universidade federal do rio de janeiro centro de ciências da saúde
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA MESTRADO EM SAÚDE COLETIVA JAQUELINE EVARISTO ARIMATEA Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal em menores de seis meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do município do Rio de Janeiro, 2007. Rio de Janeiro 2011 Jaqueline Evaristo Arimatea ASSOCIAÇÃO ENTRE DESNUTRIÇÃO INTRAUTERINA E PESO PÓS-NATAL EM MENORES DE SEIS MESES ASSISTIDOS PELAS UNIDADES DE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, 2007. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como requisito à obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva. Orientadora: Profa Dra Pauline Lorena Kale Rio de Janeiro 2011 A699 Arimatea, Jaqueline Evaristo. Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal em menores de seis meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do município do Rio de Janeiro, 2007/ Jaqueline Evaristo Arimatea. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, 2011. 105 f.; 30cm. Orientador: Pauline Lorena Kale. Dissertação (Mestrado) - UFRJ/Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, 2011. Referências: f. 46-49. 1. Transtornos da nutrição fetal. 2. Desenvolvimento infantil. 3. Recém-nascido de baixo peso. I. Kale, Pauline Loerna. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Estudos em Saúde Coletiva. III. Título. CDD 618.9239 JAQUELINE EVARISTO ARIMATEA Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal em menores de seis meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do município do Rio de Janeiro, 2007. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como requisito à obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva. Aprovada em ____________________________________ Profa. Dra. Pauline Lorena Kale Universidade Federal do Rio de Janeiro ______________________________________ Profo. Dro. Antônio José Leal Costa Universidade Federal do Rio de Janeiro ______________________________________ Profo. Dro. Cosme Marcelo Furtado Passos da Silva Fundação Oswaldo Cruz _______________________________________ Profa. Dra. Elisa Maria de Aquino Lacerda Universidade Federal do Rio de Janeiro _________________________________________ Profa. Dra. Silvana Granado Nogueira da Gama Fundação Oswaldo Cruz Dedicado aos meus pais, Vera e Maurício, e a minha orientadora Pauline. AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar aos meus pais, Vera e Maurício, que mesmo distante parecem sempre estar presentes nos momentos mais difíceis da minha vida. Que acreditam incondicionalmente em mim e me apóia em todas as escolhas feitas até aqui. À Deus por ter me dado a vida e o privilégio de ter sempre colocado pessoas maravilhosas e iluminadas no meu caminho. Em especial a minha orientadora, Pauline, sem a qual este sonho não teria se tornado realidade. Ela que teve paciência em todos os momentos. E soube entender as minhas dificuldades e angústias se apresentando em alguns momentos como mais que uma orientadora, e sim como uma verdadeira “mãe”. Ao meu namorado, Marcos, que entrou na minha vida na reta final do mestrado, mas soube me apoiar e entender todas as minhas angústias. Que me incentivou a concluir a caminhada e que acreditou em mim, mesmo quando ainda era apenas meu amigo. A minha amiga irmã, Jackeline, por todo apoio dado, hoje e sempre. Sem ela com certeza minha caminhada não teria alcançado o fim. Mesmo “sem saber lidar com as palavras muito bem”, como ela mesma diz, estava sempre presente para me ouvir em todas as horas em que o medo me dominava. As amigas do coração, Alessandra, Ana Paula, Deise e Luciana, que me deram apoio incondicional e acreditaram em mim desde o início. A amiga mestranda, Jurema, com a qual me identifiquei desde o primeiro dia de aula. Companheira certa nas viagens de volta para casa. E com a qual dividi tantos momentos de angustias e quem sempre, de perto ou de longe, me ajudou a seguir na caminhada. Aos professores do Iesc, por participarem da minha formação e dividir seu conhecimento tão precioso. Destaque para o Profo Antônio José Leal Costa, com o qual tive a honra de trabalhar, e que com sua calma e serenidade pude aprender além do que o mestrado se dispõe a ensinar. Aos amigos de profissão, Bruno e Marcel, que tantas vezes me substituíram no plantão, trabalhando dias seguidos para que meu objetivo fosse alcançado. E a todas as outras pessoas não citadas nominalmente, mas que de alguma forma estiveram presente em mais uma conquista da minha vida. RESUMO ARIMATEA, Jaqueline Evaristo. Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal em menores de seis meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do município do Rio de Janeiro, 2007. Dissertação. Mestrado em Saúde Coletiva. Instituto de Estudos em Saúde Coletiva. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011. Estudos fundamentados na hipótese da programação fetal demonstraram associação entre a desnutrição intrauterina, o crescimento de recuperação infantil, e o desenvolvimento de doenças crônicas no ciclo da vida. Foi investigada a associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal, considerando as características socioeconômicas e maternas, da gravidez, do parto e das crianças, em menores de seis meses de idade não prematuros assistidos em unidades básicas do Sistema Único de Saúde (UB-SUS) do município do Rio de Janeiro em 2007. Trata-se de um estudo transversal no qual foram entrevistadas 1.082 mães de crianças (< 6 meses) assistidas em 27 UB-SUS de junho a setembro (2007). Foram excluídas crianças prematuras (< 37 semanas de gestação), sem informações sobre idade gestacional e peso (ao nascer e pós-natal em gramas-g). Peso ao nascer inferior a 2500g em não prematuros foi considerado uma proxy da desnutrição intrauterina. Foram aplicados aos dados modelos de regressão linear múltipla, sendo os critérios de seleção das variáveis para entrada no modelo e para retenção no modelo final, níveis de significância estatística, respectivamente, de 20% e 5%. Das 868 crianças selecionadas para o estudo, predominaram filhos de mães entre 20 e 34 anos (70,6%), cor parda, negra e outras (71,7%), com companheiro (86,4%) e que sabiam ler e escrever (94,6%). 55,6% das mães eram multíparas e 24,1% tinham história prévia de aborto. 4,4% das crianças sofreram desnutrição intrauterina. Predominaram crianças entre 1 e 4 meses (62,0%) e as menores frequências corresponderam aos extremos etários. Cerca de 50% eram meninos. Houve predomínio do aleitamento materno complementado (36,4%) e exclusivo (33,9%). Na análise multivariada, observou-se que crianças que sofreram desnutrição intrauterina apresentaram um crescimento desfavorável (em média menos 943,1g do peso pós-natal) em relação aos não desnutridos. Meninas eram em média 470,4g mais leves do que os meninos. Quanto à paridade, filhos de mães primíparas pesaram em média 164,9g a menos do que os filhos de mães multíparas. A assistência qualificada no pré-natal é necessária para assegurar o crescimento adequado antes e depois do nascimento, minimizando a carga de doenças no ciclo da vida. Palavras-chaves: transtornos da nutrição fetal, desenvolvimento infantil, recém-nascido de baixo peso. ABSTRACT ARIMATEA, Jaqueline Evaristo. Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal em menores de seis meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do município do Rio de Janeiro, 2007. Dissertação. Mestrado em Saúde Coletiva. Instituto de Estudos em Saúde Coletiva. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011. Studies based on the fetal development have demonstrated an association between intrauterine malnutrition, catch-up growing and the development of chronic diseases on life course. It was investigated the association between intrauterine malnutrition and postnatal weight, by socioeconomics, maternal, pregnancy, delivery and children characteristics at under six months aged children assisted by primary health centers of Unified Heath System (HC- UHS) in Rio de Janeiro in 2007. It was conducted a cross-sectional study of 1082 mothers of children (under 6 months) assisted by 27 HC-UHS between June and September (2007). Preterm children (< 37 weeks), missing gestational age and weight (at birth and postnatal – grams) information were excluded. It was considered a proxy of intrauterine malnutrition non preterm children weighted under 2500 g at birth. A multiple linear regression model was applied with a statistic significance of 20% and 5%, respectively, to select variables to entry in the model and to stay in the final model. Of the 868 selected children, 70.6% were children of mothers aged 20-34 years old, black, brown and others races (71.7%), with husband (86.4%) and who kwon how to read and write (94.6%). 55.6% of the mothers were multiparous and 24.1% had suffered and abort previously. 4.4% of the children had suffered an intrauterine malnutrition. Children aged 1 and 4 months were majority (62.0%) and the extremes ages groups were minority. Near 50% were boys. Complemented breastfeeding (36.4%) and exclusive breastfeeding (33.9%) were majority. At the multivariate analysis, children with intrauterine malnutrition presented an unfavorable growth (minus 943,1g of postnatal weight). Girls were 470,4g lighter than boys. Children of primiparous mothers weighted 164,9g less than children of multiparous mothers. A qualified prenatal assistance is needed to ensure an adequate growth before and after birth, minimizing the burden of disease on the life course. Key Words: disorders of fetal nutrition, child development, infant low birth weight. vii LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1: Distribuição das variáveis segundo modelo teórico de explicação (desfecho, exposição principal e co-variáveis), fonte de informação tipo e, quando for o caso, respectivas categorias. 23 Artigo: Gráfico 1 – Distribuição do peso ao nascer em gramas de não prematuros com até seis meses de idade que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde no Município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007. 35 Anexo C: Gráfico 2 – Distribuição de frequência dos resíduos do modelo de regressão múltipla selecionado. 104 Gráfico 3 – Dispersão do peso pós-natal das crianças e do resíduo resultante do modelo de regressão múltipla selecionado. 105 viii LISTA DE TABELAS E FIGURAS Artigo: Tabela1. Descrição da população de estudo (total 868 menores de seis meses de idade) segundo características maternas no município do Rio de Janeiro, junho a setembro 2007. 33 Tabela 2: Descrição da população de estudo (total 868 menores de seis meses de idade) segundo características infantis no município do Rio de Janeiro, junho a setembro de 2007. 34 Figura 1 – Distribuição do peso pós-natal em gramas de não prematuros com até seis meses de idade segundo faixa etária que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007. 36 Tabela 3 – Estimativas da regressão linear múltipla para o peso pós-natal da criança segundo as variáveis associadas numa amostra de menores de seis meses de idade que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007. 37 ix LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS DNV Declaração de Nascido Vivo DP Desvio Padrão ENSP Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca Fiocruz Fundação Oswaldo Cruz HIV Vírus da Imunodeficiência Humana IESC Instituto de Estudos em Saúde Coletiva PIG Pequeno para idade gestacional SINASC Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos SPSS Statistical Package for the Social Sciences SUS Sistema Único de Saúde UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro VBA Visual Basic de Office x SUMÁRIO AGRADECIMENTOS.................................................................................................... iv RESUMO......................................................................................................................... v ABSTRACT..................................................................................................................... vi LISTA DE ILUSTRAÇÕES.......................................................................................... vii LISTA DE TABELAS E FIGURAS.............................................................................. viii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.................................................................... ix SUMÁRIO....................................................................................................................... x 1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 12 1.1 CRESCIMENTO INTRAUTERINO RESTRITO OU DESNUTRIÇÃO INTRAUTERINA............................................................................................................. 13 1.2 CRESCIMENTO PÓS-NATAL............................................................................. 14 2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................ 18 3 OBJETIVOS................................................................................................................. 19 3.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 19 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................. 19 4 MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................... 20 4.1 DESENHO DE ESTUDO....................................................................................... 20 4.2 PLANO AMOSTRAL............................................................................................ 20 4.3 RELACIONAMENTO DE BASE DE DADOS..................................................... 21 4.4 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE...................................................................... 22 4.5 DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS............................................................................ 22 4.6 ANÁLISE DOS DADOS........................................................................................ 25 4.7 ASPECTOS ÉTICOS.............................................................................................. 25 4.8 APRESENTAÇÃO DO RESULTADO.................................................................. 26 xi 5 ARTIGO: Associação entre desnutrição intrauterina e o peso pós-natal em menores de seis meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do município do Rio de Janeiro, 2007................................................................................................................................... 27 6 COMENTÁRIOS FINAIS.......................................................................................... 45 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 46 ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO E QUESTIONÁRIO DE ENTREVISTA À MÃE QUE TROUXE O BEBÊ MENOR DE 6 MESES PARA A CONSULTA..................................................................................... 50 ANEXO B – ORIENTAÇÕES AO ENTREVISTADOR................................................ 62 ANEXO C – RESULTADOS COMPLEMENTARES................................................... 103 12 1 INTRODUÇÃO Desde o momento da concepção até a maturidade na idade adulta, o ser humano passa por uma série de modificações físicas e funcionais, as quais têm como base o aumento de massa e a aquisição de novas funções (EUCLYDES, 2000; ROMANI e LIRA, 2004). O termo crescimento é preferencialmente empregado para caracterizar o aumento da massa, ou seja, tamanho do corpo como um todo ou de qualquer de suas partes, que por sua vez está associado à multiplicação celular (hiperplasia) e ao aumento do tamanho das células (hipertrofia). Já o termo desenvolvimento designa a aquisição de funções, sendo associado à diferenciação celular e à maturação dos diferentes sistemas e órgãos. Apesar de serem processos distintos, ocorrem de forma simultânea e integrada, podendo-se dizer que são dois fenômenos em um só (EUCLYDES, 2000). Quando as condições são favoráveis, tanto o crescimento quanto o desenvolvimento se processam em uma sequência ordenada e previsível até que o indivíduo atinja a maturidade. Com isso, a fase intrauterina e o primeiro ano de vida são os períodos mais críticos da vida, tendo em vista a intensidade em que o crescimento somático e o desenvolvimento do sistema nervoso central estão se processando. A harmonia de ambos os processos em sua evolução ao longo dessas fases é que irá conduzir ao estado de normalidade (EUCLYDES, 2000). A maioria dos bebês normais tem o peso de nascimento duplicado por volta dos quatro aos seis meses, triplicado no final do primeiro ano e quadruplicado aos dois anos. Em média, o comprimento do bebê aumenta 50% até o final do primeiro ano e é duplicado aos quatro anos. Uma criança que nasce com 50 cm, em condições normais, provavelmente estará medindo em torno de 74 a 76 cm ao complementar um ano e 86 cm aos dois anos de idade (EUCLYDES, 2000). A relação entre estado nutricional e o crescimento e desenvolvimento da criança tem sido muito estudada, e as evidências disponíveis não deixam dúvida quanto à importância do papel da nutrição nesse processo, tanto no período intrauterino como no período pós-natal (BARKER, 1992). As deficiências de energia, proteína e micronutrientes estão associadas a um menor crescimento somático, em especial nas primeiras etapas da vida, quando a velocidade de crescimento é intensa (ALLEN, 1994). 13 1.1 CRESCIMENTO INTRAUTERINO RESTRITO OU DESNUTRIÇÃO INTRAUTERINA O crescimento intrauterino restrito é definido como um desvio do padrão de crescimento fetal abaixo do esperado, sendo causado por múltiplos efeitos adversos sobre o feto. Está associado a condições maternas que interferem com a circulação e eficiência da placenta, com o desenvolvimento e crescimento do feto ou com a saúde geral e nutrição materna. Muitos fatores são comuns tanto para o prematuro quanto para o recém-nascido de baixo peso ao nascer com crescimento intrauterino restrito. Este último pode ser uma resposta normal à privação nutricional ou do oxigênio. As desvantagens potenciais de um ambiente uterino inóspito podem indicar a necessidade de um parto prematuro (ORNELAS, XAVIER e COLOSIMO, 2002). Segundo Ragonesi, Bertini e Camano (1997) o crescimento intrauterino restrito se classifica em dois tipos: o tipo I em que o concepto apresenta crescimento intrauterino restrito simétrico, proporcionado, cujas causas são intrínsecas (anomalias congênitas) e extrínsecas (infecções pré-natais e casos de desnutrição materna intensa, desde o início da gestação) e o tipo II representado pelo concepto assimétrico, desproporcionado, cujo perímetro cefálico é normal ou pouco menor que o de bebês hígidos, enquanto que a medida da circunferência abdominal é nitidamente abaixo do esperado. Para o tipo I, simétrico, harmônico, não há tratamento. Constitui, portanto, o grupo de pior prognóstico, com um risco elevado de morte perinatal e de apresentar sequelas neurológicas de maior gravidade que as dos assimétricos. No tipo II (assimétrico) o fator determinante do crescimento intrauterino restrito intervém tardiamente e mecanismos de adaptação da circulação fetal são acionados no sentido de poupar órgãos mais nobres, como o cérebro e o miocárdio, em detrimento das vísceras, da musculatura esquelética e do tecido celular subcutâneo. A hipertensão arterial e a desnutrição materna, no final da gestação, são causas responsáveis pelo crescimento intrauterino restrito assimétrico. Nos casos tipo II, assimétrico, desarmônico, a conduta expectante restringir-se-á às condições materno-fetais e de maturidade (RAGONESI, BERTINI e CAMANO, 1997). O peso ao nascer é o parâmetro mais utilizado para avaliar o crescimento intrauterino e a maturidade do recém-nascido (FALKNER, 1985 apud EUCLYDES, 2000). Quando o peso é adequado para a idade gestacional, é menor o risco de morbimortalidade perinatal, além de assegurar o adequado crescimento e desenvolvimento pós-natal (EUCLYDES, 2000). O baixo peso ao nascer é definido como peso de nascimento inferior a 2500 gramas (WHO, 1995). Os mecanismos que levam ao baixo peso ao nascer são a prematuridade, o 14 crescimento intrauterino restrito ou ambos. Nos países desenvolvidos as frequências de baixo peso ao nascer são principalmente decorrentes de partos prematuros, observados em dois terços dos nascimentos de crianças com baixo peso ao nascer. Para os países em desenvolvimento, esta ocorrência se deve, na maioria das vezes, ao crescimento intrauterino restrito (CARNIEL et al, 2008). Entre os fatores associados ao baixo peso ao nascer estão as infecções genitais, os partos múltiplos, a hipertensão arterial, as disfunções uterinas, o baixo índice de massa corporal materna pré-gestacional, a baixa estatura materna, o tabagismo na gravidez, a placenta prévia, o baixo ganho de peso na gestação, os fatores étnicos, a primiparidade, as anomalias congênitas e os fatores genéticos (CARNIEL et al, 2008). Pequeno para idade gestacional (PIG) é usado como um indicador ao crescimento intrauterino restrito, mas esses termos não são sinônimos, uma vez que algumas crianças consideradas PIG podem meramente representar aquelas localizadas na porção inferior da curva normal de distribuição do crescimento fetal, por exemplo, filhos de mães com baixa estatura (ORNELAS, XAVIER e COLOSIMO, 2002; AUGUSTO, 2004; ZAMBONATO et al, 2004). É impossível, a partir de uma simples avaliação do tamanho fetal e idade gestacional, determinar se uma criança PIG sofreu ou não crescimento intrauterino restrito. Por outro lado, quanto maior a prevalência de PIG, maior será a parcela de crescimento intrauterino restrito (ZAMBONATO et al, 2004). 1.2 CRESCIMENTO PÓS-NATAL O crescimento das crianças depende de diversos elementos socioeconômicos e culturais (fatores extrínsecos ou ambientais) e do efeito significante da hereditariedade (fatores intrínsecos ou genéticos). Dentre os fatores ambientais, destacam-se a alimentação, saúde, higiene, habitação e os cuidados gerais com a criança (ROMANI e LIRA, 2004; EICKMANN et al, 2006). Se um indivíduo ou uma população vive em ambiente satisfatório, os genes terão oportunidade de expressar seu máximo potencial (ROMANI e LIRA, 2004). O baixo peso ao nascer contribui para o déficit de crescimento pós-natal, pois essas crianças têm maior dificuldade de amamentação e são mais vulneráveis às doenças. Nos países em desenvolvimento, o déficit de crescimento inicia-se entre quatro e seis meses de vida, quando ocorre a substituição do aleitamento materno, por alimentos de baixo valor nutricional e frequentemente contaminados, com consequente vulnerabilidade para infecções, especialmente as diarreicas. Além disso, a maioria dessas crianças é oriunda de famílias de 15 baixa condição socioeconômica (ROMANI e LIRA, 2004; EICKMANN et al, 2006). O crescimento linear ótimo, geralmente, ocorre apenas em indivíduos saudáveis e bem nutridos. Quando o indivíduo é desnutrido ou doente, o crescimento acontece de forma lenta, presumivelmente para conservar nutrientes para funções vitais. Na maioria das vezes, quando as condições que inibem o crescimento resolvem-se, o crescimento linear não apenas normaliza, mas na verdade excede a taxa normal para a idade. Esse fenômeno é denominado de crescimento de recuperação (catch-up), e nos seres humanos tem sido descrito seguido de uma variedade de doenças que retardam o crescimento, como a Síndrome de Cushing, a doença celíaca, o hipotiroidismo, a anorexia nervosa ou desnutrição, crescimento hormonal deficiente e o crescimento intrauterino restrito (GAFNI e BARON, 2000). Quando a restrição nutricional pós-natal é por pouco tempo, o comprometimento é menos acentuado e pode ser corrigido pela alimentação adequada. Nesse caso, geralmente se observa aumento na velocidade de crescimento no intuito de recuperar a defasagem, ou seja, retorno à curva de crescimento determinada geneticamente. No entanto, a desnutrição grave e prolongada, principalmente quando incide desde a fase intrauterina, provoca retardos mais acentuados no crescimento, e, ainda que se faça suplementação alimentar adequada, a recuperação não será total e a defasagem pode-se manter definitivamente (EUCLYDES, 2000). No processo de crescimento dos recém-nascidos que sofreram de crescimento intrauterino restrito é descrito um aumento da velocidade de crescimento, ou seja, a ocorrência do crescimento de recuperação. Este crescimento e o momento de sua ocorrência durante a vida do recém-nascido pequeno para idade gestacional é controverso na literatura, devido, principalmente, aos vários critérios utilizados para a sua definição. Em condições satisfatórias, os recém-nascidos pré-termos e pequenos para idade gestacional podem recuperar seu crescimento ao longo do tempo, alcançando a curva de crescimento dos recém nascidos pré-termos adequados para a idade gestacional e/ou a dos recém-nascidos a termo (STRAUSS e DIETZ, 1997). O crescimento de recuperação pode ocorrer em qualquer fase do crescimento, mas é mais comumente observada nos primeiros dois anos de vida, pronunciando-se no crescimento pós-natal e é frequentemente visto após um crescimento intrauterino restrito grave (ONG et al, 2000). A seguir serão apresentados alguns estudos sobre crescimento de recuperação pósnatal fundamentados na hipótese da programação fetal. Na primeira metade do século passado, Isabella Leich, basendo-se em observações em 16 animais propôs que humanos que sofreram de má-nutrição na vida precoce e que recuperaram o crescimento posteriormente estariam mais sujeitos ao risco de desenvolver problemas de saúde a longo prazo (VICTORA e BARROS, 2001). A partir da década de oitenta do século passado, diversos estudos apoiados na hipótese de que a desnutrição intrauterina acarreta mudanças permanentes na estrutura, na fisiologia e no metabolismo do feto com consequências durante todo o ciclo da vida foram desenvolvidos (BARKER, 1995; SILVEIRA e HORTA, 2008). Essa hipótese fundamenta-se no conceito de programação fetal. Victora e Barros (2001) observaram que nos dois primeiros anos de vida, o crescimento de recuperação esteve associado ao menor risco de morbimortalidade na coorte de nascimento de 1982 em Pelotas, sul do Brasil, independentemente do peso ao nascer. As crianças pequenas para idade gestacional, mas que apresentaram um ganho de peso substancial (≥ 0,66 escore Z) até os 20 meses, apresentaram 65% menos internações posteriores do que outras crianças pequenas para idade gestacional. Num estudo de coorte na Finlândia, homens que nasceram magros, mas recuperaram o crescimento em peso na infância tiveram o risco de morbimortalidade por doença coronariana aumentado (ERICKSSON et al, 1999). Por outro lado, na Inglaterra, o rápido crescimento no primeiro ano de vida esteve associado com um menor risco de doença coronariana (FALL et al, 1995). Crianças inglesas que ganharam mais do que 0,67 escore Z de peso ou de comprimento para idade, entre o nascimento e os dois primeiros anos de vida, eram maiores e tinham maior distribuição de gordura central aos 5 anos de idade (ONG et al, 2000). Ericksson et al (1999) apresenta no seu estudo um retrato do crescimento fetal e infantil de homens que nasceram no início do século passado, em precárias condições socioeconômicas e que morreram de doença cardíaca coronariana. Os homens que possuíam as mais altas taxas da doença eram pequenos ao nascer, mas na idade de 7 anos tiveram o seu peso elevado e seu índice de massa corporal acima da média. Depois disso, até 15 anos de idade, o índice de massa corporal tendia a se afastar mais da média. A associação entre um alto índice de massa corporal na infância e a morte por doença cardíaca coronariana é coerente com os conhecidos efeitos adversos de um alto índice de massa corporal nos adultos (LEE et al, 1993). Ong et al (2000) observaram que numa coorte de nascimento no Reino Unido 30,7% das crianças estudadas apresentou ganho em peso superior a 0,67 escore Z, indicando clinicamente o crescimento de recuperação entre zero e dois anos de idade. Estas crianças eram menores ao nascimento do que as outras crianças que nasceram com peso normal e suas 17 mães apresentavam maior freqüência de baixo peso ao nascer, tabagismo durante a gravidez e primiparidade. Essas mesmas crianças tinham pais mais altos do que as outras. Já com relação a altura ou o índice de massa corporal maternos, ou peso pré-gestacional ou o ganho de peso na gestação não apresentaram diferenças. Crianças que apresentaram recuperação do peso ou comprimento entre zero e dois anos de idade apresentaram-se mais pesadas e altas do que as outras crianças de cinco anos estudadas que não apresentaram recuperação, além disso também eram mais altas em relação às suas mães e seus pais (FREEDMAN et al, 1999; VANHALA et al, 1998). Essas crianças também apresentavam maior índice de massa corporal, percentual de gordura corporal, massa gorda total e distribuição de gordura central, que são variáveis do tamanho na infância ligado aos marcadores metabólicos para o risco da doença na idade adulta (FREEDMAN et al, 1999; VANHALA et al, 1998) e são preditivos também de obesidade na vida adulta (SERDULA et al, 1993). Não se sabe se as crianças que apresentaram crescimento de recuperação pós-natal irão atingir alturas finais acima do seu destino genético, ou melhor, se o seu tamanho maior aos cinco anos representa uma taxa mais rápida de maturação. É evidente, porém, que o crescimento de recuperação pós-natal precoce, em um ambiente favorável, leva ao aumento do risco de obesidade central e periférica na infância e a um risco potencial para a doença na idade adulta (ERICKSSON et al, 1999). Em contraste, o crescimento de recuperação nos bebês de baixo peso ao nascer foi relacionado ao tamanho magro aos cinco anos e este achado é consistente com a continuidade na redução dos riscos de doença na idade adulta, com aumento do tamanho no nascimento, o qual se estende por toda a faixa de peso ao nascer (ERICKSSON et al, 1999). Uma exploração maior dos recursos genéticos e fatores ambientais pós-natal que influenciam o catch-up pós-natal pode revelar mecanismos pelos quais as associações entre tamanho no nascimento e os riscos para a doença na vida adulta podem ser modificados. 18 2 JUSTIFICATIVA O crescimento é um processo contínuo que inicia na concepção e cuja velocidade é determinada, provavelmente, pela interação entre o potencial genético, a nutrição materna, o tamanho do corpo materno além de outros fatores pré-natais, como exposição a toxinas e fatores pós-natais como a nutrição e a carga de infecção (STEIN, 2004). É importante identificar quais desses fatores são mais relevantes na determinação do crescimento infantil numa determinada população, a fim de adotar medidas preventivas adequadas a cada área, otimizando os recursos da saúde pública (MOTTA et al, 2005). Em países em desenvolvimento, as alterações nutricionais e a morbidade por doenças infecciosas em crianças ainda representam um desafio para a saúde pública. Identificar fatores de risco associados à ocorrência desses eventos possibilita a adoção de medidas preventivas nos seus diferentes níveis de aplicação. Pesquisas recentes, fundamentadas na hipótese da programação fetal, demonstraram associação entre o baixo peso ao nascer, como proxy de desnutrição intrauterina, o crescimento de recuperação, principalmente nos dois primeiros anos de idade, e o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta ratificando a importância dos estudos sobre o crescimento pré-natal e pós-natal. O estudo intitulado “Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses na rede Sistema Único de Saúde do Município do Rio de Janeiro” realizado em 2007 coletou dados referentes ao peso ao nascer e o peso pós-natal no momento da entrevista permitindo a análise do crescimento pós-natal segundo características socioeconômicas, maternas, da gravidez, do parto e das crianças. Considerando-se que o mecanismo que leva ao baixo peso ao nascer em recém-nascidos com 37 semanas de gestação ou mais (não prematuros) é a desnutrição intrauterina, tornou-se possível, com esses dados investigar sua associação com crescimento pós-natal numa população de estudo com representatividade municipal. Os resultados dessa pesquisa poderão contribuir para um maior conhecimento sobre o processo de crescimento na etapa inicial do ciclo da vida. 19 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Investigar a associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal considerando-se as características maternas, da gravidez, do parto e das crianças em menores de seis meses de idade não prematuros assistidos em unidades básicas do Sistema Único de Saúde do município do Rio do Janeiro em 2007. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Descrever as crianças menores de seis meses de idade não prematuras segundo características maternas, da gravidez, do parto e das crianças; - Descrever a distribuição do peso ao nascer e pós-natal segundo faixa etária das crianças menores de seis meses de idade não prematuras. 20 4 MATERIAIS E MÉTODOS Esse estudo está inserido na pesquisa interinstitucional “Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses na rede Sistema Único de Saúde do município do Rio de Janeiro”, sob coordenação geral da doutora Maria do Carmo Leal, desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) com participação de pesquisadores da Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da ENSP/Fiocruz (número do parecer nº 132/06). Os dados relativos ao processo de assistência à criança foram obtidos por meio de entrevistas com a mãe e consulta ao cartão da criança. Os dados relativos à estrutura da unidade foram obtidos através de entrevistas com a direção e por observação direta. Toda a coleta de dados foi realizada por profissionais e estudantes da área de saúde previamente treinados e sob a supervisão de profissionais com formação em Saúde Pública. O instrumento (anexo A) foi avaliado e pré-testado durante o treinamento de campo da equipe de entrevistadores e no estudo piloto. Foi também construído um instrutivo (anexo B) com orientações detalhadas acerca das questões contidas no questionário. Os questionários foram revisados e codificados por uma profissional de nível superior previamente treinada. 4.1 DESENHO DE ESTUDO Trata-se de um estudo transversal no qual foram avaliadas 1.082 crianças menores de seis meses de idade que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007. 4.2 PLANO AMOSTRAL O plano amostral foi realizado em dois estágios. No primeiro foram sorteadas as unidades básicas de saúde (Unidades Primárias de Amostragem) e, o segundo estágio (Unidades Secundárias de Amostragem) compreende a seleção das crianças que fizeram parte do estudo em cada uma das unidades selecionadas no primeiro estágio. As Unidades Primárias de Amostragem foram selecionadas de forma sistemática 21 através da combinação de dois fatores, a saber: a distância euclidiana calculada a partir das coordenadas geográficas dos estabelecimentos de saúde em relação ao Centro Administrativo do município do Rio de Janeiro e a frequência acumulada do número médio mensal de consultas de crianças menores de seis meses de idade no primeiro semestre de 2005 construída após a ordenação das unidades segundo as distâncias, de maneira que fosse produzido uma amostra geograficamente representativa do município do Rio de Janeiro. Assumiu-se que, de modo geral, quanto mais próxima do Centro Administrativo do município do Rio de Janeiro for a unidade de saúde, melhor será a qualidade da atenção à criança menor de seis meses de idade. O tamanho amostral total da pesquisa foi calculado assumindo-se uma prevalência de inadequação do cuidado à criança de 50%; uma precisão relativa de 13% do estimador e um nível de confiança de 95% totalizando 1080 entrevistas, sendo 40 em cada uma das 27 unidades. 4.3 RELACIONAMENTO DE BASE DE DADOS Dada a incompletitude das informações sobre a gravidez, parto e do recém-nascido constante na caderneta de acolhimento da criança consultada pelos entrevistadores durante a entrevista com as mães, o banco de dados do estudo com as informações individuais foi relacionado com a base de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) disponibilizado pelo DATASUS. Nessa fase do relacionamento dos bancos foi utilizada a variável número da Declaração de Nascido Vivo (DNV) sendo obtido um número de pares correspondentes a cerca de 50% dos registros do banco de dados do estudo. Após esta fase foi solicitado à Secretaria Municipal do Rio de Janeiro a base de dados do SINASC com a informação do nome da mãe do nascido vivo referente ao ano de 2007. A partir deste momento, para fazer o relacionamento entre os bancos de dados do estudo e do SINASC nominal, foi pré-estabelecido um padrão de nome, ou seja, todos seriam digitados em letra maiúscula e sem acentos. Para realizar este procedimento foi utilizada uma programação de Visual Basic de Office (VBA), no qual se transformaram todos os nomes no padrão préestabelecido. Com esse segundo relacionamento, o número de pares alcançou cerca de 85% dos registros do banco de dados do estudo. Adicionalmente, com a base municipal nominal do SINASC referente ao mês de dezembro de 2006, mais 5% dos registros foram relacionados, totalizando aproximadamente 90% do banco de dados do estudo. Como algumas crianças residiam em outro município do Estado do Rio de Janeiro na 22 ocasião do nascimento, a partir das informações do número da DNV e o nome da mãe dos recém-nascidos constantes no banco de dados do estudo foram solicitados à Secretaria Estadual do Rio de Janeiro, os respectivos registros do banco de dados estadual do SINASC. Uma vez identificados esses registros foi gerado um banco de dados reduzido que então foi relacionado ao banco de dados do estudo. No final, foram relacionados 96% dos registros do banco de dados do estudo com os registros do SINASC. 4.4 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE Para o presente estudo são elegíveis todos os menores de seis meses de idade avaliados pela pesquisa “Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses na rede SUS do município do Rio de Janeiro”. O critério de inclusão desse estudo foi não prematuridade (idade gestacional ≥ 37 semanas). Foram excluídas as crianças com ausência de informações sobre idade gestacional ou peso ao nascer (fonte de informação: SINASC) ou ausência da informação sobre o peso pós-natal da criança relatado pela mãe (fonte de informação: entrevista). A opção pela exclusão dos prematuros deveu-se ao interesse em estudar o crescimento de crianças com baixo peso ao nascer devido ao mecanismo único de desnutrição intrauterina. Das 1082 crianças avaliadas no inquérito, 868 foram consideradas elegíveis para o presente estudo. 4.5 DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS O desfecho analisado foi o peso da criança (em gramas) relatado pela mãe após a aferição no dia da entrevista, denominada peso pós-natal. A exposição principal foi uma proxy de desnutrição intrauterina (não prematuros com peso ao nascer inferior a 2500 gramas). As co-variáveis que representam as características maternas foram agrupadas em: 1. características demográficas e socioeconômicas: idade (< 20 anos; 20-34 anos; ≥ 35 anos), raça/cor (branca; parda, preta ou outras), situação conjugal (com companheiro, independentemente dele residir no domicílio; sem companheiro), saber ler e escrever (sim; não ou o fazem precariamente), renda de trabalho, de pensão, de aposentadoria, de biscate, de bolsa família ou outra (sim; não); 2. história reprodutiva materna: paridade (primípara; multípara) e aborto (0; 1; 2 ou mais); 3. características da gravidez e do parto: tipo de gravidez (única; gemelar), tipo de parto (vaginal; cesáreo) e adequação do pré-natal (não fez pré-natal e inadequado; intermediário; adequado e mais que adequado). 23 A adequação ao pré-natal foi baseada no índice de Kotelchuck modificado (LEAL et al, 2004). Este índice avalia o número de consultas de pré-natal, baseado no mês de início do pré-natal e na proporção de consultas observadas sobre o número de consultas esperadas, de acordo com a idade gestacional no nascimento. As co-variáveis referentes às crianças foram: sexo (masculino; feminino), idade (0 a < 1 mês; 1 a < 2 meses; 2 a < 3 meses; 3 a < 4 meses; 4 a < 5 meses; 5 a < 6 meses), tipo de amamentação (não se aplica, no caso de infecção materna pelo vírus da imunodeficiência humana – HIV+ ou não informado; aleitamento materno exclusivo; aleitamento materno predominante: leite materno mais água ou chá; aleitamento materno complementado: leite materno mais outro leite; não mama mais), frequencia à creche (sim; não), história de internação até o dia da entrevista (sim; não). Esta última variável refere-se a alguma internação após a alta da maternidade, não considerando a do nascimento. As variáveis segundo as características e fonte de informação, tipo de variável e respectivas categorias são apresentadas no quadro 1. Quadro 1 – Distribuição das variáveis segundo modelo teórico de explicação (desfecho, exposição principal e co-variáveis), fonte de informação tipo e, quando for o caso, respectivas categorias. Variável (fonte de informação) Tipo Categorias Desfecho Peso pós-natal em gramas (inquérito) Contínua --- Exposição Principal Proxy de desnutrição intrauterina (SINASC1) Categórica ordinal 1.< 2500 g 2. ≥ 2500 g Co-variáveis Maternas atuais (inquérito) Sócioeconômica atual (inquérito) Idade (anos) Categórica ordinal 1. < 20 2. 20-34 3. ≥ 35 Cor Categórica 1. branca 2. parda, preta ou outras Saber ler e escrever Categórica ordinal 1. sim 2. não ou o fazem precariamente Situação Conjugal Categórica 1. com companheiro 2. sem companheiro Renda de trabalho, de pensão, de aposentadoria, Categórica de biscate, de bolsa família ou outra 1. sim 2. não 24 Co-variáveis (continuação) História reprodutiva materna (inquérito) Paridade Categórica ordinal 1. primípara 2. multípara Aborto Categórica ordinal 1. 0 2. 1 3. 2 ou mais Categórica 1. única 2. gemelar 3. ignorado Categórica 1. vaginal 2. cesário 3. ignorado * Tipo de gravidez Gravidez e parto (SINASC1* e inquérito**) * Tipo de parto Adequação do pré-natal2** Categórica 1. não fez pré-natal e inadequado 2. intermediário 3. adequado e mais que adequado Sexo Categórica 1. masculino 2. feminino Categórica ordinal 1.< 1 2. ≥ 1 e < 2 3. ≥ 2 e < 3 4. ≥ 3 e < 4 5. ≥ 4 e < 5 6. ≥ 5 e < 6 Tipo de amamentação Categórica 1.não se aplica (HIV+) ou não informado 2. aleitamento materno exclusivo 3. aleitamento materno predominante (leite materno + água, chá 4.aleitamento materno complementado (leite materno + outro leite 5.não mama mais Creche Categórica 1. sim 2. não Internação até o dia da entrevista Categórica 1. sim 2. não Idade (meses) Bebê (inquérito) 1 2 SINASC: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Leal et al, 2004. 25 4.6 ANÁLISE DOS DADOS A descrição da população de estudo segundo as características maternas e da criança foi realizada com o cálculo de proporções para as variáveis categóricas e das estatísticas sumárias para as variáveis contínuas, apresentadas em forma tabular e gráfica. O peso ao nascer (em gramas) foi analisado de forma exploratória como uma variável contínua e uma variável categórica (< 2500gramas; 2500 a 3999gramas; ≥ 4000gramas). Para a realização da análise estatística, cada elemento da amostra recebeu uma ponderação pelo inverso de sua probabilidade de seleção. Posteriormente, os valores obtidos de peso foram padronizados multiplicando cada peso não padronizado por um fator k. Esse fator k foi calculado dividindo o tamanho total da amostra pela soma dos pesos não padronizados (SOUSA e SILVA, 2003). Foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 17.0). Para analisar o efeito individual da exposição principal e de cada co-variáveis no peso pós-natal, aplicou-se aos dados modelos de regressão linear múltipla, sempre controlados pela idade e sexo do bebê. As variáveis que apresentaram, pelo teste t de Student, coeficientes de regressão com um nível de significância estatística inferior 20% foram selecionadas para a análise multivarida. A comparação entre os modelos baseou-se nos valores dos coeficientes de determinação (R2). No modelo final multivariado foram retidas as variáveis com coeficientes de regressão estatisticamente significantes no nível de 5%. Os pressupostos da modelagem, linearidade, homocedasticidade e normalidade foram verificados para cada modelo ajustado. 4.7 ASPECTOS ÉTICOS Foram seguidas as orientações da Resolução nº 196, norteadora das recomendações do Ministério da Saúde para desenvolvimento de pesquisas em seres humanos (BRASIL, 2003). Todas as mães que concordaram em participar da pesquisa assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, o qual o modelo encontra-se em anexo (anexo A). O acesso ao banco de dados foi restrito aos pesquisadores participantes do estudo “Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses na rede SUS do município do Rio de Janeiro” aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da ENSP/Fiocruz (número do parecer nº 132/06) e foi realizado com as informações de login e senha do pesquisador no sítio eletrônico do portal da ENSP (www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/). O presente sub-projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de 26 Estudos em Saúde Coletiva (IESC/UFRJ) (número do parecer nº 13/2011). 4.8 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS O resultado deste trabalho será apresentado na forma de um artigo: Artigo: Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal em menores de seis meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do município do Rio de Janeiro, 2007. Resultados complementares são apresentados no anexo C. 27 5 ARTIGO Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal em menores de seis meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do município do Rio de Janeiro, 2007. 28 Introdução O crescimento é um processo contínuo que se inicia na concepção e cuja velocidade é determinada, provavelmente, pela interação entre o potencial genético, a nutrição materna e o tamanho do corpo materno, além de fatores perinatais como os ambientais, socioeconômicos e culturais e fatores pós-natais como a nutrição e a carga de infecção1,2. Após o período neonatal, o ganho de peso prossegue no mesmo ritmo rápido em que vinha ocorrendo na fase intrauterina até a 13a semana de vida pós-natal. A partir daí o peso continua aumentando, porém em velocidade decrescente3. A desnutrição intrauterina ou fetal (crescimento intrauterino restrito) é definido como um desvio do padrão de crescimento fetal abaixo do esperado, sendo causado por múltiplos efeitos adversos sobre o feto4. Barker5 desenvolveu a hipótese da programação fetal na qual a desnutrição intrauterina determina mudanças permanentes na estrutura, fisiologia e no metabolismo do feto levando a um maior risco de desenvolvimento de doenças crônicodegenerativas no ciclo da vida. A desnutrição intrauterina, o encurtamento da gestação (prematuridade) ou ambos são mecanismos que levam ao baixo peso ao nascer6, definido como peso de nascimento inferior a 2500 gramas7. Nos estudos sobre programação fetal, o baixo peso ao nascer tem sido utilizado como um marcador de desnutrição intrauterina5,8. No período pós-natal, o processo de recuperação do crescimento dos recém nascidos que sofreram desnutrição intrauterina é descrito por um aumento da velocidade de crescimento, ou seja, a ocorrência do crescimento de recuperação (catch-up)9. Este pode ocorrer em qualquer fase do crescimento, mas é mais comumente observado nos primeiros dois anos de vida, pronunciando-se no crescimento pós-natal e é frequentemente visto após um crescimento intrauterino restrito grave10. Alguns estudos apontam que o crescimento de recuperação pós-natal, mais do que a desnutrição intrauterina seria um fator de risco para o desenvolvimento de obesidade e doenças crônico-degenerativas no ciclo da vida8. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal considerando-se as características socioeconômicas, maternas, da gravidez, do parto e das crianças em menores de seis meses de idade não prematuros assistidos em unidades básicas do Sistema Único de Saúde do município do Rio do Janeiro em 2007. 29 Metodologia Esse estudo está inserido na pesquisa interinstitucional “Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses na rede SUS do Município do Rio de Janeiro”, desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) com participação de pesquisadores da Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da ENSP/Fiocruz (número do parecer nº 132/06). Trata-se de um estudo transversal no qual foram avaliadas 1.082 crianças menores de seis meses de idade que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007. O plano amostral foi realizado em dois estágios. No primeiro foram sorteadas as unidades básicas de saúde e, o segundo estágio compreende a seleção das crianças que fizeram parte do estudo em cada uma das unidades selecionadas no primeiro estágio. As unidades básicas de saúde foram selecionadas de forma sistemática através da combinação de dois fatores, a saber: a distância euclidiana calculada a partir das coordenadas geográficas dos estabelecimentos de saúde em relação ao Centro Administrativo do município do Rio de Janeiro e a frequência acumulada do número médio mensal de consultas em crianças menores de seis meses de idade no primeiro semestre de 2005, construída após a ordenação das unidades segundo as distâncias, de maneira que fosse produzida uma amostra geograficamente representativa do município do Rio de Janeiro. Assumiu-se que, de modo geral, quanto mais próxima do Centro Administrativo do município do Rio de Janeiro for a unidade de saúde, melhor será a qualidade da atenção à criança menor de seis meses de idade. O tamanho amostral total da pesquisa foi calculado assumindo-se uma prevalência de inadequação do cuidado à criança de 50%; uma precisão relativa de 13% do estimador e um nível de confiança de 95% totalizando 1080 entrevistas, sendo 40 em cada uma das 27 unidades. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas com a mãe, consulta ao cartão de acolhimento e a caderneta de saúde da criança. Toda a coleta de dados foi realizada por profissionais e estudantes da área de saúde previamente treinados e sob a supervisão de profissionais com formação em Saúde Pública. O instrumento foi avaliado e pré-testado durante o treinamento de campo da equipe de entrevistadores e no estudo piloto. Os 30 questionários foram revisados e codificados por um profissional de nível superior previamente treinado. Dada a incompletude das informações sobre a idade gestacional, critério de elegibilidade desse estudo, o banco de dados do inquérito foi relacionado com a base de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC): 50% dos registros a partir da informação número da Declaração de Nascido Vivo (DNV) informado no cartão de acolhimento ou na caderneta de saúde da criança, 35% e 5% a partir da informação nome da mãe do nascido vivo, respectivamente, no ano de 2007 e em dezembro de 2006, e 6% referentes aos nascimentos no Estado do Rio de Janeiro, excetuando-se a capital (96% dos registros foram relacionados). O critério de inclusão desse estudo foi não prematuridade (idade gestacional ≥ 37 semanas) evitando-se assim o efeito do encurtamento da gestação (prematuridade, menos de 37 semanas de gestação) sobre o peso ao nascer. Foram excluídas as crianças com ausência de informações sobre idade gestacional ou peso ao nascer ou ausência da informação sobre o peso pós-natal da criança relatado pela mãe. O desfecho analisado foi o peso da criança (em gramas) relatado pela mãe após a aferição no dia da entrevista, denominado peso pós-natal. A exposição principal foi uma proxy de desnutrição intrauterina (não prematuros com peso ao nascer inferior a 2500 gramas). As co-variáveis que representam as características maternas foram agrupadas em: 1. características demográficas e socioeconômicas: idade (< 20 anos; 20-34 anos; ≥ 35 anos), raça/cor (branca; parda, preta ou outras), situação conjugal (com companheiro, independentemente dele residir no domicílio; sem companheiro), saber ler e escrever (sim; não ou o fazem precariamente), renda de trabalho, de pensão, de aposentadoria, de biscate, de bolsa família ou outra (sim; não); 2. história reprodutiva materna: paridade (primípara; multípara) e aborto (0; 1; 2 ou mais); 3. características da gravidez e do parto: tipo de gravidez (única; gemelar), tipo de parto (vaginal; cesáreo) e a adequação do pré-natal (não fez pré-natal e inadequado; intermediário; adequado e mais que adequado). A adequação ao pré-natal foi baseada no índice de Kotelchuck modificado11. Este índice avalia o número de consultas de pré-natal, baseado no mês de início do pré-natal e na proporção de consultas observadas sobre o número de consultas esperadas, de acordo com a idade gestacional no nascimento. Neste estudo agregamos as categorias extremas (não fez prénatal com inadequado e adequado com mais que adequado). As co-variáveis referentes às crianças foram: sexo (masculino; feminino), idade (0 a < 31 1 mês; 1 a < 2 meses; 2 a < 3 meses; 3 a < 4 meses; 4 a < 5 meses; 5 a < 6 meses), tipo de amamentação (não se aplica, no caso de infecção materna pelo vírus da imunodeficiência humana – HIV+ ou não informado; aleitamento materno exclusivo; aleitamento materno predominante: leite materno mais água ou chá; aleitamento materno complementado: leite materno mais outro leite; não mama mais), frequencia à creche (sim; não), história de internação até o dia da entrevista (sim; não). Esta última variável refere-se a alguma internação após a alta da maternidade, não considerando a do nascimento. A fonte de informações sobre o peso ao nascer, o tipo de gravidez e o tipo de parto foi o SINASC e as demais informações foram obtidas por meio de entrevista no inquérito. A descrição da população de estudo segundo as características maternas e da criança foi realizada com o cálculo de proporções para as variáveis categóricas e das estatísticas sumárias para as variáveis contínuas, apresentadas em forma tabular e gráfica. O peso ao nascer (em gramas) foi analisado de forma exploratória como uma variável contínua e uma variável categórica (< 2500gramas; 2500 a 3999gramas; ≥ 4000gramas). Para a realização da análise estatística, cada elemento da amostra recebeu uma ponderação pelo inverso de sua probabilidade de seleção. Posteriormente, os valores obtidos de peso foram padronizados multiplicando cada peso não padronizado por um fator k. Esse fator k foi calculado dividindo o tamanho total da amostra pela soma dos pesos não padronizados12. Foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 17.0)13. Para as análises multivariadas com uma única co-variável, controlada pela idade e sexo do bebê aplicou-se aos dados modelos de regressão linear múltipla. As variáveis que apresentaram, pelo teste t de Student, coeficientes de regressão com um nível de significância estatística inferior 20% foram selecionadas para a análise multivarida. A comparação entre os modelos baseou-se nos valores dos coeficientes de determinação (R2). No modelo final multivariado foram retidas as variáveis com coeficientes de regressão estatisticamente significantes no nível de 5%. Os pressupostos da modelagem, linearidade, homocedasticidade e normalidade foram verificados para cada modelo ajustado. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva/UFRJ (número do parecer no 13/2011). 32 Resultados Das 1082 crianças avaliadas no inquérito, 1026 crianças (94,8%) apresentavam a informação sobre a idade gestacional sendo a prevalência de prematuridade 6,3%. Para o estudo foram selecionadas 956 crianças não prematuras, todas com informação sobre o peso ao nascer (SINASC) e 88 que não tinham a informação do peso pós-natal relatado pela mãe foram excluídas. A população de estudo totalizou 868 crianças. Na tabela 1 são apresentadas as características maternas da população de estudo. Predominaram crianças filhas de mães entre 20 a 34 anos (70,6%), de cor parda, preta ou outras (71,7%) e que tinham companheiro (86,4%). Quanto à escolaridade, 5,4% das mães declararam não saber ler nem escrever ou que o faziam precariamente e 50,2% das mães relataram dispor de renda obtida através de trabalho próprio ou outra fonte de benefícios. Quanto à história reprodutiva, 55,6% e 24,0% das crianças eram, respectivamente, filhas de mães multíparas e que tinham história prévia de aborto. A gravidez de feto único representou 99,6% e o parto vaginal 64,2%. A qualidade do pré-natal apresentou-se adequada ou mais que adequada em 60,7% dos casos (Tabela 1). A distribuição das crianças segundo sexo não apresentou diferença. Com relação à idade, predominaram crianças com 1 a 2 meses (22,1%), 2 a 3 meses e 3 a 4 meses (ambos cerca de 20%). As menores freqüências corresponderam aos extremos etários, 11,2% e 11,8%, respectivamente, com menos de 1 mês, e com 5 a 6 meses de idade no momento do inquérito (Tabela 2). Para cada cem crianças da população de estudo cerca de 4 sofreram desnutrição intrauterina, ou seja, nasceram com peso abaixo de 2500 gramas, 90,6% nasceram com peso entre 2500 a 3999 gramas e 5,0% com sobrepeso ( 4000 gramas). O aleitamento materno complementado (leite materno associado a outro leite) e o aleitamento materno exclusivo predominaram entre as crianças, respectivamente, 36,4% e 33,9%. 98,3% das crianças não freqüentavam creches e 91,5% nunca tinham sido internadas (Tabela 2). 33 Tabela1 – Descrição das crianças não prematuras com até seis meses de idade, segundo características maternas, que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde (total 868) no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007. Características demográficas e socioeconomicas Idade (anos) 10 a 19 20 a 34 35 ou mais Raça/Cor Branca Parda, preta ou outras Situação Conjugal Com companheiro Sem companheiro Mãe sabe ler Sim Não Renda de trabalho ou outra fonte Sim Não História reprodutiva Paridade Primípara Multípara Aborto 0 1 2 ou mais Características da Gravidez e do Parto Tipo de Gravidez Única Gemelar Ignorado Tipo de parto Vaginal Cesáreo Ignorado Adequação ao pré-natal Não fez pré-natal e inadequado Intermediário Adequado ou mais do que adequado Ignorado n % 175 613 80 20,2 70,6 9,2 246 622 28,3 71,7 750 118 86,4 13,6 821 47 94,6 5,4 436 432 n 50,2 49,8 % 385 483 44,4 55,6 659 167 42 n 75,9 19,2 4,8 % 864 3 1 n 557 308 3 99,6 0,3 0,1 % 64,2 35,5 0,3 109 227 527 5 12,5 26,2 60,7 0,6 34 Tabela 2 – Descrição da população de estudo (total 868 menores de seis meses de idade) segundo características infantis no município do Rio de Janeiro, junho a setembro de 2007. Características infantis Sexo Masculino Feminino Idade (meses) 0a<1 1a<2 2a<3 3a<4 4a<5 5a<6 Peso ao nascer (gramas) <2500 2500 a 3999 ≥ 4000 Desnutrição intrauterina < 2500 Sim Não Tipo de Amamentação Não se aplica (HIV+) ou não informado Aleitamento materno exclusivo Aleitamento materno predominante* Aleitamento materno complementado** Não mama mais Frequenta creche Sim Não Internação Sim Não Ignorado *leite materno + água, chá; **leite materno + outro leite. n % 434 434 50,0 50,0 97 192 175 171 131 102 11,2 22,1 20,2 19,7 15,1 11,8 38 787 43 4,4 90,6 5,0 38 830 4,4 95,6 4 294 170 316 84 0,5 33,9 19,6 36,4 9,7 15 853 1,7 98,3 71 794 3 8,2 91,5 0,3 35 A curva de distribuição do peso ao nascer segue uma distribuição de probabilidade normal com uma amplitude reduzida. A média e o desvio padrão do peso ao nascer foram, respectivamente, de 3.232 ± 455 gramas (Gráfico 1). Gráfico 1 – Distribuição do peso ao nascer em gramas de não prematuros com até seis meses de idade que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007. Frequência Média = 3232,0g DP = 455,0g N = 868 Peso ao nascer As prevalências de desnutrição intrauterina segundo faixa etária foram 3,1% (0 até 1 mês incompleto), 3,6% (de 1 até 2 meses incompletos), 4,0% (de 2 até 3 meses incompletos), 5,8% (de 3 até 4 meses incompletos), 2,3% (de 4 até 5 meses incompletos) e 6,9% (de 5 até 6 meses incompletos). A figura 1 apresenta a distribuição do peso pós-natal da criança relatado pela mãe no dia da entrevista segundo faixa etária. Observa-se que, as curvas também seguem uma distribuição de probabilidade normal independentemente da categoria de idade e, à medida que a população envelhece, há um achatamento das curvas e um discreto desvio à direita. 36 Frequência Idade da criança categorizada Peso da criança relatado pela mãe no dia da entrevista Figura 1 – Distribuição do peso pós-natal em gramas de não prematuros com até seis meses de idade segundo faixa etária que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007. As médias e os desvios padrão do peso pós-natal por faixa etária do bebê apresentaram-se crescentes segundo idade, independentemente da presença de desnutrição intrauterina: cerca de 3.884 gramas (DP: ± 56,8) de 0 até 1 mês incompleto, 4.757 gramas (DP: ± 56,0) de 1 até 2 meses incompletos, 5.659 gramas (DP: ± 61,3) de 2 até 3 meses incompletos, 6.512 gramas (DP: ± 71,5) de 3 a 4 meses incompletos, 6.937 gramas (DP: ± 73,0) de 4 até 5 meses incompletos e 7583 gramas (DP: ± 100,0) de 5 até 6 meses incompletos. As médias do peso pós-natal de bebês que sofreram desnutrição intrauterina foram inferiores àquelas correspondentes aos que não sofreram, em todas as faixas etárias (em média -1.113,7 gramas). Essa diferença foi relativamente pequena (-149,18 gramas) apenas na faixa etária de 4 até 5 meses incompletos. Dentre as co-variáveis analisadas separadamente, as que apresentaram associação estaticamente significante (ao nível de 20%) com o peso pós-natal, ajustado pela idade e sexo da criança foram: desnutrição intrauterina, renda de trabalho ou outra fonte, mãe sabe ler e escrever, idade materna, situação conjugal, paridade e tipo de gravidez. O melhor modelo testado na análise de regressão linear múltipla para explicar o peso pós-natal dos bebês (coeficiente de determinação: R2= 71,9%) foi o que incluiu as seguintes 37 variáveis explicativas com um nível de significância estatística de 5%: desnutrição intrauterina e paridade, ajustadas pela idade e sexo do bebê no dia da entrevista (Tabela 3). Tabela 3 – Estimativas da regressão linear múltipla para o peso pós-natal da criança segundo as variáveis associadas numa amostra de menores de seis meses de idade que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007. Coeficiente de Regressão Linear* 7994,7 Intercepto Desnutrição intrauterina Sim Não Idade do bebê (meses) 0a<1 1a<2 2a<3 3a<4 4a<5 5a<6 Sexo do bebê Feminino Masculino Paridade Primípara Multípara *teste t de Student (p<0,05) Coeficiente de determinação (R2)= 71,9% IC95% (7689,8; 8299,6) -943,1 1 (-1205,9; -680,2) -3830,7 -2946,6 -1994,1 -1226,3 -776,0 1 (-4205,0; -3456,4) (-3280,5; -2612,7) (-2344,7; -1643,5) (-1526,5; -926,2) (-1125,6; -426,4) -470,4 1 (-585,4; -355,4) -164,9 1 (-164,9; -75,7) Considerando-se o modelo final selecionado, crianças que sofreram desnutrição intrauterina apresentam em média um peso pós-natal 943,1 gramas menor do que aquelas que não sofreram desnutrição intrauterina. À medida que a idade do bebê (de zero a < 5 meses) aumenta, as diferenças do peso pós-natal em relação aqueles com maior idade (de 5 a < 6 meses) diminuem, em média: menos 3830,7 gramas (0 a < 1 mês), menos 2946,6 gramas (1 a < 2 meses), menos 1994,1 gramas (2 a < 3 meses), menos 1226,3 gramas (entre 3 a < 4 meses) e com menos 776,0 gramas (4 a < 5 meses). Os bebês do sexo feminino são em média mais leves 470,4 gramas do que os do sexo masculino. Quanto à paridade, filhos de mães primíparas pesaram em média 164,9 gramas a menos do que os filhos de mães multíparas (Tabela 3). Discussão A partir dos resultados deste estudo podemos observar que a desnutrição intrauterina desfavoreceu o peso pós-natal das crianças em todas as faixas etárias. O peso pós-natal, 38 ajustado pelo sexo e idade da criança e paridade materna, entre os que sofreram e não sofreram desnutrição intrauterina foi menor, em média, -943,1 gramas. Segundo Huttly et al14, nascer com peso inferior a 2500 gramas constitui um expressivo fator de risco para o subsequente crescimento das crianças. Em geral, a condição de nascer de baixo peso contribui para o déficit de crescimento e desenvolvimento pós-natal, dificultando a amamentação dessas crianças e tornando-as mais vulneráveis à ocorrência de doenças frequentes, repetidas e prolongadas com sequelas de fundamental importância, muitas vezes, conduzindo à morte. Motta et al15 relatam que as crianças com baixo peso ao nascer estão em desvantagem em relação ao crescimento físico, quando comparadas às de peso de nascimento adequado, e são mais vulneráveis às infecções. Eickmann et al16 analisaram o modelo de crescimento de 148 crianças não prematuras até os dois anos de idade numa coorte de nascimento de residentes na Zona da Mata Meridional do Estado de Pernambuco (Recife) em 1993/94. Foi observada uma aceleração inicial do crescimento até os seis meses de idade seguida de uma desaceleração atingindo uma redução máxima aos 12 meses, com recuperação discreta aos dois anos de vida. A aceleração inicial do crescimento foi mais pronunciada nas crianças de baixo peso (de 1500 a 2499 gramas), mas ainda assim, elas permaneceram com peso e comprimento inferiores as crianças que nasceram com peso adequado (entre 3000 e 3499 gramas) ajustado pelas condições socioeconômicas e a ocorrência de diarréia nos primeiros seis meses de vida. Nos estudos de coorte de recém-nascidos a termo17 e de gestantes e seus filhos recém-nascidos18 também foi observada uma aceleração compensatória do crescimento, especialmente nos seis primeiros meses de vida de crianças com baixo peso, porém, a maioria delas permaneceu menor e mais magra do que as crianças com peso adequado, mantendo um crescimento paralelo entre os dois grupos. Na população de estudo analisada, bebês filhos de mães primíparas apresentaram-se em média com cerca de -164,9 gramas a menos do que os filhos de mães multíparas, corroborando com os resultados encontrados em outros estudos. No estudo em maternidades públicas em Salvador (Bahia) foi encontrado que a primiparidade aumentou 85% a chance do bebê ter sofrido desnutrição intrauterina20. O autor relaciona aos resultados desfavoráveis da gestação de primíparas, a imaturidade biológica que leva a uma dificuldade de adaptação anatômica e fisiológica do aparelho reprodutor e a uma redução da capacidade reprodutiva. Outros autores relatam que a primiparidade só está associada ao crescimento intrauterino restrito, quando a gestação ocorre nos extremos da vida reprodutiva da mulher, gestantes menores de 20 e com 35 ou mais anos de idade21. Na cidade de Santo André (São Paulo), não 39 foi encontrada associação entre a ordem de nascimento e a frequencia de bebês pequenos para idade gestacional22. A vantagem do peso ao nascer sobre o crescimento infantil pode ser anulada por más condições socioeconômicas23. No presente estudo, as variáveis relacionadas direta ou indiretamente as condições socioeconômicas como, respectivamente, renda de trabalho ou outra fonte de renda e mãe saber ler e escrever estiveram associadas ao peso pós-natal ajustado por sexo e idade (p-valor < 0,2), mas não foram retidas no modelo final (p-valor ≥ 0,05). O mesmo ocorreu com a variável situação conjugal que reflete o apoio social à mãe e ao filho. A entrada de variáveis proximais ao desfecho podem ter minimizado o efeito das variáveis distais como as condições socioeconômicas. A escolaridade materna é uma co-variável fortemente associada com o crescimento das crianças, já que muitas vezes se apresenta como um fator independente da renda e que tem contribuído para aumentar significativamente as chances das crianças apresentarem retardo de crescimento, principalmente, no caso de mães de baixa escolaridade e/ou sem instrução24. Como a escolaridade, o trabalho materno sob a forma de recursos percebidos, mostrou-se associado ao maior ganho de peso infantil24. Da mesma forma, a coabitação com o pai da criança também constitui fator de favorecimento ao adequado crescimento da criança25,26. Em nosso estudo, a variável idade materna não esteve estatisticamente associada no nível de significância menor que 5% com o peso pós-natal das crianças, o que contraria estudos que demonstram que filhos de mães adolescentes pesam menos que filhos de mães adultas. Vieira et al19 que descreveram que o crescimento infantil, aferido em peso e em índice de massa corporal (IMC), de filhos de mães adultas (≥ 20 anos) foi ligeiramente maior quando comparados aos filhos de mães adolescentes (< 20 anos). Alguns potenciais fatores de risco do crescimento infantil, considerados em nossa análise como potenciais confundidores, tipo de amamentação e ocorrência de internação, não apresentaram associação estatística (p-valor < 0,2) nos modelos de regressão controlados por sexo e idade do bebê. A mudança do papel social da mulher, caracterizada pelo aumento de suas atividades e pelo trabalho fora de casa, pode privar a criança dos cuidados maternos, tão importantes no primeiro ano de vida. Estas transformações sociais, que incorporam a mulher cada vez mais ao mercado de trabalho, torna mais frequente entre outros fatores a utilização de creches e o desmame precoce do aleitamento materno exclusivo19. Este último, se não for bem orientado pode aumentar a chance de doenças infecciosas e a possibilidade de internação hospitalar prejudicando o crescimento da criança. 40 O aleitamento materno também caracteriza-se por ser um dos fatores que influenciam o crescimento infantil, embora alguns estudos apresentem resultados controversos2. No ensaio clínico desenvolvido por Kramer e colaboradores27, concluiu-se que crianças com maior duração da amamentação exclusiva podem acelerar o ganho de peso e de comprimento nos primeiros meses de vida, sem nenhum déficit aos 12 meses. No estudo de coorte de nascimento de crianças assistidas pelo Programa Médico de Família em Campina Grande (Paraíba), não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre as crianças com ou sem aleitamento materno em relação à média de peso e de comprimento avaliados aos 3, 6 e 12 meses de idade, entretanto, deve-se ressaltar o pequeno tamanho de amostra do estudo, apenas 118 recém-nascidos28. Em nosso estudo, o tipo de aleitamento materno ajustado pelo sexo e idade não esteve associado ao peso pós-natal da criança (p-valor ≥ 0,20). Acredita-se que esse estudo tenha contribuído para metodologia de estudos sobre programação fetal. O marcador de desnutrição intrauterina mais utilizado nesses estudos é o baixo peso ao nascer5,8. Entretanto, este marcador não exclui a prematuridade, aumentando o número de falsos positivos e diminuindo sua validade. Em nosso estudo, utilizamos como proxy de desnutrição intrauterina (baixo peso ao nascer em não prematuros) uma definição mais específica embora ainda possa ter problemas de validade. Crianças que nasceram a termo com o peso próximo a 2500 gramas, podem ter sofrido desnutrição intrauterina, (falsos negativos). Entretanto, acredita-se que tal situação, se de fato ocorreu na nossa população de estudo, deve ser em número reduzido. Há uma grande preocupação metodológica nos estudos de programação fetal que utilizam a variável peso, em diferentes momentos da vida (variáveis dependente e independentes no mesmo modelo), pois peso ao nascer faz parte do peso subseqüente (crescimento de recuperação, peso pós-natal, ganho de peso etc.). Em nosso estudo, optamos por não utilizar o peso ao nascer como variável explicativa contínua, pois o objetivo foi apenas classificar as crianças como tendo sofrido ou não desnutrição intrauterina e não explicar a variação do peso pós-natal em função da variação do peso ao nascer. Apesar da proxy de desnutrição intrauterina ser baseada no peso ao nascer acreditamos que possa ter minimizado o problema metodológico descrito anteriormente. Dada a natureza transversal dos dados com uma única medida de peso pós-natal em crianças com diferentes idades não foi possível analisar a velocidade de crescimento no primeiro semestre de vida. Sendo assim, não foi possível investigar o crescimento de recuperação entre as crianças os que sofreram desnutrição intrauterina. A natureza transversal dos dados também traz problemas de validade interna, como o viés de sobrevivência. É 41 possível que crianças com crescimento intrauterino restrito tenham maior probabilidade de aborto, natimortalidade e mortalidade infantil, o que leva à uma sub-representação da frequencia de desnutrição intrauterina na população de estudo e conseqüentemente, o enfraquecimento da sua associação com o peso pós-natal. Outro problema de validade interna que pode ter ocorrido é o erro de classificação da idade gestacional que é um critério de elegibilidade no estudo. Essa informação encontra-se sob a forma de categorias na Declaração de Nascido Vivo até o ano de 2009 e não há registro sob a forma de aferição, por exemplo, data da última menstruação ou ultrassonografia. A direção da associação principal investigada na presença desse viés é difícil de assegurar. Com o recente aprimoramento do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos29 serão possíveis mais estudos fundamentados na programação fetal utilizando dados secundários retrospectivos para construção de marcadores de desnutrição intrauterina e para o controle de potenciais confundidores perinatais. Em suma, sobre o crescimento infantil podemos concluir que a assistência pré-natal apropriada é de extrema importância para a prevenção da desnutrição intrauterina, favorecendo o crescimento adequado antes e depois do nascimento e minimizando a carga de doenças no ciclo da vida. Referências 1. Stein AD. Birtheweight and the developmente of overweight and obesity. In: LANGLEYEVANS SC. Fetal Nutrition and Adult Disease. Programming of Chronic Disease through Fetal exposure to undernutrition. Oxfordshire, UK: CABI Publishing, 2004, p. 195-210. 2. Spyrides MHC, Struchiner CJ, Barbosa MTS, Kac G. 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Análise da qualidade das estatísticas vitais brasileiras: a experiência de implantação do SIM e do SINASC. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 3, Jun 2007. 45 6 COMENTÁRIOS FINAIS Intervenções específicas são necessárias para melhorar o peso ao nascer, objetivando reduzir as alterações nutricionais e de crescimento físico no futuro, mas o controle de fatores ambientais adversos, como a prevenção de infecções, também é uma medida importante para otimizar a saúde e a nutrição das crianças. Destaca-se a importância da assistência pré-natal apropriada, devendo esta ser uma prioridade em saúde pública, a fim de assegurar o crescimento adequado antes e depois do nascimento, minimizando a carga de doenças no ciclo da vida. Com o aprimoramento do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), fonte de informação qualificada das características perinatais, mais estudos fundamentados na hipótese da programação fetal poderão ser desenvolvidos. 46 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALLEN, L.H. Nutritional influences on linear growth: a general review. Eur. J. Clin. Nutr., v. 48, p. 575-589, 1994 (suplemento). ALMEIDA, M.F.A.; MELLO JORGE, M.H.P. Pequenos para idade gestacional: fator de risco para mortalidade neonatal. Rev. Saúde Pública, v.32, n.3, p.217-224, 1998. ASHWORTH, A.; MORRIS, S.S.; LIRA, P.I.C. Postnatal growth patterns of full-term low birth weight infants in Northeast Brazil are related to socioeconomic status. J Nutr, v. 127, p. 1950-1956, 1997. AUGUTO, A.L.P. Recém-nascido de baixo peso e prematuridade. In: ACCIOLY, E. Nutrição em Obstetrícia e Pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2004. p. 353-367. BARKER, D.J.P. Impact of diet on critical events in development. Proc Nutr. 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Saúde Pública, v.38, n. 1, p. 24-29, 2004. 50 ANEXO A TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO E QUESTIONÁRIO DE ENTREVISTA À MÃE QUE TROUXE O BEBÊ MENOR DE 6 MESES PARA A CONSULTA Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses prestada por unidades básicas do Sistema Único de Saúde do Município do Rio de Janeiro TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Prezada ____________________________________________________________________________ você está sendo convidada a participar do projeto de pesquisa: “Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses prestada por unidades básicas do Sistema Único de Saúde do Município do Rio de Janeiro”, de responsabilidade da FIOCRUZ. O estudo pretende avaliar como as crianças menores de 6 meses vêm sendo atendidas nas unidades de saúde. A sua participação irá contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento à criança, não havendo qualquer risco envolvido. Gostaríamos de pedir o seu consentimento para fazer uma entrevista, quando serão feitas perguntas sobre você e seu bebê e sobre como o seu bebê foi atendido nesta unidade de saúde. Suas respostas serão anotadas em um formulário. Gostaríamos também de pedir o seu consentimento para consultar o prontuário de seu filho. Suas respostas ficarão em segredo, e o seu nome não será divulgado. Você tem direito de pedir outros esclarecimentos sobre a pesquisa e pode se recusar a participar. Eu declaro ter sido informada e concordo em participar, como voluntária, desta pesquisa. ___________________________________________________________________________________ Assinatura da entrevistada Rio de Janeiro, _______ / _______ / __________ Entrevistador __________________ |___|___| Para esclarecimentos, entrar em contato com: Dra. Maria do Carmo Leal ou Dra. Silvana Granado Endereço: Rua Leopoldo Bulhões 1480, sala 808, Manguinhos. Tel: 2598 2621 ou 2598 2620. Endereço do Comitê de Ética e Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública: Rua Leopoldo Bulhões, 1.480 - Sala 314 Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ / CEP. 21041-210 Tel e Fax - (21) 2598-2863 E-Mail : [email protected] http://www.ensp.fiocruz.br/etica O horário de atendimento ao público do CEP/ENSP é de 14:00 às 17:00 Endereço do Comitê de Ética em Pesquisa da SMS/RJ: Rua Afonso Cavalcanti 455/601. Informações adicionais no caso de recusa da mãe em participar da pesquisa: Motivo da Recusa:_____________________________________________________________ |___| 1) Idade da mãe: |___|___| anos 2) Idade do bebê: |___| meses |___||___| dias 3) Escolaridade da mãe |___| Série do Ensino 1. fundamental 2.médio 3. superior |___| 4) Raça ou cor 1. Branca 2. Preta 3. Amarela 4. Parda(morena/mulata) 5. Indígena |___| 3 Questionário de entrevista à mãe que trouxe o bebê menor de 6 meses para consulta QUESTIONÁRIO |___|___|___|___| Para todo questionário, preencher com dígitos 8 para não se aplica e com dígitos 9 para não informado. PARTE I (esta parte da entrevista pode ser realizada antes da mãe ir para a consulta) I. Identificação do questionário |___|___|/|___|___|/|___|___| 1. Data da entrevista |___|___|___|___|___|___|___| 2. Nº do prontuário da criança 3. Nome da Unidade de Saúde 4. Entrevistador Código |___|___| 5. Supervisora 6. Revisado por |___| |___|___|/|___|___|/|___|___| Data 7. Data da digitação |___|___|/|___|___|/|___|___| 8. Digitador |___|___| II. Identificação da mãe Agora vou fazer algumas perguntas sobre você: 9. Hora de início da entrevista |___|___| : |___|___| 10. Qual é o seu nome completo (mãe)? 11. Quantos anos você tem? |___|___| 12. Qual é a data do seu nascimento? |___|___|/ |___|___|/|___|___| 13. Qual é o seu endereço? 14. Comunidade/ Bairro 16. Você tem telefone(s) para contato? 0. Não Sim, qual (is)? 17. Você sabe ler e escrever? 15. Município |___|___|___|___|___|___|___|___| ___________________ |___|___|___|___|___|___|___|___| ___________________ 18. Qual foi a última série que você completou na escola? 0. Não 1. Sim 2. Mais ou menos |___| |___| Série do Ensino 1. fundamental 2.médio 3. superior |___| (0 = nunca estudou) (1º grau) (2º grau) (3ºgrau) 19. A sua cor ou raça é ... (ler as alternativas) |___| 1. Branca 2. Preta 3. Parda(morena/mulata) 4. Amarela 5. Indígena 20. A respeito da sua situação conjugal, você... (ler as alternativas) 1. Vive com companheiro |___| 2. Tem companheiro, mas não vive com ele (vá para a 22) 3. Não tem companheiro (vá para a 22) 21. Há quanto tempo vive com o companheiro? |___|___| meses |___|___| anos 22. Você tem algum trabalho em que ganhe dinheiro?(remunerado) 0. Não (vá para a 25) 1. Sim |___| 23. Qual o seu trabalho atual? 1.Servidora pública 2.Empregada, não servidora pública 3.Autônoma (vá para a 25) 4.Empregadora (vá para a 25) 5.Aposentada (vá para a 25) |___| 24. Você tem carteira assinada? 0.Não 1.Sim 25. Você tem outro tipo de fonte de renda, como pensão, aposentadoria, biscate ou bolsa família? 0.Não 1.Pensão 2.Aposentadoria 3.Biscate 4.Bolsa família 5.Outro. ___________________ 26. Quantos quartos e salas, ao todo, tem a sua casa (sem contar banheiro, cozinha ou varanda)? |___| |___| |___| |___|___| 4 27. Na sua casa tem: a.rádio? 0. Não 1. Sim b.geladeira ou freezer? 0. Não 1. Sim c.videocassete ou DVD? 0. Não 1. Sim d. máquina de lavar roupa? 0. Não 1. Sim e. forno de microondas? 0. Não 1. Sim f. linha de telefone (fixo)? 0. Não 1. Sim g. computador? 0. Não 1. Sim --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------h. televisão? 0. Não Sim, quantas? i. carro para uso particular? 0. Não Sim, quantos? j. ar condicionado? 0. Não Sim, quantos? -----------h.|___| i. |___| j. |___| 28. Quantas pessoas moram na sua casa, contando com você e com o bebê? |___|___| a.|___| b.|___| c.|___| d.|___| e.|___| f.|___| g.|___| 29. E quantas são menores de 5 anos, contando com o bebê? 30. Você já teve algum aborto? |___|___| 0.Não Sim, quantos? |___|___| 31. Quantas vezes você já esteve grávida contando com esta gravidez? (incluir aborto) (se 1, preencha 01 na questão 32 e vá para o bloco III) 32. Quantos filhos vivos você tem hoje, contando com o bebê? (se 1, vá para o bloco III) 33. Você amamentou seu último filho antes desse bebê? 0. Não Sim, por quanto tempo? |___|___| |___|___| meses e |___|___| dias III. Dados sobre o pré-natal Agora vou perguntar sobre o pré-natal da gravidez desse bebê: 34. Você fez pré-natal? 0. Não (vá para o bloco IV) 1. Sim |___| 35. Com quantos meses de gravidez você começou o pré-natal? |___| meses 36. Quantas consultas de pré-natal você fez? (mais ou menos) 37. Você fez pré-natal nesta mesma unidade de saúde? |___|___| |___|___| 0. Não 1. Sim |___| IV. Dados sobre o bebê Agora vou perguntar sobre o seu bebê: 38. Qual é o nome completo do bebê? ___________________________________________________________________________________________ 39. Sexo 1.Masculino 2.Feminino |___| 40. Quem cuida do (a) (nome do bebê) a maior parte do tempo? 1.a própria 2.avó do bebê 3.irmão(ã) do bebê 4. pai do bebê 5.Outro._____________________ 41. O (a) (nome do bebê) está na creche? 0.Não 1.Sim 42. Em que data o (a) (nome do bebê) nasceu? 43. Onde o (a) (nome do bebê) nasceu? |___| |___| |___|___|/|___|___|/|___|___| a) Nome do estabelecimento de saúde: _________________________________________________ |___||___| ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------b) Município: 1. Rio de Janeiro 2. Outro_________________________________________ |___||___| 44. Foi de parto normal ou cesariana? 1. Normal 2. Cesariana 45. Com que peso o (a) (nome do bebê) nasceu? |___|___|___|___| g 46. O (a) (nome do bebê) já foi registrado (a)? 47. Aonde foi feito o registro do (a) (nome do bebê)? |___| 0. Não (vá para a 48) 1. Sim |___| 1.Cartório da maternidade 2. Outro cartório 48. Você recebeu a caderneta de saúde da criança na maternidade? 0. Não 1. Sim |___| |___| 5 V. Aleitamento Materno Agora vou fazer algumas perguntas sobre a amamentação do(a) (nome do bebê) 49. O (a) (nome do bebê) saiu da maternidade mamando só no peito? 0. Não 1. Sim (vá à questão 51) |___| 50. Por que não estava só no peito? 1. Intercorrência materna____________________ 2. Intercorrência com RN____________________ |___| 3. Prática hospitalar 4. Pouco leite/leite fraco/bebê não pegou 5. Outro____________________ (em caso de mãe HIV+ , marque 1 e vá para o bloco VI – acesso ao serviço de saúde) 51. Quando o (a) (nome do bebê) veio a esta Unidade de Saúde pela primeira vez, mamava no peito? 0. Não 1. Sim |___| 52. De ontem de manhã até hoje de manhã, o (a) (nome do bebê) mamou no peito? 0. Não 1. Sim |___| 53. De ontem de manhã até hoje de manhã, o (a) (nome do bebê) tomou outro leite? 0. Não 1. Sim |___| 54. De ontem de manhã até hoje de manhã, o (a) (nome do bebê) tomou água, chá ou suco? 0. Não 1. Sim |___| 55. De ontem de manhã até hoje de manhã, o (a) (nome do bebê) recebeu outro alimento? (além dos perguntados anteriormente, incluindo derivados do leite) 0. Não 1. Sim |___| Se a resposta da 53 foi (1), marque (1) na 56 a) e |___| meses e pergunte a 56 b). 56. b) Com que idade tomou outro tipo 56. a) Desde que o (a) (nome do bebê) saiu da |___|___| dias maternidade, já tomou outro tipo de leite? |___| de leite pela primeira vez? 0. Não (vá para 56 c) 1.Sim Se a resposta da 54 foi (1), marque (1) na 56 c) e |___| meses e pergunte a 56 d). 56. d) Com que idade tomou água, chá 56. c) Desde que o(a) (nome do bebê) saiu da |___|___| dias maternidade, já tomou água, chá, ou suco? |___| ou suco pela primeira vez? 0.Não (vá para 56 e) 1.Sim Se a resposta da 55 foi (1), marque (1) na 56 e) e |___| meses e pergunte a 56 f). 56. f) Com que idade recebeu outro 56. e) Desde que o (a) (nome do bebê) saiu da |___|___| dias maternidade, já recebeu outro alimento? (além dos |___| alimento pela primeira vez? perguntados antes) 0.Não (vá para a 57) 1.Sim VI. Acesso ao serviço de saúde: Agora gostaria de saber sobre o acompanhamento do seu bebê. 57. Na maternidade falaram que você deveria procurar a unidade de saúde mais próxima da sua casa |___|___| dias para levar o (a)(nome do bebê)? 0. Não Sim. Com até quantos dias de vida? 58. Você recebeu, na maternidade, um cartão de acolhimento mãe-bebê marcando para você ir com |___| o (a) (nome do bebê) em uma unidade básica de saúde? 0. Não (vá para a 62) 1.Sim, para esta unidade 2.Sim, para outra unidade 59. No cartão estava marcada.... (ler as alternativas) a. A data em que você deveria procurar a unidade básica de saúde? 0. Não Sim |___|___| /|___|___| /|___|___| b. A hora do atendimento? 0. Não c. O profissional que deveria procurar para ser atendida? 60. Você conseguiu ir à unidade de saúde na data marcada? 1. Sim 0. Não 1. Sim 0. Não (vá à questão 62) 61. Você conseguiu ser atendida na unidade de saúde na data marcada? 0. Não 1.Sim, nesta unidade |___| |___| 1. Sim 2.Sim, em outra unidade |___| |___| 62. Em que data você trouxe o (nome do bebê), pela primeira vez, nesta unidade de saúde? Data: |___|___| /|___|___| /|___|___| Idade do bebê |___| meses |___|___| dias 63. No primeiro dia que você trouxe o(a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde ele (a) foi vacinado (a) com a vacina BCG? 0. Não 1. Sim 2.Não, mas já tinha sido vacinado na maternidade 3. Não, mas já tinha sido vacinado em outra unidade de saúde |___| 6 64. Neste mesmo dia, o(a) (nome do bebê) foi vacinado com a vacina de hepatite? |___| 0.Não 1.Sim 2.Não, mas já tinha sido vacinado na maternidade 3. Não, mas já tinha sido vacinado em outra unidade de saúde 65. No primeiro dia que você trouxe o(a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde você recebeu |___| orientação sobre amamentação? 0. Não 1. Sim 2.Não, mas foi marcada palestra 66. Neste mesmo dia pesaram o(a) (nome do bebê)? 0. Não 1. Sim |___| 67. No primeiro dia que você trouxe o(a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde foi marcada a consulta de acompanhamento com o pediatra? 0. Não Sim. Para qual data? |___|___| /|___|___| /|___|___| 68. Neste mesmo dia foi feito o teste do pezinho? |___| 0. Não 1. Sim (preencha a questão 69 com base na data do primeiro dia que o bebê veio à unidade de saúde - questão 62 - e vá para a 70) 69. Com que idade o teste do pezinho foi feito? |___| 0. Não foi feito 1. Com até 7 dias 2. Com 8 a 14 dias 3. Com 15 dias ou mais 70. A quantas consultas o(a) (nome do bebê) já veio nesta Unidade, sem contar a consulta de hoje, nem o acolhimento? 71. Você tem alguma dificuldade para trazer o (a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde? 0.Não (vá para a 73) 1.Sim 72. Qual dificuldade? Marque (para cada item) a. Não tem dinheiro b. O local de atendimento é distante ou de difícil acesso c. Dificuldade de transporte d. Horário incompatível e. O atendimento é muito demorado f. Não tem quem a acompanhe g. Greve nos serviços de saúde 0.Não |___|___| |___| 1.Sim a.|___| b.|___| c.|___| d.|___| e.|___| f.|___| g.|___| h. Outro motivo . Qual?_______________________________________________________ 73. Você já levou o (a) (nome do bebê) em outro serviço de saúde? 0. Não (vá para o bloco VII) 1. Sim 74. Onde? 1. No hospital 2. Em consultório particular 3. Em outra unidade básica h.|___| |___| |___| Agora, vamos ter que interromper a entrevista, pois as próximas perguntas só podem ser feitas após a consulta do bebê. Vou esperar, então, você voltar do atendimento para terminarmos a entrevista. Horário de término da Parte I |___|___| : |___|___| Horário de Início da Parte II |___|___| : |___|___| PARTE II (esta parte da entrevista deve ser realizada após a consulta) VII. Primeira consulta ou consulta subseqüente. Gostaria agora de saber sobre as consultas do(a) (nome do bebê): 75. A consulta de hoje foi marcada ou você trouxe o(a) (nome do bebê) sem ter marcado antes? 1. Consulta marcada 2. Consulta de demanda espontânea/extra 76. Posso ver a caderneta de saúde da criança? 1. Sim 2. Não trouxe 3. Não tem (Se não trouxe ou não tem, vá para o bloco VIII) |___| |___| 77. Marque o modelo da caderneta/cartão da criança: 1. Passaporte da Cidadania 4. Caderneta Laranja Pequena 7. Espelho Verde 2. Caderneta Laranja Grande 5. Caderneta Verde pequena 8. Cartão Vermelho 3. Caderneta Verde Grande 6. Espelho Laranja 9. Cartão Azul |___| 7 78. Verificar na Caderneta da Criança se está preenchido: Na página 3 (modelos 1,2,3,4,5). Se modelos 6, 7, 8 ou 9 vá para a questão 78.b. a) o n° da declaração de Nascido Vivo 0. Não Sim |___|___|___|___|___|___|___|___| Na página 12 (modelo 1); Na página 3 ( modelos 2,3,4 e 5); Na capa (modelos 6,7, 8 e 9); b) peso ao nascer (em gramas) 0. Não Sim |___|___|___|___| g c) o comprimento ao nascer 0. Não Sim |___|___| ,|___| cm d) APGAR 5´ (5º min) 0. Não Sim |___|___| Na página 12 (modelo 1); Na página 6 (modelos 2, 3, 4 e 5); Se modelos 6,7, 8 e 9 vá para o bloco VIII. 0. Não e) idade gestacional (em semanas) Sim |___|___| Na página 12 (modelo 1); Na página 6 ou 9 – verificar carimbo ou registro – (modelos 2, 3, 4 e 5); Se modelos 6,7, 8 ou 9, vá para o bloco VIII. f) Teste do reflexo vermelho 0.Não 1.Sim, normal. 2.Sim, alterado. |___| VIII. Crescimento e Desenvolvimento Agora vou fazer algumas perguntas sobre o crescimento e desenvolvimento do(a) (nome do bebê): 79. Pesaram o (a) (nome do bebê) hoje no Posto? 0. Não (vá para 81) 1. Sim |___| 80. Você sabe me dizer quanto ele (a) pesou? 0. Não Sim |___|___|___|___| g 81. Aqui na unidade falaram com você sobre como está o ganho de peso do bebê? (ou perda) 0. Não 1. Sim (Se não tem ou não trouxe a caderneta de saúde, vá para ao bloco IX) |___| 82. Modelo 1 – Pág. 46(menina) e pág. 56 (menino); Modelos 2 e 3 (pág. 18); Modelos 4 e 5 (pág.14); Modelos 6,7,8 e 9 (gráfico). PESO NO GRÁFICO “Peso X Idade”. Verificar se está preenchido: a) Peso da consulta de hoje marcado na curva 0. Não Sim |___|___|___|___| g b) Peso da última consulta anterior que tenha sido marcado na curva 0. Não Sim |___|___|___|___|g Data |___|___| /|___|___| /|___|___| Idade |____| meses |___|___| dias -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------c) INCLINAÇÃO. No gráfico, como está a inclinação da curva da criança em relação ao peso da consulta anterior e o de hoje? 0. Não marcado 1. Ascendente 2. Horizontal 3. Descendente |___| ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------d) PERCENTIL. No gráfico, onde está localizado o peso de hoje no cartão? |___| 0. Não marcado 1. > percentil 97 2. ≥ percentil 10 e < percentil 97 3. ≥ percentil 3 e < percentil 10 4. < percentil 3 83. PESO ANOTADO. Verificar se está preenchido: Modelo 1 (pág. 42); Modelos 2 e 3 (pág.16); Modelos 4 e 5 (pág.15); Se modelos 6,7,8 e 9, vá para a a) Peso da consulta de hoje 0. Não Sim |___|___|___|___| g b) Peso das últimas consultas 0. Não Sim |___|___|___|___|g Data |___|___| /|___|___| /|___|___| Sim |___|___|___|___|g Data |___|___| /|___|___| /|___|___| Sim |___|___|___|___|g Data |___|___| /|___|___| /|___|___| Sim |___|___|___|___|g Data |___|___| /|___|___| /|___|___| 84. PERÍMETRO CEFÁLICO. Verificando o gráfico, onde está localizado o perímetro de hoje? Modelo 1 (pág. 44-meninas e 45-meninos); Modelo 2 e 3 (pág. 17); Modelos 4 e 5 (pág. 13); se modelos 6, 7, 8 e 9 vá para a questão 85. 3. <percentil 10 0. Não marcado 1. > percentil 90 2. ≥ percentil 10 e < 90 |___| 85. DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ. Verificar na caderneta/cartão se há alguma anotação. Modelo 1 ( pág. 30 a 32), Modelos 2 e 3 ( pág. 23 e 24) ; Modelos 4 e 5 (pág. 16 e 17) ; Modelos 6, 7, 8 e 9 (Verso do gráfico); 0.Não 1.Sim |___| 8 IX. Aleitamento Materno (em caso de mãe HIV+ , vá para o bloco X –Imunização) Agora vou fazer algumas perguntas sobre amamentação 86. Aqui nesta unidade, depois que o(a) (nome do bebê) nasceu, falaram com você sobre amamentação? 0. Não (vá a questão 88) 1. Sim 87. Depois que o(a) (nome do bebê) nasceu, falaram com você sobre amamentação... (ler as alternativas) a. na consulta? 0. Não 1. Sim b. em grupo? 0. Não 1. Sim c. durante visita à sua casa? 0. Não 1. Sim d. de outro jeito ____________________________________ 88. Aqui nesta unidade, depois que o(a) (nome do bebê) nasceu, mostraram como colocar o bebê no peito para mamar? 0. Não 1. Sim 89. Aqui nesta unidade, depois que o(a) (nome do bebê) nasceu, explicaram que o bebê deve mamar quando quiser? 0. Não 1. Sim |___| a.|___| b.|___| c.|___| d.|___| |___| |___| 90. E explicaram como tirar o leite de peito com as mãos, se precisar? (ordenha manual) 0. Não 1. Sim |___| 91. Aqui nesta unidade, depois que o(a) (nome do bebê) nasceu, falaram que não se deve dar mamadeira |___| ao bebê? 0. Não 1. Sim |___| 92. E falaram até quando o bebê deve mamar só no peito? 0. Não Sim. Até quantos meses? 93. Você acha que esta Unidade de Saúde está ajudando (ou ajudou) você a amamentar? 0. Não 1. Sim 2. Mais ou menos |___| X-Imunização: Gostaria de lhe perguntar sobre as vacinas do(a) (nome do bebê) 94. As vacinas do (a) (nome do bebê) estão em dia? 0. Não 1. Sim |___| (Se não trouxe a caderneta de saúde, vá para o bloco XI) 95. Olhar na caderneta da criança as vacinas que já foram tomadas. Marque (0) para Não e (1) para Sim, de acordo com o observado. Modelo 1 (páginas 78 e 79), Modelos 2 e 3 (páginas 32 e 33); Modelos 4 e 5 (páginas 24 e 25); Modelos 6, 7, 8 e 9 (quadro de vacina). Dose/ Vacinas a) BCG b) Hepatite B c) Anti-Pólio d) Tetravalente e) Rotavírus (VOP) (DPT + Hib) (VORH) 1ª Dose |___| 2ª Dose |___| |___| |___| |___| |___| |___| |___| |___| ATENÇÃO: DEVOLVA O CARTÃO PARA A MÃE! XI -Problemas de Saúde: Agora gostaria de saber sobre problemas de saúde do(a) (nome do bebê) 0. Não 1.Sim Há quanto tempo está Problemas de saúde com esse problema de saúde? (em dias) b) 96. O (a) (nome do bebê) a) |___| |___|___|___| está com tosse ou Se não, vá para 97 dificuldade de respirar? 97. O (a) (nome do bebê) está com febre? a) |___| b) a) |___| Se não, vá para 99 99. O (a) (nome do bebê) está com diarréia? a) |___| Se não, vá para 100 c) c) |___|___| Se não, vá para 98 98. O (a) (nome do bebê) está com problema de ouvido? O que foi recomendado para o(a) (nome do bebê) na consulta? b) c) |___|___| b) |___|___| c) 0. Nada 1.Soro oral /caseiro 2.Aleitamento materno exclusivo 3.Outro ____________ |___| |___| |___| |___| |___| |___| |___| |___| |___| |___| |___| |___| |___| |___| |___| 9 100. O (a) (nome do bebê) está com algum outro problema de saúde? 0. Não 1. Sim . Qual? ____________________________________________________ 101. E desde que nasceu, o (a) (nome do bebê) já teve outro problema de saúde? (além dos atuais) 0. Não (vá para a questão 105) 1.Sim. Qual(is)?__________________________________ 102. Quando ele (a) teve [o(s) problema(s) citado (s) na questão 101], você procurou algum serviço de saúde? 0. Não 1. Sim (vá para a questão 104) 103. Por que motivo não procurou o serviço de saúde? a. Não houve necessidade Marque (para cada item) |___| |___| |___| 0. Não 1. Sim a.|___| b. Não tinha dinheiro b.|___| c. O local de atendimento era distante ou de difícil acesso c.|___| d. Dificuldade de transporte d.|___| e. Horário incompatível e.|___| f. O atendimento é muito demorado f.|___| g. O estabelecimento não possuía especialista compatível com suas necessidades g.|___| h. Não tinha quem a acompanhasse h.|___| i. Não gostava dos profissionais do estabelecimento i.|___| j. Greve nos serviços de saúde j.|___| k. Outro motivo . Qual? _________________________________________________________ k.|___| Ao final desta questão, vá para a questão 105. 104. Qual serviço você procurou? 1. Esse mesmo 2. Outra unidade básica 5. Pronto Socorro (emergência) 3.Consultório particular 6. Outro ___________________________ 105. O (a) (nome do bebê) já esteve internado alguma vez? 106. Por qual motivo? 4. Hospital 1. Pneumonia 2. Diarréia 0. Não (vá para o bloco XII) 1.Sim 3. Outro ___________________________ |___| |___| |___| |___| XII. Informações sobre o acompanhamento do bebê Agora me responda, por favor, algumas informações, sobre o acompanhamento do(a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde: 107. O médico (ou enfermeira) que está consultando o (a) (nome do bebê) nesta Unidade é sempre o mesmo? (ler as alternativas até a n° 3) 1. Sim 2. Às vezes o mesmo 3. Nunca o mesmo 4. Só foi a uma consulta 108. Já foi marcada uma nova consulta para o (a) (nome do bebê)? 0. Não (vá à questão 110) 1. Sim 2. Não, vai ser marcada hoje (vá à questão 110) 109. Para quando foi marcada a consulta? |___|___|/|___|___|/|___|___| 110. Você acha que nesta Unidade de Saúde eles escutam o que você tem a dizer sobre o bebê? 0. Não 1. Sim 2. Mais ou menos 111. Você diria que o acompanhamento do (a) (nome do bebê) nesta Unidade está sendo (ler as alternativas): 1. Ótimo 2. Bom 3. Mais ou menos 4. Ruim 5. Péssimo |___| |___| |___| |___| 112. Por que? |___| |___| |___| 10 Bloco XIII: Violência entre Parceiros Íntimos (apenas para mães que tem companheiro atualmente) (em caso de mãe sem companheiro – questão 20, resposta 3 - vá para o bloco XIV) Instruções: 0 Não; 1 Sim, uma vez; 2 Sim, mais de uma vez. Agora, eu gostaria de conversar um pouquinho com você sobre as maneiras que os casais usam para resolver suas diferenças. Mesmo que um casal se relacione bem, tem vezes que um discorda do outro, se chateia com o outro, discutem e se agridem apenas porque estão de mau humor, cansados ou por outra razão qualquer. Por favor, eu gostaria de saber se você e seu companheiro fizeram cada uma dessas coisas desde o nascimento do (a) (nome do bebê). Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do(a) (nome do bebê).... 113. 114. 115. 116. 117. 118. Você mostrou que se importava com seu companheiro, mesmo que vocês estivessem discordando? Seu companheiro mostrou que se importava com você, mesmo que vocês estivessem discordando? Você explicou para seu companheiro o que você não concordava com ele? Seu companheiro explicou para você o que ele não concordava com você? Você insultou ou xingou o seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? 113|___| 114|___| 115|___| 116|___| 117|___| 118|___| Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do(a) (nome do bebê).... 119. 120. 121. 122. 123. 124. 125. 126. 127. 128. Você jogou alguma coisa no seu companheiro que poderia machucá-lo? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? Você torceu o braço do seu companheiro ou puxou o cabelo dele? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? Você mostrou que respeitava os pontos de vista e os sentimentos dele? Seu companheiro mostrou que respeitava os seus pontos de vista e os seus sentimentos? Você deu um empurrão no seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? Você usou uma faca ou arma contra o seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? 119|___| 120|___| 121|___| 122|___| 123|___| 124|___| 125|___| 126|___| 127|___| 128|___| Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do(a) (nome do bebê).... 129. 130. 131. 132. 133. 134. 135. 136. Você deu um murro ou acertou o seu companheiro com alguma coisa que pudesse machucar? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? Você destruiu alguma coisa que pertencia ao seu companheiro de propósito? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso? Isso aconteceu mais de uma vez? Você sufocou ou estrangulou seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? Você gritou ou berrou com o seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? 129|___| 130|___| 131|___| 132|___| 133|___| 134|___| 135|___| 136|___| Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do(a) (nome do bebê).... 137. 138. 139. 140. 141. 142. 143. 144. 145. 146. Você jogou o seu companheiro contra a parede com força? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? Você disse para ele que achava que vocês poderiam resolver o problema? Seu companheiro disse que achava que vocês poderiam resolver o problema? Você deu uma surra no seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? Você segurou o seu companheiro com força? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? Você virou as costas e foi embora no meio de uma discussão? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso? Isso aconteceu mais de uma vez? 137|___| 138|___| 139|___| 140|___| 141|___| 142|___| 143|___| 144|___| 145|___| 146|___| Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do(a) (nome do bebê).... 147. 148. Você deu um tabefe ou bofetada no seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? 147|___| 148|___| 11 149. 150. 151. 152. 153. 154. Você sugeriu que procurassem juntos uma solução para resolver as diferenças ou discordâncias? Seu companheiro fez isso? Você queimou ou derramou líquido quente em seu companheiro de propósito? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? Você ameaçou acertar ou jogar alguma coisa no seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? 149|___| 150|___| 151|___| 152|___| 153|___| 154|___| Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do(a) (nome do bebê).... 155. 156. 157. 158. Você chutou o seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez? Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez? Você queimou seu companheiro com ferro, cigarro ou qualquer outra coisa de propósito? Seu companheiro fez isso com você? 159. E aqui no Posto, alguém já conversou com você sobre estas coisas de violência? 0. Não (vá para o bloco XIV) 160. Conversaram com você sobre estas coisas de violência... (ler as alternativas) 155|___| 156|___| 157|___| 158|___| 1. Sim a. na consulta? 0. Não 1. Sim b. em grupo? 0. Não 1. Sim c. durante visita à sua casa? 0. Não 1. Sim d. de outro jeito ____________________________________ XIV. Opinião da entrevistada: 161. Você gostaria de dizer mais alguma coisa? 0. Não |___| a.|___| b.|___| c.|___| d.|___| Sim. (escrever o que for relatado) |___| Muito Obrigado(a). XV. Para ser preenchido pelo entrevistador ao final da entrevista 162. Hora de término da entrevista 163. A cooperação da entrevistada foi: 1. Excelente 2. Muito boa Observações: |___|___| : |___|___| 3. Boa 4. Razoável 5. Fraca |___| 62 ANEXO B ORIENTAÇÕES AO ENTREVISTADOR Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde ORIENTAÇÕES AO ENTREVISTADOR Este documento apresenta as orientações que deverão nortear o levantamento de dados da pesquisa “Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses prestada por unidades básicas do Sistema Único de Saúde do Município do Rio de Janeiro”. Descreve os procedimentos padronizados que deverão ser seguidos e apresenta alternativas para lidar com diferentes situações. A leitura atenta e freqüente desse documento irá ajudá-lo em vários aspectos, favorecendo a minimização dos erros. Sumário: pág. Item I: Primeiro contato na Unidade de Saúde 2 Item II: Conduta do Entrevistador 2 Item III: Seleção das Entrevistadas 3 Item IV: Etapas da Entrevista 3 Item V: O papel do entrevistador em uma pesquisa 6 Item VI: Procedimentos de Campo 7 Item VII: Entrevista com a mãe 7 Item VIII: Orientações sobre itens específicos do questionário 7 Parte I: Blocos I a VI 8 Parte II: Blocos VII a XV 16 Anexo1: Tabela para seleção das mães 26 Anexo 2: Estabelecimentos onde mulheres vítimas de violência podem procurar ajuda 27 Anexo 3: Página 3 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 28 Anexo 4: Página 6 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 29 Anexo 5: Página 13 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 30 Anexo 6: Página 14 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 31 Anexo 7: Página 15 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 32 Anexo 8: Página 16 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 33 Anexo 9: Página 17 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 34 1 Anexo 10: Página 24 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 35 Anexo 11: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para profissionais 36 Anexo 12: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a mãe do bebê 37 Anexo 13: Relação das Unidades de Saúde incluídas na pesquisa 38 Anexo 14: Cartão de acolhimento mãe/bebê 40 ATENÇÃO O período de trabalho de campo é fundamental. Só falte em caso extremo (doença ou impedimento seriíssimo). Nestes casos, peça à sua dupla – entrevistador que está na mesma unidade que você – para substituí-lo, e avise à sua supervisora. Caso a sua dupla não possa substituí-lo, peça à sua supervisora que o faça, ou que consiga uma substituição para você. Em caso de dúvida, ou problema durante o trabalho de campo, consulte sua supervisora. ITEM I: PRIMEIRO CONTATO NA UNIDADE DE SAÚDE Inicialmente o supervisor apresentará o entrevistador ao diretor da unidade de saúde ou pessoa por ele designada. O supervisor apresentará os passos que serão realizados para o desenvolvimento da pesquisa na unidade de saúde e entregará uma cópia do resumo do projeto de pesquisa. Deve ser solicitado ao diretor que este comunique à equipe sobre a realização da pesquisa que envolverá entrevistas com mães de crianças de até 6 meses. A direção da unidade básica deverá assinar a “Autorização da Coleta de Dados na Unidade Básica de Saúde”, uma exigência do Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos. Antes de começar a pesquisa de campo, certifique-se de que esta autorização já foi assinada. Uma condição básica para realizar o estudo é o envolvimento de todos que dele participarão direta ou indiretamente. Explique para o diretor que para o bom andamento do trabalho será importante, se possível, que ele designe um ou dois funcionários para servir de referência e apoio durante do trabalho realizado na unidade de saúde. ITEM II: CONDUTA DO ENTREVISTADOR ATENÇÃO: Antes de ir para o trabalho de campo o entrevistador deve ter lido atentamente o projeto distribuído durante o treinamento, para que tenha em mente informações claras sobre o estudo. Isto permite que o entrevistador seja capaz de explicá-lo de maneira a estimular o interesse e a cooperação da entrevistada. Mantenha uma atitude cordial e segura a fim de estimular o interesse da entrevistada em participar da pesquisa. Procure mostrar delicadeza, tato, empatia e principalmente: paciência. Somente a partir do estabelecimento de uma relação empática e de confiança é que a entrevistada poderá sentir-se à vontade para falar. O uso de roupas discretas e adequadas é de grande importância: não devem ser usadas roupas vermelhas, colantes, curtas ou decotadas, para que o entrevistador fique à vontade para a tarefa que irá realizar. Lembre-se que você, como entrevistador, deve chamar a atenção pelo que fala e não pelo que veste. Não masque chicletes ou fume durante a entrevista. 2 O entrevistador deve portar sempre o seu crachá e a carta de apresentação da Fundação Oswaldo Cruz. Quando for levantada alguma dúvida quanto à sua relação com a pesquisa, apresente-os. O material a ser usado na entrevista deve estar sempre junto com o entrevistador: pasta com instrumentos de coleta de dados, o instrutivo de campo, caneta, lápis (ou lapiseira) com apontador, borracha e régua. As dúvidas que surjam no desenvolvimento da pesquisa devem ser dirimidas com o supervisor. ITEM III: SELEÇÃO DAS ENTREVISTADAS Foi realizado um procedimento estatístico de forma sistemática visando selecionar a população a ser entrevistada. Esse procedimento utilizou uma função para a escolha de números aleatórios. Em cada unidade básica de saúde serão entrevistadas 40 mães de bebês menores de 6 meses (até 5 meses e 29 dias). Serão selecionadas mães nos diferentes dias da semana e nos diferentes turnos de atendimento, pois o tipo de mãe que busca o atendimento de tarde, por exemplo, pode ser diferente daquela que chega de manhã cedo. Outra razão para este procedimento é que a qualidade do atendimento também pode variar segundo o dia ou turno de atendimento. As 40 mães, inclusive, não devem ser entrevistadas todas numa semana só, pois as mães que procuram a unidade no começo do mês também podem ser diferentes daquelas que chegam no meio ou no final do mês. Cada entrevistador deve buscar entrevistar pelo menos 10 mães a cada semana (em 5 turnos de entrevista), que devem contemplar dias da semana e turnos variados. Se houver atendimento a bebês menores de 6 meses em todos os turnos da semana, pode-se entrevistar de 2 a 3 mães (no máximo) a cada período. As mães que forem à Unidade de Saúde com intuito de consultarem seus bebês menores de 06 meses de idade (incluindo as de demanda espontânea e as emergências) serão listadas. Foi construída uma tabela, que mostra os dias da semana, o número total de mães que podem ser atendidas na Unidade Básica de Saúde e sua correspondência com números aleatórios que se referem às mães da listagem que serão escolhidas para serem entrevistadas (Tabela seleção das mães – Anexo1). Se na segunda-feira, pela manhã, estão listadas 4 mães, destas, as que serão escolhidas para entrevista serão: as mães nº 2, 1, e 3. Caso estejam listadas menos de quatro mães (2 mães por exemplo, os números a serem escolhidos serão 2 e 1 seguindo a ordem proposta pela tabela). Em caso de recusa, preencher o quadro do termo de consentimento (anexo15) referente a “Informações adicionais no caso de recusa da mãe em participar da pesquisa” com: motivo da recusa, idade da mãe, idade do bebê, escolaridade da mãe, raça ou cor. O procedimento de amostragem não deve ser alterado, pois caso a amostra seja distorcida, a pesquisa perderá o caráter de dispor de uma amostra representativa das mães de bebês menores de 6 meses atendidos na rede básica do Rio de Janeiro pelo SUS, ou seja, o objetivo da pesquisa não será alcançado. Caso haja dúvidas, o entrevistador deve consultar a supervisora. ITEM IV: ETAPAS DA ENTREVISTA 4) Etapas de uma entrevista 4.1. Apresentação do entrevistador Diga seu nome e apresente-se como auxiliar de pesquisa desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz. Pergunte o nome da mãe e anote no termo de consentimento. Fale tudo de forma pausada, sem presumir que as pessoas conheçam a instituição e dando oportunidade para esclarecimentos. 3 4.2.Apresentação dos objetivos da pesquisa e de sua importância Antes de iniciar a entrevista, apresente o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” (anexo 15), que é uma exigência do Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos. A leitura do Termo deve ser feita de forma clara e pausada. Explique que se trata de uma pesquisa de avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses prestada por unidades básicas do Sistema Único de Saúde do Município do Rio de Janeiro, que tem como objetivo melhorar o atendimento prestado. Assinale que a colaboração da entrevistada é de grande importância para esta pesquisa, explicando que o que deseja dela é que aceite ser entrevistada e responda ao questionário. É importante não comentar com a entrevistada o teor de entrevistas já realizadas, nem das suas impressões sobre as unidades de saúde. Ao final da apresentação, explique que o Termo de Consentimento deverá ser assinado, ofereça uma cópia para a mãe ler naquele momento, ou depois, como ela preferir. O entrevistador deve colocar-se à disposição para quaisquer esclarecimentos que estejam ao seu alcance e mostrar para a entrevistada que, com a cópia do termo de consentimento recebida, onde consta o telefone da coordenação, esta poderá entrar em contato com a coordenação do projeto. Não mostre impaciência e nem minimize este procedimento. Trate-o como parte da rotina da pesquisa. Solicite a assinatura desse papel e esclareça que a sua assinatura atesta que ela foi esclarecida sobre a pesquisa. A mãe pode aceitar participar do estudo, mas não concordar em assinar o Termo, caso isto ocorra, entreviste-a e assinale na parte inferior do Termo. Caso a mãe só saiba escrever o primeiro nome, deixe que ela escreva e coloque uma observação no termo e se ela não souber escrever, peça para que ela dê a sua rubrica e coloque uma observação no termo de que a mãe aceitou fazer a pesquisa, porém, não sabe escrever. Se a mãe não conseguir nem fazer a rubrica, faça a observação no termo de consentimento e inicie a entrevista. O entrevistador deverá anotar no Termo, em letra legível o nome da entrevistada. O entrevistador pode se sentir à vontade para dizer: “não sei”, diante de uma dúvida que lhe for colocada. A entrevista é uma relação de confiança entre duas pessoas, e quem entrevista deve ser honesto e envolvido com o que faz. Caso a mãe pergunte “por que” ela está sendo abordada, e não outra mãe, explique à entrevistada que ela foi escolhida por sorteio, para que compreenda que não foi uma escolha por algum fator pessoal. 4.3 Procedimentos no caso de haver recusa em participar da pesquisa: a) No caso de haver recusa, escute com atenção e tente esclarecer os objetivos e a importância da pesquisa. Caso a mãe ainda não queira participar, procure saber os motivos e anote no quadro do rodapé do Termo de Consentimento. Preencha, então, o quadro do termo de consentimento (anexo15) referente às “Informações adicionais no caso de recusa da mãe em participar da pesquisa”: Informações adicionais no caso de recusa da mãe em participar da pesquisa: Motivo da Recusa:_____________________________________________________________ |___| 1) Idade da mãe: |___|___| anos 2) Idade do bebê: |___| meses |___||___| dias 3) Escolaridade da mãe |___| Série do Ensino 1. fundamental 2.médio 3. superior |___| 4) Raça ou cor 1. Branca 2. Preta 3. Amarela 4. Parda(morena/mulata) 5. Indígena |___| Não entre em discussões ou conversas caso a paciente mostre revolta, depressão ou desconfiança. Substitua a entrevistada pela próxima sorteada. 4 4.4. Procedimentos a serem seguidos para que a entrevista prossiga satisfatoriamente: a) A partir do momento em que a mãe aceitou ser entrevistada, evite platéia. Como a entrevista geralmente será realizada na sala de espera, várias razões dificultam a privacidade, como a presença de familiares e de outras mães. Por vezes a mãe estará esperando ser chamada para fazer a consulta do bebê e não deseja se dirigir para um local reservado. Diga frases como: “Podemos ir para um cantinho mais sossegado?”. Ou, “Creio que você preferiria responder algumas perguntas a sós, podemos ir mais para lá?”. Nos casos em que a entrevista tenha que ser conduzida na presença de outras pessoas tente falar mais baixo ou use outra estratégia para conseguir algum grau de privacidade. Deve ser lembrado que o importante é assegurar uma atmosfera propícia a um diálogo relaxado e aberto com a entrevistada, mesmo se ela manifestar o desejo de compartilhar com outros a sua entrevista. b) Providencie assento conveniente. Se possível, sente-se em frente à entrevistada e não ao seu lado. Se você sentar ao seu lado, a atenção da entrevistada estará voltada para tentar ler o questionário. c) O Entrevistador poderá avaliar as condições emocionais da entrevistada e interromper a entrevista por alguns momentos caso perceba que a mãe necessita dar atenção ao(s) filho(s). Deve-se falar sobre isso e aguardar para continuar a entrevista. Não demonstre que isso pode ser um problema, não se mostre aborrecido. d) Embora você tenha um roteiro estabelecido a seguir, esteja preparado para acompanhar o rumo que a entrevistada tomar, ouvindo com atenção caso ela desvie do assunto ou comece a dar exemplos sobre algo que você perguntou. Assim que houver uma brecha, interrompa educadamente a fala e procure voltar ao questionário. e) Quando a entrevistada responder "NÃO SEI" ou “NÃO LEMBRO”, procure explorar melhor o assunto, buscando outras possibilidades que possam facilitar a memória da entrevistada, como marcos na vida dela ou da criança, verificando também se a pergunta ficou bem clara. f) Poderá haver entrevistadas com menor ou maior grau de dificuldade de compreensão e expressão. Contudo, com boa vontade, paciência, e educação, será possível conseguir as informações necessárias. Geralmente, a dificuldade em responder alguma das questões ocorre quando: A entrevistada não está suficientemente atenta à pergunta; De fato, a entrevistada não compreendeu a questão; A pergunta pode ter soado ameaçadora ou constrangedora da primeira vez. Nestes casos, simplesmente repita a questão exatamente como está no questionário, sem acrescentar informações ou interpretações adicionais. Você pode, no entanto, repetir de modo mais pausado ou com entonação mais suave, mantendo sempre uma atitude respeitosa e educada. 4.5. Preenchimento do Instrumento: a) Não deixe de assinalar nenhuma questão. No momento da digitação dos questionários pode surgir a dúvida se tal questão não foi perguntada. Preencher com dígitos 8 (8 ou 88 ou 888...) para as perguntas que não se aplicam e 9 (ou 99 ou 999...) para as respostas não informadas. b) Não omita informações fornecidas. Anote-as nos espaços livres do questionário, mesmo que estas não pareçam estar contempladas nas opções fornecidas pelo questionário. Escreva as observações no rodapé do questionário ou no seu lado esquerdo, pois se forem feitas anotações no lado direito podem prejudicar a digitação do questionário. c) Uma revisão inicial, como por exemplo, se todas as questões foram respondidas, pode ser feita ainda ao lado da própria entrevistada ou, antes de deixar o local da entrevista. Uma revisão mais refinada deve ser feita tão logo quanto possível após a entrevista. Antes de passar para a próxima entrevista, reveja todo o questionário para ver se alguma questão foi preenchida de forma incorreta ou incompleta; faça a avaliação da entrevista e teça observações gerais sobre o questionário. A primeira crítica aos dados quem faz é o próprio entrevistador. ATENÇÃO: No final da entrevista coloque-se mais uma vez à disposição da entrevistada e agradeça a sua colaboração. 5 ITEM V: O PAPEL DO ENTREVISTADOR EM UMA PESQUISA Para que o entrevistador contribua de forma efetiva para o conhecimento científico é necessário que os dados coletados sejam confiáveis, ou seja, estes devem corresponder, o mais fielmente possível à realidade. O sucesso da pesquisa depende da qualidade do trabalho de cada entrevistador. Este treinamento foi feito para que os entrevistadores entendam e formulem as perguntas do questionário da mesma forma; estejam atentos ao preenchimento dos formulários e ao registro de dados provenientes do cartão da criança. É importante registrar no questionário as respostas de maneira adequada, não omitir e nem acrescentar dados e não influenciar nas respostas. Escreva a forma exata como a entrevistada respondeu. Não procure “traduzir” o que lhe é dito. Toda informação que não esteja contemplada pelas opções de resposta do questionário deve ser anotada criteriosamente. Para que se obtenha informações confiáveis é preciso estabelecer um clima de confiança e empatia com a entrevistada. Procure motivá-la a responder o questionário e tente criar um compromisso com a exatidão das respostas. Tais atitudes podem contribuir para a melhoria da qualidade da entrevista. ATENÇÃO: É muito importante que o entrevistador memorize o nome da mãe e do bebê para que, em todas as questões, o mesmo possa referir-se aos dois (mãe e bebê) pelos seus nomes. É desagradável não recordar o nome das entrevistadas e perguntá-los novamente a cada questão feita. Referir-se à entrevistada pelo seu nome propicia maior vínculo e confiança entre o entrevistador e a entrevistada. Esteja atento ao que é falado para que a entrevistada não necessite repetir várias vezes a mesma coisa. Evite dar a impressão de que a resposta pretendida é outra ou que você não está prestando atenção. RESPEITO À LÓGICA DA ENTREVISTADA: Deixe que a entrevistada dê a informação à sua maneira. Não a interrompa, pois pode prejudicar a recordação dos fatos. À medida que houver uma pausa adequada, pergunte as informações que faltam para completar o questionário. É importante que o entrevistador compreenda na resposta a uma questão alguns aspectos envolvidos: a) Compreensão da questão - o entrevistador tem que saber o quê está perguntando e qual o sentido da questão que está formulando, justamente para que ele possa se fazer entender pela entrevistada. Para que esta compreenda exatamente o que está sendo perguntado é fundamental que o questionário tenha linguagem simples e adequada, de modo que ela responda sobre a informação que se deseja obter. Deve-se ter o cuidado de não passar a idéia de que há uma resposta “certa” ou “errada”, o que leva a entrevistada a ser induzida. Procure não ser simplista quando os fatos são complexos, transmitindo a impressão de que a entrevistada é “incompetente” para entender ou falar sobre seu problema. b) Para que a entrevistada se sinta à vontade para falar é necessário que o entrevistador não demonstre qualquer julgamento de valor com relação à fala ou comportamentos da entrevistada. É importante que o entrevistador entenda que o “distanciamento” necessário para a entrevista não é entre ele e a entrevistada, mas sim entre ele e seus próprios valores e idéias. 6 c) Quando ouve a resposta, o entrevistador deve ter a capacidade de, rapidamente, avaliar a adequação da resposta à pergunta formulada, examinando sua lógica interna, não se é verdade ou mentira, bem ou mal, certo ou errado. É importante que não haja choque entre a lógica do entrevistador e da entrevistada. Ao notar alguma imprecisão o entrevistador deve apelar para frases tipo “não entendi bem tal coisa” ou, “poderia me explicar melhor isso”, etc. O entrevistador deve tentar, sempre, não colocar a entrevistada em xeque. d) O entrevistador deve ter a agilidade de observar se a resposta obtida atende ao nível de detalhamento desejado e se os aspectos solicitados na questão relativos à freqüência, período de tempo, regularidade e intensidade foram contemplados, tentando esclarecer da melhor forma possível, o que não estiver claro. Este raciocínio que envolve a atenção, o domínio do questionário e a capacidade de julgamento, tem que ocorrer num tempo muito curto, praticamente ao mesmo tempo em que a entrevistada responde. e) Lembre-se que a entrevista deve ser controlada por quem a realiza e que possui objetivos claramente definidos. Portanto é necessário conhecer bem o instrumento a ser utilizado (questionário), bem como as orientações a serem seguidas (instrutivo). Isso permite que você mantenha o foco e saiba redirecionar a conversa, caso necessário, além de deixá-lo apto a esclarecer quaisquer dúvidas que eventualmente a entrevistada tenha sobre a pesquisa, desde o seu objetivo até a sua possível utilização. ITEM VI: PROCEDIMENTOS DE CAMPO O entrevistador receberá os questionários já numerados e deverá identificar cada questionário com o nome da unidade de saúde. Ele deverá assinar o recebimento do material em uma folha de controle de responsabilidade dos supervisores. Em cada uma das unidades de saúde incluídas na amostra deverão ser aplicados pelo entrevistador os seguintes instrumentos: Termo de Consentimento Questionário de Entrevista à mãe que trouxe o bebê menor de 6 meses para a consulta ITEM VII: ENTREVISTA COM A MÃE O preenchimento do Instrumento “Questionário de Entrevista à mãe que trouxe o bebê menor de 6 meses para a consulta” deverá ser realizado na sala de espera. Este questionário é dividido em 2 partes: A Parte I pode ser preenchida antes ou depois da consulta, porém a Parte II deve ser preenchido necessariamente depois da consulta. ITEM VIII: ORIENTAÇÕES SOBRE ITENS ESPECÍFICOS DO QUESTIONÁRIO: ATENÇÃO: Toda frase ou palavra que estiver em negrito no questionário é uma orientação para o entrevistador, não devendo ser lido para a entrevistada. Todo trecho escrito em itálico antes do início de cada bloco deve se lido para a mãe, pois introduzirá o assunto a ser abordado. Todos os trechos sublinhados nas perguntas são para chamar a atenção do entrevistador para a importância destas palavras. Os comentários do entrevistador devem ser escritos no rodapé do questionário ou do lado esquerdo do mesmo, para não prejudicar o trabalho do digitador. PARTEOsI termos de consentimento devem ser preenchidos à caneta e os questionários a lápis. 7 PARTE I : Blocos I a VI (PODE SER PREENCHIDA ANTES DE A MÃE IR PARA A CONSULTA DO BEBÊ OU TODO O QUESTIONÁRIO PODE SER PREENCHIDO APÓS A CONSULTA) I. Identificação do questionário 2) Número do prontuário Os números dos prontuários dos bebês elegíveis devem ser copiados no momento de seleção da amostra, pois, neste período, os entrevistadores têm acesso aos prontuários dos bebês. Caso isso não seja possível, devido ao fato da unidade apresentar um fluxo diferente, assim que o entrevistador acabar de fazer a seleção de amostra, deve se dirigir ao profissional “referência” e perguntar qual a melhor forma de conseguir esse dado. Caso haja alguma dúvida, consulte o supervisor. O preenchimento do número do prontuário deve ser feito da direita para a esquerda e caso sobre alguma casa à esquerda, deixe-a em branco. No caso da criança não ter prontuário e estar sendo atendida com um “SPA” (serviço de pronto atendimento), registre 0000000 (não existe prontuário). ATENÇÃO: a informação do número de prontuário é de grande importância não só para identificar a criança em outras bases de dados como também para diferenciá-la da criança que demanda o serviço de pronto atendimento. Questões 6,7 e 8 Não devem ser preenchidas no momento da entrevista, já que estes campos são destinados aos revisores e digitadores. II. Identificação da Mãe 9) Hora de início da entrevista Atenção: Preencher a hora de início a entrevista! 10) Nome da Mãe Escrever o nome completo da mãe entrevistada, com letra legível e sem abreviações para que, posteriormente, as mães possam ser localizadas em bases de dados secundários. Como o nome da mãe já foi perguntado no momento em que foi apresentado o termo de consentimento, o entrevistador não precisa perguntar, novamente. Basta copiar o nome do termo de consentimento. ATENÇÃO: Nunca comece a entrevista sem escrever o nome completo da mãe! 13) Endereço Escrever o endereço da mãe, não esquecendo de anotar se a mesma reside em rua, avenida, estrada, e se existe algum complemento no endereço, como por exemplo, no caso de residência em apartamento, se existe bloco, ou anexo. 16) Telefone e/ ou Telefone para Contato Neste campo podem ser escritos tanto telefones convencionais quanto celulares. Caso a entrevistada responda não ter telefone, pergunte se tem algum telefone de vizinhos ou parentes, pelo qual ela possa ser localizada. Sempre escreva ao lado do telefone de quem é o número anotado, colocando o nome da pessoa e o grau de parentesco ou afinidade com a entrevistada. No caso do telefone ser da própria entrevistada escreva “o próprio” na linha disponível. Esta informação é de grande importância, pois caso seja necessário tirar alguma dúvida quanto à resposta dada pela mãe, esta poderá ser obtida por telefone. Se a mãe afirmar não ter outro telefone, preencher com 00000000 e se afirmar que tem outro número, mas não lembra o número marcar 99999999 (não informado). 8 17) Você sabe ler e escrever? Esta pergunta não deve ser esquecida e é independente da pergunta seguinte (última série que completou na escola), pois há pessoas que já completaram anos escolares, mas ainda não sabem ler e/ou escrever. Registre, de acordo com a resposta fornecida pela mãe, (0)Não, (1)Sim ou (2)Mais ou menos (um pouco). 18) Última série que completou na Escola Nesta questão há dois campos para serem preenchidos! No primeiro espaço, escrever a série e no segundo registrar (1) Fundamental, (2) Médio ou (3) Superior. Quando o ensino for Superior (3), escrever o número de anos de ensino superior que cursou. Estão ocorrendo várias mudanças no ensino brasileiro, de maneira que as pessoas podem usar referências diferentes, conforme sua idade. O entrevistador deve transformar. (1) Ensino Fundamental: também chamado de 1° grau. Inclui o antigo primário (até a 4ª série) e o antigo ginásio (5ª a 8ª séries). Também pode ser dividido, atualmente, em 1º, 2º, 3º e 4º ciclos. (2) Ensino Médio: também chamado de 2°grau. Inclui o antigo curso científico, clássico e normal. (3) Ensino Superior: também chamado de 3° grau, faculdade ou universidade. Caso a mãe responda que não chegou a cursar nenhuma série completa na escola, marque (0) em série e (0) no campo reservado para ensino. ATENÇÃO: Caso a mãe fale que parou na 2ª série do 2ª grau, pergunte se ela chegou a completar a 2ª série. Se ela responder sim, marque (2) e (2) e se ela responder não marque (1) e (2), pois a pergunta é sobre séries completas. 19) Raça/Cor Ler para a entrevistada as opções de cor ou raça e registrar aquela que for a declarada. Caso a declaração não corresponda a uma das alternativas enunciadas no quesito, esclareça as opções para que a entrevistada se classifique na que julgar mais adequada. • Branca - para a pessoa que se enquadrar como branca; • Preta - para a pessoa que se enquadrar como preta; • Parda - para a pessoa que se enquadrar como parda ou se declarar mulata, morena, cabocla, cafuza, mameluca ou mestiça; • Amarela - para a pessoa que se enquadrar como amarela (de origem japonesa, chinesa, coreana, etc.). Esclareça à pessoa, quando necessário, que a classificação amarela não se refere à pessoa que tenha a pele amarelada por estar se expondo pouco ao sol ou por sofrer de moléstia como hepatite, amarelão, etc; • Indígena - para a pessoa que se enquadrar como indígena ou se declarar índia. Esta classificação aplica-se tanto aos indígenas que vivem em aldeamento como aos que vivem fora de aldeamento. ATENÇÃO: Se a mulher responder que é negra, perguntar se ela se vê como preta ou parda. Se a entrevistada resistir em escolher alguma das alternativas, pergunte qual a que mais se aproxima da resposta que ela daria. Em caso de recusa permanente em escolher uma das opções, escreva uma observação na questão, mencionando qual raça ou cor a entrevistada afirma ter. Caso a mulher se classifique como amarela (sem ser de origem japonesa, chinesa, coreana etc) ou indígena (sem ser indígena ou descendente direta de indígenas), explique o que classifica a pessoa em cada uma dessas raças/cores e, após esclarecer a entrevistada, faça novamente a pergunta, marcando a resposta dada por ela. 20) A respeito da situação conjugal, você... Ler as alternativas para a entrevistada e marcar a opção correspondente à resposta recebida. Se a resposta for “Tem companheiro, mas não vive com ele (2)” ou “Não tem companheiro (3)”, não pergunte a questão 21 e continue a entrevista a partir da questão 22. 9 Se a entrevistada tiver dúvida quanto a dizer se tem um companheiro ou não, pergunte a ela se considera que tem um relacionamento amoroso. Se ela responder que sim, considere que tem companheiro. O companheiro não precisa ser o pai do bebê. ATENÇÃO: Preste muita atenção na resposta dada pela entrevistada nesta questão, pois apenas as mulheres que responderem “Vive com companheiro (1)” ou “tem companheiro mais não vivem com ele (2)”, deverão responder as perguntas do bloco XIII (violência entre parceiros íntimos). 21) Há quanto tempo vive com companheiro (em meses e anos) Anotar o número de meses e anos utilizando dois dígitos. Ex: 7 meses = 07. Se a entrevistada responder apenas em anos, escrever 00 em meses e caso responda só em meses, escrever 00 em anos. Sempre que o número de meses ultrapassar 11 meses, fazer o arredondamento para anos e meses. ATENÇÃO: a expressão vive com o companheiro significa morar junto com ele. 22) Você tem algum trabalho em que ganhe dinheiro (remunerado)? Registrar Não (0) ou Sim (1) de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a resposta seja não, continue a entrevista a partir da questão 25. Atenção: Caso a entrevistada responda que tem trabalho remunerado, mas está de licença, marcar (1) Sim. 23) Qual o seu trabalho atual? Após fazer a pergunta, ouça a resposta da entrevistada e preencha o campo com o número correspondente: 1. Servidora pública; 2. Empregada não servidora pública; 3. Autônoma; 4.Empregadora; 5. Aposentada. Anote apenas o trabalho atual mais importante. Caso haja outro trabalho, anote na pergunta 25, como outra fonte de renda. 1. Servidora Pública: pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador público (Município, Estado ou União), sob a dependência deste e mediante salário. 2. Empregada, não servidora pública: toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador (que não seja Município, Estado ou União), sob a dependência deste e mediante salário. 3. Autônoma: É toda aquela que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, por conta própria. Exemplo: um camelô, um contador (que mantém escritório próprio, e atende a diversos clientes, etc.). 4. Empregadora: Pessoa que admite, assalaria e dirige prestação pessoal de serviços, ou seja, que admite trabalhadores como empregados. 5. Aposentada: Pessoa que deixou o serviço ou atividade que desempenhava, conservando o ordenado inteiro ou parte dele. Caso a mãe responda 3, 4 ou 5, vá para a questão 25. 25) Você tem outro tipo ou fonte de renda, como pensão, aposentadoria, biscate ou bolsa família? Se a resposta for não, registre (0) Não nos dois espaços disponíveis e caso a resposta seja sim, pergunte qual o outro tipo de renda e preencha o campo com o número correspondente (1. Pensão; 2. Aposentadoria; 3. Biscate; 4. Bolsa família e 5. Outro). Se a resposta for outro (5), escreva na linha disponível qual a outra fonte de renda da entrevistada. Podem ser anotadas 2 alternativas, mas, no caso de só ter uma resposta, preencha o segundo espaço com Não (0). ATENÇÃO: Considere “Biscate” quando a entrevistada responder que faz “bicos”, ou seja, atividades de curta duração, esporádicas. Ex: Distribui panfletos na rua esporadicamente; recolhe latas de alumínio, papelão ou jornal para vender etc. 27) Bens Existentes no Domicílio Nas questões 27a, até a 27g: Preencher apenas Não (0) ou Sim (1). 10 Atenção: Na questão 27d, caso a entrevistada responda que tem “tanquinho”, marcar que ela tem máquina de lavar roupa e na questão 27f só marcar Sim (1) se a entrevistada possuir telefone fixo. Nas questões 27h até 27j: Preencher Não (0) e, no caso da resposta ser Sim, preencher a quantidade de bens. Na questão 27i, não considerar como “carro de uso particular” o carro utilizado como fonte de renda, como táxi, Kombi (Van, “Lotação”). No caso de precisar confirmar a resposta recebida (por não ter conseguido ouvir direito) pergunte: “Uma televisão?”, usando a mesma entoação de voz utilizada durante o resto do questionário. Nunca pergunte: “Só uma televisão?”, pois a entrevistada pode se sentir diminuída. 28) Quantas pessoas moram na sua casa, contando com você e o bebê? Registrar o número de pessoas residentes com dois dígitos. Ex: 5 pessoas = 05. ATENÇÃO: Incluir no número de residentes a mãe (entrevistada) e o bebê. 29) E quantas são menores de 5 anos, contando com o bebê? Registrar, com dois dígitos, o número de crianças menores de 5 anos que moram na casa da entrevistada. 30) Você já teve algum aborto? Marque Não (0), caso a entrevistada responda que nunca teve um aborto, porém, se ela falar que teve, pergunte quantos e anote o número de abortos. 31) Quantas vezes você já esteve grávida contando com esta gravidez? (incluir aborto) Registrar o número de gestações, com 2 dígitos, incluindo abortos espontâneos e provocados e nascidos vivos e mortos. Se a mãe responder 01, ou seja, que esta é a sua primeira gravidez, preencha 01 na questão 32 e marque 88 (não se aplica) na questão 33. Vá para o bloco III. Neste mesmo caso citado, se for gravidez gemelar, marcar 02 na questão 32. 32) Quantos filhos vivos você tem hoje, contando com o bebê? Escrever o número de filhos com dois dígitos. Se a mulher responder que só tem 01 filho vivo, ou seja, apenas o bebê, registre 01, preencha 88 na questão 33 e vá para o bloco III. 33) Você amamentou seu último filho antes desse bebê? Se a entrevistada só responder em meses, escreva 00 em dias. Caso só responda em dias, escrever 00 em meses. Converter de dias para meses e dias, caso a entrevistada responda um valor superior a 30 dias. Caso ela responda um valor superior a 1 ano, converta em meses. Ex: 2 anos = 24 meses. III. Dados sobre o Pré-Natal 34) Você fez pré-natal? Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a resposta seja Não (0), continuar a entrevista a partir do bloco IV. 35) Com quantos meses de gravidez você começou o pré-natal? Se for menos de 1 mês, marcar 0. Se a entrevistada responder em semanas converter para meses (considerar apenas os meses completos). Ex: 7 semanas = 1 mês e 3 semanas = 1 mês completo. Escrever 1 no espaço correspondente. 36) Quantas consultas de pré-natal você fez? (mais ou menos) Pergunte, primeiramente, “quantas consultas de pré-natal você fez?”. Se a mulher disser que não sabe, falar pra ela te dizer mais ou menos quantas consultas foram. 11 IV. Dados sobre o bebê 38) Nome do Bebê Escrever o nome completo do bebê, com letra legível e sem abreviações para que, posteriormente, os bebês possam ser localizados em bases de dados secundários. É importante que você memorize o primeiro nome do bebê. Caso tenha dúvida na escrita do nome da criança, tire a dúvida com a mãe. Se ela tiver dificuldade para explicar, peça a caderneta de saúde da criança e confirme o dado. Nas próximas questões, sempre que estiver escrito (nome do bebê), substitua-o. No caso de ainda não ter sido definido o nome do bebê, escrever “filho de (nome da mãe)”. 39) Sexo Registre Masculino (1) ou Feminino (2), de acordo com o nome da criança, não fazendo esta pergunta à mãe. No caso do nome não permitir a identificação do sexo da criança, peça para ver a caderneta de saúde da criança e confirme o sexo. 40) Quem cuida do (nome do bebê) a maior parte do tempo? Após fazer a pergunta, ouça a resposta da entrevistada e preencha o campo com o número correspondente (1. a própria 2.avó do bebê 3.irmão(ã) do bebê 4. pai do bebê 5.Outro). Se a resposta for Outro (5), escreva na linha disponível quem cuida do bebê. ATENÇÃO: Não escreva o nome da pessoa e sim o “grau de parentesco ou proximidade”, por exemplo, cunhada, prima e vizinha. 41) O (nome do bebê) está na creche? Marcar (0) Não ou (1) Sim de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Considerar creche tanto estabelecimentos formais quanto informais, domiciliares, desde que a crecheira exerça um serviço coletivo (cuide de várias crianças) e receba por isto. 43) Onde o bebê nasceu? (a) Nome do Estabelecimento de Saúde e (b) Município. Escrever o nome completo do Estabelecimento de Saúde e sem abreviações. Se a mãe não souber dizer o nome do estabelecimento de saúde, escreva o máximo possível de referências sobre o local, para que o mesmo possa ser identificado posteriormente. No caso do bebê ter nascido em algum outro lugar que não tenha sido um estabelecimento de saúde, escrever o nome do local. Não preencha o espaço cinza! Com relação ao município, preencher (1) se a mãe falar Rio de Janeiro e, caso a mãe responda outro, marcar (2) e escrever o nome do município. 45) Com que peso o(a) (nome do bebê) nasceu? Anotar o peso do bebê em gramas. 46) O (a)(nome do bebê) já foi registrado (a)? Registrar (0) Não ou (1) Sim de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso esta seja Não (0), pule a questão 47 (preencha 88 – não se aplica) e continue a partir da questão 48. 47) Aonde foi feito o registro do (a) (nome do bebê)? Registrar (1) Cartório da maternidade e, caso a mãe responda outro cartório, marcar (2). Mesmo que a mãe tenha tido alta e retorne para registrar o filho no cartório da maternidade marcar (1), pois foi a maternidade que fez o registro do bebê. V- Aleitamento Materno Caso a mãe seja HIV +, marque (0)Não na questão 49, pergunte a questão 50 e, posteriormente, vá para o Bloco VI – Acesso ao Serviço de Saúde. Escreva na linha ao lado de intercorrência materna (questão 50) que a mãe é HIV +. 49) O bebê saiu da maternidade mamando só no peito? Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a resposta seja Sim (1), continuar a entrevista a partir da questão 51. 12 ATENÇÃO: “Mamando só no peito” refere-se a aleitamento materno exclusivo, ou seja, sem receber nenhum outro tipo de alimento, inclusive sem receber água, chá, ou suco, podendo estar recebendo medicamentos. Enfatizar a palavra só! 50) Por que não estava só no peito? Ler a pergunta para a entrevistada e ouvir a resposta da mesma. Verificar se a resposta dada se encaixa em algum dos itens listados. Se a resposta da entrevistada não estiver enquadrada nos itens 1, 2, 3 e 4, marcar 5 e anotar qualquer outro motivo relatado por ela, que explique o fato do bebê não estar só mamando no peito. No caso da mãe falar que o motivo foi alguma intercorrência com ela ou com o bebê, marque, 1 (materna) ou (2) com o RN e escreva no espaço ao lado qual foi a intercorrência. Considerar: (1) Intercorrência materna: Qualquer problema que esteja relacionado à saúde da mãe. Ex: mãe HIV+, que teve eclampsia, que teve hemorragia, tomando algum medicamento que contra-indique ou prejudique a amamentação, fissura mamária (bico do peito rachado), ingurgitamento mamário (seio empedrado), mastite (seio muito vermelho e febre), abscesso (pus), etc. (2) Intercorrência com o recém-nascido: Qualquer problema relacionado à saúde do recém nascido. Ex: Recém nascido de baixo-peso, prematuro, que ficou internado na UI ou UTI, mal formação congênita, etc. (3) Prática hospitalar: Prática do hospital fornecer outro líquido ou alimento, mesmo que mãe e bebê estejam saudáveis. Ex: O hospital deu outro líquido ou alimento, em mamadeira ou não, em caso de uso de berçário “normal” (não é UI ou UTI) por ocasião de visita de familiares, repouso noturno da mãe, na recuperação do pós-parto, etc (4) Pouco leite/leite fraco/ bebê não pegou. Ex: mãe relata não ter leite suficiente, bebê recusou-se a mamar. (5) Outro: Anotar demais motivos que não se enquadrarem nos itens (1), (2), (3) e (4). Atenção: Caso a mãe seja HIV + marque (1), escreva HIV no espaço ao lado da palavra intercorrência materna e vá para o Bloco VI – acesso ao serviço de saúde. 51) Quando o(a) (nome do bebê) veio a esta Unidade de saúde pela primeira vez, mamava no peito? Marque Não (0) ou Sim (1) de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Atenção: Nesta questão deve ser marcado Sim (1) tanto no caso da criança estar em aleitamento materno exclusivo quanto em aleitamento materno complementado com outros alimentos. 52), 53), 54), 55) De ontem de manhã até hoje de manhã... Esta introdução deve ser repetida a cada pergunta, para que a mãe se lembre que a resposta deve ser relativa a esse período de 24 h. Atenção: Os derivados do leite, como queijos e iogurtes são classificados como “outro tipo de alimento”, ou seja, são abordados nas questões 55, 56e) e 56f). 56) Se a mãe já tiver respondido que o bebê recebeu de ontem até hoje algum dos alimentos citados acima, marque 1 na questão correspondente (56 a, c ou e) e pergunte, apenas, com que idade recebeu este alimento pela primeira vez. Se a mãe responder (0) Não nas perguntas 53, 54 e 55, a questão 56 (a, c, e) deve ser perguntada, porque o bebê pode não ter recebido outro líquido, ou alimento nas últimas 24h, mas ter recebido em outro momento da vida. Nos itens b, d, f: Procurar que a mãe forneça o dado o mais preciso possível, e não arredondar em meses inteiros. Registrar os dias com dois dígitos (ex: 1 dia = 01) e no caso da mãe responder mais de 29 dias, arredondar para meses e dias. Caso a resposta só seja dada em meses 13 preencher 00 em dias, e se forem informados apenas os dias (menor ou igual a 29 dias), preencher 0 em meses. Caso a mãe informe que o bebê nunca recebeu estes alimentos, marcar não se aplica (8 88) e caso responda que não sabe a idade preencha não informado (9 99). Exemplo: Questão 53 – Resposta (0) Não Questão 54 – Resposta (1) Sim Questão 55 – Resposta (0) Não Perguntar a 56 a), já que o bebê pode ter consumido outro tipo de leite em algum outro momento desde o nascimento - Resposta (0) Não Não perguntar a Questão 56 b) e escrever 88 (não se aplica) no espaço correspondente Marcar 1 na Questão 56 c) e não perguntar esta informação novamente para a mãe, já que ela informou já ter dado água chá ou suco para o bebê. Perguntar, então, a questão 56 d) e anotar o valor relatado (ex: 0 meses 10 dias). Perguntar a 56 e) já que o bebê pode ter consumido outro alimento em algum outro momento desde o nascimento – Resposta (1) Sim. Perguntar, então, a Questão 56 f) e anotar o valor relatado (ex: 4 meses e 00 dias). VI. Acesso ao serviço de saúde: 57) Na maternidade falaram que você deveria procurar a unidade de saúde mais próxima da sua casa para levar o (nome do bebê)? Se a entrevistada disser não, marcar (0) e caso a entrevistada responda sim, pergunte com até quantos dias de vida falaram que ela deveria levar seu filho na unidade básica de saúde e escreva o número de dias com dois dígitos (se necessário, faça a conversão de meses ou semanas para dias). 58) Você recebeu, na maternidade, um cartão de acolhimento mãe-bebê marcando para você ir com o (nome do bebê) em uma unidade básica de saúde? Se a entrevistada responder não, marcar(0). Caso ela responda sim, pergunte se ela foi marcada para ir para esta unidade (marcar 1) ou para outra unidade (marcar 2). No caso da resposta ser Não, marque 8(não se aplica) nas questões 59, 60 e 61 e vá para a questão 62. Atenção: o cartão do acolhimento mãe/bebê está em anexo. No caso de dúvida da entrevistada, mostre o cartão para ela. 59) No cartão estava marcada.... (ler as alternativas) Ler da seguinte forma: a) “No cartão estava marcada ... a data em que você deveria procurar a unidade básica de saúde?” Se a entrevistada responder não, marcar (0). Caso ela responda sim, perguntar a data em que foi marcada e registrar no espaço correspondente. b) “No cartão estava marcada... a hora do atendimento?”. Marcar Não (0) ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. c) “No cartão estava marcado o profissional que deveria procurar para ser atendida?” Marcar Não (0) ou Sim (1) de acordo com a resposta dada pela entrevistada. 60) Você conseguiu ir à unidade de saúde na data marcada? Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a resposta seja Não (0), continuar a entrevista a partir da questão 62. 61) Você conseguiu ser atendida na unidade de saúde na data marcada? Se a entrevistada responder não, marcar(0). Caso ela responda sim, pergunte se ela foi atendida nesta unidade (marcar 1) ou em outra unidade (marcar 2). 14 62) Em que data você trouxe o (nome do bebê), pela primeira vez, nesta unidade de saúde? Anotar a data fornecida pela mãe. Se a mãe portar a algum registro da data, peça que ela veja a data certinha. Anote a data e, posteriormente, faça a conversão, no espaço correspondente, para a idade do bebê nesta primeira consulta em meses (de 0 a 5) e/ ou número de dias (utilizando dois dígitos). Se a mãe só souber dizer a idade da criança nesta primeira consulta, anote no espaço correspondente e escreva 99/99/99 (não informado) na data. 63) e 64) Se a entrevistada responder Sim, marcar (1), porém, se a entrevistada responder não, pergunte se já tinha sido dada a vacina correspondente na maternidade. Se ela responder não, marcar (0) e se responder que a vacina tinha sido dada na maternidade, marcar (2). Caso responda que a vacina tenha sido dada em outra unidade de saúde, marcar (3). 67) No primeiro dia que você trouxe o(a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde foi marcada a consulta de acompanhamento com o pediatra? Marcar (0) se a entrevistada responder que não. Caso a entrevistada responda sim, escreva a data em que a consulta foi marcada. 68) Neste mesmo dia foi feito o teste do pezinho? Se o teste do pezinho não tiver sido realizado no primeiro dia em que o bebê foi à unidade, marque (0) Não e caso a entrevistada responda Sim, marque (1), preencha a questão 69 com base na data do primeiro dia que o bebê veio à unidade de saúde (questão 62) e vá para a questão 70. 69) Com que idade o teste do pezinho foi feito? Ler a pergunta para a entrevistada e ouvir sua resposta, classificando-a em: (0) Não foi feito, (1) Com até 7 dias, (2) Com 8 a 14 dias e (3) Com 15 dias ou mais. Caso a entrevistada não se recorde, consulte o cartão da criança na página relativa às vacinas para observar se em outras vacinas está carimbado o dia do teste do pezinho (PKU). No caso do passaporte da cidadania (Modelo 1), esta informação pode estar na página 12- Triagem neonatal). Se ainda assim, não obtiver a informação, leia as alternativas para ela. Ex: Resposta da entrevistada: “Com menos de um mês”. O entrevistador deve perguntar: Mas foi com até 7 dias (1), Com 8 a 14 dias (2) ou mais de 15 dias (3)? ATENÇÃO: Registrar mesmo se o teste do pezinho tiver sido feito em outra unidade de saúde. 70) A quantas consultas o (a) (nome do bebê) já veio nesta unidade, sem contar a consulta de hoje, nem o acolhimento? Escreva o número de consultas com dois dígitos. ATENÇÃO: não inclua nesse valor o acolhimento e a consulta realizada no dia da entrevista (consulta atual). 71) Você tem alguma dificuldade para trazer o (a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde? Registrar (0) Não ou (1) Sim de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Se a resposta for (0) Não, escreva 8 (não se aplica) na questão 72 e, vá para a questão 73. 72) Qual dificuldade? Ler a pergunta para a entrevistada e aguardar a resposta. Classificar a resposta da entrevistada em uma ou mais opções descritas. As alternativas que a mãe citar marque: Sim (1) e as que ela não citar marque Não (0). Caso não haja a opção adequada, marcar (1) em “outro” e escrever a dificuldade relatada pela mãe. a- Não tinha dinheiro b- O local de atendimento era distante ou de difícil acesso. Ex: “Essa unidade de saúde fica em uma rua de terra batida e quando chove não dá pra chegar aqui”; “A unidade de saúde é muito longe da minha casa.” 15 c- Dificuldade de transporte. Ex: “Na rua onde moro não passa ônibus e eu tenho que descer uma ladeira muito grande para chegar no ponto de ônibus”. d- Horário Incompatível; Ex: “Aqui na unidade de saúde são os médicos que marcam a hora para meu filho ser atendido e neste horário eu trabalho”. e- O atendimento é muito demorado. Ex: “Aqui nesta unidade de saúde fico muito tempo na fila para ser atendida”. f- Não tinha quem a acompanhasse; Ex: “Não tinha ninguém para vir comigo aqui na unidade e aí não daria para eu vir trazendo o bebê e a bolsa.” g. Greve nos serviços de saúde h. Outro Motivo. Qual? ____ Registrar neste espaço, se possível com as palavras da mãe. ATENÇÃO: Não pergunte se a mãe tem alguma outra dificuldade além das que já citou nem leia as alternativas para ela, pois isso pode induzi-la a uma outra resposta. Se a entrevistada perguntar “Dificuldade em que?”, repita a questão completando-a da seguinte maneira: qual dificuldade {você tem para trazer o (nome do bebê) nesta unidade de saúde}? 73) Você já levou o bebê em outro serviço de saúde? Registre (0) Não ou (1) Sim, de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Se responder não, vá para o bloco VII. ATENÇÃO: Aguarde, atentamente, a mãe sair da consulta para continuar a entrevista. Horário de término da Parte I: Escreva apenas o horário em que terminou a Parte I, independente da mãe ter respondido toda a Parte I de uma vez só, ou ter interrompido esta parte da entrevista por qualquer motivo. Posteriormente, anote o Horário de início da Parte II. PARTE II : Blocos VII a XV (ESTA PARTE DA ENTREVISTA DEVE SER REALIZADA APENAS APÓS A MÃE SAIR DA CONSULTA COM O BEBÊ): VII. Primeira consulta ou consulta subseqüente. 75) A consulta de hoje foi marcada ou você trouxe o (nome do bebê) sem ter marcado antes? A consulta marcada refere-se à consulta agendada, de acompanhamento, enquanto a não agendada é de demanda espontânea ou extra. 76) Posso ver a caderneta de saúde da criança? Caso a resposta seja (2) Não trouxe, (3) Não tem, vá para o bloco VIII e registre não se aplica (8) para as perguntas 77 e 78. Após pegar a caderneta da criança, só devolva após terminar o bloco de imunização, ou quando a mãe necessitar se ausentar, visto que várias informações terão que ser coletadas da mesma. 77) Marque o modelo da caderneta da criança. Ao receber a caderneta, olhe o modelo da caderneta e preencha: (1) Passaporte da Cidadania: É a caderneta mais recente, que é utilizada tanto para meninos quanto para meninas, possuindo folhas rosas (preenchidas apenas no caso de meninas), folhas azuis (preenchidas apenas nos casos de meninos) e folhas que são preenchidas tanto para meninas quanto para meninos (rosas e azuis). (2) Caderneta Laranja Grande: É uma caderneta exclusiva para meninas. Possui a numeração de página igual à Caderneta Verde Grande. Atenção: O desenho e a cor desta caderneta são semelhantes aos observados na Caderneta Laranja Pequena. As únicas diferenças entre estas duas cadernetas são seu tamanho (19cm x 15cm) e as páginas onde estão localizadas as informações! 16 Em caso de dúvida quanto ao tamanho da caderneta, confirmar o modelo verificando a página onde está localizado o gráfico Peso x Idade (página 18). (3) Caderneta Verde Grande: É uma caderneta exclusiva para meninos. Possui a numeração de página igual à Caderneta Laranja Grande. Atenção: O desenho e a cor desta caderneta são semelhantes aos observados na Caderneta Verde Pequena. As únicas diferenças entre estas duas cadernetas são seu tamanho (19cm x 15cm) e as páginas onde estão localizadas as informações! Em caso de dúvida quanto ao tamanho da caderneta, confirmar o modelo verificando a página onde está localizado o gráfico Peso x Idade (página 18). (4) Caderneta Laranja Pequena: É uma caderneta exclusiva para meninas. Possui a numeração de página igual à Caderneta verde pequena. Atenção: O desenho e a cor desta caderneta são semelhantes aos observados na Caderneta Laranja Grande. As únicas diferenças entre estas duas cadernetas são seu tamanho (17cm x 14cm) e as páginas onde estão localizadas as informações! Em caso de dúvida quanto ao tamanho da caderneta, confirmar o modelo verificando a página onde está localizado o gráfico Peso x Idade (página 14) (5) Caderneta Verde pequena; É uma caderneta exclusiva para meninos. Possui a numeração de página igual à Caderneta laranja pequena. Atenção: O desenho e a cor desta caderneta são semelhantes aos observados na Caderneta Verde Grande. As únicas diferenças entre estas duas cadernetas são seu tamanho (17cm x 14cm) e as páginas onde estão localizadas as informações! Em caso de dúvida quanto ao tamanho da caderneta, confirmar o modelo verificando a página onde está localizado o gráfico Peso x Idade (página 14). (6) Espelho Laranja: Tem o título “Caderneta Espelho da Menina”. É exclusiva para meninas. (7) Espelho Verde: Tem o título “Caderneta Espelho do Menino”. É exclusivo para meninos. (8) Cartão Vermelho: Tem o título “Cartão da criança”. É exclusivo para meninas. (9) Cartão Azul: Tem o título “Cartão da criança”. É exclusivo para meninos. 78) Verificar na caderneta da criança: Olhar, de acordo com o modelo da caderneta, em que página a informação desejada pode ser encontrada. 78. a ) N° da declaração de Nascido Vivo: Encontrada na página 3 dos modelos 1, 2, 3, 4 e 5. Atenção: Os modelos 6, 7, 8 ou 9 não têm esta informação, de forma que deve ser preenchido 88 (não se aplica) nesta questão e a entrevista deve ser prosseguida a partir da questão 78.b. 78. b) c) d) Informação encontrada na página 12 (modelo 1), Na página 3 ( modelos 2,3,4 e 5) e na capa (modelos 6,7,8 e 9); Atenção: No modelo 1, há registro do Apgar 5ºmin e 1º min, devendo ser registrado apenas o apgar 5º min. Se na caderneta estiver preenchido Apgar 9/10, anote 10, pois o primeiro valor corresponde ao apgar do 1º minuto e o segundo ao apgar do 5º minuto. 78.e. Idade gestacional (em semanas): Informação encontrada na página 12 (modelo 1) e Na página 6 (modelos 2, 3, 4 e 5). ATENÇÃO: Nos modelos 6, 7,8 e 9 não têm esta informação, de forma que deve ser preenchido não se aplica (88) nesta questão e a entrevista deve ser prosseguida a partir da questão 79. Anotar a idade gestacional em semanas completas, sem arredondar se houver registro dos dias também. Ex: 8 semanas e 4 dias = 08 semanas (semanas completas). 78.f. Teste do reflexo vermelho: Informação encontrada na página 12 (modelo 1) e na página 6 ou 9 (modelos 2, 3, 4 e 5 - é encontrado um carimbo ou registro, que significa que o teste foi realizado). Nos casos de modelos 6, 7, 8 ou 9, esta questão deve ser preenchida com 8 (não se aplica). A realização e o resultado do teste poderão constar em uma declaração à mãe. 17 ATENÇÃO: Caso algum dos itens (que deveria estar preenchido de acordo com o modelo da caderneta) não esteja preenchido, marcar Não (0) em todos os espaços correspondentes. VIII. Crescimento e Desenvolvimento 79) Pesaram o (a) (nome do bebê) hoje no Posto? Registre Não (0) ou Sim (1) de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Se ela responder Não (0), preencha a questão 80 com (8) não se aplica, e vá para a questão 81, pois se a criança não foi pesada a mãe também não irá ter como responder o peso da mesma. 80) Você sabe me dizer quanto ele pesou? Anotar o peso do bebê informado pela mãe em gramas. A mãe pode consultar a caderneta se ela quiser e souber onde o dado se encontra, porém, você não deve pedir para ela consultar. 81) Aqui na unidade falaram com você sobre como está o ganho de peso do bebê? (ou perda) Perguntar da seguinte forma: “Aqui na unidade falaram com você sobre como está o ganho de peso do bebê?”. Se a mãe falar que explicaram que o bebê dela perdeu peso é sinal que deram orientação sobre o ganho de peso, de forma que se deve marcar (1) Sim. Marcar (0) Não ou (1) Sim de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Exemplo de respostas que indicam que a mãe recebeu alguma orientação: “Disseram que me filho ganhou muito peso (ou) que estava muito gordinho”; “Disseram que meu filho estava ganhando pouco peso (ou) que estava muito magrinho para idade que ele tem”; “Falaram que meu filho emagreceu muito”; “Falaram que eu tinha que parar de dar mingau pro meu bebê e dar só leite materno porque ele ganhou muito peso”. Se a mãe não tem ou não trouxe caderneta, marque não se aplica (8) nas questões de 82 até 85 e vá para o bloco IX. 82) Verificar no gráfico da caderneta/cartão da criança se está preenchido: Se a mãe estiver com a caderneta, olhar, de acordo com o modelo, em que página a informação desejada pode ser encontrada. A informação pode ser encontrada no Modelo 1 [Pág. 46 (menina) e pág. 56 (menino)], Modelos 2 e 3 (pág. 18), Modelos 4 e 5 (pág.14) e Modelos 6, 7,8 e 9 (gráfico). PESO (Gráfico Peso X Idade) 82 a) peso da consulta de hoje marcado na curva em gramas. Verifique no eixo X (números na linha horizontal) se a idade que corresponde ao último ponto é igual à idade atual do bebê. Considere o ponto como referente à última consulta apenas se a idade estiver marcada no mês completo ou até 20 dias a mais (no caso de meses incompletos). Caso contrário, marque Não (0), pois significa que o peso da consulta atual não está marcado no gráfico ou foi marcado erradamente. Ex1: Idade atual: 3 meses e 10 dias – o ponto pode estar marcado tanto nos 3 meses quanto nos 4 meses. Ex2: Idade atual: 3 meses – só pode estar marcado nos 3 meses. Verifique no eixo Y (números na linha vertical) o peso em gramas correspondente à idade atual e anote no espaço correspondente. Caso não esteja marcado, registre o número (0) Não. Na caderneta do passaporte da cidadania (modelo 1), as linhas de peso crescem de 200g em 200g. No caso da marcação estar sobre a linha, coloque o valor correspondente. Ex: Ponto em 2200g – registrar 2200g. Se estiver entre duas linhas, marque o valor correspondente ao meio entre elas. Ex: Ponto entre 2200g e 2400g – registrar 2300g. ATENÇÃO: Não altere o preenchimento desta questão por olhar que o valor da questão 83a está diferente. Preencha o valor encontrado no gráfico, seguindo as orientações dadas anteriormente. 82 b) Peso da última consulta anterior que tenha sido marcado na curva 18 Verifique se há alguma marcação anterior à atual, na curva de crescimento da criança. Se existir uma (pelo menos), copie o peso e a data da consulta mais recente, e preencha o campo de idade com 8 (não se aplica). Caso não haja preenchimento da data no gráfico, anote a idade correspondente ao ponto marcado e preencha 8 (não se aplica) no espaço reservado para a data. Caso não haja qualquer marcação anterior, registre (0) Não. ATENÇÃO: Se o ponto estiver marcado entre a idade de 2 meses e 3 meses, por exemplo, registre no campo reservado para idade: 2 meses e 15 dias. 82 c) INCLINAÇÃO No gráfico, como está a inclinação da curva da criança em relação ao peso da consulta anterior e o de hoje? Abrir a caderneta da criança na página correspondente ao gráfico de Peso x Idade. Localizar na curva o ponto que corresponde à consulta realizada no dia da entrevista (consulta atual) e, posteriormente, visualizar o último ponto anterior à consulta atual. Observar se a linha que une esses dois pontos está ascendente (o peso aumenta da consulta anterior para a atual), horizontal (o peso não se modifica da consulta anterior para a atual), ou descendente (o peso diminui da consulta anterior para a atual). Registrar (1) ascendente, (2) horizontal ou (3) descendente, de acordo com o observado na curva. Caso o peso da criança não tenha sido marcado na consulta atual ou não tenha registro de nenhum outro peso anterior, registrar (0) - não marcado. Se for a primeira consulta, registrar (8) não se aplica. Deve ser verificada a curva entre o peso da consulta atual e a última consulta marcada no gráfico, independente de ter ocorrido alguma consulta antes que não tenha sido marcada no gráfico. No caso de aparecerem 2 ou 3 pontos na mesma linha de idade, abra a caderneta na página 42 (Modelo 1), na página 16 (Modelos 2 e 3), na página 15 (Modelos 4 e 5) e veja quais são os dois últimos pontos, verificando se o peso aumentou da penúltima para a última consulta (ascendente), continuou o mesmo (horizontal) ou diminuiu (descendente). 82 d) PERCENTIL No gráfico, onde está localizado o peso de hoje no cartão? Abrir a caderneta da criança na página correspondente ao gráfico. Localizar na curva o ponto que corresponde à consulta realizada no dia da entrevista (consulta atual). Posteriormente, verificar em qual divisória do gráfico o ponto se encontra: Leia os valores de percentil escritos na vertical (à esquerda do gráfico). No modelo 1, estão registrados os percentis: P97, P50, P10 e P3. Nos modelos 2, 3, 4, 5, 6 e 7 estão registrados: P97, P10, P3 e P0,1. Nos modelos 8 e 9 estão registrados: P97, P10 e P3. Considere apenas os percentis P97, P10 e P3 para responder esta questão! (1) > percentil 97: acima da linha P97. (2) ≥ percentil 10 e ≤ percentil 97: Entre a linha P97 e a linha P10, incluindo os pontos que estiverem sobre estas linhas. (3) ≥ percentil 3 e < percentil 10: Entre a linha P10 e a linha P3, incluindo os pontos que estiverem sobre a linha P3. (4) < percentil 3: Abaixo da linha P3. Caso o peso da criança não tenha sido marcado na consulta atual, registrar (0) - não marcado. 83) PESO ANOTADO. Verificar se está preenchido: A informação pode ser encontrada na página 42 (Modelo 1), na página 16 (Modelos 2 e 3), na página 15 (Modelos 4 e 5). Atenção: Os modelos 6, 7, 8 e 9 não possuem esta informação. Nestes casos, marcar 88 (não se aplica) e continuar o questionário a partir da questão 85. 83 a). Copie o valor do peso (em gramas) da consulta realizada no dia da entrevista. Caso não tenha registro de peso, registrar (0) Não. 19 83 b) Verifique se há alguma anotação de pesos anteriores a essa consulta. Caso exista (pelo menos uma anotação), copie o peso e a data das consultas anteriores existentes, exceto a consulta atual, que já estará registrada na linha anterior. Caso não haja anotação de consultas anteriores, marque (0) Não. 84) PERÍMETRO CEFÁLICO. Verificando o gráfico, onde está localizado o perímetro de hoje? A informação desejada pode ser encontrada no Modelo 1 [pág. 44 (meninas) e 45 (meninos)], nos Modelos 2 e 3 (pág. 17) e nos Modelos 4 e 5 (pág. 13). Atenção: Os modelos 6, 7,8 e 9 não possuem esta informação. Nestes casos, marcar não se aplica (88) e continuar o questionário a partir da questão 85. Localizar na curva o ponto que corresponde à consulta realizada no dia da entrevista (consulta atual). Posteriormente, verificar em qual divisória do gráfico o ponto se encontra: (1) >percentil 90: ponto encontra-se acima da primeira linha (de cima para baixo). (2) Entre percentil ≥10 e ≤90: Ponto encontra-se entre a primeira linha e a segunda linha (contando de cima para baixo), incluindo os pontos que estiverem sobre a primeira e segunda linhas. (3) <percentil 10: ponto encontra-se abaixo da segunda linha. Caso o perímetro cefálico da criança não tenha sido marcado na consulta atual, registrar (0) - não marcado. Para saber se o perímetro marcado é o da consulta atual, verifique quantos meses a criança tem na consulta atual e se a marcação do gráfico está feita na mesma direção da idade da criança. Considere o ponto como referente à última consulta apenas se a idade estiver marcada no mês completo ou até 20 dias a mais (no caso de meses incompletos). Caso contrário, marque Não (0), pois significa que o perímetro cefálico da consulta atual não está marcado no gráfico ou foi marcado erradamente. 85) DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ. Verificar na caderneta/cartão há alguma anotação. Abrir a caderneta da criança nas páginas indicadas segundo o modelo da caderneta/cartão: Modelo 1 (pág. 30 a 32), Modelos 2 e 3 (pág. 23 e 24); Modelos 4 e 5 (pág. 16 e 17); Modelos 6, 7, 8 e 9 (Verso do gráfico); Observar se foi feita alguma anotação, como, por exemplo, a idade com que começou a apresentar as características listadas. ATENÇÃO: Se tiver alguma anotação em qualquer uma das páginas, marque (1) Sim. Caso não haja nenhuma anotação, registre (0) Não. IX Aleitamento Materno: Em caso de mãe HIV +, vá para o Bloco X – imunização) ATENÇÃO: As perguntas do bloco IX – Aleitamento Materno - são relativas ao período de assistência ao bebê, e não ao atendimento pré-natal ou hospitalar 86) Aqui nesta unidade, depois que o (nome do bebê) nasceu, falaram com você sobre amamentação? Marcar Não (0) ou Sim (1) de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a mãe responda não vá para a questão 88. ATENÇÃO: se a mãe responder que recebeu orientação apenas no pré-natal ou no hospital, marcar não (0). 87) Depois que o (nome do bebê) nasceu, falaram com você sobre amamentação... Ler a pergunta e, posteriormente, as alternativas para a entrevistada. Para cada alternativa, marcar (1) Sim ou (0) Não, de acordo com a resposta recebida. Em caso de ter recebido orientação de outro jeito, registrar (Ex: na sala de vacina). 88) Aqui nesta unidade, depois que o (nome do bebê) nasceu, mostraram como colocar o bebê no peito para mamar? 20 89) Aqui nesta unidade, depois que o (nome do bebê) nasceu, explicaram que o bebê deve mamar quando quiser? 91) Aqui nesta unidade, depois que o (nome do bebê) nasceu, falaram que não se deve dar mamadeira para o bebê? Marcar (0) Não ou (1) Sim de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Ao fazer a pergunta, leia “bebê” e não substitua esta palavra pelo nome da criança, para que a pergunta fique impessoal. Se na pergunta 89 a mãe responder que falaram para ela que o bebê deve mamar de três em três horas, por exemplo, marcar Não (0). 90) E explicaram como tirar o leite de peito com as mãos, se precisar? (ordenha manual) Considerar Sim (1) apenas no caso da mãe ter sido orientada sobre a ordenha manual. Caso a mãe responda que recebeu orientação para retirar leite com a bomba, com garrafa, seringa, ou outro, marcar Não (0). 92) E falaram até quando o bebê deve mamar só no peito? Ler a pergunta para a entrevistada. Ao fazer a pergunta, ler “bebê” e não substituir esta palavra pelo nome da criança, para que a pergunta fique impessoal. Enfatizar a palavra só, para a mãe perceber que estamos perguntando sobre aleitamento materno exclusivo. Caso a entrevistada responda Não, marcar (0). Se ela responder Sim, pergunte até quantos meses falaram que o bebê deve mamar só no peito, e anote no espaço correspondente utilizando dois dígitos. Ex: 06 meses. X- Imunização: 95) Olhar na caderneta da criança as vacinas que já foram tomadas. Caso a mãe não tenha a caderneta da criança em mãos (não tem ou não trouxe), marcar 8 (não se aplica) nesta questão e continuar a entrevista a partir do bloco XI. Em posse da caderneta de vacinação do bebê, abrir a mesma na página correspondente, segundo o modelo da caderneta: Modelo 1 (páginas 78 e 79), Modelos 2 e 3 (páginas 32 e 33), Modelos 4 e 5 (páginas 24 e 25) e Modelos 6, 7, 8 e 9. (quadro de vacina). Nas questões 95 a), b), c), d) e e), marcar (0) Não se a vacina não foi tomada ou (1) Sim se a vacina foi tomada pelo bebê. ATENÇÃO: Imediatamente após o preenchimento do bloco de imunização, devolva a caderneta de saúde para a mãe. XI- Problemas de Saúde: 96) O (a) (nome do bebê) está com tosse ou dificuldade de respirar? 96a) Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a resposta seja Não (0), vá para a questão 97. Se a resposta for Sim (1) continue a perguntar a 96b) e, posteriormente a 96c). 96b) Anotar, em dias, o tempo em que o bebê está com o problema de saúde citado. 96c) Anotar o(s) nome(s) do(s) medicamento(s) que foram receitados ou procedimento(s) recomendado(s) para o bebê pela Unidade de Saúde em virtude da tosse ou dificuldade de respirar. Proceda de maneira igual nas questões 97 (sobre febre) e 98 (sobre problema de ouvido). Atenção: Os espaços em cinza (96c, 97c e 98c) só devem ser preenchidos com 8 (não se aplica) no caso das questões 96a, 97a e 98a terem resposta Não (0). Se tiver sido feita alguma recomendação em virtude do problema de saúde do bebê, este espaço cinza deve ficar em branco, para ser codificado, posteriormente, pelos pesquisadores responsáveis. 21 99) O (a) (nome do bebê) está com diarréia? 99a) Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a resposta seja Não (0), vá para a questão 100. Se a resposta for Sim (1), continue a perguntar a 99b) e, posteriormente a 99c). 99 b) Anotar, em dias, o tempo em que o bebê está doente. 99c) Perguntar para a mãe o que foi recomendado para o(a) (nome do bebê). Marcar (0) Nada, (1) Soro oral/caseiro, (2) Aleitamento materno exclusivo (ficar só no peito) ou, no caso do(s) medicamento(s) ou procedimento não se encaixarem nestes itens, marcar (3) Outro e escrever o que foi recomendado para o bebê pela Unidade de Saúde em virtude da diarréia. Podem ser registradas até 3 opções. Atenção: Se só tiver sido feita uma recomendação, marcar (0) no segundo e terceiro campos. 100) O (a) (Nome do bebê) está com algum outro problema de saúde? Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a resposta seja Sim, marque (1) e pergunte qual o problema de saúde, anotando-o no espaço correspondente. 101) E desde que nasceu, o (a) (nome do bebê) já teve algum problema de saúde? (além dos atuais) Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Se a resposta for Sim, marque (1) e escreva qual o problema de saúde no espaço correspondente e se for (0) Não, vá para a questão 105 e marque não se aplica (8) nas questões 102, 103 e 104. 102) Quando ele (a) teve (o(s) problema(s) de saúde citado(s) na questão 101), você procurou algum serviço de saúde? Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a resposta seja Sim (1), continuar a entrevista a partir da questão 104 e marcar 8 (não se aplica) na questão 103. 103) Por que motivo não procurou o serviço de saúde? Leia a pergunta para a entrevistada e aguarde a resposta. Classifique a resposta da entrevistada em uma ou mais opções descritas. Caso não haja a opção adequada, marque (1) em “k. Outro motivo” e escreva o motivo relatado pela mãe no espaço correspondente. Marque (1) Sim para a (s) alternativa (s) que ela citar como dificuldades. a. Não houve necessidade b- Não tinha dinheiro c- O local de atendimento era distante ou de difícil acesso. Ex: “Essa unidade de saúde fica em uma rua de terra batida e quando chove não dá pra chegar aqui”; “A unidade de saúde é muito longe da minha casa.” d- Dificuldade de transporte. Ex: “Na rua onde moro não passa ônibus e eu tenho que descer uma ladeira muito grande para chegar no ponto de ônibus”. e- Horário Incompatível; Ex: “Aqui na unidade de saúde são os médicos que marcam a hora para meu filho ser atendido e neste horário eu trabalho”. f- O atendimento é muito demorado. Ex: “Aqui nesta unidade de saúde fico muito tempo na fila para ser atendida e quando eu venho para cá não tenho como fazer comida para os meus outros filhos que têm que ir para a escola”. g- O estabelecimento não possuía especialista compatível com as necessidades de seu filho. Ex: “Meu filho precisava de um médico de ouvido e aqui não tem.” h- Não tinha quem a acompanhasse; Ex: “Não tinha ninguém para vir comigo aqui na unidade e aí não daria para eu vir trazendo o bebê e a bolsa.” i- Não gostava dos profissionais do estabelecimento; j. Greve nos serviços de saúde; k. Outro Motivo. Qual? Escrever, na linha correspondente o outro motivo citado. Atenção: Ao final dessa questão, vá para a questão 105. 22 105) O (nome do bebê) já esteve internado alguma vez? Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a resposta seja Não (0), continuar a entrevista a partir do bloco XII. 106) Por qual motivo? Ler a pergunta para a mãe e aguardar a resposta. Se a resposta da mãe não estiver de acordo com as opções (1) e (2), marcar (3) e anotar qual foi o motivo relatado pela entrevistada no espaço correspondente. XII– INFORMAÇÕES SOBRE O ACOMPANHAMENTO DO BEBÊ 107) O médico (ou enfermeira) que está consultando o (a) (nome do bebê) nesta Unidade é sempre o mesmo? Ler a pergunta e, posteriormente, as alternativas (até o número 3) para a entrevistada. Se ela falar que é a primeira consulta do bebê marque (4) e se ela falar que não sabe ou não lembra, marque não informado (9). 108) Já foi marcada uma nova consulta para o bebê? Marcar Não (0), Sim (1), ou Não, vai ser marcada hoje (2). Caso a resposta seja (0) ou (2), continuar a entrevista a partir da questão 110. ATENÇÃO: Se na rotina da unidade a marcação for feita no mesmo dia, em outro local, após a realização da consulta, marcar (2) Não, vai ser marcada hoje. 109) Para quando foi marcada a consulta? Registrar o dia, o mês e o ano, nos quais, a consulta foi marcada para o bebê. Não esquecer de anotar a data utilizando apenas dois dígitos. 110) Você acha que nesta Unidade de Saúde eles escutam o que você tem a dizer sobre o bebê ? Marcar (0) Não, (1) Sim ou (2) Mais ou menos, de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso ela responda que não sabe, marcar não informado (9). 111) Você diria que o acompanhamento do (a) (nome do bebê) nesta unidade está sendo...? Ler a pergunta e, em seguida ler as alternativas. Registre o número correspondente a resposta dada pela mãe. 112) Por que? Ouvir a entrevistada com atenção, pacientemente, e anotar os motivos relatados pela mesma, utilizando as palavras dela. BLOCO XIII: VIOLÊNCIA ENTRE PARCEIROS ÍNTIMOS As questões 113 até 160 só devem ser perguntadas às mulheres que responderam na questão 20 (1) Vive com o companheiro ou (2) Tem companheiro, mas não vive com ele. Se a mãe respondeu (3) Não tem companheiro, vá para a questão 161, bloco XIV. A mulher que teve companheiro após o nascimento do bebê, mas atualmente não tem mais, não deve responder ao questionário de violência, ou seja, só pode responder este questionário se ela achar que, atualmente, tem um relacionamento amoroso. Se a mulher, no momento da entrevista, estiver acompanhada de companheiro, sogra ou amiga, pedir que esta pessoa fique com o bebê um pouquinho e solicite que a mãe te acompanhe para um lugar mais reservado. Fale que precisa fazer umas perguntas mais íntimas. Se o companheiro não quiser sair de perto da entrevistada, não aplique o questionário sobre violência e escreva uma observação no mesmo. Afinal, caso a entrevistada seja vítima de violência, a presença do companheiro pode ser ameaçadora e intimidá-la, impedindo que a mesma responda com sinceridade às questões. 23 Porém, se a entrevistada estiver acompanhada de um filho com idade que não permita que este se distancie da mãe (menor de 08 anos), tente fazer as perguntas com a voz mais baixa, evitando que a criança ouça o que está sendo perguntado. Antes de começar as perguntas do módulo sobre violência, leia, pausadamente, o trecho em itálico. O mesmo é de extrema importância para preparar a entrevistada em relação às próximas perguntas que serão feitas a ela. Esclareça para a entrevistada que todas as perguntas se referem ao período após o nascimento do bebê. Posteriormente, fale que, para cada pergunta lida, você deseja que ela responda se ocorreu (sim) ou não. A pergunta deve ser feita para a entrevistada da forma exata como está escrita no questionário, pois se alguma palavra for modificada, pode levar a uma interpretação errada. Leia a pergunta uma vez e se a mulher não entender, leia outra vez. Se, mesmo assim, ela não entender, marque não informado (9). Nunca explique a questão com as suas palavras! Marcar apenas o que a mulher falar, mesmo que ela responda que não sofreu violência e chore durante a entrevista. Leia o trecho (“Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do bebê...”) todas as vezes que ele aparecer no questionário, pois o mesmo tem a função de lembrar a mãe que as perguntas referem-se apenas ao período após o nascimento do bebê, ou seja, a janela temporal é do nascimento do bebê até a data da entrevista. Marque, de acordo com a resposta da entrevistada, (0) Não, (1) Sim, uma vez ou (2) Sim, mais de uma vez. Não questione as respostas dadas pela entrevistada. Faça uma pergunta de cada vez. Exemplo: Questão 119. Entrevistador: Você insultou ou xingou o seu companheiro? Entrevistada: Sim. Entrevistador: Isso aconteceu mais de uma vez? Entrevistada: Sim O entrevistador registrará, desta forma, o número (2) Sim, mais de uma vez. Nas questões 115, 116, 117, 118, 125, 126, 141, 142, 151, 152, 159 e 160, marque apenas (0) Não ou (1) Sim, já que não apresentam a frase: “Isso aconteceu mais de uma vez?”. Se a mulher responder, desde o início, que não xingou o companheiro e vice-versa e que ela e o marido não têm esse tipo de comportamento, explique pra ela, que independente disso, você tem que perguntar o questionário até o final. Não esboce expressões de surpresa quando a entrevistada responder as questões, pois isso pode inibi-la e fazer com que omita dados importantes para a pesquisa. No entanto, uma expressão de muita indiferença ao que a entrevistada estiver respondendo pode também gerar uma atitude de afastamento da mesma por parecer que o entrevistador não está interessado em ouvi-la. Portanto, no momento da entrevista, assuma uma postura, equilibrada, imparcial, porém acolhedora. Caso a entrevistada mostre-se constrangida em responder alguma das questões, diga que você entende que ela passou por momentos difíceis e que não está lá para fazer qualquer espécie de julgamento, nem sobre o comportamento dela ou do companheiro. Procure retornar ao questionário. É preciso ter em mente que a experiência da violência é extremamente dura e permanece viva durante muito tempo na mente e no coração da vítima. Portanto, se observar que a mulher está emocionada, dê uma pausa e ouça o que ela tem a dizer. Se esse período de “desabafo” estiver durando muito, pegar a lista de instituições que ajudam mulheres vítimas de violência (anexo 4) e entregar para a entrevistada, dizendo para ela que você (entrevistador) não é a pessoa mais indicada para ajudá-la, mas que nestas instituições ela vai encontrar pessoas preparadas para ajudá-la. Resgatar, desta forma, a mulher para terminar a entrevista. A lista de instituições deve ser entregue para todas as mulheres, independente de terem respondido o questionário sobre violência. 24 No caso de haver recusa em responder estas perguntas, reafirme o caráter sigiloso das informações prestadas, assim como, a razão das questões (descrito no parágrafo abaixo), procurando deixar a entrevistada segura quanto à utilização e divulgação das respostas fornecidas. Ainda que a mulher tenha consentido previamente em responder o questionário, este pode fazê-la reviver a violência, o que pode ser extremamente difícil ou até insuportável para ela, sendo possível que mude de idéia e desista de conceder a entrevista, decisão que deve ser respeitada. A recusa ou desistência no decorrer da entrevista, no entanto, são raras. O mais comum é a entrevistada enxergar a situação como uma oportunidade para falar sobre uma situação difícil e geralmente mantida em segredo. Se a mãe questionar a razão das questões sobre violência, explicar que o intuito das mesmas é traçar um perfil do comportamento dos casais, em geral, e verificar se este influencia, ou não, no desenvolvimento dos bebês e também de verificar se a unidade de saúde está oferecendo apoio e ajuda às mães vítimas de violência. 159) E aqui no posto, alguém já conversou com você sobre essas coisas de violência? Marcar (0) Não ou (1) Sim de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a resposta seja (0) Não, preencher 8 (não se aplica) na questão 160 e perguntar a questão 161, bloco XIV. 160) Conversaram com você sobre essas coisas de violência ... Ler o início da frase e completar a pergunta com cada item listado abaixo: Ex: Conversaram com você sobre essas coisas de violência (a) na consulta? Registrar (0) Não ou (1) Sim para cada um dos 4 itens listados. Caso, no item (d), a resposta seja (1) Sim, perguntar de que outras formas conversaram com a mulher sobre violência e escrever na linha disponível ao lado do item. XIV. Opinião da entrevistada: 161) Você gostaria de dizer mais alguma coisa? Se ela responder que não deseja dizer nada, marcar (0) Não. Caso contrário, ouvir a entrevistada com atenção, pacientemente, e anotar o que for relatado pela mesma. Neste caso, não preencha o quadradinho cinza, pois este será preenchido, posteriormente, pelos pesquisadores responsáveis. Ao final da entrevista, entregue a folha “Onde conseguir ajuda”, ou seja, a listagem de unidades que atendem mulheres vítimas de violência (anexo 2), agradeça a participação da mãe no estudo e encerre a entrevista. XV. Para ser preenchido pelo entrevistador ao final da entrevista: 162) Hora do término da entrevista Atenção: Preencher a hora do final da entrevista! 163) A cooperação da entrevistada foi: Marque: (1) Excelente, (2) Muito Boa, (3) Boa, (4) Razoável ou (5) Fraca, de acordo com a sua opinião sobre a participação da entrevistada. Observações: Este espaço é destinado a observações do entrevistador. Ao final de cada entrevista, o entrevistador pode acrescentar algum comentário que ache necessário ser feito sobre a entrevista. Se qualquer acontecimento não usual ocorrer ou qualquer situação a ser discutida com o supervisor, anote aqui. Esses comentários são extremamente úteis para a interpretação das informações no questionário. 25 ANEXO 1: Tabela para seleção das mães Tarde Manhã n° da mãe Dia da semana quarta quinta quinta sexta sexta n° da mãe 1,4,3 1,4,2 3,6,2 1,2,7 7,8,1 9,1,4 4,3,7 3,6,5 10,5,9 2,4,3 1,4,3 4,2,5 2,7,1 2,8,3 4,5,3 3,2,9 4,11,2 1,4,12 3,1,4 2,1,5 5,6,3 2,4,7 4,8,3 8,3,2 8,10,4 10,11,4 9,2,5 1,3,4 2,1,5 5,4,1 3,2,5 4,6,7 8,3,9 7,4,2 8,5,4 7,10,2 4,1,2 2,4,1 2,4,6 5,3,6 1,8,3 9,8,2 6,5,4 9,4,3 11,6,1 terça quarta N Total do turno 4 5 6 7 8 9 10 11 12 4 5 6 7 8 9 10 11 12 4 5 6 7 8 9 10 11 12 4 5 6 7 8 9 10 11 12 4 5 6 7 8 9 10 11 12 segunda terça 2,1,3 2,4,1 6,2,1 1,4,3 7,8,3 7,5,2 7,1,4 5,6,2 1,10,9 1,3,2 3,4,5 5,4,1 3,7,4 7,2,1 7,3,2 1,9,7 10,2,4 2,12,6 3,4,2 5,3,1 3,2,1 1,5,3 1,4,8 9,5,3 5,6,3 6,5,3 12,11,1 4,2,1 4,3,2 6,1,5 3,2,6 2,8,3 2,4,9 6,2,8 1,10,4 11,6,7 3,4,2 5,3,2 6,2,3 7,1,2 4,7,8 5,8,2 4,9,6 2,4,3 6,7,9 Dia da semana segunda N Total do turno 4 5 6 7 8 9 10 11 12 4 5 6 7 8 9 10 11 12 4 5 6 7 8 9 10 11 12 4 5 6 7 8 9 10 11 12 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26 ANEXO 2: Estabelecimento onde mulheres vítimas de violência podem procurar ajuda ONDE CONSEGUIR AJUDA: 1. CIAM - CENTRO INTEGRADO DE ATENDIMENTO À MULHER Rua Regente Feijó, 15 - Centro - Rio de Janeiro Tel: 2299-2122 2. NIAM - NÚCLEO INTEGRADO • Campos - Tel. (22) 2735-3925 • Macaé - Rua Manoel Guilherme Toboada, nº 58 - Centro • Nova Iguaçu - Tel. (21) 2667-1278 • Nova Friburgo - Tel (22) 2522-5278/ 2522-9000 • Petrópolis - Tel. (24) 2246-8744/ 2246-8745 3. SOS MULHER-HOSPITAL PEDRO II Rua do Prado, nº 325 - Santa Cruz - Rio de Janeiro Tel: 3395-0123 4. CASA DA MULHER BERTHA LUTZ Rua Grandes Lojas, 107 Bom Retiro - Volta Redonda Tel: (24) 3345-4444 5. DEAM - DELEGACIA ESPECIALIZADA DE ATENDIMENTO Á MULHER • Belford Roxo - Av. Retiro da Imprensa,800 Tel: (21) 3399-3530/ 3980 • Campo Grande- - Rua Maria Tereza, 8 Tel: (21) 3399-5710/5711/5712 • Caxias - Rua Tenente José Dias, 344- Centro Tel: (21) 3399-3708/3710 • Centro - Rua Visconde do Rio Branco, 12 Tel: 3399-3370/3371/3372/3374/3376 • Jacarepaguá - Rua Henriqueta, 197-Tanque – Tel: (21) 3399-7580 • Niterói - Av. Amaral Peixoto,577-Centro Tel: (21) 3399-3700/ 3701/ 3703/ 3798 • Nova Iguaçu - Rua Joaquim Sepa,180 Marco 2, Tel: (21) 3399-3720/3721 • São Gonçalo - Av. Dezoito do Forte,578, Mutua Tel: (21) 3399-3730/3733 • Volta Redonda - Rua General Nilton Fontoura, 540, Jardim Paraíba Tel. (24) 3337-9178/ 33470 6. Disque Mulher Baixada - São João de Meriti Tel: (21)2751-5825 10. Disque Mulher Nova Friburgo Tel: (22) 2523-2706 7. Disque Defesa Mulher Tel: (21) 2553-1177 11. CENTRO DE DEFESA DA VIDA (CD Vida) • Duque de Caxias - Tel: (21) 3774-3993 8. Disque Racismo Tel: (21) 3399-1300 12. INSTITUTO DA MULHER FERNANDO MAGALHÃES Atendimento a Violência Sexual Rua General José Cristino, 87 São Cristóvão - Rio de Janeiro Tel: (21) 2580-1132/ 8343 9. Disque Mulher Tel: (21) 2299-2121 27 ANEXO 3: Página 3 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 28 ANEXO 4: Página 6 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 29 ANEXO 5: Página 13 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 30 ANEXO 6: Página 14 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 31 ANEXO 7: Página 15 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 32 ANEXO 8 : Página 16 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 33 ANEXO 9 : Página 17 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 34 ANEXO 10: Página 24 da Caderneta da Criança Laranja Pequena 35 ANEXO 11: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Prezado(a) ________________________________________________________________________ você está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa: “Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses prestada por unidades básicas do Sistema Único de Saúde do Município do Rio de Janeiro”, de responsabilidade da pesquisadora Maria do Carmo Leal, da FIOCRUZ. O estudo pretende avaliar como as crianças menores de 6 meses vêm sendo atendidas nas unidades de saúde. Os benefícios relacionados com a sua participação são contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento à criança, não havendo qualquer risco envolvido. Gostaríamos de pedir o seu consentimento para fazer uma entrevista, quando serão feitas perguntas sobre você e sobre a unidade de saúde onde trabalha. Suas respostas serão anotadas em um formulário pelo entrevistador. Suas respostas serão confidenciais, e o seu nome não será divulgado em qualquer hipótese. Os resultados do estudo serão apresentados em conjunto, em eventos ou publicações científicas, não sendo possível identificar as pessoas que participaram da pesquisa. Você tem direito de pedir outros esclarecimentos sobre a pesquisa e pode se recusar a participar, ou parar de participar dela a qualquer momento, sem que isto prejudique você em nada. Declaro ter sido informado(a) e concordo em participar, como voluntário(a), desta pesquisa. Assinatura do(a) profissional de saúde Rio de Janeiro, _______ / _______ / _______ Para esclarecimentos, entrar em contato com Maria do Carmo Leal Endereço: Rua Leopoldo Bulhões 1480, sala 808, Manguinhos. Tel: 2598 2620. Endereço do Comitê de Ética e Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública: Rua Leopoldo Bulhões, 1.480 - Sala 314 Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ / CEP. 21041-210 Tel e Fax - (21) 2598-2863 E-Mail : [email protected] http://www.ensp.fiocruz.br/etica O horário de atendimento ao público do CEP/ENSP é de 14:00 às 17:00 36 ANEXO 12: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Prezada __________________________________________________________________________ você está sendo convidada a participar do projeto de pesquisa: “Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses prestada por unidades básicas do Sistema Único de Saúde do Município do Rio de Janeiro”, de responsabilidade da FIOCRUZ. O estudo pretende avaliar como as crianças menores de 6 meses vêm sendo atendidas nas unidades de saúde. A sua participação irá contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento à criança, não havendo qualquer risco envolvido. Gostaríamos de pedir o seu consentimento para fazer uma entrevista, quando serão feitas perguntas sobre você e seu bebê e sobre como o seu bebê foi atendido nesta unidade de saúde. Suas respostas serão anotadas em um formulário. Gostaríamos também de pedir o seu consentimento para consultar o prontuário de seu filho. Suas respostas ficarão em segredo, e o seu nome não será divulgado. Você tem direito de pedir outros esclarecimentos sobre a pesquisa e pode se recusar a participar. Eu declaro ter sido informada e concordo em participar, como voluntária, desta pesquisa. Assinatura da entrevistada Rio de Janeiro, _______ / _______ / __________ Entrevistador ________________|___|___|___| Para esclarecimentos, entrar em contato com: Dra. Maria do Carmo Leal ou Dra. Silvana Granado Endereço: Rua Leopoldo Bulhões 1480, sala 808, Manguinhos. Tel: 2598 2621 ou 2598 2620. Endereço do Comitê de Ética e Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública: Rua Leopoldo Bulhões, 1.480 - Sala 314 Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ / CEP. 21041-210 Tel e Fax - (21) 2598-2863 E-Mail : [email protected] http://www.ensp.fiocruz.br/etica O horário de atendimento ao público do CEP/ENSP é de 14:00 às 17:00 Endereço do Comitê de Ética em Pesquisa da SMS/RJ: Rua Afonso Cavalcanti 455/601. Informações adicionais no caso de recusa da mãe em participar da pesquisa: Motivo da Recusa:_____________________________________________________________ |___| 1) Idade da mãe: |___|___| anos 2) Idade do bebê: |___| meses |___||___| dias 3) Escolaridade da mãe |___| Série do Ensino 1. fundamental 2.médio 3. superior |___| 4) Raça ou cor 1. Branca 2. Preta 3. Amarela 4. Parda(morena/mulata) 5. Indígena |___| 37 ANEXO 13 Relação das Unidades de Saúde incluídas na pesquisa AP Nome 3.3 Endereço Bairro Rua Ossely, 355 Coelho Neto Diretor Telefone 3361-0433/ SES Rio Pam Coelho Neto 5.2 3.3 1 3361-0458/ 3361-0459 Rua Franklin, 29 Centro, CMS Belizário Penna Rua Caiçaras, 514 C. Maria Tereza de 3394-2433/ Grande Souza 3406-8670 Irajá Silva Regina Alves 2482-7242 CMS Clementino Fraga /2482 - 7115 Rua Cosntante Jardim, CMS Ernani Agrícola 2.1 Santa Tereza Luiza Helena P. do 8 Valle Rua Toneleros, 262 Copacabana Nadia CMS João Barros Barreto 4.0 3.1 2.1 2.2 CMS Necker Pinto XX Ra CMS Píndaro de Carvalho Rodrigues 3.3 Tanque 135 Hospital Municipal Carmela Dutra 2769/2547- Denize Jardim de 3392- almeida 1555/33927549 Estr. Rio Jequié, 428 Rua Padre Leonel Ilha do Maria Natália M governador Correia Lima Gávea Raquel Franca, s/n Rua do Matoso, 96 UERJ - Policlínica Piquet Carneiro 25497122 Pr. Da Bandeira Pam Helio Pellegrino 2.2 Mattos ramalho Av. Geremário Dantas, CMS Jorge Saldanha Bandeira de Mello 2224-7632 Av. Marechal São Rondon, 381 Xavier Vilela 2467-0265 2511-2619/ Blake Piller 2274-2796 Márcia 2273-0998/ Aspromonte 2273-1244 Francisco 2204-0390 / 2234-4393/ 25878132 Avenida dos Italianos, nº. 480 Rocha Miranda 3372-6531/ 3373-4484 / 3373-4485 5.3 5.1. 3.3 5.2 Posto de Saúde Cesário de Mello Posto de Saúde Dr. Eitel Pinheiro de O. Lima Posto de Saúde Dr. Flavio Do Couto Vieira PS Doutor Oswaldo Vilella Rua do canal s/n Estr. do Taquaral Manguariba Vila Aliança Arari Altina Vieira 3395-1633 de Melo 3305-2049 Mª Cristina M Carvalho Praça Lúcio José Filho, Anchieta s/n Rua Jomar Mendes, s/n Santa Inês Antonio 3332-9207 2401-1162 Ximenes 3339-7740/339- Fontenelle 1952 Tânia Marques 3407-2799/ 3406-4795 38 3.2 Rua José dos Reis, 951 Pilares Cláudia PS Dr Eduardo Araujo Vilhena Leite 5.1 3.3 5.3 5.2. 3.3 5.2 5.2 Tavares Estr. do Quafá – Rua 1 PS Professor Ernani de Paiva F. Braga PS Professor Manoel de Abreu PS Dr. Nascimento Gurgel PS Doutor Woodrow Pimentel Pantoja PS Dr.Mario Rodrigues Cid 2.2 25957541/25957659 Vila Kennedy PS Dr. Henrique Monat PS Dr. Mario Olinto de Oliveira Reis Rua Ferraz, 2 Cascadura Av. João XXII Rua Noé Gualberto, s/n Marco Aurélio Silva Ferraz 2405-1591 Fernanda Helena C. 3899-7345/ Bastos 3276-8595 Conjunto Mirian Liberdade Gonçalves Santíssimo Michie São Vitor Souza Pavuna Ueoka 3395-4453/ 3394-3265/ 3403-0971 Sonia s/n Medeiros 2474-1640/ Brito Morais 2474-6938 Jardim Itana 3316-3247/ 4435 Maravilha Mattos 3402-2905 Est. De campinho, s/n Jd. S Margarida Maria Luisa F. de 3402-4179 Est. Do mangarça, / 3158-9665 Aguiar Rua Sgto Fábio Pavani, 2405-3336 M. Borges Abreu Rua Boa Vista, 190 Alto da Vista PS Nicola Albano Boa Maria Cristina B. 2492- Garcia 2153/24925600 2.1. 3.1 3.1 PAM DOM Helder Câmara PACS/PS OP VICENTE MARIANO PACS/PS ELIS REGINA Rua Voluntários da Botafogo Pátria, 136 Aterro da Maré, sn Sapateiro Rua Principal S/n Parque Maré Márcia Paraízo da 2286-0424/ C. Thomaz 2286-0176 39 Anexo 14: Cartão de acolhimento mãe/bebê 40 103 ANEXO C RESULTADOS COMPLEMENTARES 104 RESULTADOS COMPLEMENTARES Para o diagnóstico de um modelo de regressão torna-se necessário a análise dos resíduos do modelo ajustado, que permite, além da identificação de valores discrepantes, a checagem de possíveis violações dos pressupostos do modelo de regressão. O estudo das premissas é importante porque, caso não sejam satisfeitas, podem comprometer as conclusões. Os principais pressupostos da análise de regressão linear são: linearidade, homocedasticidade, normalidade e independência (Luiz, 2009). No gráfico 2, observa-se que a curva de distribuição de freqüência dos resíduos segue uma curva de distribuição de probabilidade normal. Gráfico 2 – Distribuição de freqüência dos resíduos do modelo de regressão múltipla selecionado.* Resíduos *Modelo final do peso pós-natal ajustado pelas variáveis sexo e idade da criança, desnutrição intrauterina e paridade. No gráfico 3 pode ser observada que a dispersão dos valores observados do peso pósnatal das crianças e os resíduos aparentam seguir um padrão homocedástico. 105 Resíduos Gráfico 3 – Dispersão do peso pós-natal das crianças e do resíduo resultante do modelo de regressão múltipla selecionado.* Peso pós-natal relatado pela mãe no dia da entrevista *Modelo final do peso pós-natal ajustado pelas variáveis sexo e idade da criança, desnutrição intrauterina e paridade.