Jornal - Sociedade Portuguesa de Pneumologia
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Jornal - Sociedade Portuguesa de Pneumologia
PUB JORNAL Distribuição gratuita no Congresso Praia da Falésia 25 a 27 outubro de 2013 Edições Em colaboração com Sociedade Portuguesa de Pneumologia Pág. 2 Bem-vindos ao XXIX Congresso de Pneumologia! Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro Pág. 2 Cessação tabágica no doente portador de patologia pulmonar Dr.ª Lourdes Barradas Pág. 4 Comissão de trabalho de tuberculose Tuberculose extra pulmonar Dr.ª Aurora Carvalho Pág. 4 Comissão de alergologia respiratória Dr.ª Lígia Pires Pág. 5 Comissão de Tabagismo da SPP Dr.ª Ana Figueiredo Pág 6 Pneumotórax e empiema – abordagem cirúrgica Dr. João Bernardo Pág. 7 Importancia de las resistências bacterianas en las infecciones respiratórias Dr.ª Inmaculada Alfageme Pág. 8 Pneumonias eosinofílicas Dr.ª Natália Melo Pág. 9 Tratamento e prevenção do tromboembolismo venoso Pág. 9 Pneumotórax: estudo genético Prof.ª Doutora Inês Sousa Pág. 10/11 Programa Pág. 12 Terapêutica supressora da pseudomonas aeruginosa (PA): novas abordagens no contexto do consenso europeu Dr.ª Pilar Azevedo Pág. 13 Pneumonias víricas – Revista das revistas Dr.ª Salete Valente Pág. 14 Ventilação não invasiva Dr.ª Bebiana Conde Pág. 15 Repensar o futuro no tratamento da DPOC Prof. Doutor Agostinho Marques Pág. 16 Pneumologia de intervenção Revista das revistas Dr.ª Ana Oliveira NOVOS CAmINhOS PARA A PNeumOLOgIA em PORTugAL Pág. 16 Imunoterapia no cancro do pulmão Dr. Fernando Barata Pág. 17 Boehringer Ingelheim lidera investigação clínica em Portugal Pág. 18 Comissão de pneumologia oncológica Dr.ª Paula Alves Pág. 18 Asma em 30 anos: um flash Prof. Doutor Agostinho Marques dia 26 de outubro, pelas 20h00, Thomé Villar Pág. 19 Reabilitação respiratória na sala Dr.ª Inês Quininha Faria dia 26 de outubro, pelas 20h00, na sala Thomé Villar dia 26 de outubro, pelas 20h00, na sala Thomé Villar Saboreie o Simpósio Alimentação e Doente com DPOC com a presença da chef Justa Nobre Dr.ª Sofia Furtado (Pneumologista) Saboreie o Simpósio Alimentação eACESSO Doente com DPOC com a presença da chef Justa Nobre AO SIMPÓSIO/ Dr.ª Sofia Furtado JANTAR Saboreie Simpósio Dr. António JorgeoFerreira (Pneumologista) (Pneumologista) Alimentação e Doente com(Nutricionista) DPOC Dr.ª Maria Ana Carvalho com a presença da chef Justa Nobre Dr.ª Sofia Furtado (Pneumologista) 2 25 a 27 de outubro de 2013 Bem-VINDOS AO XXIX CONgReSSO De PNeu m E sta reunião, que decorrerá de 25 a 27 de Portuguesa de Pneumologia (SPP), os temas E é também o ponto de encontro obrigató- Sessões da responsabilidade de Comissões de outubro de 2013, no Centro de Congressos mais atuais e discutidos os aspetos mais rele- rio e uma oportunidade continuada de troca de Trabalho e 220 apresentações (o que constitui Sana Epic, na Praia da Falésia, inclui também, na véspera, dois Cursos de Pós-Graduação: um na área da Patologia do Sono, com um corpo docente integrando alguns dos principais expoentes nacionais e europeus nesta matéria e outro de natureza teórico-prática, sobre Imunoterapia na asma. Durante três (quatro) dias, no Algarve, serão abordados, no Fórum anual da Sociedade vantes da Patologia Respiratória. Esta é igual- ideias e de projetos no âmbito das várias Co- um número record de comunicações livres), dis- mente a oportunidade para apresentação, à co- missões de Trabalho, dos Grupos de Interesse tribuídas por 8 Sessões de Comunicações Orais munidade científica, dos trabalhos clínicos e de e de outras estruturas recentes da SPP, como e 8 de Posters digitais, traduzindo desta forma investigação dos diversos grupos, promovendo o Gabinete de Monitorização da Doença Respi- o vigor da nossa Sociedade, augurando assim o desejável contacto entre os diferentes centros ratória. uma participação ativa e bem representativa de do País e centros internacionais de reconheci- O Congresso desenvolve-se num programa da qualidade, motivando e estimulando assim o baseado em 2 conferências, 5 mesas-redondas, entusiasmo e a criatividade, principalmente dos 9 “Revista das Revistas”, 2 Sessões Institucio- participantes em fase de formação. nais, 7 Simpósios com o suporte da Indústria, 8 todas as regiões do país. Prof. Doutor Carlos robalo CorDeiro Presidente do XXIX Congresso de Pneumologia Farão parte do Programa os principais temas da patologia torácica, como a Asma, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, o Cancro do Pulmão, as Infeções Respiratórias (como a Pneumonia, a Gripe e a Tuberculose), as doenças Intersticiais, a Hipertensão Pulmonar, a Fisiopatologia Respiratória, os distúrbios do Sono, o Tabagismo, a Intervenção em Pneumologia, a Reabilitação Respiratória, a Ventilação não Invasiva, a Patologia da Pleura, a Fibrose CeSSAçã O O tabaco é a principal causa de morte evitável no mundo. O seu consumo constitui um dos maiores problemas de saúde pú- blica, com repercussão tanto na população fumadora como não fumadora. Por ano, morrem cerca de 5 milhões de pessoas no mundo por doenças relacionadas com o tabaco. O tabagismo é assim o principal fator de risco para as doenças respiratórias, destacando-se o cancro do pulmão e a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). O risco de morte por cancro do pulmão é 23 vezes superior no homem fumador e 13 vezes superior na mulher fumadora, quando comparado com os não fumadores. O tabagismo além de fator etiológico é também um fator de mau prognóstico. Os doentes que mantêm os hábitos tabágicos após o diagnóstico de cancro do pulmão em estadio inicial aumentam quase para o dobro o risco de morte em relação aos não fumadores. A cessação tabágica aumenta a qualidade de vida e a eficácia do tratamento cirúrgico, reduzindo o risco de complicações operatórias, recidiva e o aparecimento de segundos tumores. Apesar de todas estas evidências, cerca de metade dos fumadores mantém os hábitos tabágicos após o diagnóstico de cancro do pulmão. De entre as principais dificuldades encontradas neste tipo de doentes destacam-se: o stress e a ansiedade causadas pelo impacto do diagnóstico, a vivência da doença e os tra- 3 25 a 27 de outubro de 2013 PUB u mOLOgIA! A qualidade do Programa, diversificado AguARDAmOS, DeSTe mODO, NãO APeNAS umA FORTe PARTICIPAçãO, NOVAmeNTe e refletindo a vitalidade da comunidade respiratória, dificulta o anúncio de destaques, mas não se pode deixar de realçar a repetição da rubrica “Revista das Revistas”, que COm mAIS De 600 CONgReSSISTAS permite recolher um panorama abrangente e PReVISTOS, COmO TAmBém focado dos temas nucleares da patologia res- umA PReSeNçA ATIVA DOS DIVeRSOS PROTAgONISTAS piratória, a Conferência Thomé Villar, atualizando conceitos sobre Asma Brônquica, outra Conferência abordando novas possibilidades DA áReA ReSPIRATóRIA, de prevenção no Cancro do Pulmão, as Ses- NACIONAIS e INTeRNACIONAIS. sões Institucionais, com a Sociedad Española de Neumología y Cirurgía Torácica (SEPAR) e com a Associação Latino-Americana do Tórax OS “NOVOS CAmINhOS (ALAT), facilitando a troca de experiências nos PARA A PNeumOLOgIA respetivos países a respeito de um tema tão em PORTugAL” CONFLuem relevante e atual como as Resistências aos An- eSTe ANO PARA O ALgARVe, timicrobianos, com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia e com a Associação Portuguesa de ONDe eSPeRAmOS PODeR O sucesso desta reunião dependerá assim da energia e da motivação que formos capazes de dispensar para o seu desenvolvimento. Finalmente, os sinceros e vivos agradecimentos a todos quantos participam no congresso, presidentes, moderadores, oradores, mas principalmente aos autores das comunicações Medicina Geral e Familiar, discutindo em con- ReCeBeR-VOS De FORmA junto a necessidade de identificar e diagnosti- “INSPIRADA” e SAuDáVeL, cretariado da SPP, ao Secretariado e Agência do car precocemente a Doença Pulmonar Obstru- ReTRIBuINDO A VOSSA PReSeNçA Congresso, à nossa Agência de criação de con- tiva Crónica. Não se descurou também a componente COm O CONVíVIO CIeNTíFICO e SOCIAL que TODOS AmBICIONAmOS. livres, à Comissão Organizadora Local, ao Se- teúdos e de comunicação, e à Indústria Farmacêutica, suporte essencial para que estas ações Quística, o Défice de Alfa1 Antitripsina, entre social, com espaço para inovação: no dia 25 ha- outros. verá um jantar de convidados que inclui debate Os “Novos caminhos para a Pneumologia Aguardamos, deste modo, não apenas uma sobre doenças obstrutivas das vias aéreas e no em Portugal” confluem este ano para o Algar- forte participação, novamente com mais de 600 dia 26 o jantar de encerramento, com um sim- ve, onde esperamos poder receber-vos de for- congressistas previstos, como também uma pósio dedicado à alimentação do doente respi- ma “inspirada” e saudável, retribuindo a vossa presença ativa dos diversos protagonistas da ratório, com participação de nutricionista e de presença com o convívio científico e social que área respiratória, nacionais e internacionais. cozinheira de renome. todos ambicionamos. continuem a ser possíveis. ã O TABágICA NO DOeNTe PORTADOR De PATOLOgIA PuLmONAR tamentos a que têm de ser sujeitos, as expec- vo, muitas vezes com necessidade de associa- va Crónica) a cessação tabágica apresenta-se tativas quanto ao futuro, o receio da recaída, os ções terapêuticas, e com uma duração de tra- como a única medida de tratamento efetiva baixos níveis de auto confiança, o impacto da tamento mais prolongado, entre 6 a 12 meses. para evitar a progressão e reduzir a incidência doença a nível familiar e profissional e muitas A cessação tabágica deve ser parte integrante de DPOC. vezes o sentimento de culpa por não ter deixado do tratamento. de fumar. Também de acordo com a Sociedade Res- OS PROFISSIONAIS De SAúDe Têm OBRIgAçãO De INCeNTIVAR OS SeuS DOeNTeS PORTADOReS De CANCRO Em relação à DPOC, 15% dos fumadores piratória Europeia (ERS) a cessação tabágica é DO PuLmãO A ABANDONAR OS háBITOS TABágICOS; Na maior parte dos casos, os membros fu- de 20 cigarros/dia e 25% dos fumadores de 40 um dos meios mais importantes para melho- madores do agregado familiar mantêm os há- cigarros/dia desenvolverão esta doença, apre- rar o prognóstico dos doentes respiratórios. bitos tabágicos, o que vai dificultar ainda mais sentando um risco 10 vezes superior de morte, Os pneumologistas devem exercer um papel o processo de cessação tabágica no doente. De mais uma vez em comparação com os não fu- proativo e continuado com todos os fumado- Tem De SeR INSTITuíDO madores. res, motivando-os para pararem de fumar e um PLANO TeRAPêuTICO mAIS De acordo com o Programa GOLD (Inicia- prestando-lhes tratamento; devem igualmente tiva Global para a Doença Pulmonar Obstruti- receber formação para assegurar que têm o co- AgReSSIVO. NA mAIOR PARTe DOS CASOS nhecimento, atitudes e competências necessá- O RISCO De mORTe POR CANCRO Dr.ª lourDes barraDas Diretora do Serviço de Pneumologia do Instituto Português de Oncologia de Coimbra. (IPOC, FG, EPE) rios para realizar estas intervenções. Desta forma, os profissionais de saúde têm DO PuLmãO é 23 VezeS SuPeRIOR obrigação de incentivar os seus doentes por- NO hOmem FumADOR e 13 VezeS tadores de patologia respiratória a abandonar SuPeRIOR NA muLheR FumADORA, quANDO COmPARADO COm OS NãO FumADOReS. os hábitos tabágicos, devendo inclui-los num programa de cessação tabágica. O apoio deve ser feito por um equipa multidisciplinar que deve abordar a dependência física e psicológi- Os doentes portadores de patologia respi- ca, alertar para os riscos de manter os hábitos ratória são mais dependentes da nicotina, facto tabágicos e mostrar os benefícios da cessação. que poderá implicar um maior esforço para que deve ser envolvido e se forem fumadores devem Os fumadores devem ser informados sobre o programa de cessação tenha sucesso. Ainda ser aconselhados a entrar num programa de as várias terapêuticas disponíveis, nomeada- assim, o impacto negativo do tabagismo nestes cessação. modo a evitar esta situação o agregado familiar mente as terapêuticas a nível farmacológico e a doentes justifica um investimento de esforços Os profissionais de saúde têm obrigação nível comportamental. A terapêutica com subs- na cessação tabágica, pela relação custo-bene- de incentivar os seus doentes portadores de titutos de nicotina, a vareniclina e a bupropiona fício que esta apresenta. cancro do pulmão a abandonar os hábitos ta- associados à terapêutica comportamental, são O tratamento para cessação tabágica deve bágicos; na maior parte dos casos tem de ser importantes na manutenção da abstinência a ser integrado no controlo da patologia respira- instituído um plano terapêutico mais agressi- longo prazo. tória do doente. 4 25 a 27 de outubro de 2013 Comissão de trabalho de tuberculose TuBeRCuLOSe eXTRA PuLmONAR A tuberculose continua a ser um grave pro- de revisão e discussão de temas controversos. Um poder atingir qualquer órgão/localização, embora orgânicos/ tecidos colhidos de acordo com a loca- blema de saúde pública a nível mundial, dos objetivos tem sido envolver nestas atividades as localizações mais frequentes sejam a nível de lização em que se suspeita de doença; a histologia em 2011 quase 9 milhões de casos de tu- internos de especialidade e jovens especialistas; gânglios linfáticos, a pleural e a osteoarticular é um meio de diagnóstico útil em muitas destas lo- berculose em todo o mundo, cerca de um terço elaborações de recomendações em diferentes áre- Em muitos doentes a evolução é lenta e calizações; o doseamento de ADA (líquido pleural, da população mundial já esteve exposta ao Myco- as da tuberculose - do diagnóstico ao tratamento, indolente e o diagnóstico de tuberculose extra pericárdico, peritoneal) e, em casos excecionais, bacterium tuberculosis e novas infeções ocorrem ao ritmo de uma por segundo. Em Portugal, a incidência de tuberculose tem vindo a diminuir progressivamente, em 2012 a incidência foi de 21,6 casos por 100.000 habitantes, próximo do que é considerado um país de baixa incidência (20 casos por 100.000 habitantes). De qualquer modo, continua a ser o único país de média prevalência da Europa Ocidental. No combate à doença ainda há muito trabalho a desenvolver, e esse trabalho tem de envolver todos os profissionais de saúde, os responsáveis políticos e a população em geral. algumas das recomendações foram elaboradas pulmonar exige um elevado índice de suspeição. o teste de IGRA, podem ser úteis na confirmação/ em parceria com representantes de outras socie- A confirmação do diagnóstico nem sempre é fácil /exclusão do diagnóstico de tuberculose. dades científicas; responder a questões de vária e em alguns casos é mesmo um diagnóstico de ordem, relacionadas com tuberculose, e que são exclusão. A terapêutica específica diminui a morbilidade e a mortalidade mas muitas vezes é uma tera- colocadas quer pela sociedade civil ou por entidades que pedem um parecer científico à sociedade. Promover e /ou participar em atividades de âmbito cientifico associadas às comemorações do Dia Mundial da Tuberculose; participação na reunião anual da sociedade portuguesa de pneumologia, organizando uma mesa redonda com atualização de temas que se procura ser um pouco mais abrangentes ou controversos; O tema escolhido para a reunião anual da SPP de 2013 foi a tuberculose extra pulmonar, cuja incidência tem vindo a aumentar. Na União Europeia um cada cinco casos de tuberculose é de localização extra pulmonar. Em Portugal, em 2012, foram diagnosticados 2480 casos de tu- Dr.ª aurora Carvalho Coordenadora da Comissão de trabalho de tuberculose berculose dos quais 72,5% correspondiam a envolvimento pulmonar, nestes havia atingimento O diagnóstico diferencial com outras entidades pêutica empírica. A dificuldade em conseguir con- extra pulmonar em 6,53%. Em 682 casos o en- clínicas é frequente, particularmente quando há for- firmação mico bacteriológica do diagnóstico e em volvimento era exclusivamente extra pulmonar. mação de granulomas epitelioides com ou sem ne- realizar de testes de sensibilidade aos antibacilares O aumento da incidência de casos de tubercu- crose e de que é exemplo o diagnóstico diferencial tem implicações terapêuticas, particularmente na lose extra pulmonar está relacionado, por um lado entre tuberculose intestinal versus doença de Chron. fase de manutenção. A utilização de testes de am- No sentido de promover a atualização e divul- com a elevada prevalência da infeção VIH- SIDA e A associação de tuberculose extra pulmonar plificação de ácidos nucleicos pode ser uma ajuda gação de conhecimentos em tuberculose a comis- por outro lado com o desvio da curva de incidência com lesões pulmonares ativas ou sequelares é são de trabalho de tuberculose tem vindo a desen- de tuberculose para grupos etários mais velhos. frequente. Assim, a avaliação destes doentes in- A tendência para um aumento de prevalência importante no apoio às decisões terapêuticas. volver a sua atividade prioritariamente em quatro A disseminação linfohematogenea que ocor- clui obrigatoriamente uma radiografia do tórax. de tuberculose extra pulmonar, as dificuldades na vertentes: promoção de uma reunião científica re durante a infeção pulmonar relacionada com a A pesquisa de bacilos álcool acido resistentes e a confirmação do diagnóstico e na elaboração da anual em que o objetivo principal é manter a atu- exposição inicial ao Mycobacterium tuberculosis realização de testes de amplificação de ácidos nu- proposta terapêutica bem como na avaliação da alização em tuberculose - apresentação de temas explica o facto de a tuberculose extra pulmonar cleicos (TAAN) devem ser efetuadas nos líquidos resposta justificam a escolha deste tema. COmISSãO DA ALeRgOLOgIA ReSPIRATóRIA N este vigésimo nono Congresso Nacional Na Comunidade Económica Europeia tem Respiratórias (PNDR) foi criado na Direção Geral de Pneumologia a Comissão da Alergolo- havido grandes avanços no que diz respeito ao de Saúde em Janeiro de 2012. Tem como objetivo gia Respiratória da SPP tem duas grandes controle e regulamentação dos extratos dos aler- desenvolver atividades que minimizem o sofri- génios utilizados nas vacinas, caminhando-se mento dos doentes com doenças respiratórias para a padronização. Em Portugal brevemente crónicas. apostas: - Curso pré-congresso de imunoterapia específica na asma. Dr.ª lígia Pires Coordenadora da Comissão de Trabalho da Alergologia Respiratória Assistente Hospitalar de Pneumologia no Centro Hospitalar do Algarve - Painel de discussão sobre “Asma no Programa Nacional das Doenças Respiratórias. O curso de imunoterapia tem como objetivo formar e incentivar a dedicação dos Pneumologistas a esta área. As vacinas antialérgicas para aeroalergéneos estão em desenvolvimento expo- vai estar disponível a sua prescrição eletrónica, A asma é uma das doenças englobadas estando o acesso limitado às seguintes espe- pelo PNDR, uma vez que atinge 10% da popu- cialidades médicas: pneumologistas, pediatras, lação portuguesa, afetando adultos e crian- imunoalergologistas, otorrinolaringologistas e ças. A nossa comissão escolheu este tema dermatologistas. com o intuito de colaborar na realização deste Depois deste curso temos como objetivo pu- programa na asma. Pretendemos promover a blicar as linhas de orientação de imunoterapia discussão apoiada no conhecimento científi- específica na asma da SPP. co e na experiência no terreno dos Pneumo- nencial, existindo mais estudos que demonstram asma alérgica de inicio recente e doentes que a sua eficácia quando utilizadas criteriosamente também apresentem rinite alérgica. Nas crianças O tema “Asma no Programa Nacional das logistas, que podem também funcionar como nos doentes asmáticos. A sua eficácia aumen- com rinite alérgica, a sua utilização pode prevenir Doenças Respiratórias” não foi escolhido inocen- agentes promotores de ativismo e mobilização ta quando utilizadas em crianças, doentes com o futuro desenvolvimento de asma. temente. O Programa Nacional para as Doenças social. JORNAL agradece o apoio de todos os que contribuíram para a realização deste Jornal, nomeadamente: Edições Comissão Organizadora Coordenação: Paula Pereira [email protected] Avenida Infante D. Henrique, n.º 333 H, Esc. 37, 1800-282 Lisboa Tel.: 218 504 065 | Fax: 210 435 935 [email protected] | www.newsfarma.pt PATROCINADOReS 5 25 a 27 de outubro de 2013 COmISSãO De TABAgISmO DA SPP A 24 de março de 1989, 15 anos após a fun- A preocupação com o impacto do tabagismo é ram a revisão da diretiva sobre o tabaco, mas com gistas, que o cancro do pulmão e a DPOC estão dação da Sociedade Portuguesa de Patolo- Mundial, e a luta contra este flagelo tem que ser alterações em relação à proposta inicial, tendo intimamente relacionados com o número de gia Respiratória (SPPR), 24 membros ela- coordenada e concertada. No passado dia 8 de algumas das medidas mais duras sido abando- cigarros fumados, e que a asma, as doenças boraram um abaixo-assinado segundo o qual era outubro decorreu no Parlamento Europeu mais nadas ou modificadas. É no entanto importante infeciosas respiratórias, as doenças do inters- obrigação da SPPR ter uma atitude ativa na luta uma votação sobre a Diretiva dos Produtos de salientar que as medidas já tomadas para reduzir tício pulmonar e a patologia do sono também antitabágica, pelo que solicitaram a criação de Tabaco, tendo os Deputados sido sujeitos a um o consumo de tabaco permitiram passar de 40% têm uma correlação importante com este hábi- uma Comissão de trabalho dedicada a esta área. lobby sem precedentes por parte da indústria do de fumadores na União Europeia em 2002 (então, to. Temos por isso o dever de perguntar a todos Só 3 anos depois, em 1992, foi eleita a 1.ª coor- tabaco. Assim, e apesar de toda a intervenção/ com 15 Estados-membros) para 28% em 2012, os nossos doentes se fumam, e caso o façam denação (Dr. José Reis Ferreira e Dra. Eduarda /advocacy desenvolvida pelas ONGs internacio- com 27 Estados-membros. explicar os benefícios da cessação tabágica e Pestana) e a Comissão iniciou a sua atividade com nais e nacionais (em que se incluiu a Comissão Todos temos o dever de fazer alguma coi- a denominação de Comissão de Trabalho de Luta de Tabagismo da SPP), os eurodeputados aprova- sa. Temos o dever de saber, como pneumolo- Antitabágica. Em novembro de 1999 foi aprovada por unanimidade a alteração da denominação para Comissão de Trabalho de Tabagismo. Dr.ª ana figueireDo Coordenadora da Comissão de Tabagismo da SPP Ao longo destes 22 anos muitas foram as mudanças: a consciência de que o tabagismo é uma dependência com forte impacto na morbilidade e mortalidade dos fumadores e conviventes foi-se enraizando, e palavras como Prevenção e Controle do Tabagismo tornaram-se familiares. A Comissão de Tabagismo foi crescendo e atuando em áreas tão distintas como a Prevenção (ações na comunidade incluindo rastreios com realização de espirometrias e doseamento de CO no ar expirado, elaboração de posters e folhetos, organização de atividades no dia Mundial Sem Tabaco e no Dia do Não Fumador), a Formação (elaboração de normas de atuação no Tabagismo adaptadas à realidade nacional, realização de ações de formação para pessoal de saúde, incluindo cursos pós-graduados nos Congressos anuais da SPP e no âmbito da Escola de Pneumologia) e Intervenção (mais de 90% das consultas Hospitalares de Cessação Tabágica são efetuadas por Pneumologistas, que colaboraram também ativamente na formação de médicos de Medicina Geral e Familiar para criação de Consultas especializadas). O nosso trabalho continua, e tem cada vez mais que ser integrado numa dinâmica global. TODOS TemOS O DeVeR De FAzeR ALgumA COISA. TemOS O DeVeR De SABeR, COmO PNeumOLOgISTAS, que O CANCRO DO PuLmãO e A DPOC eSTãO INTImAmeNTe ReLACIONADOS COm O NúmeRO De CIgARROS FumADOS, e que A ASmA, AS DOeNçAS INFeCIOSAS ReSPIRATóRIAS, AS DOeNçAS DO INTeRSTíCIO PuLmONAR e A PATOLOgIA DO SONO TAmBém Têm umA CORReLAçãO ImPORTANTe COm eSTe háBITO. oferecer ajuda. A intervenção breve resulta! 6 25 a 27 de outubro de 2013 PNeumOTóRAX e emPIemA - ABORDAgem CIRúRgICA PNeumOTóRAX vez mais adeptos, pois permite internamentos mais lazer e seguidamente procede-se a uma abrasão ca ou vídeo assistida o tórax terá sempre de ficar drenado. curtos, menos dolorosa, tempo de recuperação para pleural. Esta é a melhor técnica pois permite a Classicamente o pneumotórax é sujeito a ci- o trabalho também mais curto e igualmente eficaz adesão dos folhetos pleurais de forma uniforme. rurgia nos casos de recidiva homolateral ou pneu- quanto aos resultados. Cabe aqui salientar que o Sendo o pneumotórax uma patologia do individuo motórax contralateral; mas nos pacientes com um tratamento cirúrgico do pneumotórax é o único que jovem este tem uma boa probabilidade de necessi- pneumotórax primário que tenham profissões de não tem recidivas, e se o tiver é porque o cirurgião tar de uma nova intervenção sobre o tórax durante A patologia da pleura é um dos parentes po- risco (pilotos de aviões, etc.) também está indicada não realizou a pleurodese devidamente. a cirurgia logo no primeiro episódio. emPIemA a vida, usando esta técnica as aderências são de bres relativamente às doenças que afetam o tórax, Do ponto de vista técnico na cirurgia do pneu- fácil lise e uniformes na consistência. Esta é a ra- e além disto temos as modas, que estão a interferir A cirurgia do pneumotórax pode ser feita com motórax ressecam-se bolhas ou a área de enfise- zão pela qual se tem vindo a abandonar as técnicas com os tratamentos de uma forma abissal. Quando recurso a toracotomia mínima ou por cirurgia vídeo ma onde se situa a fístula bronco pleural, ou pode- de pleurectomia e escarificação pleural. afirmo isto estou a lembrar que hoje, na presença assistida, estando esta ultima técnica a ganhar cada -se fazer a termo ablação com electro-cautério ou Há que salientar que usando cirurgia clássi- de um derrame pleural, o exame clínico e a observação cuidada de uma radiografia já não servem para orientar o tratamento se não dispusermos de uma ecografia torácica. Não pondo em causa o valor desta técnica, a verdade é que hipertrofia de tal modo as franjas de fibrina que se encontram num empiema TRIBUNAL livre, que o doente é frequentemente proposto para cirurgia devida á presença de um derrame loculado com septações que só existem na ecografia. Esta dos utilização massiva da ecografia tem feito chegar às salas de cirurgia pacientes tratáveis só com uma drenagem torácica. Como agora estamos na moda de fazer tudo por cirurgia minimamente invasiva, este tipo de patologia acaba por ser aliciante para qualquer cirurgião que faz uma descorticação vídeo assistida com ótimos resultados embora sujeitando o paciente a uma anestesia geral. EDITAL PROGRAMA 1 Juíz Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro 14h’30 às 15h’30 Dr. João bernarDo Centro Hospitalar Universitário de Coimbra 4 Advogados Drª. Paula Simão, Dr. João Cardoso, Dr. Filipe Froes, Profª. Doutora Marta Drummond Nas fases inflamatórias dos empiemas, onde CASO 1 | Quando iniciar a corticoterapia inalada na DPOC? as decorticações por VATS são de fácil execução, muitos deles são tratáveis só com uma boa dre- Advogados Dr.ª Paula Simão Dr. João Cardoso nagem torácica, anti-inflamatórios e cinesiterapia respiratória. Nos outros casos terá de ser feita uma descorticação pulmonar, que permitirá libertar o pulmão do colete-de-forças em que se encon- Jurados Assistência (televotação) tra, e que se pode fazer por cirurgia aberta ou vídeo assistida. Esta última tem vantagens nos tempos de internamento, na recuperação pós-operatória CASO 2 | Será que existem diferenças entre os corticoídes inalados? e na estética. Por outro lado obriga a um tempo anestésico mais longo e em doentes com patolo- Advogados Dr. Filipe Froes Profª. Doutora Marta Drummond gias associadas (cardíacas ou respiratórias) em que não seja possível fazer a cirurgia com um só pulmão ventilado, terá de se utilizar a toracotomia clássica. Esta última é também o processo tera- Jurados Assistência (televotação) pêutico nos casos mais evoluídos dos empiemas com paquipleurites muito marcadas, dado que nestes casos não se consegue criar espaço entre a pleura e a parede torácica para a introdução da fonte de luz e as portas de trabalho doas instrumentos cirúrgicos. Há que também salientar que usando a toracotomia ou a VATS numa descorticação pulmonar é extremamente importante que estes pacientes iniciem reabilitação respiratória precoce (no dia imediato á cirurgia), se possível mais de uma vez 1-N15MSR dia; anti-inflamatórios e a deambulação precoce, mesmo tendo a drenagem torácica. Nestes casos o cuidado com as drenagens torácicas para que não entupam deve ser redobrado. 7 25 a 27 de outubro de 2013 ImPORTANCIA De LAS ReSISTeNCIAS BACTeRIANAS eN LAS INFeCCIONeS ReSPIRATORIAS L as infecciones respiratorias serán la cuarta los macrólidos y quinolonas cuando se incrementa causa de muerte según la OMS en los próxi- la dosis. El patrón de resistencias varia de unas Sin embargo, no solo la resistencia a los an- mos años, y en la actualidad es la principal zonas a otras, concretamente las resistencias a la tibióticos puede incrementar la mortalidad por causa de muerte por enfermedades infecciosas, penicilina se han mantenido mas o menos estables infección neumocócica, la mayor agresividad del Por tanto, las formas de afrontar las resisten- por encima del SIDA, diarrea, tuberculosis y ma- en los últimos años, mientras que las resistencias neumococo también se ha relacionado con el se- cias antibióticas a gérmenes frecuentes como el laria tanto en adultos como en niños. a macrólidos se han incrementado en los últimos rotipo, incluso la mayor facilidad para desarrollar neumococo, se basan en el uso racional de los anti- años y suponen un problema de salud, ya que im- resistencias; de hecho, 6 serotipos (6A, 6B, 9V, 14, bióticos y en la incorporación de las nuevas vacunas plican un fracaso terapéutico y la necesidad de uti- 19F y 23F), son responsables de más del 80% de conjugadas en los planes de vacunación estatales. lización de recursos sanitarios de mayor coste. los aislamientos de cepas resistentes a macrólidos. Estos 6 serotipos están incluidos en la nueva vacuna conjugada de 13 serotipos. Dr.ª inmaCulaDa alfageme Unidad de Gestión Clinica de Neumologia. Hospital Universitário Virgem de Valme, Sevilha. Diretora del Comité Cientifico y de Investigación de SEPAR En España, son la causa mas frecuente de consultas en atención primaria, constituyendo el 60% de las consultas por procesos infecciosos agudos y desembocando en un 53% de procesos tratados con antibióticos. Esto hace que sean la causa del 80% del uso de antibióticos en atención primaria. Por otra parte, las exacerbaciones agudas en los pacientes con EPOC (EAEPOC) se reconocen como un factor contribuyente al deterioro de los pacientes y contribuyen al incremento de la mortalidad en pacientes con EPOC de cualquier intensidad. El origen de estas exacerbaciones en el 80% de los casos es de etiología infecciosa y dentro de esta, el 60% lo es por causa bacteriana. Entre estos, los gérmenes mas frecuentemente mophylus influenzae y la Moraxella catarrhallis. La neumonía adquirida en la comunidad (NAC) es la infección respiratoria mas grave y su mortalidad se ve incrementada por la edad de los sujetos y por la comorbilidad. El organismo que con mas frecuencia se aísla en Europa, independientemente de la gravedad de la misma, es el neumococo. Por tanto, las NAC y las EAEPOC comparten gérmenes capaces de crear resistencias como son el Streptococcus pneumoniae y el Hemophylus influenzae. Hay dos factores responsables de la aparición de resistencias bacterianas, uno es la aparición de una mutación espontánea y el otro es la presión selectiva originada por el uso incorrecto y excesivo de antibióticos. La finalidad del tratamiento antibacteriano debe ser reducir o erradicar la carga bacteriana, sobre todo en patologías donde las infecciones bronquiales son frecuentes y recurrentes como en la EPOC, el conseguir esto impediría en parte la aparición de resistencias. Desde los años 70 ha habido especial interés en la aparición de resistencias en el organismo mas frecuentemente encontrado en EAEPOC como en NAC: el neumococo. La resistencias a los antibióticos se localizan en la zona del organismo en que estos actúan. Concretamente la resistencia del neumococo a la penicilina se localiza a nivel de la pared celular, mientras que la resistencia a los macrólidos lo hace en el RNA y las quinolonas en el DNA. Esto se traduce en que mientras que la resistencia a la penicilina puede vencerse incrementando la dosis, esto no se consigue en el caso de AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, Lda Rua Humberto Madeira nº 7 Queluz de Baixo | 2730-097 Barcarena | Contribuinte N.º PT 502 942 240 | Capital Social 1.500.000 € | Mat. Cons. Reg. Com. Cascais sob o N.º 502942240 75.743.011 aprovado a 09-10-2013 hallados son el Streptococcus pneumoniae, el He- 8 25 a 27 de outubro de 2013 PNeumONIAS eOSINOFíLICAS A s pneumonias eosinofílicas pertencem ao As pneumonias eosinofílicas podem apre- mento com corticoides. Trata-se de um estudo tigo com as características acima mencionadas: grupo das doenças pulmonares difusas e sentar-se de forma aguda ou crónica (ou seja, retrospetivo, que incluiu a maior série de doen- caracterizam-se por uma infiltração exu- presença de sintomas < 1 mês ou > 1 mês, res- tes alguma vez publicada (n = 137). Verificou-se, berante de eosinófilos no interstício pulmonar petivamente), ou como síndrome de Löffler tran- após ajuste das diferenças das características e nos espaços alveolares, com preservação da sitório, que tem, na maioria das vezes, origem clínicas entre os grupos, que a eficácia dos dois sua arquitetura. Um denominador comum a es- parasitária. Quanto à etiologia, podem ser idio- protocolos de tratamento era semelhante, pelo tas doenças, mesmo nos casos que apresentam páticas ou estar relacionadas com uma causa que a sua duração pode ser encurtada para 2 conhecida (exposição a fármacos, substâncias semanas, mesmo nos doentes com insuficiên- tóxicas ou a infeção). Algumas destas doenças cia respiratória. afetam exclusivamente o pulmão, enquanto ou- A pneumonia eosinofílica crónica (PEC) tras surgem no contexto de doenças sistémicas, idiopática é caracterizada por uma clínica de como o síndrome de Churg-Strauss (CSS) ou os início progressivo, desenvolvendo-se, em algu- síndromes híper eosinofílicos idiopáticos. mas semanas, uma doença pulmonar infiltrativa Long-term outcomes of 118 patients with eosinophilic granulomatosis with polyangiitis (Churg-Strauss syndrome) enrolled in two prospective trials(3). Observou-se uma ótima taxa de sobrevivência (90% aos 7 anos), independentemente da gravidade inicial da doença. A idade ≥ a 65 anos foi o único fator associado a risco elevado de morte durante o período de monitorização (média de 80 meses). O risco de recaída foi mais alto nos doentes com positividade para ANCA anti-MPO e mais baixo naqueles com > 3000 eosinófilos/ /mm³. com tosse, dispneia, astenia e emagrecimento. Encontra-se neste momento em prepara- Os sintomas respondem bem e rapidamente ção uma nova classificação para as doenças pul- ao tratamento com corticoides; contudo, com a monares eosinofílicas, coordenada pelo Profes- suspensão ou redução dos mesmos, as recaídas sor Jean-François Cordier. Os pontos de maior são frequentes, sobretudo nos doentes com his- discussão parecem ser uma nova denominação tória prévia de asma. Torna-se, assim, premente para o CSS (Granulomatose eosinofílica com encontrar alternativas terapêuticas, de forma a poliangeíte - EGPA), assim como a alteração minimizar os efeitos laterais de um tratamento dos seus critérios de diagnóstico, a definição prolongado. Neste contexto, foi publicado, no de asma hipereosinofílica com manifestações final de 2012, um artigo intitulado Successful Treatment of Chronic Eosinophilic Pneumonia with Anti-IgE Therapy(2), onde foi descrito o tratamento com anti-IgE em 2 doentes com asma e PEC com recaídas frequentes, verificando-se remissão da doença após 15 meses e 2 anos, respetivamente. O CSS é uma vasculite dos pequenos vasos definida por uma inflamação granulomatosa, rica em eosinófilos, envolvendo o trato respiratório e associada a asma e eosinofilia. É uma doença rara e com tratamento eficaz, mas as recaídas são, também, frequentes. Assim, são necessários estudos prospetivos com longos períodos de monitorização, para avaliar os resultados dos tratamentos administrados, as recaídas e identificar fatores de risco para as mesmas. O grupo francês de estudo de vasculites publicou, este ano, um ar- sistémicas (HASM) e a descrição de uma nova A pneumonia eosinofílica aguda (PEA) idiopática é uma doença que cursa habitualmente Dr.ª natália melo Assistente hospitalar do Serviço de Pneumologia, Centro Hospitalar de São João, EPE com febre, insuficiência respiratória, infiltrados pulmonares difusos e eosinofilia alveolar. Apresenta uma ótima resposta aos corticoides com poucas recaídas, contudo, verifica-se uma significativa variabilidade nos protocolos de alterações importantes na função pulmonar, é a tratamento recomendados, tanto na dose como resposta rápida ao tratamento com corticoides. na sua duração. Em fevereiro de 2013 foi publi- A eosinofilia alveolar é definida pela con- cado, no European Respiratory Journal (ERJ), tagem diferencial de células superior a 25% um artigo intitulado Clinical characteristics and corticosteroid treatment of acute eosinophilic pneumonia(1) com o objetivo de clarificar algumas características clínicas da PEA e de comparar a eficácia de 2 versus 4 semanas de trata- (de preferência > 40%) de eosinófilos no lavado broncoalveolar (LBA) e a eosinofilia periférica por uma contagem de eosinófilos superior a 1000/mm³ (de preferência > 1500/mm³). 12, 13 e 14 DEZEMBRO 2013 Centro de Formação Hospital Dr. Fernando Fonseca, EPE Destinado a médicos especialistas e internos da especialidade de pneumologia. Limitado a 24 participantes. Secretariado: Centro de Formação | Hospital Dr. Fernando Fonseca, EPE Telefones_ 21 434 8381 / 8477 / 8243 Email_ sofia.oliveira@hf f.min-saude.pt Curso de 18 horas que incluí Sessões Teóricas e Práticas (hands-on), Bloco Operatório, Dicussão de Casos Clínicos e Prova de Avaliação Final. O curso mostrará também o confronto entre duas técnicas de Toracoscopia: Rígida e Fléxivel. Prelectores: Adriana Magalhães, Boléo Tomé, Fernando Rodrigues, Yvette Martins, Miguel Esquível, Moura e Sá, Rui Costa, Jorge R. Vieira, Manuela Baptista, José Almeida e Sofia Lourenço. Sociedade Portuguesa de Pneumologia Apoio: entidade denominada bronquiolite obliterativa hipereosinofílica, objeto de publicação de um artigo no ERJ em maio de 2013(4) e que motivou a discussão deste conceito em editorial do mesmo número. Referências bibliográficas 1. Rhee CK, Min KH, Yim NY, et al. Clinical characteristics and corticosteroid treatment of acute eosinophilic pneumonia. Eur Respir J. 2013; 41: 402-409 2. Shin YS, Jin HJ, Yoo H-S, et al. Successful treatment of chronic eosinophilic pneumonia with anti-IgE therapy. J Korean Med Sci 2012; 27: 1261-1264 3. Samson M, Puéchal X, Devilliers H, et al. Long-term outcomes of 118 patients with eosinophilic granulomatosis with polyangiitis (Churg-Strauss syndrome) enrolled in two prospective trials. Journal of Autoimmunity 43 (2013): 60-69 4. Cordier JF, Cottin V, Khouatra C, et al. Hypereosinophilic obliterative bronchiolitis: a distinct, unrecognized syndrome. Eur Respir J. 2013; 41: 1126-1134 9 25 a 27 de outubro de 2013 informação Tratamento e prevenção do tromboembolismo venoso: ReSuLTADOS DA ANáLISe COmBINADA DOS eSTuDOS eINSTeIN De FASe III, ReAFIRmAm XAReLTO® COm umA SOLuçãO eFeTIVA PARA O TRATAmeNTO DO TROmBOemBOLISmO VeNOSO COm um úNICO meDICAmeNTO ORAL N o Mundo Ocidental, uma pessoa em cada ção secundária de eventos aterotrombóticos após dade de tratamento injetável ou monitorização da co- 37 segundos morre devido à formação de uma síndrome coronária aguda (SCA). agulação.” coágulos que obstroem a circulação san- guínea nas veias profundas ou nos pulmões. Sobre o programa de desenvolvimento clínico eINSTeIN e análise agrupada 21 de outubro 2013 – Os dados do programa Adicionalmente, uma sub-análise do estudo O programa clínico piloto EINSTEIN compreende clínico de fase III EINSTEIN, publicados hoje na EINSTEIN DVT recentemente publicado online na três estudos de Fase III, que compararam rivaroxaba- Os resultados da análise de mais de 8.000 revista Thrombosis Journal, reforçam que, a abor- revista Thrombosis and Haemostasis vem con- no em monoterapia com a terapêutica dupla com he- doentes reafirmam o perfil clínico melhorado de dagem de tratamento com um único medicamento firmar que Xarelto® melhora a satisfação com o parinas de baixo peso molecular (HBPM) e um antago- Xarelto como uma solução efetiva para o tra- oral com o novo anticoagulante da Bayer Health- tratamento, em comparação com a terapêutica nista da vitamina K (AVKs) no tratamento da trombose tamento do tromboembolismo venoso com um Care Xarelto® (rivaroxabano) é eficaz no tratamento tradicional com dois fármacos. Os dados referem venosa profunda (TVP) e embolismo pulmonar (EP), e único medicamento, comparativamente à abor- e prevenção secundária da TVP e EP recorrentes, ainda que Xarelto® melhora a adesão e persistên- na prevenção secundária da TVP e EP recorrentes. dagem terapêutica tradicional com dois fárma- apresentando um perfil de segurança comparável à cia com o tratamento na prevenção de longa du- Na análise combinada de mais de 8.000 doen- cos. terapêutica padrão com dois fármacos. ração de episódios recorrentes trombos venosos tes, o rivaroxabano demonstrou não-inferioridade em relação à HBPM enoxaparina e AVKs em termos ® Xarelto® está associado a uma redução de Xarelto® reduz significativamente a taxa de he- em comparação com AVKs, tais como varfarina. 46% dos eventos de hemorragia major, incluindo morragia major em 46%, incluindo o risco de hemor- Estes resultados complementam uma análise de de eficácia (HR 0,89 (IC 95% 0,66-1,19), p <0,0001), hemorragia fatal, comparativamente ao trata- ragia fatal, em comparação com a abordagem tradi- satisfação do doente, publicada no estudo EINS- com taxas de incidência global para o objetivo prin- mento padrão com dois fármacos, apresentando cional de tratamento com dois fármacos - heparinas TEIN PE, e indicam que Xarelto® promove uma cipal de segurança – hemorragia major e não major taxas de incidência semelhantes no objetivo prin- de baixo peso molecular (HBPM) seguidas de AVKs maior adesão à terapêutica e persistência, tanto clinicamente relevante - semelhantes à enoxapari- cipal de segurança (hemorragia major e não ma- – oferecendo simultaneamente um perfil benefício- no tratamento agudo como na prevenção secun- na e AVKs (HR 0,93 (IC de 95% 0,81-1,06), p = 0,272). jor clinicamente relevante). -risco melhorado independentemente da idade do do- dária, independentemente do tipo de coágulo ve- É importante salientar que o rivaroxabano permitiu ente, do seu estado clínico, sexo, peso ou função renal. noso. reduzir significativamente a hemorragia major (HR Adicionalmente, a sub-análise do estudo EINSTEIN DVT, publicada na revista Thrombosis “A publicação destes dados clinicamente re- “Estes dados vêm reforçar a grande diversi- 0,54 (IC 95% 0,37-0,79), p = 0,002) comparativamente and Haemostasis, confirma que Xarelto® melhora a satisfação com o tratamento, em comparação com a terapêutica tradicional com dois fármacos, e promove a melhoria da adesão e persistência no tratamento de prevenção de eventos tromboembólicos recorrentes, comparativamente aos antagonistas da vitamina K (AVKs). Xarelto® é o novo anticoagulante oral (NACO) com o maior número de indicações, sendo o único NACO aprovado para o tratamento e prevenção secundária da trombose venosa profunda (TVP) e embolismo pulmonar (EP), bem como na preven- levantes vem reforçar ainda mais o potencial deste dade de dados clínicos e de experiência da vida à terapêutica padrão. De uma forma global, os prin- medicamento na mudança da prática clínica, tanto no real com Xarelto e suportam a sua utilização cipais resultados de segurança foram consistentes tratamento inicial da TVP e EP agudas, como na pre- no tratamento da trombose venosa e arterial, independentemente da idade do doente, o seu esta- venção da TVP e EP recorrentes”, referiu o Dr Alexan- reafirmando a segurança da sua utilização num do clínico, peso, sexo e função renal. Os resultados der T. Cohen, King’s College Hospital, Londres e mem- vasto leque de situações clínicas,” referiu o Dr. da análise agrupada foram previamente apresenta- bro do Comité Clínico dos estudos EINSTEIN. Kemal Malik, membro do Comité Executivo da dos na 54th American Society of Hematology (ASH) Annual Meeting em Atlanta, em dezembro de 2012. ® “A abordagem terapêutica com um único me- Bayer HealthCare e Head of Global Development. dicamento que é garantida por rivaroxabano tem o Xarelto® está aprovado em 5 indicações e Xarelto® está aprovado como uma solução de potencial de, não só melhorar os resultados clínicos, em sete áreas distintas de utilização, protegendo tratamento com um único medicamento no trata- como promover a redução da carga global da terapêu- mais consistentemente os doentes da recorrência mento da TVP e EP e na prevenção da TVP e EP tica anticoagulante, permitindo a gestão contínua do de tromboembolismos venosos e arteriais (VAT) recorrentes em adultos, num vasto número de pa- doente desde o hospital até casa, evitando a necessi- do que qualquer outro novo anticoagulante oral. íses a nível mundial, incluindo a Europa e os EUA. PNeumOTóRAX: eSTuDO geNéTICO Q uais os genes que podem contribuir para o indicam que a recorrência média desta doença, e identificámos, ao longo de todo o genoma, vários convergentes mais significativos. Prevê-se que Pneumotórax Espontâneo Primário, levan- tratada com repouso, aspiração com cateter e genes de suscetibilidade significativamente asso- genes diferencialmente expressos, significativa- do ao colapso de pelo menos um pulmão drenagem pulmonar é de cerca de 30%. Esta é ciados, que têm agora de ser validados numa popu- mente associados com o risco aumentado ao PEP sem razão aparente? assim a única condição clínica em que pacien- lação independente. Foi-nos recentemente atribuí- e com maior taxa de mutações em pacientes, es- É esta a resposta mais procurada no pro- tes jovens têm alta hospitalar depois de um pri- do financiamento da FCT/UNESCO/L’Óreal prize for tejam significativamente implicados na etiologia jeto “Pneumotórax: Estudo Genético” que pre- meiro episódio, apesar da probabilidade de vol- Women in Science 2012, para realizarmos um es- do PEP. A determinação do seu potencial patogé- tende identificar as variantes genéticas que tar a ter um novo episódio ser de 30% e de não tudo comparativo dos níveis de expressão de RNA nico será alvo de estudos futuros. A implemen- contribuem para aumentar a suscetibilidade haver nenhuma medida de prevenção efetiva. mensageiro e microRNAs dos lavados brônquio tação de estudos exaustivos e multidisciplinares, ao Pneumotórax Espontâneo Primário (PEP), alveolares e de células mononucleares do sangue como os propostos, terá um enorme sucesso em uma doença que leva ao colapso de pelo me- periférico, em pacientes com PEP e controlos sau- dissecar a etiologia complexa do PEP. nos um dos pulmões sem razão aparente. Es- dáveis através de microarrays. Em terceiro lugar, O projeto decorre em colaboração com mé- tas variantes genéticas continuam por estudar nós estamos a realizar a sequenciação de todo o dicos e investigadores especialistas, e os resulta- exoma de 20 indivíduos pertencentes a 3 famílias, dos serão, futuramente, aplicados à prática clíni- através de novas tecnologias de sequenciação. ca. Neste sentido, ao compreender a arquitetura e nenhuma investigação foi até agora dedicada exclusivamente à sua identificação. O PEP é clinicamente caracterizado pela presença de ar no espaço pleural que ocorre em doentes sem patologia pulmonar e sem causa traumática conhecida. Esta doença apresenta uma arquitetura genética complexa, onde múltiplos fatores genéticos e ambientais interagem e contribuem Prof.ª Doutora inês sousa Instituto de Medicina Molecular Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa UNIC - Genomics of Complex Diseases Instituto Gulbenkian de Ciência para o fenótipo clínico. O PEP afeta tipicamente Especificamente, e tendo como base os genética do PEP, esperamos identificar os fatores resultados do nosso GWAS e dos estudos de genéticos de risco e de recorrência da doença, expressão em curso, esta proposta foca-se em: contribuindo para que possam ser implementa- Tarefa 1 – Confirmação dos resultados do das medidas preventivas junto dos indivíduos de GWAS em amostra independente; Tarefa 2 – Aumento do biobanco PEP Português; risco, bem como desvendar os mecanismos patogénicos que poderão levar ao desenvolvimento de novas terapêuticas. indivíduos do sexo masculino, altos, magros e A Bolsa SPP 2010 atribuída pela Sociedade com idades compreendidas entre os 10 e os 30 Portuguesa de Pneumologia financiou o nosso la- anos. Fumar é o único factor ambiental conside- boratório para realizar o primeiro estudo de asso- A combinação das três abordagens ao nível rência elevadas, sendo este, segundo se sabe, um rado de risco, encontrando-se frequentemente ciação em larga escala (GWAS, genome-wide as- de todo o genoma irá aumentar drasticamente o estudo pioneiro a nível mundial e o primeiro a en- associado a doentes com PEP. Vários estudos sociation study, publicação para breve) para o PEP poder destes estudos e permitirá seguir os genes volver a população portuguesa. Tarefa 3 – Validação de genes mutados em famílias multigeracionais com PEP. Doença complexa e muito pouco estudada a nível genético, o PEP apresenta taxas de recor- 10 25 a 27 de outubro de 2013 Direção Presidente: Carlos Robalo Cordeiro vice-Presidente: Venceslau Hespanhol vice-Presidente: Fernando Barata vice-Presidente: Cristina Bárbara secretário-geral: Paula Pinto secretário-geral adjunto: Fernando Menezes tesoureiro: Marco Liebermann Assembleia-geral Presidente: Jaime Pina secretário: Ricardo Nascimento vogal: Fernanda Nascimento Conselho Fiscal Presidente: Bárbara Parente 1º vogal: Ana Fernandes 2º vogal: Miguel Villar P ROgRAmA Sexta feira, dia 25.X.2013 SALA ThOmé VILLAR SALA ROBALO CORDeIRO 08.30 - 10.00 REVISTA DAS REVISTAS Moderadores: Cristina Bárbara (Lisboa) J Duro da Costa (Lisboa 08.30 – 10.00 Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono Moderadores: Teresa Paiva (Lisboa) Marta Gonçalves (Lisboa) Quando prescrever CPaP/aPaP? a nova Classificação de hipopneia pela american academy of sleep medicine. será que até ao presente temos andado a subdiagnosticar doentes com apneia obstrutiva do sono ou iremos sobrediagnosticá-los futuramente? introdução: Richard Staats (Lisboa) Fátima Teixeira (Coimbra) iremos sobrediagnosticar a apneia/hipopneia obstrutiva do sono com esta nova classificação Marta Drummond (Porto) temos subdiagnosticado a apneia/hipopneia obstrutiva do sono com a classificação antiga Ana Rita Peralta (Lisboa) relevância da nova classificação para estudos presentes e futuros. Conclusão: Jean-Louis Pépin (França) Cessação tabágica Lurdes Barradas (Coimbra) ventilação não invasiva Bebiana Conde (Vila Real) Pneumologia de intervenção Ana Oliveira (Vila Nova de Gaia) 10.00 - 10.30 Café 10.30 – 11.30 Mesa Redonda (com o patrocínio ResMed) servoventilação Moderador: J Moutinho dos Santos (Coimbra) asv – terapia para o tratamento de distúrbios respiratórios de sono complexos: evidência e prática atual Jean-Louis Pépin (França) experiência portuguesa com asv Richard Staats (Lisboa) 11.30 – 13.00 Sessão Institucional SPP/SEPAR/ALAT Presidentes: C Robalo Cordeiro (Portugal/SPP) Pilar del Lucas Ramos (Espanha/SEPAR) Abraham Alí (Colômbia/ALAT) resistência aos antimicrobianos: uma crise nunca vem só António Sarmento - (Portugal/SPP) Imaculada Alfageme (Espanha/SEPAR) Abraham Alí (Colômbia / ALAT) 13.00 – 14.30 Almoço 14.30 - 15.30 Simpósio Pfizer Prevenção da doença invasiva pneumocócica e pneumonia complicada em adultos Moderador: C. Robalo Cordeiro (Coimbra) epidemiologia da doença invasiva pneumocócica na população adulta em Portugal J Melo Cristino (Lisboa) Prevenar 13® na prática clínica João Cardoso (Lisboa) 15.30 - 16.30 Mesa (com o patrocínio Linde Sogás) reabilitaÇão resPiratÓria – novas fronteiras Moderador: A Carvalheira Santos (Lisboa) a educação como ferramenta para a autogestão da doença crónica Lurdes Borges (Lisboa) as comorbilidades e a reabilitação respiratória João Munhá (Portimão) What’s new in pulmonary rehabilitation? Chris Burtin (Holanda) 16.30 – 17.00 Café 17.00 – 18.00 Simpósio Grifols 50º aniversário da deficiência de alfa-1 onde estamos e para onde queremos ir Moderador: António Reis (Viseu) introdução: 50 anos de Daat António Reis (Viseu) onde estamos Timm Greulich (Alemanha) onde queremos ir Joana Gomes (Porto) 18.00 - 19.00 Conferência Thomé Villar Presidente: A Bugalho de Almeida (Lisboa) asma brônquica A Agostinho Marques (Porto) meiro Inibidor Direto Oral do Fator Xa 19.00 - 20.00 Sessão de Abertura teção Simples para Mais Doentes 10.00 – 10.30 Café 10.30 – 12.00 Comissões de Trabalho de Oncologia Pneumológica e de Cirurgia Torácica novas abordagens no Cancro do pulmão Moderadores: Fernando Barata (Coimbra) Hernâni Lencastre (Vila Nova de Gaia) Diagnóstico Júlio Semedo (Lisboa) terapêutica cirúrgica Cristina Rodrigues (Lisboa) radioterapia Paulo Costa (Porto) Terapêutica médica Susana Carreira (Portalegre) 13.00 – 14.30 Almoço 15.30 – 16.30 Comissão de Trabalho de Tuberculose tuberculose extra pulmonar Moderadores: Aurora Carvalho (Vila Nova de Gaia) Ana Antunes (Vila Nova de Gaia) resposta imunológica e tuberculose extra pulmonar Margarida Correia Neves (Gaia) Diagnóstico de tuberculose extra pulmonar Vanda Areias (Faro) tratamento e follow-up da tuberculose extra pulmonar Ricardo Reis (Vila Real) 16.30 – 17.00 Café 11 25 a 27 de outubro de 2013 Sábado, dia 26.X.2013 SALA ThOmé VILLAR 08.30 - 10.00 REVISTA DAS REVISTAS Moderadores: Venceslau Hespanhol (Porto) J Chaves Caminha (Porto) Pneumonias eosinofílicas Natália Melo (Porto) Pneumotórax e empiemas - abordagem cirúrgica João Bernardo (Coimbra) reabilitação respiratória Inês Faria (Lisboa) Domingo, dia 27.X.2013 19.00 – 20.00 Assembleia Geral 20.30 Simpósio Jantar Bial alimentação e doente com DPoC Chef Justa Nobre Painel Sofia Furtado (Lisboa) António Jorge Ferreira (Lisboa) Maria Ana Carvalho (Lisboa) 10.30 - 10.30 Café 10.30 – 12.00 Mesa Redonda investigação translacional em Patologia respiratória Moderadores: Celeste Barreto (Lisboa) Salvato Feijó (Lisboa) Pneumotórax: estudo genético Inês Sousa (Lisboa) fibrose quística Carlos Farinha (Lisboa) 12.00 – 13.00 Simpósio Novartis repensar o futuro no tratamento da DPoC Moderador: J Agostinho Marques (Porto) o tratamento adequado para o doente certo: Portfólio novartis na DPoC Chris Compton (Reino Unido) glicopirrónio: o anticolinérgico de nova geração Wisia Wedzicha (Reino Unido) Painel de discussão C Robalo Cordeiro (Coimbra) João Cardoso (Lisboa) 13.00 – 14.30 Almoço 14.30 – 15.30 Simpósio AstraZeneca tribunal dos corticoides Moderador: C Robalo Cordeiro (Coimbra) Caso 1 – Quando iniciar a corticoterapia inalada na DPoC? Paula Simão (Matosinhos) João Cardoso (Lisboa) Caso 2 – será que existem diferenças entre os corticoides inalados? Filipe Froes (Lisboa) Marta Drummond (Porto) 15.30 – 16.30 Conferência (com a colaboração de Bristol-Myers Squibb) Presidente: Venceslau Hespanhol (Porto) imunoterapia no Cancro do pulmão: o prometido é devido Fernando Barata (Coimbra) SALA ThOmé VILLAR 08.30 – 10.00 REVISTA DAS REVISTAS Moderadores: Fernando Barata (Coimbra) António Domingos (Torres Vedras) Pneumonias víricas Salete Valente (Covilhã) tuberculose multirresistente Alcina Tavares (Guarda) Cancro do Pulmão Bruno Santos (Faro) 10.00 – 10.30 Café SALA ROBALO CORDeIRO 08.30 – 10.00 Comissões de Trabalho de Reabilitação Respiratória e de Tabagismo “mudar de vida” – comportamentos e atitudes Moderadores: José Pedro Boléo-Tomé (Lisboa) Vitória Martins (Leiria) motivação e estratégias de mudança no estilo de vida na perspetiva da Psicologia da saúde Fátima Feliciano (Coimbra) Prescrição de exercício na cessação tabágica Paula Pamplona (Lisboa) Definindo novos objetivos na reabilitação: atividade física e abstinência tabágica Cidália Rodrigues (Coimbra) 10.00 – 10.30 Café 10.30 – 12.00 Comissão de Trabalho Doenças do Interstício e Doenças Ocupacionais Moderador: Sofia Neves (Vila Nova de Gaia) nova Classificação das Pneumonias intersticiais idiopáticas. implicações na prática clínica C Robalo Cordeiro (Coimbra) 10.30 – 11.30 Mesa Redonda (com o patrocínio Bayer) tudo o que o pneumologista gostaria de saber sobre os novos anticoagulantes orais e não ousou perguntar Moderador: C Robalo Cordeiro (Coimbra) a hipocoagulação oral nos Doentes do foro respiratório. Para Quem? Quando? Como? Filipe Froes (Lisboa) 50 anos Depois… um novo Paradigma na hipocoagulação oral Cândida Fonseca (Lisboa) 11.30 – 13.00 Sessão Institucional SPP/APMGF/SPC Presidentes: C. Robalo Cordeiro (Coimbra/SPP) Jaime Correia Sousa (Lisboa/APMGF) José Ribeiro (Porto/SPC) onde está o doente com DPoC? Jaime Correia Sousa (Lisboa/APMGF) Cristina Bárbara (Lisboa/SPP) Rui Ferreira (Lisboa/SPC) 13.00 Encerramento 13.00 – 14.30 Almoço 15.30 – 16.30 Comissão de Trabalho Alergologia Respiratória Moderador: Lígia Pires (Portimão) Papel da asma no plano nacional das doenças respiratórias Ana Arrobas (Coimbra) Painel de Discussão Cristina Bárbara (Lisboa); Fernando Meneses (Almada) Lígia Pires (Portimão) 16.30 – 17.00 Café 16.30 – 17.00 Café 17.00 – 18.00 Simpósio Boehringer Ingelheim estratégias de gestão no tratamento da DPoC e da asma. está atualizado? Moderador: C Robalo Cordeiro (Coimbra) boehringer ingelheim: #1 em investigação clínica Carlos Trabulo (Lisboa) tiosPir™: ensaio clínico de grande escala na DPoC Paula Simão (Matosinhos) necessidades na gestão da asma Jorge Ferreira (Matosinhos) evidência Clínica de teotrópio na asma René Aalbers (Holanda) 18.00 – 19.00 Mesa Redonda (com o patrocínio Gilead) infeção Pulmonar por Pseudomonas em fQ - microbiologia e abordagem terapêutica Moderador: C Robalo Cordeiro (Coimbra) evolução e suscetibilidade de P. aeruginosa à ab, em doentes fQ J Melo Cristino (Lisboa) terapêutica supressão Pa – novas abordagens no contexto do Consenso eu Pilar Azevedo (Lisboa) meiro Inibidor Direto Oral do Fator Xa teção Simples para Mais Doentes SALA ROBALO CORDeIRO 08.30 – 10.00 Comissão de Trabalho Infecciologia Respiratória Documento de consenso para a prevenção das Infeções Respiratórias no Adulto Moderadores: António Diniz (Lisboa) Filipe Froes (Lisboa) impacto da doença e medidas gerais António Diniz (Lisboa) vacinação antigripal Margarida Serrado (Lisboa) vacinação antipneumocócica Filipe Froes (Lisboa) 10.30 – 13.00 Comissão de Trabalho Técnicas Endoscópicas a ecoendoscopia na Pneumologia Moderador: Ana Oliveira (Vila Nova de Gaia) “ebus – tbna” Gabriela Fernandes (Porto) “minissonda radial de ebus para abordagem de lesões periféricas” Sérgio Campainha (Vila Nova de Gaia) “eus-b-fna” António Bugalho (Loures) 12 25 a 27 de outubro de 2013 TeRAPêuTICA SuPReSSORA DA PSeuDOmONAS AeRugINOSA (PA): NOVAS ABORDAgeNS NO CONTeXTO DO CONSeNSO euROPeu Presentemente estão disponíveis 3 antibió- tica (FQ) aumentou significativamente ticos para administração por via inalatória em situando-se atualmente próximo dos 40 doentes com FQ: colistina, tobramicina e aztreo- anos. nam. 3. Li Z et al.Longitudinal development of mucoid Pseudomonas aeruginosa infection and lung disease progression in children with cystic fibrosis.JAMA 2005;293(5):581-8 4. Doring G et al.Antibiotic therapy against Pseudomonas aeruginosa in cystic fibrosis:a European consensus.Eur Respir J 2000;16(4):749-67 5. Fredriksen B et al.Changing epidemiology of Pseudomonas aeruginosa infection in Danish cystic fibrosis patients (1974-1995)Pediatr Pulmonol 1999;28(3):159-66 6. Kosorok MR et al.Acceleration of lung disease in children with cystic fibrosis after Pseudomonas aeruginosa acquisition.Pediatr Pulmonol 2001;32(4):277-87 7. Kerem E et al.Pulmonary function and clinical course in patients with cystic fibrosis after pulmonar colonization with Pseudomonas aeruginosa .J Pediatr 1990;116(5):714-9 8. Henry RL et al.Mucoid Pseudomonas aeruginosa is a marker of poor survival in cystic fibrosis. Pediatr Pulmonol 1992;12(3):158-61 9. Ballmann et al.Long-term follow up of changes in FEV1 and treatment intensity during Pseudomonas aeruginosa infection in cystic fibrosis patients.Thorax 1998;53(9):732-7 10. Ratjen et al.Aminoglycoside therapy against Pseudomonas aeruginosa in cystic fibrosis:a review.J Cyst Fibros2009;8(6):361-9 11. Hoiby N.Recent advances in the treatment of Pseudomonas aeruginosa infections in cystic fibrosis. BMC Medicine 2011;9:32 12. Littlewood JM et al.Nebulised colomycin for early pseudomonas colnisation in cystic fibrosis.Lancet 1985;1(8433):865 13. Jensen T et al.Colistin inhalation therapy in cystic fibrosis patients with chronic Pseudomonas aeruginosa lung infection. J Antimicrob Chemother 1987;19(6):831-8 14. Schulin T.In vitro activity of the aerosolized agentes colistin and tobramycin and five intravenous agentes against Pseudomonas aeruginosa isolated from cystic fibrosis patients in southwestern Germany.J Antimicrob Chemother 2002;49(2):403-6 15. Elborn JS et al.Implementation of European standards of care for cystic fibrosis-Control and treatment of infection J Cyst Fibros2009;8:211-17 16. Ramsey BW et al. Intermittent administration of inhaled tobramycin in patients with cystic fibrosis.Cystic Fibrosis Inhaled Tobramycin Study Group.N Engl J Med 1999;340(1):23-30 17. Littlewood KJ et al.A network meta-analysis of the efficacy of inhaled antibiotics for chronic Pseudomonas infection in cystic fibrosis.J Cyst Fibros 2012,doi:10.1016/j.jcf.2012.03.010 18. Lo D. Et al.Aerosolized antibiotic therapy for chronic cystic fibrosis airway infections:continuou sor intermitente?Respir Med 2011;105(S2, S9-17) A eSPeRANçA méDIA De VIDA NA FIBROSe quíSTICA (Fq) AumeNTOu SIgNIFICATIVAmeNTe A colonização crónica das vias aéreas por A colistina começou a ser regularmente PA nestes doentes é a principal causa de dete- utilizada neste contexto na década de 80 na Eu- SITuANDO-Se ATuALmeNTe rioração funcional pulmonar e, consequente- ropa na sequência de trabalhos realizados por mente, de morbilidade e mortalidade, pelo que Littlewood(12) e Jensen(13) mantendo-se ainda PRóXImO DOS 40 ANOS. o desenvolvimento de estratégias mais eficazes como primeira escolha no Reino Unido, dado o para tratamento da infeção/colonização por este seu elevado perfil de tolerância e baixo potencial agente têm tido um impacto positivo significativo de indução de resistências.(14) No entanto, um no prognóstico, sendo consideradas a principal inquérito realizado em 2005/06 a 547 Centros causa do aumento da sobrevida na FQ . (1-9) de 32 países europeus revelou uma distribuição idêntica da utilização de colistina e tobramicina. (15) Nos Estados Unidos a tobramicina inalada tem sido o antibiótico de primeira linha utilizado neste contexto desde a publicação do trabalho realizado por Ramsey em 1999.(16) Dr.ª Pilar azeveDo Assistente graduada de Pneumologia Coordenadora do Centro de Fibrose Quística de Adultos do CHLN-HSM O aztreonam inalado surgiu mais recente- robusta que permita optar por um regime em de- mente no mercado tendo sido aprovada a sua trimento do outro18 sendo, contudo, cada vez mais utilização nos Estados Unidos em 2010 logo se- aceite a opção pela terapêutica contínua com 2 guida da sua aprovação na Europa. antibióticos diferentes em alternância. Duas questões se colocam no que diz O desafio que se coloca presentemente as- respeito à estratégia terapêutica a utilizar na senta no desenvolvimento de métodos de diag- colonização crónica por PA na FQ: (1) Qual o nóstico da colonização crónica por PA mais sen- Define-se como colonização crónica por PA antibiótico mais adequado e (2) Qual o regime síveis e específicos, de novos antibióticos e de o isolamento deste micro-organismo em, pelo terapêutico mais eficaz (contínuo ou intermi- formas de administração mais eficazes e que fa- menos, 6 amostras de expectoração com interva- tente). cilitem a aderência ao tratamento e de mais estu- lo mínimo de 1 mês entre elas, num período de Para dar resposta à primeira questão foi dos que suportem a opção pelo regime terapêuti- 12 meses , consistindo a terapêutica supressora publicada em 2012 uma meta-análise em que co que permita controlar com a máxima eficácia e crónica na utilização prolongada de antibióticos se pretendeu comparar a eficácia e o perfil de a melhor relação custo/benefício a ação deletéria inalados com o objetivo de reduzir a carga bacte- segurança dos antibióticos inalados existentes deste agente no pulmão. riana, diminuindo a gravidade e a frequência das no mercado:(1) tobramicina em pó seco (TOBI exacerbações e a velocidade de progressão da de- Podhaler®), (2) tobramicina em solução inalada BIBLIOGRAFIA: terioração funcional pulmonar.(10) (TOBI®) e (3) (Bramitob®), (4) colistimetato de só- 1. Doring G, Hoiby N, for the Consensus Study Group. Early intervention and prevention of lung disease in cystic fibrosis: a European consensos. J Cyst Fibros 2004;3:67-91 2. Pressler T et al.Chronic Pseudomonas aeruginosa infection definition:EuroCareCF Working Group report.J Cyst Fibros 2011;10(2):S75-S78 (2) Este ênfase dado à antibioterapia inalatória dio (Colomycin®, Promixin®) e (5) aztreonam lisina neste contexto resulta do reconhecimento da dificul- em solução inalada (Cayston®) tendo-se concluí- dade de penetração nas vias aéreas dos antibióticos do serem todos igualmente eficazes e seguros.(17) administrados por via sistémica e do seu potencial Quanto à segunda questão foi publicada uma risco de toxicidade em terapêutica prolongada. (11) análise em 2011 que concluiu não haver evidência XXIX Congresso de Pneumologia MESA REDONDA | 26 DE OUTUBRO | 18h Centro de Congressos Sana Epic Infeção Pulmonar por Pseudomonas em FQ: microbiologia e abordagem terapêutica Organização: Moderador: Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro Evolução e Suscetibilidade de P. aeruginosa à AB, em doentes FQ Prof. Doutor Melo Cristino (Patologia Clínica, Hospital Santa Maria) Terapêutica supressão PA: Novas abordagens no contexto do Consenso EU Dra. Pilar Azevedo(Pneumologia, Hospital Santa Maria) Gilead Sciences, Lda. Atrium Saldanha, Praça Duque de Saldanha, N.º 1 – 8.º A e B, / 1050-094 Lisboa – Portugal, Tel.: 21 792 87 90, Fax: 21 792 87 99 / Informação médica através de N.º Verde 800 207 489 [email protected] / Nº. Contribuinte 503 604 704; Os acontecimentos adversos deverão ser notificados e comunicados à Gilead Sciences, Lda. por telefone, fax ou para [email protected] Sociedade Portuguesa de Pneumologia Apoio: 199/PT/13-10/ED/1208 A esperança média de vida na Fibrose Quís- 13 25 a 27 de outubro de 2013 PNeumONIAS VíRICAS. ReVISTA DAS ReVISTAS S ão estimados que ocorram 100 milhões de epidemiologia da pneumonia na criança e adulto. a deteção viral afetar a abordagem clínica e quan- relativamente à causa viral de PAC pode ter di- casos de pneumonia vírica/ano. Os vírus Estas alterações conduziram ao reconhecimento do devem os antibióticos ser evitados ou suspen- minuído devido à maior utilização da vacina con- respiratórios são uma ameaça emergente do papel mais amplo dos vírus respiratórios na sos. jugada pneumocócica nas crianças. Os inibidores à segurança da saúde mundial e foram responsá- PAC em todos os grupos etários. Concluindo, os vírus respiratórios, particu- da Neuraminidase reduzem a admissão nas UCI veis por várias epidemias em todo o mundo com Algumas questões importantes ainda estão larmente influenza e VSR, são uma causa comum e a mortalidade entre os doentes internados com elevada morbilidade e mortalidade e importantes por resolver, nomeadamente Qual o papel dos de PAC. Os vírus respiratórios são detetados em gripe, incluindo aqueles com pneumonia, e devem consequências económicas. Os vírus respirató- vírus na pneumonia? Qual a prevalência de vírus 45% a 75% das crianças e em 15% a 54% dos ser iniciados quando se suspeita de infeção por rios são uma importante causa de PAC, particu- específicos nos doentes com PAC? Que doentes adultos hospitalizados com PAC. A co-infeção vírus influenza. A diferenciação de PAC vírica de larmente entre os idosos, crianças, doentes com têm mais probabilidade de ter pneumonia viral? com vírus e bactérias é comum: 22% a 33% das infeção mista e PAC bacteriana permanece um graves comorbilidades (DPOC, diabetes mellitus, O que é que a deteção de vírus respiratórios num crianças e 4% a 30% dos adultos hospitalizados desafio, mas melhores abordagens podem dimi- doença cardiovascular, terapêuticas imunossu- doente com PAC diz acerca da causa? Como pode com PAC. O papel do Streptococcus pneumoniae nuir o uso excessivo de antibióticos. pressoras…),leucemia e recetores de transplante de stem cell hematopoiéticas. As infeções por vírus respiratórios adquiridos na comunidade (VRAC), incluem vários vírus RNA e DNA. Mere- Dr.ª salete valente Assistente graduada de Pneumologia e Diretora do Serviço de Pneumologia do CHCB cem destaques os seguintes: Influenza, adenovírus, VSR, corona vírus, metapneumovirus humanoe parainfluenza. Os VRAC são detetados na população em geral ao longo do ano, mas alguns mostram uma pronunciada sazonalidade em climas temperados. Avanços recentes na virologia molecular levaram à descoberta de vírus respiratórios panteriormente não identificados, incluindo o metapneumovirus humano (hMPV), vírus parainfluenza (PIV) 4, corona vírus humano (HCoV) HKU1 e NL-63 e boca vírus humano. Testes baseados na Polymerase chain reaction (PCR) permitiram a deteção de novos agentes e melhorar a deteção de “velhas” infeções virais, como o vírus influenza e rinovírus. Desde a pandemia SARS em 2003-2004, dois novos corona vírus humanos HKU-1 e NL-63 - foram identificados. Causam infeção respiratória ligeira e estão distribuídos em todo o mundo. Em setembro/ 2012 a OMS registou dois casos de PAC grave causada por um novo β-corona vírus humano, denominado “Middle East respiratory syndrome corona vírus” (MERS-CoV). Desde essa data já foram identificados vários casos de MERSCoV em doentes na Arabia Saudita, Qatar, Jordânia, Reino Unido, Alemanha, França, Tunísia e Itália. O hospedeiro e o reservatório natural são desconhecidos e sabe-se agora que a transmissão se faz pessoa/pessoa. O uso generalizado das vacinas contra o Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae alterou a A DIFeReNCIAçãO De PAC VíRICA De INFeçãO mISTA e PAC BACTeRIANA PeRmANeCe um DeSAFIO. 14 25 a 27 de outubro de 2013 VeNTILAçãO NãO INVASIVA (VNI) A VNI surgiu com o “pulmão de aço”, por intermédio de Philip Drinker, em 1927, apresentando particular utilidade e de- senvolvimento no surto de poliomielite, ocorrido ASSIm, é hOJe CeRTO que A VNI De SuPORTe VeNTILATóRIO 1930-1950. nesta técnica. No que refere à IR crónica e à prescrição da VNI em ambulatório, os dados não são tão Existem, de igual forma, algumas indica- consensuais, embora existam evidências de re- NA PRáTICA CLíNICA. ções emergentes que sustentam a aplicação da sultados muito positivos decorrentes da utiliza- A meDICINA BASeADA NA eVIDêNCIA VNI no período pós-operatório, como tratamento ção desta técnica ao nível da qualidade de vida e paliativo da dispneia, na crise asmática, na sín- também de algum impacto na sobrevida, segun- drome de obesidade hipoventilação e no desma- do as séries, tal como acontece quando aplicado me potencialmente difícil. Na mesma linha, está na insuficiência respiratória crónica (IRC) por DA VNI NO TRATAmeNTO DA também em investigação, com resultados ainda DPOC, em que se utiliza ventilação de alta inten- INSuFICIêNCIA ReSPIRATóRIA (IR) modestos, mas promissores, a aplicação da VNI sidade (FR alta e IPAP > 20cmH2O). De eVIDêNCIA A, A INDICAçãO na Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda AguDA NO CONTeXTO De DPOC (ARDS), particularmente em fase precoce. AguDIzADA, NO eDemA AguDO A VNI, quando aplicada adequadamente à OS DADOS ReFeReNTeS DO PuLmãO (eAP), em DOeNTeS insuficiência respiratória aguda hipercápnica à uTILIzAçãO NA FIBROSe ImuNOCOmPROmeTIDOS COm IR por DPOC agudizada, tem impacto na redução quíSTICA Ou BRONquIeCTASIAS dos dias de ventilação, implicando também me- CONDICIONANTeS De IRC e INFILTRADOS PuLmONAReS Posteriormente, ao longo do séc. XX, sur- em doentes imunocomprometidos com IR e inde doentes com DPOC. DeTeRmINA hOJe, Num NíVeL Dr.ª bebiana ConDe Assistente hospitalar de Pneumologia do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes. Coordenadora do Grupo de Interesse em suporte ventilatório a doentes neuromusculares da SPP IR, torna-se norma em centros com experiência filtrados pulmonares e no desmame ventilatório RePReSeNTA O PRImeIRO méTODO na Europa e Estados Unidos da América, entre agudizada, no Edema Agudo do Pulmão (EAP), nor necessidade de intubação endotraqueal, re- e NO DeSmAme VeNTILATóRIO dução da duração de internamento e melhor so- NãO SãO TãO CONTuNDeNTeS. brevida. Estes resultados são ampliados quando NO eNTANTO, OS ReSuLTADOS sendo esta aplicada à VNI nos finais do século. o modo AVAPs (volume alvo médio garantido POSITIVOS JuSTIFICAm Ao longo das últimas décadas sucederam-se através de pressão de suporte) é aplicado, como publicações a mostrar benefícios desta técnica, se objectivou, em estudos randomizados contro- A SuSTeNTAçãO DA SuA quando aplicada segundo as indicações estabe- lados. giu a ventilação mecânica por pressão positiva, De DOeNTeS COm DPOC. lecidas, particularmente na Insuficiência respi- Resultados igualmente favoráveis foram INDICAçãO NOS ReCeNTeS DOCumeNTOS ORIeNTADOReS encontrados quando a VNI foi aplicada no EAP, DA NOSSA PRáTICA CLíNICA agudizada, com resultados muito favoráveis a prática clínica. A medicina baseada na evidên- tornando-se como base do tratamento desta reproduzir-se por várias séries. cia determina hoje, num Nível de Evidência A, patologia segundo as recomendações das socie- ReFeReNTe à uTILIzAçãO Assim, é hoje certo que a VNI representa a indicação da VNI no tratamento da insuficiên- dades científicas de Cardiologia. Não é, contudo, o primeiro método de suporte ventilatório na cia respiratória (IR) aguda no contexto de DPOC consensual o modo ventilatório (CPAP versus ratória aguda hipercápnica, no contexto de DPOC COnviTe PRoGRama SimPóSio PRoGRama NovaRtiS PRoGRama DA VNI NO IRC em DOmICíLIO. BiPAP) mais adequado a este nível. A servo-ventilação desperta particular interesse científico e COnviTe 26 out. • 12h00 • Sala ThOmé villar SimPóSio NovaRtiS clínico no tratamento da Insuficiência cardíaca sintomática (II-IV de HYHA), mostrando melho- 26 out. • 12h00 • Sala ThOmé villar rar a sobrevida e reduzindo a incidência de eventos cardíacos isquémicos ou arritmogénicos. RePensar o Futuro RePensar o Futuro no Tratamento da DPOC Futuro noRePensar Tratamentooda DPOC A utilização da VNI na realização de técnicas endoscópicas endoscopia Na síndrome de obesidade hipoventilação digestiva alta, ecocardiograma transesofágico) (broncofibroscopia, (SOH), a VNI representa uma estratégia terapêu- em doentes com IR ou em risco de desenvolver tica fundamental, embora não seja consensual no the Tratamento da DPOC COnviTe re-Thinking Treatment re-Thinking the Treatment landscape of COPD SimPóSio NovaRtiSOS DADOS ReFeReNTeS landscape of COPD re-Thinking26 the Treatment out. • 12h00 • Sala ThOmé villar à uTILIzAçãO DA VNI NOS DOeNTeS RePensar o Futuro landscape of COPD NeuROmuSCuLAReS (DNm) SãO SuFICIeNTemeNTe CLAROS no Tratamento da DPOC Boas vin das & Notas introdutór i as Welcome & introduction Boas vin das & Notas introdutór i as 8h àS 13h cha ir: agostinho marques Welcome & introduction transmissão online Boas vin das & Notas introdutór i as cha ir: agostinho marques Welcome & introduction o tr atamento a dequ a do par a o doente certo: cha agostinho marques Portfol io Novartis n air:DPoc o tr atamento a dequ a do par a o doente certo: iNScReva -Se em The right treatment for the patient: Portfol ioright Novartis n a DPoc www.drshare.pt o tr atamento a dequ a do par a o doente certo: novartis outlook in COPD The right treatment for the right patient: Portfol io Novartis n a DPoc chr is compton novartis outlook in COPD The right treatment for the right patient: chr is compton novartis Gl iocop irrón io: outlook in COPD chr is ação compton o anticol inérgico de Gl Nova Ger iocop irrón io: Glycopyrronium: o anticol inérgico de Nova Ger ação XXIX Congresso de PneumologIa Gl iocop irrón io: a new generation lama OUT 25 - 27.2013 Glycopyrronium: Centro de Congressos Epic Sana | Algarve oi aanticol Wis Wedzicha inérgico de Nova Ger ação 26.out a new generation lama 8h àS 13h Glycopyrronium: Wis i a Wedzicha no Tratamento da a new generation lama Pa inel de Discussão Wis i a Wedzicha Panel Discussion transmissão online Pa inel de Discussão João car doso 26.out Panel Discussion Robalo cor de iro Pa inel de Discussão 8h àS 13h PARA PODeR CONSIDeRA-LA COmO 26.out RePensar o Futuro Notas Fin a is iNScReva -Se em Final remarks Notas Fin a is www.drshare.pt cha ir: agostinho marques Final remarks nos doentes neuromusculares (DNM) são suficientemente claros para poder considera-la como fundamental para a estratégia terapêutica, apresentando repercussões na qualidade de tural da doença, como acontece, por exemplo, na Esclerose lateral amiotrófica ou Miodistrofia de Duchénne, respetivamente. Os dados referentes à utilização na fibrose ALTeRANDO O CuRSO NATuRAL quística ou bronquiectasias condicionantes de DA DOeNçA, COmO ACONTeCe, IRC não são tão contundentes. No entanto, os POR eXemPLO, NA eSCLeROSe DPOC Ou mIODISTROFIA De DuChéNNe, ReSPeTIVAmeNTe. resultados positivos justificam a sustentação da sua indicação nos recentes documentos orientadores da nossa prática clínica referente à utilização da VNI no IRC em domicílio. As com científicas, favorá- esta técnica de interesse crescente num número oNB57/10/2013 alargado de doentes. Para isso também tem contribuído o desenvolvimento tecnológico de oNB57/10/2013 oNB57/10/2013 iNScReva -Se em www.drshare.pt Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos S.A. · Sede Social: Rua do Centro Empresarial, Edf. 8 – Quinta da Beloura – 2710-444 Sintra equipamentos, interfaces e modos ventilatórios, com implicações na adesão ao tratamento e nos resultados progressivamente melhores alcançados. XXIX Congresso de PneumologIa Centro de Congressos Epic Sana | Algarve XXIX Congresso de PneumologIa evidências persistentemente progressivamente maior de patologias, torna CRC Sintra/Pessoa coletiva nº 500063524 Sintra – Sociedade Anónima · Cap. Social: EUR 2.400.000 · www.novartis.pt Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos S.A. · Sede Social: Rua do Centro Empresarial, Edf. 8 – Quinta da Beloura – 2710-444 CRC Sintra/Pessoa coletiva nº 500063524 – Sociedade Anónima · Cap. Social: EUR 2.400.000 · www.novartis.pt OUT 25 - 27.2013 sucessivas resultados veis à utilização desta técnica num número online cha ir: agostinho marques cha ir: agostinho marques Os dados referentes à utilização da VNI TeRAPêuTICA, APReSeNTANDO RePensar o FuturoLATeRAL AmIOTRóFICA João car doso Panel cor Discussion Robalo de iro transmissão Notas Fin a is João car doso Final remarks Robalo cor de iro biótipo. vida, sobrevida ou mesmo alterando o curso na- De VIDA, SOBReVIDA Ou meSmO no Tratamento da DPOC ao longo da evolução da doença e em função do FuNDAmeNTAL PARA A eSTRATégIA RePeRCuSSõeS NA quALIDADe Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos S.A. · Sede Social: Rua do Centro Empresarial, Edf. 8 – Quinta da Beloura – 2710-444 Sintra CRC Sintra/Pessoa coletiva nº 500063524 – Sociedade Anónima · Cap. Social: EUR 2.400.000 · www.novartis.pt qual o melhor modo ventilatório, que pode variar 15 25 a 27 de outubro de 2013 RePeNSAR O FuTuRO NO TRATAmeNTO DA DPOC N o âmbito deste congresso terá lugar, no inalador igual ao do indacaterol. Ora, “num doente “o que se pretende não é apenas apresentar o gli- coide”. No caso da DPOC, a ideia seria juntar os dia 26 de outubro, pelas 12.00 horas, um que faz, atualmente, tratamento com indacacate- copirrónio, mas debater novas soluções, com base dois agentes broncodilatadores. Nos dois estudos simpósio promovido pela Novartis, no qual rol (também produzido pela Novartis), a introdução nas evidências de que dispomos”. que estão a avaliar esta possibilidade na DPOC, os será repensado o futuro no tratamento da DPOC. do glicopirrónio não implica a adaptação a um novo Entre as várias alternativas em estudo está A sessão será presidida pelo Prof. Doutor Agosti- inalador”, justifica. Segundo o Prof. Doutor Agosti- a possibilidade de reunir, num só dispositivo, dois nho Marques e contará também com a participa- nho Marques, este detalhe é muito relevante pois agentes de classes diferentes (LAMA e LABA), com Os três grandes objetivos terapêuticos da ção de reconhecidos especialistas nacionais e in- “frequentemente percebemos que determinado vista à simplificação do regime terapêutico, à me- DPOC são o bom controlo dos sintomas, a redução ternacionais, como é o caso do Dr. Chris Compton, tratamento não tem os resultados esperados por- lhoria da adesão e, por conseguinte, dos resulta- das exacerbações (que aumentam significativa- da Prof.ª Doutora Wisia Wedzicha, do Prof. Doutor que os doentes simplesmente não sabem utilizar o dos terapêuticos. mente o risco de mortalidade) e o abrandamento Carlos Robalo Cordeiro e do Dr. João Cardoso. inalador e, portanto, não fazem a administração da Segundo o presidente do simpósio, “existem, dose prevista do medicamento”. resultados têm sido promissores pelo que, “esperamos dar brevemente esse passo”. No fundo, trata-se de oferecer aos doentes do ritmo de degradação da função pulmonar. “Com com DPOC aquilo de que os doentes asmáticos, as opções de que atualmente dispomos, só ainda neste momento, normas internacionais que defi- Mas, considerando que o objetivo deste sim- por exemplo, já beneficiam, isto é “num único ina- não conseguimos interromper deterioração da nem muito bem o tratamento da DPOC em função pósio é repensar o futuro do tratamento da DPOC, lador podem ter um broncodilatador e um corti- função pulmonar”, afirma o especialista. do seu grau de gravidade”. De uma forma generalizada, os LAMA (anticolinérgicos) e os agonistas-beta-2 (LABA) constituem as duas classes farmacológicas que são transversais a todo o tratamento da DPOC. “Acreditamos, inclu- QUANTOS DOS SEUS DOENTES COM DPOC AINDA SE SENTEM ASSIM? sivamente, que existem boas razões para associarmos as duas classes e a única razão para não o fazermos de forma mais frequente prende-se com os custos que tal comportaria para os doentes”, justifica o pneumologista do Hospital de S. João e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Prof. Doutor Agostinho marques No tratamento da DPOC há ainda lugar para outros medicamentos, tais como os corticoides, “mas só em pequenos subgrupos de doentes, com fenótipos particulares da DPOC, nomeadamente quando há uma componente inflamatória mais marcada”, acrescenta. Geralmente, a eleição dos corticoides é feita em função do número de exacerbações e da deterioração da função respiratória. D 1 X IA Também para doentes selecionados, a fisioterapia representa um importante contributo no que respeita à reabilitação respiratória. De qualquer forma, reforça o Prof. Doutor Agostinho Marques, a broncodilatação – anticolinérgicos e agonistas-beta-2 – é a base da terapêutica da DPOC. “Desde há cerca de dez anos que utilizamos o tiotrópio, que foi o fármaco que definiu o lugar pri- É O ANTICOLINÉRGICO DE NOVA GERAÇÃO1,2 vilegiado dos anticolinérgicos na abordagem desta glicopirrónio pó para inalação, cápsulas Seletivo a Broncodilatar, rápido a atuar patologia, ao demonstrar efeitos muito significatiPorém, a investigação clínica não parou e, surgiu, entretanto um broncodilatador de outra família, o indacaterol, que demonstrou uma eficácia semelhante à do tiotrópio, sendo que pode ser utilizado, em monoterapia, como alternativa ao anticolinérgico, ou em regime de associação”. Para breve está também prevista a comercialização do glicopirrónio “da classe do tiotrópio” que, enquanto anticolinérgico de nova geração, revela “alguns benefícios acrescidos”. Desde logo “um início de ação mais rápido, que se traduz num alívio sintomático mais imediato, o que tem uma enorme importância para os doentes com DPOC”, refere o pneumologista. Outra vantagem deste produto consiste no facto de ser administrado através de um dispositivo Seebri Breezhaler 44 microgramas pó para inalação, cápsulas (glicopirrónio) Nota Importante: Antes de prescrever consulte o Resumo das Características do Medicamento APRESENTAÇÃO: Pó para inalação, cápsulas contendo brometo de glicopirrónio equivalente a 50 microgramas de glicopirrónio. INDICAÇÕES: Seebri Breezhaler é indicado como tratamento broncodilatador de manutenção, para alívio dos sintomas em doentes adultos com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO Adultos: A dose recomendada é a inalação do conteúdo de uma cápsula de 50 microgramas uma vez por dia, usando o inalador Seebri Breezhaler.Crianças (< 18 anos): não deve ser usado em doentes com menos de 18 anos. Populações especiais de doentes: não é necessário ajuste de dose em doentes idosos ou em doentes com compromisso ligeiro a moderado da função renal. Modo de administração: As cápsulas de Seebri Breezhaler apenas devem ser administradas por via inalatória e apenas usando o inalador Seebri Breezhaler. As cápsulas. Os doentes devem ser instruídos sobre como administrar o medicamento corretamente. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos outros excipientes. ADVERTÊNCIAS/PRECAUÇÕES: ♦ utilização aguda: não deve ser usado como terapêutica de recurso ♦ broncospasmo paradoxal: tal como outras terapêuticas inalatórias, a administração pode resultar em broncospasmo paradoxal que pode por em risco a vida. Se ocorrer broncospasmo paradoxal, Seebri Breezhaler deve ser descontinuado imediatamente e substituído por terapêutica alternativa ♦ efeito anticolinérgico: deve ser usado com precaução em doentes com glaucoma de ângulo estreito ou com retenção urinária ♦ compromisso renal: deve apenas ser utilizado se o benefício esperado superar o risco potencial em doentes com compromisso renal grave incluindo os com doença renal terminal necessitando de diálise ♦ doença cardiovascular: deve ser usado com precaução em doentes com doença cardíaca isquémica instável, falência ventricular esquerda, história de enfarte do miocárdio, arritmia (excluindo fibrilhação auricular estável crónica), história de síndrome de prolongamento do intervalo QT ou cujo QTc foi prolongado. GRAVIDEZ: apenas deve ser usado durante a gravidez se os benefícios esperados para o doente compensarem os potenciais riscos para o feto. ALEITAMENTO: apenas deve ser considerado se os benefícios esperados para a mulher compensarem qualquer potencial risco para a criança. FERTILIDADE: os estudos de reprodução e outros dados em animais não levantam preocupações no que respeita a fertilidade quer em machos quer em fêmeas INTERAÇÕES: ♦ a administração concomitante com outros medicamentos contendo anticolinérgicos não foi estudada e como tal não é recomendada. REAÇÕES ADVERSAS: ♦ Frequentes (≥1 a <10%): xerostomia, insónia, gastroenterite ♦ Pouco frequentes (≥0,1 a <1%): dispepsia, cáries dentárias, dor nas extremidades, dor torácica musculoesquelética, erupção cutânea, fadiga, astenia, sinusite, tosse produtiva, irritação da garganta, epistaxis, rinite, cistite, hiperglicemia, disúria, retenção urinária, fibrilhação auricular, palpitações, hipoaestesia. ♦ Outras reações adversas: nasofaringite, dor musculoesquelética. ♦ Apenas em doentes idosos: cefaleias, infeção do trato urinário. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Novartis Europharm Limited Wimblehurst Road Horsham West Sussex, RH12 5AB Reino Unido REPRESENTANTE LOCAL Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos, S.A., Rua do Centro Empresarial, Edifício 8, Quinta da Beloura, 2710-444 Sintra Escalão de comparticipação: Não comparticipado. Medicamento sujeito a receita médica. Para mais informações deverá contactar o titular da AIM/representante local do titular da AIM. SEE_RCM_201209_IEC_V01 Referências Bibliográficas: 1. RCM Seebri 09.2012 2. Sykes DA, et al. The Influence of receptor kinetics on the onset and duration of action and the therapeutic index of NVA237 and tiotropium. J Pharmacol Exp Ther. 2012;343(2):520–8 DPOC - Doença pulmonar obstrutiva crónica Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos S.A. Sede Social: Rua do Centro Empresarial, Edifício 8, Quinta da Beloura, 2710-444 Sintra • Pessoa Colectiva C.R.C. Sintra 500 063 524 Sociedade Anónima Capital Social: € 2.400.000 www.novartis.pt SEE 17/09/2013 vos ao nível dos sintomas e do controlo das crises. 16 25 a 27 de outubro de 2013 PNeumOLOgIA De INTeRVeNçãO - ReVISTA DAS ReVISTAS O termo “Pneumologia de Intervenção” foi oitenta deu-se início ao que hoje conhecemos por definido num documento de consenso de Pneumologia de Intervenção com a introdução do 2002 produzido pela ATS/ERS e refere-se LASER Nd-YAG. Durante essa década e a seguinte à “arte e ciência da Medicina relacionada com a outras técnicas de desobstrução e manutenção da realização de procedimentos diagnósticos e tera- patência da via aérea foram sendo desenvolvidas, pêuticos invasivos que requerem treino e espe- designadamente a electrocauterização, a criotera- cialização técnica que vão para além do programa pia e diferentes tipos de próteses endobrônquicas. de formação standard em Pneumologia”. Para além das técnicas de broncoscopia há a incluir no campo da Pneumologia de Intervenção as técnicas pleurais mais complexas, designadamente a toracoscopia médica, exame minimamente invasivo que permite uma alta rentabilidade diagnóstica no que se refere aos derrames Dr.ª ana oliveira Pneumologista do Centro Hospitalar de Gaia/ /Espinho, EPE Coordenadora da Comissão de Técnicas da SPP pleurais, bem como a nível terapêutico com a talcagem para pleurodese de derrames e pneumotóraces. Ainda nos anos noventa deu-se inicio a uma revolução no campo da Pneumologia de Intervenção com o advento da ultrassonografia endobrônquica (EBUS) por sonda radial. Mas foi o novo milénio que trouxe as maiores Atualmente são considerados procedimen- inovações neste campo, fundamentalmente com tos de Pneumologia de Intervenção a broncosco- a rápida evolução tecnológica na ultrassonografia para além disso, novas técnicas terapêuticas em pia rígida e técnicas de desobstrução brônquica endobrônquica, que levou à introdução do EBUS áreas onde previamente a broncologia não de- associadas (LASER, electrocauterização, crio- linear, tendo mudado o paradigma não só da sempenhava um papel de relevo como a DPOC e a terapia, árgon-plasma, introdução de próteses), abordagem diagnóstica e estadiamento do cancro asma brônquica. a extracção de corpos estranhos, o manejo de do pulmão mas também no diagnóstico de outras O tratamento endoscópico do enfisema e fístulas bronco-esofágicas e broncopleurais, a patologias malignas e não malignas que previa- a termoplastia brônquica para o tratamento da De INTeRVeNçãO AS TéCNICAS toracoscopia médica, a ultrassonografia endo- mente necessitavam frequentemente de aborda- asma, apesar de ainda não apresentarem evidên- brônquica (EBUS), a autofluorescência (AFI) e gem cirúrgica para o mesmo. cia suficiente para a sua utilização em grande es- PLeuRAIS mAIS COmPLeXAS, a narrow band imaging (NBI), o tratamento en- Para além da ultrassonografia endobrônqui- doscópico do enfisema, a termoplastia brônquica ca foram sendo desenvolvidas novas técnicas no para tratamento da asma brônquica e a broncos- campo do diagnóstico do cancro do pulmão, seja Nos últimos anos tem-se assistindo a um copia pediátrica. cala, apresentam-se como técnicas promissoras em grupos seleccionados de doentes. na detecção precoce de lesões malignas e pré- crescimento exponencial no número de publica- Ao longo dos anos e classicamente a Pneu- -malignas (AFI, NBI), bem como no diagnóstico ções na área da Pneumologia de Intervenção. As- mologia de Intervenção teve como principal objec- de lesões periféricas fora do alcance habitual da sim, esta comunicação tem como objectivo fazer tivo a paliação de obstrução central da via aérea broncoscopia (minissonda de EBUS, navegação um pequeno resumo da literatura relevante publi- em doentes com cancro do pulmão. Na década de electromagnética, broncoscópios ultra-finos) e, cada no último ano. PARA ALém DAS TéCNICAS De BRONCOSCOPIA há A INCLuIR NO CAmPO DA PNeumOLOgIA DeSIgNADAmeNTe A TORACOSCOPIA méDICA. ImuNOTeRAPIA NO CANCRO DO PuLmãO O PROmeTIDO é DeVIDO E m 2030, segundo a OMS, o cancro do pulmão sem mais toxicidade; descobrimos a interligação doença. Novas palavras andam na boca de todos: mediação celular inata. Uma terceira aborda- será a 6.ª causa de morte no mundo. Será a estreita entre determinados marcadores biológi- ‘vacinas para o cancro’, ‘vacinas de células dendríti- gem será via anticorpos monoclonais, tais como 1.ª causa de morte por doença oncológica. cos e a terapêutica molecular especifica. cas’, ‘ipilimumab ou PD L1’. Vamos falar disso tudo. o ipilimumab, contra sinais inibitórios da célula Entre nós, todos os anos diagnosticamos e Esta terapêutica tem como objetivo a des- T, promovendo a sua ativação e indução de uma tratamos mais doentes com esta patologia. Sem truição das células tumorais via mediação imu- resposta objetiva contra o tumor, habitualmente números oficiais, uma avaliação dos centros nológica. Estimulando os linfócitos T contra locais previamente tratado. Escassos efeitos secundá- nacionais realizada pelo Grupo de Estudos do específicos da célula tumoral que conduzem à rios parecem associados a esta terapêutica que Cancro do Pulmão estima valores de incidência sua destruição e promovendo o desenvolvimento repito, parecem beneficiar da junção às terapêu- superiores a 3600 por ano, isto é, dez casos diag- de memória imunológica contra essas células ou ticas clássicas para esta doença. nosticados por dia. futuras recidivas, esta terapêutica pode teorica- Estamos numa fase inicial desta terapêutica mente e ultrapassado determinados mecanismos promissora. Precisamos de saber mais e mais so- de defesa do tumor, conduzir a resultados efi- bre quais os tumores que mais beneficiam; quais cazes e duradouros já observados no melanoma as modalidades terapêuticas mais ajustadas para metastático e outros tumores. um tipo específico de tumor numa pessoa espe- Em mais de 60% desses, surgem-nos numa fase avançada, disseminada com prognóstico mais reservado. A investigação sobre esta área é crescente e nos últimos 20 anos, triplicámos os resultados quer em termos de mais vida com Dr. fernanDo barata Presidente GECP Vice-presidente SPP qualidade de vida. Em desenvolvimento, temos vários tipos de ‘vacinas contra o cancro’ com formas de atuação cífica; quanto tempo e qual a dose ajustada; qual a melhor fase da doença para ser administrada. Nos últimos 20 anos, para esta fase da doen- Ontem, como hoje, insistimos na prevenção bem diferentes. Nalgumas circunstâncias a res- Decorrem em todo o mundo, neste momento ça, descobrimos novos métodos de diagnóstico e e reforçámos as medidas antitabágicas e de pro- posta anti tumoral pode ser gerada pela adminis- mais de 150 ensaios clínicos sobre estas terapêu- novas formas de radioterapia; trouxemos a cirur- teção face à poluição global. Estamos atentos ao tração de uma vacina alogénica tumoral a fim de ticas. Estamos a colaborar também nestes estu- gia para situações pontuais; descobrimos o valor tabagismo passivo e a determinantes genéticas. estimular uma resposta imunológica consistente dos. Teremos que ser prudentes no nosso entu- da histologia na definição das melhores opções Damos os primeiros passos num rastreio eficaz. contra esse antigénio específico. Uma segunda siasmo sem que deixemos que o sonho comande de quimioterapia; descobrimos como mais tem- Nestes últimos anos, a imunoterapia surge abordagem envolve o uso de imunomoduladores a vida, pois cada vez que um homem sonha, o po de terapêutica pode aumentar a sobrevivência como mais uma promessa terapêutica para esta capazes de estimular um efeito anti-tumoral por mundo pula e avança. 17 25 a 27 de outubro de 2013 informação BOehRINgeR INgeLheIm LIDeRA INVeSTIgAçãO CLíNICA em PORTugAL A indústria farmacêutica com atividade direcionada para a investigação clínica pode desempenhar um importante papel no crescimento económico europeu, assegurando a competitividade no contexto da economia global. Só em 2012 foram investidos, na Europa, cerca de 30 milhões de euros em investigação e desenvolvimento, o que se traduziu no emprego de 700 profissionais diretamente envolvidos na investigação e entre duas a três vezes mais envolvidos indiretamente no processo. Contudo, cada novo fármaco que entra no mercado é fruto de um processo lento, dispendioso e arriscado, já que em cada dez mil novas substâncias estudadas, apenas uma a duas chegam, efetivamente ao mercado. Além disso, o custo de desenvolvimento de cada uma delas ultrapassa o milhão de euros e, desde que é descoberta, cada molécula demora entre 12 a 13 anos a chegar aos consumidores. Em Portugal, “o investimento que vem de fora não tem sido bem aproveitado e, por esse motivo, o volume de investigação levada a cabo no nosso país está muito aquém do que seria espectável”, afirma o Dr. Carlos Trabulo, diretor médico da Boehringer Ingelheim. Por outro lado, a grande maioria dos ensaios clínicos realizados em Portugal são internacionais, enquanto os estudos que partem da iniciativa dos investigadores assumem uma expressão bastante reduzida. Face a este cenário, o Dr. Carlos Trabulo defende a criação de condições para facilitar a realização de investigação clínica no nosso país pois, caso contrário, tenderá a acentuar-se o desinvestimento das companhias nesta área. “Só entre 2006 e 2012, houve uma redução de 33% dos ensaios clínicos em Portugal”, adianta. As condições, requisitos e burocracias de caracter regulamentar e legal, a falta de incentivos, de formação e de carreira para os profissionais que se dedicam à investigação, a falta de competitividade entre os centros, bem como alguns entraves de natureza informática são alguns dos constrangimentos que desmotivam a realização de ensaios clínicos a nível nacional. Apesar de tais limitações, o Dr. Carlos Trabulo defende que a investigação clínica não deve ser abandonada até porque “melhora os indicadores de saúde, permite um acesso precoce a tratamentos inovadores, melhora a medicina assistencial, permite o desenvolvimento científico, permite a redução da despesa pública, permite a criação de emprego e o aumento das receitas fiscais”. Por todos estes motivos, a Boehringer Ingelheim tem vindo a reforçar o seu investimento na investigação e lidera, neste momento, a tabela das companhias farmacêuticas que se dedicam a esta atividade. “Quando a maior parte das companhias desinvestiu em Portugal, nós mantivemos essa atividade, acreditando sempre que é possível superar os obstáculos e fazer investigação clínica no nos- so país. Aliás, os nossos projetos têm aumentado de ano para ano, tal como o número de doentes e de centros envolvidos nos ensaios clínicos”, adianta o Dr. Carlos Trabulo. Segundo o diretor médico da companhia, “a Boehringer Ingelheim foi a primeira companhia a conseguir que uma USF fosse autorizada pela Comissão de Ética para fazer investigação clí- nica e, atualmente, todas as ARS têm esse interesse”. A área respiratória é uma das prioridades da Boerhinger Ingelheim, em concreto a asma pois “trata-se de uma doença crónica, que não tem cura e em que 40% dos doentes não estão devidamente controlados”, justifica. O tiotrópio é o alvo da investigação nesta área pois “partimos do princípio de que, enquanto terapêutica adjuvante, no topo de toda a medicação para a asma, esta substância pode ajudar a controlar os sintomas e a melhorar a função respiratória dos doentes mais difíceis de tratar”. Neste contexto, está em curso o programa UniTina-asma, que envolve 11 ensaios clínicos de fase III e um total de 4000 doentes. INICIE SPIRIVA® Quando os sintomas da DPOC já estão instalados na vida do seu doente1,2 Spiriva18 microgramas, pó para inalação, cápsula. Spiriva Respimat 2,5 mcg solução para inalação por nebulização. Composição: Spiriva: 22,5 mcg brometo de tiotrópio monohidratado (≈ 18 mcg tiotrópio)/ cápsula. A dose libertada (que sai da peça bucal do dispositivo HandiHaler) é 10 mcg de tiotrópio. Excipiente: lactose monohidratada. Spiriva Respimat: 2,5 mcg de tiotrópio por nebulização (≈3,124 mcg de brometo de tiotrópio monohidratado). Indicações terapêuticas: tratamento broncodilatador de manutenção para alívio dos sintomas em doentes com DPOC. Posologia e modo de administração: Spiriva: Inalação do conteúdo de uma cápsula, 1x/dia, utilizando o dispositivo HandiHaler, na mesma altura do dia. Não exceder a posologia recomendada. Spiriva Respimat: 5 µg de tiotrópio (≈ duas nebulizações)/ 1xdia, na mesma altura do dia. Usar apenas com o inalador Respimat. Não exceder a posologia recomendada. Contraindicações: hipersensibilidade a brometo de tiotrópio, atropina ou aos seus derivados (p.ex. ipratrópio ou oxitrópio) ou a qualquer um dos excipientes (Nota: o Spiriva contém o excipiente lactose monohidratada, o qual contém proteína de leite). Advertências e precauções especiais de utilização: não usar no tratamento inicial de episódios agudos de broncospasmo (como terapêutica de emergência). Podem ocorrer reações de hipersensibilidade imediata após a administração. Usar com precaução em doentes com glaucoma de ângulo estreito, hiperplasia da próstata ou obstrução do colo da bexiga. Pode provocar broncospasmo induzido pela inalação. Insuficiência renal: em doentes com insuficiência renal moderada só usar se o benefício esperado exceder o risco potencial; não há experiência a longo prazo sobre a utilização em doentes com insuficiência renal grave. Evitar que o pó (Spiriva) ou a solução nebulizada (Spiriva Respimat) entre nos olhos: há risco de precipitação ou agravamento de glaucoma agudo de ângulo estreito, dor ou desconforto ocular, visão temporariamente turva, halos visuais ou imagens coloridas associados a vermelhidão dos olhos decorrente de congestão da conjuntiva e de edema da córnea; neste caso, os doentes devem suspender a terapêutica e consultar um médico de imediato. População pediátrica (< 18 anos): DPOC -não há utilização relevante. Fibrose cística: a segurança e eficácia não foram ainda estabelecidas. O Spiriva Respimat deve ser usado com precaução em doentes com distúrbios do ritmo cardíaco conhecidos. Interações medicamentosas e outras formas de interação: não administrar simultaneamente o tiotrópio com outros anticolinérgicos. Gravidez e aleitamento: apenas deverá ser utilizado na gravidez quando claramente indicado. Não é recomendado durante a amamentação, no entanto, deve ser ponderado o benefício do aleitamento para a criança e o benefício da terapêutica para a mulher. Efeitos Indesejáveis: Spiriva: Frequente (>1/100, <1/10): xerostomia; Pouco frequente (>1/1000, <1/100): tonturas, cefaleias, alterações do paladar, visão turva, fibrilação atrial, faringite, disfonia, tosse, doença de refluxo gastro-esofágico, obstipação, candidíase orofaríngea, erupção cutânea, disúria, retenção urinária. Raro (>1/10000, <1/1000): insónia, glaucoma, aumento da pressão intraocular, taquicardia supraventricular, taquicardia, palpitações, broncospasmo, epistaxis, laringite, sinusite, obstrução intestinal (incluindo íleos paralítico), gengivite, glossite, disfagia, estomatite, náusea, urticária, prurido, hipersensibilidade (incluindo reações imediatas), angioedema, infeção do trato urinário. Desconhecido: desidratação, cárie dentária, infeção cutânea, úlcera cutânea, pele seca, edema das articulações. Spiriva Respimat: Frequente (>1/100, <1/10): xerostomia. Pouco frequente (>1/1000, <1/100): tonturas, cefaleias, palpitações, taquicardia supraventricular, fibrilhação auricular, taquicardia, tosse, epistaxe, faringite, disfonia, candidíase orofaríngea, disfagia, erupção cutânea, prurido, retenção urinária, disúria. Raro (>1/10000, <1/1000): glaucoma, aumento da pressão intraocular, visão turva, broncospasmo, laringite, doença de refluxo gastroesofágico, cárie dentária, gengivite, glossite, estomatite, edema angioneurótico, urticária, infeção/úlcera cutânea, secura cutânea, infeção do trato urinário. Desconhecido: desidratação, insónia, sinusite, obstrução intestinal (incluindo íleo paralítico), náusea, hipersensibilidade (incluindo reações imediatas), edema das articulações. maio 2013 (Spiriva) / julho 2013 (Spiriva Respimat) Medicamentos Sujeitos a Receita Médica Regime de Comparticipação: escalão B (R.G. 69%, R.E. 84%) Para mais informações deverá contactar o Titular da Autorização de Introdução no Mercado. Boehringer Ingelheim, Lda. 1. Resumo das Características do Medicamento Spiriva®. maio 2013. Resumo das Características do Medicamento Spiriva® Respimat®. julho 2013. 2. Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for the diagnosis, management, and prevention of chronic obstructive pulmonary disease. Updated 2013. Boehringer Ingelheim, Lda., Av. de Pádua 11 - 1800-294 LISBOA Capital Social EUR 150.000,00 Conserv. Reg. Com. Lisboa – Matricula NR 28628 Nº Cont. 500537410 18 25 a 27 de outubro de 2013 ASmA em 30 ANOS. um FLASh É muito interessante refletir sobre a expe- estratégias de investigação e organização dos que requer e obriga os pneumologistas a desem- do subalternizada e assumida por outros profis- riência vivida com a asma nos últimos 30 cuidados com grande sucesso. Neste período, penhar um papel fundamental na rede de saúde sionais. Parece-me que o interesse dos doentes anos. Os marcos evolutivos na doença são na transição para e durante os anos 90, o foco respiratória. Nos serviços de Pneumologia dos e a harmonia do sistema de saúde recomendam paralelos aos do próprio serviço de saúde. A par- da patologia deslocou-se para a inflamação das maiores hospitais, como as solicitações concor- vivamente que a Pneumologia procure e encontre ticularidade reside na enorme evolução assente vias aéreas e estendeu-se de seguida para a re- rentes (Cancro, DPOC, Apneia do Sono, entre ou- processo de retomar esta consulta na sua pleni- sobre recursos terapêuticos que no fundamental moldagem. O foco da terapêutica acompanhou tros) consomem cada vez mais tempo, foram-se tude para responder aos doentes, aos interesses (broncodilatadores e corticoides) já existiam no a evolução e centrou-se no uso dos corticoides organizando subespecializações e a asma foi sen- da especialidade e ao apoio aos MGF. arranque deste percurso. inalados, primeiro nos adultos e posteriormente nas crianças, à medida que os estudos iam destruindo medos ancestrais. No começo dos anos 2.000 estudos na comunidade vieram revelar que o grau de controlo dos doentes era muito inferior ao que a intuição dos médicos fazia supor. A par disso verificou-se que, em toda a parte, as vendas de broncodilatadores suplantavam largamente as vendas de Prof. Doutor J. agostinho marQues Pneumologista, FMUP corticoides para a asma, em contraste com as recomendações. O passo seguinte foi dado pela indústria farmacêutica ao incluir um corticoide com um LABA no mesmo instrumento de inalação. As associações fixas impuseram-se apesar das limi- Nos anos 80 a asma era broncospasmo. Já tações de serem mais caros e contribuíram para era conhecida a IGE havia mais de uma década, uma melhoria adicional. Nesta década o Montelu- mas o conhecimento etiopatogénico era muito li- cast, o Omalizumab e o Tiotrópio (ainda off label) mitado. Ainda se designava como “substância de contribuíram também para completar a resposta ação lenta da hipersensibilidade” (SRS-A) qual- aos fenótipos de controlo mais difícil. quer coisa desconhecida mas seguramente pre- Os números nacionais mostram uma melho- sente que ampliava a prolongava os efeitos que ria espantosa da situação dos doentes, em ter- a histamina não conseguia explicar. Quem veio a mos de mortalidade e número de internamentos descrever a degradação do ácido araquidónico e (figuras 1 e 2). Também a investigação publicada identificar os leucotrienos e prostaglandinas ob- em revistas com factor de impacto fez o seu apa- teve um prémio Nobel e forneceu um alvo tera- recimento e desenvolvimento entre nós, mos- pêutico novo, ainda em uso. trando que a vertente académica acompanhou a No fim da década de 80 o volume de dados evolução. epidemiológicos obtidos com metodologias dife- Neste momento há esperança de que o Pro- rentes levantava questões difíceis e contraditó- grama Nacional de Controlo da Asma, musculado rias sobre o papel da genética e do ambiente na pelas exigências externas que obrigam a auditar raiz da doença. Na mesma altura percebeu-se o trabalho dos médicos, contribua para melhorar que havia acréscimo de mortalidade relacionado o controlo da asma. Este instrumento tem poten- com o uso de broncodilatadores, especialmen- cialidades para transformar a atitude e o interes- te fenoterol, sem relação de causalidade clara. se dos cuidados de saúde primários onde residem Por este tempo a comunidade científica lançou os recursos humanos (médicos, enfermeiros e os grandes estudos epidemiológicos de dimen- outros) e estrutura de rede para alterar a vida dos são mundial: o estudo da Comunidade Europeia doentes em profundidade. a incidir sobre adultos jovens de 20 aos 44 anos Para a Pneumologia a asma á uma doença e o estudo ISAAC, em duas faixas de jovens, colocada no centro da especialidade. Ignorando crianças e adolescentes. Passou a haver dados quaisquer motivações de natureza corporativa, a nacionais comparáveis que permitiram conhe- doença é importante pela expressão pública, pe- cer a grandeza do problema e a construção de los conhecimentos de fisiologia e fisiopatologia COmISSãO De PNeumOLOgIA ONCOLógICA A Comissão de Pneumologia Oncológica ração com outras especialidades, comissões de A atualização dos dados epidemiológicos (CPO) tem como objetivo principal atua- trabalho e sociedades científicas com interesses relativos aos tumores torácicos em Portugal tem lizar e uniformizar as normas de atuação comuns. sido uma preocupação constante. relativas ao cancro do pulmão. Promove reuniões multidisciplinares bianu- A criação de folhetos de informação sobre a Com a evolução científica e o número ais que têm a colaboração de um elevado número doença e a sua divulgação eletrónica tem-se re- crescente de casos de cancro do pulmão tor- de colegas que com a sua dedicação e empenho velado de grande importância para os doentes e na-se cada vez mais exigente e desafiante a promovem a partilha de conhecimentos e têm fei- seus familiares. abordagem destes doentes, com necessidade de atualização permanente. O fácil acesso a informação científica internacional é valioso mas a divulgação, discussão e sistematização dessa Dr.ª Paula alves Coordenadora da Comissão de Pneumologia Oncológica informação é essencial e só se consegue com a colaboração de todos. A participação em proje- A CPO colabora na organização e realiza- tos de investigação científica torna-se obriga- ção de reuniões científicas da Sociedade Portu- tória. guesa de Pneumologia (SPP) e fomenta a inte- to o sucesso de cada reunião. A correta abordagem do doente com cancro A inclusão dos internos das várias especia- do pulmão em Portugal em muito se deve a todo lidades afins à Pneumologia Oncológica nas ati- o trabalho conjunto desenvolvido pela CPO desde vidades da CPO é de extrema importância e deve a sua criação (em 1986) e é sempre um grande ser incrementada com um objetivo não só didático desafio promover o bom nível científico e social mas também de dinamização e renovação. das atividades da CPO, com o objetivo mantido Tem sido privilegiada a elaboração de protocolos de atuação e o seu fácil acesso (on-line). de tratar de forma digna o doente com cancro do pulmão. 19 25 a 27 de outubro de 2013 ReABILITAçãO ReSPIRATóRIA A s doenças respiratórias apresentam im- doença. Este processo deve ser prático, dirigido portância crescente. O aumento dos fa- às necessidades individuais e adaptado às com- tores de risco para as mesmas e o en- petências intelectuais de cada doente. Os te- velhecimento da população fazem prever que a Dr.ª inês Quininha faria Médica Pneumologista. Unidade de Insuficientes Respiratórios do Serviço de Pneumologia do Hospital Pulido Valente – Centro Hospitalar Lisboa Norte incidência continue a aumentar, especialmente no caso das doenças obstrutivas crónicas, da insuficiência respiratória crónica e da neoplasia do pulmão. O tratamento das doenças respiratórias crónicas requerem cuidados quer farmacológicos, quer não farmacológicos para que sejam alcançados os objetivos terapêuticos, isto é, atingir o controlo dos sintomas, evitar a progressão da doença e as suas complicações e, ainda, melhorar o prognóstico. processo, é imprescindível. mas abordados incluem noções básicas sobre a doença, fatores de risco, tratamentos preconizados e evolução natural. Outros elementos dos PRR passam pelo apoio para a cessação tabágica e pelas intervenções nutricional, psicológica e social. Para além dos benefícios anteriormente A DPOC é umA PATOLOgIA que ATINge 14% DA POPuLAçãO ADuLTA NO NOSSO PAíS, Ou SeJA, 1 mILhãO e 500 mIL PORTugueSeS. é umA PATOLOgIA que Tem eNVOLVImeNTO PuLmONAR e RePeRCuSSõeS NãO ReSPIRATó- descritos, que se centram no doente, já há evi- RIAS, COmO A PeRDA De mASSA muS- dência científica da relevância dos PRR, com CuLAR e óSSeA, emAgReCImeNTO, treino de exercício, para a sociedade, ao permitir Os PRR devem ser multidisciplinares e têm reduzir o encargo económico desta doença atra- Os Programas de Reabilitação Respiratória como principal objetivo minimizar os efeitos res- vés da diminuição das exacerbações agudas, dos (PRR) fazem parte integrante da abordagem dos piratórios e sistémicos da DPOC, bem como in- internamentos, do recurso às urgências e tam- doentes respiratórios crónicos, sobretudo dos centivar mudanças no estilo de vida e promover a bém pela possibilidade da integração laboral do doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Cróni- autogestão da doença. Desta forma, os resultados doente com menos dias de baixa. ca (DPOC). traduzem-se no controlo dos sintomas, na melho- DePReSSãO e, muITAS VezeS ISOLAmeNTO SOCIAL. Apesar do seu contributo ser inquestioná- esta falta de recursos e permitir a inclusão de vel, a realidade nacional no que diz respeito à mais doentes. Em Portugal, o sistema Telemold, oferta destes PRR é manifestamente insuficiente implementado na Unidade de Reabilitação Res- face ao número de doentes que deles necessi- piratória do Hospital Pulido Valente, permite a tam. Este facto cria uma preocupação no seio da telemonitorização simultânea dos níveis de oxi- comunidade médica que tem centrado esforços, genação do sangue e da atividade física de do- no sentido de criar condições para ampliar a entes insuficientes respiratórios por períodos acessibilidade destes doentes aos PRR. A tele- prolongados. Este aspeto é fundamental uma medicina é uma área em expansão e com apli- vez que promove a atividade física regular destes cabilidade já bem estabelecida, sendo a Pneu- doentes em segurança, permitindo, por um lado, mologia uma área de implementação prioritária, a alta mais precoce dos PRR e possibilidade de conforme foi reconhecido e determinado pelo inclusão de novos doentes e, por outro lado, a próprio Ministério da Saúde, podendo colmatar otimização de PRR domiciliários. Edição news ESTAS EMPRESAS ASSOCIAM-SE À LUTA CONTRA A SIDA: PUB farma SAÚDE JORNAL de www.newsfarma.p Este Jornal é da edição do Expresso Cancro da mama Próxima edição fever eiro Públi ca t parte integrante n.º 2098, de 12 de janeiro de 2013. Venda interdita. A esperança tem de prevalecer até ao fim… SIDA Págs. 2/3 O RACIONAMENTO SAÚDE EQUIVALE NA A MAIS DESPESA E MENOS DOENTES TRATADOS Portugal regista 1000 novos casos/ano Pág. 4 ANEMIA É POUCO VALORIZADA O cansaço é o principal sintoma subjetivo da anemia Pág. 6 Todos os anos surgem cerca de mil novos de SIDA em Portugal. casos Esta doença, no passado, era considerada mortal, ção clínica e terapêutica,mas, com toda a evolupassou a ser encarada “com outros olhos” e os doentes ganharam termos de qualidade em de vida. Medicamentos biológicos: O que são e quais os seus benefícios? Págs. 8/12 PUB Págs. 14/15 partilhamos o gosto pela Vida www.tolife.pt MKT 08-01-13 | toLife – Produtos news Pub������_244x45_Jan.indd Edição farmacêuticos, S.A. | Av. Forte, 3 | Edif. Suécia 1 III | Piso 1 | 2794-093 Carnaxide Queremos desejar-lhe | Portugal | T +351 214 342 700 | F +351 214 342 709 | [email protected] farma | NIPC 506 698 um feliz 2013. 599 | C.R.C. Cascais, sob nº 16 316 | Capital Social 2.436.740,00 euros 12/12/17 10:26 1 de dezembro de Distribuição gratuita 2012 na Reunião. Terapêutica biológica contribui para a melhor ia da qualidade de vida Diversos estudos realizados a nível mundial já demonstraram biológicos em milhares biológica tem permitido de doentes. A título de exemplo, os benefícios que podem ser obtidos com a utilização os dados disponíveis uma resposta na portugueses estão dos medicamentos ordem dos 70-75% indicam que, nos já devidamente na classe dos corticorresisten últimos informados acerca tes. Neste momento, anos, a terapêutica das suas vantagens. os gastrenterolog istas BE WELL. A PROMISE MADE * Copyright ©2011 ANU inst MSD 280x180.indd 1 FIQUE BEM. UMA PROMESSA TO THE WORLD.* SIDA QUE FAZEMOS AO MUNDO. Merck Sharp www.msd.pt & Dohme, Lda.Quinta www.univadis.pt Merck Sharp Ano 1 | N.º 1 da Fonte, Linha Verde MSD & Dohme Corp., 800 20 25 20 é uma subsidiáriaEdifício Vasco da Gama, 19janeiro/fevereiro Porto Port or o Salvo 2770-192 ort de Merck & Co., 2013 Inc., Whitehouse Paço bimestral Station, NJ, EUA. de Arcos.Publicação NIPC 500 191 360. Todos T os direitos Preço direitos 3.00 Euros reservados. CORP-1021808-0000 CORPP 1021808-0000 P- Comunicamos Saúde 28/12/12 15:35 Laboratório de Virologia do IPO de Lisbo a 40 anos a estudar a natureza do vírus XI congress o nacIonal de doenças InfeccIosa s e mIcrobIol ogIa clínIca e IX congress o sobre sIda Especialização balanço janeiro / fevereiro 2013 1 Com especialização na área da Saúde, somos uma editora que comunica simultaneamente com o grande público e com os profissionais. JORNAL Distribuição gratuita Experiência no Congresso news Edições farma 02 02 03 04 CIDADE INVICTA 05 ACOLHE A REUNI ÃO MAGNA DA 06 ENDOCRINOLOGIA 06 07 08 10 Da reforma Grupo de Estudo de DR.ª MARIA JOÃO Tiroide OLIVEIRA Metabolismo dos lípidos – Aspetos práticos da dislipidemia DR. MIGUEL MELO Excelência Grupo de Estudo de Neuroendócrinos Tumores DR.ª ANA PAULA SANTOS Grupo de Estudo de Dislipidemias DR.ª ELISABETE RODRIGUES Grupo de Estudo de Laboratório DR.ª DEOLINDA MADUREIRA dias avanços e recuos Grupode de hoje: Estudo de na Medicina Materno-FetalTumores da Suprarrenal No 1.º Congresso Nacional da Sociedade DR.ªPortuguesa -Fetal (SPOMMF), ISABEL PAIVA de Obstetrícia Mendes da Graça que decorreu em finais de e Medicina MaternoNovembro, em protagonizou Lisboa, o Prof. perinatais em Curso uma conferência de Insulinoterapia Doutor Luís Portugal. sobre a mortalidade na Diabetes Tipo e a morbilidade 2 DR. JORGE DORES 11 WOMEN’S MEDICINE 12 13 14 penho nas atividades de vida diária promovendo, e 500 mil portugueses. É uma patologia que tem desta forma, uma melhor qualidade de vida. envolvimento pulmonar e repercussões não res- O treino de exercício constitui a terapêutica piratórias, como a perda de massa muscular e ós- mais eficaz no recondicionamento físico dos do- sea, emagrecimento, depressão e, muitas vezes entes com DPOC, com ganhos psicológicos (des- isolamento social, gerando graves repercussões sensibilização à dispneia) e fisiológicos (melhoria na qualidade de vida dos doentes e familiares e a da endurance, força e coordenação musculares). nível socioeconómico. ::: 2,80 € news população adulta no nosso país, ou seja, 1 milhão EIRO 2013 (BIMESTRAL) 15 farma farma XX Jornadas InternacIonaIs do InstItuto Português de reumatol ogIa JORNAL Distribuição gratuita nas Jornadas Somos interlocutores por excelência na tarefa de promover a comunicação entre a indústria farmacêutica, os profissionais de saúde e a população em geral.. Resultado s preliminar es 1 do SEMER XII SIMPÓSIO estudo CHOICE APU 2012 Há 25 anos a investigar e a aplicar na área da PMA TROIA RECEBEU ESPECIALISTAS Ano 1 | n.º 1 | janeiro/fevereiro PUblIcAçãO 2013 bIMeStrAl | 3 € (IvA vA inc.) v Edições Grupo de Estudo da Cirurgia Endócrina DR. LUÍS MATOS LIMA Ir mais além na gestão da diabetes tipo 2 PROF. DOUTOR DAVIDE CARVALHO news ria da capacidade de exercício e melhor desem- PreSençA POrtUgUeSA fOI cOnSIderável 21 ST COngRES S Of ThE EAdv 1.º Plano Prof.ª Doutora Edições 5.º COngRE SSO PORTUg dO CAnCRO UÊS farmadO PULMÃO news A DPOC é uma patologia que atinge 14% da Edições Curso de Nutrição PROF.ª DOUTORA Clínica ISABEL DO CARMO Grupo de Estudo de Tumores da Hipófise DR.ª ISABEL MARIA TORRES JANEIRO/FEVER News Farma possui uma equipa com mais de 15 anos de experiência. Boas-vindas da SPEDM M. HELENA CARDOSO, MD, PHD Grupo de Estudo de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas PROF. DOUTOR MÁRIO RUI MASCARENHAS Programa de 1989 aos 10 Boas-vindas da Comissão Organizadora DR.ª MARIA JOÃO OLIVEIRA Grupo de Estudo da Insulinorresistên cia DR.ª PAULA FREITAS Oliveira da Silva «Em Portugal, a lei diz que a mulher de planeamento que faz uma IVG familiar, 15 dias tem em de ir a uma depois. faltam à consulta, o que é gravíssimo.» No entanto, mais de 50% das consulta mulheres vIII COngRE SSO nACIOnAL dE PSIqUIATRIA 1 Profs. Doutores Carlos Ramalhão e Maria Júlia Maciel www.newsfarma.pt www.facebook.com/newsfarma Peritos debatem "Psiquiatria e – da evidência Medicina científica à prattica c clínica Uma missão antiga Cerca de 1100 especialistas, oriundos de vários pontos do país, estão juntos, mais uma vez, no Sheraton Porto Hotel, para atualizar conhecimentos relacionados com a Cardiologia. Um evento que prima pela continuidade da tradição. Os tratamentos de fisioterapia respiratória A inclusão dos doentes com DPOC em PRR são, igualmente, medidas complementares efica- é fortemente recomendada para aqueles que zes, dos quais se exemplifica com as técnicas de apresentem intolerância ao esforço e redução da controlo ventilatório, de drenagem de secreções e sua atividade física, apesar de terem a medica- exercícios de flexibilidade e reeducação postural. ção otimizada. Contudo, para o sucesso do PRR, Outro componente dos PRR é a educação é fundamental que os candidatos estejam moti- terapêutica, pretendendo-se que os doentes de- vados uma vez que o seu envolvimento, em todo o senvolvam as suas capacidades para lidar com a JORNAL do CONGRESSO SAÚDE JORNAL de Pública dos cuidados de saúde primários SIDA WOMEN’S MEDICINE JORNAL Distribuição gratuita no Congresso Praia da Falésia 25 a 27 de outubro de 2013 Em colaboração com O Nà TRIBUNAL dos N.º2 Domingo, 27 Sala Thomé Villar | Dia 26 14h’30 às 15h’30 1 Juíz Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro 4 Advogados Drª. Paula Simão, Dr. João Cardoso, Dr. Filipe Froes, Profª. Doutora Marta Drummond Quando iniciar a corticoterapia inalada na DPOC? Advogados Dr.ª Paula Simão Dr. João Cardoso Jurados Assistência (televotação) Será que existem diferenças entre os corticoídes inalados? Advogados Dr. Filipe Froes Profª. Doutora Marta Drummond Jurados Assistência (televotação) 1-N15MSR A RC E P Sociedade Portuguesa de Pneumologia CASO 1 N.º1 Sábado, 26 CASO 2 Edições 2 Praia da Falésia, 26 de outubro de 2013 Praia da Falésia, 26 de outubro de 2013 Dr. Paulo Calvinho Secretário da Comissão de Cirurgia Torácica Comissão de Cirurgia Torácica A Cirurgia Torácica coordena-se de forma muito próxima com a Pneumologia no processo de diagnóstico e tratamento dos doentes com patologia pulmonar sendo por isso parte integrante da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, constituindo ela própria uma Comissão. Durante este triénio a Comissão de Cirurgia Torácica organizou, no âmbito do Congresso da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, várias sessões com o objetivo de sensibilizar a comunidade médica para áreas específicas de atuação da Cirurgia Torácica bem como de metodologias inovadoras. No XXVII Congresso, realizado no Porto, a Comissão de Cirurgia Torácica organizou uma Conferência com o tema de Cirurgia de Endarterectomia pulmonar, tendo como convidado o Dr. John Dunning (Inglaterra- Papworth). Este tema surgiu pela inexistência em Portugal de uma rede de referenciação para os doentes que possam beneficiar deste procedimento e porque esta comissão acredita que o desenvolvimento deste projeto seria uma mais-valia para a diferenciação da Cirurgia Torácica a nível Nacional bem como uma poupança efetiva no tratamento de cada doente que tem que necessariamente ser referenciado para uma Unidade fora do país. A comissão acredita que é possível a organização desta referenciação, desde que haja vontade política. No XXVIII Congresso, realizado em Tróia, aborda a estratificação de risco para os doentes que irão ser submetidos a cirurgia de ressecção pulmonar. Achamos importante alertar a comunidade médica das inovações que existem neste contexto, de forma a conseguir perceber a problemática do doente limite para cirurgia de ressecção pulmonar, alargando o espetro dos doentes incluídos nas nossas listas operatórias. Nesta sessão ficou bem claro a importância da reabilitação respiratória e as características multidisciplinares da intervenção nestes doentes No XXXIX Congresso, aproximamo-nos da nossa face mais visível e pela qual somos maioritariamente solicitados, organizando, em conjunto com a Comissão de Pneumologia Oncológica com o tema: Novas abordagens no cancro do pulmão. A parceria estabelecida entre estas duas Dr.ª Sofia neveS Coordenadora da Comissão de Trabalho comissões de trabalho da SPP é fundamental para o bom desenvolvimento e o melhor tratamento dos doentes com cancro do pulmão. Temos a consciência que é sempre possível fazer mais e melhor, por isso a Comissão de Cirurgia Torácica tem como objetivos futuros: 1- Manter e promover o dinamismo científico 2- Organizar e atualizar a lista de membros da comissão 3- Organizar eventos para o debate de problemas específicos da Pneumologia Cirúrgica 4- Promover a criação de um registo nacional dos doentes operados. Dr.ª SuSana Clemente Secretária da Comissão de Trabalho Comissão de Trabalho das Doenças do Interstício Pulmonar e Doenças Ocupacionais A s Pneumonias Intersticiais Idiopáticas (PII) representam um conjunto heterogéneo de patologias que fazem parte de um grupo mais lato denominado Doenças do Interstício Pulmonar. Nesta última década, temos assistido a um interesse crescente por estas patologias e, a par disto, a uma evolução dos critérios de diagnóstico e classificação destas doenças, principalmente das PII. A histologia deixou de ser o gold standard no diagnóstico, sendo atualmente indicada uma abordagem multidisciplinar, obrigando a uma estreita comunicação entre o pneumologista, o radiologista e, quando indicado, o patologista. A última revisão da classificação das PII mantém a linha orientadora do consenso internacional de 2002, em que se recomenda uma abordagem dinâmica integrada. Reconhecendo a complexidade do diagnóstico e tratamento destas doenças, esta Comissão continuará a envolver as várias especialidades na discussão destas patologias, propondo reuniões nacionais regu- lares. Desta forma, pretende-se criar a possibilidade de discussão e partilha de casos clínicos concretos, com vista ao enriquecimento pluridisciplinar dos participantes. A necessidade de conhecer a verdadeira realidade nacional das Doenças do Interstício Pulmonar levou, em 2009, à criação de um registo nacional. No entanto, tem-se verificado um subaproveitamento desta ferramenta de trabalho. Esta Comissão reconhece a necessidade de dinamizar este registo, uma vez que tal poderá permitir conhecer a incidência e prevalência destas doenças na nossa população, facilitando, eventualmente, a introdução de fármacos já reconhecidos no tratamento destas doenças, para além de apoiar a criação de grupos de trabalho de investigação e potenciar a oportunidade de selecionar doentes para ensaios clínicos. Com estas iniciativas, a Comissão pretende fomentar o desenvolvimento científico e assistencial na abordagem destas patologias. 3 4 Praia da Falésia, 26 de outubro de 2013 A perspetiva da SPP Onde está o doente com DPOC? E stima-se que, em Portugal, existem cerca de 800 mil doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), dos quais apenas 13% estão diagnosticados mediante a realização de uma espirometria, exame fundamental no diagnóstico da doença. A informação é avançada pela Prof.ª Doutora Cristina Bárbara, vice-presidente da SPP, a propósito da sessão institucional SPP/ /APMGF/SPC, que decorre hoje, na Sala Thomé Villar, pelas 11.30h, subordinada ao tema “Onde está o doente com DPOC”, na qual a também diretora do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias (PNDR) apresentará a perspetiva da SPP sobre a temática. De acordo com a preletora, um estudo levado a cabo pela SPP, publicado em 2013, realizado com uma metodologia internacional, aponta para uma prevalência de DPOC de 14,2% em pessoas com 40 ou mais anos. No mesmo estudo, detetou-se, ainda, que 86% dos doentes a quem foi feito o diagnóstico com base na realização de uma espirometria não estavam ainda diagnosticados. Prof.ª Doutora Cristina Bárbara Qual o motivo para um número tão reduzido de diagnósticos com base na realização de uma espirometria? Existem várias razões. Uma delas, apontada pela Prof.ª Doutora Cristina Bárbara, prende-se com o facto de a DPOC se tratar de uma doença que, muitas vezes, é silenciosa. “O doente não valoriza sintomas precoces que ocorrem”, refere. Mas também há motivos inerentes à própria doença. A verdade é que, “só muito recentemente é que a DPOC começou a ser alvo da atenção da comunidade médica porque não se conheciam ao certo os impactos que tinha no sistema de saúde”. Porém, talvez a principal razão seja a reduzida acessibilidade dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) à espirometria. “É impossível diagnosticar DPOC à luz do estado da arte sem a realização de uma espirometria”, sublinha a diretora do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte. Segundo indicadores detetados pelo registo eletrónico dos doentes ao nível dos CSP, apenas 8,5% dos doentes inscritos com o diagnóstico de DPOC efetuaram uma espirometria. Neste sentido, conclui-se que “a maior parte dos casos que existem na agenda dos médicos de MGF são diagnósticos de presunção e não diagnósticos fundamentados na espirometria”. A DPOC é um eixo de abordagem muito importante do PNDR. A Prof.ª Doutora Cristina Bárbara adianta que, neste momento, o Programa está a trabalhar no sentido de estimar o cálculo dos custos da realização de espirometrias no contexto de uma Rede de Espirometria, o que permitirá que o exame possa ser feito ao nível dos CSP. “Consideramos tratar-se de um modelo que pode ser implementado no futuro de uma forma mais generalizada no país”, menciona. “Existem atualmente indicadores que apontam para que o preço médio da espirometria no contexto de uma rede de espirometria se situe entre 7 e 10 euros. Por outro lado, o Number Needed to Screen (NNS) é de 3,35, o que significa que o custo estimado para se obter um diagnóstico de DPOC seja de 33,5 euros”, menciona, acrescentando tratar-se de uma “boa relação de custo-efetividade para um programa de implementação de uma rede de espirometria no país”. A Prof.ª Doutora Cristina Bárbara acrescenta que outra medida importante passaria pela contratualização de indicadores de saúde respiratória relacionados com as normas de orientação clínicas da DGS e a sua inserção na agenda de contratualização dos especialistas de MGF. Apesar de tudo, realça, “os dados do nosso país já refletem a existência de um Programa Nacional de Prevenção e Controlo da DPOC, implementando ao nível da DGS desde 2005 (anterior ao PNDR), e que aponta para um decréscimo consistente dos internamentos hospitalares a partir de 2009 e que coloca Portugal com a menor taxa padronizada de internamento hospitalar ao nível da União Europeia (71,3/100 mil habitantes versus 183,9/ 100 mil habitantes). ”. Os programas da DGS têm estado em sintonia com o projeto GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease), iniciativa global da Organização Mundial de Saúde para delinear estratégias para a prevenção e controlo da DPOC. “Representantes do GOLD têm sido peritos na criação de normas de orientação clínicas da DGS”, finaliza. Praia da Falésia, 26 de outubro de 2013 Dr.ª alCina tavareS Assistente hospitalar graduada de Pneumologia Tuberculose multirresistente A Tuberculose (TB) é uma doença que, apesar de todos os avanços científicos, tecnológicos e sócio económicos atingidos no século passado continua a constituir um importante problema de saúde publica mundial. A OMS estima que em 2011 houve 8,7 milhões de novos casos e 1,4 milhões morreram por esta causa. No final do século XX surge o problema da resistência aos fármacos de 1.ª linha no tratamento da tuberculose, a tuberculose multirresistente (TBMR), esta tornou-se um obstáculo ao controlo global e efetivo da tuberculose (OMS 2006). Na tuberculose multirresistente há resistência do bacilo a pelo menos 2 dos fármacos mais eficazes no seu tratamento, a rifampicina e a isoniazida. A origem do problema é multifatorial: tratamento incompleto ou inadequado, atraso no diagnóstico da multirresistência e co-infeção pelo VIH. A TBMR resulta da infeção por bacilos resistentes ou pode desenvolver-se no decurso do tratamento. A tuberculose multirresistente foi documentada em todo o mundo, com maior incidência nos países do Leste Europeu e Sudeste Asiático. De todos os casos de tuberculose no mundo, calcula-se que 3,6% dos novos casos e 20% dos tratados anteriormente sejam multirresistentes. Em 2006 foi relatada a tuberculose extremamente resistente (TBXDR) uma forma de TBMR em que além da resistência à Isoniazida e Rifampicina se verifica também resistência a quase todos os fármacos utilizados, classificada rapidamente pela OMS como uma ameaça importante à saúde pública, especialmente mas não só, em países de alta prevalência do VIH (OMS 2007). Os pacientes com TBMR requerem um tratamento complexo, longo, com recurso a múltiplos fármacos de 2.ª linha com alta toxicidade e elevados custos, têm uma taxa de mortalidade superior e uma taxa de cura mais baixa. A tuberculose resistente e extremamente resistente, são formas de tuberculose potencialmente intratáveis, com contornos de pandemia em algumas regiões do planeta. Em 2011 a OMS estimava 630.000 casos de tuberculose Há NO eNTANTO um AumeNTO DA CONsCIêNCIA POLíTICA DO FACTO De que A TuBeRCuLOse e esPeCIALmeNTe A muLTIRResIsTeNTe é umA AmeAçA gLOBAL. multirresistente no mundo e destes 9% com a forma extremamente resistente. Em março de 2013, 84 países tinham notificado pelo menos um caso de TBXDR. Em Portugal o n.º de novos casos de TBMR tem vindo a diminuir, em Dezembro de 2012 a incidência era de 14 casos, 20% dos quais com critérios de XDR, representa 0,56% dos casos de tuberculose em 2012 (PNT, DGS, Março 2013). A TBMR no nosso país é inferior à média da União Europeia e tem caráter endémico nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Ocorre em adultos e crianças, em grande percentagem sem relação com tratamentos anteriores e sem associação a algum fator de risco. Em junho de 2007 foi criado o Centro de Referência Nacional para a Tuberculose Multirresistente (CRNMR) com sede na DGS (circular informativa n.º14/DT de 05.06.2007) e tem como objetivos gerais, reduzir a tuberculose multirresistente (TBMR) e prevenir a sua transmissão e como objetivos específicos: acompanhamento e apoio ao tratamento dos casos de TBMR, seleção do esquema terapêutico, ajuste dos esquemas por efeitos adversos, determinação do internamento e condições de isolamento. De referir que estão em curso investigações para desenvolver novas provas diagnosticas para TB e TBMR, também existem antituberculosos em ensaios clínicos, dois deles em avaliação para potenciar a efetividade dos regimes terapêuticos para TBMR. Contudo o financiamento para a prevenção, tratamento, pesquisa e desenvolvimento da tuberculose contínua insuficiente. Há no entanto um aumento da consciência política do facto de que a tuberculose e especialmente a multirresistente é uma ameaça global. sPP premeia especialistas na sessão de abertura A Medalha de Ouro da SPP foi atribuida à Prof.ª Doutora Maria João Marques Gomes, uma especialista que dedicou a sua carreira clínica à Pneumologia. O galardão foi entregue na sessão de abertura do XXIX Congresso de Pneumologia. Para além dela foram vários os especialistas que receberam outras distinções . 5 6 Praia da Falésia, 26 de outubro de 2013 Dr. filiPe froeS Comissão de Infeciologia Respiratória Dr. antónio Diniz Comissão de Infeciologia Respiratória Prevenção das infeções respiratórias no adulto A Comissão de Trabalho de Infeciologia Respiratória vai apresentar no próximo domingo, dia 27 de outubro, durante o Congresso da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), o documento de consenso para a prevenção das infeções respiratórias no adulto. Será a primeira apresentação pública deste importante documento e o objetivo da sessão é promover uma ampla discussão entre os membros da SPP de modo a ultimar e validar as medidas preconizadas. O impacto das infeções respiratórias, como uma das principais causas de morbilidade, mortalidade e consumo de recursos de saúde a nível global e, em particular, no nosso país, justifica totalmente a adoção de medidas que visam a promoção da saúde, a prevenção da doença e a minimização das suas consequências nos indivíduos, nas famílias e na sociedade. Além dos custos diretos, importa ainda realçar alguns custos indiretos, nomeadamente o aumento crescente de resistências aos antibióticos em consequência do elevado consumo de fármacos antimicrobianos no tratamento das infeções respiratórias. O documento de consenso apresenta um conjunto de medidas gerais e medidas específica: a vacinação antigripal e antipneumocócica. Dentro das medidas gerais, por exemplo, nunca é de mais realçar a importância da DeNTRO DAs meDIDAs geRAIs, POR exemPLO, NuNCA é De mAIs ReALçAR A ImPORTâNCIA DA CessAçãO TABágICA. NAs meDIDAs esPeCíFICAs e De mODO A OTImIzAR A eFICáCIA DAs vACINAs, PROPõe-se um CALeNDáRIO De vACINAçãO PARA DeTeRmINADAs CONDIções esPeCíFICAs. cessação tabágica. Nas medidas específicas e de modo a otimizar a eficácia das vacinas, propõe-se um calendário de vacinação para determinadas condições específicas, tais como, doentes com terapêuticas imunossupressoras, doentes com neoplasias em quimioterapia e/ou radioterapia e doentes em espera para transplante ou pós-transplante. O documento foi elaborado por um grupo de trabalho que incluiu os coordenadores da Comissão de Infeciologia Respiratória, o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro e os Drs. Margarida Serrado e António Ramalho de Almeida. Contamos com a sua presença. Dr.ª CiDália roDrigueS Pneumologista Comissão de Reabilitação Respiratória da sPP A reabilitação respiratória é atualmente considerada uma intervenção terapêutica de referência no doente com patologia respiratória crónica. Os benefícios são inequívocos, com melhoria dos sintomas, da capacidade funcional e da qualidade de vida relacionada com a saúde. Existe também evidência de benefício a nível da redução das exacerbações e internamentos, bem como diminuição da utilização dos recursos de saúde. A forte evidência dos resultados obtidos, associados a uma boa relação custo benefício, colocam esta intervenção terapêutica na li- nha da frente entre as opções terapêuticas na patologia respiratória crónica, nomeadamente na DPOC. A divulgação desta intervenção deve ser assegurada entre doentes e profissionais de saúde, promovendo a criação de novos centros de reabilitação respiratória no país, melhorando a acessibilidade dos doentes e as redes de referenciação e formando os profissionais de saúde envolvidos nesta área. É necessário que os pneumologistas e médicos de cuidados de Saúde Primários deixem de se focar apenas na terapêutica medicamentosa, e encarem a Reabilitação Respiratória como uma mudança de paradigma no tratamento da doença respiratória crónica. No entanto, o conceito de reabilitação tem sofrido mudanças. Na última definição proposta pela ATS/ERS, paralelamente ao exercício que é considerado a peça fulcral na reabilitação, dá-se relevância ao papel da educação para a autogestão. Pretende promover a modificação comportamental com a adesão prolongada a comportamentos de saúde e aumentar a auto eficácia, ou seja a capacidade do doente gerir a sua condição clínica. Como tal, a reabilitação respiratória representa a oportuni- Os BeNeFíCIOs sãO INequívOCOs, COm meLHORIA DOs sINTOmAs, DA CAPACIDADe FuNCIONAL e DA quALIDADe De vIDA ReLACIONADA COm A sAúDe. dade ideal de o doente em colaboração com os profissionais, melhorar não só a condição física e emocional, mas também obter benefícios em saúde. Praia da Falésia, 26 de outubro de 2013 PROg RAmA Sábado, dia 26.X.2013 sALA THOmé vILLAR 08.30 - 10.00 REVISTA DAS REVISTAS Moderadores: Venceslau Hespanhol (Porto) J Chaves Caminha (Porto) Pneumonias eosinofílicas Natália Melo (Porto) Pneumotórax e empiemas - abordagem cirúrgica João Bernardo (Coimbra) reabilitação respiratória Inês Faria (Lisboa) 19.00 – 20.00 Assembleia Geral 20.30 10.30 - 10.30 Café 10.30 – 12.00 Mesa Redonda investigação translacional em Patologia respiratória Moderadores: Celeste Barreto (Lisboa) Salvato Feijó (Lisboa) Pneumotórax: estudo genético Inês Sousa (Lisboa) fibrose quística Carlos Farinha (Lisboa) 13.00 – 14.30 Almoço 14.30 – 15.30 Simpósio AstraZeneca tribunal dos corticoides Moderador: C Robalo Cordeiro (Coimbra) Caso 1 – Quando iniciar a corticoterapia inalada na DPoC? Paula Simão (Matosinhos) João Cardoso (Lisboa) Caso 2 – Será que existem diferenças entre os corticoides inalados? Filipe Froes (Lisboa) Marta Drummond (Porto) 15.30 – 16.30 Conferência (com a colaboração de Bristol-Myers Squibb) Presidente: Venceslau Hespanhol (Porto) imunoterapia no Cancro do pulmão: o prometido é devido Fernando Barata (Coimbra) 08.30 – 10.00 Comissões de Trabalho de Reabilitação Respiratória e de Tabagismo “mudar de vida” – comportamentos e atitudes Moderadores: José Pedro Boléo-Tomé (Lisboa) Vitória Martins (Leiria) motivação e estratégias de mudança no estilo de vida na perspetiva da Psicologia da Saúde Fátima Feliciano (Coimbra) Prescrição de exercício na cessação tabágica Paula Pamplona (Lisboa) Definindo novos objetivos na reabilitação: atividade física e abstinência tabágica Cidália Rodrigues (Coimbra) 10.00 – 10.30 Café 10.30 – 12.00 Comissão de Trabalho Doenças do Interstício e Doenças Ocupacionais Moderador: Sofia Neves (Vila Nova de Gaia) nova Classificação das Pneumonias intersticiais idiopáticas. implicações na prática clínica C Robalo Cordeiro (Coimbra) 13.00 – 14.30 Almoço 16.30 – 17.00 Café 17.00 – 18.00 Simpósio Boehringer Ingelheim estratégias de gestão no tratamento da DPoC e da asma. está atualizado? Moderador: C Robalo Cordeiro (Coimbra) Boehringer ingelheim: #1 em investigação clínica Carlos Trabulo (Lisboa) tioSPir™: ensaio clínico de grande escala na DPoC Paula Simão (Matosinhos) necessidades na gestão da asma Jorge Ferreira (Matosinhos) evidência Clínica de teotrópio na asma René Aalbers (Holanda) agradece o apoio de todos os que contribuíram para a realização deste Jornal, nomeadamente: Simpósio Jantar Bial alimentação e doente com DPoC Chef Justa Nobre Painel Sofia Furtado (Lisboa) António Jorge Ferreira (Lisboa) Maria Ana Carvalho (Lisboa) sALA ROBALO CORDeIRO 12.00 – 13.00 Simpósio Novartis repensar o futuro no tratamento da DPoC Moderador: J Agostinho Marques (Porto) o tratamento adequado para o doente certo: Portfólio novartis na DPoC Chris Compton (Reino Unido) glicopirrónio: o anticolinérgico de nova geração Wisia Wedzicha (Reino Unido) Painel de discussão C Robalo Cordeiro (Coimbra) João Cardoso (Lisboa) JORNAL 18.00 – 19.00 Mesa Redonda (com o patrocínio Gilead) infeção Pulmonar por Pseudomonas em fQ - microbiologia e abordagem terapêutica Moderador: C Robalo Cordeiro (Coimbra) evolução e Suscetibilidade de P. aeruginosa à aB, em doentes fQ J Melo Cristino (Lisboa) terapêutica supressão Pa – novas abordagens no contexto do Consenso eu Pilar Azevedo (Lisboa) 15.30 – 16.30 Comissão de Trabalho Alergologia Respiratória Moderador: Lígia Pires (Portimão) Papel da asma no plano nacional das doenças respiratórias Ana Arrobas (Coimbra) Painel de Discussão Cristina Bárbara (Lisboa); Fernando Meneses (Almada) Lígia Pires (Portimão) 16.30 – 17.00 Café Edições Comissão Organizadora Coordenação: Paula Pereira [email protected] Avenida Infante D. Henrique, n.º 333 H, Esc. 37, 1800-282 Lisboa Tel.: 218 504 065 | Fax: 210 435 935 [email protected] | www.newsfarma.pt PATROCINADOR exCLusIvO 7 Praia da Falésia, 26 de outubro de 2013 AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, Lda Rua Humberto Madeira nº 7 Queluz de Baixo | 2730-097 Barcarena | Contribuinte N.º PT 502 942 240 | Capital Social 1.500.000 € | Mat. Cons. Reg. Com. Cascais sob o N.º 502942240 75.743.011 aprovado a 09-10-2013 8 JORNAL Distribuição gratuita no Congresso Praia da Falésia 25 a 27 de outubro de 2013 Edições Em colaboração com N.º1 Sábado, 26 N.º2 Domingo, 27 Sociedade Portuguesa de Pneumologia Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro Cancro do pulmão DPOC: uma doença com grande impacto Comissão de Trabalho de FR da SPP O cancro do pulmão continua a ser muito prevalente e mortal, “com uma incidência anual calculada de 1,6 milhões de novos casos em todo o mundo e 1,5 milhões de mortes no ano de 2010”, revela o Dr. Bruno Santos. PÁGINA 3 A prevalência e o peso da DPOC estão a aumentar. É uma doença subdiagnosticada. Segundo o Prof. Doutor Jaime Correia de Sousa, “a DPOC tem um impacto importante na vida dos doentes. É uma doença prevenível e tratável”. O tratamento eficaz traz benefícios reais para os doentes e deve ter objetivos a longo prazo. PÁGINA 4 Durante o triénio 2010-2012, a Comissão de Trabalho de FR da SPP teve como tarefa principal elaborar e recolher as contribuições dos seus membros previamente designados para a elaboração de um “Manual de Boas Práticas” em função respiratória. “Esta tarefa foi herdada da Comissão anterior e foi concluída”, garante o Prof. Doutor Nuno Neuparth. PÁGINA 5 Comissão de Trabalho das Doenças do Interstício Pulmonar e Doenças Ocupacionais As PII representam um conjunto heterogéneo de patologias que fazem parte de um grupo mais lato denominado Doenças do Interstício Pulmonar. De acordo com as Dras. Sofia Neves e Susana Clemente, “nesta última década, temos assistido a um interesse crescente por estas patologias. PÁGINA 6 2 Praia da Falésia, 27 de outubro de 2013 Praia da Falésia, 27 de outubro de 2013 Dr. Bruno SantoS Assistente hospitalar de Pneumologia no Centro Hospitalar do Algarve (Unidade de Faro) Cancro do pulmão RevISãO DAS RevISTAS. O cancro do pulmão continua a ser muito prevalente e mortal, com uma incidência anual calculada de 1,6 milhões de novos casos em todo o mundo e 1,5 milhões de mortes no ano de 2010. Cerca de 80% são carcinomas de não pequenas células, com apresentação frequente em fase avançada metastática (> 65%), sendo difícil obter o diagnóstico nos estádios precoces. Recentemente o estudo NSLT (National Lung Screening Trial), comprovou uma redução de 20% na mortalidade com o uso de TAC de baixa dosagem, em comparação com a radiografia do tórax. No diagnóstico do cancro do pulmão recomenda-se, atualmente: a obtenção de amostras diagnósticas que clarifiquem a histologia e o perfil molecular; a implementação da PET-TAC; e o uso preferencial de procedimentos endoscópicos de estadiamento (EBUS e EUS). Destacam-se os avanços conseguidos na radioterapia e nos procedimentos cirúrgicos menos invasivos. Nos tumores ressecados, salienta-se a asso- O CANCRO DO PuLmãO CONTINuA A SeR muITO PRevALeNTe e mORTAL, COm umA INCIDêNCIA ANuAL CALCuLADA De 1,6 mILhõeS De NOvOS CASOS em TODO O muNDO e 1,5 mILhõeS De mORTeS NO ANO De 2010. ciação de inibidores EGFR com a quimioterapia e/ou radioterapia adjuvantes (estudos SELECT e RADIANT). Já na doença localmente avançada o tratamento concomitante de quimioterapia e radioterapia torácica continua a ser o recomendado, tendo sido demonstrado, em estudo recente, não existir benefício do uso de doses de radiação elevadas. Nos últimos anos mudou o paradigma no tratamento da doença avançada metastática, com a implementação de estratégias individualizadas. A diferenciação entre tumor escamoso e não-escamoso é determinante por possibilitar a escolha preferencial de alguns agentes, e contraindicar o uso de outros. Por outro lado, o conhecimento das mutações EGFR e translocação do ALK na altura do diagnóstico, possibilita a utilização da respetiva terapêutica-alvo, com comprovado aumento na sobrevida. A deteção de novas mutações, designadamente HER2, KRAS, BRAF, PI3KCA, (e mais recentemente N-RAS, ROS-1 e RET), possibilitará o encaminhamento dos doentes para novos estudos. Um desafio atual é a abordagem da resistência adquirida, recomendando-se rebiopsiar as lesões tumorais, para identificar mutações de resistência ou mesmo transformação histológica. Neste contexto, foi aprovado recentemente o afatinib (um inibidor irreversível do EGFR de 2.ª geração), e foi apresentado um potente inibidor do ALK (LDK378), com resultados muito promissores nesta área. O tratamento de manutenção continua a ser decidido de forma individualizada, em esquema de continuação ou “switch”, destacando-se os estudos recentes com bevacizumab e pemetrexed (PRONOUNCE, AVAPERL). A decisão de tratamento de 2.ª linha baseia-se na escolha individual entre pemetrexed (nos tumores não escamosos), docetaxel ou erlotinib. Alguns estudos (TAILOR e DELTA) apontam ligeiro benefício do uso de docetaxel em relação ao erlotinib, e foi apresentado recentemente um exame sério, de análise proteómica (Veristrat), que poderá vir a ajudar nesse contexto. Este ano a imunoterapia esteve em destaque, quer nos estudos de utilização de vacinas em estratégia adjuvante (estudos START e MAGRIT), quer nos resultados promissores dos estudos com os agentes imuno-moduladores anti-PD1 e anti-PD-L1 (bloqueadores de checkpoint), relançando o seu papel nas estratégia terapêuticas futuras. 3 4 Praia da Falésia, 27 de outubro de 2013 Prof. Doutor Jaime Correia De SouSa Coordenador do GRESP/APMGF DPOC: uma doença com grande impacto ePIDemIOLOGIA A prevalência e o peso da DPOC estão a aumentar. É uma doença subdiagnosticada. A DPOC tem um impacto importante na vida dos doentes. É uma doença prevenível e tratável. O tratamento eficaz traz benefícios reais para os doentes e deve ter objetivos a longo prazo. A DPOC está subdiagnosticada em todos os estádios. Muitos doentes não procuram o médico até terem perdido ≥ 50% da função pulmonar. Um diagnóstico mais precoce da doença pode ajudar a interromper o processo patológico e abrandar o declínio da função pulmonar. A DPOC é a única causa major de morte que aumentou significativamente nos últimos anos. A variação na percentagem das taxas de mortalidade ajustadas à idade, nos EUA, entre 1965 e 1998 mostra uma diminuição da mortalidade por doença coronária, por AVC, por outras doenças cérebro vasculares e por todas as outras causas, mas existe uma subida da mortalidade por AVC. O estudo BOLD realizado na grande Lisboa e apresentado em 2010, revelou uma prevalência de DPOC em indivíduos com 40 ou mais anos de 14,2%. Num estudo publicado na Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar em 2012, a frequência de consultas relacionadas com DPOC, por sexo e grupo etário de 2007 a 2009 foi de 27,3 por cada 1000 inscritos. A distribuição das consultas relacionadas com DPOC, segundo o motivo de consulta demonstrou que 32% foram consultas de seguimento, em 15,6% o motivo foi exacerbação e em 3.3% o motivo foi o início de sintomas. A taxa de Incidência anual de DPOC estimada por grupo etário e sexo um DIAGNóSTICO mAIS PReCOCe DA DOeNçA PODe AJuDAR A INTeRROmPeR O PROCeSSO PATOLóGICO e ABRANDAR O DeCLíNIO DA FuNçãO PuLmONAR. foi de 161,8 por 100.000 habitantes. OBSTÁCuLOS à GeSTãO DA DPOC em mGF Descrevem-se em seguida os principais obstáculos a uma gestão adequada da DPOC em CSP. O subdiagnóstico, o acesso limitado a espirometria de boa qualidade em vários locais, seja por falta de resposta atempada, seja por capacidade limitada de execução de acordo com as necessidades. Uma insuficiente perceção por parte de muitos médicos de família, pacientes e família da importância de um diagnóstico atempado. Problemas com as Normas de Orientação Clínica (NOC ). Algumas NOC são complexas, foram produzidas em cuidados secundários com pouca ou nenhuma participação de clínicos e investigadores de Cuidados de Saúde primários (CSP), a divulgação e implementação das NOC é muitas vezes insuficiente e há problemas com a adesão à utilização das NOC pelos médicos de família. Existem ferramentas adequadas para o manejo clínico da DPOC em CSP. Algumas delas provenientes e partilhadas com os cuidados secundários como muitos dos testes recomendados pelo projeto GOLD (mMRC, CAT) ou os índices de gravidade e de prognóstico como o BODE, embora este deva ser eventualmente substituído pelo DOSE, mais adequado aos CSP. Outro obstáculo não negligenciável é a falta de incentivos institucionais para as doenças respiratórias crónicas no que respeita à alocação de tempo dos diferentes profissionais dos CSP, os recursos humanos disponíveis e o modelo de avaliação de desempenho. Praia da Falésia, 27 de outubro de 2013 Dr. rui Cruz ferreira Diretor do Serviço de Cardiologia Hospital de Santa Marta, Lisboa Onde está o doente com DPOC? A prática da Medicina atual está muitas vezes compartimentada em saberes ultra especializados impedindo ou dificultando uma correta avaliação das diferentes situações clínicas, em particular quando coexistem co morbilidades distintas. Esta constatação, hoje quase lugar-comum, assume particular relevância quando ocorre um progressivo e rápido envelhecimento A PRÁTICA DA meDICINA ATuAL eSTÁ muITAS vezeS COmPARTImeNTADA em SABeReS uLTRA eSPeCIALIzADOS. da população, favorecendo a multiplicidade de afeções e a polimedicação. Uma das soluções apontadas, a multidisciplinaridade na prática clínica, permanece muitas vezes confinada a instituições hospitalares de alta diferenciação e mesmo assim dificultada por estruturas organizadas em “linhas de produção “altamente produtivas mas potencialmente redutoras. Um bom exemplo deste problema é a interdependência e coexistência de doenças respiratórias e cardiológicas, que muitas vezes compartilham um sintoma como principal manifestação clínica: a dispneia ou o mais inespecífico “ cansaço”. Nos últimos anos veio a afirmar-se um precioso auxiliar de diagnóstico laboratorial. O peptídeo natriurético cerebral - BNP. Trata-se de um excelente marcador de disfunção ventricular esquerda e o seu uso permite clarificar a maioria das situações duvidosas. Permanecem contudo várias outras áreas de sobreposição que criam situações de difícil manejo como é o caso da frequente coexistência de infeções respiratórias e síndromes coronárias agudas. Embora seja comum atribuir-se aos fenómenos inflamatórios a capacidade de despoletarem instabilidade na doença das coronárias, muito permanece por esclarecer, como é o caso do poderoso papel protetor da vacinação antigripal. A doença pulmonar obstrutiva crónica partilha na sua génese fatores de risco comuns com a doença aterosclerótica das coronárias e a sua coexistência é frequente, justificando um cuidadoso rastreio, muitas vezes subutilizado. Nas fases mais avançadas de A DOeNçA PuLmONAR OBSTRuTIvA CRóNICA PARTILhA NA SuA GéNeSe FATOReS De RISCO COmuNS COm A DOeNçA ATeROSCLeRóTICA DAS CORONÁRIAS e A SuA COexISTêNCIA é FRequeNTe, JuSTIFICANDO um CuIDADOSO RASTReIO, muITAS vezeS SuBuTILIzADO. doença e em particular no doente idoso a repercussão sobre o coração direito é inevitável ocasionando uma constelação de manifestações de insuficiência cardíaca que importa identificar. Prof. Doutor nuno neuParth Coordenador da Comissão de Trabalho de Fisiopatologia (FR) da SPP A Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória (FR) da SPP D urante o triénio 2010-2012, a Comissão de Trabalho de FR da SPP teve como tarefa principal elaborar e recolher as contribuições dos seus membros previamente designados para a elaboração de um “Manual de Boas Práticas” em função respiratória. Esta tarefa foi herdada da Comissão anterior e foi concluída. A referida tarefa insere-se no programa de trabalho com o qual esta Direção se comprome- teu no sentido de contribuir para um objetivo há muito traçado pela SPP – criar as condições para se proceder à certificação dos laboratórios de função respiratória a nível nacional. Pretende-se criar as condições para que todos os laboratórios certificados fiquem em igualdade de circunstâncias para poderem competir no mercado, assegurando que TODOS cumprem as mesmas normas. PReTeNDe-Se CRIAR AS CONDIçõeS PARA que TODOS OS LABORATóRIOS CeRTIFICADOS FIquem em IGuALDADe De CIRCuNSTâNCIAS. A comissão de revisão e edição final do “Manual de Boas Práticas”, está a terminar o seu trabalho, estando a Comissão em condições de promover a sua publicação. Durante o Congresso Anual da SPP do presente ano teremos uma reunião promovida pela Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória para eleição do Coordenador para o próximo triénio. 5 6 Praia da Falésia, 27 de outubro de 2013 xxIx Congresso de Pneumologia O maior evento da àrea Praia da Falésia, 27 de outubro de 2013 PROGRAmA Domingo, dia 27.X.2013 SALA ThOmé vILLAR SALA ROBALO CORDeIRO 08.30 – 10.00 REVISTA DAS REVISTAS Moderadores: Fernando Barata (Coimbra) António Domingos (Torres Vedras) Pneumonias víricas Salete Valente (Covilhã) tuberculose multirresistente Alcina Tavares (Guarda) Cancro do Pulmão Bruno Santos (Faro) 08.30 – 10.00 Comissão de Trabalho Infecciologia Respiratória Documento de consenso para a prevenção das Infeções Respiratórias no Adulto Moderadores: António Diniz (Lisboa) Filipe Froes (Lisboa) impacto da doença e medidas gerais António Diniz (Lisboa) Vacinação antigripal Margarida Serrado (Lisboa) Vacinação antipneumocócica Filipe Froes (Lisboa) 10.00 – 10.30 Café 10.30 – 11.30 Mesa-Redonda (com o patrocínio Bayer) tudo o que o pneumologista gostaria de saber sobre os novos anticoagulantes orais e não ousou perguntar Moderador: C Robalo Cordeiro (Coimbra) a hipocoagulação oral nos Doentes do foro respiratório. Para Quem? Quando? Como? Filipe Froes (Lisboa) 50 anos Depois… um novo Paradigma na hipocoagulação oral Cândida Fonseca (Lisboa) 10.30 – 13.00 Comissão de Trabalho Técnicas Endoscópicas a ecoendoscopia na Pneumologia Moderador: Ana Oliveira (Vila Nova de Gaia) “eBuS – tBna” Gabriela Fernandes (Porto) “minissonda radial de eBuS para abordagem de lesões periféricas” Sérgio Campainha (Vila Nova de Gaia) “euS-B-fna” António Bugalho (Loures) 11.30 – 13.00 Sessão Institucional SPP/APMGF/SPC Presidentes: C. Robalo Cordeiro (Coimbra/SPP) Jaime Correia Sousa (Lisboa/APMGF) José Ribeiro (Porto/SPC) onde está o doente com DPoC? Jaime Correia Sousa (Lisboa/APMGF) Cristina Bárbara (Lisboa/SPP) Rui Ferreira (Lisboa/SPC) 13.00 Encerramento JORNAL agradece o apoio de todos os que contribuíram para a realização deste Jornal, nomeadamente: Edições Comissão Organizadora Coordenação: Paula Pereira [email protected] Avenida Infante D. Henrique, n.º 333 H, Esc. 37, 1800-282 Lisboa Tel.: 218 504 065 | Fax: 210 435 935 [email protected] | www.newsfarma.pt PATROCINADOR exCLuSIvO 7 Praia da Falésia, 27 de outubro de 2013 AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, Lda Rua Humberto Madeira nº 7 Queluz de Baixo | 2730-097 Barcarena | Contribuinte N.º PT 502 942 240 | Capital Social 1.500.000 € | Mat. Cons. Reg. Com. Cascais sob o N.º 502942240 75.743.011 aprovado a 09-10-2013 8