análise conjuntural do comércio exterior
Transcrição
análise conjuntural do comércio exterior
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná ANÁLISE CONJUNTURAL DO COMÉRCIO EXTERIOR RELAÇÕES COM O EXTERIOR Abril 2015 Nº16 2 Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná Presidente: Darci Piana Superintendente: Eduardo Luiz Gabardo Martins Rua Visconde do Rio Branco, 931 – 6º andar CEP 80410-001 – Curitiba – PR – Telefone (41) 3883-4500 www.fecomerciopr.com.br – [email protected] Elaboração: Departamento Econômico da Fecomércio - PR Apoio de Área: Rodolpho Santos Wolf. O conteúdo desta “Análise Conjuntural da Economia e do Comércio” é publicado mensalmente no site da Federação do Comércio do Paraná. Os acessos poderão ser feitos através do site: www.fecomerciopr.com.br 3 Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná Sumário Relações com o Exterior 1. Comércio Exterior Brasileiro 1.1 Balança Comercial Brasileira 1.2 Principais Produtos Exportados e Importados 1.3 Balança Comercial brasileira - com e sem petróleo e derivados - US$ milhões FOB 1.4 Intercâmbio Comercial Brasileiro 1.5 Corrente de Comércio 1.6 Relações Comerciais Brasileiras Com as Américas 1.7 Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção Interna 2. Comércio Exterior Paranaense 2.1 Balança Comercial Paranaense 2.2 Principais Destinos de Produtos do Paraná 2.3 Principais Produtos Exportados 2.4 Corrente de Comércio 2.5 Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem 2.6 Principais Empresas Exportadoras do Paraná 2.7 Principais Empresas Importadoras do Paraná 2.8 Exportações por Fator Agregado 2.9 Balança Comercial dos Principais Exportadores Municipais 3. Investimento Estrangeiro Direto na Economia Brasileira 4. Dívida Externa Brasileira 4.1 Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado 5. Reservas Cambiais Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná 1. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO 1.1 Balança Comercial Brasileira Em abril houve superávit na balança comercial brasileira: US$ 491 milhões. No entanto, os números de abril não foram suficientes para reverter o déficit dos dois primeiros meses. No quadrimestre o déficit é: -US$ -5.066 milhões. Em 2014, o saldo comercial foi negativo: -US$ 3.930 milhões e, portanto, pior que o de 2013, que já havia sido ruim. Os valores mensais negativos em 2014 se concentraram no 1.º bimestre, meses que foram os principais responsáveis pelo saldo negativo no ano; o histórico de desempenho do bimestre se repete em 2015. Em 2014, o maior mercado brasileiro na América Latina- Argentina- cortou importações. A conta turismo foi deficitária e a conta-petróleo, negativa em quase US$ 16 bilhões. A valorização cambial recente do US$ - superou a barreira dos R$ 3,00- poderia melhorar exportações, mas não ajudou porque o “fechamento” de contratos para novos negócios não ocorre de imediato. 04 04 04 05 05 06 06 07 08 09 09 10 10 10 11 11 11 12 12 13 14 14 15 4 A queda na cotação do petróleo no mercado mundial motivado, em parte, pelo aumento da produção americana e redução das suas importações e a opção pelo xisto, poderão ajudar a conter o negativo da conta petróleo da Petrobrás, o que é conveniente para o saldo comercial do país. No entanto poderá atuar como fator de adiamento da exploração interna de petróleo. O déficit no saldo comercial de 2014 pode ser explicado por: recuperação dos EUA; restrições de países do Euro; menores vendas para Argentina; menor crescimento da China; alta tributação e efeito cascata; expansão da importação de petróleo; pequena participação de produtos de alta/média tecnologia nas exportações; predomínio de commodites nas exportações (menor valor agregado). Os preços chineses- com menores custos, afetaram a competitividade brasileira. Em 2014: importações cresceram e houve dificuldades nas exportações industriais. Se o dólar valorizado em 2013 (maior poder de compra ao importador externo) não permitiu elevar exportações devido fatores já mencionados, por outro lado, a desindustrialização ocorrida não foi superada; não é a curto prazo que o perfil industrial do país se altera ou recupera, considerando as limitações competitivas vigentes. Cumpre recuperar exportações da indústria de transformação, detentora de maior agregação de valor e mais empregos criados. TABELA 1 – BRASIL: BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões) Período 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Dez 2014 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2015 Jan Fev Mar Abr Exportações* Variação (%) Importações* Variação (%) 160.649 197.942 152.995 201.915 256.040 242.580 242.183 20.846 225.101 16.026 15.934 17.628 19.724 20.752 20.467 23.025 20.465 19.617 18.230 15.646 17.491 57.931 13.704 12.092 16.979 15.156 16,58 23,21 -22,71 31,98 26,81 -5,26 -0,2 -0,07 -7,05 -23,12 -0,57 10,63 11,89 5,21 -1,37 12,50 -11,12 -4,14 -7,07 -14,17 11,79 -16,42 -21,65 -11,76 40,42 -10,74 120.617 172.985 127.722 181.768 226.240 223.149 239.623 18.192 229.031 20.084 18.059 17.516 19.218 20.040 18.102 21.450 19.297 20.556 19.507 17.996 17.198 62.997 16.878 14.934 16.521 14.665 32,04 43,42 -26,17 42,32 24,47 -1,37 7,4 -4,86 -4,42 10,40 -10,08 -3,01 9,72 4,28 -9,67 18,50 -10,03 6,52 -5,10 -7,75 -4,43 -15,87 -1,86 -11,52 10,63 -11,23 Balança Comercial* 40.032 24.958 25.272 20.147 29.799 19.431 2.560 2.654 -3.930 -4.058 -2.125 112 506 712 2.365 1.575 1.168 -939 -1.277 -2.350 293 -5.066 -3.174 -2.842 458 491 Variação (%) -13,83 -37,66 1,26 -20,28 47,91 -25,23 -87,2 52,62 -253,53 -252,91 -47,64 -105,27 351,79 40,71 232,16 -33,40 -25,84 -180,39 -35,99 -84,02 112,47 -16,54 11,83 10,46 116 7 Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatísticas de comércio exterior – Balança comercial mensal) (Consulta em 04/05/2015) (*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração. Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná 1. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO 1.2 Principais Produtos Exportados e Importados TABELA 2 – BRASIL: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM 2015 (Jan-Mar) Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 Produto Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados Óleos brutos de petróleo Soja, mesmo triturada, exceto para semeadura Café não torrado, não descafeinado,em grão Outros açúcares de cana Pasta quim. madeira de n/conif. a soda/sulfato, semi/branq. Minérios de ferro aglomerado p/ processo de peletizacao Bagacos e outs. resíduos sólidos da extr.do óleo de soja US$ Milhões 2.750,50 2.715,29 2.592,81 1.559,48 1.514,21 1.220,58 1.102,14 1.083,32 Percen tual (%) 12,66 12,50 11,94 7,18 6,97 5,62 5,07 4,99 5 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 -- Milho em grão, exceto para semeadura Pedaços e miudezas, comest.de Galos/Galinhas, congelados Carnes desossadas de bovino, congeladas Alumina calcinada Outros prods. semimanuf. Ferro/Aco, c<0.25%,sec.transv.ret Outros aviões/veículos aéreos, peso>15000kg,vazios Ouro em barras, fios e perfis de seção maciça Outros açúcares de cana, beterraba, sacarose quim. pura, sol. Consumo de bordo - combustíveis e lubrif. p/Aeronaves Ferroniobio Carnes de galos/galinhas, n/cortadas em pedaços, congel. Automóveis c/motor explosao,1500<cm3<=3000,ate 6 passag. Total 931,09 914,51 835,39 648,94 590,78 527,53 469,14 466,44 466,10 463,49 439,65 432,24 21.723,62 4,29 4,21 3,85 2,99 2,72 2,43 2,16 2,15 2,15 2,13 2,02 1,99 100,00 TABELA 3 – BRASIL: PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS EM 2015 (Jan-Mar) Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 -- US$ Milhões Produto Óleos brutos de petróleo "Gasóleo" (óleo diesel) Gás natural, liquefeito Naftas para petroquímica Outs. Partes .p/apars.d/Telefonia/Telegrafia Gás natural no estado gasoso Automóveis c/motor explosao,1500<cm3<=3000,ate 6 passag. Outs. partes p/aparelhos recept. Radiodif. Televisao,etc. Hulha betuminosa, não aglomerada Partes de turborreatores ou de turbopropulsores Outras gasolinas, exceto para aviação Outros cloretos de potássio Barcos-faróis/guindastes/docas/diques flutuantes, etc. Catodos de cobre refinado/seus elementos, em forma bruta Outros veículos automóveis c/motor diesel, p/carga<=5t Out. trigos e misturas de trigo c/centeio, exc. p/ semead. Outras caixas de marchas Sulfetos de minérios de cobre Outros circuitos integrados monolíticos Outs. frações do sangue, prod.imunol. modif.(medicamentos) Total 1.627,43 1.343,19 1.275,58 906,14 788,52 745,00 711,87 641,79 521,82 461,03 459,82 450,59 421,10 343,96 326,21 314,58 310,36 294,81 282,70 273,24 12.499,73 Percen tual (%) 13,02 10,75 10,20 7,25 6,31 5,96 5,70 5,13 4,17 3,69 3,68 3,60 3,37 2,75 2,61 2,52 2,48 2,36 2,26 2,19 100 1.3 Balança Comercial brasileira - com e sem petróleo e derivados - US$ milhões FOB TABELA 4 - Balança Comercial brasileira - com e sem petróleo e derivados FOB (US$ milhões) (Jan-Fev) 2014 2015 Exportação 31.960 25.796 Petróleo e Derivados 3.462 2.604 Demais 28.498 23.192 Importação Petróleo e Derivados Demais 38.156 7.102 31.054 31.192 5.077 26.735 Saldo Petróleo e Derivados Demais -6.196 -3.640 -2.556 -6.016 -2.473 -3.543 Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior –Balança comercial Brasileira Mensal) (Consulta em 03/03/2015) Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná 1. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO 1.4 Intercâmbio Comercial Brasileiro TABELA 5 – BRASIL: INTERCÃMBIO COMERCIAL (Em US$ Milhões) 2014 (JAN-DEZ) Países AELC (1) África (2) Aladi (3) MERCOSUL(*) Argentina Paraguai 2015 (JAN-MAR) Balança Balança Exportações Importações Comercial Exportações 3.299 9.701 46.042 25.053 14.282 3.194 3.910 17.061 37.569 18.446 14.143 1.210 -611 -7.360 8.472 6.607 139 1.983 548 1.831 9.052 4.947 3.072 598 Importações 804 2.389 7.678 3.540 2.703 277 Comercial -256 -558 1.374 1.407 369 320 6 Uruguai Venezuela Chile México Outros (4) Ásia China Coréia do Sul Japão Outros Canadá EUA (5) Europa Oriental (6) Oriente Médio União Europeia Alemanha França Itália Países Baixos Reino Unido Outros (7) Outros Opep (8) Total 2.945 4.632 4.984 3.670 12.335 73.499 40.616 3.831 6.718 22.334 2.316 27.135 4.583 10.419 42.012 6.632 2.918 4.021 13.001 3.827 22.334 6.095 16.866 225.101 1.918 1.174 4.029 5.363 9.732 71.166 37.340 8.526 5.901 19.398 2.715 35.296 3.960 8.000 46.698 13.837 5.698 6.310 3.168 3.257 19.398 2.655 21.557 229.031 1.027 3.458 955 -1.693 2.603 2.333 3.276 -4.695 817 2.935 -399 -8.161 623 2.420 -4.686 -7.205 -2.780 -2.289 9.833 570 2.935 3.439 -4.691 -3.930 635 643 907 803 2.395 12.763 6.190 727 1.203 4.643 488 5.849 579 2.341 8.203 1.340 565 868 2.252 849 4.643 1.122 3.279 42.775 327 232 931 1.157 2.051 17.452 9.664 1.773 1.329 4.686 582 7.174 775 1.017 9.648 2.739 1.114 1.269 716 671 4.686 813 2.708 48.333 307 411 -24 -354 344 -4.689 -3.474 -1.046 -126 -43 -94 -1.325 -196 1.323 -1.445 -1.399 -549 -401 1.536 178 -43 309 571 -5.558 Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de Conjuntura – Indicadores Econômicos – Capítulo V – Intercâmbio Comercial Brasileiro) (Consulta em 03/03/2015) As restrições impostas pela Argentina às exportações brasileiras prejudicam a balança comercial nacional, a indústria exportadora brasileira e paranaense. Também o MERCOSUL perde com as medidas adotadas pela Argentina. 1.5. Corrente de Comércio Brasil: Corrente de Comércio (*) Em US$ milhões 600.000 482.278 400.000 370.927 200.000 281.266 465.729 481.806 383.683 454.132 280.717 120.929 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 (*) Dados de 2015 referentes ao acumulado no ano. CORRENTE DE COMÉRCIO : obtida a partir da soma: exportações mais importações. Quanto maior a corrente de comércio maior o grau de abertura comercial do país. No gráfico, os valores indicam o saldo total anual da corrente de comércio, que não deve ser confundida com balança comercial, que é obtida a partir de exportações menos importações. (*) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) Mercosul: Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela; além do Brasil. Associação Europeia de Livre Comércio, inclui Islândia, Noruega e Suíça (inclui Liechtenstein). Exclui países do Oriente Médio e membros da Opep. Associação Latino-Americana de Integração. Bolívia, Colômbia, Cuba, Equador, Peru e Venezuela. Inclui Porto Rico. Albânia, Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Geórgia, Moldávia, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão, Ucrânia e Uzbequistão. Áustria, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovênia, Estônia, Finlândia, Grécia, Hungria, Irlanda, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Portugal, República Eslovaca, República Tcheca, Romênia e Suécia. Angola, Arábia Saudita, Argélia, Catar, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Indonésia, Kuwait, Líbia, Nigéria e Venezuela. Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná 1. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO 1.6 Relações Comerciais Brasileiras Com as Américas 7 TABELA 6 - Exportações Brasileiras para países das três Américas: do Sul, Central e do Norte (Jan-Mar)(em milhões de U$S) País 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 - Exportações Estados Unidos Argentina Chile Paraguai Venezuela México Uruguai Colômbia Canadá Bolívia Peru Equador Bahamas Trinidad e Tobago Cuba Total Participação (%) 5.824,20 3.071,65 906,90 597,56 643,28 802,90 634,86 479,86 487,59 352,68 359,84 177,93 205,47 76,02 81,23 42.775,24 13,43 7,05 2,04 1,48 1,86 1,36 1,46 1,18 1,29 0,84 0,83 0,36 0,39 0,42 0,17 100,00 TABELA 7 - Importações Brasileiras de países das três Américas: do Sul, Central e do Norte (Jan-Mar)(em milhões de U$S) País 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 - Estados Unidos Argentina México Chile Bolívia Canadá Uruguai Colômbia Peru Paraguai Venezuela Trinidad e Tobago Brasil Costa Rica Equador Total Importações Participação (%) 7.112,45 2.703,09 1.157,21 929,48 760,21 581,94 327,46 338,06 324,62 277,27 232,11 503,08 224,27 14,37 31,92 48.331,99 Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná 15,14 5,79 2,49 1,84 1,60 1,23 0,69 0,74 0,66 0,89 0,55 0,44 0,15 0,03 0,07 100,00 1.7. Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção Interna Anunciadas ou vigentes desde maio/2010, para estimular o setor exportador e valorizar a produção da indústria nacional. Algumas das decisões não foram implementadas eficientemente e não produziram os efeitos necessários e esperados. As providências são as seguintes: 1. Créditos Tributários: Devolução de 50% dos créditos de PIS/PASEP, COFINS, IPI, acumulados na exportação até 30 dias após o pedido. Atualmente o retorno leva até cinco anos. Terão direito as empresas ; a) que exportaram pelo menos 30% do faturamento nos últimos dois anos. 8 b) que sejam exportadoras há no mínimo quatro anos. c) com tributação pelo lucro real e que utilizem nota fiscal eletrônica. d) cujo histórico de pedidos de ressarcimento negados não supere em 15% o total solicitado nos últimos dois anos. 2. Banco de Fomento: Criação do EXIM Brasil (no estilo do Eximbank internacional), subsidiário do BNDES especializado em comércio exterior para diminuir burocracia e dar mais rapidez a operações de exportação. Voltado para operações de longo prazo, como bens de capital e serviços de engenharia. 3. Micro e Pequenas Empresas: Poderão exportar até R$ 2,4 milhões sem a contabilização desse valor no limite de faturamento para enquadramento no Simples, que é também R$ 2,4 milhões. 4. Financiamento: BNDES poderá destinar R$ 7 bilhões para linha de exportação de bens de consumo subsidiada pelo Tesouro Nacional. 5. Garantias de criação: a) FGCE-Fundo Garantidor de Comércio Exterior, que terá transferências de fundo do BNDES. b) FGIE- Fundo Garantidor de Infraestrutura, que reunirá fundos naval e de energia e as PPP’s (Parceria Público-Privada), somando R$ 5 bilhões. c) EBS-Empresa Brasileira de Seguros para administrar risco dos fundos garantidores da União e para concessão de seguros com o setor privado. 6. Isenção: Ampliação do “drawback isenção” para o mercado interno, em que os tributos pagos na compra de insumos para produtos exportados poderão ser descontados na reposição de matériaprima nacional. 7. Compras Governamentais: Produtos nacionais terão preferência nas compras do governo federal. O valor será de até 25% do similar produzido em outro país. 8. Autopeças: Acaba com o desconto de 40% sobre o Imposto de Importação de autopeças para estimular a produção nacional. 9. Valorização recente do dólar (e consequente desvalorização do R$) poderá favorecer exportações, conter a demanda de importados (que participam com 23% a 25% na demanda final), e elevar a produção interna em segmentos específicos. 10. Aumento do IPI para carros importados (set 2011): passou a vigorar em 2012; 11. Eleva de 3 para 5 anos a cobrança de 6% do IOF: nas operações de cambio contratadas após 12/03/2012. 12. Proteção a produtos da Zona Franca de Manaus: aumento de 20% p/ 35 do IPI de importados: motos, micro-ondas e aparelhos de ar condicionado. 13. Governo anuncia em 01/10/2012 lista de 100 produtos importados que terão aumento no imposto de importação. 14. Final de janeiro de 2013: Banco Central injeta dólares no mercado, para forçar baixa do dólar no mercado, como parte de uma política anti-inflacionária. 15. Junho/2013: providencias visaram estimular a permanência de US$ na economia brasileira. 16. Dezembro/2013: aumento no IOF para uso de cartões de crédito no exterior. 17. Março/2015: dólar-US$ rompe a barreira dos R$ 3,00. Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE 2.1 Balança Comercial Paranaense O saldo da balança comercial do Paraná no 1.º trimestre de 2015 foi negativo: -US$ 211,82 milhões. No ano de 2014, o Paraná teve um saldo negativo na balança comercial de -US$ 1.104,6 milhões, tendo sido este o 4.º saldo negativo seqüencial (desde 2011) nas contas externas do Estado. 9 O dólar valorizado não ajudou a melhorar. A corrente de comercio do Paraná (exportações mais importações) em 2014 atingiu US$ 33,6 bilhões, valor que sinaliza queda na abertura econômica do Estado em relação ao triênio anterior: 2011 a 2013. O saldo comercial negativo de 2011 a 2014, não ocorria desde 2005. O quadro critico interno do País, em termos políticos, éticos e morais afetam toda a economia, que ainda tem que carregar a carga negativa dos escândalos do Petrobrás de diversas conotações só contribuem para dificultar ainda mais o desempenho de uma economia como a do Paraná. O início de 2015, coincidente com o início do governo reeleito em 2014, se apresenta, sem dúvida, como um período de crise econômica, aumento de preços, maior tributação e, lamentavelmente, retração nos investimentos. A crise na economia da Argentina, a sua carência de divisas, mais as exigências adicionais por eles formuladas, dificultam exportações paranaenses para aquele país, prejudicando bastante a indústria de transformação do Paraná, que sempre teve naquele país importante e grande mercado. TABELA 8 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões) Variação Período Exportações 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2015 Jan Fev Mar (%) 12.352,86 15.247,18 11.222,83 14.176,01 17.394,23 17.709,59 18.239,20 16.332 904,545 1.313,19 1.486,05 1.671,43 1.560,96 1.457,73 1.656,06 1.505,80 1.328,27 1.247,30 1.169,22 1.031,59 3.003,77 903,90 852,61 1.247,26 Variação Importações* 23,33 23,43 -26,39 26,31 22,70 1,81 2,99 -10,46 -26,33 45,18 13,16 12,48 -6,61 -6,61 13,61 -9,07 -11,79 -6,10 -6,26 -11,77 -18,9 -12,38 -5,67 46,29 Saldo Balança (%) 9.017,99 14.570,22 9.620,84 13.956,96 18.767,23 19.387,10 19.343,80 17.294 1.217,33 1.304,34 1.419,41 1.425,21 1.645,81 1.306,81 1.914,17 1.414,66 1.615,21 1.217,50 1.597,83 1.216,05 3.215,64 1.055,76 1.032,86 1.127,02 Variação Comercial * 50,85 61,57 -33,97 45,07 34,47 3,30 - 0,23 -10,59 -22,10 7,15 8,84 0,41 15,48 -20,60 46,47 -26,10 14,18 -24,62 31,24 -23,89 -18,40 -13,18 -2,17 9,11 (%) 3.334,87 676,96 1.601,98 219,05 -1.373,00 -1.677,52 - 1.104,60 -962 -312,78 8,85 66,64 246,22 -84,85 150,93 -258,11 91,14 -286,94 29,79 -428,606 -184,459 -211,87 -151,86 -180,25 120,24 -17,42 -79,70 136,64 -86,33 -726,78 -22,16 -34,26 12,80 -6,58 - 102,83 653,19 269,47 -134,46 277,87 -271,02 -135,31 -414,83 110,38 -1.538,76 56,96 -10,71 -17,67 18,69 -166,69 Fonte: www.mdic.gov.br –(Comércio exterior – Estatística do comércio exterior –Balança comercial – Estados) (Consulta em 03/03/2015) Paraná: Exportações X Importações (em US$ milhões) Exportações Importações (*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração. Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná fev-15 mar-15 jan-15 dez-14 out-14 nov-14 set-14 jul-14 ago-14 jun-14 abr-14 mai-14 mar-14 fev-14 jan-14 dez-13 out-13 nov-13 set-13 ago-13 jul-13 jun-13 mai-13 abr-13 mar-13 fev-13 2.500,00 2.000,00 1.500,00 1.000,00 500,00 0,00 10 COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE 2.2 Principais Destinos de Produtos do Paraná Hjkhj TABELA 9 – PARANÁ: PRINCIPAIS PAÍSES DE DESTINO DE PRODUTOS (1) 2015 (Jan - Mar) 2014 (Jan – Dez) Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 --- Dez Principais Destinos US$ Milhões China Argentina Estados unidos Países baixos (Holanda) Alemanha Paraguai Arábia saudita Rússia Tailândia Franca Total 3.365,38 1.204,19 706,25 661,92 655,12 613,11 526,79 394,90 391,15 385,73 8.904,53 Participação Percentual (%) 37,79 13,52 7,93 7,43 7,36 6,89 5,92 4,43 4,39 4,33 100,00 Dez Principais Destinos US$ Milhões China Argentina Estados unidos Paraguai Arábia saudita Alemanha Índia Malásia Argélia Hong Kong Total 467,99 198,13 168,20 140,65 135,92 131,56 101,25 94,91 80,83 72,22 1.591,66 2.3 Principais Produtos Exportados 2.4 Corrente de Comércio TABELA 10 – PARANÁ: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM 2015 (JAN-MAR) (1) Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 -- US$ Milhões Produto Soja, mesmo triturada, exceto para semeadura Pedaços e miudezas de Galos/Galinhas congelados Bagacos e resíduos sólidos do óleo De Soja Carnes de galos congelados Outros açúcares de cana Milho Em Grão, exceto para semeadura Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado Outras madeiras compensadas folheadas Café solúvel, mesmo descafeinado Outros papeis/cartões p/escrita Adubos ou fertilizantes Madeira de coníferas, perfilada Carnes de outros animais, salgadas, secas, etc. Automóveis c/motor explosao,1500<cm3<=3000 Farinhas e "pellets", da extração do óleo de soja Combustíveis e lubrificantes p/embarcações Outros .trigos e misturas de trigo com centeio Outras pás mecânicas, escavadores, carregadoras, etc. Outros couros bovinos, Incluídos búfalos Bombas injetoras de combustível P/motor diesel Total 393,09 315,33 208,64 151,11 130,39 111,38 111,03 83,41 68,02 65,23 50,20 48,08 37,96 37,10 37,08 33,49 32,02 26,26 25,88 24,92 1.990,61 Percen tual (%) 19,75 15,84 10,48 7,59 6,55 5,60 5,58 4,19 3,42 3,28 2,52 2,42 1,91 1,86 1,86 1,68 1,61 1,32 1,30 1,25 100,00 Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança Comercial Brasileira: Unidades da Federação) Consulta em 03/03/2015 Participação Percentual (%) 29,40 12,45 10,57 8,84 8,54 8,27 6,36 5,96 5,08 4,54 100,00 TABELA 11 – PARANÁ: CORRENTE DE COMÉRCIO(*) Período 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2015 Jan Fev Mar US$ Milhões* 29.817,40 20.843,67 28.132,97 36.161,45 37.096,97 41.024,11 33.625,86 2.617,28 2.905,54 3.096,64 3.206,78 2.764,54 3.570,23 2.920,46 2.943,47 2.464,79 2.767,06 2.247,65 6.219,41 1.959,66 1.885,47 2.374,28 Var (%) 39,52 -30,10 34,97 28,54 2,59 1,11 -0,09 23,35 11,01 6,58 3,56 -13,79 29,14 -18,20 0,79 -6,26 12,26 -18,77 -18,64 -12,8 -3,79 25,92 PARANÁ: EXPORTAÇÕES POR TIPOS DE BENS (Jan - Mar de 2015)(2) (em US$ milhões) 2.250,00 2.000,00 1.750,00 1.500,00 1.250,00 1.000,00 750,00 500,00 250,00 - 1.941,03 802,05 218,57 Bens De Capital Bens Intermediarios Bens De Consumo (1) Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta em 03/03/2015)(*) Dados Atualizados. Sujeitos à alteração. (2) Dados preliminares. (3) Bens de Capital: bens que geram riqueza: máquinas que fabricam outros bens; ou bens de longa duração: equipamento hospitalar Bens Intermediários: bens manufaturados ou matérias-primas processadas utilizadas na produção de outros bens (exemplo: peças para veículos) Bens de Consumo: utilizados para o atendimento das necessidades humanas imediatas: alimentos, remédios, etc (*) CORRENTE DE COMÉRCIO: obtida a partir da soma: exportações mais importações. Quanto maior a corrente de comércio maior o grau de abertura comercial. No gráfico, os valores indicam o saldo no período da corrente de comércio, que não deve ser confundida com balança comercial, que é obtida a partir de exportações menos importações. Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná 11 COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE 2.5 Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem TABELA 12 – PARANÁ: PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS DE DESTINO E ORIGEM DE PRODUTOS 2015 (JAN-MAR) Principais Blocos Econômicos de Destino US$ Milhões Ásia (Exclusive Oriente Médio) Aladi Oriente Médio União Europeia - UE Demais Blocos Total 1.035,66 686,95 484,41 292,86 316,08 2.815,97 2015 (JAN-MAR) Percen tual (%) 36,78 24,39 17,20 10,40 11,22 100,00 Principais Blocos Econômicos de Origem Ásia (Exclusive Oriente Médio) União Europeia - UE Aladi África Estados Unidos (Inclusive Porto Rico) Total US$ Milhões 987,78 835,89 606,38 286,91 252,23 2.969,20 (*)Considera apenas blocos econômicos e não países não pertencentes a estes blocos. 2.6 Principais Empresas Exportadoras do Paraná TABELA 13 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS EXPORTADORAS EM 2015 (JAN-MAR) Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 --2.7 20 Principais Empresas Exportadoras Brf S.A. Cargill Agricola S A Cooperativa Agropecuaria Mouraoense Ltda Nidera Sementes Ltda. Seara-Ind. E Comercio De Produtos Agro-Pecuarios Ltda Bunge Alimentos S/A Klabin S.A. Renault Do Brasil S.A C.Vale - Cooperativa Agroindustrial Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A. Copacol-Cooperativa Agroindustrial Consolata Usina Alto Alegre S/A - Acucar E Alcool Volvo Do Brasil Veiculos Ltda Companhia Cacique De Cafe Soluvel Seara Alimentos Ltda Petróleo Brasileiro S A Petrobras Cooperativa Agroindustrial Lar Caterpillar Brasil Ltda Robert Bosch Limitada Wilmar Sugar Brasil Comercial Ltda. Total Principais Empresas Importadoras do Paraná US$ Milhões Percentual (%) 195,74 178,76 126,98 96,70 90,42 89,90 84,08 76,94 68,22 66,00 53,55 49,22 49,03 43,95 43,67 42,54 42,29 39,81 38,60 38,03 1.514,43 12,92 11,80 8,38 6,39 5,97 5,94 5,55 5,08 4,50 4,36 3,54 3,25 3,24 2,90 2,88 2,81 2,79 2,63 2,55 2,51 100,00 TABELA 14 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS IMPORTADORAS EM 2015 (JAN-MAR) Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 --- 20 Principais Empresas Importadoras Petróleo Brasileiro S A Petrobras Renault Do Brasil S.A Volkswagen Do Brasil Ltda Electrolux Do Brasil S/A Volvo Do Brasil Veiculos Ltda Yara Brasil Fertilizantes S/A Mosaic Fertilizantes Do Brasil Ltda. Positivo Informatica S/A Brf S.A. Cnh Industrial Latin America Ltda. Adama Brasil S/A Fertipar Fertilizantes Do Parana Limitada Caterpillar Brasil Ltda Cervejarias Reunidas Skol Caracu S A Fertilizantes Heringer S.A. Arauco Do Brasil S.A. Denso Do Brasil Ltda Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A. Aker Solutions Do Brasil Ltda Kraft Foods Brasil S.A. total US$ Milhões Percentual (%) 256,67 242,71 207,53 85,42 85,05 63,85 61,08 60,70 56,48 43,93 42,09 41,01 29,22 28,15 27,00 26,72 23,88 23,32 22,75 21,21 1.448,80 17,72 16,75 14,32 5,90 5,87 4,41 4,22 4,19 3,90 3,03 2,91 2,83 2,02 1,94 1,86 1,84 1,65 1,61 1,57 1,46 100,00 Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 03/03/2015) Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná Percen tual (%) 33,27 28,15 20,42 9,66 8,49 100,00 12 COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE 2.8 Exportações por Fator Agregado TABELA 15 – PARANÁ: EXPORTAÇÕES – TOTAIS POR FATOR AGREGADO (Em US$ Milhões) Período Básicos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Nov Dez 2014 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2015 Jan Fev Mar 4.233,78 5.787,48 4.985,13 5.983,15 7.952,48 8.356,71 9.068,37 615,79 386,65 8.304,08 345,05 686,35 868,74 1.112,96 904,38 796,41 865,85 772,53 650,78 497,61 439,80 363,62 1.388,69 346,97 362,69 679,03 Indústria- Operações lizados Especiais 7.949,75 9.152,08 6.024,36 7.921,86 9.056,69 9.022,70 8.916,49 768,01 826,09 7.775,25 545,01 604,99 594,77 532,58 633,96 638,39 763,21 704,02 659,34 733,31 708,35 657,32 1.577,60 545,59 479,06 552,95 169,32 307,62 213,33 270,99 385,06 330,17 254,34 21,91 15,09 252,79 14,48 21,85 22,53 25,88 22,63 22,93 27,00 29,25 18,15 16,37 21,08 10,65 37,48 11,34 10,87 15,27 TOTAL 12.352,86 15.247,18 11.222,83 14.176,01 17.394,23 17.709,59 18.239,20 1.405,71 1.227,83 16.332,12 904,54 1.313,19 1.486,05 1.671,42 1.560,96 1.457,73 1.656,06 1.505,80 1.328,27 1.247,29 1.169,23 1.031,60 3.003,77 903,90 852,61 1.247,26 Fonte: www.mdic.gov.br (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta : 03/03/2015) 2.9 Balança Comercial dos Principais Exportadores Municipais TABELA 16 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL DOS MAIORES EXPORTADORES MUNICIPAIS EM 2015 (JAN-MAR) (Em US$ Milhões) Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 -- 15 Principais Municípios Paranaguá Maringá Curitiba Ponta Grossa São José dos Pinhais Londrina Araucária Telêmaco Borba Cascavel Marialva Rolândia Palotina Cafelândia Campo Largo Cambé TOTAL Percen Exportações tual Percen Importações (%) 673,84 284,40 277,29 272,76 208,12 178,03 115,89 113,97 104,26 79,73 79,14 68,69 53,48 53,19 47,68 2.610,48 25,81% 10,89% 10,62% 10,45% 7,97% 6,82% 4,44% 4,37% 3,99% 3,05% 3,03% 2,63% 2,05% 2,04% 1,83% 100% tual (%) 300,51 63,72 824,83 149,81 635,98 89,77 409,66 9,15 36,69 5,16 5,09 1,34 3,36 71,57 36,01 2.642,66 Balança Corrente de Comercial Comércio 11,37% 2,41% 31,21% 5,67% 24,07% 3,40% 15,50% 0,35% 1,39% 0,20% 0,19% 0,05% 0,13% 2,71% 1,36% 100% Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 03/03/2015) Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná 373,32 220,68 -547,54 122,95 -427,86 88,26 -293,77 104,82 67,57 74,56 74,06 67,35 50,12 -18,38 11,67 -32,18 974,35 348,12 1.102,13 422,57 844,10 267,81 525,55 123,12 140,94 84,89 84,23 70,04 56,85 124,77 83,69 5.253,13 13 3. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO NA ECONOMIA BRASILEIRA O IED do 1.º trimestre de 2015 foi: US$ 11.000 milhões. Em 2014 o IED atingiu US$ 62,5 bilhões, valor representativo da terceira queda sucessiva do IED no Brasil a partir de 2011. Poderiam comprometer a entrada de IED no país a combinação simultânea de acontecimentos como a melhora na economia dos EUA, a possibilidade de adoção pelo governo brasileiro de medidas restritivas que interfiram no rendimento dos investimentos ou ainda fatores aleatórios imprevistos, inclusive os de conotação política. A recente deterioração da credibilidade da economia brasileira no resto do mundo, e a teia de fatos relacionados à Petrobrás, inclusive a queda em 2015 do grau de investimento para grau especulativo estão prejudicando uma superação. O IED é um fluxo importante de capital: permite ampliar produção, inovar e modernizar produtos, e melhorar produtividade. Considera somente o capital externo produtivo, capaz de gerar novos bens e serviços. Difere do capital especulativo, aplicado em pública e títulos da dívida bolsa de valores, que tem um imediatismo quanto ao retorno, ou seja, não permanecendo por longo prazo. Com uma crise, sai do país, sem gerar empregos, produtos ou serviços. As expectativas de crescimento do IED em 2014 foram comprometidas por limitações econômico-políticas no país, mais a melhoria na economia dos EUA, saída de aplicações da BOVESPA, mais o comprometimento da credibilidade da economia brasileira. Essa credibilidade teve rápida deterioração, ressaltando-se o PIB de 2014 próximo a 0,5%. Em 2010-2011, houve grandes investimentos automotivos de instalação ou ampliação, com financiamento do BNDES e uma teia de incentivos fiscais concedidos pelos estados sedes.. Até 2011, o IED cresceu ano a ano, associado à confiança do exterior e o PIB de 7,5% em 2010. Em 2009, a exceção foi a queda expressiva associada à crise nos EUA e repercussões no Brasil. TABELA 17 – IED NO BRASIL Período 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2015* Jan Fev Mar Valor em US$ Milhões* 15.066 18.822 34.584 45.058 25.948 48.506 66.660 65.242 63.969 62.495 4.053 4.977 5.233 5.963 3.924 5.898 6.840 4.214 4.979 4.644 6.650 11.000 3.968 2.769 4.263 Variação Percentual (%) -16,97 24,93 83,74 30,29 -42,41 86,93 37,43 -2,13 -2,00 -2,30 -20,76 22,80 5,14 13,96 -34,19 50,31 15,96 -38,39 18,15 -6,72 43,18 -22,23 -40,33 -30,22 53,95 Fonte: www.ipeadata.gov.br - (Conta financeira – Investimentos diretos – Estrangeiros no país) (Consulta em 03/03/2015) (*) Acumulado no ano; dados preliminares. Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná 14 4. DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA A dívida externa brasileira total é o somatório das dívidas do setor público (governos: federal, estaduais e municipais, mais Distrito Federal e empresas públicas) e do setor privado. Os números disponíveis apontam que em 2015, até março, a dívida de médio e longo prazo: 82,25% é muito superior à de curto prazo: 17,75%, situação que contribui para reduzir a pressão para pagamentos. Em 2014, houve aumento da dívida em relação à existente no ano anterior: em dezembro/ 2013 era US$ 312 bilhões que sobe para US$ 347,6 bilhões dezembro de 2014. A dívida de curto prazo corresponde a 15,71% do total; a de médio e longo prazo atinge 84,29 %. A distribuição dessa dívida amplia a elasticidade no pagamento e renegociações. Os dados da dívida de curto prazo de 2011/ 2012 (comparados a 2010) apontam redução expressiva; em 2014, cresce bastante. A dívida de médio e longo prazo para 2011/2012 cresceu bastante mas cai percentualmente cem 2014. Para isso contribuiu juros menores no exterior, pois os tomadores de empréstimos buscam o menor custo do mesmo. A administração do estoque de divisas praticada pelo Banco Central, indica condições consistentes para desembolsos futuros para pagamentos da dívida externa. A existência de dívida, mesmo que grande, não indica necessariamente, inviabilização de uma economia. Pode representar captação de recursos que sejam necessários e importantes para o setor público ou empresários do setor privado mas, desde que utilizados dentro de uma gestão financeira eficiente podem ser perfeitamente justificáveis. TABELA 18 – DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA (Em US$ Milhões) Período 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015* Curto Prazo Valor (%) 38.901 20,13 36.444 18,37 30.972 15,62 56.450 22,12 39.040 13,13 37.535 11,85 32.855 10,53 54.614 15,71 61.737 17,75 Médio e Longo Prazo Valor (%) 154.318 79,87 161.896 81,63 167.220 84,37 198.734 77,87 258.310 86,87 279.295 88,15 279.166 89,51 293.008 84,29 286.024 82,25 Total 193.219 198.340 198.192 256.804 297.349 316.831 312.022 347.621 347.761 Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Notas econômico-financeiras para a imprensa – Setor externo – TABELA 52) (Consulta em 03/03/2015) (*) Dados de Fevereiro – 2015 22.1. Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado A dívida externa brasileira está distribuída em dívidas do governo e do setor privado. A dívida registrada para 2008-2013, conforme o Banco Central, está distribuída na Tabela abaixo. Constata-se uma realidade pouco conhecida do grande público: do total da dívida externa brasileira, verifica-se que o setor privado, no período 2008 - 2013 é, na média, responsável por mais da metade dessa dívida. O período 2011-2013 mostra forte inversão de tendência comparada a 2008-2010. O dado mais recente da dívida, ano de 2013, mostra o setor privado devendo 61,5, quase o dobro do setor público. A dívida privada cresceu muito a partir de 2010, sob estímulo dos baixos juros no exterior e valorização do R$ perante o US$ até 2011. A dívida pública está distribuída entre governos: federal, estaduais, municipais mais as estatais. TABELA 19 – BRASIL: PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DA DÍVIDA EXTERNA Ano 2008 (1) 2009 (2) 2010 (3) 2011 (4) 2012 (5) 2013 (6) Fonte: Setor Público 46,9 51,8 45,0 37,2 36,3 38,5 (1) Boletim Anual – 2008 do Banco Central do Brasil (p.153). (3) Boletim Anual – 2010 do Banco Central do Brasil (p. 135). (5) Boletim Anual – 2012 do Banco Central do Brasil (p. 129). Setor Privado 53,1 48,2 55,0 62,8 63,7 61,5 Total 100 100 100 100 100 100 (2) Boletim Anual – 2009 do Banco Central do Brasil (p.142). (4) Boletim Anual – 2011 do Banco Central do Brasil (p. 129). (6) Boletim Anual – 2013 do Banco Central do Brasil (p. 121) 15 Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná 5. RESERVAS CAMBIAIS O ano de 2015 aponta em abril um saldo de reservas de US$ 372,5 bilhões, bastante inferior ao existente no período maio a agosto de 2014, que atingiu média mensal acima de US$ 379 bilhões. As reservas cambiais são muito importantes e estratégicas no atual contexto econômico. O “lastro cambial” revela disponibilidade de elevado estoque de divisas no BC, atuando como um colchão amortecedor desde o inicio da crise mundial de 2008, e permite ao Brasil maior credibilidade no mercado externo, manter o “grau de investimento” obtidos em 2008 e 2009 e ampliar entrada de capital externo. Essa importância pode ser avaliado a partir das restrições às importações da Argentina- carente de divisasque vem afetando produção e demanda internas. O grau de investimento da economia permanece, apesar do corte da nota da dívida do Brasil de “BBB” para “BBB-“ pela agência de classificação de risco Standard and Poor's. A redução da nota pelas agências de classificação de risco significa que o acesso a crédito será menor e os juros pagos serão maiores. No entanto, a nota do Brasil é a maior das economias emergentes e, no atual cenário global, é um país que ainda vale o risco para os investidores. Uma parcela dos US$ da reserva cambial é especulativa, por conta dos juros maiores pagos pelos títulos do governo, comparados à remuneração em outros países. É um volume de divisas importante para a economia brasileira, mas que gera um custo associado às aplicações do exterior em títulos do governo, que pagam altas remunerações. É o “capital especulativo” volátil, sem compromisso com produção, investimento interno ou emprego e que, em função de um distúrbio no mercado externo poderá, rapidamente, sair do País. Os dólares do BC, em parte aplicados em títulos do governo americano, tem remuneração inferior à paga pelo governo brasileiro. Uma parcela das reservas advém da compra de US$ pelo BC em períodos de alta entrada que induziam a valorizar o R$; a outra parte vem das exportações. TABELA 20 – BRASIL: RESERVAS CAMBIAIS (1) (Em US$ Milhões) Reservas Variação Cambiais no Sobre o Período Banco Central Período (1) Anterior (%) 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2015 Jan Fev Mar Abr 53.799 85.839 180.334 193.783 238.520 288.575 352.012 379.095 375.467 374.051 376.411 377.916 377.855 379.171 380.001 379.880 379.263 376.164 376.033 375.626 374.051 -372.665 372.496 372.130 372.510 1,60 59,60 110,10 7,46 23,09 0,82 21,98 7,69 -0,97 -0,38 0,12 0,40 -0,02 0,35 0,22 -0,03 -0,16 -0,82 -0,03 -0,03 -0,42 --0,37 -0,05 -0,10 0,10 Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de conjuntura – Reservas Internacionais – Dados diários) (Consulta em 27/04/2015)
Documentos relacionados
Federação do Comércio do Paraná
compra de insumos para produtos exportados poderão ser descontados na reposição de matériaprima nacional. 7. Compras Governamentais: Produtos nacionais terão preferência nas compras do governo fede...
Leia mais