projeto político pedagógico - COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA
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1 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA - ENS. FUNDAMENTAL E ENS. MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO O Projeto Político Pedagógico foi elaborado pelos professores, equipe pedagógica, funcionários e comunidade escolar do Colégio Estadual Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio com a finalidade de explicitar a identidade da Escola, suas metas e seus planos de ação. KALORÉ 2011 2 SUMÁRIO 1.APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 5 2. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 6 2.1. Identificação e Histórico da Escola …............................................................ 8 2.2. Aspectos Históricos do Colégio...................................................................... 9 2.3. Níveis e Modalidades de Ensino Ofertado..................................................... 16 2.4. Forma de Organização da Escola.................................................................. 18 3. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS, JUSTIFICATIVA E FILOSOFIA DA ESCOLA................................................................................................................ 19 3.1 Objetivos Gerais ............................................................................................. 19 3.2 Objetivos Específicos...................................................................................... 19 3.3 Justificativa..................................................................................................... 22 3.4 Filosofia da Escola.......................................................................................... 23 4. MARCO SITUACIONAL.................................................................................... 24 4.1 Problemas diagnosticados em 2011................................................................ 30 4.2 Conselho Escolar............................................................................................. 33 4.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários.................................................. 34 4.4 Professores e Alunos Representantes de Turmas…....................................... 36 4.5 Princípios da Gestão Democrática................................................................. 37 4.6 Docentes.......................................................................................................... 39 4.7 Técnicos Pedagógicos..................................................................................... 40 4.8 Equipe Pedagógica.......................................................................................... 40 4.9 Apoio................................................................................................................ 40 4.10 CELEM …................................................................................................................... 41 4.11 Programa de Atividades Complementares Curriculares no Contraturno ….. 42 4.12 Sala de Apoio à Aprendizagem …................................................................. 42 4.13 Situação atual …............................................................................................ 42 4.14 Análise dos índices de Aprovação, Evasão e Repetência …........................ 43 5.0 MARCO CONCEITUAL ….............................................................................. 46 5.1 Concepção de Homem.................................................................................... 47 5.2 Concepção de Sociedade …........................................................................... 48 5.3 Concepção de Escola...................................................................................... 49 3 5.4 Concepção de Educação................................................................................. 50 5.5 Concepção de Cultura..................................................................................... 51 5.6 Concepção de Trabalho.................................................................................. 53 5.7 Concepção de Tecnologia ….......................................................................... 54 5.8 Concepção de Cidadania …........................................................................... 55 5.9 Concepção de Conhecimento …..................................................................... 55 5.10 Concepção de Ensino Aprendizagem …....................................................... 56 5.11 Concepção de Avaliação …........................................................................... 58 5.12 Concepção de Currículo................................................................................ 59 5.13 Concepção de Alfabetização e Letramento ….............................................. 61 5.14 Concepção de Gestão …............................................................................... 63 5.14.1 Gestão Democrática ….............................................................................. 63 5.14.2 Gestão Pedagógica …................................................................................ 64 5.15 Concepção de Infância e Adolescência ….................................................... 66 6. MARCO OPERACIONAL ….............................................................................. 68 6.1 Projetos Curriculares e Atividades de Enriquecimento Cultural ….................. 76 6.2 OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA – Escrevendo o Futuro ….............. 77 6.3 OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA – OBMEP ….................................................. 78 6.4 Avaliações Externas Institucionais – Dados Educacionais ….......................... 78 6.5 Avaliação …..................................................................................................... 80 6.6 Recuperação …............................................................................................... 81 6.7 Conselho de Classe …..................................................................................... 82 6.8 Processo de Classificação, Reclassificação, Adaptação e Progressão 82 parcial..................................................................................................................... 6.9 Formação Continuada ….................................................................................. 84 6.10 Educação do Campo ….................................................................................. 84 6.11 Educação das relações Étnicos – Raciais …................................................ 87 6.12 – EJA ….......................................................................................................... 89 7. REGIME E FUNCIONAMENTO …................................................................... 91 7.1 Calendário Escolar …....................................................................................... 91 7.2 Matriz Curricular ….......................................................................................... 92 8. CURSO EXTRACURRICULAR …...................................................................... 94 8.1. CELEM (Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna) …..................... 94 4 8.2 Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno …... 94 8.3 Sala de Apoio à Aprendizagem …................................................................... 95 9. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO …........................... 96 10. PLANO DE TRABALHO DA DIREÇÃO ….................................................... 98 11. PLANO DE TRABALHO DA EQUIPE PEDAGÓGICA ….............................. 101 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ….......................................................... 105 ANEXOS PLANO DE ESTÁGIO PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO CALENDÁRIO ESCOLAR PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL Arte........................................................................................................................ 122 Ciências …............................................................................................................ 138 Educação Física …................................................................................................ 153 Ensino Religioso …............................................................................................... 167 Geografia – Ensino Fundamental e Médio …....................................................... 176 História ….............................................................................................................. 189 Língua Portuguesa …............................................................................................ 197 Matemática …........................................................................................................ 219 Inglês …................................................................................................................. 235 PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO Arte........................................................................................................................ 255 Biologia …............................................................................................................. 266 Educação Física …................................................................................................ 278 Filosofia …............................................................................................................. 292 Física …................................................................................................................. 301 História ….............................................................................................................. 310 Língua Portuguesa …............................................................................................ 317 Matemática …........................................................................................................ 332 Química …............................................................................................................. 343 Sociologia ….......................................................................................................... 355 Inglês …................................................................................................................. 363 5 1. APRESENTAÇÃO O projeto político-pedagógico é uma ação intencional, que dá a escola autonomia e identidade própria, norteando as suas ações. Essa autonomia exige responsabilidade e compromisso da Escola e dos órgãos colegiados que representam a comunidade Escolar (Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil, entre outras). O coletivo deve inter-relacionar-se, levantando seus próprios problemas, anseios, metas e, principalmente, estabelecendo de forma horizontal a missão que fundamentará sua ação pedagógica. Não é suficiente conhecer a realidade em que se opera. É essencial que haja empenho coletivo em desmistificar e ressignificar condições e ações que venham contribuir com a melhoria do desenvolvimento educativo. Nessa premissa, a construção do Projeto Político Pedagógico se torna uma ação fundamental que se revela através de um documento, a qual traduz a identidade própria deste Estabelecimento de Ensino. Trata-se de atuar alicerçados no contexto real, considerando os recursos disponíveis e a abrangência dos reflexos do processo educativo. Tudo isso, embasados na Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, como forma de contemplar que sejam garantidos os princípios de gratuidade e qualidade do trabalho pedagógico. Nesse sentido, é função da escola promover o desenvolvimento pleno do cidadão. Para tanto, faz-se necessário garantir o acesso e a permanência do aluno na escola. Pensando numa formação profissional e na informatização de grandes indústrias, precisamos preparar os educandos, para que cada um possam ocupar o seu espaço nesse mundo do trabalho cada vez mais competitivo e acima de tudo, formar cidadãos conscientes, participativos, críticos, honestos, coerentes, capazes de transformar a sociedade e o mundo com atitudes e ações, as quais lhes foram incutidas em nossas escolas, atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano. 6 Este projeto é fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, onde estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica pedagógica, alunos, pais, instâncias colegiadas e a comunidade como um todo, com o intuito de garantir o bom desempenho da comunidade escolar e principalmente da função de “educar” do referido Estabelecimento de Ensino. Educar não significa somente “transmitir” conhecimentos acumulados socialmente, e sim viver valores apresentados pela comunidade, bem como inserir outros valores necessários para que o ser humano possa viver e conviver bem, consigo mesmo e com os demais seres. Dessa forma, buscou-se reunir todos os segmentos da comunidade escolar para eleger as prioridades no trabalho pedagógico que visem a formação integral do aluno, garantindo que suas individualidades sejam respeitadas e que haja o desenvolvimento do senso coletivo. 2. INTRODUÇÃO O presente projeto representa a identidade do Colégio Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental e Médio e foi elaborado embasado nas Diretrizes Curriculares Estaduais e na LDBEN 9394/96, alicerçado em pressupostos de uma Tendência Histórico Crítica, tendo como princípio uma prática social que esteja compromissada em solucionar os desafios da educação e do ensino de nosso Colégio, propiciando situações e novas formas de pensar o fazer pedagógico dentro do contexto de luta favorável e/ou desfavorável da própria Escola. A Tendência Pedagógica Progressista - Crítico Social dos Conteúdos ou Histórico-Crítica tem como papel da Escola a difusão dos conteúdos. Conteúdos estes culturais, universais que são incorporados pela humanidade frente à realidade social, cujos métodos partem de uma relação direta da experiência do aluno, sendo confrontada com o saber sistematizado, tendo o aluno o papel de participador e o professor como mediador do processo entre o saber e o aluno. A aprendizagem baseia-se nas estruturas cognitivas já estruturadas nos educandos, atribuindo a instrução e ao ensino o papel de proporcionar aos alunos o domínio de conteúdos 7 científicos, de modo a formarem uma consciência crítica face à realidade social e capacitando-os a assumir a condição de agente ativo de transformação de si próprio e da sociedade onde está inserido. Para o educando, o aprendizado escolar é o elemento central para o seu desenvolvimento e o processo de ensino-aprendizagem na escola deve ser construído, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real do aluno, com relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, os objetivos estabelecidos pela escola, adequados à faixa etária e ao nível de conhecimento e habilidades de cada grupo de alunos. Nas relações entre desenvolvimento e aprendizado, o papel da intervenção pedagógica é muito importante, pois a interferência de outros indivíduos na aprendizagem é a mais transformadora. Essa concepção teórica coloca o papel do professor em função de destaque, com sua importante tarefa de mediar uma articulação significativa entre conceitos espontâneos e conceitos científicos de tal forma que o conceito espontâneo abra caminhos aos conceitos científicos promovendo a evolução no educando de novas e mais elaboradas formas de compreensão da realidade. Portanto, o professor tem o papel explícito de interferir na zona de desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanços que não ocorreram espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. Em virtude de pertencermos a uma sociedade que por décadas e décadas apostou só no intelecto, é imprescindível valorizar o aspecto emocional dos nossos alunos, fator essencial para o desenvolvimento da inteligência dos indivíduos. A incapacidade de lidar com as próprias emoções pode destruir vidas e impedir que se tenha sucesso. Os alunos precisam de estímulos para trabalhar em equipes, salientando a importância da contribuição de todos, o espírito de companheirismo, o bom relacionamento para que cada um possa perceber emocionalmente a si mesmo e aos outros. 8 Fundamentando-se em Howard Gardner,: “não existe uma inteligência geral, mas inteligências diferentes”, enfatizamos as múltiplas inteligências que as pessoas possuem, pois estas não podem ser avaliadas por uma visão unidimensional. Partindo da ideia da diferença, através de variadas estratégias, materiais, estímulos e seduções, é preciso levar o aluno a compreender situações para que se tornem estudantes inventivos, capazes de usar sua curiosidade e estímulo à exploração de um saber para ampliar o seu conhecimento. Gardner enfatiza a importância da correlação entre os conteúdos escolares e as inteligências múltiplas aguçando a sensibilidade dos alunos como o pensar, o criar, tocar, ver e muitas outras. Nas relações interpessoais, a sala de aula, como ambiente de aprendizagem, caracteriza-se como movimento, como práxis em que a produção de professores e alunos direciona- se para a mesma finalidade. Segundo os professores, na prática pedagógica, ”professor e alunos transformam-se” e transformam o conhecimento em aprendizagem. Como estratégias de aprendizagem, a realização de conversas entre o professor e entre os alunos parece ser uma das possibilidades para se descobrir como os alunos aprendem. 2.1. Identificação e Histórico da Escola Código da Escola: 00042 Endereço: Rua Antônio Cassemiro Jucoski, s/nº Município: Kaloré – PR. Código: 1320 FONE/FAX: (43) 3421 1117 E-mail: [email protected] Site da Escola: www.klealvoradadainfancia.seed.pr.gov.br NRE: Apucarana Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná a) O Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância - Ensino Fundamental e Médio, na modalidade de Escola do Campo, está localizado à rua Antônio Cassimiro Jucoski, s/nº, Distrito de Jussiara no município de Kaloré, região 9 norte do Estado do Paraná. Tem como Entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná, através da SEED, sob a jurisdição do Núcleo Regional de Educação de Apucarana, chefiado pela Ilma Srª. Maria Onide Ballan Sardinha . Atualmente é dirigida pela Ilma Srª Marta Lourenti dos Reis . Autorizado a funcionar pela Resolução Conjunta nº 05/82 de 26/04/86 e reconhecido pela Resolução nº 5.541/85 de 08/01/86. b) Organização da escola: Série Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, CELEM, Atividades Complementares e Sala de Apoio. Turnos: Manhã (7h40min às 12h) – Ensino Fundamental Tarde (13h às 16h40min) – Sala de Apoio à Aprendizagem Tarde (13h à 16h40min) – Atividades Complementares Curriculares em Contraturno Esporte e Lazer Intermediário – Tarde (17h às 18h40min) - CELEM/Espanhol Noite (18h50min às 23h) – Ensino Médio 2.2. Aspectos Históricos do Colégio O Colégio Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental e Ensino Médio iniciou suas atividades em 1951, com a ajuda de moradores e da comunidade em geral. Mais tarde passou a funcionar, tendo como mantenedora a Prefeitura Municipal que recebia recursos através de convênios realizados com o Governo do Estado do Paraná para o pagamento dos professores. Durante o seu período de funcionamento teve as seguintes denominações e atos oficiais: 1951 - Grupo Escolar Alves de Morais (antigo primário); 1961 - Escola de Jussiara (antigo primário); 1962 - Casa Escolar Alvorada da Infância (antigo primário) 1964 a 1981 - Grupo Escolar Alvorada da Infância (1º a 5º ano); 1981 - Escola Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau (1ª a 8ª séries); Resolução Conjunta nº 05/82 DOE de 26/04/86 - Criação do Curso de 1º Grau. 1983- Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau (1ª a 8ª ); Resolução nº 1.151/83 DOE de 29/04/83-Denominou-a como Estadual. 1986- Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau; Resolução nº 5.541/85 DOE de 08/01/86 - Ato de Reconhecimento do Estabelecimento e do Curso. 10 1993- Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau (5ª a 8ª). Resolução nº 4.566/93 DOE de 02/09/93 - Cessação das quatro primeiras séries do ensino de 1º Grau. 1998- Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental. Resolução Secretarial nº 3.120/98 – SEED. Deliberação nº 003/98 – CEE. Parecer nº 147/98 - NRE - Aprovação de mudança de Nomenclatura. Fazem parte do Histórico da Escola: 1969 a 1978 - Ginásio Machado de Assis (Escola particular criada em 1969 e cessado em 1978); 1978 a 1982 - Ginásio Abraham Lincoln (extensão de Kaloré - 5ª a 8ª); Em 1951, o Grupo Escolar Alves de Morais, localizado à Avenida Principal, S/Nº, funcionava no prédio de uma pensão com apenas uma sala de aula provisória, cedida pelo proprietário da pensão e funcionava em dois turnos: matutino das 8 às 11hs e intermediário das 11 às 14 hs. Em 1961, foi denominada Escola de Jussiara e, em 1961 Casa Escolar Alvorada da Infância, passou a funcionar em três salas de madeira, localizada à Rua Jaborandi, S/Nº, em três turnos: matutino das 8 às 11hs, intermediário das 11 às 14 hs, e vespertino das 14 às 17hs. O nome Alvorada da Infância surgiu através da observação e comparação de alguns aspectos da cidade por seus moradores. Jussiara era uma cidade pequena, tranqüila, hospitaleira aos visitantes com muitas árvores floridas e pássaros. Dessa forma, esses aspectos mais o alvoroço e alarido dos pássaros e as brincadeiras das crianças trouxeram a idéia de Alvorada da Infância. Durante estes anos teve como Diretora a senhora Zulmira de Almeida Guerra, uma pessoa muito dedicada que trabalhou em prol da comunidade. Em 1964, foi denominada Grupo Escolar Alvorada da Infância e até 1965 toda documentação da Escola era arquivada na Inspetoria Municipal na Prefeitura de Jandaia do Sul. Em 1967, foram construídas no mesmo prédio duas salas de aula e uma cozinha. Em 1969, foram construídas mais duas salas de aula, passando assim, a funcionar em dois turnos: matutino das 8 às 11hs e intermediário das 11 às 14hs. E 11 ainda, seu prédio foi cedido para o funcionamento do Ginásio Machado de Assis, nos turnos: tarde das 14 às 17hs e noite das 19 às 22hs. O Ginásio foi fundado por João Sala e era pago pelos alunos, funcionou assim até 1978. No exercício de 1978, foi construído o atual prédio, totalmente de alvenaria, localizado à Avenida das Perobas, S/Nº, hoje Rua Antônio Cassimiro Jucoski, S/Nº, com seis salas de aula e demais salas e compartimentos. O projeto de construção foi requisitado através do Deputado Gilberto Carvalho e do Prefeito José Basdão, obra de grande valia para o Distrito, sendo até hoje um dos maiores bens que o Distrito possui. Ainda em 1978, foi extinto o Ginásio Machado de Assis e criado uma extensão do Colégio Abraham Lincoln de Kaloré, houve novas mudanças, o ensino tornou-se gratuito e o turno de funcionamento passou a ser o noturno. Funcionou em 1978, 1979 e 1980 com quatro turmas, em 1981 com duas turmas e extinto de forma gradativa até 1982, em função da autorização de funcionamento do Ensino de 1º Grau na Escola Alvorada da Infância. Em 1981, foi autorizada a oferecer o Ensino de 1º Grau, passou a funcionar em três turnos: matutino com 5ª série, vespertino com 1ª a 4ª séries e noturno com 5ª e 6ª séries e denominou-se Escola Alvorada da Infância -Ensino de 1º Grau. Em 1982, passa ofertar o Ensino Pré-escolar nas modalidades de Jardim II e III. Em 1983, denominou-se Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau e continua ofertando Pré-Escolar e 1ª a 8ª séries. Em 1992, pela primeira vez, elabora o seu Projeto Político Pedagógico. Em 1993, foram cessadas as quatro primeiras séries do 1º Grau, desta Escola e criou-se a Escola Municipal Paraíso da Infância - Ensino Pré-Escolar e de 1º Grau. A municipalização na época, trouxe para os administradores vários problemas, desde a falta de material permanente, a divisão de materiais que até então estava na guarda de apenas um Diretor e até a falta de ambiente físico para divisão de salas internas, com o passar do tempo os problemas foram aumentando e perduram até hoje. Em 1998, a Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau, passou a denominar-se Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental, o qual permanece em vigência. 12 Em 1999, elabora o Plano de Ação, uma realimentação do Projeto Político Pedagógico. E no início de 2000 o Plano de Desenvolvimento e Ação, passando assim a assumir a Gestão Participativa. Em 2000, a Escola de forma coletiva e, em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais, elabora o seu Projeto Pedagógico para o Ano de 2001. Em 2003 passa a ser considerada dentro da metodologia Escola do Campo e em, 2004, 2005 e 2006, atendendo as políticas da SEED, reestrutura o Projeto Político Pedagógico, juntamente com professores, funcionários, pais, representantes do Conselho Escolar, APMF., Grêmio Estudantil e representantes de turmas. Em 2006 com grande esforço e desempenho da Diretora e dos pais, foi implantado o Ensino Médio, onde a Escola Estadual Alvorada da Infância – Ensino Fundamental, passou a denominar-se Colégio Estadual Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Ensino Médio. Em 2007, o curso do Ensino Médio foi autorizado através da Resolução nº 69/07 de 15 de janeiro de 2007. O processo de Reconhecimento do Curso encontrase em tramitação. Em 2010, o colégio passou a ofertar o curso do CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) de língua espanhola. Em 2011, o curso do Ensino Médio foi reconhecido através da Resolução 1595/2011 e nesse mesmo ano, também foi implantado o Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno e a Sala de Apoio a Aprendizagem de Língua portuguesa e Matemática. Foram Diretores, Secretários, Supervisores, Administradores e Inspetores: DIRETORES • • • • • • • • • • 1951 1954 a 1963 1964, 1965 e 1966 1967 a 1971 1971 e 1972 1973 a 1975 1976 a 1977 1978, 1979 e 1980 1980 (03 meses) 1980 Maria Alves de Morais (Domiciano) Zulmira Almeida Guerra Sara L. Canto Elídia Souza Cavalheiro Vicente Procópio Ribeiro Maria Aparecida Canello Martinha Campos Darci Aravechi Ferreira Buranello Laércio Lemes Gonçalves Marta Nogueira Lourenti 13 • • • • • • • • 1981 a 1983 1984 a 1986 1987 a 1991 1992 a 1995 1996 e 1997 (06 meses) 1997, 1998 e 1999 e 2000 2002 a 2003 2004 a 2011 Ivone Teixeira Rebelato Darci Aravechi Ferreira Buranello Eulina Costa Marta Lourenti dos Reis Edriane Donizeti Labegalini Marta Lourenti dos Reis Rita de Cássia Tassi Melo Marta Lourenti dos Reis SECRETÁRIOS • 1969. • 1973 a 1975 • 1976 a 1977 • 1978 a 1980 • 1980 • 1981 a 1983 • 1984 a 1991 • 1992 • 2001,2002,2003,2004 e 2005 • 1993 a 1995 • 1996 a 1997 • 1997 (06 meses) • 1998 • 1999 e 2000 • 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005 Belcholina Cardoso Canello Isaura Efigênia Marquês Darci Aravechi Ferreira Buranello Marta Lourenti dos Reis Adélia Meloquero Darci Aravechi Ferreira Buranello Cleide Alves Pereira Darci Aravechi Ferreira Buranello Michele Pereira Lima Rosangela Jucoski Marta Lourenti dos Reis Vilma Ciriaki de Castro Vilma Ciriaki de Castro Maria Aparecida Lorenti Lima Michele Pereira Lima ADMINISTRATIVOS • Anair Pagote dos Santos • Andréia Vicentim • Cláudio Martins Romão • Cleonice da Silva Santos • Edmilson Leal de Matos • Sonia Maria Marquezini • Poliana Pereira Calefi Búfalo Maria Aparecida Gonçalves Maria Aparecida Lorenti Lima Josiane Ferreira Alfonso Maria Liderce de Souza Reginaldo dos Reis Neide Maria da Silva Lucimara Morelo Oliveira SUPERVISORAS • 1969 • 1992 • 1993 a 1995 • 2000 • 2005 a 2011 Senhorinha M. da Silva Eulina Costa Zenaide Delgado Gussão Maria Aparecida Gonçalves Tania Regina Macedo de Sousa INSPETORES • 1962 • 1967 • 1973 1983 a 1989 Ignês de Oliveira (Jandaia do Sul) Maria Junqueira Favila Antenor Molina Maria Helena Aquaroni Aparecida de Lourdes Pereira 14 DOCUMENTADOR ESCOLAR 1991 a 2000 2001 a 2005 2006 a 2010 2011 Aparecida de Lourdes Pereira Vânia Elizabete Jardim Fernandes Noeli Cividini Glória Ariadne Franco Cabral Fernandes PREFEITOS QUE INFLUENCIARAM NO ANDAMENTO DA ESCOLA • 1963 a 1966 Otávio Impossetto • 1967 a 1970 Francisco Lemes Gonçalves • 1971 a 1972 Otávio Impossetto • 1973 a 1976 José Basdão • 1977 a 1982 Mauro Labegalini • 1983 a 1988 Noel Pedro Ribeiro • 1989 a 1992 Mauro Labegalini • 1993 a 1996 Eleomil Altivo Fuzetti • 1997 a 2000 Aléscio Canello • 2001 a 2004 e 2006 Eleomil Altivo Fuzetti • 2007 à 2010 Adnan Luiz Canello • 2010 André Pereira • 2011 Osni Franco • 2011 Edmilsom Luiz Stencel PÁROCOS QUE CONTRIBUIRAM COM O DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA 1º - Pe. José do Amaral 6º - Pe. Darci Maximino de Oliveira 2º - Pe. Luciano Ambrozini 7º- Pe. Vírgilio Cabral dos Santos 3º - Pe. Lino Beal 8º- Pe. José Fernandes de Souza 4º - Januz Sobezack 9º - Pe. Valter Antônio Brandão 5º - Pe. Lourenço 10º – Pe Maurício Vicente Ferreira PROFESSORES QUE ATUARAM NA ESCOLA DESDE A SUA CRIAÇÃO Leny Fornaciari Maria Alves de Morais Zulmira Almeida Guerra (62) Belcholina Cardoso Canello (62) Jandira Fiorucci Morais (62) Laura Aparecida Bernardo do Prado (67) Elídia Souza Cavalheiro (63) Nair Martins Dorighello (63) Irene Maia Sagradim (63) Ivone Maria Floripes Dorighello (68) Leonor Paulina Rodrigues (68) Mara Cristina Cavalheiro (68) Maria G. Dorighello Iracema Batista Luiz Francisca Batista Luiz Alcemira Pereira (68) Auxiliadora Pagoti Nilza Maria Ferreira Maria Aparecida Ribeiro Isaura Efigênia Marquês Aparecida de Lourdes Nascimento Joanina B. Altran Darci Aravechi Ferreira Buranello Anair Pagote dos Santos Maria Helena Machado Tereza Maria da Conceição Nilva Pinheiro Toledo (79) Sonia Jucoski Zilda Imposseto da Silva (80) Josefina Marquezini Vilma Gonçalves Ana Lúcia da Silva Marlí de Fátima Buranello Rosilene Aparecida Silvestre Zenaide Delgado Gussão Regina Romeiro dos Santos 15 Maria Solemar Silvestre Cecília Aparecida do Prado Terezinha Martins Cavalheri Angelina Felicidade Pedriali Silvestre Maria Gasparini Doriguel Aparecida de Lourdes Nascimento Maria Aparecida Canello Célia Gozales Vieira (71) Joana Olivoto Marta Lourenti dos Reis Adélia Meloqueiro Iracema Olivoto Eugênia Maria de Almeida Freitas Daicy Terezinha Altran Elza Martins da Cunha (71) Josefa Feliciano Braz Fatima Marques João Vissoci do Nascimento (73) Vicente Procópio Ribeiro Ludoina Sansana Marlene Ferrer Aparecida Perini Maria Terezinha Ferreira Maria Liderci de Souza Ana Maria D.de Figueiredo Sanches Antonia Cardoso dos Reis Protano Cleudinéia Aparecida Pereira Irenice Marcon Fantachole Lucélia Semensato Leunis Justi Maria Edméa Boso Marilda Trentini Barbosa Orides Teixeira Meloqueiro Sonia Regina da Silva Berti Vilma Berti Fernandes Sandra Regina Colombo José da Silva Trovão João Cavalcanti Laércio Lemes Gonçalves Cleonice da Silva Santos Ana Claúdia Vicentin das Neves Ariadne Cabral Franco Fernandes Elaine Travagli Ellen Tatiane Protano Kátia Cilene dos S. Sanches Marcelo Piva Márcia Cristina Nunes Teco Marlí de Fátima Buranello Sebastião Pereira dos Santos Lucia Nita Plaça Davanço Jacira de Fátima Carvalho Judite Sacradim Cleide Alves Pereira Cleusa Margarida Colombo Adelaide de F. da Silva Tereza de Morais Colombo Cleide Alves Sofka Maria Aparecida Gonçalves Ademir Marcon Romão (5ª a 8ª) Airton Aparecido Rita Rosangela Jucoski Ednéia de Fatima Meloqueiro Edriani Donizeti Labegalini Eulina Costa Iraci Aparecida Cachone Maria de Fátima Lourenço Teresa Martins dos Santos Maria José Marquezim Maria Helena Aquaroni (71) Aliete da Silva Elza Quintanilha Braga Sueli Maria de Morais Neusa Maria Shorti Irani Lúcia Gonçalves Ana Lucia Mendes Ana Rosa Diniz Aparecida de Fatima Mercúrio Estrada Concepcion Domingues Valério Jaime Ademir Roder Luiz Otávio Pereira Maria helena Gonzales Aquaroni Rosa Maria de Jesus Colombo Rosangela Jucoski Vania Elizabete Jardim Fernandes Washington Luiz da Silva Sueli de Mello Fuzetti José Altino Maria Teresa Dolce de Oliveira Vilma Ciriaki de Castro Ana Márcia Labegalini Stencel Darlene Cristina dos Santos Reis Darci aravechi Ferreira Buranello Elisângela de Fátima C. Semensato Emerson da Silva Oliveira Leila Aparecida Keller Márcia de F. Vissossi da Silva Margarete M. P. Constantino Rita de Cássia Tassi Melo Silvio Martins de Oliveira Tatiane Iurkiv Vivian da Silva Sanches 16 Kátia Simone Ribeiro Pereira Tatiane Marcolino Vissossi Macedo Luciane Chamorro Rodrigues Patrícia Elaine Ribeiro Cereja Canelo Carina Elisabete da Silva Bochio Thaíse Luma Mercúrio Lenice Alves da Silva Stencel Moacir Fuzeti Segundo Tania Regina Domingues de Danielle de Oliveira F. OS AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS QUE ATUARAM NA ESCOLA DESDE A SUA CRIAÇÃO Benedita Antonia dos Santos Lazara Luiza Brasil Lourdes Pamplona Silva Doroti Brasil Dirce Romão Gonçalves Augusta Ruth Alves do Carmo Maria Creuza Braga Natalina de Souza Coelho Pedro Batista do Carmo Maria José de Queiros Marli Faustino de Souza Vilma Gonçalves Olga Pacheco Rolim Lenice Visozi Vilma Célia Gonçalves Maia Valdeci Francisca Custódio Eunice Maria da Conceição Vieira Maria Siqueira Garcia Abelina Rodrigues Zilma Nogueira de Souza Norma G. C. Carvalho Maria Judite B. Monteiro Iolanda Paris Bovetto Creusa Maria Alberto Costa Maria Leonidia Men Vilma Célia Gonçalves Maia Maria Aparecida do Nascimento Lucia Heléia Romão da Silva Neide Maria da Silva Doralice Godinho da Silva Nilva Emitério Rolim Luzia Meloqueiro Gonçalves Maria Luísa Vitisin 2.3 Níveis e Modalidades de Ensino Ofertado O Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância, oferta o Ensino Fundamental de 5ª à 8ª Série/6º à 9º Ano e o Ensino Médio. A carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar. Ensino Fundamental, assim distribuído: SÉRIE TURNO Nº DE TURMAS ALUNOS MATRIC. 5ª Manhã 01 12 6ª Manhã 01 7 7ª Manhã 01 14 8ª TOTAL Manhã Manhã 01 4 7 40 17 Ensino Médio, assim distribuído: SÉRIE TURNO Nº DE TURMAS ALUNOS MATRIC. 1ª Noite 01 14 2ª Noite 01 8 3ª TOTAL Noite Noite 01 3 11 33 2.4 Forma de Organização da Escola Organograma abaixo, demonstra a forma de organização da Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental Conselho Escolar Direção Equipe Pedagógica Secretaria Serviços de Apoio Corpo Docente Repres. Turmas APMF Grêmio Estudantil Biblioteca Corpo Discente Pais 19 3. OBJETIVOS GERAIS FILOSOFIA DA ESCOLA E ESPECÍFICOS, JUSTIFICATIVA E 3.1 Objetivos Gerais A escola tem como objetivo geral promover a formação necessária para o exercício da cidadania, por meio do desenvolvimento da capacidade cognitiva, afetiva, física, ética, estética e de atuação e inserção social. 3.2 Objetivos Específicos • Divulgar o Projeto Político Pedagógico em todos os segmentos da comunidade educativa, para fortalecer o envolvimento e o compromisso ético de todos na construção de uma escola de qualidade; • Buscar a melhoria da qualidade de ensino, para que haja também melhoria na qualidade de vida e nas relações humanas; • Exercitar a democracia e a cidadania, através do movimento de ação- reflexão-ação, buscando a participação e o comprometimento do grupo, traçando metas e alcançando objetivos; • Descentralizar as decisões para que todos construam e executem coletivamente uma proposta educativa baseada na realidade; • Introduzir questionamentos, visando a mudança nos procedimentos e atitudes da comunidade escolar, ao longo do processo ensino e aprendizagem; • Planejar e executar projetos, envolvendo pais, alunos e funcionários; • Melhorar o processo de ensino e aprendizagem, de modo que os alunos usufruam da escola para aprender, construir, crescer e conviver; • Criar um espaço para que os professores possam refletir sobre o ensinar e o aprender; • 20 Proporcionar situações de aprendizagem, vivenciando os valores morais e auxiliando os indivíduos na formação de uma sociedade mais justa e igualitária; • Organizar atividades de valorização profissional para promover a socialização do saber e o engajamento de todos na busca de uma sociedade mais democrática e menos desigual; • Desenvolver a capacidade de aprender, aprimorando o domínio da leitura da escrita e do cálculo; tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades, a formação de atitudes e valores. • Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civil e social; adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito; • Compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a tecnologia, as artes e os valores em que se fundamentam a sociedade; • Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; • Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País; • Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionandose contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais; • 21 Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente; • Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de interrelação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania; • Promover e incentivar com a colaboração da sociedade, a melhoria da educação; visando o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. • Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva; • Utilizar as diferentes linguagens - verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal - como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação; • Incentivar o educando a aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; • Entender as diferentes formas atuais de conceber o conhecimento, utilizando diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos (TICs) aprimorando o ensino-aprendizagem ; • Questionar a realidade, formulando problemas e tratando de resolvê- los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação; • Desenvolver atividades que ressaltem a importância do trabalhador do 22 campo, enquanto indivíduo responsável pela produção de alimentos desta e das futuras gerações; • ambientais, Realizar trabalhos, envolvendo ações, para ressignificar as práticas no sentido de relacionar desenvolvimento econômico com desenvolvimento sustentável. • Propiciar uma escola de qualidade, oferecendo um ambiente favorável para que o educando possa desenvolver-se, integralmente, em todos os aspectos, respeitando as diferenças individuais no que diz respeito à diversidade étnica, ideologia, política, valorizando os limites e o desempenho de cada um; • Ofertar ensino de qualidade que viabilize melhores resultados nas avaliações internas e externas, visando alcançar as metas estabelecidas para a Educação Básica. 3.3 Justificativa A tecnologia avançou, as empresas evoluíram, surgiram novas profissões, o mercado de trabalho tornou-se mais competitivo. Constatam-se exigências de outras e novas competências e habilidades básicas, necessárias para o desenvolvimento da capacidade de aprender e continuar aprendendo. Exige-se autonomia intelectual e pensamento crítico e criativo, tanto para prosseguir estudos, quanto para adaptar-se às ocupações e diferentes situações do novo contexto. Evidencia-se a necessidade da construção de diferentes significados socialmente reconhecidos como verdadeiros sobre o mundo físico e natural, sobre a realidade social e política. Busca-se a compreensão do significado das ciências, das letras, das artes e do processo de transformação da sociedade e da cultura. Criou-se uma nova consciência das relações do homem com o seu meio, sua cultura e sua história. Destaca-se, ainda e cada vez mais, a necessidade da compreensão dos princípios e valores, bem como do domínio dos fundamentos científico-tecnológicos que presidem a produção moderna de conhecimentos, bens e serviços necessários as novas condições de ocupação e 23 aperfeiçoamento humano. 3.4 Filosofia da Escola A Filosofia da Escola consiste em desenvolver as potencialidades do educando, para ser capaz de pensar e agir, instrumentalizando para enfrentar os desafios da vida com sabedoria, sendo responsável pelos seus atos. Acreditamos que a aprendizagem deve incentivar novos conhecimentos num processo contínuo, através de práticas e vivências, promovendo à concretização do desenvolvimento da competência pessoal e social, onde levará a entender a educação como possibilidade efetiva de mudar o amanhã. Objetivamos na formação do educando, o exercício da cidadania e o desenvolvimento de conhecimentos, assegurando os meios de progredirem nos estudos e na preparação para o mundo do trabalho, e participação ativa na sociedade. Acreditamos que a aprendizagem é um dos mecanismos internos, pessoais e parte da ação da criança, e esta se enriquece nas trocas e nas relações pessoais, favorecendo em todos os sentidos. Dentro do contexto no qual estamos situados, necessitamos de uma filosofia de educação que articule produto e processo, pois é a partir do entendimento das ideias que a reflexão crítica e atividade criadora desenvolvem em nossos educandos, a possibilidade de intervir no meio em que vivem comprometidos com seus semelhantes, na construção de uma sociedade mais justa. Dentro desta perspectiva, a escola se propõe delinear uma forma de construir o fazer educativo, desenvolvendo o senso crítico reflexivo e libertador, na medida em que suas bases antropológicas tomam o homem como ser integral. Nossa filosofia requer oportunizar ao educando condições para a formação de cidadão consciente, participativo e crítico na formação da sociedade, levando o mesmo a construir seus conhecimentos e buscar bases sólidas, capaz de buscar soluções para as injustiças e desigualdades sociais. 24 Seguindo os preceitos legais e assegurado a todos os direito de igualdade de acesso e permanência na escola, visando respeitar a diversidade cultural, a diferença de gênero, a orientação sexual, a etnia, as necessidades educacionais especiais, bem como os afrodescendentes, indígenas, entre outros. A qualidade no ensino é essencial em todos os segmentos da escola, buscando levar os alunos ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades. 4. MARCO SITUACIONAL Nenhum ser humano vive sozinho, todos dependem de relações, trocas de experiências entre as pessoas, por isso fazemos parte da sociedade. Infelizmente vivemos em uma sociedade injusta, com muita desigualdade social, predominada pelo capitalismo. Há ainda falta de oportunidades e uma desigualdade que gera violência, desestrutura familiar, financeira e emocional. As pessoas que detêm o capital, têm oportunidades e regalias, e assim, consequentemente, continuam de posse deste mesmo capital, o que não ocorre com os indivíduos que trabalham para os que têm posses. Entendemos que o papel do aluno na sociedade é a busca da melhoria do espaço em que vive, para isso é preciso que ele entenda de onde veio e para que está na escola, e a partir disso estar aberto a aprendizagem, não somente em relação ao conhecimento científico, mas também na formação do indivíduo. Distinguir o que é certo e o que é errado, saber que cada pessoa é responsável por seus atos. A sociedade influencia o meio em que vivemos através dos costumes, valores, cultura, que esta mesma sociedade prega. Os valores básicos e fundamentais da família e o senso de responsabilidade perante as ações e/ou omissões do indivíduo devem ser mantidos. Porém algumas leis devem ser mantidas e cumpridas. Cobrar com maior rigidez a obrigatoriedade de ensino até os 18 anos, e fazer cumprir e aplicar as leis do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. A relação de ensino-aprendizagem esteve e está presente na sociedade. A 25 escola surgiu para elite e, consequentemente criada por esta mesma elite. No Brasil, com o passar dos anos e do interesse desta sociedade, surge a escola para treinar pessoas para o trabalho, ou seja, mão de obra. Entendemos que o papel da escola é formar o aluno em sua totalidade. É preciso, que esta escola reconheça os alunos com suas individualidades e possa ao mesmo tempo transmitir conceitos, noções de ordem, limites, oferecendo oportunidades e proporcionando a formação do indivíduo como um todo. Além do conhecimento científico, a escola deve transmitir também noções e ações de cidadania, preparação para o mundo do trabalho, valores humanos, educação, socialização e afetividade. A realidade brasileira, no que diz respeito à educação, dentro da LDB, no seu artigo 1º, fala: A educação abrange processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Cabe ao País, portanto, a responsabilidade de assegurar à sua população o direito à educação, compromisso confirmado e ampliado em sua Constituição de 1.988 e, dessa forma, colaborar para a globalização da educação básica. Porém, a realidade da nossa nação, segundo a visão de alguns profissionais de Educação do Colégio Estadual Alvorada da Infância é que ela não é organizada de forma justa, pois é explícita a desigualdade social existente nos “quatro cantos do país”; dificultando, assim, a universalização da educação. Apesar das transformações ocorridas ao longo dos tempos, as relações de poder vêm sendo mantidas de tal forma que o capitalismo se instalou e é característica da maioria das sociedades atuais. Sendo capitalista, e para se manter, interessa aos dominantes que detém o poder uma sociedade individualista que valorize e dissemine o consumo exagerado e o poder a ele atrelado. Esta sociedade sobrevive por interesse dos dominantes, mantida pelos dominados, que nela se envolvem sem refletir, perpetuando suas práticas e seus valores. 26 Torna-se injusta na medida em que nela prevalecem a desigualdade, o individualismo e as relações de poder e de classes que subjugam social e economicamente os menos favorecidos. A escola, mesmo sem querer, dá uma grande parcela de contribuição para manutenção da sociedade vigente, na medida em que falha na tentativa de pôr em prática o que teoricamente idealiza. Certamente não é a sociedade que queremos. Defendemos uma sociedade humanizada, igualitária, fraterna e justa, onde todos, apesar das diferenças de cultura, credo ou ideologia, partilhem de sua construção realizando seus deveres e exercendo seus direitos. E nessa sociedade, a pluralidade cultural e social tem se modificado bastante nestes últimos anos. Sem contar que os agricultores estão atravessando uma crise financeira causada pelo baixo preço da safra e também pelo desequilíbrio dos fatores climáticos. O crescimento desorganizado da população na sede dos municípios e distritos surgem sem infraestrutura. Essas pessoas não têm condições adequadas de moradia, de trabalho, enfim de viver dignamente. O que ocasiona a migração dessa população para os centros maiores. E no nosso município essa realidade não é diferente. Para melhorar esse quadro, implantou a Educação do Campo, porém há necessidade de disponibilizar recursos físicos, materiais, humanos e financeiros para que se cumpra o objetivo: uma educação de qualidade voltada para a permanência do homem no campo e, ao mesmo tempo, colocar em prática projetos que consolidem as Diretrizes Curriculares para a Educação do Campo e o saber universal. É importante ressaltar que as três esferas do governo (federal, estadual e municipal) têm o compromisso de ofertar educação a todos. O governo oferece a base e a escola no seu dia a dia, tenta adequar à sua realidade e muitas vezes se perde na sua essência, a de construir saberes sistematizado. Neste panorama, o Colégio Estadual Alvorada da Infância tem o grande compromisso social dentro do município de Kaloré e especificamente no Distrito de 27 Jussiara. Essa responsabilidade é de formar cidadãos para viver na sociedade. Isso porque tem como princípios filosóficos a construção de uma sociedade justa, quanto a sua natureza; solidária, quanto à sua organização, a serviço da vida. Para isso, queremos formar sujeitos livres, sensíveis, autônomos, justos e capazes de buscar soluções coletivas para as injustiças e desigualdades sociais, através do engajamento político-social. Cabe aqui descrever um breve histórico do Município, pois para se constituir o futuro, é necessário conhecer o passado, viver e entender o presente para melhor formar os nossos educandos. O Município de Kaloré possui um clima subtropical e sofre impactos das ações humanas, devido à expansão da fronteira agrícola e pecuária, que resulta na devastação de matas ciliares, dentre outros problemas. O município, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2000, possuía 5.044 habitantes; atualmente possui 4.503 habitantes, onde se constata a diminuição da população se comparado a dados anteriores. Faz divisa com os municípios de São João do Ivaí, São Pedro do Ivaí, Borrazópolis, Novo Itacolomi e Marumbi. A base da economia é agrícola, a população é de classe média baixa, com pouca geração de empregos. Na segurança pública, há necessidade de ampliação na assistência policial, para que seja efetuadas ações preventivas. Além disso, outros problemas graves encontrados no município são as disparidades política partidária, que afeta o convívio social e a escassez de recursos financeiros, que impede a maximização dos atendimentos ofertados em quase todos os segmentos. Porém, segundo o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) a Educação e a saúde, são de boa qualidade. Em se tratando do distrito de Jussiara, onde o Colégio Estadual Alvorada da Infância se localiza, a situação é ainda mais precária: transporte insuficiente dos moradores para a sede, falta de saneamento básico, falta de atendimento odontológico e farmacêutico. Vale ressaltar que nossos alunos se ausentam da escola para terem esses atendimentos de saúde na sede. Antes de descrever a realidade de nossos educandos, se faz necessário esclarecer as condições físicas e funcionais da escola. Ela funciona em sistema de 28 dualidade com a Escola Municipal Paraíso da Infância; necessitando de ampliação, pois a falta de espaço tem causado transtornos para ambas. O terreno da Escola e o prédio pertencem à Fundepar. Quanto as condições físicas e materiais, atenta-se primordialmente para a ampliação do prédio escolar. Sendo que o Colégio Estadual Alvorada da Infância está organizada da seguinte forma: 04 salas de aulas, 01 biblioteca, 01 sala para o laboratório de informática, 01 sala onde funciona a secretaria e direção, 01 sala dos professores e pedagogo, 01 sala almoxarifado e 01 cantina. O Prédio é bem conservado. Os portões e alambrados estão precários. O Colégio passou por reformas estruturais significativas como: pintura interna e externa, reformas dos banheiros, cozinha, porém, verificamos que ainda necessitamos de alguns itens na quadra como: portões, vestiários, sanitários e locais para guardar os materiais de educação física, bem como, adaptações de grande porte: ampliação, segurança/acessibilidade. O tempo escolar é organizado de acordo com o módulo 40, ofertando 25 horas aulas semanais no período matutino e noturno, sendo as aulas realizadas em sala de aula, pátio, quadra de esportes, estudo de campo, laboratório de informática e campo de futebol, conforme o desenvolvimento das atividades. O Colégio Estadual Alvorada da Infância vem atendendo alunos da zona rural e do distrito. A maioria são filhos de pais com baixa renda, mas que reconhecem a importância da escola, por isso contribuem com a mesma. O nível de escolarização da comunidade, é bem diversificada, pois uma grande porcentagem são analfabetos, sendo que muitos deles estão frequentando o Programa Paraná Alfabetizado, outros apenas possuem o 1º grau e alguns concluíram o ensino superior. Porém, com a realidade atual, muitos dos jovens estão buscando mais níveis de escolarização, visando um novo mercado de trabalho. Estes alunos se mostram desmotivados pela leitura e escrita , pois a era tecnológica exige pouco esta habilidade. As situações socioeconômicas são distintas, pois os educandos são oriundos do meio urbano e rural, mas com acesso aos mesmos 29 bens e valores culturais. Além disso, a sociedade do distrito reflete a desestruturação familiar que acontece no mundo de hoje, onde os núcleos familiares não seguem um padrão tradicional. Sem a intenção de sermos moralistas, percebemos alunos sofrendo por não terem uma referência familiar. De acordo com os pressupostos, verificamos que a maioria de nossos alunos são de baixa renda, alguns refletem a desestruturação familiar que acaba por não incutir os valores éticos necessários à boa convivência na comunidade e na escola. Alunos que não se respeitam e comentam sobre a moral dos colegas pelo fato de todos se conhecerem no distrito. Muitas das famílias são beneficiadas por Programas Sociais do Governo como o Leite das Crianças, Bolsa Família (até 15 anos), Bolsa Jovem (15 à 17 anos), PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e Baixa Renda na Energia Elétrica. No entanto, os índices de evasão e repetência são baixos, acontecendo por motivo de trabalho, distância da Escola, migrações constantes. As questões do trabalho se referem aos períodos de safras, quando a grande maioria dos educandos se dedicam a colheita e/ou plantio, muitas vezes até trabalhando em outros municípios, sem horários definidos, chegando cansados à escola, sem ânimo para estudar. O transporte dos educandos que residem em propriedades distantes do distrito, é dificultado pelas condições das estradas e pela manutenção dos veículos. Cabe à escola a responsabilidade de contribuir na construção da ética do educando e educador, permitindo a coerência entre a teoria e a prática docente e discente. Nesse sentido, a escola, em algumas situações, acaba fazendo papel de assistencialista e assim deixando de cumprir a sua função formativa. Na escola, temos uma amostra dos problemas existentes na sociedade que refletem na educação, como: violência, drogas, gravidez precoce e, principalmente, o alcoolismo e a sexualidade. Sabemos que a sociedade está passando por constantes mudanças, onde valores, convicções, atitudes, dentre outros aspectos, estão sendo amplamente 30 questionados, discutidos e abordados de modo a produzir uma nova realidade, que muitas vezes, está suscetível à aprovação de um ou mais grupos. Um dos fatores que acelera essa postura é o avanço tecnológico, que desponta e se expande globalmente. É possível nos depararmos com realidades convincentes hoje, que amanhã, não passam de histórias do passado. A dinamicidade é admirável e a inconstância prepondera a necessidade de constante atualização. A busca por atualização, bem como, por novas descobertas não se restringe apenas a grupos científicos elitizados. O professor, inserido neste meio, sente dificuldade em formar alunos críticos, que possam contribuir com a sociedade, onde esses alunos, nem sempre são questionadores e estão empenhados em buscar novos conhecimentos. Sabemos que a tarefa de garantir o futuro não é só dos governos, e sim, de todos os seres humanos. Sendo assim trabalhar as Diversidades como: Educação do Campo, Gênero e Diversidade Sexual, História e Cultura dos povos Indígenas (Lei 11645/08) e História e Cultura Afro-Brasileira-Africana (Lei 10639/03). Desenvolvimento Socioeducacional: Prevenção de Drogas, Enfrentamento a Violência, Educação Ambiental e Cidadania e Direitos Humanos. Segundo Demo (1992) a cidadania se constrói com a força da sociedade e a comunidade. No entanto, a sociedade tende a tomá-la como objeto de tutela governamental. A solução para muitas questões da sociedade deveria estar no compromisso da própria comunidade de se envolver e agir. Uma importante questão a ser discutida diz respeito ao diagnóstico dos problemas escolares. Diagnosticar problemas com clareza e pensar as soluções requer planejamento e trabalho coletivo em todas as etapas. O diagnóstico, se bem conduzido, pode enriquecer cada vez mais o trabalho de construção e realização do projeto de cada Escola. 4.1 Problemas diagnosticados em 2011 Gestão de resultados educacionais • Tempo insuficiente para análise constante do PPP; 31 • Participação de todos os alunos do Ensino Médio no Enem; • Comprometimento dos pais com a aprendizagem dos filhos; • Avaliação do PPP. Gestão participativa/ democrática • Falta de conhecimento por parte das instâncias colegiadas sobre a importância da participação nas decisões coletivas; • Reunir todos os professores para o Conselho de Classe; • Motivar a participação dos membros do Conselho Escolar. Gestão pedagógica • Elaboração dos critérios de avaliação; • Preenchimento no livro registro; • Monitoramento das dificuldades dos alunos, como defasagem de conteúdos, dificuldades de aprendizagem, necessidade de atendimento diferenciado e ou até psicológico; • Inovação de práticas metodológicas para melhorar a aprendizagem; • Organização do tempo e o espaço escolar; • Rotatividade dos professores. • A hora-atividade pré determinada no mesmo turno de funcionamento, dificultando assim o intercâmbio entre professores que tem por objetivo trabalhar a interdisciplinaridade contextualizada; • Alunos que trabalham o dia todo e vem para a escola cansados; • Dificuldade em realizar reuniões com os professores porque trabalham em duas escolas; Gestão de inclusão/socioeducação • A acessibilidade: adaptações de grande porte; Gestão de pessoas • Comprometimento de alguns profissionais; 32 • Falta de pessoal na área administrativa e serviços gerais. Gestão de serviços de apoio (recursos físicos e financeiros) • Falta de manutenção em tempo hábil nos recursos tecnológicos (pessoal técnico capacitado); • Espaço físico insuficiente para atendimento das necessidades educacionais: salas de aulas, refeitório, depósito de merenda, laboratório de Ciências e Química, salas internas para direção, professores e pedagogo; • Recursos financeiros insuficientes para manutenção e merenda escolar; • Ausência de central de gás. • Recursos financeiros e humanos insuficientes para o bom funcionamento da Escola de Campo; • Infraestrutura inadequada para Escola de Campo. Cabe à direção do Colégio articular todo esse envolvimento e proporcionar o entrosamento dos próprios profissionais da educação que trabalham na instituição. As reuniões pedagógicas previstas em calendário, não são suficientes para resolver todos os problemas no âmbito escolar, onde eventualmente algumas decisões precisam ser tomadas por pequenos grupos, devido a incompatibilidade de horários dos professores. O Conselho Escolar e APMF do Colégio, estão devidamente regulamentados e são realizados de forma democrática. Ainda encontramos dificuldades em reunir todos os membros colegiados onde os horários nem sempre são compatíveis. O Colégio conta de forma ativa com a ajuda de participação dos pais, desde a organização até a realização de atividades Culturais, promocionais, campanhas, lazer entre outras. A APMF, o Conselho Escolar, o Grêmio Estudantil e Representantes de Turmas, atuam ao lado da direção, ajudando, apoiando quanto a aplicação de recursos financeiros liberados pela SEED ou mesmo adquirido através de promoções do próprio Colégio. Num conjunto de esforços Pais, Professores, Funcionários, Alunos, APMF, 33 Conselho Escolar e Amigos da Escola atuam em busca de uma escola organizada; priorizando, assim, a qualidade do ensino. 4.2 Conselho Escolar Representantes do 1º Segmento - Dos Profissionais da Escola NOME Marta Lourenti dos Reis FUNÇÃO ESCOLARIDADE Diretora Pós Graduação Tania Regina Macedo de Sousa Equipe Pedagógica Pós Graduação Cleonice da Silva Santos Professora Pós Graduação Poliana Pereira Calefi Búfalo Técnico Administrativo Pós Graduação Neide Maria da Silva Serviços Gerais 2º Grau Completo Representantes do Segundo Segmento - Comunidade atendida pela Escola NOME Márcia de F. Vissossi da Silva Joice da Silva Vieira Lucinéia Gomes Peixoto FUNÇÃO ESCOLARIDADE Pós Graduação 2º Grau Incompleto 2º Grau Completo Pais Grêmio Estudantil APMF Representantes do Terceiro Segmento - Representantes dos segmentos da sociedade e da Igreja NOME Sueli Oliveira Braga Vissoci FUNÇÃO ESCOLARIDADE Representante da Igreja 2º Grau Completo SUPLENTES DO CONSELHO ESCOLAR 1º Segmento NOME Ana Rosa Diniz FUNÇÃO Professora ESCOLARIDADE Ensino Superior 34 2º Segmento NOME Mayara Apª Vicentim Olívio Érica Vissossi da Silva FUNÇÃO ESCOLARIDADE Gremio Estudantil 2º Grau Incompleto Representante 2º Grau Completo dos alunos Ana Maria de Queiroz Armelin Representante dos Pais 3º Segmento NOME Sueli de Vissossi Oliveira 1º Grau Completo FUNÇÃO ESCOLARIDADE Braga Representante da 2º Grau Completo Igreja 4.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários Diretoria da APMF NOME FUNÇÃO Sandra Regina G. da Silva Presidente ESCOLARIDADE 2º Grau Completo Ademir Pacheco Rolim Vice-Presidente 1º Grau Incompleto Lucinéia Gomes Peixoto 1º Tesoureiro 2º Grau Completo Ana Maria G. Constantino 2º Tesoureiro 2º Grau Completo Lucimara Morelo Oliveira 1ª Secretária Ensino Superior Cleonice da Silva Santos 2º Secretária Pós Graduação Poliana Pereira Calefi Búfalo 1º Diretor Sócio Pós Graduação Cultural Esportivo Ana Márcia L. Stencel 2º Diretor Sócio Pós Graduação Cultural Esportivo Conselho Deliberativo e Fiscal NOME Ana Maria Macêdo Sartori Cidinéia de Fátima L. Laurindo Maria Aparecida Lorente Lima Olga Pacheco dos Santos José Aparecido Américo da Silva FUNÇÃO Professora Professora Funcionária Funcionária Representante Pais ESCOLARIDADE Pós Graduação Pós Graduação 2º Grau Completo 2º Grau Completo 1º Grau Incompleto 35 Aplacinto de Jesus Kieszkowski Representante Pais 1º Grau Incompleto Edson Nogueira de Sousa Representante Pais 2º Grau Completo Antonio Pereira dos Santos Representante Pais 1º Grau Completo Assessoria Técnica: Marta Lourenti dos Reis e Tania Regina Macedo de Sousa As reuniões de pais se constituem em mais um dos problemas enfrentados pelo Colégio, muitos pais trabalham durante o dia e os professores trabalham à noite em outras escolas. Sem contar que alguns pais não se incomodam com a vida escolar dos filhos, deixando a mercê da escola. Em relação aos alunos, encontram-se desmotivados quanto ao processo ensino-aprendizagem, embora a maioria são questionadores e críticos, cobram da escola e dos professores que sejam informados sobre os conteúdos do plano de trabalho docente, que serão ministrados durante o ano, bem como aulas diferenciadas, uso de recursos tecnológicos, como TV pendrive e laboratório de informática, maior autoridade por parte dos professores, maior enfoque nos conteúdos, maior objetividade, responsabilidade e formação de consciência, dando ênfase aos Desenvolvimentos Socioeducacionais. Alguns alunos não concordam com a aprovação pelo Conselho de Classe, pois acham que são “empurrados” no final do ano para a série seguinte, sem conhecimento. Essas opiniões foram dadas por grande parte dos alunos da escola de ensino fundamental e médio, e muitas das respostas foram bem parecidas, quando não iguais. Entretanto, são realizados pré-conselhos com os alunos de cada série juntamente com o professor e aluno representante de turma, onde são planejadas ações de melhoria do rendimento escolar da turma. As ações e sugestões são levadas para o conhecimento do Conselho de Classe que é realizado com a participação de todos professores, que analisam as dificuldades e problemas no processo ensinoaprendizagem, sem se deter apenas nas notas. Embora tendo uma nova visão de como deva ser o mesmo, encontramos dificuldades em encaminhá-lo e na realização das intervenções propostas. 36 Enfim, essas contradições estão explícitas no nosso dia-a-dia, e precisam ser solucionadas, sendo uma instituição que de fato forme o cidadão consciente e crítico para atuar na sociedade. 4.4 Professores e Alunos Representantes de Turmas Ensino Fundamental TURMA PROFESSOR REPRESENTANTE ALUNO REPRESENTANTE 5ª Ana Márcia Labegaline Stencel Lyandra Macedo de Sousa 6ª Tania R. Domingues Figueiredo Canelo Tátila Correia Emitério 7ª Kátia Simone Ribeiro Pereira Leonardo Henrique Macedo 8ª Cleonice da Silva Santos Tânia Cristina Alves Massocatto Ensino Médio TURMA PROFESSOR REPRESENTANTE ALUNO REPRESENTANTE 1º Luciane Chamorro Rodrigues Angélica Cristina Emetério 2º Marlí de Fátima Buranello Eduardo Meloqueiro da Silva 3º Carina Elisabete da Silva Bochio Joice da Silva Vieira O Colégio hoje trabalha com a avaliação diagnóstica. As notas são resultantes dos trabalhos em grupo e/ou individual e avaliações escritas e orais, sendo a recuperação paralela. Esses resultados são apresentados bimestralmente aos pais juntamente com alguns professores através de reuniões. Além disso, os pais dos alunos com dificuldades de aprendizagem e problemas disciplinares são atendidos, particularmente, durante a hora atividade do professor. No que se refere à Avaliação Institucional realizada em 2005, que diante da possibilidade de confrontar opiniões advindas dos diversos segmentos que constituem a comunidade escolar, através da real análise, reflexão e discussão que se desencadeou desta avaliação do Colégio Estadual Alvorada da Infância, cabe enfatizar algumas sugestões que contemplem a maximização dos resultados positivos que se 37 originam da efetivação da ação pedagógica. Em outras palavras, ideias surgiram e, depois de discutidas por todas as instâncias, foram teorizadas e aqui serão apresentadas como sugestões para que possam contribuir com as conquistas do processo educativo em seus diversos âmbitos. Vale ressaltar que, a Avaliação Institucional diagnosticou problemas que merecem atenção e uma maior organização da comunidade Escolar, a fim de superálos. Em se tratando, dos órgãos colegiados de gestão, constata-se a necessidade de maior interação e integração. Atentando para os profissionais da educação há a necessidade de aperfeiçoar a relação professor-tecnologia-conhecimento-aluno. 4.5 Princípios da Gestão Democrática Falar em gestão democrática na escola é voltar em um assunto que vem sendo debatido há muito tempo pelos educadores. No Estado do Paraná, a gestão é feita de uma maneira democrática, existem as Instâncias Colegiadas, como as APMFs (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) que tem a função de integrar a escola com a comunidade e também o papel de se envolver em todas as questões, que exigem decisões que interferem no bom andamento da escola, e paralelo às APMFs existe o Conselho Escolar que é composto por representantes de todos os segmentos, escolhidos de forma democrática onde o presidente é o diretor (a) que também é escolhido por votação direta. Essas Instâncias Colegiadas foram eleitas de acordo com suas respectivas leis e estatutos. As reuniões ocorreram de acordo com as necessidades, discutindo os problemas de aprendizagem, promoções e eventos realizados pela escola. Essas Instâncias participam de forma direta ou indireta dos projetos desenvolvidos pelo Colégio, como: FERA, ComCiência, Festa Junina, Festas Promocionais, Formatura, Agenda 21, participação nos Conselhos de Classe e elaboração do Projeto Político Pedagógico. Por isso, não se pode dizer que a organização da escola não seja democrática. O que está faltando à comunidade escolar é ter essa consciência de como as coisas devem funcionar, e cobrar de quem está à frente da escola que seja cumprido esse modelo de gestão democrática que 38 aqui está implantado. O problema é que viver a democracia exige, por parte de todos, uma doação maior que aquele tempo que recebemos para estar na escola. Os educadores ainda não perceberam que as escolas ganharam uma dimensão social que nunca teve, que ela está deixando de ser uma escola repetidora para se tornar uma escola co-criadora deste novo mundo que está surgindo. Hoje, a escola recebeu uma transferência de responsabilidade muito grande, não sendo mais aquele modelo onde a família tinha a obrigação de socializar a criança, a igreja de moralizar, a escola de culturalizar, as empresas de inserir no processo produtivo e o Estado à função de organizar esse processo. Portanto, as escolas que não se adaptarem a essas mudanças, não conseguirão atender os anseios de seus educandos. Porém para que a escola consiga se apropriar e mudar sua prática pedagógica, é necessário uma gestão democrática em que todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, sejam conscientes do papel de agentes transformadores da realidade que vivem. O acesso à gestão democrática não é um caminho que os profissionais da educação vão encontrar pronto, deve ser conquistado por todos com a participação nas reuniões, nos encontros pedagógicos e toda a discussão ou reflexão que venha a ser feita para se falar da escola. Manter uma gestão democrática é nunca deixar de participar, trabalhar com educação é ter que rever seus conceitos sempre. Quanto maior for a participação menor o risco de errar, por isso ser profissional da educação é ter o compromisso com a comunidade escolar de garantir a permanência de uma gestão democrática . Quanto a Formação Continuada de Professores, alguns educadores ainda não se deram conta da revolução silenciosa que vem acontecendo na escola. Por um lado houve a transferência de formação ética e moral que antes era ofertada pela família e a pela igreja, e por outro lado, temos que competir com milhares de informações e estímulos externos que chegam aos educandos a todo o momento, e aí vem a figura do professor que, na maioria das vezes, tem as mesmas posturas daqueles que foram os 39 seus professores. A formação continuada é ofertada pela SEED, prevista em calendário, outras oferecidas por faculdades públicas ou particulares e também reuniões pedagógicas e grupos de estudos realizados pelo Colégio com leituras de textos a serviço do enfrentamento dos problemas didáticos. A qualidade do ensino aprendizagem passa necessariamente por uma escola organizada que tenha regras claras e justas, que seja aberta para o mundo, com atividades que conduza os educandos também a buscar o conhecimento fora da sala de aula, com professores comprometidos com essa qualidade, numa gestão democrática onde toda a comunidade escolar supere as dificuldades e caminhe para se ter realmente uma escola que tenha uma educação com qualidade no ensino aprendizagem. Assim, o educador que não acompanhar essa mudança, ficará desatualizado dentro do processo de evolução educacional. O Colégio conta com 23 funcionários, assim distribuído: 01 diretor, 01 na equipe pedagógica, 02 funcionários da equipe administrativa, 02 auxiliares de serviços gerais e 17 no corpo docente. O Colégio tem como pratica a integração de todos envolvidos no processo educativo, o que requer dinâmica que contemplem relações amistosas na busca de soluções para os problemas. 4.6 Docentes NÍVEL DE ESCOLARIDADE E VÍNCULO EMPREGATÍCIO NOME VÍNCULO Ana Claúdia V. das Neves Ana Márcia L. Stencel Estadual Estadual Ana Rosa Diniz Estadual Carina Elisabete da S Bochio Estadual Cleonice Silva Santos Estadual Cleide Alves Pereira Pontes Estadual REPR QPM QPM SC02 SC02 QPM SC02 HABILIT. 3º GRAU PÓS COMPLETO GRADUAÇ ÃO Ciências/Biologia X X Geografia X X Ciências X - Matemática Ciências/Biologia Pedagogia/Arte X X X X X X 40 Ellen Tatiane Protano Elaine Travagli Ornaghui Iraci Aparecida Cachone Kátia Simone Ribeiro Pereira Lenice Alves da Silva Stencel Estadual Estadual Estadual Estadual Estadual REPR REPR SC02 REPR REPR Marli de Fátima Buranello Estadual Moacir Fuzeti Segundo Patricia Elaine Ribeiro Cerja Silvio Martins de Oliveira Tania Regina Domingues Figueiredo Canelo Estadual Estadual Estadual QPM SC02 QPM SCO2 REPR REPR REPR Estadual REPR Luciane Chamorro Rodrigues Estadual Educação Física Matemática Educação Física Português/Inglês Português/Espanh ol X X X X X X X X X X História/Arte X X Geografia/Pedag. X X Ciências/Biologia Ciências/Biologia Educação Física X X X X X X Português/Inglês X X 4.7 Técnicos Pedagógicos DIRETOR E PROFESSOR PEDAGOGO NOME VÍNCULO Marta Lourenti dos Estadual QPM Reis HABILIT. Port./Inglês FUNÇÃO Diretora ESCOLARIDADE Pós - Graduação 4.8 Equipe Pedagógica NOME Tania Regina Sousa Macedo VÍNCULO de Estadual QPM HABILIT. Pedagogia FUNÇÃO ESCOLARIDADE Supervisora e Orientadora Pós- Graduação 4.9 Apoio TÉCNICO ADMINISTRATIVO NOME VÍNCULO Lucimara Morelo de Oliveira REPR Poliana Pereira Calefi Búfalo REPR HABILIT. Pedagogia Letras/Inglês FUNÇÃO ESCOLARIDADE Aux. Administrativo Ensino Superior Aux. Administrativo Pós Graduação 41 AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS E MERENDEIRA NOME VÍNCULO Neide Maria da Silva Eunice Maria da C. Vieira da Silva Estadual Estadual ESCOLARIDADE QFEB REPR 2º Grau Completo 2º Grau Completo Em nossa escola, assim como em todos os estabelecimentos de ensino da rede pública do Estado do Paraná, os docentes contam com 20% de sua carga horária para a hora atividade, organizada por professor (individual), sendo estas insuficientes para a realização das atividades propostas pela LDB. Durante a hora atividade, o professor realiza planejamentos, reuniões pedagógicas, correção de trabalhos, prepara aulas e faz leituras de caráter pedagógico, significando uma maior dedicação do docente às atividades fora da sala de aula. Constata-se a existência de um número expressivo de educandos que se sentem desmotivados do processo ensino e aprendizagem. A própria cultura da comunidade local é excludente, uma vez que há críticas constantes quanto ao comportamento alheio (valores, condição sócio-econômica, vícios etc). Tal fato é agravado pela ausência de pessoal especializado (psicólogos, assistentes sociais e outros), recursos físicos, materiais pedagógicos e também pela falta dos avanços tecnológicos eficazes. O colégio não possui alunos com necessidades especiais, os que encontra-se no município são encaminhados a especialistas que atendem no SUS ou APAE. 4.10 CELEM A carga horária mínima anual de cento e sessenta horas, distribuídas por um mínimo de oitenta dias de efetivo trabalho escolar. TURNO Intermediário Tarde Nº DE TURMAS 02 ALUNOS MATRIC. 31 Foi implantado nesse ano de 2011, o Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno e a Sala de Apoio a Aprendizagem de Língua Portuguesa 42 e Matemática. 4.11 Programa de Atividades Complementares Curriculares no Contraturno ESPORTE E LAZER – Esportes E.F TURNO Tarde Nº DE TURMAS 01 ALUNOS MATRIC. 18 4.12 Sala de Apoio à Aprendizagem TURNO Tarde Tarde Nº DE TURMAS 01 01 DISCIPLINA ALUNOS MATRIC. Língua Portuguesa Matemática 16 16 4.13 SITUAÇÃO ATUAL Organização do Espaço Físico Sala de aula: 04 Biblioteca: 01 Sala para laboratório de Informática : 01 Sala dos Professores e Pedagogo: 01 Sala da Direção e Secretaria da Escola Municipal : 01 Sala da Direção e Secretaria da Escola Estadual: 01 Sanitário dos professores: 01 Sanitários masculinos :03 Sanitários femininos : 04 Cozinha: 01 Pátio coberto: 01 Quadra esportiva: 01 As salas existentes atendem no período manhã os alunos do Colégio Estadual Alvorada da Infância, no período da tarde são utilizadas pela Escola Municipal Paraíso da Infância e no período da noite os alunos do Ensino Médio. Sendo que as mesmas apresentam um ambiente iluminado, ventilado e com carteiras em estado de 43 conservação mediano. Com a cedência de salas para o funcionamento da Escola Municipal, são improvisados espaços físicos para sala de apoio. E ainda se faz necessário salas internas para melhor adequação do trabalho do Colégio Estadual, uma vez que não possui salas para secretaria, supervisores, professores e laboratório de ciências e biologia. A quadra de esportes não possui portões, vestiários e sanitários, necessitando de reformas. A Biblioteca funciona de forma compartilhada e atende alunos das duas escolas. Nela também está instalada a TV Escola e o Laboratório do PROINFO, necessitando assim de um funcionário capacitado para atendê-la. 4.14 Análise dos índices de Aprovação, Evasão e Repetência Quadro Demonstrativo do Número de alunos por série, turma e Turno Ano Letivo 2004 SÉRIE TURNO 5ª 6ª 7ª 8ª TOTAL Manhã Manhã Manhã Manhã - MATRÍC. TRANSF. DESIST. 20 18 12 25 75 1 1 1 3 1 1 APROV. 10 13 11 23 57 REPROV . 4 1 5 APROV C.C. 4 3 1 1 9 REPROV . 2 2 APROV C.C. 1 7 3 1 12 Ano Letivo 2005 SÉRIE TURNO 5ª 6ª 7ª 8ª TOTAL Manhã Manhã Manhã Manhã - MATRÍC. TRANSF. DESIST . 17 1 2 17 1 14 12 1 60 2 3 APROV. 11 09 11 10 41 44 Ano Letivo 2006 ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIE TURNO 5ª 6ª 7ª 8ª TOTAL Manhã Manhã Manhã Manhã - MATRÍC. TRANSF. DESIST. 19 13 17 15 64 1 1 - APROV. 10 12 11 13 46 REPROV . 2 1 3 APROV C.C. 7 1 6 14 ENSINO MÉDIO SÉRIE TURNO 1º 2º 3º TOTAL Noite Noite Noite - MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV. 22 19 14 55 3 2 3 8 - 13 13 7 33 5 3 8 APROV C.C. 1 4 1 6 OBS: Os alunos 1º ano do Ensino Médio foram reprovados por nota e frequência em função da necessidade de se deslocarem a outros municípios para trabalhar na época da colheita. Já no 3º ano os motivos foram de dificuldades de falta de companhia no deslocamento do sítio para a cidade, e ainda, aluno que chegou de transferência com defasagem de aprendizagem, mesmo sendo dado um tratamento pedagógico diferenciado, não houve avanços. Ano Letivo 2007 ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIE TURNO 5ª 6ª 7ª 8ª TOTAL Manhã Manhã Manhã Manhã - MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV. 17 17 14 18 66 1 1 2 - 12 10 11 14 47 2 1 1 1 5 APROV C.C. 2 6 1 3 12 45 ENSINO MÉDIO SÉRIE TURNO 1º 2º 3º TOTAL Noite Noite Noite - MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV . 12 1 10 14 2 10 1 16 11 1 42 3 31 2 APROV C.C. 1 1 4 6 MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV . 6 3 12 6 6 11 35 9 APROV C.C. 3 2 2 7 MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV . 18 1 1 8 3 12 1 7 12 1 11 42 2 2 26 3 APROV C.C. 5 4 9 MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV . 13 11 9 2 5 1 20 2 12 2 9 1 8 51 2 3 36 3 APROV C.C. 2 1 4 7 Ano Letivo 2008 ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIE TURNO 5ª 6ª 7ª 8ª TOTAL Manhã Manhã Manhã Manhã - 13 15 18 11 57 1 1 4 6 - ENSINO MÉDIO SÉRIE TURNO 1º 2º 3º TOTAL Noite Noite Noite - Ano Letivo 2009 ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIE TURNO 5ª 6ª 7ª 8ª TOTAL Manhã Manhã Manhã Manhã - 46 ENSINO MÉDIO SÉRIE TURNO MATRÍC. 1º 2º 3º TOTAL Noite Noite Noite - 11 12 11 34 TRANSF. DESIST. APROV. REPROV . 1 8 7 1 7 2 22 - APROV C.C. 2 5 3 10 Ano Letivo 2010 ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIES TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST APROV. REPROV . . APROV. C.C 5ª Série Manhã 8 1 - 7 - - 6ª Série Manhã 16 3 - 9 1 3 7ª Série Manhã 8 - - 5 2 1 8ª Série Manhã 15 1 - 12 - 2 TOTAL - 47 5 - 33 3 6 SÉRIE TURNO MATRÍC. 1º 2º 3º TOTAL Noite Noite Noite - 8 11 13 32 ENSINO MÉDIO TRANSF. DESIST. APROV. REPROV. - - 6 11 13 30 - APROV C.C. 2 2 5. MARCO CONCEITUAL Sabemos que a educação é a chave para a transformação social, tanto a educação familiar como a escolar. Somos cientes de que sozinhos não mudaremos o mundo, mas enquanto educadores, intencionamos contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, socialmente qualitativa e solidária, politicamente democrática, culturalmente pluralista, que priorize as leis vigentes na Constituição Federal. Com condições de plena realização do Ser Humano, valorizando o “ser” em detrimento do 47 “ter”, pautada pelos princípios éticos, estéticos e políticos, onde todos sejam verdadeiramente reconhecidos e respeitados em sua dignidade humana e em suas diferenças. Sendo assim, visamos uma educação que possibilite nossos educandos a desenvolverem suas potencialidades, usufruírem o direito à liberdade de expressão e terem acesso ao conhecimento científico e tecnológico. Neste contexto queremos formar um sujeito solidário, ativo, criativo e pensante e que defenda a vida como condição humana indiscutível e se preocupe com o presente, formando assim sua própria história. 5.1 Concepção de Homem Ao se referir sobre a complexidade do ser humano: “ser ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural”, procuramos estruturar nossa concepção de homem e, em consequência desta, a expectativa em relação ao cidadão que queremos formar. Entendendo o sujeito tanto físico como social, temos a intenção de desenvolver no aluno a consciência e o sentimento de perceber a terra, de modo que possa compreender a interdependência entre os fenômenos e seja capaz de interagir de maneira crítica, criativa e consciente com seu meio natural e social. Alguns desafios são fundamentais no que se refere a formação do sujeito, desenvolver uma aptidão para contextualizar e integrar para situar qualquer informação em seu contexto, para colocar e tratar os problemas, ou seja, o grande desafio de formar sujeitos que possam enfrentar realidades cada vez mais complexas (polidisciplinares, transversais, multidimensionais, globais, etc). Assim, acreditamos ser possível formar um cidadão menos acuado e mais indignado, um cidadão que sabe mediar conflitos, propondo soluções criativas em favor da solidariedade humana e do equilíbrio ambiental. Para tanto, esse sujeito necessita visualizar processos, enfim, ter uma visão sistêmica da realidade. 48 Além disso, o homem é um sujeito de ações e de práticas, capaz de sonhar e direcionar seus passos, um cidadão que se apropria do processo histórico, cultural, que explicam as facetas sociais. Assim, atua numa posição, na qual tem direitos e deveres, assumindo o papel de lutar para a transformação da realidade na qual se insere. Contribuindo de forma plena, integrando-se ao todo que compõe a esfera social, participante do processo de construção dos conhecimentos sociais, culturais e políticos que circundam a realidade. 5.2 Concepção de Sociedade Para Max Weber a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais, estas são todo tipo de ação que o indivíduo faz, orientando-se pela ação de outros. Para Durkein o objeto de estudo da sociologia são os fatos sociais, esses fatos sociais são as regras impostas pela sociedade . Considerando que os alicerces da sociedade ocidental contemporânea estão sujeitos à economia de mercado que valoriza a formação técnica em detrimento à formação ética e moral do cidadão, a escola tem se constituído a partir de valores voltados a construção de um sujeito competitivo. A sociedade é campo das manifestações e interações humanas, é nela que o ser humano se expõe agindo, comunica seus pensamentos, celebra suas conquistas ou demonstra suas deficiências. Nesta sociedade, a educação tem papel fundamental, devendo ser inclusiva, integradora, dialética, contínua, processual e segura, embasada por uma escola democrática, reflexiva, transformadora, coerente, prazerosa e planejada. devendo ser portanto o espaço onde toda a complexidade da humanidade possa ser exposta, vista e sentida com solidariedade e fraternidade. É nesta perspectiva que a educação encontra um dos seus grandes desafios: instrumentalizar o educando para sua emancipação social com equilíbrio e sobriedade, estabelecendo subsídios para a construção de uma sociedade fundada nos princípios da coletividade, justiça e liberdade sem restrições de qualquer natureza, permitindo a 49 convivência na e pela diversidade, projetando em suas gerações futuras valores morais e materiais balizados pelos mais justos dos princípios que fazem jus à nossa humanidade. É no espaço escolar que o conhecimento historicamente produzido é ressignificado em suas razões filosóficas, permitindo ao educando a construção de reflexões a respeito dos paradigmas que constituem a sociedade vigente. Portanto, queremos uma sociedade onde haja igualdade de condições de vida para todos os sujeitos. Onde todos tenham acesso a uma educação escolar de boa qualidade, à saúde, ao trabalho, à moradia, à cultura, ao lazer, à participação política, entre outros. Queremos uma sociedade onde o povo possa gozar de todos os seus direitos, inclusive de ouvir e ser ouvido. 5.3 Concepção de Escola A escola é uma instituição social responsável pela reelaboração sistemática dos saberes dos alunos e, ainda por preparar os alunos para atuarem no contexto social, onde todos têm objetivos em comum. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, artigo 2º diz que “a pessoa é educada para o seu desenvolvimento, para a cidadania e para o trabalho”. Assim, a escola na atualidade precisa buscar efetivar um ensino de qualidade, onde todos os alunos tenham acesso e permanência com sucesso, em que a escola seja concebida numa gestão democrática, havendo a participação da comunidade escolar, conselhos e equivalentes, a fim de que no coletivo todos propiciem um ensino coerente com as especificidades de cada aluno que integra a escola de campo.Isto posto, é preciso que as ações da escola sejam compartilhadas, uma vez que o gestor, enquanto líder, direciona, informa e delega funções, sendo um estimulador das atitudes cooperativas na escola, onde prevaleça uma relação dialógica que atrele o todo da escola na efetivação de um ensino significativo e contextualizado. A comunidade escolar deve constituir-se numa equipe de trabalho engajada num fazer de qualidade, onde o diálogo permita atitudes crítico-reflexiva, onde todos tenham capacidade de buscar e inovar mediante o aprofundamento teórico. 50 Uma vez que o gestor e os educadores necessitam estar em constantes buscas por estratégias que dinamizem as ações na escola. Segundo (LIBÂNEO, 2008, p. 41): Os dirigentes da escola precisam ajudar os professores, a partir da reflexão sobre a prática, a examinar suas opiniões ativas e os valores que as sustentam, a colaborar na modificação dessas opiniões e valores tendo como referência as necessidades dos alunos e da sociedade e os processos de ensino aprendizagem(...) onde a gestão do cotidiano da escola, seja articulada com todo o projeto pedagógico, o sistema de gestão, o processo de ensino e aprendizagem acontece. Fazendo assim, ter-se-a uma organização preocupada com a formação continuada, com a discussão conjunta dos problemas da escola, discussão que é de natureza organizacional, mas principalmente pedagógica e didática. Nesse sentido, a escola precisa constituir-se além do espaço da aprendizagem sistematizada, um lugar prazeroso, motivador, capaz de despertar o interesse dos alunos pala aprendizagem. 5.4 Concepção de Educação Diante de uma sociedade ampla e democrática, o homem necessita exercer sua cidadania, como fonte participativa e ferramenta de luta em busca de soluções para os problemas reais, que sejam capazes de contribuir para transformação dessa sociedade, onde a diversidade seja um foco para a compreensão de tais problemas que afetam a todos. Julgamos que os valores façam parte da essência humana e sua importância precisa ser despertada e semeada dentro de cada ser, justamente porque são eles, os valores, que motivam e enriquecem a nossa vida e nos ajudam a estabelecer relações e vínculos positivos em relação a nós mesmos e aos outros. Desta forma, oportunizaremos conhecimentos, vivência e integração, pois a aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente. Quando a educação é construída pelo sujeito da aprendizagem, no cenário escolar, 51 prevalecem a ressignificação dos sujeitos, novas coreografias, novas formas de comunicação e a construção de novas habilidades, caracterizando competências e atitudes significativas. A Educação como interatividade contempla tempos e espaços novos, dialogo, problematização e produção própria dos educandos. O professor exerce a sua habilidade de mediador das construções de aprendizagem. E mediar é intervir para promover mudanças. Como mediador, o docente passa a ser comunicador, colaborador e exerce a criatividade do seu papel de co-autor do processo de aprender dos alunos. Na relação desse encontro pedagógico, professores e alunos interagem usando a co-responsabilidade, a confiança, a dialogicidade fazendo a auto-avaliação de suas funções. Isso é fundamental, pois nesse encontro, professores e alunos vão construindo novos modos de se praticar a educação. É necessário que o trabalho escolar seja competente para abdicar a cidadania tutelada, ultrapassar a cidadania assistida, para chegar à cidadania emancipada, que exige sujeitos capazes de fazerem história própria. Saber pensar é uma das estratégias mais decisivas. O ser humano precisa saber fazer e, principalmente, saber fazer-se oportunidade. A educação vista sobre o prisma da aprendizagem, representa a vez da voz, o resgate da vez e a oportunidade de ser levado em consideração. O conhecimento como cooperação, criatividade e criticidade, fomenta a liberdade e a coragem para transformar, sendo que o aprendiz se torna no sujeito ator como protagonista da sua aprendizagem. Porque nós estamos na educação formando o sujeito capaz de ter história própria, e não história copiada, reproduzida, na sombra dos outros. 5.5 Concepção de Cultura A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte entre outras, porém seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o homem através da sua racionalidade, mais precisamente a inteligência, consegue executar, dessa forma todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais 52 tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras. Os elementos culturais são artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir). A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem tem a capacidade de desenvolver culturas distinguindo, dessa forma de outros seres como os vegetais e animais. Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a capacidade de se permanecer quase intacta, e são passadas aos descendentes como uma memória coletiva, lembrando que é um elemento social, impossível de se desenvolver individualmente. Certamente já nos perguntamos, ou fomos perguntados, sobre o que seja a cultura. Vivendo num país onde tanto se fala da variedade e da exuberância cultural que permeia de forma emblemática o nosso povo, é, no mínimo, esperado que tenhamos uma ideia concebida sobre o que venha a ser esse fenômeno tão expressivo e característico da nossa gente e de todos os povos da Terra. O termo “cultura” surgiu em 1871 como síntese dos termos Kultur e Civilization. Este, termo francês que se referia às realizações materiais de um povo; aquele, termo alemão que simbolizava os aspectos espirituais de uma comunidade. Segundo David Schneider, “Cultura é um sistema de símbolos e significados.. Para Max Weber, o homem é um animal, que vive preso a uma teia de significados por ele mesmo criada. Partindo desse raciocínio, Clifford Geertz sugere que essa teia e sua análise seja o que chamamos de cultura. No trabalho de análise dessa teia, nos diz Geertz, a missão do antropólogo é desvendar esses significados, estabelecendo relações entre si, de forma a ensejar uma interpretação semiótica do objeto analisado. E uma boa interpretação só será possível, continua ele, através do estabelecimento dessas relações, da seleção de informantes, da transcrição de textos, do levantamento de genealogias, do mapeamento de campos 53 etc., em suma, através de um levantamento etnográfico. Então dessa forma, o respeito pela diversidade cultural é estar sempre valorizando a cultura popular e erudita e cabe a escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e democrático. Pois a cultura é resultado das experiências adquiridas pelo homem ao longo do tempo. Experiências ocorridas em contato com a natureza utilizando meios de subsistência. É no mundo e em sua relação com os outros que o homem adquire e constrói instrumentos de adaptação e criação, produzindo cultura. É, portanto, impossível entender o homem fora de um contexto histórico-social – de um tempo, de um espaço e de um grupo social determinado -, que influi no modo dele ser e pensar e que, ao mesmo tempo, sofre a sua influência. Por cultura entendemos o conjunto de conhecimentos, valores, normas, procedimentos e tecnologias construídos por um grupo social determinado e que dá um caráter específico a esse grupo, diferenciando-o de outros e constituindo um determinado tipo de sociedade. É algo, portanto, a ser assimilado pelo conjunto das pessoas desse grupo social, no sentido de sua integração a ele como um membro ativo. Cada ser humano traz dentro de si uma cultura, seja ela herdada ou adquirida, a escola deve trabalhar e respeitar essas diferentes culturas. A cultura herdada é apenas ponto de partida para esse grupo ou geração, que, necessariamente, como agente de criação cultural, transforma, transgride, cria e recria, construindo ou reconstruindo o seu próprio mundo e, teoricamente, avançando. Portanto, o planejamento dos conteúdos deve estar relacionado com o desenvolvimento de uma prática pedagógica que articule esses conteúdos à dinâmica de um processo educativo que empregue recursos didáticos pedagógicos promotores da aprendizagem e que respeite a identidade cultural do aluno, na perspectiva da diversidade cultural. 5.6 Concepção de Trabalho Trabalho e educação são atividades especificamente humanas. Podemos 54 definir trabalho como qualquer atividade física ou intelectual, realizada por ser humano, cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo. O trabalho é toda transformação que o homem impõe à natureza para tirar algum proveito, é meio de sobrevivência. Então devemos assimilar a perspectiva de atuação da escola como meio de formação de cidadãos e de cidadania, ensinar conteúdos e habilidades necessárias à participação do indivíduo na sociedade. Através de seu trabalho específico, a escola deve proporcionar ao aluno a compreensão da sua realidade, situar, interpretar e contribuir para sua transformação. 5.7 Concepção de Tecnologia Quando se trata do uso da tecnologia moderna, como o computador e a internet, enquanto recursos de trabalho pedagógico, a mediação entre professor/aluno/ conhecimento é imprescindível, já que estes recursos não substituem e nem dispensam a ação pedagógica crítica do docente e consequentemente dos alunos. No entanto, estamos vivenciando uma nova experiência do tempo intrinsecamente ligada às novas tecnologias que parecem provocar impactos significativos nos processos cognitivos e que, consequentemente, indicam a urgência de mudanças nas formas de pensar a seleção e transmissão do conhecimento e da informação. A tecnologia e o avanço da ciência, não atingem a sociedade de forma homogênea, determinando modelos para as relações sociais. O acesso às tecnologias de informação e comunicação amplia as transformações sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento. Portanto, frente a este cenário de desenvolvimento tecnológico que vem provocando mudanças nas relações sociais, a educação tem procurado construir novas estratégias pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos tecnológicos, resultando assim em práticas que promovam o currículo nos seus diversos campos dentro do sistema educacional. 55 5.8 Concepção de Cidadania A noção de cidadania foi historicamente transformada como resultado das lutas sociais pela aquisição e exercício de direitos e pelo aumento da participação das pessoas na vida social e política. Assim, cidadania expressa um conjunto de direitos e de deveres que permite aos cidadãos e cidadãs o direito de participar da vida política e da vida pública, podendo votar e serem votados, participando ativamente na elaboração das leis e do exercício de funções públicas. Hoje, no entanto, o significado de cidadania assume contornos mais amplos, que extrapolam o sentido de apenas atender às necessidades políticas e sociais, e assume como objetivo a busca por condições que garantam uma vida digna às pessoas. Entender a cidadania a partir da redução do ser humano às suas relações sociais e políticas não é coerente com a multidimensionalidade que nos caracteriza e com a complexidade das relações que cada um e todas as pessoas estabelecem com o mundo à sua volta. Deve-se buscar compreender a cidadania também sob outras perspectivas, por exemplo, considerando a importância que o desenvolvimento de condições físicas, psíquicas, cognitivas, ideológicas, científicas e culturais exerce na conquista de uma vida digna e saudável para todas as pessoas. (MEC, 2007, p. 11). Cidadania é a conquista da qualidade de vida, preservando a dignidade humana, a natureza e o meio ambiente. Seu objetivo é formar cidadãos para conviverem em sociedade, suprindo suas necessidades vitais, culturais, sociais e políticas; assim, construindo uma nova ordem social. Portanto, educar é um ato que visa à convivência social, a cidadania e a tomada de consciência política. A educação escolar, além de ensinar o conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da cidadania. Sendo assim, a educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação da sociedade. 5.9 Concepção de Conhecimento O conhecimento se refere àquilo que se concebe como verdade; fatos que 56 remetem à experimentação e à comprovação de hipóteses através de meios investigativos que se consolidam em realidades observáveis no cotidiano. Também pode ser entendido como aquilo que se admite a partir da captação sensitiva sendo assim acumulável na mente humana. É aquilo que o homem absorve de alguma maneira, através de informações que de alguma forma lhe são apresentadas, para um determinado fim ou não. O conhecimento se distingue da informação porque está associado a uma intencionalidade. Tanto o conhecimento como a informação, consistem em declarações verdadeiras, onde o conhecimento é considerado como um propósito ou uma utilidade. No âmbito escolar, o conhecimento assume essa identidade, permitindo sua aquisição, construção, reconstrução e ainda possibilitando que fatos comprovados e visualizados como sendo conhecimento sejam expandidos de geração em geração, através da solidificação do processo educativo. Para tanto, se torna imprescindível explicitar o modo como concebemos o conhecimento: na sociedade, ele é produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho; no contexto escolar, ele é resultado de fatos, conceitos, generalizações e pressupõe sempre uma intenção, ou seja, a escola através do conhecimento deve ter consciência de seu papel decisório na formação do cidadão. 5.10 Concepção de Ensino Aprendizagem A escola é uma instituição social, responsável pela sistematização dos saberes dos alunos, o processo de ensino aprendizagem, deve ser concebido numa relação dialógica onde o educador é o mediador de todo processo. Na escola pública a efetivação de um ensino de qualidade requer uma gestão democrática, onde a comunidade escolar viabilize estratégias para firmar uma parceria com a família, haja vista que o sucesso na aprendizagem dos alunos exige essa relação mútua. Uma concepção de ensino aprendizagem na escola de campo deve estar atrelada a formação integral de cada aluno, para que possam exercer com a autonomia, 57 criticidade, o exercício da cidadania e atuar na sociedade de forma responsável. Em que o conhecimento reelaborado seja uma ferramenta de luta contra as injustiças sociais e um mecanismo de luta por um espaço no mundo do trabalho. Assim, faz-se necessário um ensino condizente com a realidade dos alunos, capaz de atender todas as suas aspirações, enfatizando uma metodologia de ensino pautada nos recursos tecnológicos, onde o educador mediante um planejamento sistematizado utiliza os meios mediativos como instrumentos para pesquisa, sendo o eixo integrador de uma aprendizagem significativa, despertando a discussão, propiciando a instrumentalização e a análise crítica acerca dos conteúdos. Uma vez que, os alunos precisam ser questionados para que possam reelaborar seus saberes, tornando-os científicos e úteis na sua prática social. Isto posto, diz (SAVIANI, 1999, P. 81), “a síntese que os alunos chegam é o momento culminante do processo educativo sendo a passagem da síncrise à síntese, trata-se da efetiva incorporação dos instrumentos culturais, transformando agora em elementos ativos de transformação social”. Para (FREIRE, 1997, p. 26) “quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar/aprender participamos de uma experiência total, direta, política, ideológica, pedagógica, estética e ética, em que a boniteza deve achar-se de mãos dadas com a decência e com a seriedade. Assim, o educador precisa ter compromisso político aliado ao fazer docente, para que seja um articulador entre o conteúdo, aluno e realidade, colaborando mediante um currículo aberto e flexível para que os alunos construam sua identidade. Os conceitos científicos não se aprendem ou assimilam de maneira simples, como hábitos mentais, uma vez que são exigidas relações mais complexas entre o ensino e o desenvolvimento destes conceitos. Assim, o ensino desempenha um papel primordial no surgimento e na aprendizagem dos conceitos científicos e na aprendizagem dos conteúdos científicos (GASPARIN, 2003, p. 65). Dessa forma a escola de campo tem por finalidade atender todos os alunos nas suas peculiaridades, tendo como fundamento básico reafirmar uma concepção de 58 ensino com o compromisso político-pedagógico, construída no coletivo por toda a comunidade escolar, sendo o eixo norteador da ação docente, efetivar o trabalho didático- pedagógico com uma metodologia de ensino inovadora, despertando em todos os alunos interesse e motivação para participarem do processo educativo. 5.11 Concepção de Avaliação A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino aprendizagem, com função diagnóstica (permanente, cumulativa, processual e contínua): configura-se como um meio de obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para a intervenção/reformulação desta prática e dos processos de aprendizagem, pressupondo tomada de decisão, refletindo assim, o desenvolvimento global do aluno, considerando as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre quantitativos. Tendo como objetivo valorizar o conhecimento já adquirido pelo aluno, incentivando a continuar construindo esse conhecimento. Os instrumentos de avaliação utilizados pelo professor serão definidos de acordo com os critérios pré-estabalecidos no Plano de Trabalho Docente, podendo ser seminários, atividades escritas (provas, relatórios, dissertações, sínteses, produções de textos), atividades orais (provas, debates, palestras), pesquisa (de campo, bibliográficas), trabalho em grupo ou individual. Nesta concepção de avaliação, também, tem papel privilegiado o Conselho de Classe, enquanto instância colegiada de avaliação do trabalho pedagógico e dos resultados de aprendizagem. O Conselho tem espaço privilegiado de avaliação coletiva do ensino e da aprendizagem e, também, de avaliação da ação dos sujeitos (educandos e educadores), envolvidos direta ou indiretamente no trabalho pedagógico. Nas reuniões do Conselho de Classe se buscam, após as reflexões coletivas, os subsídios para a melhoria do ensino e da aprendizagem, pois “A prática de pensar é a melhor maneira de pensar certo.” (FREIRE, apud, CRUZ, 1995, p. 113). Assim, o Conselho de Classe pode se efetivar como espaço democrático de 59 participação e reflexão, onde possam se situar conscientemente no processo de trabalho que juntos desenvolvem e buscam novos e mais favoráveis rumos para este processo. Quando se constata, através do processo de avaliação, que nem todos os alunos estão tendo êxito na aprendizagem, é realizada a recuperação de estudos, para que estes alunos se apropriem dos conhecimentos propostos em sua plenitude. É importante lembrar, que a recuperação de estudos é direito dos alunos, conforme o que prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96, no artigo 24, V – “e) obrigatoriedade de proporcionar estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar [...]”. A recuperação, é um instrumento relevante para proporcionar ao aluno o sucesso escolar. Contínua/Paralela, objetivam combater a defasagem de conteúdo programático. O Colégio Estadual Alvorada da Infância mantem seu propósito, de acordo com a LDB, de ser paralela a cada conteúdo avaliado, contínua, diagnóstica, interdisciplinar e contextualizada dentro do ensino aprendizagem, valorizando os padrões éticos da proposta educacional. Entendemos que o ato de avaliar se faz presente em todos os momentos da vida humana. Desta forma, ele também está presente em todos os momentos vividos em sala de aula. Assim, toda aula deve ser de avaliação, como nos diz a pedagoga Vera Maria Garcia da Costa: Neste tipo de avaliação, os conhecimentos como os objetivos, o método, os recursos são meios, instrumentos através dos quais alunos e professores, dialogam e refletindo sobre a sua ação, se situam em seu crescimento mais global. São avaliados os sentimentos, as atitudes, as habilidades, os comportamentos desenvolvidos ou não, a partir das informações buscadas pelo grupo. À escola cabe viabilizar a todos os alunos oportunidades de aprendizagem e possibilitar a superação das dificuldades encontradas no percurso desse aprendizado. 5.12 Concepção de Currículo Escola Alvorada da Infância através de Aplicação pretende ultrapassar a 60 estrutura linear e compartimentalizada das disciplinas isoladas e desarticuladas. Assim, busca relações de reciprocidade e colaboração entre as diversas áreas em uma atitude dialógica e cooperativa permanente, necessária à compreensão das múltiplas relações que constituem o mundo da vida, no qual os sujeitos, mediados pela comunicação, organizam-se e interagem construindo saber, cultura e condições necessárias à existência. Colabora com essa ideia FERRAÇO Pensar os currículos de uma escola pressupõe, então, viver seu cotidiano que inclui, além do que é formal e tradicionalmente estudado, toda uma dinâmica das relações estabelecidas, ou seja, para se poder falar dos currículos praticados nas escolas, é necessário estudar os hibridismos culturais vividos nos cotidianos. (2006, p. 10) O currículo deve redimensionar, constantemente, os espaços e tempos escolares, revendo concepções e práticas pedagógicas. Nesse contexto, a formação permanente dos educadores é indispensável, promovendo a cooperação entre os implicados no processo educativo, possibilitando mudanças, a partir de uma práxis reflexiva, tendo em vista a qualificação do processo de ensino aprendizagem. Todo o processo de educação escolar, por ser intencional e sistemático, implica a elaboração e realização de um programa de experiências pedagógicas a serem vivenciadas em sala de aula, na escola e fora dela. O currículo é entendido aqui como o conjunto dessas atividades, carregadas de sentido, com uma intencionalidade educativa, capaz de indicar os caminhos, admitindo mudanças, atalhos, alterações significativas em busca da aprendizagem de todos os alunos. Assim, a educação ultrapassa a reprodução de saberes e fazeres, possibilitando a troca de experiências e a construção de aprendizagens significativas. Devido às mudanças que vêm ocorrendo em todos os campos do saber e na sociedade em geral, estão levando a escola a repensar o currículo. Nesta perspectiva de currículo, conhecimento e conteúdo, é fundamental trabalhar as Diversidades como: Educação do Campo, Gênero e Diversidade Sexual, História e Cultura dos povos Indígenas (Lei 11645/08) e História e Cultura Afro-Brasileira-Africana (Lei 10639/03). Desenvolvimento Socioeducacional: Prevenção de Drogas, Enfrentamento a Violência, 61 Educação Ambiental e Cidadania e Direitos Humanos. Tanto os conhecimentos universais como os desafios do cotidiano podem e devem ser discutidos como expressões históricas, políticas e econômicas da realidade. Dessa forma, o currículo está diretamente relacionado ao contexto sóciopolítico-cultural e, assim, é construído de forma dinâmica e participativa através de uma abordagem interdisciplinar, tendo em vista, prioritariamente, a formação do cidadão comprometido eticamente com a transformação da sociedade. 5.13 Concepção de Alfabetização e Letramento Ao longo dos anos a alfabetização escolar tem sido alvo de inúmeras controvérsias teóricas e metodológicas, exigindo que a escola e, sobretudo, aqueles profissionais que lidam com o desafio de alfabetizar se posicionem em relação às mesmas, o que certamente terá consequências para as práticas pedagógicas que irão adotar. Por isso, diante de uma escola de campo é fundamental que nós professores saibamos a diferença entre alfabetização e letramento, lembrando que embora ambos caminham juntos, precisamos ressaltar aqui que nem todo sujeito letrado precisa necessariamente ser alfabetizado. E ainda para muitos autores, a alfabetização é um processo praticamente mecânico aprendido, na maioria das vezes dentro da sala de aula, o letramento é um conjunto de conhecimentos que o individuo acumula ao longo da vida, onde muitos conhecem a simbologia das letras mas não conseguem decifrá-las corretamente. Embora seja difícil imaginar como alguém possa exercer tal condição em grau satisfatório sem que antes tenha sido alfabetizado, podemos explicar esse fato se considerarmos que a maioria absoluta dos conhecimentos que o individuo pode adquirir está na forma de símbolos (letras), onde o mesmo possui algum grau de letramento, no sentido atual de sua aplicabilidade no seu dia-a-dia. Portanto, cabe aos educadores o papel de incentivar na formação de cidadãos capazes de obter seu próprio grau de letramento. Isso porque o letramento é segundo 62 alguns autores, uma capacidade individualizada adquirida de diferentes formas e meios pelos autores envolvidos. Não existe uma fórmula para que se possa ensinar um individuo racionar, existe sim , a maneira de ensinar que é necessário racionar. A escola cabe a tarefa de desenvolver a aprendizagem referente a leitura e da escrita, sistematizar esses conhecimentos, assumindo a responsabilidade de iniciar a criança no processo de alfabetização e de aperfeiçoar sua leitura, por via do letramento, a fim de garantir-lhe domínio de uma prática cuja finalidade não se esgota em si mesma, embora o processo de alfabetização se dirija à apropriação das operações de um código, pois a língua escrita os mecanismos de leitura e escrita, são complementares entre si. Hoje, as crianças estão ingressando mais cedo na escola púbica, exigindo dos profissionais da educação uma revisão do Projeto Político Pedagógico para o Ensino Fundamental nas séries iniciais, uma vez que o processo de alfabetização e letramento passa a exigir uma ressignificação da prática pedagógica, onde o lúdico e as atividades psicomotoras estejam atreladas ao desenvolvimento integral de cada criança. Os planejamentos de ensino, os planos de aula e os projetos de trabalho são portanto, frutos de reflexões coletivas e individuais cujo objetivo é a aprendizagem das crianças. Por isso, deve ser pensados a longo, médio e curto prazos, abrindo espaços para alterações, substituições e para novas e inesperadas situações que acontecem na sala de aula e no entorno delas, que podem trazer significativas contribuições para reflexão das crianças, gerando novos temas de interesse, novos conhecimentos e novas formas de interpretar a realidade. A escola pode ser um lugar de afirmação do que as crianças e os adolescentes já são e sabem, ao mesmo tempo em que os levam as mudanças significativas, a novos conhecimentos, por meio da aprendizagem, em relação à compreensão do grupo a que pertencem na escola e a compreensão de novas possibilidades de vida, de modo geral. Em relação aos alunos que ingressarão no 6º ano, os profissionais da Educação estarão desenvolvendo uma metodologia adequada para essa faixa etária, 63 incluindo o lúdico (brincadeira – onde brincar é importante no desenvolvimento) “aprender brincando”, pois os alunos estão entrando na adolescência, mas, não podemos esquecer que ainda são crianças. É importante que não haja rupturas na passagem da educação infantil para o ensino fundamental, mas que haja continuidade dos processos de aprendizagem. Nesse sentido, a escola estará promovendo o acesso da criança aos padrões formais da escrita, garantindo a sua participação na cultura de forma crítica e participativa e não simplesmente como um mero receptor de informações. 5.14 Concepção de Gestão A administração sofreu ao longo de seu processo de “amadurecimento” algumas transformações que foram cruciais na mudança de paradigma, de sorte que não se concede mais a ideia de administrar pautada pelos velhos conceitos. Podemos dizer que para cada velho conceito um novo conceito mais abrangente se impôs na substituição. Assim, surge a ideia de Gestão, a qual, passa se da óptica fragmentada para a óptica organizada pela visão de conjunto; da limitação de responsabilidade para a sua expansão; da centralização da autoridade para descentralização; da ação episódica de eventos para processo dinâmico, contínuo e global; da burocratização e hierarquização para coordenação e horizontalização; da ação individual para a coletiva. 5.14.1 Gestão Democrática A gestão democrática é pautada no diálogo, entendida como a participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar, pais, professores, estudantes e funcionários na organização, na construção e na avaliação dos projetos pedagógicos, na administração dos recursos da escola, enfim, nos processos decisórios da escola. A democratização da gestão é defendida enquanto possibilidade de melhoria na qualidade pedagógica do processo educacional das escolas, na construção de um currículo pautado na realidade local, na maior integração entre os agentes envolvidos 64 na escola e no apoio efetivo da comunidade às escolas, como participante ativa e sujeito do processo de desenvolvimento do trabalho escolar. A partir dos princípios da gestão democrática, baseada na Lei 7040/98, todas as ações da escola precisam ser construídas democraticamente, com o envolvimento de todos os segmentos da escola: direção, professores, funcionários, alunos e pais; um processo que viabiliza a participação e as conquistas de todos os segmentos envolvidos. Os princípios que norteiam a Gestão Democrática são: • Descentralização: A administração, as decisões, as ações devem ser elaboradas e executadas de forma não hierarquizada. • Participação: Todos os envolvidos no cotidiano escolar devem participar da gestão: professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis, pessoas que participam de projetos na escola, e toda a comunidade ao redor da escola. • Transparência: Qualquer decisão e ação tomada ou implantada na escola tem que ser de conhecimento de todos. A Gestão Democrática é formada por alguns componentes básicos: Constituição do Conselho escolar; APMFs ; Elaboração do Projeto Político Pedagógico de maneira coletiva e participativa; definição e fiscalização da verba da escola pela comunidade escolar; divulgação e transparência na prestação de contas; avaliação institucional da escola, professores, dirigentes, estudantes e equipe técnica. Em todas as ações desenvolvidas no Colégio Estadual Alvorada da Infância, envolvem os professores, funcionários, pais, alunos e comunidade num congregamento de esforços na tentativa de tornar a educação uma área forte na sociedade, desenvolvendo assim sua função social. A escola estimula e incentiva as atividades que os professores e alunos optam por realizar, por acreditar que destas ações conjuntas resultam melhorias para a escola, alunos, pais e comunidade. 5.14.2 Gestão Pedagógica Para efetivação da intencionalidade da instituição, de formar cidadão participativo, responsável, crítico e criativo, a escola precisa se organizar de maneira a 65 respeitar os saberes dos educandos e nunca desprezar seu conhecimento empírico, sua experiência anterior. Deve ser uma constante a discussão sobre os problemas sociais, desigualdades, falta de oportunidades, que a comunidade enfrenta. Deve proporcionar momentos de debates sobre novas descobertas e novas teorias, que proporcionem crescimento e novas maneiras de inclusão social por meio do conhecimento. Reorientar o currículo, em todos os seus aspectos, desde a organização das turmas, a seleção dos conteúdos pedagógicos, a escolha dos materiais didáticos, das metodologias e didáticas, ao tipo de relações que se dão na sala de aula e no espaço fora da sala de aula, a relação da escola com as famílias e com a comunidade circundante e, até a repensar a avaliação e suas consequências na vida dos alunos, bem como incentivar a formação continuada de todos os educadores responsáveis pela instituição. Organizar de forma eficaz todos os recursos didáticos necessários para desenvolvimento da proposta que proporcione oportunidade a todos, por meio de projetos, oficinas pedagógicas, aulas de campo e pesquisa, tendo a leitura como meio para interpretar informações, resolver problemas, entre outros aspectos, aprender significativamente, promovendo uma educação de qualidade. • Diretrizes Curriculares para Educação Básica (DCEs) : Documento referência para a organização e avaliação do trabalho pedagógico nas escolas da rede pública estadual. Que organiza o conhecimento escolar por disciplinas escolares e o conhecimento da disciplina por conteúdos estruturantes e básicos. • Proposta Pedagógica Curricular (PPC): é o fio condutor da ação educativa. Na sua concepção dialética, o PPC é práxis que surge da realidade. Nela são congregados aspectos históricos, políticos, sociais e econômicos. Ao mesmo tempo consolida tarefas e saberes críticos, criativos, reflexivos e transformadores. De acordo com Sacristán: “Planejar é dar tempo para pensar a prática, antes de realizá-la, esquematizando os elementos mais importantes numa sequência de atividades”. O planejamento deve contemplar a possibilidade de um movimento de ação-reflexãoação na busca constante de um processo de ensino-aprendizagem produtivo. A escola realiza as reelaborações das Propostas Pedagógicas Curriculares anuais, sempre que se faz necessário. 66 Faz-se uma prévia na semana pedagógica e depois, após o conhecimento da clientela, verificação dos níveis de desenvolvimento da turma, é que se elabora o PTD ( Plano de Trabalho Docente). • Plano de Trabalho Docente (PTD): é um planejamento das ações educativas ao longo do ano letivo, sendo revisto a cada semestre. O PTD faz parte dos documentos que organizam o processo pedagógico na escola, antecipando a ação docente, organizando seu tempo e norteando suas ações educacionais, pois registra o que ele pensa fazer, como fazer, quando faze, com que e com quem fazer. Sendo a forma mais adequada de preparar os conteúdos selecionados para o ensino aprendizagem, na sua dimensão final dentro de espaço e tempo específico, facilitando ao professor uma reflexão sistemática do seu fazer e dando condições ao aluno de estabelecer suas relações com este conteúdo. • Hora-Atividade: em termos legais, a existência da hora-atividade está determinada pela LDB 9394/96, artigo 67, inciso VI, a qual assegura ao professor em sua carga horária um período reservado a estudos, planejamento e avaliação. Atualmente a Lei 11.738/08 em seu parágrafo 4, artigo 2, dispõe que no mínimo um terço da jornada de trabalho do professor seja destinado para a hora atividade, embora no Paraná, esteja em vigor a Lei estadual 13.807/02 que institui 20% de hora atividade para os professores da educação básica do Paraná. 5.15 Concepção de Infância e Adolescência A infância, deve ser compreendida como um modo particular de se pensar a criança, e não um estado universal, vivida por todos do mesmo modo. Mais uma vez, nos deparamos com a multiplicidade e a urgência de desvincularmos a concepção de criança e de infância de uma ideia pré-concebida, seja ela qual for. Até chegarmos a um vislumbre de uma concepção pós-moderna de criança e infância, devemos refletir um pouco sobre o assunto:Os dicionários da língua portuguesa registram a palavra infância como o período de crescimento que vai do nascimento até o ingresso na puberdade, por volta dos doze anos de idade. Segundo a Convenção sobre os Direitos 67 da Criança, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em novembro de 1989, "crianças são todas as pessoas menores de dezoito anos de idade". Já para o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), criança é considerada a pessoa até os doze anos incompletos, enquanto entre os doze e dezoito anos, idade da maioridade civil, encontra-se a adolescência. Etimologicamente, a palavra infância vem do latim, infantia, e refere-se ao indivíduo que ainda não é capaz de falar. Essa incapacidade, atribuída à primeira infância, estende-se até os sete anos, que representaria a idade da razão. Percebe-se, no entanto, que a idade cronológica não é suficiente para caracterizar a infância. É o que Khulmann Jr. (1998, p. 16) afirma categoricamente:Infância tem um significado genérico e, como qualquer outra fase da vida, esse significado é função das transformações sociais: toda sociedade tem seus sistemas de classes de idade e a cada uma delas é associado um sistema de status e de papel. Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como uma categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de serem essencialistas. É como afirma Pitombeira (2005): a naturalização da adolescência e sua homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria sociedade. Assim, as características “naturais” da adolescência somente podem ser compreendidas quando inseridas na história que a geraram. Mas não foi sempre deste modo que se falou da adolescência. Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser adolescente é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas, ajudam a traçar o perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta. Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um período atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade. Porém, a adolescência não pode ser compreendida somente como uma fase de transição. Na verdade, ela é bem mais do que isso. Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, vem 68 do latim adolescentia, adolescer. É comumente associada à puberdade, palavra derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da infância à adolescência. Esta perspectiva prioriza o aspecto fisiológico, quando consideramos que ele não é suficiente para se pensar o que seja a adolescência. Cabe à escola tentar fornecer modelos construtivos para os educandos, independente daqueles que essas crianças e adolescentes tenham em seu ambiente doméstico, pois essa conduta pode sim fazer diferença no desenvolvimento de nossos alunos. 6. MARCO OPERACIONAL Diante de uma sociedade ampla e democrática, o homem necessita exercer sua cidadania, como fonte participativa e ferramenta de luta em busca de soluções para os problemas reais, que sejam capazes de contribuir para transformação dessa sociedade, onde a diversidade seja um foco para a compreensão de tais problemas que afetam a todos. Julgamos que os valores façam parte da essência humana e sua importância precisa ser despertada e semeada dentro de cada ser, justamente porque são eles, os valores, que motivam e enriquecem a nossa vida e nos ajudam a estabelecer relações e vínculos positivos em relação a nós mesmos e aos outros. Desta forma, oportunizaremos momentos de aprendizagem, vivência e integração, para todos os membros da escola, vivenciar experiências de harmonia consigo e com os outros, como instrumentos de sustentação. Experiência assim, é que torna a escola um laboratório de experimentações fundamentais a nossa vida. Por esse motivo, os valores serão trabalhados de forma interdisciplinar e desenvolvidos ao longo do ano letivo. De acordo com as sugestões dos membros da Escola e das instâncias colegiadas há necessidade de destacar: a ética, a moral, o amor, a paz, a auto-estima, a empatia, o compromisso, o respeito, a responsabilidade e 69 outros. A prática pedagógica na Tendência Histórico-Crítica ou Crítico Social dos Conteúdos, propõe uma interação entre conteúdo e realidade concreta, visando a transformação da sociedade, enfocando o conteúdo como produção histórico-social de todos os homens. O ensino de 9 anos já é uma realidade, portanto, será implantado de forma simultânea no colégio a partir de 2012, não interferindo no espaço físico e na distribuição de horários, os alunos terão acesso a um ensino de qualidade, coerente com suas necessidades biológicas e maturacionais. Nesta perspectiva, a escola continuara investindo na capacitação e formação de seus professores, técnicos pedagógicos e agentes educacionais, propiciando um ensino de qualidade que atenda a diversidade sócio-cultural e os Desenvolvimentos Socioeducacionais, dando ênfase a uma aprendizagem, contextualizada, universal, inclusiva e significativa. Quanto ao educador caberá respeitar a dignidade e identidade dos educandos, valorizando a autonomia como recurso indispensável para uma aprendizagem ampla. Uma vez que, ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos alunos, e estes almejam e necessitam de um ensino onde o professor seja um mediador entre aluno, conteúdo e realidade social, sendo necessário compreender os progressos dos alunos, isto é, uma avaliação diagnóstica emancipatória, que reveja cada passo do processo educativo. No aspecto da melhoria na qualidade do ensino, há que se assegurar que o educando obtenha além do acesso e permanência na Escola, uma estrutura que atenda os anseios de seu público, tanto no aspecto do conhecimento, quanto no resgate de sua auto-estima, com a valorização da cultura local. Para tanto, faz-se necessário que o educador conheça a realidade local, suas especificidades, envolvendo os aspectos culturais, econômicos e sociais. E a partir daí, elabore um planejamento que atenda as expectativas da comunidade escolar. E uma das formas que auxiliará o educador, nesse processo, será a participação nos cursos de formação continuada e a organização de palestras de motivação que eleve a sua auto-estima. 70 Diante dos desinteresses dos alunos os educadores devem utilizar recursos diversos, como o acesso às tecnologias de informação e comunicação, para instigar a curiosidade e o espírito investigativo dos educandos, promovendo a sistematização do conhecimento. Ao se analisar que conteúdos devem, ainda, ser trabalhados de forma mais ampliada e metodologicamente diferente, a escola pode, então, propor atividades complementares com este fim. É, portanto, a defesa pelo conteúdo escolar como via de acesso ao conhecimento e a emancipação do sujeito que move a organização do currículo da escola pública. Por meio do Projeto Político-Pedagógico (PPP) do Colégio buscaremos redimensionar e organizar o trabalho pedagógico de cada segmento da escola, que compreende: a direção, a equipe pedagógica, os docentes, agentes educacionais, alunos, bem como as instâncias colegiadas: Conselho Escolar (CE), Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)e Grêmio Estudantil. Nos aspectos administrativos, o Colégio Estadual Alvorada da Infância, realiza um trabalho conjunto com a área pedagógica, entendendo que as ações direcionadas à efetivação do processo ensino-aprendizagem correspondem a: Gestão de resultados educacionais - Desenvolver estratégias de ensino que possibilitem a superação das dificuldades (Curto prazo); - Reivindicar políticas públicas que possibilitem uma carga horária compatível ao estudo do PPP (Médio Prazo); - Incentivar a participação total dos educandos do Ensino Médio no Enem (Curto prazo); - Promover reuniões, assembleias, oficinas, palestras que ressaltem a importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos. − Realizar avaliação institucional para diagnosticar problemas que merecem atenção e uma organização da comunidade escolar com intuito de superá-los. − Organizar quadros e tabelas do desempenho dos alunos, bem como da 71 evasão e repetência para análise da comunidade escolar; Gestão participativa/ democrática - conscientizar as instâncias colegiadas e a comunidade escolar da importância de participar e se envolver, ter conhecimento da rotina participativa. − estabelecer no mínimo quatro assembleias gerais com os pais para interação do cotidiano escolar. − Palestras com especialistas, buscando orientar educandos e comunidade, nos mais diferentes temas de interesse e de fragilidade local, envolvendo desde assuntos pertinentes à saúde (física e mental), àqueles relacionados às diferentes atividades econômicas da comunidade, como também os que envolvem os relacionamentos, limites e direitos (ética, moral e cidadania); − Desenvolver atividades criativas e interativas, priorizando o diálogo, que estimulem e orientem a comunidade no dever de respeitar o outro, para assim ser respeitado; − Incentivar a formação de associação de moradores, para que o espírito colaborativo se desenvolva visando o bem comum; − Engajar no programa de Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida, enfatizado no Programa Fica Comigo do Governo do Paraná; − Colaborar com as campanhas promovidas pelas instituições locais, que busquem atender às necessidades, principalmente em determinadas épocas do ano (inverno, entre-safra). Gestão pedagógica - Propor a centralização do trabalho pedagógico junto aos professores, organizando reuniões com pauta definida . - Identificar as formas de registro e critérios de avaliação; - Promover reuniões e grupos de estudos para repensar as formas e critérios de avaliação e orientação do preenchimento do livro registro de classe. - Solicitar junto aos órgãos competentes a agilização na efetivação de professores; 72 - Conscientizar os professores da importância dos projetos pedagógicos; − Reunir os professores para a discussão dos projetos pedagógicos; − Organizar a hora atividade de forma que possibilite o intercâmbio de professores das diversas disciplinas e pedagogo, oportunizando um trabalho interdisciplinar e a escolha de recursos que atendam aos objetivos de suas disciplinas e ações que pretendem realizar. - Realizar reuniões de pais a cada bimestre, procurando envolve-los na participação do processo ensino-aprendizagem; -Levantar o número de alunos com defasagem de aprendizagem mensalmente e, a partir disso atender os pais individualmente; -Orientar os educadores na utilização dos recursos tecnológicos existentes na escola, a fim de tornarem suas aulas atrativas; -Preparar e aplicar o simulado, envolvendo todas as disciplinas, no início e término do ano letivo, a fim de diagnosticar o nível de aprendizagem dos educandos, como parâmetro ao planejamento curricular; -Desenvolver atividades que promovam o resgate da auto-estima dos educandos e incentivar ações solidárias para a construção do senso coletivo; -Promover a participação dos educandos em oficinas que possibilitem a prática dos conteúdos estudados; - Promover concursos de leitura, incentivando a utilização de maior número de livros de literatura infanto-juvenil; -Organizar juntamente com os alunos um Dia de Campo, para exercitar na prática os conteúdos teóricos. - Garantir, diante do Desenvolvimento Socioeducacional, a continuidade de ações realizados pela Escola, com o objetivo de informar e resgatar valores (drogas, violência, sexualidade, ambientais e outros); - Execução de um plano de trabalho docente do professor (bimestralmente) , para a implementação da ação pedagógica ; Oportunizar, de forma mais intensa, a construção coletiva de normas e regras 73 que constituem a instituição de ensino, para que além de serem informados sobre as mesmas, sejam co-autores responsáveis por elas; - Estimular atividades desportivas inter-classes; Gestão de inclusão/socioeducação - Solicitar a mantenedora o levantamento da necessidade da acessibilidade; - Adequar o espaço escolar para acessibilidade com adaptações de grande porte. Gestão de pessoas - Educar pais para promover a participação – Escola de pais; - Promover grupos de estudos e reuniões pedagógicas, oficinas para os pais, feira de artesanato e oficinas para as mães; Gestão de serviços de apoio (recursos físicos e financeiros) - Solicitar junto a mantenedora ampliação do prédio escolar , construção da central de gás e melhoria na qualidade dos recursos tecnológicos. - Ampliar e conservar o acervo e serviços bibliográficos e a integração desse acervo, sempre que possível, ao acervo da multimídia; Diante de todas as ações propostas acima e, partindo da necessidade de inovações na escola, da busca de caminhos para atender a realidade e as exigências dos novos tempos, faz-se necessário que as instituições de ensino lancem “um olhar sobre si mesmas” para implementarem processos de reorganização e reestruturação que lhes permitam enfrentar as demandas das transformações sociais externas e ainda, das mudanças que atingem o cotidiano institucional. Estabelecer um diálogo entre as características mais marcantes da instituição e seus objetivos, direcionando sua posição social e sua identidade educacional. Para o redirecionamento das ações, verifica-se a importância de processos de Avaliação Institucional. A Avaliação Institucional tem o propósito de mobilizar a comunidade escolar através da reflexão e discussões coletivas, a fim de criar uma cultura como forma de autoconhecimento e de comprometimento em torno da principal função da escola que é a efetivação do processo ensino-aprendizagem. 74 Portanto, este processo de Avaliação tem potencial redirecionador no sentido da construção da cidadania, a qual traduz em consciência real dos direitos e deveres da instituição como forma de garantir a sua autonomia. Sendo assim, o Colégio Estadual Alvorada da Infância, compromete-se a aplicar um modelo de avaliação que compreende: • Avaliação do contexto sociocultural das famílias dos alunos, que permitirá uma análise com maior precisão, dos resultados obtidos; • Avaliação da formação de atitudes e valores dos alunos das séries avaliadas; • Avaliação da percepção dos professores de todas as séries, acerca do processo de aprendizagem, do projeto pedagógico e da organização escolar; • Avaliação da percepção das famílias dos alunos das séries avaliadas acerca do processo de aprendizagem, o projeto pedagógico, do papel dos professores, bem como da organização da instituição escolar. Os resultados serão detalhados em relatório e utilizados para redirecionamento do trabalho pedagógico, bem como para realimentação do Projeto Político Pedagógico no final do ano letivo. Em se tratando dos órgãos colegiados, serão desenvolvidas ações como: • Promover reuniões entre escolar para conscientizar sobre a as instâncias colegiadas e a comunidade importância de participar, se envolver e ter conhecimento das linhas básicas da escola para poder discutir , planejar, acompanhar , solucionar e avaliar. • Realização de mini cursos com o jurídico e a ouvidoria do NRE. • Oportunizar a esses grupos momentos de formação/informação e construção do conhecimento de suas reais funções, através da oferta de cursos, e a elaboração coletiva de um plano de ação voltado para a melhoria dos aspectos pedagógicos, favorecendo o entrosamento e a ação conjunta da Comunidade Escolar e dos órgãos colegiados. • 75 Participação dos alunos de cada série no Pré-Conselho de Classe, para a implementação de ações pedagógicas. • Eleger um professor responsável por orientar cada turma, em relação aos problemas levantados e possíveis soluções; • Proporcionar autonomia a APMF, para promover atividades recreativas, como forma de intercâmbio cultural entre os diferentes segmentos da comunidade escolar. • Realização do Conselho de Classe com a participação dos professores, pedagogo, equipe técnico administrativo e diretor, com proposições de novos encaminhamentos para as dificuldades encontradas e avaliação dos resultados obtidos, após a concretização das ações. • Implementar junto as Instâncias colegiadas ações em busca de ampliação do prédio escolar, bem como a implementação de laboratório de biologia, laboratório de informática, iluminação e vestiário na quadra de esportes, entre outros. • Solicitar junto a SEED , com o auxilio das instâncias colegiadas a fixação do profissional docente, atentando para a permanência do professor quando possível em uma instituição de ensino; o aumento da demanda da equipe pedagógica para a ampliação as suas ações, favorecendo um trabalho mais direto com os professores, bem como a disponibilização de profissionais especializados (psicólogo, assistente social) que possam acompanhar alunos e famílias para resolução de problemas diversos, subsidiando o trabalho dos educadores. • Realizar palestras diversas que contribuam para o resgate de valores, principalmente no que tange a ética e o respeito mútuo entre os profissionais. A implantação do ensino de 9 anos, requer maior integração entre o currículo dos anos iniciais e finais da Educação Básica, sendo necessário que as reuniões pedagógicas, a Formação Continuada, os Cursos de Capacitação e grupos de estudos sejam realizados através de maior entrosamento e compromisso dos profissionais da educação, envolvendo professores dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental. No entanto, para que haja um aprendizado mais satisfatório, as escolas 76 municipal e estadual deverão caminhar juntas, propondo assim, uma relação dialógica entre os profissionais das duas redes. Os conteúdos básicos inclusos no “Caderno de Expectativas de Aprendizagem” para os anos finais do Ensino Fundamental e Médio, vem para conceder a continuidade no processo ensino aprendizagem e a adequação aos anos/séries da Educação Básica. Sendo então necessário adequar a realidade de cada turma, promovendo o encaminhamento metodológico proposto. É de suma importância que existe uma articulação entre conteúdos do Ensino Fundamental e Médio, considerando, que existe possibilidade de sequência e integração entre eles. No entanto, devido à sociedade tecnológica e, portanto moderna, é preciso que os alunos desde as séries iniciais saibam usar a língua escrita nas diversas situações, lendo e produzindo textos de forma compreensiva, critica e com autonomia. Sempre que possível o colégio realiza trabalhos que envolvem: datas comemorativas e atividades culturais como Carnaval, Festa Junina, Folclore, Semana da Pátria, entre outros. Participa também das Olimpíadas de Língua Portuguesa e de Matemática, Pas-Uem, ENEM, e etc, e faz o possível para participar de concursos na área da educação. 6.1 Projetos Curriculares e Atividades de Enriquecimento Cultural • Atividades integradoras: visitas, passeios e gincanas; • Show de talentos: GAROTA E GAROTO Alvorada da Infância; • Integração entre as disciplinas – Conteúdo do Desenvolvimento Sócioeducacional. • Oficinas Temáticas: Violência, AIDS, Racismo, Pré Conceitos, Diversidade e Enfrentamento a Violência e ao Uso Indevido de Drogas; • Projeto de parceria com o CRAS/SESI; • Promover a utilização do laboratório de Biologia, Química e Física e outras disciplinas; 77 • Promover a utilização do laboratório de informática; • Biblioteca aberta à comunidade; • Esporte intervalo; Projetos • Períodos históricos; • Hora da leitura; • Momento Cívico; • Momento da oração; • Semana da Consciência Negra; Projetos específicos por disciplinas Os temas sugeridos são: • Biologia e História: Plantas que curam; • Arte: Dança e criatividade; • Física: Atividades experimentais; • Matemática: Olimpíada de Matemática; • Inglês: Materiais concretos de apoio a Língua Inglesa; • Educação Física: Jogos Cooperativos e integração da Cultura afro- descente; • Ciências: Projeto horta; • Língua Portuguesa: Concurso de Leitura; Olimpíada de Língua Portuguesa; 6.2 OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA – Escrevendo o Futuro Realizada pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social – promove concurso de produção de textos – poemas, memórias literárias, crônicas, e artigos de opinião, elaborados por alunos, de escolas públicas de todo o país. Em 2010, houve a participação de professores e alunos do 5º ano (4ª série) ao 9º ano (8ª série) e do Ensino Médio. 78 6.3 OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA – OBMEP É um projeto que vem criando um ambiente estimulante entre alunos e professores de todo o país. Voltada para a escola pública, seus estudantes e professores, a OBMEP, tem o compromisso de mostrar a importância da Matemática para o futuro dos jovens e para o desenvolvimento do Brasil. Os alunos participantes são divididos em 3 (três) níveis, de acordo com o grau de escolaridade, conforme regulamento próprio. 6.4 Avaliações Externas Institucionais – Dados Educacionais • PROVA BRASIL: A Prova Brasil foi idealizada pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para produzir informações sobre o ensino oferecido por município e escola, individualmente, com o objetivo de auxiliar os governantes nas decisões e no direcionamento de recursos técnicos e financeiros, assim como a comunidade escolar no estabelecimento de metas e implantação de ações pedagógicas e administrativas, visando a melhoria da qualidade do ensino. Para tanto, o alcance dos objetivos desta avaliação depende, portanto, da utilização de seus resultados como objeto de discussões que envolvam, além dos gestores, toda a comunidade escolar. O Colégio Estadual Alvorada da Infância, não participa da Prova Brasil, por não atingir o número mínimo de alunos exigidos, no entanto, as provas e os conteúdos são trabalhados de forma interna na Escola, com intuito de alcançar as metas estabelecidas para a Educação Básica. • aplicado ENEM: Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM é anualmente aos alunos concluintes e aos engressos (os que já concluíram em outros anos) do Ensino Médio e tem como objetivo principal oferecer uma referência para que cada estudante possa se auto-avaliar, visando as suas escolhas futuras, tanto em relação ao mercado de trabalho, quanto para a continuidade dos estudos. O ENEM oferece ao estudante a possibilidade de auto-conhecimento, não só 79 para continuar sua vida acadêmica, mas também para atuar de maneira mais autônoma na sociedade. As mudanças sociais se processam de maneira muito rápida impondo a necessidade de um padrão mais elevado para a escolaridade básica. O Colégio Estadual Alvorada da Infância, trabalha no sentido de conscientizar todos os alunos a participarem do ENEM, alcançando Média para ingresso no Ensino Superior através do PROUNI. • IDEB: Criado pelo Inep em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb e a Prova Brasil. A série histórica de resultados do Ideb se inicia em 2005, a partir de onde foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo País, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação. A lógica é a de que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da OCDE. Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em 2022, ano do bicentenário da Independência. PAS-UEM O Processo de Avaliação Seriada – PAS-UEM é uma modalidade de processo seletivo para ingresso no ensino superior, destinado aos alunos matriculados regularmente no Ensino Médio. O processo abrange todas as séries desse nível de ensino. Ao final de cada uma delas, o aluno presta exames e a pontuação obtida nessas provas é cumulativa às demais avaliações das séries subsequentes. Assim, ao invés de o aluno fazer um só exame ao final do terceiro ano, como ocorre no concurso vestibular convencional, ele participa de avaliações seriadas, as quais contemplam conteúdos específicos da série em que o aluno está matriculado no Ensino Médio. Nesse sistema de avaliação, o candidato tem a oportunidade de acumular os 80 pontos obtidos em cada um dos exames prestados para a composição do escore final utilizado para a classificação ao curso pretendido. Apesar de já ser adotado em outros países, o Processo de Avaliação Seriada tornou-se uma nova alternativa de ingresso no Ensino Superior no Brasil, graças às mudanças educacionais garantidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.º 9394/96, respaldada por debates e discussões a respeito de alternativas diferentes para o ingresso no Ensino Superior. 6.5 Avaliação O processo avaliativo deve ser entendido como uma prática pedagógica que, ao nortear as ações do educador, indica caminhos e possibilita reflexão dessas ações com os educandos. Sacristán (1998), refere-se à prática de avaliar, como uma ação esporádica ou circunstancial dos professores e do âmbito escolar, mas algo muito presente na prática pedagógica, e afirma que a prática da avaliação é explicitada pela forma como são realizadas as funções que a instituição escolar desempenha e, por isso, sua realização vem condicionada por numerosos aspectos e elementos pessoais, sociais e institucionais, ao mesmo tempo, ela incide sobre todos os demais elementos envolvidos na escolarização, como, a transmissão de conhecimento, as relações entre professores/as e alunos/as, as interações no grupo, os métodos que se praticam, a disciplina, as expectativas de alunos/as, professores/as e pais, a valorização do indivíduo na sociedade(...) (p.295). Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar. É necessário assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de atividades de recuperação, por meio de ações significativas e diversificadas que atendam a pluralidade de demandas existentes na escola. Tendo em vista que a recuperação se constitui num mecanismo que visa garantir a superação de dificuldades e/ou defasagens específicas encontradas pelos 81 alunos durante o percurso escolar, deve ocorrer nas formas contínuas e paralelas. As avaliações serão bimestrais e as médias deverão ser igual ou superior a 6,0 para cada componente curricular no bimestre, conforme Regimento Escolar. Os instrumentos de avaliação utilizados pelo professor serão definidos de acordo com os critérios pré-estabalecidos no Plano de Trabalho Docente, podendo ser seminários, atividades escritas (provas, relatórios, dissertações, sínteses, produções de textos), atividades orais (provas, debates, palestras), pesquisa (de campo, bibliográficas), trabalho em grupo ou individual. O sistema de avaliação adotado por este Estabelecimento de Ensino é bimestral e será composto pela somatória das seguintes avaliações: • nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas; • nota 4,0 (quatro vírgula zero) proveniente de prova(s) escrita ou oral. 6.6 Recuperação A recuperação paralela é, assim, um mecanismo que assegura o respeito e a singularidade de cada sujeito, e ao mesmo tempo do grupo social. Portanto, não constitui-se em um “favor dado”, mas em um direito assegurado, devendo o planejamento ser avaliado e adequado às condições, também, de quem não aprendeu. A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Ela ocorrerá de duas formas: com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação; com a reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula. A recuperação de estudos se dá de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificado, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento 82 escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de classe. 6.7 Conselho de Classe O Conselho de Classe é o organismo que terá como papel fundamental dinamizar o processo de avaliação, por intermédio das análises múltiplas de seus participantes, e estruturar os trabalhos pedagógicos segundo essas análises coletivas. O Conselho de Classe é composto por todos os professores de uma mesma turma, Diretor, Secretária e o Coordenador Pedagógico. São atribuições do Conselho de Classe: I. acompanhar o processo permanente de avaliação; II. Contribuir para o aperfeiçoamento do processo de avaliação da instituição; III. Analisar e decidir sobre os resultados finais do processo de avaliação de aprendizagem; IV. Outras atribuições que constam no Regimento Escolar; Participam dos conselhos de classe o diretor, coordenadores pedagógicos, professores/aluno representante de turma de cada série e pais. Os Conselhos de Classe sobre a presidência do Diretor e/ou Coordenador Pedagógico se reunirá a cada fim de bimestre, devendo este período estar estipulado no calendário escolar ou excepcional. As decisões do Conselho de Classe serão tomadas de forma democrática pela maioria dos votos dos professores da turma, se necessário, o desempate deve ser feito pelo Diretor. 6.8 Processo de Classificação, Reclassificação, Adaptação e Progressão parcial O Processo de Classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que este estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudo compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada: I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou 83 fase anterior, na própria escola; II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem; III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o aluno na série, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais. É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino Fundamental. A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudo compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar. Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de reclassificação. A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada. Quanto a adaptação de estudos de disciplinas, é atividade didático-pedagógica desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo. A adaptação de estudos far-se-á pela Base Nacional Comum, sendo realizada durante o período letivo. A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno. O nosso estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão Parcial. Portanto, as transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos. 84 6.9 Formação Continuada A Formação Continuada deve-se à necessidade dos profissionais da educação de buscar novos caminhos e/ou soluções para os desafios que se apresentam ao exercício do processo educativo, ao compromisso das instituições educacionais envolvidas com a formação continuada dos profissionais da educação e à necessidade de aprofundar cada vez mais as relações entre as discussões acadêmicas e as análises políticas com as práticas pedagógicas, sejam de gestão, sejam de metodologias de ensino. Esta a razão primeira para reunir profissionais, pesquisadores, estudantes, órgãos gestores e instituições da área da educação para, contribuindo com a sua atualização e aperfeiçoamento, chegar a uma maior qualificação do processo ensino-aprendizagem, o compromisso de todos aqueles que estão envolvidos com a educação escolar. Estes eventos que compõe a Formação Continuada são organizados e desenvolvidos pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), através do Núcleo Regional de Educação (NRE) e pelo próprio colégio. Quanto a Equipe Multidisciplinar, deve-se subsidiar o trabalho docente, articulando de forma multidisciplinar, através de sugestões de atividades e conteúdos apresentados aos educadores pelo Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar, e estes farão as adaptações de acordo com a realidade das modalidades de ensino e as particularidades das turmas com as quais trabalham. Os profissionais deste Estabelecimento de Ensino participam de Cursos oferecidos pela SEED, pelo Centro de Capacitação do Professor, Grupos de Estudos aos Sábados, também oferecidos por esta Secretaria; Reuniões Pedagógicas no colégio; Cursos online (em horários contrários a atividade escolar), entre outros. 6.10 Educação do Campo Uma conquista recente do conjunto das organizações de trabalhadores e trabalhadoras do campo, no âmbito das políticas públicas, foi a aprovação das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo (Parecer, 85 36/2001 e Resolução 01/2002 do Conselho Nacional de Educação). Historicamente, a educação esteve presente em todas as Constituições brasileiras. Entretanto, mesmo o país sendo essencialmente agrário, desde a sua origem, a educação rural não foi mencionada nos textos constituições de 1824 e 1891. Com a aprovação da Constituição de 1988, a educação se destacou como direito de todos. E, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional nº 9394/96, há o reconhecimeto da diversidade do campo, uma vez que vários artigos estabelecem orietações para atender a essa realidade, adaptando as suas peculiaridades, como os artigos 23, 26 e 28, que tratam tanto das questões de organização escolar como de questões pedagógicas. A LDB em seu artigo 28 estabelece as seguintes normas para a educação do campo. Na oferta da Educação básica para a população rural, os sistemas de ensino proverão as adaptações necessárias à sua adequação, às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente: I – conteúdos curriculares e metodologia apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural; II – organizaç escolar própria, incluindo a adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; III – adequação à natureza do trabalho na zona rural. (BRASIL, 1996). Na resolução 02/08, estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo. A compreensão de campo vai além de uma definição jurídica, configurando-se como um conceito político, ao as considerados as particularidades dos sujeitos e não apenas sua localização espacial e geográfica. A identidade dos povos do campo comporta várias categorias sócias como posseiros, bóias–frias, ribeirinhos, atingindo por barragem, assentados, acampados, arrendatários, pequenos proprietários, colonos ou sitiantes, comunidades negras rurais, quilombolas e também as etnias indígenas. O entendimento do campo como um modo de vida social contribui para autoafirmação da identidade dos povos do campo, no sentido de valorização do seu 86 trabalho, da sua história, do seu jeito de ser dos seus conhecimentos, para tanto é necessário que se assuma na educação do campo a construção de um modelo de desenvolvimento que tenha como elemento fundamental o ser humano. A Educação do Campo deve incluir em seu debate político e pedagógico a questão de que saberes são mais necessários aos sujeitos do campo e podem contribuir na preservação e na transformação de processos culturais, de relações de trabalho, de relações de gênero, de relações entre gerações no campo; também que saberes podem ajudar a construir novas relações entre campo e cidade. A escola em sua forma de relacionar a construção de uma sociedade, desenvolve e concretiza danos para cidadãos, que vivem no campo e ou campo, bem como que vivem nas cidades. A escola tem papel fundamental na mudança de paradigma social, que se busca construir, que ela por si só não concretiza o desenvolvimento, mas sem ela esse desenvolvimento não se constitui de forma sustentável, conforme Silva (2004), “... a escola não se constrói o Projeto de desenvolvimento sustentável, mas não há como implementar um projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação”. Assim, é papel da escola contribuir para a construção de um ambiente educativo, que: • Considere a heterogeneidade dos grupos humanos e sua relação com o meio ambiente/natureza, com terra, com a cultura e o mundo do trabalho; • Valorize os conhecimentos dos diferentes sujeitos da aprendizagem e que estes contribuam para melhorar a vida das pessoas; • Respeite a heterogeneidade da relação desses sujeitos com a terra, com o mundo do trabalho e a cultura; • Considere o desenvolvimento das pessoas não só por meio da integração dos diferentes processos formativos, mas valorizando a escolarização, direito universal dos diversos grupos humanos. Para construir esse processo educativo, que considere os sujeitos sociais, fazse necessário fortalecer a identidade da escola do campo, ancorada na própria 87 realidade do campo, nos saberes próprios dos estudantes, da memória coletiva das pessoas. O Colégio Estadual Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio está localizada na zona rural, é a principal referência dos moradores locais, sua localização facilita o acesso dos alunos, reduzindo assim o índice de evasão escolar, pois o colégio mais próximo fica no município aproximadamente a 16km, sendo estradas não asfaltada, dificultando transporte, tornando-se cansativo e ocasionando muitas das vezes o abandono da escola. Vários alunos que frequentam este estabelecimento de ensino são filhos de agricultores e boias frias que moram em sítios próximos ao Distrito. 6.11 Educação das relações Étnicos – Raciais Vivemos em um país de várias etnias convivendo em um país de várias etnias convivendo em um mesmo chão, muitas vezes de forma discriminatória. Observamos em todos os níveis de escolarização e mesmo mundo do trabalho a pouca oportunidade dada aos Afro-brasileiros, que encontram muitas barreiras para conseguir estudar e trabalhar levando-os a serviço de menor remuneração e com maior facilidade ao mundo do crime. Entendemos que a questão racial permeia toda a história social, cultural e política brasileira e que afeta a todos nós, independentemente do nosso pertencimento étnico-racial, o movimento negro brasileiro tem feito reivindicações e construído praticas pedagógicas alternativas, a fim de introduzir essa discussão nos currículos nos currículos. Ricas experiências têm sido desenvolvidas em vários estados e municípios, com apoio ou não das universidades e secretarias estaduais e municipais. No entanto, no inicio do terceiro milênio, o movimento negro passou a adotar uma postura mais propositiva, realizando intervenções sistemáticas no interior do Estado. Dessas novas iniciativas alguns avanços foram conseguidos. Um deles é a criação da Secretaria especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR). 88 Esta secretaria de abrangência nacional, é responsável por várias ações voltadas para a igualdade racial em conjunto com outros ministérios, secretarias estaduais e municipais, movimentos sociais e ONG’S. Nessa nova forma de intervenção do movimento negro e de intelectuais comprometidos com a luta antiracista, as escolas de educação básica estão desafiadas implementar a Lei de no 10.639/03. Esta lei torna obrigatória a inclusão do ensino da Historia da áfrica e da Cultura – afro brasileira nos currículos dos estabelecimentos de ensino públicos e particulares da educação básica.Trata-se de uma alteração da lei no 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, na qual foram incluídos mais três artigos, os quais versam sobre essa obrigatoriedade. Ela também acrescenta que o dia 20 de novembro( considerando dia da morte de Zumbi) sendo incluído no calendário escolar como Dia Nacional da Consciência Negra, tal como já é comemorado pelo movimento negro e por alguns setores da sociedade, na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e plurietnicas. Um primeiro aspecto a ser observado por todos os educadores é a recuperação do orgulho de ser negro, isto é, a busca de uma pedagogia da auto-estima elevada além da ação afirmativa. Aqui entra o papel fundamental a ser desenvolvimento por todos os educadores. É preciso conhecimento e atenção, pois as armadilhas são muitas nas histórias mais ingênuas, nos propósitos aparentemente mais elevados, estão cenas que ridicularizarão do negro, do índio, ou do diferente. Nossos livros didáticos transbordam de exemplos. Cabe ao professor potencializar destacando a beleza de cada etnia, a riqueza da diversidade de tipos humanos. Isto vai fazer com que os alunos negros assumam, sem maiores problemas, sua negritude. Cabe também aos educadores liderara luta para que as mantenedoras de estabelecimentos de ensino garantam condições humanas,materiais e financeiras para a execução de projetos que tratem da Educação das relações étnico-raciais. 89 Não se trata simplesmente de incluir os negros e integrá-los numa sociedade que secularmente os exclui e desqualifica, mas oferecer uma educação que lhes permita assumir-se como cidadãos autônomos críticos e participativos. É fundamental que se resgate uma imagem positiva do homem negro, para que a criança negra possa se projetar numa imagem positiva e perceber suas possibilidades de ascensão social e de uma trajetória escolar bem sucedida. Precisamos abrir espaços para discutirmos de forma aberta e crítica, questões das relações étnico-raciais a cultura Afrobrasileira e Africana, oportunizando para que os alunos percebam que vivemos ainda em um país de muitas desigualdades sociais e que podemos educar esta e as futuras gerações para revertermos tal quadro, através de ações concretas valorizarmos e acolhermos a cultura afro-brasileira, o negro e o pardo para que este aluno valorize sua cultura como o bem precioso a ser cuidado. 6.12 – EJA A EJA (Educação de Jovens e Adultos) é composta por educandos que na sua maioria se relaciona com o mundo do trabalho e que por meio dele busca melhorar sua qualidade de vida, tornando relevante contemplar essa característica na organização do trabalho pedagógico. Para adaptar o tempo escolar às necessidades dos educandos, o currículo deve ser organizado de forma que lhes possibilite transitar pela estrutura curricular, de acordo com o seu tempo próprio de construção da aprendizagem. Nesse contexto, a articulação da modalidade EJA com a diversidade sóciocultural de seu público deve demandar uma proposta pedagógica curricular que consiste o tempo/espaço e a cultura desse grupo, considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitadas como ponto de partida real da proposta pedagógica. Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, 90 consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais. Portanto, este Estabelecimento Escolar a partir de 2011 cederá sala para oferta Educação de Jovens e Adultos - APED descentralização do CEEBEJA de Jandaia do Sul - sendo Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo. Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como: 1. pesquisa e problematização na produção do conhecimento; 2. desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar; 3. registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias, ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos conhecimentos; 4. vivências culturais diversificadas 2 que expressem a cultura dos educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural. Organização Coletiva Será oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada educando. Organização Individual A organização individual destina-se àqueles educando trabalhadores que não Têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante 91 classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados. 7. REGIME E FUNCIONAMENTO O Colégio Estadual Alvorada da Infância pertence à modalidade de Educação do Campo sendo ela presencial, ofertando o Ensino Fundamental de 5ª a 8ªSérie /6º ao 9º Ano, organizado em anos finais, em regime de ano, com 4 (quatro) anos de duração, com funcionamento no período da manhã. O Ensino Médio, atende em regime de série, com duração de três anos, atendendo no período da noite. O Colégio atende 61 alunos do Ensino Fundamental e Médio, atendendo também o Curso Extracurricular - CELEM, Sala de Apoio e o Programa de Atividades Curriculares em Contraturno. 7.1 Calendário Escolar O calendário escolar é elaborado anualmente e atende ao disposto na legislação vigente, cabendo ao estabelecimento de ensino elaborar e propor seu calendário escolar, para apreciação e homologação pelo NRE, sendo que o mesmo pode se adequar às peculiaridades locais e econômicas. Segue em anexo o Calendário Escolar. 92 7.2 Matriz Curricular Manhã ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLE: 01 – APUCARANA MUNICÍPIO: 1320 – KALORÉ ESTAB: 00042 – ALVORADA DA INFÂNCIA, C E – E FUND MÉDIO CURSO: 4000 – ENS. 1 GR. 5/8 SER DISCIPLINAS TURNO: MANHÃ ENT MANTEN. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ ANO IMPLANT: 2006 – SIMULTANIA 5 6 7 8 2 3 3 1 3 3 4 4 22 2 3 3 1 3 3 4 4 22 2 3 3 2 4 3 BNC ARTE CIÊNCIAS EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO RELIGIOSO GEOGRAFIA HISTÓRIA LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA SUB-TOTAL 4 3 4 4 23 3 3 4 4 23 PD PD L.E.M. INGLÊS SUB-TOTAL 2 2 2 2 2 2 2 2 TOTAL GERAL 24 24 25 25 BNC SÉRIE NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 DATA DE EMISSÃO: 06 DE Abril DE 2010 MODULO: 40 SEMANAS 93 Noite ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLE: 01 – APUCARANA MUNICÍPIO: 1320 – KALORÉ ESTAB: 00042 – ALVORADA DA INFÂNCIA, C E – E FUND MÉDIO CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO DISCIPLINAS BNC BNC PD PD TURNO: NOITE SÉRIE ENT MANTEN. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ ANO IMPLANT: 2011 – SIMULTANIA 1 2 3 ARTE BIOLOGIA EDUCAÇÃO FÍSICA FILOSOFIA FÍSICA GEOGRAFIA HISTÓRIA LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA QUÍMICA SOCIOLOGIA SUB-TOTAL 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 23 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 23 2 2 2 2 2 2 3 4 2 2 23 L.E.M. - ESPANHOL L.E.M. INGLÊS SUB-TOTAL 4 2 6 4 2 6 4 2 6 TOTAL GERAL 29 29 29 MODULO: 40 SEMANAS NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 * DISCIPLINA DE MATRICULA FACULTATIVA OFERTADA NO TURNO CONTRATURNO, NO CELEM. Obs.: SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE 45 MINUTOS. DATA DE EMISSÃO: 27 DE Junho DE 2011 94 8. CURSO EXTRACURRICULAR 8.1. CELEM (Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna) Língua Espanhola A Língua Espanhola Na tentativa de buscar uma internacionalização dos povos e, auxiliar os alunos a ocuparem o tempo livre com atividades educativas e visando buscar a globalização do mundo atual. Sabendo-se que a realidade atual está centrada no intercâmbio de culturas entre as nações, nas transformações econômicas e culturais e na difusão dos avanços tecnológicos. O curso passa a ser mais uma opção para que o aluno adquira novos conhecimentos de uma cultura milenar como a língua espanhola, bem como abre espaço para a vida futura do educando. A partir do ano letivo de 2010 o Colégio passou a ofertar o CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) de língua Espanhola, como ensino extracurricular, plurilinguistica e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no Ensino Fundamental ( anos finais ), no Ensino Médio, Educação profissional e Educação de Jovens e Adultos. Sendo também extensivo à comunidade, professores e agentes educacionais. O CELEM é regulamentado pela Resolução nº3904/2008 e pela Instrução Normativa nº 019/2008, além de ser subordinado às determinações do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar. Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica do CELEM. 8.2 Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, são atividades educativas, integradas ao Currículo Escolar, com ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visa ampliar a formação do aluno, tendo como objetivos: • Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas em contraturno na escola, afim de atender às necessidades socioeducacionais dos alunos. • 95 Ofertar atividades complementares ao currículo escolar vinculadas ao Projeto Político Pedagógico da Escola, respondendo às demandas educacionais e aos anseios da comunidade. • Possibilitar maior integração entre alunos e comunidade, democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais. O programa é ofertado para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no Ensino Fundamental dos anos finais. O Programa de Atividades Complementares Curriculares de Contraturno: Esporte e Lazer, é regulamentado pela Instrução Normativa nº 004/201 – SUED/SEED, pelo Manual de Orientações PACC, além de ser subordinado às determinações do PPP e do Regimento Escolar. Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica das atividades do Programa de Atividades Complementares Curriculares de Contraturno: Esporte e Lazer. 8.3 Sala de apoio à Aprendizagem Com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam a 5ª e 6º Série/6º e 7º Ano do Ensino Fundamental. O programa prevê o atendimento aos alunos, no contraturno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares. A carga horária é de 4 horas-aulas semanais por disciplina, sendo trabalhadas por professores habilitados e com experiência de ensino nos anos iniciais do Ensino Fundamental e os alunos são selecionados através de avaliação diagnóstica inicial. A metodologia aplicada varia conforme a necessidade e a dificuldade, procurando despertar o interesse do aluno através de aulas dinâmicas, atrativas e lúdicas. 96 Segundo Vygotsky, diferenças encontradas em ambientes diversos promovem a aprendizagem e passam a ativar processos de desenvolvimento. Segundo ele, as estruturas do pensamento dos indivíduos se modificam com base em suas raízes, na cultura e na sociedade em que está inserido. 9. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO Após a escrita da versão final do Projeto Político-Pedagógico, ele sofrerá num primeiro momento uma releitura, análise e avaliação/reavaliação pela direção, equipe pedagógica e professores. Após esta reavaliação o Projeto Político-Pedagógico sofrerá, também, uma avaliação/reavaliação pelos funcionários, alunos, pais, APMF e Conselho Escolar. Estando de acordo com os sonhos e intencionalidades da comunidade escolar, o Projeto Político-Pedagógico será então, submetido à aprovação do Conselho Escolar. No decorrer do processo de trabalho pedagógico será avaliada a prática e/ou a aplicação do Projeto Político-Pedagógico, tendo em vista a qualidade no trabalho pedagógico, de modo geral, e a qualidade do ensino e aprendizagem e seus resultados. Isto é, objetivando as modificações e/ou os redimensionamentos que se fizerem necessários, no sentido de promover o acesso ao conhecimento a todos os sujeitos que compõem a comunidade escolar. Neste processo de avaliação, a comunidade escolar levará em conta, também, a realidade, no sentido dos limites e das possibilidades que a escola pública tem, para exercer a sua função social, em sua plenitude. Conforme afirma VEIGA, Acompanhar as atividades e avaliá-las levam-nos à reflexão, com base em dados concretos sobre como a escola organiza-se para colocar em ação seu Projeto Político-Pedagógico. A avaliação do projeto político-pedagógico, numa visão crítica, parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas (criação coletiva). Esse caráter criador é conferido pela autocrítica”. (VEIGA, 1995, p. 32) Sendo assim, o Projeto Político-Pedagógico sofrerá avaliações periódicas e 97 terá espaço privilegiado de avaliação nos Conselhos de Classe e nas reuniões, conforme as necessidades constatadas no decorrer do trabalho pedagógico e no contexto escolar como um todo. Além de periódica, a avaliação do Projeto Político-Pedagógico será permanente. Sendo assim, este Projeto sofrerá as intervenções, no dia-a-dia, sempre que necessário, visto que o Projeto Político-Pedagógico pode ser redimensionado a qualquer momento. Ele precisa ser também, (re)-avaliado e (re)-planejado, coletivamente, na medida em que há aprofundamento teórico dos educadores e/ou quando há avanços na ciência, e quando se constate dificuldades no processo de trabalho pedagógico de modo geral. É importante salientar ainda, que os “novos professores”, assim que cheguem à escola, precisam ter acesso ao Projeto Político-Pedagógico, para que possam fazer leitura, estudo e avaliação do mesmo. De acordo com “ John Sculley”: Pensar na educação apenas como forma de transferência de conhecimentos do professor para o aluno, como um despejar de informações de um recipiente para outro, não é mais possível. Não se pode mais dar aos jovens uma ração de conhecimentos que vai durar a vida inteira. Nem mesmo sabemos o que vão ser e fazer daqui a alguns anos. Os alunos de hoje não podem pressupor que terão uma só carreira em suas vidas, porque os empregos que hoje existem estarão radicalmente alterados num futuro próximo. Para que sejam bem sucedidos, os indivíduos precisarão ser extremamente flexíveis, podendo, assim, mudar de uma companhia para outra, de um tipo de indústria para outra, de uma carreira para outra. Aquilo que os alunos de amanhã precisam não é apenas o domínio de conteúdo, mas domínio das próprias formas de aprender. A educação não pode ser simplesmente um prelúdio para uma carreira: deve ser um empreendimento que dure a vida inteira. É certo, que a vida mudou, o mundo mudou e a escola deve estar em constante mudança. Sendo o melhor caminho o planejamento coletivo e o compromisso de aplicá-lo e avaliá-lo. 98 10. PLANO DE TRABALHO DA DIREÇÃO • ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO PLANO DE AÇÃO I – Estabelecimento: Escola Estadual Alvorada da Infância – Ensino Fundamental • Município: Kaloré • Núcleo: Núcleo Regional de Educação de Apucarana • Candidato: Marta Lourenti dos Reis II – Objetivos Gerais: • Analisar a realidade dos nossos educandos e traçar coletivamente metas e inovações, visando a melhoria da qualidade de ensino; • Organizar o trabalho pedagógico em consonância com as diretrizes curriculares; • Proporcionar meios para que o educando tenha acesso a um ensino de qualidade, bem como os saberes tecnológicos, de modo que tenha condições de exercer sua cidadania de forma igualitária; • Tornar a escola um ambiente de estudo agradável, onde todos, mas principalmente o aluno sinta-se a vontade, diminuindo o índice de evasão e repetência; • Acompanhar o processo de ensino, assessorando o professor, atuando junto aos alunos, auxiliando na elaboração de planos de recuperação para que os alunos tenham melhor aproveitamento de conteúdos; • Promover maior integração entre escola e comunidade; • Trabalhar o educando como ser integral, visando seu ajustamento pessoal e social. III – Ações: • Conhecer a comunidade onde a escola está inserida, para que se possa respeitar a individualidade da organização dessa sociedade, seu 99 desenvolvimento, visando sua transformação; • Redimensionar e promover maior participação das instâncias colegiadas (Conselho Escolar, Conselho de Classe, Grêmio Estudantil, Representantes de Turma e APMF); • Incentivar e oportunizar a capacitação de todos os segmentos da comunidade envolvidos no processo educativo, através de cursos e grupos de estudos; • Discutir o PPP da Escola de forma coletiva, objetivando a democratização do ensino público, através de um compromisso ético profissional; • Organizar grupos de estudos e ou reuniões para leituras e reflexões durante a hora-atividade dos docentes; • Proporcionar acervo bibliográfico atualizado, compatível com a necessidade dos alunos e professores e promover atividades de incentivo à leitura e à pesquisa; • Viabilizar recursos para a aquisição de materiais pedagógicos e equipamentos necessários que propiciem aulas mais agradáveis e dinâmicas, estimulando a permanência do aluno na escola; • Analisar coletivamente os dados referentes à avaliação escolar com o objetivo com o objetivo de estabelecer parâmetros a uma nova prática pedagógica; • Estabelecer coletivamente as regras e normas de funcionamento da escola, garantindo que as decisões tomadas e aprovadas sejam respeitadas e executadas; • Providenciar meios para a adequação do espaço físico às necessidades educacionais. • Incentivar a realização de feiras, exposições, atividades esportivas e culturais, valorizando a diversidade cultural local. 100 IV – Cronograma : Diagnóstico da comunidade Promoção da participação das instâncias colegiadas Incentivo à participação na capacitação Revitalização do PPP Grupos de estudo através de calendário específico Atualização do acervo (pesqui sas com professor) Aquisição do acervo bibliográfi co Levantamento dos materiais pe dagógicos e equipamentos neces sários Parâmetros de avaliação Estabelecimento das regras e nor mas de funcionamento Solicitação de adequação do espaço físico Realização de feiras, exposições, atividades esportivas e culturais F X M X A M X J J X A X S O N D X X X X X X X X X X X X V – Avaliação do Plano de Ação • A avaliação da aplicação do plano de ação será realizada através de conversas informais com discentes, docentes e comunidades. E também elaboração de questões reflexivas e sugestivas para o aprimoramento e reformulação do plano. 101 11. PLANO DE TRABALHO DA EQUIPE PEDAGÓGICA COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENS. FUND. E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ/JUSSIARA PEDAGOGA: TANIA REGINA MACEDO DE SOUSA APRESENTAÇÃO A escola é um espaço de democratização do saber construído historicamente pelo homem. Diante disso, pensa-se a ação do Professor Pedagogo como mediador da organização educativa e do trabalho docente, de modo a contribuir para as condições favoráveis, no cumprimento das funções pedagógicas, políticas e culturais da educação, articulando os conteúdos, objetivos, metodologias e avaliação, identificando limites e possibilidades de transformação social. Para que o ensino seja significativo o serviço pedagógico deve estar organizado no sentido de coordenar, orientar e assessorar a comunidade escolar fazendo com que os membros educativos tenham uma melhor compreensão e reflexão crítica do mundo, se apropriando do saber elaborado, cientificamente contribuindo para a formação da cidadania. Portanto, para promover o desenvolvimento organizacional da escola requer competência técnico político pedagógica pautada na ação coletiva com habilidades para tomar decisões imediatas, objetivando melhorias na qualidade do ensino, capacidade de programar, realizar e dinamizar a ação pedagógica com maior compreensão. O trabalho do Professor Pedagogo, consiste na somatória de esforços e ações desencadeadas no sentido de promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem, voltando-se constantemente ao professor, oferecendo assistência ao mesmo, coordenando suas ações, visando um maior desempenho do trabalho pedagógico e no 102 Plano de Trabalho Docente, exercendo o papel articulador dentro da escola. Para a efetivação das ações pedagógicas são organizadas continuamente atividades que envolvem toda a comunidade escolar. Tendo como objetivo, veicular uma gestão democrática e participativa, fomentando um trabalho conjunto entre todos os membros constituintes da comunidade escolar, de modo a garantir os direitos estabelecidos por lei com relação à educação, estabelecendo uma relação unívoca entre os agentes do processo pedagógico, com vistas a orientar meios e fortalecer ações para a concretização da educação; coordenar a organização do trabalho pedagógico, bem como a implementação das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar. Propõe-se como práticas de ação para o ano de 2011: • Subsidiar o trabalho docente, através de pesquisa e material didático, visando o enriquecimento das atividades escolares; • Incentivar a participação docente em cursos de capacitação, possibilitando o repasse dos mesmos, para maior intercâmbio de conhecimento e melhoria do trabalho interdisciplinar; • Promover uma participação da comunidade escolar em eventos promovidos pela escola, não só para maior interação comunidade e escola, como também para a valorização dos trabalhos desenvolvidos por alunos e professores; • Convidar palestrantes – especialistas para ministrar mini-cursos, envolvendo temas de interesse da comunidade escolar e dos docentes, como: prevenção de drogas, gravidez na adolescência, auto-estima, motivação, orientação educacional e vocacional, saúde, violência, educação ambiental (principalmente quanto ao uso de agrotóxicos e outros relacionados ao campo), com objetivo de minimizar os problemas enfrentados na sociedade contemporânea; • 103 Colaborar com a manutenção e melhoria do ambiente escolar, para que funcionários de todos os setores, direção, professores e educandos sintam prazer em permanecer na escola; • Acompanhar o trabalho docente, no sentido de oferecer auxílio aos educandos e educadores, quando esses necessitarem; • Realizar um trabalho voltado aos educandos com necessidades especiais, dificuldades de aprendizagem e/ou agressividades, encaminhando-os a especialistas, quando for necessário, para que a inclusão realmente se efetive. • Estreitar o vínculo de relações entre a escola e a comunidade, incentivando a participação de todos nos eventos promovidos pela escola, minimizando processos de discriminação e proporcionando a inclusão responsável, bem como a valorização da diversidade cultural. • Acompanhar o processo de ensino-aprendizagem atuando junto ao corpo docente, alunos e pais no sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vistas a sua melhoria. • Estimular o uso dos recursos tecnológicos disponíveis na escola. • Analisar e refletir sobre o sistema de avaliação promovendo ações de melhoria no processo ensino aprendizagem. AVALIAÇÃO A avaliação do presente plano se dará de forma continuada, sendo alterado no decorrer do processo conforme diálogo com direção, equipe docente e discente. 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 23ª ed – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. Constituição da República Federativa do Brasil. 14 ed.- São Paulo: Saraiva, 1996. Lei de Deretrizes e Bases 9394/96. LUCKESI. Cipriano: Avaliação do Rendimento. VASCONCELLOS. Celso s.: A Construção da Disciplina Consciente e Interativa em sala de Aula e na Escola. 3ª edição, Liberlad São Paulo, 1994. DCEs – Diretrizes Curriculares Estaduais. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná. Lei 10.639/03 (Cultura Afro-Brasileira e Africana.) Instrução 017/2006 Livro Didático Publico. MORAES, Amaury César. Sociologia: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação – Secretaria de Educação Básica, 2010. v.15. Coleção explorando o ensino. MEC. Ética e Cidadania: construindo valores na escola e na sociedade. Brasília: Ministério da Educação – Secretaria de Educação Básica, 2007. SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia 32. ed. Campinas, Autores Associados, 1999. GASPARINI, José Luiz. Uma Didática para a pedagoga histórico-crítica. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2003. ANEXOS PLANO DE ESTÁGIO IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio ENDEREÇO: Rua Antonio Cassemiro Jucoski, s/nº ENTIDADE MANTENEDORA: SEED – Governo do Estado do Paraná MUNICÍPIO: Kaloré - Paraná NRE: Apucarana IDENTIFICAÇÃO DO CURSO Habilitação: ENSINO MÉDIO Nome do Professor Orientador: Luciane Chamorro Rodrigues Ano Letivo: 2011 JUSTIFICATIVA O Estágio Profissional não obrigatório é uma atividade curricular, um ato educativo assumido intencionalmente pela instituição de ensino que propicia a integração dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho. Sendo um recurso pedagógico que permite ao aluno o confronto entre os desafios profissionais e a formação teórico-prática adquiridas nos estabelecimentos de ensino, oportunizando a formação de profissionais com percepção crítica da realidade e capacidade de análise das relações técnicas do trabalho. O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a serem executadas devem estar devidamente adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando, prevalecendo sobre o aspecto produtivo. O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está presente por ser o momento de inserção do aluno na realidade, para o entendimento do mundo do trabalho, com o objetivo de prepará-lo para a vida profissional, conhecer formas de gestão e organização, bem como articular conteúdo e método de modo que propicie um desenvolvimento ominilateral. Sendo também, uma importante estratégia para que o aluno trabalhador tenha acesso às conquistas científicas e tecnológicas da sociedade. O Estágio Profissional, de caráter não obrigatório, atende as necessidades da escola conforme previsto na legislação vigente: Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes; Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de proteção ao educando; o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho- CLT, que estabelece que as partes envolvida devem tomar os cuidados necessários para a promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando principalmente, os riscos decorrentes de fatos relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do trabalho; Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação. Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED. O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios dos Alunos do Ensino Médio. OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional, a partir da prática social, contemplando as diversas áreas que contribuem para a formação integral do aluno, bem como reconhecer as dimensões pedagógicas que se desenvolvem em todos os aspectos da vida social e produtiva. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO • Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao currículo do Ensino Médio; • Oportunizar experiência profissional diversificada de acordo com proposta Curricular; • Relacionar teoria e prática profissional a partir das experiências realizadas no campo de estágio; • Possibilitar a inserção do educando no mundo do trabalho. LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO O estágio poderá ser realizado em instituições públicas ou privadas desde que esteja relacionado com o Projeto Político Pedagógico e com a Proposta Curricular do curso. ATIVIDADES DO ESTÁGIO O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento de inserção do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que coloque os conhecimentos construídos ao longo das séries em reflexão e compreenda as relações existentes entre a teoria e a prática. Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de seleção, organização e integração dos conhecimentos construídos, porque possibilita ao estudante contextualizar o saber, não apenas como educando, mas como cidadão crítico e ético, dentro de uma organização concreta do mundo trabalho, no qual tem um papel a desempenhar. ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA/ESTABELECIMENTO DE ENSINO O Estágio Profissional não obrigatório, concebido como procedimento didático-pedagógico e como ato educativo intencional é atividade pedagógica de competência da instituição de ensino, sendo planejado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos para a formação profissional dos estudantes, previsto no Projeto Político-Pedagógico e no Plano de Estágio. A instituição de ensino é responsável pelo desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no Plano de Estágio, observado: • Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com seu representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando as condições adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso; • Etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário escolar; • Respeitar legislação vigente para estágio não obrigatório; • Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18 anos; com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade contada na data de assinatura do Termo) ou com seu representante legal, se idade inferior a 16 anos e com o ente concedente, seja ele privado ou público; • Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou privado concedente do estágio; • Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades; • Exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio; • Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do estágio previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação Técnica e Convênios que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado pelo professor orientador de estágio; O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao estudante, vedadas atividades: a) incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente; b) noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas horas de um dia às cinco horas do outro dia; c) realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e moral; d) perigosas, insalubres ou penosas. PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação do professor orientador de estágio, especificamente designado para essa função, o qual será responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades. COMPETE AO PROFESSOR ORIENTADOR • Solicitar juntamente da parte concedente relatório, que integrará o Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos riscos, levando em conta: local de estágio; agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio; • Exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em prazo não superior a 6 (seis) meses; • Esclarecer juntamente com a parte concedente do estágio, o Plano de Estágio e o Calendário Escolar; • Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário; • Proceder as avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Compromisso, mediante relatório; • Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso; • Conhecer o campo de atuação do estágio; • Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de Compromisso; • Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos aprendidos à prática pedagógica; • Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao local, procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre outros; • Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no estágio; • Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades dos estagiários; • Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia. ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO/INSTITUIÇÃO QUE CONCEDE O ESTÁGIO A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar com serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado. Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de personalidade jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional. Uma vez formalizado o Termo de Compromisso de Estágio, cumpridos os requisitos citados anteriormente, e estará criada a condição legal e necessária para a realização do estágio supervisionado na organização concedente de estágio. A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir condições mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido e participar das atividades, durante a execução do estágio supervisionado. Ofertando instalações que tenham condições de proporcionar ao aluno, atividades de aprendizagem social, profissional e cultural. O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo vedadas algumas atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e também 405 e 406 da CLT). Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não caracterizando vínculo empregatício. A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com necessidades educativas especiais. A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a disposição para eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante: • Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante; • A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades de aprendizagem social, profissional e cultural; • Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar o desenvolvimento das atividades de estágio; • Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho; • Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio; • Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso. • Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento de ensino; • Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de estágio; • Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na empresa; • Manter contatos com o Orientador de estágio da escola; • Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que permitam uma visão real da profissão; • Indicar um responsável para supervisionar para acompanhar as atividades de estágio. ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades escolares e constar no Termo de Compromisso, considerando: • A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou assistente legal, se menor; • A concordância da instituição de ensino; • A concordância da parte concedente; • O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos demais compromissos escolares; • A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício; • Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de contraprestação, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares. • Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio. ANTES DA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, O ESTAGIÁRIO DEVE: • Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios; • Participar de atividades de orientação sobre o estágio; • Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola; • Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador de Estágio. DURANTE A REALIZAÇÃO: • Conhecer a organização da Unidade Concedente; • Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga horária no período estabelecido pelo o professor orientador de Estágio; • Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente; • Zelar pelo nome da Instituição e da Escola; • Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho; • Cumprir o Termo de Compromisso firmado com a Instituição de Ensino e a Unidade Concedente. • Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para discussão do andamento do estágio; • Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e responder pelos danos pessoais e materiais causados; Depois da realização: 1 - Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas; 2 - Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do Estágio não obrigatório. FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições Públicas e/ou Privadas, por um responsável que deverá ter conhecimento na área. Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de encaminhamento: 2 - Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento durante a realização do Estágio; 2 - Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização do Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando seguir o plano estabelecido pelo Aluno e pelo Professor Orientador. As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da situação do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos telefônicos, documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a propiciar formas de integração e parceria entre as partes envolvidas. Oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a serem aplicadas no âmbito do trabalho e no desenvolvimento sustentável. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO: A avaliação do Estágio Profissional não obrigatório é concebida como um processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto, estar presente em todas as fases do planejamento e da construção do currículo, como elemento essencial para análise do desempenho do aluno e da escola em relação à proposta. • Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente; • Relatório apresentando pelo educando. COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno Kaloré 2011 MACROCAMPO Esporte e Lazer TURNO CONTEÚDO OBJETIVO ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Vespertino Conteúdos Estruturantes: Esportes; Dança; Jogos e Brincadeiras; Ginástica; Conteúdos Básicos: • Futsal; • Voleibol; • Basquetebol; - Possibilitar a comunicação e a interação de diferentes indivíduos com eles mesmos, com os outros, com o seu meio social e natural; - Observar o bem estar físico e mental do educando; - Formação integral dos educandos em seus aspectos físicos, motores, psíquicos e intelectuais; - Buscar o desenvolvimento de um cidadão integro, critico, conhecedor de seu próprio espaço e a respeitar o espaço dos outros. Devemos selecionar atividades que contenham práticas esportivas, possibilitando intervenções acerca de corporalidade, bem como proporcionar aos alunos práticas corporais que possibilitem o levantamento de hipóteses, soluções cabíveis e possíveis situações-problemas que surgem dentro do processo ensino aprendizagem. A metodologia se desenvolverá através da prática esportiva das modalidades de Futsal, Voleibol e Basquetebol, usando jogos pré-esportivos e recreativos, exercícios de correções e aperfeiçoamento das técnicas e táticas e fundamentos dos referidos esportes. Para o desenvolvimento do processo metodológico o educador irá seguir as estratégias de problematização: apresentação das atividades e as formas de execução. Desenvolvimento das atividades: o professor observa as atividades realizadas pelos alunos suas diferentes manifestações corporais. Reflexão sobre a prática: levantar os aspectos positivos e negativos da atividade, levando cada aluno a pensar e repensar suas atividades. Para o desenvolvimento do processo metodológico o educador irá seguir as estratégias de problematização: apresentação das atividades e as formas de execução. Reflexão sobre a prática: levantar os aspectos positivos e negativos da atividade, levando cada aluno a pensar e repensar suas atividades. Critérios de Avaliação: AVALIAÇÃO A avaliação deverá considerar os caminhos percorridos pelo aluno, suas formas de desenvolver, selecionar, criar e inovar diante das situações propostas. Nesta atividade avaliaremos o interesse, a participação, a organização para o trabalho coletivo, o respeito aos colegas, a criatividade, a coordenação motora, velocidade, força, flexibilidade, equilíbrio, domínio e outros fundamentos básicos dos esportes. Instrumentos de Avaliação: A avaliação será realizada através de observações diárias das atividades propostas, anotações e registros em fichas apropriadas. PARA O ALUNO: Ao fim do programa os alunos participantes deverão ter maior conhecimento da modalidade esportiva que participou, além de melhorar sua técnica de jogo e seu comportamento social, através do cumprimento das regras imposta pelo jogo e se adaptar ao convívio em grupo. Esperamos também que através de esportes, haja uma melhoria na qualidade de vida dos alunos participantes. E que acima de tudo o resultado final seja o prazer a favor do bem estar individual, coletivo e social. PARA A ESCOLA: Devido ao fato de termos vários alunos que demostram desinteresse pelos estudos, mas que se interessam pela prática do esporte, pretendemos então através de uma metodologia que priorize aspectos lúdicos, táticos, técnicos, cooperativos, trabalhar os RESULTADOS ESPERADOS diferentes saberes e valores que interferem sobre a constituição de nosso corpo tanto no plano individual como no social, sempre com o intuito de proporcionar a melhoria do aproveitamento e rendimento escolar e social. Portanto, espera-se que o programa venha de encontro aos propósitos da escola de retirar os alunos das ruas, visando criar expectativas de vida e um comprometimento com a escola e com a melhoria da qualidade do ensino. PARA A COMUNIDADE: O aluno é o produto de trabalho de todos os profissionais da escola, especialmente dos professores, e as famílias esperam que este aluno seja cada vez mais educado, responsável e competente para atuar na sociedade. Espera-se dos pais que eles colaborem e enviem seus filhos a aula e que participem ativamente . PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Educação Física. Curitiba: SEED, 2008. REFERÊNCIAS COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da BIBLIOGRÁFICAS educação física. São Paulo: Cortez, 1992. BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984. 121 122 COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: ARTE NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL PROFESSORA: LUCIANE CHAMORRO RODRIGUES PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE KALORÉ 2012 123 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Numa aparente contradição, foi no momento de repressão política e cultural (Ato Institucional n. 5 /AI-5, em 1968) que o ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão. No currículo escolar, a Educação Artística passou a compor a área de conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A produção artística, por sua vez, ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Na escola, o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas e o ensino de música enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas. A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988. Nesse processo, os movimentos sociais realizaram encontros, passeatas e eventos que promoviam, entre outras coisas, a discussão dos problemas educacionais para propor novos fundamentos políticos para a educação e, dentre os fundamentos pensados para a educação, destacam-se a pedagogia histórico-crítica elaborada por Saviani da PUC de São Paulo e a Teoria da Libertação, que fundamentou o Currículo Básico para Ensino de 1o grau, publicado em 1990, e o Documento de Reestruturação do Ensino de 2o grau da Escola Pública do Paraná, publicado em seguida. Tais propostas curriculares pretendiam fazer da escola um instrumento para a transformação social e nelas o ensino de Arte propôs a formação do aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico. Nos anos 90 essa concepção foi substituída pelas propostas dos PCNs, onde o ensino de arte estava comprometido a uma série de variantes, que na maioria das vezes se opunha às ideias apresentadas no Currículo Básico, por ser parte de uma outra posição ideológica. A partir de 2003 iniciam-se discussões coletivas acerca do papel da arte na sociedade, quais conteúdos são essenciais, dentre outras preocupações; e são 124 construídas as DCEs, onde a disciplina Arte está contemplada a partir da concepção de que as diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. Da mesma forma o conceito de arte implícito ao ensino também influenciado por essas relações sócio – cultural, sendo fundamental que seja problematizado para a organização de uma proposta curricular. Estudar arte é compreender o papel da teoria estética, como uma referência ao pensar e o seu ensino, gerando conhecimento, articulando saberes cognitivos, sensíveis e sócios – históricos; ampliando o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos artísticos e contextualizados, aproximando-se do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações. A arte é expressa e sabe comunicar com imaginação, emoção e sensibilidade. Interage com materiais, procedimentos instrumentais das diversas artes ( visuais, dança, teatro e musica ) fazendo experimentos e conhecendo técnicas para a produção de trabalhos individuais e em grupo. No âmbito da educação de campo, pretende se desenvolver uma educação que seja crítica, pois essa cultura é entendida como toda produção humana que se constrói a partir das relações do ser humano com a natureza, com outro e consigo mesmo. Pretende-se, portanto, com o ensino da arte, instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte, que lhe permitam utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais, observando as relações entre arte e realidade, investigando, indagando interesses e curiosidades, exercitando a discussão a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de modo criativo, desenvolvendo no educando potencialidades crítico-expressivo, estruturando seu conhecimento, segundo sua percepção e consciência do mundo em que se vive, aliando o ver, o pensar, o fazer, o criar, possibilitando a formação de um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus posicionamentos e tomadas de atitudes, fazendo-o compreender o homem como um todo: razão, emoção, pensamento, percepção, imaginação e reflexão, buscando ajudá-lo a compreender a realidade e a transformá-la. 125 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza; são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre em Música, a cor em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou movimento corporal na Dança. COMPOSIÇÃO É a produção artística que acontece por meio da organização e dos desdobramentos dos elementos formais. Por exemplo: tridimensional em Artes Visuais, ritmo em Música, representação em Teatro, rotação em Dança. MOVIMENTOS E PERÍODOS É o conjunto da história relacionado com o conhecimento em arte. Ele tem por objetivo revelar o conteúdo social da arte, dos fatos históricos, culturais e sociais que alteram as relações internas ou externas de um movimento artístico. Por exemplo: renascimento em Artes Visuais, rap em Música, teatro pobre em Teatro e dança moderna Dança. 2.1 - Conteúdos Estruturantes e Básicos 6º ANO - ÁREA DE MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Altura Ritmo Duração Melodia Timbre Escalas: diatônica pentatônica cromática Improvisação Intensidade Densidade MOVIMENTOS E PERÍODOS Greco-Romano Oriental Ocidental Africana 126 ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Ponto Bidimensional Arte Greco-Romana Linha Figurativa Arte Africana Textura Geométrica, simetria Arte Oriental Forma Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura … Arte Pré-histórica Superfície Volume Gêneros: cenas da mitologia Cor Luz ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Greco- Romana Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara… Teatro Medieval Teatro Oriental Renascimento Gênero: Tragédia, Comédia e Circo. ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal COMPOSIÇÃO Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos Articulares Fluxo ( livre e MOVIMENTOS E PERÍODOS Pré- História Greco- Romana Renascimento 127 interrompido) Dança clássica Tempo Rápido e lento Espaço Formação Níveis ( alto, médio e baixo) Deslocamento ( direto e indireto) Dimensões ( pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular 7º ANO - ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Altura Ritmo Duração Melodia Timbre Escalas Intensidade Gêneros: Folclórico, Indígena, popular e étnico Densidade MOVIMENTOS E PERÍODOS Música popular e étnica ( ocidental e oriental ) Técnicas: Vocal, instrumental e mista Improvisação ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Ponto Proporção Arte Indígena Linha Tridimensional Arte Popular Forma Figura e fundo Brasileira e Paranaense Textura Abstrata Renascimento 128 Superfície Perspectiva Volume Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura … Cor Luz Barroco Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta. ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Personagem: Representação, Leitura expressões corporais, dramática, Cenografia vocais, gestuais e faciais Técnicas: Jogos teatrais, mímica, Ação improvisação, formas animadas. Espaço Gêneros: Rua e arena, Caracterização. MOVIMENTOS E PERÍODOS Comédia dell' arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal COMPOSIÇÃO Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo ( livre, interrompido e conduzido) MOVIMENTOS E PERÍODOS Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Tempo Lento, rápido e moderado Espaço Níveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica. 129 8º ANO - ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal Tempo COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Giro Rolamento Saltos Hip Hop Aceleração e desaceleração Expressionismo Musicais Indústria Cultural Espaço Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo Dança Moderna ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Linha Semelhanças Indústria Cultural Formas Contrastes Arte no Séc. XX Textura Ritmo Visual Arte Contemporânea Superfície Estilização Volume Deformação Cor Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual e mista... Luz ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e COMPOSIÇÃO Representação no Cinema e Mídias MOVIMENTOS E PERÍODOS Indústria Cultural Realismo Texto dramático 130 faciais Expressionismo Maquiagem Cinema Novo Ação Sonoplastia Espaço Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica ... ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração MOVIMENTOS E PERÍODOS Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Direções ( frente,atrás, direita, e esquerda) Dança Moderna Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: industria e cultural e espetáculo 9ºANO - ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Altura Ritmo Música Engajada Duração Melodia Música Popular Brasileira Timbre Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista Música Contemporânea Intensidade Densidade Gêneros: popular, folclórico e étnico. 131 ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Linha Bidimensional Realismo Forma Tridimensional Vanguardas Textura Figura – fundo Muralismo e Arte Latino-Americana Superfície Ritmo Visual Volume Técnica: pintura, grafite, performance Hip Hop Cor Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano... Luz ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Técnica: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum Teatro Engajado Dramaturgia Teatro Pobre Ação Cenografia Teatro do Absurdo Espaço Sonoplastia Vanguardas Teatro do Oprimido Iluminação Figurino ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal COMPOSIÇÃO Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo MOVIMENTOS E PERÍODOS Vanguardas Dança Moderna 132 Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto longe) Tempo Coreografia Deslocamento Espaço Gênero: Performance e moderna Dança Contemporânea e 133 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica. Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica: Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte Como a disciplina de Arte tem por objetivo de mobilizar o aluno para o conhecimento,deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica, delegando-lhe o papel de sujeito do seu processo de aprendizagem. Serão feitas também relações interdisciplinares para que os alunos aprendam os conteúdos e possam posicionar-se de forma crítica frente à realidade social. O professor ainda conduzirá o processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.Assim os alunos terão acesso as obras de Música,Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com suas diversas formas de produção artística.Trata-se de envolver a apreciação e a apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética. 134 Ao trabalhar Arte o professor também valorizará a cultura dos povos do campo e afro-brasileira, com a finalidade de criação de uma identidade sociocultural, levando o aluno a compreender e transformar o mundo. A metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente histórica e cultura dos povos indígenas, lei 10639/03-Historia e cultura-afro-brasileira e africana. Lei 9795/99-Politica Nacional de Educação Ambiental ; Cidadania e Direitos humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento a violência na escola, Prevenção e uso indevido de drogas, assim, fortalecendo as ações de inclusão dos Desafios Educacionais Contemporâneos nas Escolas. 135 4. AVALIAÇÃO A avaliação em Arte é processual e diagnóstica por ser referência do professor para o planejamento das aulas e da avaliação dos alunos; processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento deve ser constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da turma sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos alunos. Os instrumentos a serem utilizados durante o ano letivo são de extrema importância para a construção e reprodução de visão artística e do mundo, para a formação de cidadãos efetivamente participativos e estimulados. Partindo deste ponto é visível a necessidade de adequações didáticas ensino/aprendizagem que alcancem a tais expectativas, criando condições que permitam interconexões com o processo educacional. Entre os instrumentos a serem utilizados citamos: Recursos humanos, como o próprio professor e aluno através de uma interação dialogado na explicação dos conteúdos. Recursos materiais: imagens não animadas ( fotografias,livro didático, quadro, giz, cartões, figuras, posteres e obras literárias), imagens animadas ( filmes, trechos de filmes, reportagens,), Recursos físicos: laboratório de informática.( computadores, TV Pen Drive, etc ). O professor deverá , ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/ aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a participação dos alunos. A avaliação será através de: provas objetivas e subjetivas, trabalhos,seminários, pesquisas, relatórios, debates, leituras e análises de gráficos e tabelas, resumos, atividades modulares, maquetes,produção de textos, participação em aulas, etc. Sendo assim todo o conhecimento acumulado pelo aluno deve ser socializado entre colegas e, ao mesmo tempo, deve constituir referências para o 136 professor propor abordagens diferenciadas. Estabelecidas as propostas e as dimensões do que conteúdo se avalia cada , serão previamente estabelecidas uma proposta de recuperação ,ou seja,os conteúdos não aprendido serão retomados quando não forem assimilados pelos alunos durante o ano letivo , onde poderão ser através de seminários ,debates ou através de atividades diversificadas com cada turma. De acordo com o PPP, a avaliação tem a função permanente de acompanhamento do processo pedagógico, avaliando portanto, o educando, o educador, a escola e o sistema escolar. A recuperação de estudo é direito dos alunos, dar-se-ia de forma permanente e concomitante ao processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com atividades significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional as avaliações como um todo, ou seja, equivalerá da apreensão e retomada dos conteúdos. 137 5. REFERÊNCIAS Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - ARTE. 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED, 2008. 138 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: CIÊNCIAS NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL PROFESSORA: ANA ROSA DINIZ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS KALORÉ 2012 139 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida. A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998). A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e Fourez (1995), modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõem a Natureza. Muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis e teorias. A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam (KNELLER, 1980). Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e compreendê-la, nos diversos momentos históricos. O pensamento pré-científico representa a busca da superação das explicações míticas, com base em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII. Com o pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a divindade dos acontecimentos e não com as causas desses fenômenos. No pensamento atomista permaneceu a ideia da constituição da matéria, a partir dos quatro elementos ( água, ar, terra e fogo). Aristóteles (século III a.C.), ao 140 propor um modelo geocêntrico para o universo pressupunha a existência de um quinto elemento da Natureza, o éter, constituinte da lua, dos planetas e das estrelas fixas . Estudos de Nicolau Copérnico (1473-1543),baseados em Aristarco de Samos (século III a.C.), propunha-se o Sol como centro do Universo, regido por movimentos circulares (modelo heliocêntrico). O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado pelo estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da Natureza. Já o período estado do novo espírito científico configura-se, também, como um fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços científicos. A sociedade brasileira passou por transformações significativas do início do século XX aos anos de 1950, rumo à modernização. Dentre essas transformações, destacam-se a expansão da lavoura cafeeira, instalações de redes telegráficas e portuárias, ferrovias e melhoramentos urbanos assim como as alterações no currículo de Ciências favorecendo reformas políticas no âmbito da escola. A disciplina de Ciências iniciou sua consolidação no currículo das escolas brasileiras com a Reforma Francisco Campos, em 1931, com objetivo de transmitir conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências naturais de referência já consolidadas no currículo escolar brasileiro. Na década de 1950, a ciência e tecnologia, foram reconhecidas como atividades essenciais no desenvolvimento econômico, cultural e social (KRASILCHIK, 2000). Ao final da década de 1980 , no Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para o ensino de 1° grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico- crítica. Este documento resultou de reflexões e discussões realizadas no Estado do Paraná, visando debater os conteúdos e as orientações de encaminhamento metodológico. Esse programa analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania. Em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e estadual, iniciouse no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo de produzir novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o ensino de Ciências com sua versão final editada em 2008. 141 Conhecer a história da ciência permite identificar que não existe um único método científico, mas a configuração de métodos científicos que se modificaram com o passar do tempo. Desde os pensadores gregos até o momento histórico marcado pelo positivismo, principalmente com Comte, no século XIX, observa-se uma crescente valorização do método científico, porém, com posicionamentos epistemológicos diferentes em cada momento histórico. A apropriação do conhecimento científico pelo estudante no contexto escolar implica a superação dos obstáculos conceituais. Para que isso ocorra, o conhecimento anterior do estudante, construído nas interações e nas relações que estabelece na vida cotidiana, num primeiro momento, deve ser valorizado. A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados. Isso põe o processo de construção de significados como elemento central do processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, o ensino de Ciências deixa de ser encarado como mera transmissão de conceitos científicos, para ser compreendido como processo de formação de conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções alternativas dos estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica (LOPES, 1999). Espera- se uma superação do que o estudante já possui de conhecimentos alternativos, rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano. 142 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino (LOPES, 1999). Nesta Proposta Pedagógica Curricular apresentam cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles: • Astronomia • Matéria • Sistemas Biológicos • Energia • Biodiversidade ASTRONOMIA A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Numa abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos geocêntrico e heliocêntrico, bem como sobre os métodos e instrumentos científicos, conceitos e modelos explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de grande interesse dos estudantes porque por meio deles buscam- se explicações alternativas para acontecimentos regulares da realidade, como o movimento aparente do sol, as fases da lua, as estações do ano, as viagens espaciais, entre outros. MATÉRIA No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, 143 indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos. SISTEMAS BIOLÓGICOS O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração. Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia- se a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de sistemas que integram o organismo vivo. ENERGIA Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas ideias do calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria do calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei da conservação da energia. BIODIVERSIDADE O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número de espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada ao entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem. Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade, habita em diferentes ambientes, mantém suas interrelações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997). 144 2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos 6ºANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS ASTRONOMIA Universo Sistema Solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros MATÉRIA Constituição da matéria SISTEMAS BIOLOGICOS Níveis de organização celular ENERGIA Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia BIODIVERSIDADE Organização dos seres vivos Ecossistema Evolução dos seres vivos 7º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ASTRONOMIA CONTEÚDOS BÁSICOS Astros Movimentos celestes Movimentos terrestres MATÉRIA Constituição da matéria SISTEMAS BIOLOGICOS Célula Morfologia e Fisiologia dos seres vivos ENERGIA Formas de energia Transmissão de energia BIODIVERSIDADE Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática 145 8º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS ASTRONOMIA Origem e Evolução do Universo MATÉRIA Constituição da matéria SISTEMAS BIOLOGICOS Célula Morfologia e Fisiologia dos seres vivos ENERGIA Formas de energia BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos 9º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ASTRONOMIA MATÉRIA SISTEMAS BIOLOGICOS ENERGIA BIODIVERSIDADE CONTEÚDOS BÁSICOS Astros Gravitação Universal Propriedades da matéria Morfologia e Fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética Formas de energia Conservação de energia Interações ecológicas 146 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA As práticas pedagógicas e metodológicas deverão ser direcionadas de maneira a promover à integração dos conceitos científicos, valorizando o pluralismo metodológico, respeitando e minimizando as diferenças, possibilitando assim a democratização do saber. Faz-se necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora. É fundamental valorizar no ensino de Ciências, os elementos da prática pedagógica como: a abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico, entre outros. Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber quais os objetivos e expectativas a serem atingidos; qual concepção de ciência se agrega às atividades propostas e dar significados as atividades desenvolvidas com os alunos, tais como: aulas dialogadas, leituras, pesquisas, debates , seminários, experimentos em sala de aula, jogos didáticos, entre outras, tendo a clareza que estas atividades devem ser problematizadoras, para que possa contribuir na formação de um sujeito intelectualmente autônomo. No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como : Slides, DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, recortes de filmes, vídeos, imagens, aulas práticas em laboratório de Informática, revista científica, figuras, revista (geográficos, sistemas Internet, livro didático, texto de jornal, em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, computador, retroprojetor, dentre outros. O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades. Para enfatizar e valorizar os costumes de cada indivíduo, busca-se na 147 diversidade cultural coexistente , respaldo ético para tratar as diferenças e minimizar as desigualdades, enfatizando a cultura Afro-Brasileira e a cultura do campo, de onde advém grande parte dos alunos. Através de trabalho dirigidos, com vistas a inclusão social, promover a emancipação do cidadão , com ações coletivas em favor da construção do conhecimento. Quanto a abordagem sobre história e cultura afro-brasileira e africana - Lei n.10.639/03 e a história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei n. 11.645/08, será desenvolvida por meio de análises que envolvam a constituição genética da população brasileira, onde serão propostos trabalhos de pesquisa e investigação, com a intenção de resgate e valorização cultural. A educação ambiental, em concordância com a Lei n. 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos. Esta abordagem se dará de forma contextualizada em relação aos conteúdos estruturantes, de tal forma que os conteúdos específicos sobre as questões ambientais não sejam trabalhados isoladamente. Busca-se uma educação que seja crítica, cuja característica central é a problematização dos conhecimentos. Problematizar implica discutir os conteúdos de forma a gerar indagações e não de forma enciclopédica e mecânica. A Escola do Campo hoje tem esse poder: levar o homem do campo a reconhecer-se agente ativo na transformação desta realidade, o que o levará a conviver melhor e com mais prazer no meio rural. Os conteúdos, trabalhados de forma não-linear, proporcionam ao aluno a possibilidade de desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar, estimar, justificar, argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimuladas no aluno a intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo. Atentar para a existência de inúmeros outros espaços de conhecimento, além daquele tradicionalmente reservado para a escola, significa tomar consciência dos estreitos limites em que trabalha a escola relativamente à complexidade da sociedade pós-moderna. Nesse sentido, a escola tem um importante papel a desempenhar, concentrando a sua atenção no processo de aprendizagem, isto é, na forma como as pessoas aprendem, e em suas necessidades efetivas de aprendizagem. As 148 mudanças que vêm ocorrendo em todos os campos do saber e na sociedade em geral, estão levando a escola a repensar o currículo . Nesta perspectiva de currículo, conhecimento e conteúdo, é fundamental trabalhar os desenvolvimentos sociodeducaionais: Educação Ambiental, Prevenção ao uso indevido de drogas, Relações Étnico-Raciais, Sexualidade e Violência na escola postos à escola hoje, bem como o ECA, o Estatuto do Idoso, entre outros, através de pesquisas, debates, filmes, textos , interpretação e análise de dados estatísticos, como forma de repensar a historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos sociais. Tanto os conhecimentos universais como os desafios do cotidiano podem e devem ser discutidos como expressões históricas, políticas e econômicas da realidade. 149 4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. “Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma etapa isolada”. ( Libâneo 1994, p.200). No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica. Assim, a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar e desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002). Para avaliar a cada momento, o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica , através de instrumentos como: relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas, provas escritas, seminários, participação em debates e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem, uti - 150 lizando-se de critérios previamente estabelecidos no Plano de Trabalho Docente, de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica , para a disciplina de Ciências, considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos , as diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos. No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. A avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos. O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos estão sendo compreendidos pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a necessária retomada do ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se recursos e es tratégias para que ocorra a aprendizagem dos conceitos que envolvem: • origem e evolução do universo; • constituição e propriedades da matéria; • sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos; • conservação e transformação de energia; • diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que vivem, bem como os processos evolutivos envolvidos. Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem realmente significativa para sua vida. Pensando na avaliação os meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso 151 de procedimentos de testagem, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor solicita aos alunos, gerando informações que possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais. A recuperação de estudos deve ser paralela aos conteúdos estudados, de acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. 152 5. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Educação Ambiental. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo . Curitiba: SEED, 2005. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba: SEED, 2005. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas . Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola . Curitiba: SEED, 2008. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - CIÊNCIAS. 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. 153 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL PROFESSORA: KÁTIA CILENE DOS SANTOS SANCHES PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA KALORÉ 2012 154 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 1.1 Dimensão Historia da Disciplina de Educação Física A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil, optou-se, nestas Diretrizes Curriculares, por retratar os movimentos que a constituíram como componente curricular. As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa, Sob a égide de conhecimentos médicos e da instrução física militar,a então denominada ginástica surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação como desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros, esse modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza, a agilidade e a resistência além de visar à formação do caráter, da auto disciplina, de hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico. O termo educação física escrito em letras minúsculas representa os diferentes conhecimentos sistematizados sobre práticas corporais que historicamente circunscrevem o cotidiano escolar, posteriormente, o termo será escrito em letras maiúsculas, o que representa a disciplina curricular de Educação Física, institucionalizada nas escolas brasileiras a partir do século IX. No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de Educação Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de idade e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto publicado pelo então Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos, Propõe também a criação do Conselho Superior de Educação Física com o objetivo de centralizar,coordenar e fiscalizar as atividades referentes ao Desporto e à Educação Física no país e também a elaboração do Método Nacional de Educação Física. (LEANDRO, 2002). Assim tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa etc. 155 1.2 - História da Educação Física De acordo com os filósofos a Educação física não é apenas algo artificial é, um conjunto de atividade física não competitivo mais sim com fim relativo, e tem como objetivo regular a saúde humana. Altrora as pessoas viam a educação física como algo apenas artificial onde não estabelecia a possibilidade de uma modificação anatômica, onde adquiria melhor qualidade de vida e saúde. Especialização é de suma importância dentro do curso de educação física porque a graduação é apenas um meio pelo qual podemos descartando a possibilidade de um profissional adquiri. Não estamos graduado mas sabemos que a especialização é necessária, através da medicina que podemos analisar nossos estados de saúde, ela pode avaliar os tipos de exercício ou esporte que podemos pratica. Sem estes conhecimentos muitas pessoas acabaram morrendo, sem ter conhecimentos de sua saúde, René máheu diz que Educação Física é cultura e um espetáculo esportivo, onde esta contida os seus valores como dança, teatro, música e jogo etc...Em outras palavras tal cultura esta contida no mundo artístico. dentro o desta nem todos tem mesmo desenvolvimento porque cada endivido reagem de uma forma, podemos ver que a cultura física ela é muito abrangente e não se limita. Quando falamos de jogo não falamos apenas de futebol porque o jogo não limita nu âmbito, por isso contribui para relaciona as pessoas entre as outras. Jogo pode ser uma atividade voluntária ou competitiva. Física no mundo esportivo é considerada uma grande atração conquista todo que o publico contemporâneo. no esporte o jogo não são apenas voluntário mais com o fim lucrativo e a uma grande competição. 1.3 - A Educação Física no Brasil A história da Educação Física no Brasil é muito rica, principalmente por estar intimamente ligada à política educacional adotada por cada governo, criando assim, de acordo com o período político um tipo de educação física. Em seu processo de introdução a Educação Física contou com a contribuição de vários setores diferenciados da sociedade como os colonos, imigrantes, militares, isto em diferentes momentos e partes do país, com o objetivo de proporcionar o lazer, a 156 formação corporal, e a disciplina, utilizando jogos, exercícios físicos, recreações e competições. A intenção não é aqui transformar as informações obtidas através da revisão de literatura feitas uma verdade absoluta sobre esta história. É importante observar todo o contexto político, econômico e social que atua diretamente na definição dos rumos da Educação Física, o objetivo aqui é, respeitando a opinião de cada autor citado tentar compreender e interpretar os fatos. 157 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esporte Jogos e Brincadeiras Dança Ginástica Lutas 2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos 6º Ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esportes Jogos e Brincadeira CONTEUDOS BÁSICOS Coletivos Individuais Jogos e Brincadeiras Populares Brincadeiras e Cantigas de Roda Jogos de Tabuleiro Jogos Cooperativos Dança Danças Folclóricas Danças de Rua Danças Criativas Ginástica Ginástica Rítmica Ginástica Circense Ginástica Geral Lutas Lutas de Aproximação Capoeira 7º Ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esportes Jogos e Brincadeira Dança CONTEUDOS BÁSICOS Coletivos Individuais Jogos e Brincadeiras Populares Brincadeiras e Cantigas de Roda Jogos de Tabuleiro Jogos Cooperativos Danças Folclóricas Danças de Rua Danças Criativas Danças Circulares 158 Ginástica Lutas Ginástica Rítmica Ginástica Circense Ginástica Geral Lutas de Aproximação Capoeira 8º Ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esportes Jogos e Brincadeira CONTEUDOS BÁSICOS Coletivos Radicais Jogos e Brincadeiras Populares Jogos de Tabuleiro Jogos de Dramático Jogos Cooperativos Dança Danças Criativas Danças Circulares Ginástica Ginástica Rítmica Ginástica Circense Ginástica Geral Lutas Lutas com Capoeira Instrumento Mediador 9º Ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esportes Jogos e Brincadeira CONTEUDOS BÁSICOS Coletivos Radicais Jogos de Tabuleiro Jogos Dramáticos Jogos Cooperativos Dança Danças Criativas Danças Circulares Ginástica Ginástica Rítmica Ginástica Geral Lutas Lutas com Instrumento Mediador Capoeira 2.1 Elementos Articuladores dos Conteúdos Estruturantes para a Educação Básica Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido tratados na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as práticas 159 corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos elementos articuladores,tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos paralelos, nem tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada. Como articuladores dos conteúdos, podem transformar o ensino da Educação Física na escola, respondendo aos desafios anteriormente descritos. Nestas Diretrizes, propõem-se os seguintes elementos articuladores: • Cultura Corporal e Corpo; • Cultura Corporal e Ludicidade; • Cultura Corporal e Saúde; • Cultura Corporal e Mundo do Trabalho; • Cultura Corporal e Desportivização; • Cultura Corporal – Técnica e Tática; • Cultura Corporal e Lazer; • Cultura Corporal e Diversidade; • Cultura Corporal e Mídia; 160 3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nestas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais. O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas reflexões. Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na desportivização das práticas corporais. No entanto, esse conhecimento é transmitido e discutido com o aluno, levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que os fatos estão inseridos. Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo “teórico”, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e a reflexão sobre o movimento corporal. Ao trabalhar com o conteúdo estruturante, pode inserir questões envolvendo as diversas dimensões sociais em jogos que requeiram maior capacidade de abstração por parte do aluno. Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física na Educação Básica, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento escoalr. 161 Apresentação dos conteúdos sistematizados, para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo, assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática corporal. É possível efetivar um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de ensino/aprendizagem, transformando-se intelectual e qualitativamente em relação à prática realizada. Com conteúdo específico, a capoeira pode também vir a ser excludente, caso não sejam respeitadas as limitações e possibilidades corporais, sociais e culturais de cada aluno. O objetivo é que os alunos compreendam com a capoeira, que outrora foi uma manifestação cultural e de libertação com a singularidade de cada participante, além da possibilidade de vivenciar a capoeira, sem preocupação com a técnica como parâmetro único e exclusivo. Deve se reconstruir, com os educandos, os movimentos da capoeira, com a representação da presa e do predador, sob o enfoque do respeito pelas possibilidades físicas de cada um, o que significa que qualquer aluno pode praticar capoeira, sem necessidade de conhecimento prévio, ou de ter participado de algum grupo. O papel da educação Física é desmitificar formas arraigadas e não refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento sistematizado, como oportunidade para para reelaborar ideias e atividades que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida. É preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer. Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro- 162 descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos. No desenvolvimento das atividades durante as aulas de Educação Física, serão utilizados recursos como : Slides, DVDs, CDs, TV Pendrive, recortes de filmes, vídeos, imagens, internet, músicas, bolas, cones, cordas, elásticos, bambolê, rede, dentre outros. O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades. 163 4. AVALIAÇÃO A avaliação caracteriza-se, nesta proposta, como elemento integrador entre aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de construção de conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de atuações que tenha função de diagnosticar, de perceber o domínio dos conteúdos, de superar as dificuldades através da realimentação dos conteúdos e de apreciar criticamente o próprio trabalho. Para o aluno é um instrumento de tomada de consciência das suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à necessidade de sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como forma sistemática de valorização e reflexão, representando a forma concreta de apropriação por parte dos alunos, do conhecimento socialmente construído, revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste conhecimento estão sendo valorizados. Ao selecionar os instrumentos de avaliação que serão empregados poderão ser levantados, além dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e subjetivos relacionados aos resultados, suas relações com diferentes contextos de aplicação e o significado que esses trarão para a construção do conhecimento pessoal do aluno e para a coletividade à qual pertence. Inicialmente far-se-á a Avaliação Diagnóstica para detectar o grau de conhecimento e de dificuldades do educando. A avaliação deve se materializar em cada aula, (Observação Constante Do Aluno Feita Pelo Professor) considerando sua aplicação e conseqüência pedagógica, política e social, referenciada nos interesses individuais e coletivos, ampliando as possibilidades corporais. Essas possibilidades envolvem aspectos de conhecimento, habilidades, desempenho no conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais, considerados dentro da concepção da totalidade humana, isto é, da concepção de que o aluno é um ser uno e único e de que ambos, professor e aluno assumirão responsabilidades na perspectiva de uma avaliação participativa. 164 A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas. De acordo com o regime escolar do Colégio Estadual Alvorada da Infância sendo que o processo somativa e acumulativa será composto pela somatória das notas 6,0 (seis vírgula zero) referentes ás atividades diversificadas realizadas (tarefas, trabalhos, seminários, aula pratica, desempenho do aluno no conteúdo proposto, participação nas aulas teóricas, mais 4,0 (quatro vírgula zero), resultados de avaliações como provas escritas, testes e pesquisas, totalizando média final 10,0 ( dez virgula zero). A recuperação dos estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples, os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então é preciso investir em todas as estratégia e recursos possível para que ele aprenda. A recuperação e justamente isso, o esforço de retomar de volta os conteúdos, de modificar os encaminhamentos metodológicos para assegurar a possibilidade de aprendizagem, neste sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdos Assim, a avaliação do professor ensino-aprendizado, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação, elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumento e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes varias oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos. Por fim, destaca – se, que a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser uma escola solitária do professor,a discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da escola, para que todos, direção, equipe pedagógica, pais e alunos), assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante para formação dos alunos. A avaliação, conforme estabelecido, no projeto político pedagógico da escola, subsidia o professor com elemento para uma reflexão continua para a sua 165 prática, ele deve ser contínuo cumulativo e processual devendo refletir o desenvolvimento global do educador e considerar as características individuais deste, no conjunto dos componentes curriculares cursados, com prepondência dos aspectos qualitativos. A recuperação dos estudos, direitos dos alunos, dar - se á de forma permanente e constantemente ao processo de ensino aprendizagem. Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, utilizando formas de expressão que favoreçam a integração grupal, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade. Organiza e pratica atividades de cultura corporal, de movimento, demonstrando capacidade de adaptá-las favorecendo a inclusão de todos; Reconhece algumas das diferentes manifestações da cultura corporal de movimento. Percebe os limites e possibilidades do próprio corpo de forma a, poder controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e, a valorizá-las como recurso para melhoria de sua aptidão física. 166 5. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: EDUCAÇÃO FÍSICA. Curitiba: SEED, 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. 167 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL PROFESSORA: MARLI DE FÁTIMA BURANELLO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO KALORÉ 2012 168 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Este breve histórico legal da disciplina, pretende apresentar, comparativamente, a extensão pedagógico da atual proposta de Ensino Cultural e Religioso no Estado do Paraná . A primeira forma de inclusão dos temas religiosos na educação brasileira, que se perpetuou até a Constituição da República em 1891, pode ser identificada nas atividades de evangelização promovidas pela Companhia de Jesus e outras instituições religiosas de confissão católica. Com o advento da República, contudo, e do ideal positivista de separação entre Estado e Igreja, todas as instituições e assuntos de ordem pública e consequentemente a educação do povo foram incumbidos da tarefa de se reestruturar de acordo com o critério de laicidade interpretada no sentido de neutralidade religiosa . Em 1934, o Estado Novo procurou pôr fim a esta querela com a introdução da disciplina de Ensino Religioso nos currículos da educação pública, salvaguardando o direito individual de liberdade de credo. Apresentou, em forma de lei, uma proposta de ensino da temática religiosa que, por um lado, garantisse a existência de uma disciplina desse teor na educação pública e que, por outro lado, mantivesse um caráter facultativo para os estudantes não católicos. Quando o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprido do inciso IV do artigo 168 da Constituição de 1967: o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e médio. Foi aberta, então, a possibilidade de reelaboração da disciplina em função de uma perspectiva aconfessional de ensino. A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se concretizou legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua respectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475. Para viabilizar a proposta de Ensino Religioso no Paraná, a Associação Interconfessional de Curitiba ( Assintec ), formada por um grupo de caráter ecumênico, preocupou-se com a elaboração de material pedagógico e cursos de formação continuada. 169 Em 1976, pela Resolução n. 754/76, foram autorizados cursos de atualização religiosa em catorze municípios do Estado, com o apoio da Associação das Escolas Católicas . No ano de 1987 teve início o curso de Especialização em Pedagogia Religiosa, com carga horária de 360 h/a, numa parceria da SEED, Assintec e PUC/PR, voltado à formação de professores interessados em ministrar aulas de Ensino Religioso. Na década de 1980, no processo de redemocratização do país, as tradições religiosas asseguram o direito à liberdade de culto e de expressão religiosa. Nessa conjuntura, o Estado do Paraná elaborou o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná, em 1990. Na primeira edição do documento, o Ensino Religioso não foi apresentado como as demais disciplinas. Dois anos depois, foi publicado um caderno para o Ensino Religioso,conforme os moldes do Currículo Básico. Sua elaboração, no entanto, ficou sob a responsabilidade da Assintec, com a colaboração da SEED. No período entre 1995 e 2002, houve um enfraquecimento da disciplina de Ensino Religioso na Rede Pública Estadual do Paraná. Na reorganização das matrizes curriculares do Ensino Fundamental, realizada nesse período, o Ensino Religioso foi praticamente extinto, mesmo diante da exigência legal de sua oferta pela LDBEN 9.394/6. No final de 2005, a SEED encaminhou os questionamentos oriundos desse processo de discussão com os Núcleos Regionais de Educação e com os professores ao Conselho de Educação. Em 10 de fevereiro de 2006, o mesmo Conselho aprovou a Deliberação n. 01/06, que instituiu novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino no Paraná. Nessa perspectiva, a SEED sustentou um longo processo de discussão que resultou, em fevereiro de 2006, na primeira versão das Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para Educação Básica. O resultado final, mas não conclusivo, deste processo é a proposta de implementação de um Ensino Religioso laico e de forte caráter escolar. A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo o Sagrado, e diz respeito à diversidade cultural e religiosa; as diferentes leituras do Sagrado na sociedade, em que haja a compreensão sobre a sua religiosidade e a do outro, na 170 diversidade universal do conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o sagrado que enfoca: paisagem religiosa; universo simbólico; textos sagrados, os quais serão trabalhados através dos seguintes objetivos: Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas construídas na cultura do povo sobre o fenômeno religioso. Promover aos educandos a oportunidade de escolarização fundamental, para se tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, de modo a colaborar com a formação da pessoa. Valorizar a diversidade religiosa em todas as suas formas, levando em consideração a composição variada de grupos na sociedade brasileira, permitindo desta forma aos educandos, a reflexão e entendimento sobre a constituição cultural dos grupos sociais e seu relacionamento com o sagrado. Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e expressão. 171 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Paisagem Religiosa Uma paisagem religiosa define-se pela combinação de elementos culturais e naturais que remetem a experiência com o sagrado e a uma série de representações sobre o transcendente e o imanente, presentes nas diversas tradições culturais e religiosas. A paisagem religiosa pode ser constituída, predominantemente, por elementos naturais ou por elementos arquitetônicos e está, essencialmente, carregada de um valor sagrado. Universo Simbólico Religioso Universo Simbólico Religioso pode ser visto como o conjunto de linguagem que expressa sentidos, comunica e exerce papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição das diferentes religiões no mundo. Textos Sagrados Os textos sagrados expressam ideias e são o meio de dar viabilidades à disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e manifestações religiosas, o que ocorre de diversas maneiras. 2.1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES SÉRIE CONTEÚDOS BÁSICOS Organizações Religiosas Lugares Sagrados 5ª Série/6º Ano Paisagem Religiosa Universo Simbólico Religioso Textos Sagrados Textos Sagrados orais ou escritos Símbolos Religiosos 6ª Série/7º Ano Temporalidade Sagrada Festas Religiosas Ritos Vida e Morte 172 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA A disciplina de Ensino Religioso pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão esse trabalho, onde poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas. Partindo da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios, o conteúdo será trabalhado a fim de ampliar e valorizar o universo cultural dos educandos. Tendo como base o estudo do sagrado, os conteúdos devem ser tratados interdisciplinarmente, pois isso é fundamental para efetivar a contextualização do conteúdo, pois articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso. Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito se faz necessário abordar cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso, de uma forma clara, objetiva e critica. Oportunizar reflexão e análise através de conteúdos, destacando-se os aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade sociocultural. As aulas serão dialogadas, estabelecendo relações entre o que ocorre na sociedade. Assim, o professor estabelecerá uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações religiosas, tomando-as como construções históricosociais e patrimônio cultural da humanidade. Ao considerar a diversidade de referenciais teóricos para suas aulas, torna-se recomendável que o professor dê prioridade às produções de pesquisadores da respectiva manifestação do Sagrado em estudo para evitar fontes de informação comprometidas com interesses de uma ou outra tradição religiosa. Tal cuidado é importante porque, como estratégia de valorização da própria doutrina ou como meio de atrair novos adeptos, há produções de cunho confessional que buscam legitimar seus pressupostos e, por essa razão, desqualificam outras manifestações. É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade sociocultural. Portanto, para a efetivação do processo pedagógico na disciplina de Ensino 173 Religioso, propõe que seja destacado o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das diferentes culturas, nas quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas. Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos. 174 4. AVALIAÇÃO A disciplina de Ensino Religioso não possui atribuição de nota, assim, não se constitui como o objeto de reprovação, pois a disciplina é facultativa para o aluno. Porém, faz necessário a prática de avaliações que permitam ao professor acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno, identificando em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos. A disciplina de Ensino Religioso pode avaliar, pela observação sistemática, durante as atividades: em que medida, o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que possuem opções religiosas diferentes da sua; aceita as diferenças, reconhecendo o fenômeno religioso como um dado da cultura e da identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados ao referir-se às diferentes manifestações do Sagrado. Através desta avaliação, o professor terá elementos para planejar as intervenções no processo de ensino-aprendizagem, retomando lacunas identificadas e dimensionando os níveis de aprofundamento, que deverão ser adotadas, como também reorganizar seu trabalho pedagógico, a partir do objeto de estudo e os conteúdos estruturantes. Os avanços dos alunos, a apropriação dos conteúdos será registrada de forma diferenciada das outras disciplinas, com parecer registrado pelo professor após cada conteúdo trabalhado, permitindo dessa forma que os pais ou responsáveis, a escola e o próprio aluno, possa acompanhar essa evolução. 175 5. REFERÊNCIAS BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994. COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso In: JUQUEIRA, Sérgio: WAGNER, Raul (Orgs). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Chanpagnat, 2004. DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989. ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1992. _______. Tratado de história das religiões. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Ensino Religioso. Curitiba: Seed, 2008 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. KALORÉ/JUSSIARA -PR REGIMENTO INTERNO. COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA- ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. KALORÉ- PARANÁ. 176 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: BIOLOGIA NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROFESSORA: ANA MÁRCIA LABEGALINI STENCEL MARLÍ DE FÁTIMA BURANELLO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA KALORÉ 2012 177 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Geografia, antes de ser uma ciência, surgiu como necessidade humana, a partir da observação da natureza. Necessidade esta mesclada de valores, que muitas vezes deixou de ser uma questão de sobrevivência, tornando-se fruto das mentalidades humanas na busca por novos espaços, riquezas e glórias. Construída no decorrer da evolução da humanidade, aprimora-se conforme os desejos que impulsionavam os seres humanos e os assuntos que mais tarde constituiriam parte do conhecimento disciplinar da Geografia tornaram-se preocupação dos Estados, sociedades e pensadores, interessados por diferentes razões, em conhecer o espaço geográfico. Temas como comércio, formas de poder, organização do Estado, produtividade natural do solo, recursos minerais, crescimento populacional, formas de representação de territórios e extensões de territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais. Porém, somente em fins do século XVII, esses temas começaram a passar pelo “olhar objetivador da ciência”. Mesmo sendo um saber tão antigo quanto à própria história dos homens, o atual discurso da Geografia é produto final dos embates que dominam as relações entre os imperialismos alemão e francês ao longo do século XIX, havendo uma luta entre concepções divergentes a respeito da forma como se dá a relação entre o homem e o meio. A Geografia nasce colada, de um lado, às lutas democráticas que se desenrolam nas cidades gregas e atravessam praticamente toda a sua história. A Geografia que irá desenvolver será a que veremos servindo ao Estado, concebida com relatos e mapas. A relação feudalista/capitalista surge como questão do espaço, temas como o domínio e a organização do espaço, a apropriação do território, a variação regional, entre outros, estarão na ordem do dia na prática da sociedade alemã e as primeiras colocações no sentido de uma Geografia sistematizada foram de Humboldt e Ritter, que criam uma linha de continuidade no pensamento geográfico. Dos romanos à “idade da ciência” (século XVIII-XIX) a Geografia terá sua imagem alinhada como um inventário sistemático de terras e povos. A história da 178 Geografia é um salto fantástico no tempo e no espaço. Só a partir século XVIII é que se desenvolvem as “escolas”. Portanto, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela interrelação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996). Para compreensão do espaço geográfico essa ciência/disciplina possui um quadro conceitual de referência: paisagem, região, lugar, território, natureza e sociedade. Assim, promove uma análise espacial sob a abordagem natural, histórica, econômica, cultural e política, levando em consideração as diferentes formas de organização do espaço nas escalas local, regional, nacional e mundial. A Geografia contribui para a formação de uma consciência espacial para a prática da cidadania. Consciência espacial como sinônimo de perceber o espaço como um elemento importante de nossa organização social, presente no nosso cotidiano. Cidadania entendida aqui como uma pessoa que, sabendo de seu mundo, procura influenciá-lo, organizando-se coletivamente na busca, não só dos seus direitos, mas também lutando por uma organização de uma sociedade mais justa e democrática. 179 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS 2.1 CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. As diversas regionalizações do espaço geográfico. 7º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS A formação, mobilidade das fronteiras reconfiguração do território brasileiro. Dimensão econômica do espaço geográfico e a A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. As diversas regionalizações do espaço brasileiro. Dimensão política do espaço geográfico As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. 180 Dimensão socioambiental do espaço geográfico Movimentos migratórios e suas motivações. O espaço rural e a modernização da agricultura. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações. 8º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS As diversas regionalizações do espaço geográfico. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano. Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico A nova ordem mundial, os supranacionais e o papel do Estado. territórios O comércio em suas implicações socioespaciais. A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. A distribuição espacial das atividades produtivas, (re)organização do espaço geográfico. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. O espaço rural e a modernização da agricultura. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. 181 9° ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES As diversas regionalizações do espaço geográfico. A nova ordem mundial, os supranacionais e o papel do Estado. Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico territórios A revolução tecnico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O comércio socioespaciais. mundial e A formação, mobilidade das reconfiguração dos territórios. as implicações fronteiras e a A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. Os movimentos mundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. 2.1 CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS A formação e transformação das paisagens. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. Dimensão econômica do espaço geográfico A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. Dimensão política do espaço A revolução técnico-científica-informacional e os 182 geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico novos arranjos no espaço da produção. O espaço rural e a modernização da agricultura. O espaço em rede: produção, transporte comunicação na atual configuração territorial. e A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. Dimensão socioambiental do espaço geográfico Formação, mobilidade das reconfiguração dos territórios. fronteiras e a A relação entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. O comércio e as implicações socioespaciais. As diversas regionalizações do espaço geográfico. As implicações socioespaciais do processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. 183 3. MEDOTOLOGIA DA DISCIPLINA Pimenta (2005) aponta a necessidade “de que para saber ensinar não basta a experiência e os conhecimentos específicos, mas se fazem necessários os saberes pedagógicos e didáticos” (2005, p. 24). Nesta afirmativa se torna explícito o quanto a metodologia está relacionada com a prática e a didática, que podem levar ou não o aluno a aprendizagem, lhe apontando através deste conjunto, e da práxis, as melhores formas de aprender e utilizar o aprendido na vida cotidiana “[...] Os saberes da experiência são também aqueles que os professores produzem no seu cotidiano docente, num processo permanente de reflexão sobre sua prática, mediatizada pela de outrem. ,[...]” (PIMENTA, 2005, p. 20) A Geografia, na sua perspectiva metodológica, deve assumir uma postura de mudança, de repensar velhas formas de ver o mundo, de buscar novos sentidos para existência humana, de resgatar a vida em todas as suas dimensões e de se assumir como parte integrante desta sociedade e responsável pelo seu futuro. Cabendo, assim à Geografia a função de preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem uma certa passividade aos indivíduos. A escola é o espaço para que a criança tenha acesso aos conhecimentos produzidos pelo conjunto da humanidade de forma sistematizada. É tarefa do professor ensinar o aluno a estabelecer uma relação consciente do conhecimento científico, a partir da prática social, para que seja um agente de transformação social. Cabe ao professor ter uma postura investigativa de pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutivista de mundo - não somente de sua parte, mas em conjunto com os alunos - tendo em vista sua função enquanto agente transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade. É necessário um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos da Geografia, com os quais ele possa ler e interpretar o espaço, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem. Esse contexto exige que o professor empreenda uma educação que contemple a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo atual em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, 184 informações e capitais é uma realidade. Considera-se que o campo das teorias críticas possibilita o ensino de Geografia, com base na análise e na crítica das relações socioespaciais, nas diversas escalas geográficas, do local ao global, retornando ao local. Portanto, a realidade local e paranaense deve ser consideradas, sempre que possível, isto é, a inclusão do estudo da geografia do município e do Paraná, tanto no ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. Quanto ao Ensino Médio, o estudo geográfico será desenvolvido de maneira a levar o aluno a compreender sua posição no conjunto das relações natureza/sociedade; ao entendimento da articulação existente entre o espaço local e o mundial; permitir aquisição de conhecimentos necessários a um comprometimento com o destino das gerações futuras, compreender os avanços tecnológicos indispensáveis no desenvolvimento social, cultural e científico da humanidade; despertar o sentimento de cidadania e sua conquista, além do comprometimento nas relações entre sociedade/natureza. A abordagem adotada tem como finalidade o desenvolvimento de um estudo onde as partes componentes, natureza e sociedade, estejam interligadas proporcionando condições para investigação e entendimento. É importante a conscientização do aluno de que a natureza é transformada em produto, através do trabalho humano e que seu relacionamento com ela é que assegurará sua própria existência. Espera-se que com a apropriação dos conteúdos propostos, que o aluno possa ter domínio dos conceitos básicos da Geografia e que possa contribuir para o desenvolvimento da capacidade de observação e de análise crítica do mundo em que vive. Que possa partir da realidade próxima para terem sustentabilidade para exploração da totalidade – natureza e sociedade. O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação (CAVALCANTI, 1998). No ensino de Geografia, tal abordagem deve considerar o conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao conhecimento científico no sentido de superar o senso comum. Como recursos pedagógicos/tecnológicos, serão usados livro didático, livros paradidáticos, texto de jornal, revista científica, TV Pendrive, computador, 185 retroprojetor, DVD, etc. Além de aulas de campo, destaca-se o uso da linguagem cartográfica (signos, escala e orientação), visitas, excursões e outras atividades extra classe, exposição oral, leitura de gráficos e mapas, uso de trechos de vídeos, músicas (paródias) poesias, análise de imagens, maquetes, etc. É importante destacar a obrigatoriedade de se contemplar a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, conforme Lei 10.639/03 e da História e Cultura dos Povos Indígenas, conforme Lei 11.645/08 e a Lei 9795/99 - Política Nacional de Educação Ambiental; Também serão tratados temas relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos: Cidadania e Direitos Humanos; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de Drogas; Educação Ambiental (já citada-Lei); Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo. A Educação do Campo pensa o campo e sua gente, seu modo de vida de organização do trabalho e do espaço geográfico, de sua organização política e de suas identidades culturais, suas festas e seus conflitos. Esta visão do campo como um espaço que tem suas particularidades e que é ao mesmo tempo um campo de possibilidades da relação dos seres humanos com a produção das condições de existência social conferem à Educação do Campo o papel de fomentar reflexões que acumulem força e espaço no sentido de contribuir na desconstrução hierárquica que há entre campo e cidade. A Educação do Campo procura romper com a alienação do território, construindo conhecimentos a partir da relação local – global – local. 186 3. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em 1996, determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados obtidos pelos estudantes ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados que a nota da prova final. “Essa nova forma de avaliar põe em questão não apenas um projeto educacional, mas uma mudança social”, afirma Sandra Maria Zákia Lian Souza, da faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. “A mudança não é apenas técnica, mas política”. Tudo porque a avaliação formativa serve a um projeto de sociedade pautado pela cooperação e pela inclusão, em lugar da competição e da exclusão. Uma sociedade em que todos tenham o direito de aprender. Para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial conhecer cada aluno e suas necessidades. Assim o professor poderá pensar em caminhos para que todos alcancem os objetivos. O importante, diz Janssen Felipe da Silva, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, não é identificar problemas de aprendizagem, mas necessidades. Portanto, existe a “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos”. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). De acordo com o Regimento Escolar e o projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de Ensino, a avaliação se dará mediante a análise processual do desempenho do aluno, durante as atividades propostas no valor de 6,0 (seis vírgula zero), somandose as atividades de sala e extraclasse, participação em debates, análises escritas e orais, etc., e nota 4,0 (quatro vírgula zero), na avaliação bimestral, em forma de prova, em atividades diversificadas, tais como: Sendo assim, a avaliação deverá ser contínua, permanente e cumulativa, definindo os propósitos e a dimensão do que se avalia, que contemple diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e produção de textos 187 geográficos; leitura e interpretação de fotos, paisagens e principalmente diferentes tipos de mapas; pesquisas bibliográficas, aulas de campo entre outros, em que uma das finalidades seja a apresentação de seminários; leitura e interpretação de diferentes tabelas e gráficos; relatório de experiências práticas de aulas de campo ou laboratório; construção de maquetes; produção de mapas mentais, entre outros. A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em cada atividade proposta. A avaliação deve ser um processo não-linear de construções e reconstruções, assentado na interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo - professor e aluno. Os critérios de recuperação de estudos deverão ser paralela e concomitante, contemplar também o que preceitua o projeto político pedagógico e o regimento escolar de cada estabelecimento de ensino. Para cada conteúdo precisa-se ter claro o que se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar. Deliberação 007/99: Art. 10 – O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação mediante recuperação de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento. Art. 11 – A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos. O Regimento Escolar deste estabelecimento cita que “A Recuperação de estudos é direito dos alunos, independente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos”. Será feita mediante retomada dos conteúdos, conforme a necessidade. 188 5. REFERÊNCIAS BRASIL, Lei n. 9394 de 20/12/1996. Estabelece Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Dezembro de 1996. CAVALCANTI, L. de S. Geografia, escola e construção de conhecimento. Campinas: Papirus, 1998. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Biologia. Curitiba: SEED, 2008. PELLEGRINI, Denis. Avaliar para ensinar melhor. Revista Nova Escola. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. 189 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: HISTÓRIA NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL PROFESSORA: MARLI DE FÁTIMA BURANELLO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA KALORÉ 2012 190 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O ensino de História contribui fundamentalmente para a edificação da capacidade de pensar historicamente, no que diz respeito à percepção da historicidade de todas as coisas desde a concepção de História como obra humana, até a capacidade de avaliar corretamente as determinações, possibilidades do momento histórico vivido. É através da História, que ocorre a promoção da auto-estima dos educandos, independentemente da sua pertença aos diferentes referenciais identitários (identidades étnicas, identidade políticos territoriais, como imigrantes de nações já constituídas, de gênero, religiosas, etc.), considerando e valorizando essas origens, sem idealizar, entretanto, o passado e nem pretender uma postura conservadora que simplesmente reproduza as identidades estabelecidas, desconsiderando seu diálogo com o presente e com o futuro. O Ensino de História auxilia na construção do conhecimento e no respeito ao outro, com o qual se convive pessoalmente e com o qual se convive enquanto coletividade (outras regiões, culturas e nações), trata-se do respeito à diversidade e estímulo ao diálogo e às nações colaboradoras. Cabe à História, a construção da consciência histórica do homem, sujeito de uma sociedade marcada por diferentes e desigualdades múltiplas, em constante reconstrução, passível, portanto, de questionamentos, dúvidas e contestações. 191 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Para a seleção dos conteúdos a serem trabalhados no Ensino Fundamental, deve-se levar em conta que os conceitos utilizados na disciplina de História são historicamente construídos, tendo pôr sua vez, uma forte relação com o processo de surgimento e constituição das diversas formações sociais. Estes conceitos são instrumentos que permitem ao professor e ao aluno refletir sobre a prática, construindo assim, a percepção da formação da consciência histórica nesses sujeitos. Os conteúdos estruturantes da História foram definidos como: Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais Os mesmos deverão ser trabalhados dentro de uma perspectiva temática (historiografia temática), que permitirá a abordagem da história em diferentes épocas e espaços físicos, mas com relações reflexivas semelhantes no processo do conhecimento histórico. 2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos SÉRIE 6º Ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Relações de Trabalho A experiência humana no tempo Relações de Poder Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo Relações Culturais As culturas locais a cultura comum As relações de propriedade Relações de Trabalho 7º Ano A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. Relações de Poder Relações Culturais As relações entre o campo e a cidade Conflitos e resistências e 192 produção cultural campo/cidade História das relações da humanidade com o trabalho 8º Ano Relações de Trabalho O trabalho e a vida em sociedade Relações de Poder Relações Culturais O trabalho e as contradições da modernidade Os trabalhadores e as conquistas de direito Relações de Trabalho 9º Ano A constituição das instituições sociais Relações de Poder A formação do Estado Relações Culturais Sujeitos, Guerras e revoluções 193 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Sendo necessária a implantação das Diretrizes Curriculares em sala de aula, torna-se importante que o processo de construção do conhecimento histórico, e da consciência histórica, ou seja, como são produzidos, relativos às ações e relações humanas, praticada no tempo e o sentido que foram dadas a elas de forma consciente ou não. Para estudá-las o historiador adota um método de pesquisa que passa a problematizar o passado, e buscar por meios de documentos, e perguntas, respostas às suas indagações. A partir disso, o pesquisador produz uma narrativa histórica cujo desafio é contemplar a diversidade das influências políticas, sociais, econômicas e culturais, possibilitando que os alunos valorizem e contribuem para a preservação de documentos, lugares de memória, como museus, bibliotecas, acervos privados e públicos, de fotografias, documentos escritos, em audiovisuais, entre outros, através do manuseio cuidadoso de documentos que podem constituir fontes de pesquisas ou pelo conhecimento do trabalho dos pesquisadores. O conhecimento histórico e sua apropriação pelos alunos são processuais, e, desse modo, é necessário que o conceito seja constantemente retomado. Na adoção de um encaminhamento metodológico, o professor terá que ir além do livro didático, já que as explicações nele apresentadas são limitadas, por isso a necessidade da busca de outros referenciais que complementem o conteúdo tratado em sala de aula, exigindo que o professor esteja atento a rica produção historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas especializadas e outras voltadas ao público em geral, muitas das quais disponíveis também nos meios eletrônicos. O Ensino de História deve contemplar a legislação vigente/ Desenvolvimento Socioeducacional, referente a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola. 194 O uso da biblioteca também é fundamental, cabendo ao professor orientar os alunos no conhecimento do acervo específico, as obras que podem ser consultadas, incluindo os bons hábitos de manuseio e conservação das obras. É tarefa de o professor investigar nos alunos, suas capacidades de questionar e criticar conteúdos e as abordagens existentes no contexto consultado, de modo que constituam gradativamente, autonomia na busca do conhecimento. 195 4. AVALIAÇÃO A Avaliação do Ensino de História é processual e diagnóstica, subsidia todo o processo ensino-aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo clareza quanto ao como retornar conteúdos ou conceitos que visam as mudanças de atitudes. Como um processo, acompanha as práticas de Ensino a partir da reflexão crítica nos debates, textos, participação em pesquisas de campo, produção e análise escrita. Pontos fundamentais que demonstram articulação entre fontes conceituais e a prática vivida pelo cotidiano do aluno. Mediante a análise processual do desempenho do aluno, torna-se viável no ensino de História a recuperação paralela ao estudo dos conteúdos que prevê e provê meios para a superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas e significativas, coerentes ao contexto sociocultural, político e ambiental. De acordo como regimento escolar e o PPP o sistema de avaliação adotado pelo estabelecimento de ensino é bimestral e será composto pela somatória 6,0 (seis vírgula zero) referente as atividades diversificadas, mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) proveniente de uma prova escrita e/ou oral, totalizando nota final de 10,0 (dez vírgula zero). A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com atividades significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional as avaliações como um todo, ou seja, equivalerá de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero) de apreensão e retomada dos conteúdos. 196 5. REFERÊNCIAS Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - HISTÓRIA. 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. CADERNOS TEMÁTICOS: História da cultura afro-brasileira e africana. 197 COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL PROFESSORA: DARCI ARAVECHI FERREIRA BURANELO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA KALORÉ 2012 198 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O ensino da Língua Portuguesa, desde sua implantação no Brasil, sempre atendeu aos interesses das classes dominantes; estando, portanto, carregado de ideologias e pressupostos de subordinação das classes menos favorecidas. Diante de tal realidade, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná de Língua Portuguesa, propõem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas. Com isso, a Língua Portuguesa torna-se importante porque é através da linguagem que o homem se reconhece como humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da sociedade. A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica e socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição humana, ela pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho. Desse modo, esta proposta curricular fundamenta-se na concepção que norteia o ensino de Língua Portuguesa, que é a sociointeracionista, em que se privilegia construção e reconstrução verbal e não verbal, a socialização dos conhecimentos; considerando a relação dialógica e o contexto de produção. Logo, o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteúdo estruturante é o discurso enquanto prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita. Conceituar a Língua Portuguesa, diante de uma escola de campo, torna-se necessário resgatar a identidade cultural dos alunos, que vivem no campo e enfrentam os obstáculos que a realidade impõe. Com isso, deve-se pensar o currículo como orientações para o professor e assim garantir uma maior atenção à diversidade, valorizando a expectativa, o interesse, a interação e os objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as necessidades do alunado e ao ritmo de aprendizado, na sociedade, em relação à Língua Materna; possibilitando, assim, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, para que os mesmos sintam-se inseridos no processo de 199 ensino e aprendizagem. A cultura afro merece destaque na Língua Portuguesa, levando em consideração o contexto racial, a diversificação e a miscigenação, vivenciando através de mimese situações reais: músicas, poesias, teatro, filmes, obras literárias, pesquisas da cultura afro, debates, textos diversificados e produção textual bem como, mostra cultural. Nesse sentido, compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas, é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento construtivo dessas múltiplas relações e nela se constitui continuamente”. Visto que a língua é um instrumento de construção da identidade e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania. E para tanto, os Desafios Educacionais Contemporâneos devem integrar o trabalho docente durante todo o ano letivo. Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca: Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles; Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura; Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico discursivos; Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, leitura e escrita; Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão; Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial. 200 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS 2.1 - Conteúdo Estruturante O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita. 2.2 - Conteúdos Básicos 6º ANO Gêneros discursivos: álbuns de família, bilhetes, cartas, cartões postais, diálogos, convites, fotos, relatos e experiências vividas, contos de fada, fábulas, histórias em quadrinhos, letras de músicas, narrativas de aventura, cartazes, rótulos/embalagens e depoimentos. Leitura: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; • Repetição proposital de palavras; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Escrita: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Argumentatividade; 201 • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Divisão do texto em parágrafos; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. Oralidade: • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 7º ANO Gêneros discursivos: textos visuais: esculturas, fotos, desenhos e pinturas; mitos, lendas, narrações descritivas, crônicas, contos, narrativas de aventuras, poemas, tiras, historias em quadrinhos, peças teatrais, entrevistas, letras de música, paródias, artigos de opinião, debates, reportagens. Leitura: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Aceitabilidade; 202 • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Informações explícitas e implícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Escrita: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. Oralidade: • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; 203 • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 8º Ano Gêneros discursivos: causos, comunicados, convites, provérbios, narrativas fantásticas, textos dramáticos, debates, classificados, mapas, notícia, músicas, carta de emprego, regimentos, telenovelas e blogs, cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens. Leitura: • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido conotativo e denotativo das palavras no texto e expressões que denotam ironia e humor no texto. Escrita: • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; 204 • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Concordância verbal e nominal; • Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significado das palavras, sentido conotativo e denotativo e expressões que denotam ironia e humor no texto. Oralidade: • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 9º ANO Gêneros discursivos: textos visuais: pinturas, fotos, esculturas, desenhos; crônicas, narrativas de humor, novelas, contos, artigos de opinião, paródias, poemas, telejornais, depoimentos resenhas, pessoais, ofícios, reportagens, editoriais, publicitários, seminários, resumos, entrevistas. Leitura: charges, peças teatrais, letras de músicas, notícias, anúncios 205 • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade e situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso ideológico presente no texto; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Semântica: operadores argumentativos, polissemia, sentido conotativo e denotativo e expressões que denotam ironia e humor no texto. Escrita: • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos no texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no 206 texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: operadores argumentativos, modalizadores e polissemia. Oralidade: • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica: adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 207 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA O ensino de Língua Portuguesa tem por obrigação promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade, garantindo uma aprendizagem satisfatória aos alunos independentemente de suas especificidades. Para tanto, a metodologia e os recursos utilizados serão adaptados de acordo com as necessidades educacionais apresentadas pelos alunos, dentro das possibilidades do professor e da escola. Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará que o aluno faça leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva. Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afrobrasileira e africana e lei 9795/99- Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos. Obras literárias e filmes sobre esses temas também serão recursos explorados nas aulas de Língua Portuguesa. Nessa perspectiva, as atividades de oralidade deverão oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos 208 recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade serão: • Apresentações de textos produzidos pelos alunos (levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto para 8º e 9º anos); • Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos (e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto para 8º e 9ºanos); • Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Apresentações que explorem as marcas linguísticas típica da oralidade em seu uso formal e informal; • Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros; • Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes (por exemplo: diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc.), a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas (para 8º e 9º anos). Já as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura serão: • Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros; • Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade, (aceitabilidade, informatividade, situacionalidade para 8º ano e temporalidade, vozes sociais e ideologia para 9º ano); • Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com 209 não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Discussões que relacionem o tema com o contexto atual; • Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que dentam ironia e humor (8º e 9º anos); • Percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto (8º e 9º anos); • Leituras que suscitam no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero (9º ano); • Leituras para compreensão das partículas conectivas. Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo interlocutivo, relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa forma, elas serão: • interlocutor, Produção textual a partir: da delimitação do tema; do do gênero, da finalidade, (aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia para 9º ano); • Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto; • Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem o gênero; • Análise da produção quanto à coerência, à coesão, à continuidade temática, à finalidade e à adequação da linguagem ao contexto; • Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor (8º e 9º anos); • Utilização adequada das partículas conectivas e de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto (8º e 9º anos); • Entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, nas retomadas e na sequenciação do texto (8º ano); • Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. Em relação à literatura, esta será trabalhada de acordo com o Método Recepcional proposto pelas DCE, buscando efetuar leituras compreensivas e críticas, sendo receptivo a novos textos e a leitura de outrem, questionando as 210 leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte cultural, transformando os próprios horizontes de expectativas. Este trabalho divide-se em cinco etapas e caberá ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo com o plano docente e com a turma. Estas etapas são: • Determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor: o professor toma conhecimento e analisa os interesses e o nível de leitura dos alunos; • Atendimento do horizonte de expectativas: o professor apresenta textos que sejam próximos aos conhecimentos e às experiências dos alunos; • Ruptura do horizonte de expectativas: é a apresentação de obras que partem da experiência do aluno, mas que também permitem aprofundar seus conhecimentos; • Questionamento do horizonte de expectativas: o professor orienta o aluno para que este faça uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos; • Ampliação do horizonte de expectativas: as leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos. Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de leitura, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim, os conteudos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto, as práticas de análise linguística deverão permitir: • A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos; • A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua; • O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções textuais; • A reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto, conduzindo o aluno às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção gradativa de um saber mais elaborado, a 211 um falar sobre a língua. Nessa perspectiva, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as seguintes etapas: 1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto; 2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as questões: quem produziu? Onde? Quando? Para quê? Para quem?; 3ª _ plano lingüístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada; 4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, ou seja, que seja de uso efetivo da língua. 212 4. AVALIAÇÃO A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deverá ser um processo de aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno o longo do ano letivo. Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo tempo. Assim, a avaliação, em Língua Portuguesa, será realizada nas práticas: leitura, escrita, oralidade e análise linguística. 6º ano Na leitura, espera-se que o aluno: • Identifique o tema; • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Identifique a ideia principal do texto. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse as ideias com clareza; • Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo etc. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação (formal/informal); 213 • Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos etc.; • Respeite os turnos de fala. Na análise linguística, espera-se que o aluno: • Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos; • Adéque seu discurso às diferentes situações de interação. 7º ano Na leitura, espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse as ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo etc. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente suas ideias com clareza; 214 • Expresse oralmente sua ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões etc. Na análise linguística, espera-se que o aluno: • Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos; • Adéque seu discurso às diferentes situações de interação; • Amplie seu léxico. 8º ano Na leitura, espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. 215 Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto; • Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna; • Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; • Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagens, entre outros. 216 Na análise linguística, espera-se que o aluno: • Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos; • Adéque seu discurso às diferentes situações de interação; • Amplie seu léxico; • Perceba os efeitos de sentido causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos. 9º ano Na leitura, espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Reconheça o estilo próprio de diferentes gêneros. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, 217 intertextualidade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto; • Perceba a pertinência e eu os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente argumentos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões etc.; • Analise recursos da oralidade em entrevistas, reportagens, entre outros. Observação: os instrumentos utilizados de avaliação serão provas escritas, trabalhos individuais e em grupos, produções orais e escritas, debates e apresentações de trabalhos orais; devendo ser adaptados para atender as necessidades educacionais especiais. A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante a hora-atividade do professor. 218 5. REFERÊNCIAS Chmoski M. Angela – Gusso e Finau A. Rosana LÍNGUA PORTUGUESA RUMO AO LETRAMENTO. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Portuguesa. 2009. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. 219 COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: MATEMÁTICA NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL PROFESSORA: ANA ROSA DINIZ CLEONICE DA SILVA SANTOS PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA KALORÉ 2012 220 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A História da Matemática revela que os povos das antigas civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a Matemática que se conhece hoje. A álgebra elementar nasceu com os babilônios, por volta de 2000 a.C., demarcando o período Matemática” segundo do “nascimento da Ribnikov (1987). Contudo, como ciência, a Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. No século V d.C., início da Idade Média, o ensino teve caráter estritamente religioso. A Matemática era ensinada para entender os cálculos do calendário litúrgico e determinar as datas religiosas. Após o século XV, o avanço das navegações e as atividades comerciais e industriais marcaram o início da Idade Moderna e possibilitaram novas descobertas na Matemática, cujo desenvolvimento e ensino foram influenciados pelas escolas voltadas a atividades práticas. O papel fundamental da Matemática surgiu no século XVII , com a comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal, elementos que caracterizaram as bases da Matemática atual. O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por Ribnikov (1987) como o período das matemáticas contemporâneas. Nesse século, com Lobachevsky, Riemann, Bolyai e Gauss, ocorreram as sistematizações das geometrias não-euclidianas. O ensino de matemática passou por muitas situações e tendências pedagógicas ao longo da sua história, sendo um dos pontos marcantes, o caráter mecanicista e pragmático do ensino da Matemática no decorrer da década de 1970. O método de aprendizagem enfatizado era a memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de resolução de problemas. A pedagogia tecnicista não se centrava no professor ou no estudante mas, sim, nos objetivos instrucionais, nos recursos e nas técnicas de ensino. A tendência histórico-crítica dos conteúdos, por sua vez, concebe a Matemática como um saber vivo, dinâmico, construído historicamente para atender às necessidades sociais e teóricas. Nesta tendência, a aprendizagem da Matemática 221 não consiste apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios, mas criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às idéias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são considerados suficientes para atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO,2001), pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática (CARVALHO, 1991). O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001) e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70). Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do aluno.,A ação do professor é articular o processo pedagógico, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida, da história e do cotidiano. No ensino da matemática hoje, há uma tentativa de rompimento com o modo de conceder a matemática e sua prática pedagógica, implicando na preposição de teorias e metodologias que possibilitem ao aluno a compreensão de conceitos, dando-lhes significados e condição de estabelecerem relações com experiências anteriormente vivenciadas. Implicando, portando, na construção de conhecimento com a intenção de solucionar os problemas, respondendo às exigências do contexto em que está inserido e não às expectativas do professor. Esta é entendida como um ambiente de aprendizagem na qual os alunos são convidados a indagar e ou investigar, por meio da matemática, situações oriundas 222 de outras áreas da realidade. A matemática, tem como objetivos, o desenvolvimento da consciência critica dos educandos, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais. Perceber o valor científico da matemática, fazendo a relação entre a teoria (abstrata,, plena de conceitos e definições) e a prática (concreta, plena de atividades explicativas do cotidiano). A Formação de indivíduos confiantes em sua capacidade de compreender e utilizar a linguagem própria da Matemática sem formalismo excessivo, capaz de incorporar conceitos aprendidos como estratégia pessoal de resolução de problemas, de articulação de informações, fazer relações, estimar, refletir sobre o seu próprio pensamento, apreciar e valorizar o aprendizado dessa ciência. Sistematizar o conhecimento matemático é papel da escola. Contribuir na aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar na utilização das tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere à criação e ao uso dessas tecnologias. Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções, interagindo com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. 223 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES NÚMEROS E ÁLGEBRA Na Educação Básica, no contexto da Educação Matemática, é necessário que Números e Álgebra sejam compreendidos de forma ampla, para que se analisem e descrevam relações em vários contextos onde se situam as abordagens matemáticas, explorando os significados que possam ser produzidos a partir destes conteúdos. Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se desdobra nos seguintes conteúdos: • conjuntos numéricos e operações • equações e inequações • polinômios • proporcionalidade GRANDEZAS E MEDIDAS O Conteúdo de Grandezas e Medidas favorecem o diálogo entre as pessoas, Estados e diferentes países. Na Educação Básica, deve ser abordada no contexto dos demais conteúdos matemáticos. Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas englobam os seguintes conteúdos: • sistema monetário • medidas de comprimento • medidas de massa • medidas de tempo • medidas derivadas: áreas e volumes • medidas de ângulos • medidas de temperatura • medidas de velocidade • trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações trigonométricas nos triângulos 224 GEOMETRIAS Na Educação Básica, a Educação Matemática valoriza os conhecimentos geométricos, que não devem ser rigidamente separados da aritmética e da álgebra. A interligação da aritmética com a álgebra é necessária “porque os objetos e relações delas correspondem aos das outras; assim sendo, conceitos, propriedades e questões aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela geometria, que realiza a tradução para o aprendiz” (LORENZATO, 1995, p. 07). A valorização de definições, as abordagens de enunciados e as demonstrações de seus resultados são inerentes ao conhecimento geométrico. No entanto, tais práticas devem favorecer a compreensão do objeto e não se reduzir apenas às demonstrações geométricas em seus aspectos formais. Para o Ensino Fundamental e Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias se desdobra nos seguintes conteúdos: • geometria plana • geometria espacial • geometria analítica • noções básicas de geometrias não-euclidianas FUNÇÕES No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante Funções, é necessário que os alunos elaborem o conhecimento da relação de dependência entre duas grandezas. É preciso que compreenda a estreita relação das funções com a Álgebra, o que permite a solução de problemas que envolvem números não conhecidos. O aluno do Ensino Fundamental deve conhecer as relações entre variável independente e dependente, os valores numéricos de uma função, a representação gráfica das funções afim e quadrática, perceber a diferença entre função crescente e decrescente. Uma maneira de favorecer a construção de tais conhecimentos é a utilização de situações-problema. Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os seguintes conteúdos: • função afim • função quadrática 225 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Ao final do Ensino Fundamental, é importante o aluno conhecer fundamentos básicos de Matemática que permitam ler e interpretar tabelas e gráficos, conhecer dados estatísticos, conhecer a ocorrência de eventos em um universo de possibilidades, cálculos de porcentagem e juros simples. Por isso, é necessário que o aluno colete dados e os organize em tabelas segundo o conceito de frequência e avance para as contagens, os cálculos de média, frequência relativa, frequência acumulada, mediana e moda. Da mesma forma, é necessário o aluno compreender o conceito de eventos, universo de possibilidades e os cálculos dos eventos sobre as possibilidades. A partir dos cálculos, deve ler e interpretá-los, explorando, assim, os significados criados a partir dos mesmos. Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação engloba os seguintes conteúdos: 1. noções de probabilidade 2. estatística 3. matemática financeira 4. noções de análise combinatória 6º Ano CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES NÚMEROS E ÁLGEBRAS GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIAS TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO Sistema de numeração; Número Naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e radiciação; Números fracionários; Números decimais; Medidas de comprimento; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de tempo; Medidas de ângulos; Sistema monetário; Geometria Plana; Geometria Espacial; Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem; 226 7º Ano CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Números Inteiros; Números Racionais; Equação e Inequação do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três simples. Medidas de temperatura; Medidas de ângulos. Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias não-euclidianas. Pesquisa Estatística; Média Aritmética; Moda e mediana; Juros simples. 8º Ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS NÚMEROS E ÁLGEBRA Números Racionais e Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Potências; Monômios e Polinômios; Produtos Notáveis. GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de comprimento; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de ângulos; GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria analítica; Geometrias não-euclidianas; Gráfico e Informação; População e amostra; 227 9º Ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS NÚMEROS E ÁLGEBRA Números Reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º Grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações Biquadradas; Regra de Três; GRANDEZAS E MEDIDAS Relações Métricas no Triângulo Retângulo; Trigonometria no Triângulo Retângulo; GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria analítica; Geometrias não-euclidianas. Noções de Análise Combinatória; Noções de Probabilidade; Estatística; Juros Compostos. 228 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Os procedimentos metodológicos devem propiciar a apropriação de conhecimentos matemáticos que expressem articulações entre os conteúdos específicos do mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos de conteúdos estruturantes diferentes, de forma que suas significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas. Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, como: resolução de problemas; modelagem matemática; mídias tecnológicas; etnomatemática; história da Matemática; investigações matemáticas , jogos de raciocínio lógico e desenvolvimento de experimentos que aproximem a teoria e a prática, para que o aluno possa associar o conhecimento matemático aos diversos contextos sociais históricos e culturais. Através da prática pedagógica, o professor deverá saber quais os objetivos e expectativas a serem atingidos; qual concepção de ciência se agrega às atividades propostas e dar significados as atividades desenvolvidas com os alunos, tais como: aulas dialogadas, leituras, pesquisas, debates , seminários, didáticos, entre outras, problematizadoras, tendo a clareza que estas atividades para que jogos devem ser possa contribuir na formação de um sujeito intelectualmente autônomo. No desenvolvimento das atividades, serão utilizados Slides, recursos como : DVDs ,CDs, , TV Pendrive , Data Show, recortes de filmes, vídeos, imagens, aulas práticas em laboratório de Informática , Internet , dentre outros. O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os estudantes com segurança, sem induzir conclusões, permitindo que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades. A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos. É necessário que o homem do campo seja respeitado e valorizado. A 229 Escola do Campo hoje tem esse poder: levar o homem do campo a se reconhecer agente ativo na transformação desta realidade, o que o levará a conviver melhor e com mais prazer no meio rural. Os conteúdos, trabalhados de forma não-linear, proporcionam ao aluno a possibilidade de desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar, estimar, justificar, argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimuladas no aluno a intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo. No âmbito da educação do campo, se objetiva que o estudo tenha a investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos conteúdos escolares, de forma que valorize singularidades regionais e localize características nacionais, tanto em termos das identidades sociais e políticas dos povos do campo quanto em valorização da cultura de diferentes lugares do país. Atentar para a existência de inúmeros outros espaços de conhecimento, além daquele tradicionalmente reservado para a escola, significa tomar consciência dos estreitos limites em que trabalha a escola relativamente à complexidade da sociedade pós-moderna. Significa também se dar conta da necessidade de preparar os jovens para construírem o seu próprio saber, de forma útil para eles mesmos e para a sociedade, fazendo um uso adequado de todos os meios e recursos existentes para obter as informações básicas com as quais terão de ir construindo e reconstruindo o seu conhecimento. Nesse sentido, a escola tem um importante papel a desempenhar, concentrando a sua atenção no processo de aprendizagem, isto é, na forma como as pessoas aprendem, e em suas necessidades efetivas de aprendizagem. As mudanças que vêm ocorrendo em todos os campos do saber e na sociedade em geral, estão levando a escola a repensar o currículo . Nesta perspectiva de currículo, conhecimento e conteúdo, é fundamental trabalhar o Desenvolvimento Sócio-educacional : Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, bem como o ECA, o Estatuto do Idoso, entre outros, através de pesquisas, debates, filmes, textos , interpretação e análise de dados estatísticos, como forma de repensar a historicidade ligada ao papel e à 230 cobrança da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos sociais. Tanto os conhecimentos universais como os desafios do cotidiano podem e devem ser discutidos como expressões históricas, políticas e econômicas da realidade. 231 4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. “Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma etapa isolada”. ( Libâneo 1994, p.200). No processo avaliativo é necessário que o professor, faça uso da observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestações escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e calculadora. Essas práticas devem possibilitar ao ao aluno , sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando de todas as condições particulares, socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada e argumentar a favor ou contra os resultados É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita,a gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as diferente aptidões dos alunos. A resolução de um problema envolve: compreender a situação por meio da leitura e interpretação, não ter a solução pronta de início, querer resolver a situação proposta, identificar o que precisa ser resolvido (calculado) e quais informações utilizar, planejar a solução, interpretar os resultados e analisar se são razoáveis ou não dentro do contexto e validar a solução. As atividades precisam ter objetivos variados, que possam ser trabalhadas em diversos momentos. Essas atividades podem ser questões abertas, cuja intenção é propiciar ao aluno perceber pelo enunciado, que a solução procurada não segue um modelo padronizado. As atividades também podem exigir 232 justificativas escritas ou orais, com o objetivo de verificar a autonomia matemática adquirida pelos alunos. É importante que os alunos se acostumem a apresentar argumentos matemáticos justificando os procedimentos utilizados para resolver as atividades. Desse modo, aprendem a validar o raciocínio matemático que utilizam independentemente da opinião do professor. As atividades podem ser inventadas pelos alunos (individualmente ou em grupo). A oportunidade de formular questões possibilita aos alunos atingirem um nível de conhecimento matemático mais elaborado e completo do que quando simplesmente resolvem as questões propostas. Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica , através de instrumentos como: apresentação de trabalhos, pesquisas, provas escritas, seminários, participação em debates, e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno: comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004); compreende, por meio da leitura, o problema matemático; elabora um plano que possibilite a solução do problema; encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático; realiza o retrospecto da solução de um problema. Os resultados devem ser usados para intervenções no processo ensinoaprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho. A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. Como meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Objetivando dessa forma ofertar atendimento individualizado aos 233 alunos com necessidades especiais. A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é necessário criatividade e competência na elaboração e construção desses instrumentos, para proporcionar a todos a aquisição do saber, não eliminando os que não o adquiriram. A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura política e inclui valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e sociedade. Repensar os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica desvelar as ideologias em que se apoiam na perspectiva de sua superação. 234 5. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo . Curitiba: SEED, 2005. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba: SEED, 2005. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas . Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola . Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da educação do Campo. Curitiba ,2006. Disponível em http://diaadiaeducacao.pr.gov.br Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - MATEMÁTICA. 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. . 235 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: LEM - INGLÊS NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL PROFESSORA: TÃNIA REGINA DOMINGUES DE FIGUEIREDO CANELO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM - INGLÊS KALORÉ 2012 236 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O ensino de línguas estrangeiras, desde sua implantação no Brasil, está vinculado à organização social e histórica do país. No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às comunidades indígenas com o propósito de dominação e expansão do catolicismo. De 1581 a 1640, período em que se estabeleceu a União Ibérica, os jesuítas foram considerados pelos espanhóis um entrave para as demarcações territórios portugueses da América. A partir de 1759, foi constituído o ensino régio no Brasil, o qual era garantido pelo Estado. A língua estrangeira oferecida continuava sendo o latim e os professores contratados eram nãoreligiosos. O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da família real e a fundação do Colégio D. Pedro II passou-se a ensinar francês, inglês e alemão para atender os filhos dos nobres. Nessa época, o método utilizado era o de gramática e tradução. Com a hegemonia dos EUA e com a tentativa de fazer parte do mundo globalizado, a LDB de 1961 descentralizou o ensino de Língua Estrangeira, que ficou a cargo dos conselhos estaduais. Nessa época, o francês teve sua carga semanal reduzida e o inglês conquistou cada vez mais espaço. Nesse período, o ensino de Língua Estrangeira consistia na imitação e repetição, valorizando-se a oralidade em detrimento do significado. Além disso, na década de 70, com o ensino centrado na habilitação profissional e fundamentado na linguística estrutural norteamericana de Skiner, incentivou-se o ensino de inglês como a única opção. Foi quando surgiu a preocupação com o uso social da língua. Já no final dos anos 80, devido a criação do MERCOSUL, as escolas voltam a ofertar o espanhol, sem suplantar o inglês. Nessa década, houve uma preocupação de unir teoria e prática. Com a LDB de 1996 torna-se obrigatório o ensino de Língua Estrangeira no ensino fundamental a partir do 6º ano e para o ensino médio fica determinado uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória e uma segunda, em caráter optativo, dentro das possibilidades da instituição. Dessa época registra-se o surgimento do conceito de competência comunicativa que fundamenta o ensino de 237 Língua Estrangeiras Moderna, há de se cuidar para que o ensino da mesma atenda os interesses e necessidades da comunidade local, para que, através do seu ensino seja oportunizada aos nossos alunos uma ampliação da percepção do homem como um ser integrante de um todo dinâmico e complexo, garantindo-lhe inserção social, econômica e política e também sua formação integral. Dessa forma, o ensino da Língua Estrangeira Moderna estará a serviço do aluno e não atendendo os interesses de uma classe dominante que não privilegia o bem estar coletivo. Esta proposta curricular fundamenta na concepção sociointeracionista, na qual a língua é entendida como uma produção construída nas interações sociais, marcadamente dialogistas, é um espaço de construções discursivas inseparáveis das comunidades interpretativas que as constroem e que são por ela construídas. É na linguagem que se percebe, se entende e se constrói a realidade. Logo o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteúdo estruturante é o discurso enquanto prática social concretizando-se na oralidade, leitura e escrita. Conceituar a língua Estrangeira Moderna, diante de uma escola de campo, torna-se necessário resgatar a identidade cultural desses alunos, que vivem no campo e enfrentam os obstáculos que essa realidade impõe. Sendo assim garantir uma maior atenção a diversidade, valorizando a expectativa, o interesse, a interação e os objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as necessidades do alunado e ao ritmo de aprendizado, na sociedade, possibilitando, assim, a inclusão de alunos com necessidades educacionais, para que os mesmos sintam-se inseridos no processo de ensino e aprendizagem. Logo, um ensino de Língua Estrangeira Moderna é muto significativo, pois considera os modos de vida, os costumes, as relações de trabalho, familiares, religiosos, de diversão e festas populares. Isto é, um ensino que valoriza a identidade dos alunos e que prepara dar continuidade aos seus estudos. Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo ensino-aprendizagem na disciplina de língua inglesa, busca: • Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita; • Vivenciar, na aula de Inglês, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; 238 • Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, possíveis de transformação na prática social; • • Ter maior consciência sobre o papel da Língua Inglesa na sociedade; Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país; • Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial. Assim, a língua é um de construção da identidade e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania. 239 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS 2.1 Conteúdos Estruturante O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita. 2.2 Conteúdos Básicos: Gêneros discursivos: álbuns de família, bilhete, cartas, diálogos, convites, fotos, relatos e experiências vividas, histórias em quadrinhos, letras de música, cartazes, rótulos / embalagens e depoimentos. 6º ANO Leitura: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Repetição proposital de palavras; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito). Escrita: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Ortografia; Concordância verbal/nominal. 240 Oralidade: Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 7º ANO Gêneros discursivos: textos visuais, esculturas, fotos, desenhos, pinturas, poemas, tiras, historias em quadrinhos, letras de música, cartão, relatos de experiências vividas verbetes, anúncio e classificados, cartas, horóscopo, diálogo, textos informativos. Leitura: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Informações explícitas; Discurso direto e indireto; Repetição proposital de palavras; Léxico; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Escrita: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; 241 Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Ortografia; Concordância verbal/nominal. Oralidade: Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semânticos; 8º ANO Gêneros discursivos: carta pessoal, cartão, convites, fotos, músicas, quadrinhos, receitas, relatos e experiências vividas, autobiografia, biografia, histórias em quadrinhos, letras de músicas, poemas, verbetes, cartazes, mapas, anúncio, classificados, horóscopo, e-mail, entrevista . Leitura: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de 242 linguagem; Semântica; Operadores argumentativos; Ambiguidade; Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; Expressões que denotam ironia e humor no texto; Léxico. Escrita: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Concordância verbal e nominal; Semântica; Operadores argumentativos; Ambiguidade; Significado das palavras; Figuras de linguagem; Sentido conotativo e denotativo; Expressões que denotam ironia e humor no texto. Oralidade: Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, 243 pausas...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 9º ANO Gêneros discursivos: textos visuais, pinturas, fotos, esculturas, desenhos, poemas, depoimentos pessoais, diálogos, entrevistas, biografias, cardápio, receitas, anúncios publicitários, classificados, cartazes, cartas, cartão, letras de músicas, e-mail, blog, verbetes, diálogos, textos informativos. Leitura: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Discurso ideológico presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem); Escrita: Tema do texto; Interlocutor; 244 Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Ortografia; Concordância verbal / nominal. Oralidade: Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; 245 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA O ensino de Língua Inglesa tem por obrigação promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os alunos compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vistas. O domínio dessas práticas discursivas possibilitará que o educando modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade, garantindo uma aprendizagem satisfatória aos alunos independentemente de suas especificidades. Assim a metodologia e os recursos utilizados serão adaptados conforme as necessidades educacionais apresentadas pelos alunos, dentro das possibilidades do professor e da escola. Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará que o aluno faça leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva. Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afrobrasileira e africana e lei 9795/99- Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos. Nestas perspectivas, as atividades de oralidade deverão oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade serão: 246 • Apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens entre outros; • Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: corporal e gestual, pausas e outros (8º e 9º ano); • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto. Já as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presentes nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura serão: • Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem interferências sobre o texto; • Discussões sobre tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, s situacionalidade para 8º ano e temporalidade e ideologia para a 9º ano; • Contextualidade de produção: suporte, fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não verbais, com: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Discursos que relacionem o tema com o contexto atual; • Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor (8º e 9º ano); • Percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; 247 • Leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de cada gênero (9º ano); • Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos; Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo interlocutivo, relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa forma, elas serão: • Produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o gênero; • Análise da produção textual quanto a coerência e coesão, à continuidade temática, à finalidade e se a linguagem está adequada ao contexto; • Uso de palavra ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que denotam ironia e humor. Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de leituras, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim os conteúdos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto as práticas de análise linguística deverão permitir: • A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos; • A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua; • O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligação e de construções textuais. 248 4. AVALIAÇÃO A avaliação em Língua Inglesa deverá subsidiar a construção da aprendizagem deixando de ser um simples instrumento de mediação da apreensão dos conteúdos, mas sim um processo de aprendizagem contínuo que dê prioridade a qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa por ser diagnóstica e contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo o tempo. Ainda, ao avaliar o desempenho dos alunos serão levados em consideração os objetivos propostos no Regimento e no Projeto Político Pedagógico da escola, sendo utilizados instrumentos: provas escritas, trabalhos individuais e em grupos, produções orais e escritas, debate e apresentações de trabalhos orais, devendo ser adaptados para atender as necessidades educacionais especiais que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática. De acordo como regimento escolar e o PPP o sistema de avaliação adotado pelo estabelecimento de ensino é bimestral e será composto pela somatória 6,0 (seis vírgula zero) referente as atividades diversificadas, mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) proveniente de uma prova escrita e/ou oral, totalizando nota final de 10,0 (dez vírgula zero). A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com atividades significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional as avaliações como um todo, ou seja, equivalerá de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero) de apreensão e retomada dos conteúdos. Assim a avaliação, em Língua Inglesa, será realizadas nas práticas: leitura, escrita, oralidade e análise linguística. 6º ano Na leitura, espera-se que o aluno: Identifique o tema; Realize leitura compreensiva do texto; 249 Localize informações explícitas no texto; Amplie seu horizonte de expectativas; Amplie seu léxico; Identifique a ideia principal do texto. Na escrita, espera-se que o aluno: Expresse as ideias com clareza; Elabore e reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade ...; Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo etc. Na oralidade, espera-se que o aluno: Utilize do discurso de acordo com a situação (formal/informal); Apresente suas ideias com clareza, coerência mesmo que na língua materna; Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos etc.; Respeite os turnos de fala. Na análise linguística, espera-se que o aluno: Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos; Adeque seu discurso às diferentes situações de interação. 7º ano Na leitura, espera-se que o aluno: Realize leitura compreensiva do texto; Localize informações explícitas no texto; Amplie seu horizonte de expectativas; Amplie seu léxico; Perceba o ambiente no qual circula o gênero; Identifique a ideia principal do texto; Identifique o tema; Deduza os sentidos das palavras ou expressões a partir do contexto. 250 Na escrita, espera-se que o aluno: Expresse suas ideias com clareza; Elabore textos atendendo às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade ...; Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo etc. Na oralidade, espera-se que o aluno: Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); Apresente suas ideias com clareza; Compreenda os argumentos no discurso do outro; Organize a sequência de sua fala; Respeite os turnos de fala; Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações ou nos gêneros orais trabalhados; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões , quando necessário em língua materna. Na análise linguística, espera-se que o aluno: Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos; Adéque seu discurso às diferentes situações de interação; Amplie seu léxico. 8º ano Na leitura, espera-se que o aluno: Realize leitura compreensiva do texto; Localize informações explícitas e implícitas no texto; Posicione argumentativamente; Amplie seu horizonte de expectativas; Amplie seu léxico; Perceba do ambiente no qual circula o gênero; Identifique a ideia principal do texto; Analise as intenções do autor; 251 Identifique o tema; Reconheça palavras ou expressões que denotem ironia e humor no texto; Na escrita, espera-se que o aluno: Expresse suas ideias com clareza; Elabore textos atendendo às situações de produção propostas, à continuidade temática; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Utilize de recursos textuais como: coesão e coerência; Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio etc. Na oralidade, espera-se que o aluno: Utilize o discurso de acordo com a situação de produção; Apresente ideias com clareza; Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; Compreenda os argumentos no discurso do outro; Respeite os turnos de fala; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc., mesmo que em língua materna; Na análise linguística, espera-se que o aluno: Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos; Adéque seu discurso às diferentes situações de interação; Amplie seu léxico; Perceba os efeitos de sentido causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos. 9º ano Na leitura, espera-se que o aluno: Realização de leitura compreensiva do texto; Localize informações explícitas e implícitas no texto; Posicione argumentativamente; Amplie seu horizonte de expectativas; Amplie seu léxico; Deduza os sentidos de palavras ou expressões a partir do contexto; 252 Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo; Na escrita, espera-se que o aluno: Expresse suas ideias com clareza; Elabore textos atendendo às situações de produção proposta; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. Na oralidade, espera-se que o aluno: Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal); Apresente suas ideias com clareza; Compreenda os argumentos no discurso do outro; Organize a sequência de sua fala; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões mesmo em língua materna; Analise recursos da oralidade em entrevistas. Na análise linguística, espera-se que o aluno: Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal); Apresente suas ideias com clareza; Obtenha fluência na exposição oral, na adequação ao gênero proposto; Perceba os efeitos de sentido causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos. 253 5. REFERÊNCIAS BRAHIN, A. C. S. M Pedagogia Crítica, letramento critico e leitura crítica. Texto e Interação, para uma pedagogia crítica de leitura de Língua Inglesa. Dissertação de mestrado Unicamp: Campinas 2001. Cap. 1. CADERNOS TEMATICOS: História da Cultura Afro-Brasileira e Africana. PARANÁ, Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação no Campo. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – LEM - INGLÊS. 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. 254 ENSINO MÉDIO 255 COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: ARTE NÍVEL: ENSINO MÉDIO PROFESSORA: LUCIANE CHAMORRO RODRIGUES PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE KALORÉ 2012 256 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Numa aparente contradição, foi no momento de repressão política e cultural (Ato Institucional n. 5 /AI-5, em 1968) que o ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão. No currículo escolar, a Educação Artística passou a compor a área de conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A produção artística, por sua vez, ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Na escola, o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas e o ensino de música enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas. A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988. Nesse processo, os movimentos sociais realizaram encontros, passeatas e eventos que promoviam, entre outras coisas, a discussão dos problemas educacionais para propor novos fundamentos políticos para a educação e, dentre os fundamentos pensados para a educação, destacam-se a pedagogia histórico-crítica elaborada por Saviani da PUC de São Paulo e a Teoria da Libertação, que fundamentou o Currículo Básico para Ensino de 1o grau, publicado em 1990, e o Documento de Reestruturação do Ensino de 2o grau da Escola Pública do Paraná, publicado em seguida. Tais propostas curriculares pretendiam fazer da escola um instrumento para a transformação social e nelas o ensino de Arte propôs a formação do aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico. Nos anos 90 essa concepção foi substituída pelas propostas dos PCNs, onde o ensino de arte estava comprometido a uma série de variantes, que na maioria das vezes se opunha às ideias apresentadas no Currículo Básico, por ser parte de uma outra posição ideológica. A partir de 2003 iniciam-se discussões coletivas acerca do papel da arte na sociedade, quais conteúdos são essenciais, dentre outras preocupações; e são 257 construídas as DCEs, onde a disciplina Arte está contemplada a partir da concepção de que as diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. Da mesma forma o conceito de arte implícito ao ensino também influenciado por essas relações sócio – cultural, sendo fundamental que seja problematizado para a organização de uma proposta curricular. Estudar arte é compreender o papel da teoria estética, como uma referência ao pensar e o seu ensino, gerando conhecimento, articulando saberes cognitivos, sensíveis e sócios – históricos; ampliando o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos artísticos e contextualizados, aproximando-se do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações. A arte é expressa e sabe comunicar com imaginação, emoção e sensibilidade. Interage com materiais, procedimentos instrumentais das diversas artes ( visuais, dança, teatro e musica ) fazendo experimentos e conhecendo técnicas para a produção de trabalhos individuais e em grupo. No âmbito da educação de campo, pretende se desenvolver uma educação que seja crítica, pois essa cultura é entendida como toda produção humana que se constrói a partir das relações do ser humano com a natureza, com outro e consigo mesmo. Pretende-se, portanto, com o ensino da arte, instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte, que lhe permitam utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais, observando as relações entre arte e realidade, investigando, indagando interesses e curiosidades, exercitando a discussão a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de modo criativo, desenvolvendo no educando potencialidades crítico-expressivo, estruturando seu conhecimento, segundo sua percepção e consciência do mundo em que se vive, aliando o ver, o pensar, o fazer, o criar, possibilitando a formação de um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus posicionamentos e tomadas de atitudes, fazendo-o compreender o homem como um todo: razão, emoção, pensamento, percepção, imaginação e reflexão, buscando ajudá-lo a compreender a realidade e a transformá-la. 258 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza; são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre em Música, a cor em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou movimento corporal na Dança. COMPOSIÇÃO É a produção artística que acontece por meio da organização e dos desdobramentos dos elementos formais. Por exemplo: tridimensional em Artes Visuais, ritmo em Música, representação em Teatro, rotação em Dança. MOVIMENTOS E PERÍODOS É o conjunto da história relacionado com o conhecimento em arte. Ele tem por objetivo revelar o conteúdo social da arte, dos fatos históricos, culturais e sociais que alteram as relações internas ou externas de um movimento artístico. Por exemplo: renascimento em Artes Visuais, rap em Música, teatro pobre em Teatro e dança moderna Dança. 2.1 - Conteúdos Estruturantes e Básicos ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Harmonia Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop... Técnicas: vocal, MOVIMENTOS E PERÍODOS Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Oriental Ocidental Africana Latino- Americana 259 instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume COMPOSIÇÃO Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Simetria Deformação Estilização MOVIMENTOS E PERÍODOS Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte LatinoAmericana Cor Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos … Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia ... Luz TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS Personagem: Expressões corporais, Vocais, Gestuais e Faciais Ação Espaço COMPOSIÇÃO Técnicas: jogos teatrais, Teatro direto e indireto, Mímica, Ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação e Leitura Dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico MOVIMENTOS E PERÍODOS Teatro GrecoRomano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético 260 Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, Sonoplastia, Figurino e iluminação Direção Produção Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro LatinoAmericano Teatro Realista Teatro Simbolista ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Movimento Corporal Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos Articulares Tempo Lento, Rápido e Moderado Aceleração e Desaceleração Níveis Espaço Deslocamento Direções Improvisações Coreografia Gêneros: Espetáculo, Indústria Cultural. Étnica, Folclórica, Populares e Salão MOVIMENTOS E PERÍODOS Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea 261 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica. Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica: Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte Como a disciplina de Arte tem por objetivo de mobilizar o aluno para o conhecimento,deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica, delegando-lhe o papel de sujeito do seu processo de aprendizagem. Serão feitas também relações interdisciplinares para que os alunos aprendam os conteúdos e possam posicionar-se de forma crítica frente à realidade social. O professor ainda conduzirá o processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Assim os alunos terão acesso as obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com suas diversas formas de produção artística. Trata-se de envolver a apreciação e a apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética. Ao trabalhar Arte o professor também valorizará a cultura dos povos do campo e afro-brasileira, com a finalidade de criação de uma identidade sociocultural, levando o aluno a compreender e transformar o mundo. 262 A metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente histórica e cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 - Historia e cultura-afrobrasileira e africana. Lei 9795/99 - Politica Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento a violência na escola, Prevenção e uso indevido de drogas, assim, fortalecendo as ações de inclusão do Desenvolvimento Socio-educacionais 263 4. AVALIAÇÃO A avaliação em Arte é processual e diagnóstica por ser referência do professor para o planejamento das aulas e da avaliação dos alunos; processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento deve ser constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da turma sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos alunos. Os instrumentos a serem utilizados durante o ano letivo são de extrema importância para a construção e reprodução de visão artística e do mundo, para a formação de cidadãos efetivamente participativos e estimulados. Partindo deste ponto é visível a necessidade de adequações didáticas ensino/aprendizagem que alcancem a tais expectativas, criando condições que permitam interconexões com o processo educacional. Entre os instrumentos a serem utilizados citamos: Recursos humanos, como o próprio professor e aluno através de uma interação dialogado na explicação dos conteúdos. Recursos materiais: imagens não animadas (fotografias,livro didático, quadro, giz, cartões, figuras, posteres e obras literárias), imagens animadas (filmes, trechos de filmes, reportagens,) Recursos físicos: laboratório de informática. (computadores, TV Pendrive, etc). O professor deverá , ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/ aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a participação dos alunos. A avaliação será através de: provas objetivas e subjetivas, trabalhos, seminários, pesquisas, relatórios, debates, leituras e análises de gráficos e tabelas, resumos, atividades modulares, maquetes, produção de textos, participação em aulas, etc. Sendo assim todo o conhecimento acumulado pelo aluno deve ser socializado entre colegas e, ao mesmo tempo, deve constituir referências para o 264 professor propor abordagens diferenciadas. Estabelecidas as propostas e as dimensões do que se avalia cada conteúdo, serão previamente estabelecidas uma proposta de recuperação, ou seja, os conteúdos não aprendido serão retomados quando não forem assimilados pelos alunos durante o ano letivo, onde poderão ser através de seminários, debates ou através de atividades diversificadas com cada turma. De acordo com o PPP a avaliação tem a função permanente de acompanhamento do processo pedagógico, avaliando portanto, o educando, o educador, a escola e o sistema escolar. A recuperação de estudo é direito dos alunos, dar-se-ia de forma permanente e concomitante ao processo ensino aprendizagem. 265 5. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED, 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. 266 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: BIOLOGIA NÍVEL: ENSINO MÉDIO PROFESSORA: PATRICIA ELAINE RIBEIRO CEREJA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA KALORÉ 2012 267 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo. A preocupação com a descrição dos seres vivos dos fenômenos naturais levou o homem a diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto parte deste mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade de garantir sua sobrevivência. Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as observações dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram sendo registradas nas pinturas rupestres, representando seu interesse em explorar a natureza. Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que representam o esforço para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais. A história da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm sua origem registrada desde a Antiguidade. As ideias deste período que contribuíram com o desenvolvimento da Biologia, tiveram principais pensadores e estudiosos, os filósofos Platão (428/27 a.C – 347 a.C) e Aristóteles (384 a.C – 322 a.C), que deixaram contribuições relevantes quanto à classificação dos seres vivos. As interpretações filosóficas buscavam explicações para a compreensão da natureza. A incursão pela história e filosofia da ciência permite identificar a concepção de ciência presente nas relações sociais de cada momento histórico, bem como as interferências que tal concepção sofre e provoca no processo de construção de conceitos sobre o fenômeno VIDA, reafirmado como objeto de estudo da Biologia. A ciência sempre esteve sujeita às interferências, determinações, tendências e transformações da sociedade, aos valores e ideologias e às necessidades materiais do Homem. Ao mesmo tempo em que sofre a sua interferência, nelas interfere (ANDERY, 1988; ARAÚJO, 2002). 268 Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser entendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY, 1988). O avanço da Biologia, portanto, é determinado pelas necessidades materiais do ser humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento histórico. De fato, o ser humano sofre a influência das exigências do meio social e das ingerências econômicas deles decorrentes, ao mesmo tempo em que nelas interfere. A disciplina de Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em sua complexidade de relações. Nesse contexto, o ato de observar extrapola o olhar descomprometido ou o simples registro, pois inclui a identificação de variáveis relevantes e de medidas adequadas para o uso de instrumentais. Entretanto, considera-se a intencionalidade do observador, uma vez que ele é o sujeito do processo de observação, o que implica reconhecer a sua subjetividade. O Ensino de Biologia tem como objetivo, relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento; priorizar o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos, e propiciar reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes , bem como abordar conteúdos de forma integrada, destacando os aspectos essenciais do objeto de estudo relacionando-os nas diferentes disciplinas do conhecimento. Tais relações deverão ser resolvidas ao longo do Ensino Médio permitindo ao aluno a compreensão de fenômenos físicos, químicos e biológicos, orientando e subsidiando os alunos para que munidos de conhecimento sejam capazes de agir adequadamente no meio em que vive tomando decisões racionais sobre questões de sua vida e de outros seres que nela interagem. Com base no pensamento mecanicista, a ciência, no ensino, tinha reforçada a sua tradição descritiva, cuja metodologia estava centrada em aulas expositivas e também era adotado o método experimental como instrumento de reforço à teoria científica. Sendo que na década de 1930, com a criação dos cursos superiores de ciências naturais, os currículos escolares ampliaram a abordagem dos conhecimentos biológicos, considerando também os fatores sociais e econômicos, em termos manteve-se a ênfase no conteúdo, num ensino por natureza descritivo, livresco, teórico e memorístico. 269 Na década de 1950, a tendência da abordagem pedagógica em ciências era tratar os conteúdos considerando os vários grupos de organismos separadamente, e as suas relações filogenéticas ( KRASILCHIK, 2004, p. 14). As aulas práticas ti nham como meta tão somente ilustrar as aulas teóricas. No final dos anos de 1950, com a União Soviética em vantagem na corrida espacial, o ensino de ciências foi questionado tanto nos Estados Unidos quanto na Inglaterra, o que gerou importantes investimentos na formação docente e na produção de material didático naqueles países. Na década de 1960, os Estados Unidos produziu um material curricular para a disciplina de Biologia. Foram escritos três diferentes cadernos que abrangem os conteúdos bioquímicos, ecológicos e celulares. Na década de 1970, sob o impacto da revolução técnico-científica, as questões ambientais decorrentes da industrialização desencadearam uma nova concepção sobre o ensino de ciências e passou-se a discutir as implicações sociais do desenvolvimento tecnológico e científico. Em 1980, a redemocratização do Brasil colocou em pauta pesquisas sobre a aprendizagem dos conceitos científicos, envolvendo a psicogênese desses conceitos e suas implicações na aprendizagem das ciências. Na década de 1990, as discussões sobre os processos de ensino-aprendizagem em ciências foram “ prioritariamente desenvolvidas a partir dos modelos de mudança conceitual. No campo da mudança conceitual, as concepções prévias dos alunos, que de início eram consideradas erradas, passaram a ser consideradas como concepções alternativas. Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, para normalizar a LDB n. 9.394/96. O ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. As Diretrizes Curriculares fundamentam na concepção histórica da ciência articulada aos princípios da filosofia da ciência. 270 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ORGANIZAÇAO DOS SERES VIVOS: Este conteúdo possibilita conhecer os modelos teóricos historicamente construídos que propõem a organização dos seres vivos, relacionando-os as existência de características comuns entre estes e sua origem única (ancestralidade comum). Deve abordar a classificação dos seres vivos como uma tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, de maneira a agrupar e categorizar as espécies extintas e existentes MECANISMOS BIOLÓGICOS: Privilegia o estudo dos mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Deve abordar desde o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração, até o estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções. BIODIVERSIDADE: Possibilita o estudo, a análise e a indução para a busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade. Deve abordar a biodiversidade num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos tem sofrido transformações. MANIPULAÇÃO GENÉTICA: Trata das implicações dos conhecimentos da Biologia Molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da VIDA como fato natural, independente da ação do ser humano. Deve abordar os avanços da biologia molecular, as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica. 271 2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e Organização dos Seres vivos. filogenéticos. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia. Mecanismos de desenvolvimento embriológico. Mecanismos Biológicos. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. Teorias evolutivas. Transmissão das características hereditárias. Biodiversidade. Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente. Manipulação Genética. Organismos geneticamente modificados. 272 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Analisando a prática pedagógica, o professor deverá saber quais os objetivos e expectativas a serem atingidos. Faz-se necessário também conceituar o fenômeno Vida em distintos momentos da história , articulados à cultura cientifica, socialmente valorizada. Nesse sentido, a concepção de ciência se agrega às atividades propostas para dar significados às atividades desenvolvidas com os alunos, tais como: aulas expositivas e dialogadas , demonstrativas, leituras e escritas, pesquisas, apresentação de trabalhos e experimentos realizados no laboratório de Biologia, estudo do meio, jogos didáticos, aula de campo, tendo a clareza que estes devem ser problematizadores para que se possa contribuir na formação de um sujeito intelectualmente autônomo. As práticas pedagógicas e metodológicas deverão ser direcionadas de maneira que respeitem e minimizem as diferenças e possibilitando assim a democratização do saber, onde todos possam interagir. Proporcionando aos educandos a curiosidade e o gosto de aprender. Desta forma, os alunos habituam com as situações ecológicas, ambientais reais, valorizando-os como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra. Por intermédio de Metodologia adequada na qual introduz a visão crítica da sociedade e junto de sua classe produz o conhecimento, fazendo com que o aluno construa durante todo o processo ensino-aprendizagem seu próprio resultado obtido através dos conteúdos estruturantes e específicos. Onde os problemas existem, e são passíveis de avaliações pessoais consistentes, que a partir desta possam ser vistas de uma forma crítica e, principalmente atuante, podendo fazer desta vivência um aprendizado ponderando e questionando a própria existência e a interdependência de todos os organismos biológicos, seus fenômenos, causas e consequências. Para que isso ocorra Saviani (1997) e Gasparin (2002) apontam algumas estratégias pedagógicas onde o ensino dos conteúdos de Biologia necessitam de apoiar-se: • a prática social se caracterize como ponto de partida, cujo objetivo é perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de 273 uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado; • a problematização implique o momento para detectar e apontar as questões a serem resolvidas na prática social e, por consequência, estabelecer que conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação desse conhecimento; • a instrumentalização consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional. Os alunos devem se apropriar das ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que vivem; • a catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais, transformados em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a entender e elaborar novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização; • o retorno à prática social se caracterize pela apropriação do saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade mais igualitária. A visão sincrética apresentada pelo aluno no início do processo passa de um estágio de menor compreensão do conhecimento científico a uma fase de maior clareza e compreensão, explicitada numa visão sintética. O processo educacional põe-se a serviço da referida transformação das relações de produção. Quanto a abordagem das culturas o Ensino de Biologia, ao contemplar a Lei nº 10.639/03, referente a “História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Igualmente para a história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei n. 11.645/08. Serão desenvolvidas práticas pedagógicas como: Trabalhos de pesquisa e investigação acerca de técnicas já utilizadas no passado, análises que envolvam a constituição genética da população brasileira com a intenção de resgate e valorização da igualdade cultural e promover a valorização da cultura rural. Os conteúdos específicos a serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos conteúdos estruturantes quanto aos conteúdos básicos da disciplina de forma contextualizada, favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural. Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância 274 com a Lei n. 9.795/99, este deverá ser uma prática educativa integrada, continua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos de forma contextualizada. Na Educação do Campo, a pesquisa é essencial para que se desvelem as relações sociais de produção, os saberes que estão presentes no cotidiano do trabalho, da organização política, da negociação econômica dos produtos. Torna-se necessário resgatar a identidade cultural desses alunos que vivem no campo e enfrentam obstáculos que a realidade impõe. Temas atualmente evidentes como Cidadania e Direitos Humanos, Enfrentamento à Violência , Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Ambiental, Gênero e Diversidade Sexual permearão as aulas de Biologia, onde se oportunizará debates, pesquisas bibliográficas, recortes de filmes , com o auxílio dos laboratórios de Práticas e Informática, para maior contextualização do assunto. No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como : Slides, DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, recortes de filmes, vídeos, imagens, aulas práticas em laboratório de Ciências e de Informática, Internet, dentre outros. O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades. 275 4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO Baseando-se na Lei Diretrizes e Bases ( LDB) 9394/96 que avaliação considera a como um processo “ continuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos” (DCE 2009). Neste sentido, a avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. “Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma etapa isolada”. (Libâneo 1994, p.200). Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica, através de instrumentos como: relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas, atividades escritas ( provas, relatórios, dissertações, sínteses, produção de texto), seminários, participação em debates e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem, utilizando-se de critérios previamente estabelecidos no Plano de Trabalho Docente, de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica , para a disciplina de Biologia, considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos , as diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos. É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita, a gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as diferentes aptidões dos alunos. Pensando na avaliação/recuperação os meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testagem, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor solicita aos alunos, gerando informações que possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos 276 encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas atividade do professor. Nestes termos, avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Biologia , visando uma aprendizagem realmente significativa para a sua vida. 277 5. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Biologia. Curitiba: SEED, 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. 278 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA NÍVEL: ENSINO MÉDIO PROFESSORA: KÁTIA CILENE DOS SANTOS SANCHES PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA KALORÉ 2012 279 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 1.1 Dimensão Historia da Disciplina de Educação Física A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil, optou-se, nestas Diretrizes Curriculares, por retratar os movimentos que a constituíram como componente curricular. As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa, Sob a égide de conhecimentos médicos e da instrução física militar,a então denominada ginástica surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação como desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros, esse modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza, a agilidade e a resistência além de visar à formação do caráter, da auto disciplina, de hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico. O termo educação física escrito em letras minúsculas representa os diferentes conhecimentos sistematizados sobre práticas corporais que historicamente circunscrevem o cotidiano escolar, posteriormente, o termo será escrito em letras maiúsculas, o que representa a disciplina curricular de Educação Física, institucionalizada nas escolas brasileiras a partir do século IX. No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de Educação Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de idade e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto publicado pelo então Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos, Propõe também a criação do Conselho Superior de Educação Física com o objetivo de centralizar,coordenar e fiscalizar as atividades referentes ao Desporto e à Educação Física no país e também a elaboração do Método Nacional de Educação Física. (LEANDRO, 2002). Assim tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa etc. 280 1.2 - História da Educação Física De acordo com os filósofos a Educação física não é apenas algo artificial é, um conjunto de atividade física não competitivo mais sim com fim relativo, e tem como objetivo regular a saúde humana. Altrora as pessoas viam a educação física como algo apenas artificial onde não estabelecia a possibilidade de uma modificação anatômica, onde adquiria melhor qualidade de vida e saúde. Especialização é de suma importância dentro do curso de educação física porque a graduação é apenas um meio pelo qual podemos descartando a possibilidade de um profissional adquiri. Não estamos graduado mas sabemos que a especialização é necessária, através da medicina que podemos analisar nossos estados de saúde, ela pode avaliar os tipos de exercício ou esporte que podemos pratica. Sem estes conhecimentos muitas pessoas acabaram morrendo, sem ter conhecimentos de sua saúde, René máheu diz que Educação Física é cultura e um espetáculo esportivo, onde esta contida os seus valores como dança, teatro, música e jogo etc...Em outras palavras tal cultura esta contida no mundo artístico. dentro o desta nem todos tem mesmo desenvolvimento porque cada endivido reagem de uma forma, podemos ver que a cultura física ela é muito abrangente e não se limita. Quando falamos de jogo não falamos apenas de futebol porque o jogo não limita nu âmbito, por isso contribui para relaciona as pessoas entre as outras. Jogo pode ser uma atividade voluntária ou competitiva. Física no mundo esportivo é considerada uma grande atração conquista todo que o publico contemporâneo. no esporte o jogo não são apenas voluntário mais com o fim lucrativo e a uma grande competição. 1.3 - A Educação Física no Brasil A história da Educação Física no Brasil é muito rica, principalmente por estar intimamente ligada à política educacional adotada por cada governo, criando assim, de acordo com o período político um tipo de educação física. Em seu processo de introdução a Educação Física contou com a contribuição de vários setores diferenciados da sociedade como os colonos, imigrantes, militares, isto em diferentes momentos e partes do país, com o objetivo de proporcionar o lazer, a 281 formação corporal, e a disciplina, utilizando jogos, exercícios físicos, recreações e competições. A intenção não é aqui transformar as informações obtidas através da revisão de literatura feitas uma verdade absoluta sobre esta história. É importante observar todo o contexto político, econômico e social que atua diretamente na definição dos rumos da Educação Física, o objetivo aqui é, respeitando a opinião de cada autor citado tentar compreender e interpretar os fatos. 282 2. CONTEÚDOS Esporte Jogos e Brincadeiras Dança Ginástica Lutas 2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos 1º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esportes Jogos e Brincadeira Dança Ginástica Lutas CONTEUDOS BÁSICOS Coletivos Individuais Radical Jogos e Brincadeiras Populares Brincadeiras de Cantigas de Roda Jogos de Tabuleiro Jogos dramáticos Jogos Cooperativos Danças Folclóricas Danças de Salão Danças de Rua Ginástica Artística Olímpica Ginástica de Academia Ginástica Geral Lutas de Aproximação Lutas que mantêm a distancia Lutas com Instrumentos mediador Capoeira 2º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esportes Jogos e Brincadeira CONTEUDOS BÁSICOS Coletivos Individuais Radical Jogos e Brincadeiras Populares Brincadeiras de Cantigas de Roda Jogos de Tabuleiro Jogos dramáticos 283 Jogos Cooperativos Dança Ginástica Lutas Danças Folclóricas Danças de Salão Danças de Rua Ginástica Artística Olímpica Ginástica de Academia Ginástica Geral Lutas de Aproximação Lutas que mantêm a distancia Lutas com Instrumentos mediador Capoeira 3º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esportes Jogos e Brincadeira Dança Ginástica Lutas CONTEUDOS BÁSICOS Coletivos Individuais Radical Jogos e Brincadeiras Populares Brincadeiras de Cantigas de Roda Jogos de Tabuleiro Jogos dramáticos Jogos Cooperativos Danças Folclóricas Danças de Salão Danças de Rua Ginástica Artística Olímpica Ginástica de Academia Ginástica Geral Lutas de Aproximação Lutas que mantêm a distancia Lutas com Instrumentos mediador Capoeira 2.2 Elementos Articuladores dos Conteúdos Estruturantes para a Educação Básica Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido tratados na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos elementos articuladores,tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos paralelos, nem tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada. Como articuladores dos conteúdos, podem transformar o ensino da Educação Física na escola, respondendo aos desafios anteriormente descritos. 284 Nestas Diretrizes, propõem-se os seguintes elementos articuladores: • Cultura Corporal e Corpo; • Cultura Corporal e Ludicidade; • Cultura Corporal e Saúde; • Cultura Corporal e Mundo do Trabalho; • Cultura Corporal e Desportivização; • Cultura Corporal – Técnica e Tática; • Cultura Corporal e Lazer; • Cultura Corporal e Diversidade; • Cultura Corporal e Mídia; 285 3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nestas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais. O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas reflexões. Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na desportivização das práticas corporais. No entanto, esse conhecimento é transmitido e discutido com o aluno, levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que os fatos estão inseridos. Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo “teórico”, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e a reflexão sobre o movimento corporal. Ao trabalhar com o conteúdo estruturante, pode inserir questões envolvendo as diversas dimensões sociais em jogos que requeiram maior capacidade de abstração por parte do aluno. Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física na Educação Básica, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento escoalr. 286 Apresentação dos conteúdos sistematizados, para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo, assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática corporal. É possível efetivar um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de ensino/aprendizagem, transformando-se intelectual e qualitativamente em relação à prática realizada. Com conteúdo específico, a capoeira pode também vir a ser excludente, caso não sejam respeitadas as limitações e possibilidades corporais, sociais e culturais de cada aluno. O objetivo é que os alunos compreendam com a capoeira, que outrora foi uma manifestação cultural e de libertação com a singularidade de cada participante, além da possibilidade de vivenciar a capoeira, sem preocupação com a técnica como parâmetro único e exclusivo. Deve se reconstruir, com os educandos, os movimentos da capoeira, com a representação da presa e do predador, sob o enfoque do respeito pelas possibilidades físicas de cada um, o que significa que qualquer aluno pode praticar capoeira, sem necessidade de conhecimento prévio, ou de ter participado de algum grupo. O papel da educação Física é desmitificar formas arraigadas e não refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento sistematizado, como oportunidade para para reelaborar ideias e atividades que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida. É preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer. Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro- 287 descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos. No desenvolvimento das atividades durante as aulas de Educação Física, serão utilizados recursos como : Slides, DVDs, CDs, TV Pendrive, recortes de filmes, vídeos, imagens, internet, músicas, bolas, cones, cordas, elásticos, bambolê, rede, dentre outros. O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades. 288 4. AVALIAÇÃO A avaliação caracteriza-se, nesta proposta, como elemento integrador entre aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de construção de conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de atuações que tenha função de diagnosticar, de perceber o domínio dos conteúdos, de superar as dificuldades através da realimentação dos conteúdos e de apreciar criticamente o próprio trabalho. Para o aluno é um instrumento de tomada de consciência das suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à necessidade de sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como forma sistemática de valorização e reflexão, representando a forma concreta de apropriação por parte dos alunos, do conhecimento socialmente construído, revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste conhecimento estão sendo valorizados. Ao selecionar os instrumentos de avaliação que serão empregados poderão ser levantados, além dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e subjetivos relacionados aos resultados, suas relações com diferentes contextos de aplicação e o significado que esses trarão para a construção do conhecimento pessoal do aluno e para a coletividade à qual pertence. Inicialmente far-se-á a Avaliação Diagnóstica para detectar o grau de conhecimento e de dificuldades do educando. A avaliação deve se materializar em cada aula, (Observação Constante Do Aluno Feita Pelo Professor) considerando sua aplicação e conseqüência pedagógica, política e social, referenciada nos interesses individuais e coletivos, ampliando as possibilidades corporais. Essas possibilidades envolvem aspectos de conhecimento, habilidades, desempenho no conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais, considerados dentro da concepção da totalidade humana, isto é, da concepção de que o aluno é um ser uno e único e de que ambos, professor e aluno assumirão responsabilidades na perspectiva de uma avaliação participativa. 289 A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas. De acordo com o regime escolar do Colégio Estadual Alvorada da Infância sendo que o processo somativa e acumulativa será composto pela somatória das notas 6,0 (seis vírgula zero) referentes ás atividades diversificadas realizadas (tarefas, trabalhos, seminários, aula pratica, desempenho do aluno no conteúdo proposto, participação nas aulas teóricas, mais 4,0 (quatro vírgula zero), resultados de avaliações como provas escritas, testes e pesquisas, totalizando média final 10,0 ( dez virgula zero). A recuperação dos estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples, os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então é preciso investir em todas as estratégia e recursos possível para que ele aprenda. A recuperação e justamente isso, o esforço de retomar de volta os conteúdos, de modificar os encaminhamentos metodológicos para assegurar a possibilidade de aprendizagem, neste sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdos Assim, a avaliação do professor ensino-aprendizado, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação, elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumento e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes varias oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos. Por fim, destaca – se, que a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser uma escola solitária do professor,a discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da escola, para que todos, direção, equipe pedagógica, pais e alunos), assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante para formação dos alunos. A avaliação, conforme estabelecido, no projeto político pedagógico da escola, subsidia o professor com elemento para uma reflexão continua para a sua 290 prática, ele deve ser contínuo cumulativo e processual devendo refletir o desenvolvimento global do educador e considerar as características individuais deste, no conjunto dos componentes curriculares cursados, com prepondência dos aspectos qualitativos. A recuperação dos estudos, direitos dos alunos, dar - se á de forma permanente e constantemente ao processo de ensino aprendizagem. Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, utilizando formas de expressão que favoreçam a integração grupal, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade. Organiza e pratica atividades de cultura corporal, de movimento, demonstrando capacidade de adaptá-las favorecendo a inclusão de todos; Reconhece algumas das diferentes manifestações da cultura corporal de movimento. Percebe os limites e possibilidades do próprio corpo de forma a, poder controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e, a valorizá-las como recurso para melhoria de sua aptidão física. 291 5. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: EDUCAÇÃO FÍSICA. Curitiba: SEED, 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. 292 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: FILOSOFIA NÍVEL: ENSINO MÉDIO PROFESSORA: MARLI DE FÁTIMA BURANELLO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA KALORÉ 2012 293 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A Filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. Ela é antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além da sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana. Diz-se que a Filosofia incomoda certos indivíduos e instituições porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é, questiona a prática política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística. Desse modo, compreender a importância do ensino de Filosofia no Ensino Médio é entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno. Cabe a ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais para os homens, em cada época. A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao instituir a disciplina de Filosofia no Ensino Médio, a busca pelo ensino da reflexão filosófica, instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade. A disciplina de Filosofia tem como objetivos: • Refletir criticamente o conhecimento científico, conhecendo e analisando todo o processo de construção da ciência do ponto de vista lógico, linguístico, sociológico, político, filosófico e histórico; • Propiciar a reflexão filosófica para que os educandos compreendam, interpretem conteúdos de forma interdisciplinar; • Possibilitar ao estudante desenvolver um estilo próprio de pensamento que priorize a capacidade de criar novos conceitos e interagir como meio de desvendar a realidade social; • Sensibilizar os educandos quanto as temáticas a serem trabalhadas, levando-os a problematizar, investigar, compreender e a construir novos conceitos 294 que delimitarão as ações de um cidadão consciente e atuante. 295 2. CONTEÚDOS Os conteúdos estruturantes etão presentes em todos os períodos da história da Filosofia, na antiga medieval, moderna e contemporânea. Eles são dimensões da realidade que dialogam continuamente entre si, com as ciências, com a arte, com a história, enfim, com as demais disciplinas, tornando-se elementos mediadores fundamentais para que possa desenvolver o específico do ensino da Filosofia: a problematização, a investigação e criação de conceitos. Nessa perspectiva torna-se de suma importância a articulação entre os conteúdos, propiciando uma prática pedagógica enriquecedora, privilegiando a atividade reflexiva. Uma vez que, o conteúdo Mito e Filosofia, permite ao homem criar pensamento e aí situa-se tanto o mito como a racionalidade, princípios fundamentais para o homem desenvolver ideias, sistemas, leis, códigos e práticas. E a partir da Teoria do conhecimento encontrar caminhos e respostas diferenciadas para as problemáticas levantadas. Assim, a reflexão Ética se faz necessária no espaço escolar, já que o agir fundamentado propicia consequências melhores e mais racionais que o agir sem razão. Entrelaçando e Filosofia Política, que abrange a problematização de conceitos como de cidadania, democracia, justiça, igualdade e liberdade. Nessa ótica vê-se a Filosofia da Ciência como fundamental para a produção do conhecimento científico capaz de questionar cada conceito, visão e ideia. A busca dessa compreensão envolve a sensibilidade, criatividade, que é o objeto de estudo do conteúdo de Estética que está intimamente ligada a realidade humana, à capacidade dos sujeitos tornarem-se críticos e atuantes no mundo. 2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos CONTEÚDOS ESTRUTURANTES MITO E FILOSOFIA CONTEÚDOS BÁSICOS Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e filosofia; Atualidade do mito; O que é filosofia? 296 TEORIA DO CONHECIMENTO ÉTICA Possibilidade do conhecimento; As formas de conhecimento; O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento e lógica Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e vontade; Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas. FILOSOFIA POLÍTICA Relações entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade política; Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou participativa. FILOSOFIA DA CIÊNCIA Concepções de ciência; A questão do método científico; Contribuições e limites da ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética. ESTÉTICA Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.; Estética e sociedade. 297 3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as aulas serão ministradas no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir, planejar e expor ideias, bem como ouvir e respeitar as de outrem, configurando um sujeito crítico e criativo. Igualmente, as atividades desenvolvidas em sala de aula deverão ser baseadas nos temas tratados, exigindo: a sensibilização propriamente dita (através da problematização de questões locais, questionamentos dos alunos, uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas expositivas (com abertura de debates e opiniões pessoais), pesquisa online de temas atuais, estudo e reflexão de textos de caráter filosófico, redação de atividades que demonstrem compreensão por parte dos alunos dos temas trabalhados, com possibilidade de criarem novos conceitos ou reformularem os que existem. O encaminhamento da metodologia utilizada nas aulas de Filosofia deve fornecer subsídios que encaminhem na construção de valores importantes na formação do estudante do Ensino Médio: solidariedade; responsabilidade e compromisso pessoal. Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos. 298 4. AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO De acordo com a lei nº 9394/96 de Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, a avaliação tem como objetivo “formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade”. (SEED, 2008, p. 31) Dessa forma, a avaliação, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos, para tomada de decisões necessárias para que essa aprendizagem se concretize, aproximando a escola da comunidade e da sociedade como um todo, no contexto histórico atual e no espaço onde se insere os alunos. A proposta de trabalho e a avaliação devem servir na contribuição para o educador verificar sua prática, como também na construção do conhecimento por parte do educando, de forma que possa perceber seu próprio crescimento e sua contribuição coletiva. Será, portanto, de caráter diagnóstico e contínuo, respeitando o ritmo individual de aprendizagem, adotando os seguintes instrumentos avaliativos: Textos produzidos pelos alunos; Participação em sala de aula durante os debates; Atividades e exercícios realizados em sala e extraclasse; Atividades de pesquisa online; Oralidade (opiniões e sugestões coerentes, durante as discussões); Apresentação de temas (oral ou escrito) de pesquisas realizadas; Registro das aulas. Para a análise do progresso dos alunos, é preciso que o educador conheça o que o estudante pensava antes de trabalhar determinado conceito, para poder realizar as seguintes comparações: • Qual discurso tinha antes; • Qual conceito trabalhou; • Qual discurso tem após; • Qual conceito trabalhou; De acordo com o Regimento Interno e do Projeto Político Pedagógico, será 299 ofertado aos alunos que não alcançarem a nota máxima 10,0 (dez) a avaliação de recuperação dos conteúdos, sendo esses avaliados de suas formas: atividades de sala, trabalhos extraclasse, apresentações e debates, com valor 6,0 (seis virgula zero) e avaliação bimestral com valor 4,0 (quatro virgula zero). 300 5. REFERÊNCIAS _________. História da Filosofia. Lisboa: Ed. Presença, 1970. BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 1007. DURANT, Will. A história da filosofia. Rio de Janeiro: Nova Cultural, 1996. DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA – SEED – Secretaria de Estado da Educação do Paraná – Curitiba: Junho, 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré /Jussiara – PR. 301 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: FÍSICA NÍVEL: ENSINO MÉDIO PROFESSORA: CARINA ELIZABETE DA SILVA LUCIA NITA PLAÇA DAVANÇO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA KALORÉ 2012 302 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O objeto de estudo da Física é o universo em toda sua complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida, segundo Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressalte-se que os conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e entender essa natureza. A disciplina de Física propõe aos educandos o estudo da natureza dando sentido de realidade sensível, no entanto, é apresentado aos estudantes de ensino Médio o modelo de elaborações humano. No período paleolítico, o homem tentava garantir sua subsistência, observando as variações nos céus, que se iniciou o estudo dos movimentos. Na idade Média o conhecimento do universo foi associado a Deus, assim a filosofia medieval cristã submeteu- se a fé e as verdades ao cristianismo, influenciada por Platão e Aristóteles e a astronomia Geocêntrica. A Física qual a conhecemos hoje foi inaugurada por Galileu Galilei no séc. XVI, com uma nova forma de se conceber o universo. Quem completou o que Galileu e Descartes não chegaram a realizar foi Newton, a submeter o céu e a Terra às mesmas leis. Na Inglaterra, séc. XVIII, o capitalismo consolidava a sua formação, com a incorporação das máquinas e à indústria, mudando a maneira de produzir bens e dando início a grandes transformações sociais e tecnológicas (máquinas a vapor). É a revolução industrial burguesa que vai levantar a bandeira da educação gratuita para todos, até porque precisava se firmar com a classe dominante. Em 1808, com a vinda da família real ao Brasil o ensino de Física é traduzida para o nosso país a corte com a preocupação de formar engenheiros e médicos, de modo a formar as elites dirigentes do país. No cenário científico mundial, o início do séc. XX é marcado por uma nova revolução no campo de pesquisa da Física. Em 1905; Einstein propõe a teoria da relatividade, abrindo caminho para o desenvolvimento da mecânica quântica. A intensificação do processo de processo de industrialização no país, a 303 partir do ano 1950, tornou a física no Brasil parte dos currículos de ensino secundário, hoje Ensino Médio. Com o passar de décadas a Física foi tomando sua forma, lançando satélites artificiais, desenvolvendo projetos nacionais, informatizando, enfim, surgiu um novo padrão de formação e qualificação, devido ao uso no setor produtivo. A física é um conhecimento que permite elaborar modelos de evolução cósmica, investigar mistérios do mundo sub- microscópio, das partículas que compõem a matéria, ao mesmo tempo em que permite desenvolver novas fontes de energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias. Deve-se permitir em Física a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos, técnicas ou tecnologias, do cotidiano doméstico, social e profissional. O aprendizado de Física tem características específicas que podem favorecer uma construção rica em abstrações e generalizações, tanto de sentido prático como conceitual. A Física tem uma maneira própria de lidar com o mundo, que se expressa não só através da forma como apresenta, descreve e escreve o real, mas, sobretudo na busca de regularidades, a conceituação, a qualificação das grandezas, na investigação dos fenômenos, no tipo de síntese. Tem-se por objetivo que professor e estudantes compartilhem significados na busca da aprendizagem que ocorre quando novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o saber já existente, que eles trazem não se constitui numa verdade pronta e acabada, mas que pode funcionar como uma barreira a formulações de novos saberes. (CARVALHO FILHO, 2006, p. 12), inclusive com a possibilidade de substituí-lo. 304 2. CONTEÚDOS Os três conteúdos “Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo”, foram escolhidos estruturantes porque indicam campos de estudo da Física que, a partir de desdobramentos em conteúdos pontuais, possam garantir os objetos de estudo da disciplina da forma mais abrangente possível. Eles foram indicados a partir da história da Física enquanto campo de conhecimento devidamente constituído ao longo do tempo, e o entendimento, pelos professores, de que o Ensino Médio deve estar voltado à formação de sujeitos que, em que sua formação e cultura, agreguem a visão da natureza, das produções e das relações humanas. O estudo dos movimentos deve contemplar a compreensão das ideias de conservação de momentum, pois estão ligadas ao estudo de simetrias e leis de conservação, além da concepção de homogeneidade dos espaços. Também no estudo de colisões ou manifestação de recuo. Para os fins de estudos das partículas. As ideias de espaço, tempo e matéria. Mecânica clássica e relativística e quântica. Trabalhar ainda o conceito de força, a variação temporal, o impulso ou teoria newtoniana. Faz se necessária a abordagem do gravitação universal. No campo da Termodinâmica, os estudos devem caminhar com base nas Leis, que apresentam os conceitos de temperatura, calor como energia em trânsito, conservação de energia, os trabalhos de Mayer, Helmholtz, Maxwell e Gibbs. A Lei Zero dá enfoque as noções de energia em trânsito, equilíbrio térmico, propriedade termodinâmica. A Primeira Lei demostra a ideia de calor como forma de energia. A Segunda Lei perpassa a noção de máquinas térmicas, conduzindo ao conceito de entropia. Enquanto que na Terceira Lei elabora ideias sobre a quantização da energia e a consideração de suas moléculas. Com relação aos conceitos de eletromagnetismo levar aos estudos das quatro leis do Eletromagnetismo Clássico, possibilitando a compreensão das cargas elétricas, campo elétrico e magnético. Além da ideia de corrente elétrica e a variação da corrente no tempo, que levam as equações de Maxwell. Trabalhado ainda os circuitos elétricos e eletrônicos. Assim sendo importante o trabalho com o efeito fotoelétrico e a compreensão da descoberta dos quanta de luz, início da mecânica quântica e à imutabilidade da velocidade luz. 305 2.1 Conteúdos Estruturantes/Básicos CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Conservação movimentos de quantidade Variação da quantidade movimento( impulso) de de 2ª lei de Newton MOVIMENTO 3ª lei de newton e condições de equilíbrio Energia e o princípio da conservação da energia Gravitação Lei zero da Termodinâmica TERMODINÂMICA 1ª Lei da termodinâmica 2ª Lei da Termodinâmica Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas Força eletromagnética ELETROMAGNETISMO Equações de Maxwell: Lei de Gauss / Lei de Coulomb, lei de Ampère, lei de Gauss magnética, Lei de Faraday A natureza da luz e suas propriedades. 306 3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Utilizaremos meios de informação contemporâneos que estiverem disponíveis na realidade do aluno, tais como: jornais, revistas, leituras científicas, computadores e vídeo, como instrumentos didáticos, incentivando diferentes leituras e/ou análise crítica. Estimular visitas a instalações de produção do saber ou da informação, de forma a permitir ao aluno construir uma concepção significativa da realidade em que vive. Analisando a prática pedagógica, o professor deverá saber sobre quais os objetivos e expectativas a serem atingidos; qual concepção que se agrega às atividades propostas e dar significados as atividades desenvolvidas com os alunos, tais como: aulas dialogadas, leituras, pesquisas, debates, relatórios, atividades experimentais, jogos didáticos, entre outras, tendo a clareza que estas atividades devem ser problematizadoras, para que possa contribuir na formação de um sujeito intelectualmente autônomo. Experimentação em laboratório, dos assuntos estudados, para que o aluno possa vivenciar a teoria. A metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e assim oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, educação Fiscal, enfrentamento á Violência na escola, Prevenção ao Uso indevido de drogas, acompanhando e fortalecendo as ações de inclusão dos desafios Educacionais Contemporâneos nas Escolas da Rede Pública Estadual. No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como : Slides, DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, recortes de filmes, vídeos, imagens, aulas práticas em laboratório de Informática, Internet, dentre outros. O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades. 307 4. AVALIAÇÃO A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para avaliar a cada momento, o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica, através de instrumentos como: relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas, provas escritas, seminários, participação em debates e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem, considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos. Com a diversificação da avaliação levamos em conta todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto, seja ele literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva a Física. No entanto, a avaliação não será utilizada para classificar os alunos com uma nota, mas com o objetivo de auxilia- lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só tem sentido quando utilizada como instrumento para interferir no processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento. A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. Como meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos 308 alunos com necessidades especiais. A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é necessário que o professor, seja competente na elaboração e construção desses instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o adquiriram. Quantos aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar: A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem planejada; A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos; A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos; A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos da Física. A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura política e inclui valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e sociedade. Repensar os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica desvelar as ideologias em que se apoiam na perspectiva de sua superação. 309 5. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Física. Curitiba: SEED, 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações étnico-Raciais e para o Ensino de história e Cultura afro- brasileira e africana. 310 COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: HISTÓRIA NÍVEL: ENSINO MÉDIO PROFESSORA: LUCIANE CHAMORRO RODRIGUES PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA KALORÉ 2012 311 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A História, enquanto disciplina escolar, terá como espaço de tempo abordado os anos de 1970 até os dias atuais. Através deste recorte, objetiva-se expor as principais características do currículo da disciplina, suas permanências e mudanças, juntamente com a inserção da produção historiográfica nas práticas escolares, pois estende-se que o conhecimento histórico é selecionado e construído a partir das experiências sociais de todos os sujeitos e não apenas de um grupo fechado e elitista. Além disso, as sugestões para os conteúdos estruturantes devem privilegiar campos da investigação da história cultural, social, econômica e política, com significativa tematização dos mesmos e à luz da Nova História Cultural, inserindo-se, assim, conceitos relativos à consciência histórica e a reflexão. A intenção e objetivo da história é que o aluno desenvolva a capacidade de observar, extrair informações e interpretar características da realidade do seu entorno, estabelecendo relações entre as conjunturas atuais e históricas, pois quando nos propomos a levar aos alunos os vastos conteúdos históricos, o mesmo não pode se limitar a uma simples enumeração cronológica dos fatos ou pertencer ao modelo eurocentrista de estudo sobre a História. Dessa forma, o ensino de História favorece a formação do aluno como cidadão, construindo sua ética e sua cidadania, e possibilitando, de certa forma, que assuma a participação nas esferas sócias, políticas, econômicas, através de uma atitude crítica da realidade na qual se insere, além de possibilitar ao aluno refletir sobre os seus valores e suas práticas cotidianas e relacioná-las com as problemáticas históricas, proporcionado, por sua vez, uma interligação entre o passado e o presente. Sendo assim, a partir da definição teórico-metodológica que nortearia o ensino de História no Paraná, iniciou-se o processo de elaboração das diretrizes curriculares, processo esse, que teve a participação de todos os professores do Estado através de cursos, capacitação e formação continuada. Essa discussão entre todos os profissionais da educação proporcionou uma contribuição democrática para a elaboração deste novo documento. Referente a cultura afro-brasileira, destaca-se a inclusão nas diretrizes 312 curriculares da lei 10.639/03, que procura demonstrar a possibilidade do convívio pacifico dos diversos grupos étnico-racial, reforçando a auto estima dos alunos negros e procurando demonstrar a importância de seus antepassados para a formação da nação brasileira. Tudo isso possui o objetivo primordial de desconstruir o mito da democracia racial, que é a condição necessária para se alterar a produção e o ensino da história do negro no Brasil. O processo de ensino aprendizagem na disciplina de história, busca: Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos, mantendose as diferenças e a luta contra as desigualdades; Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempo; Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento interdisciplinar; Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar diversidade social considerando critérios étnicos; Dominar procedimentos de pesquisa escolar, produção de textos, aprender a observar e colher informações de paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais; Utilizar fontes históricas nas pesquisas escolares; Caracterizar e distinguir relações sociais de trabalho em diferentes realidades históricas; Enfatizar a História do Brasil e a História do Paraná e inserir conteúdos da História Afro-brasileira e Africana no contexto. 313 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS Para a seleção dos conteúdos a serem trabalhados no Ensino Médio, deve-se levar em conta que os conceitos utilizados na disciplina de História são historicamente construídos, tendo pôr sua vez, uma forte relação com o processo de surgimento e constituição das diversas formações sociais. Estes conceitos são instrumentos que permitem ao professor e ao aluno refletir sobre a prática, construindo assim, a percepção da formação da consciência histórica nesses sujeitos. Os conteúdos estruturantes de História são: Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais Os conteúdos básicos são : • Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre • Urbanização e Industrialização • O Estado e as Relações de Poder • Os Sujeitos, as Revoltas e as Guerras • Movimentos Sociais, Políticos, Culturais e as Guerras e Revoluções • Cultura e Religiosidade 314 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Pôr possuir como princípio a recusa de uma concepção de história tida como pronta e definitiva, sem diálogo com outras vertentes historiográficas, as Diretrizes Curriculares de História, elaboradas por uma equipe de professores da SEED, possuem como fundamentação teórico-metodológica o suporte na historiografia intitulada Nova História Cultural ou Nova Esquerda Inglesa, que realizam a crítica aos modelos das “verdades”, das generalizações e dos determinismos. Essa nova proposta metodológica norteia o trabalho dos professores de história para que abordem com maior ênfase, em sala de aula, a história cultural, a história “vista de baixo para cima”, a utilização de documentos históricos, tematização entre a macro e a micro história, amenizando, desta forma, os modelos eurocêntricos e préestabelecidos. O Ensino de História deve contemplar a legislação vigente/ Desenvolvimento Socioeducacional, referente a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola. O uso da biblioteca também é fundamental, cabendo ao professor orientar os alunos no conhecimento do acervo específico, as obras que podem ser consultadas, incluindo os bons hábitos de manuseio e conservação das obras. É tarefa de o professor investigar nos alunos, suas capacidades de questionar e criticar conteúdos e as abordagens existentes no contexto consultado, de modo que constituam gradativamente, autonomia na busca do conhecimento. Conceituar a história, diante de uma escola de campo, torna-se necessário resgatar a identidade dos povos do campo, para valorizar o seu trabalho, a sua história, o seu jeito de ser, os seus conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da natureza. Trata-se de uma valorização que deve se dar pelos próprios povos do campo, numa atitude de recriação da história. 315 4. AVALIAÇÃO A Avaliação do Ensino de História é processual e diagnóstica, subsidia todo o processo ensino-aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo clareza quanto ao como retornar conteúdos ou conceitos que visam as mudanças de atitudes. Como um processo, acompanha as práticas de Ensino a partir da reflexão crítica nos debates, textos, participação em pesquisas de campo, produção e análise escrita. Pontos fundamentais que demonstram articulação entre fontes conceituais e a prática vivida pelo cotidiano do aluno. Mediante a análise processual do desempenho do aluno, torna-se viável no ensino de História a recuperação paralela ao estudo dos conteúdos que prevê e provê meios para a superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas e significativas, coerentes ao contexto sociocultural, político e ambiental. De acordo como regimento escolar e o PPP o sistema de avaliação adotado pelo estabelecimento de ensino é bimestral e será composto pela somatória 6,0 (seis vírgula zero) referente as atividades diversificadas, mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) proveniente de uma prova escrita e/ou oral, totalizando nota final de 10,0 (dez vírgula zero). A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com atividades significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. 316 5. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: HISTÓRIA. Curitiba: SEED, 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. 317 COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA NÍVEL: ENSINO MÉDIO PROFESSORA: DARCI ARAVECHI FERREIRA BURANELLO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA KALORÉ 2012 318 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O ensino da Língua Portuguesa, desde sua implantação no Brasil, sempre atendeu aos interesses das classes dominantes; estando, portanto, carregado de ideologias e pressupostos de subordinação das classes menos favorecidas. Diante de tal realidade, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná propõem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas. Com isso, a Língua Portuguesa torna-se importante porque é através da linguagem que o homem se reconhece como humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da sociedade. A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica e socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição humana, ela pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho. Desse modo, esta proposta curricular fundamenta-se na concepção que norteia o ensino de Língua Portuguesa, que é a sóciointeracionista, em que se privilegia construção e reconstrução verbal, e não verbal, a socialização dos conhecimentos, considerando a relação dialógica e o contexto de produção. Logo, o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteúdo estruturante é o discurso enquanto prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita. Conceituar a Língua Portuguesa, diante de uma escola do campo, torna-se necessário resgatar a identidade cultural dos alunos, que vivem no campo e enfrentam os obstáculos que a realidade impõe. Com isso, deve-se pensar o currículo como orientações para o professor e assim garantir uma maior atenção à diversidade, valorizando a identidade, a expectativa e o interesse, a interação e os objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as necessidades do alunado e ao ritmo de aprendizado, na sociedade, em relação à Língua Materna. A cultura afro merece destaque na Língua Portuguesa, levando em 319 consideração o contexto racial, a diversificação e a miscigenação, vivenciando através de mimese situações reais: músicas, poesias, teatro, filmes, obras literárias, pesquisas da cultura afro, debates, textos diversificados e produção textual bem como, mostra cultural. Nesse sentido, compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas, é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento construtivo dessas múltiplas relações e nela se constitui continuamente”. Visto que a língua é um instrumento de construção da identidade e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania. Tendo e vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca: Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles; Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura; Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos; Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, leitura e escrita; Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão; Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial. 320 2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita se faz através da observação e inclusão; propiciando a interação de todas as diferenças individuais: psico-sociais, motoras e/ ou audio-visuais; possibilitando conteúdos pesquisas e avaliação diferenciadas: de forma discursiva, oral, gestual entre outras. Visto que as aulas de Língua materna existem efetivamente, no contexto das múltiplas relações. Compreendendo a linguagem como instrumento de construção da identidade, e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania. E também dando ênfase à cultura afro- brasileira, aos laços culturais do passado e do presente, que nos unem. Contribuindo para que os alunos percebam a dinâmica históricacultural do fazer literário e que a boa literatura transcende os limites de seu tempo e espaço. Focalizando vários gêneros discursivos: Crônicas, contos, fábulas, novelas, romances, biografias, propagandas, letras anúncios, de diálogos, músicas, fotos, , documentários, narrativas de depoimentos, aventura, cartazes, rótulos/embalagens, artigos de opinião, poemas, receitas, telejornais, lendas, peças teatrais, cartas pessoais, relatos pessoais, relatórios, seminários, debates, charges, tiras, pinturas, esculturas, fotos, cartazes, entrevistas e reportagens . 2.1 - Conteúdos Básicos Leitura: • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso ideológico presente no texto; 321 • Elementos composicionais do gênero; • Contexto de produção da obra literária; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Progressão referencial; • Partículas conectivas do texto; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo. Escrita: • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência textual; • Vozes sociais presentes no texto; • Ideologia presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Progressão referencial; • Partículas conectivas; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Vícios de linguagem; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência. 322 Oralidade: • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e do interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e gestuais, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Análise Linguística: • Coesão e coerência; • Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições, advérbios, locuções adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas, substantivos, substantivos, discurso direto e indireto, vozes verbais, concordância verbal e nominal, orações condicionais; • Pontuação e seus efeitos de sentido no texto. 323 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA O ensino de Língua Portuguesa tem por obrigação promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade. Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva. Nessa perspectiva, as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura serão: • Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros; • Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; • Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época referência à obra literária, exploração dos estilos do autor, da época, situação do momento de produção da obra e diálogo com o momento atual, bem como com outras áreas do conhecimento; • Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com nãoverbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Discussões que relacionem o tema com o contexto atual; • Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras 324 e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que dentam ironia e humor; • Leituras que suscitam no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Análises para estabelecer a progressão referencial do texto; • Leituras para compreensão das partículas conectivas. Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo interlocutivo, relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa forma, elas serão: • Produção textual a partir: da delimitação do tema; do interlocutor, do gênero, da finalidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; • Uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Utilização adequada das partículas conectivas; • Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto; • Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há continuidade temática etc.); • Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Produções que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Análise da produção textual quanto à coerência, coesão, continuidade temática, finalidade e adequação da linguagem ao contexto; • Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos na reescrita dos textos. 325 Já as atividades de oralidade deverão oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade serão: • Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos (e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Apresentações que explorem as marcas linguísticas típica da oralidade em seu uso formal e informal; • Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros; • Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes (por exemplo: diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc.), a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas. Em relação à literatura, esta será trabalhada de acordo com o Método Recepcional proposto pelas DCEq, buscando efetuar leituras compreensivas e críticas, sendo receptivo a novos textos e a leitura de outrem, questionando as leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte cultural, transformando os próprios horizontes de expectativas. Este trabalho divide-se em cinco etapas e caberá ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo com o plano docente e com a turma. Estas etapas são: • Determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor: o professor toma conhecimento e analisa os interesses e o nível de leitura dos alunos; • Atendimento do horizonte de expectativas: o professor apresenta 326 textos que sejam próximos aos conhecimentos e às experiências dos alunos; • Ruptura do horizonte de expectativas: é a apresentação de obras que partem da experiência do aluno, mas que também permitem aprofundar seus conhecimentos; • Questionamento do horizonte de expectativas: o professor orienta o aluno para que este faça uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos; • Ampliação do horizonte de expectativas: as leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos. Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de leitura, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim, os conteudos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto, as práticas de análise linguística deverão permitir: • A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos; • A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua; • O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções textuais; • A reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto, conduzindo o aluno às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção gradativa de um saber mais elaborado, a um falar sobre a língua. Nessa perspectiva, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as seguintes etapas: 1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto; 2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno 327 realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as questões: quem produziu? Onde? Quando? Para quê? Para quem?; 3ª_ plano linguístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada; 4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, ou seja, que seja de uso efetivo da língua. A metodologia utilizada pretende também contemplar a legislação vigente e assim oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal, e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento á Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo. 328 4. AVALIAÇÃO A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deverá ser um processo de aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno o longo do ano letivo. Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo tempo. Assim, a avaliação, em Língua Portuguesa, será realizada nas práticas: leitura, escrita, oralidade e análise linguística. A recuperação dos conteúdos será de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, podendo ser oferecido ao aluno, trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor. A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. Como meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais. A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é necessário que o professor seja competente na elaboração e construção desses instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o adquiriram. A recuperação de Língua Portuguesa será de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem sendo as atividades significativas, 329 sendo feita a divisão de notas através de trabalhos, avaliações, seminários, leitura e atividades diversas. Na leitura, espera-se que o aluno: • Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e nãoverbais; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Produza inferências a partir de pistas textuais; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Reconheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça as palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, intertextualidade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do 330 artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto; • Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias; • Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; • Respeite os turnos de fala; • Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos etc.; • Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos. Na análise linguística, espera-se que o aluno: • Utilize, adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes etc.; • Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo. Observação: os instrumentos utilizados para a concretização das avaliações acima serão especificados no plano de trabalho docente de acordo com cada série. 331 5. REFERÊNCIAS Chmoski M. Angela – Gusso e Finau A. Rosana LÍNGUA PORTUGUESA RUMO AO LETRAMENTO. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Portuguesa. 2009. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré /Jussiara – PR. 332 COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: JUSSIARA DISCIPLINA: MATEMÁTICA NÍVEL: ENSINO MÉDIO PROFESSORA: CARINA ELIZABETE DA SILVA BOCHIO LUCIA NITA PLAÇA DAVANSO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA KALORÉ 2011 333 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O Ensino Fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão mediante: o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem. O ensino da cultura brasileira aponta para a necessidade de desenvolver um trabalho voltado para a valorização da história e cultura Afro-brasileira e indígena, estabelecendo assim um compromisso com a educação étnico-racial. Destina-se a todos os cidadãos comprometidos com a educação visando a formação para a cidadania na construção de uma sociedade justa e transformadora. É importante entender a história da matemática no contexto da prática escolar como componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, os conteúdos estruturantes compreendem a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, as circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. A história da matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades na criação das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para a aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos. A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna, apropriar dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas. Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar criticamente as informações, localizar, representar, etc. Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É 334 preciso que o conhecimento informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a distância entre a Matemática da escola e a Matemática da vida. Portanto apresenta os conteúdos organizados, o que permite que os assuntos possam ser trabalhados de forma articulada. Essa organização também evita que um assunto precise ser esgotado num determinado momento, tornando o desenvolvimento dos conteúdos e aprendizagem mais dinâmicos. Com essa organização, o professor poderá alcançar os objetivos traçados e assim, os alunos têm oportunidade de ampliar assuntos e compreender as ideias matemáticas que estão sendo trabalhadas. Sendo organizada por meio de símbolos, a matemática torna-se uma linguagem e instrumento importante para a resolução e compreensão dos problemas e necessidades sociais dentro de cada contexto. Esses conhecimentos são considerados como instrumentos de compreensão e intervenção para a transformação da sociedade. Assim, o trabalho com a disciplina de matemática promoverá o desenvolvimento da consciência crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais. A matemática permite que se processe a percepção do valor científico da matemática, fazendo a relação entre a teoria (abstrata, plena de conceitos e definições) e a prática( concreta, plena de atividades explicativas do cotidiano). A busca de diferentes metodologias para subsidiar a prática pedagógica, implantará na contribuição para o desenvolvimento dos alunos, no que se refere aos conceitos fundamentais e conhecimentos matemáticos que proporcionem uma melhor compreensão da sua realidade e da realidade do aluno. ''Nesse contexto, sistematizar o conhecimento matemático é o papel da escola. Contribuir na aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar na utilização das tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere à criação e o uso dessas tecnologias. O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), 335 e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70. Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do aluno. 336 2. CONTEÚDOS • NÚMEROS E ÁLGEBRA Os números estão presentes na vida do homem desde tempos “remotos como os do começo da idade da pedra, o paleolítico” (STRUIK, 1997,P.29). A passagem do estágio de coleta para a produção de alimentos, por meio da atividade agrícola, foi uma transformação fundamental, que gerou processos acerca do conhecimento de valores e numéricos e de relações espaciais. A álgebra é um campo do conhecimento matemático que se formou sob contribuições de diversas culturas. Pode mencionar que álgebra egípcia, babilônia, grega, chinesa, hindu, arábica e da cultura europeia renascentista. Cada uma evidenciou elementos característicos que expressam o pensamento algébrico de cada cultura. Com Diofanto, no século III d.C., fez-se o primeiro sistemático de símbolo algébrico. Tal sistematização foi significativa, pois estabeleceu uma notação algébrica bem desenvolvida para resolver problemas mais complexos, antes não abordados. GRANDEZAS E MEDIDAS O homem, no decorrer da história, deparou-se com noções de maior e menor, de antes e depois, e com isso passou a realizar comparações entre espaços e entre períodos de tempo necessitando estabelecer valores qualitativos e quantitativos. Ou seja, para que pudesse ter uma visão da realidade, o ser humano precisou medir criar instrumentos de medida. “ A ação de medir é uma faculdade inerente ao homem, faz se parte de seus atributos de inteligência” (SILVA, 2004, p.35). Para Machado, “ a necessidade de medir é quase tão antiga quanto a necessidade de contar” (2000, p. 08). GEOMETRIAS No Ensino Fundamental, a geometria tem o espaço com a referência, de modo que o aluno consiga analisar e perceber seus objetos para, então, representar. Já no Ensino Médio, deve garantir ao aluno o aprofundamento dos conceitos da geometria plana e espacial em nível de abstração mais complexos. Nesse nível de ensino, os alunos realizaram análises dos elementos que estruturam a geometria euclidiana, através da representação algébrica, ou seja, a geometria analítica plana. FUNÇÕES 337 Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os seguintes conteúdos: • função afim • função quadrática Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos: • função afim • função quadrática • função polinomial • função exponencial • função logarítmica • função trigonométrica • função modular • progressão aritmética • progressão geométrica No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante Funções, é necessário que o aluno elabore o conhecimento da relação de dependência entre duas grandezas. É preciso que compreenda a estreita relação das funções com a Álgebra, o que permite a solução de problemas que envolvem números não conhecidos. O aluno deve conhecer as relações entre variável independente e dependente, os valores numéricos de uma função, a representação gráfica das funções afim e quadrática, perceber a diferença entre função crescente e decrescente. Uma maneira de favorecer a construção de tais conhecimentos é a utilização de situações problema. As abordagens do Conteúdo Funções no Ensino Médio devem ser ampliadas e aprofundadas de modo que o aluno consiga identificar regularidades, estabelecer generalizações e apropriar de uma linguagem matemática para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. O estudo das Funções ganha relevância na leitura e interpretação da linguagem gráfica que favorece a compreensão do significado das variações das grandezas envolvidas. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO O tratamento da informação é um conteúdo estruturante que contribui para o 338 desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e para interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral, são usados para apresentar ou descrever informações. 2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Números e Álgebra CONTEÚDOS BÁSICOS - Números Reais; - Números Complexos; - Sistemas lineares; - Matrizes e Determinantes; - Polinômios; - Equações e Inequações Exponenciais, logarítmicas e Modulares. Grandezas e Medidas - Medidas de Área; - Medidas de Volume - Medidas de Grandezas Vetoriais; - Medidas de Informática; - Medidas de Energia; - Trigonometria. Funções - Função Afim; - Função Quadrática; - Função Polinomial; - Função Exponencial; - Função Logarítmica; - Função Trigonométrica; - Função Modular; - Progressão Aritmética; - Progressão Geométrica. Geometrias Tratamento da Informação - Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não-euclidianas. - Análise Combinatória; - Binômio de Newton; - Estudo das Probabilidades; - Estatística; - Matemática Financeira. 339 3. METODOLOGIA DE ENSINO Para adotar uma linha de ação que contemple não apenas os conteúdos apresentados nos livros de matemática, mas também os conhecimentos trazidos pelo aluno, o professor deverá promover um ensino contextualizado para a formação dos conceitos a fim de possibilitar ao aluno o entendimento da matemática como instrumento para compreender e solucionar os problemas do cotidiano. Nesse processo, a matemática será compreendida como sendo capaz de ajudar a solucionar os problemas apresentados pela sociedade. O professor fará uso de encaminhamentos metodológicos variados, tais como: investigações matemáticas,jogos, mídias tecnológicas, história da matemática e desenvolvimento de projetos que aproximem a teoria e a prática, para que o aluno possa associar o conhecimento matemático aos diversos contextos sociais históricos e culturais. Os conteúdos, trabalhados de forma não-linear, proporcionam ao aluno a possibilidade de desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar, estimar, justificar, argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimuladas no aluno a intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo. No que se refere às dificuldades individuais encontradas na prática da matemática, os alunos deverão ser atendidos conforme suas especificidades, através de um olhar diferenciado e individualizado, com o intuito de promover a democratização do saber. A matemática, nesse sentido, simboliza a compreensão das relações cotidianas que interferem na produção do conhecimento. Assim, temáticas que se referem aos desenvolvimento sócioeducacional, como uso indevido de drogas, violência, diversidade cultural, dentre outros assuntos, podem permear as aulas de matemáticas, principalmente no eixo tratamento de informação, por meio de uma leitura de mundo, com vistas a efetivação de análises, reflexões e instigando a tomada de atitudes concernentes à promoção da cidadania. A matemática poderá contextualizar a geometria resgatando e valorizando a arquitetura africana, fato que incidirá na concepção das contribuições da cultura africana para o mundo, desde a antiguidade até os dias atuais. 340 4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequado para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Ë fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita,a gráfica, a numérica, a pictória, de forma a se considerar as diferente aptidões dos alunos. Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio da: Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em grupo), com justificativa do procedimento utilizado. A resolução de um problema envolve: compreender a situação por meio da leitura e interpretação, não ter a solução pronta de início, querer resolver a situação proposta, identificar o que precisa ser resolvido (calculado) e quais informações utilizar, planejar a solução, interpretar os resultados e analisar se eles são razoáveis ou não dentro do contexto e validar a solução,de atividades que tenham objetivos variados e possam ser trabalhadas em diversos momentos. Essas atividades podem ser questões abertas, cuja intenção é levar o aluno a perceber pelo enunciado, que a solução procurada não segue um modelo padronizado. As atividades também podem exigir justificativas escritas ou orais, com o objetivo de verificar a autonomia matemática adquirida pelos alunos. É importante que os alunos se acostumem a apresentar argumentos matemáticos justificando os procedimentos utilizados para resolver as atividades. Desse modo, aprendem a validar o raciocínio matemático que utilizam independentemente da opinião do professor. As atividades podem ser inventadas pelos alunos ( individualmente ou em grupo). A oportunidade de formular questões possibilita aos alunos atingirem um nível de conhecimento matemático mais elaborado e completo do que quando simplesmente resolvem as questões propostas. 341 Quando da realização de atividades específicas de avaliação (testes e provas), é importante esclarecer aos alunos o que se pretende avaliar, para que eles estejam atentos a esses aspectos. As questões propostas nesse modelo de avaliação devem ser coerentes ao trabalho pedagógico desenvolvido em sala de aula. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essa práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno: • comunica matematicamente, oral ou por escrito; • compreende, por meio da leitura, o problema matemático; • elabora um plano que possibilite a solução do problema; • encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático; • realiza o retrospecto da solução de um problema. A avaliação será contínua, processual, diagnóstica, formativa, diversificando, priorizando os aspectos qualificativos sobre os quantitativos. A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Assim será de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). 342 5. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Biologia. Curitiba: SEED, 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. 343 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: QUIMICA NÍVEL: ENSINO MÉDIO PROFESSORA: PATRÍCIA ELAINE RIBEIRO CEREJA. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA KALORÉ 2012 344 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza. As ciências naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos; conhecer a realidade externa bem além do alcance de uma mente individual e dos sentidos. "A ciência é uma construção completamente humana, movida pela fé de que, se sonharmos, insistirmos em descobrir, explicarmos e sonharmos de novo, o mundo de algum modo se tornará mais claro e toda a estranheza do universo se mostrará interligada e com sentido." (E. O. Wilson) Um dos objetivos da disciplina é de que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade objetiva e se utilize dele no seu cotidiano. A Química é a ciência da matéria e de suas transformações estudada através das diferentes propriedades macroscópicas que os elementos existentes na natureza apresentam, procurando explicar o seu comportamento ao nível microscópico. O desenvolvimento desta ciência tem permitido ao homem não só controlar certas transformações conhecidas mas também obter um número cada vez maior de novos materiais. Os tecidos das roupas que usamos, as borrachas sintéticas, os plásticos, a obtenção de metais e de ligas metálicas, os medicamentos, os sabões e detergentes biodegradáveis, a utilização dos combustíveis, os materiais usados nas construções de casas, móveis, embarcações, aviões, computadores, eletrodomésticos, etc., são exemplos da importância e da enorme aplicação dos processos químicos em nossa vida. A sociedade está em constante transformação e a escola não pode ficar à margem das grandes mudanças que estão a ocorrer. É então necessário um ensino que não se limite a um conjunto de fatos e conceitos, mais ao menos relacionados entre si, mas que provoque alterações do comportamento dos alunos, que os levem a reconhecer as potencialidades da Ciência e que os prepare de uma forma mais eficaz para as exigências da sociedade atual. A implementação das Tecnologias de Informação e Comunicação nas escolas representa um dos maiores desafios de inovação pedagógica e tecnológica 345 enfrentado pelos sistemas de educação em todo o mundo. A sua integração é um meio auxiliar bastante poderoso para ensinar e aprender Ciência e poderá modernizar o processo de ensino- -aprendizagem desde que a escola acompanhe as transformações sociais. A responsabilidade pela mudança pertence a todos, mas o professor só conseguirá evoluir se for ao mesmo tempo professor e aprendiz, criador de ambientes de aprendizagem que permitam a produção de novos conhecimentos. Buscar diferentes metodologias para embasar o seu fazer pedagógico, desenvolvendo nos seus alunos conceitos fundamentais e conhecimentos científicos que lhes proporcionam uma melhor compreensão da sua realidade e das realidades do aluno. Desenvolver a consciência crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais. Perceber o valor científico da química , fazendo a relação entre a teoria (abstrata,, plena de conceitos e definições) e a prática (concreta, plena de atividades explicativas do cotidiano). Sistematizar o conhecimento científico é papel da escola. Contribuir na aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar na utilização das tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere à criação e ao uso dessas tecnologias. De acordo com a concepção teórica assumida, são apontados os Conteúdos Estruturantes da Química para Ensino Médio, considerando seu objeto de estudo/ ensino: Substâncias e Materiais. O objeto de estudo da Química (Substâncias e Materiais) é sustentado pela tríade Composição, Propriedades e Transformações, presente nos conteúdos estruturantes Matéria e sua natureza, Biogeoquímica e Química Sintética. 346 2. CONTEÚDOS MATÉRIA E SUA NATUREZA É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de Química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: Matéria e sua natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento demais dos conteúdos estruturantes. BIOGEOQUÍMICA Biogeoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a influência dos seres vivos sobre a composição química da Terra, caracteriza-se pelas interações existentes entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir dos ciclos biogeoquímicos (RUSSEL, 1986, p. 02). Adota-se o termo biogeoquímica como forma de entender as complexas relações existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera, suas propriedades e modificações ao longo dos tempos para aproximar ou interligar saberes biológicos, geológicos e químicos. Assim, a partir da descoberta da íntima relação entre o crescimento das plantas e o uso do esterco, por exemplo, percebeu-se a importância do reuso do solo por meio de fertilizantes que mais tarde seriam produzidos em laboratório. QUÍMICA SINTÉTICA Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos produtos e materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e dos agrotóxicos. O conhecimento científico químico, atrelado ao conhecimento técnico, favorece o desenvolvimento de numerosas indústrias. A fabricação de substâncias e materiais, desenvolvida na indústria química após a Revolução Industrial, possibilitou um aumento notável no crescimento das indústrias de petróleo e derivados, entre eles os plásticos e vários tipos de polímeros. 347 2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos CONTEUDOS ESTRUTURANTES Matéria e sua natureza Biogeoquímica Química Sintética CONTEUDOS BÁSICOS MATÉRIA • Constituição da matéria; • Estados de agregação; • Natureza elétrica da matéria; • Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). • Estudo dos metais. • Tabela Periódica. SOLUÇÃO • Substância: simples e composta; • Misturas; • Métodos de separação; • Solubilidade; • Concentração; • Forças intermoleculares; • Temperatura e pressão; • Densidade; • Dispersão e suspensão; • Tabela Periódica. VELOCIDADE DAS REAÇÕES • Reações químicas; • Lei das reações químicas; • Representação das reações químicas; • Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão) • Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores); • Lei da velocidade das reações químicas; • Tabela Periódica. EQUILÍBRIO QUÍMICO • Reações químicas reversíveis; • Concentração; • Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); • Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalizadores; • Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ). 348 CONTEUDOS ESTRUTURANTES • Tabela Periódica CONTEUDOS BÁSICOS LIGAÇÃO QUÍMICA • Tabela Periódica; • Propriedades dos materiais; • Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; • Solubilidade e as ligações químicas; • Interações intermoleculares e as propriedades das substancias moleculares; • Ligações de Hidrogênio; • Ligação metálica (elétrons semi-livres); • Ligações sigma e PI; • Ligações polares e apolares; • Alotropia. Matéria e sua natureza Biogeoquímica Química Sintética REAÇÕES QUÍMICAS • Reações de Oxi-redução; • Reações exotérmicas e endotermicas; • Diagramas das reações exotérmicas e endotermicas; • Variação de entalpia; • Calorias; • Equações termoquimicas; • Princípios da termodinâmica; • Lei de Hess; • Entropia e energia livre; •Calorimetria; • Tabela Periódica. RADIOATIVIDADE • Modelos atômicos (Rutherford); • Elementos químicos (radioativos); • Tabela Periódica; • Reações Químicas; • Velocidades das reações; • Emissões radioativas; • Leis da radioatividade; • Cinética das reações químicas; • Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear). GASES • Estados físicos da matéria; • Tabela Periódica; • Propriedades dos gases (densidade/ difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); • Modelo de partículas para os materiais gasosos; 349 • Misturas Gasosas; • Diferença entre gás e vapor; • Leis dos gases. FUNÇÕES QUÍMICAS • Funções Orgânicas; • Funções Inorgânicas; •Tabela Periódica. 350 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Analisando a prática pedagógica, a partir da concepção de Química como Ciências, propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados metodologicamente numa abordagem articulada, seguindo uma perspectiva crítica e histórica, considerando a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos. Assim, esta proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por uma abordagem crítica que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos historicamente construídos. Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber quais os objetivos e expectativas a serem atingidas, atentando para a valorização dos costumes de cada indivíduo, buscando na diversidade cultural coexistente, respaldo ético para tratar as diferenças e minimizar as desigualdades, enfatizando a cultura Afro-Brasileira e a cultura do campo, de onde advém grande parte dos alunos. Através de trabalho dirigidos, com vistas a inclusão social, promover a emancipação do cidadão , com ações coletivas em favor da construção do conhecimento. No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como : Slides, DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, aulas práticas em laboratório de química e de informática , dentre outros. O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades. A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a capacidade de resolução de problema, o que implica na necessidade de vinculação do conteúdo trabalhado com o contexto social em que o aluno está inserido; o conhecimento deve ser construído por ele, não somente transmitido, pois aquilo que ele traz como experiência influencia na sua aprendizagem. Deve-se incentivar atividades extraclasse o desenvolvimento de projetos interdisciplinares e a iniciação à pesquisa. É necessário que os saberes da Química sejam ensinados oportunizando aos alunos o acesso ao conhecimento científico, como condição para o desenvolvimento da atitude cidadã. É urgente que se perceba que a educação não é só o 351 desenvolvimento intelectual. Devemos fazer ganhar espaço a criatividade e o desenvolvimento da personalidade, do espírito crítico e dos valores éticos e morais. O trabalho com a Química possibilitará a execução de uma educação voltada para a formação da autonomia, evidenciando um processo educacional autônomo e libertador, favorecendo a compreensão de mundo, nos diversos aspectos (contextos sociais, históricos e econômicos), para que o indivíduo esteja preparado para construir sua própria cidadania, em respeito as multiplicidades culturais e étnicas. A Química nesse sentido proporcionará ao indivíduo vivenciar o ser humano de forma integral, inserindo em um contexto histórico. A Química em sua abrangência poderá estar inserida nas relações mediadas pelo trabalho no campo, como produção material e cultural da existência humana, de modo que venha a promover novas relações de trabalho e de vida para os povos do campo. Quanto a abordagem das culturas indígenas e africanas, serão propostos trabalhos de pesquisa e investigação acerca das substâncias químicas já utilizadas no passado (mumificação, cirurgias, medicamentos, pintura do corpo etc.), com a intenção de resgate e valorização cultural. Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental com base na Lei 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, relacionando-os aos conteúdos estruturantes de modo contextualizado; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, permearão as aulas de Química, onde se oportunizará debates, Pesquisas bibliográficas, recortes de filmes , com o auxílio dos laboratórios de Práticas e Informática, para maior contextualização do assunto. 352 4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. “Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma etapa isolada”. (Libâneo 1994, p.200). Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica, com relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas em grupos e testes, resolução de situações problemas e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem. Considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos e o planejamento. É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita, a gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as diferente aptidões dos alunos. Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio de observação (por parte do professor) da participação, do interesse, da criatividade, da autonomia e do raciocínio utilizado na resolução de problemas. O registro dessas observações pode ser realizado em tabelas, listas de controle, diário de classe, relatórios de aulas prática de laboratório , entre outros, utilizando-se critérios previamente estabelecidos de acordo com os objetivos do trabalho pedagógico. Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em grupo), com justificativa do procedimento utilizado. Pensando na avaliação/recuperação os meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação em sala 353 de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais. A recuperação de estudos deve ser paralela aos conteúdos estudados, de acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é necessário que o professor seja competente na elaboração e construção desses instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o adquiriram. A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura política e inclui valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e sociedade. Repensar os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica desvelar as ideologias em que se apoiam na perspectiva de sua superação. 354 5. REFERÊNCIAS DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - QUÍMICA. Secretária de Educação do Estado do Paraná, 2008 DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO EDUCAÇÃO - Secretária de Educação do Estado do Paraná, 2006. Disponível na página do Portal Educacional do Estado do Paraná http://diaadiaeducacao.pr.gov.br EDUCAÇÃO AMBIENTAL / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento da Diversidade. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba : SEED – PR., 2008. - 112 p. - (Cadernos Temáticos da Diversidade, 1). EDUCANDO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS II / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., 2008. - 208 p. - (Cadernos temáticos dos desafios educacionais con temporâneos, 5). ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA/ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., 2008.- 93 p.– (Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos, 4). PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS/ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. –Curitiba: SEED – Pr., 2008. - 152 p. – (Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâ neos, 3). PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. 355 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: SOCIOLOGIA NÍVEL: ENSINO MÉDIO PROFESSORA: LUCIANE CHAMORRO RODRIGUES PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA KALORÉ 2011 356 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A sociologia é uma disciplina curricular obrigatória no Ensino Médio e de suma importância para a compreensão da problemática social, pois é uma ciência que tem por objetivo estudar a interação social dos seres vivos nos diferentes níveis de organização da vida. O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a sociedade capitalista, contudo, não existe uma única forma de interpretar a realidade e esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor. Compreender as características das sociedades capitalistas tem sido a preocupação da Sociologia desde o inicio da sua consolidação como ciência da sociedade no final do século XIX. Nesse período, o capitalismo se configurava como uma nova forma de organização da sociedade caracterizada por novas relações de trabalho. Essas mudanças levaram os pensadores da sociedade da época a indagações e a elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes olhares e posicionamentos políticos. Desde então, essa tem sido a principal preocupação dessa ciência, qual seja, entender, explicar e questionar os mecanismos de produção, organização, controle e poder institucionalizados ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade. É preciso perceber que a amplitude das transformações sociais, políticas, culturais, econômicas e ecológicas que a sociedade e o planeta estão vivendo, não permite explicações estreitas ou sectárias, com pretensões de apropriar-se da verdade. Por outro lado, a complexidade e a amplitude que caracterizam as sociedades contemporâneas, não devem intimidar ou amedrontar, mas sim desafiar o estudo, para a pesquisa e para uma melhor compreensão e atuação política no mundo em que vivem. Portanto, espera-se da disciplina de Sociologia, que ela contribua para 357 melhorar o senso critico dos seus alunos para que estes possam transformar a realidade e conquistar mais participação ativa na sociedade. Diante de uma escola de campo, percebe-se a necessidade dessa disciplina uma vez que os conteúdos norteadores da prática educativa contemplam a pesquisa, debate e a problematização a partir das teorias sociológicas e, sobretudo de valorização da diversidade ético raciais, isto é, reconhecer a influência africana formação cultural brasileira e pensar a realidade do campo, assumindo uma política agrária, capaz de incluir, preservar, compreender as lutas sociais camponesas, ou seja, onde campo e cidade sejam vistos dentro do princípio da igualdade social e da diversidade cultural. Dessa forma tem-se por objetivo, levar o aluno a perceber que as relações que se estabelecem na sociedade são históricas e socialmente construídas; Compreendendo a importância de se questionar a existência de verdades absolutas, sejam elas para a compreensão da ciência ou do cotidiano; Possibilitar ao educando, como sujeito social compreender a sua realidade imediata e o que se estabelece além dela. Desenvolvendo a autonímia intelectual capaz de direcionar ações que levem à transformação social. 358 2. CONTEÚDOS 1- O processo de Socialização e as Instituições Sociais 2- Cultura e Indústria Cultural 3- Trabalho, Produção e Classes Sociais 4- Poder, Política e Ideologia 5- Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais 2.1 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES O processo de Socialização e as Instituições Sociais Cultura e Indústria Cultural CONTEÚDOS BÁSICOS Processo de Socialização; Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas; Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc). Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; Diversidade cultural; Identidade; Indústria cultural; Meios de comunicação de massa; Sociedade de consumo; Indústria cultural no Brasil; Questões de gênero; Culturas afro brasileiras e africanas; Culturas indígenas. 359 Trabalho, Produção e Classes Sociais Poder, Política e Ideologia Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais O conceito e trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; Desigualdades sociais: estamentos; castas, classes sociais Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; Globalização e Neoliberalismo; Relações de trabalho; Trabalho no Brasil. Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; Democracia, autoritarismo, totalitarismo; Estado no Brasil; Conceitos de Poder; Conceitos de Ideologia; Conceitos de dominação e legitimidade; As expressões da violência nas sociedades contemporâneas. Direitos: civis, políticos e sociais; Direitos Humanos; Conceito de cidadania; Movimentos Sociais; Movimentos Sociais no Brasil; A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; A questão das ONG's. 360 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA O ensino de sociologia deve atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises. Encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como leituras de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeitos do seu aprendizado, a partir de recursos audiovisuais, contribuindo eficazmente para que os educandos relacionem a teoria com o vivido, revendo conhecimentos e reconstruindo coletivamente novos saberes que oportunizam a transformação social. O trabalho a ser realizado em uma escola de campo parte de uma aprendizagem significativa, contextualizada a partir de leituras diversas, pesquisas, produções escritas e depoimentos. Assim, o ensino de sociologia, deve proporcionar condições eficazes para que os educandos sejam capazes de traçar um paralelo entre o passado, presente e futuro, conscientizando-se, dessa maneira, do seu papel enquanto agente afetivo na mudança da realidade individual, local e global. Devemos atender especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, que podem ser realizados a partir da leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Estes podem partir de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constituem importante elemento para que os alunos relacionem teoria com a pratica social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cabe à Sociologia, a pesquisa de campo, articulando os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e critica de elementos da realidade social do aluno. 361 4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A avaliação no ensino de sociologia perpassará todas as atividades, desse modo é processual e diagnóstica, subsidia todo o processo ensino aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferencendo clareza quanto ao retomar os conteúdos ou conceitos que visam a mudança de atitudes. De acordo como regimento escolar e o PPP o sistema de avaliação adotado pelo estabelecimento de ensino é bimestral e será composto pela somatória 6,0 (seis vírgula zero) referente as atividades diversificadas, mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) proveniente de uma prova escrita e/ou oral, totalizando nota final de 10,0 (dez vírgula zero). A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com atividades significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional as avaliações como um todo, ou seja, equivalerá de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero) de apreensão e retomada dos conteúdos. A partir da reflexão crítica nos debates, textos, filmes, participação em pesquisa de campo, produção e análise em escrita. Pontos fundamentais que demonstram a articulação entre teoria e prática, qualidade de vida e democracia. Mediante a análise processual do desempenho do aluno, torna-se viável no ensino sociológico uma recuperação concomitante que prevê meios para a superação das dificuldades do educando, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas significativas, coerentes no contexto social, político, cultural e econômico. Esperando que os alunos se identifiquem como seres eminentemente sociais, compreendendo a organização e a influência das instituições e grupos sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo, refletindo sobre suas ações individuais, percebendo assim que as ações em sociedade são interdependentes. 362 5. REFERÊNCIAS DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, DCEs, Sociologia, Secretaria de Estado da Educação, SEED, Curitiba, 2008. DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, DCEs, Educação do Campo, Secretaria de Estado da Educação, SEED, Curitiba, 2006. CADERNOS TEMÁTICOS/Secretaria de Estado da Educação. Superitendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba: SEED – Pr., 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afrobrasileira e Africana na Escola. Curitiba: SEED, 2005 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR. 363 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: KALORÉ DISCIPLINA: LEM - INGLÊS NÍVEL: ENSINO MÉDIO PROFESSORA: TANIA REGINA DOMINGUES DE FIGUEIREDO CANELO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM - INGLÊS KALORÉ 2012 364 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA No mundo contemporâneo, o papel do Ensino Médio na vida dos alunos torna-se cada vez mais decisivo. Nesta etapa da vida escolar, os adolescentes se preparam para desafios, consolidam valores e atitudes, elaboram projetos de vida, encerram um ciclo de transformações no qual se instrumentam para assumir as responsabilidades da vida adulta, sendo assim no Brasil o ensino da Língua Estrangeira Moderna sempre esteve atrelado aos interesses político-econômicos, reforçando o aspecto de dominação das classes privilegiadas sobre as classes menos favorecidas. Por isso, atualmente, as Diretrizes Curriculares Estaduais propõem um ensino que contribua para reduzir as desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam. Dessa forma, os alunos com necessidades educacionais especiais receberão atendimento de acordo com suas especificidades, dentro das possibilidades da escola e do professor. Para tanto, o ensino da LEM terá como referencial teórico a Pedagogia Crítica, que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade. Isso porque é através da língua que os indivíduos interagem e assumem seu papel na sociedade. Nesta perspectiva, as relações entre língua, texto e sociedade serão reconhecidas com importantes no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo; uma vez que as questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder e as questões da política e da pedagogia não se separam. Além disso, no mundo atual, que tende a uma globalização total, é imprescindível o conhecimento da língua inglesa, que traz consigo princípios básicos como: formação para a cidadania, inclusão social, reconhecimento da diversidade cultural, construção de identidades sociais transformadoras e consciência do papel das línguas na sociedade e na construção do conhecimento, norteiam esta prática. Assim, os Desenvolvimentos Socieducacionais devem integrar o trabalho docente durante todo ano letivo. Diante de uma escola de campo, torna-se necessário resgatar a identidade 365 cultural desses alunos que vivem no campo e enfrentam os obstáculos que essa realidade impõe. Neste contexto, a língua aqui é entendida como uma produção construída nas interações sociais, marcadamente dialogistas, é um espaço de construções discursivas inseparáveis das comunidades interpretativas que as constroem e que são por ela construídas. Sendo assim, os objetivos do ensino da Língua Inglesa para o Ensino Médio são: Desenvolver uma prática reflexiva e crítica, ampliando os conhecimentos linguísticos dos alunos, permitindo que os mesmos percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes em todos os discursos; Formar leitores críticos que reajam aos diferentes textos com que se deparam e entendam que por trás de cada texto há um sujeito com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido; Oportunizar aos alunos reflexões que os façam perceber que as formas linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a prática social de uso da língua ocorre; Proporcionar através da leitura um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade; Permitir que os alunos percebam a necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações; Favorecer a familiarização dos alunos com sons específicos da língua que estão aprendendo; Criar condições para que os alunos assumam uma postura transformadora com relação aos discursos que lhes são apresentados; Valorizar e reconhecer a Cultura Afro-Brasileira com grande contribuidora na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial; Resgatar e valorizar a cultura do campo. 366 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS 2.1 - Conteúdo Estruturante O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita. 2.2 - Conteúdos Básicos Gêneros discursivos: biografias, sinopses de filmes, letras de músicas, crônicas, documentários, cartas, depoimentos, propagandas, anúncios, diálogos, fotos, narrativas de aventura, cartazes, rótulos/embalagens, artigos de opinião, fábulas, depoimentos, resenhas, resumos. Leitura: • Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários; • Interpretação observando: conteúdo, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; • Linguagem não-verbal; • As particularidades do texto em registro formal e informal; • Finalidade do texto; • Estética do texto literário; • Realização de leitura não linear dos diversos textos. Escrita: • Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas. • Paragrafação; • Clareza de ideias; • Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão. Oralidade: • Variedades linguísticas; • Intencionalidade do texto; • Particularidades de pronúncia da língua estudada em diferentes países; • Finalidade do texto oral; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos 367 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA No ensino de LEM, a língua deve ser considerada como algo que se constrói e é construído por uma determinada comunidade. Isso porque a língua determina a realidade cultural, ao mesmo tempo em que os valores e as crenças culturais criam, em parte, sua realidade linguística. Porém, para que os alunos compreendam bem isso, é preciso desenvolver atividades diversificadas nas práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística; respeitando as especificidades dos alunos inclusos e garantindo aos mesmos desenvolvimentos de suas potencialidades. Na leitura, é preciso considerar que os gêneros discursivos organizam a fala da mesma maneira que constituem as formas gramaticais. Logo, é fundamental que se apresente aos alunos textos em diferentes gêneros textuais, tendo como objetivo maior a interação com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais, para que os alunos tornem-se leitores críticos e que reajam aos diversos textos com que eles se deparam e entendam que por trás deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido. Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos. serão temas dos textos a serem trabalhados em sala, além de outros possíveis temas surgidos a partir das necessidades e especificidades de cada turma. Com isso, a leitura estará trazendo um conhecimento de mundo que permite ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. No entanto, para que a leitura em LEM se transforme realmente em uma situação de interação, é imprescindível 368 que os alunos sejam subsidiados com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e discursivos. Para tanto, as atividades de leitura serão: • Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros; • Relevância dos conhecimentos prévios dos alunos; • Inferências de informações implícitas no texto; • Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos; • Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade dos mesmos; • Questões que levam o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto; • Leitura de outros textos, através de pesquisa, para a observação das relações dialógicas. Com relação à escrita, ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa, pois, em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação. O interlocutor é um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem os alunos vão produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência. Logo, as atividades de escrita serão: • Discussão sobre o tema a ser produzido; • Leitura de textos sobre o tema; • Produção textual; • Revisão textual; • Reestrutura e reescrita textual. Já as estratégias de oralidade têm por objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua estrangeira segundo suas limitações. Dessa forma, as atividades de oralidade serão: • Apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos, reportagens, recortes de filmes, documentários etc.; • Análise dos recursos próprios da oralidade; • Dramatização de textos. 369 Quanto à análise linguística, esta deve ser trabalhada de forma contextualizada, a partir dos textos estudados, a fim de favorecer a compreensão por parte dos alunos da estrutura e dos recursos utilizados na língua estrangeira. Para tanto, serão desenvolvidas atividades de: • Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir: de gêneros selecionados par leitura ou escrita, de textos produzidos pelos alunos e das dificuldades apresentadas pelos alunos; • Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua. Para atender este propósito, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as seguintes etapas: 1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto; 2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as questões: quem produziu? onde? quando? para quê? Para quem?; 3ª_ plano linguístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada, e também as atividades de fixação de vocabulário, que devem ser através de jogos (bingos, dominós, caça-palavras etc.); 4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, ou seja, que seja de uso efetivo da língua. 370 4. AVALIAÇÃO Avaliar não se resume a constatar o nível do aluno nem a distribuir conceitos. É um instrumento para orientar a ação pedagógica e detectar como melhorar o ensino. Para o aluno, um retorno de seu desenvolvimento. No caso da Língua Estrangeira, outro fator entra em cena: a dimensão afetiva. Em contraste com outras disciplinas, o ensino de idiomas envolve vários fatores que podem dificultar a aprendizagem, como a frustração pela não - comunicação e a reação emocional pelo estranhamento do novo idioma. Testes que tenham como objetivo apenas checar, por exemplo, o domínio de um ponto específico da gramática é ineficaz para verificar o conteúdo aprendido. Assim, a avaliação, em Língua Estrangeira, será realizada nas práticas: leitura, escrita, oralidade e análise linguística. Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo tempo. A recuperação dos conteúdos será de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, podendo ser oferecido ao aluno, trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor. A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. Como meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais. A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os 371 conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é necessário que o professor seja competente na elaboração e construção desses instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o adquiriram. A recuperação de Língua Estrangeira, será de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem sendo as atividades significativas, sendo feita a divisão de notas através de trabalhos, avaliações, seminários, leitura e atividades diversas. Na leitura, espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto considerando a construção de significados possíveis e a sua condição de produção; • Perceba informações explícitas e implícitas no texto; • Argumente a respeito do que leu; • Amplie, no indivíduo, o seu horizonte de expectativas; • Estabeleça relações dialógicas entre os diferentes textos; • Conheça e utilize a língua inglesa como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais. Na escrita, espera-se que o aluno: • Produza e demonstre na produção textual, a construção de significados; • Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta; • Diferencie a linguagem formal da informal; • Estabeleça relações entre partes do texto, identificando repetições ou substituições. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Reconheça as variantes lexicais; • Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente clareza nas ideias; • Desenvolva a oralidade através a sua prática. Na análise linguística, espera-se que o aluno: • Utilize, adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes etc.; • Amplie o vocabulário; 372 • Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo. Os instrumentos utilizados de avaliação serão adaptados para atender as necessidades educacionais especiais dos alunos em cada série. como: seminários, atividades escritas, ( provas, relatórios, dissertações, sínteses, produção de textos); atividades orais (provas debates,palestras); pesquisas de campo, bibliográficas; trabalho em grupo e individual. A recuperação dos conteúdos será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual se necessário durante as horas-atividade do professor. 373 5. REFERÊNCIAS BRAHIM, A. C. S. M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto e Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de língua inglesa. Dissertação de Mestrado Unicamp: Campinas, 2001. Cap.1. CORACINI, M. J. R. F. Leitura: decodificação, processo discursivo...? In CORACINI, M. J. R. F. (org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995. P. 13-20. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna. 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR. REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.