CLIPPING

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CLIPPING
CLIPPING
18, 19 e 20/08/2012
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: Zero Hora
Seção: Notas
Página: 32
Data: 20/08/2012
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: Correio do
Povo
Seção: Geral
Página: 24
Data: 18/08/2012
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: Guardian
Seção:
Página:
Data: 19/08/2012
Don't be nice to addicts. Be fair
You don't have to feel compassion for junkies. Just accept that punishment is not at all
helpful
o
Victoria Coren
Russell Brand, who made a documentary about his former drug addiction. Photograph:
Karen Robinson /The Observer
Twitching, restless, my rheumy eyes scanning the room for drugs, I watched Russell
Brand having some smack.
This isn't an anecdote about my rebellious youth. I didn't have a rebellious youth. I'm
talking about last Thursday.
I must say, I didn't think the heroin looked very nice. Not really my cup of tea, the
horse. The skag. The junk. The china white, the Mexican mud, the dust, the shit, the
schmeck, the chick, the ol' Black Tar.
Sorry. I'll stop browsing through this urban dictionary. Fascinating, though; it's a sign of
how much people love their Harry Jones that it has so many pet names. Reading the
list is like scanning the classified ads on Valentine's Day. ("To my darling Joy Flakes, I
want your Reindeer Dust, from your adoring Poppy.")
No, Aunt Hazel's never rung my bell. But Russell Brand certainly looked keen. He was
also watching Russell Brand having some smack. It was a film inside a film: sober,
grown-up (relatively) Russell was, as part of his documentary From Addiction to
Recovery on BBC Three, watching a video of his young, glassy-eyed self enjoying his
favourite foil-wrapped treat.
To the non-user, it just looks like something that would hurt to ingest, leaving you wan,
bony and bruised. As treats go, it's no lemon syllabub.
Nevertheless, I understood why Russell Brand was half grateful to be free from
addiction, half yearning for a big old veinful of the stuff. (Or lungful. Or bumful. I don't
really know how he used to put it in.)
I laughed when the handsome international film star, visiting a grim flat where two pale
and pock-marked crones were injecting themselves into an early grave, said he found
the idea of staying there "more attractive than you'd think".
I laughed because, as I sat watching the programme in my clean flat with my clean hair
and my clean skin, I was deeply wishing I could fug up the air, stain my teeth and
shorten my life by setting fire to a tube of paper and sucking it so hard that my chest
hurt. That wouldn't be the down side of my addiction, by the way. That's the whole side.
(Time since last cigarette: six weeks, two days.)
I didn't smoke. I'm not smoking. I am very happy about that. I can already see there's
nothing good about cigarettes at all. I still want one. And that's because I'm mentally ill.
Russell Brand wants to persuade the world that addiction is an illness. He's right. It is.
Any continued dispute is such a waste of time that it makes being on hold to Orange
feel like solving the world debt crisis.
Russell Brand is cool and cockney. I'm neither. He wears an unwashed vest to appear
before a parliamentary select committee. I dress smartly in the bath. His dreams came
true when he had sex with Kate Moss. My dreams came true when I had dinner with
Christopher Biggins. He holidays at the Taj Mahal. I like Devon.
But we're both addicts. We'll both struggle forever between logic and desire, no saner
than the guy who wants to run naked through Leicester town centre shouting "wibble".
We both think replacement drugs (methadone for him, nicotine patches for me) are as
helpful as advising that guy to run through the suburbs in his pants. We both know that
it's all or nothing.
On Newsnight, Russell Brand and Peter Hitchens had a pointless row about
compassion. They were like Little Red Riding Hood and the wolf (one lustrous-haired
and touchingly naive; the other snarling, clawing and evidently harbouring eager
thoughts of the severed finger he'd popped in his pocket to eat later).
But compassion is irrelevant to the categorising of addiction. Accepting it's an illness
doesn't mean you have to care.
They say heroin feels good to begin with. Smoking doesn't. But, if you're a natural
addict, you press on. Once you're hooked, it still doesn't feel good, but (and here's
where we fall in with our junkie cousins) it now makes you feel normal. QED: if you
have to take something to feel normal, it doesn't matter if it's a fag or a needle or a
Nurofen, you're not well.
Unlike Nurofen, the addict's substance is both treating and creating the agony. So
every smoker/junkie, however desperate to keep going, wishes he had never started. If
you saw someone repeatedly smashing his arm against a wall, 40 times a day, unable
to stop, would you say he was a self-indulgent hedonist? Or would you just know he
was ill?
Fear not, Peter Hitchens; that doesn't make you Pollyanna. You can still hate and
blame the patient. No need to feel compassion, but we all benefit from clarity. So:
accept that addiction is an illness, then simply admit it's an illness you don't care about.
Accept that prison can't possibly be a deterrent for people who are already giving
themselves the death penalty; you're still free to argue that junkies should be in prison,
eg because they've committed theft or just look a bit horrible.
Accept that public money would be better spent on abstinence clinics and rehab
centres, rather than methadone; you're still free to say no public money should be
spent. It's OK to care more about other ill people.
Accept that disapproving lectures to your loved one, or about strangers, cannot
possibly be helpful – and then it's fine to say you will lecture anyway because they're
so bloody annoying. Or frightening. That's OK.
Just let's be clear, please, on what the problem is, before bickering about whether to
care. Let's acknowledge the best way to handle it, before deciding whether or not to
bother.
An addict's best chance of health is to be clear-thinking, honest and logical. If that's
true for addicts, why not for those who talk about addicts, too?
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: UNIAD
Seção:
Página:
Data: 20/08/2012
Uso de drogas pesadas começa pelo álcool
Arquivo Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Outra pesquisa, da Unifesp, revela que em 70% das tentativas um menor de idade
consegue comprar bebidas alcoólicas
SAÚDE
Estudo americano mostra que jovens que consomem bebidas alcoólicas têm 16 vezes
mais chances de utilizar outras substâncias tóxicas
Kamila Mendes Martins
Novos argumentos trazidos por duas pesquisas – uma brasileira e outra norteamericana – devem reacender a discussão sobre a venda e o consumo de bebidas
alcoólicas por menores de 18 anos. Estudo da Universidade da Flórida mostra que o
álcool, e não a maconha ou o cigarro, é a primeira droga experimentada pelos jovens.
E um dos fatores que levam a essa experimentação precoce é revelado por pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), segundo a qual, em ao
menos 70% das vezes em que um menor de 18 anos tenta comprar bebida alcoólica,
ele é bem-sucedido.
De acordo com o estudo feito pelo professor Adam Barry, pesquisador da Escola de
Saúde e Performance Humana da Universidade da Flórida, o álcool também é a
substância mais usada pelos adolescentes, com 72,2% afirmando que já o
consumiram pelo menos uma vez na vida. Entre os entrevistados, 45% relataram
fumar, e 43,3% disseram usar maconha. O autor analisou 14.577 questionários
preenchidos por jovens do ensino médio de 120 escolas públicas e privadas dos
Estados Unidos. Eles responderam se já haviam usado pelo menos uma de 11
substâncias, dentre elas, álcool e tabaco, assim como drogas ilícitas, como maconha,
cocaína, heroína, LSD, anfetaminas, tranquilizantes e outros narcóticos.
ConsequênciasÁlcool afeta mecanismo cerebral de tomada de decisõesQuanto mais
cedo uma criança passa a ingerir álcool, maior é o prejuízo para o seu
desenvolvimento cerebral e cognitivo, pois a substância afeta a área relacionada à
tomada de decisões. “A ciência tem nos mostrado que o amadurecimento cerebral,
especialmente das áreas frontais e pré-frontais, custa mais. E são essas áreas as
responsáveis pelo bom senso. Um jovem exposto precocemente ao álcool muda o seu
mecanismo de tomada de decisão”, explica o psiquiatra Carlos Salgado.De acordo
com o médico, quem começa a beber na infância ou na adolescência torna-se uma
pessoa que toma decisões pouco pensadas, além de ter o desenvolvimento
psicológico retardado, algo fundamental para a inserção dos indivíduos em
sociedade.O professor de Psiquiatria Dagoberto Hungria Requião explica que o
cérebro vai se desenvolvendo até chegar à maturidade, por volta dos 25 anos de
idade. “O álcool vai ao cérebro e é obvio que vai criar dificuldades nessa formação.
Fico angustiado ao ver crianças de 12 e 13 anos bebendo. Continuando assim, vão se
tornar adultos muito doentes.” (KMM)
Esses dados comprovam, na opinião do pesquisador, que drogas lícitas e aceitáveis
socialmente, como o álcool e o tabaco, são as primeiras substâncias tóxicas a serem
consumidas pelos jovens. A partir daí, eles passam para a maconha e depois para as
drogas ilegais mais pesadas.
Mais do que isso, o levantamento revela que os estudantes que usaram álcool
demonstraram ter uma probabilidade até 16 vezes maior de uso de outras drogas.
“Existe muita informação errada em relação às drogas em geral; inconscientemente
passa-se a mensagem de que o álcool não é droga. O que acontece é que o lobby do
cigarro e o da bebida são muito fortes. Por isso se passa uma má impressão de que
realmente o grande problema é a maconha, quando na realidade não é”, explica o
professor de Psiquiatria Dagoberto Hungria Requião, do curso de Medicina da
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Influência
Há vários fatores que incentivam o consumo de álcool por adolescentes, segundo
artigo dos pesquisadores Sérgio Duailibi e Ronaldo Laranjeira, do Instituto Nacional
para Políticas Públicas do Álcool e Drogas do Departamento de Psiquiatria da Unifesp.
Entre eles, a propaganda direcionada a esse público, a disponibilidade da bebida em
locais de fácil acesso, como postos de gasolina, e promoções do tipo open bar (com
bebida liberada a partir do pagamento de entrada).
No caso do álcool e do cigarro, que são substâncias legalizadas, mesmo havendo leis
que proíbam a comercialização a menores de 18 anos, os adolescentes acabam tendo
acesso a ambos. Além disso, o preço é baixo: com R$ 5, é possível comprar uma
caixa de cigarros e uma dose de cachaça em um bar de rua de Curitiba.
Outro fator que contribui para o consumo é a aceitação dentro de casa. “Festa de 1
ano de criança tem bebida? Tem, a pretexto de servir aos pais. É nesse tipo de festa
que ocorrem os primeiros usos, sob o olhar complacente ou sob a ignorância dos
pais”, diz o psiquiatra Carlos Salgado, conselheiro da Associação Brasileira de
Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead).
Movimentos sociais ajudam a diminuir consumo
Nos Estados Unidos, em 1980, foi fundada a organização não governamental MADD
(Mothers Against Drunk Driving, ou “mães contra a direção alcoolizada”, em tradução
livre). A missão do grupo hoje é acabar com a condução de veículos por pessoas
alcoolizadas, apoiar as vítimas que sofrem com esse tipo de crime e evitar que
menores de 21 anos bebam, como proíbe a lei federal do país.
No Brasil, já há movimentos que lutam para tornar mais duras as punições contra
quem dirige bêbado, como o liderado por Christiane Yared, mãe de Gilmar Yared,
vítima de um grave acidente de carro ocorrido em 2009 em Curitiba e provocado pelo
ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho, que estava embriagado. Mas ainda
não há nada tão representativo para acabar com a venda de bebidas alcoólicas para
menores de 18 anos. “A letra da lei [que proíbe a venda a menores] pode estar morta,
mas as crianças estão morrendo. Num país onde existe a lei, o que precisa é
simplesmente cumpri-la”, diz o professor de Psiquiatria Dagoberto Hungria Requião.
Os pais têm papel fundamental para evitar que o consumo da substância se inicie
precocemente. “A resposta começa com a fiscalização primordial dentro de casa”, diz
o psiquiatra Carlos Salgado, da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras
Drogas (Abead).
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: UNIAD
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Data: 20/08/2012
Licença médica para tratar alcoolismo bate recorde no País
Em março foram concedidos 4.120 benefícios, uma média de cinco por hora. Aumento
de afastamentos do emprego nos últimos seis anos foi de 69,6%
Fernanda Aranda , iG São Paulo
Getty Images
Licenças trabalhistas para tratar alcoolismo e outras drogas crescem 69% em cinco
anos
O mês de março fechou com um recorde histórico de licenças médicas concedidas
para trabalhadores, de todos os setores, se tratarem de dependência química.
Em 31 dias, 4.120 benefícios previdenciários do tipo foram registrados pelo governo
federal, uma média de cinco afastamentos por hora.
O levantamento feito pelo iG Saúde nos bancos de dados do Ministério da Previdência
Social mostra que o aumento é anual e gradativo. Entre 2006 e 2011, o crescimento
acumulado de licenças nesta categoria foi de 69,9%, pulando de 24.489 para 41.534
no último ano.
Na comparação, os afastamentos por dependência química cresceram mais do que o
dobro da elevação registrada de postos de trabalho com carteira assinada no País.
Enquanto os empregos formais tiveram alta de 6% entre 2010 e 2011 (segundo o
IBGE), as licenças deste tipo ampliaram 13,9% no mesmo período.
Evolução de licenças trabalhistas
Dependência química cresce entre os motivos para o afastamento do trabalho
Gerando gráfico...
INSS
O álcool é a locomotiva do aumento, sendo a droga que mais aparece como
responsável por afastar do trabalho por mais de 15 dias médicos, advogados,
funcionários da construção civil, professores e todos outros empregados com carteira
assinada. Em seguida, probleas com cocaína, maconha e medicamentos calmantes
são apontados como motivos para os afastamentos.
Leia: Como agem as drogas no corpo
Para o diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do
Ministério da Previdência, Cid Pimentel, a ampliação de licenças por uso compulsivo
de substâncias entorpecentes evidencia três fenômenos: “Há um evidente aumento do
consumo de drogas pelos brasileiros e isso repercute, de forma devastadora, no
desempenho profissional”, diz.
“Mas há também uma maior sensibilização por parte das empresas em reconhecer a
dependência química como uma doença e não mais como uma falha de caráter. Outra
influência no aumento é o fato da notificação estar mais precisa. Antes os casos
ficavam escondidos”, explica Pimentel.
A vendedora Alice, 20 anos – atualmente em tratamento em uma clínica de
reabilitação particular – confirma que bebeu durante o expediente por anos até ser
convidada pelo chefe a buscar ajuda especializada. Acredita que muitos clientes
sentiam o cheiro etílico das doses de pinga e cerveja, que começava a beber às 10h.
“Meu chefe falou comigo. Disse que me daria todo apoio caso eu procurasse ajuda
médica e que poderia voltar a trabalhar depois de recuperada. Eu aceitei a oferta, pedi
licença médica de três meses, mas tenho medo de não ter mais trabalho quando sair.”
Levantamento: Mulheres jovens e homens de meia idade lideram abuso de álcool
Portas fechadas
O medo de Alice não seria justificado pelas leis trabalhistas, que garantem 180 dias de
estabilidade após tratamento médico. Mas na prática, afirma o coordenador da
Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas, Juliano Marfim, ainda há muitas
dispensas após a alta dos dependentes.
“Há um preconceito muito forte por parte dos empregadores e, após o tratamento, as
demissões são constantes”, afirma.
“Nos nossos cursos de formação de terapeutas para tratar de dependentes químicos,
temos um número muito alto de ex-usuários que simplesmente não conseguiram voltar
para as suas funções de origem. Eu mesmo, que estou em abstinência há 5 anos, não
consegui mais trabalho na área administrativa, onde sempre atuei. Acabei trabalhando
com as drogas.”
Mauro, 41 anos, limpo há 9 meses, também não voltou mais para o ramo comercial.
“As portas se fecham”, diz ele que agora trabalha na recuperação de ex-usuários.
“Essa postura por parte das empresas precisa e deveria mudar. Porque a pessoa para
conseguir sustentar o vício acaba desenvolvendo algumas habilidades de sedução, de
improvisação, de convencimento, por exemplo, que podem ser revertidas
positivamente e exploradas no mercado de trabalho”, acredita Marfim.
Rede de apoio
Apesar das dificuldades relatadas pelos ex-dependentes para voltar ao mercado de
trabalho, algumas empresas decidiram criar uma rede de apoio para acolher os
profissionais envolvidos com álcool e drogas.
Por meio das equipes de recursos humanos e de médicos do trabalho, as instituições
fazem a abordagem de funcionários com indícios de abuso de drogas lícitas e ilícitas e
estendem a oferta de terapia de reabilitação também às famílias. É o que conta Carlos
Netto, diretor de gestão de pessoas do Banco do Brasil, uma das empresas citadas
como referência pela Previdência Social na área de atendimento da dependência
química.
“Um dos nossos focos de atuação é a reinserção do profissional encaminhado ao
tratamento”, conta Netto.
“Ele é gerenciado por nossas equipes e, em alguns casos, realocado em outros
setores, ficando mais próximo de casa. Entendemos que o trabalho é um mecanismo
importante na recuperação, garante não só a renda mas a autoestima.”
Relação com a profissão
A dependência de álcool é uma doença de múltiplas causas, influenciada pela
genética, pelos hábitos, pela história de vida e também pela ocupação prossifional. Os
cientistas ainda não conseguem responder com plena certeza as razões concretas
que levam uma pessoa ficar viciada, mas as pesquisas encontram cada vez mais um
elo com a profissão exercida.
A última publicação que coloca luz nesta relação foi feita por médicos canadenses.
Realizado com 10.155 trabalhadores, o estudo avaliou as contribuições da posição
hierárquica dentro da empresa e das condições de trabalho, como salário, estresse e
demandas físicas e psicológicas, para o consumo indevido do álcool no ambiente de
trabalho.
Infográfico : Veja como é a ressaca dentro do corpo
De acordo com estudiosos do Centro de Informações sobre Álcool (Cisa) do Brasil –
que avaliaram os resultados – “o cargo profissional é sugerido como um importante
fator motivador para o uso e abuso do álcool, muito mais influente do que as
condições de trabalho.”
Executivos, diretores e administradores de altas gerências (“upper managers”) formam
um grupo com padrão de consumo de alto risco, com propensão de beber
exageradamente (10 ou mais doses para mulheres, e 15 ou mais doses para homens)
139% maior do que a apresentada pelos trabalhadores abstêmios ou que não haviam
bebido na semana anterior à pesquisa.
No Brasil, inquérito feito pelo Ministério da Saúde já havia constatado que as pessoas
com maior escolaridade são as que mais exageram no consumo etílico. Os dados
mostram que 20,1% dos adultos com mais de 12 anos de estudo bebem acima da
média, índice que cai para 15,9% entre os menos instruídos (com até 8 anos de
estudo).
Ainda que a dependência química tenha impacto crescente no ambiente de trabalho,
esta doença não figura entre as 10 que mais afastam trabalhadores. No ranking feito
pelo iG , dor nas costas é a primeira entre os benefícios previdenciários concedidos.
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: UNIAD
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Data: 20/08/2012
Em vigor há 9 meses, lei antiálcool tem 99,5% de adesão
Mais de mil estabelecimentos foram multados desde que a lei entrou em vigor, em
novembro de 2011 Patricia Zeppellini
O balanço da Lei Ántiálcool divulgado nesta sexta-feira, 17, pelo governador Geraldo
Alckmin, mostra que desde novembro de 2011, quando a lei entrou em vigor, o Estado
realizou 205 mil inspeções, multando 1003 estabelecimentos. A adesão à legislação é
de 99,5%. Do total de locais que descumpriram a lei, 57% foram bares, restaurantes,
lanchonetes e padarias; 18% foram hipermercados, supermercados e mercados; 3%
postos de combustíveis e conveniência. Buffets responderam por 1% das multas;
danceterias 1% e 20% demais estabelecimentos.
“Quero destacar o grande apoio do setor produtivo, nosso parceiro nessa campanha e
dos pais. Muitas vezes o jovem começa a beber dentro de casa e isso é grave, porque
a chance de ter alcoolismo na idade adulta é bastente alta. Por isso é muito importante
a participação da família”, avaliou Alckmin.
A capital paulista teve o maior número de descumprimento da lei, com 345
estabelecimentos multados, seguida da Baixada Santista, com 179 autuações. O
balanço aponta que 63% das multas foram por bebida alcoólica misturada a outros
produtos (como refrigerante, água e suco) em mesma gôndola ou geladeira; 22%, por
ausência de placa indicativa, e 15%, devido à permissão de consumo ou venda para
menores de 18 anos.
Dados da Apas (Associação Paulista de Supermercados) apontam que atualmente
metade dos mercados têm o sistema eletrônico de controle, por meio do qual os
caixas travam quando uma bebida alcoólica é registrada. A associação prevê que até
o final do ano todos os mercados tenham o sistema implantado.
Para Alckmin, o balanço revela índices positivos. “Nove meses depois, a lei pegou. Os
estabelecimentos estão respeitando a lei. Acho que há uma conscientização, uma
mudança cultural”, disse.
Lei antiálcool para menores
A lei paulista determina sanções administrativas, além das punições civis e penais já
aplicadas pela legislação federal, a quem vende bebidas alcoólicas para menores de
idade. Está prevista a aplicação de multas de até R$ 92 mil, além de interdição por até
30 dias, ou até mesmo a perda da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS, de
estabelecimentos que vendam, ofereçam, entreguem ou permitam o consumo, em
suas dependências, de bebida com qualquer teor alcoólico entre menores de 18 anos
de idade em todo o Estado.
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: UNIAD
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Data: 20/08/2012
SP: DOENÇAS PSÍQUICAS ESTÃO
ASSOCIADAS A DEPENDENTES
QUÍMICOS
TERRA.COM.BR
COMENTARUM ESTUDO REALIZADO PELA SECRETARIA DE ESTADO DA
SAÚDE DE SÃO PAULO SOBRE O PERFIL DE 1,3 MIL DEPENDENTES DE
ÁLCOOL E DROGAS TRATADOS NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS, NA UNIDADE
ESTADUAL DE ÁLCOOL E DROGAS DO HOSPITAL LACAN, EM SÃO
BERNARDO DO CAMPO, REVELOU QUE 51% DELES APRESENTAVAM
DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS COMO DEPRESSÃO, TRANSTORNO BIPOLAR
E TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO.
ENTRE OS HOMENS, O ÍNDICE DE PACIENTES COM DOENÇAS
PSÍQUICAS FOI DE 50,1%. JÁ ENTRE AS PACIENTES MULHERES O
PERCENTUAL FOI MAIS ALTO, COM 56%. SEGUNDO O COORDENADOR
DA ÁREA DE SAÚDE MENTAL DA SECRETARIA, SÉRGIO TAMAI, O DADO
DEMONSTRA QUE OS PACIENTES QUE SOFREM DESSES
TRANSTORNOS SÃO MAIS VULNERÁVEIS À DEPENDÊNCIA QUÍMICA.
"UM INDIVÍDUO QUE SOFRA DE DEPRESSÃO, POR EXEMPLO, TEM
CHANCE MAIS ELEVADA DE TENTAR BUSCAR DROGAS ESTIMULANTES
OU ABUSAR DE BEBIDAS ALCOÓLICAS", AFIRMA O PSIQUIATRA.
POR OUTRO LADO, O CONSUMO DE ENTORPECENTES OU DE ÁLCOOL
EM EXCESSO PODE TER UM FORTE IMPACTO NEGATIVO, QUE VAI ALÉM
DA SAÚDE FÍSICA DO INDIVÍDUO, POTENCIALIZANDO AS DOENÇAS
PSÍQUICAS PARA AS QUAIS HAJA PRÉ-DISPOSIÇÃO GENÉTICA.
SEGUNDO TAMAI, JÁ ESTÁ COMPROVADO QUE INDIVÍDUOS COM PRÉDISPOSIÇÃO GENÉTICA PARA DOENÇAS PSÍQUICAS, COMO A
ESQUIZOFRENIA, AUMENTAM EM ATÉ SETE VEZES OS RISCOS DE
DESENVOLVÊ-LAS, QUANDO FAZEM O CONSUMO DE DROGAS.
ELE EXPLICA, AINDA, QUE UMA DAS POUCAS FORMAS DE SE
IDENTIFICAR A PRÉ-DISPOSIÇÃO É INVESTIGANDO O HISTÓRICO
FAMILIAR DE DOENÇAS PSÍQUICAS, O QUE É EXTREMAMENTE
COMPLEXO. "O USO DE DROGAS OU O ABUSO DE BEBIDAS
ALCOÓLICAS PODE SER ENTENDIDO PRATICAMENTE COMO UMA
ROLETA RUSSA PORQUE O PACIENTE NÃO PODE PREVER
EXATAMENTE QUAIS SERÃO AS CONSEQUÊNCIAS", AFIRMA TAMAI.
A UNIDADE ESTADUAL PARA TRATAMENTO DE DEPENDENTES
QUÍMICOS EXISTE DESDE 2009, E TEVE PROJETO TERAPÊUTICO
DESENVOLVIDO POR ESPECIALISTAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SÃO PAULO (UNIFESP). O SERVIÇO ADOTA UM MODELO DE
ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR, FORMADA POR MÉDICOS,
PSICÓLOGOS, ENFERMEIROS E TERAPEUTAS OCUPACIONAIS,
VISANDO À RECUPERAÇÃO DO PACIENTE E SUA REINSERÇÃO SOCIAL.

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