Viagens da Comida Saudável Marrocos

Transcrição

Viagens da Comida Saudável Marrocos
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Maio 2016 * Número 5 * Mensal
Viagens * Retiros * Eventos * Entrevistas * Partilhas * Artigos
www.zenfamily.org
Marrocos
O regresso ...
Novas Rúbricas
Shiatsu, Yoga,
Cosmética Natural
e muito mais
Os nossos retiros
Corpus Sanus-Saúde Integral
inaugura os eventos 2016
na Casa dos Sonhos
Viagens da Comida Saudável
A segunda Edição já é uma realidade
Entrevista a Daniela Ricardo
“O livro foi escrito em fluxo. Apesar de ter sido fácil escrever,
foi também uma aventura e uma aprendizagem.”
www.zenfamily.org
Nº 5 | Maio 2016 | Revista Mensal On-Line GRATUITA
EDITORIAL
E rapidamente estamos em Maio
e com ele vem a nossa Revista Zen
Family Nº 5!
É um privilégio ver este projecto
crescer mês após mês e com ele ver
também novas pessoas a juntarem-se
a nós para enriquecer ainda mais os
nossos conteúdos e ofertas para os
nossos leitores.
Estar activo em
tranquilidade
e tranquilo em
actividade
Esta a máxima da Zen Family!
Director Geral: Luis Baião
[email protected]
A cada edição aumenta também o
entusiasmo e a responsabilidade de
levar cada vez mais conteúdos, mais
temáticas, mais partilhas, que sejam
tão inspiradoras para os nossos leitores como o são para nós, responsáveis pelo projecto.
Direcção Editorial: Sónia Ribeiro
[email protected]
Arte e Imagem:
Zen Family
Alimentação e Saúde: Chef Daniela Ricardo
Chefe de Redacção: Sónia Ribeiro
Redacção: Daniela Ricardo e Luis Baião
Continuem desse lado, que nós continuaremos aqui, edição após edição,
a levar até vós o que de melhor sabemos fazer.
Colaboradores:
Equipa e Leitores Zen Family
Produtora:
A Promotora de Felicidade e Zen Family
Sugestões de leitores e Feddback:
[email protected]
Venham connosco, deixem-se levar
pela magia das palavras.
Somos todos um!
Distribuição:
Todos aqueles que querem partilhar e dar a conhecer a
magia!
Tiragem: Ilimitada
Sónia Ribeiro
2
ÍNDICE
Partilhas de um viajante! ............................................................................................................... 6
Viagens da Comida Saudável ......................................................................................................... 8
A Promotora de Felicidade ........................................................................................................ 11
Banhos de Optimismo ................................................................................................................. 12
Histórias, Mitos e Contos ............................................................................................................ 14
Casa dos Sonhos .................................................................................................................................... 16
Dieta Espiritual........................................................................................................................... 18
Contributo dos Viajantes... ......................................................................................................... 22
JAPAMALA-Um caminho para a Serenidade .......................................................................... 24
As Receitas da Dani ................................................................................................................ 28
Zen Shiatsu ............................................................................................................................. 32
Só em Gratidão........................................................................................................................ 35
Despertutor - Consciência de Vida! ............................................................................................. 36
Pensamentos de Uma Mãe Zen ...........................................................................................
Zen Yoga
41
............................................................................................................................... 42
AlQimia .................................................................................................................................. 45
Só Uma Dica ...................................................................................................................... 46
Zen Numerologia .................................................................................................................... 47
Alimentação Saudável .............................................................................................................. 48
O Caminho É o Amor .............................................................................................................. 50
Zen Cosmética Natural .......................................................................................................... 52
Entrevista ............................................................................................................................... 56
In Inspiração ............................................................................................................................ 60
Em Amor, Somos todos Um! ................................................................................................ 62
Testemunhos .............................................................................................................................. 64
Agenda ........................................................................................................................................ 66
3
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GRUPO DO ANO AO DESERTO
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Floresta dos Cedros
Marrocos
5
Partilhas de um viajante!
Assim ando em movimento a desafiar-me a mim e o mundo!
Gosto do imprevisível, pegar nas malas, sair
sem rumo, viajar, criar desafios e aguardar
os resultados.
Esta característica em mim que não prescindo é das mais controversas do meu ser.
Ser directo no que penso leva algumas
pessoas que vivem na mentira a não conseguirem lidar da melhor forma comigo.
Gosto de beijos e abraços inesperados, sorrisos largos e verdadeiros.
Pessoas que falam o que sentem agindo em
conformidade com o que dizem.
As que demonstram, ainda mais e mais …
Prazer!
Mas quem consegue, sabe que da minha
boca, ouve o que sinto e não as palavras
bonitas que muitas vezes gostavam de ouvir
para ficar bem na fotografia.
Essas palavras mesmo pronunciadas com
amor, onde dizemos aquilo que não gostamos e não aceitamos nas nossas vidas as
pessoas não estão habituadas a ouvir.
Não estão habituadas a ser confrontadas e
a discutir o assunto com verdade. Elas não
querem que sejas tu mas sim o que elas
gostariam que tu fosses. Essa decisão só tu
podes decidir. Ou és quem és, ou és quem
queres que os outros querem que tu sejas.
Não prescindo deste gostar. Faz parte da
minha essência.
Todos nós temos uma essência que devemos
procurar e depois vivê-la como se não existise amanhã.
Digo isto vezes sem conta.
Vivam as vossas paixões antes que seja
tarde.
Não permito hipocrisias na minha vida.
Permiti-las é aceitar que somos iguais.
6
Eu quando não concordo digo e
discuto o assunto confrontando mas
não perco muito tempo à espera da
aprovação do outro.
O outro tem o direito de pensar
o que quer e o direito de ouvir a
verdade do que pensa, mesmo que
não goste de ouvir. Esta verdade faz
a filtragem das pessoas que estão
na tua vida.
Tenho pessoas que sabem o que
sou e não o que pensam que sou.
Assim vai a minha vida de viajante.
Deito-me tranquilo porque nada fica
dentro de mim por dizer se tenho
vontade de dizer. Esta a minha paz
de viajante.
E sabem uma coisa?
Posso dizer que hoje em dia tenho
muitas pessoas LINDAS à minha
volta e a cada dia crescem mais
novas amizades.
Adoro e permito-me fazer as minhas
escolhas na autenticidade de cada
novo ser que entra na minha vida.
Sempre a fluir!
- Luís Baião, in Inspiração Luis Baião
Progenitor Zen Family
Viajante e Explorador da Vida
[email protected]
www.facebook.com/luisbaiaozenfamily
7
Viagens da Comida Saudável
e viagens.
De seguida volta à capital para a segunda
presença no programa “Faz Sentido” de
Ana Rita Clara na SIC Mulher. Após a
primeira presença neste programa
Daniela foi convidada a ter uma rubrica mensal neste programa, desta
vez apresentou uma receita que não fazendo parte do livro não deixou de deliciar
os espectadores e de suscitar curiosidade para o livro, assim como fazer nascer
ideias para quem sabe um segundo livro
com novas viagens, novos países e novas receitas.
A Cozinha Angolana foi a premiada, com o toque de “Viagens da Comida saudável”! Sempre
equilibrado, nutritivo, saudável com produtos
biológicos locais e sazonais. Hummm! E ficou
bem saboroso com gindungo português!
Abril trouxe mais eventos para apresentação do
livro:
“Viagens da Comida Saudável”
começando pelo alentejo, Évora recebe Daniela
Ricardo e Luis Baião para uma apresentação do
livro e partilhas inspiradoras deixando os presentes com vontade de experimentar receitas
8
Durante este mês Daniela marcou ainda presença no workshop “Os sentidos do Vinho” na
Oficina Zen no Porto e voltou ainda ao Alentejo marcando presença na “Festa da Primavera”
onde divulgou o livro, que foi um sucesso.
No fim-de-semana de 9 e 10 de Abril foi a vez
de marcar presença no Festival Happy Life onde
foi realizado um showcooking e onde Daniela
contou também com a presença de diversos
amigos. Este festival foi um sucesso e as receitas também, motivando ainda mais os presentes a adquirir o livro.
O próximo mês será mais um de intenso trabalho com apresentações em diversas zonas do
país já marcadas.
Ainda durante este fim-de-semana chegava
uma grande notícia: a 2ª edição do livro está
neste momento a ser impressa, que bela
novidade que vem reforçar o sucesso de
vendas.
www.facebook.com/abiofamily.pt
Cada vez mais são as pessoas a despertar para a necessidade de adoptar uma
vida e alimentação saudável
e assim se vai passando a
mensagem.
A 18 de Abril foi a vez de visitar a RTP 1 no programa “A
Praça” onde foi confeccionada uma receita do livro alusiva a Marrocos.
9
Aos olhos dos viajantes...Marrocos
Existem momentos
Verdadeiramente Únicos ...
Foto de Sandra Alves
Viajante Zen Family
Merzouga (Deserto Sahara) ,
26 de Abril de 2016
10
A Promotora de Felicidade
Celebração
Olhando para trás na minha vida, há alguns
anos … eu realmente sofria com preocupações
e ansiedade!
CELEBRAÇÃO era uma palavra que só associava a festas de família e amigos, a férias, a um
trabalho novo…etc… Todos nós temos formas
diferentes de gerir os nossos pensamentos, a
nossa mente, no meu caso, sempre fui uma
pessoa positiva, sempre encarei as coisas com
um sorriso no rosto, no entanto CELEBRAR no verdadeiro sentido da palavra era
algo que desconhecia!
Era preocupada com o que
os outros pensam, com o
dinheiro (excessivamente!),
com a “segurança”, tinha
sempre algo a toldar-me a
mente e a não me permitir deixar fluir e celebrar a
vida!
Olhando para o meu presente, continuo a ser uma
pessoa positiva, continuo a
manter um sorriso no rosto,
aprendi a CELEBRAR, claro
que continuo a ter preocupações, mas não lhes dou o
mesmo significado e deixo
a vida fluir!
O que mudou?
Tudo e nada!
Tudo, pois decidi sair do padrão, sair da zona
de conforto, ir à luta, guerrear pelos meus
objectivos e ideais, de acordo com os meus
valores e independentemente do que os outros possam pensar, ou criticar.
Nada, pois simplesmente passei a respeitar
a minha essência e autenticidade, a minha
verdade!
Sou muito mais feliz do que era, por dentro e
por fora, educo a mente, faço por isso !
Às vezes – tem dias ! – ela lá consegue levar
a melhor, quando estou mais frágil, quando
estou menos consciente, quando me permito
“ser humana”… mas logo dou a volta e “ponho
-a no lugar”!
Sinto as emoções à medida que aparecem,
permito-me senti-las para as deixar passar, se
hoje acordei mais cinzenta, aceito, reconheço,
sinto e deixo fluir – choro, berro, permito-me
até lamentar (cada vez menos!) pois sei que
logo vem um novo dia e
vou acordar mais colorida. Reconheço e aceito,
conecto-me com a minha
essência, a minha alma, a
minha verdade e vivo, deixo passar: TUDO PASSA!
CELEBRO as vitórias, as
conquistas, mas celebro
também as aprendizagens e frustrações pois
elas têm um papel muito
importante no nosso crescimento enquanto seres
humanos, enquanto seres
espirituais.
Não adianta pré-ocuparmos a mente com suposições, com algo que ainda
não aconteceu e que os
nossos medos desperta,
respirar fundo, tomar consciência, celebrar a
vida, agradecer cada oportunidade e ser Feliz.
TU estarás sempre lá para TI
TU estarás sempre de braços abertos para TI
Celebra a vida, tão só em Amor, Simples!
Sónia Ribeiro
A Promotora de Felicidade
[email protected]
www.facebook.com
/apromotoradefelicidade
11
Banhos de Optimismo
O nosso tempo
A palavra tempo (Tempus) pode definir-se
como a grandeza física que permite medir
a duração ou a separação das coisas mutáveis/sujeitas a alterações.
Esta mesma grandeza, cuja unidade básica é o segundo, permite ordenar os sucessos em sequências, estabelecendo assim
um passado, um presente e um futuro. O
tempo dá lugar ao princípio de causalidade,
que é um dos axiomas do método científico.
A cronologia permite datar os momentos
em que ocorrem determinados acontecimentos. Trata-se de uma linha de tempo
onde se pode representar graficamente os
momentos históricos em pontos e os processos em segmentos.
Já a filosofia oriental parece ter sustentado que o tempo, bem como o espaço são
construções da mente humana.
Mas o tempo pode ser também o momento em que se realiza a acção. Pode-se distinguir o tempo absoluto ou tempo relativo.
Muitas são as definições de tempo, mas
nesta edição vou escrever sobre aquele que
costumamos chamar de o “nosso tempo”.
O nosso tempo é o tempo que temos disponível para viver e aquilo que fazemos
com ele.
Atualmente parece que vivemos na era da
falta de tempo.
Ouço com muita frequência a frase “faltame tempo”…e normalmente falta tempo para
estudar, para ficar mais com a família, para
nos encontrarmos com amigos, para praticar
desporto, para ler, para passear.
Fico preocupada quando percebo que muitas
vezes nos falta tempo para crescer, para educar, para sorrir, para amar, para sermos nós
próprios, para viver, para ser feliz.
Falta-nos tempo para olhar para nós, para
perceber as nossas vontades, para pensar
nos nossos desejos, para sonhar, para lutar,
para ser.
12
Pergunto-me:
Mas afinal, o que andamos todos a fazer com
o nosso tempo?
Como é que ele é preenchido?
Possivelmente estamos em modo: piloto automático, fruto de uma sociedade moderna
onde tudo é agitação e em que quem não
mergulha nesta correria parece não estar no
ritmo certo.
Vivemos com os dias cronometrados, esquecemo-nos de parar…parar para sentir que o
tempo apenas é escasso quando nos deixamos controlar por ele.
Que para uma vida saudável e equilibrada
precisamos ter tempo para ser.
Por momentos, tire o relógio, usufrua daquela liberdade que é desligar o despertador ao
sábado e acordar á hora que for, fique horas
a conversar com alguém de quem gosta, faça
um passeio sem hora marcada para o regresso, faça com que o tempo corra a seu favor.
Não se esqueça que o nosso tempo é o bem
mais precioso e que uma vez gasto ele não
volta.
Nídia Massano
Repórter/Locutora
[email protected]
Aproveite o seu tempo.
13
Histórias, Mitos e Contos
Tributo à Mãe Terra
“A Vossa Mãe está em vós, e vós Nela.
Ela vos ilumina e Ela vos dá vida.
Foi ela quem vos deu o vosso corpo, e a Ela o
devolvereis algum dia.
O sangue que corre em vós nasceu do sangue da nossa Mãe Terra. O Seu sangue cai das
nuvens, brota no seio da terra, murmura nos
regatos das montanhas, flui espaçosamente
nos rios das planícies, dorme nos lagos e se
enfurece nos mares tempestuosos.
O ar que respiramos nasceu do alento da nos-
montanhas, são como gigantes que jazem
adormecidos nos pés das montanhas, como
ídolos levantados no deserto, e estão ocultos
nas profundidades da terra.
sa Mãe Terra. A Sua respiração é azul celeste
nas alturas dos céus, silva nos cumes das montanhas, sussurra entre as pétalas do bosque,
ondeia sobre os trigais, dormita nos vales profundos e abrasa no deserto.
A dureza dos nossos ossos nasceu dos ossos
da nossa Mãe Terra, das rochas e das pedras.
Erguem-se desnudas aos céus no alto das
sos olhos como as profundidades invisíveis da
terra.
A luz de nossos olhos e o ouvir de nossos ouvidos nascem ambos das cores e dos sons da
nossa Mãe, que nos envolve como as ondas do
mar à praia, como o ar amontoado envolve a
ave.
14
A delicadeza da nossa carne nasceu da carne
da nossa Mãe Terra; carne que madura amarela e vermelha nos frutos das árvores, e nos
alimenta nos sulcos dos campos.
Os nossos intestinos nasceram dos intestinos
da nossa Mãe Terra, e estão ocultos aos nos-
Em verdade vos digo que o Homem é Filho
da Mãe Terra, e dela recebeu o Filho do Homem em todo seu corpo, do mesmo modo
que o corpo recém-nascido nasce do seio de
vossa mãe.
Em verdade vos digo que sois unos com a
Mãe Terra; ela está em vós e vós, nela.
Dela nascestes, nela viveis e a Ela de novo
retornareis.
Guardai portanto Seus mandamentos, pois
ninguém pode viver muito nem ser feliz
senão aquele que honra sua Mãe Terra e
cumpre Suas leis.
Pois a vossa respiração é a Sua respiração,
o vosso sangue, o Seu sangue, os vossos
ossos, os Seus ossos, a vossa carne, a Sua
carne; os vossos intestinos, os Seus intestinos, os vossos olhos e vossos ouvidos, Seus
olhos e Seus ouvidos.
Ela nos deu o Seu corpo, e ninguém senão
Ela o cura.
Feliz quem ama a sua Mãe e repousa sossegadamente em seu refúgio, porque a vossa
Mãe vos ama, até mesmo quando lhe viram
as costas. E, tanto mais vos amará se regressardes de novo a ela.
Em verdade vos digo que muito grande é
o Seu amor, maior que a maior das montanhas e mais profundo que o mais fundo dos
mares. E aqueles que amam a sua Mãe ela
nunca os abandona. Assim como a galinha
protege a seus pintinhos, como a leoa os
seus filhotes, como a mãe o seu recém-nascido, assim protege a Mãe Terra o Filho do
Homem de todo perigo e de todo mal. ”
Envangelho dos Essenios
Dr.Edmonf Bordeaux Székely
Neste mês, inspirou-me fazer um tributo
especial á Mãe Terra.
Este “colo” que nos acolhe, que nos dá vida,
que nos nutre, que nos presenteia com a
sua beleza e com os seus recursos.
Lendo no outro dia, coisas breves que fui
escrevendo ao longo dos anos, encontrei um
pequenino texto que escrevi em agosto de
2010 e partilho:
“O som da brisa envolve o silêncio, surge um
solo de um rouxinol e as folhagens acompanham numa dança sensual, o ritmo da vida.
O sol põe-se e surge a lua, tudo segue o
mesmo ritmo, o ritmo da vida.
O ritmo da vida, segue as leis, as leis do
Universo.
E aqui estou eu, neste pequenino Planeta
Azul, onde os Homens, criaram as suas Leis,
mas…e as leis da vida…e as leis do Universo.... que regem esse ritmo, que nos envolve e nos inspira onde quer que nós possamos estar, esse pulsar de vida que existe ao
nosso redor, basta observar e estar atento, e
senti-lo a ressoar dentro de nós.
Como nos esquecemos de olhar a maior fonte de inspiração de vida, para entender que
não podiamos ter criado as leis dos Homens
que não respeitam as leis do Universo, nem
os seus ritmos.”
Somos visitantes deste Planeta, somos
convidados nesta Casa, e tal como quando
somos convidados a ir a casa de alguém,
devemos respeitar quem lá vive, respeitar
as leis que lá existam e não chegar, tomar
posse, desapropriar quem lá esteja, ignorar
as leis e os ritmos que lá existam.
É tão obvio para nós que não o fariamos
se fossemos convidados a visitar a casa
de alguém, mas não nos parece tão obvio
quando pensamos da mesma forma o estarmos a habitar no Planeta Terra, a Mãe, que
nos acolheu, que nos acolhe, que tem Vida e
que dá Vida.
Honrar a Vida é também honrar o Planeta
onde existimos.
Obrigada Mãe Terra por nos acolheres, nos
nutrires e nos amares.
Susana Nereu
Peregrina no Planeta Terra
Coach e Empresária
[email protected]
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Casa dos Sonhos
É com todo o Amor e dedicação que temos vindo a transformar a já fantástica Casa dos Sonhos
de forma a receber cada vez com mais magia todos aqueles que escolhem fazer parte dos nossos retiros.
Este ano o primeiro retiro está já ESGOTADO, será o Corpus Sanus - Saúde Integral
nos dias 13, 14 e 15 de Maio e, os seus participantes serão recebidos com pompa e circunstância na nossa colorida casa, onde o ar é mais puro, onde a energia flui, onde amigos se
encontram, almas se reencontram, onde as palavras são poucas para descrever o que se vive.
16
Devido ao grande sucesso deste primeiro evento de 2016, que esgotou em 24h,
iremos fazer um evento semelhante em Junho fora da Casa dos Sonhos para podermos receber mais gente mas, num local que também nos apaixona, vamos ser certamente uma centena de pessoas a tomar consciência, seja através de workshops,
convivio, palestras, caminhadas, piscina interior e exterior, novos amigos que vamos
fazer e muito mais ...
As gentes da aldeia recebem como ninguém, sempre com um sorriso, um “Bom dia!”.
É sempre com muita gratidão que voltamos à Aldeia, é sempre com muita vontade de partilha,
com desejos de dar o nossos melhor e de melhorar a cada evento, a cada nova pessoa que se
torna amiga, a cada desafio que aparece.
Aqui as ideias fluem, aqui os olhares são cúmplices, aqui fazem-se amigos para a vida, aqui a
comunhão com a Natureza é inexplicável.
Estamos de braços abertos, prontos a receber os nossos amigos, os
nossos viajantes, também aqueles que timidamente nos visitam
pela primeira vez e logo se sentem em casa.
É um privilégio dispôr deste pedaço de chão, num local
abençoado pelo Universo.
É um ganhar anos de vida, conviver com estas
gentes que desafiam o tempo, que são de
sorriso fácil.
Fique atento aos
próximos eventos .
17
Dieta espiritual
Porque é que as pessoas escolhem a Índia?
Depois de escrever o livro – “Liberta-te de
Pensamentos Tóxicos: 7 passos para uma
Dieta Espiritual” inúmeras pessoas colocam a
questão: por que razão a Índia? O que este
país tem de tão especial para que as pessoas
o escolham como destino para um mergulho
espiritual? Precisamente por essa razão não
resisti a escrever um artigo para a Zen Family
– uma revista que também fala de viagens,
sobre o que significa para mim a índia e o impacto que este lugar teve para mim.
Índia é um país mágico, a este local pode
mesmo aplicar-se a expressão – primeiro estranha-se, depois entranha-se. Dois meses
foi o tempo suficiente para perceber por que
razões as pessoas procuram este gigante e
transformador local.
Na Índia é muito natural ver pessoas sozinhas, quer homens quer mulheres.
As pessoas escolhem este sítio porque estão
em busca de si próprias, querem sentir que
não vivem só por viver, pretendem despertar,
pretendem saber quem são, pretendem liberdade, pretendem descobrir o amor a outros
níveis – amor pela vida, amor por si mesmo,
amor pelos outros de uma forma desprendida
e sem desejar nada em troca. E é curioso, de
facto esses sentimentos são rápidos de encontrar quando se mergulha num mundo tão espiritual como é a Índia, num mundo onde não
existem fronteiras, raças, cores, cargos, todos
somos iguais. Pelo menos em Rishikesh, capital do yoga este é o sentimento que se vive.
Sentimo-nos em casa, medita-se em qualquer
lado a qualquer hora. Não há medo de se fazer perguntas, nem vergonha de ir atrás das
respostas. As pessoas procuram um contacto
profundo com as suas almas, procuram saber mais sobre o tema espiritualidade, sobre
o amor, sobre a vida, procuram desenvolver a
consciência e o auto-conhecimento.
A humildade é também uma imagem de marca, quer nos locais, nos gurus, nos professores, nos mestres, quer nos turistas que deci18
dem mergulhar nesta cultura. A intensidade
com que vivemos naquela realidade é indiscritível…É tão bonito quando vamos até as margens do rio Ganges e encontramos pessoas
de todo o lado - indianos, russos, brasileiros,
americanos, portugueses, ingleses, israelitas,
italianos, espanhóis, costa-riquenhos, todos
eles com o mesmo propósito e com a mesma vontade, todos eles “perdidos” com o seu
olhar no fluir da água que corre, e em simultâneo com um sentimento de real encontro
entre as suas almas. Sim na Índia fala-se em
almas sem pudor, ninguém tem vergonha
de falar em Deus, no Universo, no poder da
atracção. Aqui essa linguagem não é estranha
é comum, é mágica. O que não é normal é a
crítica, a separação, a censura, a superioridade, a arrogância. As pessoas dão e abrem-se
para receber, as pessoas reconhecem a beleza que existe dentro de cada ser humano
e não se retraem a espalhar amor. É natural
espalhar abraços, sorrisos, elogios. Na Índia
vive-se uma espécie de mundo considerado
utópico e quem lá foi sabe do que falo. Pessoas de todo o mundo encontram-se para unir
o mundo, para esquecer as diferentes línguas
pois a língua é sempre a mesma, é a única língua universal que todos podemos compreender, que todos falamos – a língua do amor.
Adorei sentir que ali não existiam cargos,
não existem Doutores nem Engenheiros, pelo
contrário, o sentimento de igualdade imperava nas ruas, o sentimento de partilha era
tão autêntico, tão verdadeiro, tão natural. É
tão curioso como os hindus abraçam qualquer
pessoa, independentemente da religião que
ela tenha eles aceitam e até tentam crescer
connosco, apesar de nos ensinarem muito no
campo da espiritualidade, da entrega e da fé,
eles consideram que podem aprender com
cada turista que ali vai, o que de facto é verdade, todos os dias estamos a aprender com
alguém, mas é bonito ver essa humildades
nos mestres e gurus.
Não importa se as pessoas estão cheias de
tatuagens, de piercings, vestidas de branco
ou de preto. Somos todos iguais – lá somos
encarados como almas e as almas não têm
adereços.
É isso que sinto, ao contrário de outros locais
no mundo, na índia os adereços, as roupas,
as opções de cada um não ditam o que eles
são, nem o que eles valem. O normal na Índia
é cuidar das nossas almas e do seu brilho, é
cuidar da nossa mente e da sua serenidade,
é cuidar do nosso corpo e da sua saúde. É
normal falar em Deus, no universo, nas leis da
vida, é natural falar da energia, é natural expor medos, inseguranças, mágoas, revoltas,
crises existências, é natural não ter respostas,
é natural dizer que não se sabe e que se quer
aprender.
Algumas pessoas vão para a Índia para se encontrar porque lá o encontro com o nosso espírito é promovido e incentivado. Os Ashrams
oferecem-nos yoga, meditação e palestras
onde se fazem perguntas de todo o tipo. Assisti a uma palestra magnífica onde pudemos
debater a homossexualidade, o sexo, a poluição do rio Ganges, a fome, a pobreza. Eles
abraçaram as perguntas com amor, sem tabus, sem crítica e abraçaram também as pessoas que colocavam as questões, eles não se
recusam a responder a qualquer pergunta,
por mais delicada que fosse, eles respondiam
sem desviar o assunto. Numa dessas palestras um dos gurus mostrou-se emocionado e
feliz por ver a forma como o mundo, como
inclusive os jovens se estavam a abrir para
a espiritualidade, para a meditação, para a
saúde mental. Nestas palestras a que assistia
adorava a diversidade de idades e de estilos,
vi jovens entre os 16 e 18 anos, vi adultos na
faixa dos 20 aos 60 anos, todos eles mostravam no olhar uma sede de viver, de aprender,
de amar, de ser melhor. O meu sentimento era
exactamente o mesmo, não podia observar os
meus olhos mas podia sentir o meu coração, e
o amor que transbordava em mim pelas pes-
soas que se atravessavam no meu caminho,
esse amor era inexplicável, era real, era puro,
era e foi uma forma poderosa de me ligar a
este mundo onde vivo, onde nós vivemos.
Não estou a dizer que tudo é um mar de rosas, porque não é. Vive-se altos e baixos, mas
os altos acabam por compensar os baixos e é
por isso que todas as pessoas voltam, as pessoas que fui conhecendo; é muito fácil conhecer pessoas na índia, paramos para beber um
chai (típica bebida, chá do país) e quando damos conta estamos numa longa conversa com
outros turistas que se encontram ali a usufruir
dos terraços, varandas e da vista do Ganges;
quase todos eles me disseram que não era o
primeiro ano ali e que todos os anos voltavam,
voltavam porque se sentem em casa, porque
vivem experiências únicas, porque não
19
Dieta espiritual
param de aprender e porque em simultâneo
experienciam aquela que é considerada a utópica mas linda música de Jonh Lennon - Imagine. A letra diz:
“Imagine todas as pessoas a viver no presente
Imagine se não houvesse nenhum país
[…] Nem religião também
hindu, jeová ou judeu, isso não tinha qualquer importância o que era importante era o
crescimento, o amor, a fé, a entrega, o despir
de preconceitos. Vi tantos jovens preocupados com o mundo onde vivem, preocupados
em torná-lo melhor, em protegê-lo.
Imagine todas as pessoas a viver a vida em
paz
[…] Imagine todas as pessoas partilhando
todo o mundo […]”
Confesso que houve momentos que senti que
isto não é utópico e sim possível, confesso
que houve momentos em que me senti a viver
num mundo sem fronteiras, sem religiões que
separam o Homem, pois ninguém se preocupava com as crenças do outro, falávamos em
Deus sem discutir o que era ou não certo e
verdadeiro, não importava quem era cristão,
fingir que essa parte não estava lá até porque
essa parte mexeu profundamente comigo,
penso que mexeria com qualquer um. Muitas
vezes oiço pessoas queixarem-se, chorarem
até porque não podem por exemplo, dar uns
ténis de marca aos filhos, se essas pessoas
mergulhassem na realidade da Índia perceberiam que isso não é um motivo para choros
nem lamentos, perceberiam que nos devíamos sentir imensamente gratos por ter casa,
comida, roupa, calçado.
20
Vi também pobreza, aliás miséria, não posso
Lamentamos muitas vezes não ter o que o vizinho do lado tem, considerando que a nossa
felicidade está nesse objecto, pura ilusão de
uma alma que não se encontrou e que procura
artefactos para criar uma felicidade, felicidade
essa temporária. Essa foi outra das grandes
experiencias que vivi na Índia – o despojamento, o dormir em locais do mais simples e
humilde que existe, eu queria ter essa experiencia e tive. Eu não quis fugir da pobreza,
é importante não fugirmos dessa realidade,
primeiro, para perceber o que podemos fazer para contribuir e segundo, para não nos
queixarmos do que não temos, quando na
verdade se calhar nem sabemos de facto o
que é nada ter. Vi crianças dormir debaixo de
um mero toldo só em cuecas, sem quarto,
cozinha, nem casa de banho, viviam assim à
beira de uma estrada ruidosa e movimentada,
expostas ao mundo sem qualquer conforto.
Depararmo-nos com esta realidade é um murro no estômago e muitas vezes esse murro
derruba o nosso muro das lamentações e que
assim seja.
vés dos olhos de quem observam, são capazes de quebrar as barreiras, as capas, são
capazes de deixar cair os receios do “parece
mal”. É fácil, na Índia é muito fácil as pessoas
deixarem cair os véus, deixarem cair a “pele”
que vestem para agradar os outros, na Índia
as pessoas deixam de recear ser autênticas,
aliás, elas passam a desejar ser autênticas
para poder experienciar o nível de amor que
vêem nos outros. Na Índia nós aprendemos
que não há que temer Ser, porque Ser é das
coisas mais sagradas que podemos experienciar na terra, Ser é o verdadeiro sucesso, a
verdadeira realização, a verdadeira descoberta, a verdadeira felicidade, a verdadeira forma de vivermos em paz connosco e com os
outros.
Índia um paraíso que se estranha, mas que
se entranha nas nossas células ao ponto de
queremos regressar, ao ponto de querermos
permanecer, ao ponto de termos dificuldade em voltar para o nosso país, para as suas
regras, para os cargos, para a imagem, para
as obrigações. Estou apaixonada pela liberdade que pude experienciar num país dito
“fechado”, principalmente para as mulheres,
permaneço apaixonada por quem lá conheci,
desde locais, a mestres, a professores, a turistas, permaneço apaixonada pela magia do
Rio Ganges, permaneço apaixonada por quem
lá fui, e pela forma como voltei, permaneço
apaixonada pela vida, permaneço apaixonada pela extraordinária bênção de viver o presente e de não deixar que este maravilhoso
presente me escape das mãos, permaneço
apaixonada por tudo, permaneço apaixonada
por nada, permaneço apaixonada pela ideia
de lá voltar…
Na Índia ninguém é olhado como um “louco” ou diferente, na Índia as pessoas cruzam
olhares e olham realmente umas para as outras, as pessoas partilham sorrisos e abraços
e muitas vezes só porque sim, só porque têm
vontade, só porque são capazes de ver atra-
Rute Caldeira
Terapeuta Holistica
[email protected]
21
Contributo dos viajantes...
Esta não foi a primeira Viagem que fiz com
a Zen Family e seguramente não será a
última. A riqueza humana marca presença
e fica para sempre, muito mais de que o
carimbo no passaporte é o registo que fica
no coração.
com um templo que me fez sentir inserida
na cultura religiosa deste povo. O Templo
da Paz no Mundo cortou-me a respiração
pela dimensão energética, os pés ligaramse ao chão quente daquele lugar, mas foi
por pouco tempo, o céu lançou uma chuva
de granizo como nunca tinha presenciado,
o grupo abrigou-se aninhando-se como
passaritos contentes e excitados com as primeiras chuvas, foi gratificante e sim… muito
refrescante.
Nagarkot ofereceu uma vista deslumbrante
aos olhos e á alma, em plena montanha,
adormeci com um céu estrelado e acordei
com o sol a pincelar de branco dourado os
Himalaias, a gratidão que senti foi musicada
pelo cantar dos pássaros e troquei abraços
com a minha querida Célia, a emoção e o ar
que respirava estavam ligados…fazendo-me
perder o pio… é verdade!!
Na chegada ao Nepal, aguardavam-nos de
braços abertos o Querido Luís e o Zé Augusto. Mesmo com a cidade de Kathmandu
às escuras sentia-se a energia do grupo á
flor da pele e imperava a alegria da chegada. Os próximos dias previam-se muito coloridos e saborosos, temperados com magia,
emoções, sorrisos, cumplicidades, partilha,
sabedoria, descobertas…
O Lago de Phewa em Pokhara recebeu-nos
e envolveu-nos nas suas águas e margens
verdejantes, a serenidade do percurso e dos
mestres do remo levaram-nos a uma ilha
22
Em Bhaktapur vivi a experiência da recuperação, Boudhanath Stupa está a ser reconstruída, não vi máquinas, tudo passa pelos ombros, pelas mãos e sobretudo pela vontade
Humana de reerguer. Na verdade também a
minha essência tem estado em remodelação,
tenho que rever os meus velhos projectos…
Embalada pelos incensos pedi a energia da
recuperação a Buda.
Finalmente o Butão, o País da Felicidade
estava estampado na cara dos nossos guias,
e das pessoas com quem me cruzei, a alegria
nos olhos,
a atitude de
respeito em
relação às
suas tradições e costumes, o amor
com que nos
receberam e
conduziram
durante toda
a estadia
deixaram-me
vulnerável…
era autêntico, genuíno e
inesgotável.
A subida ao Ninho do Tigre começou bem
cedo, e num primeiro contacto visual apostei
comigo mesma que a energia que me levaria
a entrar na montanha será a mesma que vou
usar na minha vida, novos percursos, novas
metas, substituir medos por desafios e Fluir.
A subida foi lindíssima, mágica, a montanha
e a floresta refrescaram-me o rosto com
uma energia muito subtil. No grupo cada um
seguia ao seu ritmo, senti-me ligada a todos
eles, fosse pelas gargalhadas ou pelos silêncios, a alegria de só Ser e Estar Ali expandiu-se e soprou-me aos ouvidos a palavra
Felicidade.
Não voei pela montanha na parte de trás
de uma tigresa como Guru Rinpoche, mas
a sensação da chegada ao Mosteiro Taktsang foi como se tivesse sido levada por uma
energia que não era só minha.
A Felicidade continuou em viagem com todo
o grupo, a celebração da renovação de votos
do Luís e da Dani, foi um momento emocionante de celebração ao amor com liberdade
e verdade.
A Linda voz da Sílvia uniu todos os corações
tendo como pano de fundo o Rio Pho Chu e
Mo Chu.
Esta viagem fez-me olhar de frente
para as minhas fragilidades e para as
minhas verdades, tenho ainda um longo e fantástico caminho a percorrer.
Regressei inspirada pela experiência e
pela energia de um grupo de pessoas
fantásticas.
Estou profundamente grata ao Luís, á Dani
e ao prof. José Augusto por
partilharem a sua sabedoria.
Estou grata á terra, ao céu,
ao mar e á energia do amor
que nos permite que cada dia
seja sempre melhor.
23
Texto e Fotos de:
Lina Lopes
Viajante Zen Family
JAPAMALA - Um caminho para a Serenidade
O que é um JAPAMALA?
“Japa” é uma palavra sânscrita que significa
“murmurar, sussurrar”.
A palavra “Mala” também é de origem sânscrita e significa “corrente” ou “cordão”.
O Mala representa a realidade interna.
Este objecto sagrado foi trazido para o Ocidente pelos Romanos e sendo o nome “Japa”
muito idêntico a Jap (Rosa), assim nasceu o
nome Rosarium (rosário) com que no Ocidente se designam os “terços”.
Quem utiliza o Japamala?
Estes colares estão nas mãos de pessoas de
todos os credos e religiões, como um instrumento de oração ou como instrumento
para a técnica de concentração e meditação,
auxiliando o homem na sua busca pela espiritualidade.
Existem diversas religiões e filosofias que
- Os muçulmanos e os sufistas usam o Tasbi - como é conhecido o rosário muçulmano.
Pode ser feito de madeira, madrepérola,
metais e pedras preciosas, com ricos significados dentro da astrologia islâmica, contem
99 ou 33 contas.
O Japamala é utilizado para contar mantras
em grupos de 108 repetições. Um Mala pode
conter contas que somem múltiplos de 108,
de modo que facilitem o cálculo do número
total de 108 repetições. Por exemplo, as pulseiras usadas para este fim possuem 18 ou
27 contas, existem também Japamala com
54 contas.
Porquê o número 108?
O número “108” é considerado um número
sagrado, por diversas razões matemáticas,
físicas e metafísicas. Para se ter uma ideia,
este número é o produto de operações ma-
temáticas simples e precisas. Exemplo: ao
multiplicar-se 1 elevado a ele mesmo por 2
elevado à 2ª e por 3 elevado à 3ª o resultado é 1 x 4 x 27 = 108.
O alfabeto sânscrito possui 54 letras ou
fonemas masculinos e 54 que são chamados
femininos, resultando em 108 fonemas.
utilizam colares semelhantes ao “japamala”:
- Para os budistas tibetanos o Mala é um
elemento religioso de destaque, que ajuda
a limpar a mente . Para eles a repetição dos
sons sagrados, ajuda abrir o coração para o
amor e a compaixão.
- Os católicos utilizam o rosário ou “terço”
para fazer as orações. O rosário possui 50
contas separadas de dez em dez por outra
conta maior, somando 54 contas. E os seus
extremos unem-se numa cruz.
Para que se utiliza o Japamala?
O Japamala auxilia na prática da concentração agindo como um ponto de apoio.
24
Ele não impede a mente da dispersão - pois
isso é próprio do estado de agitação da mente - mas faz com que se tenha consciência
da necessidade de voltar a focar a mente no
objectivo.
Alem disso, o Japamala pode ajudá-lo a
dispersar a tensão, a ansiedade e o medo
permitindo atingir níveis mais altos de consciência e realização espiritual uma vez que
nos remete para a atenção plena.
Quanto mais se utilizar o Japamala, mais ele
será impregnado da nossa própria energia.
Utilizado de modo apropriado, o Japamala converte-se num poderoso amuleto, ou
talismã, que confere sorte, saúde, protecção,
prosperidade, felicidade, consciência e realização espiritual.
Porque é que o Japamala tem uma “pedra de fecho”?
A conta do fecho (ou central) do Japamala
chama-se “Meru”. Este fecho pode ser formado por uma única conta ou por um conjunto
de peças e entrançados. Este “fecho” funciona como a conta estática do Japamala e é
finalizado de forma tão distinta para que não
seja ultrapassada ao finalizar o Mantra: se
pretender continuar a mantrar após terminar
uma sequência, deve virar o “Mala” ao contrário e recomeçar no sentido inverso. O objectivo? O “Meru” é fixo, as restantes contas
não são: o que se pretende é que quando
puxamos as contas a cada frase, ganhamos
um espaço entre elas juntando as contas
que ficaram para trás. Desta forma, seguindo
toda a sequência do mantra, cada vez que
“puxamos” uma conta o nosso polegar toca
o dedo médio formando o “Mudra da riqueza
espiritual”. Esta é uma das razões pelas quais
os Japamala devem ter uma ligeira folga
entre as contas.
Como usar o Japamala?
Segurar o Japamala entre o polegar e o
dedo médio, sempre na mão direita (esta é
a forma mais comum - não usar o indicador)
e recitar o mantra inteiro em cada conta. Ao
finalizar o mantra, passar para a conta seguinte. Deve repetir o mantra tantas vezes
quanto as contas que o Japamala tiver (108;
54; 27; 18). Ao finalizar a sequência, se
quiser continuar a mantrar não deve passar
para o outro lado da pedra de fecho: virar o
japamala na mão e recomeçar.
Tipos de Japamala.
Existem infinitos tipos de Japamala: eles são
feitos com todos os materiais disponíveis na
mão do Homem. Aqui fica uma descrição e
referência aos materiais e origens mais comuns e mais extraordinários.
Japamala com contadores: os Japamala
mais comuns têm 108 contas. Existem, no
entanto Japamala com contas extra - Contadores. Estas peças servem para dividir
contagens nos Japamala: servem apenas
como sinalizadores para que possamos, de
olhos fechados, situar-nos no Mala. Também
servem como contadores para exercícios
respiratórios ou para fazer sequências de
contagem específicas.
Há algumas variações: em alguns Malas,
além das 108 contas existem outras quatro,
um pouco menores, nas posições 7 e 21,
para facilitar a contagem em certas orações
e mantras que devem ser recitados este
número de vezes.
No Tibete, as contas divisórias (contadores)
podem ser de pedras semipreciosas. Os mais
preciosos são os feitos de ossos de homens
santos ou de lamas. Os malas Tibetanos normalmente são divididos em quatro grupos de
27 contas por três contas um pouco maiores
que representam as Três Joias (Buda, Dharma, Sangha) e ainda possuem um “dorje”(
um raio) e um “drilbu” (um sino) nos seus
contadores.
É de suma importância que o Japamala seja
uma parte de nós mesmos, que o conheçamos como a nossa própria mão para que não
necessitemos de focar a nossa atenção nas
25
JAPAMALA - Um caminho para a Serenidade
peças à medida que progredimos na entoação dos Mantras. Por esta razão não é aconselhável a utilização de Japamala com contadores a principiantes.
“Conhece o teu Japamala como te conheces
a ti mesmo”: será o mesmo que dizer que
à medida que nos vamos descobrindo interiormente, nos tornamos mais próximos do
objecto. Quando já não precisamos do Japamala, ele tornou-se parte de nós!
Japamala de Rudraskas: a rudraksha é,
na filosofia hindu, conhecida
como a Lágrima de Shiva e
considerada a manifestação
mais potente da Força Cósmica. Por essa razão a rudraksha é objeto de veneração
e é utilizada como uma fonte
para alcançar o Eu Superior,
frequentemente simbólica da
ligação entre a terra e o céu.
A árvore de onde são extraídas as sementes de rudraska
é botanicamente catalogada
como Elaeocarpus ganitrus e as
propriedades terapêuticas do
seu fruto são o alívio do stress
e a redução dos problemas
circulatórios. Talvez por isso
a rudraska, na Índia, seja tão
considerada na confecção dos
Japamala, embora apenas 5%
da produção seja oriunda deste
país. Os gomos das sementes
da rudraska chamam-se MUKHI
e acredita-se que quanto maior número de
mukhi, maior a qualidade da rudraska.
Japamala de contas Tulsi: as contas com
que se fazem estes Japamala vêm de uma
planta chamada Tulsi, ou Manjericão Santo
(Ocimum tenuiflorum). A Tulsi é a planta
sagrada de Krishna. É muito apreciada pois
tem propriedades terapêuticas extraordinárias: remove o flúor da água e beneficia
a Glândula Pineal. Na Índia, o Tulsi é uma
planta universalmente apreciada por yogis,
místicos e santos de várias tradições espirituais: é adorada há mais de 5000 anos.
26
Encontram-se nos textos sagrados Vedas
muitas referências a esta planta. As suas
flores, folhas e madeira são parte integral
da vida e adoração indiana. Nenhuma oferenda é considerada completa sem flores ou
folhas de Tulsi, e a madeira é cuidadosamente queimada para a confecção de colares e
Japamala. Os Japamala de Tulsi, acredita-se,
transportam na oração a energia sagrada e
santificam a sua entrega divina.
Japamala de Sândalo: este Japamala é
sempre muito leve, feito de uma
madeira sagrada na Índia. Muitas
vezes usada para fazer estátuas
das infinitas divindades uma vez
que tem uma poderosa ligação à
energia dévica. Existem subespécies de sândalo um pouco por
todo o Mundo, por isso não é
difícil encontrar sândalo oriundo
do Brasil, Havai e Timor – é no
entanto o sândalo indiano o mais
apreciado. No entanto o descontrole total na utilização desta
madeira transformou o sândalo
numa árvore ameaçada e, os
mais conscientes evitam hoje
em dia a sua utilização para não
contribuírem para o seu desaparecimento. Os Japamala feitos
com contas de sândalo libertam
um aroma muito suave e característico, dizem ser a fragrância
que Deus nos deu para acalmar a
mente. Por isso são considerados
óptimos companheiros de meditação pois o
seu aroma ajuda a controlar a mente e mais
facilmente se entra num estado profundo de
meditação.
Japamala de pedras semipreciosas ou
cristais: as pedras são minerais e a sua
estrutura é composta por átomos de energia.
Quando entram em contacto com uma ener
gia reflectora (luz), a mistura dessa energia
com a composição química da pedra, formase uma nova energia: uma vez que cada tipo
de pedra tem uma composição única, a nova
energia gerada tem características únicas.
Por isso há pedras que possuem efeitos relaxantes, ou estimulantes, curativos, indutores
de um determinado estado mental, etc. Os
Japamala de pedras semipreciosas ou cristais
pretendem unir o efeito Mental do Mantra
entoado às propriedades da pedra com que
é feito. É muito usual utilizar pedras como a
Ametista para fazer Japamala, pois esta pedra
tem propriedades estimulantes do estado
meditativo, é a pedra da tranquilidade, inspira
a cura e a intuição. O Japamala de Âmbar, por
exemplo confere protecção, beleza e amor. E
assim cada pedra terá a sua função na composição do Japamala unindo as suas propriedades ao efeito da oração.
Japamala de contas de vidro: o vidro
é feito de uma mistura de matérias-primas
naturais. Conta-se que ele foi descoberto por
acaso, quando, ao fazerem fogueiras na praia,
os navegadores perceberam que a areia e o
calcário (conchas) se combinaram através da
ação da alta temperatura. Há registros de sua
utilização desde 7.000 a.C. por sírios, fenícios
e babilónios. As contas de vidro impregnamse rapidamente da nossa energia.
A sua composição permite que varie a temperatura em função do tempo de contacto e é
facilmente reenergizado. Sendo a sua composição formada quase na totalidade por areia e
calcário, faz com que esta seja uma matéria
prima de excelência para a produção consciente dos Japamala.
Japamala de Pedras Vulcânicas: as contas de lava vulcânica são muito utilizadas para
fazer Japamala por ser uma pedra com uma
forte ligação á terra (expelida das suas entranhas por acção do fogo). As contas vulcânicas
conferem uma forte protecção física – protegem o corpo – para além de serem elemento
de protecção da casa e repelirem a negatividade. Este será um Japamala forjado pela
Terra e pelo Fogo que não permite a absorção
de energia externa: é um fantástico amuleto
de protecção quando impregnado da nossa
energia e selado pela intenção de um Mantra.
Japamala de Ossos: no Nepal é pode,
encontrar-se Japamala feitos com 108 finas
contas de ossos de crânio humano. Estes ossos são de crânio de budistas praticantes que
já fizeram a sua passagem. O valor destes
Mala é muito elevado devido a sua raridade. O propósito deste Mala de Ossos é orar,
recitar mantras e meditar essencialmente
no conceito de Desapego: a utilização desta
matéria prima é a concretização desse mesmo
Desapego.
Podemos ainda encontrar Japamala de Semente de Lótus, Quartzos, Turquesa, Jade,
Sementes de Bodhi do Nepal, Pérolas, Madeira de Rosa, entre muitos outros materiais.
Cada material tem a sua energia espiritual,
tendo mais ligação com certos tipos de divindades, mantras e energias.
Limpeza, tratamento e reenergização do
Japamala:
Existem correntes filosóficas que determinam
que o Japamala deve ser preservado de toque
e olhar alheio. Existem correntes que defendem que se deve ter um Japamala diferente
para cada Mantra. Em algumas culturas ou religiões estabelece-se que o Japamala deve ser
mergulhado em água e sal antes de utilizado.
A indicação para nunca pousar o Japamala no
chão ou nunca o pendurar ao pescoço também é comum. Assim como a absoluta proibição de utilização da mão esquerda para pegar
no mala! Existem infindáveis preceitos sobre a
sua utilização.
Partindo do principio que quando utilizamos o
Japamala ele se impregna da nossa energia,
a sua reenergização depende do nosso estado
de espírito.
No entanto caberá a cada utilizador decidir
– escolhendo o dogma ou prescindindo dele –
qual a melhor forma de utilizar esta ferramenta. O Japamala deve ser um meio para atingir
um fim e, portanto, não deve a sua utilização
ser um fim em si mesmo mas um caminho
para a disciplina interior e o encontro com a
Atenção Plena.
Texto e Fotos de:
Sandra Maria Marques
Projecto Zafu & Zafu
www.facebook.com/zafus.zafus
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As receitas da Dani
ApeteChia Frutos do Bosque
Esta é uma receita muito fácil de fazer que pode ir mudando de acordo com as estações do
ano.
Ingredientes:
• 125g de sementes de chia
● 800 ml de bebida de arroz ou de aveia
● 2 colheres de sopa de geleia de arroz
● compota 100% fruta de frutos do bosque
● 50ml de sumo de maçã
● sementes de sésamo tostadas
● hortelã fresca
Preparação:
Coloque num recipiente as sementes de chia, com a bebida de arroz e a geleia de arroz.
Deixe assim cerca de duas horas para que o liquido seja todo absorvido. se ficar muito espesso
pode acrescentar um pouco de bebida de arroz.
À parte numa tigela dissolva a compota de frutos do bosque com o sumo de maçã, para que
não fique tão espesso, mas mantenha um textura cremosa.
Num copo ou numa taça de sobremesa coloque uma porção de doce de chia (¾ ). Cubra
este com a compota de frutos do bosque.
Decore com folhas de hortelã e sementes de sésamo tostadas.
Hummm! Fica delicioso!
Atreve-te a ser diferente! Experimenta!
Alimenta-te de uma forma consciente!
Daniela Ricardo
Chef Cozinha Natural
Autora do livro
“Viagens da
Comida Saudável”
[email protected]
www.facebook.com/abiofamily.pt
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Moqueca de Tofu á Angolana
Ingredientes:
• 1/2 kg
● 4 cebolas médias
● 4 dentes de alho
● 2 chávenas de chá de abóbora cozida com 1 pimento vermelho, reduzido a puré
● 1 pimento vermelho cortado em tiras finas (Kimpira)
● 1 pimento verde cortado em tiras finas (Kimpira)
● 4 colheres (sopa) de azeite
● Sal marinho integral q.b.
● Cominho q.b.
● Pimenta preta
● Gindungo (pimenta malagueta) q.b.
● Gengibre (um pedaço do tamnho de uma noz)
● 1 folha de Louro
Preparação:
Num tacho, coloque as cebolas cortadas a cebola em meias luas, os alhos esmagados e o
azeite. Deixe cozinhar até ficar dourado. Adicione o puré de abóbora com pimento vermelho.
Acrescente os pimentos o tofu e tempere com os cominhos, o sal, a pimenta preta, o gengibre
picado, o gindungo e o louro. Tape para cozinhar durante 5 minutos. Está pronto a servir.
Nota: Este prato pode acompanhar com pão (tipicamente Português) ou com funge, também
conhecido por pirão, uma massa viscosa feita com farinha de milho ou de mandioca, cujo o
caldo em que cose pode ser de peixe ou de outros sabores do nosso agrado.
Atreve-te a ser diferente!
Alimenta-te de uma forma consciente!
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Aos olhos dos viajantes...Marrocos
Deserto Sahara
Merzouga, Marrocos
Abril 2016
Foto de Ana Sofia
Viajante Zen Family
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Zen Shiatsu
Uma perspetiva holística sobre a Saúde da Mulher!
Como mulheres temos desafios específicos em relação ao nosso bem-estar e saúde. O nosso
equilíbrio tanto a nível físico como mental e emocional está intimamente ligado ao ciclo natural menstrual e às mudanças hormonais que ocorrem ao longo da nossa vida. Vivemos numa
sociedade que não reconhece e apoia a importância da nossa natureza cíclica e das transições
naturais que são parte intrínseca do nosso desenvolvimento humano. Como consequência, temos dificuldade em confiar nas mensagens dos nossos corpos e em conectar e aceitar de um
modo positivo os nossos ciclos femininos e as mudanças resultantes. Neste artigo transmito
a perspetiva da medicina oriental, em particular da medicina tradicional chinesa e do
shiatsu sobre a saúde da mulher, tendo como objetivo criar outras possibilidades de
interpretar a experiencia de ser mulher nesta sociedade ocidental.
É frequente sentirmos que o período
menstrual é algo incomodo, uma inconveniência, que traz consigo dor e desconforto, afetando as nossas rotinas e obrigações sociais.
Provavelmente não o sentimos como algo natural e uma oportunidade de desenvolvermos
uma relação mais intima com o nosso corpo
e as nossas necessidades. A maternidade é
muitas vezes sentida como uma interrupção
no ritmo das nossas carreiras e talvez valorizemos menos a oportunidade de crescimento pessoal, autodescoberta e a experiencia
do amor incondicional. A menopausa é vista
como o fim da nossa juventude, não como o
início de uma nova fase em que podemos explorar novas liberdades e embarcar num caminho mais dedicado ao autoconhecimento e
espiritualidade. A sexualidade feminina está
associada à juventude e beleza terminando
quando envelhecemos, enquanto na medicina
oriental a energia sexual está sempre presente e é apenas um dos tipos de energia que
flui através de nós, contribuindo para a nossa
energia vital, saúde e longevidade.
Ainda que a vida da mulher tenha mudado
muito nos últimos 2000 anos, os ciclos naturais que regem os nossos corpos permanecem
os mesmos. Em algum momento da nossa
vida experimentámos (ou provavelmente experimentaremos) irregularidades menstruais,
períodos dolorosos, infeções vaginais ou
32
urinárias, sintomatologias de menopausa.
Entender os nossos ciclos naturais e os sinais
de desarmonia é uma ferramenta poderosa
que possuímos como mulheres, para podermos fazer escolhas que beneficiem a nossa
saúde, aumentem a nossa vitalidade e reduzam a probabilidade de adoecermos. Por esta
razão a ginecologia é uma das especialidades
mais antigas e respeitadas na medicina oriental!
O início da menstruação, a gravidez e a menopausa são considerados, na medicina oriental, fases de transição primordiais na vida da
mulher, nas quais ela tem a oportunidade de
fortalecer a sua saúde ou o oposto, caso haja
pouco cuidado com o estilo de vida e o cuidado próprio.
Energia vital e saúde
Central à medicina e filosofia oriental é o conceito de energia vital (Ki ou Chi). Esta é a
energia que cria a vida, nos dá vitalidade e
suporta todas as nossas funções fisiológicas e
psíquicas. É a força motriz da função digestiva, movimento do corpo e do intelecto, entre
outros. O Ki circula através dos meridianos de
energia que percorrem todo o corpo. Quando o Ki é abundante e flui livremente e sem
obstruções existe saúde, quando o Ki não é
suficiente ou a sua circulação está bloqueada
surgem os desequilíbrios e a doença.
Período menstrual
Cada mês desde jovens experimentamos
algo natural, cíclico e intrínseco à nossa natureza, que de algum modo entra em conflito
com o que a sociedade espera de nós, isto é
que mantenhamos o nosso nível de atividade, respondendo às nossas responsabilidades
e exigências sociais sem manifestar sintomas
físicos ou emocionais. A nivel médico, irregularidades menstruais são vistas como disfunções, no entanto a medicina oriental tem uma
perspectiva diferente sobre o nosso ciclo criativo biológico.
A medicina chinesa denomina a menstruação,
“água celestial” (tian gui) pois não é apenas a
eliminação de material das paredes do útero,
mas contém também a nossa energia vital.
O início da menstruação é considerado uma
fase de transição fundamental, marcando o
início de uma nova relação com o nosso corpo
e emoções.
A regularidade, duração e a quantidade do fluxo menstrual, bem como as suas características e a existência ou não de dor, refletem o
nosso estado geral de saúde. Assim qualquer
perturbação relacionada com o ciclo menstrual, segundo a medicina tradicional chinesa
(MTC), é um sinal de desequilíbrio energético (desequilíbrio na circulação de energia nos
meridianos e órgãos do corpo). Estes desequilíbrios, que muitas vezes se manifestam
naquilo a que chamamos síndrome pré-menstrual (SPM), são relevantes para a saúde da
mulher e se não forem tratados,podem mais
tarde estar relacionados com o aparecimento
de nódulos, quistos, tumores, problemas de
fertilidade, entre outros.
33
Zen Shiatsu
A sabedoria oriental dá grande importância
e atenção ao auto-cuidado durante esta fase
em que estamos mais sensíveis e vulneráveis. Recomenda-se especial atenção à dieta
durante o período menstrual, evitar o trabalho excessivo e a exaustão física e emocional. Qualquer perturbação do ciclo menstrual
pede que consideremos o nosso estado
emocional, as causas de stress, preocupação
ou frustração, que podem potencialmente
impedir o livre fluxo da nossa energia vital
e considerar como lidar positivamente com
estas causas.
Somos seres emocionais
As nossas emoções são também manifestações de energia. A saúde corpo-mente
depende do fluxo livre da energia vital (Ki),
incluindo as emoções.
Perturbações ao nível emocional e mental
afetam o movimento de energia através do
nosso corpo.
Emoções suprimidas, não expressas ou
intensas podem induzir estagnação ou bloqueio da energia vital que por sua vez se
manifesta em sintomas a nível físico. Por
exemplo emoções como a culpa, frustração,
irritação (sinais de energia emocional
bloqueada), podem afetar o ciclo menstrual
e manifestar-se como sintomas pré-menstruais. Em casos extremos podem mesmo
levar à cessação do ciclo (geralmente temporariamente).
Cristina Gondar
Terapeuta Zen Shiatsu
[email protected]
34
Só em Gratidão
A 2ª Edição do nosso livro “Viagens da Comida Saudável” está a imprimir!
Estamos muito felizes por a mensagem de uma alimentação consciente e natural, inspirada em
sabores dos quatro cantos do mundo, estar a inspirar tantos a mudar ou a perpetuarem bons
hábitos de vida.
Parabéns a todos os que se atreveram a ser diferentes e decidiram mudar.
Parabéns a todos os que com pequenas alterações no seu dia-a-dia, começam a tomar consciência do poder dos alimentos.
Parabéns a todos que se permitem viajar à mesa, de uma forma saudável e equilibrada.
Parabéns a nós que nos permitimos acreditar e realizar os sonhos.
Sempre a fluir
- Luís Baião & Daniela Ricardo, in Inspiração -
35
Despertutor - Consciência de Vida!
Porque criamos resultados
que ninguém Deseja?
Esta questão que lanço prende-se sobretudo
com a perspectivação sócio-cultural dos grandes sonhos, intenções e objectivos que advogamos para a nossa humanidade colectiva face
aos Resultados que demonstramos alcançar e
que em acto contínuo reconhecemos que não
são aquilo que desejamos.
Porque estamos numa fronteira geo-administrativa chamada Portugal e temos como referência
mais de 1000 anos de história comum vamos
cingir-nos a uma visão “Nossa” e necessariamente redutora, face à importância que o tema
nos merece, facto pelo qual apresento o meu
lamento. Não me deterei em questões históricas
e apontarei a situações que dada a limitação de
espaço-texto não podem ter um nível de fundamentação e caracterização desejável. Aqui mesmo estou a tornar transparente que estou em
vias de criar um resultado que não desejo...mas
aceito correr o risco.
Criamos e mantemos este estado de “Coisas” porque estamos ANESTESIADOS.
Se atendermos à dimensão social, pela via
dos diferentes sistemas que idealizamos e
colocamos em prática vejamos:
Sistema Democrático – assente num poder
não nominativo, ou seja, que não nomeia pessoas (exceptuando para a Presidência da República), partidário em estatutos e programático
em intenções de generalizações sem substracto, levando a rotações de poder sem lideranças
reconhecidas e com profunda desconexão às
gentes que se Serve, servindo “poderes” com
questionáveis conflitos de interesses e ausência
de transparência. Estamos anestesiados à falta de líderes que nos inspirem colectivamente.
Estamos anestesiados a um sistema democrático que não é verdadeiramente representativo
e não se constitui como um apelo à tomada de
posição dos verdadeiros líderes nas nossas comunidades e à tomada de participação de largo
espectro dos cidadãos que a compõem.
Sistema Alimentar – assente numa prática
de comer pelo prazer e não de comer para
nutrir, energizar e auto-regular. Suportada em
políticas e lobbys que não suportam a manutenção de saúde, mas sim a manutenção de
lucros astronómicos. Porquanto haver centenas
de produtos no hipermercado que são “fabricados” com os mesmo 30 ou 40 elementos
base é promover falta de diversidade, extrema
sintetização e mecanização alimentar. Estamos
a permitir-nos ser alimentados com “Ração”.
Acreditamos que ir ao hipermercado e poder
escolher entre centenas de produtos é um acto
de civilidade, progresso e de liberdade quando
na realidade entrar num hipermercado de uma
qualquer cadeia é geralmente um atestado de
“escravidão”, porque não queremos escolher
em nosso favor. Estamos escravos dos aromatizantes, conservantes, melhorantes e demais
“...antes” que não auguram nada de bom no
“depois”. Quase tudo tem químicos de síntese,
quase tudo tem açúcar para nos viciar, quase
tudo está feito com o propósito de gerar consumo e mais consumo, prazer de comer, e a
baixo custo. Estamos anestesiados a um sistema alimentar que nos vicia nos sabores, texturas e estética alimentar, mas que nos mata
na nossa essência e nos adormece na nossa
capacidade e no nosso sentir.
Sistema Educativo – que promove ignorância do que significa Ser-se e Tornar-se Humano. Assente em programas desactualizados,
em salas de aulas e agregação de alunos (por
idades) que estão obsoletas, em professores
que vivem um inferno para terem estabilidade
e que não têm estímulos globais a tornarem-se
melhores, num sistema que vai promovendo
ignorantes, seres que aceitam sem questionar, seres que têm capacidades imaginativas e
artísticas castradas, seres que não vêem como
aplicar conceitos e que não têm onde aplicar
conceitos, seres que têm que se acomodar a
uma ordem vigente ou “sempre serão Nada na
Vida”. Estamos a impor um sistema que leva ao
engano constante e à memorização, que qual-
quer período com a enormidade de estímulos
a que estamos sujeitos, vai anular. Estamos
anestesiados ao acreditar que educar um Ser
Humano é instrui-lo de coisas.
Sistema de Saúde – assente na demonização
da dor e no diagnóstico de sintomas e ataque
a efeitos, promovendo “ad eternum” condições
de dependência vergonhosa de laboratórios e corporações. Quando sabemos que nos
podemos tratar com alimentos, óleos essenciais, intervenção energética (acupunctura e
afins), carinho humano, plantas, etc. Estamos
anestesiados a um sistema de saúde que nos
convoca a ceder a autoridade sobre a nossa
saúde a um outro, porque deixámos de sentir,
porque deixamos de nos dar descanso, porque
deixámos de nos alimentar correctamente. É
claro que se partir uma perna ou tiver um acidente qualquer um de nós vai querer e saber
reconhecer o valor da medicina alopática.
A questão de fundo é que transferimos a totalidade da responsabilidade para o especialista
A e o especialista B e o C e por aí fora, e eles
raramente falam uns com os outros, vendo-nos
como um conjunto de partes com sintomas,
sujeitos a mecanismos de diagnóstico de sintomas. Estamos anestesiados à nossa condição
de saúde, e anestesiados para não sentir dor
nos nossos corpos.
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Sistema Económico – assente na Terciarização das nossas Vidas, ou seja, na valorização de Não Existências, de Não Realidades
e que promove a polarização extremada da
sociedade pela via dos que continuamente
acumulam mais e são possuidores de mais...
Bens - EGOnomia, e em polo oposto por aqueles que continuamente acumulam mais e são
possuidores de mais...Divida e mais dependência. Estamos anestesiados a acreditar que ter
sucesso como ser humano é ter posse de Coisas. E Por mais que não apreciemos a existência
do grupo do “1%”, grande parte de nós gostaria de ter os benefícios inerentes à sua condição
de Vida. E fica a questão de como este 1% vê
Despertutor - Consciência de Vida!
supridas as suas necessidades? Será recorrendo
à MINA humana (exploração) de grande parte
dos 99%, sendo que esta mineração nunca acaba dado que nascem sempre mais...e esta mina
humana anda anestesiada pelo poder de Ter,
alimentado pelo paradigma do sistema energético...
O dinheiro tal como o concebemos hoje já há
muito não tem de estar agregado em valor de
existências em ouro. Pode criar-se dinheiro do
Nada, que é precisamente o que os Bancos
Centrais fazem e depois geram deficit astronómicos. O que levará no limite ao colapso do
sistema económico e à reinvenção do mesmo,
podendo acontecer pela via do caminho mais
fácil – nova moeda – ou do mais exigente mas
eventualmente mais adequado aos tempos que
vivemos – novo sistema de valorização. Estamos
anestesiados ao apelo incessante de consumir
mais produtos, mais serviços, mais locais e geografias, mais experiências, mais desejos, mais,
mais e mais. Estamos anestesiados a acreditar
que não há alternativa e que esta realidade é o
pináculo da nossa existência.
trabalhar 8 horas por dia, 5 dias por semana, 50
semanas por ano, por mais de 12 anos. Mesmo
que um barril custasse 250Euros, o escravo petróleo custar-nos-ia pouco mais que 1 cêntimo
por hora para realizar o trabalho mais duro.
Pensem em ser pagos 1 cêntimo à hora durante
12 anos para fazer qualquer tipo de trabalho.
Vocês iriam fazê-lo?
Vocês iriam pedalar todos os dias para se deslocarem 20km para o trabalho, ida e volta; vocês
iriam fisicamente accionar um mecanismo para
terem a funcionar o computador que lê esta
edição da revista; vocês iriam subir todos os
dias as escadas de dezenas de andares de edifícios onde os elevadores não podiam funcionar;
vocês iriam cultivar toda a comida que consomem e cuidar dos animais que iriam comer mais
tarde, matando-os vocês mesmos; vocês iriam
apanhar algodão e tecer as camisolas que têm
vestidas; vocês iriam apanhar a lenha e fazer o
fogo que precisariam para cozinhar a próxima
refeição, vocês iriam construir a vossa casa ao
longo de 5 anos consecutivos sem acesso a
energia?
Permitam-me que responda por vocês. Rotundo
NÃO! Claro que não iriam trabalhar a 1 cêntimo
à hora durante 12 anos.
Vocês chamariam a isso escravatura! Ou em alternativa, para as dimensões mais básicas de
abrigo, alimento, fogo e vestuário, sobrevivência. E nos dias de hoje ninguém quer SÓ sobreviver, quer-se viver e mais do que isso, ter uma
muito BOA VIDA.
É um factor extremo de anestesia estarmos
pendurados no Fantasma de Valor do Sector
Terciário, que cria produtos e serviços com base
nas existências REAIS do sector secundário que
transformou as matérias-primas que o sector
Primário produziu ou extraiu do Planeta. E o faz
a partir da imensa abundância de energia a um
baixo custo.
São 80 milhões de barris de petróleo por dia
a serem consumidos por esta gigantesca máquina de produção e consumo. E nós fazemos
parte! Nós suportamos a nossa existência neste
escravo que tem um FIM!
Falamos de nos tornar mais autênticos e ligados
ao mundo e à Natureza, mas continuamos a
Sistema de Justiça – que promove injustiça,
pelo tempo necessário ao cumprimento do sistema, pelos inúmeros mecanismos que estão
criados e valorizados para atentar, negar, contrapor e protelar o sistema, por quem o conhece
ou tem os meios para pagar a quem o conhece.
Estamos anestesiados porque continuamos a
acreditar que perante a injustiça se fará justiça.
Sistema Linguístico – escrevemos com base
num Acordo Ortográfico com o qual quase ninguém está de acordo e seguimos anestesiados
à sua imposição, inclusive no raio do corrector
ortográfico dos processadores de texto.
Sistema Energético – muito do que hoje
acontece é porque temos um escravo ao
nosso “serviço”.
A quase totalidade das nossas necessidades
energéticas está directamente dependente do
uso do petróleo ou dos seus derivados.
Um barril de petróleo equivale a 25000 horas de
trabalho físico duro. É o mesmo que uma pessoa
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37
diferença no Todo, no espaço colectivo
que formamos. Temos de sobressair para
nós, em favor da nossa individualidade (e
dos que nos estão próximos) e não acreditamos poder liderar e influenciar positivamente o Todo no sentido da mudança do espaço social e do espaço cultural
do qual Todos fazemos parte enquanto
membros de Comuns.
Por outro lado, concorre para este estado de
Sermos, o facto de que grande parte de nós
se mostra um adulto-criança, significando isto
que somos adultos em idade e maturidade física, inegável aos olhos uns dos outros, mas
pela outra via somos crianças, pelo facto que
persistimos em não querer assumir responsabilidades pelas nossas acções ou pelas
consequências das nossas acções, hoje,
amanhã e no futuro. Sintoma claro deste
mecanismo encontramos no Sistema Político.
usar sem consciência o escravo Petróleo, que
nos fornece trabalho duro a 1 cêntimo à hora.
É um factor extremo de anestesia termos perdido por completo a noção do que significa viver sem a presença de energia abundante e
barata. Sendo que abundância no tema petróleo é um mito e o estar continuamente barata
uma ilusão!
O Petróleo é de ampla aplicação e acesso. É
um Sistema energético de Escala Global! E que
alimenta todos os outros sistemas. Veja-se o
exemplo do Estado Islâmico que financia toda
a sua operação a partir da tomada de posse
de poços de petróleo e refinarias para a sua
transformação.
O Poder do Mundo actual não está em quem
tem o dinheiro, mas em primeiro lugar está em
quem tem a Energia.
Qualquer alternativa actualmente existente
não é escalável em 20 anos para a amplitude
do uso do petróleo. Portanto quando este acabar ou os seus preços se tornarem claramente
proibitivos...sem dúvidas que grande parte da
nossa anestesia desaparecerá...porque ficaremos com fome e quereremos sobreviver.
Temos estado a focar-nos em dimensões sistémicas. Mas não esqueçamos que juntos formamos Cultura. Vamos ver agora esta dimensão.
Se atendermos à dimensão cultural, pela
via dos comportamentos repetidamente
manifestados por largas franjas da população:
Somos ensinados a promover uma cultura narcisística e de base competitiva.
É esse o mote do mundo máquina de que aqui
vos tenho falado. A excelência é a mediana!
Desde tenra idade! Sobressai se queres ter sucesso. Uma espécie de “Sonho Americano” em
território Nacional.
Esse meio educativo leva-nos a criar uma imensa dissonância do Todo. Estamos e sentimo-nos
separados uns dos Outros e da nossa Casa – o
planeta Terra. Torna-se assim muito fácil
acreditar que temos que fazer o melhor
que pudermos por nós, ainda que isso
traga sofrimento aos outros ou à Terra. E
no extremo oposto somos levados a acreditar que sozinhos não fazemos qualquer
Colectivamente temos basicamente dois modos de lidar com o Planeta do qual fazemos
parte e nos suporta à Vida:
1 – Tratamo-lo como uma MINA sendo uma
fonte infindável de recursos a explorar que
existem para satisfazer as nossas necessidades, em primeira e última instância. Somos Mineiros obcecados!
2 – Tratamo-lo como um imenso ESGOTO e
LIXEIRA onde depositamos os nossos excessos, os nossos desperdícios e os nossos restos obsoletos. Uma espécie de obsessão com
a PUREZA, que é decerto meramente estética
e odorífera.
A inconsciência colectiva permite-nos degradar
a única nave espacial que pode suportar a vida
humana nesta parte da galáxia – a Terra.
Este modo de estar é insano, e é verdadeiramente uma insanidade colectiva para a qual
estamos anestesiados.
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Outra dimensão da perspectiva cultural, reforçando que estou a apresentar uma generalização, é que colectivamente temos três posturas
típicas para lidar uns com os outros: e repetimo
-las a diário nas inúmeras relações que mantemos ou iniciamos:
Despertutor - Consciência de Vida!
• Os outros ou nos vão satisfazer necessidades e interesses; ou
• Os outros nos vão tapar feridas;
• Os outros nos vão criar problemas, e isso
implica que temos de agir em conformidade.
Esta visão dos “Outros” ciclicamente nos
anestesia ao acto de “descobrir” os Outros e
a descobrirmo-nos através dos Outros. É uma
profunda anestesia...outra.
Reforço a ideia de que esta visão social e cultural é redutora. Pretende-se sobretudo trazer
à consciência estas dimensões, e mais ainda,
perceber o quanto elas se Somam umas às
outras, pelo poder de inter-relação que existe.
Estas realidades somam-se para o bem e para
o mal. E no que à Anestesias se refere, estas
somas produzem Anestesias Gerais. Todas estas anestesias em ACUMULADO, ditas Gerais,
contribuem para estados contínuos de Negação Colectiva. E grande parte de nós segue o
movimento do Colectivo. “Se os Outros assim
fazem, porque razão hei-de eu fazer diferente?” Será o pensamento frequente...
E ao queremos manter-nos confortáveis na
nossa singularidade, no nosso “mundo de
algodão doce”, participamos nesta tragédia
acelerada, por ser “nossa” mas também dos
outros, noutros países e noutras culturas.
Sentimo-nos poderosos em ter uma Vida
diminuída para ser tão previsível (fornecedora de um ambiente de estabilidade e
segurança). Sentimo-nos poderosos por
estar anestesiados.
A nossa grande recompensa por
estarmos anestesiados é sermos
socialmente aceites.
Não se passa de um estado de Anestesia Geral para um estado Sem Anestesia,
como se de um interruptor se tratasse. Todos temos um nível de anestesia! Ela é tanto maior quanto maior a desconexão para
connosco, para com os outros e para com
o Planeta. Restaurar a ligação é um processo contínuo e expansivo.
Até quando aceitaremos singularmente fazer completamente parte deste cenário?
40
Quando decidiremos Acordar desta Anestesia
profunda?
O que é que este mundo social e cultural nos
está a pedir, a cada um de Nós?
E a Todos, na medida em que estes, sabemos
nós, são os Resultados que ninguém deseja?
Felizmente começamos a ter referências globais de que pode ser diferente – Butão e Costa Rica são dois bons exemplos. Felizmente
também temos na nossa sociedade cada vez
mais exemplos de pessoas singulares e colectivas que lideram propostas transformativas
de profundidade e de forte valor e significado.
Mas o maior agente da sua mudança é você
mesm@.
Para onde está a ir? Como está a proceder
nessa caminhada?
Bem haja por querer ter chegado até aqui.
A Maior Coragem é Um ousar mostrar Ser
aquilo que É
José Soutelinho
Despertutor
[email protected]
Pensamentos de uma mãe Zen
A transformação pessoal no ser humano, é muito interessante e muito importante!
A amizade e o amor entre o ser humano, não guardar rancor, esquecer as ofensas, desligarmosnos das coisas más que existem no nosso interior, é uma bênção que não tem preço e que nos
ajuda a viver.
Temos de dar as mãos, procurando dentro do possível, ajudarmos-nos mutuamente uns aos
outros, esquecendo mágoas do passado, ultrapassando obstáculos, vamos em frente com os
projectos para uma vida melhor e mais sadia.
Com uma mente aberta, com amor pelo próximo e gostando de nós mesmos, tudo se consegue
ultrapassar.
A intriga, é inimiga de todos os seres humanos. Por isso, vamos desligarmo-nos disso, não ligar
às fofocas existentes e seguir para um patamar superior da harmonia da vida!
Não vamos permitir que a vida seja um fardo.
Vamos aliviá-la através das acções que praticamos com todos os seres vivos que connosco coabitam neste nosso maravilhoso planeta Terra...
Vitália Baião
Guardiã da Casa dos Sonhos
[email protected]
41
Zen Yoga
Yoga Sámkhya – É o Yoga Total, referido
nos Darshana (pontos de vista filosóficos
hindus), quando só havia um Yoga e o Yoga
se chamava Sámkhya
Sámkhya é o sistema filosófico Mãe/Irmão,
complementar do Yoga, a sua origem, e a
sua chave. É uma filosofia essencialmente
cosmogénica e antropogénica, naturalista e
técnica e a palavra significa número, razão.
Há cerca de 2500 anos o Yoga foi codificado,
pela primeira vez pelo Grande Mestre Patañjali, na sua obra “Yoga Sutra” como:
“Yoga chitta vrtti nirodhah” (Yoga é o
controlo da frequência das ondas mentais)
A palavra Yoga significa juntar (ou ligar), da
raiz Yuj – diz-se yudj = jugo. Diz-se “o Youga” (como Iodo, uma vez que o som “ó” não
existe no Samskrta); é uma palavra masculina.
A prática do Yoga atrai, cada vez mais pessoas, todos os anos, em todos os continentes; pessoas que procuram um maior bem
estar e paz interior, que se reflecte naturalmente numa maior serenidade no seu dia a
dia. Mas, o que é o Yoga? Em que reside a
sua força e o seu poder de transformação
pessoal e consequentemente, mundial?
Um pouco de História…
O Yoga é um sistema filosófico prático, com
mais de 6 mil anos, com origem na Índia, na
civilização Nága Drávida, no Vale do Indo. Os
Nága Drávida utilizavam normas urbanísticas e de engenharia sanitária hoje em voga,
eram engenheiros hidráulicos e navais notáveis, tudo isto numa época em que os egípcios ainda não tinham começado a construir
as pirâmides. Eram politicamente descentralizados, amavam a natureza, eram artistas, humoristas, fabricantes de brinquedos,
filósofos, astrónomos e praticavam Yoga.
Selo de Estiatina encontrado no Vale do Indo,
representando Shiva Pashupati
(Shiva- o primeiro Grande Mestre do Yoga)
42
YOGA
A prática do Yoga
Em Portugal, os Áshrama (centros do Yoga)
da Confederação Portuguesa do Yoga
(http://www.yoga-samkhya.pt/), sob a orientação do Gr. Mestre Internacional do Yoga
H. H. Jagat Guru Amrta Súryánanda
Mahá Rája, ministram as suas aulas utilizando todas as 14 Disciplinas Técnicas do
Yoga. É na sábia estruturação das diversas
disciplinas e na condução Mestre – Discípulo
/ Professor-Aluno que reside o verdadeiro poder transmutador do Yoga.
Exemplos de algumas disciplinas técnicas:
Dhyána / Samádhi (Samyama) – Meditação / Iluminação, pelo controlo da
frequência das ondas mentais; é a meta
do Yoga, é o topo da pirâmide, cuja base são
todas as outras disciplinas técnicas (e sem as
quais não há verdadeira meditação).
Mas para alcançar Dhyána, temos primeiro de
dominar a total abstracção dos sentidos e a
concentração contínua; e uma vez alcançado
Dhyána, a Supra Consciência, a Mente Supra
Cognitiva, podemos partir daí e alcançar o Samádhi (Iluminação) – a Suprema Consciência
Intelectiva (Buddhi) humana – Cósmica.
Pránáyáma – Exercícios respiratórios de
influência energética e neuro-vegetativa; tomando consciência do Prána (aniões do
Oxigénio), optimiza-se a função respiratória,
que apesar de ser tão natural, é tão pouco
consciente. Aumentando de forma excepcional a capacidade respiratória, adquirimos a
capacidade de nos recarregarmos energeticamente, de actuarmos sobre o Sistema Nervoso Autónomo e sobre as funções neurovegetativas. A respiração é essencial à Vida; um
Pránáyáma conscientemente celular e optimizado é essencial à evolução de um praticante
de Yoga
Ásana – Posições psicobiofísicas; através
dos diversos tipos de Ásana (lateroflexões,
anteflexões, retroflexões, musculares, aberturas pélvicas, equilíbrio, torções e anti-gravíticos) estruturados de forma sábia, adquire-se
uma resistência física, muscular, energética,
emocional e neurológica excepcional, assim
como uma flexibilidade muscular, articular e
da coluna vertebral, contribuindo para uma
saúde geral do organismo.
Yoganidrá – Técnicas do relaxamento
físico, emocional e mental. Através do Yoganidrá, alcançamos estados de relaxamento
totais e recuperações fulgurantes em poucos
minutos e o sistema imunitário fortalece-se.
Kriyá – Tonificação e limpeza orgânica;
muito para além do “Mente sã em corpo são”,
o Yoga promove processos de limpeza e desintoxicação profundos, físicos e energéticos.
Bandha – Dinamizações musculares e
neuro-endócrinas. Através da actuação directa sobre os plexos nervosos e o sistema
endócrino, o organismo desencadeia processos internos extraordinários, levando o praticante a um estado constante de vitalidade e
juventude.
Pújá – Retribuição energética. Através do
Pújá, o praticante de Yoga torna-se mais grato, mais consciente do lado positivo da Vida e
aprende a retribuir, vivendo mais feliz.
Mánasika – Mentalização, fortalecimento da
vontade e projecção da consciência. A cada
instante, em cada exercício, o praticante do
Yoga aprende a focar a sua mente de forma
positiva, a forjar a sua vontade e a realizar os
seus sonhos.
Com a prática regular do Yoga, são sentidos
os seguintes benefícios:
• Mais saúde, em geral;
• Ausência de stress;
• Um sono biológico nocturno de máxima
qualidade;
• Maior concentração, melhor rendimento escolar e profissional;
• Um sistema imunitário mais forte;
• Um emocional positivo e altamente criativo;
• Maior raciocínio lógico e sensibilidade artística;
• Funcionalidades orgânicas optimizadas, melhor peristaltismo;
• Tomadas de decisão mais velozes e inspiradas;
• Boa musculatura, flexibilidade, boa forma e
resistência, peso saudável e silhueta adequada;
• Capacidade de captar, aumentar e utilizar a
energia.
Além das disciplinas técnicas, o Yoga tem uma
base ética e de responsabilidade social e individual, sem a observância da qual não há
verdadeira evolução. Esta base é composta
pelos 5 Yama e pelos 5 Niyama referidas pelo
grande Mestre Patañajali.
43
Zen Yoga
Além das disciplinas técnicas, o Yoga tem
uma base ética e de responsabilidade social e
individual, sem a observância da qual não há
verdadeira evolução. Esta base é composta
pelos 5 Yama e pelos 5 Niyama referidas pelo
grande Mestre Patañajali.
Os Yama (regras sociais), promovem, entre
outros, a Não agressão (Ahimsá), a Verdade
(Satya), a Honestidade (Aparigraha) e os os
Niyama (regras individuais), promovem uma
condulta pessoal regida, entre outros por um
constante Auto Estudo (Svádhyáya), Força de
vontade (Tapah), Pureza (Shaucha).
O Yoga como Via para a Paz Mundial
Quando praticamos Yoga, sentimo-nos em
Paz, sentimo-nos em harmonia com o Planeta
e com uma profunda Gratidão por tudo quanto nos dá. E quando nos sentimos de coração
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cheio, a transbordar de Amor, queremos retribuir, espalhar esse Amor, essa Paz por todos
aqueles que nos rodeiam…e assim, pouco a
pouco, vamos tecendo teias de entendimento,
de solidariedade, de fraternidade.
E acreditando que a Paz Mundial é possível,
que a Raça Humana é só uma, independentemente das suas origens e crenças, o meu
Mestre H. H. Jagat Guru Amrta Súryánanda Mahá Rája, sonhou e concretizou
o Dia Internacional do
Yoga (http://internationaldayofyoga.com/pt/), hoje
celebrado em todo o Planeta, com milhares de participantes, e que começou
em Portugal, em 2002, em
Setúbal. Em Dezembro de
2014 este dia foi oficializado na ONU, e em Junho de
2015 milhares de pessoas,
em todo o Mundo celebraram, juntas este primeiro
dia Global da Humanidade.
O Dia Internacional do
Yoga celebra-se no solstício de Verão, 21 de Junho
- o maior Dia do Ano, o
Dia da Luz (ou no domingo seguinte caso o dia 21
não coincida com um domingo). Em 2016, em
Portugal será celebrado
no dia 26 de Junho, em
Coimbra.
A Confederação Portuguesa do Yoga é também a
instituição responsável pela edição da única
revista sobre Yoga em Portugal – a Revista
OM YESS (http://www.omyess.com)
– à venda em diversos locais no país.
OM Shánti!
Cláudia Martins
Directora Ashrama Évora Dhyána
[email protected]
AlQimia
Conhecer e Saber
Não penses em ser… sê.
Não penses em fazer… faz.
Não penses em experimentar… experimenta.
Não penses se vais gostar ou não gostar…
descobre.
Não te iludas com o teu “super eu” do futuro
que será espectacular, sábio, feliz e realizado.
A realização é agora.
Não queiras ter felicidade… sê feliz.
Ser feliz é algo “Presente”,
uma dádiva a cada a cada instante.
A felicidade não existe no futuro e o passado já
deixou de ser.
Não esperes que te venha coragem…
descobre-a e conquista-a.
Não esperes que te seja dada liberdade…
sente-a e aceita-a.
Não esperes que te seja dada felicidade….
sê presente e recebe-a.
Não penses em ser… limita-te a ser.
Abre-te ao mundo, ao bom e ao mau,
Presente e Consciente…
deixa-te levar pela corrente
Presente e Consciente toma o leme, (des)fralda velas, move a âncora
Presente e Consciente navega e deixa-te levar
Como saber?
Não sei!
…experimenta e descobre
…presente e consciente
…com dias de chuva e sol
…de caca e de leite
…pensa 1 e experimenta 7
“Um coração em paz vê uma festa em todas as aldeias”
Vasco Daniel
Projecto AlQimia
[email protected]
45
Só Uma Dica
As pessoas que só vão andando!
A quantidade de pessoas que somente vão
andando em vez de andar é impressionante.
As pessoas que
se limitam ir
andando, gostam muito de
colocar a culpa
no exterior.
Não percebendo que são
lindas e belas e
assim se permitirem viver a
vida delas com
dignidade.
que se aproveitem e nada
fazes para mudar senão culpar
o exterior a ti
mesmo.
Começa por
reconhecer o
problema.
Depois corrige-o.
Começa hoje e
no agora, porque és boa demais para tolerar
mais um minuto
a culpa em ti e
do outro para
aquilo que andas
a adiar eternamente.
Se quiseres evitar a manipulação, a primeira
coisa que tens
a fazer é reconhecer que
estás, de fato,
a ser manipulada.
A vida não tem
prazo de validade, amanhã já
pode ser tarde.
Isso exige
AUTO-honestidade e vontade
de admitir para
ti mesma que
estás a deixar
Estás à espera
do quê para começares andar em vez de ir andando?
Sempre a fluir!
Luis Baião
- in Inspiração [email protected]
www.facebook.com/luisbaiaozenfamily
46
Zen Numerologia
Sabe quais são os seus números?
Sabia que quando nasceu recebeu a
influência das vibrações inerentes aos
números da sua data de nascimento e
do nome que lhe deram?
Não? Saiba então que todos nós
somos fruto de um conjunto de números que interage entre si, possuindo aspectos positivos e negativos,
vibrações harmónicas ou antagónicas,
qualidades e dificuldades, determinando quem nós somos, a nossa
missão de vida e o karma com que
viemos.
mente, pois interagem entre si, reforçando ou minimizando algumas das
características a eles associadas.
É esse Estudo Numerológico que lhe
vai permitir ter uma compreensão
mais profunda de si mesmo e da
vida e interpretar as vibrações predominantes em cada momento, as
tendências de comportamento e as
situações que poderão ser mudadas
ou reajustadas, de acordo com o seu
livre arbítrio. Ao alinhar-se com a sua
missão de vida estará a evitar agravar o karma com que veio e a viver
de forma mais consciente e harmoniosa, acelerando o seu processo de
evolução.
Nunca tinha pensado nisso?
Pois fique a saber que é mesmo um
facto irrefutável.
Eu, você, todos nós, resultamos de
uma “miscelânea” de números e
portanto, ninguém se resume a um só
número. Todos viemos com um “código de barras” pessoal e exclusivo.
E agora pergunto-lhe, conhece os
seus números? Sabe qual a sua
essência e o seu propósito de vida?
Quais as suas potencialidades? Qual
o seu Karma? Em que Ciclo de Vida
se encontra? Que energia rege o seu
Ano Pessoal actual? ...
Como tudo no Universo é vibração e
energia, facto corroborado pela Física
Quântica dos nossos dias, os números
e as letras são-no também. Somos
portanto, seres únicos compostos
por várias energias e potencialidades
que importa compreender e gerir de
forma harmoniosa, tendo em vista a
nossa evolução pessoal. Assim, CADA
UM DE NÓS, RESULTA DE UMA COMBINAÇÃO DE NÚMEROS PESSOAL E
ÚNICA.
Já pensou em consultar um Numerólogo e solicitar o seu ESTUDO NUMEROLÓGICO?
Não hesite muito pois constatará
que é uma decisão de que nunca se
arrependerá!
Conheça os seus números!
Conheça-se melhor!
E como saber os meus números? –
está agora a pensar.
Eu explico-lhe. A determinação dos
seus números resulta de um conjunto
de cálculos que possibilita a elaboração do seu Mapa Numerológico e o
consequente Estudo Numerológico.
Não devem ser analisados isolada-
Anabela Subtil
Projecto Our Numbers
[email protected]
47
Alimentação Saudável
O
pesticidas, nas suas dietas detox. Não são
estes também agentes tóxicos?
peração Verão!
oEsta altura do ano é sempre muito
profícua em bebidas desintoxicantes, dietas
detox e dietas de emagrecimento milagrosas e que têm como objectivo limpar o
nosso organismo dos excessos que cometemos, limpar os alegados agentes intoxicantes que vamos ingerindo diariamente
e obter uma silhueta esbelta para mostrar
com as roupinhas de Verão.
Tenham em atenção as vossas escolhas.
Façam um detox sustentável e que seja eficaz para o vosso corpo. Fazer uma alimentação à base de cereais integrais, vegetais
e leguminosas, todos de origem biológica,
locais e da época são uma escolha mais
eficaz e duradoira.
Mas de que adianta andar a “limpar” a
casa, se entramos sempre com as botas
cheias de lama?
E funcionam estes detox e dietas milagrosas de emagrecimento?
O ideal é fazerem o vosso detox com um
plano alimentar saudável e equilibrado que
realmente recupere a vossa saúde física e
mental. Um plano assim, é algo que possa ser sustentável e que possa ser feito
todos os dias. Caso contrário não é uma
boa solução e só imprime stress no nosso
organismo.
E um plano alimentar equilibrado e saudável é que é uma dieta milagrosa eficaz!
Desta forma não necessitaremos de colocar
o nosso corpo em stress e privá-lo de inúmeros nutrientes para que ele emagreça à
força. E claro está que conseguimos o objectivo da operação verão, mas mal acaba
a dieta restritiva, o nosso corpo começa a
armazenar tudo o que comemos, pois ele
Hoje estamos expostos a uma quantidade
e variedade de substâncias tóxicas sem
precedentes. Muitas delas persistem no
ambiente e no nosso organismo, com prejuízos comprovados para a saúde.
Na minha opinião, não existe realmente
uma dieta desintoxicante, principalmente
se não temos atenção à qualidade dos alimentos que ingerimos. Eliminamos algumas das toxinas com os exercícios, com a
eliminação de alimentos da nossa dieta,
com a ingestão de bebidas que estimulam
o funcionamento dos rins e do fígado. Fazemos mil e uma coisas, que nos ajudam a
desintoxicar, mas que não são tão eficazes
como pensamos ser.
A maioria das pessoas que opta por este
tipo de dietas, continua a não ter atenção à
escolha dos seus alimentos e ingere quantidades enormes de aditivos químicos e
48
bem sabe que pode vir outro período de
crise e de fome. E assim, engordamos, até
mais do que antes.
Então? Este verão vamos ter uma postura
diferente. Vamos adoptar uma alimentação
saudável e equilibrada, baseado em cereais
integrais, leguminosas e vegetais (para não
privar o nosso corpo de nenhum grupo de
nutrientes). E como vimos antes de preferência biológicos, sem aditivos químicos e pesticidas. Assim passaremos a estar em forma
todo ano, sem necessitar de “Operações
Verão”!
Atrevam-se a ser diferentes!
Alimentem-se de uma forma consciente!
Nota: Caso necessite de uma consulta de
orientação alimentar, para elaborar um plano
de acordo com as suas necessidades envie
um mail para: [email protected]
Daniela Ricardo
Chef
Alimentação Natural
[email protected]
www.facebook.com/daniela.ricardo.33
Evento
O Caminho
Despertar
é ode
Amor
consciências
É nas tuas virtudes que encontras a tua glória, nunca no que te é dado sem saberes
como se conquista.
Antes de mais, agradece sempre as dificuldades e às pessoas que tas criaram.
Ao princípio é difícil, bem sei, mas não há situação nem gente que nos prepare melhor para a
luta que é o amor próprio.
Os outros até podem ter mais oportunidades ou conseguir as coisas de uma forma facilitada,
mas se respeitares sempre as tuas virtudes, a verticalidade da tua essênca, em detrimento de
ficares paralisado ou angustiado por isso ou por parecer que contigo é sempre preciso o triplo
do esforço, mais cedo ou mais tarde chegará o teu momento de glória.
E os guerreiros querem glória, não querem facilidades.
Não me sinto sortudo, não vejo aquelas coisas que dizem cair do céu nem sou alvo de oferendas de mão beijada. Nunca fui. Sempre tive de contar comigo, de puxar por mim e de ir aos
limites para ser quem sou e estar onde me encontro. Porém, já testemunhei conquistas sem
batalhas; já assisti, mesmo ao meu lado, a autênticos dilúvios de presentes injustificáveis; e já
presenciei, inúmeras vezes, a insensatez de quem oferece a quem nada ou pouco fez.
É imerecido, já pensei tantas vezes.
Mas será? Será injusto ou será uma provação, uma oportunidade que a vida me está a dar
para me superar mais uma vez, lutando pelo que quero para mim e aceitando o que vai acontecendo aos outros?
É que a injustiça amarra-nos e desfoca-nos e cedo aprendi que ficar a matutar sobre ela é
ainda pior, revolta-nos.
Jamais poderemos ficar paralisados com as oportunidades ou com as facilidades dos outros.
Jamais nos poderemos deixar consumir pela ira de não as termos de uma forma simplificada.
O foco tem de estar em nós.
Se queremos a mesma sorte, temos de conquistá-la e se a única via for o suor e o trabalho, a
persistência e o crer, o sacrifício e a dor, que assim seja, pois uma coisa te garanto: ninguém
que receba o que nada fez por merecer sabe dar verdadeiro valor a alguma coisa. É como não
tê-la, como se nunca a tivesse tido.
Apenas o mérito nos aufere a sorte eterna.
És virtuoso meu guerreiro e é só nisso que precisas acreditar.
AMA-TE
50
Gustavo Santos
Coach, Escritor
www.gustavosantos.pt
51
Zen Cosmética Natural
A nossa pele tem de ser tão bem nutrida
como a nossa alma, mente, espirito e corpo,
senão o processo de equilíbrio e bem estar
fica incompleto. Que adianta cuidar da
alimentação com alimentos orgânicos e naturais se o primeiro hábito diário da maioria
das pessoas é escovar os dentes com um
dentífrico carregado de açúcar, petróleo,
conservantes químicos que entram no organismo e na corrente sanguínea para intoxicar
o corpo.
O que usamos na nossa pele deveríamos
poder comer, pois se algo faz bem à nossa
pele, faz bem ao nosso corpo.
Se pedisse para comer o seu hidratante de
rosto, ou champô ou mesmo o dentífrico
dentário, ingeria?
Não! Aliás é recomendado a sua não ingestão pois é tóxico.
Agora pensem comigo: o que andam a
colocar na vossa pele?
52
Foi essa questão que me levou a este mundo
da cosmética natural, pois se algo faz bem
à pele também deveria fazer bem ao nosso
organismo. Faz mais sentido pensarmos que
se não puder comer ou ingerir algum cosmético, então ele não é assim tão saudável
quanto isso.
A nossa pele é o maior órgão do corpo
humano e tem capacidades e funções importantes como protecção, impermeabilização,
sustentação, reguladora da temperatura,
elimina toxinas, tem uma grande capacidade
de assimilação e comunicação entre as células de todo o corpo humano. A pele absorve
com rapidez grande parte, estima-se mais
de 70% do que colocamos nela, isso quer
dizer que em poucos minutos tudo estará na
corrente sanguínea.
Os cosméticos industriais estão recheados de
promessas e elixires de juventude que são
nada mais, nada menos, produtos químicos e
sintéticos derivados de petróleo, conservan-
tes químicos cheios de sulfatos, de parabenos, de fragrâncias sintéticas, pigmentos
coloridos, de fórmulas químicas que prometem milagres, mas que grande parte desses
componentes “irresistíveis” são responsáveis
e estão comprovados com o relacionamento
de doenças dermatológicas, cancro, alergias,
irritações cutâneas, enxaquecas, mau estar e
mau funcionamento de alguns órgãos.
Até nos cosméticos mais inocentes como os
de bebés, o óleo de bebé por exemplo é feito
à base de óleos, parafina e glicerina que provém do petróleo, é altamente alergénico e
pode até inibir a respiração da pele.
Mas no mercado já existem cosméticos com
essa preocupação, onde os conservantes
químicos são retirados e são substituídos por
conservantes sintéticos menos nocivos ou o
ideal por conservantes naturais. Existem
também cosméticos com ingredientes de origem vegetal e cosméticos com ingredientes
de origem vegetal biológica e orgânica.
Qual a diferença entre cosméticos sintéticos e naturais?
Os ingredientes sintéticos são muitas vezes
criados para imitar ou substituir o que é
natural mas a menor custo de produção e
também para não terem de esperar pela
colheita sazonal. Resumindo: é mais uma indústria onde o dinheiro e o volume de negócio é o mais valorizado.
Os cosméticos sintéticos são menor tolerados
pelo nosso organismo e os resultados são
mais lentos, por vezes nocivos e rejeitados
pelo nosso corpo com efeitos secundários
que por vezes nem associamos ao uso dos
cosméticos.
Por sua vez os cosméticos naturais são valiosos e estão em harmonia com a nossa pele e
organismo, pois contém vitaminas, sais minerais e minerais, presentes iguais aos da
nossa constituição da pele. A absorção é rápida, resultados visivelmente imediatos, o
risco de reação ou alergia é quase zero, tolerância a 100%, e sem efeitos secundários.
Depois existe uma questão importante de
alguns sintéticos serem testados em animais,
infelizmente hoje em dia ainda existem laboratórios que fazem essa crueldade, empresas
que usam exploração humana, racial e infantil, poluição dos rios e mares. Essas empresas e laboratórios até são bem conhecidos e
fazem parte da vida diária de muitos seres
humanos desde os cosméticos aos alimentos.
Por isso antes de adquirirem um cosmético,
estejam atentos aos rótulos, aos ingredientes, aos certificados, se são testados em
animais, pesquisem se usam exploração
humana e se são ecológicos para o planeta.
Cosméticos Naturais, porquê?
1) A pele é o maior órgão do corpo (incluindo o couro cabeludo), e tudo o que colocas
na pele acaba na corrente sanguínea.
2) Não contêm ingredientes sintéticos que
podem agredir a pele, como conservantes,
corantes e derivados de petróleo.
3) São realmente naturais, feitos com ingredientes naturais, vegetais e óleos essenciais
que não agridem a saúde, e são melhor absorvidos pela pele.
4) Os homens usam em média 6 produtos
de higiene pessoal por dia, e a mulher 12, e
são expostos a 168 substâncias químicas
diferentes todos os dias.
5) Apenas 10% das 80,000 substâncias químicas catalogadas na indústria de cosméticos
foram testadas para a segurança de uso em
humanos.
6) Os governos não regulam de forma efetiva a maioria das substâncias potencialmente
tóxicas usadas na indústria de cosméticos.
7) Há inúmeros estudos científicos ligados a
exposições de toxinas químicas ao aumento
da infertilidade, problemas hormonais, cancro, enxaquecas e entre outras doenças.
8) Consumo consciente - apoiar empresas
comprometidas com a preservação do meio
ambiente e a estrutura do comércio justo, e
assim contribui para uma economia mais
sustentável e um mundo melhor.
9) Usam produtos naturais e biodegradáveis,
melhoram a qualidade do esgoto,
contaminando e poluindo menos os lençóis
de água e dos oceanos.
10) Se amas os animais e o ser humano,
provavelmente não vais querer usar produtos
que são testados em animais e utilizam a
exploração humana racial e infantil.
53
Zen Cosmética Natural
Onde encontrar esses cosméticos?
Em lojas de produtos biológicos, orgânicos, ervanárias, supermercados, hipermercados,
lojas de produtos conscientes, ecológicos e de alimentação vegetariana, vegan e macrobiótica.
Em quintas e feiras orgânicas e biológicas espalhadas de Norte a Sul do
país.
Em comercio artesanal de produtores que são extremamente ricos e nutritivos onde tem a
certeza absoluta que são, feitos á mão e conseguem controlar de onde vêm os
ingredientes e ainda adaptar se necessário à vossa pele ou necessidade.
Podem sempre fazer workshops de cosméticos naturais e aventurarem-se a serem os
vossos próprios criativos e fazerem os seus próprios cosméticos. Quem sabe não descobrem
uma paixão.
Faça os seus próprios cosméticos.
Nesta primeira edição escolhi duas receitas fáceis de fazer e de uso diário. Uma para a
família inteira e outra para quem se desmaquilha diariamente.
Desmaquilhante bifasico para olhos,
rosto e lábios:
70ml de Hidrolato de Rosas (água de rosas)
Bio
30ml de Óleo vegetal de Amêndoas Doces
Bio
Preparação: Colocar num recipiente com
capacidade de 100ml (se for vaporizador
poupam mais), primeiro o Hidrolato de Rosas
e de seguida o Óleo de Amêndoas Doces.
Modo de usar: Agitar sempre antes de usar
para as duas soluções de misturarem. Colocar num disco de algodão e retirar toda a
maquilhagem ou sujidade dos olhos, rosto e
lábios.
Passar o rosto por água para retirar vestígios
de maquilhagem e tonificar a pele com o
Hidrolato de Rosas.
Gisela Nunes
Projecto Feluz
[email protected]
54
Dentífrico dentário:
6 colheres de sopa bem cheias de Argila
Branca Refinada Bio(se for necessário
colocar no moídos de café para ficar sem
areias e super fina)
7 colheres de sopa de Óleo Vegetal de Côco
Bio
6 gotas de Óleo Essencial de Hortelã Pimenta
Bio
1 gota de Óleo Essencial de Árvore de Chá
Bio
1 gota de Óleo Essencial de Limão Bio
Preparação: Derreter em banho maria o
Óleo de Côco e adicionar à Argila Branca
refinada, misturar com uma colher até obter
uma pasta espessa homogênea, sem
grânulos e areias. No final adicionar os Óleos
Essenciais e misturar novamente. Guardar
num recipiente de vidro bem fechado e colocar na casa de banho.
Modo de usar: Colocar uma pequena parte
na escova de dentes e escovar os dentes
normalmente, bochechar no final.
Observação: Escolham ingredientes Biológicos ou Orgânicos (que são a mesma coisa)
pois são mais puros, de máxima concentração, isentos de químicos e os resultados são
imediatos. Podem adquirir na loja on-line
Circulo Bio.
Aos olhos da Zen Family...Marrocos
“O melhor que podes dar ao outro, é o respeito
por ti próprio.”
Luis Baião, em viagem por Marrocos
Abril 2016
Foto Zen Family
55
Entrevista
Foi a ver as mulheres de família a cozinhar que nasceu a paixão pela cozinha.
Embora não se lembre atualmente dos primeiros pratos que confecionou, recorda-se muito bem
das primeiras invenções e experiências na cozinha.
Nem sempre teve uma alimentação equilibrada mas foi quando começou a praticar Yoga a estudar
macrobiótica que despertou para a Consciência alimentar.
Fundou com um colega o projeto Ideal Natural e abriram juntos o Instituto Macrobiótico do Porto.
Juntou-se á Zen Family e fundou a Biofamiliy, um projeto de workshops e palestras sobre uma
alimentação mais saudável.
Recentemente publicou o seu primeiro livro: “Viagens da comida Saudável”, um livro de receitas inspirado em cozinhas de todo o mundo.
Saboreie, nesta edição a entrevista com Daniela Ricardo.
Como e quando nasceu o teu gosto pela
cozinha?
O meu gosto surgiu cedo, a ver a minha avó
e a minha mãe a cozinhar. As duas são duas
cozinheiras de “mão cheia”. Mas a minha aventura e verdadeira paixão pela cozinha, nasceu
mais tarde, quando descobri que a alimentação
tem uma grande influencia na nossa vida e na
nossa saúde.
quilibrada. Foi quando comecei a praticar yoga
e deixei de comer produtos animais. Nessa
altura era o único critério, mas o conteúdo do
prato nem sempre tinha todos os elementos
para que fosse equilibrada. Só mais tarde
quando um amigo me falou da macrobiótica e
comecei a estudar é que comecei a comer de
forma equilibrada.
Quando despertas para a consciência
alimentar?
Despertei para a consciência alimentar quando
comecei a estudar macrobiótica. Eu já tinha
consciência ambiental, mas olhando bem para
trás, era uma consciência muito superficial.
Quando comecei a estudar e aprofundar os
assuntos acerca de ecologia, alimentação, agricultura sustentável, o poder dos alimentos, é
que a consciência alimentar surgiu de verdade.
Qual o primeiro prato que confecionaste? Como correu a experiência?
Que memórias tens desse resultado?
Não me recordo de qual o primeiro prato que
confeccionei. Mas lembro-me de dois pequenos
episódios com comida que foram um desatre…
Eu sempre gostei de inventar e certo dia lembrei-me de fazer um arroz de bacalhau com
legumes, que ficou intragável de tão salgado
que estava. Acrescentei sal sem provar se estava salgado! Erros de principiante. O outro foi
com um cheese cake que nunca ficava com
consistência, pois eu insistia em adicionar os
ingredientes de forma errada e adicionava a
parte quente à fria, que solidificava de forma
irregular antes de conseguir misturar.
Porque decidiste estudar alimentação?
Decidi estudar alimentação e não só, porque
me fez sentido. Foi um click. Foi quase como
uma revelação! E porque percebi do papel importantíssimo que tem na nossa vida. A velha
frase “somos o que comemos” começou a fazer
todo o sentido. Percebi que tudo o que ingerimos vais fazer de alguma forma parte de nós.
Qual o teu prato favorito?
Arroz Integral. Adoro Arroz de todas as formas
e feitios...
O que é que mudou na tua vida e nos
teus comportamentos, desde esta experiência?
Mudou a forma de me alimentar, de cozinhar
e de ver o mundo. Mudou a minha forma de
estar no mundo. Fiquei muito mais consciente
Sempre tiveste uma alimentação equilibrada?
Não.Houve uma fase da minha vida que de
facto a minha alimentação era bastante dese56
do que realmente é comida viva e que protege
o ambiente e o nosso corpo.
Foste, vice-presidente do Instituto de
Macrobiótico do Porto. Como correu esta
experiência?
Vice-presidente? Acho que esta não é bem o
nome a dar. Eu abri o Instituto Macrobiótico de
Portugal - Porto, com sociedade com aquele
que é hoje um grande amigo meu - o Nuno
Félix Teixeira. E nós fazíamos tudo. Desde a organização dos cursos, das aulas, das salas, das
limpezas até à contabilidade. Tudo era feito
por nós os dois. Foi uma boa experiência. à
qual eu estou muito grata, pois aprendi muitas
coisas e conheci imensas pessoas e que me
permitiu perceber que eu tenho um espirito
nômada, que não gosto de estar confinada a
um espaço e que preciso de expandir os meus
horizontes.
Entretanto, criaste a aBiofamily. Fala-nos
um pouco deste projeto?!
A aBiofamily surgiu muito intuitivamente. Eu já
tinha a paixão pela comida, pela consciência
alimentar, pelo criar coisas novas, pelo ensinar
e despertar consciência para a necessidade de
uma alimentação consciente e natural. O Luís,
o meu marido, também tem isso dentro dele,
também ele tem formação em macrobiótica,
embora a sua verdadeira paixão sejam as
viagens e os eventos. Assim, apadrinhada pela
zen family (a empresa de viagens do Luís)
começou a surgiu a aBiofamily, cozinhando nos
eventos da Zenfamily, organizando workshops
itinerantes, Assim sendo a aBiofamily é um
projecto familiar que tem por missão despertar
consciências.
também acesso a eles. É muito interessante
conhecer a verdadeira cozinha de cada país,
algo que só acontece de verdade quando constatas com os locais e são eles que te ensinam
como fazem.
Quais as maiores aprendizagens que
fizeste?
Em viagem? A maior aprendizagem de todas é
perceber que nada somos, que nada sabemos
e que temos um mundo inteiro para explorar.
Que todos os dias podemos aprender uma coisa nova, desde que tenhamos a humildade de
estar receptivos ao que partilham connosco.
Com a Zen Family fazes imensas viagens
por vários países pelo mundo. Nestas
viagens tentas conhecer as cozinhas de
cada país?
Sempre que tenho oportunidade lá estou eu a
espreitar as cozinhas. O que com a Zen family
é sempre muito fácil para mim, pois como o
Luís conhece bem as rotas e tem amigos em
todos os locais, eu sendo esposa dele tenho
Houve algum sabor de algum país de que
tenhas ficado fã?
Todos os países têm sabores típicos e fico sempre apaixonada por todos eles. Por as imensas
57
Entrevista
possibilidades de criações que podemos ter
com novos sabores, e também com novas cores e novas texturas. Em Marrocos o sabor das
tajines, no Cambodja e agridoce, na Tailândia o
picante, na Índia as massalas, … em todos os
locais descubro sempre algo que me faz ficar
fã.
Entretanto, trazes estas aprendizagens e
decides aventurar-te na escrita.
Como foi escrever este livro?
Foi muito fácil. O livro foi escrito em fluxo. Apesar de ter sido fácil escrever, foi também uma
aventura e uma aprendizagem. Eu nunca tinha
escrito um livro. Foi interessante colocar no papel o que vivi em viagem e fazer o flashback,
para trazer essas memórias à superfície. Essa é
parte que conta história da viagem, mas o livro
é muito mais que isso. Tem a parte da gastronomia local, dos países por onde passei, o que
foi a minha experiência e o que eu considero
essencial adaptar para uma alimentação mais
equilibrada, consciente e natural.
Claro está, explicando sempre porquê o que
me leva a abordar um mito ou um alimento
polêmico em cada país. E como é um livro
também de cozinha, não podiam falar as receitas.
Esta foi uma parte do livro muito divertida, pois
tive que reinventar as receitas e adaptá-las ao
meu conceito de cozinha consciente e natural,
que passa por utilizar produtos biológicos,
locais, sazonais e já agora de fácil acesso para
que todos consigam fazer as receitas em casa.
58
Como tem sido o feedbck?
O Feedback tem sido estupendo. O livro tem
uma grande aceitação por todos. A mensagem
principal que me passam é que é um livro que
apetece comer.
É fácil de ler e de entender a mensagem, as
receitas são super fáceis e super saborosas.
E leva-nos em viagem sentados à mesa degustando ou lendo os relatos de viagem.
Deixa um convite para os que ainda não
tem o livro, sobre o que podem lá encontrar?
Acho que já fomos falando um bocadinho
sobre isso… Mas para aqueles que ainda não
conhecem o Livro “Viagens da Comida Saudável” este é um livro de viagens, de gastronomia, de consciência alimentar e de receitas, que nos leva a viajar por sabores e cores
dos quatro cantos do mundo. São nove os
países que podem encontrar neste livro: Marrocos, Peru, Brasil, Índia, Cambodja, Vietname, Tailândia, Nepal e Portugal (claro!).
E para finalizar, uma mensagem/conselho para que tenhamos todos uma
alimentação mais saudável.
Isso é fácil. Simplifiquem. Comam simples.
Evitem alimentos processados. Abusem de
cereais integrais, leguminosas e vegetais. Se
precisam de mais dicas… é só procurar no
livro. Está tudo lá.
“Viagens da Comida Saudável”, com edição
do Chá das Cinco, um livro que pode adquirir
nas livrarias de todo o país.
Nídia Massano
Repórter/Locutora
[email protected]
In Inspiração
Afinal o que é o Sucesso?
É tu poderes ires para a cama todas as noites com a alma em paz.
Ter a alma em paz é saber que foste tu nas tuas vontades e não o que os outros queriam
que tu fosses.
Ter a alma em paz é perceberes que na tua vida tens 20% de loucura para manter a
sanidade mental.
Ter alma em paz é perceberes que faças o que fizeres nunca vais ser perfeito mas podes
sempre ser honesto contigo mesmo.
Ter alma em paz é saber dizer não a todos aqueles que não respeitam o teu ser.
O respeito começa quando nos damos ao respeito.
Ter alma em paz é dizeres SIM e quereres dizer SIM ou dizeres NÂO e queres dizer NÂO.
É dizeres o que pensas na verdade. Se dizes sim e a vontade é dizer não,
a isso chamo hipocrisia. Ser hipócrita não traz nunca paz na tua vida.
Esta a beleza da vida estar em paz em cada deitar e perceber que as coisas podem não
acontecerem como tu planeaste. Mas mais tarde ou mais cedo se tiveres a vibrar no Amor
elas acontecem naturalmente.
Vamos deitar-nos todos os dias com a alma em paz?
Luis Baião
Progenitor Zen Family
Viajante e Explorador da Vida
[email protected]
60
Aos olhos dos viajantes...Marrocos
“Morrias de vertigens se
chegasses ao meu nível”
é a frase que levo daqui,
com uma das maiores
lições de toda a minha
vida!
Até um dia Deserto!
Bom dia mundo!
Próóóóxima paragem...
Foto de Sara Cruz
Viajante Zen Family
Merzouga
(Deserto Sahara)
29 de Abril de 2016
61
Em Amor, Somos Todos Um!
É COMO SE ALGO FALTASSE NA MINHA VIDA
Por certo já alguma vez sentiste o mesmo,
sentiste que a tua vida estava incompleta,
que faltava algo que te fizesse sentir realmente feliz, realmente parte do Universo,
realmente útil, realmente vivo.
Há anos, dizia para mim mesma:
“A vida não pode ser só isto!”, o vazio por
trás da vida “normal” aumentava a cada dia
e chegou a altura em que já não conseguia
sequer lidar com isso, era forte demais o
apelo à procura do meu EU, da minha essência, da minha missão.
Sou uma mulher feliz há muitos anos, embora a verdadeira noção de SER COMPLETA
só tenha surgido nos últimos quatro anos
da minha vida, desde que descobri a minha
missão e a assumi como directriz de vida.
62
Quando pensamos que a nossa vida está”encaminhada”, temos saúde, trabalho, família,
filhos, amigos, alguns bens ditos necessários
e essenciais como casa, carro, etc...julgamos, por vezes, que a vida já nos deu as
condições essenciais para sermos felizes e
a única coisa que temos que fazer é manter
essas mesmas condições e sermos felizes
para sempre.
Claro que temos sempre sonhos a realizar,
mas em termos de expectativas, muitos de
nós se darão por satisfeitos com estes feitos,
eles bastam para manter um resto de vida
rotineira, dentro da nossa zona de conforto,
com bem-estar, felicidade quanto-baste e de
preferência poucos sobressaltos!
E, quando afinal não é assim? Quando a vida
te diz através do teu subconsciente que não
chegaste sequer a meio do caminho para a
Felicidade, que não encontraste a tua missão, que isso não é vida!
Inicialmente tentas desvalorizar a voz da Intuição e segues o teu percurso habitual, aí os
sinais começam a ser mais evidentes, o vazio
que sentes no peito, a falta de algo que te
apaixone, a falta das borboletas na barriga,
a inércia de um dia igual ao outro, dia após
dia, mês após mês, ano após ano...fraquejas,
vais-te abaixo se nada fizeres.
Serás um guerreiro se enfrentares essa falta,
lutando por encontrar as respostas, que estão dentro de ti - estão sempre dentro de ti ou, por outro lado, vais deixar-te vencer pelo
negativismo, pela preguiça, pela vitimização
e seres mais um “sem rumo”.
Quando sentires que te falta algo na vida,
que ainda não encontraste a tua missão, a
felicidade, olha para dentro e observa-te,
faz-te perguntas, certamente que obterás
resultados e passarás à ação que te levará
ao caminho que pretendes percorrer.
A escolha é tua e as oportunidades estão
sempre a aparecer se estivermos atentos. Se
não levarmos a vida demasiado a sério, em
bem-estar, em gratidão, facilmente estamos
mais atentos ás pistas que ela nos dá para
descobrirmos o nosso caminho.
Sónia Ribeiro
Wellness Coach
www.soniaribeiro.eu
[email protected]
www.facebook.com/sonia.mm.ribeiro
63
Testemunhos
“Este fim de semana vim fazer um retiro. Que maravilha! Regresso com o coração cheio de amor.
Agradeço do fundo do coração à “Zen Family”, pela forma única como sabem receber. Ganhei uma
nova Familia.”
Fátima Lopes (Apresentadora)
“Ao longo dos meus 15 anos a dar aulas, sempre vivi com paixão, entrega e crença!
Obstáculos surgiram no caminho, mas as respostas como por magia, sempre conseguiram contornar esses mesmos obstáculos!Talvez nunca tenha percebido por que razão isso aconteceu. Mas
sim. As coisas boas acontecem porque algo de bom foi acontecendo.
É esse o caminho que quero seguir e quero partilhar!
O fim de semana foi mágico, pois alimentou sentimentos de paz, harmonia, crença, felicidade e
gratidão. Podermos sorrir, é fazer rir, sorrir e acima de tudo fazer acreditar! Quem sabe se um dia
não estamos todos a rir?!!
Obrigado por me terem feito rir e sorrir!
Paulo Isidro
“Olá Luís e familia! A minha experiência na Casa dos Sonhos, foi maravilhosa e memorável. A Casa
Dos Sonhos tem uma decoração de glamour e Zen. Nestes dias aprendi muita coisa e sentir novas
experiências. A caminhada na montanha e a experiência da meditação na ribeira foi uma sensação de libertação e desapego de muitas situações. A interacção do grupo foi fantástica a partilha
das situações. Uma das coisas que mais aprendi foi o “ dar” ( abrir o meu coração) e muito mais.
A familia da Casa dos sonhos, o Sr António e D. Vitália e a Daniela , transmitem um carinho sem
limites que nunca tinha sentido com ninguém.
Estou grata por estes dias fantástico, por todas as experiências vividas, por conhecer pessoas
inesquecíveis grupo e familia da Casa dos Sonhos.
Sonho com proximas experiências com A Zen Family, Beijinhos”
Paula Peixoto
“ “Neste mundo globalizado e tecnológico em que as pessoas vivem cada vez mais atrás de dispositivos móveis, vidas virtuais e sem expressão, cada vez mais solitárias, a Casa dos Sonhos e as
pessoas que lhe dão expressão, são um oásis que deve ser descoberto e preservado com o maior
carinho do mundo.
Este fim-de-semana fui presenteado com a graça de poder passar momentos inesquecíveis num
lugar mágico com pessoas magníficas que me proporcionaram momentos únicos, fazer novos
amigos e uma experiência alimentar, ambiental e espiritual fabulosa! Estou grato a todos pela forma simples e ao mesmo tempo grandiosa como me fizeram sentir parte da vossa grande família.
Conseguiram encher o meu coração de paz e amor, e fazer-me acreditar, de novo, que devemos
seguir os nossos sonhos, lutar por eles e tudo é possível desde que o desejemos com a motivação
certa. A energia que se viveu neste lugar mágico foi harmoniosa, conciliadora, curativa e permitiu
realinhar com o eu interior e com o universo. A partilha de experiências pessoais e o descobrir novas pessoas com tanto talento, foi sem qualquer sombra de dúvida um elixir potente de inspiração
para a procura de novos caminhos e vivências. Quero agradecer a todos, à aBioFamily pelas condições proporcionadas, pelo carinho e a alimentação fantástica, a disponibilidade, e por tratarem
tão bem de nós. Às inigualáveis meninas do Ki de Aveiro, Sara e Clara pela simpatia, carinho e
inspiração, pelo workshop e pela saborosa refeição que confecionaram para nós, ao João pela bela
demonstração e aplicação dos óleos essenciais, e a todos os amigos que participaram, partilharam
e ajudaram a fazer deste momento uma memória única e inesquecível. Bem-haja a todos!
Miguel Freitas
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Agenda Zen Family
MAIO 2016
• Viagens Internacionais: De 6 a 15 de Maio
Zen Family em Marrocos - ESGOTADO
• Workshop aBiofamily: 7 de Maio
Oficina Zen Porto - Últimas Inscrições
• Casa dos Sonhos: 13 a 15 de Maio
Corpus Sanus - Saúde Integral - ESGOTADO
• Workshops/Palestras: 18 a 22 de Maio
Zen Family e aBiofamily nos AÇORES - ESGOTADO
• Jantar Temático “Viagens da Comida Saudável”
26 de Maio no restaurante PÉ D’ARROZ
INSCRIÇÕES ABERTAS
• Caminhos de Santiago 29 de Maio
3ª Etapa: ESPOSENDE - VIANA CASTELO
INSCRIÇÕES ABERTAS
Mais informações consultem o nosso site:
WWW.ZENFAMILY.ORG
Por email: [email protected]
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EM BREVE
• ”Viagens da Comida Saudável”: 4 de Junho
Feira do livro Lisboa
Sessão de autógrafos com Daniela Ricardo
• Casa dos Sonhos: 10 de Junho
Encontro de Viajantes Marrocos
• Palestra / Apresentação Livro ”Viajens da Comida
Saudável”: 17 de Junho Viana do Castelo
Entrada Gratuita - Inscrições em Breve
• ”Pic-Nic Zen Family / aBiofamily”: 19 Junho
PORTO - Parque da Cidade
GRATUITO - Inscrições em Breve
• ”Viajar, Comer, Inspirar”: 25 e 26 de Junho
Fim-de-semana em Penela (Duecitânia Hotel)
Inscrições abrem a 2 de Maio
...E muito muito mais, estejam sempre atentos
ao nosso site e páginas do Facebook
www.facebook.com/zenfamilyproject
Viajamos não para escapar à vida,
mas para que a vida não nos escape
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Viagens com alma
re a Fluir...
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