circular em pdf - Valongo Ambiental

Transcrição

circular em pdf - Valongo Ambiental
35 ANOS (1978 – 2013)
14/2013
VINHA
PODRIDÃO CINZENTA
©Reprodução sujeita a autorização
Observámos em situações pontuais
ataques de podridão cinzenta no cacho,
desenvolvida a partir de perfurações provocadas
pela traça da uva ou por focos de Botrytis que
ocorreram muito cedo. O último tratamento 3 a 4
semanas antes da colheita, apenas poderá ser
realizado em condições especiais.
TRAÇA DA UVA
Continuámos a registar capturas na nossa
rede de armadilhas. Deverá ser feita uma
observação atenta do ataque aos cachos e poderá
ainda justificar-se a realização de um tratamento,
se for atingido o nível económico de ataque. Deve
sempre respeitar o intervalo de segurança.
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POMÓIDEAS
Realização técnica:
J. F. Guerner Moreira
(Eng.º Agrónomo –
Responsável pela
Estação de Avisos)
António Seabra Rocha
(Eng.º Agrícola)
Carlos Coutinho
(Agente Técnico
Agrícola)
DOENÇAS DE CONSERVAÇÃO
(PODRIDÕES DOS FRUTOS)
Principalmente para a fruta que se destina
à conservação em câmara frigorífica, é vantajoso
realizar os tratamentos pré- colheita, utilizando os
seguintes produtos:
 tirame – até um mês antes da colheita;
 fosetil alumínio – entre 3 semanas e 3
dias antes da colheita.
Consulte o texto sobre doenças de conservação das
pomóideas, que publicámos na Circular nº 11, de
08/07/2013.
MOSCA DO MEDITERRÂNEO
As capturas nas armadilhas têm sido
poucas. Contudo, é prevista uma nova subida da
temperatura, o que aumentará o risco de ataque
desta praga. Atendendo que o nível económico de
Senhora da Hora, 10 de Setembro de 2013
ataque é a presença, recomenda-se que tenha o
pomar protegido na presença da praga. Estas
recomendações são válidas para outros frutos em
processo de mudança de cor de verde para
amarelo.
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OLIVEIRA
MOSCA DA AZEITONA
Está a decorrer o voo da mosca da
azeitona. Por enquanto, as capturas de adultos nas
armadilhas têm sido baixas. No entanto, à
aproximação das chuvas do Equinócio de outono, é
provável o aumento da intensidade dos ataques
desta mosca nas azeitonas em desenvolvimento.
QUADRO 1 - INSECTICIDAS HOMOLOGADOS PARA
COMBATE À MOSCA DA AZEITONA
Substância
activa
deltametrina

dimetoato 
fosmete 
lambdacialotrina 
spinosade
tiaclopride 
Produtos
comerciais
DECIS, DELTAPLAN,
DELSTAR, PETRA,
DECA
DIMETAL,
PERFEKTHION,
DANADIM
PROGRESS,
DIMISTAR
PROGRESS, ROGOR
IMIDAN 50 WP 
KARATE ZEON
SPINTOR ISCO 
CALYPSO
P.I.
A.B.
SIM
NÃO
I.S.
(dias
)
.7
42

SIM
NÃO
14
7
SIM
SIM
SIM
NÃO
7
14
Recomenda-se a vigilância dos olivais e o
tratamento contra esta mosca, recorrendo a um
dos inseticidas homologados (Quadro 1). Pode
fazer-se a estimativa do risco, recomendada em
Proteção Integrada, mas que pode ser utilizada
com vantagem noutros modos de produção,
procedendo do seguinte modo:
Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte
Sede: Rua da República, 133
5370 – 347 Mirandela
Tel + 351 27 826 09 00 - Fax + 351 27 826 09 76
E-mail [email protected]
http://www.drapn.mamaot.pt
Divisão de Apoio ao Setor Agroalimentar
Quinta de S. Gens Estrada Exterior da
Circunvalação, 11 846
4460 – 281 SENHORA DA HORA
Telefone: 229 574 010 Fax: 229 574 029
E-mail: [email protected]
observar 200 azeitonas (10 X 20 árvores) e tratar se 10%
tiverem larvas vivas. Este método é de muito difícil
execução quando se trata de oliveiras de grande porte,
como é vulgar na Região, mas viável em olivais novos,
conduzidos de forma intensiva.
Notas ao Quadro 1 
 Apenas duas aplicações por ano.
 Este intervalo pode ser reduzido para 21 dias quando
se efetua apenas uma aplicação na concentração de 30g
de substância ativa /hl (correspondente75 ml de produto
comercial /hl)
 Autorizado apenas para aplicação em produção de
azeitona de mesa, com um máximo de 2 aplicações. Não
pode ser aplicado em azeitonas para produção de azeite.
 Máximo 4 aplicações em P.I.. Para evitar o
desenvolvimento de resistências aconselha-se a não
efetuar mais de 2 aplicações por ciclo cultural.
GAFA
A gafa causa o apodrecimento das azeitonas,
dando origem a azeites muito ácidos e de fraca qualidade.
É uma doença muito importante na nossa região, dado o
clima húmido. Nos anos com Outonos chuvosos, pode
causar elevados prejuízos. À aproximação de chuvas
continuadas, recomenda-se a aplicação de um tratamento
à base de cobre (hidróxido, oxicloreto, calda bordalesa,
sulfato de cobre tribásico) ou de trifloxistrobina.
OLHO DE PAVÃO
Recomenda-se o tratamento contra esta doença,
que pode provocar uma desfoliação grave das oliveiras,
com um produto à base de cobre (óxido cuproso,
hidróxido ou oxicloreto), antes das chuvas do Outono ou
ao aparecimento das primeiras manchas. Os fungicidas à
base de cobre (hidróxido) e cobre (oxicloreto) combatem
em simultâneo a gafa da azeitona.
Muitos produtos à base de cobre são permitidos
em olivicultura biológica. Consulte o Guia dos Produtos
Fitofarmacêuticos em Modo de Produção Biológico 2011
(último publicado até à data).
No combate a estas doenças, deve ser dada
particular atenção aos olivais novos com formas de
condução intensivas, ultimamente plantados na Região,
mais sujeitos aos ataques dos fungos causadores destas
doenças.
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CITRINOS
AFÍDIO OU PIOLHO NEGRO ORIENTAL
DOS CITRINOS
(Toxoptera citricida Kirkaldy)
Trata-se de um afídio de cor castanho-escuro a
negro, brilhante, com antenas e patas finas, com ou sem
asas. Além dos prejuízos que causa diretamente, ao atacar
rebentos, flores e frutos pequenos, é vetor do vírus da
tristeza dos citrinos (Citrus tristeza vírus), que é
considerada a doença mais grave dos citrinos a nível
mundial. Foi detetado pela primeira vez na região de
Entre Douro e Minho em 2003. Alguns focos da doença da
tristeza têm também sido localizados e erradicados já
desde 1999.
A expansão das populações é notada na Região de
Entre Douro e Minho sobretudo a partir do fim do verão.
Caso suspeite da presença deste inseto, contacte os
nossos serviços. Nos casos em que haja a certeza da sua
presença, deve aplicar um aficida adequado: azadiractina
(ALIGN, FORTUNE AZA); acetamiprida (EPIK; EPIK SG;
GAZELLE; GAZELLE SG); flonicamida (TEPPEKI);pimetrozina
(PLENUM 50 WG); pirimicarbe (PIRIMOR G); tiametoxame
(ACTARA 25 WG).
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QUADRO 2 -INSECTICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À MOSCA DO MEDITERRÂNEO
Substância
activa
azadiractina (1)
fosmete (2) (3)
Nome comercial
Ameixeira
NÃO
NÃO
Citrinos
SIM
SIM
Diospireiro
NÃO
NÃO
Figueira
NÃO
NÃO
Macieira
NÃO
SIM
Marmeleiro
NÃO
NÃO
Pereira
NÃO
SIM
Pessegueiro
SIM
NÃO
FORTUNE AZA
IMIDAN 50 WP
KARATE ZEON; KARATE+;
NINJA with ZEON
lambdatechnology; JUDO;
SIM
SIM
NÃO
NÃO
SIM
SIM
SIM
SIM
cialotrina
ATLAS;PATROL; KAISO
SORBIE;ASCOT; PROCER
lufenurão
ADRESS; MATCH
SIM
SIM
SIM
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
SPINTOR;SPINTOR ISCO;
spinosade
NÃO
SIM
SIM
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
SUCESS
(1) Inseticida regulador de crescimento de origem vegetal, obtido a partir de extratos da espécie Azadiractina indica. Produto indicado para
utilização em agricultura biológica. (2) Não fazer mais que uma aplicação por ano; (3) Em citrinos, aplicar apenas em laranjeira e tangerineira.
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MOSCA BRANCA
DIOSPIREIRO
As variedades de maturação precoce estão
expostas a ataques de mosca, com risco de perda total
da produção. Se costuma ter ataques desta praga, deve
vigiar as árvores e realizar um tratamento inseticida. Os
produtos homologados para o combate à mosca do
mediterrâneo em diospireiro são  lufenurão (ADRESS,
MATCH, MATCH 050 EC) e spinosade (SPINTOR ISCO). As
especialidades à base de spinosade são admitidas em
fruticultura biológica.
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HORTÍCOLAS
LAGARTA DA COUVE
Carlos Coutinho
No período fim de verão, de desenvolvimento das
plantações de penca, couve galega, bróculos, couve-flor,
etc., e com temperaturas ainda amenas, são frequentes
ataques de lagarta da couve (Pieris brassica), que podem
causar prejuízos apreciáveis.
Temos observado infestações de mosca branca
(Aleyrodes proltella) em plantações de couves diversas.
Estas infestações são favorecidas pelo verão seco e
quente que decorre.
A mosca branca, praga de difícil controlo, causa a
desvalorização do produto e o enfraquecimento das
plantas, que aparecem por vezes cobertas de espessas
camadas de fumagina. Recomenda-se a aplicação de um
inseticida adequado nos casos de ataques mais intensos:
alfa-cipermetrina
(FASTAC
10,
MAGEOS
MD);
cipermetrina (CYTHRIN 10 EC); lambda-cialotrina (KAISO
SORBIE, KARATE ZEON, NINJA with ZEON technology,
KARATE+, JUDO, ATLAS). Em horticultura biológica, é
autorizado spinosade (SPINTOR). Em obras recentes sobre
Agricultura biológica (1) recomenda-se também a aplicação
de azadiractina, piretrinas naturais e rotenona.
Carlos Coutinho
MOSCA DO MEDITERRÂNEO
Mosca branca em folha de couve galega
(1)
Manual de Horticultura no Modo de Produção Biológico, Isabel de Maria
Mourão (ed.), Ponte de Lima, 2007; As Bases da Agricultura Biológica, Jorge
Ferreira (coord.), 2ª ed, 2012.
Larvas de Pieris brassica e estragos em folhas de couve penca
Recomenda-se a vigilância das plantações e à
observação das primeiras posturas ou de lagartas
pequenas, a aplicação de um inseticida à base de Bacillus

thuringiensis (DIPEL 8 L, DIPEL , TUREX, DIPEL WP,
SEQURA, BELTHIRUL, PRESA) ou de azadiractina (ALIGN,
FORTUNE AZA), sobretudo em hortas familiares ou para
colheita a curto prazo, dado tratar-se de produtos
biológicos, pouco tóxicos para o Homem, abelhas, peixes
e animais domésticos.
Outros produtos homologados para as lagartas da
couve: ciflutrina (CIFLUMAX); cipermetrina (CYTHRIN 10
EC); deltametrina (DECA, DELSTAR, DECIS, DECIS EXPERT,
DELTAPLAN, PETRA); diflubenzurão (DIMILIN WP 25);
indoxacarbe (STEWARD, EXPLICIT WG, AVAUNT); lambdacialotrina (ASCOT, KAISO SORBIE, KARATE ZEON, NINJA
with ZEON technology, KARATE+, JUDO, ATLAS, KARATE
ZEON + 1.5 CS, PROCER).

Em esgotamento de existências até 11/09/2013
Carlos Coutinho
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TOMATEIRO
TRAÇA DO TOMATE
(Tuta absoluta Povolny)
Trata-se de uma praga introduzida há poucos anos
na Região, e que vem causando alguns prejuízos, tanto em
estufas como em culturas de ar livre. Além do tomateiro,
tem como hospedeiros a batateira, a beringela e plantas
espontâneas da família das solanáceas como a erva-moira
e a figueira-do-inferno.
Como medida preventiva para o seu controlo e
manutenção em níveis toleráveis, recomenda-se que,
depois de terminado o período de colheita comercial,
sejam eliminados os restos de cultura, incluindo os frutos
que possam ter ficado no solo.
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Publica-se, a título informativo, uma tabela de estados
fenológicos da planta de mirtilo (ou mirtileiro), da
autoria de Mario Baggiolini.

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Estados fenológicos da planta de mirtilo
Desenhos de M. Baggiolini
Fonte: Revue suisse Vitic. Arboric. Hortic. Vol 27 (1): 17-20, 1995