modo que se falou da adolescência.
Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser
adolescente é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas,
ajudam a traçar o perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como
uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a idade
adulta. Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um
período atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua
subjetividade. Porém, a adolescência não pode ser compreendida somente como uma
fase de transição. Na verdade, ela é bem mais do que isso.
Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, vem
68
do latim adolescentia, adolescer. É comumente associada à puberdade, palavra
derivada do latim pubertas-atis,
referindo-se ao conjunto de transformações
fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da
infância à adolescência. Esta perspectiva prioriza o aspecto fisiológico, quando
consideramos que ele não é suficiente para se pensar o que seja a adolescência.
Cabe à escola tentar fornecer modelos construtivos para os educandos,
independente daqueles que essas crianças e adolescentes tenham em seu ambiente
doméstico, pois essa conduta pode sim fazer diferença no desenvolvimento de nossos
alunos.
6. MARCO OPERACIONAL
Diante de uma sociedade ampla e democrática, o homem necessita exercer
sua cidadania, como fonte participativa e ferramenta de luta em busca de soluções
para os problemas reais, que sejam capazes de contribuir para transformação dessa
sociedade, onde a diversidade seja um foco para a compreensão de tais problemas
que afetam a todos.
Julgamos que os valores façam parte da essência humana e sua importância
precisa ser despertada e semeada dentro de cada ser, justamente porque são eles, os
valores, que motivam e enriquecem a nossa vida e nos ajudam a estabelecer relações
e vínculos positivos em relação a nós mesmos e aos outros.
Desta forma, oportunizaremos momentos de aprendizagem, vivência e
integração, para todos os membros da escola, vivenciar experiências de harmonia
consigo e com os outros, como instrumentos de sustentação. Experiência assim, é que
torna a escola um laboratório de experimentações fundamentais a nossa vida.
Por esse motivo, os valores serão trabalhados de forma interdisciplinar e
desenvolvidos ao longo do ano letivo. De acordo com as sugestões dos membros da
Escola e das instâncias colegiadas há necessidade de destacar: a ética, a moral, o
amor, a paz, a auto-estima, a empatia, o compromisso, o respeito, a responsabilidade e
69
outros.
A prática pedagógica na Tendência Histórico-Crítica ou Crítico Social dos
Conteúdos, propõe uma interação entre conteúdo e realidade concreta, visando a
transformação da sociedade, enfocando o conteúdo como produção histórico-social de
todos os homens.
O ensino de 9 anos já é uma realidade, portanto, será implantado de forma
simultânea no colégio a partir de 2012, não interferindo no espaço físico e na
distribuição de horários, os alunos terão acesso a um ensino de qualidade, coerente
com suas necessidades biológicas e maturacionais.
Nesta perspectiva, a escola continuara investindo na capacitação e formação
de seus professores, técnicos pedagógicos e agentes educacionais, propiciando um
ensino de qualidade que atenda a diversidade sócio-cultural e os Desenvolvimentos
Socioeducacionais, dando ênfase a uma aprendizagem, contextualizada, universal,
inclusiva e significativa.
Quanto ao educador caberá respeitar a dignidade e
identidade dos educandos, valorizando a autonomia como recurso indispensável para
uma aprendizagem ampla. Uma vez que, ensinar exige humildade, tolerância e luta em
defesa dos direitos dos alunos, e estes almejam e necessitam de um ensino onde o
professor seja um mediador entre aluno, conteúdo e realidade social, sendo necessário
compreender os progressos dos alunos, isto é, uma avaliação diagnóstica
emancipatória, que reveja cada passo do processo educativo.
No aspecto da melhoria na qualidade do ensino, há que se assegurar que o
educando obtenha além do acesso e permanência na Escola, uma estrutura que
atenda os anseios de seu público, tanto no aspecto do conhecimento, quanto no
resgate de sua auto-estima, com a valorização da cultura local. Para tanto, faz-se
necessário que o educador conheça a realidade local, suas especificidades,
envolvendo os aspectos culturais, econômicos e sociais. E a partir daí, elabore um
planejamento que atenda as expectativas da comunidade escolar. E uma das formas
que auxiliará o educador, nesse processo, será a participação nos cursos de formação
continuada e a organização de palestras de motivação que eleve a sua auto-estima.
70
Diante dos desinteresses dos alunos os educadores devem utilizar recursos
diversos, como o acesso às tecnologias de informação e comunicação, para instigar a
curiosidade e o espírito investigativo dos educandos, promovendo a sistematização do
conhecimento.
Ao se analisar que conteúdos devem, ainda, ser trabalhados de forma mais
ampliada e metodologicamente diferente, a escola pode, então, propor atividades
complementares com este fim. É, portanto, a defesa pelo conteúdo escolar como via
de acesso ao conhecimento e a emancipação do sujeito que move a organização do
currículo da escola pública.
Por meio do Projeto Político-Pedagógico (PPP) do Colégio buscaremos
redimensionar e organizar o trabalho pedagógico de cada segmento da escola, que
compreende: a direção, a equipe pedagógica, os docentes, agentes educacionais,
alunos, bem como as instâncias colegiadas: Conselho Escolar (CE), Associação de
Pais, Mestres e Funcionários (APMF)e Grêmio Estudantil.
Nos aspectos administrativos, o Colégio Estadual Alvorada da Infância, realiza
um trabalho conjunto com a área pedagógica, entendendo que as ações direcionadas à
efetivação do processo ensino-aprendizagem correspondem a:
Gestão de resultados educacionais
- Desenvolver estratégias de ensino que possibilitem a superação das
dificuldades (Curto prazo);
- Reivindicar políticas públicas que possibilitem uma carga horária compatível
ao estudo do PPP (Médio Prazo);
- Incentivar a participação total dos educandos do Ensino Médio no Enem
(Curto prazo);
- Promover reuniões, assembleias, oficinas, palestras que ressaltem a
importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos.
−
Realizar avaliação institucional para diagnosticar problemas que merecem
atenção e uma organização da comunidade escolar com intuito de superá-los.
−
Organizar quadros e tabelas do desempenho dos alunos, bem como da
71
evasão e repetência para análise da comunidade escolar;
Gestão participativa/ democrática
-
conscientizar
as instâncias colegiadas
e a comunidade
escolar da
importância de participar e se envolver, ter conhecimento da rotina participativa.
−
estabelecer
no mínimo quatro assembleias gerais
com os pais para
interação do cotidiano escolar.
−
Palestras com especialistas, buscando orientar educandos e comunidade,
nos mais diferentes temas de interesse e de fragilidade local, envolvendo desde
assuntos pertinentes à saúde (física e mental), àqueles relacionados às diferentes
atividades econômicas da comunidade, como também os que envolvem os
relacionamentos, limites e direitos (ética, moral e cidadania);
−
Desenvolver atividades criativas e interativas, priorizando o diálogo, que
estimulem e orientem a comunidade no dever de respeitar o outro, para assim ser
respeitado;
−
Incentivar a formação de associação de moradores, para que o espírito
colaborativo se desenvolva visando o bem comum;
−
Engajar no programa de Mobilização para a Inclusão Escolar e a
Valorização da Vida, enfatizado no Programa Fica Comigo do Governo do Paraná;
−
Colaborar com as campanhas promovidas pelas instituições locais, que
busquem atender às necessidades, principalmente em determinadas épocas do ano
(inverno, entre-safra).
Gestão pedagógica
- Propor a centralização do trabalho
pedagógico junto aos professores,
organizando reuniões com pauta definida .
- Identificar as formas de registro e critérios de avaliação;
- Promover reuniões e grupos de estudos para repensar as formas e critérios
de avaliação e orientação do preenchimento do livro registro de classe.
- Solicitar junto aos órgãos competentes a agilização na efetivação de
professores;
72
- Conscientizar os professores da importância dos projetos pedagógicos;
− Reunir os professores para a discussão dos projetos pedagógicos;
− Organizar a hora atividade de forma que possibilite o intercâmbio de
professores das diversas disciplinas e pedagogo, oportunizando um trabalho
interdisciplinar e a escolha de recursos que atendam aos objetivos de suas disciplinas
e ações que pretendem realizar.
- Realizar reuniões de pais a cada bimestre, procurando envolve-los na
participação do processo ensino-aprendizagem;
-Levantar o número de alunos com defasagem de aprendizagem mensalmente
e, a partir disso atender os pais individualmente;
-Orientar os educadores na utilização dos recursos tecnológicos existentes na
escola, a fim de tornarem suas aulas atrativas;
-Preparar e aplicar o simulado, envolvendo todas as disciplinas, no início e
término do ano letivo, a fim de diagnosticar o nível de aprendizagem dos educandos,
como parâmetro ao planejamento curricular;
-Desenvolver atividades que promovam o resgate da auto-estima dos
educandos e incentivar ações solidárias para a construção do senso coletivo;
-Promover a participação dos educandos em oficinas que possibilitem a prática
dos conteúdos estudados;
- Promover concursos de leitura, incentivando a utilização de maior número de
livros de literatura infanto-juvenil;
-Organizar juntamente com os alunos um Dia de Campo, para exercitar na
prática os conteúdos teóricos.
- Garantir, diante do Desenvolvimento Socioeducacional, a continuidade de
ações realizados pela Escola, com o objetivo de informar e resgatar valores (drogas,
violência, sexualidade, ambientais e outros);
- Execução de um plano de trabalho docente do professor (bimestralmente) ,
para a implementação da ação pedagógica ;
Oportunizar, de forma mais intensa, a construção coletiva de normas e regras
73
que constituem a instituição de ensino, para que além de serem informados sobre as
mesmas, sejam co-autores responsáveis por elas;
- Estimular atividades desportivas inter-classes;
Gestão de inclusão/socioeducação
- Solicitar a mantenedora o levantamento da necessidade da acessibilidade;
- Adequar o espaço escolar para acessibilidade com adaptações de grande
porte.
Gestão de pessoas
- Educar pais para promover a participação – Escola de pais;
- Promover grupos de estudos e reuniões pedagógicas, oficinas para os pais,
feira de artesanato e oficinas para as mães;
Gestão de serviços de apoio (recursos físicos e financeiros)
- Solicitar junto a mantenedora ampliação do prédio escolar , construção da
central de gás e melhoria na qualidade dos recursos tecnológicos.
- Ampliar e conservar o acervo e serviços bibliográficos e a integração desse
acervo, sempre que possível, ao acervo da multimídia;
Diante de todas as ações propostas acima e, partindo da necessidade de
inovações na escola, da busca de caminhos para atender a realidade e as exigências
dos novos tempos, faz-se necessário que as instituições de ensino lancem “um olhar
sobre si mesmas” para implementarem processos de reorganização e reestruturação
que lhes permitam enfrentar as demandas das transformações sociais externas e
ainda, das mudanças que atingem o cotidiano institucional. Estabelecer um diálogo
entre as características mais marcantes da instituição e seus objetivos, direcionando
sua posição social e sua identidade educacional. Para o redirecionamento das ações,
verifica-se a importância de processos de Avaliação Institucional.
A Avaliação Institucional tem o propósito de mobilizar a comunidade escolar
através da reflexão e discussões coletivas, a fim de criar uma cultura como forma de
autoconhecimento e de comprometimento em torno da principal função da escola que é
a efetivação do processo ensino-aprendizagem.
74
Portanto, este processo de Avaliação tem potencial redirecionador no sentido
da construção da cidadania, a qual traduz em consciência real dos direitos e deveres
da instituição como forma de garantir a sua autonomia.
Sendo assim, o Colégio Estadual Alvorada da Infância, compromete-se a
aplicar um modelo de avaliação que compreende:
•
Avaliação do contexto sociocultural das famílias dos alunos, que
permitirá uma análise com maior precisão, dos resultados obtidos;
•
Avaliação da formação de atitudes e valores dos alunos das séries
avaliadas;
•
Avaliação da percepção dos professores de todas as séries, acerca do
processo de aprendizagem, do projeto pedagógico e da organização
escolar;
•
Avaliação da percepção das famílias dos alunos das séries avaliadas
acerca do processo de aprendizagem, o projeto pedagógico, do papel
dos professores, bem como da organização da instituição escolar.
Os resultados serão detalhados em relatório e utilizados para redirecionamento
do trabalho pedagógico, bem como para realimentação do Projeto Político Pedagógico
no final do ano letivo.
Em se tratando dos órgãos colegiados, serão desenvolvidas ações como:
• Promover reuniões entre
escolar para conscientizar sobre a
as instâncias colegiadas e a comunidade
importância
de participar, se envolver e
ter
conhecimento das linhas básicas da escola para poder discutir , planejar, acompanhar ,
solucionar e avaliar.
• Realização de mini cursos com o jurídico e a ouvidoria do NRE.
•
Oportunizar a esses grupos momentos de formação/informação e
construção do conhecimento de suas reais funções, através da oferta de cursos, e a
elaboração coletiva de um plano de ação voltado para a melhoria dos aspectos
pedagógicos, favorecendo o entrosamento e a ação conjunta da Comunidade Escolar e
dos órgãos colegiados.
•
75
Participação dos alunos de cada série no Pré-Conselho de Classe, para a
implementação de ações pedagógicas.
•
Eleger um professor responsável por orientar cada turma, em relação aos
problemas levantados e possíveis soluções;
•
Proporcionar autonomia a APMF, para promover atividades recreativas,
como forma de intercâmbio cultural entre os diferentes segmentos da comunidade
escolar.
•
Realização do Conselho de Classe com a participação dos professores,
pedagogo, equipe técnico administrativo e diretor, com proposições de novos
encaminhamentos para as dificuldades encontradas e avaliação dos resultados
obtidos, após a concretização das ações.
•
Implementar junto
as Instâncias
colegiadas ações em busca
de
ampliação do prédio escolar, bem como a implementação de laboratório de biologia,
laboratório de informática, iluminação e vestiário na quadra de esportes, entre outros.
•
Solicitar junto a SEED , com o auxilio das instâncias colegiadas a fixação
do profissional docente, atentando para a permanência do professor quando possível
em uma instituição de ensino;
o aumento da demanda da equipe pedagógica para a
ampliação as suas ações, favorecendo um trabalho mais direto com os professores,
bem como a disponibilização
de profissionais especializados (psicólogo, assistente
social) que possam acompanhar alunos e famílias para resolução de problemas
diversos, subsidiando o trabalho dos educadores.
•
Realizar palestras diversas que contribuam para o resgate de valores,
principalmente no que tange a ética e o respeito mútuo entre os profissionais.
A implantação do ensino de 9 anos, requer maior integração entre o currículo
dos anos iniciais e finais da Educação Básica, sendo necessário que as reuniões
pedagógicas, a Formação Continuada, os Cursos de Capacitação e grupos de estudos
sejam realizados através de maior entrosamento e compromisso dos profissionais da
educação, envolvendo professores dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental.
No entanto, para que haja
um aprendizado mais satisfatório, as escolas
76
municipal e estadual deverão caminhar juntas, propondo assim, uma relação dialógica
entre os profissionais das duas redes.
Os conteúdos básicos inclusos no “Caderno de Expectativas de Aprendizagem”
para os anos finais do Ensino Fundamental e Médio, vem para conceder a continuidade
no processo ensino aprendizagem e a adequação aos anos/séries da Educação
Básica. Sendo então necessário adequar a realidade de cada turma, promovendo o
encaminhamento metodológico proposto.
É de suma importância que existe uma articulação entre conteúdos do Ensino
Fundamental e Médio, considerando, que existe possibilidade de sequência e
integração entre eles. No entanto, devido à sociedade tecnológica e, portanto moderna,
é preciso que os alunos desde as séries iniciais saibam usar a língua escrita nas
diversas situações, lendo e produzindo textos de forma compreensiva, critica e com
autonomia.
Sempre que possível o colégio realiza trabalhos que envolvem: datas
comemorativas e atividades culturais como Carnaval, Festa Junina, Folclore, Semana
da Pátria, entre outros. Participa também das Olimpíadas de Língua Portuguesa e de
Matemática, Pas-Uem, ENEM, e etc, e faz o possível para participar de concursos na
área da educação.
6.1 Projetos Curriculares e Atividades de Enriquecimento Cultural
•
Atividades integradoras: visitas, passeios e gincanas;
•
Show de talentos: GAROTA E GAROTO Alvorada da Infância;
•
Integração entre as disciplinas – Conteúdo do Desenvolvimento
Sócioeducacional.
•
Oficinas
Temáticas:
Violência,
AIDS,
Racismo,
Pré
Conceitos,
Diversidade e Enfrentamento a Violência e ao Uso Indevido de Drogas;
•
Projeto de parceria com o CRAS/SESI;
•
Promover a utilização do laboratório de Biologia, Química e Física e
outras disciplinas;
77
•
Promover a utilização do laboratório de informática;
•
Biblioteca aberta à comunidade;
•
Esporte intervalo;
Projetos
•
Períodos históricos;
•
Hora da leitura;
•
Momento Cívico;
•
Momento da oração;
•
Semana da Consciência Negra;
Projetos específicos por disciplinas
Os temas sugeridos são:
•
Biologia e História: Plantas que curam;
•
Arte: Dança e criatividade;
•
Física: Atividades experimentais;
•
Matemática: Olimpíada de Matemática;
•
Inglês: Materiais concretos de apoio a Língua Inglesa;
•
Educação Física: Jogos Cooperativos e integração da Cultura afro-
descente;
•
Ciências: Projeto horta;
•
Língua
Portuguesa:
Concurso
de
Leitura;
Olimpíada
de
Língua
Portuguesa;
6.2 OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA – Escrevendo o Futuro
Realizada pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social – promove
concurso de produção de textos – poemas, memórias literárias, crônicas, e artigos de
opinião, elaborados por alunos, de escolas públicas de todo o país.
Em 2010, houve a participação de professores e alunos do 5º ano (4ª série) ao
9º ano (8ª série) e do Ensino Médio.
78
6.3 OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA – OBMEP
É um projeto que vem criando um ambiente estimulante entre alunos e
professores de todo o país. Voltada para a escola pública, seus estudantes e
professores, a OBMEP, tem o compromisso de mostrar a importância da Matemática
para o futuro dos jovens e para o desenvolvimento do Brasil. Os alunos participantes
são divididos em 3 (três) níveis, de acordo com o grau de escolaridade, conforme
regulamento próprio.
6.4 Avaliações Externas Institucionais – Dados Educacionais
•
PROVA BRASIL: A Prova Brasil foi idealizada pelo Ministério da Educação
(MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(INEP) para produzir informações sobre o ensino oferecido por município e escola,
individualmente, com o objetivo de auxiliar os governantes nas decisões e no
direcionamento de recursos técnicos e financeiros, assim como a comunidade escolar
no estabelecimento de metas e implantação de ações pedagógicas e administrativas,
visando a melhoria da qualidade do ensino. Para tanto, o alcance dos objetivos desta
avaliação depende, portanto, da utilização de seus resultados como objeto de
discussões que envolvam, além dos gestores, toda a comunidade escolar.
O Colégio Estadual Alvorada da Infância, não participa da Prova Brasil, por não
atingir o número mínimo de alunos exigidos, no entanto, as provas e os conteúdos
são trabalhados de forma interna na Escola, com intuito de alcançar as metas
estabelecidas para a Educação Básica.
•
aplicado
ENEM: Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM é
anualmente aos alunos concluintes e aos engressos (os que já concluíram
em outros anos) do
Ensino Médio e tem como objetivo principal oferecer uma
referência para que cada estudante possa se auto-avaliar, visando as suas escolhas
futuras, tanto em relação ao mercado de trabalho, quanto para a continuidade dos
estudos.
O ENEM oferece ao estudante a possibilidade de auto-conhecimento, não só
79
para continuar sua vida acadêmica, mas também para atuar de maneira mais
autônoma na sociedade. As mudanças sociais se processam de maneira muito rápida
impondo a necessidade de um padrão mais elevado para a escolaridade básica.
O Colégio Estadual Alvorada da Infância, trabalha no sentido de conscientizar
todos os alunos a participarem do ENEM, alcançando Média para ingresso no Ensino
Superior através do PROUNI.
• IDEB: Criado pelo Inep em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois
conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média
de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é
calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e
médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb e a Prova Brasil.
A série histórica de resultados do Ideb se inicia em 2005, a partir de onde
foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo
País, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação. A lógica é a de
que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o
patamar educacional da média dos países da OCDE. Em termos numéricos, isso
significa progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do
ensino fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em 2022, ano do bicentenário da
Independência.
PAS-UEM
O Processo de Avaliação Seriada – PAS-UEM é uma modalidade de processo
seletivo para ingresso no ensino superior,
destinado
aos
alunos
matriculados
regularmente no Ensino Médio. O processo abrange todas as séries desse nível
de ensino. Ao final de cada uma delas, o aluno presta exames e a pontuação obtida
nessas provas é cumulativa às demais avaliações das séries subsequentes. Assim, ao
invés de o aluno fazer um só exame ao final do terceiro ano, como ocorre no concurso
vestibular convencional, ele participa de avaliações seriadas, as quais contemplam
conteúdos específicos da série em que o aluno está matriculado no Ensino Médio.
Nesse sistema de avaliação, o candidato tem a oportunidade de acumular os
80
pontos obtidos em cada um dos exames prestados para a composição do escore final
utilizado para a classificação ao curso pretendido. Apesar de já ser adotado em outros
países, o Processo de Avaliação Seriada tornou-se uma nova alternativa de ingresso
no Ensino Superior no Brasil, graças às mudanças educacionais garantidas pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação n.º 9394/96, respaldada por debates e discussões a
respeito de alternativas diferentes para o ingresso no Ensino Superior.
6.5 Avaliação
O processo avaliativo deve ser entendido como uma prática pedagógica que,
ao nortear as ações do educador, indica caminhos e possibilita reflexão dessas ações
com os educandos.
Sacristán (1998), refere-se à prática de avaliar, como uma ação esporádica ou
circunstancial dos professores e do âmbito escolar, mas algo muito presente na prática
pedagógica, e afirma que a prática da avaliação é explicitada pela forma como são
realizadas as funções que a instituição escolar desempenha e, por isso, sua realização
vem condicionada por numerosos aspectos e elementos pessoais, sociais e
institucionais, ao mesmo tempo, ela incide sobre todos os demais elementos
envolvidos na escolarização, como, a transmissão de conhecimento, as relações entre
professores/as e alunos/as, as interações no grupo, os métodos que se praticam, a
disciplina, as expectativas de alunos/as, professores/as e pais, a valorização do
indivíduo na sociedade(...) (p.295).
Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos
próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida
escolar.
É necessário assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação
de atividades de recuperação, por meio de ações significativas e diversificadas que
atendam a pluralidade de demandas existentes na escola.
Tendo em vista que a recuperação se constitui num mecanismo que visa
garantir a superação de dificuldades e/ou defasagens específicas encontradas pelos
81
alunos durante o percurso escolar, deve ocorrer nas formas contínuas e paralelas.
As avaliações serão bimestrais e as médias deverão ser igual ou superior a 6,0
para cada componente curricular no bimestre, conforme Regimento Escolar.
Os instrumentos de avaliação utilizados pelo professor serão definidos de
acordo com os critérios pré-estabalecidos no Plano de Trabalho Docente, podendo ser
seminários, atividades escritas (provas, relatórios, dissertações, sínteses, produções de
textos),
atividades
orais
(provas,
debates,
palestras),
pesquisa
(de
campo,
bibliográficas), trabalho em grupo ou individual.
O sistema de avaliação adotado por este Estabelecimento de Ensino é
bimestral e será composto pela somatória das seguintes avaliações:
•
nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas;
•
nota 4,0 (quatro vírgula zero) proveniente de prova(s) escrita ou oral.
6.6 Recuperação
A recuperação paralela é, assim, um mecanismo que assegura o respeito e a
singularidade de cada sujeito, e ao mesmo tempo do grupo social. Portanto, não
constitui-se em um “favor dado”, mas em um direito assegurado, devendo o
planejamento ser avaliado e adequado às condições, também, de quem não aprendeu.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos. Ela ocorrerá de duas formas: com a retomada
do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação; com a
reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula.
A recuperação de estudos se dá de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem.
Será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos
didático-metodológicos diversificado, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim
sobre os conteúdos não apropriados.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas
durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento
82
escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de classe.
6.7 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é o organismo que terá como papel fundamental
dinamizar o processo de avaliação, por intermédio das análises múltiplas de seus
participantes, e estruturar os trabalhos pedagógicos segundo essas análises coletivas.
O Conselho de Classe é composto por todos os professores de uma mesma
turma, Diretor, Secretária e o Coordenador Pedagógico.
São atribuições do Conselho de Classe:
I.
acompanhar o processo permanente de avaliação;
II.
Contribuir para o aperfeiçoamento do processo de avaliação da
instituição;
III.
Analisar e decidir sobre os resultados finais do processo de avaliação de
aprendizagem;
IV.
Outras atribuições que constam no Regimento Escolar;
Participam dos conselhos de classe o diretor, coordenadores pedagógicos,
professores/aluno representante de turma de cada série e pais.
Os Conselhos de Classe sobre a presidência do Diretor e/ou Coordenador
Pedagógico se reunirá a cada fim de bimestre, devendo este período estar estipulado
no calendário escolar ou excepcional.
As decisões do Conselho de Classe serão tomadas de forma democrática pela
maioria dos votos dos professores da turma, se necessário, o desempate deve ser feito
pelo Diretor.
6.8 Processo de Classificação, Reclassificação, Adaptação e Progressão parcial
O Processo de Classificação no Ensino Fundamental e Médio é o
procedimento que este estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na
etapa de estudo compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por
meios formais ou informais, podendo ser realizada:
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou
83
fase anterior, na própria escola;
II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou
do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III.
independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino Fundamental.
A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o
grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando
em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudo
compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que
registre o seu Histórico Escolar.
Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina,
dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de
reclassificação.
A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
Quanto a adaptação de estudos de disciplinas, é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular,
para que o aluno possa seguir o novo currículo.
A adaptação de estudos far-se-á pela Base Nacional Comum, sendo realizada
durante o período letivo.
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe
pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está sujeito,
elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.
O nosso estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com
Progressão Parcial. Portanto, as transferências recebidas de alunos com dependência
em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial
de estudos.
84
6.9 Formação Continuada
A Formação Continuada deve-se à necessidade dos profissionais da educação
de buscar novos caminhos e/ou soluções para os desafios que se apresentam ao
exercício do processo educativo, ao compromisso das instituições educacionais
envolvidas com a formação continuada dos profissionais da educação e à necessidade
de aprofundar cada vez mais as relações entre as discussões acadêmicas e as
análises políticas com as práticas pedagógicas, sejam de gestão, sejam de
metodologias de ensino. Esta a razão primeira para reunir profissionais, pesquisadores,
estudantes, órgãos gestores e instituições da área da educação para, contribuindo com
a sua atualização e aperfeiçoamento, chegar a uma maior qualificação do processo
ensino-aprendizagem, o compromisso de todos aqueles que estão envolvidos com a
educação escolar.
Estes eventos que compõe a Formação Continuada são organizados e
desenvolvidos pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), através do Núcleo
Regional de Educação (NRE) e pelo próprio colégio.
Quanto a Equipe Multidisciplinar, deve-se subsidiar o trabalho docente,
articulando de forma multidisciplinar, através de sugestões de atividades e conteúdos
apresentados aos educadores pelo Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar, e estes
farão as adaptações de acordo com a realidade das modalidades de ensino e as
particularidades das turmas com as quais trabalham.
Os profissionais deste Estabelecimento de Ensino participam de Cursos
oferecidos pela SEED, pelo Centro de Capacitação do Professor, Grupos de Estudos
aos Sábados, também oferecidos por esta Secretaria; Reuniões Pedagógicas no
colégio; Cursos online (em horários contrários a atividade escolar), entre outros.
6.10 Educação do Campo
Uma conquista recente do conjunto das organizações de trabalhadores e
trabalhadoras do campo, no âmbito das políticas públicas, foi a aprovação das
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo (Parecer,
85
36/2001 e Resolução 01/2002 do Conselho Nacional de Educação).
Historicamente, a educação esteve presente em todas as Constituições
brasileiras. Entretanto, mesmo o país sendo essencialmente agrário, desde a sua
origem, a educação rural não foi mencionada nos textos constituições de 1824 e 1891.
Com a aprovação da Constituição de 1988, a educação se destacou como
direito de todos. E, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional nº 9394/96,
há o reconhecimeto da diversidade do campo, uma vez que vários artigos estabelecem
orietações para atender a essa realidade, adaptando as suas peculiaridades, como os
artigos 23, 26 e 28, que tratam tanto das questões de organização escolar como de
questões pedagógicas.
A LDB em seu artigo 28 estabelece as seguintes normas para a educação do
campo.
Na oferta da Educação básica para a população rural, os sistemas de ensino
proverão as adaptações necessárias à sua adequação, às peculiaridades da
vida rural e de cada região, especialmente:
I – conteúdos curriculares e metodologia apropriadas às reais necessidades e
interesses dos alunos da zona rural;
II – organizaç escolar própria, incluindo a adequação do calendário escolar às
fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III – adequação à natureza do trabalho na zona rural. (BRASIL, 1996).
Na resolução 02/08, estabelece diretrizes complementares, normas e princípios
para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do
Campo.
A compreensão de campo vai além de uma definição jurídica, configurando-se
como um conceito político, ao as considerados as particularidades dos sujeitos e não
apenas sua localização espacial e geográfica. A identidade dos povos do campo
comporta várias categorias sócias como posseiros, bóias–frias, ribeirinhos, atingindo
por barragem, assentados, acampados, arrendatários, pequenos proprietários, colonos
ou sitiantes, comunidades negras rurais, quilombolas e também as etnias indígenas.
O entendimento do campo como um modo de vida social contribui para autoafirmação da identidade dos povos do campo, no sentido de valorização do seu
86
trabalho, da sua história, do seu jeito de ser dos seus conhecimentos, para tanto é
necessário que se assuma na educação do campo a construção de um modelo de
desenvolvimento que tenha como elemento fundamental o ser humano.
A Educação do Campo deve incluir em seu debate político e pedagógico a
questão de que saberes são mais necessários aos sujeitos do campo e podem
contribuir na preservação e na transformação de processos culturais, de relações de
trabalho, de relações de gênero, de relações entre gerações no campo; também que
saberes podem ajudar a construir novas relações entre campo e cidade.
A escola em sua forma de relacionar a construção de uma sociedade,
desenvolve e concretiza danos para cidadãos, que vivem no campo e ou campo, bem
como que vivem nas cidades.
A escola tem papel fundamental na mudança de paradigma social, que se
busca construir, que ela por si só não concretiza o desenvolvimento, mas sem ela esse
desenvolvimento não se constitui de forma sustentável, conforme Silva (2004), “... a
escola não se constrói o Projeto de desenvolvimento sustentável, mas não há como
implementar um projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação”.
Assim, é papel da escola contribuir para a construção de um ambiente
educativo, que:
•
Considere a heterogeneidade dos grupos humanos e sua relação com o
meio ambiente/natureza, com terra, com a cultura e o mundo do trabalho;
•
Valorize os conhecimentos dos diferentes sujeitos da aprendizagem e que
estes contribuam para melhorar a vida das pessoas;
•
Respeite a heterogeneidade da relação desses sujeitos com a terra, com
o mundo do trabalho e a cultura;
•
Considere o desenvolvimento das pessoas não só por meio da integração
dos diferentes processos formativos, mas valorizando a escolarização, direito universal
dos diversos grupos humanos.
Para construir esse processo educativo, que considere os sujeitos sociais, fazse necessário fortalecer a identidade da escola do campo, ancorada na própria
87
realidade do campo, nos saberes próprios dos estudantes, da memória coletiva das
pessoas.
O Colégio Estadual Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio está
localizada na zona rural, é a principal referência dos moradores locais, sua localização
facilita o acesso dos alunos, reduzindo assim o índice de evasão escolar, pois o colégio
mais próximo fica no município aproximadamente a 16km, sendo estradas não
asfaltada, dificultando transporte, tornando-se cansativo e ocasionando muitas das
vezes o abandono da escola.
Vários alunos que frequentam este estabelecimento de ensino são filhos de
agricultores e boias frias que moram em sítios próximos ao Distrito.
6.11 Educação das relações Étnicos – Raciais
Vivemos em um país de várias etnias convivendo em um país de várias etnias
convivendo em um mesmo chão, muitas vezes de forma discriminatória. Observamos
em todos os níveis de escolarização e mesmo mundo do trabalho a pouca
oportunidade dada aos Afro-brasileiros, que encontram muitas barreiras para conseguir
estudar e trabalhar levando-os a serviço de menor remuneração e com maior facilidade
ao mundo do crime.
Entendemos que a questão racial permeia toda a história social, cultural e
política brasileira e que afeta a todos nós, independentemente do nosso pertencimento
étnico-racial, o movimento negro brasileiro tem feito reivindicações e construído
praticas pedagógicas alternativas, a fim de introduzir essa discussão nos currículos nos
currículos.
Ricas experiências têm sido desenvolvidas em vários estados e municípios,
com apoio ou não das universidades e secretarias estaduais e municipais. No entanto,
no inicio do terceiro milênio, o movimento negro passou a adotar uma postura mais
propositiva, realizando intervenções sistemáticas no interior do Estado. Dessas novas
iniciativas alguns avanços foram conseguidos. Um deles é a criação da Secretaria
especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).
88
Esta secretaria de abrangência nacional, é responsável por várias ações
voltadas para a igualdade racial em conjunto com outros ministérios, secretarias
estaduais e municipais, movimentos sociais e ONG’S. Nessa nova forma de
intervenção do movimento negro e de intelectuais comprometidos com a luta antiracista, as escolas de educação básica estão desafiadas implementar a Lei de no
10.639/03.
Esta lei torna obrigatória a inclusão do ensino da Historia da áfrica e da Cultura
– afro brasileira nos currículos dos estabelecimentos de ensino públicos e particulares
da educação básica.Trata-se de uma alteração da lei no 9394/96. Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, na qual foram incluídos mais três artigos, os quais
versam sobre essa obrigatoriedade. Ela também acrescenta que o dia 20 de novembro(
considerando dia da morte de Zumbi) sendo incluído no calendário escolar como Dia
Nacional da Consciência Negra, tal como já é comemorado pelo movimento negro e
por alguns setores da sociedade, na perspectiva de proporcionar aos alunos uma
educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e plurietnicas.
Um primeiro aspecto a ser observado por todos os educadores é a
recuperação do orgulho de ser negro, isto é, a busca de uma pedagogia da auto-estima
elevada além da ação afirmativa. Aqui entra o papel fundamental a ser
desenvolvimento por todos os educadores.
É preciso conhecimento e atenção, pois as armadilhas são muitas nas histórias
mais ingênuas, nos propósitos aparentemente mais elevados, estão cenas que
ridicularizarão do negro, do índio, ou do diferente. Nossos livros didáticos transbordam
de exemplos.
Cabe ao professor potencializar destacando a beleza de cada etnia, a riqueza
da diversidade de tipos humanos. Isto vai fazer com que os alunos negros assumam,
sem maiores problemas, sua negritude. Cabe também aos educadores liderara luta
para que as mantenedoras de estabelecimentos de ensino garantam condições
humanas,materiais e financeiras para a execução de projetos que tratem da Educação
das relações étnico-raciais.
89
Não se trata simplesmente de incluir os negros e integrá-los numa sociedade
que secularmente os exclui e desqualifica, mas oferecer uma educação que lhes
permita assumir-se como cidadãos autônomos críticos e participativos. É fundamental
que se resgate uma imagem positiva do homem negro, para que a criança negra possa
se projetar numa imagem positiva e perceber suas possibilidades de ascensão social e
de uma trajetória escolar bem sucedida.
Precisamos abrir espaços para discutirmos de forma aberta e crítica, questões
das relações étnico-raciais a cultura Afrobrasileira e Africana, oportunizando para que
os alunos percebam que vivemos ainda em um país de muitas desigualdades sociais e
que podemos educar esta e as futuras gerações para revertermos tal quadro, através
de ações concretas valorizarmos e acolhermos a cultura afro-brasileira, o negro e o
pardo para que este aluno valorize sua cultura como o bem precioso a ser cuidado.
6.12 – EJA
A EJA (Educação de Jovens e Adultos) é composta por educandos que na sua
maioria se relaciona com o mundo do trabalho e que por meio dele busca melhorar sua
qualidade de vida, tornando relevante contemplar essa característica na organização
do trabalho pedagógico. Para adaptar o tempo escolar às necessidades dos
educandos, o currículo deve ser organizado de forma que lhes possibilite transitar pela
estrutura curricular, de acordo com o seu tempo próprio de construção da
aprendizagem.
Nesse contexto, a articulação da modalidade EJA com a diversidade sóciocultural de seu público deve demandar uma proposta pedagógica curricular que
consiste o tempo/espaço e a cultura desse grupo, considerando que os saberes e a
cultura do educando devem ser respeitadas como ponto de partida real da proposta
pedagógica.
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos
no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas,
90
consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho,
mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este Estabelecimento Escolar a partir de 2011 cederá sala para oferta
Educação de Jovens e Adultos - APED descentralização do CEEBEJA de Jandaia do
Sul - sendo Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na
legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no
processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo
a viabilizar processos pedagógicos, tais como:
1.
pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
2.
desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
3.
registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização
dos conhecimentos;
4.
vivências culturais diversificadas 2 que expressem a cultura dos
educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Organização Coletiva
Será oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula o
período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada disciplina,
oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica
ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação
professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada
educando.
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educando trabalhadores que não
Têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de
horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante
91
classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes
quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada
coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos
educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e horários das aulas,
contemplando o ritmo próprio do educando, nas condições de vinculação à
escolarização e nos saberes já apropriados.
7. REGIME E FUNCIONAMENTO
O Colégio Estadual Alvorada da Infância pertence à modalidade de Educação
do Campo sendo ela presencial, ofertando o Ensino Fundamental de 5ª a 8ªSérie /6º
ao 9º Ano, organizado em anos finais, em regime de ano, com 4 (quatro) anos de
duração, com funcionamento no período da manhã.
O Ensino Médio, atende em regime de série, com duração de três anos,
atendendo no período da noite.
O Colégio atende 61 alunos do Ensino Fundamental e Médio, atendendo
também o Curso Extracurricular - CELEM, Sala de Apoio e o Programa de Atividades
Curriculares em Contraturno.
7.1 Calendário Escolar
O calendário escolar é elaborado anualmente e atende ao disposto na
legislação vigente, cabendo ao estabelecimento de ensino elaborar e propor
seu
calendário escolar, para apreciação e homologação pelo NRE, sendo que o mesmo
pode se adequar às peculiaridades locais e econômicas.
Segue em anexo o Calendário Escolar.
92
7.2 Matriz Curricular
Manhã
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLE: 01 – APUCARANA
MUNICÍPIO: 1320 – KALORÉ
ESTAB: 00042 – ALVORADA DA INFÂNCIA, C E – E FUND MÉDIO
CURSO: 4000 – ENS. 1 GR. 5/8 SER
DISCIPLINAS
TURNO: MANHÃ
ENT MANTEN. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
ANO IMPLANT: 2006 – SIMULTANIA
5
6
7
8
2
3
3
1
3
3
4
4
22
2
3
3
1
3
3
4
4
22
2
3
3
2
4
3
BNC
ARTE
CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO RELIGIOSO
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
SUB-TOTAL
4
3
4
4
23
3
3
4
4
23
PD
PD
L.E.M. INGLÊS
SUB-TOTAL
2
2
2
2
2
2
2
2
TOTAL GERAL
24
24
25
25
BNC
SÉRIE
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96
DATA DE EMISSÃO: 06 DE Abril
DE 2010
MODULO: 40 SEMANAS
93
Noite
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLE: 01 – APUCARANA
MUNICÍPIO: 1320 – KALORÉ
ESTAB: 00042 – ALVORADA DA INFÂNCIA, C E – E FUND MÉDIO
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO
DISCIPLINAS
BNC
BNC
PD
PD
TURNO: NOITE
SÉRIE
ENT MANTEN. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
ANO IMPLANT: 2011 – SIMULTANIA
1
2
3
ARTE
BIOLOGIA
EDUCAÇÃO FÍSICA
FILOSOFIA
FÍSICA
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
QUÍMICA
SOCIOLOGIA
SUB-TOTAL
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
2
23
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
2
23
2
2
2
2
2
2
3
4
2
2
23
L.E.M. - ESPANHOL
L.E.M. INGLÊS
SUB-TOTAL
4
2
6
4
2
6
4
2
6
TOTAL GERAL
29
29
29
MODULO: 40 SEMANAS
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96
* DISCIPLINA DE MATRICULA FACULTATIVA OFERTADA NO TURNO CONTRATURNO, NO CELEM.
Obs.: SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE 45 MINUTOS.
DATA DE EMISSÃO: 27 DE Junho
DE 2011
94
8. CURSO EXTRACURRICULAR
8.1. CELEM (Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna)
Língua Espanhola
A Língua Espanhola Na tentativa de buscar uma internacionalização dos povos
e, auxiliar os alunos a ocuparem o tempo livre com atividades educativas e visando
buscar a globalização do mundo atual. Sabendo-se que a realidade atual está centrada
no intercâmbio de culturas entre as nações, nas transformações econômicas e culturais
e na difusão dos avanços tecnológicos. O curso passa a ser mais uma opção para que
o aluno adquira novos conhecimentos de uma cultura milenar como a língua
espanhola, bem como abre espaço para a vida futura do educando.
A partir do ano letivo de 2010 o Colégio passou a ofertar o CELEM (Centro
de Línguas Estrangeiras Modernas) de língua Espanhola, como ensino extracurricular,
plurilinguistica e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no Ensino
Fundamental ( anos finais ), no Ensino Médio, Educação profissional e Educação de
Jovens e Adultos. Sendo também extensivo à comunidade, professores e agentes
educacionais.
O CELEM é regulamentado
pela Resolução nº3904/2008 e
pela
Instrução Normativa nº 019/2008, além de ser subordinado às determinações do
Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar.
Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica do CELEM.
8.2 Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno
O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, são
atividades educativas, integradas ao Currículo Escolar, com ampliação de tempos,
espaços e oportunidades de aprendizagem que visa ampliar a formação do aluno,
tendo como objetivos:
•
Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de
tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas em contraturno na escola, afim
de atender às necessidades socioeducacionais dos alunos.
•
95
Ofertar atividades complementares ao currículo escolar vinculadas ao
Projeto Político Pedagógico da Escola, respondendo às demandas educacionais e aos
anseios da comunidade.
•
Possibilitar maior integração entre alunos e comunidade, democratizando
o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.
O programa é ofertado para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no
Ensino Fundamental dos anos finais.
O Programa de Atividades Complementares Curriculares de Contraturno:
Esporte e Lazer, é regulamentado pela Instrução Normativa nº 004/201 – SUED/SEED,
pelo Manual de Orientações PACC, além de ser subordinado às determinações do PPP
e do Regimento Escolar.
Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica das atividades do Programa
de Atividades Complementares Curriculares de Contraturno: Esporte e Lazer.
8.3
Sala de apoio à Aprendizagem
Com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem
apresentadas pelas crianças que frequentam a 5ª e 6º Série/6º e 7º Ano do Ensino
Fundamental. O programa prevê o atendimento aos alunos, no contraturno, nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as
dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem
como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares.
A carga horária é de 4 horas-aulas semanais por disciplina, sendo trabalhadas
por professores habilitados e com experiência de ensino nos anos iniciais do Ensino
Fundamental e os alunos são selecionados através de avaliação diagnóstica inicial.
A metodologia aplicada varia conforme a necessidade e a dificuldade,
procurando despertar o interesse do aluno através de aulas dinâmicas, atrativas e
lúdicas.
96
Segundo Vygotsky, diferenças encontradas em ambientes diversos promovem
a aprendizagem e passam a ativar processos de desenvolvimento. Segundo ele, as
estruturas do pensamento dos indivíduos se modificam com base em suas raízes, na
cultura e na sociedade em que está inserido.
9. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO
Após a escrita da versão final do Projeto Político-Pedagógico, ele sofrerá num
primeiro momento uma releitura, análise e avaliação/reavaliação pela direção, equipe
pedagógica e professores. Após esta reavaliação o Projeto Político-Pedagógico
sofrerá, também, uma avaliação/reavaliação pelos funcionários, alunos, pais, APMF e
Conselho Escolar.
Estando de acordo com os sonhos e intencionalidades da comunidade escolar,
o Projeto Político-Pedagógico será então, submetido à aprovação do Conselho Escolar.
No decorrer do processo de trabalho pedagógico será avaliada a prática e/ou a
aplicação do Projeto Político-Pedagógico, tendo em vista a qualidade no trabalho
pedagógico, de modo geral, e a qualidade do ensino e aprendizagem e seus
resultados. Isto é, objetivando as modificações e/ou os redimensionamentos que se
fizerem necessários, no sentido de promover o acesso ao conhecimento a todos os
sujeitos que compõem a comunidade escolar.
Neste processo de avaliação, a comunidade escolar levará em conta, também,
a realidade, no sentido dos limites e das possibilidades que a escola pública tem, para
exercer a sua função social, em sua plenitude.
Conforme afirma VEIGA,
Acompanhar as atividades e avaliá-las levam-nos à reflexão, com base em
dados concretos sobre como a escola organiza-se para colocar em ação seu
Projeto Político-Pedagógico. A avaliação do projeto político-pedagógico, numa
visão crítica, parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca
explicar e compreender criticamente as causas da existência de problemas,
bem como suas relações, suas mudanças e se esforça para propor ações
alternativas (criação coletiva). Esse caráter criador é conferido
pela
autocrítica”. (VEIGA, 1995, p. 32)
Sendo assim, o Projeto Político-Pedagógico sofrerá avaliações periódicas e
97
terá espaço privilegiado de avaliação nos Conselhos de Classe e nas reuniões,
conforme as necessidades constatadas no decorrer do trabalho pedagógico e no
contexto escolar como um todo.
Além de periódica, a avaliação do Projeto Político-Pedagógico será
permanente. Sendo assim, este Projeto sofrerá as intervenções, no dia-a-dia, sempre
que necessário, visto que o Projeto Político-Pedagógico pode ser redimensionado a
qualquer momento.
Ele precisa ser também, (re)-avaliado e (re)-planejado, coletivamente, na
medida em que há aprofundamento teórico dos educadores e/ou quando há avanços
na ciência, e quando se constate dificuldades no processo de trabalho pedagógico de
modo geral.
É importante salientar ainda, que os “novos professores”, assim que cheguem
à escola, precisam ter acesso ao Projeto Político-Pedagógico, para que possam fazer
leitura, estudo e avaliação do mesmo.
De acordo com “ John Sculley”:
Pensar na educação apenas como forma de transferência de conhecimentos
do professor para o aluno, como um despejar de informações de um recipiente
para outro, não é mais possível. Não se pode mais dar aos jovens uma ração
de conhecimentos que vai durar a vida inteira. Nem mesmo sabemos o que vão
ser e fazer daqui a alguns anos. Os alunos de hoje não podem pressupor que
terão uma só carreira em suas vidas, porque os empregos que hoje existem
estarão radicalmente alterados num futuro próximo. Para que sejam bem
sucedidos, os indivíduos precisarão ser extremamente flexíveis, podendo,
assim, mudar de uma companhia para outra, de um tipo de indústria para outra,
de uma carreira para outra. Aquilo que os alunos de amanhã precisam não é
apenas o domínio de conteúdo, mas domínio das próprias formas de aprender.
A educação não pode ser simplesmente um prelúdio para uma carreira: deve
ser um empreendimento que dure a vida inteira.
É certo, que a vida mudou, o mundo mudou e a escola deve estar em
constante mudança. Sendo o melhor caminho o planejamento coletivo e o
compromisso de aplicá-lo e avaliá-lo.
98
10. PLANO DE TRABALHO DA DIREÇÃO
•
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO PLANO DE AÇÃO
I – Estabelecimento: Escola Estadual Alvorada da Infância – Ensino Fundamental
•
Município: Kaloré
•
Núcleo: Núcleo Regional de Educação de Apucarana
•
Candidato: Marta Lourenti dos Reis
II – Objetivos Gerais:
•
Analisar a realidade dos nossos educandos e traçar coletivamente metas e
inovações, visando a melhoria da qualidade de ensino;
•
Organizar o trabalho pedagógico em consonância com as diretrizes curriculares;
•
Proporcionar meios para que o educando tenha acesso a um ensino de
qualidade, bem como os saberes tecnológicos, de modo que tenha condições
de exercer sua cidadania de forma igualitária;
•
Tornar a escola um ambiente de estudo agradável, onde todos, mas
principalmente o aluno sinta-se a vontade, diminuindo o índice de evasão e
repetência;
•
Acompanhar o processo de ensino, assessorando o professor, atuando junto
aos alunos, auxiliando na elaboração de planos de recuperação para que os
alunos tenham melhor aproveitamento de conteúdos;
•
Promover maior integração entre escola e comunidade;
•
Trabalhar o educando como ser integral, visando seu ajustamento pessoal e
social.
III – Ações:
•
Conhecer a comunidade onde a escola está inserida, para que se possa
respeitar
a
individualidade
da
organização
dessa
sociedade,
seu
99
desenvolvimento, visando sua transformação;
•
Redimensionar e promover maior participação das instâncias colegiadas
(Conselho Escolar, Conselho de Classe, Grêmio Estudantil, Representantes de
Turma e APMF);
•
Incentivar e oportunizar a capacitação de todos os segmentos da comunidade
envolvidos no processo educativo, através de cursos e grupos de estudos;
•
Discutir o PPP da Escola de forma coletiva, objetivando a democratização do
ensino público, através de um compromisso ético profissional;
•
Organizar grupos de estudos e ou reuniões para leituras e reflexões durante a
hora-atividade dos docentes;
•
Proporcionar acervo bibliográfico atualizado, compatível com a necessidade dos
alunos e professores e promover atividades de incentivo à leitura e à pesquisa;
•
Viabilizar recursos para a aquisição de materiais pedagógicos e equipamentos
necessários que propiciem aulas mais agradáveis e dinâmicas, estimulando a
permanência do aluno na escola;
•
Analisar coletivamente os dados referentes à avaliação escolar com o objetivo
com o objetivo de estabelecer parâmetros a uma nova prática pedagógica;
•
Estabelecer coletivamente as regras e normas de funcionamento da escola,
garantindo que as decisões tomadas e aprovadas sejam respeitadas e
executadas;
•
Providenciar meios para a adequação do espaço físico às necessidades
educacionais.
•
Incentivar a realização de feiras, exposições, atividades esportivas e culturais,
valorizando a diversidade cultural local.
100
IV – Cronograma :
Diagnóstico da comunidade
Promoção da participação
das instâncias colegiadas
Incentivo à participação na
capacitação
Revitalização do PPP
Grupos de estudo através de
calendário específico
Atualização
do
acervo
(pesqui sas com professor)
Aquisição
do
acervo
bibliográfi co
Levantamento dos materiais
pe
dagógicos
e
equipamentos neces sários
Parâmetros de avaliação
Estabelecimento das regras e
nor mas de funcionamento
Solicitação de adequação do
espaço físico
Realização
de
feiras,
exposições,
atividades
esportivas e culturais
F
X
M
X
A
M
X
J
J
X
A
X
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O
N
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X
X
X
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X
X
X
X
X
X
X
X
V – Avaliação do Plano de Ação
•
A avaliação da aplicação do plano de ação será realizada através de conversas
informais com discentes, docentes e comunidades. E também elaboração de
questões reflexivas e sugestivas para o aprimoramento e reformulação do plano.
101
11. PLANO DE TRABALHO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENS. FUND. E MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ/JUSSIARA
PEDAGOGA: TANIA REGINA MACEDO DE SOUSA
APRESENTAÇÃO
A escola é um espaço de democratização do saber construído historicamente
pelo homem. Diante disso, pensa-se a ação do Professor Pedagogo como mediador da
organização educativa e do trabalho docente, de modo a contribuir para as condições
favoráveis, no cumprimento das funções pedagógicas, políticas e culturais da
educação, articulando os conteúdos, objetivos, metodologias e avaliação, identificando
limites e possibilidades de transformação social.
Para que o ensino seja significativo o serviço pedagógico deve estar
organizado no sentido de coordenar, orientar e assessorar a comunidade escolar
fazendo com que os membros educativos tenham uma melhor compreensão e reflexão
crítica do mundo, se apropriando do saber elaborado, cientificamente contribuindo para
a formação da cidadania.
Portanto, para promover o desenvolvimento organizacional da escola requer
competência técnico político pedagógica pautada na ação coletiva com habilidades
para tomar decisões imediatas, objetivando melhorias na qualidade do ensino,
capacidade de programar, realizar e dinamizar a ação pedagógica com maior
compreensão.
O trabalho do Professor Pedagogo, consiste na somatória de esforços e ações
desencadeadas no sentido de promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem,
voltando-se constantemente ao professor, oferecendo assistência ao mesmo,
coordenando suas ações, visando um maior desempenho do trabalho pedagógico e no
102
Plano de Trabalho Docente, exercendo o papel articulador dentro da escola.
Para a efetivação das ações pedagógicas são organizadas continuamente
atividades que envolvem toda a comunidade escolar.
Tendo como objetivo, veicular uma gestão democrática e participativa,
fomentando um trabalho conjunto entre todos os membros constituintes da comunidade
escolar, de modo a garantir os direitos estabelecidos por lei com relação à educação,
estabelecendo uma relação unívoca entre os agentes do processo pedagógico, com
vistas a orientar meios e fortalecer ações para a concretização da educação; coordenar
a organização do trabalho pedagógico, bem como a implementação das Diretrizes
Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar.
Propõe-se como práticas de ação para o ano de 2011:
•
Subsidiar o trabalho docente, através de pesquisa e material didático,
visando o enriquecimento das atividades escolares;
•
Incentivar a participação docente em cursos de capacitação, possibilitando o
repasse dos mesmos, para maior intercâmbio de conhecimento e melhoria
do trabalho interdisciplinar;
•
Promover uma participação da comunidade escolar em eventos promovidos
pela escola, não só para maior interação comunidade e escola, como
também para a valorização dos trabalhos desenvolvidos por alunos e
professores;
•
Convidar palestrantes – especialistas para ministrar mini-cursos, envolvendo
temas de interesse da comunidade escolar e dos docentes, como: prevenção
de drogas, gravidez na adolescência, auto-estima, motivação, orientação
educacional
e
vocacional,
saúde,
violência,
educação
ambiental
(principalmente quanto ao uso de agrotóxicos e outros relacionados ao
campo), com objetivo de minimizar os problemas enfrentados na sociedade
contemporânea;
•
103
Colaborar com a manutenção e melhoria do ambiente escolar, para que
funcionários de todos os setores, direção, professores e educandos sintam
prazer em permanecer na escola;
•
Acompanhar o trabalho docente, no sentido de oferecer auxílio aos
educandos e educadores, quando esses necessitarem;
•
Realizar um trabalho voltado aos educandos com necessidades especiais,
dificuldades de aprendizagem e/ou agressividades, encaminhando-os a
especialistas, quando for necessário, para que a inclusão realmente se
efetive.
•
Estreitar o vínculo de relações entre a escola e a comunidade, incentivando a
participação de todos nos eventos promovidos pela escola, minimizando
processos de discriminação e proporcionando a inclusão responsável, bem
como a valorização da diversidade cultural.
•
Acompanhar o processo de ensino-aprendizagem atuando junto ao corpo
docente, alunos e pais no sentido de analisar os resultados da aprendizagem
com vistas a sua melhoria.
•
Estimular o uso dos recursos tecnológicos disponíveis na escola.
•
Analisar e refletir sobre o sistema de avaliação promovendo ações de
melhoria no processo ensino aprendizagem.
AVALIAÇÃO
A avaliação do presente plano se dará de forma continuada, sendo alterado
no decorrer do processo conforme diálogo com direção, equipe docente e discente.
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 23ª ed – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2002.
Constituição da República Federativa do Brasil. 14 ed.- São Paulo: Saraiva,
1996.
Lei de Deretrizes e Bases 9394/96.
LUCKESI. Cipriano: Avaliação do Rendimento.
VASCONCELLOS. Celso s.: A Construção da Disciplina Consciente e Interativa
em sala de Aula e na Escola. 3ª edição, Liberlad São Paulo, 1994.
DCEs – Diretrizes Curriculares Estaduais.
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná.
Lei 10.639/03 (Cultura Afro-Brasileira e Africana.)
Instrução 017/2006
Livro Didático Publico.
MORAES, Amaury César. Sociologia: ensino médio. Brasília: Ministério da
Educação – Secretaria de Educação Básica, 2010. v.15. Coleção explorando o
ensino.
MEC. Ética e Cidadania: construindo valores na escola e na sociedade. Brasília:
Ministério da Educação – Secretaria de Educação Básica, 2007.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia 32. ed. Campinas, Autores Associados,
1999.
GASPARINI, José Luiz. Uma Didática para a pedagoga histórico-crítica. 2. ed.
Campinas: Autores Associados, 2003.
ANEXOS
PLANO DE ESTÁGIO
IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Alvorada da Infância – Ensino
Fundamental e Médio
ENDEREÇO: Rua Antonio Cassemiro Jucoski, s/nº
ENTIDADE MANTENEDORA: SEED – Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Kaloré - Paraná
NRE: Apucarana
IDENTIFICAÇÃO DO CURSO
Habilitação: ENSINO MÉDIO
Nome do Professor Orientador: Luciane Chamorro Rodrigues
Ano Letivo: 2011
JUSTIFICATIVA
O Estágio Profissional não obrigatório é uma atividade curricular, um ato
educativo assumido intencionalmente pela instituição de ensino que propicia a
integração dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho. Sendo um
recurso pedagógico que permite ao aluno o confronto entre os desafios profissionais
e a formação teórico-prática adquiridas nos estabelecimentos de ensino,
oportunizando a formação de profissionais com percepção crítica da realidade e
capacidade de análise das relações técnicas do trabalho.
O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a serem
executadas devem estar devidamente adequadas às exigências pedagógicas
relativas ao desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando,
prevalecendo sobre o aspecto produtivo.
O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está
presente por ser o momento de inserção do aluno na realidade, para o entendimento
do mundo do trabalho, com o objetivo de prepará-lo para a vida profissional,
conhecer formas de gestão e organização, bem como articular conteúdo e método
de modo que propicie um desenvolvimento ominilateral. Sendo também, uma
importante estratégia para que o aluno trabalhador tenha acesso às conquistas
científicas e tecnológicas da sociedade.
O Estágio Profissional, de caráter não obrigatório, atende as necessidades
da escola conforme previsto na legislação vigente:
Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em
especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de
proteção ao educando;
o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho- CLT,
que estabelece que as partes envolvida devem tomar os cuidados necessários para
a promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando
principalmente, os riscos decorrentes de fatos relacionados aos ambientes,
condições e formas de organização do trabalho;
Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.
Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED.
O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios dos
Alunos do Ensino Médio.
OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO
Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do
trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional, a partir da prática
social, contemplando as diversas áreas que contribuem para a formação integral do
aluno, bem como reconhecer as dimensões pedagógicas que se desenvolvem em
todos os aspectos da vida social e produtiva.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO
•
Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao currículo do
Ensino Médio;
•
Oportunizar experiência profissional diversificada de acordo com proposta
Curricular;
•
Relacionar teoria e prática profissional a partir das experiências realizadas no
campo de estágio;
•
Possibilitar a inserção do educando no mundo do trabalho.
LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
O estágio poderá ser realizado em instituições públicas ou privadas desde
que esteja relacionado com o Projeto Político Pedagógico e com a Proposta
Curricular do curso.
ATIVIDADES DO ESTÁGIO
O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento de
inserção do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que coloque os
conhecimentos construídos ao longo das séries em reflexão e compreenda as
relações existentes entre a teoria e a prática.
Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de
seleção, organização e integração dos conhecimentos construídos, porque
possibilita ao estudante contextualizar o saber, não apenas como educando, mas
como cidadão crítico e ético, dentro de uma organização concreta do mundo
trabalho, no qual tem um papel a desempenhar.
ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA/ESTABELECIMENTO DE ENSINO
O Estágio Profissional não obrigatório, concebido como procedimento
didático-pedagógico e como ato educativo intencional é atividade pedagógica de
competência da instituição de ensino, sendo planejado e avaliado em conformidade
com os objetivos propostos para a formação profissional dos estudantes, previsto no
Projeto Político-Pedagógico e no Plano de Estágio. A instituição de ensino é
responsável pelo desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no Plano
de Estágio, observado:
•
Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com seu
representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando as condições
adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso;
•
Etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário
escolar;
•
Respeitar legislação vigente para estágio não obrigatório;
• Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18 anos;
com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade contada na
data de assinatura do Termo) ou com seu representante legal, se idade inferior a 16
anos e com o ente concedente, seja ele privado ou público;
• Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou
privado concedente do estágio;
• Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades;
• Exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;
•
Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do estágio
previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação Técnica e
Convênios que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado pelo professor
orientador de estágio;
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção
ao estudante, vedadas atividades:
a) incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;
b) noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas
horas de um dia às cinco horas do outro dia;
c) realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e
moral;
d) perigosas, insalubres ou penosas.
PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO
O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação do professor orientador
de estágio, especificamente designado para essa função, o qual será responsável
pelo acompanhamento e avaliação das atividades.
COMPETE AO PROFESSOR ORIENTADOR
•
Solicitar juntamente da parte concedente relatório, que integrará o Termo de
Compromisso, sobre a avaliação dos riscos, levando em conta: local de estágio;
agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento de trabalho e sua
utilização; os processos de trabalho; as operações e a organização do trabalho; a
formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;
•
Exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em
prazo não superior a 6 (seis) meses;
•
Esclarecer juntamente com a parte concedente do estágio, o Plano de Estágio e
o Calendário Escolar;
•
Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma
de atividades a serem realizadas pelo estagiário;
•
Proceder as avaliações que indiquem se as condições para a realização do
estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de
Compromisso, mediante relatório;
•
Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
•
Conhecer o campo de atuação do estágio;
•
Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de Compromisso;
•
Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos
aprendidos à prática pedagógica;
•
Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao local,
procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre outros;
•
Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no
estágio;
•
Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades dos
estagiários;
•
Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.
ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO/INSTITUIÇÃO QUE CONCEDE O ESTÁGIO
A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar com
serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante
condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.
Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de personalidade
jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente
registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.
Uma vez formalizado o Termo de Compromisso de Estágio, cumpridos os
requisitos citados anteriormente, e estará criada a condição legal e necessária para
a realização do estágio supervisionado na organização concedente de estágio.
A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir
condições mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido e
participar das atividades, durante a execução do estágio supervisionado. Ofertando
instalações que tenham condições de proporcionar ao aluno, atividades de
aprendizagem social, profissional e cultural.
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção
ao estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo vedadas
algumas atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e também 405 e 406
da CLT).
Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios
relacionados a transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não
caracterizando vínculo empregatício.
A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar
acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com necessidades
educativas especiais.
A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a disposição para
eventual fiscalização. A oferta de estágio
pela parte concedente será efetivada
mediante:
•
Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o
estudante;
•
A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante
atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;
•
Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou
experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do
estagiário, para orientar e supervisionar o desenvolvimento das atividades de
estágio;
•
Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do
desligamento
do
estagiário,
com
indicação
resumida
das
atividades
desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
•
Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo
funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio;
•
Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso.
•
Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento de
ensino;
•
Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de estágio;
•
Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na empresa;
•
Manter contatos com o Orientador de estágio da escola;
•
Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que
permitam uma visão real da profissão;
•
Indicar um responsável para supervisionar para acompanhar as atividades de
estágio.
ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO
A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades escolares e constar no
Termo de Compromisso, considerando:
•
A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou
assistente legal, se menor;
•
A concordância da instituição de ensino;
•
A concordância da parte concedente;
•
O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos
demais compromissos escolares;
•
A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte,
alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;
•
Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de
contraprestação, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um)
ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente
durante suas férias escolares.
•
Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no
trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do
estágio.
ANTES DA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, O ESTAGIÁRIO DEVE:
•
Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;
•
Participar de atividades de orientação sobre o estágio;
•
Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;
•
Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador
de Estágio.
DURANTE A REALIZAÇÃO:
•
Conhecer a organização da Unidade Concedente;
•
Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga
horária no período estabelecido pelo o professor orientador de Estágio;
•
Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;
•
Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;
•
Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;
•
Cumprir o Termo de Compromisso firmado com a Instituição de Ensino e a
Unidade Concedente.
•
Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para
discussão do andamento do estágio;
•
Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e responder
pelos danos pessoais e materiais causados;
Depois da realização:
1 - Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;
2 - Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do Estágio
não obrigatório.
FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO
O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições
Públicas e/ou Privadas, por um responsável que deverá ter conhecimento na área.
Três
profissionais
da
área
estarão
envolvidos
no
processo
de
encaminhamento:
2 - Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento durante a
realização do Estágio;
2 - Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização
do Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando seguir o plano
estabelecido pelo Aluno e pelo Professor Orientador.
As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da situação
do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos telefônicos,
documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a propiciar formas de
integração e parceria entre as partes envolvidas. Oportunizando o aperfeiçoamento
das relações técnicas-educativas a serem aplicadas no âmbito do trabalho e no
desenvolvimento sustentável.
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO:
A avaliação do Estágio Profissional não obrigatório é concebida como um
processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto, estar
presente em todas as fases do planejamento e da construção do currículo, como
elemento essencial para análise do desempenho do aluno e da escola em
relação à proposta.
•
Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;
•
Relatório apresentando pelo educando.
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENS.
FUNDAMENTAL E MÉDIO
Programa de Atividades
Complementares Curriculares em
Contraturno
Kaloré
2011
MACROCAMPO
Esporte e Lazer
TURNO
CONTEÚDO
OBJETIVO
ENCAMINHAMENTO
METODOLÓGICO
Vespertino
Conteúdos Estruturantes:
Esportes;
Dança;
Jogos e Brincadeiras;
Ginástica;
Conteúdos Básicos:
• Futsal;
• Voleibol;
• Basquetebol;
- Possibilitar a comunicação e a interação de diferentes
indivíduos com eles mesmos, com os outros, com o seu
meio social e natural;
- Observar o bem estar físico e mental do educando;
- Formação integral dos educandos em seus aspectos
físicos, motores, psíquicos e intelectuais;
- Buscar o desenvolvimento de um cidadão integro, critico,
conhecedor de seu próprio espaço e a respeitar o espaço
dos outros.
Devemos selecionar atividades que contenham práticas
esportivas, possibilitando intervenções acerca de
corporalidade, bem como proporcionar aos alunos práticas
corporais que possibilitem o levantamento de hipóteses,
soluções cabíveis e possíveis situações-problemas que
surgem dentro do processo ensino aprendizagem.
A metodologia se desenvolverá através da prática
esportiva das modalidades de Futsal, Voleibol e
Basquetebol, usando jogos pré-esportivos e recreativos,
exercícios de correções e aperfeiçoamento das técnicas e
táticas e fundamentos dos referidos esportes.
Para o desenvolvimento do processo metodológico o
educador irá seguir as estratégias de problematização:
apresentação das atividades e as formas de execução.
Desenvolvimento das atividades: o professor observa as
atividades realizadas pelos alunos suas diferentes
manifestações corporais.
Reflexão sobre a prática: levantar os aspectos positivos e
negativos da atividade, levando cada aluno a pensar e
repensar suas atividades.
Para o desenvolvimento do processo metodológico o
educador irá seguir as estratégias de problematização:
apresentação das atividades e as formas de execução.
Reflexão sobre a prática: levantar os aspectos positivos e
negativos da atividade, levando cada aluno a pensar e
repensar suas atividades.
Critérios de Avaliação:
AVALIAÇÃO
A avaliação deverá considerar os caminhos percorridos
pelo aluno, suas formas de desenvolver, selecionar, criar e
inovar diante das situações propostas.
Nesta atividade avaliaremos o interesse, a participação, a
organização para o trabalho coletivo, o respeito aos
colegas, a criatividade, a coordenação motora, velocidade,
força, flexibilidade, equilíbrio, domínio e outros
fundamentos básicos dos esportes.
Instrumentos de Avaliação:
A avaliação será realizada através de observações diárias
das atividades propostas, anotações e registros em fichas
apropriadas.
PARA O ALUNO: Ao fim do programa os alunos
participantes deverão ter maior conhecimento da
modalidade esportiva que participou, além de melhorar
sua técnica de jogo e seu comportamento social, através
do cumprimento das regras imposta pelo jogo e se adaptar
ao convívio em grupo.
Esperamos também que através de esportes, haja uma
melhoria na qualidade de vida dos alunos participantes.
E que acima de tudo o resultado final seja o prazer a favor
do bem estar individual, coletivo e social.
PARA A ESCOLA: Devido ao fato de termos vários
alunos que demostram desinteresse pelos estudos, mas
que se interessam pela prática do esporte, pretendemos
então através de uma metodologia que priorize aspectos
lúdicos, táticos, técnicos, cooperativos, trabalhar os
RESULTADOS ESPERADOS diferentes saberes e valores que interferem sobre a
constituição de nosso corpo tanto no plano individual como
no social, sempre com o intuito de proporcionar a melhoria
do aproveitamento e rendimento escolar e social.
Portanto, espera-se que o programa venha de encontro
aos propósitos da escola de retirar os alunos das ruas,
visando criar expectativas de vida e um comprometimento
com a escola e com a melhoria da qualidade do ensino.
PARA A COMUNIDADE: O aluno é o produto de trabalho
de todos os profissionais da escola, especialmente dos
professores, e as famílias esperam que este aluno seja
cada vez mais educado, responsável e competente para
atuar na sociedade.
Espera-se dos pais que eles colaborem e enviem seus
filhos a aula e que participem ativamente .
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica: Educação Física.
Curitiba: SEED, 2008.
REFERÊNCIAS
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da
BIBLIOGRÁFICAS
educação física. São Paulo: Cortez, 1992.
BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a
educação. São Paulo: Summus, 1984.
121
122
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: ARTE
NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORA: LUCIANE CHAMORRO RODRIGUES
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE ARTE
KALORÉ
2012
123
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Numa aparente contradição, foi no momento de repressão política e cultural
(Ato Institucional n. 5 /AI-5, em 1968) que o ensino de Arte (disciplina de Educação
Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado
para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o
trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão somente,
trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua
expressão.
No currículo escolar, a Educação Artística passou a compor a área de
conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A produção artística, por sua
vez, ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Na escola, o ensino de
artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas e o ensino de
música enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.
A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social
pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988.
Nesse processo, os movimentos sociais realizaram encontros, passeatas e eventos
que promoviam, entre outras coisas, a discussão dos problemas educacionais para
propor novos fundamentos políticos para a educação e, dentre os fundamentos
pensados para a educação, destacam-se a pedagogia histórico-crítica elaborada por
Saviani da PUC de São Paulo e a Teoria da Libertação, que fundamentou o
Currículo Básico para Ensino de 1o grau, publicado em 1990, e o Documento de
Reestruturação do Ensino de 2o grau da Escola Pública do Paraná, publicado em
seguida. Tais propostas curriculares pretendiam fazer da escola um instrumento
para a transformação social e nelas o ensino de Arte propôs a formação do aluno
pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
Nos anos 90 essa concepção foi substituída pelas propostas dos PCNs,
onde o ensino de arte estava comprometido a uma série de variantes, que na
maioria das vezes se opunha às ideias apresentadas no Currículo Básico, por ser
parte de uma outra posição ideológica.
A partir de 2003 iniciam-se discussões coletivas acerca do papel da arte na
sociedade, quais conteúdos são essenciais, dentre outras preocupações; e são
124
construídas as DCEs, onde a disciplina Arte está contemplada a partir da concepção
de que as diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas
relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se
desenvolveram.
Da mesma forma o conceito de arte implícito ao ensino também
influenciado por essas relações sócio – cultural, sendo fundamental que seja
problematizado para a organização de uma proposta curricular.
Estudar arte é compreender o papel da teoria estética, como uma referência
ao pensar e o seu ensino, gerando conhecimento, articulando saberes cognitivos,
sensíveis e sócios – históricos; ampliando o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos artísticos e contextualizados, aproximando-se do universo cultural da
humanidade nas suas diversas representações.
A arte é expressa e sabe comunicar com imaginação, emoção e
sensibilidade. Interage com materiais, procedimentos instrumentais das diversas
artes ( visuais, dança, teatro e musica ) fazendo experimentos e conhecendo
técnicas para a produção de trabalhos individuais e em grupo.
No âmbito da educação de campo, pretende se desenvolver uma educação
que seja crítica, pois essa cultura é entendida como toda produção humana que se
constrói a partir das relações do ser humano com a natureza, com outro e consigo
mesmo. Pretende-se, portanto, com o ensino da arte, instrumentalizar o aluno com
um conjunto de saberes em arte, que lhe permitam utilizar o conhecimento estético
na compreensão das diversas manifestações culturais, observando as relações
entre arte e realidade, investigando, indagando interesses e curiosidades,
exercitando a discussão a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de modo
criativo,
desenvolvendo
no
educando
potencialidades
crítico-expressivo,
estruturando seu conhecimento, segundo sua percepção e consciência do mundo
em que se vive, aliando o ver, o pensar, o fazer, o criar, possibilitando a formação de
um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus posicionamentos e tomadas de
atitudes, fazendo-o compreender o homem como um todo: razão, emoção,
pensamento, percepção, imaginação e reflexão, buscando ajudá-lo a compreender a
realidade e a transformá-la.
125
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza;
são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses
elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em
cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre em Música, a cor em Artes Visuais, a
personagem em Teatro ou movimento corporal na Dança.
COMPOSIÇÃO
É a produção artística que acontece por meio da organização e dos
desdobramentos dos elementos formais. Por exemplo: tridimensional em Artes
Visuais, ritmo em Música, representação em Teatro, rotação em Dança.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
É o conjunto da história relacionado com o conhecimento em arte. Ele tem
por objetivo revelar o conteúdo social da arte, dos fatos históricos, culturais e sociais
que alteram as relações internas ou externas de um movimento artístico. Por
exemplo: renascimento em Artes Visuais, rap em Música, teatro pobre em Teatro e
dança moderna Dança.
2.1 - Conteúdos Estruturantes e Básicos
6º ANO - ÁREA DE MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Altura
Ritmo
Duração
Melodia
Timbre
Escalas: diatônica
pentatônica
cromática
Improvisação
Intensidade
Densidade
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Greco-Romano
Oriental
Ocidental
Africana
126
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Ponto
Bidimensional
Arte Greco-Romana
Linha
Figurativa
Arte Africana
Textura
Geométrica, simetria
Arte Oriental
Forma
Técnicas: Pintura,
escultura, arquitetura …
Arte Pré-histórica
Superfície
Volume
Gêneros: cenas da
mitologia
Cor
Luz
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Ação
Espaço
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Enredo, roteiro.
Espaço Cênico,
adereços
Greco- Romana
Técnicas: jogos teatrais,
teatro indireto e direto,
improvisação,
manipulação,
máscara…
Teatro Medieval
Teatro Oriental
Renascimento
Gênero: Tragédia,
Comédia e Circo.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
Movimento Corporal
COMPOSIÇÃO
Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos Articulares
Fluxo ( livre e
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Pré- História
Greco- Romana
Renascimento
127
interrompido)
Dança clássica
Tempo
Rápido e lento
Espaço
Formação
Níveis ( alto, médio e
baixo)
Deslocamento ( direto e
indireto)
Dimensões ( pequeno e
grande)
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
7º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Altura
Ritmo
Duração
Melodia
Timbre
Escalas
Intensidade
Gêneros: Folclórico,
Indígena, popular e
étnico
Densidade
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Música popular e étnica
( ocidental e oriental )
Técnicas: Vocal,
instrumental e mista
Improvisação
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Ponto
Proporção
Arte Indígena
Linha
Tridimensional
Arte Popular
Forma
Figura e fundo
Brasileira e Paranaense
Textura
Abstrata
Renascimento
128
Superfície
Perspectiva
Volume
Técnicas: Pintura,
escultura, modelagem,
gravura …
Cor
Luz
Barroco
Gêneros: Paisagem,
retrato, natureza-morta.
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Personagem:
Representação, Leitura
expressões corporais, dramática, Cenografia
vocais, gestuais e
faciais
Técnicas: Jogos
teatrais, mímica,
Ação
improvisação, formas
animadas.
Espaço
Gêneros: Rua e arena,
Caracterização.
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Comédia dell' arte
Teatro Popular
Brasileiro e Paranaense
Teatro Africano
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
Movimento Corporal
COMPOSIÇÃO
Ponto de Apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Fluxo ( livre,
interrompido e
conduzido)
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Tempo
Lento, rápido e
moderado
Espaço
Níveis (alto, médio e
baixo)
Formação
Direção
Gênero: Folclórica,
popular e étnica.
129
8º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
Movimento Corporal
Tempo
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Giro
Rolamento
Saltos
Hip Hop
Aceleração e
desaceleração
Expressionismo
Musicais
Indústria Cultural
Espaço
Direções (frente, atrás,
direita e esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria
Cultural e espetáculo
Dança Moderna
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Linha
Semelhanças
Indústria Cultural
Formas
Contrastes
Arte no Séc. XX
Textura
Ritmo Visual
Arte Contemporânea
Superfície
Estilização
Volume
Deformação
Cor
Técnicas: desenho,
fotografia, audio-visual
e mista...
Luz
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
Personagem:
expressões corporais,
vocais,
gestuais e
COMPOSIÇÃO
Representação no
Cinema e Mídias
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Indústria Cultural
Realismo
Texto dramático
130
faciais
Expressionismo
Maquiagem
Cinema Novo
Ação
Sonoplastia
Espaço
Roteiro
Técnicas: jogos
teatrais, sombra,
adaptação cênica ...
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
COMPOSIÇÃO
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e
desaceleração
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Direções ( frente,atrás,
direita, e esquerda)
Dança Moderna
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: industria e
cultural
e espetáculo
9ºANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Altura
Ritmo
Música Engajada
Duração
Melodia
Música Popular Brasileira
Timbre
Harmonia
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Música Contemporânea
Intensidade
Densidade
Gêneros: popular,
folclórico e étnico.
131
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Linha
Bidimensional
Realismo
Forma
Tridimensional
Vanguardas
Textura
Figura – fundo
Muralismo e Arte
Latino-Americana
Superfície
Ritmo Visual
Volume
Técnica: pintura,
grafite, performance
Hip Hop
Cor
Gêneros: Paisagem
urbana, cenas do
cotidiano...
Luz
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Personagem:
expressões corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Técnica: Monólogo,
jogos teatrais, direção,
ensaio, Teatro-Fórum
Teatro Engajado
Dramaturgia
Teatro Pobre
Ação
Cenografia
Teatro do Absurdo
Espaço
Sonoplastia
Vanguardas
Teatro do Oprimido
Iluminação
Figurino
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
Movimento Corporal
COMPOSIÇÃO
Kinesfera
Ponto de Apoio
Peso
Fluxo
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Vanguardas
Dança Moderna
132
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão
(perto
longe)
Tempo
Coreografia
Deslocamento
Espaço
Gênero: Performance
e moderna
Dança Contemporânea
e
133
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes,
em
um
encaminhamento
metodológico
orgânico,
onde
o
conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os
momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão
ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como
espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do
ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica:
Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos
Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à
obra de arte
Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que
compõe uma obra de arte
Como a disciplina de Arte tem por objetivo de mobilizar o aluno para o
conhecimento,deve se constituir
de questões que estimulem o raciocínio, a
reflexão e a crítica, delegando-lhe o papel de sujeito do seu processo de
aprendizagem.
Serão feitas também relações interdisciplinares para que os alunos
aprendam os conteúdos e possam posicionar-se de forma crítica frente à realidade
social. O professor ainda conduzirá o processo de aprendizagem de forma
dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a
compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.Assim os alunos
terão acesso as obras de Música,Teatro, Dança e Artes Visuais para que se
familiarizem com suas diversas formas de produção artística.Trata-se de envolver a
apreciação e a apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão
estética.
134
Ao trabalhar Arte o professor também valorizará
a cultura dos povos do
campo e afro-brasileira, com a finalidade de criação de uma identidade sociocultural,
levando o aluno a compreender e transformar o mundo.
A metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente histórica e
cultura dos povos indígenas, lei 10639/03-Historia e cultura-afro-brasileira e africana.
Lei 9795/99-Politica Nacional de Educação Ambiental ; Cidadania e Direitos
humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento a violência na escola, Prevenção e uso
indevido de drogas, assim, fortalecendo as ações de inclusão dos Desafios
Educacionais Contemporâneos nas Escolas.
135
4. AVALIAÇÃO
A avaliação em Arte é processual
e
diagnóstica por ser referência do
professor para o planejamento das aulas e da avaliação dos alunos; processual por
pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento deve ser
constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da turma sobre o
desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos alunos.
Os instrumentos a serem utilizados durante o ano letivo são de extrema
importância para a construção e reprodução de visão artística e do mundo, para a
formação de cidadãos efetivamente participativos e estimulados. Partindo deste
ponto é visível a necessidade de adequações didáticas ensino/aprendizagem que
alcancem a tais expectativas, criando condições que permitam interconexões com o
processo educacional.
Entre os instrumentos a serem utilizados citamos: Recursos humanos,
como o próprio professor e aluno através de uma interação dialogado na explicação
dos conteúdos. Recursos materiais: imagens não animadas ( fotografias,livro
didático, quadro, giz, cartões, figuras, posteres e obras literárias), imagens animadas
( filmes, trechos de filmes, reportagens,), Recursos físicos: laboratório de
informática.( computadores, TV Pen Drive, etc ).
O professor deverá , ainda, conduzir o processo de aprendizagem de
forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para
que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.
O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e
atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/
aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a
participação dos alunos.
A
avaliação
será
através
de:
provas
objetivas
e
subjetivas,
trabalhos,seminários, pesquisas, relatórios, debates, leituras e análises de gráficos
e tabelas, resumos, atividades modulares,
maquetes,produção de textos,
participação em aulas, etc.
Sendo assim todo o conhecimento acumulado pelo aluno deve ser
socializado entre colegas e, ao mesmo tempo, deve constituir referências para o
136
professor propor abordagens diferenciadas.
Estabelecidas as propostas e as dimensões do que
conteúdo
se avalia cada
, serão previamente estabelecidas uma proposta de recuperação ,ou
seja,os conteúdos não aprendido serão retomados quando não forem assimilados
pelos alunos durante o ano letivo , onde poderão ser através de seminários ,debates
ou através de atividades diversificadas com cada turma.
De acordo com o PPP, a avaliação tem a função permanente de
acompanhamento do processo pedagógico, avaliando portanto, o educando, o
educador, a escola e o sistema escolar. A recuperação de estudo é direito dos
alunos, dar-se-ia de forma permanente e concomitante ao processo ensino
aprendizagem.
Sendo assim, será organizado com atividades significativas, por meios
de procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre
cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. O peso da
recuperação de estudos deverá ser proporcional as avaliações como um todo, ou
seja, equivalerá da apreensão e retomada dos conteúdos.
137
5. REFERÊNCIAS
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica - ARTE. 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios
Educacionais Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba:
SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios
Educacionais Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola. Curitiba:
SEED, 2008.
138
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: CIÊNCIAS
NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORA: ANA ROSA DINIZ
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE CIÊNCIAS
KALORÉ
2012
139
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento
científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico,
entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o
Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente
os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e
vida.
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,
culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998).
A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos
construídos a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com
Kneller (1980) e Fourez (1995), modelos científicos são construções humanas que
permitem interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os
elementos fundamentais que compõem a Natureza. Muitas vezes esses modelos
são utilizados como paradigmas, leis e teorias.
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento
científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as
tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam (KNELLER,
1980). Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram,
significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e
compreendê-la, nos diversos momentos históricos.
O pensamento pré-científico representa a busca da superação das
explicações míticas, com base em sucessivas observações empíricas e descrições
técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos conhecimentos
científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII. Com o pensamento mítico,
o ser humano se preocupava com a divindade dos acontecimentos e não com as
causas desses fenômenos.
No pensamento atomista permaneceu a ideia da constituição da matéria, a
partir dos quatro elementos ( água, ar, terra e fogo). Aristóteles (século III a.C.), ao
140
propor um modelo geocêntrico para o universo pressupunha a existência de um
quinto elemento da Natureza, o éter, constituinte da lua, dos planetas e das estrelas
fixas . Estudos de Nicolau Copérnico (1473-1543),baseados em Aristarco de Samos
(século III a.C.), propunha-se o Sol como centro do Universo, regido por movimentos
circulares (modelo heliocêntrico).
O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado
pelo estado científico, em que um único método científico é constituído para
a
compreensão da Natureza.
Já o
período
estado do novo espírito científico configura-se, também, como um
fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a
necessidade de divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos
avanços científicos.
A sociedade brasileira passou por transformações significativas do início do
século XX aos anos de 1950, rumo à modernização. Dentre essas transformações,
destacam-se a expansão da lavoura cafeeira, instalações de redes telegráficas e
portuárias, ferrovias e melhoramentos urbanos assim como as alterações no
currículo de Ciências favorecendo reformas políticas no âmbito da escola.
A disciplina de Ciências iniciou sua consolidação no currículo das escolas
brasileiras com a Reforma Francisco Campos, em 1931, com objetivo de transmitir
conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências naturais de referência
já consolidadas no currículo escolar brasileiro.
Na década de 1950, a ciência e tecnologia, foram reconhecidas como
atividades
essenciais
no
desenvolvimento
econômico,
cultural
e
social
(KRASILCHIK, 2000). Ao final da década de 1980 , no Estado do Paraná, a
Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para o ensino de 1°
grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico- crítica. Este
documento resultou de reflexões e discussões realizadas no Estado do Paraná,
visando debater os conteúdos e as orientações de encaminhamento metodológico.
Esse programa analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania.
Em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e estadual, iniciouse no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo de produzir novas
Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o
ensino de Ciências com sua versão final editada em 2008.
141
Conhecer a história da ciência permite identificar que não existe um único
método científico, mas a configuração de métodos científicos que se modificaram
com o passar do tempo.
Desde os pensadores gregos até o momento histórico
marcado pelo positivismo, principalmente com Comte, no século XIX, observa-se
uma crescente valorização do método científico, porém, com posicionamentos
epistemológicos diferentes em cada momento histórico.
A apropriação do conhecimento científico pelo estudante no contexto escolar
implica a superação dos obstáculos conceituais. Para que isso ocorra, o
conhecimento anterior do estudante, construído nas interações e nas relações que
estabelece na vida cotidiana, num primeiro momento, deve ser valorizado.
A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento
de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui
significados. Isso põe o processo de construção de significados como elemento
central do processo de ensino-aprendizagem.
Dessa forma, o ensino de Ciências deixa de ser encarado como mera
transmissão de conceitos científicos, para ser compreendido como processo de
formação de conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções
alternativas dos estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica (LOPES,
1999). Espera- se uma superação do que o estudante já possui de conhecimentos
alternativos, rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições
de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar
uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da
aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.
142
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a
partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do
currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de
especialização do seu objeto de estudo e ensino (LOPES, 1999).
Nesta Proposta Pedagógica Curricular apresentam cinco conteúdos
estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração
conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:
•
Astronomia
•
Matéria
•
Sistemas Biológicos
•
Energia
•
Biodiversidade
ASTRONOMIA
A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é
uma das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos
celestes. Numa abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos
geocêntrico e heliocêntrico, bem como sobre os métodos e instrumentos científicos,
conceitos e modelos explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os
fenômenos celestes são de grande interesse dos estudantes porque por meio deles
buscam- se explicações alternativas para acontecimentos regulares da realidade,
como o movimento aparente do sol, as fases da lua, as estações do ano, as viagens
espaciais, entre outros.
MATÉRIA
No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos
específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos
tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa
percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento
não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição,
143
indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos
sistemas
do
organismo,
bem
como
suas
características
específicas
de
funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o
funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos,
como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração.
Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e
amplia- se a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os
seres vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações
que formam o conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.
ENERGIA
Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do
conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde
a Antiguidade.
Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo
fundamentado nas ideias do calórico, que representava as mudanças de
temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria do
calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a
lei da conservação da energia.
BIODIVERSIDADE
O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além
da mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número
de espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada
ao entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem.
Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o
entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes
níveis de complexidade, habita em diferentes ambientes, mantém suas interrelações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997).
144
2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos
6ºANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ASTRONOMIA
Universo
Sistema Solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLOGICOS
Níveis de organização celular
ENERGIA
Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos
Ecossistema
Evolução dos seres vivos
7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astros
Movimentos celestes
Movimentos terrestres
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLOGICOS
Célula
Morfologia e Fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
145
8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Origem e Evolução do Universo
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLOGICOS
Célula
Morfologia e Fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
BIODIVERSIDADE
Evolução dos seres vivos
9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA
MATÉRIA
SISTEMAS
BIOLOGICOS
ENERGIA
BIODIVERSIDADE
CONTEÚDOS
BÁSICOS
Astros
Gravitação Universal
Propriedades da matéria
Morfologia e Fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
Formas de energia
Conservação de energia
Interações ecológicas
146
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As práticas pedagógicas e metodológicas deverão ser direcionadas de maneira a promover à integração dos conceitos científicos, valorizando o pluralismo
metodológico, respeitando e minimizando as diferenças, possibilitando assim a democratização do saber.
Faz-se necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora.
É fundamental valorizar no ensino de Ciências, os elementos da prática
pedagógica como: a abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação
interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação,
a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico, entre outros.
Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber quais os objetivos e expectativas a serem atingidos; qual concepção de ciência se agrega às atividades propostas e dar significados as atividades desenvolvidas com os alunos, tais
como: aulas dialogadas,
leituras, pesquisas, debates , seminários, experimentos
em sala de aula, jogos didáticos, entre outras, tendo a clareza que estas atividades
devem ser problematizadoras, para que possa contribuir na formação de um sujeito
intelectualmente autônomo.
No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como : Slides,
DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, recortes de filmes, vídeos, imagens, aulas
práticas em laboratório
de Informática,
revista científica, figuras, revista
(geográficos, sistemas
Internet,
livro didático, texto de jornal,
em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa
biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso,
esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio,
lupa, jogo, telescópio, computador, retroprojetor, dentre outros. O professor deve
atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os estudantes
com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos ritmos
próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades.
Para enfatizar e valorizar os costumes de cada indivíduo, busca-se na
147
diversidade cultural coexistente , respaldo
ético para
tratar as diferenças e
minimizar as desigualdades, enfatizando a cultura Afro-Brasileira e a cultura do
campo, de onde advém grande parte dos alunos. Através de trabalho dirigidos, com
vistas a inclusão social, promover a emancipação do cidadão , com ações coletivas
em favor da construção do conhecimento.
Quanto a abordagem sobre história e cultura afro-brasileira e africana - Lei
n.10.639/03 e a história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei
n. 11.645/08, será desenvolvida por meio de análises que envolvam a constituição
genética da população brasileira, onde serão propostos trabalhos de pesquisa e investigação, com a intenção de resgate e valorização cultural.
A educação ambiental, em concordância com a Lei n. 9.795/99 que institui a
Política Nacional de Educação Ambiental, deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos. Esta
abordagem se dará de forma contextualizada em relação aos conteúdos estruturantes, de tal forma que os conteúdos específicos sobre as questões ambientais não
sejam trabalhados isoladamente.
Busca-se uma educação que seja crítica, cuja característica central é a
problematização dos conhecimentos. Problematizar implica discutir os conteúdos de
forma a gerar indagações e não de forma enciclopédica e mecânica. A Escola do
Campo hoje tem esse poder: levar o homem do campo a reconhecer-se agente ativo na transformação desta realidade, o que o levará a conviver melhor e com mais
prazer no meio rural. Os conteúdos, trabalhados de forma não-linear, proporcionam
ao aluno a possibilidade de desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar, estimar, justificar, argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimuladas no aluno a intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.
Atentar para a existência de inúmeros outros espaços de conhecimento,
além daquele tradicionalmente reservado para a escola, significa tomar consciência
dos estreitos limites em que trabalha a escola relativamente à complexidade da
sociedade pós-moderna.
Nesse sentido, a escola tem um importante
papel a desempenhar,
concentrando a sua atenção no processo de aprendizagem, isto é, na forma como
as pessoas aprendem, e em suas necessidades efetivas de aprendizagem. As
148
mudanças que vêm ocorrendo em todos os campos do saber e na sociedade em
geral, estão levando
a escola a repensar o currículo . Nesta perspectiva de
currículo, conhecimento e conteúdo, é fundamental trabalhar os desenvolvimentos
sociodeducaionais: Educação Ambiental, Prevenção ao uso indevido de drogas,
Relações Étnico-Raciais, Sexualidade e Violência na escola postos à escola hoje,
bem como
o ECA,
o Estatuto do Idoso, entre outros, através de pesquisas,
debates, filmes, textos , interpretação e análise de dados estatísticos, como forma
de repensar a
historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil
organizada, em especial
dos movimentos sociais.
Tanto os conhecimentos
universais como os desafios do cotidiano podem e devem ser discutidos como
expressões históricas, políticas e econômicas da realidade.
149
4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve
ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem.
Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de
novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos,
ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem
individual ou de todo grupo.
Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de
consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de
seu investimento na tarefa de aprender.
“Avaliação
escolar
é
parte
integrante
do
processo
de
ensino
e
aprendizagem, e não uma etapa isolada”. ( Libâneo 1994, p.200).
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio
de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica. Assim, a avaliação assume uma dimensão
formadora, uma vez que o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação
dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática
pedagógica.
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o
novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar e
desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar
as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer
emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002).
Para avaliar a cada momento, o professor utilizará a avaliação processual e
diagnóstica , através de instrumentos como: relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas, provas escritas, seminários, participação em debates e
outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem, uti -
150
lizando-se de critérios previamente estabelecidos no Plano de Trabalho Docente, de
acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica , para a disciplina de Ciências, considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos ,
as diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade
dos alunos.
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem
por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento.
A avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão
metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de
investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.
O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos estão sendo compreendidos pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a necessária retomada do ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se recursos e es tratégias para que ocorra a aprendizagem dos conceitos que envolvem:
•
origem e evolução do universo;
•
constituição e propriedades da matéria;
•
sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;
•
conservação e transformação de energia;
•
diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que
vivem, bem como os processos evolutivos envolvidos.
Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo
ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos
conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma
aprendizagem realmente significativa para sua vida.
Pensando na avaliação os meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno,
trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso
151
de procedimentos de testagem, mas sim de um conjunto de tarefas e observações
que o professor solicita aos alunos, gerando informações que possibilitam perceber
tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma
procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades
especiais.
A recuperação de estudos deve ser paralela aos conteúdos estudados, de
acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação.
152
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios
Educacionais Contemporâneo: Educação Ambiental. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do
Campo . Curitiba: SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações
Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba:
SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios
Educacionais Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas . Curitiba:
SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios
Educacionais Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola . Curitiba:
SEED, 2008.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica - CIÊNCIAS. 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
153
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORA: KÁTIA CILENE DOS SANTOS SANCHES
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
KALORÉ
2012
154
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
1.1 Dimensão Historia da Disciplina de Educação Física
A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil,
optou-se, nestas Diretrizes Curriculares, por retratar os movimentos que a
constituíram como componente curricular.
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas
corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa,
Sob a égide de conhecimentos médicos e da instrução física militar,a então
denominada ginástica surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação como
desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros, esse
modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando ao
aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza, a
agilidade e a resistência além de visar à formação do caráter, da auto disciplina, de
hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico.
O termo educação física escrito em letras minúsculas representa os
diferentes
conhecimentos
sistematizados
sobre
práticas
corporais
que
historicamente circunscrevem o cotidiano escolar, posteriormente, o termo será
escrito em letras maiúsculas, o que representa a disciplina curricular de Educação
Física, institucionalizada nas escolas brasileiras a partir do século IX.
No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de
Educação Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a
partir de 6 anos de idade e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto
publicado pelo então Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos, Propõe
também a criação do Conselho Superior de Educação Física com o objetivo de
centralizar,coordenar e fiscalizar as atividades referentes ao Desporto e à Educação
Física no país e também a elaboração do Método Nacional de Educação Física.
(LEANDRO, 2002).
Assim tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de
lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os
seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé:
corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa etc.
155
1.2 - História da Educação Física
De acordo com os filósofos
a
Educação física
não
é apenas algo
artificial é, um conjunto de atividade física não competitivo mais sim
com fim
relativo, e tem como objetivo regular a saúde humana.
Altrora as pessoas viam a educação física como algo apenas artificial onde
não estabelecia a possibilidade de uma modificação anatômica, onde adquiria
melhor qualidade de vida e saúde.
Especialização é de suma importância dentro do curso de educação física
porque a graduação é apenas um meio pelo qual podemos
descartando a possibilidade de um
profissional
adquiri. Não estamos
graduado mas sabemos que a
especialização é necessária, através da medicina que podemos analisar nossos
estados de saúde, ela pode avaliar os tipos de exercício ou esporte que podemos
pratica.
Sem estes conhecimentos muitas pessoas acabaram morrendo, sem ter
conhecimentos de sua saúde, René máheu diz que Educação Física
é cultura e um espetáculo esportivo, onde esta
contida os seus valores
como dança, teatro, música e jogo etc...Em outras palavras tal
cultura esta
contida no mundo artístico. dentro
o
desta nem todos
tem
mesmo
desenvolvimento porque cada endivido reagem de uma forma, podemos ver que a
cultura
física
ela
é
muito
abrangente
e
não
se
limita.
Quando falamos de jogo não falamos apenas de futebol porque o jogo não limita
nu âmbito, por isso contribui para relaciona
as pessoas entre as outras. Jogo
pode ser uma atividade voluntária ou competitiva.
Física no mundo esportivo é considerada uma grande atração
conquista todo
que
o publico contemporâneo. no esporte o jogo não são apenas
voluntário mais com o fim lucrativo e a uma grande competição.
1.3 - A Educação Física no Brasil
A história da Educação Física no Brasil é muito rica, principalmente por estar
intimamente ligada à política educacional adotada por cada governo, criando assim,
de acordo com o período político um tipo de educação física. Em seu processo de
introdução a Educação Física contou com a contribuição de vários setores
diferenciados da sociedade como os colonos, imigrantes, militares, isto em
diferentes momentos e partes do país, com o objetivo de proporcionar o lazer, a
156
formação corporal, e a disciplina, utilizando jogos, exercícios físicos, recreações e
competições. A intenção não é aqui transformar as informações obtidas através da
revisão de literatura feitas uma verdade absoluta sobre esta história. É importante
observar todo o contexto político, econômico e social que atua diretamente na
definição dos rumos da Educação Física, o objetivo aqui é, respeitando a opinião de
cada autor citado tentar compreender e interpretar os fatos.
157
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte
Jogos e Brincadeiras
Dança
Ginástica
Lutas
2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos
6º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esportes
Jogos e Brincadeira
CONTEUDOS BÁSICOS
Coletivos
Individuais
Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras e Cantigas de Roda
Jogos de Tabuleiro
Jogos Cooperativos
Dança
Danças Folclóricas
Danças de Rua
Danças Criativas
Ginástica
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
Lutas
Lutas de Aproximação
Capoeira
7º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esportes
Jogos e Brincadeira
Dança
CONTEUDOS BÁSICOS
Coletivos
Individuais
Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras e Cantigas de Roda
Jogos de Tabuleiro
Jogos Cooperativos
Danças Folclóricas
Danças de Rua
Danças Criativas
Danças Circulares
158
Ginástica
Lutas
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
Lutas de Aproximação
Capoeira
8º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esportes
Jogos e Brincadeira
CONTEUDOS BÁSICOS
Coletivos
Radicais
Jogos e Brincadeiras Populares
Jogos de Tabuleiro
Jogos de Dramático
Jogos Cooperativos
Dança
Danças Criativas
Danças Circulares
Ginástica
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
Lutas
Lutas
com
Capoeira
Instrumento
Mediador
9º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esportes
Jogos e Brincadeira
CONTEUDOS BÁSICOS
Coletivos
Radicais
Jogos de Tabuleiro
Jogos Dramáticos
Jogos Cooperativos
Dança
Danças Criativas
Danças Circulares
Ginástica
Ginástica Rítmica
Ginástica Geral
Lutas
Lutas com Instrumento Mediador
Capoeira
2.1 Elementos Articuladores dos Conteúdos Estruturantes para a Educação
Básica
Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido
tratados na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as práticas
159
corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos
elementos articuladores,tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos
paralelos, nem tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada.
Como articuladores dos conteúdos, podem transformar o ensino da Educação Física na escola, respondendo aos desafios anteriormente descritos.
Nestas Diretrizes, propõem-se os seguintes elementos articuladores:
• Cultura Corporal e Corpo;
• Cultura Corporal e Ludicidade;
• Cultura Corporal e Saúde;
• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
• Cultura Corporal e Desportivização;
• Cultura Corporal – Técnica e Tática;
• Cultura Corporal e Lazer;
• Cultura Corporal e Diversidade;
• Cultura Corporal e Mídia;
160
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado
nestas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes
propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação
Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos
capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal
consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar
e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a
comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o
senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física
e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas
metodologias, nas práticas e nas reflexões.
Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio
da Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na
desportivização das práticas corporais. No entanto, esse conhecimento é transmitido
e discutido com o aluno, levando-se em conta o momento político, histórico,
econômico e social em que os fatos estão inseridos.
Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo
“teórico”, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo
central a construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo
tempo, a expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos
propostos e a reflexão sobre o movimento corporal.
Ao trabalhar com o conteúdo estruturante, pode inserir questões envolvendo
as diversas dimensões sociais em jogos que requeiram maior capacidade de
abstração por parte do aluno.
Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação
Física na Educação Básica, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o
aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira
leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização
do aluno para a construção do conhecimento escoalr.
161
Apresentação dos conteúdos sistematizados, para que tenham condições de
assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo, assim, as atividades relativas à
apreensão do conhecimento através da prática corporal.
É possível efetivar um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de
ensino/aprendizagem, transformando-se intelectual e qualitativamente em relação à
prática realizada.
Com conteúdo específico, a capoeira pode também vir a ser excludente,
caso não sejam respeitadas as limitações e possibilidades corporais, sociais e
culturais de cada aluno. O objetivo é que os alunos compreendam com a capoeira,
que outrora foi uma manifestação cultural e de libertação com a singularidade de
cada participante, além da possibilidade de vivenciar a capoeira, sem preocupação
com a técnica como parâmetro único e exclusivo.
Deve se reconstruir, com os educandos, os movimentos da capoeira, com a
representação da presa e do predador, sob o enfoque do respeito pelas
possibilidades físicas de cada um, o que significa que qualquer aluno pode praticar
capoeira, sem necessidade de conhecimento prévio, ou de ter participado de algum
grupo.
O papel da educação Física é desmitificar formas arraigadas e não refletidas
em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente
produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o
conhecimento sistematizado, como oportunidade para para reelaborar ideias e
atividades que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos
pela humanidade e suas implicações para a vida.
É preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências
objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva,
sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.
Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e
oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos
indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento
Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa
Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas
e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-
162
descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade
Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros
estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim
de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos.
No desenvolvimento das atividades durante as aulas de Educação Física,
serão utilizados recursos como : Slides,
DVDs, CDs, TV Pendrive, recortes de
filmes, vídeos, imagens, internet, músicas, bolas, cones, cordas, elásticos, bambolê,
rede, dentre outros.
O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem,
orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo
que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias
habilidades.
163
4. AVALIAÇÃO
A avaliação caracteriza-se, nesta proposta, como elemento integrador entre
aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de construção de
conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de atuações que tenha
função de diagnosticar, de perceber o domínio dos conteúdos, de superar as
dificuldades através da realimentação dos conteúdos e de apreciar criticamente o
próprio trabalho. Para o aluno é um instrumento de tomada de consciência das suas
conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na
tarefa de aprender.
Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os
alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à necessidade de
sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes instrumentos poderão
estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como forma sistemática de
valorização e reflexão, representando a forma concreta de apropriação por parte dos
alunos, do conhecimento socialmente construído, revelando quando utilizados que
intenções e aspectos deste conhecimento estão sendo valorizados.
Ao selecionar os instrumentos de avaliação que serão empregados poderão
ser levantados, além dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e
subjetivos relacionados aos resultados, suas relações com diferentes contextos de
aplicação e o significado que esses trarão para a construção do conhecimento
pessoal do aluno e para a coletividade à qual pertence.
Inicialmente far-se-á a Avaliação Diagnóstica para detectar o grau de
conhecimento e de dificuldades do educando.
A avaliação deve se materializar em cada aula, (Observação Constante Do
Aluno Feita Pelo Professor) considerando sua aplicação e conseqüência
pedagógica, política e social, referenciada nos interesses individuais e coletivos,
ampliando as possibilidades corporais. Essas possibilidades envolvem aspectos
de conhecimento, habilidades, desempenho no conteúdo vivenciado, atitudes
e condutas sociais, considerados dentro da concepção da totalidade humana, isto
é, da concepção de que o aluno é um ser uno e único e de que ambos, professor e
aluno assumirão responsabilidades na perspectiva de uma avaliação participativa.
164
A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa
conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.
De acordo com o regime escolar do Colégio Estadual Alvorada da Infância
sendo que o processo somativa e acumulativa será composto pela somatória das
notas
6,0 (seis vírgula zero) referentes ás atividades diversificadas realizadas
(tarefas, trabalhos, seminários, aula pratica, desempenho do aluno no conteúdo
proposto,
participação
nas
aulas teóricas, mais 4,0 (quatro vírgula zero),
resultados de avaliações como provas escritas, testes e pesquisas, totalizando
média final 10,0 ( dez virgula zero).
A recuperação dos estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples,
os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação
do
aluno, então é preciso investir em todas as estratégia e recursos possível para que
ele aprenda.
A recuperação e justamente isso, o esforço de retomar de volta os
conteúdos, de modificar os encaminhamentos metodológicos para assegurar a
possibilidade de aprendizagem, neste sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdos
Assim, a avaliação do professor ensino-aprendizado, entendida como
questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada
pela
perspectiva de investigar para intervir.
A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza
dos critérios de avaliação, elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a
diversidade de instrumento e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes varias
oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento.
Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o
desenvolvimento dos processos cognitivos.
Por fim, destaca – se, que a concepção de avaliação que permeia o currículo
não pode ser uma escola solitária do professor,a discussão sobre a avaliação deve
envolver o coletivo da escola, para que todos, direção, equipe pedagógica, pais e
alunos), assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante
para formação dos alunos.
A avaliação, conforme estabelecido, no projeto político pedagógico da
escola, subsidia o professor com elemento para uma reflexão continua para a sua
165
prática, ele deve ser contínuo
cumulativo e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do educador e considerar as características individuais
deste, no conjunto dos componentes curriculares cursados, com prepondência dos
aspectos qualitativos.
A recuperação dos estudos, direitos dos alunos, dar - se á de forma
permanente e constantemente ao processo de ensino aprendizagem.
Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, utilizando formas de
expressão que favoreçam a integração grupal, adotando atitudes de respeito mútuo,
dignidade e solidariedade.
Organiza e pratica atividades de cultura corporal, de movimento,
demonstrando capacidade de adaptá-las favorecendo a inclusão de todos;
Reconhece algumas das diferentes manifestações da cultura corporal de
movimento.
Percebe os limites e possibilidades do próprio corpo de forma a, poder
controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e, a
valorizá-las como recurso para melhoria de sua aptidão física.
166
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica: EDUCAÇÃO FÍSICA. Curitiba: SEED, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
167
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO
NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORA: MARLI DE FÁTIMA BURANELLO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
KALORÉ
2012
168
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Este
breve
histórico
legal
da
disciplina,
pretende
apresentar,
comparativamente, a extensão pedagógico da atual proposta de Ensino Cultural e
Religioso no Estado do Paraná .
A primeira forma de inclusão dos temas religiosos na educação brasileira, que
se perpetuou até a Constituição da República em 1891, pode ser identificada nas
atividades de evangelização promovidas pela Companhia de Jesus e outras
instituições religiosas de confissão católica.
Com o advento da República, contudo, e do ideal positivista de separação
entre Estado e Igreja, todas as
instituições e assuntos de ordem pública e
consequentemente a educação do povo foram incumbidos da tarefa de se
reestruturar de acordo com o critério de laicidade interpretada no sentido de
neutralidade religiosa .
Em 1934, o Estado Novo procurou pôr fim a esta querela com a introdução da
disciplina de Ensino Religioso nos currículos da educação pública, salvaguardando o
direito individual de liberdade de credo. Apresentou, em forma de lei, uma proposta
de ensino da temática religiosa que, por um lado, garantisse a existência de uma
disciplina desse teor na educação pública e que, por outro lado, mantivesse um
caráter facultativo para os estudantes não católicos.
Quando o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprido do inciso IV
do artigo 168 da Constituição de 1967: o ensino religioso, de matrícula facultativa,
constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e
médio. Foi aberta, então, a possibilidade de reelaboração da disciplina em função de
uma perspectiva aconfessional de ensino.
A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se
concretizou legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional de 1996 e sua respectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475.
Para viabilizar a proposta de Ensino Religioso no Paraná, a Associação
Interconfessional de Curitiba ( Assintec ), formada por um grupo de caráter
ecumênico, preocupou-se com a elaboração de material pedagógico e cursos de
formação continuada.
169
Em 1976, pela Resolução n. 754/76, foram autorizados cursos de atualização
religiosa em catorze municípios do Estado, com o apoio da Associação das Escolas
Católicas .
No ano de 1987 teve início o curso de Especialização em Pedagogia
Religiosa, com carga horária de 360 h/a, numa parceria da SEED, Assintec e
PUC/PR, voltado à formação de professores interessados em ministrar aulas de
Ensino Religioso. Na década de 1980, no processo de redemocratização do país,
as tradições religiosas asseguram o direito à liberdade de culto e de expressão
religiosa.
Nessa conjuntura, o Estado do Paraná elaborou o Currículo Básico para a
Escola Pública do Paraná, em 1990. Na primeira edição do documento, o Ensino
Religioso não foi apresentado como as demais disciplinas. Dois anos depois, foi
publicado um caderno para o Ensino Religioso,conforme os moldes do Currículo
Básico. Sua elaboração, no entanto, ficou sob a responsabilidade da Assintec, com
a colaboração da SEED.
No período entre 1995 e 2002, houve um enfraquecimento da disciplina de
Ensino Religioso na Rede Pública Estadual do Paraná. Na reorganização das
matrizes curriculares do Ensino Fundamental, realizada nesse período, o Ensino
Religioso foi praticamente extinto, mesmo diante da exigência legal de sua oferta
pela LDBEN 9.394/6.
No final de 2005, a SEED encaminhou os questionamentos oriundos desse
processo de discussão com os Núcleos Regionais de Educação e com os
professores ao Conselho de Educação. Em 10 de fevereiro de 2006, o mesmo
Conselho aprovou a Deliberação n. 01/06, que instituiu novas normas para o Ensino
Religioso no Sistema Estadual de Ensino no Paraná.
Nessa perspectiva, a SEED sustentou um longo processo de discussão que
resultou, em fevereiro de 2006, na primeira versão das Diretrizes Curriculares de
Ensino Religioso para Educação Básica.
O resultado final, mas não conclusivo, deste processo é a proposta de
implementação de um Ensino Religioso laico e de forte caráter escolar.
A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo o Sagrado, e diz
respeito à diversidade cultural e religiosa; as diferentes leituras do Sagrado na
sociedade, em que haja a compreensão sobre a sua religiosidade e a do outro, na
170
diversidade universal do conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o
sagrado que enfoca: paisagem religiosa; universo simbólico; textos sagrados, os
quais serão trabalhados através dos seguintes objetivos:
Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões
religiosas construídas na cultura do povo sobre o fenômeno religioso.
Promover aos educandos a oportunidade de escolarização fundamental, para
se tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada
cultura, de modo a colaborar com a formação da pessoa.
Valorizar a diversidade religiosa em todas as suas formas, levando em
consideração a composição variada de grupos na sociedade brasileira, permitindo
desta forma aos educandos, a reflexão e entendimento sobre a constituição cultural
dos grupos sociais e seu relacionamento com o sagrado.
Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito
constitucional de liberdade de crença e expressão.
171
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Paisagem Religiosa
Uma paisagem religiosa define-se pela combinação de elementos culturais e
naturais que remetem a experiência com o sagrado e a uma série de representações
sobre o transcendente e o imanente, presentes nas diversas tradições culturais e
religiosas.
A paisagem religiosa pode ser constituída, predominantemente, por
elementos naturais ou por elementos arquitetônicos e está, essencialmente,
carregada de um valor sagrado.
Universo Simbólico Religioso
Universo Simbólico Religioso pode ser visto como o conjunto de linguagem
que expressa sentidos, comunica e exerce papel relevante para a vida imaginativa e
para a constituição das diferentes religiões no mundo.
Textos Sagrados
Os textos sagrados expressam ideias e são o meio de dar viabilidades à
disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e
manifestações religiosas, o que ocorre de diversas maneiras.
2.1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
SÉRIE
CONTEÚDOS
BÁSICOS
Organizações Religiosas
Lugares Sagrados
5ª Série/6º Ano
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico
Religioso
Textos Sagrados
Textos Sagrados orais ou
escritos
Símbolos Religiosos
6ª Série/7º Ano
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
172
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A disciplina de Ensino Religioso pressupõe um constante repensar das ações
que subsidiarão esse trabalho, onde poderão fomentar o respeito às diversas
manifestações religiosas. Partindo da experiência religiosa do aluno e de seus
conhecimentos prévios, o conteúdo será trabalhado a fim de ampliar e valorizar o
universo cultural dos educandos.
Tendo como base o estudo do sagrado, os conteúdos devem ser tratados
interdisciplinarmente, pois isso é fundamental para efetivar a contextualização do
conteúdo, pois articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares
e, ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino
Religioso. Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito se faz
necessário abordar cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não
religioso, de uma forma clara, objetiva e critica.
Oportunizar reflexão e análise através de conteúdos, destacando-se os
aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade sociocultural.
As aulas serão dialogadas, estabelecendo relações entre o que ocorre na
sociedade. Assim, o professor estabelecerá uma relação pedagógica frente ao
universo das manifestações religiosas, tomando-as como construções históricosociais e patrimônio cultural da humanidade.
Ao considerar a diversidade de referenciais teóricos para suas aulas, torna-se
recomendável que o professor dê prioridade às produções de pesquisadores da
respectiva manifestação do Sagrado em estudo para evitar fontes de informação
comprometidas com interesses de uma ou outra tradição religiosa. Tal cuidado é
importante porque, como estratégia de valorização da própria doutrina ou como meio
de atrair novos adeptos, há produções de cunho confessional que buscam legitimar
seus pressupostos e, por essa razão, desqualificam outras manifestações.
É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do
educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão
aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade
sociocultural.
Portanto, para a efetivação do processo pedagógico na disciplina de Ensino
173
Religioso, propõe que seja destacado o conhecimento das bases teóricas que
compõem o universo das diferentes culturas, nas quais se firmam o Sagrado e suas
expressões coletivas.
Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e
oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos
indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento
Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa
Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas
e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade
Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros
estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim
de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos.
174
4. AVALIAÇÃO
A disciplina de Ensino Religioso não possui atribuição de nota, assim, não se
constitui como o objeto de reprovação, pois a disciplina é facultativa para o aluno.
Porém, faz necessário a prática de avaliações que permitam ao professor
acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno, identificando
em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para compreensão das
manifestações do sagrado pelos alunos.
A disciplina de Ensino Religioso pode avaliar, pela observação sistemática,
durante as atividades:
em que medida, o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe
que possuem opções religiosas diferentes da sua;
aceita as diferenças, reconhecendo o fenômeno religioso como um dado da cultura e
da identidade de cada grupo social;
emprega conceitos adequados ao referir-se às diferentes manifestações do
Sagrado.
Através desta avaliação, o professor terá elementos para planejar as
intervenções no processo de ensino-aprendizagem, retomando lacunas identificadas
e dimensionando os níveis de aprofundamento, que deverão ser adotadas, como
também reorganizar seu trabalho pedagógico, a partir do objeto de estudo e os
conteúdos estruturantes.
Os avanços dos alunos, a apropriação dos conteúdos será registrada de
forma diferenciada das outras disciplinas, com parecer registrado pelo professor
após cada conteúdo trabalhado, permitindo dessa forma que os pais ou
responsáveis, a escola e o próprio aluno, possa acompanhar essa evolução.
175
5. REFERÊNCIAS
BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
1997.
CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.
COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso In:
JUQUEIRA, Sérgio: WAGNER, Raul (Orgs). O Ensino Religioso no Brasil.
Curitiba: Chanpagnat, 2004.
DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo:
Paulinas, 1989.
ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo:
Martins Fontes, 1992.
_______. Tratado de história das religiões. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica: Ensino Religioso. Curitiba: Seed, 2008
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO
ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
KALORÉ/JUSSIARA -PR
REGIMENTO INTERNO. COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA
INFÂNCIA- ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. KALORÉ- PARANÁ.
176
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: BIOLOGIA
NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROFESSORA: ANA MÁRCIA LABEGALINI STENCEL
MARLÍ DE FÁTIMA BURANELLO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE GEOGRAFIA
KALORÉ
2012
177
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia, antes de ser uma ciência, surgiu como necessidade humana, a
partir da observação da natureza. Necessidade esta mesclada de valores, que
muitas vezes deixou de ser uma questão de sobrevivência, tornando-se fruto das
mentalidades humanas na busca por novos espaços, riquezas e glórias.
Construída no decorrer da evolução da humanidade, aprimora-se conforme os
desejos que impulsionavam os seres humanos e os assuntos que mais tarde
constituiriam
parte
do
conhecimento
disciplinar
da
Geografia
tornaram-se
preocupação dos Estados, sociedades e pensadores, interessados por diferentes
razões, em conhecer o espaço geográfico. Temas como comércio, formas de poder,
organização do Estado, produtividade natural do solo, recursos minerais,
crescimento populacional, formas de representação de territórios e extensões de
territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais.
Porém, somente em fins do século XVII, esses temas começaram a passar
pelo “olhar objetivador da ciência”.
Mesmo sendo um saber tão antigo quanto à própria história dos homens, o
atual discurso da Geografia é produto final dos embates que dominam as relações
entre os imperialismos alemão e francês ao longo do século XIX, havendo uma luta
entre concepções divergentes a respeito da forma como se dá a relação entre o
homem e o meio.
A Geografia nasce colada, de um lado, às lutas democráticas que se
desenrolam nas cidades gregas e atravessam praticamente toda a sua história. A
Geografia que irá desenvolver será a que veremos servindo ao Estado, concebida
com relatos e mapas.
A relação feudalista/capitalista surge como questão do espaço, temas como o
domínio e a organização do espaço, a apropriação do território, a variação regional,
entre outros, estarão na ordem do dia na prática da sociedade alemã e as primeiras
colocações no sentido de uma Geografia sistematizada foram de Humboldt e Ritter,
que criam uma linha de continuidade no pensamento geográfico.
Dos romanos à “idade da ciência” (século XVIII-XIX) a Geografia terá sua
imagem alinhada como um inventário sistemático de terras e povos. A história da
178
Geografia é um salto fantástico no tempo e no espaço. Só a partir século XVIII é que
se desenvolvem as “escolas”.
Portanto, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido
como espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto
pela interrelação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e
sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS,
1996).
Para compreensão do espaço geográfico essa ciência/disciplina possui um
quadro conceitual de referência: paisagem, região, lugar, território, natureza e
sociedade.
Assim, promove uma análise espacial sob a abordagem natural, histórica,
econômica, cultural e política, levando em consideração as diferentes formas de
organização do espaço nas escalas local, regional, nacional e mundial.
A Geografia contribui para a formação de uma consciência espacial para a
prática da cidadania. Consciência espacial como sinônimo de perceber o espaço
como um elemento importante de nossa organização social, presente no nosso
cotidiano. Cidadania entendida aqui como uma pessoa que, sabendo de seu mundo,
procura influenciá-lo, organizando-se coletivamente na busca, não só dos seus
direitos, mas também lutando por uma organização de uma sociedade mais justa e
democrática.
179
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
2.1 CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Formação e transformação das paisagens naturais
e culturais.
Dimensão
econômica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço
geográfico
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção.
A formação, localização, exploração e utilização
dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades produtivas e
a (re)organização do espaço geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade
capitalista.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
A mobilidade populacional e as manifestações
socioespaciais da diversidade cultural.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
A formação, mobilidade das fronteiras
reconfiguração do território brasileiro.
Dimensão
econômica do espaço
geográfico
e
a
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
Dimensão política do espaço
geográfico
As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
180
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica
dos espaços urbanos e a urbanização.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a
(re)organização do espaço geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e
das informações.
8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios do continente
americano.
Dimensão
econômica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço
geográfico
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
A
nova
ordem
mundial,
os
supranacionais e o papel do Estado.
territórios
O comércio em suas implicações socioespaciais.
A circulação da mão-de-obra, do capital, das
mercadorias e das informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas,
(re)organização do espaço geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
Formação, localização, exploração e utilização dos
recursos naturais.
181
9° ANO
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESTRUTURANTES
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A
nova
ordem
mundial,
os
supranacionais e o papel do Estado.
Dimensão
econômica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço
geográfico
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
territórios
A revolução tecnico-informacional e os novos
arranjos no espaço da produção.
O
comércio
socioespaciais.
mundial
e
A formação, mobilidade das
reconfiguração dos territórios.
as
implicações
fronteiras
e
a
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
Os movimentos mundiais e suas motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a
transformação da paisagem e a (re)organização do
espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção.
O espaço em rede: produção, transporte e
comunicações na atual configuração territorial.
2.1 CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a
(re)organização do espaço geográfico.
Dimensão
econômica do espaço
geográfico
A formação, localização, exploração e utilização dos
recursos naturais.
Dimensão política do espaço
A revolução técnico-científica-informacional e os
182
geográfico
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico
novos arranjos no espaço da produção.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte
comunicação na atual configuração territorial.
e
A circulação de mão-de-obra, do capital, das
mercadorias e das informações.
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
Formação, mobilidade das
reconfiguração dos territórios.
fronteiras
e
a
A relação entre o campo e a cidade na sociedade
capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica
dos espaços urbanos e a urbanização recente.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de
mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais
e o papel do Estado.
183
3. MEDOTOLOGIA DA DISCIPLINA
Pimenta (2005) aponta a necessidade “de que para saber ensinar não basta a
experiência e os conhecimentos específicos, mas se fazem necessários os saberes
pedagógicos e didáticos” (2005, p. 24). Nesta afirmativa se torna explícito o quanto a
metodologia está relacionada com a prática e a didática, que podem levar ou não o
aluno a aprendizagem, lhe apontando através deste conjunto, e da práxis, as
melhores formas de aprender e utilizar o aprendido na vida cotidiana “[...] Os
saberes da experiência são também aqueles que os professores produzem no seu
cotidiano docente, num processo permanente de reflexão sobre sua prática,
mediatizada pela de outrem. ,[...]” (PIMENTA, 2005, p. 20)
A Geografia, na sua perspectiva metodológica, deve assumir uma postura de
mudança, de repensar velhas formas de ver o mundo, de buscar novos sentidos
para existência humana, de resgatar a vida em todas as suas dimensões e de se
assumir como parte integrante desta sociedade e responsável pelo seu futuro.
Cabendo, assim à Geografia a função de preparar o aluno para uma leitura
crítica da produção social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que
imprimem uma certa passividade aos indivíduos. A escola é o espaço para que a
criança tenha acesso aos conhecimentos produzidos pelo conjunto da humanidade
de forma sistematizada. É tarefa do professor ensinar o aluno a estabelecer uma
relação consciente do conhecimento científico, a partir da prática social, para que
seja um agente de transformação social.
Cabe ao professor ter uma postura investigativa de pesquisa, recusando uma
visão receptiva e reprodutivista de mundo - não somente de sua parte, mas em
conjunto com os alunos - tendo em vista sua função enquanto agente transformador
do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.
É necessário um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos
específicos da Geografia, com os quais ele possa ler e interpretar o espaço, sem
deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes
formas de abordagem.
Esse contexto exige que o professor empreenda uma educação que
contemple a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do
mundo atual em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições,
184
informações e capitais é uma realidade. Considera-se que o campo das teorias
críticas possibilita o ensino de Geografia, com base na análise e na crítica das
relações socioespaciais, nas diversas escalas geográficas, do local ao global,
retornando ao local. Portanto, a realidade local e paranaense deve ser consideradas,
sempre que possível, isto é, a inclusão do estudo da geografia do município e do
Paraná, tanto no ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.
Quanto ao Ensino Médio, o estudo geográfico será desenvolvido de maneira a
levar
o
aluno
a
compreender
sua
posição
no
conjunto
das
relações
natureza/sociedade; ao entendimento da articulação existente entre o espaço local e
o mundial; permitir aquisição de conhecimentos necessários a um comprometimento
com o destino das gerações futuras, compreender os avanços tecnológicos
indispensáveis no desenvolvimento social, cultural e científico da humanidade;
despertar o sentimento de cidadania e sua conquista, além do comprometimento nas
relações entre sociedade/natureza.
A abordagem adotada tem como finalidade o desenvolvimento de um estudo
onde as partes componentes, natureza e sociedade, estejam interligadas
proporcionando condições para investigação e entendimento. É importante a
conscientização do aluno de que a natureza é transformada em produto, através do
trabalho humano e que seu relacionamento com ela é que assegurará sua própria
existência.
Espera-se que com a apropriação dos conteúdos propostos, que o aluno
possa ter domínio dos conceitos básicos da Geografia e que possa contribuir para o
desenvolvimento da capacidade de observação e de análise crítica do mundo em
que vive. Que possa partir da realidade próxima para terem sustentabilidade para
exploração da totalidade – natureza e sociedade.
O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do
conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato
docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a
avaliação (CAVALCANTI, 1998). No ensino de Geografia, tal abordagem deve
considerar o conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao
conhecimento científico no sentido de superar o senso comum.
Como recursos pedagógicos/tecnológicos, serão usados livro didático, livros
paradidáticos, texto de jornal, revista científica, TV Pendrive, computador,
185
retroprojetor, DVD, etc. Além de aulas de campo, destaca-se o uso da linguagem
cartográfica (signos, escala e orientação), visitas, excursões e outras atividades
extra classe, exposição oral, leitura de gráficos e mapas, uso de trechos de vídeos,
músicas (paródias) poesias, análise de imagens, maquetes, etc.
É importante destacar a obrigatoriedade de se contemplar a História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana, conforme Lei 10.639/03 e da História e Cultura dos Povos
Indígenas, conforme Lei 11.645/08 e a Lei 9795/99 - Política Nacional de Educação
Ambiental;
Também serão tratados temas relacionados aos Desafios Educacionais
Contemporâneos: Cidadania e Direitos Humanos; Educação Fiscal; Enfrentamento à
Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de Drogas; Educação Ambiental (já
citada-Lei); Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.
A Educação do Campo pensa o campo e sua gente, seu modo de vida de
organização do trabalho e do espaço geográfico, de sua organização política e de
suas identidades culturais, suas festas e seus conflitos.
Esta visão do campo como um espaço que tem suas particularidades e que é
ao mesmo tempo um campo de possibilidades da relação dos seres humanos com a
produção das condições de existência social conferem à Educação do Campo o
papel de fomentar reflexões que acumulem força e espaço no sentido de contribuir
na desconstrução hierárquica que há entre campo e cidade.
A Educação do Campo procura romper com a alienação do território,
construindo conhecimentos a partir da relação local – global – local.
186
3. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em 1996,
determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados obtidos pelos
estudantes ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados que a nota da prova
final.
“Essa nova forma de avaliar põe em questão não apenas um projeto
educacional, mas uma mudança social”, afirma Sandra Maria Zákia Lian Souza, da
faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. “A mudança não é apenas
técnica, mas política”. Tudo porque a avaliação formativa serve a um projeto de
sociedade pautado pela cooperação e pela inclusão, em lugar da competição e da
exclusão. Uma sociedade em que todos tenham o direito de aprender.
Para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial conhecer cada aluno
e suas necessidades. Assim o professor poderá pensar em caminhos para que
todos alcancem os objetivos. O importante, diz Janssen Felipe da Silva, pesquisador
da Universidade Federal de Pernambuco, não é identificar problemas de
aprendizagem, mas necessidades.
Portanto, existe a “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência
paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem
disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos”.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). De acordo com o
Regimento Escolar e o projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de
Ensino, a avaliação se dará mediante a análise processual do desempenho do
aluno, durante as atividades propostas no valor de 6,0 (seis vírgula zero), somandose as atividades de sala e extraclasse, participação em debates, análises escritas e
orais, etc., e nota 4,0 (quatro vírgula zero), na avaliação bimestral, em forma de
prova, em atividades diversificadas, tais como:
Sendo assim, a avaliação deverá ser contínua, permanente e cumulativa,
definindo os propósitos e a dimensão do que se avalia, que contemple diferentes
práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e produção de textos
187
geográficos; leitura e interpretação de fotos, paisagens e principalmente diferentes
tipos de mapas; pesquisas bibliográficas, aulas de campo entre outros, em que uma
das finalidades seja a apresentação de seminários; leitura e interpretação de
diferentes tabelas e gráficos; relatório de experiências práticas de aulas de campo
ou laboratório; construção de maquetes; produção de mapas mentais, entre outros.
A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que
saibam como eles serão avaliados em cada atividade proposta. A avaliação deve ser
um processo não-linear de construções e reconstruções, assentado na interação e
na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo - professor e aluno.
Os critérios de recuperação de estudos deverão ser paralela e concomitante,
contemplar também o que preceitua o projeto político pedagógico e o regimento
escolar de cada estabelecimento de ensino. Para cada conteúdo precisa-se ter claro
o que se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar.
Deliberação 007/99: Art. 10 – O aluno cujo aproveitamento escolar for
insuficiente poderá obter a aprovação mediante recuperação de estudos,
proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento.
Art. 11 – A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,
dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.
O Regimento Escolar deste estabelecimento cita que “A Recuperação de
estudos é direito dos alunos, independente do nível de apropriação dos
conhecimentos básicos”. Será feita mediante retomada dos conteúdos, conforme a
necessidade.
188
5. REFERÊNCIAS
BRASIL, Lei n. 9394 de 20/12/1996. Estabelece Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Dezembro de 1996.
CAVALCANTI, L. de S. Geografia, escola e construção de conhecimento.
Campinas: Papirus, 1998.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica: Biologia. Curitiba: SEED, 2008.
PELLEGRINI, Denis. Avaliar para ensinar melhor. Revista Nova Escola.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
189
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: HISTÓRIA
NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORA: MARLI DE FÁTIMA BURANELLO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE HISTÓRIA
KALORÉ
2012
190
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de História contribui fundamentalmente para a edificação da
capacidade de pensar historicamente, no que diz respeito à percepção da
historicidade de todas as coisas desde a concepção de História como obra humana,
até a capacidade de avaliar corretamente as determinações, possibilidades do
momento histórico vivido.
É através da História, que ocorre a promoção da auto-estima dos educandos,
independentemente da sua pertença aos diferentes referenciais identitários
(identidades étnicas, identidade políticos territoriais, como imigrantes de nações já
constituídas, de gênero, religiosas, etc.), considerando e valorizando essas origens,
sem idealizar, entretanto, o passado e nem pretender uma postura conservadora
que simplesmente reproduza as identidades estabelecidas, desconsiderando seu
diálogo com o presente e com o futuro.
O Ensino de História auxilia na construção do conhecimento e no respeito ao
outro, com o qual se convive pessoalmente e com o qual se convive enquanto
coletividade (outras regiões, culturas e nações), trata-se do respeito à diversidade e
estímulo ao diálogo e às nações colaboradoras.
Cabe à História, a construção da consciência histórica do homem, sujeito de
uma sociedade marcada por diferentes e desigualdades múltiplas, em constante
reconstrução, passível, portanto, de questionamentos, dúvidas e contestações.
191
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para a seleção dos conteúdos a serem trabalhados no Ensino Fundamental,
deve-se levar em conta que os conceitos utilizados na disciplina de História são
historicamente construídos, tendo pôr sua vez, uma forte relação com o processo de
surgimento e constituição das diversas formações sociais. Estes conceitos são
instrumentos que permitem ao professor e ao aluno refletir sobre a prática,
construindo assim, a percepção da formação da consciência histórica nesses
sujeitos.
Os conteúdos estruturantes da História foram definidos como:
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Os mesmos deverão ser trabalhados dentro de uma perspectiva temática
(historiografia temática), que permitirá a abordagem da história em diferentes épocas
e espaços físicos, mas com relações reflexivas semelhantes no processo do
conhecimento histórico.
2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos
SÉRIE
6º Ano
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
Relações de Trabalho
A experiência humana no tempo
Relações de Poder
Os sujeitos e suas relações com
o outro no tempo
Relações Culturais
As culturas locais a cultura
comum
As relações de propriedade
Relações de Trabalho
7º Ano
A constituição histórica do mundo
do campo e do mundo da cidade.
Relações de Poder
Relações Culturais
As relações entre o campo e a
cidade
Conflitos e resistências e
192
produção cultural campo/cidade
História das relações da
humanidade com o trabalho
8º Ano
Relações de Trabalho
O trabalho e a vida em sociedade
Relações de Poder
Relações Culturais
O trabalho e as contradições da
modernidade
Os trabalhadores e as conquistas
de direito
Relações de Trabalho
9º Ano
A constituição das instituições
sociais
Relações de Poder
A formação do Estado
Relações Culturais
Sujeitos, Guerras e revoluções
193
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Sendo necessária a implantação das Diretrizes Curriculares em sala de aula,
torna-se importante que o processo de construção do conhecimento histórico, e da
consciência histórica, ou seja, como são produzidos, relativos às ações e relações
humanas, praticada no tempo e o sentido que foram dadas a elas de forma
consciente ou não. Para estudá-las o historiador adota um método de pesquisa que
passa a problematizar o passado, e buscar por meios de documentos, e perguntas,
respostas às suas indagações. A partir disso, o pesquisador produz uma narrativa
histórica cujo desafio é contemplar a diversidade das influências políticas, sociais,
econômicas e culturais, possibilitando que os alunos valorizem e contribuem para a
preservação de documentos, lugares de memória, como museus, bibliotecas,
acervos privados e públicos, de fotografias, documentos escritos, em audiovisuais,
entre outros, através do manuseio cuidadoso de documentos que podem constituir
fontes de pesquisas ou pelo conhecimento do trabalho dos pesquisadores.
O conhecimento histórico e sua apropriação pelos alunos são processuais, e,
desse modo, é necessário que o conceito seja constantemente retomado.
Na adoção de um encaminhamento metodológico, o professor terá que ir
além do livro didático, já que as explicações nele apresentadas são limitadas, por
isso a necessidade da busca de outros referenciais que complementem o conteúdo
tratado em sala de aula, exigindo que o professor esteja atento a rica produção
historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas especializadas e outras
voltadas ao público em geral, muitas das quais disponíveis também nos meios
eletrônicos.
O Ensino de História deve contemplar a legislação vigente/ Desenvolvimento
Socioeducacional, referente a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos
Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei nº
9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos,
Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos
e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de jornais,
pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola.
194
O uso da biblioteca também é fundamental, cabendo ao professor orientar os
alunos no conhecimento do acervo específico, as obras que podem ser consultadas,
incluindo os bons hábitos de manuseio e conservação das obras.
É tarefa de o professor investigar nos alunos, suas capacidades de questionar
e criticar conteúdos e as abordagens existentes no contexto consultado, de modo
que constituam gradativamente, autonomia na busca do conhecimento.
195
4. AVALIAÇÃO
A Avaliação do Ensino de História é processual e diagnóstica, subsidia todo o
processo ensino-aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo
clareza quanto ao como retornar conteúdos ou conceitos que visam as mudanças de
atitudes.
Como um processo, acompanha as práticas de Ensino a partir da reflexão
crítica nos debates, textos, participação em pesquisas de campo, produção e análise
escrita. Pontos fundamentais que demonstram articulação entre fontes conceituais e
a prática vivida pelo cotidiano do aluno.
Mediante a análise processual do desempenho do aluno, torna-se viável no
ensino de História a recuperação paralela ao estudo dos conteúdos que prevê e
provê meios para a superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista
efetivar
aprendizagens
concretas
e
significativas,
coerentes
ao
contexto
sociocultural, político e ambiental.
De acordo como regimento escolar e o PPP o sistema de avaliação adotado
pelo estabelecimento de ensino é bimestral e será composto pela somatória 6,0
(seis vírgula zero) referente as atividades diversificadas, mais a nota 4,0 (quatro
vírgula zero) proveniente de uma prova escrita e/ou oral, totalizando nota final de
10,0 (dez vírgula zero).
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com atividades
significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos diversificados,
não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não
apropriados. O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional as
avaliações como um todo, ou seja, equivalerá de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero)
de apreensão e retomada dos conteúdos.
196
5. REFERÊNCIAS
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica - HISTÓRIA. 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
CADERNOS TEMÁTICOS: História da cultura afro-brasileira e africana.
197
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORA: DARCI ARAVECHI FERREIRA BURANELO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE LÍNGUA
PORTUGUESA
KALORÉ
2012
198
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa, desde sua implantação no Brasil, sempre
atendeu aos interesses das classes dominantes; estando, portanto, carregado de
ideologias e pressupostos de subordinação das classes menos favorecidas.
Diante de tal realidade, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Estado do Paraná de Língua Portuguesa, propõem novos posicionamentos em
relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo
envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.
Com isso, a Língua Portuguesa torna-se importante porque é através da
linguagem que o homem se reconhece como humano, interage e troca experiências,
compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da
sociedade.
A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica
e socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas
relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição
humana, ela pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho.
Desse modo, esta proposta curricular fundamenta-se na concepção que
norteia o ensino de Língua Portuguesa, que é a sociointeracionista, em que se
privilegia construção e reconstrução verbal e não verbal, a socialização dos
conhecimentos; considerando a relação dialógica e o contexto de produção.
Logo, o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteúdo estruturante é o
discurso enquanto prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.
Conceituar a Língua Portuguesa, diante de uma escola de campo, torna-se
necessário resgatar a identidade cultural dos alunos, que vivem no campo e
enfrentam os obstáculos que a realidade impõe.
Com isso, deve-se pensar o currículo como orientações para o professor e
assim garantir uma maior atenção à diversidade, valorizando a expectativa, o
interesse, a interação e os objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as
necessidades do alunado e ao ritmo de aprendizado, na sociedade, em relação à
Língua Materna; possibilitando, assim, a inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais, para que os mesmos sintam-se inseridos no processo de
199
ensino e aprendizagem.
A cultura afro merece destaque na Língua Portuguesa, levando em
consideração o contexto racial, a diversificação e a miscigenação, vivenciando
através de mimese situações reais: músicas, poesias, teatro, filmes, obras literárias,
pesquisas da cultura afro, debates, textos diversificados e produção textual bem
como, mostra cultural.
Nesse sentido, compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de
práticas sociointeracionais, orais ou escritas, é perceber que ela não existe em si,
mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento
construtivo dessas múltiplas relações e nela se constitui continuamente”. Visto que a
língua é um instrumento de construção da identidade e capaz de contribuir para o
pleno
exercício
da
cidadania.
E
para
tanto,
os
Desafios
Educacionais
Contemporâneos devem integrar o trabalho docente durante todo o ano letivo.
Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de
língua, busca:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos linguístico discursivos;
Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da
oralidade, leitura e escrita;
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando
ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,
apropriando-se, também, da norma padrão;
Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora na
nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial.
200
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
2.1 - Conteúdo Estruturante
O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da
oralidade e da escrita.
2.2 - Conteúdos Básicos
6º ANO
Gêneros discursivos: álbuns de família, bilhetes, cartas, cartões postais,
diálogos, convites, fotos, relatos e experiências vividas, contos de fada, fábulas,
histórias em quadrinhos, letras de músicas, narrativas de aventura, cartazes,
rótulos/embalagens e depoimentos.
Leitura:
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Léxico;
•
Repetição proposital de palavras;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem.
Escrita:
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Argumentatividade;
201
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Divisão do texto em parágrafos;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem;
•
Processo de formação de palavras;
•
Acentuação gráfica;
•
Ortografia;
•
Concordância verbal/nominal.
Oralidade:
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas
linguísticas:
coesão,
coerência,
gírias,
repetição,
recursos
semânticos.
7º ANO
Gêneros discursivos: textos visuais: esculturas, fotos, desenhos e pinturas;
mitos, lendas, narrações descritivas, crônicas, contos, narrativas de aventuras,
poemas, tiras, historias em quadrinhos, peças teatrais, entrevistas, letras de música,
paródias, artigos de opinião, debates, reportagens.
Leitura:
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Aceitabilidade;
202
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Informações explícitas e implícitas;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Repetição proposital de palavras;
•
Léxico;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem.
Escrita:
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem;
•
Processo de formação de palavras;
•
Acentuação gráfica;
•
Ortografia;
•
Concordância verbal/nominal.
Oralidade:
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
203
•
Variações linguísticas;
•
Marcas
linguísticas:
coesão,
coerência,
gírias,
repetição,
recursos
semânticos.
8º Ano
Gêneros discursivos: causos, comunicados, convites, provérbios, narrativas
fantásticas, textos dramáticos, debates, classificados, mapas, notícia, músicas, carta
de emprego, regimentos, telenovelas e blogs, cenas de desenhos, programas
infanto-juvenis, entrevistas, reportagens.
Leitura:
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
•
Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido conotativo e
denotativo das palavras no texto e expressões que denotam ironia e humor
no texto.
Escrita:
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
204
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
•
Concordância verbal e nominal;
•
Semântica:
operadores
argumentativos,
ambiguidade,
significado
das
palavras, sentido conotativo e denotativo e expressões que denotam ironia e
humor no texto.
Oralidade:
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Elementos semânticos;
•
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ANO
Gêneros discursivos: textos visuais: pinturas, fotos, esculturas, desenhos;
crônicas, narrativas de humor, novelas, contos, artigos de opinião, paródias,
poemas,
telejornais,
depoimentos
resenhas,
pessoais,
ofícios,
reportagens,
editoriais,
publicitários, seminários, resumos, entrevistas.
Leitura:
charges,
peças
teatrais,
letras
de
músicas,
notícias,
anúncios
205
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade e situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Discurso ideológico presente no texto;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Partículas conectivas do texto;
•
Progressão referencial no texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
•
Semântica: operadores argumentativos, polissemia, sentido conotativo e
denotativo e expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita:
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos no texto;
•
Partículas conectivas do texto;
•
Progressão referencial no texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
206
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
•
Sintaxe de concordância;
•
Sintaxe de regência;
•
Processo de formação de palavras;
•
Vícios de linguagem;
•
Semântica: operadores argumentativos, modalizadores e polissemia.
Oralidade:
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Semântica: adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,
repetições etc.);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
207
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Portuguesa tem por obrigação promover o
amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para
que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com
seus próprios pontos de vista. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará
que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na
sociedade,
garantindo
uma
aprendizagem
satisfatória
aos
alunos
independentemente de suas especificidades. Para tanto, a metodologia e os
recursos utilizados serão adaptados de acordo com as necessidades educacionais
apresentadas pelos alunos, dentro das possibilidades do professor e da escola.
Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará que o aluno faça
leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o
pressuposto, instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra
manifesta, no contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas,
autonomia e singularidade discursiva. Assim, a metodologia utilizada pretende
contemplar a legislação vigente e oportunizar a implementação da lei 11645/08 –
História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afrobrasileira e africana e lei 9795/99- Política Nacional de Educação Ambiental;
Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos
Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à
Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a
Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência;
Educação
Escolar
Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, serão
temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer do ano letivo, os
quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da
capacidade de argumentação dos alunos. Obras literárias e filmes sobre esses
temas também serão recursos explorados nas aulas de Língua Portuguesa.
Nessa perspectiva, as atividades de oralidade deverão oferecer condições
ao aluno de falar com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme
as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos
208
recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência
democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade serão:
•
Apresentações de textos produzidos pelos alunos (levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto
para 8º e 9º anos);
•
Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais
dos alunos (e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as
partes e elementos do texto para 8º e 9ºanos);
•
Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral
selecionado;
•
Apresentações que explorem as marcas linguísticas típica da
oralidade em seu uso formal e informal;
•
Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros;
•
Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da
oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas,
reportagem, entre outros;
•
Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes
fontes (por exemplo: diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc.), a
fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas (para 8º e 9º anos).
Já as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma
atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda,
tomar uma atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura
serão:
•
Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;
•
Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
•
Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
•
Discussões
sobre:
tema,
intenções,
intertextualidade,
(aceitabilidade, informatividade, situacionalidade para 8º ano e temporalidade, vozes
sociais e ideologia para 9º ano);
•
Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores,
finalidade, época;
•
Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com
209
não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
•
Discussões que relacionem o tema com o contexto atual;
•
Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
•
Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que dentam ironia e humor (8º e 9º anos);
•
Percepção de recursos utilizados para determinar causa e
consequência entre as partes e elementos do texto (8º e 9º anos);
•
Leituras que suscitam no reconhecimento do estilo, que é
próprio de cada gênero (9º ano);
•
Leituras para compreensão das partículas conectivas.
Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo
interlocutivo, relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa
forma, elas serão:
•
interlocutor,
Produção textual a partir: da delimitação do tema; do
do
gênero,
da
finalidade,
(aceitabilidade,
informatividade,
situacionalidade, temporalidade e ideologia para 9º ano);
•
Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto;
•
Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos
elementos que compõem o gênero;
•
Análise da produção quanto à coerência, à coesão, à
continuidade temática, à finalidade e à adequação da linguagem ao contexto;
•
Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor (8º e 9º anos);
•
Utilização adequada das partículas conectivas e de recursos de
causa e consequência entre as partes e elementos do texto (8º e 9º anos);
•
Entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na
organização, nas retomadas e na sequenciação do texto (8º ano);
•
Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
Em relação à literatura, esta será trabalhada de acordo com o Método
Recepcional proposto pelas DCE, buscando efetuar leituras compreensivas e
críticas, sendo receptivo a novos textos e a leitura de outrem, questionando as
210
leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte cultural, transformando os
próprios horizontes de expectativas. Este trabalho divide-se em cinco etapas e
caberá ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo
com o plano docente e com a turma. Estas etapas são:
•
Determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor: o
professor toma conhecimento e analisa os interesses e o nível de leitura
dos alunos;
•
Atendimento do horizonte de expectativas: o professor apresenta
textos que sejam próximos aos conhecimentos e às experiências dos
alunos;
•
Ruptura do horizonte de expectativas: é a apresentação de obras que
partem da experiência do aluno, mas que também permitem aprofundar
seus conhecimentos;
•
Questionamento do horizonte de expectativas: o professor orienta o
aluno para que este faça uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos;
•
Ampliação do horizonte de expectativas: as leituras oferecidas ao aluno
e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma
tomada de consciência das mudanças e aquisições, levando-o a uma
ampliação de seus conhecimentos.
Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de
leitura, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos
gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim, os
conteudos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais
na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto, as práticas de
análise linguística deverão permitir:
•
A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero,
do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;
•
A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua;
•
O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de
construções textuais;
•
A reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas
no
texto,
conduzindo
o
aluno
às
atividades
epilinguísticas
e
metalinguísticas, à construção gradativa de um saber mais elaborado, a
211
um falar sobre a língua.
Nessa perspectiva, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma
vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência
discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais
que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as seguintes etapas:
1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a
descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade
dele para a leitura do texto;
2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno
realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o
texto, respondendo as questões: quem produziu? Onde? Quando? Para quê? Para
quem?;
3ª _ plano lingüístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua,
ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada;
4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que
aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado,
que tenha sentido para ele, ou seja, que seja de uso efetivo da língua.
212
4. AVALIAÇÃO
A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deverá ser um processo
de aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno
o longo do ano letivo.
Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser
diagnóstica e contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção
pedagógica durante todo tempo.
Assim, a avaliação, em Língua Portuguesa, será realizada nas práticas:
leitura, escrita, oralidade e análise linguística.
6º ano
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Identifique o tema;
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localize informações explícitas no texto;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu horizonte de expectativas;
•
Amplie seu léxico;
•
Identifique a ideia principal do texto.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse as ideias com clareza;
•
Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,
finalidade...); à continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função
do artigo, pronome, numeral, substantivo etc.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize o discurso de acordo com a situação (formal/informal);
213
•
Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;
•
Compreenda argumentos no discurso do outro;
•
Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas,
gestos etc.;
•
Respeite os turnos de fala.
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
•
Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos
textos;
•
Adéque seu discurso às diferentes situações de interação.
7º ano
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localize informações explícitas no texto;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu horizonte de expectativas;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
•
Identifique a ideia principal do texto;
•
Identifique o tema;
•
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse as ideias com clareza;
•
Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função
do artigo, pronome, numeral, substantivo etc.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente suas ideias com clareza;
214
•
Expresse oralmente sua ideias de modo fluente e adequado ao gênero
proposto;
•
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
•
Exponha objetivamente seus argumentos;
•
Organize a sequência de sua fala;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
•
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões etc.
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
•
Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos
textos;
•
Adéque seu discurso às diferentes situações de interação;
•
Amplie seu léxico.
8º ano
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu horizonte de expectativas;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
•
Identifique a ideia principal do texto;
•
Analise as intenções do autor;
•
Identifique o tema;
•
Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
•
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
•
Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
•
Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as
partes e elementos do texto.
215
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse suas ideias com clareza;
•
Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função
do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio etc.;
•
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o
gênero proposto;
•
Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização,
retomadas e sequenciação do texto;
•
Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes
e elementos do texto.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente suas ideias com clareza;
•
Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
•
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
•
Exponha objetivamente seus argumentos;
•
Organize a sequência de sua fala;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
•
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em
língua materna;
•
Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;
•
Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
216
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
•
Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos
textos;
•
Adéque seu discurso às diferentes situações de interação;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba os efeitos de sentido causados pelo uso de recursos linguísticos e
estilísticos.
9º ano
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu horizonte de expectativas;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
•
Identifique a ideia principal do texto;
•
Analise as intenções do autor;
•
Identifique o tema;
•
Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
•
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
•
Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
•
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão
referencial;
•
Reconheça o estilo próprio de diferentes gêneros.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse suas ideias com clareza;
•
Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
217
intertextualidade etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função
do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição etc.;
•
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o
gênero proposto;
•
Perceba a pertinência e eu os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes
e elementos do texto;
•
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão
referencial.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente suas ideias com clareza;
•
Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
•
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
•
Exponha objetivamente argumentos;
•
Organize a sequência de sua fala;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
•
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões etc.;
•
Analise recursos da oralidade em entrevistas, reportagens, entre outros.
Observação: os instrumentos utilizados de avaliação serão provas escritas,
trabalhos individuais e em grupos, produções orais e escritas, debates e
apresentações de trabalhos orais; devendo ser adaptados para atender as
necessidades educacionais especiais.
A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma
paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem
dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, podendo ser oferecido ao
aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante a hora-atividade do
professor.
218
5. REFERÊNCIAS
Chmoski M. Angela – Gusso e Finau A. Rosana LÍNGUA PORTUGUESA RUMO
AO LETRAMENTO.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica - Língua Portuguesa. 2009.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
219
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: MATEMÁTICA
NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORA: ANA ROSA DINIZ
CLEONICE DA SILVA SANTOS
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE MATEMÁTICA
KALORÉ
2012
220
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História da Matemática revela que os povos das antigas civilizações
conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram
a compor a Matemática que se conhece hoje. A álgebra elementar nasceu com os
babilônios, por volta de 2000 a.C., demarcando o período
Matemática”
segundo
do “nascimento da
Ribnikov (1987). Contudo, como ciência, a Matemática
emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C.
No século V d.C., início da Idade Média, o ensino teve caráter estritamente
religioso. A Matemática era ensinada para entender os cálculos do calendário
litúrgico e determinar as datas religiosas. Após o século XV, o avanço das
navegações e as atividades comerciais e industriais marcaram o início da Idade
Moderna e possibilitaram novas descobertas na Matemática, cujo desenvolvimento e
ensino foram influenciados pelas escolas voltadas a atividades práticas.
O papel fundamental da Matemática surgiu no século XVII , com
a
comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa
que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal, elementos
que
caracterizaram as bases da Matemática atual.
O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por
Ribnikov (1987) como o período das matemáticas contemporâneas. Nesse século,
com Lobachevsky, Riemann, Bolyai e Gauss, ocorreram as sistematizações das
geometrias não-euclidianas.
O ensino de matemática passou por muitas situações e tendências
pedagógicas ao longo da sua história, sendo um dos pontos marcantes, o caráter
mecanicista e pragmático do ensino da Matemática no decorrer da década de 1970.
O método de aprendizagem enfatizado era a memorização de princípios e fórmulas,
o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões
algébricas e de resolução de problemas. A pedagogia tecnicista não se centrava no
professor ou no estudante mas, sim, nos objetivos instrucionais, nos recursos e nas
técnicas de ensino.
A tendência histórico-crítica dos conteúdos, por sua vez, concebe a
Matemática como um saber vivo, dinâmico, construído historicamente para atender
às necessidades sociais e teóricas. Nesta tendência, a aprendizagem da Matemática
221
não consiste apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver
problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios, mas criar
estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às idéias
matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar,
discutir e criar.
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em
que apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são
considerados
suficientes
para
atuação
profissional
(FIORENTINI
&
LORENZATO,2001), pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou
indiretamente, sobre os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática
(CARVALHO, 1991).
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção,
porém, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001) e
envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se
apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados,
métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70).
Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,
desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral
como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de
modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos,
influenciando na formação do pensamento do aluno.,A ação do professor é articular
o processo pedagógico, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida, da
história e do cotidiano.
No ensino da matemática hoje, há uma tentativa de rompimento com o
modo de conceder a matemática e sua prática pedagógica, implicando na
preposição de teorias e metodologias que possibilitem ao aluno a compreensão de
conceitos, dando-lhes significados e condição de estabelecerem relações com
experiências anteriormente vivenciadas. Implicando, portando, na construção de
conhecimento com a intenção de solucionar os problemas, respondendo às
exigências do contexto em que está inserido e não às expectativas do professor.
Esta
é entendida como um ambiente de aprendizagem na qual os alunos são
convidados a indagar e ou investigar, por meio da matemática, situações oriundas
222
de outras áreas da realidade.
A matemática, tem como objetivos, o desenvolvimento
da consciência
critica dos educandos, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo
a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais. Perceber o valor
científico da matemática, fazendo a relação entre a teoria (abstrata,, plena de
conceitos e definições) e a prática (concreta, plena de atividades explicativas do
cotidiano).
A Formação de indivíduos confiantes em sua capacidade de
compreender e utilizar a linguagem própria da Matemática sem formalismo
excessivo, capaz de incorporar conceitos aprendidos como estratégia pessoal de
resolução de problemas, de articulação de informações, fazer relações, estimar,
refletir sobre o seu próprio pensamento, apreciar e valorizar o aprendizado dessa
ciência.
Sistematizar o conhecimento matemático é papel da escola. Contribuir na
aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar na utilização das
tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se
refere à criação e ao uso dessas tecnologias.
Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos
matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções,
interagindo com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na
busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais
ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e
aprendendo com eles.
223
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Na Educação Básica, no contexto da Educação Matemática, é necessário
que Números e Álgebra sejam compreendidos de forma ampla, para que se
analisem e descrevam relações em vários contextos onde se situam as abordagens
matemáticas, explorando os significados que possam ser produzidos a partir destes
conteúdos.
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra
se desdobra nos seguintes conteúdos:
•
conjuntos numéricos e operações
•
equações e inequações
•
polinômios
•
proporcionalidade
GRANDEZAS E MEDIDAS
O Conteúdo de Grandezas e Medidas favorecem o diálogo entre as
pessoas, Estados e diferentes países. Na Educação Básica, deve ser abordada no
contexto dos demais conteúdos matemáticos.
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Grandezas e
Medidas englobam os seguintes conteúdos:
•
sistema monetário
•
medidas de comprimento
•
medidas de massa
•
medidas de tempo
•
medidas derivadas: áreas e volumes
•
medidas de ângulos
•
medidas de temperatura
•
medidas de velocidade
•
trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações trigonométricas
nos triângulos
224
GEOMETRIAS
Na Educação Básica, a Educação Matemática valoriza os conhecimentos
geométricos, que não devem ser rigidamente separados da aritmética e da álgebra.
A interligação da aritmética
com a álgebra é necessária “porque os objetos e
relações delas correspondem aos das outras; assim sendo, conceitos, propriedades
e questões aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela geometria, que
realiza a tradução para o aprendiz” (LORENZATO, 1995, p. 07).
A valorização de definições, as abordagens de enunciados e as
demonstrações de seus resultados são inerentes ao conhecimento geométrico. No
entanto, tais práticas devem favorecer a compreensão do objeto e não se reduzir
apenas às demonstrações geométricas em seus aspectos formais.
Para o Ensino Fundamental e Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias
se desdobra nos seguintes conteúdos:
•
geometria plana
•
geometria espacial
•
geometria analítica
• noções básicas de geometrias não-euclidianas
FUNÇÕES
No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante
Funções, é necessário que os alunos elaborem o conhecimento da relação de
dependência entre duas grandezas. É preciso que compreenda a estreita relação
das funções com a Álgebra, o que permite a solução de problemas que envolvem
números não conhecidos.
O aluno do Ensino Fundamental deve conhecer as relações entre variável
independente e dependente, os valores numéricos de uma função, a representação
gráfica das funções afim e quadrática, perceber a diferença entre função crescente e
decrescente. Uma maneira de favorecer a construção de tais conhecimentos é a
utilização de situações-problema. Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo
Estruturante Funções engloba os seguintes conteúdos:
•
função afim
•
função quadrática
225
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Ao final do Ensino Fundamental, é importante o aluno conhecer
fundamentos básicos de Matemática que permitam ler e interpretar tabelas e
gráficos, conhecer dados estatísticos, conhecer a ocorrência de eventos em um
universo de possibilidades, cálculos de porcentagem e juros simples. Por isso, é
necessário que o aluno colete dados e os organize em tabelas segundo o conceito
de frequência e avance para as contagens, os cálculos de média, frequência
relativa, frequência acumulada, mediana e moda. Da mesma forma, é necessário o
aluno compreender o conceito de eventos, universo de possibilidades e os cálculos
dos eventos sobre as possibilidades. A partir dos cálculos, deve ler e interpretá-los,
explorando, assim, os significados criados a partir dos mesmos.
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Tratamento da
Informação engloba os seguintes conteúdos:
1. noções de probabilidade
2. estatística
3. matemática financeira
4. noções de análise combinatória
6º Ano
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESTRUTURANTES
NÚMEROS E
ÁLGEBRAS
GRANDEZAS E
MEDIDAS
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DE
INFORMAÇÃO
Sistema de numeração;
Número Naturais;
Múltiplos e divisores;
Potenciação e radiciação;
Números fracionários;
Números decimais;
Medidas de comprimento;
Medidas de massa;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de tempo;
Medidas de ângulos;
Sistema monetário;
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Dados, tabelas e gráficos;
Porcentagem;
226
7º Ano
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESTRUTURANTES
NÚMEROS E ÁLGEBRA
GRANDEZAS E MEDIDAS
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
Números Inteiros;
Números Racionais;
Equação e Inequação do 1º grau;
Razão e proporção;
Regra de três simples.
Medidas de temperatura;
Medidas de ângulos.
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometrias não-euclidianas.
Pesquisa Estatística;
Média Aritmética;
Moda e mediana;
Juros simples.
8º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Racionais e Irracionais;
Sistemas de Equações do 1º grau;
Potências;
Monômios e Polinômios;
Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de ângulos;
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria analítica;
Geometrias não-euclidianas;
Gráfico e Informação;
População e amostra;
227
9º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais;
Propriedades dos radicais;
Equação do 2º Grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Regra de Três;
GRANDEZAS E MEDIDAS
Relações Métricas no Triângulo
Retângulo;
Trigonometria no Triângulo Retângulo;
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria analítica;
Geometrias não-euclidianas.
Noções de Análise Combinatória;
Noções de Probabilidade;
Estatística;
Juros Compostos.
228
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os procedimentos metodológicos devem propiciar a apropriação de
conhecimentos matemáticos que expressem articulações entre os conteúdos
específicos do mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos de
conteúdos estruturantes diferentes, de forma que suas significações sejam
reforçadas, refinadas e intercomunicadas.
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, como:
resolução de problemas;
modelagem matemática;
mídias tecnológicas;
etnomatemática; história da Matemática; investigações matemáticas , jogos de
raciocínio lógico e desenvolvimento de experimentos que aproximem a teoria e a
prática, para que o aluno possa associar o conhecimento matemático aos diversos
contextos sociais históricos e culturais.
Através da prática pedagógica, o professor deverá saber
quais os
objetivos e expectativas a serem atingidos; qual concepção de ciência se agrega às
atividades propostas e dar significados as atividades desenvolvidas com os alunos,
tais como: aulas dialogadas, leituras, pesquisas, debates , seminários,
didáticos, entre outras,
problematizadoras,
tendo a clareza que estas atividades
para que
jogos
devem ser
possa contribuir na formação de um sujeito
intelectualmente autônomo.
No desenvolvimento das atividades, serão utilizados
Slides,
recursos como :
DVDs ,CDs, , TV Pendrive , Data Show, recortes de filmes,
vídeos,
imagens, aulas práticas em laboratório de Informática , Internet , dentre outros. O
professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando
os estudantes com segurança, sem induzir conclusões, permitindo que sigam nos
ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades.
A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de
atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para
compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e
discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
É necessário que o homem do campo seja respeitado e valorizado. A
229
Escola do Campo hoje tem esse poder: levar o homem do campo a se reconhecer
agente ativo na transformação desta realidade, o que o levará a conviver melhor e
com mais prazer no meio rural. Os conteúdos, trabalhados de forma não-linear,
proporcionam ao aluno a possibilidade de desenvolver a capacidade de observar,
pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar, estimar, justificar, argumentar,
verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimuladas no aluno a
intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.
No âmbito da educação do campo, se objetiva que o estudo tenha a
investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos
conteúdos escolares, de forma que valorize singularidades regionais e localize
características nacionais, tanto em termos das identidades sociais e políticas dos
povos do campo quanto em valorização da cultura de diferentes lugares do país.
Atentar para a existência de inúmeros outros espaços de conhecimento,
além daquele tradicionalmente reservado para a escola, significa tomar consciência
dos estreitos limites em que trabalha a escola relativamente à complexidade da
sociedade pós-moderna. Significa também se dar conta da necessidade de preparar
os jovens para construírem o seu próprio saber, de forma útil para eles mesmos e
para a sociedade, fazendo um uso adequado
de todos os meios e recursos
existentes para obter as informações básicas com as quais terão de ir construindo e
reconstruindo o seu conhecimento.
Nesse sentido, a escola tem um importante
papel a desempenhar,
concentrando a sua atenção no processo de aprendizagem, isto é, na forma como
as pessoas aprendem, e em suas necessidades efetivas de aprendizagem. As
mudanças que vêm ocorrendo em todos os campos do saber e na sociedade em
geral, estão levando
a escola a repensar o currículo . Nesta perspectiva de
currículo, conhecimento e conteúdo, é fundamental trabalhar o Desenvolvimento
Sócio-educacional : Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa
Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas
e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade
Sexual e Educação do Campo, bem como o ECA, o Estatuto do Idoso, entre
outros, através de pesquisas, debates, filmes, textos , interpretação e análise
de
dados estatísticos, como forma de repensar a historicidade ligada ao papel e à
230
cobrança da sociedade civil organizada, em especial
dos
movimentos sociais.
Tanto os conhecimentos universais como os desafios do cotidiano podem e devem
ser discutidos como expressões históricas, políticas e econômicas da realidade.
231
4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO
A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e
aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua
prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que
devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de
aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como
instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e
possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.
“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e
aprendizagem, e não uma etapa isolada”. ( Libâneo 1994, p.200).
No processo avaliativo é necessário que o professor,
faça uso da
observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar
oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais
oportunidades devem incluir manifestações
escritas, orais e de demonstração,
inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais
manipuláveis, computador e calculadora. Essas práticas devem possibilitar ao ao
aluno , sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando de todas as condições
particulares,
socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada e
argumentar a favor ou contra os resultados
É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a
oral, a escrita,a gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as
diferente aptidões dos alunos.
A resolução de um problema envolve: compreender a situação por
meio da leitura e interpretação, não ter a solução pronta de início, querer resolver a
situação proposta, identificar o que precisa ser resolvido (calculado) e quais
informações utilizar, planejar a solução, interpretar os resultados e analisar se são
razoáveis ou não dentro do contexto e validar a solução.
As atividades precisam ter objetivos variados, que possam ser
trabalhadas em diversos momentos. Essas atividades podem ser questões abertas,
cuja intenção é propiciar ao aluno perceber pelo enunciado, que a solução
procurada não segue um modelo padronizado. As atividades também podem exigir
232
justificativas escritas ou orais, com o objetivo de verificar a autonomia matemática
adquirida pelos alunos. É importante que os alunos se acostumem a apresentar
argumentos matemáticos justificando os procedimentos utilizados para resolver as
atividades. Desse modo, aprendem a validar o raciocínio matemático que utilizam
independentemente da opinião do professor. As atividades podem ser inventadas
pelos alunos (individualmente ou em grupo). A oportunidade de formular questões
possibilita aos alunos atingirem um nível de conhecimento matemático mais
elaborado e completo do que quando simplesmente resolvem as questões
propostas.
Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual
e diagnóstica , através de instrumentos como:
apresentação de trabalhos,
pesquisas, provas escritas, seminários, participação em debates,
e outras
atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
elabora um plano que possibilite a solução do problema;
encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
realiza o retrospecto da solução de um problema.
Os resultados devem ser usados para intervenções no processo ensinoaprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar
aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir
sobre seu próprio trabalho.
A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de
acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. Como
meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um
crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes,
mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos,
de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e
emocional, trabalhos em grupo e
comprometimento, gerando
informações que
possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais
apropriados.
Objetivando dessa forma
ofertar
atendimento individualizado aos
233
alunos com necessidades especiais.
A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os
conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é
necessário criatividade e
competência
na elaboração e construção desses
instrumentos, para proporcionar a todos a aquisição do saber, não eliminando os
que não o adquiriram.
A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura
política e inclui valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e
sociedade. Repensar os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica
desvelar as ideologias em que se apoiam na perspectiva de sua superação.
234
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do
Campo . Curitiba: SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações
Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba:
SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios
Educacionais Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas . Curitiba:
SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios
Educacionais Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola . Curitiba:
SEED, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da educação do
Campo. Curitiba ,2006. Disponível em http://diaadiaeducacao.pr.gov.br
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica - MATEMÁTICA. 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
.
235
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: LEM - INGLÊS
NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORA: TÃNIA REGINA DOMINGUES DE FIGUEIREDO CANELO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE LEM - INGLÊS
KALORÉ
2012
236
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de línguas estrangeiras, desde sua implantação no Brasil, está
vinculado à organização social e histórica do país. No início da colonização, os
jesuítas ensinavam latim às comunidades indígenas com o propósito de dominação
e expansão do catolicismo. De 1581 a 1640, período em que se estabeleceu a União
Ibérica, os jesuítas foram considerados pelos espanhóis um entrave para as
demarcações territórios portugueses da América. A partir de 1759, foi constituído o
ensino régio no Brasil, o qual era garantido pelo Estado. A língua estrangeira
oferecida continuava sendo o latim e os professores contratados eram nãoreligiosos.
O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da
família real e a fundação do Colégio D. Pedro II passou-se a ensinar francês, inglês
e alemão para atender os filhos dos nobres. Nessa época, o método utilizado era o
de gramática e tradução.
Com a hegemonia dos EUA e com a tentativa de fazer parte do mundo
globalizado, a LDB de 1961 descentralizou o ensino de Língua Estrangeira, que
ficou a cargo dos conselhos estaduais. Nessa época, o francês teve sua carga
semanal reduzida e o inglês conquistou cada vez mais espaço. Nesse período, o
ensino de Língua Estrangeira consistia na imitação e repetição, valorizando-se a
oralidade em detrimento do significado. Além disso, na década de 70, com o ensino
centrado na habilitação profissional e fundamentado na linguística estrutural norteamericana de Skiner, incentivou-se o ensino de inglês como a única opção. Foi
quando surgiu a preocupação com o uso social da língua.
Já no final dos anos 80, devido a criação do MERCOSUL, as escolas voltam
a ofertar o espanhol, sem suplantar o inglês. Nessa década, houve uma
preocupação de unir teoria e prática.
Com a LDB de 1996 torna-se obrigatório o ensino de Língua Estrangeira no
ensino fundamental a partir do 6º ano e para o ensino médio fica determinado uma
Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória e uma segunda, em caráter
optativo, dentro das possibilidades da instituição. Dessa época registra-se o
surgimento do conceito de competência comunicativa que fundamenta o ensino de
237
Língua Estrangeiras Moderna, há de se cuidar para que o ensino da mesma atenda
os interesses e necessidades da comunidade local, para que, através do seu ensino
seja oportunizada aos nossos alunos uma ampliação da percepção do homem como
um ser integrante de um todo dinâmico e complexo, garantindo-lhe inserção social,
econômica e política e também sua formação integral.
Dessa forma, o ensino da Língua Estrangeira Moderna estará a serviço do
aluno e não atendendo os interesses de uma classe dominante que não privilegia o
bem estar coletivo.
Esta proposta curricular fundamenta na concepção sociointeracionista, na
qual a língua é entendida como uma produção construída nas interações sociais,
marcadamente dialogistas, é um espaço de construções discursivas inseparáveis
das comunidades interpretativas que as constroem e que são por ela construídas. É
na linguagem que se percebe, se entende e se constrói a realidade.
Logo o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteúdo estruturante é o
discurso enquanto prática social concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.
Conceituar a língua Estrangeira Moderna, diante de uma escola de campo,
torna-se necessário resgatar a identidade cultural desses alunos, que vivem no
campo e enfrentam os obstáculos que essa realidade impõe. Sendo assim garantir
uma maior atenção a diversidade, valorizando a expectativa, o interesse, a interação
e os objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as necessidades do
alunado e ao ritmo de aprendizado, na sociedade, possibilitando, assim, a inclusão
de alunos com necessidades educacionais, para que os mesmos sintam-se
inseridos no processo de ensino e aprendizagem.
Logo, um ensino de Língua Estrangeira Moderna é muto significativo, pois
considera os modos de vida, os costumes, as relações de trabalho, familiares,
religiosos, de diversão e festas populares. Isto é, um ensino que valoriza a
identidade dos alunos e que prepara dar continuidade aos seus estudos.
Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo ensino-aprendizagem na disciplina de língua
inglesa, busca:
•
Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
•
Vivenciar, na aula de Inglês, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
238
•
Compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, possíveis de transformação na prática social;
•
•
Ter maior consciência sobre o papel da Língua Inglesa na sociedade;
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem
como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;
•
Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande
contribuidora na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial.
Assim, a língua é um de construção da identidade e capaz de contribuir para
o pleno exercício da cidadania.
239
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
2.1 Conteúdos Estruturante
O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da
oralidade e da escrita.
2.2 Conteúdos Básicos:
Gêneros discursivos: álbuns de família, bilhete, cartas, diálogos, convites,
fotos, relatos e experiências vividas, histórias em quadrinhos, letras de música,
cartazes, rótulos / embalagens e depoimentos.
6º ANO
Leitura:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Repetição proposital de palavras;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito).
Escrita:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
240
Oralidade:
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7º ANO
Gêneros discursivos: textos visuais, esculturas, fotos, desenhos, pinturas,
poemas, tiras, historias em quadrinhos, letras de música, cartão, relatos de
experiências vividas verbetes, anúncio e classificados, cartas, horóscopo, diálogo,
textos informativos.
Leitura:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Informações explícitas;
Discurso direto e indireto;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Escrita:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
241
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
Oralidade:
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semânticos;
8º ANO
Gêneros discursivos: carta pessoal, cartão, convites, fotos, músicas,
quadrinhos, receitas, relatos e experiências vividas, autobiografia, biografia, histórias
em quadrinhos, letras de músicas, poemas, verbetes, cartazes, mapas, anúncio,
classificados, horóscopo, e-mail, entrevista .
Leitura:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de
242
linguagem;
Semântica;
Operadores argumentativos;
Ambiguidade;
Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
Expressões que denotam ironia e humor no texto;
Léxico.
Escrita:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Concordância verbal e nominal;
Semântica;
Operadores argumentativos;
Ambiguidade;
Significado das palavras;
Figuras de linguagem;
Sentido conotativo e denotativo;
Expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade:
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
243
pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ANO
Gêneros discursivos: textos visuais, pinturas, fotos, esculturas, desenhos, poemas,
depoimentos pessoais, diálogos, entrevistas, biografias, cardápio, receitas, anúncios
publicitários, classificados, cartazes, cartas, cartão, letras de músicas, e-mail, blog,
verbetes, diálogos, textos informativos.
Leitura:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, figuras de
linguagem);
Escrita:
Tema do texto;
Interlocutor;
244
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Ortografia;
Concordância verbal / nominal.
Oralidade:
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
245
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Inglesa tem por obrigação promover o amadurecimento
do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os alunos
compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos
de vistas. O domínio dessas práticas discursivas possibilitará que o educando
modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade,
garantindo uma aprendizagem satisfatória aos alunos independentemente de suas
especificidades. Assim a metodologia e os recursos utilizados serão adaptados
conforme as necessidades educacionais apresentadas pelos alunos, dentro das
possibilidades do professor e da escola.
Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará que o aluno faça
leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o
pressuposto, instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra
manifesta, no contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas,
autonomia e singularidade discursiva. Assim, a metodologia utilizada pretende
contemplar a legislação vigente e oportunizar a implementação da lei 11645/08 –
História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afrobrasileira e africana e lei 9795/99- Política Nacional de Educação Ambiental;
Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos
Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à
Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a
Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência;
Educação
Escolar
Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, serão
temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer do ano letivo, os
quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da
capacidade de argumentação dos alunos.
Nestas perspectivas, as atividades de oralidade deverão oferecer condições
ao aluno de falar com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme
as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos
recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência
democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade serão:
246
•
Apresentações de textos produzidos pelos alunos;
•
Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
•
Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
•
Apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu
uso formal e informal;
•
Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens entre
outros;
•
Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: corporal e gestual, pausas e outros (8º e 9º ano);
•
Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto.
Já as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma
atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presentes nos textos e, ainda,
tomar uma atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura
serão:
•
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
•
Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
•
Questionamentos que possibilitem interferências sobre o texto;
•
Discussões
sobre
tema,
intenções,
intertextualidade,
aceitabilidade,
informatividade, s situacionalidade para 8º ano e temporalidade e ideologia para
a 9º ano;
•
Contextualidade de produção: suporte, fonte, interlocutores, finalidade, época;
•
Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não verbais, com:
gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
•
Discursos que relacionem o tema com o contexto atual;
•
Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
•
Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras ou
expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que
denotam ironia e humor (8º e 9º ano);
•
Percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre
as partes e elementos do texto;
247
•
Leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de cada gênero (9º
ano);
•
Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo interlocutivo,
relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa forma, elas
serão:
•
Produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da
finalidade;
•
Ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
•
Reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que
compõe o gênero;
•
Análise da produção textual quanto a coerência e coesão, à continuidade
temática, à finalidade e se a linguagem está adequada ao contexto;
•
Uso de palavra ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como
expressões que denotam ironia e humor.
Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de
leituras, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos
gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim os
conteúdos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais
na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto as práticas de
análise linguística deverão permitir:
•
A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do
contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;
•
A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua;
•
O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligação e de construções
textuais.
248
4. AVALIAÇÃO
A avaliação em Língua Inglesa deverá subsidiar a construção da
aprendizagem deixando de ser um simples instrumento de mediação da apreensão
dos conteúdos, mas sim um processo de aprendizagem contínuo que dê prioridade
a qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa por ser
diagnóstica e contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção
pedagógica durante todo o tempo. Ainda, ao avaliar o desempenho dos alunos serão
levados em consideração os objetivos propostos no Regimento e no Projeto Político
Pedagógico da escola, sendo utilizados instrumentos: provas escritas, trabalhos
individuais e em grupos, produções orais e escritas, debate e apresentações de
trabalhos orais, devendo ser adaptados para atender as necessidades educacionais
especiais que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática. De
acordo como regimento escolar e o PPP o sistema de avaliação adotado pelo
estabelecimento de ensino é bimestral e será composto pela somatória 6,0 (seis
vírgula zero) referente as atividades diversificadas, mais a nota 4,0 (quatro vírgula
zero) proveniente de uma prova escrita e/ou oral, totalizando nota final de 10,0 (dez
vírgula zero). A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com
atividades significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos
diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos
não apropriados. O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional as
avaliações como um todo, ou seja, equivalerá de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero)
de apreensão e retomada dos conteúdos.
Assim a avaliação, em Língua Inglesa, será realizadas nas práticas:
leitura, escrita, oralidade e análise linguística.
6º ano
Na leitura, espera-se que o aluno:
Identifique o tema;
Realize leitura compreensiva do texto;
249
Localize informações explícitas no texto;
Amplie seu horizonte de expectativas;
Amplie seu léxico;
Identifique a ideia principal do texto.
Na escrita, espera-se que o aluno:
Expresse as ideias com clareza;
Elabore e reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,
finalidade...); à continuidade temática;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade ...;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, numeral, substantivo etc.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
Utilize do discurso de acordo com a situação (formal/informal);
Apresente suas ideias com clareza, coerência mesmo que na língua materna;
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos etc.;
Respeite os turnos de fala.
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos
textos;
Adeque seu discurso às diferentes situações de interação.
7º ano
Na leitura, espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto;
Localize informações explícitas no texto;
Amplie seu horizonte de expectativas;
Amplie seu léxico;
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
Identifique a ideia principal do texto;
Identifique o tema;
Deduza os sentidos das palavras ou expressões a partir do contexto.
250
Na escrita, espera-se que o aluno:
Expresse suas ideias com clareza;
Elabore textos atendendo às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade ...;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, numeral, substantivo etc.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
Apresente suas ideias com clareza;
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Organize a sequência de sua fala;
Respeite os turnos de fala;
Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas
apresentações ou nos gêneros orais trabalhados;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões , quando necessário em
língua materna.
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos
textos;
Adéque seu discurso às diferentes situações de interação;
Amplie seu léxico.
8º ano
Na leitura, espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto;
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
Posicione argumentativamente;
Amplie seu horizonte de expectativas;
Amplie seu léxico;
Perceba do ambiente no qual circula o gênero;
Identifique a ideia principal do texto;
Analise as intenções do autor;
251
Identifique o tema;
Reconheça palavras ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
Na escrita, espera-se que o aluno:
Expresse suas ideias com clareza;
Elabore textos atendendo às situações de produção propostas, à continuidade
temática;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Utilize de recursos textuais como: coesão e coerência;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio etc.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção;
Apresente ideias com clareza;
Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Respeite os turnos de fala;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc., mesmo que em
língua materna;
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos
textos;
Adéque seu discurso às diferentes situações de interação;
Amplie seu léxico;
Perceba os efeitos de sentido causados pelo uso de recursos linguísticos e
estilísticos.
9º ano
Na leitura, espera-se que o aluno:
Realização de leitura compreensiva do texto;
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
Posicione argumentativamente;
Amplie seu horizonte de expectativas;
Amplie seu léxico;
Deduza os sentidos de palavras ou expressões a partir do contexto;
252
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
Na escrita, espera-se que o aluno:
Expresse suas ideias com clareza;
Elabore textos atendendo às situações de produção proposta;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, etc.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal);
Apresente suas ideias com clareza;
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Organize a sequência de sua fala;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões mesmo em língua
materna;
Analise recursos da oralidade em entrevistas.
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal);
Apresente suas ideias com clareza;
Obtenha fluência na exposição oral, na adequação ao gênero proposto;
Perceba os efeitos de sentido causados pelo uso de recursos linguísticos e
estilísticos.
253
5. REFERÊNCIAS
BRAHIN, A. C. S. M Pedagogia Crítica, letramento critico e leitura crítica. Texto e
Interação, para uma pedagogia crítica de leitura de Língua Inglesa. Dissertação de
mestrado Unicamp: Campinas 2001. Cap. 1.
CADERNOS TEMATICOS: História da Cultura Afro-Brasileira e Africana.
PARANÁ, Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
no Campo.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica – LEM - INGLÊS. 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
254
ENSINO
MÉDIO
255
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: ARTE
NÍVEL: ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: LUCIANE CHAMORRO RODRIGUES
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE ARTE
KALORÉ
2012
256
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Numa aparente contradição, foi no
momento de repressão política e
cultural (Ato Institucional n. 5 /AI-5, em 1968) que o ensino de Arte (disciplina de
Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi
fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o
conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão
somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na
sua expressão.
No currículo escolar, a Educação Artística passou a compor a área de
conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A produção artística, por sua
vez, ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Na escola, o ensino de
artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas e o ensino de
música enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.
A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social
pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988.
Nesse processo, os movimentos sociais realizaram encontros, passeatas e eventos
que promoviam, entre outras coisas, a discussão dos problemas educacionais para
propor novos fundamentos políticos para a educação e, dentre os fundamentos
pensados para a educação, destacam-se a pedagogia histórico-crítica elaborada por
Saviani da PUC de São Paulo e a Teoria da Libertação, que fundamentou o
Currículo Básico para Ensino de 1o grau, publicado em 1990, e o Documento de
Reestruturação do Ensino de 2o grau da Escola Pública do Paraná, publicado em
seguida. Tais propostas curriculares pretendiam fazer da escola um instrumento
para a transformação social e nelas o ensino de Arte propôs a formação do aluno
pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
Nos anos 90 essa concepção foi substituída pelas propostas dos PCNs,
onde o ensino de arte estava comprometido a uma série de variantes, que na
maioria das vezes se opunha às ideias apresentadas no Currículo Básico, por ser
parte de uma outra posição ideológica.
A partir de 2003 iniciam-se discussões coletivas acerca do papel da arte
na sociedade, quais conteúdos são essenciais, dentre outras preocupações; e são
257
construídas as DCEs, onde a disciplina Arte está contemplada a partir da concepção
de que as diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas
relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se
desenvolveram.
Da mesma forma o conceito de arte implícito ao ensino também
influenciado por essas relações sócio – cultural, sendo fundamental que seja
problematizado para a organização de uma proposta curricular.
Estudar arte é compreender o papel da teoria estética, como uma
referência ao pensar e o seu ensino, gerando conhecimento, articulando saberes
cognitivos, sensíveis e sócios – históricos; ampliando o repertório cultural do aluno a
partir dos conhecimentos artísticos e contextualizados, aproximando-se do universo
cultural da humanidade nas suas diversas representações.
A arte é expressa e sabe comunicar com imaginação, emoção e
sensibilidade. Interage com materiais, procedimentos instrumentais das diversas
artes ( visuais, dança, teatro e musica ) fazendo experimentos e conhecendo
técnicas para a produção de trabalhos individuais e em grupo.
No âmbito da educação de campo, pretende se desenvolver uma
educação que seja crítica, pois essa cultura é entendida como toda produção
humana que se constrói a partir das relações do ser humano com a natureza, com
outro e consigo mesmo. Pretende-se, portanto, com o ensino da arte,
instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte, que lhe permitam
utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações
culturais, observando as relações entre arte e realidade, investigando, indagando
interesses e curiosidades, exercitando a discussão a sensibilidade, argumentando e
apreciando a arte de modo criativo, desenvolvendo no educando potencialidades
crítico-expressivo, estruturando seu conhecimento, segundo sua percepção e
consciência do mundo em que se vive, aliando o ver, o pensar, o fazer, o criar,
possibilitando a formação de um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus
posicionamentos e tomadas de atitudes, fazendo-o compreender o homem como um
todo: razão, emoção, pensamento, percepção, imaginação e reflexão, buscando
ajudá-lo a compreender a realidade e a transformá-la.
258
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza;
são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses
elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em
cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre em Música, a cor em Artes Visuais, a
personagem em Teatro ou movimento corporal na Dança.
COMPOSIÇÃO
É a produção artística que acontece por meio da organização e dos
desdobramentos dos elementos formais. Por exemplo: tridimensional em Artes
Visuais, ritmo em Música, representação em Teatro, rotação em Dança.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
É o conjunto da história relacionado com o conhecimento em arte. Ele tem
por objetivo revelar o conteúdo social da arte, dos fatos históricos, culturais e sociais
que alteram as relações internas ou externas de um movimento artístico. Por
exemplo: renascimento em Artes Visuais, rap em Música, teatro pobre em Teatro e
dança moderna Dança.
2.1 - Conteúdos Estruturantes e Básicos
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
COMPOSIÇÃO
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escalas
Modal, Tonal e fusão de
ambos.
Gêneros: erudito,
clássico, popular, étnico,
folclórico, Pop...
Técnicas: vocal,
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Música Popular
Brasileira
Paranaense
Popular
Indústria Cultural
Engajada
Vanguarda
Oriental
Ocidental
Africana
Latino- Americana
259
instrumental,
eletrônica,
informática e mista
Improvisação
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
COMPOSIÇÃO
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Simetria
Deformação
Estilização
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Indústria Cultural
Arte
Contemporânea
Arte LatinoAmericana
Cor
Técnica: Pintura,
desenho, modelagem,
instalação performance,
fotografia, gravura e
esculturas, arquitetura,
história em quadrinhos …
Gêneros: paisagem,
natureza-morta,
Cenas do Cotidiano,
Histórica, Religiosa,
da Mitologia ...
Luz
TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
Personagem:
Expressões
corporais,
Vocais,
Gestuais e Faciais
Ação
Espaço
COMPOSIÇÃO
Técnicas: jogos teatrais,
Teatro direto e indireto,
Mímica,
Ensaio, Teatro-Fórum
Roteiro
Encenação e Leitura Dramática
Gêneros: Tragédia,
Comédia, Drama e Épico
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Teatro GrecoRomano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
260
Dramaturgia
Representação nas
mídias
Caracterização
Cenografia, Sonoplastia,
Figurino e iluminação
Direção
Produção
Teatro Essencial
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de Vanguarda
Teatro
Renascentista
Teatro LatinoAmericano
Teatro Realista
Teatro Simbolista
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Movimento Corporal Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e Queda
Giro
Rolamento
Movimentos Articulares
Tempo
Lento, Rápido e
Moderado
Aceleração e
Desaceleração
Níveis
Espaço
Deslocamento
Direções
Improvisações
Coreografia
Gêneros:
Espetáculo,
Indústria Cultural.
Étnica,
Folclórica,
Populares e Salão
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Indústria Cultural
Dança Moderna
Vanguardas
Dança
Contemporânea
261
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes,
em
um
encaminhamento
metodológico
orgânico,
onde
o
conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os
momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão
ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como
espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do
ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica:
Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,
bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos
Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de
arte
Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe
uma obra de arte
Como a disciplina de Arte tem por objetivo de mobilizar o aluno para o
conhecimento,deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão
e a crítica, delegando-lhe o papel de sujeito do seu processo de aprendizagem.
Serão feitas também relações interdisciplinares para que os alunos
aprendam os conteúdos e possam posicionar-se de forma crítica frente à realidade
social. O professor ainda conduzirá o processo de aprendizagem de forma
dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a
compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Assim os alunos
terão acesso as obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se
familiarizem com suas diversas formas de produção artística. Trata-se de envolver a
apreciação e a apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão
estética.
Ao trabalhar Arte o professor também valorizará a cultura dos povos do
campo e afro-brasileira, com a finalidade de criação de uma identidade sociocultural,
levando o aluno a compreender e transformar o mundo.
262
A metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente
histórica e cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 - Historia e cultura-afrobrasileira e africana.
Lei 9795/99 - Politica Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e
Direitos humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento a violência na escola, Prevenção
e uso indevido de drogas, assim, fortalecendo as ações de inclusão do
Desenvolvimento Socio-educacionais
263
4. AVALIAÇÃO
A avaliação em Arte é processual e diagnóstica por ser referência do
professor para o planejamento das aulas e da avaliação dos alunos; processual por
pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento deve ser
constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da turma sobre o
desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos alunos.
Os instrumentos a serem utilizados durante o ano letivo são de extrema
importância para a construção e reprodução de visão artística e do mundo, para a
formação de cidadãos efetivamente participativos e estimulados. Partindo deste
ponto é visível a necessidade de adequações didáticas ensino/aprendizagem que
alcancem a tais expectativas, criando condições que permitam interconexões com o
processo educacional.
Entre os instrumentos a serem utilizados citamos: Recursos humanos,
como o próprio professor e aluno através de uma interação dialogado na explicação
dos conteúdos. Recursos materiais: imagens não animadas (fotografias,livro
didático, quadro, giz, cartões, figuras, posteres e obras literárias), imagens animadas
(filmes, trechos de filmes, reportagens,) Recursos físicos: laboratório de informática.
(computadores, TV Pendrive, etc).
O professor deverá , ainda, conduzir o processo de aprendizagem de
forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para
que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.
O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e
atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/
aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a
participação dos alunos.
A avaliação será através de: provas objetivas e subjetivas, trabalhos,
seminários, pesquisas, relatórios, debates, leituras e análises de gráficos e tabelas,
resumos, atividades modulares, maquetes, produção de textos, participação em
aulas, etc.
Sendo assim todo o conhecimento acumulado pelo aluno deve ser
socializado entre colegas e, ao mesmo tempo, deve constituir referências para o
264
professor propor abordagens diferenciadas.
Estabelecidas as propostas e as dimensões do que
se avalia cada
conteúdo, serão previamente estabelecidas uma proposta de recuperação, ou seja,
os conteúdos não aprendido serão retomados quando não forem assimilados pelos
alunos durante o ano letivo, onde poderão ser através de seminários, debates ou
através de atividades diversificadas com cada turma.
De acordo com o PPP a avaliação tem a função permanente de
acompanhamento do processo pedagógico, avaliando portanto, o educando, o
educador, a escola e o sistema escolar. A recuperação de estudo é direito dos
alunos, dar-se-ia de forma permanente e concomitante ao processo ensino
aprendizagem.
265
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica: Arte. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios
Educacionais Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba:
SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios
Educacionais Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola. Curitiba:
SEED, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
266
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: BIOLOGIA
NÍVEL: ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: PATRICIA ELAINE RIBEIRO CEREJA
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE BIOLOGIA
KALORÉ
2012
267
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao
longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este
fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.
A preocupação com a descrição dos seres vivos dos fenômenos naturais
levou o homem a diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto
parte deste mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade de
garantir sua sobrevivência.
Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as
observações dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das
plantas foram sendo registradas nas pinturas rupestres, representando seu interesse
em explorar a natureza.
Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no
Ensino Médio não representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza
em si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que
representam o esforço para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos
naturais.
A história da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm sua
origem registrada desde a Antiguidade. As ideias deste período que contribuíram
com o desenvolvimento da Biologia, tiveram principais pensadores e estudiosos, os
filósofos Platão (428/27 a.C – 347 a.C) e Aristóteles (384 a.C – 322 a.C), que
deixaram contribuições relevantes quanto à classificação dos seres vivos. As
interpretações filosóficas buscavam explicações para a compreensão da natureza.
A incursão pela história e filosofia da ciência permite identificar a concepção de ciência presente nas relações sociais de cada momento histórico, bem como
as interferências que tal concepção sofre e provoca no processo de construção de
conceitos sobre o fenômeno VIDA, reafirmado como objeto de estudo da Biologia.
A ciência sempre esteve sujeita às interferências, determinações, tendências e transformações da sociedade, aos valores e ideologias e às necessidades
materiais do Homem. Ao mesmo tempo em que sofre a sua interferência, nelas interfere (ANDERY, 1988; ARAÚJO, 2002).
268
Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser entendida
como processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY, 1988).
O avanço da Biologia, portanto, é determinado pelas necessidades materiais do ser
humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento histórico. De fato, o
ser humano sofre a influência das exigências do meio social e das ingerências econômicas deles decorrentes, ao mesmo tempo em que nelas interfere.
A disciplina de Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes,
por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo –
o fenômeno VIDA – em sua complexidade de relações. Nesse contexto, o ato de observar extrapola o olhar descomprometido ou o simples registro, pois inclui a identificação de variáveis relevantes e de medidas adequadas para o uso de instrumentais.
Entretanto, considera-se a intencionalidade do observador, uma vez que ele é o sujeito do processo de observação, o que implica reconhecer a sua subjetividade.
O Ensino de Biologia tem como objetivo, relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento; priorizar o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos, e propiciar reflexão constante sobre
as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes , bem como
abordar conteúdos de forma integrada, destacando os aspectos essenciais do objeto
de estudo relacionando-os nas diferentes disciplinas do conhecimento.
Tais relações deverão ser resolvidas ao longo do Ensino Médio permitindo ao aluno a compreensão de fenômenos físicos, químicos e biológicos, orientando
e subsidiando os alunos para que munidos de conhecimento sejam capazes de agir
adequadamente no meio em que vive tomando decisões racionais sobre questões
de sua vida e de outros seres que nela interagem.
Com base no pensamento mecanicista, a ciência, no ensino, tinha reforçada a sua tradição descritiva, cuja metodologia estava centrada em aulas expositivas e também era adotado o método experimental como instrumento de reforço à teoria científica.
Sendo que na década de 1930, com a criação dos cursos superiores de
ciências naturais, os currículos escolares ampliaram a abordagem dos conhecimentos biológicos, considerando também os fatores sociais e econômicos, em termos
manteve-se a ênfase no conteúdo, num ensino por natureza descritivo, livresco, teórico e memorístico.
269
Na década de 1950, a tendência da abordagem pedagógica em ciências
era tratar os conteúdos considerando os vários grupos de organismos separadamente, e as suas relações filogenéticas ( KRASILCHIK, 2004, p. 14). As aulas práticas ti nham como meta tão somente ilustrar as aulas teóricas.
No final dos anos de 1950, com a União Soviética em vantagem na corrida espacial, o ensino de ciências foi questionado tanto nos Estados Unidos quanto
na Inglaterra, o que gerou importantes investimentos na formação docente e na produção de material didático naqueles países.
Na década de 1960, os Estados Unidos produziu um material curricular
para a disciplina de Biologia. Foram escritos três diferentes cadernos que abrangem
os conteúdos bioquímicos, ecológicos e celulares.
Na década de 1970, sob o impacto da revolução técnico-científica, as
questões ambientais decorrentes da industrialização desencadearam uma nova concepção sobre o ensino de ciências e passou-se a discutir as implicações sociais do
desenvolvimento tecnológico e científico.
Em 1980, a redemocratização do Brasil colocou em pauta pesquisas sobre a aprendizagem dos conceitos científicos, envolvendo a psicogênese desses
conceitos e suas implicações na aprendizagem das ciências.
Na década de 1990, as discussões sobre os processos de ensino-aprendizagem em ciências foram “ prioritariamente desenvolvidas a partir dos modelos de
mudança conceitual. No campo da mudança conceitual, as concepções prévias dos
alunos, que de início eram consideradas erradas, passaram a ser consideradas
como concepções alternativas.
Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio, para normalizar a LDB n. 9.394/96. O ensino passou a ser organizado
por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.
As Diretrizes Curriculares fundamentam na concepção histórica da ciência
articulada aos princípios da filosofia da ciência.
270
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ORGANIZAÇAO DOS SERES VIVOS: Este conteúdo possibilita conhecer os
modelos teóricos historicamente construídos que propõem a organização dos seres
vivos, relacionando-os as existência de características comuns entre estes e sua
origem única (ancestralidade comum). Deve abordar a classificação dos seres vivos
como uma tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, de maneira
a agrupar e categorizar as espécies extintas e existentes
MECANISMOS BIOLÓGICOS: Privilegia o estudo dos mecanismos que explicam
como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Deve abordar desde o
funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos,
como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração, até o estudo dos
componentes celulares e suas respectivas funções.
BIODIVERSIDADE: Possibilita o estudo, a análise e a indução para a busca de
novos conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade. Deve
abordar a biodiversidade num processo integrado e dinâmico e que envolve a
variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas
estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos evolutivos pelos
quais os seres vivos tem sofrido transformações.
MANIPULAÇÃO GENÉTICA: Trata das implicações dos conhecimentos da Biologia
Molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade
de manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito
biológico da VIDA como fato natural, independente da ação do ser humano.
Deve abordar os avanços da biologia molecular, as biotecnologias aplicadas e os
aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação
genética, permitindo compreender a interferência do ser humano na diversidade
biológica.
271
2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESTRUTURANTES
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e
Organização dos
Seres vivos.
filogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
Mecanismos
Biológicos.
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
Teorias evolutivas.
Transmissão das características hereditárias.
Biodiversidade.
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos
e interdependência com o ambiente.
Manipulação
Genética.
Organismos geneticamente modificados.
272
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Analisando a prática pedagógica, o professor deverá saber quais os
objetivos e expectativas a serem atingidos. Faz-se necessário também conceituar o
fenômeno Vida em distintos momentos da história , articulados à cultura cientifica,
socialmente valorizada. Nesse sentido, a concepção de ciência se agrega às
atividades propostas para dar significados às atividades desenvolvidas com os
alunos, tais como: aulas expositivas e dialogadas , demonstrativas, leituras e
escritas, pesquisas, apresentação de trabalhos e experimentos realizados no
laboratório de Biologia, estudo do meio, jogos didáticos, aula de campo, tendo a
clareza que estes devem ser problematizadores para que se possa contribuir na
formação de um sujeito intelectualmente autônomo.
As práticas pedagógicas e metodológicas deverão ser direcionadas de
maneira que respeitem e minimizem as diferenças e possibilitando assim a
democratização do saber, onde todos possam interagir. Proporcionando aos
educandos a curiosidade e o gosto de aprender. Desta forma, os alunos habituam
com as situações ecológicas, ambientais reais, valorizando-os como sujeitos que
possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra.
Por intermédio de Metodologia adequada na qual introduz a visão crítica da
sociedade e junto de sua classe produz o conhecimento, fazendo com que o aluno
construa durante todo o processo ensino-aprendizagem seu próprio resultado obtido
através dos conteúdos estruturantes e específicos. Onde os problemas existem, e
são passíveis de avaliações pessoais consistentes, que a partir desta possam ser
vistas de uma forma crítica e, principalmente atuante, podendo fazer desta vivência
um
aprendizado
ponderando
e
questionando
a
própria
existência
e
a
interdependência de todos os organismos biológicos, seus fenômenos, causas e
consequências.
Para que isso ocorra Saviani (1997) e Gasparin (2002) apontam algumas
estratégias pedagógicas onde o ensino dos conteúdos de Biologia necessitam de
apoiar-se:
• a prática social se caracterize como ponto de partida, cujo objetivo é
perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de
273
uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser
trabalhado;
• a problematização implique o momento para detectar e apontar as
questões a serem resolvidas na prática social e, por consequência, estabelecer que
conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as exigências
sociais de aplicação desse conhecimento;
• a instrumentalização consiste em apresentar os conteúdos sistematizados
para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção
pessoal e profissional. Os alunos devem se apropriar das ferramentas culturais
necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que vivem;
• a catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo
aluno e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais,
transformados em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a
entender e elaborar novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para
a conscientização;
• o retorno à prática social se caracterize pela apropriação do saber concreto
e pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a
construção de uma sociedade mais igualitária. A visão sincrética apresentada pelo
aluno no início do processo passa de um estágio de menor compreensão do
conhecimento científico a uma fase de maior clareza e compreensão, explicitada
numa visão sintética. O processo educacional põe-se a serviço da referida
transformação das relações de produção.
Quanto a abordagem das culturas o Ensino de Biologia, ao contemplar a Lei
nº 10.639/03, referente a “História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Igualmente
para
a
história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei n.
11.645/08. Serão desenvolvidas
práticas pedagógicas como:
Trabalhos de
pesquisa e investigação acerca de técnicas já utilizadas no passado, análises que
envolvam a constituição genética da população brasileira com a intenção de resgate
e valorização da igualdade cultural e promover a valorização da cultura rural. Os
conteúdos específicos a serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos
conteúdos estruturantes quanto aos conteúdos básicos da disciplina de forma
contextualizada, favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural.
Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância
274
com a Lei n. 9.795/99, este deverá ser uma prática educativa integrada, continua e
permanente
no
desenvolvimento
dos
conteúdos
específicos
de
forma
contextualizada.
Na Educação do Campo, a pesquisa é essencial para que se desvelem as
relações sociais de produção, os saberes que estão presentes no cotidiano do trabalho, da organização política, da negociação econômica dos produtos. Torna-se necessário resgatar a identidade cultural desses alunos que vivem no campo e enfrentam obstáculos que a realidade impõe.
Temas atualmente evidentes como Cidadania e Direitos Humanos, Enfrentamento à Violência , Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Ambiental,
Gênero e Diversidade Sexual permearão as aulas de Biologia, onde se oportunizará
debates, pesquisas bibliográficas, recortes de filmes , com o auxílio dos laboratórios
de Práticas e Informática, para maior contextualização do assunto.
No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como : Slides,
DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, recortes de filmes, vídeos, imagens, aulas
práticas em laboratório de Ciências e de Informática, Internet, dentre outros.
O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem,
orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo
que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias
habilidades.
275
4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO
Baseando-se na Lei Diretrizes e Bases ( LDB) 9394/96 que
avaliação
considera a
como um processo “ continuo e cumulativo, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos” (DCE 2009).
Neste sentido, a avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e
aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua
prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que
devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de
aprendizagem individual ou de todo grupo.
Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de
consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de
seu investimento na tarefa de aprender.
“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e
aprendizagem, e não uma etapa isolada”. (Libâneo 1994, p.200).
Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual
e diagnóstica, através de instrumentos como: relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas, atividades escritas ( provas, relatórios, dissertações,
sínteses, produção de texto), seminários, participação em debates e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem, utilizando-se de
critérios previamente estabelecidos no Plano de Trabalho Docente, de acordo com
as Diretrizes Curriculares da Educação Básica , para a disciplina de Biologia, considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos , as diferentes
formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos.
É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral,
a escrita, a gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as diferentes
aptidões dos alunos.
Pensando
na
avaliação/recuperação
os
meios
de
estímulo
ao
desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não
ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testagem, mas sim de um
conjunto de tarefas e observações que o professor solicita aos alunos, gerando
informações
que
possibilitam
perceber
tendências
e
decidir
quanto
aos
276
encaminhamentos mais apropriados.
Dessa forma procura-se ofertar um
atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais.
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da
nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais
e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula
zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0
(dez virgula zero).
A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma
paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem
dificuldade
no
conteúdo
trabalhado, este
será
retomado,
com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados;
podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual
durante as horas atividade do professor.
Nestes termos, avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem do
estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos
escolares e do objeto de estudo de Biologia , visando uma aprendizagem realmente
significativa para a sua vida.
277
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica: Biologia. Curitiba: SEED, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
278
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
NÍVEL: ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: KÁTIA CILENE DOS SANTOS SANCHES
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
KALORÉ
2012
279
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
1.1 Dimensão Historia da Disciplina de Educação Física
A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil,
optou-se, nestas Diretrizes Curriculares, por retratar os movimentos que a
constituíram como componente curricular.
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas
corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa,
Sob a égide de conhecimentos médicos e da instrução física militar,a então
denominada ginástica surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação como
desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros, esse
modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando ao
aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza, a
agilidade e a resistência além de visar à formação do caráter, da auto disciplina, de
hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico.
O termo educação física escrito em letras minúsculas representa os
diferentes
conhecimentos
sistematizados
sobre
práticas
corporais
que
historicamente circunscrevem o cotidiano escolar, posteriormente, o termo será
escrito em letras maiúsculas, o que representa a disciplina curricular de Educação
Física, institucionalizada nas escolas brasileiras a partir do século IX.
No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de
Educação Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a
partir de 6 anos de idade e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto
publicado pelo então Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos, Propõe
também a criação do Conselho Superior de Educação Física com o objetivo de
centralizar,coordenar e fiscalizar as atividades referentes ao Desporto e à Educação
Física no país e também a elaboração do Método Nacional de Educação Física.
(LEANDRO, 2002).
Assim tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de
lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os
seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé:
corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa etc.
280
1.2 - História da Educação Física
De acordo com os filósofos
a
Educação física
não
é apenas algo
artificial é, um conjunto de atividade física não competitivo mais sim
com fim
relativo, e tem como objetivo regular a saúde humana.
Altrora as pessoas viam a educação física como algo apenas artificial onde
não estabelecia a possibilidade de uma modificação anatômica, onde adquiria
melhor qualidade de vida e saúde.
Especialização é de suma importância dentro do curso de educação física
porque a graduação é apenas um meio pelo qual podemos
descartando a possibilidade de um
profissional
adquiri. Não estamos
graduado mas sabemos que a
especialização é necessária, através da medicina que podemos analisar nossos
estados de saúde, ela pode avaliar os tipos de exercício ou esporte que podemos
pratica.
Sem estes conhecimentos muitas pessoas acabaram morrendo, sem ter
conhecimentos de sua saúde, René máheu diz que Educação Física
é cultura e um espetáculo esportivo, onde esta
contida os seus valores
como dança, teatro, música e jogo etc...Em outras palavras tal
cultura esta
contida no mundo artístico. dentro
o
desta nem todos
tem
mesmo
desenvolvimento porque cada endivido reagem de uma forma, podemos ver que a
cultura
física
ela
é
muito
abrangente
e
não
se
limita.
Quando falamos de jogo não falamos apenas de futebol porque o jogo não limita
nu âmbito, por isso contribui para relaciona
as pessoas entre as outras. Jogo
pode ser uma atividade voluntária ou competitiva.
Física no mundo esportivo é considerada uma grande atração
conquista todo
que
o publico contemporâneo. no esporte o jogo não são apenas
voluntário mais com o fim lucrativo e a uma grande competição.
1.3 - A Educação Física no Brasil
A história da Educação Física no Brasil é muito rica, principalmente por estar
intimamente ligada à política educacional adotada por cada governo, criando assim,
de acordo com o período político um tipo de educação física. Em seu processo de
introdução a Educação Física contou com a contribuição de vários setores
diferenciados da sociedade como os colonos, imigrantes, militares, isto em
diferentes momentos e partes do país, com o objetivo de proporcionar o lazer, a
281
formação corporal, e a disciplina, utilizando jogos, exercícios físicos, recreações e
competições. A intenção não é aqui transformar as informações obtidas através da
revisão de literatura feitas uma verdade absoluta sobre esta história. É importante
observar todo o contexto político, econômico e social que atua diretamente na
definição dos rumos da Educação Física, o objetivo aqui é, respeitando a opinião de
cada autor citado tentar compreender e interpretar os fatos.
282
2. CONTEÚDOS
Esporte
Jogos e Brincadeiras
Dança
Ginástica
Lutas
2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos
1º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
Esportes
Jogos e Brincadeira
Dança
Ginástica
Lutas
CONTEUDOS BÁSICOS
Coletivos
Individuais
Radical
Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras de Cantigas de Roda
Jogos de Tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos Cooperativos
Danças Folclóricas
Danças de Salão
Danças de Rua
Ginástica Artística Olímpica
Ginástica de Academia
Ginástica Geral
Lutas de Aproximação
Lutas que mantêm a distancia
Lutas com Instrumentos mediador
Capoeira
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esportes
Jogos e Brincadeira
CONTEUDOS BÁSICOS
Coletivos
Individuais
Radical
Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras de Cantigas de Roda
Jogos de Tabuleiro
Jogos dramáticos
283
Jogos Cooperativos
Dança
Ginástica
Lutas
Danças Folclóricas
Danças de Salão
Danças de Rua
Ginástica Artística Olímpica
Ginástica de Academia
Ginástica Geral
Lutas de Aproximação
Lutas que mantêm a distancia
Lutas com Instrumentos mediador
Capoeira
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esportes
Jogos e Brincadeira
Dança
Ginástica
Lutas
CONTEUDOS BÁSICOS
Coletivos
Individuais
Radical
Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras de Cantigas de Roda
Jogos de Tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos Cooperativos
Danças Folclóricas
Danças de Salão
Danças de Rua
Ginástica Artística Olímpica
Ginástica de Academia
Ginástica Geral
Lutas de Aproximação
Lutas que mantêm a distancia
Lutas com Instrumentos mediador
Capoeira
2.2 Elementos Articuladores dos Conteúdos Estruturantes para a Educação
Básica
Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido
tratados na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos elementos articuladores,tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos paralelos, nem tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada.
Como articuladores dos conteúdos, podem transformar o ensino da Educação Física na escola, respondendo aos desafios anteriormente descritos.
284
Nestas Diretrizes, propõem-se os seguintes elementos articuladores:
• Cultura Corporal e Corpo;
• Cultura Corporal e Ludicidade;
• Cultura Corporal e Saúde;
• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
• Cultura Corporal e Desportivização;
• Cultura Corporal – Técnica e Tática;
• Cultura Corporal e Lazer;
• Cultura Corporal e Diversidade;
• Cultura Corporal e Mídia;
285
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado
nestas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes
propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação
Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos
capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal
consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar
e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a
comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o
senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física
e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas
metodologias, nas práticas e nas reflexões.
Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio
da Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na
desportivização das práticas corporais. No entanto, esse conhecimento é transmitido
e discutido com o aluno, levando-se em conta o momento político, histórico,
econômico e social em que os fatos estão inseridos.
Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo
“teórico”, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo
central a construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo
tempo, a expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos
propostos e a reflexão sobre o movimento corporal.
Ao trabalhar com o conteúdo estruturante, pode inserir questões envolvendo
as diversas dimensões sociais em jogos que requeiram maior capacidade de
abstração por parte do aluno.
Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação
Física na Educação Básica, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o
aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira
leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização
do aluno para a construção do conhecimento escoalr.
286
Apresentação dos conteúdos sistematizados, para que tenham condições de
assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo, assim, as atividades relativas à
apreensão do conhecimento através da prática corporal.
É possível efetivar um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de
ensino/aprendizagem, transformando-se intelectual e qualitativamente em relação à
prática realizada.
Com conteúdo específico, a capoeira pode também vir a ser excludente,
caso não sejam respeitadas as limitações e possibilidades corporais, sociais e
culturais de cada aluno. O objetivo é que os alunos compreendam com a capoeira,
que outrora foi uma manifestação cultural e de libertação com a singularidade de
cada participante, além da possibilidade de vivenciar a capoeira, sem preocupação
com a técnica como parâmetro único e exclusivo.
Deve se reconstruir, com os educandos, os movimentos da capoeira, com a
representação da presa e do predador, sob o enfoque do respeito pelas
possibilidades físicas de cada um, o que significa que qualquer aluno pode praticar
capoeira, sem necessidade de conhecimento prévio, ou de ter participado de algum
grupo.
O papel da educação Física é desmitificar formas arraigadas e não refletidas
em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente
produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o
conhecimento sistematizado, como oportunidade para para reelaborar ideias e
atividades que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos
pela humanidade e suas implicações para a vida.
É preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências
objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva,
sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.
Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e
oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos
indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento
Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa
Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas
e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-
287
descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade
Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros
estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim
de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos.
No desenvolvimento das atividades durante as aulas de Educação Física,
serão utilizados recursos como : Slides,
DVDs, CDs, TV Pendrive, recortes de
filmes, vídeos, imagens, internet, músicas, bolas, cones, cordas, elásticos, bambolê,
rede, dentre outros.
O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem,
orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo
que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias
habilidades.
288
4. AVALIAÇÃO
A avaliação caracteriza-se, nesta proposta, como elemento integrador entre
aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de construção de
conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de atuações que tenha
função de diagnosticar, de perceber o domínio dos conteúdos, de superar as
dificuldades através da realimentação dos conteúdos e de apreciar criticamente o
próprio trabalho. Para o aluno é um instrumento de tomada de consciência das suas
conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na
tarefa de aprender.
Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os
alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à necessidade de
sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes instrumentos poderão
estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como forma sistemática de
valorização e reflexão, representando a forma concreta de apropriação por parte dos
alunos, do conhecimento socialmente construído, revelando quando utilizados que
intenções e aspectos deste conhecimento estão sendo valorizados.
Ao selecionar os instrumentos de avaliação que serão empregados poderão
ser levantados, além dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e
subjetivos relacionados aos resultados, suas relações com diferentes contextos de
aplicação e o significado que esses trarão para a construção do conhecimento
pessoal do aluno e para a coletividade à qual pertence.
Inicialmente far-se-á a Avaliação Diagnóstica para detectar o grau de
conhecimento e de dificuldades do educando.
A avaliação deve se materializar em cada aula, (Observação Constante Do
Aluno Feita Pelo Professor) considerando sua aplicação e conseqüência
pedagógica, política e social, referenciada nos interesses individuais e coletivos,
ampliando as possibilidades corporais. Essas possibilidades envolvem aspectos
de conhecimento, habilidades, desempenho no conteúdo vivenciado, atitudes
e condutas sociais, considerados dentro da concepção da totalidade humana, isto
é, da concepção de que o aluno é um ser uno e único e de que ambos, professor e
aluno assumirão responsabilidades na perspectiva de uma avaliação participativa.
289
A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa
conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.
De acordo com o regime escolar do Colégio Estadual Alvorada da Infância
sendo que o processo somativa e acumulativa será composto pela somatória das
notas
6,0 (seis vírgula zero) referentes ás atividades diversificadas realizadas
(tarefas, trabalhos, seminários, aula pratica, desempenho do aluno no conteúdo
proposto,
participação
nas
aulas teóricas, mais 4,0 (quatro vírgula zero),
resultados de avaliações como provas escritas, testes e pesquisas, totalizando
média final 10,0 ( dez virgula zero).
A recuperação dos estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples,
os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação
do
aluno, então é preciso investir em todas as estratégia e recursos possível para que
ele aprenda.
A recuperação e justamente isso, o esforço de retomar de volta os
conteúdos, de modificar os encaminhamentos metodológicos para assegurar a
possibilidade de aprendizagem, neste sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdos
Assim, a avaliação do professor ensino-aprendizado, entendida como
questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada
pela
perspectiva de investigar para intervir.
A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza
dos critérios de avaliação, elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a
diversidade de instrumento e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes varias
oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento.
Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o
desenvolvimento dos processos cognitivos.
Por fim, destaca – se, que a concepção de avaliação que permeia o currículo
não pode ser uma escola solitária do professor,a discussão sobre a avaliação deve
envolver o coletivo da escola, para que todos, direção, equipe pedagógica, pais e
alunos), assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante
para formação dos alunos.
A avaliação, conforme estabelecido, no projeto político pedagógico da
escola, subsidia o professor com elemento para uma reflexão continua para a sua
290
prática, ele deve ser contínuo
cumulativo e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do educador e considerar as características individuais
deste, no conjunto dos componentes curriculares cursados, com prepondência dos
aspectos qualitativos.
A recuperação dos estudos, direitos dos alunos, dar - se á de forma
permanente e constantemente ao processo de ensino aprendizagem.
Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, utilizando formas de
expressão que favoreçam a integração grupal, adotando atitudes de respeito mútuo,
dignidade e solidariedade.
Organiza e pratica atividades de cultura corporal, de movimento,
demonstrando capacidade de adaptá-las favorecendo a inclusão de todos;
Reconhece algumas das diferentes manifestações da cultura corporal de
movimento.
Percebe os limites e possibilidades do próprio corpo de forma a, poder
controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e, a
valorizá-las como recurso para melhoria de sua aptidão física.
291
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica: EDUCAÇÃO FÍSICA. Curitiba: SEED, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
292
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: FILOSOFIA
NÍVEL: ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: MARLI DE FÁTIMA BURANELLO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE FILOSOFIA
KALORÉ
2012
293
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A
Filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado,
fechado em si mesmo. Ela é antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar
os acontecimentos além da sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para
qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos;
pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua
vida cotidiana. Diz-se que a Filosofia incomoda certos indivíduos e instituições
porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é,
questiona a prática política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística.
Desse modo, compreender a importância do ensino de Filosofia no Ensino
Médio é entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno.
Cabe a ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais
para os homens, em cada época.
A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática
e deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a
radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao
instituir a disciplina de Filosofia no Ensino Médio, a busca pelo ensino da reflexão
filosófica, instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar
em sua realidade.
A disciplina de Filosofia tem como objetivos:
•
Refletir
criticamente
o
conhecimento
científico,
conhecendo
e
analisando todo o processo de construção da ciência do ponto de vista lógico,
linguístico, sociológico, político, filosófico e histórico;
•
Propiciar a reflexão filosófica para que os educandos compreendam,
interpretem conteúdos de forma interdisciplinar;
•
Possibilitar ao estudante desenvolver um estilo próprio de pensamento
que priorize a capacidade de criar novos conceitos e interagir como meio de
desvendar a realidade social;
•
Sensibilizar os educandos quanto as temáticas a serem trabalhadas,
levando-os a problematizar, investigar, compreender e a construir novos conceitos
294
que delimitarão as ações de um cidadão consciente e atuante.
295
2. CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes etão presentes em todos os períodos da história
da Filosofia, na antiga medieval, moderna e contemporânea. Eles são dimensões da
realidade que dialogam continuamente entre si, com as ciências, com a arte, com a
história, enfim, com as demais disciplinas, tornando-se elementos mediadores
fundamentais para que possa desenvolver o específico do ensino da Filosofia: a
problematização, a investigação e criação de conceitos.
Nessa perspectiva torna-se de suma importância a articulação entre os
conteúdos, propiciando uma prática pedagógica enriquecedora, privilegiando a
atividade reflexiva. Uma vez que, o conteúdo Mito e Filosofia, permite ao homem
criar pensamento e aí situa-se tanto o mito como a racionalidade, princípios
fundamentais para o homem desenvolver ideias, sistemas, leis, códigos e práticas. E
a partir da Teoria do conhecimento encontrar caminhos e respostas diferenciadas
para as problemáticas levantadas.
Assim, a reflexão Ética se faz necessária no espaço escolar, já que o agir
fundamentado propicia consequências melhores e mais racionais que o agir sem
razão.
Entrelaçando e Filosofia Política, que abrange a problematização de
conceitos como de cidadania, democracia, justiça, igualdade e liberdade. Nessa
ótica vê-se a Filosofia da Ciência como fundamental para a produção do
conhecimento científico capaz de questionar cada conceito, visão e ideia.
A busca dessa compreensão envolve a sensibilidade, criatividade, que é o
objeto de estudo do conteúdo de Estética que está intimamente ligada a realidade
humana, à capacidade dos sujeitos tornarem-se críticos e atuantes no mundo.
2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
MITO E FILOSOFIA
CONTEÚDOS
BÁSICOS
Saber mítico;
Saber filosófico;
Relação Mito e filosofia;
Atualidade do mito;
O que é filosofia?
296
TEORIA DO
CONHECIMENTO
ÉTICA
Possibilidade do conhecimento;
As formas de conhecimento;
O problema da verdade;
A questão do método;
Conhecimento e lógica
Ética e moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito
e a necessidade das normas.
FILOSOFIA
POLÍTICA
Relações entre comunidade e
poder;
Liberdade e igualdade política;
Esfera pública e privada;
Cidadania
formal
e/ou
participativa.
FILOSOFIA
DA CIÊNCIA
Concepções de ciência;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da
ciência;
Ciência e ideologia;
Ciência e ética.
ESTÉTICA
Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas – feio, belo,
sublime, trágico, cômico, grotesco,
gosto, etc.;
Estética e sociedade.
297
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as
aulas serão ministradas no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade,
analisar, comparar, decidir, planejar e expor ideias, bem como ouvir e respeitar as
de outrem, configurando um sujeito crítico e criativo.
Igualmente, as atividades desenvolvidas em sala de aula deverão ser baseadas
nos temas tratados, exigindo: a sensibilização propriamente dita (através da
problematização de questões locais, questionamentos dos alunos, uso de textos
e/ou filmes, etc.), aulas expositivas (com abertura de debates e opiniões pessoais),
pesquisa online de temas atuais, estudo e reflexão de textos de caráter filosófico,
redação de atividades que demonstrem compreensão por parte dos alunos dos
temas trabalhados, com possibilidade de criarem novos conceitos ou reformularem
os que existem.
O encaminhamento da metodologia utilizada nas aulas de Filosofia deve
fornecer subsídios que encaminhem na construção de valores importantes na
formação do estudante do Ensino Médio: solidariedade; responsabilidade e
compromisso pessoal.
Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e
oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos
indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento
Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa
Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas
e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade
Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros
estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim
de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos.
298
4. AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO
De acordo com a lei nº 9394/96 de Diretrizes Curriculares para a Educação
Básica, a avaliação tem como objetivo “formar sujeitos que construam sentidos para
o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são
frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã
e transformadora na sociedade”. (SEED, 2008, p. 31)
Dessa forma, a avaliação, visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos, para tomada de decisões
necessárias para que essa aprendizagem se concretize, aproximando a escola da
comunidade e da sociedade como um todo, no contexto histórico atual e no espaço
onde se insere os alunos.
A proposta de trabalho e a avaliação devem servir na contribuição para o
educador verificar sua prática, como também na construção do conhecimento por
parte do educando, de forma que possa perceber seu próprio crescimento e sua
contribuição coletiva. Será, portanto, de caráter diagnóstico e contínuo, respeitando
o ritmo individual de aprendizagem, adotando os seguintes instrumentos avaliativos:
Textos produzidos pelos alunos;
Participação em sala de aula durante os debates;
Atividades e exercícios realizados em sala e extraclasse;
Atividades de pesquisa online;
Oralidade (opiniões e sugestões coerentes, durante as discussões);
Apresentação de temas (oral ou escrito) de pesquisas realizadas;
Registro das aulas.
Para a análise do progresso dos alunos, é preciso que o educador conheça o
que o estudante pensava antes de trabalhar determinado conceito, para poder
realizar as seguintes comparações:
•
Qual discurso tinha antes;
•
Qual conceito trabalhou;
•
Qual discurso tem após;
•
Qual conceito trabalhou;
De acordo com o Regimento Interno e do Projeto Político Pedagógico, será
299
ofertado aos alunos que não alcançarem a nota máxima 10,0 (dez) a avaliação de
recuperação dos conteúdos, sendo esses avaliados de suas formas: atividades de
sala, trabalhos extraclasse, apresentações e debates, com valor 6,0 (seis virgula
zero) e avaliação bimestral com valor 4,0 (quatro virgula zero).
300
5. REFERÊNCIAS
_________. História da Filosofia. Lisboa: Ed. Presença, 1970.
BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6.
ed. Petrópolis: Vozes, 1007.
DURANT, Will. A história da filosofia. Rio de Janeiro: Nova Cultural, 1996.
DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA – SEED – Secretaria de Estado da
Educação do Paraná – Curitiba: Junho, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio. Kaloré /Jussiara – PR.
301
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: FÍSICA
NÍVEL: ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: CARINA ELIZABETE DA SILVA
LUCIA NITA PLAÇA DAVANÇO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE FÍSICA
KALORÉ
2012
302
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O objeto de estudo da Física é o universo em toda sua complexidade e, por
isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza,
entendida, segundo Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressalte-se
que os conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não
são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo
Homem no intuito de explicar e entender essa natureza.
A disciplina de Física propõe aos educandos o estudo da natureza dando
sentido de realidade sensível, no entanto, é apresentado aos estudantes de ensino
Médio o modelo de elaborações humano.
No período paleolítico, o homem tentava garantir sua subsistência,
observando as variações nos céus, que se iniciou o estudo dos movimentos. Na
idade Média o conhecimento do universo foi associado a Deus, assim a filosofia
medieval cristã submeteu- se a fé e as verdades ao cristianismo, influenciada por
Platão e Aristóteles e a astronomia Geocêntrica.
A Física qual a conhecemos hoje foi inaugurada por Galileu Galilei no séc.
XVI, com uma nova forma de se conceber o universo. Quem completou o que
Galileu e Descartes não chegaram a realizar foi Newton, a submeter o céu e a Terra
às mesmas leis.
Na Inglaterra, séc. XVIII, o capitalismo consolidava a sua formação, com a
incorporação das máquinas e à indústria, mudando a maneira de produzir bens e
dando início a grandes transformações sociais e tecnológicas (máquinas a vapor). É
a revolução industrial burguesa que vai levantar a bandeira da educação gratuita
para todos, até porque precisava se firmar com a classe dominante.
Em 1808, com a vinda da família real ao Brasil o ensino de Física é
traduzida para o nosso país a corte com a preocupação de formar engenheiros e
médicos, de modo a formar as elites dirigentes do país.
No cenário científico mundial, o início do séc. XX é marcado por uma nova
revolução no campo de pesquisa da Física. Em 1905; Einstein propõe a teoria da
relatividade, abrindo caminho para o desenvolvimento da mecânica quântica.
A intensificação do processo de processo de industrialização no país, a
303
partir do ano 1950, tornou a física no Brasil parte dos currículos de ensino
secundário, hoje Ensino Médio.
Com o passar de décadas a Física foi tomando sua forma, lançando
satélites artificiais, desenvolvendo projetos nacionais, informatizando, enfim, surgiu
um novo padrão de formação e qualificação, devido ao uso no setor produtivo.
A física é um conhecimento que permite elaborar modelos de evolução
cósmica, investigar mistérios do mundo sub- microscópio, das partículas que
compõem a matéria, ao mesmo tempo em que permite desenvolver novas fontes de
energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias.
Deve-se permitir em Física a compreensão do conjunto de equipamentos e
procedimentos, técnicas ou tecnologias, do cotidiano doméstico, social e
profissional.
O aprendizado de Física tem características específicas que podem
favorecer uma construção rica em abstrações e generalizações, tanto de sentido
prático como conceitual. A Física tem uma maneira própria de lidar com o mundo,
que se expressa não só através da forma como apresenta, descreve e escreve o
real, mas, sobretudo na busca de regularidades, a conceituação, a qualificação das
grandezas, na investigação dos fenômenos, no tipo de síntese.
Tem-se por objetivo que professor e estudantes compartilhem significados
na busca da aprendizagem que ocorre quando novas informações interagem com o
conhecimento
prévio
do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam,
integram, modificam e enriquecem o saber já existente, que eles trazem não se
constitui numa verdade pronta e acabada, mas que pode funcionar como uma
barreira a formulações de novos saberes. (CARVALHO FILHO, 2006, p. 12),
inclusive com a possibilidade de substituí-lo.
304
2. CONTEÚDOS
Os três conteúdos “Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo”,
foram escolhidos estruturantes porque indicam campos de estudo da Física que, a
partir de desdobramentos em conteúdos pontuais, possam garantir os objetos de
estudo da disciplina da forma mais abrangente possível. Eles foram indicados a
partir da história da Física enquanto campo de conhecimento devidamente
constituído ao longo do tempo, e o entendimento, pelos professores, de que o
Ensino Médio deve estar voltado à formação de sujeitos que, em que sua formação
e cultura, agreguem a visão da natureza, das produções e das relações humanas.
O estudo dos movimentos deve contemplar a compreensão das ideias de
conservação de momentum, pois estão ligadas ao estudo de simetrias e leis de
conservação, além da concepção de homogeneidade dos espaços. Também no
estudo de colisões ou manifestação de recuo. Para os fins de estudos das
partículas. As ideias de espaço, tempo e matéria. Mecânica clássica e relativística e
quântica. Trabalhar ainda o conceito de força, a variação temporal, o impulso ou
teoria newtoniana. Faz se necessária a abordagem do gravitação universal.
No campo da Termodinâmica, os estudos devem caminhar com base nas
Leis, que apresentam os conceitos de temperatura, calor como energia em trânsito,
conservação de energia, os trabalhos de Mayer, Helmholtz, Maxwell e Gibbs. A Lei
Zero dá enfoque as noções de energia em trânsito, equilíbrio térmico, propriedade
termodinâmica. A Primeira Lei demostra a ideia de calor como forma de energia. A
Segunda Lei perpassa a noção de máquinas térmicas, conduzindo ao conceito de
entropia. Enquanto que na Terceira Lei
elabora ideias sobre a quantização da
energia e a consideração de suas moléculas.
Com relação aos conceitos de eletromagnetismo levar aos estudos das
quatro leis do Eletromagnetismo Clássico, possibilitando a compreensão das cargas
elétricas, campo elétrico e magnético. Além da ideia de corrente elétrica e a variação
da corrente no tempo, que levam as equações de Maxwell. Trabalhado ainda os
circuitos elétricos e eletrônicos. Assim sendo importante o trabalho com o efeito
fotoelétrico e a compreensão da descoberta dos quanta de luz, início da mecânica
quântica e à imutabilidade da velocidade luz.
305
2.1 Conteúdos Estruturantes/Básicos
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
BÁSICOS
Conservação
movimentos
de
quantidade
Variação
da
quantidade
movimento( impulso)
de
de
2ª lei de Newton
MOVIMENTO
3ª lei de newton e condições de
equilíbrio
Energia e o princípio da conservação
da energia
Gravitação
Lei zero da Termodinâmica
TERMODINÂMICA
1ª Lei da termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Carga, corrente elétrica, campo e ondas
eletromagnéticas
Força eletromagnética
ELETROMAGNETISMO
Equações de Maxwell: Lei de Gauss /
Lei de Coulomb, lei de Ampère, lei de
Gauss magnética, Lei de Faraday
A natureza da luz e suas propriedades.
306
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Utilizaremos
meios
de
informação
contemporâneos
que
estiverem
disponíveis na realidade do aluno, tais como: jornais, revistas, leituras científicas,
computadores e vídeo, como instrumentos didáticos, incentivando diferentes leituras
e/ou análise crítica.
Estimular visitas a instalações de produção do saber ou da informação, de
forma a permitir ao aluno construir uma concepção significativa da realidade em que
vive.
Analisando a prática pedagógica, o professor deverá saber sobre quais os
objetivos e expectativas a serem atingidos; qual concepção que se agrega às
atividades propostas e dar significados as atividades desenvolvidas com os alunos,
tais como: aulas dialogadas, leituras, pesquisas, debates, relatórios, atividades
experimentais, jogos didáticos, entre outras, tendo a clareza que estas atividades
devem ser problematizadoras, para que possa contribuir na formação de um sujeito
intelectualmente autônomo.
Experimentação em laboratório, dos assuntos estudados, para que o aluno
possa vivenciar a teoria.
A metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e assim
oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos
indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, educação
Fiscal, enfrentamento á Violência na escola, Prevenção ao Uso indevido de drogas,
acompanhando e fortalecendo as ações de inclusão dos desafios Educacionais
Contemporâneos nas Escolas da Rede Pública Estadual.
No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como :
Slides, DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, recortes de filmes, vídeos, imagens,
aulas práticas em laboratório de Informática, Internet, dentre outros. O professor
deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os
estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos
ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades.
307
4. AVALIAÇÃO
A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e
aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua
prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que
devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de
aprendizagem individual ou de todo grupo.
Para avaliar a cada momento, o professor utilizará a avaliação processual
e diagnóstica, através de instrumentos como: relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas, provas escritas, seminários, participação em debates
e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem,
considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos.
Com a diversificação da avaliação levamos em conta todos os aspectos: a
compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto, seja ele
literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; a
capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou
qualquer outro
evento que envolva a Física.
No entanto, a avaliação não será utilizada para classificar os alunos com
uma nota, mas com o objetivo de auxilia- lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só
tem sentido quando utilizada como instrumento para interferir no processo de
aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.
A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo
com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. Como meios
de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um
crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes,
mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos,
de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e
emocional, trabalhos em grupo e
comprometimento, gerando
informações que
possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais
apropriados. Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos
308
alunos com necessidades especiais.
A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os
conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é
necessário que o professor, seja competente na elaboração e construção desses
instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o
adquiriram.
Quantos aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:
A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada;
A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as
leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva
os conhecimentos da Física.
A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura
política e inclui valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e
sociedade. Repensar os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica
desvelar as ideologias em que se apoiam na perspectiva de sua superação.
309
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica: Física. Curitiba: SEED, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações étnico-Raciais e
para o Ensino de história e Cultura afro- brasileira e africana.
310
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: HISTÓRIA
NÍVEL: ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: LUCIANE CHAMORRO RODRIGUES
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE HISTÓRIA
KALORÉ
2012
311
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A História, enquanto disciplina escolar, terá como espaço de tempo
abordado os anos de 1970 até os dias atuais. Através deste recorte, objetiva-se
expor as principais características do currículo da disciplina, suas permanências e
mudanças, juntamente com a inserção da produção historiográfica nas práticas
escolares, pois estende-se que o conhecimento histórico é selecionado e construído
a partir das experiências sociais de todos os sujeitos e não apenas de um grupo
fechado e elitista. Além disso, as sugestões para os conteúdos estruturantes devem
privilegiar campos da investigação da história cultural, social, econômica e política,
com significativa tematização dos mesmos e à luz da Nova História Cultural,
inserindo-se, assim, conceitos relativos à consciência histórica e a reflexão.
A intenção e objetivo da história é que o aluno desenvolva a capacidade de
observar, extrair informações e interpretar características da realidade do seu
entorno, estabelecendo relações entre as conjunturas atuais e históricas, pois
quando nos propomos a levar aos alunos os vastos conteúdos históricos, o mesmo
não pode se limitar a uma simples enumeração cronológica dos fatos ou pertencer
ao modelo eurocentrista de estudo sobre a História.
Dessa forma, o ensino de História favorece a formação do aluno como
cidadão, construindo sua ética e sua cidadania, e possibilitando, de certa forma, que
assuma a participação nas esferas sócias, políticas, econômicas, através de uma
atitude crítica da realidade na qual se insere, além de possibilitar ao aluno refletir
sobre os seus valores e suas práticas cotidianas e relacioná-las com as
problemáticas históricas, proporcionado, por sua vez, uma interligação entre o
passado e o presente.
Sendo assim, a partir da definição teórico-metodológica que nortearia o
ensino de História no Paraná, iniciou-se o processo de elaboração das diretrizes
curriculares, processo esse, que teve a participação de todos os professores do
Estado através de cursos, capacitação e formação continuada. Essa discussão entre
todos os profissionais da educação proporcionou uma contribuição democrática para
a elaboração deste novo documento.
Referente a cultura afro-brasileira, destaca-se a inclusão nas diretrizes
312
curriculares da lei 10.639/03, que procura demonstrar a possibilidade do convívio
pacifico dos diversos grupos étnico-racial, reforçando a auto estima dos alunos
negros e procurando demonstrar a importância de seus antepassados para a
formação da nação brasileira. Tudo isso possui o objetivo primordial de desconstruir
o mito da democracia racial, que é a condição necessária para se alterar a produção
e o ensino da história do negro no Brasil.
O processo de ensino aprendizagem na disciplina de história, busca:
Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos, mantendose as diferenças e a luta contra as desigualdades;
Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempo;
Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento
interdisciplinar;
Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar
diversidade social considerando
critérios étnicos;
Dominar procedimentos de pesquisa escolar, produção de textos, aprender a
observar e colher informações de paisagens e registros escritos, iconográficos,
sonoros e materiais;
Utilizar fontes históricas nas pesquisas escolares;
Caracterizar e distinguir relações sociais de trabalho em diferentes realidades
históricas;
Enfatizar a História do Brasil e a História do Paraná e inserir conteúdos da História
Afro-brasileira e Africana no contexto.
313
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Para a seleção dos conteúdos a serem trabalhados no Ensino Médio, deve-se
levar em conta que os conceitos utilizados na disciplina de História são
historicamente construídos, tendo pôr sua vez, uma forte relação com o processo de
surgimento e constituição das diversas formações sociais. Estes conceitos são
instrumentos que permitem ao professor e ao aluno refletir sobre a prática,
construindo assim, a percepção da formação da consciência histórica nesses
sujeitos.
Os conteúdos estruturantes de História são:
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Os conteúdos básicos são :
•
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
•
Urbanização e Industrialização
•
O Estado e as Relações de Poder
•
Os Sujeitos, as Revoltas e as Guerras
•
Movimentos Sociais, Políticos, Culturais e as Guerras e Revoluções
•
Cultura e Religiosidade
314
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Pôr possuir como princípio a recusa de uma concepção de história tida como
pronta e definitiva, sem diálogo com outras vertentes historiográficas, as Diretrizes
Curriculares de História, elaboradas por uma equipe de professores da SEED,
possuem como fundamentação teórico-metodológica o suporte na historiografia
intitulada Nova História Cultural ou Nova Esquerda Inglesa, que realizam a crítica
aos modelos das “verdades”, das generalizações e dos determinismos. Essa nova
proposta metodológica norteia o trabalho dos professores de história para que
abordem com maior ênfase, em sala de aula, a história cultural, a história “vista de
baixo para cima”, a utilização de documentos históricos, tematização entre a macro
e a micro história, amenizando, desta forma, os modelos eurocêntricos e préestabelecidos.
O Ensino de História deve contemplar a legislação vigente/ Desenvolvimento
Socioeducacional, referente a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos
Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei nº
9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos,
Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos
e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de jornais,
pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola.
O uso da biblioteca também é fundamental, cabendo ao professor orientar os
alunos no conhecimento do acervo específico, as obras que podem ser consultadas,
incluindo os bons hábitos de manuseio e conservação das obras.
É tarefa de o professor investigar nos alunos, suas capacidades de questionar
e criticar conteúdos e as abordagens existentes no contexto consultado, de modo
que constituam gradativamente, autonomia na busca do conhecimento.
Conceituar a história, diante de uma escola de campo, torna-se necessário
resgatar a identidade dos povos do campo, para valorizar o seu trabalho, a sua
história, o seu jeito de ser, os seus conhecimentos, a sua relação com a natureza e
como ser da natureza. Trata-se de uma valorização que deve se dar pelos próprios
povos do campo, numa atitude de recriação da história.
315
4. AVALIAÇÃO
A Avaliação do Ensino de História é processual e diagnóstica, subsidia todo o
processo ensino-aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo
clareza quanto ao como retornar conteúdos ou conceitos que visam as mudanças de
atitudes.
Como um processo, acompanha as práticas de Ensino a partir da reflexão
crítica nos debates, textos, participação em pesquisas de campo, produção e análise
escrita. Pontos fundamentais que demonstram articulação entre fontes conceituais e
a prática vivida pelo cotidiano do aluno.
Mediante a análise processual do desempenho do aluno, torna-se viável no
ensino de História a recuperação paralela ao estudo dos conteúdos que prevê e
provê meios para a superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista
efetivar
aprendizagens
concretas
e
significativas,
coerentes
ao
contexto
sociocultural, político e ambiental.
De acordo como regimento escolar e o PPP o sistema de avaliação adotado
pelo estabelecimento de ensino é bimestral e será composto pela somatória 6,0
(seis vírgula zero) referente as atividades diversificadas, mais a nota 4,0 (quatro
vírgula zero) proveniente de uma prova escrita e/ou oral, totalizando nota final de
10,0 (dez vírgula zero). A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com
atividades significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos
diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos
não apropriados.
316
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação
do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações
Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba,
2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica: HISTÓRIA. Curitiba: SEED, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
317
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
NÍVEL: ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: DARCI ARAVECHI FERREIRA BURANELLO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE LÍNGUA
PORTUGUESA
KALORÉ
2012
318
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa, desde sua implantação no Brasil, sempre
atendeu aos interesses das classes dominantes; estando, portanto, carregado de
ideologias e pressupostos de subordinação das classes menos favorecidas.
Diante de tal realidade, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná
propõem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela
discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na
construção de alternativas.
Com isso, a Língua Portuguesa torna-se importante porque é através da
linguagem que o homem se reconhece como humano, interage e troca experiências,
compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da
sociedade.
A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica
e socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas
relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição
humana, ela pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho.
Desse modo, esta proposta curricular fundamenta-se na concepção que
norteia o ensino de Língua Portuguesa, que é a sóciointeracionista, em que se
privilegia construção e reconstrução verbal, e não verbal, a socialização dos
conhecimentos, considerando a relação dialógica e o contexto de produção.
Logo, o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteúdo estruturante é o
discurso enquanto prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.
Conceituar a Língua Portuguesa, diante de uma escola do campo, torna-se
necessário resgatar a identidade cultural dos alunos, que vivem no campo e
enfrentam os obstáculos que a realidade impõe.
Com isso, deve-se pensar o currículo como orientações para o professor e
assim garantir uma maior atenção à diversidade, valorizando a identidade, a
expectativa e o interesse, a interação e os objetivos dos alunos, atendendo com
maior precisão as necessidades do alunado e ao ritmo de aprendizado, na
sociedade, em relação à Língua Materna.
A cultura afro merece destaque na Língua Portuguesa, levando em
319
consideração o contexto racial, a diversificação e a miscigenação, vivenciando
através de mimese situações reais: músicas, poesias, teatro, filmes, obras literárias,
pesquisas da cultura afro, debates, textos diversificados e produção textual bem
como, mostra cultural.
Nesse sentido, compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de
práticas sociointeracionais, orais ou escritas, é perceber que ela não existe em si,
mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento
construtivo dessas múltiplas relações e nela se constitui continuamente”. Visto que a
língua é um instrumento de construção da identidade e capaz de contribuir para o
pleno exercício da cidadania.
Tendo e vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de
língua, busca:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de
práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto
tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie
seus conhecimentos linguístico-discursivos;
Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade,
leitura e escrita;
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas
de
expressão
e
compreensão
de
processos
discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão;
Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora na nossa
formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial.
320
2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade
e da escrita se faz através da observação e inclusão; propiciando a interação de
todas as diferenças individuais: psico-sociais, motoras e/ ou audio-visuais;
possibilitando conteúdos pesquisas e avaliação diferenciadas: de forma discursiva,
oral, gestual entre outras.
Visto que as aulas de Língua materna existem efetivamente, no contexto das
múltiplas relações. Compreendendo a linguagem como instrumento de construção
da identidade, e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania. E também
dando ênfase à cultura afro- brasileira, aos laços culturais do passado e do presente,
que nos unem. Contribuindo para que os alunos percebam a dinâmica históricacultural do fazer literário e que a boa literatura transcende os limites de seu tempo e
espaço. Focalizando vários gêneros discursivos: Crônicas, contos, fábulas, novelas,
romances,
biografias,
propagandas,
letras
anúncios,
de
diálogos,
músicas,
fotos,
,
documentários,
narrativas
de
depoimentos,
aventura,
cartazes,
rótulos/embalagens, artigos de opinião, poemas, receitas, telejornais, lendas, peças
teatrais, cartas pessoais, relatos pessoais, relatórios, seminários, debates, charges,
tiras, pinturas, esculturas, fotos, cartazes, entrevistas e reportagens .
2.1 - Conteúdos Básicos
Leitura:
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Discurso ideológico presente no texto;
321
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Contexto de produção da obra literária;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
•
Progressão referencial;
•
Partículas conectivas do texto;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem,
sentido conotativo e denotativo.
Escrita:
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Referência textual;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Ideologia presente no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Progressão referencial;
•
Partículas conectivas;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem,
sentido conotativo e denotativo;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
•
Vícios de linguagem;
•
Sintaxe de concordância;
•
Sintaxe de regência.
322
Oralidade:
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e do interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e gestuais,
pausas...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Análise Linguística:
•
Coesão e coerência;
•
Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições, advérbios,
locuções adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas, substantivos,
substantivos, discurso direto e indireto, vozes verbais, concordância verbal e
nominal, orações condicionais;
•
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
323
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O
ensino
de
Língua
Portuguesa
tem
por
obrigação
promover
o
amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para
que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com
seus próprios pontos de vista. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará
que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na
sociedade.
Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura
dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto,
instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no
contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e
singularidade discursiva.
Nessa
perspectiva,
as
atividades
de
leitura
deverão
propiciar
o
desenvolvimento de uma atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito
presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Para tanto,
as atividades de leitura serão:
• Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;
• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
• Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e
ideologia;
• Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade,
época referência à obra literária, exploração dos estilos do autor, da época, situação
do momento de produção da obra e diálogo com o momento atual, bem como com
outras áreas do conhecimento;
• Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com nãoverbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
• Discussões que relacionem o tema com o contexto atual;
• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
324
e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que
dentam ironia e humor;
• Leituras que suscitam no reconhecimento do estilo, que é próprio de
cada gênero;
• Análises para estabelecer a progressão referencial do texto;
• Leituras para compreensão das partículas conectivas.
Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo
interlocutivo, relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa
forma, elas serão:
•
Produção textual a partir: da delimitação do tema; do interlocutor, do
gênero, da finalidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade e ideologia;
• Uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência
textual;
• Utilização adequada das partículas conectivas;
• Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto;
• Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos
que compõem o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há
uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está
apropriada, se há continuidade temática etc.);
• Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
bem como de expressões que denotam ironia e humor;
• Produções que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de
cada gênero;
• Utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
• Análise da produção textual quanto à coerência, coesão, continuidade
temática, finalidade e adequação da linguagem ao contexto;
• Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos na reescrita dos textos.
325
Já as atividades de oralidade deverão oferecer condições ao aluno de falar
com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias
(interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da
língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o
ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade serão:
• Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do
texto;
• Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos (e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Apresentações que explorem as marcas linguísticas típica da oralidade
em seu uso formal e informal;
• Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralingüísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros;
• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como: seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;
• Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes
(por exemplo: diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc.), a fim de
perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.
Em relação à literatura, esta será trabalhada de acordo com o Método
Recepcional proposto pelas DCEq, buscando efetuar leituras compreensivas e
críticas, sendo receptivo a novos textos e a leitura de outrem, questionando as
leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte cultural, transformando os
próprios horizontes de expectativas. Este trabalho divide-se em cinco etapas e
caberá ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo
com o plano docente e com a turma. Estas etapas são:
•
Determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor: o professor toma
conhecimento e analisa os interesses e o nível de leitura dos alunos;
•
Atendimento do horizonte de expectativas: o professor apresenta
326
textos que sejam próximos aos conhecimentos e às experiências dos alunos;
•
Ruptura do horizonte de expectativas: é a apresentação de obras
que partem da experiência do aluno, mas que também permitem aprofundar seus
conhecimentos;
•
Questionamento do horizonte de expectativas: o professor orienta o
aluno para que este faça uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos;
•
Ampliação do horizonte de expectativas: as leituras oferecidas ao
aluno e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada
de consciência das mudanças e aquisições, levando-o a uma ampliação de seus
conhecimentos.
Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de
leitura, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos
gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim, os
conteudos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais
na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto, as práticas de
análise linguística deverão permitir:
•
A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do
gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;
•
A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua;
•
O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de
construções textuais;
•
A
reflexão
sobre
essas
e
outras
particularidades
linguísticas
observadas no texto, conduzindo o aluno às atividades epilinguísticas e
metalinguísticas, à construção gradativa de um saber mais elaborado, a um falar
sobre a língua.
Nessa perspectiva, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma
vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência
discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais
que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as seguintes etapas:
1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a
descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade
dele para a leitura do texto;
2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno
327
realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o
texto, respondendo as questões: quem produziu? Onde? Quando? Para quê? Para
quem?;
3ª_ plano linguístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua,
ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada;
4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que
aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado,
que tenha sentido para ele, ou seja, que seja de uso efetivo da língua.
A metodologia utilizada pretende também contemplar a legislação vigente e
assim oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos
indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento
Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal, e Programa
Saúde na Escola); Enfrentamento á Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas
e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade
Sexual e Educação do Campo.
328
4. AVALIAÇÃO
A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deverá ser um processo de
aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno o
longo do ano letivo.
Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos
sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e
contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante
todo tempo.
Assim, a avaliação, em Língua Portuguesa, será realizada nas práticas:
leitura, escrita, oralidade e análise linguística.
A recuperação dos conteúdos será de forma paralela durante todo o bimestre,
ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este
será retomado, podendo ser oferecido ao aluno, trabalhos extraclasse e atendimento
individual durante as horas-atividade do professor.
A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo com
o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. Como meios de
estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e
elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes, mas sim de um
conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação
em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional,
trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam
perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados.
Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com
necessidades especiais.
A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os
conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é
necessário que o professor seja competente na elaboração e construção desses
instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o
adquiriram.
A recuperação de Língua Portuguesa será de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem sendo as atividades significativas,
329
sendo feita a divisão de notas através de trabalhos, avaliações, seminários, leitura e
atividades diversas.
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e nãoverbais;
•
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
•
Produza inferências a partir de pistas textuais;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
•
Identifique a ideia principal do texto;
•
Analise as intenções do autor;
•
Identifique o tema;
•
Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os
diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o
contexto histórico atual;
•
Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
•
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
•
Reconheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
•
Reconheça as palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão
referencial;
•
Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse ideias com clareza;
•
Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...), à continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, intertextualidade
etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do
330
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção
etc.;
•
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero
proposto;
•
Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
•
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
•
Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente ideias com clareza;
•
Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
•
Compreenda argumentos no discurso do outro;
•
Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;
•
Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em
suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
•
Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates,
mesas redondas, diálogos etc.;
•
Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais,
pausas
e
entonação
nas
exposições
orais,
entre
outros
elementos
extralingüísticos.
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
•
Utilize, adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do
artigo, dos pronomes etc.;
•
Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.
Observação: os instrumentos utilizados para a concretização das avaliações
acima serão especificados no plano de trabalho docente de acordo com cada série.
331
5. REFERÊNCIAS
Chmoski M. Angela – Gusso e Finau A. Rosana LÍNGUA PORTUGUESA RUMO
AO LETRAMENTO.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica - Língua Portuguesa. 2009.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio. Kaloré /Jussiara – PR.
332
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: JUSSIARA
DISCIPLINA: MATEMÁTICA
NÍVEL: ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: CARINA ELIZABETE DA SILVA BOCHIO
LUCIA NITA PLAÇA DAVANSO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE MATEMÁTICA
KALORÉ
2011
333
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O Ensino Fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão
mediante: o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, o desenvolvimento da
capacidade de aprendizagem.
O ensino da cultura brasileira aponta para a necessidade de desenvolver um
trabalho voltado para a valorização da história e cultura Afro-brasileira e indígena,
estabelecendo assim um compromisso com a educação étnico-racial. Destina-se a
todos os cidadãos comprometidos com a educação visando a formação para a
cidadania na construção de uma sociedade justa e transformadora.
É importante entender a história da matemática no contexto da prática escolar
como componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, os
conteúdos estruturantes compreendem a natureza da Matemática e sua relevância
na vida da humanidade. A abordagem histórica deve vincular as descobertas
matemáticas aos fatos sociais e políticos, as circunstâncias históricas e às correntes
filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de
cada época.
A história da matemática é um elemento orientador na elaboração de
atividades na criação das situações-problema, na busca de referências para
compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e
discutir razões para a aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade
moderna, apropriar dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui
para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das
relações sociais, culturais e políticas.
Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar,
medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar
resultados, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar,
analisar e interpretar criticamente as informações, localizar, representar, etc.
Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É
334
preciso que o conhecimento informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático
escolar, diminuindo a distância entre a Matemática da escola e a Matemática da
vida.
Portanto apresenta os conteúdos organizados, o que permite que os assuntos
possam ser trabalhados de forma articulada. Essa organização também evita que
um assunto precise ser esgotado num determinado momento, tornando o
desenvolvimento dos conteúdos e aprendizagem mais dinâmicos.
Com essa organização, o professor poderá alcançar os objetivos traçados e
assim, os alunos têm oportunidade de ampliar assuntos e compreender as ideias
matemáticas que estão sendo trabalhadas.
Sendo organizada por meio de símbolos, a matemática torna-se uma
linguagem e instrumento importante para a resolução e compreensão dos problemas
e necessidades sociais dentro de cada contexto.
Esses conhecimentos são considerados como instrumentos de compreensão
e intervenção para a transformação da sociedade.
Assim,
o
trabalho
com
a
disciplina
de
matemática
promoverá
o
desenvolvimento da consciência crítica, provocando alterações de concepções e
atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações
sociais.
A matemática permite que se processe a percepção do valor científico da
matemática, fazendo a relação entre a teoria (abstrata, plena de conceitos e
definições) e a prática( concreta, plena de atividades explicativas do cotidiano).
A busca de diferentes metodologias para subsidiar a prática pedagógica,
implantará na contribuição para o desenvolvimento dos alunos, no que se refere aos
conceitos fundamentais e conhecimentos matemáticos que proporcionem uma
melhor compreensão da sua realidade e da realidade do aluno.
''Nesse contexto, sistematizar o conhecimento matemático é o papel da
escola. Contribuir na aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar
na utilização das tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços
profissionais, no que se refere à criação e o uso dessas tecnologias.
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém,
está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001),
335
e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e
se apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados,
métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70.
Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento
matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua
formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão
histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e
reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do aluno.
336
2. CONTEÚDOS
•
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Os números estão presentes na vida do homem desde tempos “remotos
como os do começo da idade da pedra, o paleolítico” (STRUIK, 1997,P.29). A
passagem do estágio de coleta para a produção de alimentos, por meio da atividade
agrícola, foi uma transformação fundamental, que gerou processos acerca do
conhecimento de valores e numéricos e de relações espaciais.
A álgebra é um campo do conhecimento matemático que se formou sob
contribuições de diversas culturas. Pode mencionar que álgebra egípcia, babilônia,
grega, chinesa, hindu, arábica e da cultura europeia renascentista. Cada uma
evidenciou elementos característicos que expressam o pensamento algébrico de
cada cultura. Com Diofanto, no século III d.C., fez-se o primeiro sistemático de
símbolo algébrico. Tal sistematização foi significativa, pois estabeleceu uma notação
algébrica bem desenvolvida para resolver problemas mais complexos, antes não
abordados.
GRANDEZAS E MEDIDAS
O homem, no decorrer da história, deparou-se com noções de maior e menor,
de antes e depois, e com isso passou a realizar comparações entre espaços e entre
períodos de tempo necessitando estabelecer valores qualitativos e quantitativos. Ou
seja, para que pudesse ter uma visão da realidade, o ser humano precisou medir
criar instrumentos de medida. “ A ação de medir é uma faculdade inerente ao
homem, faz se parte de seus atributos de inteligência” (SILVA, 2004, p.35). Para
Machado, “ a necessidade de medir é quase tão antiga quanto a necessidade de
contar” (2000, p. 08).
GEOMETRIAS
No Ensino Fundamental, a geometria tem o espaço com a referência, de
modo que o aluno consiga analisar e perceber seus objetos para, então, representar.
Já no Ensino Médio, deve garantir ao aluno o aprofundamento dos conceitos da
geometria plana e espacial em nível de abstração mais complexos. Nesse nível de
ensino, os alunos realizaram análises dos elementos que estruturam a geometria
euclidiana, através da representação algébrica, ou seja, a geometria analítica plana.
FUNÇÕES
337
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os
seguintes conteúdos:
•
função afim
•
função quadrática
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos:
•
função afim
•
função quadrática
•
função polinomial
•
função exponencial
•
função logarítmica
•
função trigonométrica
•
função modular
•
progressão aritmética
•
progressão geométrica
No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante Funções, é
necessário que o aluno elabore o conhecimento da relação de dependência entre
duas grandezas. É preciso que compreenda a estreita relação das funções com a
Álgebra, o que permite a solução de problemas que envolvem números não
conhecidos.
O aluno deve conhecer as relações entre variável independente e dependente,
os valores numéricos de uma função, a representação gráfica das funções afim e
quadrática, perceber a diferença entre função crescente e decrescente. Uma
maneira de favorecer a construção de tais conhecimentos é a utilização de situações
problema.
As abordagens do Conteúdo Funções no Ensino Médio devem ser ampliadas
e aprofundadas de modo que o aluno consiga identificar regularidades, estabelecer
generalizações e apropriar
de uma linguagem matemática para descrever e
interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. O
estudo das Funções ganha relevância na leitura e interpretação da linguagem
gráfica que favorece a compreensão do significado das variações das grandezas
envolvidas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
O tratamento da informação é um conteúdo estruturante que contribui para o
338
desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e
para interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral, são usados para
apresentar ou descrever informações.
2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e Álgebra
CONTEÚDOS BÁSICOS
- Números Reais;
- Números Complexos;
- Sistemas lineares;
- Matrizes e Determinantes;
- Polinômios;
- Equações e Inequações Exponenciais,
logarítmicas e Modulares.
Grandezas e Medidas
- Medidas de Área;
- Medidas de Volume
- Medidas de Grandezas
Vetoriais;
- Medidas de Informática;
- Medidas de Energia;
- Trigonometria.
Funções
- Função Afim;
- Função Quadrática;
- Função Polinomial;
- Função Exponencial;
- Função Logarítmica;
- Função Trigonométrica;
- Função Modular;
- Progressão Aritmética;
- Progressão Geométrica.
Geometrias
Tratamento da Informação
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometrias não-euclidianas.
- Análise Combinatória;
- Binômio de Newton;
- Estudo das Probabilidades;
- Estatística;
- Matemática Financeira.
339
3. METODOLOGIA DE ENSINO
Para adotar uma linha de ação que contemple não apenas os conteúdos
apresentados nos livros de matemática, mas também os conhecimentos trazidos
pelo aluno, o professor deverá promover um ensino contextualizado para a formação
dos conceitos a fim de possibilitar ao aluno o entendimento da matemática como
instrumento para compreender e solucionar os problemas do cotidiano. Nesse
processo, a matemática será compreendida como sendo capaz de ajudar a
solucionar os problemas apresentados pela sociedade.
O professor fará uso de encaminhamentos metodológicos variados, tais
como: investigações matemáticas,jogos, mídias tecnológicas, história da matemática
e desenvolvimento de projetos que aproximem a teoria e a prática, para que o aluno
possa associar o conhecimento matemático aos diversos contextos sociais históricos
e culturais.
Os conteúdos, trabalhados de forma não-linear, proporcionam ao aluno a
possibilidade de desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer
relações, analisar, interpretar, estimar, justificar, argumentar, verificar, generalizar,
concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimuladas no aluno a intuição, a analogia e
as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.
No que se refere às dificuldades individuais encontradas na prática da
matemática, os alunos deverão ser atendidos conforme suas especificidades,
através de um olhar diferenciado e individualizado, com o intuito de promover a
democratização do saber.
A matemática, nesse sentido, simboliza a compreensão das relações
cotidianas que interferem na produção do conhecimento. Assim, temáticas que se
referem aos desenvolvimento sócioeducacional, como uso indevido de drogas,
violência, diversidade cultural, dentre outros assuntos, podem permear as aulas de
matemáticas, principalmente no eixo tratamento de informação, por meio de uma
leitura de mundo, com vistas a efetivação de análises, reflexões e instigando a
tomada de atitudes concernentes à promoção da cidadania.
A matemática poderá contextualizar a geometria resgatando e valorizando a
arquitetura africana, fato que incidirá na concepção das contribuições da cultura
africana para o mundo, desde a antiguidade até os dias atuais.
340
4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO
A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem.
Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de
novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos,
ajustados ou reconhecidos como adequado para o processo de aprendizagem
individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como instrumento de
tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para
reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.
Ë fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a
escrita,a gráfica, a numérica, a pictória, de forma a se considerar as diferente
aptidões dos alunos.
Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio da:
Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou
em grupo), com justificativa do procedimento utilizado. A resolução de um problema
envolve: compreender a situação por meio da leitura e interpretação, não ter a
solução pronta de início, querer resolver a situação proposta, identificar o que
precisa ser resolvido (calculado) e quais informações utilizar, planejar a solução,
interpretar os resultados e analisar se eles são razoáveis ou não dentro do contexto
e validar a solução,de atividades que tenham objetivos variados e possam ser
trabalhadas em diversos momentos. Essas atividades podem ser questões abertas,
cuja intenção é levar o aluno a perceber pelo enunciado, que a solução procurada
não segue um modelo padronizado. As atividades também podem exigir justificativas
escritas ou orais, com o objetivo de verificar a autonomia matemática adquirida pelos
alunos. É importante que os alunos se acostumem a apresentar argumentos
matemáticos justificando os procedimentos utilizados para resolver as atividades.
Desse
modo,
aprendem
a
validar
o
raciocínio
matemático
que
utilizam
independentemente da opinião do professor. As atividades podem ser inventadas
pelos alunos ( individualmente ou em grupo). A oportunidade de formular questões
possibilita aos alunos atingirem um nível de conhecimento matemático mais
elaborado e completo do que quando simplesmente resolvem as questões
propostas.
341
Quando da realização de atividades específicas de avaliação (testes e
provas), é importante esclarecer aos alunos o que se pretende avaliar, para que eles
estejam atentos a esses aspectos. As questões propostas nesse modelo de
avaliação devem ser coerentes ao trabalho pedagógico desenvolvido em sala de
aula.
Alguns critérios devem orientar as atividades
avaliativas propostas pelo
professor. Essa práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
•
comunica matematicamente, oral ou por escrito;
•
compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
•
elabora um plano que possibilite a solução do problema;
•
encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
•
realiza o retrospecto da solução de um problema.
A avaliação será contínua, processual, diagnóstica, formativa, diversificando,
priorizando os aspectos qualificativos sobre os quantitativos.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Assim será de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da
nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais
e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula
zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0
(dez virgula zero).
342
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica: Biologia. Curitiba: SEED, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos:
Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola .
Curitiba, 2005.
343
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: QUIMICA
NÍVEL: ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: PATRÍCIA ELAINE RIBEIRO CEREJA.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE QUÍMICA
KALORÉ
2012
344
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza.
As ciências naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos;
conhecer a realidade externa bem além do alcance de uma mente individual e dos
sentidos.
"A ciência é uma construção completamente humana, movida pela
fé de que, se sonharmos, insistirmos em descobrir, explicarmos e sonharmos
de novo, o mundo de algum modo se tornará mais claro e toda a estranheza do
universo se mostrará interligada e com sentido." (E. O. Wilson)
Um dos objetivos da disciplina é de que o jovem reconheça o valor da
ciência na busca do conhecimento da realidade objetiva e se utilize dele no seu
cotidiano.
A Química é a ciência da matéria e de suas transformações estudada
através das diferentes propriedades macroscópicas que os elementos existentes na
natureza apresentam, procurando explicar o seu comportamento ao nível
microscópico.
O desenvolvimento desta ciência tem permitido ao homem não só
controlar certas transformações conhecidas mas também obter um número cada vez
maior de novos materiais. Os tecidos das roupas que usamos, as borrachas
sintéticas, os plásticos, a obtenção de metais e de ligas metálicas, os
medicamentos, os sabões e detergentes biodegradáveis, a utilização dos
combustíveis, os materiais usados nas construções de casas, móveis, embarcações,
aviões, computadores, eletrodomésticos, etc., são exemplos da importância e da
enorme aplicação dos processos químicos em nossa vida.
A sociedade está em constante transformação e a escola não pode ficar
à margem das grandes mudanças que estão a ocorrer. É então necessário um
ensino que não se limite a um conjunto de fatos e conceitos, mais ao menos
relacionados entre si, mas que provoque alterações do comportamento dos alunos,
que os levem a reconhecer as potencialidades da Ciência e que os prepare de uma
forma mais eficaz para as exigências da sociedade atual.
A implementação das Tecnologias de Informação e Comunicação nas
escolas representa um dos maiores desafios de inovação pedagógica e tecnológica
345
enfrentado pelos sistemas de educação em todo o mundo. A sua integração é um
meio auxiliar bastante poderoso para ensinar e aprender Ciência e poderá
modernizar o processo de ensino- -aprendizagem desde que a escola acompanhe
as transformações sociais.
A responsabilidade pela mudança pertence a todos, mas o professor só
conseguirá evoluir se for ao mesmo tempo professor e aprendiz, criador de
ambientes de aprendizagem que permitam a produção de novos conhecimentos.
Buscar diferentes metodologias para embasar o seu fazer pedagógico,
desenvolvendo nos seus alunos conceitos fundamentais e conhecimentos científicos
que lhes proporcionam uma melhor compreensão da sua realidade e das realidades
do aluno. Desenvolver a consciência crítica, provocando alterações de concepções e
atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações
sociais.
Perceber o valor científico da química , fazendo a relação entre a teoria
(abstrata,, plena de conceitos e definições) e a prática (concreta, plena de atividades
explicativas do cotidiano).
Sistematizar o conhecimento científico é papel da escola. Contribuir na
aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar na utilização das
tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se
refere à criação e ao uso dessas tecnologias.
De acordo com a concepção teórica assumida, são apontados os
Conteúdos Estruturantes da Química para Ensino Médio, considerando seu objeto
de estudo/ ensino: Substâncias e Materiais. O objeto de estudo da Química
(Substâncias e Materiais) é sustentado pela tríade Composição, Propriedades e
Transformações, presente nos conteúdos estruturantes Matéria e sua natureza,
Biogeoquímica e Química Sintética.
346
2. CONTEÚDOS
MATÉRIA E SUA NATUREZA
É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da
disciplina de Química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: Matéria
e sua natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento
demais
dos
conteúdos estruturantes.
BIOGEOQUÍMICA
Biogeoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a influência dos
seres vivos sobre a composição química da Terra, caracteriza-se pelas interações
existentes entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir
dos ciclos biogeoquímicos (RUSSEL, 1986, p. 02).
Adota-se o termo biogeoquímica como forma de entender as complexas
relações existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera, suas propriedades e
modificações ao longo dos tempos para aproximar ou interligar saberes biológicos,
geológicos e químicos.
Assim, a partir da descoberta da íntima relação entre o crescimento das
plantas e o uso do esterco, por exemplo, percebeu-se a importância do reuso do
solo por meio de fertilizantes que mais tarde seriam produzidos em laboratório.
QUÍMICA SINTÉTICA
Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos
produtos e materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da
indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos
fertilizantes e dos agrotóxicos.
O conhecimento científico químico, atrelado ao conhecimento técnico,
favorece o desenvolvimento de numerosas indústrias. A fabricação de substâncias e
materiais, desenvolvida na indústria química após a Revolução Industrial,
possibilitou um aumento notável no crescimento das indústrias de petróleo e
derivados, entre eles os plásticos e vários tipos de polímeros.
347
2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos
CONTEUDOS
ESTRUTURANTES
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química Sintética
CONTEUDOS BÁSICOS
MATÉRIA
• Constituição da matéria;
• Estados de agregação;
• Natureza elétrica da matéria;
• Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton,
Bohr...).
• Estudo dos metais.
• Tabela Periódica.
SOLUÇÃO
• Substância: simples e composta;
• Misturas;
• Métodos de separação;
• Solubilidade;
• Concentração;
• Forças intermoleculares;
• Temperatura e pressão;
• Densidade;
• Dispersão e suspensão;
• Tabela Periódica.
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
• Reações químicas;
• Lei das reações químicas;
• Representação das reações químicas;
• Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos reagentes, contato
entre os reagentes, teoria de colisão)
• Fatores que interferem na velocidade das reações
(superfície de contato, temperatura, catalisador,
concentração dos reagentes, inibidores);
• Lei da velocidade das reações químicas;
• Tabela Periódica.
EQUILÍBRIO QUÍMICO
• Reações químicas reversíveis;
• Concentração;
• Relações matemáticas e o equilíbrio químico
(constante de equilíbrio);
• Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito
dos catalizadores;
• Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante
de ionização, Ks ).
348
CONTEUDOS
ESTRUTURANTES
• Tabela Periódica
CONTEUDOS BÁSICOS
LIGAÇÃO QUÍMICA
• Tabela Periódica;
• Propriedades dos materiais;
• Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;
• Solubilidade e as ligações químicas;
• Interações intermoleculares e as propriedades
das substancias moleculares;
• Ligações de Hidrogênio;
• Ligação metálica (elétrons semi-livres);
• Ligações sigma e PI;
• Ligações polares e apolares;
• Alotropia.
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química Sintética
REAÇÕES QUÍMICAS
• Reações de Oxi-redução;
• Reações exotérmicas e endotermicas;
• Diagramas das reações exotérmicas e endotermicas;
• Variação de entalpia;
• Calorias;
• Equações termoquimicas;
• Princípios da termodinâmica;
• Lei de Hess;
• Entropia e energia livre;
•Calorimetria;
• Tabela Periódica.
RADIOATIVIDADE
• Modelos atômicos (Rutherford);
• Elementos químicos (radioativos);
• Tabela Periódica;
• Reações Químicas;
• Velocidades das reações;
• Emissões radioativas;
• Leis da radioatividade;
• Cinética das reações químicas;
• Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear).
GASES
• Estados físicos da matéria;
• Tabela Periódica;
• Propriedades dos gases (densidade/ difusão e
efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e
temperatura x volume);
• Modelo de partículas para os materiais gasosos;
349
• Misturas Gasosas;
• Diferença entre gás e vapor;
• Leis dos gases.
FUNÇÕES QUÍMICAS
• Funções Orgânicas;
• Funções Inorgânicas;
•Tabela Periódica.
350
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Analisando a prática pedagógica, a partir da concepção de Química
como Ciências, propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados
metodologicamente numa abordagem articulada, seguindo uma perspectiva crítica e
histórica, considerando a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e
biológicos.
Assim, esta proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por
uma abordagem crítica que considere a prática social do sujeito histórico,
priorizando na escola os conteúdos historicamente construídos.
Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber quais os
objetivos e expectativas a serem atingidas, atentando para a valorização dos
costumes de cada indivíduo, buscando na diversidade cultural coexistente, respaldo
ético para tratar as diferenças e minimizar as desigualdades, enfatizando a cultura
Afro-Brasileira e a cultura do campo, de onde advém grande parte dos alunos.
Através de trabalho dirigidos, com vistas a inclusão social, promover a emancipação
do cidadão , com ações coletivas em favor da construção do conhecimento.
No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como :
Slides,
DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, aulas práticas em laboratório de
química e de informática ,
dentre outros.
O professor deve atuar como um
mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os estudantes com segurança,
sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos ritmos próprios, de modo a
explorar e desenvolver suas próprias habilidades.
A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a capacidade
de resolução de problema, o que implica na necessidade de vinculação do conteúdo
trabalhado com o contexto social em que o aluno está inserido; o conhecimento
deve ser construído por ele, não somente transmitido, pois aquilo que ele traz como
experiência influencia na sua aprendizagem. Deve-se incentivar atividades extraclasse o desenvolvimento de projetos interdisciplinares e a iniciação à pesquisa. É
necessário que os saberes da Química sejam ensinados oportunizando aos alunos o
acesso ao conhecimento científico, como condição para o desenvolvimento da
atitude cidadã. É urgente que se perceba que a educação não é só o
351
desenvolvimento intelectual. Devemos fazer ganhar espaço a criatividade e o
desenvolvimento da personalidade, do espírito crítico e dos valores éticos e morais.
O trabalho com a Química possibilitará a execução de uma educação
voltada para a formação da autonomia, evidenciando um processo educacional
autônomo e libertador, favorecendo a compreensão de mundo, nos diversos
aspectos (contextos sociais, históricos e econômicos), para que o indivíduo esteja
preparado para construir sua própria cidadania, em respeito as multiplicidades
culturais e étnicas. A Química nesse sentido proporcionará ao indivíduo vivenciar o
ser humano de forma integral, inserindo em um contexto histórico.
A Química em sua abrangência poderá estar inserida nas relações
mediadas pelo trabalho no campo, como produção material e cultural da existência
humana, de modo que venha a promover novas relações de trabalho e de vida para
os povos do campo.
Quanto a abordagem das culturas indígenas e africanas, serão
propostos trabalhos de pesquisa e investigação acerca das substâncias químicas já
utilizadas no passado (mumificação, cirurgias, medicamentos, pintura do corpo etc.),
com a intenção de resgate e valorização cultural.
Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente
e oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos
indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento
Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa
Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas
e Educação Ambiental com base na Lei 9795/99, que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental, relacionando-os aos conteúdos estruturantes de modo
contextualizado; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência;
Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação
do Campo, permearão as aulas
de Química, onde se oportunizará
debates,
Pesquisas bibliográficas, recortes de filmes , com o auxílio dos laboratórios de
Práticas e Informática, para maior contextualização do assunto.
352
4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO
A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e
aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua
prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que
devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de
aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como
instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e
possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.
“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e
aprendizagem, e não uma etapa isolada”. (Libâneo 1994, p.200).
Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação
processual e diagnóstica, com relatórios de aulas práticas, apresentação de
trabalhos, pesquisas em grupos e testes, resolução de situações problemas e outras
atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem.
Considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as
diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos
alunos e o planejamento.
É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a
oral, a escrita, a gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as
diferente aptidões dos alunos.
Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio de
observação (por parte do professor) da participação, do interesse, da criatividade, da
autonomia e do raciocínio utilizado na resolução de problemas. O registro dessas
observações pode ser realizado em tabelas, listas de controle, diário de classe,
relatórios de aulas prática de laboratório , entre outros, utilizando-se critérios
previamente estabelecidos de acordo com os objetivos do trabalho pedagógico.
Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em
grupo), com justificativa do procedimento utilizado.
Pensando
na
avaliação/recuperação
os
meios
de
estímulo
ao
desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não
ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes, mas sim de um conjunto
de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação em sala
353
de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional, trabalhos em
grupo e
comprometimento, gerando
informações que possibilitam perceber
tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma
procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades
especiais.
A recuperação de estudos deve ser paralela aos conteúdos estudados,
de acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. A
recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os conteúdos não
apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é necessário que o
professor seja competente na elaboração e construção desses instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o adquiriram.
A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura
política e inclui valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e
sociedade. Repensar os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica
desvelar as ideologias em que se apoiam na perspectiva de sua superação.
354
5. REFERÊNCIAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - QUÍMICA. Secretária
de Educação do Estado do Paraná, 2008
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO EDUCAÇÃO - Secretária de Educação do Estado do Paraná, 2006. Disponível na página do Portal Educacional do Estado do Paraná http://diaadiaeducacao.pr.gov.br
EDUCAÇÃO AMBIENTAL / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência
de Educação. Departamento da Diversidade. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba : SEED – PR., 2008. - 112 p. - (Cadernos Temáticos da Diversidade, 1).
EDUCANDO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS II / Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba:
SEED – Pr., 2008. - 208 p. - (Cadernos temáticos dos desafios educacionais con temporâneos, 5).
ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA/ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação
de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., 2008.- 93 p.–
(Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos, 4).
PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS/ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. –Curitiba: SEED –
Pr., 2008. - 152 p. – (Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâ neos, 3).
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
355
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
NÍVEL: ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: LUCIANE CHAMORRO RODRIGUES
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
KALORÉ
2011
356
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A sociologia é uma disciplina curricular obrigatória no Ensino Médio e de
suma importância para a compreensão da problemática social, pois é uma ciência
que tem por objetivo estudar a interação social dos seres vivos nos diferentes níveis
de organização da vida.
O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que
se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem
as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com
o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a
sociedade capitalista, contudo, não existe uma única forma de interpretar a realidade
e esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor.
Compreender as características das sociedades capitalistas tem sido a
preocupação da Sociologia desde o inicio da sua consolidação como ciência da
sociedade no final do século XIX.
Nesse período, o capitalismo se configurava como uma nova forma de
organização da sociedade caracterizada por novas relações de trabalho. Essas
mudanças levaram os pensadores da sociedade da época a indagações e a
elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes olhares e
posicionamentos políticos. Desde então, essa tem sido a principal preocupação
dessa ciência, qual seja, entender, explicar e questionar os mecanismos de
produção, organização, controle e poder institucionalizados ou não, que resultam
em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade.
É preciso perceber que a amplitude das transformações sociais, políticas,
culturais, econômicas e ecológicas que a sociedade e o planeta estão vivendo, não
permite explicações estreitas ou sectárias, com pretensões de apropriar-se da
verdade.
Por outro lado, a complexidade e a amplitude que caracterizam as
sociedades contemporâneas, não devem intimidar ou amedrontar, mas sim desafiar
o estudo, para a pesquisa e para uma melhor compreensão e atuação política no
mundo em que vivem.
Portanto, espera-se da disciplina de Sociologia, que ela contribua para
357
melhorar o senso critico dos seus alunos para que estes possam transformar a
realidade e conquistar mais participação ativa na sociedade.
Diante de uma escola de campo, percebe-se a necessidade dessa disciplina
uma vez que os conteúdos norteadores da prática educativa contemplam a
pesquisa, debate e a problematização a partir das teorias sociológicas e, sobretudo
de valorização da diversidade ético raciais, isto é, reconhecer a influência africana
formação cultural brasileira e pensar a realidade do campo, assumindo uma política
agrária, capaz de incluir, preservar, compreender as lutas sociais camponesas, ou
seja, onde campo e cidade sejam vistos dentro do princípio da igualdade social e da
diversidade cultural.
Dessa forma tem-se por objetivo, levar o aluno a perceber que as relações
que se estabelecem na
sociedade são históricas e socialmente construídas;
Compreendendo a importância de se questionar a existência de verdades absolutas,
sejam elas para a compreensão da ciência ou do cotidiano; Possibilitar ao
educando, como sujeito social compreender a sua realidade imediata e o que se
estabelece além dela. Desenvolvendo a autonímia intelectual capaz de direcionar
ações que levem à transformação social.
358
2. CONTEÚDOS
1- O processo de Socialização e as Instituições Sociais
2- Cultura e Indústria Cultural
3- Trabalho, Produção e Classes Sociais
4- Poder, Política e Ideologia
5- Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
2.1 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
O processo de Socialização e as
Instituições Sociais
Cultura e Indústria Cultural
CONTEÚDOS
BÁSICOS
Processo de Socialização;
Instituições sociais: Familiares;
Escolares; Religiosas;
Instituições de Reinserção
(prisões, manicômios,
educandários, asilos, etc).
Desenvolvimento antropológico do
conceito de cultura e sua
contribuição na análise das
diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural no Brasil;
Questões de gênero;
Culturas afro brasileiras e
africanas;
Culturas indígenas.
359
Trabalho, Produção
e Classes Sociais
Poder, Política e
Ideologia
Direitos, Cidadania e
Movimentos Sociais
O conceito e trabalho e o trabalho
nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais:
estamentos; castas, classes
sociais
Organização do trabalho nas
sociedades capitalistas e suas
contradições;
Globalização e Neoliberalismo;
Relações de trabalho;
Trabalho no Brasil.
Formação e desenvolvimento do
Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo,
totalitarismo;
Estado no Brasil;
Conceitos de Poder;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e
legitimidade;
As expressões da violência nas
sociedades contemporâneas.
Direitos: civis, políticos e sociais;
Direitos Humanos;
Conceito de cidadania;
Movimentos Sociais;
Movimentos Sociais no Brasil;
A questão ambiental e os
movimentos ambientalistas;
A questão das ONG's.
360
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de sociologia deve atentar especialmente para a proposição de
problematizações, contextualizações, investigações e análises. Encaminhamentos
que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como leituras de textos
sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeitos do seu
aprendizado, a partir de recursos audiovisuais, contribuindo eficazmente para que os
educandos relacionem a teoria
com o vivido, revendo conhecimentos e
reconstruindo coletivamente novos saberes que oportunizam a transformação social.
O trabalho a ser realizado em uma escola de campo parte de uma
aprendizagem significativa, contextualizada a partir de leituras diversas, pesquisas,
produções escritas e depoimentos.
Assim, o ensino de sociologia, deve proporcionar condições eficazes para
que os educandos sejam capazes de traçar um paralelo entre o passado, presente e
futuro, conscientizando-se, dessa maneira, do seu papel enquanto agente afetivo na
mudança da realidade individual, local e global.
Devemos atender especialmente para a proposição de problematizações,
contextualizações, investigações e análises, que podem ser realizados a partir da
leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Estes podem partir de recursos audiovisuais, que assim como os textos,
também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges
constituem importante elemento para que os alunos relacionem teoria com a pratica
social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.
Cabe à Sociologia, a pesquisa de campo, articulando os dados levantados à
teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e critica de
elementos da realidade social do aluno.
361
4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A avaliação no ensino de sociologia perpassará todas as atividades, desse
modo é processual e diagnóstica, subsidia todo o processo ensino aprendizagem,
norteando toda a prática pedagógica, oferencendo clareza quanto ao retomar os
conteúdos ou conceitos que visam a mudança de atitudes.
De acordo como regimento escolar e o PPP o sistema de avaliação adotado
pelo estabelecimento de ensino é bimestral e será composto pela somatória 6,0
(seis vírgula zero) referente as atividades diversificadas, mais a nota 4,0 (quatro
vírgula zero) proveniente de uma prova escrita e/ou oral, totalizando nota final de
10,0 (dez vírgula zero). A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com
atividades significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos
diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos
não apropriados. O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional as
avaliações como um todo, ou seja, equivalerá de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero)
de apreensão e retomada dos conteúdos.
A partir da reflexão crítica nos debates, textos, filmes, participação em
pesquisa de campo, produção e análise em escrita. Pontos fundamentais que
demonstram a articulação entre teoria e prática, qualidade de vida e democracia.
Mediante a análise processual do desempenho do aluno, torna-se viável no
ensino sociológico uma recuperação concomitante que prevê meios para a
superação das dificuldades do educando, tendo em vista efetivar aprendizagens
concretas significativas, coerentes no contexto social, político, cultural e econômico.
Esperando que os alunos se identifiquem como seres eminentemente sociais,
compreendendo a organização e a influência das instituições e grupos sociais em
seu processo de socialização e as contradições deste processo, refletindo sobre
suas ações individuais, percebendo assim que as ações em sociedade são
interdependentes.
362
5. REFERÊNCIAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ, DCEs, Sociologia, Secretaria de Estado da Educação,
SEED, Curitiba, 2008.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ, DCEs, Educação do Campo, Secretaria de Estado da
Educação, SEED, Curitiba, 2006.
CADERNOS TEMÁTICOS/Secretaria de Estado da Educação. Superitendência da
Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de
Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba: SEED – Pr., 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações
Étnico-Raciais e História e Cultura Afrobrasileira e Africana na Escola. Curitiba:
SEED, 2005
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.
363
COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
NRE: APUCARANA
MUNICÍPIO: KALORÉ
DISCIPLINA: LEM - INGLÊS
NÍVEL: ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: TANIA REGINA DOMINGUES DE FIGUEIREDO CANELO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DE LEM - INGLÊS
KALORÉ
2012
364
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No mundo contemporâneo, o papel do Ensino Médio na vida dos alunos
torna-se cada vez mais decisivo.
Nesta etapa da vida escolar, os adolescentes se preparam para desafios,
consolidam valores e atitudes, elaboram projetos de vida, encerram um ciclo de
transformações no qual se instrumentam para assumir as responsabilidades da vida
adulta, sendo assim no Brasil o ensino da Língua Estrangeira Moderna sempre
esteve atrelado aos interesses político-econômicos, reforçando o aspecto de
dominação das classes privilegiadas sobre as classes menos favorecidas.
Por isso, atualmente, as Diretrizes Curriculares Estaduais propõem um ensino
que contribua para reduzir as desigualdades sociais e desvelar as relações de poder
que as apoiam. Dessa forma, os alunos com necessidades educacionais especiais
receberão
atendimento
de
acordo
com
suas especificidades, dentro
das
possibilidades da escola e do professor.
Para tanto, o ensino da LEM terá como referencial teórico a Pedagogia
Crítica, que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela
apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão
das relações sociais e para a transformação da realidade. Isso porque é através da
língua que os indivíduos interagem e assumem seu papel na sociedade.
Nesta perspectiva, as relações entre língua, texto e sociedade serão
reconhecidas com importantes no atual contexto global educativo, pedagógico e
discursivo; uma vez que as questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação,
da cultura, do poder e as questões da política e da pedagogia não se separam.
Além disso, no mundo atual, que tende a uma globalização total, é
imprescindível o conhecimento da língua inglesa, que traz consigo princípios básicos
como: formação para a cidadania, inclusão social, reconhecimento da diversidade
cultural, construção de identidades sociais transformadoras e consciência do papel
das línguas na sociedade e na construção do conhecimento, norteiam esta prática.
Assim, os Desenvolvimentos Socieducacionais devem integrar o trabalho docente
durante todo ano letivo.
Diante de uma escola de campo, torna-se necessário resgatar a identidade
365
cultural desses alunos que vivem no campo e enfrentam os obstáculos que essa
realidade impõe.
Neste contexto, a língua aqui é entendida como uma produção construída nas
interações sociais, marcadamente dialogistas, é um espaço de construções
discursivas inseparáveis das comunidades interpretativas que as constroem e que
são por ela construídas.
Sendo assim, os objetivos do ensino da Língua Inglesa para o Ensino Médio
são:
Desenvolver uma prática reflexiva e crítica, ampliando os conhecimentos
linguísticos dos alunos, permitindo que os mesmos percebam as implicações
sociais, históricas e ideológicas presentes em todos os discursos;
Formar leitores críticos que reajam aos diferentes textos com que se deparam
e entendam que por trás de cada texto há um sujeito com uma história, com uma
ideologia e com valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido;
Oportunizar aos alunos reflexões que os façam perceber que as formas
linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado,
mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a prática
social de uso da língua ocorre;
Proporcionar através da leitura um conhecimento de mundo que permita ao
leitor elaborar um novo modo de ver a realidade;
Permitir que os alunos percebam a necessidade de adequação da variedade
linguística para as diferentes situações;
Favorecer a familiarização dos alunos com sons específicos da língua que
estão aprendendo;
Criar condições para que os alunos assumam uma postura transformadora
com relação aos discursos que lhes são apresentados;
Valorizar e reconhecer a Cultura Afro-Brasileira com grande contribuidora na
nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial;
Resgatar e valorizar a cultura do campo.
366
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
2.1 - Conteúdo Estruturante
O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade
e da escrita.
2.2 - Conteúdos Básicos
Gêneros discursivos: biografias, sinopses de filmes, letras de músicas, crônicas,
documentários, cartas, depoimentos, propagandas, anúncios, diálogos, fotos,
narrativas de aventura, cartazes, rótulos/embalagens, artigos de opinião, fábulas,
depoimentos, resenhas, resumos.
Leitura:
•
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;
•
Interpretação observando: conteúdo, fonte, intencionalidade e intertextualidade
do texto;
•
Linguagem não-verbal;
•
As particularidades do texto em registro formal e informal;
•
Finalidade do texto;
•
Estética do texto literário;
•
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Escrita:
•
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas
linguísticas.
•
Paragrafação;
•
Clareza de ideias;
•
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Oralidade:
•
Variedades linguísticas;
•
Intencionalidade do texto;
•
Particularidades de pronúncia da língua estudada em diferentes países;
•
Finalidade do texto oral;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos
367
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
No ensino de LEM, a língua deve ser considerada como algo que se constrói
e é construído por uma determinada comunidade. Isso porque a língua determina a
realidade cultural, ao mesmo tempo em que os valores e as crenças culturais criam,
em parte, sua realidade linguística. Porém, para que os alunos compreendam bem
isso, é preciso desenvolver atividades diversificadas nas práticas de leitura, escrita,
oralidade e análise linguística; respeitando as especificidades dos alunos inclusos e
garantindo aos mesmos desenvolvimentos de suas potencialidades.
Na leitura, é preciso considerar que os gêneros discursivos organizam a fala
da mesma maneira que constituem as formas gramaticais. Logo, é fundamental que
se apresente aos alunos textos em diferentes gêneros textuais, tendo como objetivo
maior a interação com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas
sociais, para que os alunos tornem-se leitores críticos e que reajam aos diversos
textos com que eles se deparam e entendam que por trás deles há um sujeito, uma
história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que está
inserido. Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e
oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos
indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento
Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa
Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas
e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade
Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros
estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim
de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos. serão
temas dos textos a serem trabalhados em sala, além de outros possíveis temas
surgidos a partir das necessidades e especificidades de cada turma.
Com isso, a leitura estará trazendo um conhecimento de mundo que permite
ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. No entanto, para que a leitura
em LEM se transforme realmente em uma situação de interação, é imprescindível
368
que os alunos sejam subsidiados com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos,
culturais e discursivos. Para tanto, as atividades de leitura serão:
•
Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;
•
Relevância dos conhecimentos prévios dos alunos;
•
Inferências de informações implícitas no texto;
•
Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação
de textos;
•
Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade dos
mesmos;
•
Questões que levam o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto;
•
Leitura de outros textos, através de pesquisa, para a observação das relações
dialógicas.
Com relação à escrita, ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional,
ou seja, significativa, pois, em situações reais de uso, escreve-se sempre para
alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação. O interlocutor é um
sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem os alunos vão produzir um diálogo
imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência. Logo, as
atividades de escrita serão:
•
Discussão sobre o tema a ser produzido;
•
Leitura de textos sobre o tema;
•
Produção textual;
•
Revisão textual;
•
Reestrutura e reescrita textual.
Já as estratégias de oralidade têm por objetivo expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em suas
especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua
estrangeira segundo suas limitações. Dessa forma, as atividades de oralidade serão:
•
Apresentações de textos produzidos pelos alunos;
•
Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos,
reportagens, recortes de filmes, documentários etc.;
•
Análise dos recursos próprios da oralidade;
•
Dramatização de textos.
369
Quanto
à
análise
linguística,
esta
deve
ser
trabalhada
de
forma
contextualizada, a partir dos textos estudados, a fim de favorecer a compreensão
por parte dos alunos da estrutura e dos recursos utilizados na língua estrangeira.
Para tanto, serão desenvolvidas atividades de:
•
Estudo
dos
conhecimentos
linguísticos
a
partir:
de
gêneros
selecionados par leitura ou escrita, de textos produzidos pelos alunos e das
dificuldades apresentadas pelos alunos;
•
Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua.
Para atender este propósito, o trabalho com sequências didáticas será
valorizado, uma vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver
sua competência discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes
gêneros textuais que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as
seguintes etapas:
1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a
descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade
dele para a leitura do texto;
2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno
realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o
texto, respondendo as questões: quem produziu? onde? quando? para quê? Para
quem?;
3ª_ plano linguístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua,
ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada, e também as
atividades de fixação de vocabulário, que devem ser através de jogos (bingos,
dominós, caça-palavras etc.);
4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que
aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado,
que tenha sentido para ele, ou seja, que seja de uso efetivo da língua.
370
4. AVALIAÇÃO
Avaliar não se resume a constatar o nível do aluno nem a distribuir conceitos.
É um instrumento para orientar a ação pedagógica e detectar como melhorar o
ensino. Para o aluno, um retorno de seu desenvolvimento. No caso da Língua
Estrangeira, outro fator entra em cena: a dimensão afetiva. Em contraste com outras
disciplinas, o ensino de idiomas envolve vários fatores que podem dificultar a
aprendizagem, como a frustração pela não - comunicação e a reação emocional
pelo estranhamento do novo idioma. Testes que tenham como objetivo apenas
checar, por exemplo, o domínio de um ponto específico da gramática é ineficaz para
verificar o conteúdo aprendido.
Assim, a avaliação, em Língua Estrangeira, será realizada nas práticas:
leitura, escrita, oralidade e análise linguística.
Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos
sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e
contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante
todo tempo.
A recuperação dos conteúdos será de forma paralela durante todo o bimestre,
ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este
será retomado, podendo ser oferecido ao aluno, trabalhos extraclasse e atendimento
individual durante as horas-atividade do professor.
A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo com
o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. Como meios de
estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e
elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes, mas sim de um
conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação
em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional,
trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam
perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados.
Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com
necessidades especiais.
A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os
371
conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é
necessário que o professor seja competente na elaboração e construção desses
instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o
adquiriram.
A recuperação de Língua Estrangeira, será de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem sendo as atividades significativas,
sendo feita a divisão de notas através de trabalhos, avaliações, seminários, leitura e
atividades diversas.
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Realize leitura compreensiva do texto considerando a construção de significados
possíveis e a sua condição de produção;
•
Perceba informações explícitas e implícitas no texto;
•
Argumente a respeito do que leu;
•
Amplie, no indivíduo, o seu horizonte de expectativas;
•
Estabeleça relações dialógicas entre os diferentes textos;
•
Conheça e utilize a língua inglesa como instrumento de acesso a informações de
outras culturas e de outros grupos sociais.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Produza e demonstre na produção textual, a construção de significados;
•
Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta;
•
Diferencie a linguagem formal da informal;
•
Estabeleça relações entre partes do texto, identificando repetições ou
substituições.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Reconheça as variantes lexicais;
•
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente clareza nas ideias;
•
Desenvolva a oralidade através a sua prática.
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
•
Utilize, adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do
artigo, dos pronomes etc.;
•
Amplie o vocabulário;
372
•
Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.
Os instrumentos utilizados de avaliação serão adaptados para atender as
necessidades educacionais especiais dos alunos em cada série. como: seminários,
atividades escritas, ( provas, relatórios, dissertações, sínteses, produção de textos);
atividades orais (provas debates,palestras); pesquisas de campo, bibliográficas;
trabalho em grupo e individual.
A recuperação dos conteúdos será feita de forma paralela durante todo o
bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo
trabalhado, este será retomado, podendo ser oferecido ao aluno trabalhos
extraclasse e atendimento individual se necessário durante as horas-atividade do
professor.
373
5. REFERÊNCIAS
BRAHIM, A. C. S. M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto
e Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de língua inglesa. Dissertação de
Mestrado Unicamp: Campinas, 2001. Cap.1.
CORACINI, M. J. R. F. Leitura: decodificação, processo discursivo...? In
CORACINI, M. J. R. F. (org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e
língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995. P. 13-20.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna. 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da
Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.
REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância –
Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

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