Instruções aos autores do Sibragec 2009
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Instruções aos autores do Sibragec 2009
SUMÁRIO CONSIDERAÇÕES SOBRE O BIM COMO AGENTE FACILITADOR NA MANUTENÇÃO E RETROFIT DE OBRAS CIVIS SÉLLOS, Lysio (1); SANTOS, Danillo Araújo (2); LONGO, Orlando Celso (3) (1) Universidade Veiga de Almeida – UVA, +55 21 97131-1621, +55 21 99912-9809, e-mail: [email protected], (2) Universidade Federal Fluminense – UFF, +55 21 98268-6396, e-mail: [email protected] , (3) Universidade Federal Fluminense – UFF, +55 21 2629-5412, e-mail: [email protected] RESUMO Este estudo apresenta considerações sobre o uso do BIM (Building Information Modeling) como agente promotor de melhorias no processo de gestão da manutenção da edificação, detecção e controle de patologias e desenvolvimento de projetos de desmobilização, readequação ou retrofit do empreendimento. Traça-se um breve panorama do mercado de construção civil na última década e um cenário da prática e ensino de BIM no Brasil apontando motivos de resistência e soluções para o desenvolvimento desse conteúdo. Dadas as possibilidades de utilização da base de informações consolidada, do modelo paramétrico do projeto e da integração de sistemas especializados, a contribuição para o ciclo de vida do empreendimento (concepção – construção – operação – readequação – desmobilização) são inúmeras e discutidas ao final do artigo. Palavras-chave: Retrofit, BIM, Gestão da Construção. ABSTRACT This study presents considerations about the use of BIM (Building Information Modeling) as a promoter of improvements in the process of maintenance management, detection and control of construction pathologies and development of demobilization projects, readjustment or retrofit. It shows a brief overview of the construction market in the last decade and a scenario of practice and BIM education in Brazil pointing resistance reasons and solutions to develop this content. Because of the potential uses of consolidated information base, the parametric design model and the integration of specialized systems, the contribution to the project life cycle (design - construction - operation - adjustment demobilization) are numerous and discussed at the end of this article. Keywords: Retrofit, BIM, Construction Management. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Para MENDES JUNIOR et al. (2014) o BIM (Building Information Modeling) é um conjunto de sistemas que capacita os usuários a integrar, reusar informação na construção e obter domínio no conhecimento por todo o ciclo de vida de uso do edifício que permite aos responsáveis pela construção a simulação de etapas da construção, antevendo as interferências entre projetos antes mesmo de sua execução. As informações geradas por esse conjunto de sistemas produzem um ganho significativo tanto para a fase de desenvolvimento do projeto quanto para a fase de operação / manutenção e posterior modernização / retrofit da edificação visto que a base informacional e os conhecimentos mapeados da utilização do empreendimento serão decisivos no diagnóstico de eventuais problemas e no processo de tomada de decisão de usos futuros. Segundo MANZIONE (2013) “os edifícios são estruturas complexas resultantes de um longo processo de projeto, planejamento e construção. As equipes de projeto multidisciplinares envolvem a participação de variados agentes, em uma associação temporária, com diferentes habilidades, estruturas de trabalho e necessidades de informações diversas”. Trabalhar de forma colaborativa levaria profissionais e empresas a obter melhores resultados, interna e externamente ao ambiente das empresas. Entretanto, ainda é um desafio para todos obter a efetiva colaboração, conforme Akintoye e McIntosh (2000) apud MANZIONE (2013) Segundo MANZIONE (2013, p.35) “estamos nos estágios iniciais de uma transformação na AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção) que irá modificar profundamente a forma como o ser humano percebe e interage com o meio ambiente construído. Essa mudança, que está sendo impulsionada pelo advento crescente do BIM”. Embora sendo um conceito rico em possibilidades, percebe-se que a utilização do BIM ainda é insipiente no mercado de AEC brasileiro. Deve-se isso ao fato deste conteúdo ainda não ser explorado adequadamente dentro dos cursos de formação de engenheiros e arquitetos. 2 JUSTIFICATIVA Historicamente, a construção civil enfrenta um conjunto de dificuldades inerentes ao seu processo (ainda) artesanal, o que insere no seu ciclo de vida, da concepção do projeto à operação e manutenção da edificação e futura desmobilização ou readequação de uso, um crescente nível de desperdício e desorganização devido a complexa rede de informações que essa atividade tem que estar exposta. O resultado desse conjunto se materializa com orçamentos estourados, prazos de obra dilatados, riscos não previstos, altos custos de SUMÁRIO manutenção, operação ineficiente e insatisfação, tanto de clientes como dos demais stakeholders da cadeia produtiva. A busca de processos racionalizados, controle mais eficiente e inovação na construção é tema de um incontável número de trabalhos acadêmicos, análises de mercado realizadas por organizações / instituições especializadas e projetos de empresas do setor, o que mostra a importância dessas iniciativas. A realidade atual do mercado de construção no Brasil acrescenta mais um desafio a esse, já complexo, cenário pois, além de comprometer futuros projetos, adiciona um risco (devido a necessidade de economias nos projetos já iniciados) à execução das obras em curso. Este risco, se não controlado, trará problemas relacionados não só a patologias, mas também, devido a priorização das necessidades de execução, a elevados custos de manutenção e operação da edificação face a prática de solução com visão de curtíssimo prazo, visando somente a entrega do produto do projeto de construção. Diferentemente da última década, onde a construção civil observou um crescimento expressivo conforme apresentado na Figura 1. Hoje o mercado encontra-se em forte recessão. Figura 1 - Variação do PIB acumulada em 4 trimestres (%), Brasil e Construção Civil Fonte: IBGE SUMÁRIO Segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria) em reportagem a revista EXAME (17/12/2014), "o desaquecimento da indústria da construção se amplia" o que sugere uma postura de redução de custos ainda mais agressiva por parte das empresas do setor. Embora com redução, o número de empreendimentos entregues, sejam comerciais, residenciais ou industriais, experimentou um crescimento acentuado na última década consequentemente incrementando as atividades relacionadas a manutenção e operação dos produtos entregues e crescimento, em números absolutos, de patologias características das construções. Tais atividades, se realizadas da forma tradicionalmente adotada pelo mercado brasileiro, não atenderão às necessidades prementes do cenário atual do setor em função do momento delicado da economia do país. Novas abordagens devem ser consideradas para a gestão de todo o ciclo de vida do empreendimento, desde sua concepção até sua futura demolição / desmobilização e é neste contexto que o BIM trás grande contribuição. Figura 2 – Tempo de utilização do BIM nas Empresas do Setor de Construção Fonte: McGraw Hill Construction (2014) A Figura 2 ilustra um panorama internacional analisado pela McGraw Hill Construction que demonstra a consolidação da inclusão do BIM como solução para o mercado de Arquitetura, Engenharia e Construção. SUMÁRIO A posição do Brasil neste estudo indica, não um atraso em relação às outras nações estudadas, mas sim um cenário de grandes oportunidades para o desenvolvimento do tema e da adoção de práticas consagradas em nossa indústria. Figura 3 – Expectativa atual e futura das Empresas do Setor de Construção para implementação dos níveis de BIM Fonte: McGraw Hill Construction (2014) De forma geral, o mesmo estudo apresenta a intenção crescente, conforme Figura 3, de continuidade de uso do BIM nos projetos atuais e futuros. Figura 4 – Avaliação das Empresas do Setor de Construção em relação a experiência em BIM como um fator importante na formação das equipes SUMÁRIO Fonte: McGraw Hill Construction (2014) A demanda das empresas do setor por profissionais e fornecedores com aderência ao BIM além de significativa, é crescente em todos os países (inclusive o Brasil) conforme apresentado na Figura 4. Essa demanda justifica-se pelos diversos benefícios, em todas as suas dimensões, trazido pelo BIM, não somente internos à organização, mas também a toda a cadeia produtiva da indústria da construção civil conforme apresentado na Figura 4 Segundo a análise de CALVERT (2013), pode-se classificar as 7 principais dimensões do BIM como: 2D - Gráfico – DESENHOS tradicionais, em papel ou arquivo CAD, representando graficamente o empreendimento. 3D - Modelagem – Visualização tridimensional do MODELO onde cada componente 3D possui atributos e parâmetros que os caracterizam como parte de uma construção virtual de fato. 4D - Planejamento – Adiciona-se a dimensão TEMPO ao modelo, definindo as sequências e precedências de cada atividade, identificando quando cada elemento será comprado, armazenado, preparado, instalado e utilizado. Prevê também a gestão do canteiro de obras, movimentação das equipes e dos equipamentos e outros aspectos que estão cronologicamente relacionados. 5D - Orçamento – Adiciona-se a dimensão CUSTO ao modelo para a elaboração do orçamento do empreendimento indicando a alocação dos recursos, estratégias e controle de custos. 6D - Sustentabilidade – Adiciona a dimensão ENERGIA ao modelo, avaliando e quantificando a energia necessária para a construção, em paralelo a dimensão 5. 7D - Gestão de Instalações – Adiciona a dimensão de OPERAÇÃO ao modelo, onde o usuário final pode extrair e gerenciar informações SUMÁRIO relacionadas ao funcionamento da edificação apoiando assim as atividades de manutenção e gestão de facilidades. Extrapolando a classificação apresentada, pode-se definir ainda outras dimensões associadas ao BIM, como exemplo: 8D - Segurança – Adiciona-se dimensão de SEGURANÇA E PREVENÇÃO DE ACIDENTES que segundo KAMARDEEN (2010) “consiste em três tarefas: determinar os riscos no modelo, promover sugestões de segurança para perfis de risco alto e propor controle de riscos e de segurança do trabalho na obra para os perfis de riscos incontroláveis através do modelo”. O conjunto dessas dimensões oferece um cenário propício para ações que tenham como foco a gestão da operação / manutenção e/ou desmobilização / readequação / retrofit da edificação pois, a partir de um modelo paramétrico e uma base de informações única, promove a interoperacionalidade e otimização do conhecimento para a tomada de decisão. Não só o mapeamento e identificação de patologias, através do monitoramento dos sistemas integrados, como a avalição de espaços e fluxos, simulando virtualmente opções de utilização, torna o estudo das soluções (recuperação ou retrofit) mais fácil e preciso, agregando valor à gestão do ciclo de vida do empreendimento. 3 PRÁTICA DO MERCADO E ENSINO DE BIM NO BRASIL Para BARISON (2015) somente a partir de 2003, com raras exceções anteriores a esse período, algumas universidades no exterior começaram a ensinar ferramentas relacionadas ao BIM, mas a maioria somente começou a introduzir os conceitos de BIM entre 2006 a 2009. Segundo GODOY et al. (2013) muitos estudantes e profissionais utilizam o BIM apenas para representações gráficas, ignorando os recursos e funcionalidades que a tecnologia possui (dimensões) o que demonstra um descompasso entre esse pensamento e a necessidade das empresas do setor em relação a profissionais capacitados no assunto. Segundo SERRA (2010) “o ensino de engenharia tem evoluído ao longo do tempo no sentido de absorção das orientações pedagógicas de ensino e aprendizagem e também no uso de novos objetos educacionais mediados pelo uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Esta nova abordagem é principalmente necessária quando se considera o desenvolvimento de novos produtos e de projetos na engenharia. Além da diversidade de programas existentes nesta área, os mesmos foram evoluindo ao longo do tempo, incorporando novas abordagens de concepção integrada entre os diferentes projetistas, que trazem recentes condicionantes para o processo de ensino”. SUMÁRIO Para AHN; CHO; LEE, (2013) apud BARISON (2015) “ensinar BIM na graduação não só reduz o esforço das empresas no que diz respeito ao ensino e treinamentos, como também, possibilita a formação de profissionais que podem mudar o paradigma da indústria da construção”. Ainda para WU; ISSA (2013a) apud BARISON (2015) “além desses benefícios, o ensino de BIM proporciona melhorias nos resultados de aprendizagem dos graduandos” e consequente maior envolvimento no processo global de formação de novos profissionais. Nesse sentido, MANZIONE (2013) apud BARIZON (2015) “sugere que seja feito um questionamento e um levantamento de como BIM já está sendo ensinado nas escolas de Engenharia Civil e Arquitetura, pois, segundo ele, é na graduação que o futuro Coordenador de Projetos poderá adquirir conhecimentos básicos sobre BIM”. NOME et al. (2010) acredita que “o universo de aplicação prática de ferramentas BIM em cursos de graduação ainda seja restrito configurando grandes possibilidades de avanço com pesquisas dessa natureza, ou seja, que sigam os moldes já aplicados fora do país”. Figura 5 – Percentual das Empresas do Setor de Construção citando fatores que tiveram alto/muito impacto devido a implementação do BIM na melhoria do ROI (Return on Investment) Fonte: McGraw Hill Construction (2014) SUMÁRIO A Figura 5 serve como indicador de como a implementação do BIM por profissionais qualificados pode contribuir para uma melhor performance da indústria da construção, porém, também explicita que, para o Brasil, ainda existe a percepção de pouca contribuição em relação ao custo do projeto, fato relacionado a avaliação dos custos de hardware, software e de treinamento de pessoal. O Brasil ainda carece de profissionais com consistente formação em BIM pois esse conteúdo não é trabalhado de forma abrangente nos cursos de graduação. BARISON (2015) identifica algumas possíveis causas para o problema em questão: Professores desconhecem os conceitos de BIM e não estão interessados em aprender e ensinar BIM; Professores não estão dispostos a mudar suas práticas de ensino; Currículos não estão estruturados para suportar o ensino de BIM; Não há espaço, nos currículos, para a introdução de novas disciplinas; Faltam recursos para a aquisição de software BIM e hardware compatíveis; Não há uma metodologia consolidada para o ensino de BIM. Mesmo sendo uma forma de trabalho que contempla um conjunto de dimensões importantes para a gestão do empreendimento em todo o seu ciclo de vida, a utilização do BIM ainda é insipiente na construção civil brasileira, sendo a formação dos profissionais dentro das universidades uma questão estratégica para a disseminação do BIM no Brasil. Segundo EASTMAN et al. (2014) em processos baseados em BIM pode-se obter um retorno do investimento melhor (FIGURA 5) em decorrência da melhoria do processo de projeto e da característica colaborativa do BIM, no qual o valor da informação é aumentado ao longo do ciclo de vida da edificação e o esforço necessário para produzi-la é reduzido. Mesmo apresentando potencial ganho, percebe-se ainda uma postura resistente na cadeia produtiva da indústria brasileira da construção para uma utilização maior do BIM, devido, não só a falta de profissionais capacitados, mas também relacionados a mudança de cultura do processo de projeto e aos altos custo de investimento na tecnologia (software e hardware). 4 CONTRIBUIÇÕES DO BIM NA MANUTENÇÃO E RETROFIT DE OBRAS CIVIS Uma característica que pode ser percebida logo de início em projetos desenvolvidos com BIM é a possibilidade de coordenação da infraestrutura da edificação com modelos 3D parametrizados totalmente integrados com os sistemas prediais, com os de arquitetura e SUMÁRIO gestão de espaços / fluxos e com os de estrutura permitindo, além da gestão de facilidades, construir uma base de conhecimento para subsidiar a tomada de decisão futura quanto ao uso / readequação do empreendimento. Paralelamente a isso, questões direcionadas à eficiência energética, uso da água, iluminação, climatização e demais itens relacionados a sustentabilidade do edifício, que devem sem contempladas durante a fase de projeto, podem, a partir do modelo, ser melhor gerenciadas e entendidas gerando informações sobre performance dos sistemas, alimentando a base informacional também com esses dados. Segundo EASTMAN et al. (2014) em processos baseados em desenhos (forma tradicional), as análises necessárias precisam ser feitas de modo independente sem considerar a informação do projeto da edificação de forma consolidada e global, muitas vezes exigindo entradas repetidas, tediosas e propensas a erros. O resultado é a perda de valor dos ativos informacionais ao longo das fases do ciclo de vida do empreendimento e um maior esforço para produzir informação de projeto. Consequentemente, tais análises podem ocorrer fora de sincronia com a informação do projeto, levando a erros. A exemplificação desse conceito pode ser observada na Figura 6. Figura 6 – Ciclo de Vida da Edificação Fonte: EASTMAN et al.(2014) adaptado A – Processo tradicional de projeto-concorrência-construção, baseado em papel B – Processo tradicional de gerenciamento de facilidades via banco de dados SUMÁRIO C – Processo colaborativo baseado em BIM D – Configuração de banco de dados de Gerenciamento de Facilidades E – Integração do Gerenciamento de Facilidades com sistemas de gestão empresarial F – Utilização da documentação “as-built” para Retrotif G – Automação do banco de dados de gerenciamento de facilidades A integração do BIM a um sistema de manutenção predial torna essa gestão mais robusta e colaborativa, pois não se limita ao abastecimento de uma simples base de dados desconectada da vida real do empreendimento. Essencialmente o modelo BIM, nesta fase, torna-se uma ferramenta de análise em tempo real de todas as condições dos sistemas prediais. O modelo da edificação desenvolvido pode ser um repositório atualizável de todas as informações da operação da edificação contribuindo para a gestão dos espaços, avaliando em tempo real a viabilidade das estratégias em análise, simplificando a gestão de mudanças, tanto de operação como de utilização e ajudando a identificar conflitos quando os requisitos ou propósitos são readequados. Essa ação vale tanto para pequenas mudanças ao longo da fase de utilização da edificação quanto para um redesenho global de sua operação. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como medidas de contingenciamento, no que diz respeito a produção de empreendimentos civis, a empresas construtoras vem tomando medidas cada vez mais austeras em relação a seus gastos, consumos e aproveitamento da mão de obra. Percebe-se, em todo Brasil, a paralização de diversos canteiros, demissões em massa e uma busca incessante por: Racionalização dos processos construtivos através de novas tecnologias de construção e modelos de informação; Manutenção dos melhores profissionais nos quadros das companhias de forma a suprir a demanda dos serviços exigidos frente a diminuição do efetivo da empresa; Otimização dos projetos na intenção de eliminar/diminuir os riscos da construção. É nesse contexto que a utilização de BIM se aplica tanto para a gestão da manutenção da edificação, detecção e controle de patologias e desenvolvimento de projetos de desmobilização, readequação ou retrofit do empreendimento. SUMÁRIO Deve-se pensar na utilização do BIM até o final do ciclo de vida do empreendimento (ex: demolição) e não apenas até a entrega da edificação. Os ganhos para o comissionamento, recomissionamento e gestão das facilidades é algo significativo na análise de custo / valor como um todo, pois representa a maior fase do ciclo de vida do projeto, trazendo transparência dos dados e colaboração entre os diversos stakeholders. Pensar que BIM conduz a mais trabalho é enganoso, pois não há duplicidade de informação ou retrabalho e sim uma forma mais inteligente e integrada de trabalhar podendo ser utilizado em todos os setores e portes de construção. Não se trata de tecnologia e sim de processo colaborativo que dá foco da concepção a pós-ocupação do projeto apoiando a coleta, interpretação e análise de dados. BIM é um campo emergente e o seu valor para a indústria da construção ainda está por ser demostrado. Por fim, para a gestão da manutenção da edificação, detecção e controle de patologias e desenvolvimento de projetos de desmobilização, readequação ou retrofit do empreendimento pode oferecer ganhos reais de eficiência, pois se trata de um modelo informacional de grande valor para toda a cadeia produtiva da indústria da construção. REFERÊNCIAS CODINHOTO, R. Diretrizes para o planejamento e controle integrado dos processos de projeto e produção da construção civil. 2003. 162 p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Porto Alegre - 2003. CORREA, M. V. G.; RUSCHEL, R. C. Tendências da Colaboração em Arquitetura, Engenharia, Construção. In: FABRICIO, M. P.; ORNSTEIN, S. W. (org). Qualidade no projeto de edifícios. 1 ed. São Carlos/Porto Alegre: Rima Editora/ANTAC, 2010. 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