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r OUTUBRO DE 1879. "N ¦^.'*.j+.-i+.'jz ^'»y>»^'U^^á.y..^uawaw v .v« -» i:aS «> »\ 555555SBS5S5SZS-wi -^. 3BSZ^^SiS3SZ»S^S3S2»í»SB5i52—--^-- £ 5S2SSZ5ZS5ZS555 V. # u II O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. Outuuro. 1879. REVISTA INDUSTRIAL. s \ {< AGRICULTURA, MINAS, MANUFACTURAS, NUMERO DO CONTEÚDO MECHANICA, MEIOS DE PARA TFANSPORTE COMMERCIO OUTUBRO. i'ii. íiiíi •Semeadores " Albany." (IUustrado.) A " Consolida Rugosa" do Caticaso 1'r.^lnn 97 A Eydropliobia curada com Curare 98 Pureza dAgua 9S A Bananeira 9S Agita para apagar Incêndios As Minas de Laurium Pareiras americanas na França 99 Tunnel do Monte-Branco As Machinas agrícolas no Palácio da Industria 99 O Tunnel .Sutro Remédio especifico contra a Poste do Gafe E .' Cultura das Batatas 102 Utilisação do Pó de Serra nas Machinas a Vapor e A Producção de Madeiras 102 Conservação das Madeiras Salários agrícolas o Despezas de Vida nos Estados 103 10S 10,S i()S 109 109 O Nikel no Telephonio Gower 112 A Vela electrica Jablochkoít' 102 como Estrume 108 112 Edison e a Luz electrica 112 A Economia na Illuminação a Gaz 113 A Poesia da Sciencia 114 jj.4 Unidos 103 Caldeiras de Vapor Salários e Preços na França 104 Economia das Machinas a Vapor Salários e Preços na Bélgica 104 Locação de Força-Motriz O Tractado de Zooteclinia de M. Sanson 104 As Estradas dos Estados Unidos Instituto Americano de New York lÜü A Tonelagem dos Navios Maehina de fabricai! Gelo. (IUustrado.) Coberta para Fardos de Algodão 100 O Zollvereiii 108 Aiiiiuncios 11({ no 117 ns _i<> 120 O NOVO M UNDO |)enoi_tco JUusíniuo DE Jr*olitica5 Publicado Litteratura e mensalmente York, Estados Uni|dos. em New Bellas-Artes, PREÇO, 15^000 POR ANNO. O. C JAMH9, . AGENTE XJsoriptorio, GERAL ISO BRAZIL, IFLiaci I>ir©ita" S3"o. 47, Rio d© Janeiro. OUTUIIKO, 1879. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. 111 A MACHINA DE COSTURA DA EPOCHA. UTIISIIIOS PAIA lIITIgfAS Para exutidSo e perfeição de seu trabalho não ha machina superior a "3DO-M_BSTIO" DE OPERAÇÃO FÁCIL. SAMUEL S. WHITE, Nao fatiga. ciildadosnmente Nílo excita os Nervos. fubrlcadn do melhor material-, faz ponoto de iaJRmmmmmmmmmmmm\mmmm\Wv^mnnmàa dons pospontos; tom 11 .tensão Precisa de pouco aj uste automática que se regula a si mesma e o tomador, com tup- Produz os melhores Resultados. * portes conlcoK do aço e eixo compensador. Precisam-se de Paz o menor .{anilho. E' a Machina a mais Fabricante, Importador e Negociante, por Atacado e a Varejo, de todos os artigos Empregados por Dentistas. A Mnobina DOMI-.STIO 6 am hmj0/gfBÈZySmêM Agentes *'____!•; w_-f_M.--t^-^ii*_l_K__^HWr^. em todas as Cidades. Simples. DIRIJAM-SE A " DO-SIE»TIC '* SISWIING^ COMPANY, 3IACIIINIS ESCRIPTORIO, BROAÜWAY & 14th STREET, NKW YORK, K. U. A. BIBII0TH10A PAIA TODOS. Dentes de porcelana.—Um completo gortitnonto do todos os tamanhos o formas para toda sorte de dentaduras artiiiciaes. NHTiiuMENTOB Dentamos. -—ForcepB, Excavadores, Ghumbadorcs, Bruuidores, Brocas, etc. Foi.iia de Oono e Estando.—Amálgamas e Oomposições para Chumbar. Machina dentaria e Cuumbador automático de S. S. WHITE. 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Nesta casa compra-so e vende-se livros em qualquer ramo dos conhecimentos humanos; redige annnncios, correspondências e artigos para jornaes ; traduz para o portuguez das línguas franceza, ingleza, alemã, italiana e hespanhola ; mauda vir encommendas de livros e jornaes da Europa e Estados Unidos; encarrega-se da impressão, distribuição e venda de qualquer publicação ; publica por conta própria obras litterarias e principalmente LIVROS ESCHOLAl\ES dos quaes já tem uma collécção escolhida, nitidamente impressa, cuidadosamente revista c elegantemente cartonada. Faz grandes abatimentos em porção. Remette livros e jornaes para qualquer poneto do Império, acerescendo aos preços de seus catálogos 500 rs. por volume para o porte registrado do correio.—Pedidos sempre endereçados a SEPTENTA E DOUS PRÊMIOS MAIORES RECEBIDOS I inclusive um de cada uma das grandes Exposições Universaes de Londres, í\'ew York, Vienna,- Chile, Philadelphia e Ia e 2a de Pariz. P Catálogos em Hespanhol ou Inglez enviados livre de despeza a pedido. A correspondência pode ser escripta em Portuguez, Francez, Inglez, Hespanhol ou Allemão. Os pagamentos podem ser feitos por lettras de cambio sobre Londres ou Fariz, ou saques sobre New York, Boston ou Philadelphia. FABRICA E DEPOSITO PRINCIPAL FELIX FERREIRA e Cia., Chestnut Street, Comer Twelftl\ Street, ÍOO Rua de S. José, Rio ele Janeiro. CAZ-CLOBO I SALSAPARRILHA J. DE PRIVILEGIADO Pnra todo o Império. Por Decreto Np 5. 811). • PHILADELPHIA, ti o» PARA PURIFICAR O SANGUE. ífc. TORRBY, WORCESTER, Mass.. E. U. A. _ff^**f*_H___«**_!_----W--f**********"***.J^nHl||||||||i E g. or_ s, ° u S o S o t".*-« 1IAKCA UKGISTRADA. A substancia empregada parn o fabrico do GazGlobo 6 n _S.ap_3.U_a com uqual enohe-se oroservatorio colloeado na parte exterior do Lámpeão; d'ulii desce pnra o interior por um tubo munido de torneira e na extremidade encontra-se o nppnrelho que peru o Gaz. O processo para formar o Gaz-G-lobo 6 simples: o calor dispõe o vazometro a receber a _Vn.plithn. (pie em sua pastagem se converte em vapor, o ur ntmnsplierico entrando no nppnrelho por dous pequenos orificios, converte eBse vapor em um gnz egual, sinão sliperior no brilho e nn qualidade, no GAZ I)H CAKV..O. A oliammn 6 regulada por uma torneira, situada na extremidade superior do bico, que se gradfiaa capricho, dando umn luz olnra, brilhante o intensa. Tím litro do rVnplitha 6 sullieiente pnra 18 horas, dando uma olinmmn da intensidade de 14 velas, podendo essa quantidade duiar mais tempo reduzindo-se a força da Íris.-' LAMPEÕES, LANTERNAS de todas ns formas pnra IlUAS, JARDINS, FAZENDAS, OPFICINAS, ESTAÇÕES DE ESTRADAS DE PERRO. lista composição do nl terntivos vegetaes, SulSapárrilha, Stillingia e Mundvakc com [òuido. de Potassa c Ferro <>íl-rece cura muito elficnz para tiiiui série de docnçii.. ([lie são muito communs e funestas. Ella purifica o sangue, ex* pelle os maus humores que solapam a saúde e resolvem-se em moléstias perigosas. Erupções cutâneas saotestemunhas exteriores de liiiiuores que devem ser expellidos do systema, equiiiido elles se àggregiim a algum orgniii, ouonlleeA Salsatam com moléstia ou o destróem. PAiiuii.iiA de Ayhk expello esses íiiiuis humores, que, uniu vez expellidos, cessam de produzir moléstias taes como Ulceraçào lutpalica, gastrica, vou rivs e. pulmonar; Frupçòes e moléstias eruptivas da pelle, Fogo de Saneio Antônio, Erysípela, Pimpolkos, Pústulas, Nascidas, Tumores, Dartros. Feridas, Ulccras, lihenmatismo, _\V_rcügia, Dores nos ossos, Dores de Cabeça, Fraqüèza e Debilidade, Slerilidude feminil; Leucorréo, proveu iodo <lc ulceração bü óutvâ moléstia ütèrínà, Jhjdropesia, JJyspepsia, Debilidade gèral. ' , Pr. ÚNICOS POSSUIDORES H. GUIMARÃES & SILVA, 24, Praça da Constituição. 1, RUA DO SACRAMENTO, 1. RIO DE JANEIRO. AQENTES NAS PROVÍNCIAS: PARÁ Mouriio, Perro Sc Co. PERNAMBUCO Antônio José d'Azovedo BAHIA Fnbien Sc Cia. S. PAULO OURO-PRETO F. C. Soares da Silva. í.»: ?, o _D«; «_"* \ J°s6 do L|V Siprra Per eira BARRA-MANSA ) CORITIBA J. J. da Costa Silva. MACAHÉ S. Gonçalves da Silva. CAMPOS J- Beal & Co. PELO Hl I yjj»*ij*-_--—'p,i,i fr, ,.,, f. p. /yer ^ po,, OsMagriificos Paquetes a Vapor dn WHITE ST AR LINE, Portaaores das ninliis dos Estados Unidos, largam de New York tod:is ns semanas. Passagem de Ré S80 em ouro. " . de Proa aos preços mais baixos^ Os principaes paquetes entre New York e Liver pool são: GERMANIC, BRITANNIO, BALTipi 0ELTI0, ADRIATIC, I INHA Agentes geraes no Brazil. 'v Combinação nílo Kxplòsiva privilegiada de West. FOGAO-LAMíPEAo, -_ I I.ll !.ll>ll TKIJ.!. CO., 334 Bowery, N. Y., e 1,315 Chestnut Street, Philadoiphía, -eom suas B^TmuMJHj^ Fundas o seu Remédio para Quebrabrndura, cura Quebradura em :10 a 1)0 dias, o ollerece mil dollars para um caso que não possa curar. Dona C. A. M. Bui.niiajÍ, A. M., M.D., tem a eereunia da Secção para Senhoras. Exames são uraluiins. Mannoni 10 centavos a qualquer dos esòrlptorlòs parn Livro desoriptivo. _Z I-IVOEIVIIAKIA Cl Vil. lí iTIECHAlVICA, no liiHiiiuio Viilyti-clmico «ic ¦{«'¦¦_mcIiVci-, «íiii Troy, IV. V. A mais antiga eschola de engenharia nos Estados Unidos. A próxima sessão principia a 18 de .Septembro. O Registro paru 1879 cõmtétri a lista dos que. durante os SA annos ultimo pnssados, nella tomaram grau, com os empregos que agora lambem o curso dos estudos, condições, despezas, >lrijam-se a WJI, H. YCUNG, Tetas. otc. Dl _^B_E5______:. f*.|.ltl I ¦ > •. » 1^-1-11 =o_ DE VAPORES ENTRE OS ESTADOS UNIDOS E O URA ZIL., Para St. Tliomas, Pará, Pernambuco, Pio de Janeiro, fazendo corínexão em St. Thotnas com os vapores para Porto Rié.o, Jamaica e as ilhas o pai/.es vizinhos. O novo vapor de torro do primeira classo, Oity oi Rio cie «Taneiro, o o m í. s. •?* C/l a> o ti o 15 M çj í> Este Fogão trabalha perfeitamente e 6 muito superior n qualquer outro, sejn fabricado onde for. E' econômico, absolutamente seguro,e desatla-se que outros do mesmo preço lhe façam concurrennin. Pode Ber visto em operação em casa de H. A. GRUHKR, 95 Rua do Hospício, Rio de Janeiro, onde se podem obter circularei illustradas e listas de preços Commandante WEIR, saliira para os portos snpra-niencior.ados no sábado* 4 d» Outubro as 6 horas da tarde. Kecebe carga até o dia 4 na Rooerfs Dock, de mas s6 com ordem do escriptorio om New Brooklyn, ' York. Tara os que o quizerem nós mesmos nos encarregaremos du eftectuar o seguro sobre os gêneros remettidos. Vendem-se bilhetes de passagem para todos os portes alcançados pelos vapores intercoloniaes da Companhia Real, e para Montevlueo e Buenos Aj-res. O frete 6 preciso pagar adiantado. Para frete ou passagem, havendo accommodaçõos elegantes para pas sageiros, dirijam-se a C. U. M^LJLT.OIR.V ST CO., Escriptorio, New Vork. Agentes, Pier 20, E. Ri, perto do Ferri Fulton nll.ffl flj.H .,£l*B..1._.i AAH.11ai.mH .__._-__... NOVA EDIÇÃO, E CORRECTA ATÉ O TEMPO PRESENTE. and the BRAZILIANS," PÕK Rev. JAMES C. FLETCHEU e Rev. D. P.KIDDER. Hlustrado com 150 gravuras. Um volume. 8vo. Encadernado, §4.00. Agora prompto Publicado por LITTLE, BROWN & CO., 264 Washington Street, BOSTON, Kstndoa Cuido». ?1 r4 -- "BRAZIL A vondn nns prinoip.es drogarius o pliarmacins no Brazil, W. R. CASSELLS & CIA. - , Fabricantes dos melhores; mais finos e mais baratos Assentadores de Navalha nos Estados i nidos. A grande reputação de nossa ftrriin <5 uma garantia du aualidòde de nossos produetos. Nossas amostra, acham-se expostas om casa de H. A. GRTJBER, No. 96 Rua do Hospício, Rio de Janeiro, onde se podem obter circulares illústrüdas e listas do preços. listes paquetes são notáveis pelos seus aconchegos luxuosos, pelu sua rápida marcha c pelo cscru pulo com que são navegados; Para passagem e frete triicta-se com li. 1. COlillS. Agente, REVISTA 37, Broadway, New York. Cliimicos practicos o analyticos, Loweli, Mass.. E. U. A. Columnas e braços de feiro fundido. nitANWK «OKTiniUIVTO de apparelhos completos pnra o interior de habitações. Ricas A1-1111dclln», 1-yriiN, l*endenl«M de 1, 2 e 3 luzes, etc. PKEPARADA E9TADOS UNIDO J. C. GUIMARÃES Tr. Successor de GUIMARÃES Ji\, ALBUQUERQUE ECla. 147 Rua dos Ourives, Rio de Janeiro. c_!ii;.\';;v!. t_ilu.li:l;1ii_a8gEr8 «__e____j 1 » • yl Especialistas de Ferramentas para T.avoura, Carpinteiros, Ferreiros, Pedreiros, Marceneiros, etc, de todos os afnínados auetores americanos, ingleses e franceses O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. IV 3 Melhor Remédio Casjiro do Século. FABRICADO POR PERRY DAVIS & t S0N,| PAIN KILLER. OUTUHRO, 1879. Usado Interna e Externamente. PROVIDENCE, R. I.. E. U. A. LMe remédio ko «lovu Ut mrjijiro á inflo, porcino poii|>iir-vo«-_in luuitrjn iliiut de dooiiçi», muito tempo e muito dinheiro. O Pain-Killer 6 iifçora conhecido e ei tinindo em toda parte do mundo. Os Módicos o reconimundom em huiw receitim. o todtw iin cIiikm* tltt sociedade teem iiibndo nello allivio o consolo, fíiça-se com ella uma experiência. ¦" "'"' ¦-'''• ¦•¦ ....... ... .. ......... --jft8qUe &'" |,rupin,vii,i|,,m,ujcuiu Tcguuu que «e poiie ier o usar sem ucnniim perigo cm qualquer família. Sendo muito simples o morto tio nsal-o, muito grande o numero dns diversas doem ello cura radicalmente, o também muito grande a somma do dorea o sofifrfmentos valioso sempre e remédio n 111 So. deste com elle i-or é olirign<;ilo nlliviuda. do todos Bupprir-se guardai-o que ê Pain-Killer é o remédio mais certo para o Cholera que a sciencia medica jnmtiispode produziu. - Pain-Killer, como remédio para a Diarrbea o a Dysouterin, raras vezes, ou nunca. falha. Pain-Killer cura Caimbnu qn Dores em qualquer parto do corpo. Uma só doso geralmente effectúa uma oura.—Pain-Killer tem-se provado ser ltemedio soberano para Sezões o Maleitas, d tem curado casos os mais rebelde* - Pain-Killer como lcçSo é «em egual pnra Mordcditras, Queimaduras, Feridas, Machncadurn«, Torceduras, ttc.—Pain-Killer tem curado cases de Rboumntwnio e do Novmlgià 11110 já haviam durado uiiiiof.- - Pain-Klllor destrnini depois da primeira Pannricios. UnheiroH. nntiDos. etc. dando nllivio inimediato . ...._....._. . , Cliaons _Anoatoiimn. applica'fio.—Pain-Killer cura Don* da Cabeça o dos Dentes. -Cuidado couta» Imitações n'l<\dsijic<tções.--\c\\i\->ie ú venda'em todas a» Drogarias e Pbarmacias. W. J. WILCOX <fc CO., 41 Broad Street, New York. BANHA DE PORCO DE PRIMEIRA QUALIDADE, Preparada para Exportação pára todos os Paizes. vS3B^Hv_^v^^«8»^ Jrfm\W Wmr^KI A. F A M A. D _k E 31 X O 13 O IUi-mU-u o maior Prêmio aubro tuUol „a oonourrentea o a unlca Medalha <le Ouro i,'M.ilnii4ilr. „ Kii|K,rlorliiiuIi> <l« »en Preparo pnrn Kxporiatjtlo. O nu MUNDO. Bxpoílçao do Pari/, A. ERKENBRECHER, ESTABELECIDO 01n.olxxü«,ti, Oliio, E. XJ. Esto protjucío lindo do pureza iucotnparavel 6 muito saudável, delicioso o econômico, e d superior a outro qualquer fubá ou fur.rim de milho. MAIZÍLLA ifiOUNfCÒ P1ÍODÜCTÕ deste gcucro quo 6 usado o APIT.OVADO PELOS .MELHORES COSiNHEIRO'S DA FltAKí;.\, e esses dizem còhl olla seus CELElfrtES PRATOS UE SOBREMEZÁ. Os St 8 II. A. Grúbcr, dó Rio de Janeiro; P.QHvícrl, da Bahia; Dò 1.nulificar o Cia., dó PcrnanibuCòj e Alincida o Kiiilho, dò Parti, darilo nino trás enituitiuiicuto o accclttirAo oncomtnoudas. Mai2silla. REMÉDIOS CASEIROS, DE IIECHT. iXLrvrope cio llcclit, parn Group Ki4i» remédio tom talado perante o pnbllou ilttmnta vinte nnnm ma quantidade! limita Ias, ò fi agora oITareoUlo t«íto pntx em uniu f.innu nova •• ninli olojçnir.o, K' fiiill de tomar, elllcnz o inulio ouldadòsamont a preparado, "ml,' k oonlioolüo 6 roconhooldo oomo preventivo oarto do oronp. Pur lun anjiio particular o ln«tnbrnna falta (quão n criiiío do oronp) nfto ío pude formar, <ni 6 dltaulvida e retnuvlda l»;,'» rçi, - ae forma. Ao meimo tempo ,>* forroe «Ia garganta o dai iiii.«saif»'is pani o ar silo uliradò» >¦ roataurndiM fi mi» condtçilo natural. Pnrn convenoer w queduvldarom dUso renro-ug a \V. it. O-uiUl, E»q , advnirado om Xnvark, X. J.; Mídor O. it. Oygér, E«q., Ilomeworlli. t,lii>>; Ilürlwrt Thoranai Oulnmbla, I'a.; W. II. Ulxlor. Ksq., litwlon Paiiy Kxpreui \V. W. Cnttlnglinm, V.»i\., Hnpt. dim Ksoholaí Publica» om Báaton, Pa.; Aaron Wllliolm. Kn,|.. Itcndlng, l'»., «• multoa outroj oujna riirtii» onglnaei «•stân om nilnliai mtlog, daado losioniunbo it *en gucoeMo em luaj lamlltat retpoflUva*, o ao *«u valor. Alérfi deuei podia monclonnr (;. Lairnll >v Son, H)n»ton, Pu.; 9. 8,, su»vr»«. Readlng, Pa.; U. A, nermllucli, Lnneníler, Pa. drogulutm, quo venileonni grnudu quniitidDdci delle >* inanlfcstnrani quo Ünhnm nôllo muita oouflnnçn. K fallo segundo a prosurlnoão dò um médico culobro, „ tpdos i>* quo iiinliiTiMii mui coniposlçfio o louvam multo. Não roíní-.n „plato, nem veneno nem mineral do qunlqncr lort,, ,|ii« M-jn o po,l„ «or dado com conflanga fi crinni^, mais tonrn. <> Untjuanto de^Ainbar, do 11,'flit, K.o rvsiiliudi, do eatudo iMiidiiiloüo paru combinar »k innterlaoii mala elUcaroj em sita forma .mais coticeoimita, para uío òxlortio. Para nuo um iinguouto ,„ja útil i: proolio quo opere rnpliluinonto, e p',r ligo fi liecéimrlo queáojn/«•/<._ Btto reoieulò õllivia ora noncci mlnutoi us dorei ni mnii violentai; ao amo tempo 6 liio|x,. ó uma »„lo(,í,o perfeita o Inteiramente laolToiiilvo, .SA quando io qiter ãpplical-ò a graúdoi siiperlicioi cortndai e plliidai u ponolodeicrom prlvndiis da n«ll,< *<•:& nooomarlo miniinal-o com um pouco ,!>• ulho doce pam alinimliir tun ai'i;âo. X"i„ oonlfim veneno (aiiMii de Iduúol <> cumpluiri.) Não bu nanliuin perigo bin usal-o. Pnra „ lituoimaii.uio a Novmiiria. Mal <la Qàrganta, e qunciquor dorea fi nppltcailo extornamente; Para Dòr d» Dentèé utn pouco ,!<• ntgmlão hnmédecldo com ãlgumai goltaa do ungtiento o eòltocado no douto, fomoutando com etiis lambem a Diee, •¦& ulllrio imincdlato. Xuropc tle- lluelit, pura Lombrigás, ¥.' •> molbor rémodlo jamai> preparado paru Oombrlgiii » Aarfirldaa. B' ,> uni™ Xnropo Vogotal pura Lpmbrlgàt Jámala oompoilo que nttaon, doittoo e axnçllo Mm ai casias d,'.«s,'H parasita», oaeu goato iigrndavol o lornft «rtperlór» totlós oi pitHluotoa nnuaontlvoa aifi n^orn voadldoi. B* o unloo vermifugo puramente vegetal ipu, o.Tp.dl,, a* .ii,-,i,í(/(i* que pròduiem uma coinloliflo blo Insuppprtavel, tona falha. TihIo» entoa reiiiodloa mo prapnnidoi iinlcumcntejkir O. E. III<:eiIrr. Easton, I»»., l)ro<juista, (com mais de 30 annos de experiência.) ÊÊW*lmmu\m\ 1 ç_RW_Í> ¦ __b _l i9i \_^_/ _P54C^Cl^^# ^trJmmmW CRISTADORO, PARA T1NUIRO CABELLO, A BARBA OS BIGODES. York, No. 68 Maiden Lane. A.. I_. <lo $}. OitiiipiMtii, agente. Kio «I«í .JniM-iro. THOMAS NORTON & Co., NEGOCIANTES DE COMMISSOES. Lliha regular do Paquetes Veleiros _^_^_^_^P • '^k^r* -'~MtMteMÉB_*l____j ^E9 _K_4bfi^__í'x __r - I>Vwl4í__| ^^PrSB^PHB&BHHS__S^ ENTUE NEW YORK, PERNAMBUCO, E RIO DE JANEIRO. VERMIFUGQ DEBA.FAHNESTOCK 0 tii,i(o remédio < ffici ¦ •/. pina linibiignscrii ciiançnse adultos. Falta de iippctitc alternando com um exceseo delle, gpiriho tícsEOcegndOj gemidos o ranger dos dentes durante o sotnno, são ndiciof dn j resçnça de lòmbiigas, e as crianças estão muitas vezes pallidas ü de inau liúmrr só jior esse mesmo motivo. Note-se em particular que os iniciaes são »li. A.," pura impedir assim que o remédio legitimo seja substituído por imitações baratas e mcfllçazcs. Acha-se ã venda em todas as Pharmacias e Boticas. REVISTA INDUSTRIAL I JL Ij U S T B A D A . Agricultura, Minas, Manufacturas, Artes Meclianicas, Meios de Transportes e Commercio. Esta publicarão saiu: á luz mensalmente em New York, Estados Unidos, em números de ,'3G paginas impressas, contendo á mais variada matéria, de utilidade practica para todos os que se oecupam com o progresso material do Brazil. " Esta revista eqüivale a uma bibliotheca para o negociante, lavrador, engenheiro, fabricante, para todos os que directa ou inditectamente se interessam pelo desenvolvimento da industria e riqueza do paiz, e com a vantagem de mencionar as conquistas da actividade humana, realisadas no velho e novo mundo, as descobertas mais interessantes em relação ao Brazil. Residindo no paiz que mais ama e honra ao trabalho, onde as descobertas suecedem-se rapidamente, onde mais se escreve sob/e cousas úteis a humanidade, o Sr. Dr. Rodrigues tem todas as proporções para enriquecer a. Revista, como tem feito até agora o seu Novo Afundo, dando as mais proveitosas noticias, que só com grande despendio de tempo e dinheiro se obtém em livros especiaes, quasi sempre raros em nosso mercado. Convencido da grande utilidade da Revista Industrial, recommendamos a sua leitura a nossos concidadãos, como a melhor e mais abundante fonte de instrucção epie é possiver obtermos a troco do menor srterificio pecuniaiio. S. COUTINHO." [Do /ornai do Commcrcio de 16 de Sept. 1877.] Assigna-se por 15$ _ BAHIA N° 82, Wall Street, NEW YORK, E. U. A. 1829. A Revista Industrial remedeia este grande mal jninsitrando variados e proE veitosos conhecimentos a todas as classes, mediante uma pequena retribuição Bata grande doapoberta ohlniica ocoupa o primeiro logar entre todas as pro|>nniçõca pnra tingir o cabello. Só fi proclao oxporlmoiitnln pura raoonheoer-th.e a auporioridiido cpio possue aobre quantua tlnctna se oITorrcoiu no publico para ó Importante fim ,!<• dar no cnbollo uma côr formosa JA picta como o àoevloho, jft Dn oaatanbo, om suna divertiu nuançns B* a única llnota initaiitanoii, infnllivol o funil om aeu emprego. Vendo-ao «m tmliia ua botiena e lojna do perfumarlni.— Kabrlcn-ae em Nova EM Entre nós, onde os livros são carrissimos, torna-se difficil o estudo de qualtpier matéria, sendo quasi vedado para quem não dispõe de meios em abundancia. TINOTA INIMITATKIi de JOSÉ om 1878, i«ela Uniformidade na Côr o O. por anno em-todíis as Agencias do NOVO MUNDO. C. JAMES, Agente geral. 41 Una Direita. "RIO HDE j_í_.nsrEipto. ^jfe Ettttrtd according to Act of Congress, in tht Ytar 187a, by J. C. Rodriguhs, im tht OJfie* 0/ tht Librarian of Congress, at Washington. NEW YORK, OUTUBRO DE 1879. VOL. IX. O EDIFÍCIO DO CL UB " UNION LEAGUE." Este magnífico edificio, que ora estão construindo cm New York, na melhor localidade da cidade para uma casa desse gênero, é uma das mais espaçosas casas de club no mundo. Não carecerá ella de cousa alguma que ajuncte ao bem-estar dos membros do club. O edificio, que como se ve na gravura, que foi feita dos desenhos dos architectos, occupa uma esquina, tem 84 pés na celebre e rica 5* Avenida, e 152 pés na Rua 39a, isto é tem 126 sobre 22S palmos. As duas frentes são de tijollo bem acabado, de Phidelphia, com decorações de pedra-escura e de barro moldado. O desenho geral é clássico mas tractado com muita liberdade. Na entrada, na Rua 39a, achamos um gruppo de quatro columnas grandes, que galgam o 20 e 3" andares. Subindo os poucos degraus, o visitante depara com salões de recepção a esquerda e direita, o escriptorio do club e os elevadores, qualquer dos quaes o levará aos andares superiores. Mais ao fundo acham-se a sala dos jornaes, a de leitura, os bilhares, o caft', lavatorios, etc, e também um grande saguão onde começa a escadaria para os andares superiores. No patamar ha uma immensa janella de vidros de cores, ricamente ornamentada. O segundo andar consiste de uma serie de muitas salas de palestra, de uma bibliotheca ricamente decorada, de uma galleria de bellas artes, e de um salão que pôde servir para grandes reuniões. A galleria tem escada especial para a rua, de modo que em estações próprias o publico é ali admittido sem incommodar os membros do Club. A galleria recebe toda a luz do tecto, o edifício formando ahi unia espécie de pateo. Todo o terceiro andar comp3e-se de quartos e saletas, alguns dos quaes são alugados a membros do estabelecimento. O grande salão de jantar occupa o quarto andar. Tem 45 palmos de pé-direito e sua decoração é o que ha de rico e de bom-gòsto. Ao lado do grande salão, ha talvez uma dúzia de salas menores para partidas de jantar. No andar superior estão as cosinhas e as accomodações para os criados. Com os modernos elevadores não ha sinão toda a vantagem em ter-se a cosinha no andar superior, e N°106 desse modo se evita o cheiro da comida por toda casa, que é um dos males dos hotéis em geral. Além disso, como grande parte dos incêndios provêm das cosinhas, estando estas nos andares superiores, os edifícios ficam mais protegidos de completa destruição em caso de fogo. O Club V Union League " foi organisado em 1863. O numero de seus membros é limitado a 1,500, e está completo ha bastante tempo. Os architectos do edificio são Messrs. Peabody & Stearns, de Boston, Mass. New York tem muitos clubs de importância, entre elles o Union Club, o Knickerboker. o New York, o Manhattan, o Century, o Lotus e ultimamente o Uniyersity que, si bem que moderno, é um dos melhores e mais prósperos. Este só admitte como menibros pessoas formadas em alguma faculdade, e cada um dos outros cltlbs tem seu characteristico especial. Todos teem casas bastante amplas, e mesa barata e excellente. O Union League foi fundado logo depois de ter rebentado a guerra civil, e ainda hoje tem certo character político. *é. "UNION LEAGUE," NA 5a AVENIDA E RUA 39". NEW YORK:—O NOVO EDIFÍCIO DO CLUB f "¦*¦¦. i'%. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. 22Ó New York, i° de Outubro. ({ \ ^ ' f ' v EUROPA acha-se naturalmente muito agitada A com a visita de Bismarck ao chanceller do viSÍnho império do centro do continente, e com a alliança defensiva que se di/. terem feito. Esta alliança é uma das melhores garantias de paz (pie temos visto ultimamente e nào é diflicil mostrar como resultarão dahi tantos benefícios á Europa, apezar de ter sido dictada apenas pelo interesse egoísta das duas partes, A situação da Russia, de um lado, não tem podido deixar de causar sérias apprehensr.es a ambos os impérios. A mania do panslavismo, que de Moscow se propaga por toda a Russia, torna-se cada dia mais aguda. O ai mal Czar é sem duvida amigo do Imperador da Allemanha e emquanto viver não consentira jamais na ruptura das cordiaes relações que agora existem entre os dous impérios. A sua vida, porém, é bastante precária. Xo seu paiz fermenta uma vasta revolução e o Czar é obrigado a manter um reinado de terror (pie é impossível dure muito tempo. Entretanto, o Príncipe imperial, herdeiro do throno, não mostra a menor reserva na communicação de sua antipathia e ódio pela Allemanha e não pessoalmente por Bismarck. Morto seu pai, .pie ordinárias haveria em circumstancias política melhor servisse aos seus interesses dynasticos do que a declaração de uma guerra á Allemanha ou á Austria. A km de ser uma guerra eminentemente popular, ella distrahiria os espíritos descontentes e daria ao novo Czar a ópportuhidade nílo só de temperar o terror de suas medidas*repressivas do nihilismo, como também lhe daria uma extensão de poder absoluto;—isto 6,—com a victoria (pie porventura ganbasse elle poderia illudir por mais algum tempo o bem fundado desejo de reformas, em sentido liberal e constitucional, que até os Russos mais moderados desejam. Com a Áustria acontece a mesma cousa, acerescenclo que a oecupação da Hosnia pelo Império tem sido como um espinho cravado á ilharga da Russia. Considerando estas contingências, pois, não é de admirar que os dous Impérios tenham chegado a um accordo pelo qual farão causa commum no caso de attaque externo. Bismarck mesmo não poderia deixar de ser inflüido em parte por um receio vago de alliança entre a Republica franceza e a Russia : a Vrança, si bem que ein mãos moderadas, pode amanhan cahir sob as ganas, si não das águias napoleonicas, ao menos de republicanos exaltados que, para 'Alsaciase fazerem populares, levantem o brado de em 1870 o impostor de Sédan levanLorena," como " tara <> de Berlim." Mas a alliança, como dissemos, equilibra a Europa e fortifica os interesses da paz. Si agora Bismarck propuzesse um desarmamento geral pelo menos por dous annos, o mundo olvidaria muitos de seus erros e lhe seria devedor de um largo passo no verdadeiro caminho da civilização, fraternidade c Christianismo. O Professor Martens, que é advogado ou cônsullor da secretaria de estrangeiros cm São Petersburgo, " Inglapublicou ha pouco um folheto intitulado a terra e a Russia na Ásia Central," em que diz que entre essas Potências ha um accordo segundo o qual o Afganistào deve sempre ficar território neutro entre as respectivas possessões dellas na Ásia. A esse já infringiu Inglaterra, porem, di/ o Professor, " no " Residência uma Cabul, accordo estabelecendo fazendo um tractado com o Kan Yakooii, etc, e, mais cedo ou mais tarde será obrigada a conquistar c annexar o paiz, de modo que as duas grandes potencias ficarão limitropbes. O auetor não vê nisto assumpto para novos receios de complicações ; ao contrario, cré (pie essa annexão marcará nova era, de cooperação cordial entre os dous paizes. Elle acerescenta que uma guerra entre a Russia e a Inglaterra só resultaria em volta ao mais completo barbarismo das nações asiáticas : nenhuma daquellas potências ganharia com isso: si a Russia, victoriosa, conquistasse a Índia, ella não poderia governal-a e a victoria lhe íseria fatal. Si a Russia fosse derrotada e forçada a recuar além da Sibéria, a Inglaterra só teria conseguido essa victoria com o auxilio dos chefes locaes, e estes, c não a Inglaterra, seriam os únicos que ganhariam com isso. O pamphlcto do Professor Martkns tem causado muita impressão na Europa e (pie exprime a opinião offieial não ha duvida, pois elle faz uso de alguns documentos diplomaticos, ainda não publicados até agora e que só poderia ter obtido com o consentimento do Governo de São Petersburgo. Outubro, 1879. Os negócios internos da Romelia Oriental estão começando a attrahir muita attençflo das grandes potências. O Pachá Ai.f.ko tem resistido, quanto é possível, a todas as ordens da Porta, e o partido nacional, (pie quer a independência absoluta da Principai idade, está ganhando completa ascendência, como não era difficil de se prever. Esse é um dos fruetos " da tal " Paz com honra do theatral BSeaconsfield. A' vista de tudo isto não é de admirar que (pieiram outros climas e melhores ares. • A commissão, agora cm Washington, também se queixa que os brancos desanimam a educação publica da gente de côr. As escholas só estão abertas trez e quatro mezes no anno e os professores que ha poucos annos ganhavam $60 por mez estão agora reduzidos a §15 e até á §10. ? O território dos Zulús Vai ser retalhado e dado a muitos dos chefes guerreiros, alguns dos quaes pertencem a famílias antigas que foram subjugadas pelos Zulús. Cetywaio, capturado, fica, ao entrarmos para o prelo, á disposição da Rainha Victoria em Cape Town. O novo modo de vida naquellas paradesta gens da África está marcado pelos Inglezes maneira:—Em cada território haverá um "Residenle" ou representante do Governo inglez. O chefe não pode absolutamente importar ou comprar armas de fogo: não pode receber mercadorias por mar i. e. só pode recebel-as de Inglezes do Cabo ; não pode declarar guerra sem licença do Residente. Pica inteíramente prohibida a venda ou cessão de territorio, por qualquer titulo que seja, mesmo a missionarios e para fins de charidade. TELEGRAPHOS OCEÂNICOS. OS NEGROS NO SUL. PARTIDO Republicano dos Estados Unidos 0 procura sempre provar que si o partido Democrata vier a ganhar ascendência total na política, o negro no Sul não terá sinão uma liberdade illusoria. N"uma epocha, pois, de eleições, como a actual, é mui commum ler-se nas folhas republicanas muitos factos de nial-faeto de negros, e até de horrores practicados em brancos, nos Estados do Sul que outr'ora mantinham a escravidão. Dando, porém, todo o desconto ás exaggerações próprias das luetas políticas, a verdade é que a posição do negro no Sul, não sendo de modo algum tão precária como a pinetam, não é todavia o (pie devia ser. Deixando de ladj o que se refere á posição política delle, e considerando apenas o papel industrial do liberto. pre-t cisamos admittir que si não é geralmente mau, em] algumas localidades do Sul mal varia do do escravo. Ha poucos dias chegou a Washington uma commissão de negros representando cento e sessenta e trez pessoas respeitáveis de sua raça, na Çarolina do Norte,—a máxima jíarte tendo familia de cinco a dez indivíduos—(pie pedem auxilio á "Sociedade Promotora da Emigração" para se retirarem daquelle Estado, onde seu presente é péssimo e sem esperança de melhora no futuro. Elles se queixam que algumas das leis, (pie a legislatura democrática promulgou recentemente, os reduzem á condição servil. Entre elles citam duas que em verdade nós no Brazil poderemos avaliar bem como na execução jungem o emancipado a pêas em nada menos leves que as da própria escravidão. Segundo uma dellas, a Common road laiti, todo o varão de iS a 45 annos é obrigado a dar annualmente dez dias de trabalho, pelo menos, e tantos quantos forem fixados pelos County Supervisors, ao condado em que residir. Ora, é fácil ver que os taes supervisora sendo quasi todos brancos, sobre o negro recáe quasi todo esse imposto de trabalho, pelo qual de ordinário não recebem a menor remuneração. E' fácil comprehender quão árduo não é essa lei para os pobres trabalhadores que vivem do que ganham de dia para dia. A outra lei é a Landlord and tenant act,—a lei dos senhorios e inquilinos. N'um de seus artigos cila prohibe ao inquilino que elle disponha de qualquer porção de suas colheitas antes de pagar o arrendamento,—nem até poderá dispor delia para o próprio consumo doméstico. Acontece, pois, que 0 pobre locatário ás vezes solíre fome quando já tem recolhido uma terça parte dos produetos da terra. Elle precisa, pois, de adiantamentos,—e adiantamentos com essa gente querem dizer o mais desalmado roubo. Nesse Estado da Caroliua. pelo menos na secção donde viéramos agentes dessas famílias que querem emigrar, os negros trabalhadores a jornal ganham seis dollars ou 12$ por mez, o locador de seus serviços fornecendo-lhes além disso quatro libras de carne de porco ou toucinho por semana, e alguma farinha de milho, além de casa. Si o trabalhador tem familia, tem de süstental-aá sua custa ou com o trabalho addicional de seus membros. Pequeno como já seja esse salário de seis dollars, é raro ser elle pago de contado: o locader emitte vales que circulam nas vendas com o desconto de 25 por cento. 0 locador de seis cm seis mezes resgata esses vales com o desconto de 10 por cento, de modo que o retalhador ganha nisso 15 por cento, e o locador 10 por cento; mas o pobre negro perde 25 por cento. Além disso é preciso notar (pie tudo de que se supprém os negros é pôr elles comprado a preços exorbitantes. EUés nunca teem dinheiro: e si perdem o emprego e procuram outro podem ser presos segundo a lei da Vagabundagem, A 10 de Março do corrente anno de 1S79, foi devidámente celebrado, nesta cidade de New York, o 25o anniversario da fundação da primeira companíiia que emprehendeu e realiscu a collocação de um cabo transtlantico. O iniciador dessa grande empreza, o illustre Cvitus \V. Fièld, pronunciou nesta solemnidáde um discurso, que vamos transcrever nas paginas do Novo Mundo, porque dá um exeelleute resumo da origem e dos progressos, que ha feito a telegraphia oceânica : Concidadãos e Amigos ! Ha exactamente 25 annos, nesta mesma casa, nesta sala, nesta mesa, e nesta hora, que assignou-se o contracto para organisação da companhia do telegrapho entre New York, a Terra Nova e-Londres, a primeira que se organisou com o fnr. de collocar um cabo transatlântico. Foi esse contracto assignado por cinco pessoas : quatro dellas:—Peter Cooter, Moses Tavlor, Makshal O. Roherts e eu—acham-se presentes; o quinto Mr. Chandi.f.r Whjté morreu dous annos depois, e seu logar foi oecupado por Wilson G. IIünt, (pie também está presente. Devo dizer em honra de meus associados, que sustentaram essa empreza corajosamente por doze longos annos luetando com difficuldades que só elles sabem! Nem outra cousa era de esperar de homens de sua elevada posição e de seu bello character ! Ãquelles, que boje applaudem o bom êxito de nosso commettimento, mal sabem quantos esforços elle custou ! As contrariedades seguiam-se umas ás outras, como si quizessem pór á prova a energia do nosso animo. Poucas pessoas estranhas nos auxiliaram, porque quasi ninguém tinha fé em nossa empreza. No emtanto nenhum de nós desertou do seu posto; todos o guardaram até o fim. Está aqui também meu irmão DÜDLÈY, que, como advogado da companhia, esteve presente na assignatura do contracto. e foi commigo e Mr. White na semana seguinte para Terra Nova, afim de obter o Decreto do seu Governo; conservou-se também sempre nosso advogado e conselheiro durante todos esses annos de lucta e de anciedade, em que parecia muito duvidoso o êxito da empreza. Na cidade de St. John's na Terra Nova, a primeira pessoa que nos recebeu e nos auxiliou em obter o Decreto, foi Mr. Edward M. Archiuai.d, então primeiro ministro da Terra-Nova, e agora, desde mais de vinte annos, cônsul da Inglaterra aqui em New York, também presente neste festim. Devemos, pois, render graças a Deus por nos haver permittido ver completa a obra que emprehendemos, e poder hoje, no fim de um quarto de seeulo, contemplar maravilhados trabalhos análogos em outras partes do mundo. Nossa pequena companhia nasceu apenas algumas semanas antes da Western Union Telegráph Company, que também possue títulos para tomar parte em nosso festejo, e graciosamente mandou ligar um lio telegraphico á esta sala, por meio do qual podemos communicar, esta noite, com todas as cidades e villas dos Estados Unidos, desde o Atlântico até o Pacifico, e, por meio dos nossos cabos submarinos, com a Europa, Ásia, África, Austrália, Nova Zelândia, Antilhas e America do Sul. Ao passo que nossa pequena companhia foi apenas ferida uma vez pela morte, muito difTerente sorte coube á Atlantic Telegráph Company, que formou-se em Londres cm 1S56, com o fim de estender nosso cabo pelo Atlântico. Principiaram cem trinta Diréctores, dezoito Inglezes e doze Americanos ; de todos elles só resta um; vinte e nove ou morreram ou retiraram-se da Directoria ; só eu continuo na posição primitiva. Muitos dos grandes homens da sciencia, de ambas as margens do Atlântico, dignos de serem lembrados neste momento solèmne, porque nos inspiraram com seu saber e com seu enthusiasmo, já se foram deste mundo. Perdemos Bache, que levantou toda a linha do littoral americano ; Maurv, o primeiro a ensinar como se abre caminho atravez das profundidades do Oceano ; Berry.man, que fez a sondagem atravessando o Atlântico; o grande Morse e, por ultimo, o não menos illustre Henry. Do outro lado do Oceano perdemos homens que trabalharam tanto quanto quaesquer outros da presente geração, no engrandecimento da Inglaterra:— Faradav e Wheatstone; Siepiienson e Brunel. A todos elles devemos inestimáveis conselhos, dados sempre graciosamente, recusando qualquer compen- «í OUTUBRO, 1879. sàção, só pelo interesse que tomavam pela solução desse grande problema de sciencia e de alta-engen liaria. E' com orgulho e satisfação qne ora recordamos que, emquanto os dous Governos da Inglaterra e dos Estados Unidos nos auxiliavam generosamente com suas esquadras, fazendo sondagens do Oceano, e até carregando nossos cabos nas primeiras expedições, homens tílo grandes, como os que acabo de citar, prestavam seu concurso a uma empreza que tinha por fim reunir suas duas pátrias, e, mais tarde, todos os paizes do mundo. Ainda ha outros, entre os vivos e os mortos, aos Ser-me-hia impôsquaes devemos muita gratidão. sivel repetir a longa lista desses homens illustres. Comtudo, ainda quede passagem, devo pagar cordial tributo a um que foi meu amigo, e também o mais firme amigo de minha pátria—RlCHARD CODDEN. Foi elle dos primeiros a olhar com fé para esta Logo no anno de 1S51 teve RlCHARD empreza. Cobdex um prophetico sonho da possibilidade de atravessar com o telegrapho o Oceano Atlântico; aconselhou ao Príncipe Alberto que dedicasse os lucros, provenientes da primeira Exposição Universal de Londres, á experiência da possibilidade de ligar a Inglaterra á America por um cabo submarino. Ah ! Não viveu bastante para ver realisado o seu sonho ! Mas si os homens morrem, vivem suas obras, suas descobertas e suas invenções. Da pequena tentativa, feita debaixo deste tecto, nasceu uma arte, até então apenas conhecida, a de telegraphar atravez das profundidades do Oceano. Ha vinte e cinco annos não havia um só cabo oceânico em todo o mundo; apenas algumas curtas linhas tinham sido lançadas da Inglaterra para o Continento, atravéz do Canal da Mancha, sempre em pouca profundidade; mesmo os homens da sciencia apenas ousavam conceber a possibilidade de transmittir o pensamento humano pelos abysmos do Oceano. Quando emprehendémos atravessar o Atlantico, tivemos a luetar com profundidades d'água superiores a duas milhas, e com 2,000 milhas de extensão de cabo. O bom êxito desta grande empreza deu immenso impulso á telegraphia submarina, então na infância; dahi proveiu o seu crescimento até estender seus dedos com ponetas de fogo por todas as águas do globo. Actualmente, como já foi eloqüentemente dicto, sitas linhas vão por toda a terra, c suas palavras ate os confins do mundo. Contam-se hoje nada menos de 70,000 milhas de cabo atravéz de mares e oceanos. E, como si ainda não fosse bastante expedir telegrammas com a velocidade do raio, já conseguimos enviaí-os em direcções oppostas ao mesmo tempo. Na verdade, acabo de receber de Valencia na Irlanda, este telegramma:—Seuanniyersario testemunha o trabalho duplo atravez do Atlântico perfeitamente realisado. Com este novo invento os cabos submarinos dobram de capacidade para a expedição de* telégrammas. Quem poderá prever as conseqüências dessas incessantes cominunicações entre os povos? Presentemente já o telegrapho nivela os mercados de todo o mundo. Mas ha muito a esperar das novas relações, que elle estabelece entre os diversos membros da famiba humana. São inimigos os povos porQuando se comprehendeque não se conhecem. rem melhor será mais forte sua affeição. O sentimento de proximidade, as relações de visinhança despertarão, por certo, o instineto de fraternidade. Não é, por ventura, signal de que approximam-se melhores tempos, ver atravessarem mensagens de paz no mesmo Oceano em que fluctuam os destroços da guerra? Somente resta uma cousa, que eu espero Deus permittir-me-ha a ver ainda;—a collocação de um cabo de S. Francisco da Califórnia ás ilhas de Sandwich—empreza da qual recebi hoje mesmo concessão do Rei Kalakaua por intermédio do seu Ministro, também presente á esta festa. Das ilhas de Sandwich o cabo irá ao Japão, e, dess'arte, as ilhas do Pacifico entrarão em relações com os continentes, quer pelo lado d'Asia, quer pelo da America, ficando assim completo o circuito do mundo. Mas a vida vai-se escoando, e isso talvez tenha de deixar a outras mãos. Muitos de nossos velhos companheiros já cahiram e breve devemos dar^ogar aos nossos suecessores. No emtanto, bem que tenhamos de passar além, é um consolo ter poaido fazer alguma cousa, que ficará quando já tivermos ido. Si no que fiz para o bom êxito dessa empreza, aiguma cousa ha para honra de minha pátria e para bem da humanidade, rendo piedosamente infinitas graças ao meu Creador. Foi essa a grande ambição de minha vida; também a principal herança que deixo a meus filhos. Em nada desmerece a gloria de Cyrus W. Field, O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. o devotado promotor do primeiro telegrapho transatlantico, estar hoje averiguado que muito antes de 10 de Março de 1X5.}, o finado coronel John Henkv [Sherburne, natural da cidade de Washington, capitai desta Republica, propôz um cabo submarino para a Inglaterra. Com effeito nas Actasdo Senado lê-se:—"Segunda feira, 28 de Janeiro. 1849.— O vice-Presidente apresentou a petição de Johx Henry Sherburne e de Mor Alio HuBBEL, solicitando auxilio do Governo para estabelecimento de uma communicuçâo telegraphicu, atravéz do Oceano; foi enviada á Commissfio de Commereio." A petição revela estudos minuciosos; indica as es'Perra tações da Nova e da Irlanda; da algumas sondagens do Oceano; e refere-se á possibilidade de fixar o cabo por meio de boias. O filho do coronel SiierBURNE, a tpiem se deve esta exeavação histórica, diz que foi a súbita morte de seu pai o motivo de não ter podido realisar seu projecto favorito. Sabe-se também que, em 1842, o grande Morse immergiu um cabo de Castle-0'arde/i, aqui em New Vork, para Governor's Island. A 10 de Agosto de 1843, o illustrc inventor escreveu ao Ministro da Fazenda:— "A conclusão practica da lei ha pouco descoberta, é que se pode estabelecer, segundo as minhas idéas, uma communicaçílo telegráphica atravez do Oceano Atlântico. Bem que essa idéa pareça actualmente assombrosa, tempo virá em oue será realisada." A' vista pois, desses documentos só podemos concluir que os telegraphos oceânicos foram, pela primeira vez, ensaiados e propostos pelo immortal Morse; depois requeridos em 1849 pelo coronel Sherhurne e Horatio Hübbel, e por fim realisados, a partir de 10 de Março de 1854, por Cyrus W. Field e seus dignos companheiros. Felizmente das communicações occeanicas entre todos os povos do mundo resulta gloria bastante para todos esses distinetos filhos da grande Rupublica Norte Americana. 227 este respeito o Inspector Geral diz: "O primeiro período é practicamente comprido demais para qualquer systema de escholas publicas em que não se dá instrucção secundaria e superior, e o segundo é evidentemente muito curto para dar-se nelle a inStrucçílo a que toda criança tem direito. Muitos de nossos melhores educadores são de opinião que dez annos, de seis a dezeseis, são o melhor tempo para dar-se nelle instrucção publica elementar e secundaria." SUMMARlO DE ESTATÍSTICAS DE ESCHOLAS. O numero total de meninos e meninas, de edade própria para freqüentarem as escholas, foi, em 1877, para a União inteira, de 14,227,748. Destes achavam-se inscriptos os nomes nos róes das escholas, S,954,478. O termo médio da freqüência diária foi de 4,919,408. Xos relatórios recebidos de septe Estados e seis Territórios nada se diz sobre a media da freqüência diária. PROFESSORES E SEUS ORDENADOS. O numero total dos mestres empregados nas escholas publicas de todos os Estados e Territórios (com excepção do Idaho, que não mandou relatório) foi de 259,296. Nas cidades a media dos ordenados dos mestres foi de §108.20 :io§ooo' por mez, e o das mestras, $35.93. Os limites dos termos médios dos ordenados mensaes recebidos pelos mestres nos diversos Estados e Territórios que enviaram relatorios para o anno de 1877, variaram de $22.65 n0 Estado c]e Alabama até $1 12.63 no Território de Nevada; os das mestras variaram no mesmo anno de Nos $21.60 no Vermont até $85.20 no Nevada. Estados de Alabama, Maryland, Mississippi, Carolina do Norte, Tennessee, e no Território dos índios o termo médio foi idêntico para mestres e mestras. De todos os Estados e Territórios aquelle em que era maior a differença entre os termos médios dos ordenados pagos mensalmente a mestres e mestras foi o Território áe Arizona; pois ahi os mestres receberam a media de $100.00 por mez, e as mestras $50.00. INSTRUCÇÀO PUBLICA NOS ESTADOS UNIDOS. Apresentando seu oitavo relatório, (pie se refere ao anno de 1877, o inspector Geral da Instrucção Publica allude aos maus efleitos produzidos sobre a educação pela depressão financeira, e especialmente nos casos em que ella deu em resultado o encurtarse o anno escholar ou a reducção dos ordenados cios professores, e por isso o emprego de mestres ordinarios em vez de bons. Diz, porém, que, apezar destes obstáculos os diversos systemas de instrucção publica que se acham adoptados nos diversos Estados da União deram novas provas de serem bem adaptados ás necessidades do povo. Chama então attenção para a relação que ha entre a educação e a solução do problema da lueta entre o capital e o trabalho; também para os resultados lógicos da vida vagabunda que está principiando a desenvolver-se aqui, lembrando que, segundo Fiíetcher, de Saltoun, havia em 1698, e no pequeno paiz de Escossia, nada menos de 200,000 pessoas pedindo pão de casa em casa, além daquellas que eram alimentadas das contribuições lançadas nas '-Rixas de esmolas das egrejas; e para a condição da Irlanda em r73r, quando, segundo o calculo de Arthur Dobhs, o numero de mendigos vagabundos foi de 34,000. O Inspector dá um curto resumo da natureza e extensão de seu trabalho official, das fontes de suas informações e das provas da importância practica de seus resultados e da acceitação geral dos methodos que adoptou e dos fins que procura alcançar. Entre essas provas nota particularmente o progresso feito na simplificação e systematizáçãb dos relatórios e tractados sobre a educação, tornando assim as informações que conteem mais intelligiveis e melhor adaptadas para estudo e comparação. Da massa immensa de matéria resumida no relatorio do Inspector Ceral uma grande parte consta dos relatórios .de inspectores de escholas nos diversos Estados e cidades da União. A elles se refere como muito úteis, porque, por meio delles se pode formar uma idéa clara da intelligencia e estabilidade do sentimento local a respeito da instrucção e do valor dos diversos systemas por que as escholas são dirigiEspalham também sans idéas das e sustentadas. sobre as theorias de instrucção e fidedigna informaçãò sobre o estado em que o paiz se acha quanto á educação. EDADE " LEGAL DOS ALUMNOS. Ha nos Estados e Territórios dos Estados Unidos dezesepte diversas edades como os limites dentro dos quaes os meninos podem assistir nas escholas publicas. A maicr dellas estende-se sobre o período de dezesepte annos, sendo desde quatro até vinte e um annos de edade. O período mais curto é de seis annos, desde a edade de oito até á de quatorze." A RECEITAS E DESPEZAS. A total receita escholar para o anno de 1S77, em todos os listados e Territórios da União, com excepção do de Wyoining, que não enviou relatório, foi de $86,866,162 ; e a despeza total, inclusive a de Wyoming, foi de $80,233,458 (cerca de 160 mil contos). O valor total dos bens de raiz, edifícios e outras propriedades das escholas, em 25 Estados, 2 Territorios e na tribu Cherokee de Índios, no Território dos índios, é calculado em $139,217,607. A despeza feita com cada um dos alumnos matriculádos nas escholas publicas dos 24 Estados e 5 Territórios que enviaram sobre isso relatório variou de $1.39 para o anno de 1877 no Estado da Carolina do Norte até $35.76 na tribu india dos Cherokees. GENERALISAÇÃO. Do summario estatístico, generalisado sem referencia aos Estados em particular, consta que no anno de 1877 havia, de meninos e meninas com edade legal para freqüentarem as escholas publicas, M,°93,77s em 38 Estados, e 133,970 em 9 Territorios ; o numero dos que se achavam matriculados nas escholas publicas de 38 Estados foi de 8,881,848, e em 10 Territórios o numero foi de 72,630; o termo médio dos que assistiram diariamente foi de 4,886,289 em 31 Estados, e de 33,119 em 4 Territórios; o numero de alumnos nas escholas particulares de 12 Estados foi de 203,082, e nas de 4 Territórios foi de 6,088; o numero total ;de mestres e mestras em 37 Estados foi de 257,454, e o dos que estavam em 9 Territórios foi de 1,842 ; em ^^ Estados houve 97,638 mestres e 138,228 mestras, e em 9 Territórios 706 mestres e 986 mestras; a receita para as escholas publicas de 37 Estados foi de $85,959,864, e a das de 9 Territorios foi de $906,298; as despezas feitas com as eschoIas publicas em 37 Estados foram de $79,251,114, e as das escholas publicas de 8 Territórios foram de $982,344; o fundo permanente das escholas de 26 Estados foi de $100,127,865, e o das de 2 Territórios foi de $2,106,961. JARDINS DE CRIANÇAS. Os relatórios fazem menção de 129 escholas-jardins de crianças, com 336 mestres e mestras, e 3,931 alumnos. Com referencia a estas escholas o Inspector Geral diz : " A introducção do jardim de crianças nas escholas para orphams e nas que se acham estabelecidas entre os pobres das cidades, tem dado muito bons resultados. Em conseqüência da falta de certas condições favoráveis, os jardins de crianças não teem sido tão bem suecedidos como poderiam ser; mas apezar disso tem-se feito muito progresso (1) na instrucção de mestras para preparal-as a dar ensino segundo os verdadeiros methodos dos jardins de crianças; (2) em dar ao publico idéas acertadas a respeito desses methodos ; e (3) em pôr ao alcance dos que os desejam os objectos usados nas escholas-jardins de crianças. é «V 4 * I Outubro, 1879. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. 228 VISTAS DO PERU'. /í NOIVA DE ALFONSO XII. s » • \ ü 1 9 LIMA.CALHAU E A VIA FÉRREA DE OROYA. Na escolha de sua primeira esposa o Rei da llespanha Alfonso XII seguiu a voz de seu coração; na da segunda tinham mais peso com elle razões de Estado. A Archiduqucza Maria Christine DesideriaHknriette Felicitas Rainera nasceu a 21 de Julho de 1858, e tem um anno menos de edade do tpie o Rei Alkonso, seu noivo. E* filha do fallecido Archiduque Carl Ferdinano, filho do Archiduque Carl, o heroe de Aspern, e da Archiduqueza EÜSABBTH, filha do Archidtuiue Joseph, antigamente Palatino da Hungria. A Archiduqueza Eusaheth, futura sogra do Rei da Hespanha, é uma senhora de belleza extraordinária e se parece muito com a Imperatriz Maria Thf.reza. De seu primeiro con sorcio, com o Archiduque de EsteModena, Franz Ferdinand, tpie falleceu ainda moço, teve uma filha que é casada com o Príncipe Ludwig de Baviera. A Archiduquesa Christine herdou toda a belleza e amabilidade de sua raâi E' abbadessa do convento das irmans nobres de S.mcta Thereza no Hradschin, em Praga, e é notada por seus grandes dotes intellectuaes, sua esmerada instrucção e seu gosto para as sciencias e as artes. Aprende línguas com muita facilidade è por isso levou bem poucos mezes para adquirir per^ feito conhecimento da língua liespanhola. Possue todas as prendas e qualidades para representar do modo o mais digno o papel de uma Rainha, captar o coração de seu esposo e o de um povo que sente a mais viva sympathia para com a filha de um ramo de uma casa tão gloriosamente ligada com a historia da Hespanha como é a dos Hahsiiukg. S*»^. WM ' :7 5S ííV y^Lt^M W^M' ¦ 'J^a^afyQy^jvJflF^S^^r^^^^a^i^B , Tjf' '.'¦¦ iK^írfítt^JSMlMIh . .<T.Ir..,.tjlira5aftKtTjMaMk^ ^aMTaii^Tf^fcBvi^^^jts^MMÉi^^^^^Bj ^B3B l ~*'*^|»^ íl "S >—- »"^"^*ÍlMs^SsWrT^£^BwA^Y *r\ T*f>jL."' * ""^^TuÓflH^' \~+ «-T,"***—'—.^4» * ^B^flBL.AMf^Lrfa^Má^.Bl i»r^ *^ t5 r^r^^B Buft^L9 • wR AflÉfl I^PnKociriHI 9-'lfWTj\ • lvy^B hmVt*^ -"J&aHC ' WM>i\^m9*^B -')PA.rB -T * **^ \ CHRISTINA. 5BB1 j^afil "^^fcJIjIlSLli^^a^^^a^iBBaBBjP^^^fflK^f ^Hi cTS^bT ^T^BP^*^*^»*"'" -^^r' S£\5aB[fifi ttrflB0&O6í,^mBm\wK*áí,^mB wÕJS^ESBaMJj^^^-^BS^^^^^pFJaPaPtWf^la rlrvE-SSiir^^ *S*N*»^^V* '-*-+^-*cí*73s*z^^^'-^^^ttÊK^stBIBst>kf3^^=%&*2:jç&^M^^B^^^^^^^^^^^^^^^M^m\ ¦B.iMi5hb%>^—y^^BB^jj^S^lSjSJl^J^Bgfi TflBEM -w""***** \ . ¦^ÀTy^V-^^*^->«tt^V'Í'rf^-r'^*15rM*^iB'^.Bflflflflflflflflflfl—' 'itPWffiíg^t^tJ-^-W^^-T^^^^^^^a?^?!^^*^ ^ftJ^JBflhÉ.J?flÍ ^^?^1 sr^sttttt^st^mtm^mt^ktWsWMM '¦ t**|«^.g^jsr^t -1 *w.*¦ ¦ IH|^K MARIA RAINHA FUTURA HESPANHA:—A íjfc.'' Lima, capital do Peru, jaz no meio de uma paisagem monótona ao pé da primeira serra das Cordilheiras, cujas rochas escuras se levantam na visinhança immediata da cidade. Tem cerca de tio,000 habitantes, e a população é uma mistura de quasi todas as raças que ha no mundo. Talvez não haja cidade sobre a terra cujas habitantes sejam de tantas diversas cores e meias cores como os de Lima. Quanto ao estylo da architectura dos edifícios, é meio mourisco e meio hespanhol. Em razão dos freqüentes terremotos que ahi teem logar, as casas são pela maior parte de um só andar. De lado de fora são pinetadas a fresco. Nas ruas principaes muitos dos andares terreos são oecupados como lojas eujos mostradores rivalisam entre si na riqueza e variedade dos produetos expostos, e mais ainda no bom gosto com que se acham arranjados. Aquillo que torna um tanto pietoresca a vista da capital do Peru é os quarteirões regulares, á forma dos quadrados de um taboleiro do xadrez, em que se acham collocadas as casas, e as muitas egrejas e capellas espalhadas entre elles, merecendo menção particular a veneravel cathedral, de antigo estylo hespanhol, sita na bella Plaza mayor. Uma physionomia muito peculiar dão também ás ruas os muitos balcões, não havendo casa, quasi, que não tenha um, e que, com suas muitas vidraças e gelosias, se parecem com estufas para plantas. E assim também produzem um effeito singular sobre quem [pri- BaBflMÍ * *^l^ÊÍ^mmSii^BPÍ^ÊÈ^^R\\^m\^m\^m\ ^BdBmS^BÊ*Bm\^m\B\ww iiiimiiiiiafkW Km ,1HnlL,*jM ¦f;:fl \m vfl B?H B. IIí^.^.^i^.^i^mB HB hili^l^ bVi^HIEmÍ zr~^^^^ - t^^-^^^ar^B-»^^W^t^BBMfl^iBWL^.B^B^B^P^^^^^^^^^F^t?ff^ yW^^^BB^^B^^^^^^^^^^^^^B^^^^^^^^^B a^i^i^i^ifc ^^a^i^i^irr ^^Bflflflflflflflfl* .fl^fiB flfiflfll J —.>:^BBBBBBBBBBBr tl.Bfllfl.Bfl Ifia^fiM aBflBflflP^VflBf^^^^l ¦Hrrr^BaC^H^B| BHflfl ¦íaIF *i- ¦*'~~~***^-^^B aBfi£I^.Bfll * HBflBjVvBfll .flVi^tflflfllwfll HÍb»V'' ^fiT-y p^aL^-a^JaTTa^MI ^^?T^iáfSTMMtfW ..- —"*~rii-~~~-~ *ik y>K ?i^^r^aã ¦ ajj_M-_aBflfl^BflBBflflflflflflflflflflflflflBflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflu w- A» «^v^TaflBJ flflflBJ PERU:—VISTA fcfcAJT DA CIDADE DE LIMA. tB^M^BBl Bfll i Outubro, 1879. ¦" O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. 22Q <5 Pi »—< W W 1—« Q P< O /^'/- i-Hf* 'ffôjE'.¦ 2r*4HetÁ mmàÊtf^ i^a^Tfl \*^%*7*mimwÊ w\* AnfvÊNnLÊi^ÊTÊri^'''r ,<^£|^H HaI E!ki>k^k v 1%'fn u < > O çA O w W < w Q O «a W w 9 «i Q <! p* H 1 j I ^-»li<S^BrJEͧijfifiBJsfiJTiB» 00 w «1 o C/3 H <V3 1—I > tf 230 s * \ I meiro as vê as innumcras elevações construídas sobre os telhados chatos, c qne, á similhança de clarziboias com vidraças movediças, servem tanto para ventilação do interior como para sua illuminação. Um papel importante representam em Lima os muitos estrangeiros que abi se estabeleceram; pois dizem que ha nessa cidade 14,000 Italianos, além de Francezes que fazem bons negócios como proprietarios de boteis e restaurants, e também como cabelleireiros; ha também uma pequena colônia de Aliemães e alguns Inglezes, sendo o numero destes tiltimos, porém, menor do que os dessa nacionalidade que ba em Calhau. Industria manufactureira não existe em I.ima; é, q-tianjiorém, um mercado para onde sao exportadas tidades immcnsas de produetos francezes, inglezes e allemftes, e alguns americanos. O commercio de em produetos estrangeiros imj)ortados annualmènte Lima é calculado em dous milhões de libras estérilnas; e desses produetos vêem da França ,£600,000; da Inglaterra ,£550,000; da Allemanha ,£200.000: do Cbili ,£300,000, e da America do Norte ,£50,000. Lima acha-se á distancia de dez kilométros de Calhau, seu porto de mar, e considerado quasi como subúrbio da capital. As duas cidades são ligadas por uma estrada de ferro. Calhau é o poneto central do commercio de guano, e dahi sabem annualmènte em termo médio trinta navios em demanda dos diversos dejiositos desse uma linha prbducto. Entre esse jiorto c Hamburgotambém um é de vapores faz viagens raensaes, c elle dos jiortos de escala para os vapores dás linhas entre Califórnia e a Austrália. A cidade é pouca vistosa, com excepção da rua principal ao longo da beira do mar e habitada principalmente |)or europeos, mas o no inundo, senporto é um dos mais seguros que ba ondas as e ventos os contra pela ilha do protegido e tudo cáes tem frente; e fica em (jue lhe San Lorenzo modo todo de facilitar necessário é o mais que para annualrtavios muitos dos que a carga e descarga mente chegam a esse jiorto. A construcção a mais imjiortante (jue existe no Peru é a estrada de ferro Oroya, que, j>artindode Calhau, sobe a dupla serra das Cordilheiras. Foi com as águas projectada afim de ligar a costa pacifica navegáveis do Amazonas e assim com ornar Atlantico. A immerisidade e ousadia desta via férrea de 14b kilométros de extensão, que passa jior 42 tunneis sobre jiontesde 100 metros de altura.e em ziguezaguc na faze de precipícios quasi perpendiculares, sfio inteiramente indéscriptiveis. Seu construetor, (jue venceu obstáculos naturaes sempre tidos por invenciveis, foi, como todos sabem, o Norte-Americano Hknrv Meigos. De Calhau a estrada férrea sobe em distancia commetros, e chega paratiyarnente curta, á altura de 4,400 de altura 5,000 mea seu jicncto culminante na dessa ao lado tros. De vez em quando encontram-se e dos Incas via de ferro os restos da antiga estrada aborígenes das obras que ha séculos os Peruanos construíram para conducção da água; ao mesmo tcm|)o Vèem-se ahi nas encostas Íngremes das montanhas muralhas grossas, quasi os únicos sinaes que ainda permanecem dos terraços de que nos tempos idos os lados de muitos dos montes eram cobertos artificialmente até ao cume, para deste modo os numérosos habitantes ganharem o terreno necessário eram muito para suas plantações, Esses terraços vêem em tantas se boje ainda sirnilhantes aos que França. e vinhas da Allemanha Mui pictorescaé a vista que se .apresenta aos olhos do viajante quando se approxima da estação de San Encostado a um precipício quasi Bartnolòmeu. segue seu caminho subindo comboio o perpendicular sempre, em forma de espira, jKissa entíio por diversos tunneis compridos e em seguida por entre duas massas enormes e perpendiculares de rocha atravessa o viadücto dei Água de Verrugas. Este é construído mui engenhosamente na altura de perto de 100 metros, sendo sustentado sobre barras de ferro torcidas em forma de joelho, de modo que, quando o combbio passa sobre elle os viajantes não o vêem c podiam bem imaginar que se achavam suspensos no ar sem que nada sustentasse o comboio. Depois de passar-se a estação de Matucana as vistas se tornam mais sublimes ainda. 0 comboio rochas e monparece envolvido em um labyrintho de apodera-se a tes, e do viajante involuntariamente idéa de não ser possivel achar sahida dahi. Mas o se apresenponeto da estrada em que as vistas que terriveis em tam ao viajante chegam a ser realmente sua sublimidade é ao pé da estação San Mateo. Ahi a via férrea, sahindo de um tunnel curvado passa sobre uma ponte estreita de ferro na altura de cerca de 50 metros por cima do rio Rimac, e logo em setecto guida por um outro tunnel em que entra pelocoberto sempre ó estrada da o leito tanta água que com ella até a altura dos eixos da locomotiva. Depois o caminho de ferro sobe em distancia com630 metros parativamente curta altura de cerca de fica a de Chicía, que 4,236 para chegar á estação metros acima do nivel do mar, e depois disso mais O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. 940 metros, antes que chegue a seu poneto culminante, donde principia então a descer pari» o vaile do Amazonas. Subentende-se naturalmente que em todos os que fazem essa viagem de Calhau a Chicla se fazem sentir todos os effeitos que se costumam manifestar naquelles que passam subitamente de uma atmosphera na pressão ordinária jiara outra muito mais rara; constam elles de dõr de cabeça, náusea, grande fraqueza c difficuldade de respirar. 0 estado financeiro dessa estrada de ferro, que é verdadeiramente uma maravilha de engenharia e de perícia na construcção de vias férreas, não é de modo algum satisfactorio. Já ha tempos não se pagam os juros aos accionistas inglezes, e receia-se que o Governo britannico se metta no negocio e obrigue os Peruanos de um ou outro modo a ciar um equivalente pelas sommas devidas a Inglezes por conta dessa estrada. CAIXAS ECONÔMICAS ESCHOLARES. (methodo practico.) Diz mui justamente AuGUSTiN Chaurand de Malarce, o devotado secretario perpetuo da Sociedade das Instituições de Previdência da França, que para o bom êxito da auspiciosa instituição das Caixas Econômicas escholares é necessário que se dê o maior cuidado ao methodo practico, segundo o qual ellas devem funecionar. Quasi todas as decepções e abandonos teem jirovindo de não haver-se adoptado um systema racional. E' j)reciso não exigir dos professores sinão um trabalho curto e fácil, e não lhes impor uma responsabilidade incompatível com sua posição social. Por outro lado cumpre também (jue o alumno aprenda o mechanismo real das Caixas Econômicas geraes, afim de (jue saiba utilisar-se dellas, quando fôr homem e operário. As Caixas Econômicas escholares, deve-se ter sempre em lembrança, são destinadas a formar operarios sóbrios, econômicos e independentes ; acosturnados a viver sobre si, tendo seguro o dia de amahlíari. E' bem claro que os bons hábitos de abstenção, de parcimônia e de economia, serão sempre ' estimaveis, jior mais elevada (jue venha a ser a pos;ção social do alumno ; quer fique simples operário ; seja mesmo eleve-se a Deputado, a Senador, a Ministro de Estado ou a Presidente de Rejniblica. Esse é o grande jxmcto de vista, socionomico e democratico, da benéfica instituição das Caixas Economicas escholares. Cumpre, portanto, que se de logo ao alumno uma verdadeira caderneta de Caixa Econômica, e que elle acostume-se a consideral-a como um instrumento de riqueza e de bem estar, e, principalmente, de tranquillidade e de independência. Dess'arte descarregase logo a responsabilidade dos professores, e podem elles cordialmente devotar-se á grande obra da educação das futuras gerações nos sanclos princípios de sobriedade, de moderação, de abstinência, de regimen, de previdência; em uma só palavra, na sancta religião da economia e do trabalho. Malarce estabelece as seguintes regras como essenciaes ao bom êxito das Caixas Econômicas escholares : Antes de tudo, o professor deve pôr-se em communicação com a Caixa Econômica mais próxima, e fixar com o seu administrador o dia e a hora de cada mez, ou de cada semana, em que elle virá fazer o deposito das quantias recebidas dos alumnos ; Quando na visinhanç:? não houver uma Caixa Econom.ica, ou um escriptorio filial, o professor recorrerá á agencia do correio ; Estando assim bem certo da boa vontade do administrador da Caixa Econômica, e que elle não lhe imporá alcavalàs nem suscitará dificuldades, come«;ará o professor annunciando aos alumnos e a seus pais que vai fundar uma Caixa Econômica escholar; Para isso o professor dictará aos alumnos o aviso, «pie já vem reduzido no manual das Caixas Economicas de MALARCE, e no qual faz-se comjirehender aos alumnos e a seus pais o fim, o mechanismo e as vantagens da nova institução. Esta é a primeira lição de economia practica que os alumnos recebem, e, indirectamente, seus pais, seus parentes e até os fâmulos de casa ; porque o aviso, ao chegar á casa, constitue-se a novidade do dia; todos o lêem, todos o commentam, todos o disou do pessiçutem sob o jioncto de vista optimismo um. Como em mismo, conforme a indole de cada todos os assumptos, é melhor a opposiçao do que a indifferença. Dejiois disto o professor compra modelos de contabilidade das Caixas Econômicas escholares. Na França esses modelos para uma eschola de iooalumnos custam S francos e So centimos. Quasi sempre o professor obtém esta somma ou da communa ou localidade. j)or doação de algum jmilanthropo da impressos, modelos comprar Em falta de meios j)ara alumnos. pode o jirofessor mandal-os riscar pelos Outubro, 1879. Estando assim tudo prejiarado, o professor annuncia que, a começar de certo dia, receberá dos alumnos suas pequenas economias, desde a menor moeda até 5 francos; que, uma vez por mez, as irá depositar na Caixa Econômica geral, sempre que chegarem a um franco, obtendo uma caderneta para o respectivo alumno. Com a caderneta da Caixa Econômica geral ficam o .professor livre de toda a responsabilidade, e o alumno directamente credor do Estado ou da associação que gerir a Caixa Econômica. Esta caderneta é muito apreciada pelos meninos. Teem muito prazer em serem ahi tractados como homens. Todos sabem que é a mais forte aspiração das crianças serem consideradas homens. Quando o alumno tem necessidade, por qualquer circumstancia, do dinheiro dejjositado na caixa economia, pode ir logo recebel-o, acompanhado de seu pai ou de sua mãi, ou de um tutor ou tutora. E' indispensável que os depósitos das Caixas Economicas escholares sejam entregues aos alumnos, logo que elles necessitarem fazer alguma desjjeza útil, ou j)restar auxilio á sua família; quando não,, suppõem que suas economias foram confiscadas. Nesses casos de restituição o alumno vem a comprehender que as pequenas parcellas, que poderia ter empregado em futilidades, reunidas podem servir para fazer uma boa acção ou para comprar um objecto útil. Comprehendem assim o grande pensamento moral e a noção exacta da vida econômica:— privar-se hoje de futilidades para poder ao depois fazer face ás verdadeiras necessidades. Convém que o professor em todas as oceasiões opportunas, e principalmente nos dias de recepção das parcellas dos alumnos. repita estes princípios íundamentaes, afim de graval-os bem no coração dos meninos. 0 modo por que funeciona a Caixa Econômica escholar é o seguinte: Em um dia fixo da semana, na 3* feira, por exempio, antes de começar a primeira lição, o professor faz o exercido da economia, isto é, procede á recepção das parcellas reunidas pelos alumnos; Abre sobre sua mesa o Registro da Caixa Econo/nica escholar. Cada folha deste livro é dedicada a um alumno: ahi acham-se o numero da folha, o nome do alumno, e o numero de sua- caderneta da Caixa Econômica geral; Cada folha é dividida em 12 columnas verticaes, correspondentes aos mezes do anno. Si as entradas fazem-se sempre em dias fixos da semana ha somente cinco linhas borisontaes; porque esse é o maior numero de dias do mesmo nome que pode ter um mez; si não ha dia fixo é necessário ter 31 linhas horisontaes para todos os dias do maior mez. Pode haver também um borrador para fazer os assentos na oceasião, passando-se depois a limpo no Registro da Caixa Econômica escholar. Ao lado do professor colloca-se o ajuneto, ou um dos melhores alumnos da classe, para encher papeletas ou folhas avulsas, riscadas exactamente como as do registro. No verso dessas folhas convém imprimir um resumo das vantagens da instituição das Caixas Economicas escholares, afim de servir á propaganda constante na família. Estando tudo preparado, a um signal do professor,. cada menino levanta-se e deposita sobre a mesa a sua parcella; o professor inscreve-a na respectiva folha do registro, e seu ajuneto, ao lado, repete-a na alumno. papeleta ou folha avulsa e a entrega ao em Quando esse regimen está em sua perfeição, coos 30 minutos recolhem-se, registram-se, dão-se nhecimentos das economias feitas por 60 alumnos. Como o professor, no principio de cada mez, faz entrega á Caixa Econômica geral da localidade das economias dos alumnos que excedem a um franco, é bemclaro jamais tem na gaveta quantia importante; mas sim apenas as fracções de franco, recentemente depositadas pelos alumnos. Nos primeiros dias de cada mez o professor faz a somma das parcellas, recebidas de cada alumno no mez anterior; si excede a um franco, escreve o numero inteiro de francos em uma folha destinada á Caixa Econômica geral, e passa para o mez seguinte os centimos restantes. Nessa folha de inscripções mensaes o professor deve escrever o numero de matricula no registro para cada alumno, além do seu nome e do numero da sua caderneta da Caixa Econômica geral. Para os alumnos, que ainda não teem caderneta, faz o professor uma folha especial, contendo, além da data e do logar do nascimento dos alumnos, os nomes e as moradias de seus representantes legaes. Terminada essa folha, destinada á Caixa Econômica e assigna, e geral, o professor faz-lhe a somma, data e as cadera leva ao administrador com o dinheiro netas, já possuídas pelos alumnos. Deve guardar copia dessa folha. A Caixa Econômica inscreve o dinheiro dos alumnos em suas cadernetas respectivas e fornece novas cadernetas aos que conseguiram rea_ Outubro, O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. 1879. lisar o primeiro franco. Recebidas estas cadernetas, fica o professor livre de toda a responsibilidade, Para boa ordem o professor deve guardar as cadernetas dos alumnos, principalmente afim de que elles não as sujem ou estraguem. No cmtanto, sempre que se fizer nellas uma nova inscripçãó, deve confial-as por um dia aos alumnos afim de que as mostrem aos pais e ás pessoas de família, sempre no escopo da propaganda intima. O effeito desse modo de proceder para o desenvolvimento das Caixas Econômicas geraes é realmente prodigioso. A experiência na França, na Inglaterra, na Bélgica c na Itália, tem apresentado algarismos acima de todas as esperanças. A criança, moralisando seus pais e toda a sua família, é, sem duvida, uma das mais bellas concepções do século actual. A vaidade, o luxo, os hábitos de esbanjamento e de ostentação, o desequilíbrio constante entre os ginhos e as despezas são a causa da miséria, da próstituição e das maiores desgraças que afligem a humanidade. A exaggeração das despezas das mulheres impede os casamentos, e, portanto, a formação da própria família. Nenhum beneficio se pode fazer maior a uma nacionalidade do que incutir-lhe hábitos de parcimonia, de regra, de abstenção e de economia; ensinarlhe a guardar para os dias calamitosos o que esbanjam em futilidades, em gulodices, na embriaguez e no vicio nos dias prósperos. Quando um discípulo necessita tirar parte ou todo o dinheiro que tem na Caixa Econômico, só tem a apresentar-se ahi, accompanhado do professor e de seu pai ou de seu representante legal. Quando o alumno deixa a eschola o processo é simples. O professor entrega-lhe sua caderneta e as fracções de franco ainda na gaveta; seu pai ou seu representante legal passa de tudo o competente recibo no próprio livro de registro da eschola. Avisada disso a Caixa Econômica, fica o professor tranquillo e livre de toda a responsabilidade. Tal é o processo, eminentemente simples e practico, por que funecionam as Caixas Econômicas escholares; tal é, em seus menores detalhes, a saneta instituição, que está preparando a geração futura para a verdadera democracia, que não pode ser composta de perdulários, desordeiros e gritadores, practicar as virtudes da moderação e da abstinência; sobrios e econômicos, e portanto livres e independentes; verdadeiramente dignos de todos os benefícios da liberdade, da egualdade e da fraternidade. NOTAS SOBRE INSTRUCÇÃO PUBLICA. dos das linguas modernas augmentou em mais do dobro desde o anno de 1865. De escholas particulares segundarias ha lambem duas qualidades na França—as que são dirigidas por leigos e as que são dirigidas por ecclesiasticos. Havia dellas i,oòi em 18^4; em 1865 havia 935, e em 1876 existiam só 803. Essa reducção é devida ao numero das tpie eram dirigidas por leigos que cessaram de funecionar. As escholas particulares de leigos tinham, em 1S65, 43,009 alumnos; as dos ecclesiasticos tinham, no mesmo anno, 34,897. Porém agora estas teem 46,816, e as outras 31,249. INGLATERRA. O progresso da educação na Inglaterra e no Galles é indicado na seguinte tabeliã estatística comparativa para os annos de 1S70 e 1876: 1870. l'o] ulnçiio, Numero do Esclioliis Numero do riili-ulitriu (wholii* iiiKpvocionmlns que recebem miImíiIíuk unniinea: Mnrm* repartii-fie», \) * Y tiirintH ""t"]"" d'ufnM Accon-modncõe.., / £ nHB ium i-Kclioliis iiocturmis AluninoH exiiiiiiimdoM: Na» i-Kctiolii.H diiirniii Nu» i-*:-1io]iis iifM-tiiriniK Termo inódio da assistência: Na» egcholait diurna» Niu escliolus iiiicliirnau Numero de profegiores " do professores que estudam em etcholas noriiiaei Escholas kIiii|>!« o de itispecção: AccommodiieôfN Alimamos presentes nua inspecções Média de assistência. DOAÇÕES E LEGADOS Á 187ü\ 22,090,163 84,344010 8,yi!> M,!)70 12.DC '20,782 2j504 1,474 1,B78,:*4 3,*>6.:U8 11810 l,434.7fiG 2,412,211 77,!U8 11,133 1.152,389 1,981,573 73,375 49 '•58 28,(K!3 58 457 2,097 3.Ü07 53,982 57,471 39,122 30.088 10,599 23,159 EDUCAÇÃO. A quantia de $3,015,256 foi dada ou deixada por testamentos a fins de educação nos Estados Unidos em o anno de 1877. Essa quantia, grande como foi, foi não obstante perto de $1,700,000 menos do que a que foi dada para esses fins em 1876. Da somma total, universidades e collegios receberam $1,273,971; escholas scientificas e profissionaes, $649,908; estabelecimentos para instrucção superior de senhoras, $163,974; escholas preparatórias, $171,118; academias, $432,557; bibliothecas, $268,939; estabelecimentos para surdos-mudos, $54,767. ESCHOLAS PARA CRIANÇAS DE FRACA INTEL- LICENCIA. Ha nos Estados Unidos 11 escholas para crianças de intelligencia fraca, com 355 instruetores e 1,781 alumnos, um termo médio de 5 para cada instruetor. As receitas dessas escholas foram, no anno de 1877, $322,498, e as despezas, $356,741. INSTRUCÇÃO NAS BELLAS ARTES NOS ESTADOS UNIDOS. PRÚSSIA. Segundo as estatísticas do Dr. Engel o reino da Prússia, com uma população de 25,000,000, tem 447 escholas secundarias, com 6,432 professorese 132,612 alumnos. Essas escholas são repartidas em gymnasios e progymnasios, realschulen de primeira e segunda ordem, e burgerschulen superiores. São para meninos de 9 a 18 annos. Para meninas ha poucas escholas segundarias, e quasi todas ellas são particulares. • O gymnasio está no cimo de todas as escholas segundarias, e é a eschola preparatória, para a universidade, emquanto a realschule é preparatória para as escholas technicas superiores. O curso tanto dos gymnasios como das realschulen da primeira ordem é de 9 annos, emquanto o dos progymnasios, das realschulen da segunda ordem, e burgerschulen superiores é de 6 a 7 annos e os que nelles se formam não teem o direito de matricular-se na universidade. Os gymnasios foram estabelecidos em particular para aquelles que desejam estudar as línguas antigas e mathematica, e cujo fim é prepar-se para os empregos superiores no serviço do Estado ou da egreja; as realschulen são para aquelles que desejam estudar as sciencias naturaes, mathematica e as linguas modernas. FRANÇA. As escholas publicas secundarias da França são de duas espécies,—lyceus e collegios communaes. Os lyceus são sustentados pelo Estado, os collegios communaes o são pelas municipalidades, mas podem ser auxiliados pelo Estado. O ensino em todas essas escholas é clássico e moderno. No fim de 1876 havia 81 lyceus com 40,995 alumnos, e 252 collegios communaes, com 38,236 alumnos. Tanto os lyceus como os collegios communaes estão subjeitos á inspecção publica. A instrucção moderna ou especial dada nesses estabelecimentos está sempre desenvol-. vendo-se mais. Nos lyceus o numero de meninos nos cursos modernos subiu de 5,002, que foi em 1865, a 8,628 em 1876. Nos collegios communaes o augmento do numero dos alumnos que segue o curso moderno é mais rápido ainda. De seus 38,236 alumnos, 9,232 são crianças nos estudos preparatórios; do numero restante 14,992 seguem o curso clássico e 14,012 o curso moderno. O numero de professora- O Inspector Geral nota que a attenção despertada por todo o paiz pela Exposição Centenária para as bellas artes em suas relações ás industrias e para seu desenvolvimento especial em obras das bellas artes ainda continua. Nas cidades em cujas escholas publicas o ensino de desenhar foi introduzido, tem havido muitas provas de se fazer progresso nesse ramo de instrucção, e está-se principiando a dar-se seu valor real ao facto de que as escholas publicas podem tornar-se os meios para dar instrucção naquelles princípios das bellas artes que as industrias em que ellfs são applicadas exigem. A primeira das escholas fundadas para o ensino especial das bellas artes foi a Eschola Normal de Estado das Bellas Artes, em Boston, sob a direcção do Director das Bellas Astcs do Estado, Prof. Walter Smith. As seguintes escholas teem-se dedicado particularmente á obra de ensinar aos alumnos os princípios das bellas artes industriaes: As Escholas das Bellas Artes da União Cooper, para Senlioras, em New York; as escholas de desenho em Pirladelphia, Cincinnati, 3. Louis, e Pittsburgo; a Eschola de Desenho practico, em Boston; a Eschola livre das Bellas Artes da União Cooper, New York; as classes de desenho no Instituto Franklin, de Philadelphia; as classes nocturnas nas Bellas Artes do Instituto Maryland, Baltimore; e o Instituto livre de Sciencia industrial, de Worcester, no Massachusetts. O desenvolvimento dos museus públicos das belIas artes mostra também que o publico está reconhecendo de mais a mais as vantagens que a causa da instrucção publica tira de similhantes collecções. Deste facto são illustração o Museu e a Eschola das Artes industriaes de Pennsylvania; as collecções do Museu metropolitano de New York, e o Museu das Bellas Artes em Boston. OS CRIMES E A INSTRUCÇÃO. O já referido e digno Inspector Geral de educação chama attenção para o facto de demonstrarem as estatísticas dos estabelecimentos para reformação de criminosos jovens de que de 70 a 75 p. c. dos meninos recolhidos a elles tornam-se bons cidadãos. Como regra geral os meninos são recolhidos a elles por ordem dós magistrados policiaes e judiciaes. Suscita-se, pois, a questão si não será possível estabelecer escholas especiaes em que os meninos crimi- 231 nosos possam ser recolhidos, subjeitos a certas restricções de sua liberdade, a certos castigos, e ao mesmo tempo instruidso, <em que, quando sahirem, estejam manchados com a nodoa de criminosos. Ultimando o seu relatório o Inspector Geral renova as recommendações que já fez no anno anterior: (1) De augmentar-se o numero de empregados da sua repartição ; (2) de confeccionar-se uma lei exigindo que sejam apresentados á Repartição de Educação todos os factos que dizem respeito ao auxilio nacional feito á causa da instrucção, e também todos os factos quanto á educação nos Territórios e no Districto de Columbia que sejam necessários pára informação do Congresso; e tpie cree também o emprego de Inspector de Educação publica em cada um dos Territórios, devendo o Presidente dos Estados Unidos nomear as pessoas para esses empregos ; (3) que parte ou todas as receitas líquidas provenientes da venda das terras publicas sejam dedicadas á causa da instrucção publica, sendo guardadas como um fundo permanente para esse fim especial; (4) (pie se mande publicar 10,000 exemplares do relatório do Inspector Geral, para distribuição gratuita; (5) que se mande organizar um museu de instrucção em connexão com a Repartição de Educação, e que esta Repartição aeja auetorisada a trocar objectos usados em escholas com outros paizes. ENGENHOS 0ENTMES NA BAHIA. Foi approvado o projecto de lei que iiuctoriza o Governo da Província a auxiliar o estabelecimento de engenhos centraes mediante estas condições: Art. I9 Fica o Goveruo da Província auctoriziulo a garantir o juro de 7 por cento as emprezas que se organizarem para construcçiio de seis fabricas centraes, com a força de moer por dia 200,000 kilogrammas de canna, preferindo aquellas em que eutrarem lavradores, ou a emprestar-lhes metade do capital necessario, considerando como limite máximo do capital para cada uma a quantia de GOO.OOOSOOO. Art. 29 A garantia de juros será concedida pelas quantias que forem sendo applicadas, e terá vigor até a amortização total do capital empregado, mediante as seguintes condições: §19 No fim de cada safra, i pagamento dos accionistas do juro de 7 p. c. e amortização de 5 p. c. do capital empregado. §29 Quando o rendimento liquido exceder de 15 p. c. esse excesso será dividido em^duas partes eguaes, pertencendo uma á empreza e sendo a outra rateiada entre os lavradores fornecedores de canna, na proporção dos fornecimentos feitos. §39 Concluída a amortisação do capital da empreza, esta indemuizará a Província do que houver despendido com a garantia de juros, pagando pela mora um prêmio, que será estipulado no respectivo coutracto. ' Art. 39 O empréstimo de que tracta o art. 1° só se effectuará depois que cada empreza tiver realizado metade, do capital e com as seguintes condições: §19 A approvação pelo Governo das plantas, desenhos*e orçamentos. §29 Fiança a contento do Governo até a conclusão das obras, e depois hypotheca ti Província da fabrica e de todos os pertences. §39 Pagamento om prestações semestraes ou annuaes dos juros da quantia emprestada, sendo a taxa egual â que pagar a Província pelas operações de credito de que tracta o art. 7? desta lei. Este pagamento começará a ter logar do rim do primeiro anno em que começar a funecionar a fabrica em deaute. §4° Auctorização animal de 7 % do debito primitivo, sendo o primeiro uo fim do segundo anuo, depois que começar a fuuccionar a fabrica. Art. 4' O Governo nos contraotos fixará o preço das cannas em bepte réis por kilogramma, quando não houver entre a8 emprezas e os fornecedores de canna estipulação em contrario. Art. 5' As fabricas serão situadas: uma na íreguezia do Rio Fundo, do termo de Sancto Amaro; uma no littoral cio mesmo termo; uma na freguezia do Iguape, do termo de Cachoeira; e finalmente uma em cada um dos municípios de S. Francisco, Matta de S. João e Nazureth. Art. 89 As quantias arrecadadas em virtude do §3 do art. 2° e §§39 e 4' do art. 39 serão applicadas exclusivameute ao pagameuto dos juros e amortização do debito contraindo pela Provincia para execução desta lei.—Do Diário da Bahia. CUBA E A HESPANHA. De Madrid annuncia o telegrapho que [o Ministro das Colonias tom coutractado um importante empréstimo com o Banco da Hespauha, para assim ter os fundos necessários para as despezas das tropas addicionaes que vão ser enviadas para Cuba, e que levarão artilharia. Os políticos hespanhóes mostram-se muito receiosos a [ respeito de noticias dessa ilha, o só um pequeno gruppo de membros radicaes das Cortes oppôr-se-bia ao estabelecimento nessa dependência] de um systema de governo independente similhante ao quo existe no Canadá ; e diz-se que esta é a solução que seria acolhida com mais favor pelos liberaes de Havaua. A Oommissão nomeada para tractar de reformas na administração do Governo de Cuba devia reunir-se a 15 de Septembro. ? -i.. i DESASTRES ALPINOS. O numero de desastres que deram em resultado a perda de vidas, que aconteceram durante o presente anno nos Alpes foi muito grande, e entre os que assim acharam a morte houve mais de um Norte-Americano. Ha algumas semanas, emquanto um partido do viajantes ia em carruagâm de Martigny para Cbamounix, a carruagem virou e Mrs. Wright, senhora de New York, cnhiu em um barranco e falleceu immediatamente. Uns poucos dias antes disso suecedeu um desastre muito similhante a esse a algumas senhoras de Pariz, entre St. Cergues e Morez, e duas dellas foram muito pisadas, uma tão seriamente que ha pouca esperança de escapar com a vida. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. *3* MR ALBERT G. GOODALL. Uma das grandes desvantagens do papel-moeda é o continuo perigo de falsificações das cedidas. Apezar de exigir a sua preparação muitos processos especiacs e difficeis, a arte da imitação está também muito adiantada. O facto de servir-se o Brazil do papel-moeda como meio circulante quasi exclusivo e o facto de ser muito omissa a legislação dos Estados Unidos para punir os crimes de falsidade c de moéda-falsa com- esforços se deve a condemnação de dous delles, a despeito de ponctos obscuros na lei local. Em 1877 também Mr. Goodai.l ajudou bastante ao illustre Cônsul, o Sr. Dr. Mendonça, na captura de Harrison. Ultimamente, na ausência do Cônsul dirigiu elle as operações que resultaram na captura de Bebelaoua e seus confederados. Mas não falharíamos mais de Mr. Goodai.l nem publicaríamos o seu retracto si fosse esse o único direito que tivesse á attenção e respeito dos Brazileiros. E' elle Presidente da"American Bank Note Co.," Outubro, 1879. pois, publicando o seu retracto, dar-lhe uma prova de reconhecimento, como Brazileiro, que também somos, por essas attenções a nossos compatricios. Mr. Goodai.l é filho do Alabama e conta pouco mais de cincoenta annos. Durante a guerra do Mexico e do Texas, elle serviu na marinha desta ultima republica; e depois de finda a lucta foi para a Havana, onde residiu por algum tempo. Em New York tem feito uma brilhante e prospera carreira commer"Comciai, attingindo á posição, que ora oecupa, na panhia de Notas de Banco," e que deve satisfazer s í Mr. ALBERT mettidos contra Governos estrangeiros, tem attrahido a New York os que propõem-se depredar o publico do Brazil com cédulas imitadas. Desde 18Ó4 teem havido trez tentativas sérias de se inundar o Brazil com moeda falsa e no ultimo numero do Novo Mundo referimos a mais recente dellas. Pois bem: o Governo do Brazil em todos esses casos tem sido muito auxiliado nos seus esforços para chamar os criminosos á contas pelo distineto cidadão Americano, cujo retracto orna esta pagina de nosso periódico. Em 1864 Mr. Goodai.l auxiliou efficazmente o então Cônsul brazileiro nesta cidade, o Sr. AGUIAR; na -aptura de moedeiros falsos em Philadelphia. A seus G. GOODALL. a companhia que é realmente a Casa da Moeda do Brazil,—e tpie o é também (seja dicto de passagem) de outros muitos paizes. Mas além dessa posição, que por si só mostra o alto conceito em que é aqui tido Mr. Goodall, tem sido elle desde 1S64 o incansavel amigo dos Brazileiros pobres e desprotegidos que aqui chegam. Occupando aqui uma alta posição no mundo maçonico, naturalmente lhe vêem recommendados muitos "irmãos" do Brazil. O escriptor destas linhas, apezar de não ser maçon, tem sido testemunha de muitos favores feitos por Mr. GòObÀLL, ou por seu intermédio, a Brazileiros pobres, que aqui teem carecido de auxilio. Julgamos, ainda ao mais1 ambicioso dos self-made meu, como é. Entre os maçons, como já dissemos, galgou aos mais elevados graus. Tem sido "grande-secretario," representa aqui a "grande loja" da Inglaterra, Galles e Dependências, da Itália, do Brazil, da Grécia, do Peru, etc. Mr. Goodall tem viajado por quasi todo o mundo civilizado e até já uma vez naufragou no Mar do Norte. Elle tem estado quatro vezes no Brazil e a sua Companhia tem feito as notas do Thezouro e os sellos do correio desde 1866. Antes disso todo esse trabalho era importado da Inglaterra. Outubro, 1879. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. 233 IKMiiiiiifn nffltf 1 HiIhIb H iB mmlmliiiÊIBMM^ÊnM WMlMumWm BHi llllllB ii Umlwmv$ mváSmWS WWÊm mmmm WÊ iil 1JÉ Wr^itiàTM fflwm Hil| hfflll Hh iv |!iBlIlill^;!i 1 # mWÈÈi MmwmÈBÈ WÈÊÈÊMJzmS^IÊÊM MÊmáimmwgMmmÈÈIÊm BIX IIIHI Hi lilM - - - -B 1III nlli. BiuHniiiB 9Sttli 9H1111111 llBBflBHFa.- - > IIlÉil llHiPlLiM IU J Ir 11HI Ul n Li111I' 1 inHtiw B B 1 111111 W 1h1 I V<VK^^s]^:^^^^m^MaMAm^WHM iHDII Jll IBIíldrl. 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Elle estuda sobrotudo os seguintes passagens: Gon., 4:13-16; Gon. 6: 1-4; (ien. 10; 5, 21, 31, 32 e Dom. 32: 8,—passagens quo apresentam algumas diiliculdades, quo elle crô solver, e uob parece que solvo bastante bom. Depois cita alguns dos muitos texto», do Velho e Novo Testamento, quo som s menor duvida deixam provado o seu postulado. Feito isto Mr. I.AWi.iNSoN passa a examinar o sou assumpto debaixo d.» poneto de vista da sciencia puro. O seu primeiro arguincuto vai aqui traduzido integralmente. No próximo nu, merú continuaremos esta argumentação tão curiosa. Si, hoiii importar-nos com o onsino da Hibliu, examinarmos a questão da unidade da roço humana só á luz da razfto e da Kciencia, nfto será diíDcil «italielecor uma conclusão positiva. A sciencia não tem ainda determinado com unanimidade quaes sejam oh cbnrnctoristicos distinetivos quo constituem espécies, nem nos tom ello onsinudo onde é (pio so dovo traçar o linha Os que distingue com exactidfto uma variedade de uma tsj*cie. da indicações como charactoristlcos mais goralmonto acceitos ter ó impossível tal natureza do espécies ou sfto unidade de qno oertezo histórico a respeito delles, como, por exemplo, a procodencltt de um só casal original; ou a sua natureza permitte qno diversas pessoas façam a sou respoito juízo mui diverso, como, por oxemplo, similhança ua apporoncia; ou, om ultimo logar, sua natureza é tal quo oxigom, como no caso dos homons, uma serio longa o diffieil do experiências para proval-os, pois é a prodiictividiule universal. Assim, pois, a natureza do assumpto torna impossivel o apresentação do provas positivas; o somos obrigados o coiibmtor-nos com o exame dos argumentos o favor e contra, e tirnr u conclusão segundo acharmos qno propondem pnra um Indo ou puni o outro. A (,'r.md»! tlivorsidodo quo ootuoltnouto existo entro os diflferentes ruços dos homens é o principal argumento citado a fnvor da pluralidade da suo origom o assim da diversidade de espécie. Dizem quo os roças dos homous ditiercm umas das outros em côr, altura, nu qualidade de sou cabello, no tamanho o ua forma do seiiH croneos, ua estruetura do sous esqueletos, uo numero das meiiibruiiiis do qnojé composta sua po/lo, o nos seus dotes e faculdades intellectuacs. Algumas dessas differenças são de pouco monta, mus outros são grandes e muito importantes. E' prociKO, também qno os não consideremos seporodomento mas collèctivamente. Tomadas assim, constituem (assim so assevero, pelo menos) uma somma do diflereuças que, quando se tracta de outros niiiiiines, é em gcrnl tida como sulticiente para estabolecor uma diflerenço do ospecio o puro justificar a separação do gcuero om diversas espocies. Em primeiro logar a attenção é chomoda paro a diflerenço na c»'.r dos homens. Alguns são broncos, outros omorellos, outros morenos, outros ainda protos o fulos, o ha outros, afinal, côr do cobro, ou vermelhos. Estas cores nfto passam do uma para ouirn por gnidnçòes quasi imperceptivois, mas sfto distiuctas e bom detiniüis. Portencom, não a indivíduos, mas a roços, e oté ondo podemos julgar do todos os archivos históricos que ngom existem, estavam tão pronunciados nos tompos mais remotos como o estão om nossos dios. Nonbumo iufluoncia do clima, nonbumo mudança do alimento ou costumes, mudará um branco om um negro. Até entro a côr escuro do um branco abrouzado o a de um Abyssiiiio ou Mnlayo ho difToronça especitlcu. 0 Europeo mais amarellado nfto é omorollo como ó o ("liinrz. Mesmo concedido que a côr do uma ruça podo mndarbc «gradualmente em virtude do mudanças do clima o costumes, muda-se só outro certos limites estreitos. O preto pode transformar-so em fulo, mas nfto no bronco; o côr branca pode ser transformado no decurso do tompo uo trigueiro, o num triSi, pois, houve só um gueiro bem escuro, mos nunca uo preto. casal originário de quom todas os ruços dos homous descendorum, esse casal linha necessariamente certa côr, o é necessorio (pio consideremos os homens do diversas cores quo existem agora como descendentes desse casal do corta côr, o quo as diversidodes tpio agora existem sfto devidos á diversidade dos climas, solos, alimento, modo do vida, etc. .Mas mio bo, segundo se diz, nenhuma cór donde todos os variedades quo ngoro vemos poderiam ter procedido em qualquer lopso do tempo, por mais comuos 6,000 poro 8,000 annos prido què ello fosse, o muito monas existência dos homens sobro quo n ohrOnologia bíblica ossiguoó 0 unindo. Assim tombem quanto li estatura. Ha roças como a dos Totagouios, em quo o altura media dos homons ó do polo meuos seis pis; o ha outras, toes como os Eskiniós, os Dokos do Abyssinin, e Vetldns doCoylfto, cuja altura nitklio está outro quatro o cinco pés. E' fácil do coinprelieiidor quo os filhos do um casal sejam em alguns casos muito mais oitos ou móis poquouos do o outras de anãos quo os pois; mos quo haja raças do gigantes do creoçõos disefleito o diz, so parece mais. assim oelo monot; só familia uma do variações tinetas do que as Ha também ditíerouços notáveis na côr o no charucte_- do cabello de diversas raças. Ha cabello preto, côr do café torrado, castanho, vermelho, ruivo, amorello o bronco. Algumas ruços teem cabello abundante, outras teom pouco; bo cobello comfino o mocio; o além de prido o cabello curto; grosso o duro, o é cabello, soudo realnem negro tudo diz-se qr.o o cabello do do cobello das diverso inteiramente monte lan, uma substancia argumouto como usado é factó paro provar outras raças. Esto o separada do espécie é homem o negro peculiar que ao monos dos outros, e provovelmonto do origem diversa. O tamanho interior do craueo é mui diverso nos diversos povos do mundo. Segundo os exames os mais recentes, a cnpueidade mediu das crnuoos dos Europeos o do 1,500; o dos Jnponozes, 1,486. dos antigos Egypeios, 1,-64; dos Chiuozes, 1.124; das raças negras, 1,377; dos Hindus, 1.306; dos Australiiiuos, 1.282; o a dos dos habitantes das ilhas Andamau é 1,220. Eis o que muitos tomam como mais uma prova dn origem diversa dos dilYereutes roços dos homous. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. E não só ho tanta diversidade no capacidade dos croneos, ha muito tambein nu sua configuração. Algumas roços teom os croneos qnosi circulares, outras ellipticos. Sou "angulo facial' varia tombem, sondo do só 709 no negro,emquauto é do 80' em geral nos Europeos. Em algumas raças acha-se muito desonvolvida o parte anterior do craueo, em outras é a parte posterior qne está mais desenvolvido. Alguns croneos sfto pyramidaos, outros não. Argumentas.-, pois, que estas diversidades, tomadas seporadomento on em combinação com outras, provam que os homons sfto de espécies diversas. Ainda quo, tomados osso por osso, os esqueletos dos homens das diversas raças sejam idênticos, com tudo ha difforonças quanto á proporção entro os membros o o tronco, quanto á forma da pclvis, á formo dos ossos das pernas, íí do " os caleis," ó posição do "foromen moguum," o outros similhautes, quo muitos consideram sufticientes para estabelecer a doctrina do variedade especifico, e que certamente são bons argumentos a favor dessa doctrina Mas do ontro lado é preciso reconhecer quo as diflereuças ossignolodos nfto são muito grandes, o não merecem comparação com os que separam o esqueleto humano do daipielles animoes que mais se approximom ao homem em sua forma. A pello humano, que mnitosrjulgom compôr-so de nm só tecido, é realmente constituído de diversos membranas distinctaa. Já se tem asseverado que o numero dessas membranas nfto é o mesmo em todas ns raças dos homens, e quo o negro tem uma, o "reto mucosum," quo lho é peculiar e quo as outras roços não teem. Esto diversidade tem sido considerada como uma diflerenço effectivameute especifica, constituindo a roço negro como roço peculiar e diversa dos outras.(1) Si fosse um facto averiguado quo o pelledo negro ó realmoute tão diversa da dos outros raças, o argumouto delle tirado seria de muita importoncin; porque o " possessão do porte de unia roço de um orgam que lhe é inteiramente peculior, o do qual não possuem nenhum signal os indivíduos que compõem as roços mais próximas, é uma diversidade rnnior do que a que muitas vezes em outros casos distingue espécies reconhecidamente diversos, no serie zoológica." Mos uo progresso dos investigoções microscópicas tem sido provodo que não ho similhante diflerenço eutre a pello dos negros e o dos outros roças dos homens; está estabelecido como facto ;de quo a pelle dos indivíduos de todas os raças consta de trez camadas, a epiderme, o " rete Molpighii," e a cutis, e quo a uuico diflerenço que o esse respoito existe entre os negros e os brancos é que nos negros estão cheios de uma substoncia preta certas ________ contidos no "reto Molpighii," ou pello intermediária, emquanto uos broncos essas cellulas est ão vasios. E além disso algumos dellas estão mesmo nos brancos cheias de uma substancia coroda, que pode ser permanente ou temporária—temporária como nos sardas, o na "areola mauímarum," permanente como nas pintas, nos lunores e outros sinaos no corpo com os quaes tonta gente nasce. Nfto existe, " pois, na pelle dos negros um orgam peculiar a uma só raça," e por conseguinte não ha motivo para crer-se que ella seja de constituição diversa da dos outros homens. Em ultimo logar diz-se ainda que, a respeito de seus hábitos e modos de vida, de seus sentimentos, Bympathias, suas faculdades e dotes intellectuaes, as roças são tão diversas umas das outras, qno parece impossirel o possuírem todos a mesma natureza, constituírem uma so espécie e descenderem de só um casal originário. Este argumento deriva sua força da grande diflbronca que o esse respeito se tem notado entre os homens e os animoes inferiores. Os hábitos dos auimaes da mesma espécie são qnosi uniformes; um leão levo a mesmo vido que qualquer outro leão; nos diversas colmêos dos abelhas domesticas em toda porte do mundo a vida e as trabalhos são idênticos; assim todas os formigos do mesmo espécie dirigem do mesmo modo o sua vido e os trobolhos de seus formigueiros. Si conhecemos os habit os de um só indivíduo de cada um dos dous sexos, de qualquer espécie de animoes, conhecemos as hábitos de todos; não ó necessário que multipliquemos nossas investigações, porque mais experiência nellas não dá em resultado maior conhecimonto. Mas com os homons o caso ó inteiramente diverso. A vida civilizado e a vida selvagem são duos cousos inteiramente diversas o coda uma dellas tem mil diversas formas. Não ha duos roços, nom duos noções, nem duos tribuB, que sejam exactamonte eguoes; cado uma tem suas peculiaridades, eaanthropologia é a sciencia o mais multiplico que ha. Será possivel que as roços civilizados da Europa, com suo complicada organisação político, suas oecupações e seus officios diversos, suas fabricos o manufacturas, suas machinas, os diversidades em sua vida social, suo orte adeantada, suas maneiros delicados, o profundidodo de suas especulações philosophicos, sejam do mesmo especie com os communidodes negras da África central, escravos rastejando sob o jugo do um rei feiticeiro, sem todos os artes, som religião, sem especulação, quasi sem nenhuma ferramenta, Beguindo todos o mesmo modo do vido, e esto uma simples lucta polo existência, servindo de alimento alguma fera ou, por preferencia, um outro homem? E essas formas repulsivas, simples collocçõos do ossos cobertos do uma pello preta, o com physioguomios cujos norizes chotos, lábios grossos o olhos que sobresahom suas orbitas fazem uma reunião de feições que mettom nojo, — por vonturo essas formos e feições são idênticas em typo, roço o origom com aquellas que na Grécia antigo serviam de modelos o PnAXiTEi_Es,_PHiDiA8 e seus companheiros, eos habilitarom o produzir o Venus do Capitólio, o Gladiadora expirar, o Apollo Belvidoro ? Como pode-se crer na unidade da origem *? Como do povos tão diversos pode-so imaginar que todos são do mesmo tronco, quo posramos mombros do mesmo familia, ? natureza mesma o commum suem todos om odduz contra a a razfto orgumoutos os Eis principaes que Podom sor repartidos nas duos unidade da raça humana. divisões do diversidades na estruetura physica e diversidodos uo orgouizoção montai o moral. Tonto as diversidades physicos como os mentiu» e momos são grandes; o si fossom uuiversoes, immudavois o indeléveis; si certos siguoes per_.nce_.sem necossariamente e sempre o certos roças e outros a R_o_eroh__i Aiiatomlques «ur le Corps Mu.|iioux, ou (D Vede Honrem, 1 Nügro o lo Mula Clinnna, le diui» rin.lien Clinnim, Plgmantsl do Ia. p»'.iu, Appnn-il jwmu, dati» tre. ' n._ " Annnl** ile» S<oienoe* NatarellM," Vol. VII. Outubro, 1S79. outras; si fossem sempre mais on mouos characteristicos do todos os indivíduos do coda roça; si tivessem pertencido sempre & osso raça até ondo a historio nol-odú a couhocer; o si o clima, os logares, os solos, o alimento, os oecupações o modos do vida produzissem pouco ou nenhum efleito sobre o corpo humano, as diversidades notadas eutre as diversas raças seriam evidencia mnito forte de serem específicos, e do que as raças, ou algumas dellas, sfto realmente diversas espécies; soria talvez possível contrabalançar essa evidencia por outra do lado contrario, mos em si mesmo seria sempro do muito peso. Mais especiolmoute «ria isto o caso si as diversidades fossem cumulativas; isto é, si uma certa -peculiaridade de cór, de estatura, do cabello, de anatomia, de forma e capacidade do craueo, acompanhasse sempre uma condiçfto peculiar dos faculdades montões e momes; si cada raça tivesse characteristicos mentoes o physicos qne fossem indeléveis; si nfto houvesse excepçõos á regra geral, —nenhuma gradação dos characteristicos de umo roça poro os de uma outra, o nenhumas indicações da possibilidade de mudarem inteiramente os characteristicos de uma raça. Mas o contrario de tudo isso é o que é a verdade. A historio ensina, sem a sombra de uma duvida, que raças inteiros teem, no decurso do tempo, passado por uma transformação completa de todos seus peculiares characteristicos moraes e montões, passando do mais profundo obysmo da selvagerio paro a mais alta civilisaçâo e o maior grau do desenvolvimento intellectuál; o assim também teem havido casos om que po-os desceram dos alturas da civilisaçâo e do desenvolvimento intellectuál o um estado bárbaro e selvagem. A capacidade que existo no homem para aperfeiçoar-se, de subir de uma forma baixo da existência para outra mais alto, é um facto conhecido de todos; o possibilidode de descer o homem para um estado muito iuferior, embom não seja verdade tão geralmente conhecido como o outro, nem por isso deixa de ser verdade. Os Coptas, os Veddas, os Abyssinios o Gregos modernos, as raças indígenas das duas Americas em comparação com os antigos habitantes do México e Peru, sfto todos casos de decadência que provam e illustrom a tendência de degenerar que existe no homem em certas condições. E o decadência, como também o aperfeiçoamento, que consistem oo principio em depressão ou elevação moral e montai, uo maior Ao numero dos casos produzem efieitos physicos também. augmento o capacidade do se aperfeiçoa, uma raça passo que craueo; este se torna mais elliptico, as feições tornam-se mais brandas, o cabello fica mais macio, os músculos desenvolvem-se mais perfeitamente, as pernas tornam-se direitas, até o côr tende a tornar-se niuis clara. (1) A dt cadência é acompanhada de mudanças também, mas em sentido contrario—de uma diminuiçfto no volume do miolo e do comprimento do cabeça; os feições tornam-se mais grosseiras, o cabello mais grosso, os músculos não se desenvolvem bem, os pernas, em muitos casos, tornam-se arqueadas, e a pelle tende a escurecer. Nos Veddas, que parecem ser os descendentes dos conquistadores nryouos do índia, encontram-se em forma muito pronunciado, estes signaes de decadência. E além disso, indivíduos ha em todas as raças, que não pos suem os characteristicos geraes, ou ao menos uão possuem ulguns delles. Tem havido casos de negros perderem gradualmente sua côr escura e tornarem-se brancos como os Europeos; (2) e assim também de Europeos de sangue puro tornarem-se pretos (3). Entre os raças onons ha homens oitos, e entre as raças altas, como os Patagonios, encontram-se tombem homens pequenos. Cabello crespo pode tornar-se liso, e cabello liso tornar-se crespo. Assim como o craneo de um indivíduo ougmonta em capacidade e muda de forma emquauto o indivíduo passa da meninice para estado de adulto, assim também pensam muitos, mas não está bem averiguado, que pode aúgmentar e mudar de forma na edade de homem feito. Mas em todo o coso é certo que, em todas as raças, a forma o o tamanho dos croneos variam entre os diversos indivíduos, e entre limites que são muito estensos. (4) Não ha realmente nado que seja permanente o fixo nos characteristicos de qualquer raça de homeus, nada sobre que não produzam effeitos mais ou meuos decididos o clima, a localidade, o alimento, o modo de vida, etc., quer separadomente quer em combinação. A este respeito ba muita differenço entre os diversas raças dos homens e as espécies dos animães selvagens; neste caso a uniformidade e lixidude de formo e de hábitos são a regro, emquanto no das (roços dos homens a diversidade e mutobilidado.o são. Porá decidir o questão sobre a unidade especifico das diversas roços que se encontram entre os homens ó necessário tumbem não tomar em consideração unicamente os pouctos do divergeucia, mas também os de siinilhauça; e a decisão deve depender, não tanto do numero daquelles, nem mesmo da suo importância apparente, mas da proporção que ho entre elles c os ponetos de similhanco. Ora, esta proporção é de uma pequenez quasi infi nitesima. (5) O tempo de gestação, o relação proporcional eutre os nascimentos de meninos e os de meuiuas, o uumero, a forma e os officios dos ossos que compõem o esqueleto huuiuuo, as leis de dontição, o período de maduridade, o tempo em que na constituição teem logor outros mudanças, a temperatura do .sangue, a duração total da vida, os desejos e aversões, os diversas paixões, o imaginação, a consciência, os alleições, o razão, o vontade, o percepção do que ó ridículo, o instiucto religioso.são eguoes, ou quasi eguoes em todos as diversas roços dos homens. Todos teem o poder de communicar suas idéas por meio de palavras articuladas. Todas sobem fazer o empregar o fogo; todos fabricam ferramentas, vestem-se com maior ou menor quantidade de roupa, fazem uso de armas offensivas, e domesticomum gênero ou mais de animoes. Pode-se dizer tombem com confiança que todas as raças, mos uão todos os indivíduos, crêem em um mundo espiritual e em uma vida além do túmulo. Como diz "o pai da anthropologia" (1): "Entre todos as diversos tribus dotadas de razão e do dom de fallar, vemos os (1) Isto em conseqüência da skiatrophia ou do facto de que an ruças oi vi Usadas procurara expor-se o menos possível aos raios do sol. iV. llerod., III. 12 e VI. 12). "Natural History of Man," pag. 85. (2) V. Prichard, (3) Ibid. (4) V. o Discurso dirigido pelo Dr. Rolleston a Secçilo antbropologiou da AfioclaçSo Britânica om 1 _7._ (Report, part II., par. ' MG.) (.•») V. o Dr. Prichard ("Natural History of Man, pp. 477--54G.) 4,1 ' Outubro, 1S79. .mesmos sentimeutos internos, desejos o avorsííos; as mesmas convicções, os meemos sentimentos de estarmos snbjoitOH a alguns jioderes invisíveis, 0, em estado mais on menos dosouvolvido, o soutiincnto do sermos rosponsavoifl a invisiveis vingadores do mal quo fizermos, e a agentes de uma justiça retribuidora, do cujo. tribunal uilo podemos escapar nem pela morto. Km toda parte achamos, em grau maior ou menor, a possibilidado «lo elevar-se o homem, de cultivar seus dotes, do abrir os olhos do sua intolligeucia á luz clara do Christianismo, do amoldar-se Tis instituições da religiílo o da vida civilizada ; em uma palavra, em todas as raças dos homens pode-se notar a mesma natureza interior o mental." (1) E' evidente que o argumento agora apresentado nilo só dimiuno o poso dos quo foram apresentados a favor da pluralidade das espécies dos homens, mos que é também um argumento positivo a favor da unidade da raça humana. Si não prova absolutamonto quo todos os homens silo do uma só espécie e família, sua tendência é nesta direcção. A similhança do indivíduos entre si ó considerada como umdossignoes mais indubitaveis da unidade do espécie. (2) Si olharmos debaixo da superfície quor da 1'iirina do corpo humano, quer da vida e dos costumes dos homens, toruar-se-nos-ha ovidente que, sob uma diversidade apparente, ha uma similhança essencial e profunda quanto a tudo o quo é do importância vital. CAMBIO E PAPEL-MOEDA. Sob esta epigraphe fez a redacção deste jornal um ligeiro resumo das idéas enuuciadas em uma obra recentemente publicada em Londres, pelo Sr. J. R. Dunlop, ein que este combate o papel-moeda, porque, "sendo emittido pelos Gr ovemos, podendo ser arbitrariamente augmentado, o não tendo a elasticidade indispensável a um bom meio circulánte, 6 causa do constantes perturbações eommerciaes e fi nanceiras, conseqüência da instabilidade dos valores quo sempre se dá nos paizes que so servem do papel-moeda." Reconhecendo e aponetando assim parte das desvantagens que resultam para a economia social de um papel inconversivel, servindo de agente de permuta, o Sr. Dunlop indica os meios que julga convenientes para operar a conversão do papel-moeda do Brazil em divida publica fundada, do juro de 5 p. c. pagavel em ouro. A retirada do papel-moeda é sem duvida aconselhada jiela probidade que deve characterisar as finanças de uma sociedade civilisada, mas ainda e principalmente pelos mais palpitantes interesses do paiz. O papel-moeda do Biazil é o seu verdadeiro cancro fiíiiinceiro, e pasma ver que tantos estadistas illustres, que se teem suecedido na pasta da Fazenda, reconhecendo quanto tem de pernicioso o immoral esse expediente ou systema monetário, hajam no emtanto transigido com o monstro e nenhum jtasso serio tenham dado para a sua exúncção. Com o papel-moeda não ha garantia possivel da própriodade, que, entretanto, constitue a base fundamental de toda sociedade livre e bem organisada. E a prova mais saliente e irrecusável da verdade desta asserção tivemol-a uos effeitos da ultima emissão de 40 mil contos, emissão que constitue utn dos maiores e mais lamentáveis erros que se teem cotnmettido na gestão das finanças publicas. Antes «Ia emissão, estava o papel-moeda depreciado om -cerca de 15 p. c, devido ás que se fizeram durante a guerra do Paraguay e ao curso forçado dado ás notas inconversiveis do Banco do Brazil; mas uma apólice de 1,000$ valia £100 e íriais, porque o cambio sobre Londres oscillava entre 24 e 25 «1. Depois da emissão, o cambio, obedecendo á lei economica, fatal e inexorável, baixou até 20 d. e a menos ainda, o que quer dizer que os credores internos do Estado foram esbulhados de 20 p. c. de sua propriedade empregada em fundos públicos, pois que com uma apólice de 1,000$, s«'» podem conseguir hoje um pouco mais de £80 ! Ora, segundo os dados olficiaes, a importância total dos empréstimos públicos internos, que so baseam uo papelmoeda e cujo valor fluetua com o valor deste, ^era ha uin anuo «le cerca de 340 mil contos, e o papel inconversivel em circulação (notas do Estado e do Banco do Brazil) subia á cifra de 180 mil contos, mais ou menos. Reunida esta soturna aquella, vê-se que os possuidores das notas em circulação e os credores da divida publica iuterna soffreram utn esbulho de mais de 100 mil contos—porque o Sr. Ministro da Fazenda entendeu ser " ruinoso para o Estado e iujusto para os próprios possuidores de apólices " fazer uma nova emissão deetas para pagar o déficit do orçamento! E convém aiuda fazer observar, para que se tornem bem jiatentes o jierigo a que está exposta a propriedade onde existe papel-moeda com curso forçado, e toda a iniqüidade da desastrosa emissão dos 40 mil contos, que a depreciação não feriu somente os legítimos interesses dos credores do Estado. Não se pode computar razoavelmente em menos de um milhão de contos a somma total das transacções de credito pendentes_entre os particulares em uma sociedade na qual a industria principal é a agricultura, cujas transacções de credito se baseam em colheitas annuaes. Si esta apreciação, pois, fôr exacta, corro creio, foram esbulhados os credores emjcerca de 200 mil contos por seus devedores, e sem que tenham o direito de reclartar indemnisação alguma! "Natural Hiítory uf Alan," (1) Piichartl, jip. 5-15, 54G. O Dr. liolleston diz delles "Tem nUlo chamado, e parece-me com justiça, opa daantbrop< logia moderna." (Address p. 154.; " Physiologio VégÉtale," Vol. II, p. G8!); [e couflra-st (¦J) V. " De Candolle, Bullon, Hist. Natitrt-1 relle," e Ouvler, "KOgne Animal," etc. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO O que, pois, resultou de facto para os possuidores do apólices, "a quem seria injusto prejudicar," foi uma rodncção de 6 jmra 4 8jl0 p. o. dos juros do seus títulos, sem consentimento ou audiência delles, pois a tanto eqüivale a depreciação quo soffrernm os seus títulos do credito. Tudo isto porque o Governo não quiz onerar o Thosouro com mais 2,400 coutos annuaes do juros ! Da taxa média do cambio, anterior á ultima omissão do papel-moeda, doprende-so que o paiz caroço, para suas transacções internas, do cerca do 18 milhões do libras esterUnas, ou o sou equivalente. Qualquer quo soja, portanto, a somma do papel incouversivol que opprlma a circulação, nunca poderá valor mais do 18 milhões do libras, porque o excesso não pode ser exportado como mercadoria, o quo suocederiã si a circulação monetária fosse metallica ou imxth. E' esta a lei econômica que nenhuma medida urbitraria, que nenhum meio artificial pode contrariar o annullàr permanentemente. Segue-se d'ahi que os 220 mil coutos mais ou menos do jiapel inconversivel, quo actuabnento existem na circulação fazendo as vozes de mooda, não valem mais do 18 milhões do libras, e que o cambio determinado pela lei econômica é proximamonte o do 20 d., que só a agiotagem, a especulação ou causas aceidentaes c artificiaes podem alterar temporariamente para mais ou para menos. Assim, para que o cambio subisse outra voz a 24 ou 24. d., fora necessário quo se retirassem da circulação os 40 mil contos das notas ultimamente eraittidas, o somente a retirada de cerca de GO mil contos faria com que o cambio fosso proximameuto ao imr (2/ d.), sem que comtudo fosse possivel evitar as constantes osoillações provocadas jtela ágiotagem, de que o Thezouro é sempre a principal o a maior victima. A experiência, entretanto, tem mostrado que, no Brazil ao menos, é tão pueril acreditar-se em tuna gradual âmortisação do papel-moeda, quanto é chimerico esperar que um imposto, nina vez lançado, 'embora como recurso transitorio, desappareça dos orçamentos. Quando um GoveriM lança mão do jiapel-moeda, é sempro sob pretextos mais ou menos especiosos, o como medida trausitoria, promettendo solemiieinente que será retirado da circulação logo (pie cessem as causas quo determinam a emissão. Promulgam-se, neste intuito, leis, garantindo o valor do papel emittido a um padrão fixo e invariável, auetorisando o Governo a fazer as operações de credito quo para isso forem necessárias, prohibindo sob as mais severas penas as novas emissões, etc, etc. Mas, uma vez lançados os Governos no fatal plano inclinado, é quasi impossível fazel-os parar. O próprio discredito publico, quo é o corollario do pernicioso expediente financeiro, força os Govemos a continuarem o abuso em face do retrahiincuto e da emigração, em grande escala, dos capitães, que a medida provoca inevitavelmente. Ha muito, pois, que a practica, de harmonia com a sciencia, encarregou-se do demonstrar por toda a parte quo esse fatal expediente financeiro traz sempre resultados desttstrosos, quer para as finanças publicas, quer para a economia geral de uma sociedade, e que devo ser peremptoriumente eondemnado como altamente inconveniente, illegitimo o immoral. Muita gente está sinceramente couvoucida de que, embora anti-economica, a emissão de papel-moeda contribuo para o Estado um direito, porque é, con? razão, considerado direito magestatico (ãroit régalieu) o da cuuhagein da moeda, propriamente dieta. Este erro provém de não considerarem quo o direito que tem o Estado de cunhar a moeda metallica, deriva da obrigação que lhe incambe de fixar a medida publica de valores, garantindo assim a fiel execução dos contractos entre os membros da sociedade e evitando a fraudo e a má fé nas permutas e transacções sociaes. Entretanto nem o papelmoeda emittido pelo Estado, nem outra qualquer espécie de títulos fiduciarios, constituem moeda. São simples promessas de restituição de valores recebidos, nada mais. E obrigar os membros da sociedade a receberem um titulo fiduciario, em vez de um valor fixo, invariável e positivo, é de certo violar abertamente o direito de propriedade. O Estado, pois, não exerce um direito, commette um abuso inqualificável, quando se arroga a faculdade de emittir papel com curso forçado. E este abuso é tanto mais diguo de censura, quanto é inquestionável que a principal missão da auetoridade é garantir em toda a sua plenitude a pro-priedade e os direitos dos cidadãos. Ha ainda quem trausija com o papel-moeda sob o falso fundamento de que, constituindo a sua emissão um meio practico e fácil para o Estado obter um empréstimo avultado sem pagar juros, convirá usar desse meio, uma vez qne o faça dentro de certos limites razoáveis, que evitem a sua depreciação e as perturbações que o seu excesso traz ás transacções sociaes. Mas si o papel-moeda é o abuso do credito por excellencia, porque a promessa de pagamento é nelle illusoria, não será um contraseuso admittir que o Estado use de um abuso ? As notas emittidas pelos bancos chamados de circulação, e regularmente estabelecidos em um paiz onde não circula papel-moeda, são benéficas, uão porque substituam, mas porque disjJcnsam uma certa quantidade de metaes preciosos. Mas taes notas são conversíveis tí vista e a vontade do portador, e a sua acceitação é sempre facultativa e não 235 obrigatória. E' isto o que evita os abusos por jiarto dos bancos. Sob a pressão da constanto ameaça do abertura do fallencia, quando deixarem do converter em metal as suas notas, tornam-se os bancos nocessariamento ciuitelosos uas suas omissões, o o sou raolhor fiscal é o publico, quo lho concedo ou retira o credito, segundo a maior ou menor |)onetuali«lado «pie houvor ua conversão, o segundo a maneira mais ou menos jndiciosa por (jue procederem. Iía, entretanto, quem esteja porsuadido do que o publico não aufere vantagem alguma das omissões dos bancos, pois que elles lançam aompro uma somma de notas na circulação maior que aquella que constituo a sua reserva metallica, auferindo assim juros do um capital nominal, ou do um capital que não lhes jiertenco. Esta BUpposiçSG só tem fundamento quando a sociedade está sob um rogiineu de monopólio bancário, quando ha um único banco do emissão privilegiado, porque, sob o legiiiicn da liberdade bancaria, o único que esttí em Iitirmonia com os seus princípios econômicos, os bancos são forçados, pela conourroneia, ti baratear a taxa do juro om boneficio da industria social, até quo o lucro auferido se reduza tí renda liquida a «pio tem jus sou fundo capital! Os baucos, em sunima, só conseguem da industria aquillo que lhes jiertenco, isto é, o juro do seu capital o o prêmio de garantia que resulta desso capital o das transacções «le crodito, que constituem a base do suas operações. Quanto ao modo practiso, lembrado pelo Sr. Dunlop de levar a effeito a retirada do papel-moeda da circulação, parece-me envolver mais do um defeito, e o pripcipàl, a mou ver, é a intervenção «lo Manco do Brazil na operação. Não vejo por que o Governo incumbiria o Banco «lo Brazil do uma operação quo podo sor levada ao cabo pelo próprio Thosouro. O Banco do Brazil, que tem gozado do um grande monopolio, não correspondeu nem podia corresponder ás esperanças de seu illustre fundador. Basta do monopólios o sobretudo om matéria de credito que tautos males os teem acarretado. O monopólio é o privilegio e o privilegio é a irrosponsabiliilade, que gera fatalmente o abuso. Ha, na minha humilde opinião, um meio muito mais simples o practico de operar ti salutar o indispensável reforma monetária que se discuto, e este meio procurei eu indicar em um estudo econômico quo publiquei ha cerca de dous anuos e que faz parte de um livro quo corre itn|iresso sob o titulo do Estudos de Economia politica. Peço a attenção do leitor para o seguinte trecho, que resume o plano financeiro que me pareceu o mais vantajoso aos interesses do paiz, para conseguir-so o fim desejado : " Quero persuadir-me que consegui demonstrar claramente o jogo desta lei econômica quo todas as vantagens resultantes da emissão de notas conversíveis, feita pelos bancos, revertem invariavelmente a favor da sociedade, sob o regimen da concurrencia ou da liberdade bancaria. E em face desta lei tentarei tambom demonstrar qne os otius sociaes provenientes da retirada immcdiata do papel-moeda da circulação, serão puramente nomiuaes ou ajiparentes, ainda dando de barato todas as vantagens indirectas que resultariam da confiança publica restabelecida, da garantia ao capital, e da extineção da agiotagem desde que cessasse a causa que lhe deu origem e que a alimenta. ll. . . . E' sabido que o Estado não tem rendas próprias e que tira todos os seus recursos, sem excepção alguma,das reudas particulares ou individuaes', que décima por meio dos impostos. Segue-se dahi quo estas rendas individuaes ou sociaes serão sempre maiores ou menores, na razão inversa de taes impostos. "Digamos, portanto, que os membros da sociedade ficariam onerados por mais 7 ou 8 mil contos annuaes de impostos que o Estado teria do exigir, para pagar os juros da divida fundada, «jue houverem de contrahir para consolidar a sua divida fiuctuaute representada pelo papel-moeda em circulação. Isto é o que todos vêem. Mas o (jue não vêem todos e não querem ver alguus, ó que a sociedade lucraria uma somma annual equivalente na economia proveniente de um instrumento social de permuta barato, de valor invariavel, e sempre cfficaz, que lhe proporcionam os bancos por meio de suas notas conversíveis, como já demonstrei. De modo que si por um lado teria a sociedade de ser onerada, por outro ficaria alliviaãa na mesma proporção, além de lucrar por mil outros modos, convindo não perder de vista que, entre as vantagens directas e immediatas da retirada do papel-moeda, avultaria a da roducção (jue elia traria infallivelmente no juro da divida publica interna. Nenhuma razão haveria para conservar-se este juro acima de 5 por cento desde que cessasse a necessidade do prêmio de garantia ou de seguro, que affecta o juro da divida publica interna, como affecta aquelles quo paga a industria, visto que uns e outros estão subjoitos ao risco que resulta de uma medida de valores variável, prêmio que torna o papel-moeda o mais caro dos agentes de permuta que possa ter uma sociedadu qualquer. ''E, em vista disto, apreciarei os resultados prováveis de uma medida practica, que não poderá deixar de oceorrer ao financeiro que tiver a patriótica idéa e a gloriosa missão de operar a grande e urgente reforma. " Supponhainos, pois, que o poder legislativo declare o papel-moeda sem curso legal e forçado de certa data em (Segue u _?«_>. 238.; 236 O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. IIIHI Outubro, H"" "'l*í. fl/i'!' l'TM,J|lSl.i',lÍlliil!linil!|1íiri1Í__Eíl|BHft I _______ I______&-M_l Qf^E^B. \m\wMa^a\\\\\^^^^9aW^aa\ < H co ><~ w z Q CO ti < c/_ Oi ti > I—I o «< L> 1—1 co O eu X ti < Q u < Ph 1879. ' Outubro, 1879. O NOVO MUNDO-PERIODICO BRAZ)LEIRO 237 ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^B»MPBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBi£yPB ^ ?^£-,-?"'*¥#-*6bíjPPh^ B| HgS^^^^^faã^^ZT:: ?-JV1:-">?-^CpTBferÍP^l KgB^P^^F! í'iIW*£aÊ Bi'ffl ^¦|rvl|tíír5^B bHi£M PP^^^B bM^^dbbbbV WWr"'' J «Pr^Rv'jT ' -ysSj BrPP^^^^ffff^^HwaTTp^r^' B^y.'¦ 'fj' H'rB IfffW^H Bm BHSP&íflWBBfc-^^BRVj^BBtTSÍaEPríji A BE Bi mS»i Wràrn Bk rBBM *5KI5jJU* B^^^fl %MÉÜHÍI tUl^S Btm Hi«v'M ff'-, »ÍbS l'lW!4 bI BaVllllml Bolífl Hll Kw ¦ mSlJ. 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Biit BiH Ibbbt B"MÉB P^ /^B Xmyi- :''&Mklkwft A Bi ^fl '^ Bi H^H BfilaWft^^ |HVlyBtB^^^'^WHLãBI I^P ibbt bVíbwImI! hM B^^j^f'!! ¦BJ^jftByMl MI^'^,bPjb bPI BirPi RJ^B «eB ¦KvÃB BBBIBH PP^BLl HÈll HllSÜ BB^IhVwHBbI P^ iHni BBULj Si P{*| Bf B^^ BB^jüi IJB Bi* B' a^Svâl BÉ' ¦ '/j^^P^P^^ BÉ^íC^BlKt^- kVvJbbI ^HwI BÈIIIIPmÍÍÍ \\\\w^k\\\\wllllnilnmffí^^k\\\ a# B^^-^BB^"^1^" WfMÊMuà BB^^aQhHÍ^BI BK^' B^^Zr ' l^nlfl ^^^^PJ HirãHvflS<BB B^^ EnlBal BN»«^r^| SOBH P^3 5btB MARTYRES I bib^v\^K^bbI \\\Wl/ff-Sl'¦''AÉBLUl PM vÈflA IPtB Hfl B^^fiBacScSI ABBBBB^^MBl BBr a^l WWwJ JkWW iü B^SBr-SsHwB ]|M^P^|ÉMÜhBS^^aBMB|SBK \wM W^l M^^^^ÜJB -BBbI W/^/ÉÊk Ik BW Km ul üsl Bnfl BFtHB??WíraB bbb^^bbI - ililtilBlf^^;?^! BB I ÍBI ffiy >jb1 bV^sS BtStWff y^B Ey <éB bmt^bh Hm^amI n^W!9lB BbIKh Bi rPPI BSBfrlPyPI BbM Mm^^.^b1 bk^W^bbbh^^b^^bbbbbbbB^b! émv^I KkSh ¦*^y>ll IskX iH bH Blai Ww%W Br Bnfll bmb BwIbI HprW^iwjflBBflBI %'.'jiBW'4wBlBniBBBlr3n ^hÜ9B^BP1E::B BMt BfcgS BrarTW ^^T^bI BaB l^^^a»B B PW$';-^P^ l^yr/ii/BM ^P^Bbb^^^^-^'^^^'v;''^^'•^^ jí.-.W*',. v. LUCTANDO COM FERAS PERANTE NERO.—[quadro de h. merté.] ^ O NOVO MUNDO—PERIÓDICO -<« * diante, digamos, no prazo de um BODO, tornando desde eutão obrigatório o pagamento do todos os impostos em motal, e as notas do Estado conversíveis desdo logo em títulos públicos,vencendo juros, pagaveia em ouro. de 5 por cento. Si a.» mesmo tempo concedesse aoa bancos existentes, inrltiMve o Manco do Brazil e a mais alguna qne ae eatabeleccss.-in, n faculdade de einittir notas ao portador, sempre conversíveis em ouro, sob pena de abertura de falloncia e liquidação forcada o immediata, viria logo a industria commercial preparar-se para o novo systema de pagamentos do íf impostos, importando metaes preciosos o os bancos absorvendo estes metaes apenas entrassem ua circularão, para com elles formarem as suas reservas metullicns. Ao uiesmo tempo, procurariam os bancos, por todos os meios a seu alcance, promover a rápida conversão d.» papel-moeda em divida consolidada, porque isto lhes será aconselhado por seus interesses imme.liatos, desde «pio lhe conviesse encher, com o seu papel, o vácuo quo houvesse de deixar o papel-moeda ua circulação. " Destarte seria feita a importação «le metaes preciosos, na proporção necessária, sem abalo, sem grande sacrifício para a industria, sem transtorno 110 meio circulante, tinalmente sem necessidade de operações de credito no estrangeiro por parto do Estado. E para que a nova divida consolidada fosse absorvida gradual mento pelos capitalistas europeus, bastaria que os juros respectivos fossem pagaveis ií vontade e á requisição dos credores, cm «pialquer dos grandes centros monetários da Europa. Em definitiva, seriam assim importados do 10 a 15 mil contos em ouro, somma que seria mais quo stifficiente para não se afastar nunca a medida de valores, 011 para manter o cambio permanente ao par. Os bancos ficariam assim em posição de darem ao meio circulaute o clasterio de quo tanto se falia, e ao qual dá-se geralmente excessiva importância, porque nada ha do mais intelligeute e engenhoso do quo ti industria, na orgauisação tle meios practicos para facilitar suas trocas em épochas de aclividado anormal. Cumpro não esquecer que as crises financeiras não revelam, em rigor, falta do capital moeda para pagar produetos o sim falta fie meios para solvercm-se compromissos provenientes de abusos de créditos. São eataa crises do ordinário meros syinptoinas febris, que se manifestam no organismo social, o quo teem o seu curso fatal, como suecedejás febres symptomaticas no organismo animal. E' sempre perigoso abafar a febre em (pialquer dos casos por meios artificiaes: convém iudagar-lhes p.s causas, f e curar a iufermidade, removondo-as. ..." E' incontestável que o paiz está causado de sotTrer os males que lhe causa esso llagello, que se chama papelmoeda, o qne cada dia vai calando mais no espirito publico a necessidade de cxtingiiil-o por uma vez. Os homens practicos, iutelligeutes o instruídos já não so illudem sobro ns vantagens, meramente apparentes, que ás finanças do Estado proporciona o papel-moeda e ha muito começaram a comprehender oa seus innumeros e perniciosos efleitos. Está na administração das finanças um estadista, distinctf» p<>r sen taleuto o luzes: não podo ter escapado á sua perspicácia a necessidade indeclinável que ha de reformar 111 ti systema monetário que, baseando-so em um papel inconvertivel, de valor fluctuante, variável e subjeito aos capríohoa do acaso o da agiotagem, torna impossível qualquer calculo, c deixa sem fundamento certo os orçamentos publicoB o todo o qualquer plauo financeiro. Queira elle, o as dillicuIdades desapparecerão como por encanto. E ver-so-ha então o paiz entrar em uma nova phaso de progresso o riqueza, porque terá desapparecido o phantasma que uão somente repelle e afugenta os capitães estrangeiros, mas promovo a emigração da maior parte das oconomias nacionaes. Mabtinus Huyer. do Commercio.) Jornal (Do ESCHOLA CENTRAL DE PARIZ. Foi inaugurada, a 3 de Novembro de 1829, a Eschola Central de Pariz; vai, pois, completar, em breve, meio século de existência. Para celebrar este semi-centenario o engenheiro Charles dk Comuerousse, um dos mais distinetos professores dessa eschola, acaba *de publicar um livro, tendo por titulo: Ilistoire de 1'Ecole Centrale des A ris et A/anufactures, depuis sa fondaiion jusqud nos fou rs, par Charles de Cotnberousse, Ingenieur Civil, professem- de Alecanique a PJSiólè Centrale, ancien etcve et memore du Conseil de VÊçole,—Paris—Librairie 'illars. Gauthiers-1 Nesse interessante livro vem narrado como nasceu a Eschola Central de Pariz; como se desenvolveu pouco a pouco; seu estado actual e suas esperanças futuras. Esta eschola é filha da iniciativa individual; pode servir de typo a instituições análogas, que se queiram fundar no Brazil, agora que ahi estilo lançadas as bases para o ensino livre. Será, pois, lido com interesse o seguinte resumo do excellente livro de COMBEROUSSE. Como sabem nossos leitores, a epocha actual é a da grande industria. Na segunda década deste se- OUTUIIRO, 1S79. BRAZILEIRO etilo a humanidade, graças a Watt, a Fulton e a StephenSON, achou-se dotada da machina a vapor para as grandes fabricas; dos navios a vapor para os transportes marítimos e dos caminhos de ferro para os transportes terrestres. Nessa epocha a França só tinha a Eschola de Pontes e Calçadas para formar engenheiros para as obras do Estado, que consistiam quasi exclusivamente em estradas de rodagem e em canaes. Não havia onde preparar engenheiros para a grande industria, que acabava de nascer. Foi, então, (pie trez Franceses devotados, Péclet, Olivier e Dumas, decidiram crear uma eschola de artes e manufacturas. Lembremos que Péclet é o grande physico, ceiebre pelos seus trabalhos sobre a illuminação e sobre o calor; OLIVIER, o discípulo e o continuador dos trabalhos de Gaspar Monge e de Hachette sobre a geometria descriptiva; Dumas, o illustre chimico, actualmente secretario perpetuo da Academia das Sciencias. Esses trez sábios, como sempre, eram faltos de recursos; tiveram, porém, a felicidade de encontrar em LavalléE um sócio com o capital necessário á empieza, e, principalmente, com uma devotação por demais provada em 32 annos de direcção da Eschola Central. Por fortuna o Ministro da Instrucção Publica em 1829 era De Vatimesníl, que acolheu com a maior benevolência a nova idéa, e não julgou dever contrariar a instituição como rival da eschola do Estado. No enitanto não faltaram dificuldades a vencer, e foi necessário empregar toda a devotação dos fundadores para que a Eschola Central se abrisse a 3 de Novembro de 1829 com 140 alumnos, dos quaes aiguns eram de maior edade do que seus professores; prova evidente de que era, desde muito, sentida a necessidade de uma tal instituição. A principio só houve nove cursos: 1"—Geometria descriptiva; 2°—Physica industrial; 3°—Mechanica industrial; 4o—Chimica e Artes chimicas; 5°—Historia Natural industrial; 6o—Exploração de Minas; 7o—Arte de Construir; 8o—Economia industrial; 9o—Desenho. Os professores desses diversos cursos eram Olivier, Péclet, Dumas, Colladon, Bronguiart, BlNEAU, GOURLIEK, GUILI.EMOT e LeBLANC. Além das lições oiaes, havia trabalhos graphicos; experiências de physica e de mechanica e manipuOs alumnos lações nos laboratórios de chimica. e eram freqüentemente interrogados passavam por vários exames. Graças a esse regimen, a Eschola Central creou logo fama de produzir engenheiros practicos muito fortes em Geometria descriptiva e em desenho, e, portanto, muito próprios para a direcção de fabricas. O curso durava trez annos; a pensão era de 800 francos por alumno e por anno, ou 2,400 francos para todo o curso. Todos os alumnos eram externos. Os excellentes resultados obtidos permittiram logo ampliar as matérias do ensino, elevando a 18 o numero dos cursos, a saber: 4—Para o primero anno; 8—Para o segundo; 10—Para o terceiro anno. As revoluções de 1830 e de 1848 produziram verdadeiras crises na Eschola Central; mas foram galhardamente vencidas; em 1850 ella abriu-se com Dessa epocha em diante o Governo 350 alumnos. dos Departamentos e a Sociedade os Conselhos geral, faz o papel da nossa Auxiliadora, e França na que Société aVEnçouràgement,.começadenomina-se qne ram a votar pensões e meias pensões para auxiliar os moços pobres que desejavam estudar na Eschola Central. Já então o numero dos engenheiros formados pela Eschola Central era tão grande que julgaram dever formar a Société des Ingénieurs Civils, uma das mais bellas instituições da Trança. Estava assim a Eschola Central em plena prosperidade, dando a seus fundadores uma renda liquida annual de 100,000 francos, quando trez dos seus fundadores, Lavallee, Péclet e Dumas resolveram Deram, como a razão disso, d cedcl-a ao Estado. desejo de assegurar a perpetuidade da instituição, temendo que por seu fallecimento viesse a desapparecer. Ora, ha nessa republica dos Estados Unidos universidades, academias e collegios fundados pela iniciativa individual, e que gozam perfeitamente das vantagens da perpetuidade sem ingerência do Governo. Parece-nos ser esta resolução devida á inBüencia da tutela governamental no ensino, que é um dos grandes males da França ; a Eschola Central era grande e prospera, contava centenas de alumnos, O monopólio governalogo devia ser do Estado. assim raciocina sempre mental ; não quer, não alguma grande c instituição admitte, não consente forte fora da subjeição direeta e immediata ao Governo. Passando para o Estado a Eschola Central foi inteiramente reformada. Os exames de entrada foram substituídos por concursos públicos, exigindo-se provas oraes e composições escriptas, e dando-se Exige-se sempre grande importância aos desenhos. de collecções epuras apresentem candidatos os que de geometria, desenhos de architectura e de inachinas e cadernas com esbocetos (croquis). Quasi sempre apresentam-se de 350 a 400 candidatos e entram na eschola 210. O rigor do concurso da entrada melhorou natttralmente a estatística da Eschola Central; outr'ora de 10 alumnos só 4 obtinham o titulo de engenheiro; hoje de 10 conseguem 7 este documento. Até 1832 tinha a Eschola Central um conselho de aperfeiçoamento ; foi esse conselho restabelecido na nova organisação pelo Estado. A duração dos estudos continua a ser de 3 annos : nove mezes passamse em cada anno na eschola e trez mezes em ferias, subjeitas a trabalhos practicos externos, que os alumnos são obrigados a apresentar. Cada dia os alumnos passam seis horas na eschola ; trez horas em duas lições de hora e meia cada uma; as trez outras em trabalhos graphicos e de laboratório. E' necessário ainda que o alumno estude trez a quatro horas em casa para poder sahir-se bem nas incessantes provas Dessas de aproveitamento a que são obrigados. notas das de caderno o provas a mais importante é frecaderno é esse lições, dadas pelos professores ; os professores quentemente íiscalisado, de sorte que e os repetidores accompaham |dia por dia o trabalho dos alumnos, e podem formar um juizo perfeito sobre sua applieação e seu aproveitamento. O primeiro anno da Eschola Central comprehende, actualmente, nove cursos, com 24 exames particulares e um exame geral para cada curso. Eis um quadro resumindo esses cursos, com as lições e o numero de exames particulares : Exames T, LiÇ°e8particulares. i° 2" 3° 4o 5o 6o 7o 8o 9° Analyse mathematica 30 Mechanica geral 45 60 Geometria descriptiva Physica geral 60 Chimica geral 60 Mineralogia e Geologia 30 Achitectura 24 22 Elementos de Machinas Historia natural 35 Somma 366 2 5 4 4 5 2 1 1 o 24 Além disso, ha vinte sessões consagradas ás manipulações de chimica geral, sendo 16 para chimica mineral e 4 para chimica orgânica; ha 8 sessões para experiências de physica geral; 4 para stereotomia e 3 para levantamentos de topographia, de architectura e de machinas. Nas ferias do primeiro anno devem os alumnos executar desenhos de architectura e de machinas, fazendo elles mesmos os esbocetos, e apresentar uma memória especial tractando de alguma questão de Todos esses trabalhos são julgados na mechanica. abertura dos cursos seguintes. 0 segundo anno comprehende 10 cursos com 24 exames particulares e 9 exames geraes, a saber :Exames T , LiÇ°es' particulares. i° Mechanica applicada (ift parte) 55 2o Construcção de Machinas (ia parte) 50 50 3o Construcções civis industrial 45 Physica 4o analytica 50 5o Chimica r... 38 6o Machinas a vapor Minas (itt parte) 24 7o Exploração de 8o Technoiogia 35 Resistência dos da Applieação 90 Materiaes 25 20 10o Legislação industrial Somma 392 4 4 3 3 3 3 2 1 1 24 0 exame geral do curso de exploração de minas só é feito no fim do 3.0 anno; é por isso que o segundo anno só tem 9 exames geraes havendo dez cursos. Durante o segundo anno os alumnos executam 23 manipulações de chimica analytica; 3 de docimasia; 4 de physica industrial; e consagram duas sessões ao estudo do escoamento dos gazes e duas á medição de cursos d'agua; quatro ao levantamento de uma planta e a um nivelamento, e quatro a trabalhos de forja, de fundição e de montagem de machinas. Durante as ferias do segundo anno, devem os alumnos fazer applicações da resistência dos materiaes e visitar varias fabricas; ao chegar á eschola devem apresentar esbocetos e desenhos do (pie viram em viagem, accompanhados de um relatório. 0 terceiro anno actual da Eschola Central com8 prehehde 8 cursos com 19 exames particulares e exames geraes a saber- OuruiiRO, 1S79. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO LIç.Vi. Exumei pnrticuliire*. 1" Mechanica applicada (Hydraulica e Thepria mechanica do calor).. 45 3 2a Construcção de Machinas 53 3 3° Obras publicas 55 3 4S 3 4o Chimica industrial 54 3 5° Metallurgia 6o Caminhos de ferro 42 3 1 7" Exploração de Minas (2* parte). 16 8" Legislação industrial 10 o Somma 323 19 Durante o anno os alumnos teem de executar 8 analyses em 16 sessões e 6 projectos completos,além do concurso final, que termina sua formatura, e que deve ser feito em um mez. Resumindo este importante curso temos: Licitas. Exumo» parolaos. 1" Anno 366 " ---2" 392 3" ---- 323 24 24 19 Exames geraes. 9 9 8 Somma 1,081 67 26 Assim, pois, recebem os alumnos 1,081 lições e passam por 93 exames particulares e geraes. Os engenheiros, formados pela Eschola Central de Pariz, gruppam-se em quatro especialidades: Engenheiros constructores; Engenheiros mechanicos; Engenheiros metallurgistas; Engenheiros chimicos. Todos os alumnos fazem os mesmos estudos; a distincção de especialidades é somente nas provas practicas e no concurso final. Os alumnos que satisfazem a todas as provas exigidas, recebem ao sahir o diploma de Engenheiro de Artes e Manufacturas; os que se mostram deficientes em algumas disciplinas recebem a apenas um attestado de capacidade. A partir de 1872 estabeleceu-se a nova especialiPara isso foi nedade de Engenheiros agrônomos. cessario crear novas cadeiras. O curso de historia natural, feito no primeiro anno, comprehendia a botânica e a zoologia; augmentou-se no segundo anno um curso de zootechnia ou de historia dos animaes úteis e nocivos, o qual comprehende 20 lições e um curso de phytotechnia ou Historia das plantas úteis e nocivas, também em 20 lições. No 3.0 anno introduziu-se um curso de economia rural em 20 lições. Os candidatos a Engenheiros agrônomos fazem manipulações de physica e chimica; analyses e trabalhos practicos durante as ferias, todos appropriados á sua especialidade. Na 3.:v parte do seu livro o engenheiro Comberousse apresenta o plano, já estudado, e que espera-se executar em breve, do edifício especial para a Eschola Central de Artes e Manufacturas. Faz depois um resumo das eseholas análogas que existem na Europa, notoriamente: —A Eschola Polytechnica Federal Suiss», fundada era Zurich em 1836; —A Eschola de Artes, Manufacturas e Minas, fundada em Liège em 1837; —O Instituto Real Industrial de Berlim; —As Eseholas Polytechnicas de Dresde, Munchen, Carlsruhe e Aix-la-Chapelle; —A Eschola Imperial Technica de Moscow; que fusão da Eschola Central de Artes e Manuuma é facturas de Pariz com a Eschola de Artes e Ofhcios de Chalons. Na própria França cita o engenheiro Comberousse a Eschola Central de Lyon, que funeciona, desde alguns annos a esta parte, com muita regularidade, e as Eseholas Centraes que vão abrir-se em Lille, Rouen, Bordeos e em Genebra, na Suissa franceza. Em presença de tão vasta coneurrencia, diz o engenheiro Comberousse que, para sustentar sua superioridade, necessita a Eschola Central de Pariz de dar maior desenvolvimento ao ensino practico, fundando vastas officinas. Lembra também a conveniencia de estabelecer um quarto anno complementar, destinado só aos alumnos que melhores provas exhibissem nos trez primeiros. ' Esse quarto anno comprehenderia os seguintes cursos: —Complemento da Analyse; —Complemento da Mechanica: —Curso especial de Thermodynamica e de suas applicações ás machinas; —Curso de Philosophia da Chimica; —Curso de línguas vivas; —Curso de Geographia comparada; —Curso de Alta Litteratura e de Historia da Arte; —Curso especial de Economia poljtica e industrial. O engenheiro CombErousse recommenda especialmente o estudo da sciencia econômica; existiu na fundação da Eschola Central; mas foi supprimido quando era moda na França guerrear os economistas e é imprescindivel a restauração desse curso ; pois mal se pode comprehender engenheiros e industriaes ignorando a sciencia tpie ensina como se forma, como se distribue e como se consome a riqueza. Em appendice a este interessante livro acham-se os elogios ou os resumos biographicos dos fundadores da Eschola Central—Olivikr, Pèclet e Lavallée; dos illustres directores Perdonnet, o celebre professor de caminhos de ferro, e de Petikt; e de dous engenheiros da Eschola Central, que são grandes beneméritos da industria franceza:—Polonceau e Callon. Termina o livro um trabalho do engenheiro Level sobre a necessidade de dar aos engenheiros civis algumas noções de arte militar, afim de que elles possam contribuir vantajosamente na defesa da patria, em catastrophes análogas ás de 1870 e de 1871. Rafael Joseffy, um dos melhores pianistas 1110dernos, e que está agora dando concertos nos Estados Unidos, é rapaz de vinte e seis annos e tocava em publico quando contiva septe. Nasceu perto de Pesth, na Hungria, e tendo mostrado muito gosto para musica foi mandado para essa cidade aos cinco annos. Tão boas contas deu de si que seus pais o mandaram á Leipzig onde o menino estudou dous annos com Moschelles e depois com o celebre Tausig, então considerado como o primeiro pianista da Allemanha. Em Leipzig foi-lhe conferido o grande prêmio Mendelssohn. Mais tarde foi a Weimar onde viu Liszt tocar de perto, mas não lhe agradando absolutamentente a eschola delle, Joseffy foi a Vienna. O primeiro concerto que ahi deu custoulhe immenso fiasco. Os críticos disseram que fazia muito barulho e que carecia de estylo e de concepção pura, elevada e poética, por melhor que fosse o seu téchnique. Esse fiasco não o esmoreceu, ao contrario: passou trez annos em árduos estudos e quando reappareceu em publico ahi mesmo foi recebido com enthusiasmo pelos mesmos críticos, que agora o comparavam aos melhores mestres d'arte. Um delles disse que em Joseffy se concentravam Liszt e Tausig; outro que era Bui.ow e RubÍnstein em um só. Depois de similhante "baptismo" Joseffy tem achado fácil o caminho dos triumphos. Elle tem viajado pelo norte da Europa e Allemanha. Esperava esta temporada ir á Pariz; mas uma excellente offerta de New York o trouxe para aqui. Chopin, Bach e Beethoven são seus auetores predilectos. Apezar de Húngaro, não gosta de dansas húngaras. NOTAS DIVERSAS. —Os communistas que voltaram de Caledonia para Pariz queixam-se amargamente dos maus tractamentos que soffreram ás mãos das auetoridades de MacMahon. Foram mal alimentados, sobrecarregados de trabalho e constantemente expostos ao sol. —Teve logar ultimamente em Pepinster, na Belgica, um duello, em que as partes principaes foram o Conde De Veysy, celebre por suas immensas riquezas, e o Barão de Vauloo. As armas foram pistoIas, e o Barão foi morto. O Conde foi preso, e não obstante offerecer fiança de 400 contos de réis, foi recolhido á prisão. —O Dr. Petersen, viajante allemão, ultimamente subiu ao poneto mais alto da Jungfrau, monte quasi inaccessivel dos Alpes, cuja altura é de 3,910 metros acima do nivel do mar. Teve uma hora de céo claro Diz que viu dahi a cadeia ine vista desimpedida. teira dos Alpes, desde a parte mais remota do Tyrol até Dauphine, inclusive o Monte Branco e os outros gigantes do Sul. —Um dos maiores pregadores catholicos romanos de Londres, o Monsenhor Capel, o Catesby de " Lothair," virá em breve para o Cajiadá e estes Estes Unidos, com a esperança de obter aqui o dinheiro necessário para o livrar dos embaraços pecuniários em que se acha envolvido em conseqüência dos esforços feitos por elle para estabelecer a Universidade Catholica em Kensington. —Por ordem dos engenheiros reaes empregados na tarefa de rectificar o leito do rio Tibre em Roma, está progredindo mui rapidamente nessa cidade a demolição das antigas casas e muros ao longo desse rio; mas a cada passo tiram-se photographias para conservar assim as vistas pictorescas que vão sendo destruídas. Assim como Florença já tem seu novo Long' Arno, Roma terá em breve seu Longo Tibre. —Adelaide Stanhope, a primeira aetriz do Theatro da Califórnia pertence á aristocracia ingleza, sendo a única filhado Rev. Henry Stanhope e neta E', portanto, prima do Conde de Harrington. do presente Conde. Uma de suas tias casou com o Duque de Bedford, e outra com o de Leinster. —O seguinte curioso calculo sahiu á luz em um jornal francez : O Príncipe imperial teve dezesepte feridas; ha dezesepte algarismos no nome de Napo- -39 i.f.Ào Bonaparte; a somma dos algarismos de 1808, annò em que nasceu NapoleAo 111, é 17; e assim também a dos de 18211, anno em que nasceu Euoenie, e de 1853, anno em que se casaram. De 1S53 até 1870, anno em que decahiram, são dezesepte annos. O Príncipe imperial teve dezesepte annos de edade quando seu pai falleceu; ha dezesepte lettrás no nome de Le Lieutenant Carey, e a somma dos algarismos de 1862, anno em que nasceu o Principe Victor é também 17. —Em Varzin, residência de campo de Bismarck, este estadista e lavrador só permitte tpie derrubem nas mattas arvores em numero sufticiente para deixar entrar a luz. As cartas que escreve para sua irman mostram quanto é grande o amor que tem á agricultura e á caça, ás mattas e á vida socegada de um lavrador. Luther Buciiar é a única personaofficial gem que o accompanha; é elle quem examina todos os documentos importantes que cheprimeiro Berlim, de e aprompta-os para serem assignados gani Buchar, que se recusou a pagar Chanceller. pelo impostos em 1848 e que por isso viveu por muito tempo em exilio na Inglaterra, é exactamente adaptado a Bismarck e Varzin. Viveu por muitos annos na Pomerania e foi eleito por essa Provincia para represental-a na Assembléa nacional de Berlim. —A familia real da Hespanha passou o verão nas montanhas Guadarrama, na altura de 3,800 pés acima do mar. O logar em que se acha o palácio real naquelles montes foi comprado a uns monges por Philippe V, o Príncipe dos Bourbons que quiz perpetuar na Hespanha a dynastia dos Hapsisurg como Philippe V herdeiro de sua avó Maria Theresa. mandou construir alli um palácio, e fazer jardins em imitação dos de Versalhes, empregando seu tempo, de 1719 até 1746, em gastar rios de dinheiro,de modo que só os jardins custaram cerca de 90,000 contos de réis. Em troca desta despeza o Rei tinha, como costumava dizer, a satisfação de possuir uma residencia mais elevada no ar do que a de qualquer outro soberano da Europa. —Na África um cavallo valioso, que pertenceu ao Lord William Beresford, morreu envenenado com chá da índia. Um cosinheiro do quartel general deixara algumas libras de chá em um sacco, e sendo este achado por um dos criados de cavalhariça, este o encheu de milho sem primeiro tirar o chá. Deu o milho depois a alguns cavallos, e o do Lord Beresford recebeu como sua ração a maior parte do chá. O cavallo comeu tudo, e logo depois principiou a escoucear, corcovear, correr para traz, e em curtos intervallos a galopar em todas as direcções, até que afinal cahiu em um barranco onde bateu com a cabeca contra as pedras, quando foi morto com uma lanOs phenomenos manifestados eram charactecada. risticos da acção tóxica da cafeína,—excitação cerebral, com perda parcial de sensibilidade, convulsões e morte. —Kiev, Kieff ou Kajof, capital da Provincia do mesmo nome, na Rússia, e situada a 2S0 milhas ao N. de Odéssa e á margem esquerda do Dnieper, foi a 3 do p. p., o theatro de um incêndio horrível que rebentou em septe ou oito localidades differentes, causando enorme perda de vida e de propriedade. —No dia 17 de Septembro abriu-se a exposição internacional em Sydney, Austrália. —A presente colheita da uva na França é pequena e de má qualidade. —No i° de Junho deste anno havia nos Estados Unidos 41,828 agencias de correio ! Isto dá idéa do movimento da vida neste vasto paiz. —Dizem que o Papa vai fundar um jornal em septe línguas, que seja o orgam do Vaticano, e que começará com a circulação de 42,000 exemplares, tendo já de ante-mão 40,000 assignantes. —Os negociantes de carne de porco de Chicago precisarão de 25,000,000 de pés quadrados de taboado neste anno, para caixões em que empacotar seus produetos. —A casa em que nasceu o grande poeta Milton foi destruída no grande incêndio de Londres em 1666, mas foi reedificada em fac-simile no mesmo logar e é agora oecupada como fabrica de rendas. —Dizem que Alexandre, Imperador da Rússia, envelheceu tanto nestes últimos annos que, quando ha pouco teve uma entrevista com o Imperador da Allemanha, que já tem mais de oitenta e dous annos de edade, quasi pareceu mais velho. Seu porte, porém, é ainda direito e nada indica de fraqueza. —A casa do Príncipe de Bismarck em Varzin embora não seja bonita, é espaçosa, tendo accommoNo parque de Varzin dações para trinta hospedes. ha muitas garças que Bismarck estima muito. —Fia pouco um subjeito entrou no escriptorio inj terior do caixa do Ministério da Fazenda em Pariz na ausência desse, e furtou um pacote de 135,000 francos em papel-moeda. , 1.7. > '• i Outubro, 1879. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. 24° ¦fe*^"r" Amaaaawiif^^ r^^^T^^^^^aaaaa lí^^______________l^^lB_________^_____^___i__________________ro^__ ~_Mfl.__________rJ----.r^-H^---^---^----------------------------------- Ü ___f__-__£^___L?vê?tid ImR1 *v ___Jn?%ln_^j£ B_S B__Ü__^B fl __HI ______________________________________________________________________________________________________ v* Jlfl __Ev^I_______k_. 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BRAZILEIRO] J4I ;i v -,. ^ A ¦ • /_a líWlfM! i'.::; ..v..^.l í".'-'_ ^_3i 1 r' 1 ¦- Mraa WmM 1 '.1' vVi>»,--'^¦¦ -'• '",'' .. *vJ i ¦' 1 ji _ -.1 iHUyv-. .* • '_ ra ';* "• Í:2 4$#* MB r/J 1» toa k^ *^l I ; r.^ Ha em algumas sècções da Allemanha um costume singular e que é bem tocante. Quando um rapaz chega á certa edade e tem aprendido algum ofíicio mechanico, e não pode achar trabalho na villa ou povoado natal; tendo de emigrar para ilgütna cidade visinha, dá essa partida oceasião a grandes fes- . tejos de parte de seus parentes e amigos,—e nessas villàs pequenas toda a gente é aparentada, e o negocio que importa a um importa a todos. . Os Allemães fazem dessa partida do joven operário uma oceasião de regozijo publico: todos sabem em procissão à accompa,nhar o novo lidàdor da vida até os limites do povoado, com musica e darisas. O joven, ignorante ainda das verdadeiras difficuIdades da vida, precisa bem desse conforto, cujas doces recordações elle guardará no coração como precioso thezouro. Naquelle quadro, porém, que o artista desenha tão cabalmente nesta pagina, nem tudo é alegria. Ha ali alguém bastante triste, que deseja, sim, qne o joven hombree os ardores da vida, mas que preferiria que todo este labutar tivesse por theatro a1 própria villa, sem a necessidade da ausência. Aquella janella um tanto encoberta emquadra o rosto interessante de uma donzella que ama o joven artesão. Não é só a sua vista,que vai perder por algum tempo, que neste momento enche-a de tristesa: isso seria apenas uma doce magna em comparação com outros sentimentos «pie agora agitam-n'a. Continuará elle com o coração livre ? Não apparecerá outra, talvez mais bonita, que lhe caj)live os affectos ? Eis o mysterio que a commove e que a deixa desolada. E assim é a vida. Ou caminhemos para onde nos envereda o dever, ou nos apartemos dessa estrada real, sempre causamos alguma dôr. UM MOÇO PARTINDO DE SUA VILLA NATAL Kftim, se—'' 242 UM MUNDO MARAVILHOSO POR CAMILLE I I.AMM AKION. Si algum dia fizerdes uma vingam para o planeta Saturno, quo 80 acha á distancia do só 1,288 milhões du kilòmetros do nós, 0 «pio alii vorois produzirá om vós sem duvida sensações mui diversos de todos os quo neste inundo tivcrdos oxperiinontado. Imaginai um globo immenso, não sé do tamanho de nosso mundo, sinão 801 mezes maior, o gyrundo sobro seu eixo com tanta velocidade que foz umo revolução inteira om cerco di' dez bonis ! No plano do seu equador, 0 á distancia do cerca do :i*J,(MH) kilòmetros do corpo tio planeta, bo 11111 iinncl iniuicnho, mas comparativamente estreito no orla, qne passo completo, mente 00 redor do planeta. Ao redor deste annel, o no mesmo plano com elle, posso um segundo, o ao redor deste, por sua vez, nm terceiro. A grossura deste systema triplico de atineis, iludida na orla, é npeniis de IH _ kilomotros, mus, medida no lado, é do cerca do 60,000 kilòmetros. Essís onueis não são lhos, mas gyrom ao redor do planeta e com velocidade maior do (pio a deste. Alem dos aiiuois qtiouecomputibuui Saturno omstii revolução uo rodor do Sol, é ello occompanliudo tombem do oito luas. Destes Satellitos aquelle qno está mais próximo do planeta achoBO d distancia do cerco do 1*20,(100 kilòmetros; o mais remoto acha-se á distando do cerco de 4,!M7,UOO kilòmetros do centro do planeta, OU cerca do onze vezos mais distante de Saturno do quo nosso lua está do nós. Oh domínios do Saturno estendem-se, portanto, sobre umo óreo de perto do 9,000,000 kilòmetros de diâmetro I Vò-so, pois, quo, om coiiiporoçâo com aquelle mundo, o nosso d insignificante. Seus annos sfto trinta vozes mais compridos do quo os nossos; porquo omquunto Saturno faz umo revolução ao redor do Sol, nossa terra faz trinta; e cada uma dos quatro estações do onno soturtiiotio dura septe onnos o seis niezos terreabres. Os dias, porém, silo lá muito mais curtos do que os nossos; porquanto, fazendo o planeta uma revolução inteira Bobre sou eixo em dez do nossos horas, segue-se quo este é o comprimento do um dia, ou aute-i do um dia e umo noite sobre esso planeta. Mas o phenomono mais singular desso mundo, o qno mais attrahe pára ello o attenção dos astrônomos, é o immenso ounel que posso em torno dollo. E', uté onde so unhe, o único corpo celestial quo tom similliaute oceessorio, e levou muito tempo antes quo fosse descoberta sua verdadeiro natureza, Ga__L_0 foi o primeiro que viu d»i coda lado ile Saturno oiguma cousa brilhante; mas nilo pondo dis tingir sua formo, o licoii muito admirado uo vol-o. Annunciou sua descoberta sob a forma de uma anagramin 1 que Keplbb nilo soube decifrar; e assim (. u.ii.ko deu-se mais tempo, como já havia feito 110 caso das descobertas qne fizera o respoito de Venus, para investigar o phenomono quo notam. Em uniu carta que escreveu 110 embaixador do grilo duquo da Toscanin, disse: "Quando observo Saturno, vejo umo estrella central, e mais outras duas, uma de cada lado, sondo a do centro muito maior do que as outras. As troz estão om nino linha quo uão coincido com a do zodíaco. A.s duos estrellas pequenos purecem servir de nrriuio 110 velho Saturno, á similhança de dous fâmulos, conservando.so sempre n seu lado como pam stipportal-o cm suo longo jornada." Em consequencio du iuclinação do eixo de Saturno em reluçflo ttò pluno da eelipticn, o do seu movimento 00 redor do Sol, Ini certos âpoohas em (pie n orlo dos mineis é dirigida parn n terra, o sondo ella, como já dissemos, muito estreita, nos é visivol só com o auxilio do 11111 telescópio bom. Ora, (punido Gai.ii.f.o fez o descoberta do quo folio no trecho supro citado dn sua corto 110 einbiiixudor do grão duquo da Toscanio, estava muito porto uma das ópooboo em que está virada para a terrn a orla dos annòis; por este motivo, o por ser de qualidade muito inedioore o telescópio de quo dispunha, o astrônomo, tornando a examinar Saturno alguns mezes depois de ver pela primeira vez os duas pequanas estreitas do que falia, já nilo viu mais siguai dellas, o concluiu por isso (pie o descoberta que liuvin nuíiiiuciudo fom um engano involuntário da sua parto. Nem tornou ello a ver esses objoctos lúcidos, o morreu sem saber que .¦lies realmente existiam e qno o annuncio que fizera de uniu Importante descoberta astronômico não se bastava sobre um .rro do observução. Dopois do G__»____, IIevei.its também negava o existência desses corpos; mas, om 1659 HoroiKS tornou o dosoobril-os, e também dou uma explicação para alguns dos diversos plienomenos que apresentam, Perto do fim do século XVIII Do Sêjo.r escreveu Ben "Ensaio sobre os Phonpmonos relativos ao Deeappareoimento poriodico dos Auneis do Saturno," ém tpie calculou theoricaniente 0 período do sua revolução. O iVoroeeu sua obro a Voltai iu: com a .seguinte elegante dedicação: " Senhor, dignai-vos acceitor a historia tio um respeitável ancião que ha de nttmliir 11 uttenção dos homons oniquanto o sabedoria fôr honrada sobre n Terra. Sua fronto é adornada de unia coroa iminortul, o ello nos illumitiu e nos apresenta um dos pbeuonieuos mais singulares do natureza, lvsso ancião é Saturno, o o nomeio tão depressa por medo do que venho o ser designado um outro cujo retraoto a vosso modéstia impedir-vos-hio de reconhecer. Possa esta analogia merecer da vosso parte que recebais com favor a minha obra.'' Depois de Júpiter, Saturno é o maior do todos os planetas; sou diâmetro é do 117..•".(.') kilòmetros, ou um pouco mais do .pio nove vezes o do Torra. Faz unia revolução no rodor do Sol em vinte o novo nnnos, conto sessenta o sois dias o vinto o trez horas, o esto 1 >, portanto, o oomprimentp de um do seus onnos. E desde que, como jô vimos, um dia inteiro em Saturno é egual a só 10 ou 10J de nossas horas, segue-se quo em um do seus annos nilo ho menos do vinte o cinco mil de seus dias .' Quando se observo Saturno com um telescópio astronômico, v. so que é marcado com fuxas quo são nlternndnmente duros o escuros, da mesmo largura qne os do Júpiter, mas meuos distinetas. A móis constante de todos ellas õ a larga, de côr ciuzentn, que cobro o zonu equatorial. Ao uorto o uo sul dessa ha outros mais estreitos, cujos formos inconstantes demonstram O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. que são do origem atmospberloo. 0 illustro Sir Wm.i.iam IIkhKtiiKi. j.i notou qun adirocçAo dessas fixas, iis-im como também suns formos, o uté sua cór, era variável; o também qno nom sempre estavam psrallelos com os .um. is, chegando sua inclinação 11 ser ás vezes de 16 graus. Muito i vezes mudaram do formo o do posiçfto do um dio para outro, o dubi concluiu esso astrônomo que Saturno tinha, com toda certeza, uma atmosphera. Essas foxas mio se ostentam oté aos pólos do pi meta. Tem sido notado tombem quo os regiões polores de Saturno mudam periodicamente de côr, o dahi tem-se tirado o conclusão do (pio, sobre aquelle planeta, hu mudança do temperatura HÍmilhante á quo tom logar sobro o Terra nus diversas estaçOes do anno ; porque, á medida que quulqucr dos dous pólos do planeta fico monos exposto ao Sol no decurso do seu anno, esse polo parece mais luminoso quando visto por um telescópio. Esso phenomono é similhante 00 (pio so tem observado com respeito a Marte. "Seja esse augmento na intensidade do sua luz devida ou não á formação temporária de gelo o neve," diz E_.MB0I.DT, "ou á uccumuloçilode nuvem, os effeitos notados são sempre Himilbontes aos quo variações de temperatura produzem sobro umo atmosphera." Uma das peculiaridades mais uotoveis do globo do Soturno é sua pouco densidade, quo é 25 por cento meuos do que o da água. Km razão deste facto uos é impossivel fazer idéa.certa da suo constituição material o estado molecular, e nem até podemos dizer com certeza qne esso planeta é nm corpo solido. Muitos julgam quo, si o corpo de Saturno o miiteria solida, esta devo ser muito love, como por exemplo, pedra pomos ou madeira. E' corto, porém, quo o poso inteiro do Saturno é 25 por cento menos do (pio seria o de um egual volume de água, e que, por conseguinte, si o planeta é composto de matéria solida e fosse laiiçodo em um mor bastante grande de água como as de nossos oceanos, elle nadaria sobro a água como si fosse um globo immenso do pinho. No Heculo XVII um ecclesiastico de Avignon, chamado Gai.__t, procurou chamar a attenção dos astrônomos poro'o posiçáo relativo de Saturno e seu onnel, dizendo qne este nJo estava coucentrico com aquelle; mos ninguém lhe dou ouvidos. Mas dous séculos mais tarde, em 1817, Schwabe verificou o facto tpie Gau-et havia descobetto, o achou que o globo de Saturuo não está coucentrico com os auneis, mos inclina-se um pouco paru o oeste. Julga-se que estas diflereuças, que porocem ser periódicos, são causados por uma oscilloção do centro da gravidade dos auneis em torno do centro do planeta. SATURNO. 1 Nós que habitamos este mundo temos o costume de julgur não habitaveis os corpos celestes em quo um homem como nós o somos não podia viver. Mas deve fazer idéa acanhada do poder do Curador quem diz quo Saturno não tem habitantes porque se acha á distancio tão immenso do Sol o porque, por esta rozão, devo sempre fazer lá um frio iutenso. Sendo essa distancia nove vezes maior do quo o que separo o Torro do Sol, o quontidade de luz e de calor que Saturno recebo do Sol é oitenta e uniu vez menor do (pio o que recebe o Terra. Parece certo, pois, que Soturno não pode sor habitado por gente como nós, isto é, tendo nosso constituição physico. Mas 00 mesmo tempo pode ser quo o l"z o o color do Sol sejam condensados de tal modo pelo atmosphera desso planeta que até homens como nós podiam viver alli ; ou tals-ez esso globo immenso emitia de si mesmo alguma luz o algum color, e assim torne possivel o vicio sobro elle lie creatnras similhautes ás que ho sobro o terra ; e podo str também que os seres raoionaes o irrncionnes que vivem em Soturno, si é que nelle os hn, tenham uma constituição physica que os faria morrer suftbcodos de calor mesmo 110 frio mais intenso do uni de nossos invernos polares, em que o thermometro desce a G0° o a 70° abaixo do zero de Fahu. Em todo o coso os condições de vida em Saturno, o oté em Júpiter e Urano não são mais diversos das quo existem neste mundo do tpio são os dos animoes terrestres entre nós o os dos peixes. "Os habitantes de S:ituruo," disse Huyokxs, "não teem mnis motivo do (pio nossos morcegos o corujas para queixar-se da pouco luz que recebem do Sol; porque lhes é mais vantajosa o mais agradável uma luz cgnul á do crepúsculo á da que ho sobro 11 terra ainda á noite, do (pio uma luz forto como a quo nos dá o Sol durante o dia." Em outro logar diz o mesmo astrônomo: "Os habitantes de Saturno gozam de vistos muito mais lindas do quo its que estão 110 alcance dos olhos dos hubiImites de .Júpiter; pois uléiii de suus cinco" (oito, como ó sabido agora) "luns, gozam dia e noite do espectaoulo dos nnneis. Dos (á sabido planetas os habitantes do Soturno vêem só Júpiter," "o esse o Noptuno) planeta ó agora que voem também Urano nó..." é tpie Venus ellas o puro para Foxtenki.lk, (pie eru sempre muito ongeulioso em determinar as condições da existência do serás orgânicos nos mundos pia"Ficariamos adnotórios, diz o seguinte o respeito de Saturno: mirados si víssemos acima do nós á noite esse grande annel, que so estenderia como um meio circulo do um extremo do horizonte nté 00 outro, e que, reflectindo o luz do SjI, produziria o efleito de uma lun contínua Seja, porém, como fôr, os habitantes do Saturno são pouco felizes, mesmo com seu annel. Esto dálhas alguma luz, mas quanto é ella fraco o asso distancia do Sol ! E o próprio Sol, quo, visto do Saturno, parece ter só a centésima parte do tamanho quo u nós nos parece ter, para elles é uma pequena estrella bronco, com pouca luz o pouco calor; o si um delles fos. o subitamente transportado puro um dos paizes mais frios quo ha na Torra, em poucos minutos estaria banha, o Outuhro, 1879. om suor o morreria do color excessivo ! Aguo não podo existir em estado liquido em Saturno, o nté o espirito do vinho, que aqui nunca gelo, olli tornar-se-hio duro como diamante." Dopois do oceusor os habitantes do Mercúrio do loucura por seu excesso do vivacidade, causado, como ello diz, por suo proximidodo 00 Sol, Fontknkm.k diz que os do Saturno silo muito phleginatieos por acliureiii-so á tão grande distancio desce luuiinorio. Mos, do certo, os habitantes desse mundo, si os tom, devem sor o muitos respeitos differentes dos da Torra. A leveza ••speeificu de todos os substancias saturninos, e o densidade do atmosphera desso planeta tenlo som duvido produzido resultados muito singulares nos organismos desses habitantes o us mainfestações do vida são nesse caso produzidas alli sob fôrmas «pie nom podemos imaginar. Passaríamos além dos limites do iuducção Bcioutifico si disséssemos que o planeta é em citado liquido, que os seres animados existem só em estado gelatinoso, e quo nada ahi A estável. Uos é'certo que, de todos os mundos do (pie é composto o systema solar, esse é o que mais perto está do simiihauto estado. Em conseqüência do grande tamanho do globo desse planeta, e do grande velocidade da sua revolução sobre sou eixo, o gravidude, isto é, o peso de qualquer objecto, diminuo do uma sexta parte, levado o objecto de um dos pólos para o equador. Sobre o Torra, um objecto, cahiudo livremente, passa pelo espoço de lti pós no primeiro segundo; sobre Saturno passo por 17A pés no mesmo tempo si fôr deixado cahir nas latitudes polores, mas só 14 -1(5 pés, si cahir nas regiões equotoriaes. Si o planeta revolvesse só duas e meia vezes mais rapidamente, os objoctos não teriam peso algum nestas regiões! E além disso, a attracçõo que exerce o annel também diminuo o peso dos objectos sobre grande parte do corpo do planeta, e entra esto o o annel interior ha uma zona em que a attracção do annel é tão forte como a do planeta, o onde, por conseguinte, nenhum objecto que ahi se achasse, teria peso algum. Si existe ahi uma atmosphera, quem sabe si os habitantes de Saturno não gozam da faculdade de voar até aos auneis ! Viverão elles nos regiões atniosphericas ? Por ventura, Saturno será uni muudo oereo cujos habitantes vivem nas nuvens como antigamente nos tempos mythologicos sobre o Olynipo morava o deus Saturno, com Júpiter, Marte, Venus, e toda a corte divina ? Será verdade que teve razão o celebre somnambulo A. _. Davies, de Poughkeepsie, quando deu a seguinte curioso descripçáo deste planeta?—"Esses sores gigantescos do forma qne é impossível descrever, me pareceram possuir um systema de locomoção análogo 00 do cavallo do mor; mas tinham tombem seis membranas do que se serviam como azas pnra trnusportar-se de um lognr pnra outro. Eram de diversas cores lindos o vnriodas, particularmente azul e côr de rosa. No purte nnterior do corpo tinham um groude numero de tubos moveis colhidos om espiras, cuja forma me lembrava o tromba dos elophantes Metteu-me um medo extraordinário quando vi um desses seres subir no ar o voar para as nnveus... .Elles vivem ua atmospbera. Suo sensibilidade e felicidade são muito superiores ás dos homens neste mundo; teem muitos sentidos; hão subjugado os forças do natureza, e, graças á densidude do atmosphera do planeta o á suo pequena gravidade especifica, teem conseguido determinar com a maior exactidão, todos os movimentos do systemo solar. O mais ignorante neophyto entro elles sobe logo calcular o exocta posição da lua terrestre sem que o tenho visto. Sua mente está sempre em actividode, e esta é paru elles fonte perenne de gozo. Alimentam-se só do líquidos, o vivem sobre as nuvens, que dirigem como si fossem carros aéreos." E' uni facto não disputado que Saturno é um mundo muito mais aéreo do que o nosso e que suo atmosphera represente olli um papel muito importante, emquonto a densidade dos objectos que lá se acham é muito baixo. A pressão otmospherica serio pois, immenso sobro aquelle planeta, si a temperatura fosso tão baixo como suo distancia do sol pareceria indicar; mos obHervnções astronômicos tornam muito provável o opinião de (pio ha mais calor sobre Saturn do que aquelle que recebe do Sol, e que o temperatura do próprio plaueta é mais elevado do que da terra. Mas qual será a natureza desses oceessorios singulares, os onueis'/ Elles, por ventura, são sólidos, líquidos ou guzosos ? São, como já dissemos, estreitos no peripheria e largos nos lados, algum tonto como um circulo cortodo de umbu folho de papelão e collocado ao redor do um globo terestre; o não tocam o corpo do planeta em poneto algum. Em certas épochas teem dirigido paru nos, como por exemplo no anuo passado, suu orln, o sendo esta muita estreita, parecem os onneis como um fio de luz muito fino, quo se extende uma curto distancia de cada lado do planeta, quando se examina este com um bom telescópio nstronomlco. Mas não parece possivel que sejom do matéria solido; porquo si foHsem, as variações continuas da attracção centrai do planeta, combinadas com a dos oito üatellitss, já hu muito teriam deslocado e quebrado em pedaços esses auneis. E' mais fácil explicar o pheuomeno sob o supposiçáo de serem líquidos, porque neste coso não seriom rígidos o poderiam ndoptar suo forma ás diversos exigências das uttrocções variáveis do plaueta o dos sotelliteH. Mos tombem assim so uos apresenta uma difiiculdade que parece insuperável; porque sendo certo que estão em movimento, terio logar umo transformação do movimento om cnlor, o movimento diminuiria pouco o pjuco e os mineis cahirioui nfinol sobre o planeta. Serão, portanto, guzosos? O ounel interior ó um tanto transparente; masésabido que não são moterio gnzoso. Qual sení, então, o sua natureza ? Esto é nm problemo o cujo respeito entrei em umo discussão ínntlnmintico em 18G5, em quo cheguei á conclusão do poder ser estável um systema de onneis como o de Soturno kó quando elles estão compostos de um numero illimitado do porticullis distinetas revolvendo em torno do planeta com velocidades que variam com suas respectivos distancias. Essas partículas podem ser arranjadas em umo serie de nnneis de mui pouca grossura, 011 cado uma dellas pode mover-so independentemente das outras. Não so notando nenhum dos phenomenos da refmcção em counexáo com o unnel interior, que, como ha pouco disse, é um tanto transparente, é certo (pio não é composto de motorio gnzoso. Os outros podem ser du me-tnio natureza do inte- Outubro, 1879. rior, mas compostos de numero filo grande dessas partículas, qno níto são do modo algum transparentes. Segundo mou caloulo uh partículas qno formam o annel transparente devem fazer uma revolução om torno do planeta om uni período incluído entro 5 horas o 50 minutou, o 7 horas o 11 mimitos, segundo n huu distancia do Saturno, tondo a parto intorior o a quo osta menos itfastt.li> dn Huporfloio do planeta um movimento mais rápido, o dimiuuindo a velocidade ao posso quo iiiigmonta n distancia. O periodo do revolução do grande annel brilhante dovo ser entro 7 horaH o 11 minutos, e 11 horas o 1) minutos, segundo as distancias das diversas partículas quo o compõem; o annel exterior dovo fazer sua revoluçilo om 12 horas o !> minutos. Si o annel esta massiço, Laplaoe calculou quo o periodo do sua revoluçilo devia ser do 10] honu, o SirWnvuAM IIkrschkm. era da opinião quo tinha notado mu movimento dessa duração. Mas «'• só a parto suporior do annel contrai quo podo fazer uma revolução nesso tomp»; para as outras partes do systema é impossível. Qualquer dos anneis podo gyrar em uma só peça só si sua massa fôr tamanha quo suas diversas partes estilo subjeitas antes á attracção dossa massa do quo á do planeta. Podo ser quo sua grossura augmento até perto do meio do annel central. Parece que esse mysterioso systema annular está approximando-se gradualmente do planeta. Tal voz jwteja descendo sobro ello com um movimento progressivo de aspira, como nm redemoinho; e podo sor que os astrônomos do unijseculo futuro vejam o espectaculo de cahirem os anneis sobre o cor*, o do Saturno. Completemos esto estudo transportando-nos em imaginação para Saturno e contemplando o quadro que abi se nos apresenta. Si partirmos de qualquer dos dous pólos o viajarmos para o norte on o sul até chegarmos ao G39 grau de latitude, não veremos absolutamente nenhuma parte dos anneis. Nas duas zonas incluídas entro os pólos o esse grau do latitude, tanto ao norte como ao kuI do equador do Saturno, so vêem em cima do horizonte os oito satellites em suas diversas phases. Si nm habitante dnquellas regiões nunca viajar para fora dellas, não conhecera tão bem seu mundo como nós o conhecemos. Além desso grau de latitude começa a apparecer o systema annular. Mas ó só durante parte do anno do Saturno qne a face dos anneis illumina á noite, pela reflexão da luz do Sol, o heuiispherio do pianista que lhes fica em baixo. Durante o dia esses arcos dão uma luz innito fraca, sem duvida um tanto siniilhante á quo dá a nossa lua quando é visivel no dia. A forma e o tamanho desses immensos arcos luminosos varia segundo a latitude do logar em Saturno donde se vêem. Paia quem partir do 63' grau do latitude o for em direcção do equador, elles subirão mais e mais acima do horizonte. Ao principio será visivel só uma porção pequena do annel exterior, e pouco a pouco,ao passo que se approximar ao equador a pessoa, a largura inteira. Em latitude de 45° são visíveis dous dos anneis e o espaço que 03 separa. Approximando-se mais ainda do equador, se tornará visivel também o terceiro. No equador, porém, se vê só o seu lado interior. Este parece de noite como uma immensa fita luminosa, extendendo-so de leste a oeste o passando pelo zenith. Esse mundo maravilhoso, de planeta central, trez anneis e oito luas está distante de nós mais de 800,000,000 de milhas. A nossa terra dahi pareceria um poneto pequeno nos melhores telescópios e ás vezes passa atravez da face do Sol como um poneto microscópio. ABERTURA DO MISSISSIPPI. Escrevíamos, ha pouco, sobre os Benefícios da Engenharia; eis aqui um que immortalisa seu auctor—o Capitão Eads—e cujas vantagens para o.s Estados Unidos e para toda a humanidade são verdadeiramente incalculáveis. Um dos mais vastos valles do mundo—o do Mississipi—certamente o habitado pela raça mais intelligente c mais activa que ha sobre este planeta, recebeu, graças á intelligencia do engenheiro Eads, novas facilidades de communicações com todas as nações. Este immenso beneficio é da natureza daquelles que se incorporam com os feitos pelo Creador, que não se assignala por monumento algum, de sorte que passa desapercebido mesmo daquelles que o estão E' por isso que o Scicntific American usufruindo. diz temer mie o próprio povo dos Estados Unidos não consagre ao engenheiro Eads toda a somma de gratidão que lhe compete pela realisação da mais importante obra de melhoramento de rio que ha Cumpre, pois, á imprensa intellisido executado. a grandeza do beneficio feito, e relevo em gente pôr recommendar á gratidão da geração presente e dos vindouros o nome desse grande bemfeitor da huiiianidade. E' esse dever que ora cumprimos com o maior estremecimento. Devemos, em primero logar, fazer lembrar que, quando o capitão Eads executou seus admiráveis trabalhos para o melhoramento da foz do Mississippi, teve que luctar com uma forte opposição dos velhos interesses contrariados ; foi necessário que elle corresse os riscos dessa grande empreza, por isso que engenheiros de grande nomeada tinham-n'a taxado de irrealisavel. E' da imperfeição da raça humana contrariar lodo Não ha beneo progresso e todo o melhoramento. ficio que não tenha sido tenazmente combatido pela rotina, pelo espirito conservador e pelos interesses Esta republica dos Estados Unidos preexistentes. é geralmente reconhecida como o paiz mais progressista do mundo, no emtanto aqui mesmo a rotina e O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. os velhos interesses são assáz fortes para ás vezes darem combate o crearem toda a sorte de obstáculos á realisação de idéas novas. Foi essa liga dos homens do sta/u quo que creou toda a sorte de difiiculdades ao árduo commettimento do capitão Eads; os trabalhos só podiam ser executados com certas restricções; os pagamentos das obras feitas só eram rcalisados á vista de attestados de uma juneta inteiramente dedicada aos velhos interesses. E* por isso tpie o Scicntific American reputa a victoria moral e financeira ganha pelo capitão Eads, ainda mais importante do que a obtida contra os obstáculos naturaes, apezar de reputar a abertura do Mississippi como um dos feitos mais árduos, mais difficeis e mais caros da engenheria hydraulica. Quando o capitão Eads encetou seus trabalhos, os navios de comniercio entravam no Mississippi pelo passe de sudoeste, conhecido pelos practicos com a denominação de soulhwesl pass; mas somente navios de pequeno calado podiam atravessal-o. Logo que o navio tinha mais de dezeseis pés de calado era necessário anchoral-o na barra, e descarregal-o em saveiros. Quasi sempre as despezas de carregar e descarregar o navio e a demora nessas operações absorviam os lucros da viagem. O Governo dos Estados Unidos, ha mais de vinte annos, mantinha um serviço de dragas a vapor na barra do Mississippi sem obter resultados sensíveis. Além da obstrucção permanente da barra, eram por vezes os navios assaltados por massas de lama, (pie os practicos denominavam mud-lumps, e que eram um grande embaraço á navegação. Na barra do Mississippi havia, além do passe de sudoeste, o do sul {south-pass), só freqüentado por barcos de pesca; e os denominados pass d Toutre e old belize que estavam, desde muito, obstruídos. Não permittiu o Governo que o capitão Eads trabalhasse no passe de sudoeste, (pie possuia o maior volume de água, e onde o effeito de seus molhes (Jettics) seria mais prompto e mais enérgico; temiam tpie elle arrumasse o canal existente e fechasse completamente o Mississippi ! Tal era a somma de prevenção que havia contra a empreza do immortal engenheiro. Foi, por isso, obrigado a trabalhar 110 south-pass, e a fazer convergir as águas do Mississippi para elle por meio de obras especiaes nos passes abandonados. Teve depois o capitão Eads de conquistar um banco, situado logo no principio do south-pass, e de fechar um canal, pelo qual se perdia muita água do Mississippi sem produzir beneficio algum na desóbstrucçãó da barra. Todos esses trabalhos devem ser considerados como preliminares e addicionaes ao principal, que consistiu na construcção de duas muralhas, na extensão de quasi trez milhas, desde a embocadura do rio até o Golfo Mexicano, além da ultima linha da barra. Essas muralhas, cumpre lembrar, tiveram de ser feitas com a necessária solidez para resistirem ás correntes do rio Mississippi e ás ondas do mar. Foram heroicamente vencidas todas essas difíiculdades pela sobrehumana intelligencia e energia do engenheiro Eads. Hoje o Mississippi está definitivamente aberto; suas correntes estão por tal modo dirigidas que é o próprio rio que se encarrega de fazer desapparecer os obstáculos, que outr'ora erguia á navegação e ao cómmercio do mundo. Os grandes navios podem livremente entrar e sahir no Mississippi; os fretes estão baixando; o comniercio está-se desenvolvendo não só no grande rio como ros seus continentes, entre os quaes se contam o Missouri e o Ohio, que vêem dos grandes centros produetores de trigo. Para apreciar, em uma só palavra, o immenso beneficio feito, deve-se dizer que o engenheiro Eads approximou todos os povos do mundo do valle do Mississippi; isto é, proporcionou-lhes gozar, a baixo preço, dos innumeros produetos do mais fértil e do mais bem cultivado valle do mundo. Seja, pois, éterna a gratidão dos Estados Unidos e de todas as nações do mundo ao immortal engenheiro ! A EGRK.IA R 0 ESTADO. Ninguém sabe melhor seguir a politica do opportuuismo do que Itoma e os seus propostos. Ha 10 annos, quando não havia probabilidade alguma de ser decretada a separação da Egreja e do Estado, dizia a imprensa ultramontana, que maior beneficio não podiam fazer a Egreja, do que decretar-se aquella separação. E' porque sabiam que por errquanto não havia probabilidade da medida. Hoje, quo se tracta da convocação de uma constituinte e tendo sido no Parlamento aventada a idéa da referida separação, já mudaram de systema, proclamando que acabar coin os privilegios da Egreja e do Estado, seria entregar o paiz á irreligiosidado. O Apóstolo na corte, como o Volksblatl daqui, esbravejam sobre a menor tentativa nesse sentido. A própria tolerância de outros cultos já lhes pesa; fallar-se 243 em rogistro civil, é offondcr-lhes o molindro; o casamento civil, ainda mesmo facultativo, é uni horror para olles. Mas, si a religião do Estudo é u única verdadeira, si é oriunda da revelação do Deus, si Deus, segundo o Syllabus, nó a ella inspira,—como é quo mostra modo o receio do taes medidas civis ? O reino do Ciiiusto não o dosto mundo *, Ciimsro ensinou quo se devia dar a Cesau (on ao Estado) o quo dello é ; Porque, pois, revoltam-so os sacerdotes da sua religião contra medidas puramente civis, quo alias concedem á Egreja ampla liberdado? Si a religião catholica t9tu a força divina quo nllega, si ó a única verdadeira, uão necessita por corlo do um monopólio para vicloriosamento arrostar a coneurrencia de outras crenças o a própria guerra da descrença. A desesperada opposição quo a cúria o os tiltramotitnnos fazem á liberdade do consciência, é um verdadeiro lestlmunium paupertutis, E' a confissão do sua fraqueza o esta importa na negação iudirocta de sua missão divina. Com effeito : Uma roligião quo tem por si n omnipotente voutade do Senhor dos mundos devo ter tudo a lucrar com plena liberdado religioso. Quo lho importa que o povo descroia, graças á liberdade de consciência ? Quando fôr necessário, o Deus omnipotente dn Bíblia poderá repetir alguns daquelles milagres que venera a Christanaade e por meio delles levar a convicção aos espiritos mais incrédulos. E' importante esto poneto da questão : A Egreja romana sustenta que ó a uuica verdadeira e dirigida por inspiração directa do Deus Omnipotente. Deus já fez milagres, segunda a tradição bíblica, e a Egreja sustenta que podo fezel-os sempre. Pois bem : si isso é assim, quo modo pôde inspirar á Egreja romana a liberdade religiosa? Áquelle Deus que perturbou as lingnas na edificação da Torro do Babel, quo purificou o mundo pelo dilúvio, que castigou Sodoma e Gomorrha, que transformou em columua de sal a mulher do Lot, quo fez retroceder o Mar Vermelho para abrir passagem aos Judeus, etc, poderá dar novo brilho á religião dos seus povos, si crescer extraordinariamente a descrença. Si a Egreja acredita no que apregoa, si tem fé no poder de Deus, si adniittosuijjiutorvonção directa nos negócios terrestres, —uão tem do que temer-se. Neste caso uão ha vicissitudes quo possam impedir a sua victoria. Mas—o caso ó outro : Toda a base do gigantesco edificio é falsa ; a Egreja domina pela impostura e seu unico recurso é apegar-se aos privilégios auo em tempo de relativo atraso lhe foram concedidos. E' este o manejo tentado no Syllabus, que em seu artigo 20 a torna a auetoridade ecclesiastica independente do placel do Estado; quo no artigo 15 condemna como heresia a independência da Egreja do Estado; que no artigo 41 da 6" parte renega do placel do Estado o do recurso á coroa; que nos artigos «15 a 48 do mesmo titulo condemna como heresia a separação da eschola da Egreja e exige que o clero tenha a superintendência até sobre as academias; quo nos arti gos 50 e 51 nrga aos Governes o di reito de apresentar os bispos ou do depôl-os, e que finalmente no artigo 5'i subordina os reis e os príncipes á jurisdicção da Egreja. E' nesso documento que o systema da cúria se apresenta em sua plenitude, sem importar-se com as estipulações civis o as exigências jurídicas do Estado moderno. Nega-se cathegoricamente o direito soberano do chefe do Es' tado em negócios ecclesiasticos o condemna-se todas as emanações desse direito. Como o Syllabus não permitte á philosophia o livre exame dos dogmas religiosos, também não concede que o Estado se intrometia em assumptos que digam respeito á religião, aos costumes o á direcção espiritual, ou se afastem em qualquer poneto da soberania da Egreja. Roma, a soberana uo reino espiritual, não admitie que subsista outro direito no mundo terrestre; pnn Roma só regula o quo Roma decretou ! E' esto o poneto de vista do Syllabus; é esto também o systema pelo qual procedem actualmente o clero e os seus prepostos na ip r ensa. Hontem, quando não havia perigo de que no Brazil triumpliasse a liberdade de consciência, dizia o clero que ella lhe convinha, que daria o mais completo triumpho á Egreja. Hoje, porém, que as circumstancias mudaram e que ha possibilidade de serem abolidos os priviligios da Egreja uo Brazil, opinam de modo mui diverso e agarram-se com unhas e dentes ao Syllabus. Este procedimento, porém, demonstra á evidencia, que a sua cansa não é boa, que mio são verdadeiras as doctrinas que apregoam, sinão nada receiariam da abolição do mouopolio. O desespero com que resiste o clero é a sua condemnação. Mas toda a resistência será inútil, porque a civilisação caminhou, a luz se fez, e embora Roma fulmine os seus anathemas, embora a realeza, que vê a salvação ua alliança com o altar, opponha-se,—a liberdade de consciência será uma realiilade no Brazil, como em todo o mundo civilisado. Não o será hoje, não o será amanhan, mas sel-o-ha no dia seguinte. Eutre nós vemos os projectos de Saldanha Marinho dormiudo nas pastas das commissões, porque assim o quer o Imperante que nem ao menos quiz concordar com a elegibilidade dos acatholicos; mas o dia de amanhan não tarda e a liberdade da con" sciencia será uma realidade no Brazil! Temos esta firme fé e por isso não desanimaremos em face dessa lueta. Vencidos hoje, nós que hasteamos o estandarte da liberdade de consciência, seremos vencedores amanhan. O futuro caminha... Elle vem ao nosso encontre1. —(Da Gazeta de Porto Alegre). O NOVO AI UNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO 244 Outubro, 1879. MODAS. Fio. 11. Esto ehapéo copor- o do palba pesada o de soUm. Os únicos ornatos sAo a ponna do avestru/. e as titãs largas, amarradas embaixo da barba. Fio. 15. A ultima do nossas figuras do modos roprosenta nm ebnpéo novo chamado a Belleza da Ilha. O forro interior da aba 6 do volludo; o os ornatos sào rosas aniarellas o dores móis pequenas o algumas folhas escuros. Ao redor da copo ha umo titã larga. Fm. 1. Nu primeira dus graviinisdo modas que lizcmos estampar nesta pagina voem st. trez figuras do meninas de OUtms tantas divursns ciados, o vestidas cada uu.n do um modo muito elesanto. Ohamamos u attenção cm particular para 11 busque tl.i ii.;ur.i centrul, por apresentar ombnlxo fln olnturs, aa dobras elegantes «pio se voem ngora em toda porte. Fio. 2. Kstu elegnute matibóe ou, como é cbnmiidii também, sac«pio du casa, .'• feitu geralmente de olgimia linda surja, onde quãlqner dos p.mnos leves tle lim do camelo quo so fazem ti^on., como lambem da soda éoru, com guarnlçuo do borda.Io e rendo. An mangas sào muito largos, e não l.n golla, servindo tle substituto 11 guorniçào, tpio passa todo ao redor tio pescoco. Exige de cerca du -IJ metros do matoriul, com fiH centímetros da largura. *W&m\ s&sfl m ' MBf L -m\w JmW sK» # \ •".»*** . TBM Jm t "Lti*JBBB' fl BBk IMPRENSA. iwfl flfâTMtAw ^linPnFiIiIvWl m m .jr jp f! M m .llVi O nosso collogo do Gazeta de Noticias principiou limitem o imprimir 11*1111111 machina Morinoni com o auxilio do stereotypio. Esto v^SW^v''i»7T^ K!^* ti? bs»**^bF^ WVllMBBsWs^BfeáJT >¦! systema <5 empregado por todas os folhas do Jr r^~.-Amm mmi^wl i QmI*T^WèMW W^-xW, £' graude circulação no Europa e uos Estados Unidos, como único meio de obter om poucos ^T*^_ ^j*t*m\ W y! ^^ ' Ifl Kp//»ff1»Vl1 IssHsW^hB horas dezenas de milhares de exemplares. í&fffflBBlfl 'B ! tM A^i\\Z^ \ j^* fIlllllB»fIlH Bureí E~ A stereotypio reproduz varias vezes a mesmo Fio. 3. ysf»*Y íUÈSSí \ B rlwB c47ssi*raLlllllIIIIII desta forma podem imprimir-se composição; A basque representada nesta gravura é num ^SSBEfi \.V ssTUsWsfl ^ssSSFysIB fl liv yillIlBlIll] Ki SesbRa Jxfl HIIMIII dous, quatro ou mais exemsimultaneamente ' d.is ultimas novidades que teem opporeoldo em B B/1IB11JB IB ^ÉsvjJP2s*vmBsB ~ . jjjl Além disto dá-se á chapo stereotypica piores. 11B B clara «lá bastante da iiiodns. A estampa Idéa WO \w*VÈmT -;:jÈm\ BsMáTJTsTIM AfZJ^ •¦ ^Êr/ A\W \m\ IvflWsV-PwYBfl \ I Brl ¦BBa formo convexo que permitto adaptai-11 ao construcção n opparenola da frente, das inanmesmo cylindro, quo no seu gyro imprime a gas <• .l.n giiorniçõcs, «• «pianto tis costas sào no papel, ao posso quo os formos typolettro similhantes iis da casnqulnhn do postilbão (pio graphicos teem de assentar no mármore que agora é tanto em moda. Pn-cisn do corco do gosto tempo no sen movimento de voi-vom sob 2" metros do material, du 08 centímetros do os cyliudros. Com a combinação destes dous lurg-ini. elementos obtem-so de uma machina quo comFro. I. porte dons jogos do chapas stereotypicos uma Nesta gravara, o nas duas «pie so seguem, 'jtSb rapidez que pode ir até 20,000 exemplares por adi nn-se representados as ultimas motins do fBgfcy '•TtJI BB/'/ITsVinTHsVffsflBasIsflT hora. -I penteado. 0 tia Fig. 6 pani senhora casada, Como no preparo das chapas algum tempo O nelle vé-so revivilicadooantigobarbi «lo renda. se perdo quo cumpre descontar no primeira O cabello óondendoum potioo na frente, amarhora, é só desta por dioute que principiom a r.ido na parte posterior da cabeça, sondo depois colher-se todas os vantagens desto engenhoso formados fof..s em cima. O barbe é introduzido systema, isto é. quando a impressão posso a do modo como se vô na gravara. Esso lnyl)e, ser do -10, 50 ou mais milhares de exemplares. t.-r ligeiro bordado devo cabello osenro, pura lia annos que estudamos esto questão; ensaiatle prata; pura culi.-llo de côr clara convém tpie mos mesmo o systema da stereotypio, embora seja du renda de Clmntilly. em formato menor do quo o da nossa folho, ~zjt^?g^^ O^jf^ggr^t 'r-' ~-J~^Sl *^^^^?*?i-^4"'^ *???'r~ Fm. 6. qno offerece grande difficuldade á fundição Esto penteado négllgê convém muito a mohomogênea de uma chapa, quando dávamos «¦inli.is. e niio precisará «le explicação. Fie. t. um boletim do noticias da Europa, com que o ex-ministro da fazendo entendeu que lesavaI». Fm. mos o fisco em sois polacos. Penteado muito lindo, especialmente quando nosso folha, poreceu-nos comtudo que os cirtoco á Pelo é de cabello próprio. Convém a senhoras alla-i com pescoço que de õ metros do fazendo com 68 cintimotrns do largura, de 1| do curnstanciaB paiz ainda não exigiam imperiosamente o reforcomprido. metro de franja o do 1J metro do material para outros guarnide todo o nosso material, quando temos machinas que nos mo Fio. 7. ções. ^ dão 4, 8 ou mesmo 12 paginas á razão de 6,000 exemplares por Fu;. 8. Vestuário muito lindo pura moço, servindo para ollo qualquer hora. das iiiuit is fazendas quo estão agora tle moda. Na frente é Esta bosque é iutoiramento novo o muito elegante. E' feita, O nosso collegn, porém, carecendo de angmentar os seus dobrado, o tpie o adapta bem paro trazer foro de casa. A grocomo so vô, do dous niateriiio-i diversos. A gii.ir.iif;ào do bormeios do rápida impressão, andou por certo avisado mandando vura mostra bem qual a sua forma o quaes as gtuirníções do iludo e cordão é simples mas muito lindo, o o efTáito de tudo o 'A\ vir desde j.i uma machina que a todo o tempo lho sorviró, em laços, franjas, botões, punhos, eto., com «pie é enfeitado. Livo a 1 metros do material de CS centimui vistoso. Precisa de metros, e de 1 metro do sedo. w ;-"í.'.'í'iBsi^ '~'J ^^^^n ¦ Fio. 9. Esta saio é tombem novíssimo. Consta de -t panuos direitos reunidos emeimo a um jugo, que tem só unia costura. Servo esta saio muito bom para trazer-so sobre ello umo curto poloneza ou uma basque, para vestuario do rua. Para material, de que sào necessários -I metros, com 68 centímetros do larguro, serve bem volludo, brocado, ou qualquer outro fazenda posado. A quo é representado na gravura é do velludo figurado. ^Í^í^bKbbbbm- iâê ê& ttt IV ã\ é J^^^m^WmmmMm\^0^:^mcm ~i£Ê -< ^''¦^^mm^t^mmmmmt^^í^^lk \ w&m '^¦^^^^WSsWmmW-^^m^é^ % It • Rrw^* j ;i,:ij .' fBf X'*",>;-,V . -.' ^»I W^^^BM^S^BM, ,*¦ ^^^^BjBBB^^S^BJ S ví- WAvJBÀ fâ^*^ !.'•. A "Pomcsüc Scsving Mncliine Co." f ' {' 1/(//.'hi^sBBU//' Lv P^ /' /•' Fro. 10. A frento dosto vestido paro menina . dobrada, <j por isso é bem adaptado para sahir-se ií passear com elle. Do feitio e dos ornatos dá idéa adequado Precisa de cerco do .'í a gravura. metros de material, com 68 centimotros do largura. Fio. 11. Esto fato para menino de 3 o fi onnos do üdado consti do jaqueta o cal«;a, sendo cada uma destas peças independente da outra. O feitio da «Milça é o mais simples possivel, e do da jaqueta a estampa dá idéa clara. Para o fato inteiro são necessários 2 parn 2\ metros tio material, com 68 centímetros de largura. Fio. 12. Eis uma sacqninha muito linda para menina, sendo du muito effeito o guarnição do rendo é entremeio, do botões e p.iulios que so voem. Leva, para fazer, 2| metros de material, ü do ronda e 2 dè entremeio. Fm. 13. Esto chapéu, chamado de Saratoga, tem a abo muito larga o virado poro cima. do modo tpie quasi toca na copa. Os ornatos são um grande pennacbo. e além disso uma fita larga ao redor da copa. JmmvAfBmmwtMt^ Muil /¦ BBBBfc^^ m ^ . W niTnlfr ir BnBi lV it J *> \ fl^^LWfi^ lmm\m''WJ^A iF^tBKsWJiâw'' ifl Bk*'Ib %'h¦"• \ IkSlHH^IssT jsssssrfM sMk-BL"< c -' mmt*vM ^Bte-jfaàasáâ^ BsSSSlSB. /Vl'n<::^^BI **V^^3i flsssl BB sstfflaV Jil 1 MMÊL \WWmk/Wk -WÍW^mmWM^MmmW ¦ ' I wL w *£m \WÊkw% Wm^^^fj^Pi^^M^ÊmWmmW A" íp- ¦ .^^mmW&-t/^é^1fmm ¦* -~~*i*smziy/KfÊI8È!l BBBBBsí*- //¦> !,|iif!l|[|||íllllii|l|f|l||ipi'' mm-1 ' ^ v ^W^Fio. 3. e New York fornece moldes de todo? o.s vestuários do Novo Mundo, a preço commodo. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. OrruBRo, 1879. 245 tmWW ________', V amam l__________K *-^ü_!D ___¦/ ' jfl ______•- ___fl B . _l___| i_k_i _ft_M___ul ^"«' ^^___l _H -^ íja>»" ______________________________________ I HE_b /San ______? * ^^ ^_B ___¦ __r _________________ W£fà Waaa^mÍ Fig. 5. Fig. 6. ^^^^*^'*«l**-*MÍ!B*H_l|JHIH!Sj(HIMB{V FlG. 4. _^_E__)l__r_-______ _______B^_^j^_________aB)___. _______vtS_M ___________ ________________* : ¦ ___H HI _f_f_fU l_R___M______i _________>____*___ __¦ '*] ________________ H__>v____l ^_____l ________ __J_fl __________ ___F¦ _____¦ ___________________________________________H¦ __________ _H ___________________'^'fll ________r____!¦____! ___________! ______> ^_b________!_____¦ _____ilc_A\i_K\v______»_l ____. ^H <__¦___ _______! _______! __H ________ _H ___¦______. _________ ____t^_K_l _n fll-Ul\\__l__r ¦_ _____ _¦_¦ __________________ _T/ _¦> (9_ _E_F_fl r __r^f^V_P1 _PW____HFilí^ Bà* v&^__i Hu.ü__H«l 'vJr__H k_*__f___fl ________ __1 _______________________¦ _______Hjrit __T _^P___I _l ___^_EB _l B BL_v_-/-D _____¦ _Hlf_L__i _Ejk_, w_U_______i _____¦ 11.HIuÉI l ¥?, _H_f __Blfl__H/-7 ^________B lr-_Hll__w''W __¦____. ____________________________________________A^ ___L^_I__-^_________Í Fig. 8. fl líB ¦ _______________ Mm ___9l^*__PQ_Jf<^__1 ______} t____fl __fl| __________ __¦__[ ^flk Fio. 7. Fig. 9. ^^ÉK^BP^V,. mm:Ax i\ 1111!$ Fig. ii. Fig. FlG 12. IO. ^___ÉlÍl^i_^™i __¦ _______! ISjir r__**^ -_ ¦'¦ -*_1*_| II ^^Ih__^^^^A J^í| il__â_fir___l'l! 1Hg ^*WB Píllil Uni • pS BP? BB _K\'N^fc^^w_vivfBI_ >________f______B__________\^_' llk^^vô.íA BV ________BBv____B^á-y 1 1 _^v3___-»--^^^^^l_______r Bilipiy l-M r ' ^T^__B__ÍB.__B-r'%'J(T '^^1 iapBsfc*'' ^v *#_/ ___. _¦ ._____>_> 1 _P '^W _____ni-__l___-V -\_rl_n_S_S_B_I ' ' j| ______ ____^ferv éjl^JIHK^ H I _____! Fig. 13. Zfil .___ fj_K&fH£ . _-= •%mmW%<%Z%&Z?&^^Mb\± FlG- M- FlG- .5- A " Domestic Sewing Machine Co." de New York fornece moldes de •_ jdos os restuarios do Novo Mundo, a preço commodo. 246 -« » ¥ vez <!<• disperdioar cabedal com qualquer outra qne em breve, assim ili-vi-iiios e*q>onU-o, uno po,l«>rin mais satisfazer ós suas necessidades. E' pola muito para louvor-so-lhe »->,ta providenola, que denota fé no futuro, e ao mesmo t<-iiij,o a coragem «le urrost.,r as difllculiladcH do «1» «conhecido. Cabe-lhe a gloria de haver lançado oh fundamentos parada formação de utn pessoal ajito ao serviço da storeotypU qne dentro em pouco so tornará uma no* ccMiid.ido jmra a nossa iinjirenso «liaria. Por oceasião de fazer servir i>ela primeira vez a sua maehina orgauison o collega nma festa fraternal i-m «|«io reuniu membros «Ia iin|)reiiHa da corto e de algumas Províncias. Pela nossa jmrto ogrodeceudo-lho o convito «jue tombem nos dirigin e a obHt-*|uioHÍdade com «jue nos nbriu todas as «uas ollU-inos, folieitamol-o [K>la inicioção d'uni Importante melhorameilto.-r-(Do Jornal do Commercio.) A EDÜCAÇÍO DA .MULHKH. NA IXGLATEttlíA, Já liii mais do trinta annos que tenho estado occujiodo «le diversos modos na obra «Ia educação de moços, o jior isso estou no caso de poder dar um esboço histórico «Ias emjirezas de instrucção com as quaes tenho estado mais intimamente ligado. Essas omprteas são: o "Collegio Quten;" os "Exames Locaes da Universidade;'' O "Collegio Girlon;" a '"União Nacional jmra Melhorar a Educação «Ia Mulher," com seus diversos projectos, sondo um delles o muito importante da "Companhia de EschoIas Diurnas >.- Publicas para Meninas;" o, finalmente, a "Eschola de Medicina para Senhoras." Si, jiois, «ler uma historia rc-sumida (lentas etnjireziis, darei também uma historia mais ou menos completa do progresso que a causa da educação da mulher tem feito uesto paiz i Inglaterrai durante os últimos trinta anuos. Foi no anno do 1MU ou 1817 que a atteuyão de algumas pessoas de influencia foi dirigida jmra o esUulo laslimoso t-in «pie so achava a instrução secundaria das meninas, e que se fez o primeiro esforço para remediar esse mal estabelecendo o Collegio Queen, na rua Horley, em Londres. Este foi o (mineiro estabelecimento publico aberto jmra n instrucção superior «le moças, o foi principalmente devido aos esforços do Hev. F. D. Mauiuce, «pio era então professor no Collegio King, quo se estabeleeen. Teve compaixão «Ias irmaus «le seus discípulos, e, conjuuctainento com o Itov. 11. C. TiiEScu.^ctuolineute arcebispo, na egreja anglicana, de Dnblim, e com alguns outros oollaboradores, elaborou o plano do Collegio Qwen, para meninos. Nas jialavras do Dr. TiiENrit.quo suecedeu a Mr. Mauiuce como "O Collegio principal om 185-1: Queen devo sempre nutrir os sentimentos mais gratos fiara com Mr. Mauiuce, seu pai e fun•lodnr, Porque, embora houvesse sido regada e cuidada jior mitos esta bella arvoro (jue agora vemos, a semente viva em ue estava contida e da qual so desenvolveram todas as suas ¦artes, foi só jior ello plantada, o foi também só elle (piem a ms tentou e criou nos primeiros e mais críticos annos da sua existência." A primeira Idéa dos fundadores desse collegio foi receber nelle como alumnas só moços destinadas para servirem do aias; mas esse plano limitado, polas próprias necessidades «lo caso, teve em breve do ceder a outro qué concedeu plena liberdade a to.Ias «le virem aproveitar-se da instrucção iluda nesse estabelecllnouto. Noqnelles «lias o emprego de professora não ora considerado ;ielo mundo em geral couto emprego agradável on até, em sentido social, honrado; o no relatório do Collegio Queen, jmra 18ID, acha-se o seguinte paragrapho etn explicação do plano mais extenso ndoptodo;—"Sempre foi e é muito provável que continuo sempre a ser verdade, quo fizeram-so o se farão aias -.ó aqüellas senhoras «pie a isso são obrigadas por desgraças de fatnilio. E' imjKissivel fazer provisão jiara a educação das aias futuras, si os necessários meios de instrucção não forem postos ao alcance do todas as «pio podem vir a ser aiiis.1' Para nm tal estabelecimento foi impossível obter fundos do Estado, o jior conseguinte o seu bom ou mau êxito dependia do «levotaçào desinteressada e da energia de seus fundadores. Xão lhes faltaram, porém, bons collohorodores. 0 collegio foi aberto modestamente em tuna cosa particular a 1" de Maio de 1818, e em 185 I obteve-se unia carta regia, «pie era tuupielle tempo o único modo jior que se podia formar uma corporação, a não ser (|iu; fosso por tun acto do Parlamento. Essa carta foi a primeira saneção jittblica dada nos teui|)Os modernos ao principio de «pio "a educação das senhoras inglezas não ó menos importonte e não menos digna de honra do que a educação dos homeus." Quando essa carta foi concedida ao Collegio Queen, este tini,a mais do duzentos oluinnos; mas jierto «le «luas terças parte.s desse namoro estavam ainda na secção dos estudos preparatorios. que foi onnexoilo ao collegio propriamente dicto pouco depois de principiar a funeeionor. A edade mínima com quo os meninos jiodiam entrar no collegio foi fixada etn doze annos; e osolunitias que, a essa edade, não estavam pronipt.is pnra eutrarem nos classes do collegio, forom recebidos no eloase de preparatórios, onde moças davam instrucção o os jirofessores lizer.tni os exames, o «pie se desenvolveu «lejiois em umo eschola que tem agora cerco de 120 aluintios. Além das classes sistemáticas do collegio, foram abertas lambem, só paro aias, classes nocturnos, para instrucção em arithuieticn, inatheinotico, googrnphio, latim, historia, theologia e philosophia mental e moral. A freqüência nestas classes oro muita grande, e a instrucção dada foi apreciada muito; em algumas das clas-.es nocturnos havia até septenta alumnas. Nas palavras «le Miss Hess, o bem conhecida organisadoro e mestra "Essas classes principal da Eschola collegial áiNoHh London :.— abriram ós principiantes como que uma novo vida.. As prelecçik-.s forom feitas pelo R<-v. V. 1). MaUKICE e jielos outros professores do collegio. As estudantes, das quaes eu era uma, trobalta iniin muito e tornaram realmente muito interesse uos seus estudos.'O eorjio governativo do collegio Queen constava de 1. d Visitodnr, o Bispo de Londres. 2. 0 Conselho, «pie tinha sobre si o manejo inteiro dos fi- nauças, O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO 3. A Commissão de Educação, constaudo «los professores do Colleglo.que tinham sob sua direcção tudo quanto dizia respeito âirectamente ó instrucção. Os nn inbros desio commissão eram eleitos j)aro toda a vida. Sen presidente tinhn o titulo de Principal, e os Prinolpoes suecessivos teem sido Mr. Macuice, o Dr. Thexcii, Dean .tani.ey, o Dr. Plcjiptobí è Mr. Li.eweu.vn Davies, que é o Principal presente. Pouco (lejiois de tibrir-se- o Collegio foi principiada uma bibliotheca, que contém agora cerca do 2,20(1 volumes. No anuo passado matricularam-se 128 alnmnos. Desde o anno de 1863 até o de 1858 foram fundados doze scliolarships (fundos porá render prêmios ountioes concedidos ós alumnas sob certas con(lições); o primeiro foi fnmlodo pela Rainha, e quatro pelos jirofessores. O numero de alumnos tem ouginentado de anno em anno e agora t- tle -100. Em 1871 foram admittidos senhoras como membros do "Commissão de Educação''; antes disso tinha havido só algumas senhoras visitadoras, cuja influencia, porém, sobre os inethodos o curso do instrucção, era necessariamente muito limitado. Em 187õ resolveu-se (jue o senhora residente do Collegio tomasse jiarto uka deliberaçOes do "Conselho." Desde que o Kev. Li.ewem.yn Davies foi re-eleito Principal o Conselho tomou jmrte mais octivo no goveruo do Collegio, o quatro de seus membros do sexo masculino forom substituídos jior outros tontas senhoras. Estas conhecem ao fundo tudo quauto diz respeito ao Collegio, estão muito interessadas ua educação de pessoas de seu sexo, e dedicam-se com muita energia ao cumprimento dos deveres,que sobro si tomaram. Outra mudança feito nesse mesmo tetiijio foi o de elevar a 14 aunos o edado minima das alumnas admittidos jmra o Collegio; mesmo assim, porém, muitas das meninas que desejam valer-se das voutugens «pie oflerece e.sse estabelecimento não estão promptas jioro entrar nas classes do collegio, e por isso são recebidas j,ara a eschola prejiarotorio. Nunca foi estobelecido um curso fixo de estudos jiara o Collegio (Jueen. Os ramos ensinados são muito numerosos, c- entre elles as alunmas das classes superiores, on os pois ou tutores dellas, podem escolher os que desejam estudar, sendo limitado, jiorém, o vinte e uma por semana o numero de horas em que uma alumua jiode receber instrucção. Ho alguns estudos, aquelles, jior exemplo, exigidos dos que querem subjeitar-se aos exames públicos locaes, que são obrigotorios em olgumas das classes dos collegio. A ultima mudança feito u«i Hystenia de instrucção do collegio Queen foi devido oo obrirem-se tis seuhoros os exames do Universidode de Londres, e tí determinação da jmrte dos que dirigem essa Universidade o conceder seus graus e pergaminhos a todos os (pio fossem ojiprovodos nos exames, fossem elles mo(,os ou moças. Daipii por deoute o poneto objectivo que se terá em visto no curso de instrucção de quatro annos do Collegio (Jueen será preparar os alumnas pnra fazer exame de matriculação no Universidade. E como continuação desse curso, o jiara que as alumnas se possam preparar melhor para os estudos adiantados necessários para conseguir um grau, foi estabelecido no Collegio um curso secundário de dous annos, cujas prelecçOeB teem referencio especial aos exames do seguinte anuo. Mas essas jtrelecções não serão limitadas só aos assumptos sobre «jue versarem esses exames, nem serão dellas excluídas *as alumnas quo não aspiram ;« utn grau na Universidade. A ellas pode assistir qualquer moça com mais de dezoito aunos de edade, comtanto «pie tenho os habilitações necessárias; jiois o fim principal «pie se teve em visto estabeleceu clo-as foi prolongar o tempo dado á educação das moças. Todos os reformadores na causa da educação do mulher sentiram a'necessidade imperativa de resgatar eeses anuos jireciosos, de um lado de trabalho immaduro, e do outro.da frivolidade. Pois a experiência demotitra «pie os moças perdem muito si não continuarem seus estudos dejiois do chegar â edade de dezesepte para dezoito aunos, e que é depois desta édade «pi'- ellas, tão bem como os moços, podem tirar mais proveito da instruc«;ão recebida, Tenho foliado tão extensamente sobre o Collegio Queen jior«pie tornou-se muito influente ua causo da educação da mulher na Inglaterra, e porque nelle foram alumnas algumas das senhoras que se teem tornado afoniodos como professoras e orgauisa«loros «le grandes estabelecimentos de educação jioro moças. Mas, apezar díSSO, faltava ainda alguma cousa para attrnhir a attenção do paiz em geral jinro o educação «pie as meninas recebiain em muitas i-scliolas particulares, e que merecia verdaâeir a mente o nome de perversão de educação. Era preciso que, si era má a educação «pie muitas meninas assim recebiam, o facto se tornasse conhecido publicamente, porque só assim podia haver esperanças «le vi-l-o remediada. Em conseqüência disso formou-30 uma commissão, em 23 de Octubro «le 1862, com o fim de alcançar que meninas fossem admittidos jmro os exames locaes das Universidades. Agitada a questão, teve logar em Londres, em Dezembro de 18l!3. um exame experimental da Universidade de Oatnbridgé eiri «pie foram observadas restrictamonte todas os regras estabelecidas para o exame de meninos, e em quo tomiirom parle oitenta o trez meninas. Tendo sido oununoiadO esse exame com antecedência de só seis semanas, tempo muito limitado para so prepararem para elle, não é de estronhor que ,!Ó trinta e trez das meninas subissem approvodas. Essa experiência demonstrou, porém, que não havia difficul«lades praoticas o vencer, o por isso a commissão teve animação bastante para persoverar etn seus esforços, e no anno seguinte umo memória, assiguada porj[cerca de mil senhoras o .senhores otlicialmeiite empregados na obra da educação, ou de outra maneira ligados com essa obra, e que foi apoiado tombem por outros pessoas influentes, foi apresentado ao vicechonceller o oo Senado «Ia Universidade; do Combridgo. A resposta dada foi favorável, o em 1865 declarou-se que para os exames locaes da Universidade do Cambridge fossem odtnittidos meninos, e foram estabelecidos seis centros locaes onde deviam ter logar esses exames. O exame que teve logar em Dezembro de 1878 foi o décimo quinto em quo moças tomaram parte; o nesses quinze annos subiu o numero de centros locaes de 6 o 70, e o das candidatas de 120 a _',370. Outubro, 1879. O exemplo assim «lodo pela Universidade de Combridgo em odmittir meninas jmra os exames foi seguido pela de Oxford, depois de algum tempo. O resultado é quo nos do anno «lo 1S7S 30 jior cento do todos os quo se apresentaram para exame eram meninas. Quanto á proficiência relativa dos meninos e meninas, como se torna manifesta nesses exumes, elles mostram que, em geral, os meninos que nelles se apresentam estão mais adiantados no mathoinotica o no latim, e as meninos o estão mais nas línguas modoruas. Mas esto ditTorença ó devida principabnente ao facto de se prestar muita mais attenção oo estudo dos linguas modernos no educação dos meninos nos escholas jireliininore-s, e ti mathcmaticae ti linguo latina na dos meninos. O maior beneficio que produziram esses exames foi o de dirigir jiara um poneto deftnito as ideai sobre o instrucção que se devia dar nas escholas jiaio o sexo feminino, e de suscitar, tanto uas professoras como no#ulumnas,um espirito de emulação quo antes não existiu. As mestras e os mostres nessas escholas são agora julgados pelos resultados do exaine publico de suas aluiunas, o jior conseguinte são obrigados a adoptar os]mais jierfeitos modos de ensino que são couhecidos. A essa reforma, de abrirem-se ás moniuas os exames locaes das Universidades, seguiu-se outra, a de por ao alcance dos moços umo educação egual ii que os moços recebiam nas Uuiversidades. Levou, porém, dez aunos de trabalho paro se alcançar esto fim, t- quando a questão foi primeiramente agitada, encoutrou muita opposiçao o teve de vencer sérias dificuldades, sendo até mettida ao ridículo por muitos. O resultado, jiorém, dos esforços feitos pelos amigos da, idéa, e principalmente dos do Miss Emii.y Davies, foi o estabelecer-se o Collegio Girlon. Foi aberto ha onze anuos com só cinco alumnas, mas actualmente tem mais de cincoenta, e a todos os respeitos tem suecedido melhor do que os seus amigos haviam esperado. Ao principio o Collegio funeciouou om uma pequena coso alugada, e trez auuos depois foi mudado poro Girtou, ii distancio de um jmsseio do Cambridge. O edificio em que funeciona foi ao jiriucipio pequeno, mas já duos vezes tem sido augmentado. Girlon é a todos os respeitos uni collegio do modelo antigo. As olnmnos teem seus quartos particulares, aulas para as prelecções, e refeitório. O collegio não tem ainda grande bibliotheca, mas o enthnsiasmo manifestado pelas alumnas em seus estudos é tamanho, que ó merecedor de mais vontagens do que os que por oro gozom. A existencio deste collegio para senhoras uão tem sido ainda reconhecida otficiolmente pelo Universidade; mas o seu curso do instrucção é o mesmo que o desta, e os ponetos sobre que as alumnas são annualmènte exeminadas são os mesmos que os dos exames da Universidade, quer dos exames ordinorios, quer dos fiuoes, poro graus com ou sem honras. O methodo adoptado pelo Collegio Girton, de seguir o risco o curso dos estudos do Universidade de Cambridge tem sido criticado muito; pois alguns pensam que esse curso não é digno de imitação nestes dias de progresso, o outros condemuam toda emulação do sexo femiuiuo com o m\sculino. Mas a .corporoção do Collegio não cedeu, e os motivos por que fizeram e deixaram o curso do Collegio idêntico com o da Universidade são mais iutelligiveis agora, desde que podemos fazer comparação entre esse systema e o systema diverso seguido na eschola de meninas chamada Newnham Holl, em Cambridge. Este estabelecimento para educação de senhoras foi aberto depois do Collegio Girlon, e o curso dos estudos é muito menos rigido do que o deste ultimo estabelecimento. O fim principal que seus fundadores tiveram em vista estobeleeendo-o foi preparar senhoras para a vocação de mestras, ou jmra entrarem no estudo de medicino. Não havia curso fixo, e cada alumua podia escolher os ramos que desejava estudar. Mas mesmo assim aigumas dellas fizeram exames que, si houvessem sido moços, terlhes-hiám dado direito a honras na Universidade de Cambridge. Newnham Holl encheu, pois, uma lacuna que existia, e havia logar para o systema de educação que nelle foi adoptado. Mas o systema seguido no Collegio Girlon fora adoptado e conservado não só porque era julgado bom e practico, mas tombem porque se queria provar um facto e vindicar um grande principio,—os de terem as senhoras um direito a uma educação egual ti melhor que estava oo olcauce dos moços; e de possuírem as capacidades necessárias para attingir oo mesmo desenvolvimento intellectual a que os moços podiam attingir nos Universidades. E estes fins jiodiam ser alcançados unicamente pelo adòpçãò do mesmo curso de estudos que seguiam os moços que estudavam nas Universidades. Esse curso foi, pois, adoptado para o Collegio Oiflon e não foi modificado ó vontade dos que o criticaram, o o resultado do experiência justificou plenamente os que o defeuderam. Ficou provado «pie as senhoras são copazes dos mesmos trabalhos inteilectuaes que os dos homens da mesma edade, e que por isso teem direito ás mesmos vantagens para desenvolver os seus poderes inteilectuaes, e a uma educação tão boa como a «pie está oo alcance do sexo masculino. Não so podo dizer quanto contribuiu a influencia do Collegio Girton para o bom suecesso do movimento jiublico que resultou no estabelecimento de duas aulas jmra senhoras na Universidade couservativo de Oxford, íem conceder ,'is senhoras o direito de tomarem graus na Universidade de Londres; mas é certo que os resultados mauifestos conseguidos em Girton, o os cxcelleutes exames que fizeram durante annos suecessivos o nos estudos os mais difflceis as alumnas deste estabelecimento, contribuíram muito para produzir essa mudança na opinião publica que tornou possivel o aoção clã Universidade do Londres, o quo torno om simples «piestõp de tempo quaesquer outras medidas necessárias para jiór ao alcance das senhoras muitos empregos exercidos até agora só por homens. Mas, eniquanto o Collegio Girton estava trabalhando assim a bem do educação superior do sexo femiuiuo, e em toda parte estavam estabeleceudo-se prelecções o classes para senhoras, a educação stqierior destas estava ainda, com algumas excepções brilhantes, em estado lostimoso. 0 assumpto estava senão tractodo de uma maneira fragmentaria, e merece muito louvor o União Nacional jmra melhorar a Educação dada ás senhoras, «pie tomou sobre si a exploração do terreno inteiro e, até onde lhe fosse possivel, supprir o «pie faltava para melhorar tup.iillo «pie já se havia feito nesse intuito. Esse projecto comprehensivo, OUTUURO, 1S79. imaginado por Mrs. W. GaF.Y. o a quo ao principio a Sociedade das Artes deu seu apoio, foi subjoito á apreciação do publico em uma reunião da Associação das Sciencias Sooiaos, que teve logar om Leeds uo anuo do 1871. Nessa oceasião foi nomeada uma commissão para desenvolver o projecto, e pouco depois a Princesa Locise consentiu um accoitar o cargo «lo Presidente da sociedado. Os fins acrues que a União tovo em vista eram:— procurar, por moio de reuniões publicas e de publicações, fazer com (pie o publico so interessasse na educação superior do sexo feminino, n-colher inforniRções sobre o assumpto, o fazer-se o meio de intercoininuiiicação entre os amigos da causa nu Iuglatemi e em outros paizes. Os fins especiaes eram:—estabelecer boas o baratas eseholas- pam meninas do todas as classes que ja tinham passado pelas eseholas elementares; advogar a preparação. por meio de estudos especiaes, de mestras; a registração destas, e promover a educação stiperio*r das moças depois de subirem dus eseholas ordinárias. Occupar-me-hei com só uni dos fins agora mencionados, por ser áquelle em euju realisação tive- parto—o estabelecimento de escholus para ensino secundário das nioninus. A reforma a mais necessária foi o estabelecimento de escholus melhores do «pie us que então existiam. Tunto no Collegio dllion como em todos os outros estabelecimentos jrnra a educação superior das moças liictava-so com muitas difiiculdades devidas ao facto de não terem as moças quo desejavam entrar como alumnas os conhecimentos necessários para entrarem logo nas classes do collegio propriamente dicto. O bem conhecido relatório dos Commissionarios do Inquérito nas Eseholas fez patente os males que era preciso combater—a falta de exactidão, de um fim definito e de systema ua instrucçáo que, em geral, se dava nus escholas de meninas. A commissão da União determinou, pois, logo 110 principio da suu existeneiu, u estabelecer escholus sob um systema que fosse a todos os respeitos um contraste com o systema antigo. Essas escholus deviam ser escholus públicas em q ue se pudessem reunir muitas discípulas, puni que se podes se dar boa iustrucção eom pouca despeza, relativamente, eem «pie nfio se fizesse absolutamente nenhuma distiucção por causa de classe ou de religião. Muitos predisseram que esta ultima condição seria u ruina do projecto, e que não se podiu nem se devia reunir 200 a 300 meninas em uma eschola. Mus o restiltudo demonstrou (pie o projecto era subio e (pie similhantes escholas suppriam exactamente uniu falta que se sentiu Os ('undos uecc-ssurios esperava-se levantar por meio de acções, de 5 libras esterlinas, de uniu companhia limitada. Este projecto foi apresentado uo publico em 1872, em uma grande reunião que teve lognr em Albcrt IIull, e foi então formalmente estabelecida a Companhia de Escholus Publicas IJiurnus para Meninas. Em pouco tempo haviam sido tomadas ucções em numero sufliciente puru dur se principio ás operações, e a primeira escbolu da companhia foi aberta em Chelseá, em Jnneiro de 1873, com vinte e cinco meninos, Algum tempo depois, uo mesmo anuo, foi aberta em Nottiug Hill u segunda eschola. Daqui por deanto a companhia decidiu que abriria escholus só ondo fossem pedidas; exigiu que fosse tomado um certo numero de suas acções em qualquer cidade, villa, povoação ou districto onde se desejava ter uma eschola da União; e assim podia certificar-se da sinceridade do desejo e uo mesmo tempo obter parte dos fundos necessários puru pagar us despezas prèliininares. Este plano foi muito bem suceedido. Era difiicil conseguir douativas, grandes ou pequenas, puru u educação dus meninas; mus não o era fazer com que os puis tomassem ucções pura assim conseguir que fossem estabelecidas boas escholus pura suas filhas. Foi em Croydon que, em 1871, se estabeleceu assim a primeira eschola, com vinte e cinco discípulas, numero rjue em poucos annos subiu a 171, e teria sido muior uiudu si o edificio em que a eschola fuuccionou tivesse sido maior. Em 1875 foram estubelecidus cinco, umu em cada um dos seguintes logares: Clapliam, Haclcney, Bath, Oxford e Nottingham. Em 3870 foram estabelecidas mais trez em outros tantos logares, e em 1878 mais cinco. Vê-se, pois, que, sob este systema do exigir que se tome certo numero de acções, foram estabelecidas uté o fim do anuo passado, nada menos de quinze boas eseholas, além das duas estabelecidas origiuuriamente pela companhia, e o numero das discípulas subiu a mais de 2,800. Os accionistas locaes não só coutribuirnni com dinheiro; em muitos casos formaramse em commissões locaes e continuam a sustentar as escholus, apozar de pertencer a sua direcção exclusivamente á commissão central. Quanto aos resultados que dizem respeito á educação o que se devem acessas escholus, teem sido muito sátisfactoriòs. São inspeccionadus periodicumente, a commissão dus Universidades luz exume de suus alumnas, e boa parte destas já foi upprovuda nos exumes dus Universidades de Cumbridge e Oxford. Nem são menos satisfuetorios o.s resultados linnuceiros. No anuo passado foi pago um dividendo de 5 p. c. sobre as acções e elle podiu ter sido muior si a companhia não preferisse não dirigir-se segundo os ordinários princípios commerciaes e despeuder.outes a maior parte de suus receitas em promover primeiro que tudo os lius que teve em vista quaudo se estabeleceu. Assim se tem dado um grande passo paru deante ua obra de melhorar a educação secundaria dus meninas; e uo mesmo tempo a procura de mestras para essas eseholas tem estimulado u muitas moças puru se aperfeiçoarem em sua educação, e não contribuiu pouco paru o estabelecimento de escholus norniaes para ensino especial de mestres e mestras, e pura obrigar as Universidades a prestar attenção a este assumpto da educação superior dn mulher, ató que a de Cambridge já concede certiíicado ús senhoras que snhem approvadas nos exumes, e a de Londres está preparando-se para seguir o exemplo assim dado. E' preciso estar lembrado também que, a respeito deste assumpto, a influencia da União não é de modo algum limitada ú saa obra directa. As suas idéas teem sido udoptudns e seu modo de estabelecer eseholas imitado com bom successo em outros logares, como, por exemplo, em Plymouth, em Exeter e em Clifton, e é de esperar que em breve haverá eschola diurna e publica paru instrucção secunduria de meninas em todas as eidades da Iugluterra. Ao mesmo tempo que se estava reformando assim os meios de O NOVO MUNDO—PERÒIDÍCO BRAZILEIRO. iustrucção superior postos ao alcanço das meninas, agitava-Kc também a questão muito mais séria do permittir ás senhoras o exercício da arte medica. Ella foi deeididt, como so sabe, a favor das senhoras. Com a historia da lueta quo precedeu a essa concessão nada tenho quo fazer, e foliarei delia só em referencia á escbolu de inedieinn para senhoras, que foi a ultima empreza «le instrucção em que estive oecupado. Esse instituto, estabe"o lecido em Octubro de 187-1 trabalhou om silencio seriamente,. mas no meio de grandes difflculdado por não ser perniittida ás alumnas u entrada nos hospitaes.quo, em conseqüência da opposiçào «pie os médicos faziam ii educação medica do senhoras, çonservaram-se todos fechados contra us alumnas dessa escbolu. Mus, apezar desta dilliculdude. trinta e quatro senhoras mutrioularam-se nella o pagaram de joiu e pelo ensino a sonimu de £1,249. Depois de algum tempo foi vencida também essa dilUculdude, o fez-se um contracto em virtude do qual a escbolu tomou sobre si certas obrigações pecuniárias n favor «lo Real Hospital Gratuito, e este foi aberto pam ns alumnas da eschola medica puru senhoras receberem nelle instrucção clinica. Esse contrueto tornou-se effectivo no 1? de Octubro de l,i77, e desde então a eschola entrou em uma nova phnse de uetividnde promettedora; um museu valioso tem sido comprndo, está se formundo uma boa bibliotheca, as prelecções são excellentes, o numero das aluamos está angnieiitando sempre, e já é permittido que senhoras fuçam exame e que, subindo approvudus, exerçam publicamente a arte medica. Desde o Io de Junho de 1877 septe senhoras apresentaram-se como candidatas para o pergaminho dus eseholas do medicina King e Queen da Irlanda e, subindo approvadas todas de um exame rigoroso, egual em tudo ao que os estudantes dessas eseholas são obrigados a fazer, foi-lhes concedido seu pedido c foram registradas como médicas devidamente qualificadas. A Escbolu Londrina de Medicina, pura Senhoras, está ofliciulmeuto registrada e é reconhecida pelu Lei como escbolu de medicina, e por conseguinte suus alumnas podem eoncurrer nos exames pelo grau cTedòctora em medicina; e uo nnno passado, de 1878, a Universidade de Londres decidiuse, por um voto do 211 contra 13.2 dh corporação de gerencia desse estabelecimento veheravol, 11 conceder o seu grau ele doctor ás senhoras que subissem approvadas do competente exame. Ha um poneto que, em todas estas questões sobre a educação superior da mulher, neste paiz, tem sempre sóbresáhidó e ainda sobrtsahe, a todos os outros:—é o dos fundos. Pnra n educação dos meninos o dos moços despendem-se rios de dinheiro e fazem-se grandes sacrifícios; poucos ha, porém, «pie n favor do sexo feminino estão promptos n fazer o que se faz e se tem feito pnra o outro sexo. Mas o numero dos que desejam ver as meninas gozar vantagens eguaes ás «pie ha tunto tempo teem estado uo alcance dos meninos o moços, nu questão do ensino superior, está augmentando de dia em dia; e o esboço histórico epie acabo de Inzer é disso umu prova decisiva. 11. M. Stanley de Aldehley. ÇONÇÉPCLON GI.UKNO DE PLAQUEM. E difiicil, seja qual for o poneto «b vistu em que nos colloquemos, a tarefo de celebrar ns prendas litterarias de umn escriptora não conhecida do publico. Eutre outros lmtn-se com dous elementos contrários, a indifferènça ou n duvidu, dos que nos lêem. Exceptnuudo u França, que é propriamente a capital do mimdo, em tnutn maneira ihspiradora o fascinadora de nós todos, Portugal mantém úcercn dos escriptores estrangeiros ein gernl e especialmente em relação ús escriptorns a mais bandida e seráphica ignorância Cabe-me a mim, pois, o júbilo de apresentar nos leitores portugezes estn senhora, como uma das que mais directarnente contribuem na Hespanha pnrn glorilienr o seu sexo. D. Conoepoion Gimeno de FiiAQüÊn nusceu em Alnííoz, Provincia pertencente á comarca do Temei, uo dia 10 de Dez .tubro do 1851 Aos trez annos de edade partiu com seus pães puru Snragoçn, entrando ahi em um collegio franzez e começando a sua educação, que completou depois em Madrid. Approvada em todos os exumes e uotodu pela suu fncil e rara comprehensõó precoce, era sempre ua suu pequenina e laureada pessoa cpie ns professoras delegavam o solemne encargo daleitu ru do discurso preliminar, destinado ú commemoraçáo dos certumens esçholares. Aos 12 uuuos de edode, com umn voz ndmirnvelmente timbradn, e o olhar tránquillo e límpido u dominar o auditório, Conoepcion lia como Ventuba de la Veoã e Àffonso XII, os primeiros leitores da Hespanha. Esta prenda de ler bem, ocoendendo un voz u chámma «pie illumina o pensamento e communicnudo-lue u tremula vibração dus lagrimas ou a neta mordeute e agudo do húmerismo, qualipade preciosa, sobre tudo puro um escriptor, fôrma um dos principaes attractiyos da grucio.su romancista Ilespanhola. O idioma castelhano, o idioma dn tribuna e do circo, que troveja impetuoso e potente nos lábios de Oasteldàb e treme em lavas na grande e ruidosa voz do povo, resiste por vezez ús flexiveis modulações, as brandas meias phrases a solto você que conslitiiem o encanto e u sedücção dus línguas italiana o franceza. Pois bem; nuespirituosn bocea de Gonoepcion Gimeno oidiomu hespanhol transforma-se, perde a sua natural ospereza, e afigura-se-nos niusicnle cadenciado como o dolceparlarè de que folio Dante. * * Poupondo nos, o mim e oos leitores, o prolixo e inútil entalogo de cintos e de pequenos factos isolados, prescindindo desse qonheoidodada dos biographos, tentaremos apenas lixar a dous troços o perfil da illustre escriptora, que Lisboa tem actualmente u honra de hospedar. No periódico hebdomadário, La Âlborada, consagrada áinfaiicia, impresso em Saragoça, publicou a seíiorita Còncepoion GiMEKO ns primicius do seu estro juvenil. A alvorada acolheu no seu translúcido sendal ns rosas da poetisa e afle-stoou-as em viridentes grinoldus. Todos os jornaes dá Hespanha festejaram n appariçãõ desse 247 nome que era uma promessa o dosso artigo quo era já uma revolação. Era 1872, contando apenas 18 auuos, isto 6, a edade om que 110 espirito da mulher predominam, superiores a qualquer outra duas preoecupações absorventes a — Jlirtation e a toilette —' OONOBPoroN Gimeno namorava também um ideal, prendia-se' uns eleetrieus caricius d<> tuna paixão ardente, dava o coração o a alma a um sonho fascinuilor — mudar um jornal, redigil-o o colloeal-o ao serviço da sagrada causa da emancipação moral da mulher, effootuada por intermédio do desenvolvimento cias suus faculdades intelleetuaes. Não tardou quo realisosse a sun ambição de todos o.s momeutos, subindo u publico o folho semanal, Za illuslraclon de la mujer, dirigido com 11 maior competência, E'prineipuliucnie sob este poneto de vista que resulta do estalão vulgar o vulto prest igioso de Concepcion Gi.mexo de FlaqdÉR. O futuro da mulher, a sua instrucção, até hoje votada ao abandono, o aperfeiçoamento do seu espirito, mediante o qual ellu, subtruhindo-se ús influencias dissolve-ntes. que destróem a familia, o ás attracçôes funestas do abysmo, adquira a cousciencia du sua superioridade o a importância da sua missão, tal é o pensamento doiniuante da eminente cseriptora. Concepcion Gimeno poderá muitas vozes deixar-se illudir pcIas phantasticas miragens da sua porventura radiosa utopia, podera enganar-se nos processos; mas nom por isso é menos gloriosa a tarefa, nem menos pesada a cruz de ferro que ello desossombrodomente collocou nos seus hombros frágeis. Depois de collabomr assiduameute nos primeiros jornaes do Madrid o Barcelona, o distiucto escriptoro entregou á publicidade o seu primeiro livro, um romance em 2 vol., Viclorina, ó heroísmo de! corazon, que couta já hoje õ edições. E' própriamente este o livro de uma seuhora, a novella intima, narrada eom todos ns delicados nuarices, com todos os finos e suaves "tios" do estylo feminino, da qual mudome de Gikabdin deixou um modelo até hoje inimitodo. Mas os triumphos, o nomeado, o fama outhentica, o grande aura que enllora os nomes, como o pollen euíloru as arvores, data especialmente do publicação do livro La rhujer espanohi, precedido de umn esplendida carta preambülar dirigido pelo insigne acadêmico D. Leopoldo Augusto de Cueto, marquez de Vulmar, 00 grande escriptor Habtzknbusch, livro que é a obra prima da elegante prosadora; Mais uma vez a phrasJ egoísta e pedante de Platão, a verdadeira glória da mulher consiste em que se não falle delia, iudetérmiüodanientè puraphraseáda desde us máximas causticantes de EuiupiDKS até nos paradoxos azedos de A. K.vitn, soffreu um completo desmentido. A iíújèr éspailola é um brilhante livro de cerca de 300 pagiuas, e 20 capítulos, onde, por entre os recamos de um estylo rendilhado, opulento de formosas imagens, resaltu o estudo dos mnis árduos problemas modernos, a «pie estú vinculada n quêstão fundnmentnl da educação do mulher. A Mújer espaiíola ó uma tnese psycbologica, didoetica o philosophica, onde, como auctorisodaincnte uftirmu o eminente acadêmico que assiguu o "a auclorddiscute como umpolemista escholaslico, ideaprólogo, liza como um philosoplio espiritualista c aconselha e resolve como um moralista chfisiãò." A Mnjer espahola, celebrada pelos homens mnis notáveis du Hespanha', ó finalmente a obra que- pelo seu complexo valor antecipo ú auctoru o lognr glorioso que lhe estú reservado o por de Feiinan Caijai.leko, ÃveltjANEDÀ e Oakolinà Cokonado. * Por oceasião de ser apresentada ao actual Hei da Hespanha, que distingue com us mnis finas attenções ns escriptorns nacionaes, a seíiorita Concepcion Gimeno, leu o D. Àffonso dous ou trez capítulos do seu esplendido livro. O Hei maravilhado, não podendo conceber que fosse aquella criança branca, loura, franzina, baixa, o typo da mulher mignon, que o fitava com um olhar suave e ingênuo, e lhe ocoriciava o ouvido com umo voz de crystol, a que houvesse escripto áquelle arrojado livro de combote, apaixonado como a convicção fanática cie um missionário o torreutuoso como o eloqüência de um tribuno, dirigiu-se, com os seus expansivos sorrisos bourbouicos, á mãe da escriptora e perguntou-lhe onde fora ellu buscar aquella extraordinária lilha. Não imaginem por isso os leitores que a Sra. D. Concepcion Gimeno de Flaquéb atira par ãessus les mÓuliiis, como Geoboe Sand, com os recatos do seu sexo, ou que, como lady Estiier Stanhope, queima us flores du sua alma nos lnbnredus da politica, ou «pie, como Joanna d'Abc, floreia o gladio do combate; ou, finalmente, que hu uelln tombem poneto de sitnimanca com a medonho e hybrido virar/o du velhn Roma pagou. Não ! Concepcion Gimeno de Elaqcéu é primeiro do que tudo umn senhora, no plena accepção do puluvrn, que completa os prendas do tulcuto vivucissimo eom as qualidades do coração. E, mnis convincentemente do que eu podiu dfflrmol-o, o exemplifico o epigraphe da sun Mnjer espanola: Lu Müjer — escreve u auetoro — debe encender la antorcha de la civilisàcion yenarbolar la bande.ra dei progresso junto â la cana de sus kijos, pues lojas de estos, la mujcr es um sêr incompleto. A festejada prosadora tem nctualmeute uo prelo dous rom.auces, Elinã Durval e o Doutor allemão, e prepara umn collecção de artigos de viagem; destinados o compeudiar ns suus impressões úcercn de Portugal. No dia 11 de Julho reulisou-se em Madrid o enlace mutrimouinldn sra. D. Concepcion Gimeno com o conhecido jornalistaé èx-cathedraticp du ilha de Cubo.jD. Francisco de Paula ElaQUÈBj partindo os cônjuges octo continuo pnrn o nosso capital e vindo prelibur na cidade de granito âbeiranutr plantada os favos elulcissimos dn lua de mel. Concepcion Gimeno de Plaquei, tenciono visitar, em companhiu de seu marido, Cintra e Porto, pnrtiudo depois em viagem de estudo puro Pariz, o Ituliu e o Egypto. Que nos sejo dado respirar, uo nosso pequeno continuo do Occideute, o perfumado ramalhete que a elegante escriptora vne colher nos jardins dá Europa: GUIOMAB TúltREZÃO. Do Diário Illuslrado.—(Lisboa.) OUTUHRO, O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. _4« 1879. Eitab_!•_____ em 1819. M. HEMINWAY & SONS SILK CO., T© Rotule Ac OO Cliurola 8t., IV «w. York Fabricantes de Fio de Seda da melhor qualidade, Bordar. Seda» de Coser e Seda» Torcidas, para Selleiro», JWaehina» de Costura e Sedan para ipoatoa. Cb_m_-«e _" „.. u,vu.,v j, ______ •___ rmi&o da nraèrioridada doa mu artlcoaaobi- oa outroa ottetiçito etpeolal do* Cummiuiu Ç AMERICANOS. 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Duryea. mm ^^^k\WML%CMm%, g !_»urACTü .-¦^^-_/. ttmWfôm __M _ PRÊMIOS NAS EXPOSIÇÕES INTERNACIONAES DE Phüadelphla, Bruxeües, E nos do Pariz lluvre. Instituto Americano, Londres, Paizes Baixas, Instituto de Baltimore,' Instituto da Carolina do Sul, Hamburgo, Novo Gaites do Sul. Franklin, Instituto Londres, Colônia, Annual de Altona, Cupê Town, Instituto da Fennsylvania, E também em Exposições de Estados e Condados. <v>% _. doiUri. Conata de 4 Jogo* da typoa, gabinete da caixa», tlnota preta, entrelinliaa, regretaaornamantaea.eomponedor, regretaa de lat&o, tarja, galera, pinça*, maço, aptainador, bandulbo e guaraicSo. ^L / Jf ^*5___á_Bk ^mL^_§8PM fc *____£. íw^9^me^\ m 15 No. Exposição Cenlenari ll^Jp «IHTED SIAÍta JLrf.1] ll_«B CEHTENHIAL w£l] Philadelphia, 1876 Fac-Similes das Medalhas concedidas a Messrs. _urjr_a • • :__y + A', ri *\1 '*àíd___/"t*-A_•'¦ ^ - «_^_t_jfflh'#^ *f,Sâil .^_l____»_f____fl_/àv ÍT*- \ -¦ V} rr «i\^_m__ffl__fií_^_T\' H r.-__. •" /ijfev\ >*^5'_v_Br5fc_»5_rf^V*fii Tffl_______8i ________! ¦ •« Mcm>-t j w l_MT^D_^k ___________________n_ __________E_s___e^^>"^ '* «•* ¦*?^™m^mmwmwm>~ _fMf_i vfl miFriPrí&^~ DURYEAS (r 't____ál__í*! _____^^'f^^_!^____^l) MAIZENAA MAIZENA HE PiJRYEA E' nreparaçAo ilelicatln e inteiramente pura, feita de Milho da melhor qualidade. Coma alimento serve para lazer muitos pratoa delicados, nutritivos e attractivos. E' superior á» Farinhas dn Milho, Araruta, Sagú, etc, etc. Sr;osiçto Centenária conferidas na Europa e Sua qualidade tem recebido a reeommemiaçAo do Mundo, como fica improvado pelas numerosas oMedalhas maior. recebeu exposição em foi prêmio em os casos Em todos posta nos Estudos Unidos. que Além de MednlUa. loom «ido y^f^gffg^. (1(,9 lennos empregados pelas Commissões que conferiram os prêmios. COMO A^riGO ALIMENTÍCIO." EM LONDRES, 1862, pela qualidade .- .« MÜÍtFeXCELLENTEPREPARAÇÃO." DE SUA PERFEIÇÃO EM PARIZ' 1867 nela " m¦^mWhmÈ PARIZ, 18?ó -OMELHORPRüDUCTODOSEI/GENERO." NA EXPOSIÇÃO CENTENÁRIA, 1876. pela. _' PUREZA NOTÁVEL OU ABSOLUrA.» lMSTO^toffira^^p, l8ÍÁ " 1,()U SEU MKIÍECIMENT0 SUPERIOR.» Philadelphia 1876. da America A MAIZENA de DURYEA pode ser obtida por intermédio de todos os principaes negociantes do Norte. do Sul e dos Estados Unidos da America Ssposiçlo Centenária íjtóSPon___ ¦____ :lÉS|\ lw_S_r CESTEDIIL 4p_^if Philadelphia 1876.
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