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OUTUBRO DE 1879.
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V.
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II
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
Outuuro. 1879.
REVISTA INDUSTRIAL.
s \
{<
AGRICULTURA,
MINAS,
MANUFACTURAS,
NUMERO
DO
CONTEÚDO
MECHANICA,
MEIOS
DE
PARA
TFANSPORTE
COMMERCIO
OUTUBRO.
i'ii. íiiíi
•Semeadores " Albany." (IUustrado.)
A " Consolida Rugosa" do Caticaso
1'r.^lnn
97
A Eydropliobia curada com Curare
98
Pureza dAgua
9S
A Bananeira
9S
Agita para apagar Incêndios
As Minas de Laurium
Pareiras americanas na França
99
Tunnel do Monte-Branco
As Machinas agrícolas no Palácio da Industria
99
O Tunnel .Sutro
Remédio especifico contra a Poste do Gafe
E
.'
Cultura das Batatas
102
Utilisação do Pó de Serra nas Machinas a Vapor e
A Producção de Madeiras
102
Conservação das Madeiras
Salários agrícolas o Despezas de Vida nos Estados
103
10S
10,S
i()S
109
109
O Nikel
no
Telephonio Gower
112
A Vela electrica Jablochkoít'
102
como Estrume
108
112
Edison e a Luz electrica
112
A Economia na Illuminação a Gaz
113
A Poesia da Sciencia
114
jj.4
Unidos
103
Caldeiras de Vapor
Salários e Preços na França
104
Economia das Machinas a Vapor
Salários e Preços na Bélgica
104
Locação de Força-Motriz
O Tractado de Zooteclinia de M. Sanson
104
As Estradas dos Estados Unidos
Instituto Americano de New York
lÜü
A Tonelagem dos Navios
Maehina de fabricai! Gelo. (IUustrado.)
Coberta para Fardos de Algodão
100
O Zollvereiii
108
Aiiiiuncios
11({
no
117
ns
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120
O NOVO M UNDO
|)enoi_tco JUusíniuo
DE
Jr*olitica5
Publicado
Litteratura
e
mensalmente
York, Estados Uni|dos.
em New
Bellas-Artes,
PREÇO, 15^000 POR ANNO.
O. C JAMH9,
. AGENTE
XJsoriptorio,
GERAL
ISO
BRAZIL,
IFLiaci I>ir©ita" S3"o. 47, Rio
d© Janeiro.
OUTUIIKO, 1879.
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
111
A MACHINA DE COSTURA DA EPOCHA.
UTIISIIIOS PAIA lIITIgfAS
Para exutidSo e perfeição de seu trabalho não ha machina superior a
"3DO-M_BSTIO" DE OPERAÇÃO FÁCIL.
SAMUEL S. WHITE,
Nao fatiga.
ciildadosnmente
Nílo excita os Nervos.
fubrlcadn do
melhor material-, faz ponoto de
iaJRmmmmmmmmmmmm\mmmm\Wv^mnnmàa
dons pospontos; tom 11 .tensão
Precisa de pouco aj uste
automática que se regula a si
mesma e o tomador, com tup-
Produz
os melhores
Resultados.
*
portes conlcoK do aço e eixo
compensador.
Precisam-se de
Paz o menor .{anilho.
E' a Machina a mais
Fabricante, Importador e Negociante, por
Atacado e a Varejo, de todos os artigos
Empregados por Dentistas.
A Mnobina DOMI-.STIO 6
am hmj0/gfBÈZySmêM
Agentes
*'____!•; w_-f_M.--t^-^ii*_l_K__^HWr^.
em todas as Cidades.
Simples.
DIRIJAM-SE A
" DO-SIE»TIC '* SISWIING^
COMPANY,
3IACIIINIS
ESCRIPTORIO, BROAÜWAY & 14th STREET, NKW YORK, K. U. A.
BIBII0TH10A
PAIA TODOS.
Dentes de porcelana.—Um completo gortitnonto do todos os tamanhos o formas para toda
sorte de dentaduras artiiiciaes.
NHTiiuMENTOB Dentamos. -—ForcepB, Excavadores, Ghumbadorcs, Bruuidores, Brocas, etc.
Foi.iia de Oono e Estando.—Amálgamas e Oomposições para Chumbar.
Machina dentaria e Cuumbador automático de S. S. WHITE.
Mobília Dentauia.—-Cadeiras, Banquinhos de Operação, Escabellos, Descansos portatis para
a Cabeça, Susteutadores, Cuspideiros, Commodas, Estojos para Instrumentos, etc.
Ferramentas e Apparelhos Dentários.—Tornos, Vulcanizadores, Rodas de Corundo, Escovas
circnlares, Frascos, Molinetes, Tornilhos, Limas, etc.
Especialidades" para a Bocca.—Pós, Agnas, Massas e Sabões Dentrificios, Escovas para os
Dentes, etc.
Especialidades para Médicos.—Caixas de Instrumentos para Tirar, Seringas para Abscessos,
Seringas Hypodermicas, Espelhos Laryngaes, Algodão Absorvente, Papel Bibulo, e diversos outros artigos usados por Médicos e Cirurgiões.
PREPARAÇÕES PARA USO NO GABINETEELABORATÓRIO,
PREPARAÇÕES ANA TOMICAS,
LIVROS MÉDICOS E DENTÁRIOS.
Livraria-Editora e Agencia Litteraria.
Nesta casa compra-so e vende-se livros em qualquer ramo dos conhecimentos humanos;
redige annnncios, correspondências e artigos para jornaes ; traduz para o portuguez das
línguas franceza, ingleza, alemã, italiana e hespanhola ; mauda vir encommendas de livros e
jornaes da Europa e Estados Unidos; encarrega-se da impressão, distribuição e venda de
qualquer publicação ; publica por conta própria obras litterarias e principalmente
LIVROS ESCHOLAl\ES
dos quaes já tem uma collécção escolhida, nitidamente impressa, cuidadosamente revista c
elegantemente cartonada. Faz grandes abatimentos em porção. Remette livros e jornaes para
qualquer poneto do Império, acerescendo aos preços de seus catálogos 500 rs. por volume para
o porte registrado do correio.—Pedidos sempre endereçados a
SEPTENTA E DOUS PRÊMIOS MAIORES RECEBIDOS I
inclusive um de cada uma das grandes Exposições Universaes de Londres,
í\'ew York, Vienna,- Chile, Philadelphia e Ia e 2a de Pariz.
P
Catálogos em Hespanhol ou Inglez enviados livre de despeza a pedido.
A correspondência pode ser escripta em Portuguez, Francez, Inglez, Hespanhol ou Allemão.
Os pagamentos podem ser feitos por lettras de cambio sobre Londres ou Fariz, ou saques
sobre New York, Boston ou Philadelphia.
FABRICA E DEPOSITO PRINCIPAL
FELIX FERREIRA e Cia.,
Chestnut Street, Comer Twelftl\ Street,
ÍOO Rua de S. José, Rio ele Janeiro.
CAZ-CLOBO
I SALSAPARRILHA
J.
DE
PRIVILEGIADO
Pnra todo o Império. Por Decreto Np 5. 811).
•
PHILADELPHIA,
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PARA PURIFICAR O SANGUE.
ífc. TORRBY,
WORCESTER, Mass.. E. U. A.
_ff^**f*_H___«**_!_----W--f**********"***.J^nHl||||||||i
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or_ s,
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1IAKCA
UKGISTRADA.
A substancia empregada parn o fabrico do GazGlobo 6 n _S.ap_3.U_a com uqual enohe-se oroservatorio colloeado na parte exterior do Lámpeão; d'ulii
desce pnra o interior por um tubo munido de torneira e
na extremidade encontra-se o nppnrelho que peru o Gaz.
O processo para formar o Gaz-G-lobo 6 simples:
o calor dispõe o vazometro a receber a _Vn.plithn. (pie
em sua pastagem se converte em vapor, o ur ntmnsplierico entrando no nppnrelho por dous pequenos orificios, converte eBse vapor em um gnz egual, sinão sliperior no brilho e nn qualidade, no GAZ I)H CAKV..O.
A oliammn 6 regulada por uma torneira, situada na
extremidade superior do bico, que se gradfiaa capricho,
dando umn luz olnra, brilhante o intensa. Tím litro do
rVnplitha 6 sullieiente pnra 18 horas, dando uma
olinmmn da intensidade de 14 velas, podendo essa quantidade duiar mais tempo reduzindo-se a força da Íris.-'
LAMPEÕES, LANTERNAS de todas ns formas
pnra IlUAS,
JARDINS,
FAZENDAS,
OPFICINAS,
ESTAÇÕES DE ESTRADAS DE PERRO.
lista composição do nl
terntivos vegetaes, SulSapárrilha, Stillingia e
Mundvakc com [òuido.
de Potassa c Ferro <>íl-rece cura muito elficnz
para tiiiui série de docnçii.. ([lie são muito communs e funestas. Ella
purifica o sangue, ex*
pelle os maus humores
que solapam a saúde e
resolvem-se em moléstias perigosas. Erupções
cutâneas saotestemunhas exteriores de liiiiuores que devem ser expellidos do systema, equiiiido elles se àggregiim a algum orgniii, ouonlleeA Salsatam com moléstia ou o destróem.
PAiiuii.iiA de Ayhk expello esses íiiiuis humores,
que, uniu vez expellidos, cessam de produzir
moléstias taes como Ulceraçào lutpalica, gastrica, vou rivs e. pulmonar; Frupçòes e moléstias
eruptivas da pelle, Fogo de Saneio Antônio, Erysípela, Pimpolkos, Pústulas, Nascidas, Tumores,
Dartros. Feridas, Ulccras, lihenmatismo, _\V_rcügia, Dores nos ossos, Dores de Cabeça, Fraqüèza e Debilidade, Slerilidude feminil; Leucorréo, proveu iodo <lc ulceração bü óutvâ moléstia
ütèrínà, Jhjdropesia, JJyspepsia, Debilidade gèral.
'
,
Pr.
ÚNICOS POSSUIDORES
H. GUIMARÃES & SILVA,
24, Praça da Constituição.
1, RUA DO SACRAMENTO, 1.
RIO DE JANEIRO.
AQENTES NAS PROVÍNCIAS:
PARÁ
Mouriio, Perro Sc Co.
PERNAMBUCO Antônio José d'Azovedo
BAHIA
Fnbien Sc Cia.
S. PAULO
OURO-PRETO F. C. Soares da Silva.
í.»: ?, o _D«; «_"*
\ J°s6 do L|V Siprra Per eira
BARRA-MANSA )
CORITIBA
J. J. da Costa Silva.
MACAHÉ
S. Gonçalves da Silva.
CAMPOS
J- Beal & Co.
PELO
Hl I yjj»*ij*-_--—'p,i,i fr, ,.,,
f. p. /yer ^ po,,
OsMagriificos Paquetes a Vapor dn
WHITE
ST AR
LINE,
Portaaores
das ninliis dos Estados
Unidos,
largam de New York
tod:is ns semanas.
Passagem de Ré
S80 em ouro.
"
.
de Proa aos preços mais baixos^
Os principaes paquetes entre New York e Liver
pool são:
GERMANIC,
BRITANNIO,
BALTipi 0ELTI0, ADRIATIC,
I INHA
Agentes geraes no Brazil.
'v
Combinação nílo Kxplòsiva privilegiada
de West.
FOGAO-LAMíPEAo,
-_
I I.ll !.ll>ll TKIJ.!. CO.,
334 Bowery, N. Y., e 1,315 Chestnut Street, Philadoiphía, -eom suas
B^TmuMJHj^ Fundas o seu Remédio para Quebrabrndura, cura Quebradura em :10 a 1)0
dias, o ollerece mil dollars para um
caso que não possa curar. Dona C. A.
M. Bui.niiajÍ, A. M., M.D., tem a eereunia da Secção para Senhoras. Exames são uraluiins.
Mannoni 10 centavos a qualquer dos esòrlptorlòs parn
Livro desoriptivo.
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I-IVOEIVIIAKIA Cl Vil. lí iTIECHAlVICA, no liiHiiiuio Viilyti-clmico «ic ¦{«'¦¦_mcIiVci-, «íiii Troy, IV. V. A mais antiga eschola de
engenharia nos Estados Unidos. A próxima sessão
principia a 18 de .Septembro. O Registro paru 1879
cõmtétri a lista dos que. durante os SA annos ultimo pnssados, nella tomaram grau, com os empregos que agora
lambem o curso dos estudos, condições, despezas,
>lrijam-se a WJI, H. YCUNG, Tetas.
otc. Dl
_^B_E5______:.
f*.|.ltl
I ¦ > •. » 1^-1-11
=o_
DE
VAPORES
ENTRE
OS
ESTADOS UNIDOS E O URA ZIL.,
Para St. Tliomas, Pará, Pernambuco, Pio de Janeiro,
fazendo corínexão em St. Thotnas com os vapores para
Porto Rié.o, Jamaica e as ilhas o pai/.es vizinhos.
O novo vapor de torro do primeira classo,
Oity oi Rio cie «Taneiro,
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Este Fogão trabalha perfeitamente e 6 muito superior
n qualquer outro, sejn fabricado onde for. E' econômico,
absolutamente seguro,e desatla-se que outros do mesmo
preço lhe façam concurrennin. Pode Ber visto em operação em casa de H. A. GRUHKR, 95 Rua do Hospício,
Rio de Janeiro, onde se podem obter circularei illustradas e listas de preços
Commandante WEIR,
saliira para os portos snpra-niencior.ados no sábado*
4 d» Outubro as 6 horas da tarde.
Kecebe carga até o dia 4 na Rooerfs Dock, de
mas s6 com ordem do escriptorio om New
Brooklyn,
'
York.
Tara os que o quizerem nós mesmos nos encarregaremos du eftectuar o seguro sobre os gêneros remettidos.
Vendem-se bilhetes de passagem para todos os portes
alcançados pelos vapores intercoloniaes da Companhia
Real, e para Montevlueo e Buenos Aj-res.
O frete 6 preciso pagar adiantado. Para frete ou
passagem, havendo accommodaçõos elegantes para pas
sageiros, dirijam-se a
C. U. M^LJLT.OIR.V ST CO.,
Escriptorio,
New Vork.
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Pier 20, E. Ri, perto do Ferri Fulton
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Hlustrado com 150 gravuras.
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W. R. CASSELLS & CIA.
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os afnínados auetores americanos, ingleses e franceses
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
IV
3 Melhor Remédio Casjiro do Século.
FABRICADO POR PERRY DAVIS &
t
S0N,|
PAIN KILLER.
OUTUHRO,
1879.
Usado Interna e Externamente.
PROVIDENCE, R. I.. E. U. A.
LMe remédio ko «lovu Ut mrjijiro á inflo, porcino poii|>iir-vo«-_in luuitrjn iliiut de dooiiçi», muito tempo e muito dinheiro. O Pain-Killer 6 iifçora conhecido e ei tinindo em toda parte do mundo. Os
Módicos o reconimundom em huiw receitim. o todtw iin cIiikm* tltt sociedade teem iiibndo nello allivio o consolo, fíiça-se com ella uma experiência.
¦"
"'"'
¦-'''•
¦•¦
.......
...
..
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--jft8qUe
&'" |,rupin,vii,i|,,m,ujcuiu
Tcguuu que «e poiie ier o usar sem ucnniim perigo cm qualquer
família. Sendo muito simples o morto tio nsal-o, muito grande o numero dns diversas doem
ello cura radicalmente, o também muito grande a somma do dorea o sofifrfmentos
valioso
sempre
e
remédio
n 111 So.
deste
com
elle
i-or
é
olirign<;ilo
nlliviuda.
do
todos
Bupprir-se
guardai-o
que
ê Pain-Killer é o remédio mais certo para o Cholera que a sciencia medica jnmtiispode
produziu. - Pain-Killer, como remédio para a Diarrbea o a Dysouterin, raras vezes, ou nunca. falha.
Pain-Killer cura Caimbnu qn Dores em qualquer parto do corpo. Uma só doso geralmente effectúa uma oura.—Pain-Killer tem-se provado ser ltemedio soberano para Sezões o Maleitas,
d tem curado casos os mais rebelde* - Pain-Killer como lcçSo é «em egual pnra Mordcditras, Queimaduras, Feridas, Machncadurn«, Torceduras, ttc.—Pain-Killer tem curado cases de
Rboumntwnio e do Novmlgià 11110 já haviam durado uiiiiof.- - Pain-Klllor destrnini
depois da primeira
Pannricios.
UnheiroH.
nntiDos. etc. dando nllivio inimediato
.
...._....._.
.
, Cliaons
_Anoatoiimn.
applica'fio.—Pain-Killer cura Don* da Cabeça o dos Dentes. -Cuidado couta» Imitações n'l<\dsijic<tções.--\c\\i\->ie ú venda'em todas a» Drogarias e Pbarmacias.
W. J.
WILCOX
<fc CO.,
41 Broad Street, New York.
BANHA DE PORCO DE PRIMEIRA QUALIDADE,
Preparada para Exportação pára todos os Paizes.
vS3B^Hv_^v^^«8»^ Jrfm\W Wmr^KI
A. F A M A. D _k
E 31
X O 13 O
IUi-mU-u o maior Prêmio aubro tuUol „a oonourrentea o a unlca Medalha <le Ouro
i,'M.ilnii4ilr. „ Kii|K,rlorliiiuIi> <l« »en Preparo pnrn Kxporiatjtlo.
O
nu
MUNDO.
Bxpoílçao do Pari/,
A. ERKENBRECHER,
ESTABELECIDO
01n.olxxü«,ti, Oliio, E. XJ.
Esto protjucío lindo do pureza iucotnparavel 6 muito
saudável, delicioso o econômico, e d superior a outro
qualquer fubá ou fur.rim de milho.
MAIZÍLLA ifiOUNfCÒ P1ÍODÜCTÕ
deste gcucro quo 6 usado o
APIT.OVADO PELOS .MELHORES COSiNHEIRO'S DA FltAKí;.\,
e esses dizem còhl olla seus
CELElfrtES PRATOS UE SOBREMEZÁ.
Os St 8 II. A. Grúbcr, dó Rio de Janeiro; P.QHvícrl,
da Bahia; Dò 1.nulificar o Cia., dó PcrnanibuCòj e Alincida o Kiiilho, dò Parti, darilo nino trás enituitiuiicuto o accclttirAo oncomtnoudas.
Mai2silla.
REMÉDIOS CASEIROS, DE IIECHT.
iXLrvrope cio llcclit, parn Group
Ki4i» remédio tom talado perante o pnbllou ilttmnta vinte nnnm ma quantidade! limita Ias, ò fi agora oITareoUlo t«íto pntx em uniu f.innu nova •• ninli olojçnir.o, K' fiiill de tomar, elllcnz o inulio ouldadòsamont a
preparado, "ml,' k oonlioolüo 6 roconhooldo oomo preventivo oarto do oronp. Pur lun anjiio particular o
ln«tnbrnna falta (quão n criiiío do oronp) nfto ío pude formar, <ni 6 dltaulvida e retnuvlda l»;,'» rçi, - ae forma.
Ao meimo tempo ,>* forroe «Ia garganta o dai iiii.«saif»'is pani o ar silo uliradò» >¦ roataurndiM fi mi» condtçilo
natural. Pnrn convenoer w queduvldarom dUso renro-ug a \V. it. O-uiUl, E»q , advnirado om Xnvark, X. J.;
Mídor O. it. Oygér, E«q., Ilomeworlli. t,lii>>; Ilürlwrt Thoranai Oulnmbla, I'a.; W. II. Ulxlor. Ksq., litwlon
Paiiy Kxpreui \V. W. Cnttlnglinm, V.»i\., Hnpt. dim Ksoholaí Publica» om Báaton, Pa.; Aaron Wllliolm. Kn,|..
Itcndlng, l'»., «• multoa outroj oujna riirtii» onglnaei «•stân om nilnliai mtlog, daado losioniunbo it *en gucoeMo
em luaj lamlltat retpoflUva*, o ao *«u valor. Alérfi deuei podia monclonnr (;. Lairnll >v Son, H)n»ton, Pu.;
9. 8,, su»vr»«. Readlng, Pa.; U. A, nermllucli, Lnneníler, Pa. drogulutm, quo venileonni grnudu quniitidDdci
delle >* inanlfcstnrani quo Ünhnm nôllo muita oouflnnçn. K fallo segundo a prosurlnoão dò um médico culobro,
„ tpdos i>* quo iiinliiTiMii mui coniposlçfio o louvam multo. Não roíní-.n „plato, nem veneno nem mineral do
qunlqncr lort,, ,|ii« M-jn o po,l„ «or dado com conflanga fi crinni^, mais tonrn.
<> Untjuanto de^Ainbar, do 11,'flit,
K.o rvsiiliudi, do eatudo iMiidiiiloüo paru combinar »k innterlaoii mala elUcaroj em sita forma .mais coticeoimita, para uío òxlortio. Para nuo um iinguouto ,„ja útil i: proolio quo opere rnpliluinonto, e p',r ligo fi liecéimrlo queáojn/«•/<._ Btto reoieulò õllivia ora noncci mlnutoi us dorei ni mnii violentai; ao
amo tempo 6
liio|x,. ó uma »„lo(,í,o perfeita o Inteiramente laolToiiilvo, .SA quando io qiter ãpplical-ò a graúdoi siiperlicioi
cortndai e plliidai u ponolodeicrom prlvndiis da n«ll,< *<•:& nooomarlo miniinal-o com um pouco ,!>• ulho doce
pam alinimliir tun ai'i;âo. X"i„ oonlfim veneno (aiiMii de Iduúol <> cumpluiri.) Não bu nanliuin perigo bin usal-o.
Pnra „ lituoimaii.uio a Novmiiria. Mal <la Qàrganta, e qunciquor dorea fi nppltcailo extornamente; Para Dòr
d» Dentèé utn pouco ,!<• ntgmlão hnmédecldo com ãlgumai goltaa do ungtiento o eòltocado no douto, fomoutando
com etiis lambem a Diee, •¦& ulllrio imincdlato.
Xuropc tle- lluelit, pura Lombrigás,
¥.' •> molbor rémodlo jamai> preparado paru Oombrlgiii » Aarfirldaa. B' ,> uni™ Xnropo Vogotal pura Lpmbrlgàt Jámala oompoilo que nttaon, doittoo e axnçllo Mm ai casias d,'.«s,'H parasita», oaeu goato iigrndavol o
lornft «rtperlór» totlós oi pitHluotoa nnuaontlvoa aifi n^orn voadldoi. B* o unloo vermifugo puramente vegetal
ipu, o.Tp.dl,, a* .ii,-,i,í(/(i* que pròduiem uma coinloliflo blo Insuppprtavel,
tona falha. TihIo» entoa reiiiodloa
mo prapnnidoi iinlcumcntejkir
O. E. III<:eiIrr.
Easton, I»».,
l)ro<juista, (com mais de 30 annos de experiência.)
ÊÊW*lmmu\m\
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\_^_/ _P54C^Cl^^# ^trJmmmW
CRISTADORO,
PARA T1NUIRO CABELLO, A BARBA
OS BIGODES.
York,
No. 68 Maiden
Lane.
A.. I_. <lo $}. OitiiipiMtii, agente.
Kio «I«í .JniM-iro.
THOMAS NORTON & Co.,
NEGOCIANTES DE COMMISSOES.
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^^PrSB^PHB&BHHS__S^
ENTUE
NEW YORK, PERNAMBUCO,
E RIO DE JANEIRO.
VERMIFUGQ DEBA.FAHNESTOCK
0 tii,i(o remédio < ffici ¦ •/. pina linibiignscrii ciiançnse adultos. Falta de iippctitc alternando
com um exceseo delle, gpiriho tícsEOcegndOj gemidos o ranger dos dentes durante o sotnno, são
ndiciof dn j resçnça de lòmbiigas, e as crianças estão muitas vezes pallidas ü de inau liúmrr só
jior esse mesmo motivo.
Note-se em particular que os iniciaes são »li. A.," pura impedir assim que o remédio legitimo
seja substituído por imitações baratas e mcfllçazcs.
Acha-se ã venda em todas as Pharmacias e Boticas.
REVISTA INDUSTRIAL
I JL Ij U S T B A D A .
Agricultura, Minas, Manufacturas, Artes Meclianicas, Meios de Transportes e Commercio.
Esta publicarão saiu: á luz mensalmente em New York, Estados
Unidos, em números de ,'3G paginas impressas, contendo á mais
variada matéria, de utilidade practica para todos os que se oecupam
com o progresso material do Brazil.
" Esta revista eqüivale a uma bibliotheca
para o negociante, lavrador, engenheiro, fabricante, para todos os que directa ou inditectamente se interessam
pelo desenvolvimento da industria e riqueza do paiz, e com a vantagem de
mencionar as conquistas da actividade humana, realisadas no velho e novo
mundo, as descobertas mais interessantes em relação ao Brazil.
Residindo no paiz que mais ama e honra ao trabalho, onde as descobertas
suecedem-se rapidamente, onde mais se escreve sob/e cousas úteis a humanidade, o Sr. Dr. Rodrigues tem todas as proporções para enriquecer a. Revista,
como tem feito até agora o seu Novo Afundo, dando as mais proveitosas noticias, que só com grande despendio de tempo e dinheiro se obtém em livros
especiaes, quasi sempre raros em nosso mercado.
Convencido da grande utilidade da Revista Industrial, recommendamos a
sua leitura a nossos concidadãos, como a melhor e mais abundante fonte de
instrucção epie é possiver obtermos a troco do menor srterificio pecuniaiio.
S.
COUTINHO."
[Do /ornai do Commcrcio de 16 de Sept. 1877.]
Assigna-se por 15$
_
BAHIA
N° 82, Wall Street,
NEW YORK, E. U. A.
1829.
A Revista Industrial remedeia este grande mal jninsitrando variados e proE veitosos conhecimentos a todas as classes, mediante uma pequena retribuição
Bata grande doapoberta ohlniica ocoupa o primeiro logar entre todas
as pro|>nniçõca pnra tingir o cabello. Só fi proclao oxporlmoiitnln pura
raoonheoer-th.e a auporioridiido cpio possue aobre quantua tlnctna se oITorrcoiu no publico para ó Importante fim ,!<• dar no cnbollo uma côr formosa JA picta como o àoevloho, jft Dn oaatanbo, om suna divertiu nuançns B* a única llnota initaiitanoii, infnllivol o funil om aeu emprego.
Vendo-ao «m tmliia ua botiena e lojna do perfumarlni.— Kabrlcn-ae em
Nova
EM
Entre nós, onde os livros são carrissimos, torna-se difficil o estudo de qualtpier matéria, sendo quasi vedado para quem não dispõe de meios em abundancia.
TINOTA INIMITATKIi
de JOSÉ
om 1878, i«ela Uniformidade na Côr o
O.
por anno em-todíis as Agencias do
NOVO MUNDO.
C. JAMES, Agente geral.
41 Una Direita.
"RIO HDE
j_í_.nsrEipto.
^jfe
Ettttrtd according to Act of Congress, in tht Ytar 187a, by J. C. Rodriguhs, im tht OJfie* 0/ tht Librarian of Congress, at Washington.
NEW YORK, OUTUBRO DE 1879.
VOL. IX.
O EDIFÍCIO DO CL UB " UNION LEAGUE."
Este magnífico edificio, que ora estão construindo
cm New York, na melhor localidade da cidade para
uma casa desse gênero, é uma das mais espaçosas
casas de club no mundo. Não carecerá ella de cousa
alguma que ajuncte ao bem-estar dos membros do
club.
O edificio, que como se ve na gravura, que foi
feita dos desenhos dos architectos, occupa uma
esquina, tem 84 pés na celebre e rica 5* Avenida, e
152 pés na Rua 39a, isto é tem 126 sobre 22S palmos.
As duas frentes são de tijollo bem acabado, de Phidelphia, com decorações de pedra-escura e de barro
moldado. O desenho geral é clássico mas tractado
com muita liberdade.
Na entrada, na Rua 39a, achamos um gruppo de
quatro columnas grandes, que galgam o 20 e 3" andares. Subindo os poucos degraus, o visitante depara com salões de recepção a esquerda e direita, o
escriptorio do club e os elevadores, qualquer dos
quaes o levará aos andares superiores. Mais ao fundo
acham-se a sala dos jornaes, a de leitura, os bilhares,
o caft', lavatorios, etc, e também um grande saguão
onde começa a escadaria para os andares superiores.
No patamar ha uma immensa janella de vidros de
cores, ricamente ornamentada.
O segundo andar consiste de uma serie de muitas
salas de palestra, de uma bibliotheca ricamente decorada, de uma galleria de bellas artes, e de um salão
que pôde servir para grandes reuniões. A galleria
tem escada especial para a rua, de modo que em
estações próprias o publico é ali admittido sem incommodar os membros do Club. A galleria recebe
toda a luz do tecto, o edifício formando ahi unia
espécie de pateo.
Todo o terceiro andar comp3e-se de quartos e
saletas, alguns dos quaes são alugados a membros do
estabelecimento. O grande salão de jantar occupa
o quarto andar. Tem 45 palmos de pé-direito e sua
decoração é o que ha de rico e de bom-gòsto. Ao
lado do grande salão, ha talvez uma dúzia de salas
menores para partidas de jantar. No andar superior
estão as cosinhas e as accomodações para os criados.
Com os modernos elevadores não ha sinão toda a
vantagem em ter-se a cosinha no andar superior, e
N°106
desse modo se evita o cheiro da comida por toda
casa, que é um dos males dos hotéis em geral. Além
disso, como grande parte dos incêndios provêm das
cosinhas, estando estas nos andares superiores, os
edifícios ficam mais protegidos de completa destruição em caso de fogo.
O Club V Union League " foi organisado em 1863.
O numero de seus membros é limitado a 1,500, e está
completo ha bastante tempo.
Os architectos do edificio são Messrs. Peabody &
Stearns, de Boston, Mass.
New York tem muitos clubs de importância, entre
elles o Union Club, o Knickerboker. o New York, o
Manhattan, o Century, o Lotus e ultimamente o
Uniyersity que, si bem que moderno, é um dos melhores e mais prósperos. Este só admitte como menibros pessoas formadas em alguma faculdade, e cada
um dos outros cltlbs tem seu characteristico especial.
Todos teem casas bastante amplas, e mesa barata e
excellente. O Union League foi fundado logo depois
de ter rebentado a guerra civil, e ainda hoje tem
certo character político.
*é.
"UNION LEAGUE," NA
5a AVENIDA E RUA 39".
NEW YORK:—O NOVO EDIFÍCIO DO CLUB
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"¦*¦¦.
i'%.
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
22Ó
New York, i° de Outubro.
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EUROPA acha-se naturalmente muito agitada
A com a visita de Bismarck ao chanceller do viSÍnho império do centro do continente, e com a alliança defensiva que se di/. terem feito. Esta alliança
é uma das melhores garantias de paz (pie temos visto
ultimamente e nào é diflicil mostrar como resultarão
dahi tantos benefícios á Europa, apezar de ter sido
dictada apenas pelo interesse egoísta das duas
partes,
A situação da Russia, de um lado, não tem podido
deixar de causar sérias apprehensr.es a ambos os
impérios. A mania do panslavismo, que de Moscow
se propaga por toda a Russia, torna-se cada dia mais
aguda. O ai mal Czar é sem duvida amigo do Imperador da Allemanha e emquanto viver não consentira jamais na ruptura das cordiaes relações que
agora existem entre os dous impérios. A sua vida,
porém, é bastante precária. Xo seu paiz fermenta
uma vasta revolução e o Czar é obrigado a manter
um reinado de terror (pie é impossível dure muito
tempo. Entretanto, o Príncipe imperial, herdeiro
do throno, não mostra a menor reserva na communicação de sua antipathia e ódio pela Allemanha e
não
pessoalmente por Bismarck. Morto seu pai, .pie
ordinárias
haveria em circumstancias
política
melhor servisse aos seus interesses dynasticos do que
a declaração de uma guerra á Allemanha ou á Austria. A km de ser uma guerra eminentemente popular, ella distrahiria os espíritos descontentes e daria
ao novo Czar a ópportuhidade nílo só de temperar o
terror de suas medidas*repressivas do nihilismo,
como também lhe daria uma extensão de poder absoluto;—isto 6,—com a victoria (pie porventura ganbasse elle poderia illudir por mais algum tempo o
bem fundado desejo de reformas, em sentido liberal
e constitucional, que até os Russos mais moderados
desejam.
Com a Áustria acontece a mesma cousa, acerescenclo que a oecupação da Hosnia pelo Império tem
sido como um espinho cravado á ilharga da Russia.
Considerando estas contingências, pois, não é de
admirar que os dous Impérios tenham chegado a
um accordo pelo qual farão causa commum no caso
de attaque externo. Bismarck mesmo não poderia
deixar de ser inflüido em parte por um receio vago
de alliança entre a Republica franceza e a Russia : a
Vrança, si bem que ein mãos moderadas, pode amanhan cahir sob as ganas, si não das águias napoleonicas, ao menos de republicanos exaltados que,
para
'Alsaciase fazerem populares, levantem o brado de
em 1870 o impostor de Sédan levanLorena," como
"
tara <> de Berlim."
Mas a alliança, como dissemos, equilibra a Europa e fortifica os interesses da paz. Si agora Bismarck propuzesse um desarmamento geral pelo menos por dous annos, o mundo olvidaria muitos de
seus erros e lhe seria devedor de um largo passo no
verdadeiro caminho da civilização, fraternidade c
Christianismo.
O Professor Martens, que é advogado ou cônsullor da secretaria de estrangeiros cm São Petersburgo,
" Inglapublicou ha pouco um folheto intitulado a
terra e a Russia na Ásia Central," em que diz que
entre essas Potências ha um accordo segundo o qual
o Afganistào deve sempre ficar território neutro
entre as respectivas possessões dellas na Ásia. A
esse
já infringiu
Inglaterra, porem, di/ o Professor,
" no
" Residência
uma
Cabul,
accordo estabelecendo
fazendo um tractado com o Kan Yakooii, etc, e,
mais cedo ou mais tarde será obrigada a conquistar
c annexar o paiz, de modo que as duas grandes potencias ficarão limitropbes. O auetor não vê nisto
assumpto para novos receios de complicações ; ao
contrario, cré (pie essa annexão marcará nova era, de
cooperação cordial entre os dous paizes. Elle acerescenta que uma guerra entre a Russia e a Inglaterra
só resultaria em volta ao mais completo barbarismo
das nações asiáticas : nenhuma daquellas potências
ganharia com isso: si a Russia, victoriosa, conquistasse a Índia, ella não poderia governal-a e a victoria lhe íseria fatal. Si a Russia fosse derrotada e
forçada a recuar além da Sibéria, a Inglaterra só
teria conseguido essa victoria com o auxilio dos
chefes locaes, e estes, c não a Inglaterra, seriam os
únicos que ganhariam com isso. O pamphlcto do
Professor Martkns tem causado muita impressão na
Europa e (pie exprime a opinião offieial não ha duvida, pois elle faz uso de alguns documentos diplomaticos, ainda não publicados até agora e que só
poderia ter obtido com o consentimento do Governo
de São Petersburgo.
Outubro,
1879.
Os negócios internos da Romelia Oriental estão
começando a attrahir muita attençflo das grandes
potências. O Pachá Ai.f.ko tem resistido, quanto é
possível, a todas as ordens da Porta, e o partido nacional, (pie quer a independência absoluta da Principai idade, está ganhando completa ascendência, como
não era difficil de se prever. Esse é um dos fruetos
"
da tal " Paz com honra do theatral BSeaconsfield.
A' vista de tudo isto não é de admirar que (pieiram outros climas e melhores ares. • A commissão,
agora cm Washington, também se queixa que os
brancos desanimam a educação publica da gente de
côr. As escholas só estão abertas trez e quatro mezes no anno e os professores que ha poucos annos
ganhavam $60 por mez estão agora reduzidos a §15
e até á §10.
?
O território dos Zulús Vai ser retalhado e dado a
muitos dos chefes guerreiros, alguns dos quaes pertencem a famílias antigas que foram subjugadas pelos Zulús. Cetywaio, capturado, fica, ao entrarmos
para o prelo, á disposição da Rainha Victoria em
Cape Town. O novo modo de vida naquellas paradesta
gens da África está marcado pelos Inglezes
maneira:—Em cada território haverá um "Residenle" ou representante do Governo inglez. O chefe
não pode absolutamente importar ou comprar armas
de fogo: não pode receber mercadorias por mar i. e.
só pode recebel-as de Inglezes do Cabo ; não pode
declarar guerra sem licença do Residente. Pica inteíramente prohibida a venda ou cessão de territorio, por qualquer titulo que seja, mesmo a missionarios e para fins de charidade.
TELEGRAPHOS OCEÂNICOS.
OS NEGROS NO SUL.
PARTIDO Republicano dos Estados Unidos
0 procura sempre provar que si o partido Democrata vier a ganhar ascendência total na política, o
negro no Sul não terá sinão uma liberdade illusoria.
N"uma epocha, pois, de eleições, como a actual, é
mui commum ler-se nas folhas republicanas muitos
factos de nial-faeto de negros, e até de horrores
practicados em brancos, nos Estados do Sul que
outr'ora mantinham a escravidão. Dando, porém,
todo o desconto ás exaggerações próprias das luetas
políticas, a verdade é que a posição do negro no Sul,
não sendo de modo algum tão precária como a pinetam, não é todavia o (pie devia ser. Deixando de
ladj o que se refere á posição política delle, e considerando apenas o papel industrial do liberto. pre-t
cisamos admittir que si não é geralmente mau, em]
algumas localidades do Sul mal varia do do escravo.
Ha poucos dias chegou a Washington uma commissão de negros representando cento e sessenta e trez
pessoas respeitáveis de sua raça, na Çarolina do
Norte,—a máxima jíarte tendo familia de cinco a
dez indivíduos—(pie pedem auxilio á "Sociedade
Promotora da Emigração" para se retirarem daquelle
Estado, onde seu presente é péssimo e sem esperança
de melhora no futuro. Elles se queixam que algumas das leis, (pie a legislatura democrática promulgou recentemente, os reduzem á condição servil.
Entre elles citam duas que em verdade nós no Brazil
poderemos avaliar bem como na execução jungem o
emancipado a pêas em nada menos leves que as da
própria escravidão. Segundo uma dellas, a Common
road laiti, todo o varão de iS a 45 annos é obrigado
a dar annualmente dez dias de trabalho, pelo menos,
e tantos quantos forem fixados pelos County Supervisors, ao condado em que residir. Ora, é fácil ver que
os taes supervisora sendo quasi todos brancos, sobre
o negro recáe quasi todo esse imposto de trabalho,
pelo qual de ordinário não recebem a menor remuneração. E' fácil comprehender quão árduo não é
essa lei para os pobres trabalhadores que vivem do
que ganham de dia para dia. A outra lei é a Landlord and tenant act,—a lei dos senhorios e inquilinos.
N'um de seus artigos cila prohibe ao inquilino que
elle disponha de qualquer porção de suas colheitas
antes de pagar o arrendamento,—nem até poderá
dispor delia para o próprio consumo doméstico.
Acontece, pois, que 0 pobre locatário ás vezes solíre
fome quando já tem recolhido uma terça parte dos
produetos da terra. Elle precisa, pois, de adiantamentos,—e adiantamentos com essa gente querem
dizer o mais desalmado roubo.
Nesse Estado da Caroliua. pelo menos na secção
donde viéramos agentes dessas famílias que querem
emigrar, os negros trabalhadores a jornal ganham
seis dollars ou 12$ por mez, o locador de seus serviços fornecendo-lhes além disso quatro libras de carne
de porco ou toucinho por semana, e alguma farinha
de milho, além de casa. Si o trabalhador tem familia, tem de süstental-aá sua custa ou com o trabalho
addicional de seus membros. Pequeno como já seja
esse salário de seis dollars, é raro ser elle pago de
contado: o locader emitte vales que circulam nas
vendas com o desconto de 25 por cento. 0 locador
de seis cm seis mezes resgata esses vales com o desconto de 10 por cento, de modo que o retalhador
ganha nisso 15 por cento, e o locador 10 por cento;
mas o pobre negro perde 25 por cento. Além disso
é preciso notar (pie tudo de que se supprém os negros é pôr elles comprado a preços exorbitantes.
EUés nunca teem dinheiro: e si perdem o emprego
e procuram outro podem ser presos segundo a lei da
Vagabundagem,
A 10 de Março do corrente anno de 1S79, foi devidámente celebrado, nesta cidade de New York, o
25o anniversario da fundação da primeira companíiia que emprehendeu e realiscu a collocação de
um cabo transtlantico.
O iniciador dessa grande empreza, o illustre Cvitus
\V. Fièld, pronunciou nesta solemnidáde um discurso, que vamos transcrever nas paginas do Novo
Mundo, porque dá um exeelleute resumo da origem
e dos progressos, que ha feito a telegraphia oceânica :
Concidadãos e Amigos ! Ha exactamente 25 annos,
nesta mesma casa, nesta sala, nesta mesa, e nesta
hora, que assignou-se o contracto para organisação
da companhia do telegrapho entre New York, a
Terra Nova e-Londres, a primeira que se organisou
com o fnr. de collocar um cabo transatlântico.
Foi esse contracto assignado por cinco pessoas :
quatro dellas:—Peter Cooter, Moses Tavlor,
Makshal O. Roherts e eu—acham-se presentes; o
quinto Mr. Chandi.f.r Whjté morreu dous annos
depois, e seu logar foi oecupado por Wilson G.
IIünt, (pie também está presente.
Devo dizer em honra de meus associados, que sustentaram essa empreza corajosamente por doze longos
annos luetando com difficuldades que só elles sabem!
Nem outra cousa era de esperar de homens de sua
elevada posição e de seu bello character !
Ãquelles, que boje applaudem o bom êxito de
nosso commettimento, mal sabem quantos esforços
elle custou ! As contrariedades seguiam-se umas ás
outras, como si quizessem pór á prova a energia do
nosso animo. Poucas pessoas estranhas nos auxiliaram, porque quasi ninguém tinha fé em nossa empreza.
No emtanto nenhum de nós desertou do seu posto;
todos o guardaram até o fim.
Está aqui também meu irmão DÜDLÈY, que, como
advogado da companhia, esteve presente na assignatura do contracto. e foi commigo e Mr. White na
semana seguinte para Terra Nova, afim de obter o
Decreto do seu Governo; conservou-se também sempre nosso advogado e conselheiro durante todos
esses annos de lucta e de anciedade, em que parecia
muito duvidoso o êxito da empreza.
Na cidade de St. John's na Terra Nova, a primeira
pessoa que nos recebeu e nos auxiliou em obter o
Decreto, foi Mr. Edward M. Archiuai.d, então primeiro ministro da Terra-Nova, e agora, desde mais
de vinte annos, cônsul da Inglaterra aqui em New
York, também presente neste festim. Devemos,
pois, render graças a Deus por nos haver permittido ver completa a obra que emprehendemos, e
poder hoje, no fim de um quarto de seeulo, contemplar maravilhados trabalhos análogos em outras partes
do mundo.
Nossa pequena companhia nasceu apenas algumas
semanas antes da Western Union Telegráph Company,
que também possue títulos para tomar parte em
nosso festejo, e graciosamente mandou ligar um lio
telegraphico á esta sala, por meio do qual podemos
communicar, esta noite, com todas as cidades e villas
dos Estados Unidos, desde o Atlântico até o Pacifico, e, por meio dos nossos cabos submarinos, com a
Europa, Ásia, África, Austrália, Nova Zelândia, Antilhas e America do Sul.
Ao passo que nossa pequena companhia foi apenas
ferida uma vez pela morte, muito difTerente sorte
coube á Atlantic Telegráph Company, que formou-se
em Londres cm 1S56, com o fim de estender nosso
cabo pelo Atlântico. Principiaram cem trinta Diréctores, dezoito Inglezes e doze Americanos ; de
todos elles só resta um; vinte e nove ou morreram ou
retiraram-se da Directoria ; só eu continuo na posição primitiva.
Muitos dos grandes homens da sciencia, de ambas
as margens do Atlântico, dignos de serem lembrados
neste momento solèmne, porque nos inspiraram com
seu saber e com seu enthusiasmo, já se foram deste
mundo. Perdemos Bache, que levantou toda a
linha do littoral americano ; Maurv, o primeiro a
ensinar como se abre caminho atravez das profundidades do Oceano ; Berry.man, que fez a sondagem
atravessando o Atlântico; o grande Morse e, por
ultimo, o não menos illustre Henry.
Do outro lado do Oceano perdemos homens que
trabalharam tanto quanto quaesquer outros da presente geração, no engrandecimento da Inglaterra:—
Faradav e Wheatstone; Siepiienson e Brunel.
A todos elles devemos inestimáveis conselhos, dados
sempre graciosamente, recusando qualquer compen-
«í
OUTUBRO, 1879.
sàção, só pelo interesse que tomavam pela solução
desse grande problema de sciencia e de alta-engen liaria.
E' com orgulho e satisfação qne ora recordamos
que, emquanto os dous Governos da Inglaterra e dos
Estados Unidos nos auxiliavam generosamente com
suas esquadras, fazendo sondagens do Oceano, e até
carregando nossos cabos nas primeiras expedições,
homens tílo grandes, como os que acabo de citar,
prestavam seu concurso a uma empreza que tinha
por fim reunir suas duas pátrias, e, mais tarde, todos
os paizes do mundo.
Ainda ha outros, entre os vivos e os mortos, aos
Ser-me-hia impôsquaes devemos muita gratidão.
sivel repetir a longa lista desses homens illustres.
Comtudo, ainda quede passagem, devo pagar cordial
tributo a um que foi meu amigo, e também o mais
firme amigo de minha pátria—RlCHARD CODDEN.
Foi elle dos primeiros a olhar com fé para esta
Logo no anno de 1S51 teve RlCHARD
empreza.
Cobdex um prophetico sonho da possibilidade de
atravessar com o telegrapho o Oceano Atlântico;
aconselhou ao Príncipe Alberto que dedicasse os
lucros, provenientes da primeira Exposição Universal de Londres, á experiência da possibilidade de
ligar a Inglaterra á America por um cabo submarino.
Ah ! Não viveu bastante para ver realisado o seu
sonho !
Mas si os homens morrem, vivem suas obras, suas
descobertas e suas invenções. Da pequena tentativa,
feita debaixo deste tecto, nasceu uma arte, até então
apenas conhecida, a de telegraphar atravez das profundidades do Oceano.
Ha vinte e cinco annos não havia um só cabo
oceânico em todo o mundo; apenas algumas curtas
linhas tinham sido lançadas da Inglaterra para o
Continento, atravéz do Canal da Mancha, sempre
em pouca profundidade; mesmo os homens da sciencia apenas ousavam conceber a possibilidade de
transmittir o pensamento humano pelos abysmos do
Oceano.
Quando emprehendémos atravessar o Atlantico, tivemos a luetar com profundidades d'água
superiores a duas milhas, e com 2,000 milhas de extensão de cabo.
O bom êxito desta grande empreza deu immenso
impulso á telegraphia submarina, então na infância;
dahi proveiu o seu crescimento até estender seus
dedos com ponetas de fogo por todas as águas do
globo. Actualmente, como já foi eloqüentemente
dicto, sitas linhas vão por toda a terra, c suas palavras
ate os confins do mundo. Contam-se hoje nada menos
de 70,000 milhas de cabo atravéz de mares e oceanos.
E, como si ainda não fosse bastante expedir
telegrammas com a velocidade do raio, já conseguimos enviaí-os em direcções oppostas ao mesmo
tempo.
Na verdade, acabo de receber de Valencia na Irlanda, este telegramma:—Seuanniyersario testemunha
o trabalho duplo atravez do Atlântico perfeitamente
realisado.
Com este novo invento os cabos submarinos dobram de capacidade para a expedição de* telégrammas.
Quem poderá prever as conseqüências dessas incessantes cominunicações entre os povos?
Presentemente já o telegrapho nivela os mercados
de todo o mundo. Mas ha muito a esperar das novas
relações, que elle estabelece entre os diversos membros da famiba humana. São inimigos os povos porQuando se comprehendeque não se conhecem.
rem melhor será mais forte sua affeição. O sentimento de proximidade, as relações de visinhança
despertarão, por certo, o instineto de fraternidade.
Não é, por ventura, signal de que approximam-se
melhores tempos, ver atravessarem mensagens de paz
no mesmo Oceano em que fluctuam os destroços da
guerra?
Somente resta uma cousa, que eu espero Deus
permittir-me-ha a ver ainda;—a collocação de um
cabo de S. Francisco da Califórnia ás ilhas de Sandwich—empreza da qual recebi hoje mesmo concessão do Rei Kalakaua por intermédio do seu Ministro, também presente á esta festa. Das ilhas de
Sandwich o cabo irá ao Japão, e, dess'arte, as ilhas
do Pacifico entrarão em relações com os continentes,
quer pelo lado d'Asia, quer pelo da America, ficando
assim completo o circuito do mundo.
Mas a vida vai-se escoando, e isso talvez tenha de
deixar a outras mãos. Muitos de nossos velhos companheiros já cahiram e breve devemos dar^ogar aos
nossos suecessores. No emtanto, bem que tenhamos
de passar além, é um consolo ter poaido fazer alguma cousa, que ficará quando já tivermos ido.
Si no que fiz para o bom êxito dessa empreza, aiguma cousa ha para honra de minha pátria e para
bem da humanidade, rendo piedosamente infinitas
graças ao meu Creador.
Foi essa a grande ambição de minha vida; também
a principal herança que deixo a meus filhos.
Em nada desmerece a gloria de Cyrus W. Field,
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
o devotado promotor do primeiro telegrapho transatlantico, estar hoje averiguado que muito antes de 10
de Março de 1X5.}, o finado coronel John Henkv
[Sherburne, natural da cidade de Washington, capitai desta Republica, propôz um cabo submarino
para a Inglaterra.
Com effeito nas Actasdo Senado lê-se:—"Segunda
feira, 28 de Janeiro. 1849.— O vice-Presidente apresentou a petição de Johx Henry Sherburne e de
Mor Alio HuBBEL, solicitando auxilio do Governo
para estabelecimento de uma communicuçâo telegraphicu, atravéz do Oceano; foi enviada á Commissfio
de Commereio."
A petição revela estudos minuciosos; indica as es'Perra
tações da
Nova e da Irlanda; da algumas sondagens do Oceano; e refere-se á possibilidade de fixar
o cabo por meio de boias. O filho do coronel SiierBURNE, a tpiem se deve esta exeavação histórica, diz
que foi a súbita morte de seu pai o motivo de não
ter podido realisar seu projecto favorito.
Sabe-se também que, em 1842, o grande Morse
immergiu um cabo de Castle-0'arde/i, aqui em New
Vork, para Governor's Island. A 10 de Agosto de
1843, o illustrc inventor escreveu ao Ministro da
Fazenda:— "A conclusão practica da lei ha pouco
descoberta, é que se pode estabelecer, segundo as
minhas idéas, uma communicaçílo telegráphica atravez do Oceano Atlântico. Bem que essa idéa pareça
actualmente assombrosa, tempo virá em oue será realisada."
A' vista pois, desses documentos só podemos concluir que os telegraphos oceânicos foram, pela primeira vez, ensaiados e propostos pelo immortal
Morse; depois requeridos em 1849 pelo coronel
Sherhurne e Horatio Hübbel, e por fim realisados, a partir de 10 de Março de 1854, por Cyrus
W. Field e seus dignos companheiros.
Felizmente das communicações occeanicas entre
todos os povos do mundo resulta gloria bastante para
todos esses distinetos filhos da grande Rupublica
Norte Americana.
227
este respeito o Inspector Geral diz: "O primeiro
período é practicamente comprido demais para
qualquer systema de escholas publicas em que não
se dá instrucção secundaria e superior, e o segundo
é evidentemente muito curto para dar-se nelle a inStrucçílo a que toda criança tem direito. Muitos de
nossos melhores educadores são de opinião que dez
annos, de seis a dezeseis, são o melhor tempo para
dar-se nelle instrucção publica elementar e secundaria."
SUMMARlO
DE ESTATÍSTICAS
DE ESCHOLAS.
O numero total de meninos e meninas, de edade
própria para freqüentarem as escholas, foi, em 1877,
para a União inteira, de 14,227,748. Destes achavam-se inscriptos os nomes nos róes das escholas,
S,954,478. O termo médio da freqüência diária foi
de 4,919,408.
Xos relatórios recebidos de septe
Estados e seis Territórios nada se diz sobre a media
da freqüência diária.
PROFESSORES E SEUS ORDENADOS.
O numero total dos mestres empregados nas escholas publicas de todos os Estados e Territórios
(com excepção do Idaho, que não mandou relatório)
foi de 259,296. Nas cidades a media dos ordenados
dos mestres foi de §108.20 :io§ooo' por mez, e o
das mestras, $35.93. Os limites dos termos médios
dos ordenados mensaes recebidos pelos mestres nos
diversos Estados e Territórios que enviaram relatorios para o anno de 1877, variaram de $22.65 n0
Estado c]e Alabama até $1 12.63 no Território de Nevada; os das mestras variaram no mesmo anno de
Nos
$21.60 no Vermont até $85.20 no Nevada.
Estados de Alabama, Maryland, Mississippi, Carolina do Norte, Tennessee, e no Território dos índios
o termo médio foi idêntico para mestres e mestras.
De todos os Estados e Territórios aquelle em que
era maior a differença entre os termos médios dos
ordenados pagos mensalmente a mestres e mestras
foi o Território áe Arizona; pois ahi os mestres receberam a media de $100.00 por mez, e as mestras
$50.00.
INSTRUCÇÀO
PUBLICA NOS ESTADOS
UNIDOS.
Apresentando seu oitavo relatório, (pie se refere
ao anno de 1877, o inspector Geral da Instrucção
Publica allude aos maus efleitos produzidos sobre a
educação pela depressão financeira, e especialmente
nos casos em que ella deu em resultado o encurtarse o anno escholar ou a reducção dos ordenados cios
professores, e por isso o emprego de mestres ordinarios em vez de bons. Diz, porém, que, apezar destes
obstáculos os diversos systemas de instrucção publica que se acham adoptados nos diversos Estados da
União deram novas provas de serem bem adaptados
ás necessidades do povo.
Chama então attenção para a relação que ha entre
a educação e a solução do problema da lueta entre
o capital e o trabalho; também para os resultados
lógicos da vida vagabunda que está principiando a
desenvolver-se aqui, lembrando que, segundo Fiíetcher, de Saltoun, havia em 1698, e no pequeno paiz
de Escossia, nada menos de 200,000 pessoas pedindo
pão de casa em casa, além daquellas que eram alimentadas das contribuições lançadas nas '-Rixas de
esmolas das egrejas; e para a condição da Irlanda
em r73r, quando, segundo o calculo de Arthur
Dobhs, o numero de mendigos vagabundos foi de
34,000.
O Inspector dá um curto resumo da natureza e
extensão de seu trabalho official, das fontes de suas
informações e das provas da importância practica de
seus resultados e da acceitação geral dos methodos
que adoptou e dos fins que procura alcançar. Entre
essas provas nota particularmente o progresso feito
na simplificação e systematizáçãb dos relatórios e
tractados sobre a educação, tornando assim as informações que conteem mais intelligiveis e melhor
adaptadas para estudo e comparação.
Da massa immensa de matéria resumida no relatorio do Inspector Ceral uma grande parte consta dos
relatórios .de inspectores de escholas nos diversos
Estados e cidades da União. A elles se refere como
muito úteis, porque, por meio delles se pode formar
uma idéa clara da intelligencia e estabilidade do
sentimento local a respeito da instrucção e do valor
dos diversos systemas por que as escholas são dirigiEspalham também sans idéas
das e sustentadas.
sobre as theorias de instrucção e fidedigna informaçãò sobre o estado em que o paiz se acha quanto á
educação.
EDADE
"
LEGAL
DOS ALUMNOS.
Ha nos Estados e Territórios dos Estados Unidos dezesepte diversas edades como os limites dentro
dos quaes os meninos podem assistir nas escholas
publicas. A maicr dellas estende-se sobre o período
de dezesepte annos, sendo desde quatro até vinte e
um annos de edade. O período mais curto é de seis
annos, desde a edade de oito até á de quatorze." A
RECEITAS
E DESPEZAS.
A total receita escholar para o anno de 1S77, em
todos os listados e Territórios da União, com excepção do de Wyoining, que não enviou relatório, foi
de $86,866,162 ; e a despeza total, inclusive a de
Wyoming, foi de $80,233,458 (cerca de 160 mil contos). O valor total dos bens de raiz, edifícios e outras
propriedades das escholas, em 25 Estados, 2 Territorios e na tribu Cherokee de Índios, no Território
dos índios, é calculado em $139,217,607.
A despeza feita com cada um dos alumnos matriculádos nas escholas publicas dos 24 Estados e 5
Territórios que enviaram sobre isso relatório variou
de $1.39 para o anno de 1877 no Estado da Carolina
do Norte até $35.76 na tribu india dos Cherokees.
GENERALISAÇÃO.
Do summario estatístico, generalisado sem referencia aos Estados em particular, consta que no anno
de 1877 havia, de meninos e meninas com edade
legal
para freqüentarem as escholas publicas,
M,°93,77s em 38 Estados, e 133,970 em 9 Territorios ; o numero dos que se achavam matriculados nas
escholas publicas de 38 Estados foi de 8,881,848, e
em 10 Territórios o numero foi de 72,630; o termo
médio dos que assistiram diariamente foi de 4,886,289
em 31 Estados, e de 33,119 em 4 Territórios; o numero
de alumnos nas escholas particulares de 12 Estados
foi de 203,082, e nas de 4 Territórios foi de 6,088; o
numero total ;de mestres e mestras em 37 Estados
foi de 257,454, e o dos que estavam em 9 Territórios
foi de 1,842 ; em ^^ Estados houve 97,638 mestres e
138,228 mestras, e em 9 Territórios 706 mestres e
986 mestras; a receita para as escholas publicas de
37 Estados foi de $85,959,864, e a das de 9 Territorios foi de $906,298; as despezas feitas com as eschoIas publicas em 37 Estados foram de $79,251,114, e
as das escholas publicas de 8 Territórios foram de
$982,344; o fundo permanente das escholas de 26
Estados foi de $100,127,865, e o das de 2 Territórios
foi de $2,106,961.
JARDINS
DE CRIANÇAS.
Os relatórios fazem menção de 129 escholas-jardins de crianças, com 336 mestres e mestras, e 3,931
alumnos. Com referencia a estas escholas o Inspector Geral diz : " A introducção do jardim de crianças nas escholas para orphams e nas que se acham
estabelecidas entre os pobres das cidades, tem dado
muito bons resultados.
Em conseqüência da falta
de certas condições favoráveis, os jardins de crianças não teem sido tão bem suecedidos como poderiam ser; mas apezar disso tem-se feito muito progresso (1) na instrucção de mestras para preparal-as
a dar ensino segundo os verdadeiros methodos dos
jardins de crianças; (2) em dar ao publico idéas
acertadas a respeito desses methodos ; e (3) em pôr
ao alcance dos que os desejam os objectos usados
nas escholas-jardins de crianças.
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Outubro, 1879.
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
228
VISTAS DO PERU'.
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LIMA.CALHAU E A VIA FÉRREA DE
OROYA.
Na escolha de sua primeira esposa o Rei da llespanha Alfonso
XII seguiu a voz de seu coração;
na da segunda tinham mais peso
com elle razões de Estado.
A Archiduqucza Maria Christine DesideriaHknriette Felicitas Rainera nasceu a 21 de
Julho de 1858, e tem um anno menos de edade do tpie o Rei Alkonso, seu noivo. E* filha do fallecido Archiduque Carl Ferdinano, filho do Archiduque Carl,
o heroe de Aspern, e da Archiduqueza EÜSABBTH, filha do Archidtuiue Joseph, antigamente Palatino da Hungria. A Archiduqueza
Eusaheth, futura sogra do Rei
da Hespanha, é uma senhora de
belleza extraordinária e se parece
muito com a Imperatriz Maria
Thf.reza. De seu primeiro con
sorcio, com o Archiduque de EsteModena, Franz Ferdinand, tpie
falleceu ainda moço, teve uma
filha que é casada com o Príncipe
Ludwig de Baviera. A Archiduquesa Christine herdou toda a
belleza e amabilidade de sua raâi
E' abbadessa do convento das irmans nobres de S.mcta Thereza
no Hradschin, em Praga, e é notada por seus grandes dotes intellectuaes, sua esmerada instrucção
e seu gosto para as sciencias e as
artes. Aprende línguas com muita
facilidade è por isso levou bem
poucos mezes para adquirir per^
feito conhecimento da língua liespanhola. Possue todas as prendas
e qualidades para representar do
modo o mais digno o papel de uma
Rainha, captar o coração de seu
esposo e o de um povo que sente
a mais viva sympathia para com a
filha de um ramo de uma casa tão
gloriosamente ligada com a historia da Hespanha como é a dos
Hahsiiukg.
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MARIA
RAINHA
FUTURA
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Lima, capital do Peru, jaz no
meio de uma paisagem monótona
ao pé da primeira serra das Cordilheiras, cujas rochas escuras se
levantam na visinhança immediata da cidade. Tem cerca de tio,000 habitantes, e a população é
uma mistura de quasi todas as raças que ha no mundo. Talvez não
haja cidade sobre a terra cujas habitantes sejam de tantas diversas
cores e meias cores como os de
Lima.
Quanto ao estylo da architectura dos edifícios, é meio mourisco
e meio hespanhol. Em razão dos
freqüentes terremotos que ahi teem
logar, as casas são pela maior parte
de um só andar. De lado de fora
são pinetadas a fresco. Nas ruas
principaes muitos dos andares terreos são oecupados como lojas eujos mostradores rivalisam entre si
na riqueza e variedade dos produetos expostos, e mais ainda no
bom gosto com que se acham arranjados.
Aquillo que torna um tanto pietoresca a vista da capital do Peru
é os quarteirões regulares, á forma
dos quadrados de um taboleiro do
xadrez, em que se acham collocadas as casas, e as muitas egrejas e
capellas espalhadas entre elles, merecendo menção particular a veneravel cathedral, de antigo estylo
hespanhol, sita na bella Plaza mayor. Uma physionomia muito peculiar dão também ás ruas os
muitos balcões, não havendo casa,
quasi, que não tenha um, e que,
com suas muitas vidraças e gelosias, se parecem com estufas para
plantas.
E assim também produzem um
effeito singular sobre quem [pri-
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PERU:—VISTA
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DE LIMA.
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meiro as vê as innumcras elevações construídas sobre
os telhados chatos, c qne, á similhança de clarziboias
com vidraças movediças, servem tanto para ventilação
do interior como para sua illuminação.
Um papel importante representam em Lima os
muitos estrangeiros que abi se estabeleceram; pois
dizem que ha nessa cidade 14,000 Italianos, além de
Francezes que fazem bons negócios como proprietarios de boteis e restaurants, e também como cabelleireiros; ha também uma pequena colônia de Aliemães e alguns Inglezes, sendo o numero destes tiltimos, porém, menor do que os dessa nacionalidade
que ba em Calhau.
Industria manufactureira não existe em I.ima; é,
q-tianjiorém, um mercado para onde sao exportadas
tidades immcnsas de produetos francezes, inglezes e
allemftes, e alguns americanos. O commercio de
em
produetos estrangeiros imj)ortados annualmènte
Lima é calculado em dous milhões de libras estérilnas; e desses produetos vêem da França ,£600,000;
da Inglaterra ,£550,000; da Allemanha ,£200.000:
do Cbili ,£300,000, e da America do Norte ,£50,000.
Lima acha-se á distancia de dez kilométros de
Calhau, seu porto de mar, e considerado quasi como
subúrbio da capital. As duas cidades são ligadas por
uma estrada de ferro.
Calhau é o poneto central do commercio de guano,
e dahi sabem annualmènte em termo médio trinta
navios em demanda dos diversos dejiositos desse
uma linha
prbducto. Entre esse jiorto c Hamburgotambém um
é
de vapores faz viagens raensaes, c elle
dos jiortos de escala para os vapores dás linhas entre
Califórnia e a Austrália. A cidade é pouca vistosa,
com excepção da rua principal ao longo da beira do
mar e habitada principalmente |)or europeos, mas o
no inundo, senporto é um dos mais seguros que ba
ondas
as
e
ventos
os
contra
pela ilha
do protegido
e tudo
cáes
tem
frente;
e
fica
em
(jue
lhe
San Lorenzo
modo
todo
de
facilitar
necessário
é
o mais que
para
annualrtavios
muitos
dos
que
a carga e descarga
mente chegam a esse jiorto.
A construcção a mais imjiortante (jue existe no
Peru é a estrada de ferro Oroya, que, j>artindode
Calhau, sobe a dupla serra das Cordilheiras. Foi
com as águas
projectada afim de ligar a costa pacifica
navegáveis do Amazonas e assim com ornar Atlantico. A immerisidade e ousadia desta via férrea de
14b kilométros de extensão, que passa jior 42 tunneis sobre jiontesde 100 metros de altura.e em ziguezaguc na faze de precipícios quasi perpendiculares,
sfio inteiramente indéscriptiveis. Seu construetor,
(jue venceu obstáculos naturaes sempre tidos por invenciveis, foi, como todos sabem, o Norte-Americano
Hknrv Meigos.
De Calhau a estrada férrea sobe em distancia commetros, e chega
paratiyarnente curta, á altura de 4,400 de
altura
5,000 mea seu jicncto culminante na
dessa
ao
lado
tros. De vez em quando encontram-se
e
dos
Incas
via de ferro os restos da antiga estrada
aborígenes
das obras que ha séculos os Peruanos
construíram para conducção da água; ao mesmo
tcm|)o Vèem-se ahi nas encostas Íngremes das montanhas muralhas grossas, quasi os únicos sinaes que
ainda permanecem dos terraços de que nos tempos
idos os lados de muitos dos montes eram cobertos
artificialmente até ao cume, para deste modo os numérosos habitantes ganharem o terreno necessário
eram muito
para suas plantações, Esses terraços
vêem
em tantas
se
boje
ainda
sirnilhantes aos que
França.
e
vinhas da Allemanha
Mui pictorescaé a vista que se .apresenta aos olhos
do viajante quando se approxima da estação de San
Encostado a um precipício quasi
Bartnolòmeu.
segue seu caminho subindo
comboio
o
perpendicular
sempre, em forma de espira, jKissa entíio por diversos
tunneis compridos e em seguida por entre duas
massas enormes e perpendiculares de rocha atravessa
o viadücto dei Água de Verrugas. Este é construído
mui engenhosamente na altura de perto de 100 metros, sendo sustentado sobre barras de ferro torcidas
em forma de joelho, de modo que, quando o combbio passa sobre elle os viajantes não o vêem c podiam bem imaginar que se achavam suspensos no ar
sem que nada sustentasse o comboio.
Depois de passar-se a estação de Matucana as
vistas se tornam mais sublimes ainda. 0 comboio
rochas e monparece envolvido em um labyrintho de apodera-se a
tes, e do viajante involuntariamente
idéa de não ser possivel achar sahida dahi. Mas o
se apresenponeto da estrada em que as vistas que terriveis em
tam ao viajante chegam a ser realmente
sua sublimidade é ao pé da estação San Mateo. Ahi
a via férrea, sahindo de um tunnel curvado passa
sobre uma ponte estreita de ferro na altura de cerca
de 50 metros por cima do rio Rimac, e logo em setecto
guida por um outro tunnel em que entra pelocoberto
sempre
ó
estrada
da
o
leito
tanta água que
com ella até a altura dos eixos da locomotiva.
Depois o caminho de ferro sobe em distancia com630 metros
parativamente curta altura de cerca de fica a
de
Chicía, que
4,236
para chegar á estação
metros acima do nivel do mar, e depois disso mais
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
940 metros, antes que chegue a seu poneto culminante, donde principia então a descer pari» o vaile
do Amazonas. Subentende-se naturalmente que em
todos os que fazem essa viagem de Calhau a Chicla
se fazem sentir todos os effeitos que se costumam
manifestar naquelles que passam subitamente de
uma atmosphera na pressão ordinária jiara outra
muito mais rara; constam elles de dõr de cabeça,
náusea, grande fraqueza c difficuldade de respirar.
0 estado financeiro dessa estrada de ferro, que é
verdadeiramente uma maravilha de engenharia e de
perícia na construcção de vias férreas, não é de
modo algum satisfactorio. Já ha tempos não se pagam os juros aos accionistas inglezes, e receia-se que
o Governo britannico se metta no negocio e obrigue
os Peruanos de um ou outro modo a ciar um equivalente pelas sommas devidas a Inglezes por conta
dessa estrada.
CAIXAS ECONÔMICAS ESCHOLARES.
(methodo practico.)
Diz mui justamente AuGUSTiN Chaurand de
Malarce, o devotado secretario perpetuo da Sociedade das Instituições de Previdência da França, que
para o bom êxito da auspiciosa instituição das Caixas
Econômicas escholares é necessário que se dê o
maior cuidado ao methodo practico, segundo o qual
ellas devem funecionar. Quasi todas as decepções
e abandonos teem jirovindo de não haver-se adoptado
um systema racional.
E' j)reciso não exigir dos professores sinão um
trabalho curto e fácil, e não lhes impor uma responsabilidade incompatível com sua posição social. Por
outro lado cumpre também (jue o alumno aprenda o
mechanismo real das Caixas Econômicas geraes,
afim de (jue saiba utilisar-se dellas, quando fôr homem e operário.
As Caixas Econômicas escholares, deve-se ter
sempre em lembrança, são destinadas a formar operarios sóbrios, econômicos e independentes ; acosturnados a viver sobre si, tendo seguro o dia de amahlíari. E' bem claro que os bons hábitos de abstenção, de parcimônia e de economia, serão sempre '
estimaveis, jior mais elevada (jue venha a ser a pos;ção social do alumno ; quer fique simples operário ;
seja mesmo eleve-se a Deputado, a Senador, a
Ministro de Estado ou a Presidente de Rejniblica.
Esse é o grande jxmcto de vista, socionomico e democratico, da benéfica instituição das Caixas Economicas escholares.
Cumpre, portanto, que se de logo ao alumno uma
verdadeira caderneta de Caixa Econômica, e que elle
acostume-se a consideral-a como um instrumento de
riqueza e de bem estar, e, principalmente, de tranquillidade e de independência. Dess'arte descarregase logo a responsabilidade dos professores, e podem
elles cordialmente devotar-se á grande obra da educação das futuras gerações nos sanclos princípios de
sobriedade, de moderação, de abstinência, de regimen,
de previdência; em uma só palavra, na sancta religião
da economia e do trabalho.
Malarce estabelece as seguintes regras como
essenciaes ao bom êxito das Caixas Econômicas
escholares :
Antes de tudo, o professor deve pôr-se em communicação com a Caixa Econômica mais próxima, e
fixar com o seu administrador o dia e a hora de
cada mez, ou de cada semana, em que elle virá fazer
o deposito das quantias recebidas dos alumnos ;
Quando na visinhanç:? não houver uma Caixa Econom.ica, ou um escriptorio filial, o professor recorrerá
á agencia do correio ;
Estando assim bem certo da boa vontade do administrador da Caixa Econômica, e que elle não lhe
imporá alcavalàs nem suscitará dificuldades, come«;ará o professor annunciando aos alumnos e a seus
pais que vai fundar uma Caixa Econômica escholar;
Para isso o professor dictará aos alumnos o aviso,
«pie já vem reduzido no manual das Caixas Economicas de MALARCE, e no qual faz-se comjirehender
aos alumnos e a seus pais o fim, o mechanismo e as
vantagens da nova institução.
Esta é a primeira lição de economia practica que
os alumnos recebem, e, indirectamente, seus pais,
seus parentes e até os fâmulos de casa ; porque o
aviso, ao chegar á casa, constitue-se a novidade do
dia; todos o lêem, todos o commentam, todos o disou do pessiçutem sob o jioncto de vista optimismo
um.
Como em
mismo, conforme a indole de cada
todos os assumptos, é melhor a opposiçao do que a
indifferença.
Dejiois disto o professor compra modelos de contabilidade das Caixas Econômicas escholares. Na
França esses modelos para uma eschola de iooalumnos custam S francos e So centimos. Quasi sempre
o professor obtém esta somma ou da communa ou
localidade.
j)or doação de algum jmilanthropo da impressos,
modelos
comprar
Em falta de meios j)ara
alumnos.
pode o jirofessor mandal-os riscar pelos
Outubro, 1879.
Estando assim tudo prejiarado, o professor annuncia que, a começar de certo dia, receberá dos alumnos suas pequenas economias, desde a menor moeda
até 5 francos; que, uma vez por mez, as irá depositar
na Caixa Econômica geral, sempre que chegarem a
um franco, obtendo uma caderneta para o respectivo
alumno.
Com a caderneta da Caixa Econômica geral ficam
o .professor livre de toda a responsabilidade, e o
alumno directamente credor do Estado ou da associação que gerir a Caixa Econômica.
Esta caderneta é muito apreciada pelos meninos.
Teem muito prazer em serem ahi tractados como
homens. Todos sabem que é a mais forte aspiração
das crianças serem consideradas homens.
Quando o alumno tem necessidade, por qualquer
circumstancia, do dinheiro dejjositado na caixa economia, pode ir logo recebel-o, acompanhado de seu
pai ou de sua mãi, ou de um tutor ou tutora.
E' indispensável que os depósitos das Caixas Economicas escholares sejam entregues aos alumnos,
logo que elles necessitarem fazer alguma desjjeza
útil, ou j)restar auxilio á sua família; quando não,,
suppõem que suas economias foram confiscadas.
Nesses casos de restituição o alumno vem a comprehender que as pequenas parcellas, que poderia ter
empregado em futilidades, reunidas podem servir
para fazer uma boa acção ou para comprar um objecto útil. Comprehendem assim o grande pensamento moral e a noção exacta da vida econômica:—
privar-se hoje de futilidades para poder ao depois
fazer face ás verdadeiras necessidades.
Convém que o professor em todas as oceasiões
opportunas, e principalmente nos dias de recepção
das parcellas dos alumnos. repita estes princípios
íundamentaes, afim de graval-os bem no coração dos
meninos.
0 modo por que funeciona a Caixa Econômica
escholar é o seguinte:
Em um dia fixo da semana, na 3* feira, por exempio, antes de começar a primeira lição, o professor
faz o exercido da economia, isto é, procede á recepção
das parcellas reunidas pelos alumnos;
Abre sobre sua mesa o Registro da Caixa Econo/nica escholar. Cada folha deste livro é dedicada a
um alumno: ahi acham-se o numero da folha, o nome
do alumno, e o numero de sua- caderneta da Caixa
Econômica geral;
Cada folha é dividida em 12 columnas verticaes,
correspondentes aos mezes do anno. Si as entradas
fazem-se sempre em dias fixos da semana ha somente
cinco linhas borisontaes; porque esse é o maior numero de dias do mesmo nome que pode ter um mez;
si não ha dia fixo é necessário ter 31 linhas horisontaes para todos os dias do maior mez.
Pode haver também um borrador para fazer os
assentos na oceasião, passando-se depois a limpo no
Registro da Caixa Econômica escholar.
Ao lado do professor colloca-se o ajuneto, ou um
dos melhores alumnos da classe, para encher papeletas ou folhas avulsas, riscadas exactamente como
as do registro.
No verso dessas folhas convém imprimir um resumo das vantagens da instituição das Caixas Economicas escholares, afim de servir á propaganda constante na família.
Estando tudo preparado, a um signal do professor,.
cada menino levanta-se e deposita sobre a mesa a
sua parcella; o professor inscreve-a na respectiva
folha do registro, e seu ajuneto, ao lado, repete-a na
alumno.
papeleta ou folha avulsa e a entrega ao
em
Quando esse regimen está em sua perfeição,
coos
30 minutos recolhem-se, registram-se, dão-se
nhecimentos das economias feitas por 60 alumnos.
Como o professor, no principio de cada mez, faz entrega á Caixa Econômica geral da localidade das
economias dos alumnos que excedem a um franco, é
bemclaro jamais tem na gaveta quantia importante;
mas sim apenas as fracções de franco, recentemente
depositadas pelos alumnos.
Nos primeiros dias de cada mez o professor faz a
somma das parcellas, recebidas de cada alumno no
mez anterior; si excede a um franco, escreve o numero inteiro de francos em uma folha destinada á
Caixa Econômica geral, e passa para o mez seguinte
os centimos restantes.
Nessa folha de inscripções mensaes o professor
deve escrever o numero de matricula no registro para
cada alumno, além do seu nome e do numero da sua
caderneta da Caixa Econômica geral.
Para os alumnos, que ainda não teem caderneta,
faz o professor uma folha especial, contendo, além
da data e do logar do nascimento dos alumnos, os
nomes e as moradias de seus representantes legaes.
Terminada essa folha, destinada á Caixa Econômica
e assigna, e
geral, o professor faz-lhe a somma, data e as cadera leva ao administrador com o dinheiro
netas, já possuídas pelos alumnos. Deve guardar
copia dessa folha. A Caixa Econômica inscreve o
dinheiro dos alumnos em suas cadernetas respectivas
e fornece novas cadernetas aos que conseguiram rea_
Outubro,
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
1879.
lisar o primeiro franco.
Recebidas estas cadernetas,
fica o professor livre de toda a responsibilidade,
Para boa ordem o professor deve
guardar as cadernetas dos alumnos, principalmente afim de que
elles não as sujem ou estraguem.
No cmtanto, sempre que se fizer nellas uma nova inscripçãó, deve
confial-as por um dia aos alumnos afim de que as
mostrem aos pais e ás pessoas de família, sempre no
escopo da propaganda intima.
O effeito desse modo de proceder para o desenvolvimento das Caixas Econômicas geraes é realmente
prodigioso. A experiência na França, na Inglaterra,
na Bélgica c na Itália, tem apresentado algarismos
acima de todas as esperanças.
A criança, moralisando seus pais e toda a sua família, é, sem duvida,
uma das mais bellas concepções do século actual.
A vaidade, o luxo, os hábitos de esbanjamento e
de ostentação, o desequilíbrio constante entre os ginhos e as despezas são a causa da miséria, da próstituição e das maiores desgraças que afligem a humanidade. A exaggeração das despezas das mulheres
impede os casamentos, e, portanto, a formação da
própria família.
Nenhum beneficio se pode fazer maior a uma nacionalidade do que incutir-lhe hábitos de parcimonia, de regra, de abstenção e de economia; ensinarlhe a guardar para os dias calamitosos o que esbanjam em futilidades, em gulodices, na embriaguez e
no vicio nos dias prósperos.
Quando um discípulo necessita tirar parte ou todo
o dinheiro que tem na Caixa Econômico, só tem a
apresentar-se ahi, accompanhado do professor e de
seu pai ou de seu representante legal.
Quando o alumno deixa a eschola o processo é
simples. O professor entrega-lhe sua caderneta e as
fracções de franco ainda na gaveta; seu pai ou seu
representante legal passa de tudo o competente recibo no próprio livro de registro da eschola. Avisada disso a Caixa Econômica, fica o professor tranquillo e livre de toda a responsabilidade.
Tal é o processo, eminentemente simples e practico, por que funecionam as Caixas Econômicas
escholares; tal é, em seus menores detalhes, a saneta
instituição, que está preparando a geração futura
para a verdadera democracia, que não pode ser composta de perdulários, desordeiros e gritadores, practicar as virtudes da moderação e da abstinência; sobrios e econômicos, e portanto livres e independentes; verdadeiramente dignos de todos os benefícios
da liberdade, da egualdade e da fraternidade.
NOTAS SOBRE INSTRUCÇÃO PUBLICA.
dos das linguas modernas augmentou em mais do
dobro desde o anno de 1865.
De escholas particulares segundarias ha lambem
duas qualidades na França—as que são dirigidas por
leigos e as que são dirigidas por ecclesiasticos. Havia
dellas i,oòi em 18^4; em 1865 havia 935, e em 1876
existiam só 803. Essa reducção é devida ao numero
das tpie eram dirigidas por leigos que cessaram de
funecionar.
As escholas particulares de leigos tinham, em 1S65, 43,009 alumnos; as dos ecclesiasticos tinham, no mesmo anno, 34,897.
Porém agora
estas teem 46,816, e as outras 31,249.
INGLATERRA.
O progresso da educação na Inglaterra e no Galles é indicado na seguinte tabeliã estatística comparativa para os annos de 1S70 e 1876:
1870.
l'o] ulnçiio,
Numero do
Esclioliis
Numero do
riili-ulitriu
(wholii* iiiKpvocionmlns
que recebem miImíiIíuk unniinea:
Mnrm*
repartii-fie»,
\)
*
Y
tiirintH
""t"]"" d'ufnM
Accon-modncõe.., / £ nHB
ium i-Kclioliis iiocturmis
AluninoH exiiiiiiimdoM:
Na» i-Kctiolii.H diiirniii
Nu» i-*:-1io]iis iifM-tiiriniK
Termo inódio da assistência:
Na» egcholait diurna»
Niu escliolus iiiicliirnau
Numero de profegiores
" do
professores que estudam em etcholas noriiiaei
Escholas kIiii|>!« o de itispecção:
AccommodiieôfN
Alimamos presentes nua inspecções
Média de assistência.
DOAÇÕES
E
LEGADOS
Á
187ü\
22,090,163 84,344010
8,yi!> M,!)70
12.DC
'20,782
2j504 1,474
1,B78,:*4 3,*>6.:U8
11810
l,434.7fiG 2,412,211
77,!U8 11,133
1.152,389 1,981,573
73,375 49 '•58
28,(K!3 58 457
2,097 3.Ü07
53,982 57,471
39,122 30.088
10,599 23,159
EDUCAÇÃO.
A quantia de $3,015,256 foi dada ou deixada por
testamentos a fins de educação nos Estados Unidos
em o anno de 1877. Essa quantia, grande como foi,
foi não obstante perto de $1,700,000 menos do que
a que foi dada para esses fins em 1876. Da somma
total, universidades e collegios receberam $1,273,971; escholas scientificas e profissionaes, $649,908;
estabelecimentos para instrucção superior de senhoras, $163,974; escholas preparatórias, $171,118;
academias, $432,557; bibliothecas, $268,939; estabelecimentos para surdos-mudos, $54,767.
ESCHOLAS
PARA
CRIANÇAS
DE
FRACA
INTEL-
LICENCIA.
Ha nos Estados Unidos 11 escholas para crianças
de intelligencia fraca, com 355 instruetores e 1,781
alumnos, um termo médio de 5 para cada instruetor.
As receitas dessas escholas foram, no anno de 1877,
$322,498, e as despezas, $356,741.
INSTRUCÇÃO
NAS
BELLAS
ARTES
NOS
ESTADOS
UNIDOS.
PRÚSSIA.
Segundo as estatísticas do Dr. Engel o reino da
Prússia, com uma população de 25,000,000, tem 447
escholas secundarias, com 6,432 professorese 132,612
alumnos. Essas escholas são repartidas em gymnasios e progymnasios, realschulen de primeira e segunda ordem, e burgerschulen superiores. São para meninos de 9 a 18 annos. Para meninas ha poucas
escholas segundarias, e quasi todas ellas são particulares. •
O gymnasio está no cimo de todas as escholas
segundarias, e é a eschola preparatória, para a universidade, emquanto a realschule é preparatória para
as escholas technicas superiores. O curso tanto
dos gymnasios como das realschulen da primeira ordem é de 9 annos, emquanto o dos progymnasios,
das realschulen da segunda ordem, e burgerschulen
superiores é de 6 a 7 annos e os que nelles se formam não teem o direito de matricular-se na universidade.
Os gymnasios foram estabelecidos em particular para aquelles que desejam estudar as línguas
antigas e mathematica, e cujo fim é prepar-se para
os empregos superiores no serviço do Estado ou da
egreja; as realschulen são para aquelles que desejam
estudar as sciencias naturaes, mathematica e as linguas modernas.
FRANÇA.
As escholas publicas secundarias da França são
de duas espécies,—lyceus e collegios communaes.
Os lyceus são sustentados pelo Estado, os collegios
communaes o são pelas municipalidades, mas podem
ser auxiliados pelo Estado. O ensino em todas essas
escholas é clássico e moderno.
No fim de 1876 havia 81 lyceus com 40,995 alumnos, e 252 collegios
communaes, com 38,236 alumnos. Tanto os lyceus
como os collegios communaes estão subjeitos á inspecção publica. A instrucção moderna ou especial
dada nesses estabelecimentos está sempre desenvol-.
vendo-se mais.
Nos lyceus o numero de meninos
nos cursos modernos subiu de 5,002, que foi em
1865, a 8,628 em 1876.
Nos collegios communaes o
augmento do numero dos alumnos que segue o curso
moderno é mais rápido ainda. De seus 38,236 alumnos, 9,232 são crianças nos estudos preparatórios; do
numero restante 14,992 seguem o curso clássico e
14,012 o curso moderno. O numero de professora-
O Inspector Geral nota que a attenção despertada
por todo o paiz pela Exposição Centenária para as
bellas artes em suas relações ás industrias e para seu
desenvolvimento especial em obras das bellas artes
ainda continua.
Nas cidades em cujas escholas publicas o ensino
de desenhar foi introduzido, tem havido muitas provas de se fazer progresso nesse ramo de instrucção,
e está-se principiando a dar-se seu valor real ao facto
de que as escholas publicas podem tornar-se os meios
para dar instrucção naquelles princípios das bellas
artes que as industrias em que ellfs são applicadas
exigem. A primeira das escholas fundadas para o
ensino especial das bellas artes foi a Eschola Normal
de Estado das Bellas Artes, em Boston, sob a direcção do Director das Bellas Astcs do Estado, Prof.
Walter Smith. As seguintes escholas teem-se dedicado particularmente á obra de ensinar aos alumnos os princípios das bellas artes industriaes: As
Escholas das Bellas Artes da União Cooper, para
Senlioras, em New York; as escholas de desenho em
Pirladelphia, Cincinnati, 3. Louis, e Pittsburgo; a
Eschola de Desenho practico, em Boston; a Eschola
livre das Bellas Artes da União Cooper, New York;
as classes de desenho no Instituto Franklin, de Philadelphia; as classes nocturnas nas Bellas Artes do
Instituto Maryland, Baltimore; e o Instituto livre de
Sciencia industrial, de Worcester, no Massachusetts.
O desenvolvimento dos museus públicos das belIas artes mostra também que o publico está reconhecendo de mais a mais as vantagens que a causa
da instrucção publica tira de similhantes collecções.
Deste facto são illustração o Museu e a Eschola das
Artes industriaes de Pennsylvania; as collecções do
Museu metropolitano de New York, e o Museu das
Bellas Artes em Boston.
OS
CRIMES
E
A
INSTRUCÇÃO.
O já referido e digno Inspector Geral de educação
chama attenção para o facto de demonstrarem as
estatísticas dos estabelecimentos para reformação de
criminosos jovens de que de 70 a 75 p. c. dos meninos recolhidos a elles tornam-se bons cidadãos.
Como regra geral os meninos são recolhidos a elles
por ordem dós magistrados policiaes e judiciaes.
Suscita-se, pois, a questão si não será possível estabelecer escholas especiaes em que os meninos crimi-
231
nosos possam ser recolhidos, subjeitos a certas restricções de sua liberdade, a certos castigos, e ao mesmo
tempo instruidso, <em que, quando sahirem, estejam
manchados com a nodoa de criminosos.
Ultimando o seu relatório o Inspector Geral renova as recommendações que já fez no anno anterior:
(1) De augmentar-se o numero de empregados da sua
repartição ; (2) de confeccionar-se uma lei exigindo
que sejam apresentados á Repartição de Educação
todos os factos que dizem respeito ao auxilio nacional feito á causa da instrucção, e também todos os
factos quanto á educação nos Territórios e no Districto de Columbia que sejam necessários pára informação do Congresso; e tpie cree também o emprego
de Inspector de Educação publica em cada um dos
Territórios, devendo o Presidente dos Estados Unidos nomear as pessoas para esses empregos ; (3) que
parte ou todas as receitas líquidas provenientes da
venda das terras publicas sejam dedicadas á causa
da instrucção publica, sendo guardadas como um
fundo permanente para esse fim especial; (4) (pie se
mande publicar 10,000 exemplares do relatório do
Inspector Geral, para distribuição gratuita; (5) que
se mande organizar um museu de instrucção em
connexão com a Repartição de Educação, e que esta
Repartição aeja auetorisada a trocar objectos usados
em escholas com outros paizes.
ENGENHOS 0ENTMES NA BAHIA.
Foi approvado o projecto de lei que iiuctoriza o Governo da
Província a auxiliar o estabelecimento de engenhos centraes
mediante estas condições:
Art. I9 Fica o Goveruo da Província auctoriziulo a garantir
o juro de 7 por cento as emprezas que se organizarem para construcçiio de seis fabricas centraes, com a força de moer por dia
200,000 kilogrammas de canna, preferindo aquellas em que eutrarem lavradores, ou a emprestar-lhes metade do capital necessario, considerando como limite máximo do capital para cada
uma a quantia de GOO.OOOSOOO.
Art. 29 A garantia de juros será concedida pelas quantias que
forem sendo applicadas, e terá vigor até a amortização total do
capital empregado, mediante as seguintes condições:
§19 No fim de cada safra, i pagamento dos accionistas do juro
de 7 p. c. e amortização de 5 p. c. do capital empregado.
§29 Quando o rendimento liquido exceder de 15 p. c. esse excesso será dividido em^duas partes eguaes, pertencendo uma á
empreza e sendo a outra rateiada entre os lavradores fornecedores de canna, na proporção dos fornecimentos feitos.
§39 Concluída a amortisação do capital da empreza, esta indemuizará a Província do que houver despendido com a garantia de juros, pagando pela mora um prêmio, que será estipulado
no respectivo coutracto.
'
Art. 39 O empréstimo de que tracta o art. 1° só se effectuará
depois que cada empreza tiver realizado metade, do capital e
com as seguintes condições:
§19 A approvação pelo Governo das plantas, desenhos*e orçamentos.
§29 Fiança a contento do Governo até a conclusão das
obras, e depois hypotheca ti Província da fabrica e de todos os
pertences.
§39 Pagamento om prestações semestraes ou annuaes dos
juros da quantia emprestada, sendo a taxa egual â que pagar a
Província pelas operações de credito de que tracta o art. 7? desta
lei. Este pagamento começará a ter logar do rim do primeiro
anno em que começar a funecionar a fabrica em deaute.
§4° Auctorização animal de 7 % do debito primitivo, sendo
o primeiro uo fim do segundo anuo, depois que começar a fuuccionar a fabrica.
Art. 4' O Governo nos contraotos fixará o preço das cannas
em bepte réis por kilogramma, quando não houver entre a8 emprezas e os fornecedores de canna estipulação em contrario.
Art. 5' As fabricas serão situadas: uma na íreguezia do Rio
Fundo, do termo de Sancto Amaro; uma no littoral cio mesmo
termo; uma na freguezia do Iguape, do termo de Cachoeira; e
finalmente uma em cada um dos municípios de S. Francisco,
Matta de S. João e Nazureth.
Art. 89 As quantias arrecadadas em virtude do §3 do art. 2°
e §§39 e 4' do art. 39 serão applicadas exclusivameute ao pagameuto dos juros e amortização do debito contraindo pela Provincia para execução desta lei.—Do Diário da Bahia.
CUBA E A HESPANHA.
De Madrid annuncia o telegrapho que [o Ministro das Colonias tom coutractado um importante empréstimo com o Banco
da Hespauha, para assim ter os fundos necessários para as despezas das tropas addicionaes que vão ser enviadas para Cuba, e
que levarão artilharia. Os políticos hespanhóes mostram-se
muito receiosos a [ respeito de noticias dessa ilha, o só um pequeno gruppo de membros radicaes das Cortes oppôr-se-bia ao
estabelecimento nessa dependência] de um systema de governo
independente similhante ao quo existe no Canadá ; e diz-se que
esta é a solução que seria acolhida com mais favor pelos liberaes de Havaua. A Oommissão nomeada para tractar de reformas na administração do Governo de Cuba devia reunir-se a 15
de Septembro.
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DESASTRES ALPINOS.
O numero de desastres que deram em resultado a perda de
vidas, que aconteceram durante o presente anno nos Alpes foi
muito grande, e entre os que assim acharam a morte houve mais
de um Norte-Americano. Ha algumas semanas, emquanto um
partido do viajantes ia em carruagâm de Martigny para Cbamounix, a carruagem virou e Mrs. Wright, senhora de New
York, cnhiu em um barranco e falleceu immediatamente. Uns
poucos dias antes disso suecedeu um desastre muito similhante
a esse a algumas senhoras de Pariz, entre St. Cergues e Morez,
e duas dellas foram muito pisadas, uma tão seriamente que ha
pouca esperança de escapar com a vida.
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
*3*
MR ALBERT G. GOODALL.
Uma das grandes desvantagens do papel-moeda é
o continuo perigo de falsificações das cedidas. Apezar de exigir a sua preparação muitos processos especiacs e difficeis, a arte da imitação está também
muito adiantada.
O facto de servir-se o Brazil do papel-moeda como
meio circulante quasi exclusivo e o facto de ser
muito omissa a legislação dos Estados Unidos para
punir os crimes de falsidade c de moéda-falsa com-
esforços se deve a condemnação de dous delles, a
despeito de ponctos obscuros na lei local.
Em 1877 também Mr. Goodai.l ajudou bastante
ao illustre Cônsul, o Sr. Dr. Mendonça, na captura
de Harrison. Ultimamente, na ausência do Cônsul
dirigiu elle as operações que resultaram na captura
de Bebelaoua e seus confederados.
Mas não falharíamos mais de Mr. Goodai.l nem
publicaríamos o seu retracto si fosse esse o único
direito que tivesse á attenção e respeito dos Brazileiros. E' elle Presidente da"American Bank Note Co.,"
Outubro, 1879.
pois, publicando o seu retracto, dar-lhe uma prova
de reconhecimento, como Brazileiro, que também
somos, por essas attenções a nossos compatricios.
Mr. Goodai.l é filho do Alabama e conta pouco
mais de cincoenta annos. Durante a guerra do Mexico e do Texas, elle serviu na marinha desta ultima
republica; e depois de finda a lucta foi para a Havana, onde residiu por algum tempo. Em New York
tem feito uma brilhante e prospera carreira commer"Comciai, attingindo á posição, que ora oecupa, na
panhia de Notas de Banco," e que deve satisfazer
s
í
Mr. ALBERT
mettidos contra Governos estrangeiros, tem attrahido
a New York os que propõem-se depredar o publico
do Brazil com cédulas imitadas. Desde 18Ó4 teem
havido trez tentativas sérias de se inundar o Brazil
com moeda falsa e no ultimo numero do Novo Mundo
referimos a mais recente dellas. Pois bem: o Governo do Brazil em todos esses casos tem sido muito
auxiliado nos seus esforços para chamar os criminosos á contas pelo distineto cidadão Americano, cujo
retracto orna esta pagina de nosso periódico. Em
1864 Mr. Goodai.l auxiliou efficazmente o então
Cônsul brazileiro nesta cidade, o Sr. AGUIAR; na
-aptura de moedeiros falsos em Philadelphia. A seus
G. GOODALL.
a companhia que é realmente a Casa da Moeda do
Brazil,—e tpie o é também (seja dicto de passagem)
de outros muitos paizes. Mas além dessa posição,
que por si só mostra o alto conceito em que é aqui
tido Mr. Goodall, tem sido elle desde 1S64 o incansavel amigo dos Brazileiros pobres e desprotegidos
que aqui chegam. Occupando aqui uma alta posição no mundo maçonico, naturalmente lhe vêem recommendados muitos "irmãos" do Brazil. O escriptor destas linhas, apezar de não ser maçon, tem
sido testemunha de muitos favores feitos por Mr.
GòObÀLL, ou por seu intermédio, a Brazileiros pobres, que aqui teem carecido de auxilio. Julgamos,
ainda ao mais1 ambicioso dos self-made meu, como é.
Entre os maçons, como já dissemos, galgou aos
mais elevados graus. Tem sido "grande-secretario,"
representa aqui a "grande loja" da Inglaterra, Galles e Dependências, da Itália, do Brazil, da Grécia,
do Peru, etc. Mr. Goodall tem viajado por quasi
todo o mundo civilizado e até já uma vez naufragou
no Mar do Norte. Elle tem estado quatro vezes no
Brazil e a sua Companhia tem feito as notas do
Thezouro e os sellos do correio desde 1866.
Antes
disso todo esse trabalho era importado da Inglaterra.
Outubro, 1879.
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
233
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"A SCIÈNCIA É A MEDIDA."
•
2.V»
DEVERES DAS RAÇAS SUPERIORES PARA COM AS
INFKKHIRKS,
O antepenúltimo namoro da Princeton Iteviete, publicada
om New York, traz uma memória importante do Ur.GrXOBOH
K..\vi,i. sós sobre o assumpto quo uá o titulo a esto artigo.
O illustre escriptor começa demonstrando a unidade da
raça humano com o ensino puro da Bíblia. Elle estuda sobrotudo os seguintes passagens: Gon., 4:13-16; Gon. 6:
1-4; (ien. 10; 5, 21, 31, 32 e Dom. 32: 8,—passagens quo
apresentam algumas diiliculdades, quo elle crô solver, e uob
parece que solvo bastante bom. Depois cita alguns dos
muitos texto», do Velho e Novo Testamento, quo som s
menor duvida deixam provado o seu postulado. Feito isto
Mr. I.AWi.iNSoN passa a examinar o sou assumpto debaixo
d.» poneto de vista da sciencia puro. O seu primeiro arguincuto vai aqui traduzido integralmente. No próximo nu,
merú continuaremos esta argumentação tão curiosa.
Si, hoiii importar-nos com o onsino da Hibliu, examinarmos a
questão da unidade da roço humana só á luz da razfto e da
Kciencia, nfto será diíDcil «italielecor uma conclusão positiva.
A sciencia não tem ainda determinado com unanimidade quaes
sejam oh cbnrnctoristicos distinetivos quo constituem espécies,
nem nos tom ello onsinudo onde é (pio so dovo traçar o linha
Os
que distingue com exactidfto uma variedade de uma tsj*cie.
da
indicações
como
charactoristlcos mais goralmonto acceitos
ter
ó
impossível
tal
natureza
do
espécies
ou sfto
unidade de
qno
oertezo histórico a respeito delles, como, por exemplo, a procodencltt de um só casal original; ou a sua natureza permitte qno
diversas pessoas façam a sou respoito juízo mui diverso, como,
por oxemplo, similhança ua apporoncia; ou, om ultimo logar,
sua natureza é tal quo oxigom, como no caso dos homons, uma
serio longa o diffieil do experiências para proval-os, pois é a
prodiictividiule universal. Assim, pois, a natureza do assumpto
torna impossivel o apresentação do provas positivas; o somos
obrigados o coiibmtor-nos com o exame dos argumentos o favor
e contra, e tirnr u conclusão segundo acharmos qno propondem
pnra um Indo ou puni o outro.
A (,'r.md»! tlivorsidodo quo ootuoltnouto existo entro os diflferentes ruços dos homens é o principal argumento citado a fnvor
da pluralidade da suo origom o assim da diversidade de espécie.
Dizem quo os roças dos homous ditiercm umas das outros em
côr, altura, nu qualidade de sou cabello, no tamanho o ua forma
do seiiH croneos, ua estruetura do sous esqueletos, uo numero
das meiiibruiiiis do qnojé composta sua po/lo, o nos seus dotes e
faculdades intellectuacs. Algumas dessas differenças são de
pouco monta, mus outros são grandes e muito importantes. E'
prociKO, também qno os não consideremos seporodomento mas
collèctivamente. Tomadas assim, constituem (assim so assevero,
pelo menos) uma somma do diflereuças que, quando se tracta
de outros niiiiiines, é em gcrnl tida como sulticiente para estabolecor uma diflerenço do ospecio o puro justificar a separação
do gcuero om diversas espocies.
Em primeiro logar a attenção é chomoda paro a diflerenço na
c»'.r dos homens. Alguns são broncos, outros omorellos, outros
morenos, outros ainda protos o fulos, o ha outros, afinal, côr do
cobro, ou vermelhos. Estas cores nfto passam do uma para
ouirn por gnidnçòes quasi imperceptivois, mas sfto distiuctas
e bom detiniüis. Portencom, não a indivíduos, mas a roços, e
oté ondo podemos julgar do todos os archivos históricos que
ngom existem, estavam tão pronunciados nos tompos mais remotos como o estão om nossos dios. Nonbumo iufluoncia do
clima, nonbumo mudança do alimento ou costumes, mudará
um branco om um negro. Até entro a côr escuro do um branco
abrouzado o a de um Abyssiiiio ou Mnlayo ho difToronça especitlcu. 0 Europeo mais amarellado nfto é omorollo como ó o
("liinrz. Mesmo concedido que a côr do uma ruça podo mndarbc «gradualmente em virtude do mudanças do clima o costumes,
muda-se só outro certos limites estreitos. O preto pode transformar-so em fulo, mas nfto no bronco; o côr branca pode ser
transformado no decurso do tompo uo trigueiro, o num triSi, pois, houve só um
gueiro bem escuro, mos nunca uo preto.
casal originário de quom todas os ruços dos homous descendorum, esse casal linha necessariamente certa côr, o é necessorio
(pio consideremos os homens do diversas cores quo existem agora
como descendentes desse casal do corta côr, o quo as diversidodes tpio agora existem sfto devidos á diversidade dos climas,
solos, alimento, modo do vida, etc. .Mas mio bo, segundo se diz,
nenhuma cór donde todos os variedades quo ngoro vemos poderiam ter procedido em qualquer lopso do tempo, por mais comuos 6,000 poro 8,000 annos
prido què ello fosse, o muito monas
existência dos homens sobro
quo n ohrOnologia bíblica ossiguoó
0 unindo.
Assim tombem quanto li estatura. Ha roças como a dos Totagouios, em quo o altura media dos homons ó do polo meuos
seis pis; o ha outras, toes como os Eskiniós, os Dokos do Abyssinin, e Vetldns doCoylfto, cuja altura nitklio está outro quatro o
cinco pés. E' fácil do coinprelieiidor quo os filhos do um casal
sejam em alguns casos muito mais oitos ou móis poquouos do
o outras de anãos
quo os pois; mos quo haja raças do gigantes
do creoçõos disefleito
o
diz,
so
parece mais. assim oelo monot;
só
familia
uma
do
variações
tinetas do que as
Ha também ditíerouços notáveis na côr o no charucte_- do cabello de diversas raças. Ha cabello preto, côr do café torrado,
castanho, vermelho, ruivo, amorello o bronco. Algumas ruços
teem cabello abundante, outras teom pouco; bo cobello comfino o mocio; o além de
prido o cabello curto; grosso o duro, o
é cabello, soudo realnem
negro
tudo diz-se qr.o o cabello do
do cobello das
diverso
inteiramente
monte lan, uma substancia
argumouto
como
usado
é
factó
paro provar
outras raças. Esto
o separada
do
espécie
é
homem
o
negro
peculiar
que ao monos
dos outros, e provovelmonto do origem diversa.
O tamanho interior do craueo é mui diverso nos diversos povos do mundo. Segundo os exames os mais recentes, a cnpueidade mediu das crnuoos dos Europeos o do 1,500; o dos Jnponozes, 1,486. dos antigos Egypeios, 1,-64; dos Chiuozes,
1.124; das raças negras, 1,377; dos Hindus, 1.306; dos Australiiiuos, 1.282; o a dos dos habitantes das ilhas Andamau é 1,220.
Eis o que muitos tomam como mais uma prova dn origem
diversa dos dilYereutes roços dos homous.
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
E não só ho tanta diversidade no capacidade dos croneos, ha
muito tambein nu sua configuração. Algumas roços teom os
croneos qnosi circulares, outras ellipticos. Sou "angulo facial'
varia tombem, sondo do só 709 no negro,emquauto é do 80' em
geral nos Europeos. Em algumas raças acha-se muito desonvolvida o parte anterior do craueo, em outras é a parte posterior
qne está mais desenvolvido. Alguns croneos sfto pyramidaos,
outros não. Argumentas.-, pois, que estas diversidades, tomadas seporadomento on em combinação com outras, provam que
os homons sfto de espécies diversas.
Ainda quo, tomados osso por osso, os esqueletos dos homens
das diversas raças sejam idênticos, com tudo ha difforonças
quanto á proporção entro os membros o o tronco, quanto á
forma da pclvis, á formo dos ossos das pernas, íí do " os caleis,"
ó posição do "foromen moguum," o outros similhautes, quo
muitos consideram sufticientes para estabelecer a doctrina do
variedade especifico, e que certamente são bons argumentos a
favor dessa doctrina Mas do ontro lado é preciso reconhecer
quo as diflereuças ossignolodos nfto são muito grandes, o não
merecem comparação com os que separam o esqueleto humano
do daipielles animoes que mais se approximom ao homem em
sua forma.
A pello humano, que mnitosrjulgom compôr-so de nm só
tecido, é realmente constituído de diversos membranas distinctaa. Já se tem asseverado que o numero dessas membranas nfto
é o mesmo em todas ns raças dos homens, e quo o negro tem
uma, o "reto mucosum," quo lho é peculiar e quo as outras
roços não teem. Esto diversidade tem sido considerada como
uma diflerenço effectivameute especifica, constituindo a roço
negro como roço peculiar e diversa dos outras.(1) Si fosse um
facto averiguado quo o pelledo negro ó realmoute tão diversa da
dos outros raças, o argumouto delle tirado seria de muita importoncin; porque o " possessão do porte de unia roço de um orgam
que lhe é inteiramente peculior, o do qual não possuem nenhum
signal os indivíduos que compõem as roços mais próximas, é
uma diversidade rnnior do que a que muitas vezes em outros
casos distingue espécies reconhecidamente diversos, no serie
zoológica." Mos uo progresso dos investigoções microscópicas
tem sido provodo que não ho similhante diflerenço eutre a pello
dos negros e o dos outros roças dos homens; está estabelecido
como facto ;de quo a pelle dos indivíduos de todas os raças
consta de trez camadas, a epiderme, o " rete Molpighii," e a
cutis, e quo a uuico diflerenço que o esse respoito existe entre os
negros e os brancos é que nos negros estão cheios de uma substoncia preta certas ________ contidos no "reto Molpighii," ou
pello intermediária, emquanto uos broncos essas cellulas est ão
vasios. E além disso algumos dellas estão mesmo nos brancos
cheias de uma substancia coroda, que pode ser permanente ou
temporária—temporária como nos sardas, o na "areola mauímarum," permanente como nas pintas, nos lunores e outros
sinaos no corpo com os quaes tonta gente nasce. Nfto existe,
"
pois, na pelle dos negros um orgam peculiar a uma só raça,"
e por conseguinte não ha motivo para crer-se que ella seja de
constituição diversa da dos outros homens.
Em ultimo logar diz-se ainda que, a respeito de seus hábitos
e modos de vida, de seus sentimentos, Bympathias, suas faculdades e dotes intellectuaes, as roças são tão diversas umas das
outras, qno parece impossirel o possuírem todos a mesma natureza, constituírem uma so espécie e descenderem de só um casal
originário. Este argumento deriva sua força da grande diflbronca que o esse respeito se tem notado entre os homens e os
animoes inferiores. Os hábitos dos auimaes da mesma espécie
são qnosi uniformes; um leão levo a mesmo vido que qualquer
outro leão; nos diversas colmêos dos abelhas domesticas em toda
porte do mundo a vida e as trabalhos são idênticos; assim todas
os formigos do mesmo espécie dirigem do mesmo modo o sua
vido e os trobolhos de seus formigueiros. Si conhecemos os habit os de um só indivíduo de cada um dos dous sexos, de qualquer espécie de animoes, conhecemos as hábitos de todos; não ó
necessário que multipliquemos nossas investigações, porque
mais experiência nellas não dá em resultado maior conhecimonto. Mas com os homons o caso ó inteiramente diverso. A
vida civilizado e a vida selvagem são duos cousos inteiramente
diversas o coda uma dellas tem mil diversas formas. Não ha
duos roços, nom duos noções, nem duos tribuB, que sejam exactamonte eguoes; cado uma tem suas peculiaridades, eaanthropologia é a sciencia o mais multiplico que ha. Será possivel que
as roços civilizados da Europa, com suo complicada organisação político, suas oecupações e seus officios diversos, suas fabricos o manufacturas, suas machinas, os diversidades em sua vida
social, suo orte adeantada, suas maneiros delicados, o profundidodo de suas especulações philosophicos, sejam do mesmo especie com os communidodes negras da África central, escravos
rastejando sob o jugo do um rei feiticeiro, sem todos os artes,
som religião, sem especulação, quasi sem nenhuma ferramenta,
Beguindo todos o mesmo modo do vido, e esto uma simples
lucta polo existência, servindo de alimento alguma fera ou, por
preferencia, um outro homem? E essas formas repulsivas,
simples collocçõos do ossos cobertos do uma pello preta, o com
physioguomios cujos norizes chotos, lábios grossos o olhos que
sobresahom suas orbitas fazem uma reunião de feições que mettom nojo, — por vonturo essas formos e feições são idênticas em
typo, roço o origom com aquellas que na Grécia antigo serviam
de modelos o PnAXiTEi_Es,_PHiDiA8 e seus companheiros, eos habilitarom o produzir o Venus do Capitólio, o Gladiadora expirar,
o Apollo Belvidoro ? Como pode-se crer na unidade da origem
*? Como
do povos tão diversos
pode-so imaginar que todos são
do mesmo tronco, quo posramos
mombros do mesmo familia,
?
natureza
mesma
o
commum
suem todos om
odduz contra a
a
razfto
orgumoutos
os
Eis
principaes que
Podom sor repartidos nas duos
unidade da raça humana.
divisões do diversidades na estruetura physica e diversidodos uo orgouizoção montai o moral. Tonto as diversidades
physicos como os mentiu» e momos são grandes; o si fossom uuiversoes, immudavois o indeléveis; si certos siguoes
per_.nce_.sem necossariamente e sempre o certos roças e outros a
R_o_eroh__i Aiiatomlques «ur le Corps Mu.|iioux, ou
(D Vede Honrem,
1 Nügro o lo Mula
Clinnna, le
diui» rin.lien Clinnim,
Plgmantsl do Ia. p»'.iu,
Appnn-il
jwmu, dati»
tre. ' n._ " Annnl** ile» S<oienoe* NatarellM," Vol. VII.
Outubro, 1S79.
outras; si fossem sempre mais on mouos characteristicos do
todos os indivíduos do coda roça; si tivessem pertencido sempre
& osso raça até ondo a historio nol-odú a couhocer; o si o clima,
os logares, os solos, o alimento, os oecupações o modos do vida
produzissem pouco ou nenhum efleito sobre o corpo humano,
as diversidades notadas eutre as diversas raças seriam evidencia
mnito forte de serem específicos, e do que as raças, ou algumas
dellas, sfto realmente diversas espécies; soria talvez possível
contrabalançar essa evidencia por outra do lado contrario, mos
em si mesmo seria sempro do muito peso. Mais especiolmoute
«ria isto o caso si as diversidades fossem cumulativas; isto é,
si uma certa -peculiaridade de cór, de estatura, do cabello, de
anatomia, de forma e capacidade do craueo, acompanhasse
sempre uma condiçfto peculiar dos faculdades montões e momes; si cada raça tivesse characteristicos mentoes o physicos
qne fossem indeléveis; si nfto houvesse excepçõos á regra geral,
—nenhuma gradação dos characteristicos de umo roça poro os
de uma outra, o nenhumas indicações da possibilidade de mudarem inteiramente os characteristicos de uma raça.
Mas o contrario de tudo isso é o que é a verdade. A historio
ensina, sem a sombra de uma duvida, que raças inteiros teem,
no decurso do tempo, passado por uma transformação completa
de todos seus peculiares characteristicos moraes e montões,
passando do mais profundo obysmo da selvagerio paro a mais
alta civilisaçâo e o maior grau do desenvolvimento intellectuál;
o assim também teem havido casos om que po-os desceram dos
alturas da civilisaçâo e do desenvolvimento intellectuál o um
estado bárbaro e selvagem. A capacidade que existo no homem
para aperfeiçoar-se, de subir de uma forma baixo da existência
para outra mais alto, é um facto conhecido de todos; o possibilidode de descer o homem para um estado muito iuferior, embom não seja verdade tão geralmente conhecido como o outro,
nem por isso deixa de ser verdade. Os Coptas, os Veddas, os
Abyssinios o Gregos modernos, as raças indígenas das duas Americas em comparação com os antigos habitantes do México e Peru,
sfto todos casos de decadência que provam e illustrom a tendência
de degenerar que existe no homem em certas condições. E o decadência, como também o aperfeiçoamento, que consistem oo
principio em depressão ou elevação moral e montai, uo maior
Ao
numero dos casos produzem efieitos physicos também.
augmento
o
capacidade
do
se
aperfeiçoa,
uma
raça
passo que
craueo; este se torna mais elliptico, as feições tornam-se mais
brandas, o cabello fica mais macio, os músculos desenvolvem-se
mais perfeitamente, as pernas tornam-se direitas, até o côr tende
a tornar-se niuis clara. (1) A dt cadência é acompanhada de
mudanças também, mas em sentido contrario—de uma diminuiçfto no volume do miolo e do comprimento do cabeça; os
feições tornam-se mais grosseiras, o cabello mais grosso, os
músculos não se desenvolvem bem, os pernas, em muitos casos,
tornam-se arqueadas, e a pelle tende a escurecer. Nos Veddas,
que parecem ser os descendentes dos conquistadores nryouos do
índia, encontram-se em forma muito pronunciado, estes signaes
de decadência.
E além disso, indivíduos ha em todas as raças, que não pos suem os characteristicos geraes, ou ao menos uão possuem ulguns delles. Tem havido casos de negros perderem gradualmente sua côr escura e tornarem-se brancos como os Europeos;
(2) e assim também de Europeos de sangue puro tornarem-se
pretos (3). Entre os raças onons ha homens oitos, e entre as
raças altas, como os Patagonios, encontram-se tombem homens
pequenos. Cabello crespo pode tornar-se liso, e cabello liso
tornar-se crespo. Assim como o craneo de um indivíduo ougmonta em capacidade e muda de forma emquauto o indivíduo
passa da meninice para estado de adulto, assim também pensam
muitos, mas não está bem averiguado, que pode aúgmentar e
mudar de forma na edade de homem feito. Mas em todo o coso
é certo que, em todas as raças, a forma o o tamanho dos croneos
variam entre os diversos indivíduos, e entre limites que são
muito estensos. (4) Não ha realmente nado que seja permanente
o fixo nos characteristicos de qualquer raça de homeus, nada
sobre que não produzam effeitos mais ou meuos decididos o
clima, a localidade, o alimento, o modo de vida, etc., quer separadomente quer em combinação. A este respeito ba muita differenço entre os diversas raças dos homens e as espécies dos animães selvagens; neste caso a uniformidade e lixidude de formo
e de hábitos são a regro, emquanto no das (roços dos homens a
diversidade e mutobilidado.o são.
Porá decidir o questão sobre a unidade especifico das diversas
roços que se encontram entre os homens ó necessário tumbem
não tomar em consideração unicamente os pouctos do divergeucia, mas também os de siinilhauça; e a decisão deve depender,
não tanto do numero daquelles, nem mesmo da suo importância
apparente, mas da proporção que ho entre elles c os ponetos de
similhanco. Ora, esta proporção é de uma pequenez quasi infi
nitesima. (5) O tempo de gestação, o relação proporcional eutre os nascimentos de meninos e os de meuiuas, o uumero, a
forma e os officios dos ossos que compõem o esqueleto huuiuuo,
as leis de dontição, o período de maduridade, o tempo em que
na constituição teem logor outros mudanças, a temperatura do
.sangue, a duração total da vida, os desejos e aversões, os diversas paixões, o imaginação, a consciência, os alleições, o razão, o
vontade, o percepção do que ó ridículo, o instiucto religioso.são
eguoes, ou quasi eguoes em todos as diversas roços dos homens.
Todos teem o poder de communicar suas idéas por meio de
palavras articuladas. Todas sobem fazer o empregar o fogo;
todos fabricam ferramentas, vestem-se com maior ou menor
quantidade de roupa, fazem uso de armas offensivas, e domesticomum gênero ou mais de animoes. Pode-se dizer tombem
com confiança que todas as raças, mos uão todos os indivíduos,
crêem em um mundo espiritual e em uma vida além do túmulo.
Como diz "o pai da anthropologia" (1): "Entre todos as diversos tribus dotadas de razão e do dom de fallar, vemos os
(1) Isto em conseqüência da skiatrophia ou do facto de que an ruças oi vi Usadas procurara expor-se o menos possível aos raios do sol. iV. llerod.,
III. 12 e VI. 12).
"Natural History of Man,"
pag. 85.
(2) V. Prichard,
(3) Ibid.
(4) V. o Discurso dirigido pelo Dr. Rolleston a Secçilo antbropologiou da
AfioclaçSo Britânica om 1 _7._ (Report, part II., par. ' MG.)
(.•») V. o Dr. Prichard ("Natural History of Man, pp. 477--54G.)
4,1 '
Outubro,
1S79.
.mesmos sentimeutos internos, desejos o avorsííos; as mesmas
convicções, os meemos sentimentos de estarmos snbjoitOH a
alguns jioderes invisíveis, 0, em estado mais on menos dosouvolvido, o soutiincnto do sermos rosponsavoifl a invisiveis vingadores do mal quo fizermos, e a agentes de uma justiça retribuidora, do cujo. tribunal uilo podemos escapar nem pela morto.
Km toda parte achamos, em grau maior ou menor, a possibilidado «lo elevar-se o homem, de cultivar seus dotes, do abrir os
olhos do sua intolligeucia á luz clara do Christianismo, do
amoldar-se Tis instituições da religiílo o da vida civilizada ; em
uma palavra, em todas as raças dos homens pode-se notar a
mesma natureza interior o mental." (1)
E' evidente que o argumento agora apresentado nilo só dimiuno o poso dos quo foram apresentados a favor da pluralidade
das espécies dos homens, mos que é também um argumento positivo a favor da unidade da raça humana. Si não prova absolutamonto quo todos os homens silo do uma só espécie e família,
sua tendência é nesta direcção. A similhança do indivíduos
entre si ó considerada como umdossignoes mais indubitaveis
da unidade do espécie. (2) Si olharmos debaixo da superfície quor
da 1'iirina do corpo humano, quer da vida e dos costumes dos
homens, toruar-se-nos-ha ovidente que, sob uma diversidade
apparente, ha uma similhança essencial e profunda quanto a
tudo o quo é do importância vital.
CAMBIO E PAPEL-MOEDA.
Sob esta epigraphe fez a redacção deste jornal um ligeiro
resumo das idéas enuuciadas em uma obra recentemente
publicada em Londres, pelo Sr. J. R. Dunlop, ein que
este combate o papel-moeda, porque, "sendo emittido pelos
Gr ovemos, podendo ser arbitrariamente augmentado, o não
tendo a elasticidade indispensável a um bom meio circulánte, 6 causa do constantes perturbações eommerciaes e
fi nanceiras, conseqüência da instabilidade dos valores quo
sempre se dá nos paizes que so servem do papel-moeda."
Reconhecendo e aponetando assim parte das desvantagens
que resultam para a economia social de um papel inconversivel, servindo de agente de permuta, o Sr. Dunlop indica
os meios que julga convenientes para operar a conversão
do papel-moeda do Brazil em divida publica fundada, do
juro de 5 p. c. pagavel em ouro.
A retirada do papel-moeda é sem duvida aconselhada
jiela probidade que deve characterisar as finanças de uma
sociedade civilisada, mas ainda e principalmente pelos mais
palpitantes interesses do paiz.
O papel-moeda do Biazil é o seu verdadeiro cancro fiíiiinceiro, e pasma ver que tantos estadistas illustres, que
se teem suecedido na pasta da Fazenda, reconhecendo
quanto tem de pernicioso o immoral esse expediente ou systema monetário, hajam no emtanto transigido com o monstro e nenhum jtasso serio tenham dado para a sua exúncção.
Com o papel-moeda não ha garantia possivel da própriodade, que, entretanto, constitue a base fundamental de
toda sociedade livre e bem organisada. E a prova mais
saliente e irrecusável da verdade desta asserção tivemol-a
uos effeitos da ultima emissão de 40 mil contos, emissão
que constitue utn dos maiores e mais lamentáveis erros que
se teem cotnmettido na gestão das finanças publicas. Antes
«Ia emissão, estava o papel-moeda depreciado om -cerca de
15 p. c, devido ás que se fizeram durante a guerra do Paraguay e ao curso forçado dado ás notas inconversiveis do
Banco do Brazil; mas uma apólice de 1,000$ valia £100 e
íriais, porque o cambio sobre Londres oscillava entre 24 e
25 «1. Depois da emissão, o cambio, obedecendo á lei economica, fatal e inexorável, baixou até 20 d. e a menos
ainda, o que quer dizer que os credores internos do Estado
foram esbulhados de 20 p. c. de sua propriedade empregada
em fundos públicos, pois que com uma apólice de 1,000$,
s«'» podem conseguir hoje um pouco mais de £80 !
Ora, segundo os dados olficiaes, a importância total dos
empréstimos públicos internos, que so baseam uo papelmoeda e cujo valor fluetua com o valor deste, ^era ha uin
anuo «le cerca de 340 mil contos, e o papel inconversivel
em circulação (notas do Estado e do Banco do Brazil) subia
á cifra de 180 mil contos, mais ou menos. Reunida esta
soturna aquella, vê-se que os possuidores das notas em circulação e os credores da divida publica iuterna soffreram
utn esbulho de mais de 100 mil contos—porque o Sr. Ministro da Fazenda entendeu ser " ruinoso para o Estado e
iujusto para os próprios possuidores de apólices " fazer
uma nova emissão deetas para pagar o déficit do orçamento!
E convém aiuda fazer observar, para que se tornem bem
jiatentes o jierigo a que está exposta a propriedade onde
existe papel-moeda com curso forçado, e toda a iniqüidade
da desastrosa emissão dos 40 mil contos, que a depreciação
não feriu somente os legítimos interesses dos credores do
Estado. Não se pode computar razoavelmente em menos
de um milhão de contos a somma total das transacções de
credito pendentes_entre os particulares em uma sociedade
na qual a industria principal é a agricultura, cujas transacções de credito se baseam em colheitas annuaes. Si esta
apreciação, pois, fôr exacta, corro creio, foram esbulhados
os credores emjcerca de 200 mil contos por seus devedores,
e sem que tenham o direito de reclartar indemnisação
alguma!
"Natural Hiítory uf Alan,"
(1) Piichartl,
jip. 5-15, 54G. O Dr. liolleston
diz delles "Tem nUlo chamado, e parece-me com justiça, opa daantbrop< logia moderna." (Address
p. 154.;
" Physiologio
VégÉtale," Vol. II, p. G8!); [e couflra-st
(¦J) V. " De Candolle,
Bullon,
Hist. Natitrt-1
relle," e Ouvler, "KOgne Animal," etc.
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO
O que, pois, resultou de facto
para os possuidores do
apólices, "a quem seria injusto prejudicar," foi uma rodncção de 6 jmra 4 8jl0 p. o. dos juros do seus títulos, sem
consentimento ou audiência delles,
pois a tanto eqüivale a
depreciação quo soffrernm os seus títulos do credito.
Tudo isto porque o Governo não quiz onerar o Thosouro
com mais 2,400 coutos annuaes do juros !
Da taxa média do cambio, anterior á ultima omissão do
papel-moeda, doprende-so que o paiz caroço, para suas
transacções internas, do cerca do 18 milhões do libras esterUnas, ou o sou equivalente. Qualquer
quo soja, portanto,
a somma do papel incouversivol que opprlma a circulação,
nunca poderá valor mais do 18 milhões do libras, porque o
excesso não pode ser exportado como mercadoria, o quo
suocederiã si a circulação monetária fosse metallica ou
imxth. E' esta a lei econômica que nenhuma medida urbitraria, que nenhum meio artificial pode contrariar o annullàr
permanentemente. Segue-se d'ahi que os 220 mil coutos
mais ou menos do jiapel inconversivel, quo actuabnento
existem na circulação fazendo as vozes de mooda, não valem
mais do 18 milhões do libras, e que o cambio determinado
pela lei econômica é proximamonte o do 20 d., que só a
agiotagem, a especulação ou causas aceidentaes c artificiaes
podem alterar temporariamente para mais ou para menos.
Assim, para que o cambio subisse outra voz a 24 ou 24. d.,
fora necessário quo se retirassem da circulação os 40 mil
contos das notas ultimamente eraittidas, o somente a retirada de cerca de GO mil contos faria com que o cambio fosso
proximameuto ao imr (2/ d.), sem que comtudo fosse possivel evitar as constantes osoillações provocadas jtela ágiotagem, de que o Thezouro é sempre a principal o a maior
victima.
A experiência, entretanto, tem mostrado que, no Brazil
ao menos, é tão pueril acreditar-se em tuna gradual âmortisação do papel-moeda, quanto é chimerico esperar que um
imposto, nina vez lançado, 'embora como recurso transitorio, desappareça dos orçamentos.
Quando um GoveriM lança mão do jiapel-moeda, é sempro sob pretextos mais ou menos especiosos, o como medida
trausitoria, promettendo solemiieinente que será retirado
da circulação logo (pie cessem as causas quo determinam
a emissão. Promulgam-se, neste intuito, leis, garantindo
o valor do papel emittido a um padrão fixo e invariável,
auetorisando o Governo a fazer as operações de credito quo
para isso forem necessárias, prohibindo sob as mais severas
penas as novas emissões, etc, etc. Mas, uma vez lançados
os Governos no fatal plano inclinado, é quasi impossível
fazel-os parar. O próprio discredito publico, quo é o corollario do pernicioso expediente financeiro, força os Govemos a continuarem o abuso em face do retrahiincuto e
da emigração, em grande escala, dos capitães, que a medida
provoca inevitavelmente.
Ha muito, pois, que a practica, de harmonia com a sciencia, encarregou-se do demonstrar por toda a parte quo esse
fatal expediente financeiro traz sempre resultados desttstrosos, quer para as finanças publicas, quer para a economia
geral de uma sociedade, e que devo ser peremptoriumente
eondemnado como altamente inconveniente, illegitimo o
immoral.
Muita gente está sinceramente couvoucida de que, embora anti-economica, a emissão de papel-moeda contribuo
para o Estado um direito, porque é, con? razão, considerado
direito magestatico (ãroit régalieu) o da cuuhagein da moeda, propriamente dieta.
Este erro provém de não considerarem quo o direito que
tem o Estado de cunhar a moeda metallica, deriva da obrigação que lhe incambe de fixar a medida publica de valores,
garantindo assim a fiel execução dos contractos entre os
membros da sociedade e evitando a fraudo e a má fé nas
permutas e transacções sociaes. Entretanto nem o papelmoeda emittido pelo Estado, nem outra qualquer espécie
de títulos fiduciarios, constituem moeda. São simples promessas de restituição de valores recebidos, nada mais. E
obrigar os membros da sociedade a receberem um titulo
fiduciario, em vez de um valor fixo, invariável e positivo, é
de certo violar abertamente o direito de propriedade. O
Estado, pois, não exerce um direito, commette um abuso
inqualificável, quando se arroga a faculdade de emittir papel com curso forçado. E este abuso é tanto mais diguo
de censura, quanto é inquestionável que a principal missão
da auetoridade é garantir em toda a sua plenitude a pro-priedade e os direitos dos cidadãos.
Ha ainda quem trausija com o papel-moeda sob o falso
fundamento de que, constituindo a sua emissão um meio
practico e fácil para o Estado obter um empréstimo avultado sem pagar juros, convirá usar desse meio, uma vez
qne o faça dentro de certos limites razoáveis, que evitem a
sua depreciação e as perturbações que o seu excesso traz
ás transacções sociaes. Mas si o papel-moeda é o abuso
do credito por excellencia, porque a promessa de pagamento
é nelle illusoria, não será um contraseuso admittir que o
Estado use de um abuso ?
As notas emittidas pelos bancos chamados de circulação,
e regularmente estabelecidos em um paiz onde não circula
papel-moeda, são benéficas, uão porque substituam, mas
porque disjJcnsam uma certa quantidade de metaes preciosos.
Mas taes notas são conversíveis tí vista e a vontade do
portador, e a sua acceitação é sempre facultativa e não
235
obrigatória. E' isto o que evita os abusos
por jiarto dos
bancos. Sob a pressão da constanto ameaça do abertura
do fallencia, quando deixarem do converter em metal as
suas notas, tornam-se os bancos nocessariamento ciuitelosos uas suas omissões, o o sou raolhor fiscal é o
publico,
quo lho concedo ou retira o credito, segundo a maior ou
menor |)onetuali«lado «pie houvor ua conversão, o segundo
a maneira mais ou menos jndiciosa por (jue procederem.
Iía, entretanto, quem esteja porsuadido do
que o publico
não aufere vantagem alguma das omissões dos bancos,
pois
que elles lançam aompro uma somma de notas na circulação
maior que aquella que constituo a sua reserva metallica,
auferindo assim juros do um capital nominal, ou do um
capital que não lhes jiertenco.
Esta BUpposiçSG só tem fundamento quando a sociedade
está sob um rogiineu de monopólio bancário,
quando ha
um único banco do emissão privilegiado,
porque, sob o legiiiicn da liberdade bancaria, o único que esttí em Iitirmonia com os seus princípios econômicos, os bancos são forçados, pela conourroneia, ti baratear a taxa do juro om boneficio da industria social, até quo o lucro auferido se reduza tí renda liquida a «pio tem jus sou fundo capital! Os
baucos, em sunima, só conseguem da industria aquillo
que
lhes jiertenco, isto é, o juro do seu capital o o
prêmio de
garantia que resulta desso capital o das transacções «le crodito, que constituem a base do suas operações.
Quanto ao modo practiso, lembrado pelo Sr. Dunlop
de levar a effeito a retirada do papel-moeda da circulação,
parece-me envolver mais do um defeito, e o pripcipàl, a
mou ver, é a intervenção «lo Manco do Brazil na operação.
Não vejo por que o Governo incumbiria o Banco «lo
Brazil do uma operação quo podo sor levada ao cabo
pelo
próprio Thosouro.
O Banco do Brazil, que tem gozado do um grande monopolio, não correspondeu nem podia corresponder ás esperanças de seu illustre fundador.
Basta do monopólios o sobretudo om matéria de credito
que tautos males os teem acarretado. O monopólio é o
privilegio e o privilegio é a irrosponsabiliilade, que gera
fatalmente o abuso.
Ha, na minha humilde opinião, um meio muito mais
simples o practico de operar ti salutar o indispensável reforma monetária que se discuto, e este meio procurei eu
indicar em um estudo econômico quo publiquei ha cerca de
dous anuos e que faz parte de um livro quo corre itn|iresso
sob o titulo do Estudos de Economia politica. Peço a
attenção do leitor para o seguinte trecho, que resume o
plano financeiro que me pareceu o mais vantajoso aos interesses do paiz, para conseguir-so o fim desejado :
"
Quero persuadir-me que consegui demonstrar claramente o jogo desta lei econômica quo todas as vantagens
resultantes da emissão de notas conversíveis, feita pelos bancos, revertem invariavelmente a favor da sociedade, sob o regimen da concurrencia ou da liberdade bancaria. E em
face desta lei tentarei tambom demonstrar qne os otius sociaes provenientes da retirada immcdiata do papel-moeda
da circulação, serão puramente nomiuaes ou ajiparentes,
ainda dando de barato todas as vantagens indirectas que
resultariam da confiança publica restabelecida, da garantia
ao capital, e da extineção da agiotagem desde que cessasse
a causa que lhe deu origem e que a alimenta.
ll. . . . E' sabido
que o Estado não tem rendas próprias
e que tira todos os seus recursos, sem excepção alguma,das
reudas particulares ou individuaes', que décima por meio dos
impostos. Segue-se dahi quo estas rendas individuaes ou
sociaes serão sempre maiores ou menores, na razão inversa
de taes impostos.
"Digamos,
portanto, que os membros da sociedade ficariam onerados por mais 7 ou 8 mil contos annuaes de impostos que o Estado teria do exigir, para pagar os juros da
divida fundada, «jue houverem de contrahir para consolidar
a sua divida fiuctuaute representada pelo papel-moeda em
circulação. Isto é o que todos vêem. Mas o (jue não vêem
todos e não querem ver alguus, ó que a sociedade lucraria
uma somma annual equivalente na economia proveniente
de um instrumento social de permuta barato, de valor invariavel, e sempre cfficaz, que lhe proporcionam os bancos
por meio de suas notas conversíveis, como já demonstrei.
De modo que si por um lado teria a sociedade de ser onerada, por outro ficaria alliviaãa na mesma proporção, além
de lucrar por mil outros modos, convindo não perder de
vista que, entre as vantagens directas e immediatas da retirada do papel-moeda, avultaria a da roducção (jue elia traria infallivelmente no juro da divida publica interna. Nenhuma razão haveria para conservar-se este juro acima de
5 por cento desde que cessasse a necessidade do prêmio de
garantia ou de seguro, que affecta o juro da divida publica
interna, como affecta aquelles quo paga a industria, visto
que uns e outros estão subjoitos ao risco que resulta de uma
medida de valores variável, prêmio que torna o papel-moeda
o mais caro dos agentes de permuta que possa ter uma sociedadu qualquer.
''E, em vista disto, apreciarei os resultados
prováveis de
uma medida practica, que não poderá deixar de oceorrer
ao financeiro que tiver a patriótica idéa e a gloriosa missão
de operar a grande e urgente reforma.
" Supponhainos,
pois, que o poder legislativo declare o
papel-moeda sem curso legal e forçado de certa data em
(Segue u _?«_>. 238.;
236
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
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O NOVO MUNDO-PERIODICO BRAZ)LEIRO
237
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LUCTANDO COM FERAS PERANTE NERO.—[quadro de h. merté.]
^
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO
-<« *
diante, digamos, no prazo de um BODO, tornando desde eutão obrigatório o pagamento do todos os impostos em motal, e as notas do Estado conversíveis desdo logo em títulos
públicos,vencendo juros, pagaveia em ouro. de 5 por cento.
Si a.» mesmo tempo concedesse aoa bancos existentes, inrltiMve o Manco do Brazil e a mais alguna qne ae eatabeleccss.-in, n faculdade de einittir notas ao portador, sempre
conversíveis em ouro, sob pena de abertura de falloncia e
liquidação forcada o immediata, viria logo a industria commercial preparar-se para o novo systema de pagamentos do
íf impostos, importando metaes preciosos o os bancos absorvendo estes metaes apenas entrassem ua circularão, para
com elles formarem as suas reservas metullicns. Ao uiesmo tempo, procurariam os bancos, por todos os meios a
seu alcance, promover a rápida conversão d.» papel-moeda
em divida consolidada, porque isto lhes será aconselhado
por seus interesses imme.liatos, desde «pio lhe conviesse
encher, com o seu papel, o vácuo quo houvesse de deixar o
papel-moeda ua circulação.
" Destarte seria feita a importação «le metaes
preciosos,
na proporção necessária, sem abalo, sem grande sacrifício
para a industria, sem transtorno 110 meio circulante, tinalmente sem necessidade de operações de credito no estrangeiro
por parto do Estado. E para que a nova divida consolidada
fosse absorvida gradual mento pelos capitalistas europeus,
bastaria que os juros respectivos fossem pagaveis ií vontade
e á requisição dos credores, cm «pialquer dos grandes centros monetários da Europa. Em definitiva, seriam assim
importados do 10 a 15 mil contos em ouro, somma que seria mais quo stifficiente para não se afastar nunca a medida
de valores, 011 para manter o cambio permanente ao par.
Os bancos ficariam assim em posição de darem ao meio circulaute o clasterio de quo tanto se falia, e ao qual dá-se
geralmente excessiva importância, porque nada ha do mais
intelligeute e engenhoso do quo ti industria, na orgauisação
tle meios practicos para facilitar suas trocas em épochas de
aclividado anormal. Cumpro não esquecer que as crises
financeiras não revelam, em rigor, falta do capital moeda
para pagar produetos o sim falta fie meios para solvercm-se
compromissos provenientes de abusos de créditos. São eataa
crises do ordinário meros syinptoinas febris, que se manifestam no organismo social, o quo teem o seu curso fatal,
como suecedejás febres symptomaticas no organismo animal. E' sempre perigoso abafar a febre em (pialquer dos
casos por meios artificiaes: convém iudagar-lhes p.s causas,
f e curar a iufermidade, removondo-as. ..."
E' incontestável que o paiz está causado de sotTrer os
males que lhe causa esso llagello, que se chama papelmoeda, o qne cada dia vai calando mais no espirito publico
a necessidade de cxtingiiil-o por uma vez. Os homens
practicos, iutelligeutes o instruídos já não so illudem sobro
ns vantagens, meramente apparentes, que ás finanças do
Estado proporciona o papel-moeda e ha muito começaram
a comprehender oa seus innumeros e perniciosos efleitos.
Está na administração das finanças um estadista, distinctf» p<>r sen taleuto o luzes: não podo ter escapado á sua
perspicácia a necessidade indeclinável que ha de reformar
111 ti systema monetário que, baseando-so em um papel inconvertivel, de valor fluctuante, variável e subjeito aos capríohoa do acaso o da agiotagem, torna impossível qualquer
calculo, c deixa sem fundamento certo os orçamentos publicoB o todo o qualquer plauo financeiro.
Queira elle, o as dillicuIdades desapparecerão como por
encanto.
E ver-so-ha então o paiz entrar em uma nova phaso de
progresso o riqueza, porque terá desapparecido o phantasma
que uão somente repelle e afugenta os capitães estrangeiros, mas promovo a emigração da maior parte das oconomias nacionaes.
Mabtinus Huyer.
do
Commercio.)
Jornal
(Do
ESCHOLA
CENTRAL DE PARIZ.
Foi inaugurada, a 3 de Novembro de 1829, a
Eschola Central de Pariz; vai, pois, completar, em
breve, meio século de existência.
Para celebrar este semi-centenario o engenheiro
Charles dk Comuerousse, um dos mais distinetos
professores dessa eschola, acaba *de publicar um
livro, tendo por titulo: Ilistoire de 1'Ecole Centrale
des A ris et A/anufactures, depuis sa fondaiion jusqud
nos fou rs, par Charles de Cotnberousse, Ingenieur Civil,
professem- de Alecanique a PJSiólè Centrale, ancien etcve et memore du Conseil de VÊçole,—Paris—Librairie
'illars.
Gauthiers-1
Nesse interessante livro vem narrado como nasceu
a Eschola Central de Pariz; como se desenvolveu
pouco a pouco; seu estado actual e suas esperanças
futuras.
Esta eschola é filha da iniciativa individual; pode
servir de typo a instituições análogas, que se queiram fundar no Brazil, agora que ahi estilo lançadas
as bases para o ensino livre. Será, pois, lido com
interesse o seguinte resumo do excellente livro de
COMBEROUSSE.
Como sabem nossos leitores, a epocha actual é a
da grande industria.
Na segunda década deste se-
OUTUIIRO, 1S79.
BRAZILEIRO
etilo a humanidade, graças a Watt, a Fulton e a
StephenSON, achou-se dotada da machina a vapor
para as grandes fabricas; dos navios a vapor para os
transportes marítimos e dos caminhos de ferro para
os transportes terrestres.
Nessa epocha a França só tinha a Eschola de
Pontes e Calçadas para formar engenheiros para as
obras do Estado, que consistiam quasi exclusivamente em estradas de rodagem e em canaes.
Não havia onde preparar engenheiros para a
grande industria, que acabava de nascer. Foi, então, (pie trez Franceses devotados, Péclet, Olivier
e Dumas, decidiram crear uma eschola de artes e
manufacturas.
Lembremos que Péclet é o grande physico, ceiebre pelos seus trabalhos sobre a illuminação e sobre
o calor; OLIVIER, o discípulo e o continuador dos
trabalhos de Gaspar Monge e de Hachette
sobre a geometria descriptiva; Dumas, o illustre
chimico, actualmente secretario perpetuo da Academia das Sciencias.
Esses trez sábios, como sempre, eram faltos de
recursos; tiveram, porém, a felicidade de encontrar
em LavalléE um sócio com o capital necessário á
empieza, e, principalmente, com uma devotação por
demais provada em 32 annos de direcção da Eschola
Central.
Por fortuna o Ministro da Instrucção Publica em
1829 era De Vatimesníl, que acolheu com a maior
benevolência a nova idéa, e não julgou dever contrariar a instituição como rival da eschola do Estado.
No enitanto não faltaram dificuldades a vencer, e
foi necessário empregar toda a devotação dos fundadores para que a Eschola Central se abrisse a 3 de
Novembro de 1829 com 140 alumnos, dos quaes aiguns eram de maior edade do que seus professores;
prova evidente de que era, desde muito, sentida a
necessidade de uma tal instituição.
A principio só houve nove cursos:
1"—Geometria descriptiva;
2°—Physica industrial;
3°—Mechanica industrial;
4o—Chimica e Artes chimicas;
5°—Historia Natural industrial;
6o—Exploração de Minas;
7o—Arte de Construir;
8o—Economia industrial;
9o—Desenho.
Os professores desses diversos cursos eram Olivier, Péclet, Dumas, Colladon, Bronguiart,
BlNEAU, GOURLIEK, GUILI.EMOT e LeBLANC.
Além das lições oiaes, havia trabalhos graphicos;
experiências de physica e de mechanica e manipuOs alumnos
lações nos laboratórios de chimica.
e
eram freqüentemente interrogados
passavam por
vários exames.
Graças a esse regimen, a Eschola Central creou
logo fama de produzir engenheiros practicos muito
fortes em Geometria descriptiva e em desenho, e,
portanto, muito próprios para a direcção de fabricas.
O curso durava trez annos; a pensão era de 800
francos por alumno e por anno, ou 2,400 francos
para todo o curso. Todos os alumnos eram externos.
Os excellentes resultados obtidos permittiram logo
ampliar as matérias do ensino, elevando a 18 o numero dos cursos, a saber:
4—Para o primero anno;
8—Para o segundo;
10—Para o terceiro anno.
As revoluções de 1830 e de 1848 produziram verdadeiras crises na Eschola Central; mas foram galhardamente vencidas; em 1850 ella abriu-se com
Dessa epocha em diante o Governo
350 alumnos.
dos Departamentos e a Sociedade
os
Conselhos
geral,
faz
o papel da nossa Auxiliadora, e
França
na
que
Société
aVEnçouràgement,.começadenomina-se
qne
ram a votar pensões e meias pensões para auxiliar
os moços pobres que desejavam estudar na Eschola
Central. Já então o numero dos engenheiros formados pela Eschola Central era tão grande que julgaram dever formar a Société des Ingénieurs Civils, uma
das mais bellas instituições da Trança.
Estava assim a Eschola Central em plena prosperidade, dando a seus fundadores uma renda liquida
annual de 100,000 francos, quando trez dos seus
fundadores, Lavallee, Péclet e Dumas resolveram
Deram, como a razão disso, d
cedcl-a ao Estado.
desejo de assegurar a perpetuidade da instituição,
temendo que por seu fallecimento viesse a desapparecer.
Ora, ha nessa republica dos Estados Unidos universidades, academias e collegios fundados pela
iniciativa individual, e que gozam perfeitamente das
vantagens da perpetuidade sem ingerência do Governo. Parece-nos ser esta resolução devida á inBüencia da tutela governamental no ensino, que é
um dos grandes males da França ; a Eschola Central
era grande e prospera, contava centenas de alumnos,
O monopólio governalogo devia ser do Estado.
assim
raciocina
sempre
mental
; não quer, não
alguma grande c
instituição
admitte, não consente
forte fora da subjeição direeta e immediata ao Governo.
Passando para o Estado a Eschola Central foi
inteiramente reformada. Os exames de entrada foram substituídos por concursos públicos, exigindo-se
provas oraes e composições escriptas, e dando-se
Exige-se
sempre grande importância aos desenhos.
de
collecções
epuras
apresentem
candidatos
os
que
de geometria, desenhos de architectura e de inachinas e cadernas com esbocetos (croquis). Quasi sempre apresentam-se de 350 a 400 candidatos e entram
na eschola 210.
O rigor do concurso da entrada melhorou natttralmente a estatística da Eschola Central; outr'ora
de 10 alumnos só 4 obtinham o titulo de engenheiro;
hoje de 10 conseguem 7 este documento.
Até 1832 tinha a Eschola Central um conselho de
aperfeiçoamento ; foi esse conselho restabelecido na
nova organisação pelo Estado. A duração dos estudos continua a ser de 3 annos : nove mezes passamse em cada anno na eschola e trez mezes em ferias,
subjeitas a trabalhos practicos externos, que os alumnos são obrigados a apresentar. Cada dia os alumnos
passam seis horas na eschola ; trez horas em duas
lições de hora e meia cada uma; as trez outras em
trabalhos graphicos e de laboratório. E' necessário
ainda que o alumno estude trez a quatro horas em
casa para poder sahir-se bem nas incessantes provas
Dessas
de aproveitamento a que são obrigados.
notas
das
de
caderno
o
provas a mais importante é
frecaderno
é
esse
lições, dadas pelos professores ;
os
professores
quentemente íiscalisado, de sorte que
e os repetidores accompaham |dia por dia o trabalho
dos alumnos, e podem formar um juizo perfeito sobre
sua applieação e seu aproveitamento.
O primeiro anno da Eschola Central comprehende,
actualmente, nove cursos, com 24 exames particulares e um exame geral para cada curso.
Eis um quadro resumindo esses cursos, com as
lições e o numero de exames particulares :
Exames
T,
LiÇ°e8particulares.
i°
2"
3°
4o
5o
6o
7o
8o
9°
Analyse mathematica
30
Mechanica geral
45
60
Geometria descriptiva
Physica geral
60
Chimica geral
60
Mineralogia e Geologia
30
Achitectura
24
22
Elementos de Machinas
Historia natural
35
Somma
366
2
5
4
4
5
2
1
1
o
24
Além disso, ha vinte sessões consagradas ás manipulações de chimica geral, sendo 16 para chimica
mineral e 4 para chimica orgânica; ha 8 sessões para
experiências de physica geral; 4 para stereotomia e 3
para levantamentos de topographia, de architectura
e de machinas.
Nas ferias do primeiro anno devem os alumnos
executar desenhos de architectura e de machinas,
fazendo elles mesmos os esbocetos, e apresentar uma
memória especial tractando de alguma questão de
Todos esses trabalhos são julgados na
mechanica.
abertura dos cursos seguintes.
0 segundo anno comprehende 10 cursos com 24
exames particulares e 9 exames geraes, a saber :Exames
T ,
LiÇ°es'
particulares.
i° Mechanica applicada (ift parte) 55
2o Construcção de Machinas (ia
parte)
50
50
3o Construcções civis
industrial
45
Physica
4o
analytica
50
5o Chimica
r...
38
6o Machinas a vapor
Minas
(itt parte) 24
7o Exploração de
8o Technoiogia
35
Resistência
dos
da
Applieação
90
Materiaes
25
20
10o Legislação industrial
Somma
392
4
4
3
3
3
3
2
1
1
24
0 exame geral do curso de exploração de minas só
é feito no fim do 3.0 anno; é por isso que o segundo
anno só tem 9 exames geraes havendo dez cursos.
Durante o segundo anno os alumnos executam 23
manipulações de chimica analytica; 3 de docimasia;
4 de physica industrial; e consagram duas sessões ao
estudo do escoamento dos gazes e duas á medição
de cursos d'agua; quatro ao levantamento de uma
planta e a um nivelamento, e quatro a trabalhos de
forja, de fundição e de montagem de machinas.
Durante as ferias do segundo anno, devem os
alumnos fazer applicações da resistência dos materiaes e visitar varias fabricas; ao chegar á eschola
devem apresentar esbocetos e desenhos do (pie viram
em viagem, accompanhados de um relatório.
0 terceiro anno actual da Eschola Central com8
prehehde 8 cursos com 19 exames particulares e
exames geraes a saber-
OuruiiRO,
1S79.
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO
LIç.Vi.
Exumei
pnrticuliire*.
1" Mechanica applicada (Hydraulica e Thepria mechanica do calor).. 45
3
2a Construcção de Machinas 53 3
3° Obras publicas
55
3
4S
3
4o Chimica industrial
54
3
5° Metallurgia
6o Caminhos de ferro
42
3
1
7" Exploração de Minas (2* parte). 16
8" Legislação industrial
10
o
Somma
323
19
Durante o anno os alumnos teem de executar 8
analyses em 16 sessões e 6 projectos completos,além
do concurso final, que termina sua formatura, e que
deve ser feito em um mez.
Resumindo este importante curso temos:
Licitas. Exumo» parolaos.
1" Anno
366
" ---2"
392
3" ---- 323
24
24
19
Exames geraes.
9
9
8
Somma 1,081
67
26
Assim, pois, recebem os alumnos 1,081 lições e
passam por 93 exames particulares e geraes.
Os engenheiros, formados pela Eschola Central de
Pariz, gruppam-se em quatro especialidades:
Engenheiros constructores;
Engenheiros mechanicos;
Engenheiros metallurgistas;
Engenheiros chimicos.
Todos os alumnos fazem os mesmos estudos; a distincção de especialidades é somente nas provas practicas e no concurso final.
Os alumnos que satisfazem a todas as provas exigidas, recebem ao sahir o diploma de Engenheiro de
Artes e Manufacturas; os que se mostram deficientes
em algumas disciplinas recebem a apenas um attestado de capacidade.
A partir de 1872 estabeleceu-se a nova especialiPara isso foi nedade de Engenheiros agrônomos.
cessario crear novas cadeiras.
O curso de historia natural, feito no primeiro
anno, comprehendia a botânica e a zoologia; augmentou-se no segundo anno um curso de zootechnia
ou de historia dos animaes úteis e nocivos, o qual
comprehende 20 lições e um curso de phytotechnia
ou Historia das plantas úteis e nocivas, também em
20 lições.
No 3.0 anno introduziu-se um curso de economia
rural em 20 lições. Os candidatos a Engenheiros
agrônomos fazem manipulações de physica e chimica; analyses e trabalhos practicos durante as ferias,
todos appropriados á sua especialidade.
Na 3.:v parte do seu livro o engenheiro Comberousse apresenta o plano, já estudado, e que espera-se executar em breve, do edifício especial para a
Eschola Central de Artes e Manufacturas.
Faz depois um resumo das eseholas análogas que
existem na Europa, notoriamente:
—A Eschola Polytechnica Federal Suiss», fundada
era Zurich em 1836;
—A Eschola de Artes, Manufacturas e Minas,
fundada em Liège em 1837;
—O Instituto Real Industrial de Berlim;
—As Eseholas Polytechnicas de Dresde, Munchen,
Carlsruhe e Aix-la-Chapelle;
—A Eschola Imperial Technica de Moscow;
que
fusão da Eschola Central de Artes e Manuuma
é
facturas de Pariz com a Eschola de Artes e Ofhcios
de Chalons.
Na própria França cita o engenheiro Comberousse
a Eschola Central de Lyon, que funeciona, desde
alguns annos a esta parte, com muita regularidade,
e as Eseholas Centraes que vão abrir-se em Lille,
Rouen, Bordeos e em Genebra, na Suissa franceza.
Em presença de tão vasta coneurrencia, diz o engenheiro Comberousse que, para sustentar sua superioridade, necessita a Eschola Central de Pariz de
dar maior desenvolvimento ao ensino practico, fundando vastas officinas. Lembra também a conveniencia de estabelecer um quarto anno complementar, destinado só aos alumnos que melhores provas
exhibissem nos trez primeiros.
'
Esse quarto anno comprehenderia os seguintes
cursos:
—Complemento da Analyse;
—Complemento da Mechanica:
—Curso especial de Thermodynamica e de suas
applicações ás machinas;
—Curso de Philosophia da Chimica;
—Curso de línguas vivas;
—Curso de Geographia comparada;
—Curso de Alta Litteratura e de Historia da Arte;
—Curso especial de Economia poljtica e industrial.
O engenheiro CombErousse recommenda especialmente o estudo da sciencia econômica; existiu na
fundação da Eschola Central; mas foi supprimido
quando era moda na França guerrear os economistas
e é imprescindivel a restauração desse curso ; pois
mal se pode comprehender engenheiros e industriaes
ignorando a sciencia tpie ensina como se forma, como
se distribue e como se consome a riqueza.
Em appendice a este interessante livro acham-se
os elogios ou os resumos biographicos dos fundadores da Eschola Central—Olivikr, Pèclet e Lavallée; dos illustres directores Perdonnet, o celebre
professor de caminhos de ferro, e de Petikt; e de
dous engenheiros da Eschola Central, que são grandes beneméritos da industria franceza:—Polonceau
e Callon.
Termina o livro um trabalho do engenheiro Level
sobre a necessidade de dar aos engenheiros civis
algumas noções de arte militar, afim de que elles
possam contribuir vantajosamente na defesa da patria, em catastrophes análogas ás de 1870 e de 1871.
Rafael Joseffy, um dos melhores pianistas 1110dernos, e que está agora dando concertos nos Estados Unidos, é rapaz de vinte e seis annos e tocava
em publico quando contiva septe.
Nasceu perto
de Pesth, na Hungria, e tendo mostrado muito gosto
para musica foi mandado para essa cidade aos cinco
annos. Tão boas contas deu de si que seus pais o
mandaram á Leipzig onde o menino estudou dous
annos com Moschelles e depois com o celebre
Tausig, então considerado como o primeiro pianista
da Allemanha. Em Leipzig foi-lhe conferido o grande prêmio Mendelssohn. Mais tarde foi a Weimar
onde viu Liszt tocar de perto, mas não lhe agradando absolutamentente a eschola delle, Joseffy foi
a Vienna. O primeiro concerto que ahi deu custoulhe immenso fiasco. Os críticos disseram que fazia
muito barulho e que carecia de estylo e de concepção pura, elevada e poética, por melhor que fosse o
seu téchnique. Esse fiasco não o esmoreceu, ao contrario: passou trez annos em árduos estudos e quando reappareceu em publico ahi mesmo foi recebido
com enthusiasmo pelos mesmos críticos, que agora o
comparavam aos melhores mestres d'arte. Um delles
disse que em Joseffy se concentravam Liszt e
Tausig; outro que era Bui.ow e RubÍnstein em
um só.
Depois de similhante "baptismo" Joseffy tem
achado fácil o caminho dos triumphos. Elle tem
viajado pelo norte da Europa e Allemanha. Esperava esta temporada ir á Pariz; mas uma excellente
offerta de New York o trouxe para aqui.
Chopin, Bach e Beethoven são seus auetores
predilectos. Apezar de Húngaro, não gosta de dansas húngaras.
NOTAS DIVERSAS.
—Os communistas que voltaram de Caledonia
para Pariz queixam-se amargamente dos maus tractamentos que soffreram ás mãos das auetoridades de
MacMahon.
Foram mal alimentados, sobrecarregados de trabalho e constantemente expostos ao sol.
—Teve logar ultimamente em Pepinster, na Belgica, um duello, em que as partes principaes foram o
Conde De Veysy, celebre por suas immensas riquezas, e o Barão de Vauloo. As armas foram pistoIas, e o Barão foi morto. O Conde foi preso, e não
obstante offerecer fiança de 400 contos de réis, foi
recolhido á prisão.
—O Dr. Petersen, viajante allemão, ultimamente
subiu ao poneto mais alto da Jungfrau, monte quasi
inaccessivel dos Alpes, cuja altura é de 3,910 metros
acima do nivel do mar. Teve uma hora de céo claro
Diz que viu dahi a cadeia ine vista desimpedida.
teira dos Alpes, desde a parte mais remota do Tyrol
até Dauphine, inclusive o Monte Branco e os outros
gigantes do Sul.
—Um dos maiores pregadores catholicos romanos
de Londres, o Monsenhor Capel, o Catesby de
" Lothair," virá em breve
para o Cajiadá e estes Estes Unidos, com a esperança de obter aqui o dinheiro
necessário para o livrar dos embaraços pecuniários
em que se acha envolvido em conseqüência dos
esforços feitos por elle para estabelecer a Universidade Catholica em Kensington.
—Por ordem dos engenheiros reaes empregados
na tarefa de rectificar o leito do rio Tibre em Roma,
está progredindo mui rapidamente nessa cidade a demolição das antigas casas e muros ao longo desse
rio; mas a cada passo tiram-se photographias para
conservar assim as vistas pictorescas que vão sendo
destruídas. Assim como Florença já tem seu novo
Long' Arno, Roma terá em breve seu Longo Tibre.
—Adelaide Stanhope, a primeira aetriz do
Theatro da Califórnia pertence á aristocracia ingleza,
sendo a única filhado Rev. Henry Stanhope e neta
E', portanto, prima
do Conde de Harrington.
do presente Conde. Uma de suas tias casou com o
Duque de Bedford, e outra com o de Leinster.
—O seguinte curioso calculo sahiu á luz em um
jornal francez : O Príncipe imperial teve dezesepte
feridas; ha dezesepte algarismos no nome de Napo-
-39
i.f.Ào Bonaparte; a somma dos algarismos de 1808,
annò em que nasceu NapoleAo 111, é 17; e assim
também a dos de 18211, anno em que nasceu Euoenie, e de 1853, anno em que se casaram.
De 1S53
até 1870, anno em que decahiram, são dezesepte
annos.
O Príncipe imperial teve dezesepte annos
de edade quando seu pai falleceu; ha dezesepte lettrás no nome de Le Lieutenant Carey, e a somma
dos algarismos de 1862, anno em que nasceu o Principe Victor é também 17.
—Em Varzin, residência de campo de Bismarck,
este estadista e lavrador só permitte tpie derrubem
nas mattas arvores em numero sufticiente para deixar entrar a luz. As cartas que escreve para sua
irman mostram quanto é grande o amor que tem á
agricultura e á caça, ás mattas e á vida socegada de
um lavrador.
Luther Buciiar é a única personaofficial
gem
que o accompanha; é elle quem examina
todos
os documentos importantes que cheprimeiro
Berlim,
de
e aprompta-os para serem assignados
gani
Buchar, que se recusou a pagar
Chanceller.
pelo
impostos em 1848 e que por isso viveu por muito
tempo em exilio na Inglaterra, é exactamente adaptado a Bismarck e Varzin. Viveu por muitos annos
na Pomerania e foi eleito por essa Provincia para
represental-a na Assembléa nacional de Berlim.
—A familia real da Hespanha
passou o verão nas
montanhas Guadarrama, na altura de 3,800 pés acima do mar. O logar em que se acha o palácio real
naquelles montes foi comprado a uns monges por
Philippe V, o Príncipe dos Bourbons que quiz perpetuar na Hespanha a dynastia dos Hapsisurg como
Philippe V
herdeiro de sua avó Maria Theresa.
mandou construir alli um palácio, e fazer jardins em
imitação dos de Versalhes, empregando seu tempo,
de 1719 até 1746, em gastar rios de dinheiro,de modo
que só os jardins custaram cerca de 90,000 contos de
réis. Em troca desta despeza o Rei tinha, como
costumava dizer, a satisfação de possuir uma residencia mais elevada no ar do que a de qualquer outro
soberano da Europa.
—Na África um cavallo valioso, que pertenceu ao
Lord William Beresford, morreu envenenado com
chá da índia. Um cosinheiro do quartel general
deixara algumas libras de chá em um sacco, e sendo
este achado por um dos criados de cavalhariça, este
o encheu de milho sem primeiro tirar o chá. Deu o
milho depois a alguns cavallos, e o do Lord Beresford recebeu como sua ração a maior parte do chá.
O cavallo comeu tudo, e logo depois principiou a
escoucear, corcovear, correr para traz, e em curtos
intervallos a galopar em todas as direcções, até que
afinal cahiu em um barranco onde bateu com a cabeca contra as pedras, quando foi morto com uma lanOs phenomenos manifestados eram charactecada.
risticos da acção tóxica da cafeína,—excitação cerebral, com perda parcial de sensibilidade, convulsões
e morte.
—Kiev, Kieff ou Kajof, capital da Provincia do
mesmo nome, na Rússia, e situada a 2S0 milhas ao
N. de Odéssa e á margem esquerda do Dnieper, foi
a 3 do p. p., o theatro de um incêndio horrível que
rebentou em septe ou oito localidades differentes,
causando enorme perda de vida e de propriedade.
—No dia 17 de Septembro abriu-se a exposição
internacional em Sydney, Austrália.
—A presente colheita da uva na França é pequena
e de má qualidade.
—No i° de Junho deste anno havia nos Estados
Unidos 41,828 agencias de correio ! Isto dá idéa do
movimento da vida neste vasto paiz.
—Dizem que o Papa vai fundar um jornal em
septe línguas, que seja o orgam do Vaticano, e que
começará com a circulação de 42,000 exemplares,
tendo já de ante-mão 40,000 assignantes.
—Os negociantes de carne de porco de Chicago
precisarão de 25,000,000 de pés quadrados de taboado neste anno, para caixões em que empacotar
seus produetos.
—A casa em que nasceu o grande poeta Milton
foi destruída no grande incêndio de Londres em
1666, mas foi reedificada em fac-simile no mesmo
logar e é agora oecupada como fabrica de rendas.
—Dizem que Alexandre, Imperador da Rússia,
envelheceu tanto nestes últimos annos que, quando
ha pouco teve uma entrevista com o Imperador da
Allemanha, que já tem mais de oitenta e dous annos
de edade, quasi pareceu mais velho. Seu porte,
porém, é ainda direito e nada indica de fraqueza.
—A casa do Príncipe de Bismarck em Varzin
embora não seja bonita, é espaçosa, tendo accommoNo parque de Varzin
dações para trinta hospedes.
ha muitas garças que Bismarck estima muito.
—Fia pouco um subjeito entrou no escriptorio inj
terior do caixa do Ministério da Fazenda em Pariz
na ausência desse, e furtou um pacote de 135,000
francos em papel-moeda.
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Outubro, 1879.
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
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Ha em algumas sècções da Allemanha um
costume singular e que é bem tocante.
Quando um rapaz chega á certa edade e tem
aprendido algum ofíicio mechanico, e não
pode achar trabalho na villa ou povoado natal; tendo de emigrar para ilgütna cidade visinha, dá essa partida oceasião a grandes fes- .
tejos de parte de seus parentes e amigos,—e
nessas villàs pequenas toda a gente é aparentada, e o negocio que importa a um importa
a todos. . Os Allemães fazem dessa partida do
joven operário uma oceasião de regozijo publico: todos sabem em procissão à accompa,nhar o novo lidàdor da vida até os limites do
povoado, com musica e darisas. O joven,
ignorante ainda das verdadeiras difficuIdades
da vida, precisa bem desse conforto, cujas
doces recordações elle guardará no coração
como precioso thezouro.
Naquelle quadro, porém, que o artista desenha tão cabalmente nesta pagina, nem tudo
é alegria. Ha ali alguém bastante triste, que
deseja, sim, qne o joven hombree os ardores
da vida, mas que preferiria que todo este labutar tivesse por theatro a1 própria villa, sem
a necessidade da ausência.
Aquella janella um tanto encoberta emquadra o rosto interessante de uma donzella que
ama o joven artesão. Não é só a sua vista,que
vai perder por algum tempo, que neste momento enche-a de tristesa: isso seria apenas
uma doce magna em comparação com outros
sentimentos «pie agora agitam-n'a. Continuará
elle com o coração livre ? Não apparecerá
outra, talvez mais bonita, que lhe caj)live os
affectos ? Eis o mysterio que a commove e
que a deixa desolada.
E assim é a vida. Ou caminhemos para
onde nos envereda o dever, ou nos apartemos dessa estrada real, sempre causamos alguma dôr.
UM MOÇO PARTINDO DE SUA VILLA NATAL
Kftim,
se—''
242
UM MUNDO MARAVILHOSO
POR CAMILLE I I.AMM AKION.
Si algum dia fizerdes uma vingam para o planeta Saturno,
quo 80 acha á distancia do só 1,288 milhões du kilòmetros do
nós, 0 «pio alii vorois produzirá om vós sem duvida sensações
mui diversos de todos os quo neste inundo tivcrdos oxperiinontado. Imaginai um globo immenso, não sé do tamanho de
nosso mundo, sinão 801 mezes maior, o gyrundo sobro seu eixo
com tanta velocidade que foz umo revolução inteira om cerco
di' dez bonis ! No plano do seu equador, 0 á distancia do cerca
do :i*J,(MH) kilòmetros do corpo tio planeta, bo 11111 iinncl iniuicnho, mas comparativamente estreito no orla, qne passo completo,
mente 00 redor do planeta. Ao redor deste annel, o no mesmo
plano com elle, posso um segundo, o ao redor deste, por sua
vez, nm terceiro. A grossura deste systema triplico de atineis,
iludida na orla, é npeniis de IH _ kilomotros, mus, medida no
lado, é do cerca do 60,000 kilòmetros. Essís onueis não são
lhos, mas gyrom ao redor do planeta e com velocidade maior
do (pio a deste.
Alem dos aiiuois qtiouecomputibuui Saturno omstii revolução
uo rodor do Sol, é ello occompanliudo tombem do oito luas.
Destes Satellitos aquelle qno está mais próximo do planeta achoBO d distancia do cerco do 1*20,(100 kilòmetros; o mais remoto
acha-se á distando do cerco de 4,!M7,UOO kilòmetros do centro
do planeta, OU cerca do onze vezos mais distante de Saturno do
quo nosso lua está do nós. Oh domínios do Saturno estendem-se,
portanto, sobre umo óreo de perto do 9,000,000 kilòmetros de
diâmetro I
Vò-so, pois, quo, om coiiiporoçâo com aquelle mundo, o nosso
d insignificante. Seus annos sfto trinta vozes mais compridos
do quo os nossos; porquo omquunto Saturno faz umo revolução
ao redor do Sol, nossa terra faz trinta; e cada uma dos quatro
estações do onno soturtiiotio dura septe onnos o seis niezos terreabres. Os dias, porém, silo lá muito mais curtos do que os
nossos; porquanto, fazendo o planeta uma revolução inteira
Bobre sou eixo em dez do nossos horas, segue-se quo este é o
comprimento do um dia, ou aute-i do um dia e umo noite sobre
esso planeta.
Mas o phenomono mais singular desso mundo, o qno mais
attrahe pára ello o attenção dos astrônomos, é o immenso ounel
que posso em torno dollo. E', uté onde so unhe, o único corpo
celestial quo tom similliaute oceessorio, e levou muito tempo
antes quo fosse descoberta sua verdadeiro natureza,
Ga__L_0 foi o primeiro que viu d»i coda lado ile Saturno oiguma cousa brilhante; mas nilo pondo dis tingir sua formo, o
licoii muito admirado uo vol-o. Annunciou sua descoberta sob
a forma de uma anagramin 1 que Keplbb nilo soube decifrar; e
assim (. u.ii.ko deu-se mais tempo, como já havia feito 110 caso
das descobertas qne fizera o respoito de Venus, para investigar
o phenomono quo notam. Em uniu carta que escreveu 110 embaixador do grilo duquo da Toscanin, disse: "Quando observo
Saturno, vejo umo estrella central, e mais outras duas, uma de
cada lado, sondo a do centro muito maior do que as outras. As
troz estão om nino linha quo uão coincido com a do zodíaco.
A.s duos estrellas pequenos purecem servir de nrriuio 110 velho
Saturno, á similhança de dous fâmulos, conservando.so sempre
n seu lado como pam stipportal-o cm suo longo jornada."
Em consequencio du iuclinação do eixo de Saturno em reluçflo ttò pluno da eelipticn, o do seu movimento 00 redor do Sol,
Ini certos âpoohas em (pie n orlo dos mineis é dirigida parn n
terra, o sondo ella, como já dissemos, muito estreita, nos é visivol só com o auxilio do 11111 telescópio bom. Ora, (punido Gai.ii.f.o fez o descoberta do quo folio no trecho supro citado dn
sua corto 110 einbiiixudor do grão duquo da Toscanio, estava
muito porto uma das ópooboo em que está virada para a terrn a
orla dos annòis; por este motivo, o por ser de qualidade muito
inedioore o telescópio de quo dispunha, o astrônomo, tornando
a examinar Saturno alguns mezes depois de ver pela primeira
vez os duas pequanas estreitas do que falia, já nilo viu mais siguai dellas, o concluiu por isso (pie o descoberta que liuvin nuíiiiuciudo fom um engano involuntário da sua parto. Nem
tornou ello a ver esses objoctos lúcidos, o morreu sem saber que
.¦lies realmente existiam e qno o annuncio que fizera de uniu
Importante descoberta astronômico não se bastava sobre um
.rro do observução.
Dopois do G__»____, IIevei.its também negava o existência
desses corpos; mas, om 1659 HoroiKS tornou o dosoobril-os, e
também dou uma explicação para alguns dos diversos plienomenos que apresentam,
Perto do fim do século XVIII Do Sêjo.r escreveu Ben "Ensaio sobre os Phonpmonos relativos ao Deeappareoimento poriodico dos Auneis do Saturno," ém tpie calculou theoricaniente
0 período do sua revolução. O iVoroeeu sua obro a Voltai iu:
com a .seguinte elegante dedicação: " Senhor, dignai-vos acceitor a historia tio um respeitável ancião que ha de nttmliir 11 uttenção dos homons oniquanto o sabedoria fôr honrada sobre n
Terra. Sua fronto é adornada de unia coroa iminortul, o ello
nos illumitiu e nos apresenta um dos pbeuonieuos mais singulares do natureza, lvsso ancião é Saturno, o o nomeio tão depressa por medo do que venho o ser designado um outro cujo
retraoto a vosso modéstia impedir-vos-hio de reconhecer. Possa
esta analogia merecer da vosso parte que recebais com favor a
minha obra.''
Depois de Júpiter, Saturno é o maior do todos os planetas;
sou diâmetro é do 117..•".(.') kilòmetros, ou um pouco mais do
.pio nove vezes o do Torra. Faz unia revolução no rodor do Sol
em vinte o novo nnnos, conto sessenta o sois dias o vinto o trez
horas, o esto 1 >, portanto, o oomprimentp de um do seus onnos.
E desde que, como jô vimos, um dia inteiro em Saturno é egual
a só 10 ou 10J de nossas horas, segue-se quo em um do seus
annos nilo ho menos do vinte o cinco mil de seus dias .'
Quando se observo Saturno com um telescópio astronômico,
v. so que é marcado com fuxas quo são nlternndnmente duros o
escuros, da mesmo largura qne os do Júpiter, mas meuos distinetas. A móis constante de todos ellas õ a larga, de côr ciuzentn, que cobro o zonu equatorial. Ao uorto o uo sul dessa ha
outros mais estreitos, cujos formos inconstantes demonstram
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
que são do origem atmospberloo. 0 illustro Sir Wm.i.iam IIkhKtiiKi. j.i notou qun adirocçAo dessas fixas, iis-im como também
suns formos, o uté sua cór, era variável; o também qno nom sempre estavam psrallelos com os .um. is, chegando sua inclinação
11 ser ás vezes de 16 graus. Muito i vezes mudaram do formo o
do posiçfto do um dio para outro, o dubi concluiu esso astrônomo
que Saturno tinha, com toda certeza, uma atmosphera.
Essas foxas mio se ostentam oté aos pólos do pi meta. Tem
sido notado tombem quo os regiões polores de Saturno mudam
periodicamente de côr, o dahi tem-se tirado o conclusão do (pio,
sobre aquelle planeta, hu mudança do temperatura HÍmilhante á
quo tom logar sobro o Terra nus diversas estaçOes do anno ; porque, á medida que quulqucr dos dous pólos do planeta fico monos exposto ao Sol no decurso do seu anno, esse polo parece
mais luminoso quando visto por um telescópio. Esso phenomono é similhante 00 (pio so tem observado com respeito a
Marte. "Seja esse augmento na intensidade do sua luz devida
ou não á formação temporária de gelo o neve," diz E_.MB0I.DT,
"ou á uccumuloçilode nuvem, os effeitos notados são sempre
Himilbontes aos quo variações de temperatura produzem sobro
umo atmosphera."
Uma das peculiaridades mais uotoveis do globo do Soturno é
sua pouco densidade, quo é 25 por cento meuos do que o da
água. Km razão deste facto uos é impossivel fazer idéa.certa
da suo constituição material o estado molecular, e nem até podemos dizer com certeza qne esso planeta é nm corpo solido.
Muitos julgam quo, si o corpo de Saturno o miiteria solida, esta
devo ser muito love, como por exemplo, pedra pomos ou madeira.
E' corto, porém, quo o poso inteiro do Saturno é 25 por cento
menos do (pio seria o de um egual volume de água, e que, por
conseguinte, si o planeta é composto de matéria solida e fosse
laiiçodo em um mor bastante grande de água como as de nossos
oceanos, elle nadaria sobro a água como si fosse um globo immenso do pinho.
No Heculo XVII um ecclesiastico de Avignon, chamado
Gai.__t, procurou chamar a attenção dos astrônomos poro'o posiçáo relativo de Saturno e seu onnel, dizendo qne este nJo
estava coucentrico com aquelle; mos ninguém lhe dou ouvidos.
Mas dous séculos mais tarde, em 1817, Schwabe verificou o
facto tpie Gau-et havia descobetto, o achou que o globo de Saturuo não está coucentrico com os auneis, mos inclina-se um
pouco paru o oeste. Julga-se que estas diflereuças, que porocem ser periódicos, são causados por uma oscilloção do centro
da gravidade dos auneis em torno do centro do planeta.
SATURNO.
1 Nós que habitamos este mundo temos o costume de julgur não
habitaveis os corpos celestes em quo um homem como nós o somos não podia viver. Mas deve fazer idéa acanhada do poder do
Curador quem diz quo Saturno não tem habitantes porque se
acha á distancio tão immenso do Sol o porque, por esta rozão,
devo sempre fazer lá um frio iutenso. Sendo essa distancia
nove vezes maior do quo o que separo o Torro do Sol, o quontidade de luz e de calor que Saturno recebo do Sol é oitenta e
uniu vez menor do (pio o que recebe o Terra. Parece certo,
pois, que Soturno não pode sor habitado por gente como nós,
isto é, tendo nosso constituição physico. Mas 00 mesmo tempo
pode ser quo o l"z o o color do Sol sejam condensados de tal
modo pelo atmosphera desso planeta que até homens como nós
podiam viver alli ; ou tals-ez esso globo immenso emitia de si
mesmo alguma luz o algum color, e assim torne possivel o vicio
sobro elle lie creatnras similhautes ás que ho sobro o terra ; e
podo str também que os seres raoionaes o irrncionnes que vivem
em Soturno, si é que nelle os hn, tenham uma constituição physica que os faria morrer suftbcodos de calor mesmo 110 frio mais
intenso do uni de nossos invernos polares, em que o thermometro desce a G0° o a 70° abaixo do zero de Fahu.
Em todo o coso os condições de vida em Saturno, o oté em
Júpiter e Urano não são mais diversos das quo existem neste
mundo do tpio são os dos animoes terrestres entre nós o os dos
peixes.
"Os habitantes de S:ituruo," disse Huyokxs, "não teem mnis
motivo do (pio nossos morcegos o corujas para queixar-se da
pouco luz que recebem do Sol; porque lhes é mais vantajosa o
mais agradável uma luz cgnul á do crepúsculo á da que ho
sobro 11 terra ainda á noite, do (pio uma luz forto como a quo
nos dá o Sol durante o dia." Em outro logar diz o mesmo
astrônomo: "Os habitantes de Saturno gozam de vistos muito
mais lindas do quo its que estão 110 alcance dos olhos dos hubiImites de .Júpiter; pois uléiii de suus cinco" (oito, como ó sabido
agora) "luns, gozam dia e noite do espectaoulo dos nnneis. Dos
(á sabido
planetas os habitantes do Soturno vêem só Júpiter,"
"o
esse
o
Noptuno)
planeta ó
agora que voem também Urano
nó..."
é
tpie
Venus
ellas
o
puro
para
Foxtenki.lk, (pie eru sempre muito ongeulioso em determinar
as condições da existência do serás orgânicos nos mundos pia"Ficariamos adnotórios, diz o seguinte o respeito de Saturno:
mirados si víssemos acima do nós á noite esse grande annel, que
so estenderia como um meio circulo do um extremo do horizonte
nté 00 outro, e que, reflectindo o luz do SjI, produziria o efleito
de uma lun contínua Seja, porém, como fôr, os habitantes
do Saturno são pouco felizes, mesmo com seu annel. Esto dálhas alguma luz, mas quanto é ella fraco o asso distancia do
Sol ! E o próprio Sol, quo, visto do Saturno, parece ter só a
centésima parte do tamanho quo u nós nos parece ter, para elles
é uma pequena estrella bronco, com pouca luz o pouco calor; o
si um delles fos. o subitamente transportado puro um dos paizes
mais frios quo ha na Torra, em poucos minutos estaria banha, o
Outuhro, 1879.
om suor o morreria do color excessivo ! Aguo não podo existir
em estado liquido em Saturno, o nté o espirito do vinho, que
aqui nunca gelo, olli tornar-se-hio duro como diamante."
Dopois do oceusor os habitantes do Mercúrio do loucura por
seu excesso do vivacidade, causado, como ello diz, por suo proximidodo 00 Sol, Fontknkm.k diz que os do Saturno silo muito
phleginatieos por acliureiii-so á tão grande distancio desce luuiinorio. Mos, do certo, os habitantes desse mundo, si os tom,
devem sor o muitos respeitos differentes dos da Torra. A leveza
••speeificu de todos os substancias saturninos, e o densidade do
atmosphera desso planeta tenlo som duvido produzido resultados muito singulares nos organismos desses habitantes o us mainfestações do vida são nesse caso produzidas alli sob fôrmas
«pie nom podemos imaginar. Passaríamos além dos limites do
iuducção Bcioutifico si disséssemos que o planeta é em citado
liquido, que os seres animados existem só em estado gelatinoso,
e quo nada ahi A estável. Uos é'certo que, de todos os mundos
do (pie é composto o systema solar, esse é o que mais perto está
do simiihauto estado.
Em conseqüência do grande tamanho do globo desse planeta,
e do grande velocidade da sua revolução sobre sou eixo, o gravidude, isto é, o peso de qualquer objecto, diminuo do uma
sexta parte, levado o objecto de um dos pólos para o equador.
Sobre o Torra, um objecto, cahiudo livremente, passa pelo espoço de lti pós no primeiro segundo; sobre Saturno passo por
17A pés no mesmo tempo si fôr deixado cahir nas latitudes polores, mas só 14 -1(5 pés, si cahir nas regiões equotoriaes. Si o
planeta revolvesse só duas e meia vezes mais rapidamente, os
objoctos não teriam peso algum nestas regiões! E além disso, a
attracçõo que exerce o annel também diminuo o peso dos objectos sobre grande parte do corpo do planeta, e entra esto o o
annel interior ha uma zona em que a attracção do annel é tão
forte como a do planeta, o onde, por conseguinte, nenhum objecto que ahi se achasse, teria peso algum. Si existe ahi uma
atmosphera, quem sabe si os habitantes de Saturno não gozam
da faculdade de voar até aos auneis ! Viverão elles nos regiões
atniosphericas ? Por ventura, Saturno será uni muudo oereo
cujos habitantes vivem nas nuvens como antigamente nos tempos mythologicos sobre o Olynipo morava o deus Saturno, com
Júpiter, Marte, Venus, e toda a corte divina ?
Será verdade que teve razão o celebre somnambulo A. _.
Davies, de Poughkeepsie, quando deu a seguinte curioso descripçáo deste planeta?—"Esses sores gigantescos do forma qne
é impossível descrever, me pareceram possuir um systema de
locomoção análogo 00 do cavallo do mor; mas tinham tombem
seis membranas do que se serviam como azas pnra trnusportar-se
de um lognr pnra outro. Eram de diversas cores lindos o vnriodas, particularmente azul e côr de rosa. No purte nnterior do
corpo tinham um groude numero de tubos moveis colhidos om
espiras, cuja forma me lembrava o tromba dos elophantes
Metteu-me um medo extraordinário quando vi um desses seres
subir no ar o voar para as nnveus... .Elles vivem ua atmospbera. Suo sensibilidade e felicidade são muito superiores ás dos
homens neste mundo; teem muitos sentidos; hão subjugado os
forças do natureza, e, graças á densidude do atmosphera do
planeta o á suo pequena gravidade especifica, teem conseguido
determinar com a maior exactidão, todos os movimentos do
systemo solar. O mais ignorante neophyto entro elles sobe logo
calcular o exocta posição da lua terrestre sem que o tenho visto.
Sua mente está sempre em actividode, e esta é paru elles fonte
perenne de gozo. Alimentam-se só do líquidos, o vivem sobre
as nuvens, que dirigem como si fossem carros aéreos."
E' uni facto não disputado que Saturno é um mundo muito
mais aéreo do que o nosso e que suo atmosphera represente olli
um papel muito importante, emquonto a densidade dos objectos
que lá se acham é muito baixo. A pressão otmospherica serio
pois, immenso sobro aquelle planeta, si a temperatura fosso tão
baixo como suo distancia do sol pareceria indicar; mos obHervnções astronômicos tornam muito provável o opinião de (pio ha
mais calor sobre Saturn do que aquelle que recebe do Sol, e que
o temperatura do próprio plaueta é mais elevado do que da
terra.
Mas qual será a natureza desses oceessorios singulares, os onueis'/ Elles, por ventura, são sólidos, líquidos ou guzosos ? São,
como já dissemos, estreitos no peripheria e largos nos lados,
algum tonto como um circulo cortodo de umbu folho de papelão e collocado ao redor do um globo terestre; o não tocam o
corpo do planeta em poneto algum. Em certas épochas teem
dirigido paru nos, como por exemplo no anuo passado, suu orln,
o sendo esta muita estreita, parecem os onneis como um fio de
luz muito fino, quo se extende uma curto distancia de cada lado
do planeta, quando se examina este com um bom telescópio nstronomlco. Mas não parece possivel que sejom do matéria solido; porquo si foHsem, as variações continuas da attracção centrai do planeta, combinadas com a dos oito üatellitss, já hu
muito teriam deslocado e quebrado em pedaços esses auneis. E'
mais fácil explicar o pheuomeno sob o supposiçáo de serem
líquidos, porque neste coso não seriom rígidos o poderiam ndoptar suo forma ás diversos exigências das uttrocções variáveis do
plaueta o dos sotelliteH. Mos tombem assim so uos apresenta
uma difiiculdade que parece insuperável; porque sendo certo
que estão em movimento, terio logar umo transformação do
movimento om cnlor, o movimento diminuiria pouco o pjuco e
os mineis cahirioui nfinol sobre o planeta. Serão, portanto,
guzosos? O ounel interior ó um tanto transparente; masésabido
que não são moterio gnzoso. Qual sení, então, o sua natureza ?
Esto é nm problemo o cujo respeito entrei em umo discussão
ínntlnmintico em 18G5, em quo cheguei á conclusão do poder
ser estável um systema de onneis como o de Soturno kó quando
elles estão compostos de um numero illimitado do porticullis
distinetas revolvendo em torno do planeta com velocidades que
variam com suas respectivos distancias. Essas partículas podem
ser arranjadas em umo serie de nnneis de mui pouca grossura,
011 cado uma dellas pode mover-so independentemente das
outras. Não so notando nenhum dos phenomenos da refmcção
em counexáo com o unnel interior, que, como ha pouco disse,
é um tanto transparente, é certo (pio não é composto de motorio gnzoso. Os outros podem ser du me-tnio natureza do inte-
Outubro, 1879.
rior, mas compostos de numero filo grande dessas partículas,
qno níto são do modo algum transparentes.
Segundo mou caloulo uh partículas qno formam o annel transparente devem fazer uma revolução om torno do planeta om uni
período incluído entro 5 horas o 50 minutou, o 7 horas o 11 mimitos, segundo n huu distancia do Saturno, tondo a parto intorior o a quo osta menos itfastt.li> dn Huporfloio do planeta um
movimento mais rápido, o dimiuuindo a velocidade ao posso
quo iiiigmonta n distancia. O periodo do revolução do grande
annel brilhante dovo ser entro 7 horaH o 11 minutos, e 11 horas
o 1) minutos, segundo as distancias das diversas partículas quo
o compõem; o annel exterior dovo fazer sua revoluçilo om 12
horas o !> minutos.
Si o annel esta massiço, Laplaoe calculou quo o periodo do
sua revoluçilo devia ser do 10] honu, o SirWnvuAM IIkrschkm.
era da opinião quo tinha notado mu movimento dessa duração.
Mas «'• só a parto suporior do annel contrai quo podo fazer uma
revolução nesso tomp»; para as outras partes do systema é impossível. Qualquer dos anneis podo gyrar em uma só peça só
si sua massa fôr tamanha quo suas diversas partes estilo subjeitas antes á attracção dossa massa do quo á do planeta. Podo ser
quo sua grossura augmento até perto do meio do annel central.
Parece que esse mysterioso systema annular está approximando-se gradualmente do planeta. Tal voz jwteja descendo sobro
ello com um movimento progressivo de aspira, como nm redemoinho; e podo sor que os astrônomos do unijseculo futuro vejam
o espectaculo de cahirem os anneis sobre o cor*, o do Saturno.
Completemos esto estudo transportando-nos em imaginação
para Saturno e contemplando o quadro que abi se nos apresenta.
Si partirmos de qualquer dos dous pólos o viajarmos para o
norte on o sul até chegarmos ao G39 grau de latitude, não veremos absolutamente nenhuma parte dos anneis. Nas duas zonas
incluídas entro os pólos o esse grau do latitude, tanto ao norte
como ao kuI do equador do Saturno, so vêem em cima do horizonte os oito satellites em suas diversas phases. Si nm habitante dnquellas regiões nunca viajar para fora dellas, não conhecera tão bem seu mundo como nós o conhecemos.
Além desso grau de latitude começa a apparecer o systema
annular. Mas ó só durante parte do anno do Saturno qne a
face dos anneis illumina á noite, pela reflexão da luz do Sol, o
heuiispherio do pianista que lhes fica em baixo. Durante o dia
esses arcos dão uma luz innito fraca, sem duvida um tanto siniilhante á quo dá a nossa lua quando é visivel no dia.
A forma e o tamanho desses immensos arcos luminosos varia
segundo a latitude do logar em Saturno donde se vêem. Paia
quem partir do 63' grau do latitude o for em direcção do equador, elles subirão mais e mais acima do horizonte. Ao principio será visivel só uma porção pequena do annel exterior, e
pouco a pouco,ao passo que se approximar ao equador a pessoa,
a largura inteira. Em latitude de 45° são visíveis dous dos
anneis e o espaço que 03 separa. Approximando-se mais ainda
do equador, se tornará visivel também o terceiro.
No equador, porém, se vê só o seu lado interior. Este parece
de noite como uma immensa fita luminosa, extendendo-so de
leste a oeste o passando pelo zenith.
Esse mundo maravilhoso, de planeta central, trez anneis e
oito luas está distante de nós mais de 800,000,000 de milhas. A
nossa terra dahi pareceria um poneto pequeno nos melhores
telescópios e ás vezes passa atravez da face do Sol como um
poneto microscópio.
ABERTURA DO MISSISSIPPI.
Escrevíamos, ha pouco, sobre os Benefícios da Engenharia; eis aqui um que immortalisa seu auctor—o
Capitão Eads—e cujas vantagens para o.s Estados
Unidos e para toda a humanidade são verdadeiramente incalculáveis.
Um dos mais vastos valles do mundo—o do Mississipi—certamente o habitado pela raça mais intelligente c mais activa que ha sobre este planeta,
recebeu, graças á intelligencia do engenheiro Eads,
novas facilidades de communicações com todas as
nações.
Este immenso beneficio é da natureza daquelles
que se incorporam com os feitos pelo Creador, que
não se assignala por monumento algum, de sorte que
passa desapercebido mesmo daquelles que o estão
E' por isso que o Scicntific American
usufruindo.
diz temer mie o próprio povo dos Estados Unidos
não consagre ao engenheiro Eads toda a somma de
gratidão que lhe compete pela realisação da mais
importante obra de melhoramento de rio que ha
Cumpre, pois, á imprensa intellisido executado.
a grandeza do beneficio feito, e
relevo
em
gente pôr
recommendar á gratidão da geração presente e dos
vindouros o nome desse grande bemfeitor da huiiianidade.
E' esse dever que ora cumprimos com o maior
estremecimento.
Devemos, em primero logar, fazer lembrar que,
quando o capitão Eads executou seus admiráveis
trabalhos para o melhoramento da foz do Mississippi,
teve que luctar com uma forte opposição dos velhos
interesses contrariados ; foi necessário que elle corresse os riscos dessa grande empreza, por isso que
engenheiros de grande nomeada tinham-n'a taxado
de irrealisavel.
E' da imperfeição da raça humana contrariar lodo
Não ha beneo progresso e todo o melhoramento.
ficio que não tenha sido tenazmente combatido pela
rotina, pelo espirito conservador e pelos interesses
Esta republica dos Estados Unidos
preexistentes.
é geralmente reconhecida como o paiz mais progressista do mundo, no emtanto aqui mesmo a rotina e
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
os velhos interesses são assáz fortes para ás vezes
darem combate o crearem toda a sorte de obstáculos
á realisação de idéas novas.
Foi essa liga dos homens do sta/u quo que creou
toda a sorte de difiiculdades ao árduo commettimento do capitão Eads; os trabalhos só podiam ser
executados com certas restricções; os pagamentos
das obras feitas só eram rcalisados á vista de attestados de uma juneta inteiramente dedicada aos velhos
interesses.
E* por isso tpie o Scicntific American reputa a
victoria moral e financeira ganha pelo capitão Eads,
ainda mais importante do que a obtida contra os
obstáculos naturaes, apezar de reputar a abertura do
Mississippi como um dos feitos mais árduos, mais
difficeis e mais caros da engenheria hydraulica.
Quando o capitão Eads encetou seus trabalhos,
os navios de comniercio entravam no Mississippi
pelo passe de sudoeste, conhecido pelos practicos
com a denominação de soulhwesl pass; mas somente
navios de pequeno calado podiam atravessal-o.
Logo que o navio tinha mais de dezeseis pés de
calado era necessário anchoral-o na barra, e descarregal-o em saveiros. Quasi sempre as despezas de
carregar e descarregar o navio e a demora nessas
operações absorviam os lucros da viagem.
O Governo dos Estados Unidos, ha mais de vinte
annos, mantinha um serviço de dragas a vapor na
barra do Mississippi sem obter resultados sensíveis.
Além da obstrucção permanente da barra, eram por
vezes os navios assaltados por massas de lama, (pie
os practicos denominavam mud-lumps, e que eram
um grande embaraço á navegação.
Na barra do
Mississippi havia, além do passe de sudoeste, o do
sul {south-pass), só freqüentado por barcos de pesca;
e os denominados pass d Toutre e old belize que estavam, desde muito, obstruídos.
Não permittiu o Governo que o capitão Eads trabalhasse no passe de sudoeste, (pie possuia o maior
volume de água, e onde o effeito de seus molhes
(Jettics) seria mais prompto e mais enérgico; temiam
tpie elle arrumasse o canal existente e fechasse completamente o Mississippi !
Tal era a somma de prevenção que havia contra a
empreza do immortal engenheiro.
Foi, por isso,
obrigado a trabalhar 110 south-pass, e a fazer convergir as águas do Mississippi para elle por meio de
obras especiaes nos passes abandonados. Teve depois o capitão Eads de conquistar um banco, situado logo no principio do south-pass, e de fechar um
canal, pelo qual se perdia muita água do Mississippi
sem produzir beneficio algum na desóbstrucçãó da
barra.
Todos esses trabalhos devem ser considerados
como preliminares e addicionaes ao principal, que
consistiu na construcção de duas muralhas, na extensão de quasi trez milhas, desde a embocadura do
rio até o Golfo Mexicano, além da ultima linha da
barra. Essas muralhas, cumpre lembrar, tiveram de
ser feitas com a necessária solidez para resistirem ás
correntes do rio Mississippi e ás ondas do mar.
Foram heroicamente vencidas todas essas difíiculdades pela sobrehumana intelligencia e energia do
engenheiro Eads.
Hoje o Mississippi está definitivamente aberto;
suas correntes estão por tal modo dirigidas que é o
próprio rio que se encarrega de fazer desapparecer
os obstáculos, que outr'ora erguia á navegação e ao
cómmercio do mundo.
Os grandes navios podem livremente entrar e
sahir no Mississippi; os fretes estão baixando; o
comniercio está-se desenvolvendo não só no grande
rio como ros seus continentes, entre os quaes se contam o Missouri e o Ohio, que vêem dos grandes centros produetores de trigo.
Para apreciar, em uma só palavra, o immenso beneficio feito, deve-se dizer que o engenheiro Eads
approximou todos os povos do mundo do valle do
Mississippi; isto é, proporcionou-lhes gozar, a baixo
preço, dos innumeros produetos do mais fértil e do
mais bem cultivado valle do mundo. Seja, pois, éterna a gratidão dos Estados Unidos e de todas as nações do mundo ao immortal engenheiro !
A EGRK.IA R 0 ESTADO.
Ninguém sabe melhor seguir a politica do opportuuismo do
que Itoma e os seus propostos.
Ha 10 annos, quando não havia probabilidade alguma de ser
decretada a separação da Egreja e do Estado, dizia a imprensa
ultramontana, que maior beneficio não podiam fazer a Egreja,
do que decretar-se aquella separação.
E' porque sabiam que por errquanto não havia probabilidade
da medida.
Hoje, quo se tracta da convocação de uma constituinte e tendo
sido no Parlamento aventada a idéa da referida separação, já
mudaram de systema, proclamando que acabar coin os privilegios da Egreja e do Estado, seria entregar o paiz á irreligiosidado.
O Apóstolo na corte, como o Volksblatl daqui, esbravejam sobre
a menor tentativa nesse sentido.
A própria tolerância de outros cultos já lhes pesa; fallar-se
243
em rogistro civil, é offondcr-lhes o molindro; o casamento civil,
ainda mesmo facultativo, é uni horror para olles.
Mas, si a religião do Estudo é u única verdadeira, si é oriunda
da revelação do Deus, si Deus, segundo o Syllabus, nó a ella
inspira,—como é quo mostra modo o receio do taes medidas
civis ?
O reino do Ciiiusto não o dosto mundo *, Ciimsro ensinou quo
se devia dar a Cesau (on ao Estado) o quo dello é ;
Porque, pois, revoltam-so os sacerdotes da sua religião contra
medidas puramente civis, quo alias concedem á Egreja ampla
liberdado?
Si a religião catholica t9tu a força divina quo nllega, si ó a
única verdadeira, uão necessita por corlo do um monopólio
para vicloriosamento arrostar a coneurrencia de outras crenças
o a própria guerra da descrença.
A desesperada opposição quo a cúria o os tiltramotitnnos
fazem á liberdade do consciência, é um verdadeiro lestlmunium
paupertutis,
E' a confissão do sua fraqueza o esta importa na negação iudirocta de sua missão divina.
Com effeito : Uma roligião quo tem por si n omnipotente voutade do Senhor dos mundos devo ter tudo a lucrar com plena
liberdado religioso.
Quo lho importa que o povo descroia, graças á liberdade de
consciência ?
Quando fôr necessário, o Deus omnipotente dn Bíblia poderá
repetir alguns daquelles milagres que venera a Christanaade e
por meio delles levar a convicção aos espiritos mais incrédulos.
E' importante esto poneto da questão :
A Egreja romana sustenta que ó a uuica verdadeira e dirigida
por inspiração directa do Deus Omnipotente.
Deus já fez milagres, segunda a tradição bíblica, e a Egreja
sustenta que podo fezel-os sempre.
Pois bem : si isso é assim, quo modo pôde inspirar á Egreja
romana a liberdade religiosa?
Áquelle Deus que perturbou as lingnas na edificação da Torro
do Babel, quo purificou o mundo pelo dilúvio, que castigou Sodoma e Gomorrha, que transformou em columua de sal a
mulher do Lot, quo fez retroceder o Mar Vermelho para abrir
passagem aos Judeus, etc, poderá dar novo brilho á religião
dos seus povos, si crescer extraordinariamente a descrença.
Si a Egreja acredita no que apregoa, si tem fé no poder de
Deus, si adniittosuijjiutorvonção directa nos negócios terrestres,
—uão tem do que temer-se.
Neste caso uão ha vicissitudes quo possam impedir a sua victoria.
Mas—o caso ó outro : Toda a base do gigantesco edificio é
falsa ; a Egreja domina pela impostura e seu unico recurso é
apegar-se aos privilégios auo em tempo de relativo atraso lhe
foram concedidos.
E' este o manejo tentado no Syllabus, que em seu artigo 20 a
torna a auetoridade ecclesiastica independente do placel do Estado; quo no artigo 15 condemna como heresia a independência
da Egreja do Estado; que no artigo 41 da 6" parte renega do
placel do Estado o do recurso á coroa; que nos artigos «15 a 48
do mesmo titulo condemna como heresia a separação da eschola
da Egreja e exige que o clero tenha a superintendência até sobre
as academias; quo nos arti gos 50 e 51 nrga aos Governes o di
reito de apresentar os bispos ou do depôl-os, e que finalmente
no artigo 5'i subordina os reis e os príncipes á jurisdicção da
Egreja.
E' nesso documento que o systema da cúria se apresenta em
sua plenitude, sem importar-se com as estipulações civis o as
exigências jurídicas do Estado moderno.
Nega-se cathegoricamente o direito soberano do chefe do Es'
tado em negócios ecclesiasticos o condemna-se todas as emanações desse direito.
Como o Syllabus não permitte á philosophia o livre exame
dos dogmas religiosos, também não concede que o Estado se
intrometia em assumptos que digam respeito á religião, aos costumes o á direcção espiritual, ou se afastem em qualquer poneto
da soberania da Egreja.
Roma, a soberana uo reino espiritual, não admitie que subsista outro direito no mundo terrestre; pnn Roma só regula o
quo Roma decretou !
E' esto o poneto de vista do Syllabus; é esto também o systema
pelo qual procedem actualmente o clero e os seus prepostos na
ip r ensa.
Hontem, quando não havia perigo de que no Brazil triumpliasse a liberdade de consciência, dizia o clero que ella lhe
convinha, que daria o mais completo triumpho á Egreja.
Hoje, porém, que as circumstancias mudaram e que ha possibilidade de serem abolidos os priviligios da Egreja uo Brazil,
opinam de modo mui diverso e agarram-se com unhas e dentes
ao Syllabus.
Este procedimento, porém, demonstra á evidencia, que a sua
cansa não é boa, que mio são verdadeiras as doctrinas que apregoam, sinão nada receiariam da abolição do mouopolio.
O desespero com que resiste o clero é a sua condemnação.
Mas toda a resistência será inútil, porque a civilisação caminhou, a luz se fez, e embora Roma fulmine os seus anathemas,
embora a realeza, que vê a salvação ua alliança com o altar,
opponha-se,—a liberdade de consciência será uma realiilade no
Brazil, como em todo o mundo civilisado.
Não o será hoje, não o será amanhan, mas sel-o-ha no dia
seguinte.
Eutre nós vemos os projectos de Saldanha Marinho dormiudo nas pastas das commissões, porque assim o quer o Imperante
que nem ao menos quiz concordar com a elegibilidade dos acatholicos; mas o dia de amanhan não tarda e a liberdade da con"
sciencia será uma realidade no Brazil!
Temos esta firme fé e por isso não desanimaremos em face
dessa lueta.
Vencidos hoje, nós que hasteamos o estandarte da liberdade de
consciência, seremos vencedores amanhan.
O futuro caminha...
Elle vem ao nosso encontre1. —(Da Gazeta de Porto Alegre).
O NOVO AI UNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO
244
Outubro, 1879.
MODAS.
Fio. 11.
Esto ehapéo copor- o do palba pesada o de soUm. Os únicos ornatos sAo a ponna do avestru/. e as titãs largas, amarradas embaixo da
barba.
Fio. 15.
A ultima do nossas figuras do modos roprosenta nm ebnpéo novo chamado a Belleza da
Ilha. O forro interior da aba 6 do volludo; o
os ornatos sào rosas aniarellas o dores móis
pequenas o algumas folhas escuros. Ao redor
da copo ha umo titã larga.
Fm. 1.
Nu primeira dus graviinisdo modas que lizcmos estampar nesta pagina voem st. trez figuras
do meninas de OUtms tantas divursns ciados,
o vestidas cada uu.n do um modo muito elesanto. Ohamamos u attenção cm particular
para 11 busque tl.i ii.;ur.i centrul, por apresentar
ombnlxo fln olnturs, aa dobras elegantes «pio se
voem ngora em toda porte.
Fio. 2.
Kstu elegnute matibóe ou, como é cbnmiidii
também, sac«pio du casa, .'• feitu geralmente de
olgimia linda surja, onde quãlqner dos p.mnos
leves tle lim do camelo quo so fazem ti^on.,
como lambem da soda éoru, com guarnlçuo
do borda.Io e rendo. An mangas sào muito
largos, e não l.n golla, servindo tle substituto
11 guorniçào, tpio passa todo ao redor tio pescoco. Exige de cerca du -IJ metros do matoriul, com fiH centímetros da largura.
*W&m\ s&sfl
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MBf
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-m\w JmW sK»
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BBk
IMPRENSA.
iwfl flfâTMtAw
^linPnFiIiIvWl
m m .jr jp f! M m .llVi
O nosso collogo do Gazeta de Noticias principiou limitem o imprimir 11*1111111 machina Morinoni com o auxilio do stereotypio. Esto
v^SW^v''i»7T^ K!^* ti?
bs»**^bF^ WVllMBBsWs^BfeáJT >¦!
systema <5 empregado por todas os folhas do
Jr r^~.-Amm mmi^wl i QmI*T^WèMW W^-xW, £'
graude circulação no Europa e uos Estados
Unidos, como único meio de obter om poucos
^T*^_ ^j*t*m\ W y!
^^
' Ifl
Kp//»ff1»Vl1
IssHsW^hB
horas dezenas de milhares de exemplares.
í&fffflBBlfl
'B ! tM
A^i\\Z^
\
j^* fIlllllB»fIlH Bureí
E~
A stereotypio reproduz varias vezes a mesmo
Fio. 3.
ysf»*Y
íUÈSSí \
B rlwB c47ssi*raLlllllIIIIII
desta forma podem imprimir-se
composição;
A basque representada nesta gravura é num
^SSBEfi \.V ssTUsWsfl
^ssSSFysIB
fl
liv
yillIlBlIll] Ki
SesbRa
Jxfl
HIIMIII
dous, quatro ou mais exemsimultaneamente
'
d.is ultimas novidades que teem opporeoldo em
B
B/1IB11JB IB
^ÉsvjJP2s*vmBsB ~ . jjjl
Além
disto
dá-se á chapo stereotypica
piores.
11B
B
clara
«lá
bastante
da
iiiodns. A estampa
Idéa
WO \w*VÈmT
-;:jÈm\ BsMáTJTsTIM
AfZJ^ •¦ ^Êr/
A\W \m\
IvflWsV-PwYBfl \ I Brl ¦BBa formo convexo que permitto adaptai-11 ao
construcção n opparenola da frente, das inanmesmo cylindro, quo no seu gyro imprime a
gas <• .l.n giiorniçõcs, «• «pianto tis costas sào
no papel, ao posso quo os formos typolettro
similhantes iis da casnqulnhn do postilbão (pio
graphicos teem de assentar no mármore que
agora é tanto em moda. Pn-cisn do corco do
gosto tempo no sen movimento de voi-vom sob
2" metros do material, du 08 centímetros do
os cyliudros. Com a combinação destes dous
lurg-ini.
elementos obtem-so de uma machina quo comFro. I.
porte dons jogos do chapas stereotypicos uma
Nesta gravara, o nas duas «pie so seguem,
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rapidez que pode ir até 20,000 exemplares por
adi nn-se representados as ultimas motins do
fBgfcy
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hora.
-I
penteado. 0 tia Fig. 6 pani senhora casada,
Como no preparo das chapas algum tempo
O nelle vé-so revivilicadooantigobarbi «lo renda.
se perdo quo cumpre descontar no primeira
O cabello óondendoum potioo na frente, amarhora, é só desta por dioute que principiom a
r.ido na parte posterior da cabeça, sondo depois
colher-se todas os vantagens desto engenhoso
formados fof..s em cima. O barbe é introduzido
systema, isto é. quando a impressão posso a
do modo como se vô na gravara. Esso lnyl)e,
ser do -10, 50 ou mais milhares de exemplares.
t.-r
ligeiro
bordado
devo
cabello
osenro,
pura
lia annos que estudamos esto questão; ensaiatle prata; pura culi.-llo de côr clara convém tpie
mos mesmo o systema da stereotypio, embora
seja du renda de Clmntilly.
em formato menor do quo o da nossa folho,
~zjt^?g^^ O^jf^ggr^t 'r-' ~-J~^Sl *^^^^?*?i-^4"'^ *???'r~
Fm. 6.
qno offerece grande difficuldade á fundição
Esto penteado négllgê convém muito a mohomogênea de uma chapa, quando dávamos
«¦inli.is. e niio precisará «le explicação.
Fie. t.
um boletim do noticias da Europa, com que o
ex-ministro da fazendo entendeu que lesavaI».
Fm.
mos o fisco em sois polacos.
Penteado muito lindo, especialmente quando
nosso folha, poreceu-nos comtudo que os cirtoco
á
Pelo
é de cabello próprio. Convém a senhoras alla-i com pescoço
que
de õ metros do fazendo com 68 cintimotrns do largura, de 1|
do
curnstanciaB
paiz ainda não exigiam imperiosamente o reforcomprido.
metro de franja o do 1J metro do material para outros guarnide todo o nosso material, quando temos machinas que nos
mo
Fio. 7.
ções.
^
dão 4, 8 ou mesmo 12 paginas á razão de 6,000 exemplares por
Fu;. 8.
Vestuário muito lindo pura moço, servindo para ollo qualquer
hora.
das iiiuit is fazendas quo estão agora tle moda. Na frente é
Esta bosque é iutoiramento novo o muito elegante. E' feita,
O nosso collegn, porém, carecendo de angmentar os seus
dobrado, o tpie o adapta bem paro trazer foro de casa. A grocomo so vô, do dous niateriiio-i diversos. A gii.ir.iif;ào do bormeios do rápida impressão, andou por certo avisado mandando
vura mostra bem qual a sua forma o quaes as gtuirníções do
iludo e cordão é simples mas muito lindo, o o efTáito de tudo o
'A\
vir
desde j.i uma machina que a todo o tempo lho sorviró, em
laços, franjas, botões, punhos, eto., com «pie é enfeitado. Livo
a 1 metros do material de CS centimui vistoso. Precisa de
metros, e de 1 metro do sedo.
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^^^^n ¦
Fio. 9.
Esta saio é tombem novíssimo.
Consta de -t panuos direitos reunidos
emeimo a um jugo, que tem só unia
costura. Servo esta saio muito bom
para trazer-so sobre ello umo curto
poloneza ou uma basque, para vestuario do rua. Para material, de que
sào necessários -I metros, com 68
centímetros do larguro, serve bem
volludo, brocado, ou qualquer outro
fazenda posado. A quo é representado na gravura é do velludo figurado.
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A "Pomcsüc Scsving Mncliine Co."
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Fro. 10.
A frento dosto vestido paro menina
. dobrada, <j por isso é bem adaptado
para sahir-se ií passear com elle. Do
feitio e dos ornatos dá idéa adequado
Precisa de cerco do .'í
a gravura.
metros de material, com 68 centimotros do largura.
Fio. 11.
Esto fato para menino de 3 o fi onnos do üdado consti do jaqueta o cal«;a, sendo cada uma destas peças independente da outra. O feitio da
«Milça é o mais simples possivel, e do
da jaqueta a estampa dá idéa clara.
Para o fato inteiro são necessários 2
parn 2\ metros tio material, com 68
centímetros de largura.
Fio. 12.
Eis uma sacqninha muito linda
para menina, sendo du muito effeito
o guarnição do rendo é entremeio, do
botões e p.iulios que so voem. Leva,
para fazer, 2| metros de material, ü
do ronda e 2 dè entremeio.
Fm. 13.
Esto chapéu, chamado de Saratoga,
tem a abo muito larga o virado poro
cima. do modo tpie quasi toca na
copa. Os ornatos são um grande pennacbo. e além disso uma fita larga ao
redor da copa.
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e New York fornece moldes de todo? o.s vestuários do Novo Mundo, a preço commodo.
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
OrruBRo, 1879.
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vez <!<• disperdioar cabedal com qualquer outra qne em breve,
assim ili-vi-iiios e*q>onU-o, uno po,l«>rin mais satisfazer ós suas
necessidades. E' pola muito para louvor-so-lhe »->,ta providenola,
que denota fé no futuro, e ao mesmo t<-iiij,o a coragem «le urrost.,r as difllculiladcH do «1» «conhecido. Cabe-lhe a gloria de haver
lançado oh fundamentos parada formação de utn pessoal ajito ao
serviço da storeotypU qne dentro em pouco so tornará uma no*
ccMiid.ido jmra a nossa iinjirenso «liaria.
Por oceasião de fazer servir i>ela primeira vez a sua maehina
orgauison o collega nma festa fraternal i-m «|«io reuniu membros
«Ia iin|)reiiHa da corto e de algumas Províncias. Pela nossa
jmrto ogrodeceudo-lho o convito «jue tombem nos dirigin e a
obHt-*|uioHÍdade com «jue nos nbriu todas as «uas ollU-inos, folieitamol-o [K>la inicioção d'uni Importante melhorameilto.-r-(Do
Jornal do Commercio.)
A EDÜCAÇÍO DA .MULHKH. NA IXGLATEttlíA,
Já liii mais do trinta annos que tenho estado occujiodo «le diversos modos na obra «Ia educação de moços, o jior isso estou
no caso de poder dar um esboço histórico «Ias emjirezas de instrucção com as quaes tenho estado mais intimamente ligado.
Essas omprteas são: o "Collegio Quten;" os "Exames Locaes da
Universidade;'' O "Collegio Girlon;" a '"União Nacional jmra
Melhorar a Educação «Ia Mulher," com seus diversos projectos,
sondo um delles o muito importante da "Companhia de EschoIas Diurnas >.- Publicas para Meninas;" o, finalmente, a "Eschola
de Medicina para Senhoras." Si, jiois, «ler uma historia rc-sumida (lentas etnjireziis, darei também uma historia mais ou menos completa do progresso que a causa da educação da mulher
tem feito uesto paiz i Inglaterrai durante os últimos trinta
anuos.
Foi no anno do 1MU ou 1817 que a atteuyão de algumas pessoas de influencia foi dirigida jmra o esUulo laslimoso t-in «pie
so achava a instrução secundaria das meninas, e que se fez o
primeiro esforço para remediar esse mal estabelecendo o Collegio Queen, na rua Horley, em Londres. Este foi o (mineiro
estabelecimento publico aberto jmra n instrucção superior «le
moças, o foi principalmente devido aos esforços do Hev. F. D.
Mauiuce, «pio era então professor no Collegio King, quo se estabeleeen. Teve compaixão «Ias irmaus «le seus discípulos, e, conjuuctainento com o Itov. 11. C. TiiEScu.^ctuolineute arcebispo,
na egreja anglicana, de Dnblim, e com alguns outros oollaboradores, elaborou o plano do Collegio Qwen, para meninos.
Nas jialavras do Dr. TiiENrit.quo suecedeu a Mr. Mauiuce como
"O Collegio
principal om 185-1:
Queen devo sempre nutrir os
sentimentos mais gratos fiara com Mr. Mauiuce, seu pai e fun•lodnr, Porque, embora houvesse sido regada e cuidada jior
mitos esta bella arvoro (jue agora vemos, a semente viva em
ue estava contida e da qual so desenvolveram todas as suas
¦artes, foi só jior ello plantada, o foi também só elle (piem a
ms tentou e criou nos primeiros e mais críticos annos da sua
existência."
A primeira Idéa dos fundadores desse collegio foi receber
nelle como alumnas só moços destinadas para servirem do aias;
mas esse plano limitado, polas próprias necessidades «lo caso,
teve em breve do ceder a outro qué concedeu plena liberdade a
to.Ias «le virem aproveitar-se da instrucção iluda nesse estabelecllnouto. Noqnelles «lias o emprego de professora não ora considerado ;ielo mundo em geral couto emprego agradável on até,
em sentido social, honrado; o no relatório do Collegio Queen,
jmra 18ID, acha-se o seguinte paragrapho etn explicação do
plano mais extenso ndoptodo;—"Sempre foi e é muito provável
que continuo sempre a ser verdade, quo fizeram-so o se farão
aias -.ó aqüellas senhoras «pie a isso são obrigadas por desgraças
de fatnilio. E' imjKissivel fazer provisão jiara a educação das
aias futuras, si os necessários meios de instrucção não forem
postos ao alcance do todas as «pio podem vir a ser aiiis.1'
Para nm tal estabelecimento foi impossível obter fundos do
Estado, o jior conseguinte o seu bom ou mau êxito dependia do
«levotaçào desinteressada e da energia de seus fundadores. Xão
lhes faltaram, porém, bons collohorodores. 0 collegio foi aberto
modestamente em tuna cosa particular a 1" de Maio de 1818, e
em 185 I obteve-se unia carta regia, «pie era tuupielle tempo o
único modo jior que se podia formar uma corporação, a não
ser (|iu; fosso por tun acto do Parlamento. Essa carta foi a primeira saneção jittblica dada nos teui|)Os modernos ao principio
de «pio "a educação das senhoras inglezas não ó menos importonte e não menos digna de honra do que a educação dos homeus." Quando essa carta foi concedida ao Collegio Queen, este
tini,a mais do duzentos oluinnos; mas jierto «le «luas terças parte.s desse namoro estavam ainda na secção dos estudos preparatorios. que foi onnexoilo ao collegio propriamente dicto pouco
depois de principiar a funeeionor. A edade mínima com quo
os meninos jiodiam entrar no collegio foi fixada etn doze annos;
e osolunitias que, a essa edade, não estavam pronipt.is pnra eutrarem nos classes do collegio, forom recebidos no eloase de
preparatórios, onde moças davam instrucção o os jirofessores
lizer.tni os exames, o «pie se desenvolveu «lejiois em umo eschola
que tem agora cerco de 120 aluintios.
Além das classes sistemáticas do collegio, foram abertas
lambem, só paro aias, classes nocturnos, para instrucção em
arithuieticn, inatheinotico, googrnphio, latim, historia, theologia e philosophia mental e moral. A freqüência nestas classes
oro muita grande, e a instrucção dada foi apreciada muito; em
algumas das clas-.es nocturnos havia até septenta alumnas. Nas
palavras «le Miss Hess, o bem conhecida organisadoro e mestra
"Essas classes
principal da Eschola collegial áiNoHh London :.—
abriram ós principiantes como que uma novo vida.. As prelecçik-.s forom feitas pelo R<-v. V. 1). MaUKICE e jielos outros professores do collegio. As estudantes, das quaes eu era uma, trobalta iniin muito e tornaram realmente muito interesse uos seus
estudos.'O eorjio governativo do collegio Queen constava de
1. d Visitodnr, o Bispo de Londres.
2. 0 Conselho, «pie tinha sobre si o manejo inteiro dos fi-
nauças,
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO
3. A Commissão de Educação, constaudo «los professores do
Colleglo.que tinham sob sua direcção tudo quanto dizia respeito
âirectamente ó instrucção.
Os nn inbros desio commissão eram eleitos j)aro toda a vida.
Sen presidente tinhn o titulo de Principal, e os Prinolpoes suecessivos teem sido Mr. Macuice, o Dr. Thexcii, Dean .tani.ey,
o Dr. Plcjiptobí è Mr. Li.eweu.vn Davies, que é o Principal
presente.
Pouco (lejiois de tibrir-se- o Collegio foi principiada uma bibliotheca, que contém agora cerca do 2,20(1 volumes. No anuo
passado matricularam-se 128 alnmnos. Desde o anno de 1863
até o de 1858 foram fundados doze scliolarships (fundos porá
render prêmios ountioes concedidos ós alumnas sob certas con(lições); o primeiro foi fnmlodo pela Rainha, e quatro pelos
jirofessores. O numero de alumnos tem ouginentado de anno
em anno e agora t- tle -100. Em 1871 foram admittidos senhoras
como membros do "Commissão de Educação''; antes disso tinha
havido só algumas senhoras visitadoras, cuja influencia, porém,
sobre os inethodos o curso do instrucção, era necessariamente
muito limitado. Em 187õ resolveu-se (jue o senhora residente do
Collegio tomasse jiarto uka deliberaçOes do "Conselho."
Desde que o Kev. Li.ewem.yn Davies foi re-eleito Principal o
Conselho tomou jmrte mais octivo no goveruo do Collegio, o
quatro de seus membros do sexo masculino forom substituídos
jior outros tontas senhoras. Estas conhecem ao fundo tudo
quauto diz respeito ao Collegio, estão muito interessadas ua
educação de pessoas de seu sexo, e dedicam-se com muita energia ao cumprimento dos deveres,que sobro si tomaram.
Outra mudança feito nesse mesmo tetiijio foi o de elevar a 14
aunos o edado minima das alumnas admittidos jmra o Collegio;
mesmo assim, porém, muitas das meninas que desejam valer-se
das voutugens «pie oflerece e.sse estabelecimento não estão promptas jioro entrar nas classes do collegio, e por isso são recebidas
j,ara a eschola prejiarotorio.
Nunca foi estobelecido um curso fixo de estudos jiara o Collegio (Jueen. Os ramos ensinados são muito numerosos, c- entre
elles as alunmas das classes superiores, on os pois ou tutores
dellas, podem escolher os que desejam estudar, sendo limitado,
jiorém, o vinte e uma por semana o numero de horas em que
uma alumua jiode receber instrucção. Ho alguns estudos,
aquelles, jior exemplo, exigidos dos que querem subjeitar-se aos
exames públicos locaes, que são obrigotorios em olgumas das
classes dos collegio.
A ultima mudança feito u«i Hystenia de instrucção do collegio
Queen foi devido oo obrirem-se tis seuhoros os exames do Universidode de Londres, e tí determinação da jmrte dos que dirigem
essa Universidade o conceder seus graus e pergaminhos a todos
os (pio fossem ojiprovodos nos exames, fossem elles mo(,os ou
moças. Daipii por deoute o poneto objectivo que se terá em
visto no curso de instrucção de quatro annos do Collegio (Jueen
será preparar os alumnas pnra fazer exame de matriculação no
Universidade. E como continuação desse curso, o jiara que as
alumnas se possam preparar melhor para os estudos adiantados
necessários para conseguir um grau, foi estabelecido no Collegio
um curso secundário de dous annos, cujas prelecçOeB teem referencio especial aos exames do seguinte anuo. Mas essas jtrelecções não serão limitadas só aos assumptos sobre «jue versarem
esses exames, nem serão dellas excluídas *as alumnas quo não
aspiram ;« utn grau na Universidade. A ellas pode assistir
qualquer moça com mais de dezoito aunos de edade, comtanto
«pie tenho os habilitações necessárias; jiois o fim principal «pie
se teve em visto estabeleceu clo-as foi prolongar o tempo dado á
educação das moças. Todos os reformadores na causa da educação do mulher sentiram a'necessidade imperativa de resgatar
eeses anuos jireciosos, de um lado de trabalho immaduro, e do
outro.da frivolidade. Pois a experiência demotitra «pie os moças
perdem muito si não continuarem seus estudos dejiois do chegar
â edade de dezesepte para dezoito aunos, e que é depois desta
édade «pi'- ellas, tão bem como os moços, podem tirar mais proveito da instruc«;ão recebida,
Tenho foliado tão extensamente sobre o Collegio Queen jior«pie tornou-se muito influente ua causo da educação da mulher
na Inglaterra, e porque nelle foram alumnas algumas das senhoras que se teem tornado afoniodos como professoras e orgauisa«loros «le grandes estabelecimentos de educação jioro moças.
Mas, apezar díSSO, faltava ainda alguma cousa para attrnhir a
attenção do paiz em geral jinro o educação «pie as meninas recebiain em muitas i-scliolas particulares, e que merecia verdaâeir a mente o nome de perversão de educação. Era preciso que, si
era má a educação «pie muitas meninas assim recebiam, o facto
se tornasse conhecido publicamente, porque só assim podia haver esperanças «le vi-l-o remediada. Em conseqüência disso formou-30 uma commissão, em 23 de Octubro «le 1862, com o fim
de alcançar que meninas fossem admittidos jmro os exames
locaes das Universidades. Agitada a questão, teve logar em
Londres, em Dezembro de 18l!3. um exame experimental da
Universidade de Oatnbridgé eiri «pie foram observadas restrictamonte todas os regras estabelecidas para o exame de meninos, e
em quo tomiirom parle oitenta o trez meninas. Tendo sido oununoiadO esse exame com antecedência de só seis semanas, tempo muito limitado para so prepararem para elle, não é de estronhor que ,!Ó trinta e trez das meninas subissem approvodas.
Essa experiência demonstrou, porém, que não havia difficul«lades praoticas o vencer, o por isso a commissão teve animação bastante para persoverar etn seus esforços, e no anno
seguinte umo memória, assiguada porj[cerca de mil senhoras o
.senhores otlicialmeiite empregados na obra da educação, ou de
outra maneira ligados com essa obra, e que foi apoiado tombem
por outros pessoas influentes, foi apresentado ao vicechonceller
o oo Senado «Ia Universidade; do Combridgo. A resposta dada
foi favorável, o em 1865 declarou-se que para os exames locaes
da Universidade do Cambridge fossem odtnittidos meninos, e
foram estabelecidos seis centros locaes onde deviam ter logar
esses exames.
O exame que teve logar em Dezembro de 1878 foi o décimo
quinto em quo moças tomaram parte; o nesses quinze annos
subiu o numero de centros locaes de 6 o 70, e o das candidatas
de 120 a _',370.
Outubro,
1879.
O exemplo assim «lodo pela Universidade de Combridgo em
odmittir meninas jmra os exames foi seguido pela de Oxford,
depois de algum tempo. O resultado é quo nos do anno «lo
1S7S 30 jior cento do todos os quo se apresentaram para exame
eram meninas. Quanto á proficiência relativa dos meninos e
meninas, como se torna manifesta nesses exumes, elles mostram
que, em geral, os meninos que nelles se apresentam estão mais
adiantados no mathoinotica o no latim, e as meninos o estão
mais nas línguas modoruas. Mas esto ditTorença ó devida principabnente ao facto de se prestar muita mais attenção oo estudo
dos linguas modernos no educação dos meninos nos escholas
jireliininore-s, e ti mathcmaticae ti linguo latina na dos meninos.
O maior beneficio que produziram esses exames foi o de dirigir jiara um poneto deftnito as ideai sobre o instrucção que se
devia dar nas escholas jiaio o sexo feminino, e de suscitar, tanto
uas professoras como no#ulumnas,um espirito de emulação quo
antes não existiu. As mestras e os mostres nessas escholas são
agora julgados pelos resultados do exaine publico de suas aluiunas, o jior conseguinte são obrigados a adoptar os]mais jierfeitos
modos de ensino que são couhecidos.
A essa reforma, de abrirem-se ás moniuas os exames locaes
das Universidades, seguiu-se outra, a de por ao alcance dos moços umo educação egual ii que os moços recebiam nas Uuiversidades. Levou, porém, dez aunos de trabalho paro se alcançar
esto fim, t- quando a questão foi primeiramente agitada, encoutrou muita opposiçao o teve de vencer sérias dificuldades,
sendo até mettida ao ridículo por muitos. O resultado, jiorém,
dos esforços feitos pelos amigos da, idéa, e principalmente dos
do Miss Emii.y Davies, foi o estabelecer-se o Collegio Girlon.
Foi aberto ha onze anuos com só cinco alumnas, mas actualmente tem mais de cincoenta, e a todos os respeitos tem suecedido melhor do que os seus amigos haviam esperado. Ao principio o Collegio funeciouou om uma pequena coso alugada, e
trez auuos depois foi mudado poro Girtou, ii distancio de um
jmsseio do Cambridge. O edificio em que funeciona foi ao
jiriucipio pequeno, mas já duos vezes tem sido augmentado.
Girlon é a todos os respeitos uni collegio do modelo antigo.
As olnmnos teem seus quartos particulares, aulas para as prelecções, e refeitório. O collegio não tem ainda grande bibliotheca,
mas o enthnsiasmo manifestado pelas alumnas em seus estudos
é tamanho, que ó merecedor de mais vontagens do que os que
por oro gozom. A existencio deste collegio para senhoras uão
tem sido ainda reconhecida otficiolmente pelo Universidade; mas
o seu curso do instrucção é o mesmo que o desta, e os ponetos
sobre que as alumnas são annualmènte exeminadas são os mesmos que os dos exames da Universidade, quer dos exames ordinorios, quer dos fiuoes, poro graus com ou sem honras.
O methodo adoptado pelo Collegio Girton, de seguir o risco o
curso dos estudos do Universidade de Cambridge tem sido criticado muito; pois alguns pensam que esse curso não é digno de
imitação nestes dias de progresso, o outros condemuam toda
emulação do sexo femiuiuo com o m\sculino. Mas a .corporoção do Collegio não cedeu, e os motivos por que fizeram e deixaram o curso do Collegio idêntico com o da Universidade são
mais iutelligiveis agora, desde que podemos fazer comparação
entre esse systema e o systema diverso seguido na eschola de
meninas chamada Newnham Holl, em Cambridge.
Este estabelecimento para educação de senhoras foi aberto
depois do Collegio Girlon, e o curso dos estudos é muito menos
rigido do que o deste ultimo estabelecimento. O fim principal
que seus fundadores tiveram em vista estobeleeendo-o foi preparar senhoras para a vocação de mestras, ou jmra entrarem no
estudo de medicino. Não havia curso fixo, e cada alumua podia
escolher os ramos que desejava estudar. Mas mesmo assim aigumas dellas fizeram exames que, si houvessem sido moços, terlhes-hiám dado direito a honras na Universidade de Cambridge.
Newnham Holl encheu, pois, uma lacuna que existia, e havia
logar para o systema de educação que nelle foi adoptado. Mas
o systema seguido no Collegio Girlon fora adoptado e conservado
não só porque era julgado bom e practico, mas tombem porque se
queria provar um facto e vindicar um grande principio,—os de
terem as senhoras um direito a uma educação egual ti melhor
que estava oo olcauce dos moços; e de possuírem as capacidades
necessárias para attingir oo mesmo desenvolvimento intellectual
a que os moços podiam attingir nos Universidades. E estes
fins jiodiam ser alcançados unicamente pelo adòpçãò do mesmo curso de estudos que seguiam os moços que estudavam nas
Universidades. Esse curso foi, pois, adoptado para o Collegio
Oiflon e não foi modificado ó vontade dos que o criticaram, o o
resultado do experiência justificou plenamente os que o defeuderam. Ficou provado «pie as senhoras são copazes dos mesmos
trabalhos inteilectuaes que os dos homens da mesma edade, e
que por isso teem direito ás mesmos vantagens para desenvolver
os seus poderes inteilectuaes, e a uma educação tão boa como a
«pie está oo alcance do sexo masculino. Não so podo dizer
quanto contribuiu a influencia do Collegio Girton para o bom
suecesso do movimento jiublico que resultou no estabelecimento
de duas aulas jmra senhoras na Universidade couservativo de
Oxford, íem conceder ,'is senhoras o direito de tomarem graus
na Universidade de Londres; mas é certo que os resultados mauifestos conseguidos em Girton, o os cxcelleutes exames que fizeram durante annos suecessivos o nos estudos os mais difflceis as
alumnas deste estabelecimento, contribuíram muito para produzir essa mudança na opinião publica que tornou possivel o aoção clã Universidade do Londres, o quo torno om simples «piestõp de tempo quaesquer outras medidas necessárias para jiór ao
alcance das senhoras muitos empregos exercidos até agora só
por homens.
Mas, eniquanto o Collegio Girton estava trabalhando assim a
bem do educação superior do sexo femiuiuo, e em toda parte
estavam estabeleceudo-se prelecções o classes para senhoras, a
educação stqierior destas estava ainda, com algumas excepções
brilhantes, em estado lostimoso. 0 assumpto estava senão tractodo de uma maneira fragmentaria, e merece muito louvor o
União Nacional jmra melhorar a Educação dada ás senhoras,
«pie tomou sobre si a exploração do terreno inteiro e, até onde
lhe fosse possivel, supprir o «pie faltava para melhorar tup.iillo
«pie já se havia feito nesse intuito. Esse projecto comprehensivo,
OUTUURO,
1S79.
imaginado por Mrs. W. GaF.Y. o a quo ao principio a Sociedade
das Artes deu seu apoio, foi subjoito á apreciação do publico
em uma reunião da Associação das Sciencias Sooiaos, que teve
logar om Leeds uo anuo do 1871. Nessa oceasião foi nomeada
uma commissão para desenvolver o projecto, e pouco depois a
Princesa Locise consentiu um accoitar o cargo «lo Presidente da
sociedado. Os fins acrues que a União tovo em vista eram:—
procurar, por moio de reuniões publicas e de publicações, fazer
com (pie o publico so interessasse na educação superior do sexo
feminino, n-colher inforniRções sobre o assumpto, o fazer-se o
meio de intercoininuiiicação entre os amigos da causa nu Iuglatemi e em outros paizes. Os fins especiaes eram:—estabelecer
boas o baratas eseholas- pam meninas do todas as classes que ja
tinham passado pelas eseholas elementares; advogar a preparação. por meio de estudos especiaes, de mestras; a registração
destas, e promover a educação stiperio*r das moças depois de
subirem dus eseholas ordinárias.
Occupar-me-hei com só uni dos fins agora mencionados, por
ser áquelle em euju realisação tive- parto—o estabelecimento de
escholus para ensino secundário das nioninus. A reforma a
mais necessária foi o estabelecimento de escholus melhores do
«pie us que então existiam. Tunto no Collegio dllion como em
todos os outros estabelecimentos jrnra a educação superior das
moças liictava-so com muitas difiiculdades devidas ao facto de
não terem as moças quo desejavam entrar como alumnas os
conhecimentos necessários para entrarem logo nas classes do
collegio propriamente dicto. O bem conhecido relatório dos
Commissionarios do Inquérito nas Eseholas fez patente os males
que era preciso combater—a falta de exactidão, de um fim definito e de systema ua instrucçáo que, em geral, se dava nus escholas de meninas. A commissão da União determinou, pois,
logo 110 principio da suu existeneiu, u estabelecer escholus sob
um systema que fosse a todos os respeitos um contraste com o
systema antigo. Essas escholus deviam ser escholus públicas
em q ue se pudessem reunir muitas discípulas, puni que se podes se dar boa iustrucção eom pouca despeza, relativamente, eem
«pie nfio se fizesse absolutamente nenhuma distiucção por causa
de classe ou de religião. Muitos predisseram que esta ultima
condição seria u ruina do projecto, e que não se podiu nem se
devia reunir 200 a 300 meninas em uma eschola. Mus o restiltudo demonstrou (pie o projecto era subio e (pie similhantes escholas suppriam exactamente uniu falta que se sentiu
Os ('undos uecc-ssurios esperava-se levantar por meio de acções, de 5
libras esterlinas, de uniu companhia limitada.
Este projecto foi apresentado uo publico em 1872, em uma
grande reunião que teve lognr em Albcrt IIull, e foi então formalmente estabelecida a Companhia de Escholus Publicas IJiurnus para Meninas. Em pouco tempo haviam sido tomadas ucções em numero sufliciente puru dur se principio ás operações, e
a primeira escbolu da companhia foi aberta em Chelseá, em
Jnneiro de 1873, com vinte e cinco meninos, Algum tempo depois, uo mesmo anuo, foi aberta em Nottiug Hill u segunda
eschola. Daqui por deanto a companhia decidiu que abriria
escholus só ondo fossem pedidas; exigiu que fosse tomado um
certo numero de suas acções em qualquer cidade, villa, povoação
ou districto onde se desejava ter uma eschola da União; e assim
podia certificar-se da sinceridade do desejo e uo mesmo tempo
obter parte dos fundos necessários puru pagar us despezas prèliininares. Este plano foi muito bem suceedido. Era difiicil
conseguir douativas, grandes ou pequenas, puru u educação dus
meninas; mus não o era fazer com que os puis tomassem ucções
pura assim conseguir que fossem estabelecidas boas escholus
pura suas filhas.
Foi em Croydon que, em 1871, se estabeleceu assim a primeira
eschola, com vinte e cinco discípulas, numero rjue em poucos
annos subiu a 171, e teria sido muior uiudu si o edificio em que
a eschola fuuccionou tivesse sido maior. Em 1875 foram estubelecidus cinco, umu em cada um dos seguintes logares: Clapliam, Haclcney, Bath, Oxford e Nottingham. Em 3870 foram
estabelecidas mais trez em outros tantos logares, e em 1878
mais cinco. Vê-se, pois, que, sob este systema do exigir que se
tome certo numero de acções, foram estabelecidas uté o fim do
anuo passado, nada menos de quinze boas eseholas, além das
duas estabelecidas origiuuriamente pela companhia, e o numero
das discípulas subiu a mais de 2,800. Os accionistas locaes
não só coutribuirnni com dinheiro; em muitos casos formaramse em commissões locaes e continuam a sustentar as escholus,
apozar de pertencer a sua direcção exclusivamente á commissão
central.
Quanto aos resultados que dizem respeito á educação o que
se devem acessas escholus, teem sido muito sátisfactoriòs. São
inspeccionadus periodicumente, a commissão dus Universidades
luz exume de suus alumnas, e boa parte destas já foi upprovuda
nos exumes dus Universidades de Cumbridge e Oxford. Nem são
menos satisfuetorios o.s resultados linnuceiros. No anuo passado
foi pago um dividendo de 5 p. c. sobre as acções e elle podiu
ter sido muior si a companhia não preferisse não dirigir-se segundo os ordinários princípios commerciaes e despeuder.outes
a maior parte de suus receitas em promover primeiro que tudo
os lius que teve em vista quaudo se estabeleceu.
Assim se tem dado um grande passo paru deante ua obra de
melhorar a educação secundaria dus meninas; e uo mesmo tempo a procura de mestras para essas eseholas tem estimulado u
muitas moças puru se aperfeiçoarem em sua educação, e não
contribuiu pouco paru o estabelecimento de escholus norniaes
para ensino especial de mestres e mestras, e pura obrigar as
Universidades a prestar attenção a este assumpto da educação
superior dn mulher, ató que a de Cambridge já concede certiíicado ús senhoras que snhem approvadas nos exumes, e a de
Londres está preparando-se para seguir o exemplo assim dado.
E' preciso estar lembrado também que, a respeito deste assumpto, a influencia da União não é de modo algum limitada ú
saa obra directa. As suas idéas teem sido udoptudns e seu modo
de estabelecer eseholas imitado com bom successo em outros
logares, como, por exemplo, em Plymouth, em Exeter e em
Clifton, e é de esperar que em breve haverá eschola diurna e
publica paru instrucção secunduria de meninas em todas as eidades da Iugluterra.
Ao mesmo tempo que se estava reformando assim os meios de
O NOVO MUNDO—PERÒIDÍCO BRAZILEIRO.
iustrucção superior postos ao alcanço das meninas, agitava-Kc
também a questão muito mais séria do permittir ás senhoras o
exercício da arte medica. Ella foi deeididt, como so sabe, a
favor das senhoras. Com a historia da lueta quo precedeu a essa
concessão nada tenho quo fazer, e foliarei delia só em referencia
á escbolu de inedieinn para senhoras, que foi a ultima empreza
«le instrucção em que estive oecupado. Esse instituto, estabe"o
lecido em Octubro de 187-1 trabalhou om silencio seriamente,.
mas no meio de grandes difflculdado por não ser
perniittida ás
alumnas u entrada nos hospitaes.quo, em conseqüência da opposiçào «pie os médicos faziam ii educação medica do senhoras,
çonservaram-se todos fechados contra us alumnas dessa escbolu.
Mus, apezar desta dilliculdude. trinta e quatro senhoras mutrioularam-se nella o pagaram de joiu e pelo ensino a sonimu de
£1,249. Depois de algum tempo foi vencida também essa dilUculdude, o fez-se um contracto em virtude do qual a escbolu
tomou sobre si certas obrigações pecuniárias n favor «lo Real
Hospital Gratuito, e este foi aberto pam ns alumnas da eschola
medica puru senhoras receberem nelle instrucção clinica. Esse
contrueto tornou-se effectivo no 1? de Octubro de l,i77, e desde
então a eschola entrou em uma nova phnse de uetividnde
promettedora; um museu valioso tem sido comprndo, está se formundo uma boa bibliotheca, as prelecções são excellentes, o
numero das aluamos está angnieiitando sempre, e
já é permittido que senhoras fuçam exame e que, subindo approvudus, exerçam publicamente a arte medica. Desde o Io de Junho
de 1877 septe senhoras apresentaram-se como candidatas
para o
pergaminho dus eseholas do medicina King e Queen da Irlanda
e, subindo approvadas todas de um exame rigoroso, egual em
tudo ao que os estudantes dessas eseholas são obrigados a fazer,
foi-lhes concedido seu pedido c foram registradas como médicas
devidamente qualificadas. A Escbolu Londrina de Medicina,
pura Senhoras, está ofliciulmeuto registrada e é reconhecida pelu
Lei como escbolu de medicina, e por conseguinte suus alumnas
podem eoncurrer nos exames pelo grau cTedòctora em medicina;
e uo nnno passado, de 1878, a Universidade de Londres decidiuse, por um voto do 211 contra 13.2 dh corporação de gerencia
desse estabelecimento veheravol, 11 conceder o seu grau ele doctor
ás senhoras que subissem approvadas do competente exame.
Ha um poneto que, em todas estas questões sobre a educação
superior da mulher, neste paiz, tem sempre sóbresáhidó e ainda
sobrtsahe, a todos os outros:—é o dos fundos. Pnra n educação
dos meninos o dos moços despendem-se rios de dinheiro e fazem-se grandes sacrifícios; poucos ha, porém, «pie n favor do
sexo feminino estão promptos n fazer o que se faz e se tem feito
pnra o outro sexo. Mas o numero dos que desejam ver as meninas gozar vantagens eguaes ás «pie ha tunto tempo teem
estado uo alcance dos meninos o moços, nu questão do ensino
superior, está augmentando de dia em dia; e o esboço histórico
epie acabo de Inzer é disso umu prova decisiva.
11. M. Stanley de Aldehley.
ÇONÇÉPCLON GI.UKNO DE PLAQUEM.
E difiicil, seja qual for o poneto «b vistu em que nos colloquemos, a tarefo de celebrar ns prendas litterarias de umn escriptora não conhecida do publico.
Eutre outros lmtn-se com dous elementos contrários, a indifferènça ou n duvidu, dos que nos lêem.
Exceptnuudo u França, que é propriamente a capital do mimdo, em tnutn maneira ihspiradora o fascinadora de nós todos,
Portugal mantém úcercn dos escriptores estrangeiros ein gernl e
especialmente em relação ús escriptorns a mais bandida e seráphica ignorância
Cabe-me a mim, pois, o júbilo de apresentar nos leitores portugezes estn senhora, como uma das que mais directarnente contribuem na Hespanha pnrn glorilienr o seu sexo.
D. Conoepoion Gimeno de FiiAQüÊn nusceu em Alnííoz, Provincia pertencente á comarca do Temei, uo dia 10 de Dez .tubro
do 1851
Aos trez annos de edade partiu com seus pães puru Snragoçn,
entrando ahi em um collegio franzez e começando a sua educação, que completou depois em Madrid.
Approvada em todos os exumes e uotodu pela suu fncil e rara
comprehensõó precoce, era sempre ua suu pequenina e laureada
pessoa cpie ns professoras delegavam o solemne encargo daleitu
ru do discurso preliminar, destinado ú commemoraçáo dos certumens esçholares.
Aos 12 uuuos de edode, com umn voz ndmirnvelmente timbradn, e o olhar tránquillo e límpido u dominar o auditório, Conoepcion lia como Ventuba de la Veoã e Àffonso XII, os primeiros leitores da Hespanha.
Esta prenda de ler bem, ocoendendo un voz u chámma «pie illumina o pensamento e communicnudo-lue u tremula vibração
dus lagrimas ou a neta mordeute e agudo do húmerismo, qualipade preciosa, sobre tudo puro um escriptor, fôrma um dos
principaes attractiyos da grucio.su romancista Ilespanhola.
O idioma castelhano, o idioma dn tribuna e do circo, que troveja impetuoso e potente nos lábios de Oasteldàb e treme em
lavas na grande e ruidosa voz do povo, resiste por vezez ús flexiveis modulações, as brandas meias phrases a solto você que conslitiiem o encanto e u sedücção dus línguas italiana o franceza.
Pois bem; nuespirituosn bocea de Gonoepcion Gimeno oidiomu hespanhol transforma-se, perde a sua natural ospereza, e
afigura-se-nos niusicnle cadenciado como o dolceparlarè de que
folio Dante.
*
*
Poupondo nos, o mim e oos leitores, o prolixo e inútil entalogo de cintos e de pequenos factos isolados, prescindindo desse
qonheoidodada dos biographos, tentaremos apenas lixar a dous
troços o perfil da illustre escriptora, que Lisboa tem actualmente u honra de hospedar.
No periódico hebdomadário, La Âlborada, consagrada áinfaiicia, impresso em Saragoça, publicou a seíiorita Còncepoion GiMEKO ns primicius do seu estro juvenil.
A alvorada acolheu no seu translúcido sendal ns rosas da poetisa e afle-stoou-as em viridentes grinoldus.
Todos os jornaes dá Hespanha festejaram n appariçãõ desse
247
nome que era uma promessa o dosso artigo quo era já uma revolação.
Era 1872, contando apenas 18 auuos, isto 6, a edade om
que
110 espirito da mulher predominam, superiores a
qualquer outra
duas preoecupações absorventes a — Jlirtation e a toilette —'
OONOBPoroN Gimeno namorava também um ideal,
prendia-se'
uns eleetrieus caricius d<> tuna paixão ardente, dava o coração o
a alma a um sonho fascinuilor — mudar um jornal, redigil-o o
colloeal-o ao serviço da sagrada causa da emancipação moral da
mulher, effootuada por intermédio do desenvolvimento cias suus
faculdades intelleetuaes.
Não tardou quo realisosse a sun ambição de todos o.s momeutos, subindo u publico o folho semanal, Za illuslraclon de la mujer, dirigido com 11 maior competência,
E'prineipuliucnie sob este poneto de vista que resulta do estalão vulgar o vulto prest igioso de Concepcion Gi.mexo de FlaqdÉR.
O futuro da mulher, a sua instrucção, até hoje votada ao
abandono, o aperfeiçoamento do seu espirito, mediante o
qual
ellu, subtruhindo-se ús influencias dissolve-ntes. que destróem a
familia, o ás attracçôes funestas do abysmo, adquira a cousciencia du sua superioridade o a importância da sua missão,
tal é o pensamento doiniuante da eminente cseriptora.
Concepcion Gimeno poderá muitas vozes deixar-se illudir
pcIas phantasticas miragens da sua porventura radiosa utopia,
podera enganar-se nos processos; mas nom por isso é menos gloriosa a tarefa, nem menos pesada a cruz de ferro que ello desossombrodomente collocou nos seus hombros frágeis.
Depois de collabomr assiduameute nos primeiros jornaes do
Madrid o Barcelona, o distiucto escriptoro entregou á publicidade o seu primeiro livro, um romance em 2 vol., Viclorina, ó
heroísmo de! corazon, que couta já hoje õ edições. E' própriamente este o livro de uma seuhora, a novella intima, narrada
eom todos ns delicados nuarices, com todos os finos e suaves
"tios" do estylo feminino, da
qual mudome de Gikabdin deixou um modelo até hoje inimitodo.
Mas os triumphos, o nomeado, o fama outhentica, o grande
aura que enllora os nomes, como o pollen euíloru as arvores,
data especialmente do publicação do livro La rhujer espanohi,
precedido de umn esplendida carta preambülar dirigido pelo
insigne acadêmico D. Leopoldo Augusto de Cueto, marquez
de Vulmar, 00 grande escriptor Habtzknbusch, livro que é a
obra prima da elegante prosadora;
Mais uma vez a phrasJ egoísta e pedante de Platão, a verdadeira glória da mulher consiste em que se não falle delia, iudetérmiüodanientè puraphraseáda desde us máximas causticantes de
EuiupiDKS até nos paradoxos azedos de A. K.vitn, soffreu um
completo desmentido.
A iíújèr éspailola é um brilhante livro de cerca de 300 pagiuas, e 20 capítulos, onde, por entre os recamos de um estylo
rendilhado, opulento de formosas imagens, resaltu o estudo dos
mnis árduos problemas modernos, a «pie estú vinculada n quêstão fundnmentnl da educação do mulher. A Mújer espaiíola ó
uma tnese psycbologica, didoetica o philosophica, onde, como
auctorisodaincnte uftirmu o eminente acadêmico que assiguu o
"a auclorddiscute como umpolemista escholaslico, ideaprólogo,
liza como um philosoplio espiritualista c aconselha e resolve como
um moralista chfisiãò."
A Mnjer espahola, celebrada pelos homens mnis notáveis du
Hespanha', ó finalmente a obra que- pelo seu complexo valor antecipo ú auctoru o lognr glorioso que lhe estú reservado o por de
Feiinan Caijai.leko, ÃveltjANEDÀ e Oakolinà Cokonado.
*
Por oceasião de ser apresentada ao actual Hei da Hespanha,
que distingue com us mnis finas attenções ns escriptorns nacionaes, a seíiorita Concepcion Gimeno, leu o D. Àffonso dous ou
trez capítulos do seu esplendido livro.
O Hei maravilhado, não podendo conceber que fosse aquella
criança branca, loura, franzina, baixa, o typo da mulher mignon, que o fitava com um olhar suave e ingênuo, e lhe ocoriciava o ouvido com umo voz de crystol, a que houvesse escripto
áquelle arrojado livro de combote, apaixonado como a convicção
fanática cie um missionário o torreutuoso como o eloqüência
de um tribuno, dirigiu-se, com os seus expansivos sorrisos bourbouicos, á mãe da escriptora e perguntou-lhe onde fora ellu
buscar aquella extraordinária lilha.
Não imaginem por isso os leitores que a Sra. D. Concepcion
Gimeno de Flaquéb atira par ãessus les mÓuliiis, como
Geoboe Sand, com os recatos do seu sexo, ou que, como lady
Estiier Stanhope, queima us flores du sua alma nos lnbnredus
da politica, ou «pie, como Joanna d'Abc, floreia o gladio do
combate; ou, finalmente, que hu uelln tombem poneto de sitnimanca com a medonho e hybrido virar/o du velhn Roma pagou.
Não !
Concepcion Gimeno de Elaqcéu é primeiro do que tudo
umn senhora, no plena accepção do puluvrn, que completa os
prendas do tulcuto vivucissimo eom as qualidades do coração.
E, mnis convincentemente do que eu podiu dfflrmol-o, o
exemplifico o epigraphe da sun Mnjer espanola:
Lu Müjer — escreve u auetoro — debe encender la antorcha de la
civilisàcion yenarbolar la bande.ra dei progresso junto â la cana de
sus kijos, pues lojas de estos, la mujcr es um sêr incompleto.
A festejada prosadora tem nctualmeute uo prelo dous rom.auces, Elinã Durval e o Doutor allemão, e prepara umn collecção de
artigos de viagem; destinados o compeudiar ns suus impressões
úcercn de Portugal.
No dia 11 de Julho reulisou-se em Madrid o enlace mutrimouinldn sra. D. Concepcion Gimeno com o conhecido jornalistaé
èx-cathedraticp du ilha de Cubo.jD. Francisco de Paula ElaQUÈBj partindo os cônjuges octo continuo pnrn o nosso capital
e vindo prelibur na cidade de granito âbeiranutr plantada os favos
elulcissimos dn lua de mel.
Concepcion Gimeno de Plaquei, tenciono visitar, em companhiu de seu marido, Cintra e Porto, pnrtiudo depois em viagem
de estudo puro Pariz, o Ituliu e o Egypto.
Que nos sejo dado respirar, uo nosso pequeno continuo do
Occideute, o perfumado ramalhete que a elegante escriptora
vne colher nos jardins dá Europa:
GUIOMAB TúltREZÃO.
Do Diário Illuslrado.—(Lisboa.)
OUTUHRO,
O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO.
_4«
1879.
Eitab_!•_____ em 1819.
M.
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E*ta oompoalcúi»oonaerraa*) por anno» am qualqnar ollma a poda Mr rafundlda
vo* por lb.
DA
APPABELHO PABA IMPRIMI*.
35, __J_AA7 STBSET. NE W 70_£, S. U.
Chama a atUnçAo do publloo para o* irrandM m _bi>n__n«nto*
qua lotr»-miram no* prelo», qua «Impllflcaram multo aftiacooitrucçftoa reduziram
o mu preço. Além doa prelo* tnenclonadoa
acata HnniiBcl.. fabricam»* lambem outroí,
doaquaeaaoharie-ba um» de»c_pç_o «latalhada na Circular lllutírada que tliitribulmoe grattilUmanta. Oa qua m ncl.atn reprewmadoa neataa
__> mala
(fraTiiraa foram acolhido* por Mrem oa que
adaptadoa a* neoeMidadei do publico em geral. U aeu
m.xli-> pwço a aua almpllr.ltlada oa recommeodam nno
i/1 ao tvpogTapho onmo lambam aoa nejfoelunte*, áa
InititaloOa* publleaa, ft» aaaociaçõea partioularea, â»
familia* e aoa lodirlduoa, ooino fonte de lucro, lintruo
c_o ou dÍT*rtl manto.
Sendo neg;....lant e» de toda a ca»tn de material para
typ»»ffr»phia», Inclu»! t a typo», tinta e papel, podemoe
•Jpprlr áquellea que o qulierem ao* preço» mal* baixo*
do mercado. Com cada prelo empacotamo», a |tedldt>,
um «ortlmento de typoa, tinola e uiitro miiterial neceaaarto para operar o prelo com bom i_«ultn_o. Quando aulrn noa for pedido, mandarem»»* »_ typo» com o*
aooento* nortuguoie».
O* prelo* exportado* vã., encaixotado*
oultladtwamente, com b» parte» t»xpo*ta» no
perigo de enferruginar-*e l>em coberta» de
**_B IBC-—*»__ ______¦
pB^jij^ '__\^___B \ ________C______H_____v* •
»ebo, e fazemo* o que no» fôr poillvel para
<______________________^______T__3_Íff ______________! 1/jíJ'^M __HU"~
'___P___r*™s*>vr'-que o* prelo* clieguem a leu deatlno
___A_____ 1
~&- piompto» para ti»., immediato.
maUrial para Imprimir, temo. Mmpra
Para conveniência daquallM qua nlo tiraram typo», tlnoU a mula do*
pr_lo*.
aortldoe, que MrTam para qualquer
apparalhoa
dUereo*
quatro
prompto*
\
0 1'kki.i» "United States."
Conata de 8 Jogo* de typo*, gabinete de caixa»,
tinetas preta e roxa, entrelinha*, regretaa ornamentae», oomponedor, regretaa de lat_o, tarja, galera,
pinçM, maço, aplainaaor, guarnição, ate,
Conata de 12 Jogoa de typoa, gabinete da eaixaatincla» preta, roxa, axul e verde, cortador de en,
trelinhaa, e»cova de prova», bronze de ouro e prata
e o mal» material do No. 2 em grande variedade.
Conita de 20 Jogo» de typo». caixa» e eitante para
ella», doua componedore», trex galera*, tineta* de
dlveraa* core», bronze», colla de ouro, entrelinha»,
guarnição etc. em variedade maior ainda.
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a... .egulnRama.
acima.
noa
«h „_.d__«n_fu*. T.ta* peça. *So inoluidu
preço*
"
No. 4, »1.00; No. o, 11.25, No. b, «1. .XJ.
America No. 1 30 . «ntnv. _; No. 2, SOcentav.>•; No. 3, 75 centavo*;
e prompto. para embarcar.
encaixotado.
York.
New
em
A «.te. preço. .ntragimiii* o* prelo,
30 dollars.
No.
^_L
g».
Prelo "Youno Ameica.
DE
IMPRIMIR E CARTÕE8
EM BRANCO.
Temo» «empre em »er pacote» de papel de imprl
mir. de di venta» espécie», a 10, 20 e 30 tlollar» po
pacote. Pacote» eortidoa de Cartõe» de annuncio
de endereço e de visita, tanto de phantasla como
ordinário», para «e imprimirem, contendo cada
pacote 29 diveraoa padiúei, a 5 e 10 dollar» por
lote.
In.trucçõei completa* aooompaubam cada Prelo
e «ortimento.
A YOUNG AMERICA PRESS CO., 35, MURRAY ST., NEW YORK.
'
Primeiro de Março. Rio de Janeiro.
Para mai. Informnçõe. dlriiam _e 6 Agencia do' Novo Mundo," 47, rua
irrefutável a
As Medalhas nravadas embaixo apresentam um corpo de testimunho
Medalha representa
favor da boa Qualidade da MA1ZÉNA DE DURYEA Cadae impares
Não e
a decisão de uma distineta juncta de jurados se entiücos
da *J AIZb,W A
pot sivel ter-se uma melhor prova das excellentesos qualidades
commentos dos íabneantes.
Nada podem acerescentar a ella
DE DURYEA
A MAIZENA DE DURYEA
Ph ladclphia, 187G.
RECEBEU
OS MAIORES
Fa^Simlles das Medalhas concedidas a Messrs. Duryea.
mm ^^^k\WML%CMm%,
g !_»urACTü .-¦^^-_/. ttmWfôm __M
_
PRÊMIOS NAS EXPOSIÇÕES INTERNACIONAES
DE
Phüadelphla, Bruxeües, E nos do
Pariz
lluvre.
Instituto Americano,
Londres, Paizes Baixas, Instituto de Baltimore,'
Instituto da Carolina do Sul,
Hamburgo, Novo Gaites do Sul.
Franklin,
Instituto
Londres,
Colônia, Annual de
Altona, Cupê Town, Instituto da Fennsylvania,
E também em Exposições de Estados e Condados.
<v>%
_.
doiUri.
Conata de 4 Jogo* da typoa, gabinete da caixa»,
tlnota preta, entrelinliaa, regretaaornamantaea.eomponedor, regretaa de lat&o, tarja, galera, pinça*,
maço, aptainador, bandulbo e guaraicSo.
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15
No.
Exposição Cenlenari
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Philadelphia, 1876
Fac-Similes das Medalhas concedidas a Messrs.
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DURYEAS
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't____ál__í*!
_____^^'f^^_!^____^l)
MAIZENAA MAIZENA HE PiJRYEA
E' nreparaçAo ilelicatln e inteiramente pura, feita de Milho da melhor qualidade.
Coma alimento serve para lazer muitos pratoa delicados, nutritivos e attractivos.
E' superior á» Farinhas dn Milho, Araruta, Sagú, etc, etc.
Sr;osiçto Centenária
conferidas na Europa e
Sua qualidade tem recebido a reeommemiaçAo do Mundo, como fica improvado pelas numerosas oMedalhas maior.
recebeu
exposição
em
foi
prêmio
em
os
casos
Em
todos
posta
nos Estudos Unidos.
que
Além de MednlUa. loom «ido
y^f^gffg^. (1(,9 lennos empregados pelas Commissões que conferiram os prêmios.
COMO A^riGO ALIMENTÍCIO."
EM LONDRES, 1862, pela qualidade .- .« MÜÍtFeXCELLENTEPREPARAÇÃO."
DE
SUA
PERFEIÇÃO
EM PARIZ' 1867 nela
"
m¦^mWhmÈ PARIZ, 18?ó -OMELHORPRüDUCTODOSEI/GENERO."
NA EXPOSIÇÃO CENTENÁRIA, 1876. pela. _' PUREZA NOTÁVEL OU ABSOLUrA.»
lMSTO^toffira^^p, l8ÍÁ " 1,()U SEU MKIÍECIMENT0 SUPERIOR.»
Philadelphia 1876.
da America
A MAIZENA de DURYEA pode ser obtida por intermédio de todos os principaes negociantes
do
Norte.
do Sul e dos Estados Unidos da America
Ssposiçlo Centenária
íjtóSPon___ ¦____ :lÉS|\
lw_S_r CESTEDIIL 4p_^if
Philadelphia 1876.

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