universidade federal do rio de janeiro centro de ciências da saúde

Transcrição

universidade federal do rio de janeiro centro de ciências da saúde
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA
MESTRADO EM SAÚDE COLETIVA
JAQUELINE EVARISTO ARIMATEA
Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal em menores de seis meses
assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do
município do Rio de Janeiro, 2007.
Rio de Janeiro
2011
Jaqueline Evaristo Arimatea
ASSOCIAÇÃO ENTRE DESNUTRIÇÃO INTRAUTERINA E PESO PÓS-NATAL EM
MENORES DE SEIS MESES ASSISTIDOS PELAS UNIDADES DE ATENÇÃO
BÁSICA À SAÚDE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO, 2007.
Dissertação de Mestrado apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em Saúde
Coletiva, Instituto de Estudos em Saúde
Coletiva, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, como requisito à obtenção do título
de Mestre em Saúde Coletiva.
Orientadora: Profa Dra Pauline Lorena Kale
Rio de Janeiro
2011
A699
Arimatea, Jaqueline Evaristo.
Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal
em menores de seis meses assistidos pelas unidades de
atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do
município do Rio de Janeiro, 2007/ Jaqueline Evaristo
Arimatea. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Instituto de Estudos em
Saúde Coletiva, 2011.
105 f.; 30cm.
Orientador: Pauline Lorena Kale.
Dissertação (Mestrado) - UFRJ/Instituto de Estudos em
Saúde Coletiva, 2011.
Referências: f. 46-49.
1. Transtornos da nutrição fetal. 2. Desenvolvimento infantil.
3. Recém-nascido de baixo peso. I. Kale, Pauline Loerna. II.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Estudos
em Saúde Coletiva. III. Título.
CDD 618.9239
JAQUELINE EVARISTO ARIMATEA
Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal em menores de seis meses
assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do
município do Rio de Janeiro, 2007.
Dissertação de Mestrado apresentada
ao Programa de Pós-Graduação em
Saúde Coletiva, Instituto de Estudos
em Saúde Coletiva, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, como
requisito à obtenção do título de
Mestre em Saúde Coletiva.
Aprovada em
____________________________________
Profa. Dra. Pauline Lorena Kale
Universidade Federal do Rio de Janeiro
______________________________________
Profo. Dro. Antônio José Leal Costa
Universidade Federal do Rio de Janeiro
______________________________________
Profo. Dro. Cosme Marcelo Furtado Passos da Silva
Fundação Oswaldo Cruz
_______________________________________
Profa. Dra. Elisa Maria de Aquino Lacerda
Universidade Federal do Rio de Janeiro
_________________________________________
Profa. Dra. Silvana Granado Nogueira da Gama
Fundação Oswaldo Cruz
Dedicado aos meus pais, Vera e Maurício,
e a minha orientadora Pauline.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar aos meus pais, Vera e Maurício, que mesmo distante parecem
sempre estar presentes nos momentos mais difíceis da minha vida. Que acreditam
incondicionalmente em mim e me apóia em todas as escolhas feitas até aqui.
À Deus por ter me dado a vida e o privilégio de ter sempre colocado pessoas
maravilhosas e iluminadas no meu caminho.
Em especial a minha orientadora, Pauline, sem a qual este sonho não teria se tornado
realidade. Ela que teve paciência em todos os momentos. E soube entender as minhas
dificuldades e angústias se apresentando em alguns momentos como mais que uma
orientadora, e sim como uma verdadeira “mãe”.
Ao meu namorado, Marcos, que entrou na minha vida na reta final do mestrado, mas
soube me apoiar e entender todas as minhas angústias. Que me incentivou a concluir a
caminhada e que acreditou em mim, mesmo quando ainda era apenas meu amigo.
A minha amiga irmã, Jackeline, por todo apoio dado, hoje e sempre. Sem ela com
certeza minha caminhada não teria alcançado o fim. Mesmo “sem saber lidar com as palavras
muito bem”, como ela mesma diz, estava sempre presente para me ouvir em todas as horas em
que o medo me dominava.
As amigas do coração, Alessandra, Ana Paula, Deise e Luciana, que me deram apoio
incondicional e acreditaram em mim desde o início.
A amiga mestranda, Jurema, com a qual me identifiquei desde o primeiro dia de aula.
Companheira certa nas viagens de volta para casa. E com a qual dividi tantos momentos de
angustias e quem sempre, de perto ou de longe, me ajudou a seguir na caminhada.
Aos professores do Iesc, por participarem da minha formação e dividir seu
conhecimento tão precioso. Destaque para o Profo Antônio José Leal Costa, com o qual tive a
honra de trabalhar, e que com sua calma e serenidade pude aprender além do que o mestrado
se dispõe a ensinar.
Aos amigos de profissão, Bruno e Marcel, que tantas vezes me substituíram no
plantão, trabalhando dias seguidos para que meu objetivo fosse alcançado.
E a todas as outras pessoas não citadas nominalmente, mas que de alguma forma
estiveram presente em mais uma conquista da minha vida.
RESUMO
ARIMATEA, Jaqueline Evaristo. Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal
em menores de seis meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema
Único de Saúde do município do Rio de Janeiro, 2007. Dissertação. Mestrado em Saúde
Coletiva. Instituto de Estudos em Saúde Coletiva. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 2011.
Estudos fundamentados na hipótese da programação fetal demonstraram associação
entre a desnutrição intrauterina, o crescimento de recuperação infantil, e o desenvolvimento
de doenças crônicas no ciclo da vida. Foi investigada a associação entre desnutrição
intrauterina e peso pós-natal, considerando as características socioeconômicas e maternas, da
gravidez, do parto e das crianças, em menores de seis meses de idade não prematuros
assistidos em unidades básicas do Sistema Único de Saúde (UB-SUS) do município do Rio de
Janeiro em 2007. Trata-se de um estudo transversal no qual foram entrevistadas 1.082 mães
de crianças (< 6 meses) assistidas em 27 UB-SUS de junho a setembro (2007). Foram
excluídas crianças prematuras (< 37 semanas de gestação), sem informações sobre idade
gestacional e peso (ao nascer e pós-natal em gramas-g). Peso ao nascer inferior a 2500g em
não prematuros foi considerado uma proxy da desnutrição intrauterina. Foram aplicados aos
dados modelos de regressão linear múltipla, sendo os critérios de seleção das variáveis para
entrada no modelo e para retenção no modelo final, níveis de significância estatística,
respectivamente, de 20% e 5%. Das 868 crianças selecionadas para o estudo, predominaram
filhos de mães entre 20 e 34 anos (70,6%), cor parda, negra e outras (71,7%), com
companheiro (86,4%) e que sabiam ler e escrever (94,6%). 55,6% das mães eram multíparas e
24,1% tinham história prévia de aborto. 4,4% das crianças sofreram desnutrição intrauterina.
Predominaram crianças entre 1 e 4 meses (62,0%) e as menores frequências corresponderam
aos extremos etários. Cerca de 50% eram meninos. Houve predomínio do aleitamento
materno complementado (36,4%) e exclusivo (33,9%). Na análise multivariada, observou-se
que crianças que sofreram desnutrição intrauterina apresentaram um crescimento desfavorável
(em média menos 943,1g do peso pós-natal) em relação aos não desnutridos. Meninas eram
em média 470,4g mais leves do que os meninos. Quanto à paridade, filhos de mães primíparas
pesaram em média 164,9g a menos do que os filhos de mães multíparas. A assistência
qualificada no pré-natal é necessária para assegurar o crescimento adequado antes e depois do
nascimento, minimizando a carga de doenças no ciclo da vida.
Palavras-chaves: transtornos da nutrição fetal, desenvolvimento infantil, recém-nascido de
baixo peso.
ABSTRACT
ARIMATEA, Jaqueline Evaristo. Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal
em menores de seis meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema
Único de Saúde do município do Rio de Janeiro, 2007. Dissertação. Mestrado em Saúde
Coletiva. Instituto de Estudos em Saúde Coletiva. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 2011.
Studies based on the fetal development have demonstrated an association between
intrauterine malnutrition, catch-up growing and the development of chronic diseases on life
course. It was investigated the association between intrauterine malnutrition and postnatal
weight, by socioeconomics, maternal, pregnancy, delivery and children characteristics at
under six months aged children assisted by primary health centers of Unified Heath System
(HC- UHS) in Rio de Janeiro in 2007. It was conducted a cross-sectional study of 1082
mothers of children (under 6 months) assisted by 27 HC-UHS between June and September
(2007). Preterm children (< 37 weeks), missing gestational age and weight (at birth and
postnatal – grams) information were excluded. It was considered a proxy of intrauterine
malnutrition non preterm children weighted under 2500 g at birth. A multiple linear
regression model was applied with a statistic significance of 20% and 5%, respectively, to
select variables to entry in the model and to stay in the final model. Of the 868 selected
children, 70.6% were children of mothers aged 20-34 years old, black, brown and others races
(71.7%), with husband (86.4%) and who kwon how to read and write (94.6%). 55.6% of the
mothers were multiparous and 24.1% had suffered and abort previously. 4.4% of the children
had suffered an intrauterine malnutrition. Children aged 1 and 4 months were majority
(62.0%) and the extremes ages groups were minority. Near 50% were boys. Complemented
breastfeeding (36.4%) and exclusive breastfeeding (33.9%) were majority. At the multivariate
analysis, children with intrauterine malnutrition presented an unfavorable growth (minus
943,1g of postnatal weight). Girls were 470,4g lighter than boys. Children of primiparous
mothers weighted 164,9g less than children of multiparous mothers. A qualified prenatal
assistance is needed to ensure an adequate growth before and after birth, minimizing the
burden of disease on the life course.
Key Words: disorders of fetal nutrition, child development, infant low birth weight.
vii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1: Distribuição das variáveis segundo modelo teórico de explicação (desfecho, exposição
principal e co-variáveis), fonte de informação tipo e, quando for o caso, respectivas categorias.
23
Artigo:
Gráfico 1 – Distribuição do peso ao nascer em gramas de não prematuros com até seis meses de
idade que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único
de Saúde no Município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007.
35
Anexo C:
Gráfico 2 – Distribuição de frequência dos resíduos do modelo de regressão múltipla selecionado.
104
Gráfico 3 – Dispersão do peso pós-natal das crianças e do resíduo resultante do modelo de regressão
múltipla selecionado.
105
viii
LISTA DE TABELAS E FIGURAS
Artigo:
Tabela1. Descrição da população de estudo (total 868 menores de seis meses de idade) segundo
características maternas no município do Rio de Janeiro, junho a setembro 2007.
33
Tabela 2: Descrição da população de estudo (total 868 menores de seis meses de idade) segundo
características infantis no município do Rio de Janeiro, junho a setembro de 2007.
34
Figura 1 – Distribuição do peso pós-natal em gramas de não prematuros com até seis meses de idade
segundo faixa etária que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do
Sistema Único de Saúde no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007.
36
Tabela 3 – Estimativas da regressão linear múltipla para o peso pós-natal da criança segundo as
variáveis associadas numa amostra de menores de seis meses de idade que demandaram atendimento
pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde no município do Rio de
Janeiro de junho a setembro de 2007.
37
ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DNV
Declaração de Nascido Vivo
DP
Desvio Padrão
ENSP
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
Fiocruz
Fundação Oswaldo Cruz
HIV
Vírus da Imunodeficiência Humana
IESC
Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
PIG
Pequeno para idade gestacional
SINASC
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos
SPSS
Statistical Package for the Social Sciences
SUS
Sistema Único de Saúde
UFRJ
Universidade Federal do Rio de Janeiro
VBA
Visual Basic de Office
x
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS.................................................................................................... iv
RESUMO.........................................................................................................................
v
ABSTRACT..................................................................................................................... vi
LISTA DE ILUSTRAÇÕES..........................................................................................
vii
LISTA DE TABELAS E FIGURAS.............................................................................. viii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.................................................................... ix
SUMÁRIO.......................................................................................................................
x
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 12
1.1 CRESCIMENTO INTRAUTERINO RESTRITO OU DESNUTRIÇÃO
INTRAUTERINA............................................................................................................. 13
1.2 CRESCIMENTO PÓS-NATAL.............................................................................
14
2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................
18
3 OBJETIVOS................................................................................................................. 19
3.1 OBJETIVO GERAL ..............................................................................................
19
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................. 19
4 MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................
20
4.1 DESENHO DE ESTUDO....................................................................................... 20
4.2 PLANO AMOSTRAL............................................................................................
20
4.3 RELACIONAMENTO DE BASE DE DADOS..................................................... 21
4.4 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE......................................................................
22
4.5 DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS............................................................................ 22
4.6 ANÁLISE DOS DADOS........................................................................................ 25
4.7 ASPECTOS ÉTICOS.............................................................................................. 25
4.8 APRESENTAÇÃO DO RESULTADO.................................................................. 26
xi
5 ARTIGO: Associação entre desnutrição intrauterina e o peso pós-natal em
menores de seis meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do
Sistema Único de Saúde do município do Rio de Janeiro,
2007................................................................................................................................... 27
6 COMENTÁRIOS FINAIS..........................................................................................
45
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 46
ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO E
QUESTIONÁRIO DE ENTREVISTA À MÃE QUE TROUXE O BEBÊ MENOR DE
6 MESES PARA A CONSULTA..................................................................................... 50
ANEXO B – ORIENTAÇÕES AO ENTREVISTADOR................................................ 62
ANEXO C – RESULTADOS COMPLEMENTARES...................................................
103
12
1 INTRODUÇÃO
Desde o momento da concepção até a maturidade na idade adulta, o ser humano passa
por uma série de modificações físicas e funcionais, as quais têm como base o aumento de
massa e a aquisição de novas funções (EUCLYDES, 2000; ROMANI e LIRA, 2004). O
termo crescimento é preferencialmente empregado para caracterizar o aumento da massa, ou
seja, tamanho do corpo como um todo ou de qualquer de suas partes, que por sua vez está
associado à multiplicação celular (hiperplasia) e ao aumento do tamanho das células
(hipertrofia). Já o termo desenvolvimento designa a aquisição de funções, sendo associado à
diferenciação celular e à maturação dos diferentes sistemas e órgãos. Apesar de serem
processos distintos, ocorrem de forma simultânea e integrada, podendo-se dizer que são dois
fenômenos em um só (EUCLYDES, 2000).
Quando as condições são favoráveis, tanto o crescimento quanto o desenvolvimento se
processam em uma sequência ordenada e previsível até que o indivíduo atinja a maturidade.
Com isso, a fase intrauterina e o primeiro ano de vida são os períodos mais críticos da vida,
tendo em vista a intensidade em que o crescimento somático e o desenvolvimento do sistema
nervoso central estão se processando. A harmonia de ambos os processos em sua evolução ao
longo dessas fases é que irá conduzir ao estado de normalidade (EUCLYDES, 2000).
A maioria dos bebês normais tem o peso de nascimento duplicado por volta dos quatro
aos seis meses, triplicado no final do primeiro ano e quadruplicado aos dois anos. Em média,
o comprimento do bebê aumenta 50% até o final do primeiro ano e é duplicado aos quatro
anos. Uma criança que nasce com 50 cm, em condições normais, provavelmente estará
medindo em torno de 74 a 76 cm ao complementar um ano e 86 cm aos dois anos de idade
(EUCLYDES, 2000).
A relação entre estado nutricional e o crescimento e desenvolvimento da criança tem
sido muito estudada, e as evidências disponíveis não deixam dúvida quanto à importância do
papel da nutrição nesse processo, tanto no período intrauterino como no período pós-natal
(BARKER, 1992). As deficiências de energia, proteína e micronutrientes estão associadas a
um menor crescimento somático, em especial nas primeiras etapas da vida, quando a
velocidade de crescimento é intensa (ALLEN, 1994).
13
1.1
CRESCIMENTO
INTRAUTERINO
RESTRITO
OU
DESNUTRIÇÃO
INTRAUTERINA
O crescimento intrauterino restrito é definido como um desvio do padrão de
crescimento fetal abaixo do esperado, sendo causado por múltiplos efeitos adversos sobre o
feto. Está associado a condições maternas que interferem com a circulação e eficiência da
placenta, com o desenvolvimento e crescimento do feto ou com a saúde geral e nutrição
materna. Muitos fatores são comuns tanto para o prematuro quanto para o recém-nascido de
baixo peso ao nascer com crescimento intrauterino restrito. Este último pode ser uma resposta
normal à privação nutricional ou do oxigênio. As desvantagens potenciais de um ambiente
uterino inóspito podem indicar a necessidade de um parto prematuro (ORNELAS, XAVIER e
COLOSIMO, 2002).
Segundo Ragonesi, Bertini e Camano (1997) o crescimento intrauterino restrito se
classifica em dois tipos: o tipo I em que o concepto apresenta crescimento intrauterino restrito
simétrico, proporcionado, cujas causas são intrínsecas (anomalias congênitas) e extrínsecas
(infecções pré-natais e casos de desnutrição materna intensa, desde o início da gestação) e o
tipo II representado pelo concepto assimétrico, desproporcionado, cujo perímetro cefálico é
normal ou pouco menor que o de bebês hígidos, enquanto que a medida da circunferência
abdominal é nitidamente abaixo do esperado. Para o tipo I, simétrico, harmônico, não há
tratamento. Constitui, portanto, o grupo de pior prognóstico, com um risco elevado de morte
perinatal e de apresentar sequelas neurológicas de maior gravidade que as dos assimétricos.
No tipo II (assimétrico) o fator determinante do crescimento intrauterino restrito
intervém tardiamente e mecanismos de adaptação da circulação fetal são acionados no sentido
de poupar órgãos mais nobres, como o cérebro e o miocárdio, em detrimento das vísceras, da
musculatura esquelética e do tecido celular subcutâneo. A hipertensão arterial e a desnutrição
materna, no final da gestação, são causas responsáveis pelo crescimento intrauterino restrito
assimétrico. Nos casos tipo II, assimétrico, desarmônico, a conduta expectante restringir-se-á
às condições materno-fetais e de maturidade (RAGONESI, BERTINI e CAMANO, 1997).
O peso ao nascer é o parâmetro mais utilizado para avaliar o crescimento intrauterino e
a maturidade do recém-nascido (FALKNER, 1985 apud EUCLYDES, 2000). Quando o peso
é adequado para a idade gestacional, é menor o risco de morbimortalidade perinatal, além de
assegurar o adequado crescimento e desenvolvimento pós-natal (EUCLYDES, 2000).
O baixo peso ao nascer é definido como peso de nascimento inferior a 2500 gramas
(WHO, 1995). Os mecanismos que levam ao baixo peso ao nascer são a prematuridade, o
14
crescimento intrauterino restrito ou ambos. Nos países desenvolvidos as frequências de baixo
peso ao nascer são principalmente decorrentes de partos prematuros, observados em dois
terços dos nascimentos de crianças com baixo peso ao nascer. Para os países em
desenvolvimento, esta ocorrência se deve, na maioria das vezes, ao crescimento intrauterino
restrito (CARNIEL et al, 2008).
Entre os fatores associados ao baixo peso ao nascer estão as infecções genitais, os
partos múltiplos, a hipertensão arterial, as disfunções uterinas, o baixo índice de massa
corporal materna pré-gestacional, a baixa estatura materna, o tabagismo na gravidez, a
placenta prévia, o baixo ganho de peso na gestação, os fatores étnicos, a primiparidade, as
anomalias congênitas e os fatores genéticos (CARNIEL et al, 2008).
Pequeno para idade gestacional (PIG) é usado como um indicador ao crescimento
intrauterino restrito, mas esses termos não são sinônimos, uma vez que algumas crianças
consideradas PIG podem meramente representar aquelas localizadas na porção inferior da
curva normal de distribuição do crescimento fetal, por exemplo, filhos de mães com baixa
estatura (ORNELAS, XAVIER e COLOSIMO, 2002; AUGUSTO, 2004; ZAMBONATO et
al, 2004). É impossível, a partir de uma simples avaliação do tamanho fetal e idade
gestacional, determinar se uma criança PIG sofreu ou não crescimento intrauterino restrito.
Por outro lado, quanto maior a prevalência de PIG, maior será a parcela de crescimento
intrauterino restrito (ZAMBONATO et al, 2004).
1.2 CRESCIMENTO PÓS-NATAL
O crescimento das crianças depende de diversos elementos socioeconômicos e
culturais (fatores extrínsecos ou ambientais) e do efeito significante da hereditariedade
(fatores intrínsecos ou genéticos). Dentre os fatores ambientais, destacam-se a alimentação,
saúde, higiene, habitação e os cuidados gerais com a criança (ROMANI e LIRA, 2004;
EICKMANN et al, 2006). Se um indivíduo ou uma população vive em ambiente satisfatório,
os genes terão oportunidade de expressar seu máximo potencial (ROMANI e LIRA, 2004).
O baixo peso ao nascer contribui para o déficit de crescimento pós-natal, pois essas
crianças têm maior dificuldade de amamentação e são mais vulneráveis às doenças. Nos
países em desenvolvimento, o déficit de crescimento inicia-se entre quatro e seis meses de
vida, quando ocorre a substituição do aleitamento materno, por alimentos de baixo valor
nutricional e frequentemente contaminados, com consequente vulnerabilidade para infecções,
especialmente as diarreicas. Além disso, a maioria dessas crianças é oriunda de famílias de
15
baixa condição socioeconômica (ROMANI e LIRA, 2004; EICKMANN et al, 2006).
O crescimento linear ótimo, geralmente, ocorre apenas em indivíduos saudáveis e bem
nutridos. Quando o indivíduo é desnutrido ou doente, o crescimento acontece de forma lenta,
presumivelmente para conservar nutrientes para funções vitais. Na maioria das vezes, quando
as condições que inibem o crescimento resolvem-se, o crescimento linear não apenas
normaliza, mas na verdade excede a taxa normal para a idade. Esse fenômeno é denominado
de crescimento de recuperação (catch-up), e nos seres humanos tem sido descrito seguido de
uma variedade de doenças que retardam o crescimento, como a Síndrome de Cushing, a
doença celíaca, o hipotiroidismo, a anorexia nervosa ou desnutrição, crescimento hormonal
deficiente e o crescimento intrauterino restrito (GAFNI e BARON, 2000).
Quando a restrição nutricional pós-natal é por pouco tempo, o comprometimento é
menos acentuado e pode ser corrigido pela alimentação adequada. Nesse caso, geralmente se
observa aumento na velocidade de crescimento no intuito de recuperar a defasagem, ou seja,
retorno à curva de crescimento determinada geneticamente. No entanto, a desnutrição grave e
prolongada, principalmente quando incide desde a fase intrauterina, provoca retardos mais
acentuados no crescimento, e, ainda que se faça suplementação alimentar adequada, a
recuperação não será total e a defasagem pode-se manter definitivamente (EUCLYDES,
2000).
No processo de crescimento dos recém-nascidos que sofreram de crescimento
intrauterino restrito é descrito um aumento da velocidade de crescimento, ou seja, a
ocorrência do crescimento de recuperação. Este crescimento e o momento de sua ocorrência
durante a vida do recém-nascido pequeno para idade gestacional é controverso na literatura,
devido, principalmente, aos vários critérios utilizados para a sua definição. Em condições
satisfatórias, os recém-nascidos pré-termos e pequenos para idade gestacional podem
recuperar seu crescimento ao longo do tempo, alcançando a curva de crescimento dos recém
nascidos pré-termos adequados para a idade gestacional e/ou a dos recém-nascidos a termo
(STRAUSS e DIETZ, 1997).
O crescimento de recuperação pode ocorrer em qualquer fase do crescimento, mas é
mais comumente observada nos primeiros dois anos de vida, pronunciando-se no crescimento
pós-natal e é frequentemente visto após um crescimento intrauterino restrito grave (ONG et
al, 2000).
A seguir serão apresentados alguns estudos sobre crescimento de recuperação pósnatal fundamentados na hipótese da programação fetal.
Na primeira metade do século passado, Isabella Leich, basendo-se em observações em
16
animais propôs que humanos que sofreram de má-nutrição na vida precoce e que recuperaram
o crescimento posteriormente estariam mais sujeitos ao risco de desenvolver problemas de
saúde a longo prazo (VICTORA e BARROS, 2001).
A partir da década de oitenta do século passado, diversos estudos apoiados na hipótese
de que a desnutrição intrauterina acarreta mudanças permanentes na estrutura, na fisiologia e
no metabolismo do feto com consequências durante todo o ciclo da vida foram desenvolvidos
(BARKER, 1995; SILVEIRA e HORTA, 2008). Essa hipótese fundamenta-se no conceito de
programação fetal.
Victora e Barros (2001) observaram que nos dois primeiros anos de vida, o
crescimento de recuperação esteve associado ao menor risco de morbimortalidade na coorte
de nascimento de 1982 em Pelotas, sul do Brasil, independentemente do peso ao nascer. As
crianças pequenas para idade gestacional, mas que apresentaram um ganho de peso
substancial (≥ 0,66 escore Z) até os 20 meses, apresentaram 65% menos internações
posteriores do que outras crianças pequenas para idade gestacional.
Num estudo de coorte na Finlândia, homens que nasceram magros, mas recuperaram o
crescimento em peso na infância tiveram o risco de morbimortalidade por doença coronariana
aumentado (ERICKSSON et al, 1999). Por outro lado, na Inglaterra, o rápido crescimento no
primeiro ano de vida esteve associado com um menor risco de doença coronariana (FALL et
al, 1995). Crianças inglesas que ganharam mais do que 0,67 escore Z de peso ou de
comprimento para idade, entre o nascimento e os dois primeiros anos de vida, eram maiores e
tinham maior distribuição de gordura central aos 5 anos de idade (ONG et al, 2000).
Ericksson et al (1999) apresenta no seu estudo um retrato do crescimento fetal e
infantil de homens que nasceram no início do século passado, em precárias condições
socioeconômicas e que morreram de doença cardíaca coronariana. Os homens que possuíam
as mais altas taxas da doença eram pequenos ao nascer, mas na idade de 7 anos tiveram o seu
peso elevado e seu índice de massa corporal acima da média. Depois disso, até 15 anos de
idade, o índice de massa corporal tendia a se afastar mais da média. A associação entre um
alto índice de massa corporal na infância e a morte por doença cardíaca coronariana é
coerente com os conhecidos efeitos adversos de um alto índice de massa corporal nos adultos
(LEE et al, 1993).
Ong et al (2000) observaram que numa coorte de nascimento no Reino Unido 30,7%
das crianças estudadas apresentou ganho em peso superior a 0,67 escore Z, indicando
clinicamente o crescimento de recuperação entre zero e dois anos de idade. Estas crianças
eram menores ao nascimento do que as outras crianças que nasceram com peso normal e suas
17
mães apresentavam maior freqüência de baixo peso ao nascer, tabagismo durante a gravidez e
primiparidade. Essas mesmas crianças tinham pais mais altos do que as outras. Já com relação
a altura ou o índice de massa corporal maternos, ou peso pré-gestacional ou o ganho de peso
na gestação não apresentaram diferenças.
Crianças que apresentaram recuperação do peso ou comprimento entre zero e dois
anos de idade apresentaram-se mais pesadas e altas do que as outras crianças de cinco anos
estudadas que não apresentaram recuperação, além disso também eram mais altas em relação
às suas mães e seus pais (FREEDMAN et al, 1999; VANHALA et al, 1998). Essas crianças
também apresentavam maior índice de massa corporal, percentual de gordura corporal, massa
gorda total e distribuição de gordura central, que são variáveis do tamanho na infância ligado
aos marcadores metabólicos para o risco da doença na idade adulta (FREEDMAN et al, 1999;
VANHALA et al, 1998) e são preditivos também de obesidade na vida adulta (SERDULA et
al, 1993).
Não se sabe se as crianças que apresentaram crescimento de recuperação pós-natal irão
atingir alturas finais acima do seu destino genético, ou melhor, se o seu tamanho maior aos
cinco anos representa uma taxa mais rápida de maturação. É evidente, porém, que o
crescimento de recuperação pós-natal precoce, em um ambiente favorável, leva ao aumento
do risco de obesidade central e periférica na infância e a um risco potencial para a doença na
idade adulta (ERICKSSON et al, 1999). Em contraste, o crescimento de recuperação nos
bebês de baixo peso ao nascer foi relacionado ao tamanho magro aos cinco anos e este achado
é consistente com a continuidade na redução dos riscos de doença na idade adulta, com
aumento do tamanho no nascimento, o qual se estende por toda a faixa de peso ao nascer
(ERICKSSON et al, 1999). Uma exploração maior dos recursos genéticos e fatores
ambientais pós-natal que influenciam o catch-up pós-natal pode revelar mecanismos pelos
quais as associações entre tamanho no nascimento e os riscos para a doença na vida adulta
podem ser modificados.
18
2 JUSTIFICATIVA
O crescimento é um processo contínuo que inicia na concepção e cuja velocidade é
determinada, provavelmente, pela interação entre o potencial genético, a nutrição materna, o
tamanho do corpo materno além de outros fatores pré-natais, como exposição a toxinas e
fatores pós-natais como a nutrição e a carga de infecção (STEIN, 2004). É importante
identificar quais desses fatores são mais relevantes na determinação do crescimento infantil
numa determinada população, a fim de adotar medidas preventivas adequadas a cada área,
otimizando os recursos da saúde pública (MOTTA et al, 2005).
Em países em desenvolvimento, as alterações nutricionais e a morbidade por doenças
infecciosas em crianças ainda representam um desafio para a saúde pública. Identificar fatores
de risco associados à ocorrência desses eventos possibilita a adoção de medidas preventivas
nos seus diferentes níveis de aplicação.
Pesquisas recentes, fundamentadas na hipótese da programação fetal, demonstraram
associação entre o baixo peso ao nascer, como proxy de desnutrição intrauterina, o
crescimento de recuperação, principalmente nos dois primeiros anos de idade, e o
desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta ratificando a
importância dos estudos sobre o crescimento pré-natal e pós-natal.
O estudo intitulado “Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis
meses na rede Sistema Único de Saúde do Município do Rio de Janeiro” realizado em 2007
coletou dados referentes ao peso ao nascer e o peso pós-natal no momento da entrevista
permitindo a análise do crescimento pós-natal segundo características socioeconômicas,
maternas, da gravidez, do parto e das crianças. Considerando-se que o mecanismo que leva ao
baixo peso ao nascer em recém-nascidos com 37 semanas de gestação ou mais (não
prematuros) é a desnutrição intrauterina, tornou-se possível, com esses dados investigar sua
associação com crescimento pós-natal numa população de estudo com representatividade
municipal. Os resultados dessa pesquisa poderão contribuir para um maior conhecimento
sobre o processo de crescimento na etapa inicial do ciclo da vida.
19
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Investigar a associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal considerando-se
as características maternas, da gravidez, do parto e das crianças em menores de seis meses de
idade não prematuros assistidos em unidades básicas do Sistema Único de Saúde do
município do Rio do Janeiro em 2007.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Descrever as crianças menores de seis meses de idade não prematuras segundo
características maternas, da gravidez, do parto e das crianças;
- Descrever a distribuição do peso ao nascer e pós-natal segundo faixa etária das crianças
menores de seis meses de idade não prematuras.
20
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Esse estudo está inserido na pesquisa interinstitucional “Avaliação da qualidade da
assistência à criança menor de seis meses na rede Sistema Único de Saúde do município do
Rio de Janeiro”, sob coordenação geral da doutora Maria do Carmo Leal, desenvolvido pela
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) com participação de
pesquisadores da Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e
Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa
da ENSP/Fiocruz (número do parecer nº 132/06).
Os dados relativos ao processo de assistência à criança foram obtidos por meio de
entrevistas com a mãe e consulta ao cartão da criança. Os dados relativos à estrutura da
unidade foram obtidos através de entrevistas com a direção e por observação direta.
Toda a coleta de dados foi realizada por profissionais e estudantes da área de saúde
previamente treinados e sob a supervisão de profissionais com formação em Saúde Pública. O
instrumento (anexo A) foi avaliado e pré-testado durante o treinamento de campo da equipe
de entrevistadores e no estudo piloto. Foi também construído um instrutivo (anexo B) com
orientações detalhadas acerca das questões contidas no questionário. Os questionários foram
revisados e codificados por uma profissional de nível superior previamente treinada.
4.1 DESENHO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo transversal no qual foram avaliadas 1.082 crianças menores de
seis meses de idade que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde
do Sistema Único de Saúde (SUS) no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de
2007.
4.2 PLANO AMOSTRAL
O plano amostral foi realizado em dois estágios. No primeiro foram sorteadas as
unidades básicas de saúde (Unidades Primárias de Amostragem) e, o segundo estágio
(Unidades Secundárias de Amostragem) compreende a seleção das crianças que fizeram parte
do estudo em cada uma das unidades selecionadas no primeiro estágio.
As Unidades Primárias de Amostragem foram selecionadas de forma sistemática
21
através da combinação de dois fatores, a saber: a distância euclidiana calculada a partir das
coordenadas geográficas dos estabelecimentos de saúde em relação ao Centro Administrativo
do município do Rio de Janeiro e a frequência acumulada do número médio mensal de
consultas de crianças menores de seis meses de idade no primeiro semestre de 2005
construída após a ordenação das unidades segundo as distâncias, de maneira que fosse
produzido uma amostra geograficamente representativa do município do Rio de Janeiro.
Assumiu-se que, de modo geral, quanto mais próxima do Centro Administrativo do
município do Rio de Janeiro for a unidade de saúde, melhor será a qualidade da atenção à
criança menor de seis meses de idade.
O tamanho amostral total da pesquisa foi calculado assumindo-se uma prevalência de
inadequação do cuidado à criança de 50%; uma precisão relativa de 13% do estimador e um
nível de confiança de 95% totalizando 1080 entrevistas, sendo 40 em cada uma das 27
unidades.
4.3 RELACIONAMENTO DE BASE DE DADOS
Dada a incompletitude das informações sobre a gravidez, parto e do recém-nascido
constante na caderneta de acolhimento da criança consultada pelos entrevistadores durante a
entrevista com as mães, o banco de dados do estudo com as informações individuais foi
relacionado com a base de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC)
disponibilizado pelo DATASUS. Nessa fase do relacionamento dos bancos foi utilizada a
variável número da Declaração de Nascido Vivo (DNV) sendo obtido um número de pares
correspondentes a cerca de 50% dos registros do banco de dados do estudo. Após esta fase foi
solicitado à Secretaria Municipal do Rio de Janeiro a base de dados do SINASC com a
informação do nome da mãe do nascido vivo referente ao ano de 2007. A partir deste
momento, para fazer o relacionamento entre os bancos de dados do estudo e do SINASC
nominal, foi pré-estabelecido um padrão de nome, ou seja, todos seriam digitados em letra
maiúscula e sem acentos. Para realizar este procedimento foi utilizada uma programação de
Visual Basic de Office (VBA), no qual se transformaram todos os nomes no padrão préestabelecido. Com esse segundo relacionamento, o número de pares alcançou cerca de 85%
dos registros do banco de dados do estudo. Adicionalmente, com a base municipal nominal do
SINASC referente ao mês de dezembro de 2006, mais 5% dos registros foram relacionados,
totalizando aproximadamente 90% do banco de dados do estudo.
Como algumas crianças residiam em outro município do Estado do Rio de Janeiro na
22
ocasião do nascimento, a partir das informações do número da DNV e o nome da mãe dos
recém-nascidos constantes no banco de dados do estudo foram solicitados à Secretaria
Estadual do Rio de Janeiro, os respectivos registros do banco de dados estadual do SINASC.
Uma vez identificados esses registros foi gerado um banco de dados reduzido que então foi
relacionado ao banco de dados do estudo. No final, foram relacionados 96% dos registros do
banco de dados do estudo com os registros do SINASC.
4.4 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE
Para o presente estudo são elegíveis todos os menores de seis meses de idade avaliados
pela pesquisa “Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses na rede
SUS do município do Rio de Janeiro”.
O critério de inclusão desse estudo foi não prematuridade (idade gestacional ≥ 37
semanas). Foram excluídas as crianças com ausência de informações sobre idade gestacional
ou peso ao nascer (fonte de informação: SINASC) ou ausência da informação sobre o peso
pós-natal da criança relatado pela mãe (fonte de informação: entrevista). A opção pela
exclusão dos prematuros deveu-se ao interesse em estudar o crescimento de crianças com
baixo peso ao nascer devido ao mecanismo único de desnutrição intrauterina. Das 1082
crianças avaliadas no inquérito, 868 foram consideradas elegíveis para o presente estudo.
4.5 DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS
O desfecho analisado foi o peso da criança (em gramas) relatado pela mãe após a
aferição no dia da entrevista, denominada peso pós-natal. A exposição principal foi uma proxy
de desnutrição intrauterina (não prematuros com peso ao nascer inferior a 2500 gramas).
As co-variáveis que representam as características maternas foram agrupadas em: 1.
características demográficas e socioeconômicas: idade (< 20 anos; 20-34 anos; ≥ 35 anos),
raça/cor (branca; parda, preta ou outras), situação conjugal (com companheiro,
independentemente dele residir no domicílio; sem companheiro), saber ler e escrever (sim;
não ou o fazem precariamente), renda de trabalho, de pensão, de aposentadoria, de biscate, de
bolsa família ou outra (sim; não); 2. história reprodutiva materna: paridade (primípara;
multípara) e aborto (0; 1; 2 ou mais); 3. características da gravidez e do parto: tipo de
gravidez (única; gemelar), tipo de parto (vaginal; cesáreo) e adequação do pré-natal (não fez
pré-natal e inadequado; intermediário; adequado e mais que adequado).
23
A adequação ao pré-natal foi baseada no índice de Kotelchuck modificado (LEAL et
al, 2004). Este índice avalia o número de consultas de pré-natal, baseado no mês de início do
pré-natal e na proporção de consultas observadas sobre o número de consultas esperadas, de
acordo com a idade gestacional no nascimento.
As co-variáveis referentes às crianças foram: sexo (masculino; feminino), idade (0 a <
1 mês; 1 a < 2 meses; 2 a < 3 meses; 3 a < 4 meses; 4 a < 5 meses; 5 a < 6 meses), tipo de
amamentação (não se aplica, no caso de infecção materna pelo vírus da imunodeficiência
humana – HIV+ ou não informado; aleitamento materno exclusivo; aleitamento materno
predominante: leite materno mais água ou chá; aleitamento materno complementado: leite
materno mais outro leite; não mama mais), frequencia à creche (sim; não), história de
internação até o dia da entrevista (sim; não). Esta última variável refere-se a alguma
internação após a alta da maternidade, não considerando a do nascimento.
As variáveis segundo as características e fonte de informação, tipo de variável e
respectivas categorias são apresentadas no quadro 1.
Quadro 1 – Distribuição das variáveis segundo modelo teórico de explicação (desfecho, exposição principal e
co-variáveis), fonte de informação tipo e, quando for o caso, respectivas categorias.
Variável (fonte de informação)
Tipo
Categorias
Desfecho
Peso pós-natal em gramas (inquérito)
Contínua
---
Exposição Principal
Proxy de desnutrição intrauterina
(SINASC1)
Categórica ordinal
1.< 2500 g
2. ≥ 2500 g
Co-variáveis
Maternas
atuais
(inquérito)
Sócioeconômica
atual
(inquérito)
Idade (anos)
Categórica ordinal
1. < 20
2. 20-34
3. ≥ 35
Cor
Categórica
1. branca
2. parda, preta ou outras
Saber ler e escrever
Categórica ordinal
1. sim
2. não ou o fazem
precariamente
Situação Conjugal
Categórica
1. com companheiro
2. sem companheiro
Renda de trabalho, de
pensão, de aposentadoria,
Categórica
de biscate, de bolsa família
ou outra
1. sim
2. não
24
Co-variáveis (continuação)
História
reprodutiva
materna
(inquérito)
Paridade
Categórica ordinal
1. primípara
2. multípara
Aborto
Categórica ordinal
1. 0
2. 1
3. 2 ou mais
Categórica
1. única
2. gemelar
3. ignorado
Categórica
1. vaginal
2. cesário
3. ignorado
*
Tipo de gravidez
Gravidez e
parto
(SINASC1* e
inquérito**)
*
Tipo de parto
Adequação do pré-natal2** Categórica
1. não fez pré-natal e
inadequado
2. intermediário
3. adequado e mais que
adequado
Sexo
Categórica
1. masculino
2. feminino
Categórica ordinal
1.< 1
2. ≥ 1 e < 2
3. ≥ 2 e < 3
4. ≥ 3 e < 4
5. ≥ 4 e < 5
6. ≥ 5 e < 6
Tipo de amamentação
Categórica
1.não se aplica (HIV+)
ou não informado
2. aleitamento materno
exclusivo
3. aleitamento materno
predominante (leite
materno + água, chá
4.aleitamento materno
complementado (leite
materno + outro leite
5.não mama mais
Creche
Categórica
1. sim
2. não
Internação até o dia da
entrevista
Categórica
1. sim
2. não
Idade (meses)
Bebê
(inquérito)
1
2
SINASC: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos.
Leal et al, 2004.
25
4.6 ANÁLISE DOS DADOS
A descrição da população de estudo segundo as características maternas e da criança
foi realizada com o cálculo de proporções para as variáveis categóricas e das estatísticas
sumárias para as variáveis contínuas, apresentadas em forma tabular e gráfica. O peso ao
nascer (em gramas) foi analisado de forma exploratória como uma variável contínua e uma
variável categórica (< 2500gramas; 2500 a 3999gramas; ≥ 4000gramas).
Para a realização da análise estatística, cada elemento da amostra recebeu uma
ponderação pelo inverso de sua probabilidade de seleção. Posteriormente, os valores obtidos
de peso foram padronizados multiplicando cada peso não padronizado por um fator k. Esse
fator k foi calculado dividindo o tamanho total da amostra pela soma dos pesos não
padronizados (SOUSA e SILVA, 2003). Foi utilizado o software Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS versão 17.0).
Para analisar o efeito individual da exposição principal e de cada co-variáveis no peso
pós-natal, aplicou-se aos dados modelos de regressão linear múltipla, sempre controlados pela
idade e sexo do bebê. As variáveis que apresentaram, pelo teste t de Student, coeficientes de
regressão com um nível de significância estatística inferior 20% foram selecionadas para a
análise multivarida. A comparação entre os modelos baseou-se nos valores dos coeficientes de
determinação (R2). No modelo final multivariado foram retidas as variáveis com coeficientes
de regressão estatisticamente significantes no nível de 5%. Os pressupostos da modelagem,
linearidade, homocedasticidade e normalidade foram verificados para cada modelo ajustado.
4.7 ASPECTOS ÉTICOS
Foram seguidas as orientações da Resolução nº 196, norteadora das recomendações do
Ministério da Saúde para desenvolvimento de pesquisas em seres humanos (BRASIL, 2003).
Todas as mães que concordaram em participar da pesquisa assinaram um termo de
consentimento livre e esclarecido, o qual o modelo encontra-se em anexo (anexo A).
O acesso ao banco de dados foi restrito aos pesquisadores participantes do estudo
“Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses na rede SUS do
município do Rio de Janeiro” aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da ENSP/Fiocruz
(número do parecer nº 132/06) e foi realizado com as informações de login e senha do
pesquisador no sítio eletrônico do portal da ENSP (www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/).
O presente sub-projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de
26
Estudos em Saúde Coletiva (IESC/UFRJ) (número do parecer nº 13/2011).
4.8 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
O resultado deste trabalho será apresentado na forma de um artigo:
Artigo: Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal em menores de seis
meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do
município do Rio de Janeiro, 2007.
Resultados complementares são apresentados no anexo C.
27
5 ARTIGO
Associação entre desnutrição intrauterina e peso pós-natal em menores de seis
meses assistidos pelas unidades de atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde do
município do Rio de Janeiro, 2007.
28
Introdução
O crescimento é um processo contínuo que se inicia na concepção e cuja velocidade é
determinada, provavelmente, pela interação entre o potencial genético, a nutrição materna e o
tamanho do corpo materno, além de fatores perinatais como os ambientais, socioeconômicos e
culturais e fatores pós-natais como a nutrição e a carga de infecção1,2. Após o período
neonatal, o ganho de peso prossegue no mesmo ritmo rápido em que vinha ocorrendo na fase
intrauterina até a 13a semana de vida pós-natal. A partir daí o peso continua aumentando,
porém em velocidade decrescente3.
A desnutrição intrauterina ou fetal (crescimento intrauterino restrito) é definido como
um desvio do padrão de crescimento fetal abaixo do esperado, sendo causado por múltiplos
efeitos adversos sobre o feto4. Barker5 desenvolveu a hipótese da programação fetal na qual a
desnutrição intrauterina determina mudanças permanentes na estrutura, fisiologia e no
metabolismo do feto levando a um maior risco de desenvolvimento de doenças crônicodegenerativas no ciclo da vida.
A desnutrição intrauterina, o encurtamento da gestação (prematuridade) ou ambos são
mecanismos que levam ao baixo peso ao nascer6, definido como peso de nascimento inferior a
2500 gramas7. Nos estudos sobre programação fetal, o baixo peso ao nascer tem sido utilizado
como um marcador de desnutrição intrauterina5,8.
No período pós-natal, o processo de recuperação do crescimento dos recém nascidos
que sofreram desnutrição intrauterina é descrito por um aumento da velocidade de
crescimento, ou seja, a ocorrência do crescimento de recuperação (catch-up)9. Este pode
ocorrer em qualquer fase do crescimento, mas é mais comumente observado nos primeiros
dois anos de vida, pronunciando-se no crescimento pós-natal e é frequentemente visto após
um crescimento intrauterino restrito grave10. Alguns estudos apontam que o crescimento de
recuperação pós-natal, mais do que a desnutrição intrauterina seria um fator de risco para o
desenvolvimento de obesidade e doenças crônico-degenerativas no ciclo da vida8.
O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre desnutrição intrauterina e
peso pós-natal considerando-se as características socioeconômicas, maternas, da gravidez, do
parto e das crianças em menores de seis meses de idade não prematuros assistidos em
unidades básicas do Sistema Único de Saúde do município do Rio do Janeiro em 2007.
29
Metodologia
Esse estudo está inserido na pesquisa interinstitucional “Avaliação da qualidade da
assistência à criança menor de seis meses na rede SUS do Município do Rio de Janeiro”,
desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) com
participação de pesquisadores da Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Saúde do
Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, aprovado pelo Comitê de
Ética e Pesquisa da ENSP/Fiocruz (número do parecer nº 132/06).
Trata-se de um estudo transversal no qual foram avaliadas 1.082 crianças menores de
seis meses de idade que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde
do Sistema Único de Saúde no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007.
O plano amostral foi realizado em dois estágios. No primeiro foram sorteadas as
unidades básicas de saúde e, o segundo estágio compreende a seleção das crianças que
fizeram parte do estudo em cada uma das unidades selecionadas no primeiro estágio.
As unidades básicas de saúde foram selecionadas de forma sistemática através da
combinação de dois fatores, a saber: a distância euclidiana calculada a partir das coordenadas
geográficas dos estabelecimentos de saúde em relação ao Centro Administrativo do município
do Rio de Janeiro e a frequência acumulada do número médio mensal de consultas em
crianças menores de seis meses de idade no primeiro semestre de 2005, construída após a
ordenação das unidades segundo as distâncias, de maneira que fosse produzida uma amostra
geograficamente representativa do município do Rio de Janeiro. Assumiu-se que, de modo
geral, quanto mais próxima do Centro Administrativo do município do Rio de Janeiro for a
unidade de saúde, melhor será a qualidade da atenção à criança menor de seis meses de idade.
O tamanho amostral total da pesquisa foi calculado assumindo-se uma prevalência de
inadequação do cuidado à criança de 50%; uma precisão relativa de 13% do estimador e um
nível de confiança de 95% totalizando 1080 entrevistas, sendo 40 em cada uma das 27
unidades.
Os dados foram obtidos por meio de entrevistas com a mãe, consulta ao cartão de
acolhimento e a caderneta de saúde da criança. Toda a coleta de dados foi realizada por
profissionais e estudantes da área de saúde previamente treinados e sob a supervisão de
profissionais com formação em Saúde Pública. O instrumento foi avaliado e pré-testado
durante o treinamento de campo da equipe de entrevistadores e no estudo piloto. Os
30
questionários foram revisados e codificados por um profissional de nível superior previamente
treinado.
Dada a incompletude das informações sobre a idade gestacional, critério de
elegibilidade desse estudo, o banco de dados do inquérito foi relacionado com a base de dados
do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC): 50% dos registros a partir da
informação número da Declaração de Nascido Vivo (DNV) informado no cartão de
acolhimento ou na caderneta de saúde da criança, 35% e 5% a partir da informação nome da
mãe do nascido vivo, respectivamente, no ano de 2007 e em dezembro de 2006, e 6%
referentes aos nascimentos no Estado do Rio de Janeiro, excetuando-se a capital (96% dos
registros foram relacionados).
O critério de inclusão desse estudo foi não prematuridade (idade gestacional ≥ 37
semanas) evitando-se assim o efeito do encurtamento da gestação (prematuridade, menos de
37 semanas de gestação) sobre o peso ao nascer. Foram excluídas as crianças com ausência de
informações sobre idade gestacional ou peso ao nascer ou ausência da informação sobre o
peso pós-natal da criança relatado pela mãe.
O desfecho analisado foi o peso da criança (em gramas) relatado pela mãe após a
aferição no dia da entrevista, denominado peso pós-natal. A exposição principal foi uma
proxy de desnutrição intrauterina (não prematuros com peso ao nascer inferior a 2500
gramas).
As co-variáveis que representam as características maternas foram agrupadas em: 1.
características demográficas e socioeconômicas: idade (< 20 anos; 20-34 anos; ≥ 35 anos),
raça/cor (branca; parda, preta ou outras), situação conjugal (com companheiro,
independentemente dele residir no domicílio; sem companheiro), saber ler e escrever (sim;
não ou o fazem precariamente), renda de trabalho, de pensão, de aposentadoria, de biscate, de
bolsa família ou outra (sim; não); 2. história reprodutiva materna: paridade (primípara;
multípara) e aborto (0; 1; 2 ou mais); 3. características da gravidez e do parto: tipo de
gravidez (única; gemelar), tipo de parto (vaginal; cesáreo) e a adequação do pré-natal (não fez
pré-natal e inadequado; intermediário; adequado e mais que adequado).
A adequação ao pré-natal foi baseada no índice de Kotelchuck modificado11. Este
índice avalia o número de consultas de pré-natal, baseado no mês de início do pré-natal e na
proporção de consultas observadas sobre o número de consultas esperadas, de acordo com a
idade gestacional no nascimento. Neste estudo agregamos as categorias extremas (não fez prénatal com inadequado e adequado com mais que adequado).
As co-variáveis referentes às crianças foram: sexo (masculino; feminino), idade (0 a <
31
1 mês; 1 a < 2 meses; 2 a < 3 meses; 3 a < 4 meses; 4 a < 5 meses; 5 a < 6 meses), tipo de
amamentação (não se aplica, no caso de infecção materna pelo vírus da imunodeficiência
humana – HIV+ ou não informado; aleitamento materno exclusivo; aleitamento materno
predominante: leite materno mais água ou chá; aleitamento materno complementado: leite
materno mais outro leite; não mama mais), frequencia à creche (sim; não), história de
internação até o dia da entrevista (sim; não). Esta última variável refere-se a alguma
internação após a alta da maternidade, não considerando a do nascimento.
A fonte de informações sobre o peso ao nascer, o tipo de gravidez e o tipo de parto foi
o SINASC e as demais informações foram obtidas por meio de entrevista no inquérito.
A descrição da população de estudo segundo as características maternas e da criança
foi realizada com o cálculo de proporções para as variáveis categóricas e das estatísticas
sumárias para as variáveis contínuas, apresentadas em forma tabular e gráfica. O peso ao
nascer (em gramas) foi analisado de forma exploratória como uma variável contínua e uma
variável categórica (< 2500gramas; 2500 a 3999gramas; ≥ 4000gramas).
Para a realização da análise estatística, cada elemento da amostra recebeu uma
ponderação pelo inverso de sua probabilidade de seleção. Posteriormente, os valores obtidos
de peso foram padronizados multiplicando cada peso não padronizado por um fator k. Esse
fator k foi calculado dividindo o tamanho total da amostra pela soma dos pesos não
padronizados12. Foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS
versão 17.0)13.
Para as análises multivariadas com uma única co-variável, controlada pela idade e
sexo do bebê aplicou-se aos dados modelos de regressão linear múltipla. As variáveis que
apresentaram, pelo teste t de Student, coeficientes de regressão com um nível de significância
estatística inferior 20% foram selecionadas para a análise multivarida. A comparação entre os
modelos baseou-se nos valores dos coeficientes de determinação (R2). No modelo final
multivariado foram retidas as variáveis com coeficientes de regressão estatisticamente
significantes no nível de 5%. Os pressupostos da modelagem, linearidade, homocedasticidade
e normalidade foram verificados para cada modelo ajustado.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de Estudos em
Saúde Coletiva/UFRJ (número do parecer no 13/2011).
32
Resultados
Das 1082 crianças avaliadas no inquérito, 1026 crianças (94,8%) apresentavam a
informação sobre a idade gestacional sendo a prevalência de prematuridade 6,3%. Para o
estudo foram selecionadas 956 crianças não prematuras, todas com informação sobre o peso
ao nascer (SINASC) e 88 que não tinham a informação do peso pós-natal relatado pela mãe
foram excluídas. A população de estudo totalizou 868 crianças.
Na tabela 1 são apresentadas as características maternas da população de estudo.
Predominaram crianças filhas de mães entre 20 a 34 anos (70,6%), de cor parda, preta ou
outras (71,7%) e que tinham companheiro (86,4%). Quanto à escolaridade, 5,4% das mães
declararam não saber ler nem escrever ou que o faziam precariamente e 50,2% das mães
relataram dispor de renda obtida através de trabalho próprio ou outra fonte de benefícios.
Quanto à história reprodutiva, 55,6% e 24,0% das crianças eram, respectivamente,
filhas de mães multíparas e que tinham história prévia de aborto. A gravidez de feto único
representou 99,6% e o parto vaginal 64,2%. A qualidade do pré-natal apresentou-se adequada
ou mais que adequada em 60,7% dos casos (Tabela 1).
A distribuição das crianças segundo sexo não apresentou diferença. Com relação à
idade, predominaram crianças com 1 a 2 meses (22,1%), 2 a 3 meses e 3 a 4 meses (ambos
cerca de 20%). As menores freqüências corresponderam aos extremos etários, 11,2% e 11,8%,
respectivamente, com menos de 1 mês, e com 5 a 6 meses de idade no momento do inquérito
(Tabela 2).
Para cada cem crianças da população de estudo cerca de 4 sofreram desnutrição
intrauterina, ou seja, nasceram com peso abaixo de 2500 gramas, 90,6% nasceram com peso
entre 2500 a 3999 gramas e 5,0% com sobrepeso ( 4000 gramas). O aleitamento materno
complementado (leite materno associado a outro leite) e o aleitamento materno exclusivo
predominaram entre as crianças, respectivamente, 36,4% e 33,9%. 98,3% das crianças não
freqüentavam creches e 91,5% nunca tinham sido internadas (Tabela 2).
33
Tabela1 – Descrição das crianças não prematuras com até seis meses de idade, segundo características maternas,
que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde (total
868) no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007.
Características demográficas e socioeconomicas
Idade (anos)
10 a 19
20 a 34
35 ou mais
Raça/Cor
Branca
Parda, preta ou outras
Situação Conjugal
Com companheiro
Sem companheiro
Mãe sabe ler
Sim
Não
Renda de trabalho ou outra fonte
Sim
Não
História reprodutiva
Paridade
Primípara
Multípara
Aborto
0
1
2 ou mais
Características da Gravidez e do Parto
Tipo de Gravidez
Única
Gemelar
Ignorado
Tipo de parto
Vaginal
Cesáreo
Ignorado
Adequação ao pré-natal
Não fez pré-natal e inadequado
Intermediário
Adequado ou mais do que adequado
Ignorado
n
%
175
613
80
20,2
70,6
9,2
246
622
28,3
71,7
750
118
86,4
13,6
821
47
94,6
5,4
436
432
n
50,2
49,8
%
385
483
44,4
55,6
659
167
42
n
75,9
19,2
4,8
%
864
3
1
n
557
308
3
99,6
0,3
0,1
%
64,2
35,5
0,3
109
227
527
5
12,5
26,2
60,7
0,6
34
Tabela 2 – Descrição da população de estudo (total 868 menores de seis meses de idade) segundo características
infantis no município do Rio de Janeiro, junho a setembro de 2007.
Características infantis
Sexo
Masculino
Feminino
Idade (meses)
0a<1
1a<2
2a<3
3a<4
4a<5
5a<6
Peso ao nascer (gramas)
<2500
2500 a 3999
≥ 4000
Desnutrição intrauterina < 2500
Sim
Não
Tipo de Amamentação
Não se aplica (HIV+) ou não informado
Aleitamento materno exclusivo
Aleitamento materno predominante*
Aleitamento materno complementado**
Não mama mais
Frequenta creche
Sim
Não
Internação
Sim
Não
Ignorado
*leite materno + água, chá; **leite materno + outro leite.
n
%
434
434
50,0
50,0
97
192
175
171
131
102
11,2
22,1
20,2
19,7
15,1
11,8
38
787
43
4,4
90,6
5,0
38
830
4,4
95,6
4
294
170
316
84
0,5
33,9
19,6
36,4
9,7
15
853
1,7
98,3
71
794
3
8,2
91,5
0,3
35
A curva de distribuição do peso ao nascer segue uma distribuição de probabilidade
normal com uma amplitude reduzida. A média e o desvio padrão do peso ao nascer foram,
respectivamente, de 3.232 ± 455 gramas (Gráfico 1).
Gráfico 1 – Distribuição do peso ao nascer em gramas de não prematuros com até seis meses de idade que
demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde no município
do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007.
Frequência
Média = 3232,0g
DP = 455,0g
N = 868
Peso ao nascer
As prevalências de desnutrição intrauterina segundo faixa etária foram 3,1% (0 até 1
mês incompleto), 3,6% (de 1 até 2 meses incompletos), 4,0% (de 2 até 3 meses incompletos),
5,8% (de 3 até 4 meses incompletos), 2,3% (de 4 até 5 meses incompletos) e 6,9% (de 5 até 6
meses incompletos).
A figura 1 apresenta a distribuição do peso pós-natal da criança relatado pela mãe no
dia da entrevista segundo faixa etária. Observa-se que, as curvas também seguem uma
distribuição de probabilidade normal independentemente da categoria de idade e, à medida
que a população envelhece, há um achatamento das curvas e um discreto desvio à direita.
36
Frequência
Idade da criança categorizada
Peso da criança relatado pela mãe no dia da entrevista
Figura 1 – Distribuição do peso pós-natal em gramas de não prematuros com até seis meses de idade segundo
faixa etária que demandaram atendimento pediátrico em 27 unidades básicas de saúde do Sistema Único de
Saúde no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de 2007.
As médias e os desvios padrão do peso pós-natal por faixa etária do bebê
apresentaram-se crescentes segundo idade, independentemente da presença de desnutrição
intrauterina: cerca de 3.884 gramas (DP: ± 56,8) de 0 até 1 mês incompleto, 4.757 gramas
(DP: ± 56,0) de 1 até 2 meses incompletos, 5.659 gramas (DP: ± 61,3) de 2 até 3 meses
incompletos, 6.512 gramas (DP: ± 71,5) de 3 a 4 meses incompletos, 6.937 gramas (DP: ±
73,0) de 4 até 5 meses incompletos e 7583 gramas (DP: ± 100,0) de 5 até 6 meses
incompletos.
As médias do peso pós-natal de bebês que sofreram desnutrição intrauterina foram
inferiores àquelas correspondentes aos que não sofreram, em todas as faixas etárias (em média
-1.113,7 gramas). Essa diferença foi relativamente pequena (-149,18 gramas) apenas na faixa
etária de 4 até 5 meses incompletos.
Dentre as co-variáveis analisadas separadamente, as que apresentaram associação
estaticamente significante (ao nível de 20%) com o peso pós-natal, ajustado pela idade e sexo
da criança foram: desnutrição intrauterina, renda de trabalho ou outra fonte, mãe sabe ler e
escrever, idade materna, situação conjugal, paridade e tipo de gravidez.
O melhor modelo testado na análise de regressão linear múltipla para explicar o peso
pós-natal dos bebês (coeficiente de determinação: R2= 71,9%) foi o que incluiu as seguintes
37
variáveis explicativas com um nível de significância estatística de 5%: desnutrição
intrauterina e paridade, ajustadas pela idade e sexo do bebê no dia da entrevista (Tabela 3).
Tabela 3 – Estimativas da regressão linear múltipla para o peso pós-natal da criança segundo as variáveis
associadas numa amostra de menores de seis meses de idade que demandaram atendimento pediátrico em 27
unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde no município do Rio de Janeiro de junho a setembro de
2007.
Coeficiente de Regressão
Linear*
7994,7
Intercepto
Desnutrição intrauterina
Sim
Não
Idade do bebê (meses)
0a<1
1a<2
2a<3
3a<4
4a<5
5a<6
Sexo do bebê
Feminino
Masculino
Paridade
Primípara
Multípara
*teste t de Student (p<0,05)
Coeficiente de determinação (R2)= 71,9%
IC95%
(7689,8; 8299,6)
-943,1
1
(-1205,9; -680,2)
-3830,7
-2946,6
-1994,1
-1226,3
-776,0
1
(-4205,0; -3456,4)
(-3280,5; -2612,7)
(-2344,7; -1643,5)
(-1526,5; -926,2)
(-1125,6; -426,4)
-470,4
1
(-585,4; -355,4)
-164,9
1
(-164,9; -75,7)
Considerando-se o modelo final selecionado, crianças que sofreram desnutrição
intrauterina apresentam em média um peso pós-natal 943,1 gramas menor do que aquelas que
não sofreram desnutrição intrauterina. À medida que a idade do bebê (de zero a < 5 meses)
aumenta, as diferenças do peso pós-natal em relação aqueles com maior idade (de 5 a < 6
meses) diminuem, em média: menos 3830,7 gramas (0 a < 1 mês), menos 2946,6 gramas (1 a
< 2 meses), menos 1994,1 gramas (2 a < 3 meses), menos 1226,3 gramas (entre 3 a < 4
meses) e com menos 776,0 gramas (4 a < 5 meses). Os bebês do sexo feminino são em média
mais leves 470,4 gramas do que os do sexo masculino. Quanto à paridade, filhos de mães
primíparas pesaram em média 164,9 gramas a menos do que os filhos de mães multíparas
(Tabela 3).
Discussão
A partir dos resultados deste estudo podemos observar que a desnutrição intrauterina
desfavoreceu o peso pós-natal das crianças em todas as faixas etárias. O peso pós-natal,
38
ajustado pelo sexo e idade da criança e paridade materna, entre os que sofreram e não
sofreram desnutrição intrauterina foi menor, em média, -943,1 gramas.
Segundo Huttly et al14, nascer com peso inferior a 2500 gramas constitui um
expressivo fator de risco para o subsequente crescimento das crianças. Em geral, a condição
de nascer de baixo peso contribui para o déficit de crescimento e desenvolvimento pós-natal,
dificultando a amamentação dessas crianças e tornando-as mais vulneráveis à ocorrência de
doenças frequentes, repetidas e prolongadas com sequelas de fundamental importância,
muitas vezes, conduzindo à morte. Motta et al15 relatam que as crianças com baixo peso ao
nascer estão em desvantagem em relação ao crescimento físico, quando comparadas às de
peso de nascimento adequado, e são mais vulneráveis às infecções.
Eickmann et al16 analisaram o modelo de crescimento de 148 crianças não prematuras
até os dois anos de idade numa coorte de nascimento de residentes na Zona da Mata
Meridional do Estado de Pernambuco (Recife) em 1993/94. Foi observada uma aceleração
inicial do crescimento até os seis meses de idade seguida de uma desaceleração atingindo uma
redução máxima aos 12 meses, com recuperação discreta aos dois anos de vida. A aceleração
inicial do crescimento foi mais pronunciada nas crianças de baixo peso (de 1500 a 2499
gramas), mas ainda assim, elas permaneceram com peso e comprimento inferiores as crianças
que nasceram com peso adequado (entre 3000 e 3499 gramas) ajustado pelas condições
socioeconômicas e a ocorrência de diarréia nos primeiros seis meses de vida. Nos estudos de
coorte de recém-nascidos a termo17 e de gestantes e seus filhos recém-nascidos18 também foi
observada uma aceleração compensatória do crescimento, especialmente nos seis primeiros
meses de vida de crianças com baixo peso, porém, a maioria delas permaneceu menor e mais
magra do que as crianças com peso adequado, mantendo um crescimento paralelo entre os
dois grupos.
Na população de estudo analisada, bebês filhos de mães primíparas apresentaram-se
em média com cerca de -164,9 gramas a menos do que os filhos de mães multíparas,
corroborando com os resultados encontrados em outros estudos. No estudo em maternidades
públicas em Salvador (Bahia) foi encontrado que a primiparidade aumentou 85% a chance do
bebê ter sofrido desnutrição intrauterina20. O autor relaciona aos resultados desfavoráveis da
gestação de primíparas, a imaturidade biológica que leva a uma dificuldade de adaptação
anatômica e fisiológica do aparelho reprodutor e a uma redução da capacidade reprodutiva.
Outros autores relatam que a primiparidade só está associada ao crescimento intrauterino
restrito, quando a gestação ocorre nos extremos da vida reprodutiva da mulher, gestantes
menores de 20 e com 35 ou mais anos de idade21. Na cidade de Santo André (São Paulo), não
39
foi encontrada associação entre a ordem de nascimento e a frequencia de bebês pequenos para
idade gestacional22.
A vantagem do peso ao nascer sobre o crescimento infantil pode ser anulada por más
condições socioeconômicas23. No presente estudo, as variáveis relacionadas direta ou
indiretamente as condições socioeconômicas como, respectivamente, renda de trabalho ou
outra fonte de renda e mãe saber ler e escrever estiveram associadas ao peso pós-natal
ajustado por sexo e idade (p-valor < 0,2), mas não foram retidas no modelo final (p-valor ≥
0,05). O mesmo ocorreu com a variável situação conjugal que reflete o apoio social à mãe e
ao filho. A entrada de variáveis proximais ao desfecho podem ter minimizado o efeito das
variáveis distais como as condições socioeconômicas.
A escolaridade materna é uma co-variável fortemente associada com o crescimento
das crianças, já que muitas vezes se apresenta como um fator independente da renda e que tem
contribuído para aumentar significativamente as chances das crianças apresentarem retardo de
crescimento, principalmente, no caso de mães de baixa escolaridade e/ou sem instrução24.
Como a escolaridade, o trabalho materno sob a forma de recursos percebidos, mostrou-se
associado ao maior ganho de peso infantil24. Da mesma forma, a coabitação com o pai da
criança também constitui fator de favorecimento ao adequado crescimento da criança25,26.
Em nosso estudo, a variável idade materna não esteve estatisticamente associada no
nível de significância menor que 5% com o peso pós-natal das crianças, o que contraria
estudos que demonstram que filhos de mães adolescentes pesam menos que filhos de mães
adultas. Vieira et al19 que descreveram que o crescimento infantil, aferido em peso e em
índice de massa corporal (IMC), de filhos de mães adultas (≥ 20 anos) foi ligeiramente maior
quando comparados aos filhos de mães adolescentes (< 20 anos).
Alguns potenciais fatores de risco do crescimento infantil, considerados em nossa
análise como potenciais confundidores, tipo de amamentação e ocorrência de internação, não
apresentaram associação estatística (p-valor < 0,2) nos modelos de regressão controlados por
sexo e idade do bebê.
A mudança do papel social da mulher, caracterizada pelo aumento de suas atividades e
pelo trabalho fora de casa, pode privar a criança dos cuidados maternos, tão importantes no
primeiro ano de vida. Estas transformações sociais, que incorporam a mulher cada vez mais
ao mercado de trabalho, torna mais frequente entre outros fatores a utilização de creches e o
desmame precoce do aleitamento materno exclusivo19. Este último, se não for bem orientado
pode aumentar a chance de doenças infecciosas e a possibilidade de internação hospitalar
prejudicando o crescimento da criança.
40
O aleitamento materno também caracteriza-se por ser um dos fatores que influenciam
o crescimento infantil, embora alguns estudos apresentem resultados controversos2. No ensaio
clínico desenvolvido por Kramer e colaboradores27, concluiu-se que crianças com maior
duração da amamentação exclusiva podem acelerar o ganho de peso e de comprimento nos
primeiros meses de vida, sem nenhum déficit aos 12 meses. No estudo de coorte de
nascimento de crianças assistidas pelo Programa Médico de Família em Campina Grande
(Paraíba), não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre as crianças com ou
sem aleitamento materno em relação à média de peso e de comprimento avaliados aos 3, 6 e
12 meses de idade, entretanto, deve-se ressaltar o pequeno tamanho de amostra do estudo,
apenas 118 recém-nascidos28. Em nosso estudo, o tipo de aleitamento materno ajustado pelo
sexo e idade não esteve associado ao peso pós-natal da criança (p-valor ≥ 0,20).
Acredita-se que esse estudo tenha contribuído para metodologia de estudos sobre
programação fetal. O marcador de desnutrição intrauterina mais utilizado nesses estudos é o
baixo peso ao nascer5,8. Entretanto, este marcador não exclui a prematuridade, aumentando o
número de falsos positivos e diminuindo sua validade. Em nosso estudo, utilizamos como
proxy de desnutrição intrauterina (baixo peso ao nascer em não prematuros) uma definição
mais específica embora ainda possa ter problemas de validade. Crianças que nasceram a
termo com o peso próximo a 2500 gramas, podem ter sofrido desnutrição intrauterina, (falsos
negativos). Entretanto, acredita-se que tal situação, se de fato ocorreu na nossa população de
estudo, deve ser em número reduzido.
Há uma grande preocupação metodológica nos estudos de programação fetal que
utilizam a variável peso, em diferentes momentos da vida (variáveis dependente e
independentes no mesmo modelo), pois peso ao nascer faz parte do peso subseqüente
(crescimento de recuperação, peso pós-natal, ganho de peso etc.). Em nosso estudo, optamos
por não utilizar o peso ao nascer como variável explicativa contínua, pois o objetivo foi
apenas classificar as crianças como tendo sofrido ou não desnutrição intrauterina e não
explicar a variação do peso pós-natal em função da variação do peso ao nascer. Apesar da
proxy de desnutrição intrauterina ser baseada no peso ao nascer acreditamos que possa ter
minimizado o problema metodológico descrito anteriormente.
Dada a natureza transversal dos dados com uma única medida de peso pós-natal em
crianças com diferentes idades não foi possível analisar a velocidade de crescimento no
primeiro semestre de vida. Sendo assim, não foi possível investigar o crescimento de
recuperação entre as crianças os que sofreram desnutrição intrauterina. A natureza transversal
dos dados também traz problemas de validade interna, como o viés de sobrevivência. É
41
possível que crianças com crescimento intrauterino restrito tenham maior probabilidade de
aborto, natimortalidade e mortalidade infantil, o que leva à uma sub-representação da
frequencia de desnutrição intrauterina na população de estudo e conseqüentemente, o
enfraquecimento da sua associação com o peso pós-natal.
Outro problema de validade interna que pode ter ocorrido é o erro de classificação da
idade gestacional que é um critério de elegibilidade no estudo. Essa informação encontra-se
sob a forma de categorias na Declaração de Nascido Vivo até o ano de 2009 e não há registro
sob a forma de aferição, por exemplo, data da última menstruação ou ultrassonografia. A
direção da associação principal investigada na presença desse viés é difícil de assegurar.
Com o recente aprimoramento do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos29
serão possíveis mais estudos fundamentados na programação fetal utilizando dados
secundários retrospectivos para construção de marcadores de desnutrição intrauterina e para o
controle de potenciais confundidores perinatais.
Em suma, sobre o crescimento infantil podemos concluir que a assistência pré-natal
apropriada é de extrema importância para a prevenção da desnutrição intrauterina,
favorecendo o crescimento adequado antes e depois do nascimento e minimizando a carga de
doenças no ciclo da vida.
Referências
1. Stein AD. Birtheweight and the developmente of overweight and obesity. In: LANGLEYEVANS SC. Fetal Nutrition and Adult Disease. Programming of Chronic Disease through
Fetal exposure to undernutrition. Oxfordshire, UK: CABI Publishing, 2004, p. 195-210.
2. Spyrides MHC, Struchiner CJ, Barbosa MTS, Kac G. Efeito das práticas alimentares sobre
o crescimento infantil. Rev Bras Saúde Matr Infant, v.5, n.2, p. 145-153, 2005.
3. Euclydes MP. Crescimento e desenvolvimento do lactente. In: _____. Nutrição do
Lactente: Base científica para uma alimentação adequada. Viçosa, 2 ed., 2000. p. 03-80.
4. Ornelas SL, Xavier CC, Colosimo EA. Crescimento de recém-nascidos pré-termo pequenos
para a idade gestacional. J Pediatr, v. 78, n. 3, p. 230-6, 2002.
5. Barker DJP. Mothers, Babies and Health in Later Life. London: Churchill Livingstone,
1998.
6. Monteiro CA, Benicio MHA, Ortiz LP. Tendência secular do peso ao nascer na cidade de
42
São Paulo (1976-1998). Rev Saúde Pública, v. 34, S. 26-40, 2000.
7. World Health Organization. WHO Expert Committee on Physical Status. Physical status:
the use and interpretation of anthropometry. WHO Tchnical repor Series, n. 854.
Geneva,1995.
8. Langley-Evans SC. Fetal Nutrition and Adult Disease. Programming of Chronic Disease
through Fetal exposure to undernutrition. Oxfordshire, UK: CABI Publishing, 2004.
9. Strauss RS, Dietz WH. Effects of intrauterine growth retardation in premature infants on
early childhood growth. J Pediatr, v. 130, p. 95-102, 1997.
10. Ong KKL, Ahmed ML, Emmett PM, Preece MA, Dunger DB. Association between
postnatal catch-up growth and obesity in childhood: prospective cohort study. BMJ, v. 320, p.
967-71, 2000.
11. Leal MC, Gama SGN, Ratto KMN, Cunha CB. Uso do índice de Kotelchuck modificado
na avaliação da assistência pré-natal e sua relação com as características maternas e o peso do
recém-nascido no Município do Rio de Janeiro. Cad. Saúde Pública, v. 20, Supl 1, S. 67-72,
2004.
12. Sousa M.H, Silva NN. Estimativas obtidas de um levantamento complexo. Revista de
Saúde Pública, v. 37, n. 5, p. 662-670, 2003.
13. Statistical Package for the Social Sciences – SPSS Statistics 17 (Windows & Mac). Pacote
estatístico para ciências sociais, versão 17.0.
14. Huttly S, Victora CG, Barros FC, Vaughan JP. The timing of nutritional status
determination: implications for intervention and growth monitoring. Eur J Clin Nutr, v. 45,
p. 85-95, 1991.
15. Motta MEFA, Silva GAP, Araújo OC, Lira PI, Lima MC. O peso ao nascer influencia o
estado nutricional ao final do primeiro ano de vida? J Pediatr, v. 81, n. 5, p. 377-82, 2005.
16. Eickmann SH, Lima MC, Motta MEFA, Romani, SAM, Lira PIC. Crescimento de
nascidos a termo com peso baixo e adequado nos dois primeiros anos de vida. Rev. Saúde
Pública, v. 40, n. 6, p.1073-1081, 2006.
17. Dewey KG. Cross-cultural patterns of growth and nutritional status of breast-fed infants.
Am J Clin Nutr, v. 67, p. 10-17, 1998.
43
18. Schmidt MK, Muslimatun S, West CE, Schultink W, Gross R, Hautvast JGAJ. Nutritional
status and linear growth of Indonesian infants in West Java are determined more by prenatal
environment than by postnatal factors. J Nutr, v. 132, p. 2202-2207, 2002.
19. Vieira MLF, Bicalho GG, Silva JLCP, Barros Filho AA. Crescimento e desenvolvimento
de filhos de mães adolescentes no primeiro ano de vida. Revista Paulista de Pediatria, n. 25,
v. 4, p. 343-348, 2007.
20. Nunes MFFP. Fatores associados ao retardo de crescimento intra-uterino em recémnascidos em maternidades públicas da cidade de Salvador – Bahia. 2007. 204f. Tese
(Doutorado em Saúde Pública) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2007.
21. Sclowitz IKT, Santos IS. Fatores de risco na recorrência do baixo peso ao nascer, restrição
de crescimento intra-uterino e nascimento pré-termo em sucessivas gestações: um estudo de
revisão. Cad. Saúde Pública, v. 22, n. 6, p. 1129-1136, jun., 2006.
22. Almeida MFA, Jorge MHPM. Pequenos para idade gestacional: fator de risco para
mortalidade neonatal. Rev. Saúde Pública, v.32, n.3, p.217-224, 1998.
23. Victora, CG, Barros, FC, Vaugham, JP. Epidemiologia da desigualdade. São Paulo:
editora Hucitec, 3a edição, 2006.
24. Romani SAM, Lira PIC. Fatores determinantes do crescimento infantil. Rev. Bras. Saúde
Matern. Infant., v. 4, n. 1, p. 15-23, jan./mar., 2004.
25. Ashworth A, Morris SS, Lira PIC. Postnatal growth patterns of full-term low birth weight
infants in Northeast Brazil are related to socioeconomic status. J Nutr, v. 127, p. 1950-1956,
1997.
26. Desai S. Children at risk: the family structure in Latin America and West Africa. Popul
Dev Rev, v. 18, p. 689-717, 1992.
27. Kramer MS, Kakuma R. Optimal duration of exclusive breastfeeding. (Cochrane review).
In: The Cochrane Library, v. 4, CD003517. Oxford: Update Software; 2002.
28. Barros VO, Medeiros CCM, Cardoso MAA, Tavares JS, Carvalho DF, Cardoso MRA,
Paiva AA, Leite DFB. Aleitamento materno e crescimento de lactentes atendidos pelo
programa de saúde da família. Nutrire: Rev. Soc. Bras. Alim. Nutr., v. 33, n. 3, p. 111-121,
dez. 2008.
44
29. Mello Jorge MHP, Laurenti R, Gotlieb SBD. Análise da qualidade das estatísticas vitais
brasileiras: a experiência de implantação do SIM e do SINASC. Ciênc. saúde coletiva, Rio
de Janeiro, v. 12, n. 3, Jun 2007.
45
6 COMENTÁRIOS FINAIS
Intervenções específicas são necessárias para melhorar o peso ao nascer, objetivando
reduzir as alterações nutricionais e de crescimento físico no futuro, mas o controle de fatores
ambientais adversos, como a prevenção de infecções, também é uma medida importante para
otimizar a saúde e a nutrição das crianças.
Destaca-se a importância da assistência pré-natal apropriada, devendo esta ser uma
prioridade em saúde pública, a fim de assegurar o crescimento adequado antes e depois do
nascimento, minimizando a carga de doenças no ciclo da vida.
Com o aprimoramento do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC),
fonte de informação qualificada das características perinatais, mais estudos fundamentados na
hipótese da programação fetal poderão ser desenvolvidos.
46
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALLEN, L.H. Nutritional influences on linear growth: a general review. Eur. J. Clin. Nutr.,
v. 48, p. 575-589, 1994 (suplemento).
ALMEIDA, M.F.A.; MELLO JORGE, M.H.P. Pequenos para idade gestacional: fator de
risco para mortalidade neonatal. Rev. Saúde Pública, v.32, n.3, p.217-224, 1998.
ASHWORTH, A.; MORRIS, S.S.; LIRA, P.I.C. Postnatal growth patterns of full-term low
birth weight infants in Northeast Brazil are related to socioeconomic status. J Nutr, v. 127, p.
1950-1956, 1997.
AUGUTO, A.L.P. Recém-nascido de baixo peso e prematuridade. In: ACCIOLY, E.
Nutrição em Obstetrícia e Pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2004. p. 353-367.
BARKER, D.J.P. Impact of diet on critical events in development. Proc Nutr. Soc., v. 51, p.
135-144, 1992.
BARKER, D.J.P. Fetal origins of coronary heart disease. BMJ, v.311, p. 171-174, 1995.
BARKER, D.J.P. Mothers, Babies and Health in Later Life. London: Churchill Livingstone,
1998.
BARROS, V.O. et al. Aleitamento materno e crescimento de lactentes atendidos pelo
programa de saúde da família. Nutrire: Rev. Soc. Bras. Alim. Nutr., v. 33, n. 3, p. 111-121,
dez. 2008.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. COMISSÃO
NACIONAL DE ÉTICA EM PESQUISA. Normas para pesquisa envolvendo seres
humanos (Res. CNS n.º 196/96 e outras). 2. ed. ampl., 1ª reimpressão. 2003.
CARNIEL, E.F. et al. Determinantes do baixo peso ao nascer a partir das Declarações de
Nascidos Vivos. Rev. Bras. Epidemiol, v. 11, n. 1, p. 169-179, 2008.
DESAI, S. Children at risk: the family structure in Latin America and West Africa. Popul Dev
Rev, v. 18, p. 689-717, 1992.
DEWEY, K.G. Cross-cultural patterns of growth and nutritional status of breast-fed infants.
Am J Clin Nutr, v. 67, p. 10-17, 1998.
47
EICKMANN, S.H. et al. Crescimento de nascidos a termo com peso baixo e adequado nos
dois primeiros anos de vida. Rev. Saúde Pública, v. 40, n. 6, p.1073-1081, 2006.
ERIKSSOM, J.G. et al. Catch-up growth in childhood and death from coronary heart disease:
longitudinal study. BMJ, v. 318, p. 427-31, 1999.
EUCLYDES, M.P. Crescimento e desenvolvimento do lactente. In: _____. Nutrição do
Lactente: Base científica para uma alimentação adequada. Viçosa, 2 ed., 2000. p. 03-80.
FALL, C.H.D. et al. Weight in infancy and prevalence of coronary heart disease in adult life.
BMJ, v. 310, p.17-20, 1995.
FREEDMAN, D.S. et al. Relation of circumferences and skinfold thicknesses to lipid and
insulin concentrations in children and adolescents: the Bogalusa heart study. Am J Clin Nutr,
v. 69, p. 308-317, 1999.
GAFNI, R.I.; BARON, J. Catch-up growth: possible mechanisms. Pediatr Nephrol, v. 14, p.
616-619, 2000.
HUTTLY, S. et al. The timing of nutritional status determination: implications for
intervention and growth monitoring. Eur J Clin Nutr, v. 45, p. 85-95, 1991.
KRAMER, M.S.; KAKUMA, R. Optimal duration of exclusive breastfeeding. (Cochrane
review). In: The Cochrane Library, v. 4, CD003517. Oxford: Update Software; 2002.
LANGLEY-EVANS, S.C. Fetal Nutrition and Adult Disease. Programming of Chronic
Disease through Fetal exposure to undernutrition. Oxfordshire, UK: CABI Publishing, 2004.
LEAL, M.C. et al. Uso do índice de Kotelchuck modificado na avaliação da assistência prénatal e sua relação com as características maternas e o peso do recém-nascido no Município
do Rio de Janeiro. Cad. Saúde Pública, v. 20, Supl 1, S. 67-72, 2004.
LEE, L-M. et al. Body weight and mortality: a 27-year follow-up of middle-aged. JAMA, v.
270, p. 2823-8, 1993.
LUIZ, R.R. Associação Estatística em Epidemiologia: Análise com Múltiplas Variáveis. In:
MEDRONHO, R.A. et al. Epidemiologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2 ed., 2009, p. 457483.
48
MELLO JORGE, M.H.P.; LAURENTI, R.; GOTLIEB, S.B.D. Análise da qualidade das
estatísticas vitais brasileiras: a experiência de implantação do SIM e do SINASC. Ciênc.
saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 3, Jun 2007.
MONTEIRO, C.A.; BENICIO, M.H.A.; ORTIZ, L.P. Tendência secular do peso ao nascer na
cidade de São Paulo (1976-1998). Rev Saúde Pública, v. 34, S. 26-40, 2000.
MOTTA, M.E.F.A. et al. O peso ao nascer influencia o estado nutricional ao final do primeiro
ano de vida? J Pediatr, v. 81, n. 5, p. 377-82, 2005.
NUNES, M.F.F.P. Fatores associados ao retardo de crescimento intra-uterino em recémnascidos em maternidades públicas da cidade de Salvador – Bahia. 2007. 204f. Tese
(Doutorado em Saúde Pública) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2007.
ONG, K.K. et al. Association between postnatal catch-up growth and obesity in childhood:
prospective cohort study. BMJ, v. 320, p. 967-71, 2000.
ORNELAS, S.L.; XAVIER, C.C.; COLOSIMO, E.A. Crescimento de recém-nascidos prétermo pequenos para a idade gestacional. J Pediatr, v. 78, n. 3, p. 230-6, 2002.
RAGONESI, S.M.A.; BERTINI, A.M.; CAMANO, L. Crescimento intra-uterino retardado:
aspectos atuais. Rev Ass Med Brasil, v. 43, n. 2, p. 173-8, 1997.
ROMANI, S.A.M.; LIRA, P.I.C. Fatores determinantes do crescimento infantil. Rev. Bras.
Saúde Matern. Infant., v. 4, n. 1, p. 15-23, jan./mar., 2004.
SCHMIDT, M.K. et al. Nutritional status and linear growth of Indonesian infants in West
Java are determined more by prenatal environment than by postnatal factors. J Nutr, v. 132,
p. 2202-2207, 2002.
SCLOWITZ, I.K.T.; SANTOS, I.S. Fatores de risco na recorrência do baixo peso ao nascer,
restrição de crescimento intra-uterino e nascimento pré-termo em sucessivas gestações: um
estudo de revisão. Cad. Saúde Pública, v. 22, n. 6, p. 1129-1136, jun., 2006.
SERDULA, M.K. et al. Do obese children become obese adults? A review of the literature.
Prev Med, v. 22, p. 167-177, 1993.
SILVEIRA, V.M.F.; HORTA, B.L. Peso ao nascer e síndrome metabólica em adultos: metaanálise. Revista de Saúde Pública, v. 42, n. 1, p. 10-8, 2008.
SOUSA, M.H; SILVA, N.N. Estimativas obtidas de um levantamento complexo. Revista de
49
Saúde Pública, v. 37, n. 5, p. 662-670, 2003.
SPYRIDES, M.H.C. et al. Efeito das práticas alimentares sobre o crescimento infantil. Rev
Bras Saúde Matr Infant, v.5, n.2, p. 145-153, 2005.
STATISTICAL PACKAGE FOR THE SOCIAL SCIENCES – SPSS Statistics 17 (Windows
& Mac). Pacote estatístico para ciências sociais, versão 17.0.
STEIN, A.D. Birtheweight and the developmente of overweight and obesity. In: LANGLEYEVANS, S.C. Fetal Nutrition and Adult Disease. Programming of Chronic Disease through
Fetal exposure to undernutrition. Oxfordshire, UK: CABI Publishing, 2004, p. 195-210.
STRAUSS, R.S.; DIETZ, W.H. Effects of intrauterine growth retardation in premature infants
on early childhood growth. J Pediatr, v. 130, p. 95-102, 1997.
VANHALA, M. et al. Relation between obesity from childhood to adulthood and the
metabolic syndrome: population based study. BMJ, v. 317, p. 319-320, 1998.
VICTORA, C.G.; BARROS, F.C. The catch-up dilemma – relevance of Leitch’s “lowhight”pig to child growth in developing countries. International Journal of Epidemiology,
v. 30, p.217-220, 2001.
VICTORA, C.G.; BARROS, F.C.; VAUGHAM, J.P. Epidemiologia da desigualdade. São
Paulo: editora Hucitec, 3a edição, 2006.
VIEIRA, M.L.F. et al. Crescimento e desenvolvimento de filhos de mães adolescentes no
primeiro ano de vida. Revista Paulista de Pediatria, n. 25, v. 4, p. 343-348, 2007.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO Expert Committee on Physical Status. Physical
status: the use and interpretation of anthropometry. WHO Tchnical repor Series, n. 854.
Geneva,1995.
ZAMBONATO, A.M.K. et al. Fatores de riso para nascimento de crianças pequenas para
idade gestacional. Rev. Saúde Pública, v.38, n. 1, p. 24-29, 2004.
50
ANEXO A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
E
QUESTIONÁRIO DE ENTREVISTA À MÃE QUE TROUXE O BEBÊ MENOR DE
6 MESES PARA A CONSULTA
Avaliação da qualidade da assistência à
criança menor de seis meses prestada por
unidades básicas do Sistema Único de
Saúde do Município do Rio de Janeiro
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezada ____________________________________________________________________________
você está sendo convidada a participar do projeto de pesquisa: “Avaliação da qualidade da
assistência à criança menor de seis meses prestada por unidades básicas do Sistema Único de
Saúde do Município do Rio de Janeiro”, de responsabilidade da FIOCRUZ.
O estudo pretende avaliar como as crianças menores de 6 meses vêm sendo atendidas nas
unidades de saúde.
A sua participação irá contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento à criança, não
havendo qualquer risco envolvido.
Gostaríamos de pedir o seu consentimento para fazer uma entrevista, quando serão feitas
perguntas sobre você e seu bebê e sobre como o seu bebê foi atendido nesta unidade de saúde. Suas
respostas serão anotadas em um formulário. Gostaríamos também de pedir o seu consentimento para
consultar o prontuário de seu filho.
Suas respostas ficarão em segredo, e o seu nome não será divulgado. Você
tem
direito
de
pedir outros esclarecimentos sobre a pesquisa e pode se recusar a participar.
Eu declaro ter sido informada e concordo em participar, como voluntária, desta pesquisa.
___________________________________________________________________________________
Assinatura da entrevistada
Rio de Janeiro, _______ / _______ / __________
Entrevistador __________________
|___|___|
Para esclarecimentos, entrar em contato com: Dra. Maria do Carmo Leal ou Dra. Silvana Granado
Endereço: Rua Leopoldo Bulhões 1480, sala 808, Manguinhos. Tel: 2598 2621 ou 2598 2620.
Endereço do Comitê de Ética e Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública: Rua Leopoldo Bulhões,
1.480 - Sala 314 Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ / CEP. 21041-210
Tel e Fax - (21) 2598-2863 E-Mail : [email protected]
http://www.ensp.fiocruz.br/etica
O horário de atendimento ao público do CEP/ENSP é de 14:00 às 17:00
Endereço do Comitê de Ética em Pesquisa da SMS/RJ: Rua Afonso Cavalcanti 455/601.
Informações adicionais no caso de recusa da mãe em participar da pesquisa:
Motivo da Recusa:_____________________________________________________________ |___|
1) Idade da mãe: |___|___| anos
2) Idade do bebê: |___| meses |___||___| dias
3) Escolaridade da mãe
|___| Série do Ensino 1. fundamental 2.médio 3. superior |___|
4) Raça ou cor 1. Branca
2. Preta
3. Amarela 4. Parda(morena/mulata)
5. Indígena |___|
3
Questionário de entrevista à mãe que trouxe o bebê menor de 6 meses para consulta
QUESTIONÁRIO |___|___|___|___|
Para todo questionário, preencher com dígitos 8 para não se aplica e com dígitos 9 para não informado.
PARTE I (esta parte da entrevista pode ser realizada antes da mãe ir para a consulta)
I. Identificação do questionário
|___|___|/|___|___|/|___|___|
1. Data da entrevista
|___|___|___|___|___|___|___|
2. Nº do prontuário da criança
3. Nome da Unidade de Saúde
4. Entrevistador
Código |___|___| 5. Supervisora
6. Revisado por
|___|
|___|___|/|___|___|/|___|___|
Data
7. Data da digitação |___|___|/|___|___|/|___|___| 8. Digitador
|___|___|
II. Identificação da mãe
Agora vou fazer algumas perguntas sobre você:
9. Hora de início da entrevista
|___|___| : |___|___|
10. Qual é o seu nome completo (mãe)?
11. Quantos anos você tem?
|___|___|
12. Qual é a data do seu nascimento?
|___|___|/ |___|___|/|___|___|
13. Qual é o seu endereço?
14. Comunidade/ Bairro
16. Você tem telefone(s) para contato?
0. Não
Sim, qual (is)?
17. Você sabe ler e escrever?
15. Município
|___|___|___|___|___|___|___|___|
___________________
|___|___|___|___|___|___|___|___|
___________________
18. Qual foi a última série que você completou na escola?
0. Não 1. Sim 2. Mais ou menos |___|
|___| Série do Ensino 1. fundamental 2.médio 3. superior |___|
(0 = nunca estudou)
(1º grau)
(2º grau) (3ºgrau)
19. A sua cor ou raça é ... (ler as alternativas)
|___|
1. Branca
2. Preta
3. Parda(morena/mulata)
4. Amarela
5. Indígena
20. A respeito da sua situação conjugal, você... (ler as alternativas)
1. Vive com companheiro
|___|
2. Tem companheiro, mas não vive com ele (vá para a 22)
3. Não tem companheiro (vá para a 22)
21. Há quanto tempo vive com o companheiro?
|___|___| meses
|___|___| anos
22. Você tem algum trabalho em que ganhe dinheiro?(remunerado) 0. Não (vá para a 25) 1. Sim
|___|
23. Qual o seu trabalho atual? 1.Servidora pública
2.Empregada, não servidora pública
3.Autônoma (vá para a 25)
4.Empregadora (vá para a 25)
5.Aposentada (vá para a 25) |___|
24. Você tem carteira assinada?
0.Não
1.Sim
25. Você tem outro tipo de fonte de renda, como pensão, aposentadoria, biscate ou bolsa família?
0.Não 1.Pensão 2.Aposentadoria 3.Biscate 4.Bolsa família 5.Outro. ___________________
26. Quantos quartos e salas, ao todo, tem a sua casa (sem contar banheiro, cozinha ou varanda)?
|___|
|___|
|___|
|___|___|
4
27. Na sua casa tem: a.rádio?
0. Não 1. Sim
b.geladeira ou freezer?
0. Não 1. Sim
c.videocassete ou DVD?
0. Não 1. Sim
d. máquina de lavar roupa? 0. Não 1. Sim
e. forno de microondas?
0. Não 1. Sim
f. linha de telefone (fixo)?
0. Não 1. Sim
g. computador?
0. Não 1. Sim
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------h. televisão?
0. Não Sim, quantas?
i. carro para uso particular? 0. Não Sim, quantos?
j. ar condicionado?
0. Não Sim, quantos?
-----------h.|___|
i. |___|
j. |___|
28. Quantas pessoas moram na sua casa, contando com você e com o bebê?
|___|___|
a.|___|
b.|___|
c.|___|
d.|___|
e.|___|
f.|___|
g.|___|
29. E quantas são menores de 5 anos, contando com o bebê?
30. Você já teve algum aborto?
|___|___|
0.Não
Sim, quantos?
|___|___|
31. Quantas vezes você já esteve grávida contando com esta gravidez? (incluir aborto)
(se 1, preencha 01 na questão 32 e vá para o bloco III)
32. Quantos filhos vivos você tem hoje, contando com o bebê? (se 1, vá para o bloco III)
33. Você amamentou seu último filho antes desse bebê?
0. Não
Sim, por quanto tempo?
|___|___|
|___|___| meses e |___|___| dias
III. Dados sobre o pré-natal
Agora vou perguntar sobre o pré-natal da gravidez desse bebê:
34. Você fez pré-natal?
0. Não (vá para o bloco IV)
1. Sim
|___|
35. Com quantos meses de gravidez você começou o pré-natal?
|___| meses
36. Quantas consultas de pré-natal você fez? (mais ou menos)
37. Você fez pré-natal nesta mesma unidade de saúde?
|___|___|
|___|___|
0. Não
1. Sim
|___|
IV. Dados sobre o bebê
Agora vou perguntar sobre o seu bebê:
38. Qual é o nome completo do bebê?
___________________________________________________________________________________________
39. Sexo
1.Masculino
2.Feminino
|___|
40. Quem cuida do (a) (nome do bebê) a maior parte do tempo?
1.a própria 2.avó do bebê 3.irmão(ã) do bebê 4. pai do bebê 5.Outro._____________________
41. O (a) (nome do bebê) está na creche?
0.Não 1.Sim
42. Em que data o (a) (nome do bebê) nasceu?
43. Onde o (a) (nome do bebê) nasceu?
|___|
|___|
|___|___|/|___|___|/|___|___|
a) Nome do estabelecimento de saúde: _________________________________________________
|___||___|
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------b) Município: 1. Rio de Janeiro
2. Outro_________________________________________
|___||___|
44. Foi de parto normal ou cesariana?
1. Normal 2. Cesariana
45. Com que peso o (a) (nome do bebê) nasceu?
|___|___|___|___| g
46. O (a) (nome do bebê) já foi registrado (a)?
47. Aonde foi feito o registro do (a) (nome do bebê)?
|___|
0. Não (vá para a 48) 1. Sim |___|
1.Cartório da maternidade 2. Outro cartório
48. Você recebeu a caderneta de saúde da criança na maternidade?
0. Não
1. Sim
|___|
|___|
5
V. Aleitamento Materno
Agora vou fazer algumas perguntas sobre a amamentação do(a) (nome do bebê)
49. O (a) (nome do bebê) saiu da maternidade mamando só no peito? 0. Não 1. Sim (vá à questão 51) |___|
50. Por que não estava só no peito?
1. Intercorrência materna____________________
2. Intercorrência com RN____________________
|___|
3. Prática hospitalar
4. Pouco leite/leite fraco/bebê não pegou
5. Outro____________________
(em caso de mãe HIV+ , marque 1 e vá para o bloco VI – acesso ao serviço de saúde)
51. Quando o (a) (nome do bebê) veio a esta Unidade de Saúde pela primeira vez, mamava no peito?
0. Não 1. Sim |___|
52. De ontem de manhã até hoje de manhã, o (a) (nome do bebê) mamou no peito?
0. Não 1. Sim
|___|
53. De ontem de manhã até hoje de manhã, o (a) (nome do bebê) tomou outro leite?
0. Não 1. Sim
|___|
54. De ontem de manhã até hoje de manhã, o (a) (nome do bebê) tomou água, chá ou suco?
0. Não 1. Sim |___|
55. De ontem de manhã até hoje de manhã, o (a) (nome do bebê) recebeu outro alimento? (além dos
perguntados anteriormente, incluindo derivados do leite)
0. Não 1. Sim |___|
Se a resposta da 53 foi (1), marque (1) na 56 a) e
|___| meses e
pergunte a 56 b).
56. b) Com que idade tomou outro tipo
56. a) Desde que o (a) (nome do bebê) saiu da
|___|___| dias
maternidade, já tomou outro tipo de leite?
|___| de leite pela primeira vez?
0. Não (vá para 56 c) 1.Sim
Se a resposta da 54 foi (1), marque (1) na 56 c) e
|___| meses e
pergunte a 56 d).
56. d) Com que idade tomou água, chá
56. c) Desde que o(a) (nome do bebê) saiu da
|___|___| dias
maternidade, já tomou água, chá, ou suco?
|___| ou suco pela primeira vez?
0.Não (vá para 56 e) 1.Sim
Se a resposta da 55 foi (1), marque (1) na 56 e) e
|___| meses e
pergunte a 56 f).
56. f) Com que idade recebeu outro
56. e) Desde que o (a) (nome do bebê) saiu da
|___|___| dias
maternidade, já recebeu outro alimento? (além dos |___| alimento pela primeira vez?
perguntados antes)
0.Não (vá para a 57) 1.Sim
VI. Acesso ao serviço de saúde:
Agora gostaria de saber sobre o acompanhamento do seu bebê.
57. Na maternidade falaram que você deveria procurar a unidade de saúde mais próxima da sua casa
|___|___| dias
para levar o (a)(nome do bebê)?
0. Não
Sim. Com até quantos dias de vida?
58. Você recebeu, na maternidade, um cartão de acolhimento mãe-bebê marcando para você ir com
|___|
o (a) (nome do bebê) em uma unidade básica de saúde?
0. Não (vá para a 62) 1.Sim, para esta unidade
2.Sim, para outra unidade
59. No cartão estava marcada.... (ler as alternativas)
a. A data em que você deveria procurar a unidade básica de saúde?
0. Não Sim |___|___| /|___|___| /|___|___|
b. A hora do atendimento?
0. Não
c. O profissional que deveria procurar para ser atendida?
60. Você conseguiu ir à unidade de saúde na data marcada?
1. Sim
0. Não 1. Sim
0. Não (vá à questão 62)
61. Você conseguiu ser atendida na unidade de saúde na data marcada?
0. Não
1.Sim, nesta unidade
|___|
|___|
1. Sim
2.Sim, em outra unidade
|___|
|___|
62. Em que data você trouxe o (nome do bebê), pela primeira vez, nesta unidade de saúde?
Data: |___|___| /|___|___| /|___|___|
Idade do bebê |___| meses |___|___| dias
63. No primeiro dia que você trouxe o(a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde ele (a) foi
vacinado (a) com a vacina BCG?
0. Não
1. Sim
2.Não, mas já tinha sido vacinado na maternidade
3. Não, mas já tinha sido vacinado em outra unidade de saúde
|___|
6
64. Neste mesmo dia, o(a) (nome do bebê) foi vacinado com a vacina de hepatite?
|___|
0.Não
1.Sim
2.Não, mas já tinha sido vacinado na maternidade
3. Não, mas já tinha sido vacinado em outra unidade de saúde
65. No primeiro dia que você trouxe o(a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde você recebeu
|___|
orientação sobre amamentação?
0. Não
1. Sim
2.Não, mas foi marcada palestra
66. Neste mesmo dia pesaram o(a) (nome do bebê)?
0. Não
1. Sim
|___|
67. No primeiro dia que você trouxe o(a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde foi marcada a consulta de
acompanhamento com o pediatra?
0. Não Sim. Para qual data? |___|___| /|___|___| /|___|___|
68. Neste mesmo dia foi feito o teste do pezinho?
|___|
0. Não 1. Sim (preencha a questão 69 com base na data do primeiro dia que o bebê veio
à unidade de saúde - questão 62 - e vá para a 70)
69. Com que idade o teste do pezinho foi feito?
|___|
0. Não foi feito 1. Com até 7 dias
2. Com 8 a 14 dias
3. Com 15 dias ou mais
70. A quantas consultas o(a) (nome do bebê) já veio nesta Unidade, sem contar a consulta de hoje,
nem o acolhimento?
71. Você tem alguma dificuldade para trazer o (a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde?
0.Não (vá para a 73) 1.Sim
72. Qual dificuldade?
Marque (para cada item)
a. Não tem dinheiro
b. O local de atendimento é distante ou de difícil acesso
c. Dificuldade de transporte
d. Horário incompatível
e. O atendimento é muito demorado
f. Não tem quem a acompanhe
g. Greve nos serviços de saúde
0.Não
|___|___|
|___|
1.Sim
a.|___|
b.|___|
c.|___|
d.|___|
e.|___|
f.|___|
g.|___|
h. Outro motivo . Qual?_______________________________________________________
73. Você já levou o (a) (nome do bebê) em outro serviço de saúde?
0. Não (vá para o bloco VII) 1. Sim
74. Onde? 1. No hospital 2. Em consultório particular 3. Em outra unidade básica
h.|___|
|___|
|___|
Agora, vamos ter que interromper a entrevista, pois as próximas perguntas só podem ser feitas após a consulta do
bebê. Vou esperar, então, você voltar do atendimento para terminarmos a entrevista.
Horário de término da Parte I |___|___| : |___|___|
Horário de Início da Parte II |___|___| : |___|___|
PARTE II (esta parte da entrevista deve ser realizada após a consulta)
VII. Primeira consulta ou consulta subseqüente.
Gostaria agora de saber sobre as consultas do(a) (nome do bebê):
75. A consulta de hoje foi marcada ou você trouxe o(a) (nome do bebê) sem ter marcado antes?
1. Consulta marcada
2. Consulta de demanda espontânea/extra
76. Posso ver a caderneta de saúde da criança?
1. Sim
2. Não trouxe
3. Não tem
(Se não trouxe ou não tem, vá para o bloco VIII)
|___|
|___|
77. Marque o modelo da caderneta/cartão da criança:
1. Passaporte da Cidadania
4. Caderneta Laranja Pequena
7. Espelho Verde
2. Caderneta Laranja Grande
5. Caderneta Verde pequena
8. Cartão Vermelho
3. Caderneta Verde Grande
6. Espelho Laranja
9. Cartão Azul
|___|
7
78. Verificar na Caderneta da Criança se está preenchido:
Na página 3 (modelos 1,2,3,4,5). Se modelos 6, 7, 8 ou 9 vá para a questão 78.b.
a) o n° da declaração de Nascido Vivo
0. Não Sim |___|___|___|___|___|___|___|___|
Na página 12 (modelo 1); Na página 3 ( modelos 2,3,4 e 5); Na capa (modelos 6,7, 8 e 9);
b) peso ao nascer (em gramas)
0. Não
Sim |___|___|___|___| g
c) o comprimento ao nascer
0. Não
Sim |___|___| ,|___| cm
d) APGAR 5´ (5º min)
0. Não
Sim |___|___|
Na página 12 (modelo 1); Na página 6 (modelos 2, 3, 4 e 5); Se modelos 6,7, 8 e 9 vá para o bloco VIII.
0. Não
e) idade gestacional (em semanas)
Sim |___|___|
Na página 12 (modelo 1); Na página 6 ou 9 – verificar carimbo ou registro – (modelos 2, 3, 4 e 5);
Se modelos 6,7, 8 ou 9, vá para o bloco VIII.
f) Teste do reflexo vermelho
0.Não
1.Sim, normal.
2.Sim, alterado.
|___|
VIII. Crescimento e Desenvolvimento
Agora vou fazer algumas perguntas sobre o crescimento e desenvolvimento do(a) (nome do bebê):
79. Pesaram o (a) (nome do bebê) hoje no Posto?
0. Não (vá para 81)
1. Sim
|___|
80. Você sabe me dizer quanto ele (a) pesou?
0. Não Sim |___|___|___|___| g
81. Aqui na unidade falaram com você sobre como está o ganho de peso do bebê? (ou perda)
0. Não
1. Sim (Se não tem ou não trouxe a caderneta de saúde, vá para ao bloco IX) |___|
82. Modelo 1 – Pág. 46(menina) e pág. 56 (menino); Modelos 2 e 3 (pág. 18); Modelos 4 e 5 (pág.14); Modelos
6,7,8 e 9 (gráfico).
PESO NO GRÁFICO “Peso X Idade”. Verificar se está preenchido:
a) Peso da consulta de hoje marcado na curva
0. Não Sim |___|___|___|___| g
b) Peso da última consulta anterior que tenha sido marcado na curva
0. Não Sim |___|___|___|___|g Data |___|___| /|___|___| /|___|___| Idade |____| meses |___|___| dias
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------c) INCLINAÇÃO. No gráfico, como está a inclinação da curva da criança em relação ao peso da consulta
anterior e o de hoje?
0. Não marcado
1. Ascendente
2. Horizontal
3. Descendente
|___|
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------d) PERCENTIL. No gráfico, onde está localizado o peso de hoje no cartão?
|___|
0. Não marcado
1. > percentil 97
2. ≥ percentil 10 e < percentil 97
3. ≥ percentil 3 e < percentil 10
4. < percentil 3
83. PESO ANOTADO. Verificar se está preenchido:
Modelo 1 (pág. 42); Modelos 2 e 3 (pág.16); Modelos 4 e 5 (pág.15); Se modelos 6,7,8 e 9, vá para a
a) Peso da consulta de hoje
0. Não
Sim |___|___|___|___| g
b) Peso das últimas consultas
0. Não
Sim |___|___|___|___|g Data |___|___| /|___|___| /|___|___|
Sim |___|___|___|___|g Data |___|___| /|___|___| /|___|___|
Sim |___|___|___|___|g Data |___|___| /|___|___| /|___|___|
Sim |___|___|___|___|g Data |___|___| /|___|___| /|___|___|
84. PERÍMETRO CEFÁLICO. Verificando o gráfico, onde está localizado o perímetro de hoje?
Modelo 1 (pág. 44-meninas e 45-meninos); Modelo 2 e 3 (pág. 17); Modelos 4 e 5 (pág. 13);
se modelos 6, 7, 8 e 9 vá para a questão 85.
3. <percentil 10
0. Não marcado
1. > percentil 90
2. ≥ percentil 10 e < 90
|___|
85. DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ. Verificar na caderneta/cartão se há alguma anotação.
Modelo 1 ( pág. 30 a 32), Modelos 2 e 3 ( pág. 23 e 24) ;
Modelos 4 e 5 (pág. 16 e 17) ; Modelos 6, 7, 8 e 9 (Verso do gráfico);
0.Não
1.Sim
|___|
8
IX. Aleitamento Materno (em caso de mãe HIV+ , vá para o bloco X –Imunização)
Agora vou fazer algumas perguntas sobre amamentação
86. Aqui nesta unidade, depois que o(a) (nome do bebê) nasceu, falaram com você sobre amamentação?
0. Não (vá a questão 88)
1. Sim
87. Depois que o(a) (nome do bebê) nasceu, falaram com você sobre amamentação...
(ler as alternativas)
a. na consulta?
0. Não 1. Sim
b. em grupo?
0. Não 1. Sim
c. durante visita à sua casa?
0. Não 1. Sim
d. de outro jeito ____________________________________
88. Aqui nesta unidade, depois que o(a) (nome do bebê) nasceu, mostraram como colocar o bebê no
peito para mamar?
0. Não 1. Sim
89. Aqui nesta unidade, depois que o(a) (nome do bebê) nasceu, explicaram que o bebê deve mamar
quando quiser?
0. Não 1. Sim
|___|
a.|___|
b.|___|
c.|___|
d.|___|
|___|
|___|
90. E explicaram como tirar o leite de peito com as mãos, se precisar? (ordenha manual) 0. Não 1. Sim |___|
91. Aqui nesta unidade, depois que o(a) (nome do bebê) nasceu, falaram que não se deve dar mamadeira
|___|
ao bebê?
0. Não 1. Sim
|___|
92. E falaram até quando o bebê deve mamar só no peito?
0. Não
Sim. Até quantos meses?
93. Você acha que esta Unidade de Saúde está ajudando (ou ajudou) você a amamentar?
0. Não
1. Sim
2. Mais ou menos |___|
X-Imunização:
Gostaria de lhe perguntar sobre as vacinas do(a) (nome do bebê)
94. As vacinas do (a) (nome do bebê) estão em dia?
0. Não
1. Sim
|___|
(Se não trouxe a caderneta de saúde, vá para o bloco XI)
95. Olhar na caderneta da criança as vacinas que já foram tomadas. Marque (0) para Não e (1) para Sim, de acordo
com o observado. Modelo 1 (páginas 78 e 79), Modelos 2 e 3 (páginas 32 e 33); Modelos 4 e 5 (páginas 24
e 25); Modelos 6, 7, 8 e 9 (quadro de vacina).
Dose/ Vacinas a) BCG
b) Hepatite B
c) Anti-Pólio
d) Tetravalente
e) Rotavírus
(VOP)
(DPT + Hib)
(VORH)
1ª Dose
|___|
2ª Dose
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
ATENÇÃO: DEVOLVA O CARTÃO PARA A MÃE!
XI -Problemas de Saúde:
Agora gostaria de saber sobre problemas de saúde do(a) (nome do bebê)
0. Não 1.Sim
Há quanto tempo está
Problemas de saúde
com esse problema de
saúde? (em dias)
b)
96. O (a) (nome do bebê)
a)
|___|
|___|___|___|
está com tosse ou
Se não, vá para 97
dificuldade de respirar?
97. O (a) (nome do bebê)
está com febre?
a)
|___|
b)
a)
|___|
Se não, vá para 99
99. O (a) (nome do bebê)
está com diarréia?
a)
|___|
Se não, vá para 100
c)
c)
|___|___|
Se não, vá para 98
98. O (a) (nome do bebê)
está com problema de
ouvido?
O que foi recomendado para o(a)
(nome do bebê) na consulta?
b)
c)
|___|___|
b)
|___|___|
c) 0. Nada
1.Soro oral /caseiro
2.Aleitamento materno
exclusivo
3.Outro ____________
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
|___|
9
100. O (a) (nome do bebê) está com algum outro problema de saúde?
0. Não
1. Sim . Qual? ____________________________________________________
101. E desde que nasceu, o (a) (nome do bebê) já teve outro problema de saúde? (além dos atuais)
0. Não (vá para a questão 105)
1.Sim. Qual(is)?__________________________________
102. Quando ele (a) teve [o(s) problema(s) citado (s) na questão 101], você procurou algum serviço
de saúde?
0. Não
1. Sim (vá para a questão 104)
103. Por que motivo não procurou o serviço de saúde?
a. Não houve necessidade
Marque (para cada item)
|___|
|___|
|___|
0. Não 1. Sim
a.|___|
b. Não tinha dinheiro
b.|___|
c. O local de atendimento era distante ou de difícil acesso
c.|___|
d. Dificuldade de transporte
d.|___|
e. Horário incompatível
e.|___|
f. O atendimento é muito demorado
f.|___|
g. O estabelecimento não possuía especialista compatível com suas necessidades
g.|___|
h. Não tinha quem a acompanhasse
h.|___|
i. Não gostava dos profissionais do estabelecimento
i.|___|
j. Greve nos serviços de saúde
j.|___|
k. Outro motivo . Qual? _________________________________________________________
k.|___|
Ao final desta questão, vá para a questão 105.
104. Qual serviço você procurou?
1. Esse mesmo
2. Outra unidade básica
5. Pronto Socorro (emergência)
3.Consultório particular
6. Outro ___________________________
105. O (a) (nome do bebê) já esteve internado alguma vez?
106. Por qual motivo?
4. Hospital
1. Pneumonia
2. Diarréia
0. Não (vá para o bloco XII) 1.Sim
3. Outro ___________________________
|___|
|___|
|___|
|___|
XII. Informações sobre o acompanhamento do bebê
Agora me responda, por favor, algumas informações, sobre o acompanhamento do(a) (nome do bebê)
nesta unidade de saúde:
107. O médico (ou enfermeira) que está consultando o (a) (nome do bebê) nesta Unidade é sempre o
mesmo? (ler as alternativas até a n° 3)
1. Sim
2. Às vezes o mesmo
3. Nunca o mesmo
4. Só foi a uma consulta
108. Já foi marcada uma nova consulta para o (a) (nome do bebê)?
0. Não (vá à questão 110) 1. Sim
2. Não, vai ser marcada hoje (vá à questão 110)
109. Para quando foi marcada a consulta?
|___|___|/|___|___|/|___|___|
110. Você acha que nesta Unidade de Saúde eles escutam o que você tem a dizer sobre o bebê?
0. Não
1. Sim
2. Mais ou menos
111. Você diria que o acompanhamento do (a) (nome do bebê) nesta Unidade está sendo (ler as
alternativas):
1. Ótimo
2. Bom
3. Mais ou menos
4. Ruim
5. Péssimo
|___|
|___|
|___|
|___|
112. Por que?
|___|
|___|
|___|
10
Bloco XIII: Violência entre Parceiros Íntimos
(apenas para mães que tem companheiro atualmente)
(em caso de mãe sem companheiro – questão 20, resposta 3 - vá para o bloco XIV)
Instruções: 0 Não;
1 Sim, uma vez;
2 Sim, mais de uma vez.
Agora, eu gostaria de conversar um pouquinho com você sobre as maneiras que os casais usam para
resolver suas diferenças. Mesmo que um casal se relacione bem, tem vezes que um discorda do outro, se chateia
com o outro, discutem e se agridem apenas porque estão de mau humor, cansados ou por outra razão qualquer.
Por favor, eu gostaria de saber se você e seu companheiro fizeram cada uma dessas coisas desde o
nascimento do (a) (nome do bebê).
Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do(a) (nome do bebê)....
113.
114.
115.
116.
117.
118.
Você mostrou que se importava com seu companheiro, mesmo que vocês estivessem discordando?
Seu companheiro mostrou que se importava com você, mesmo que vocês estivessem discordando?
Você explicou para seu companheiro o que você não concordava com ele?
Seu companheiro explicou para você o que ele não concordava com você?
Você insultou ou xingou o seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
113|___|
114|___|
115|___|
116|___|
117|___|
118|___|
Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do(a) (nome do bebê)....
119.
120.
121.
122.
123.
124.
125.
126.
127.
128.
Você jogou alguma coisa no seu companheiro que poderia machucá-lo? Isso aconteceu mais de
uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
Você torceu o braço do seu companheiro ou puxou o cabelo dele? Isso aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
Você mostrou que respeitava os pontos de vista e os sentimentos dele?
Seu companheiro mostrou que respeitava os seus pontos de vista e os seus sentimentos?
Você deu um empurrão no seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
Você usou uma faca ou arma contra o seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
119|___|
120|___|
121|___|
122|___|
123|___|
124|___|
125|___|
126|___|
127|___|
128|___|
Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do(a) (nome do bebê)....
129.
130.
131.
132.
133.
134.
135.
136.
Você deu um murro ou acertou o seu companheiro com alguma coisa que pudesse machucar? Isso
aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
Você destruiu alguma coisa que pertencia ao seu companheiro de propósito? Isso aconteceu mais
de uma vez?
Seu companheiro fez isso? Isso aconteceu mais de uma vez?
Você sufocou ou estrangulou seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
Você gritou ou berrou com o seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
129|___|
130|___|
131|___|
132|___|
133|___|
134|___|
135|___|
136|___|
Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do(a) (nome do bebê)....
137.
138.
139.
140.
141.
142.
143.
144.
145.
146.
Você jogou o seu companheiro contra a parede com força? Isso aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
Você disse para ele que achava que vocês poderiam resolver o problema?
Seu companheiro disse que achava que vocês poderiam resolver o problema?
Você deu uma surra no seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
Você segurou o seu companheiro com força? Isso aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
Você virou as costas e foi embora no meio de uma discussão? Isso aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso? Isso aconteceu mais de uma vez?
137|___|
138|___|
139|___|
140|___|
141|___|
142|___|
143|___|
144|___|
145|___|
146|___|
Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do(a) (nome do bebê)....
147.
148.
Você deu um tabefe ou bofetada no seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
147|___|
148|___|
11
149.
150.
151.
152.
153.
154.
Você sugeriu que procurassem juntos uma solução para resolver as diferenças ou discordâncias?
Seu companheiro fez isso?
Você queimou ou derramou líquido quente em seu companheiro de propósito? Isso aconteceu mais
de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
Você ameaçou acertar ou jogar alguma coisa no seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma
vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
149|___|
150|___|
151|___|
152|___|
153|___|
154|___|
Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o nascimento do(a) (nome do bebê)....
155.
156.
157.
158.
Você chutou o seu companheiro? Isso aconteceu mais de uma vez?
Seu companheiro fez isso com você? Isso aconteceu mais de uma vez?
Você queimou seu companheiro com ferro, cigarro ou qualquer outra coisa de propósito?
Seu companheiro fez isso com você?
159. E aqui no Posto, alguém já conversou com você sobre estas coisas de violência?
0. Não (vá para o bloco XIV)
160. Conversaram com você sobre estas coisas de violência... (ler as alternativas)
155|___|
156|___|
157|___|
158|___|
1. Sim
a. na consulta?
0. Não 1. Sim
b. em grupo?
0. Não 1. Sim
c. durante visita à sua casa?
0. Não 1. Sim
d. de outro jeito ____________________________________
XIV. Opinião da entrevistada:
161. Você gostaria de dizer mais alguma coisa? 0. Não
|___|
a.|___|
b.|___|
c.|___|
d.|___|
Sim. (escrever o que for relatado)
|___|
Muito Obrigado(a).
XV. Para ser preenchido pelo entrevistador ao final da entrevista
162. Hora de término da entrevista
163. A cooperação da entrevistada foi:
1. Excelente
2. Muito boa
Observações:
|___|___| : |___|___|
3. Boa
4. Razoável
5. Fraca
|___|
62
ANEXO B
ORIENTAÇÕES AO ENTREVISTADOR
Fundação Oswaldo Cruz
Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca
Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde
ORIENTAÇÕES AO ENTREVISTADOR
Este documento apresenta as orientações que deverão nortear o levantamento de
dados da pesquisa “Avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses
prestada por unidades básicas do Sistema Único de Saúde do Município do Rio de Janeiro”.
Descreve os procedimentos padronizados que deverão ser seguidos e apresenta
alternativas para lidar com diferentes situações. A leitura atenta e freqüente desse documento
irá ajudá-lo em vários aspectos, favorecendo a minimização dos erros.
Sumário:
pág.
Item I: Primeiro contato na Unidade de Saúde
2
Item II: Conduta do Entrevistador
2
Item III: Seleção das Entrevistadas
3
Item IV: Etapas da Entrevista
3
Item V: O papel do entrevistador em uma pesquisa
6
Item VI: Procedimentos de Campo
7
Item VII: Entrevista com a mãe
7
Item VIII: Orientações sobre itens específicos do questionário
7
Parte I: Blocos I a VI
8
Parte II: Blocos VII a XV
16
Anexo1: Tabela para seleção das mães
26
Anexo 2: Estabelecimentos onde mulheres vítimas de violência podem procurar ajuda 27
Anexo 3: Página 3 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
28
Anexo 4: Página 6 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
29
Anexo 5: Página 13 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
30
Anexo 6: Página 14 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
31
Anexo 7: Página 15 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
32
Anexo 8: Página 16 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
33
Anexo 9: Página 17 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
34
1
Anexo 10: Página 24 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
35
Anexo 11: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para profissionais
36
Anexo 12: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a mãe do bebê
37
Anexo 13: Relação das Unidades de Saúde incluídas na pesquisa
38
Anexo 14: Cartão de acolhimento mãe/bebê
40
ATENÇÃO
O período de trabalho de campo é fundamental. Só falte em caso extremo (doença ou
impedimento seriíssimo). Nestes casos, peça à sua dupla – entrevistador que está na mesma
unidade que você – para substituí-lo, e avise à sua supervisora. Caso a sua dupla não possa
substituí-lo, peça à sua supervisora que o faça, ou que consiga uma substituição para você.
Em caso de dúvida, ou problema durante o trabalho de campo, consulte sua supervisora.
ITEM I: PRIMEIRO CONTATO NA UNIDADE DE SAÚDE
Inicialmente o supervisor apresentará o entrevistador ao diretor da unidade de saúde ou
pessoa por ele designada. O supervisor apresentará os passos que serão realizados para o
desenvolvimento da pesquisa na unidade de saúde e entregará uma cópia do resumo do projeto de
pesquisa. Deve ser solicitado ao diretor que este comunique à equipe sobre a realização da
pesquisa que envolverá entrevistas com mães de crianças de até 6 meses.
A direção da unidade básica deverá assinar a “Autorização da Coleta de Dados na
Unidade Básica de Saúde”, uma exigência do Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos.
Antes de começar a pesquisa de campo, certifique-se de que esta autorização já foi assinada.
Uma condição básica para realizar o estudo é o envolvimento de todos que dele
participarão direta ou indiretamente. Explique para o diretor que para o bom andamento do
trabalho será importante, se possível, que ele designe um ou dois funcionários para servir de
referência e apoio durante do trabalho realizado na unidade de saúde.
ITEM II: CONDUTA DO ENTREVISTADOR
ATENÇÃO: Antes de ir para o trabalho de campo o entrevistador deve ter lido
atentamente o projeto distribuído durante o treinamento, para que tenha em mente informações
claras sobre o estudo. Isto permite que o entrevistador seja capaz de explicá-lo de maneira a
estimular o interesse e a cooperação da entrevistada.
Mantenha uma atitude cordial e segura a fim de estimular o interesse da entrevistada em
participar da pesquisa. Procure mostrar delicadeza, tato, empatia e principalmente: paciência.
Somente a partir do estabelecimento de uma relação empática e de confiança é que a entrevistada
poderá sentir-se à vontade para falar.
O uso de roupas discretas e adequadas é de grande importância: não devem ser usadas
roupas vermelhas, colantes, curtas ou decotadas, para que o entrevistador fique à vontade para a
tarefa que irá realizar. Lembre-se que você, como entrevistador, deve chamar a atenção pelo que
fala e não pelo que veste. Não masque chicletes ou fume durante a entrevista.
2
O entrevistador deve portar sempre o seu crachá e a carta de apresentação da Fundação
Oswaldo Cruz. Quando for levantada alguma dúvida quanto à sua relação com a pesquisa,
apresente-os.
O material a ser usado na entrevista deve estar sempre junto com o entrevistador: pasta
com instrumentos de coleta de dados, o instrutivo de campo, caneta, lápis (ou lapiseira) com
apontador, borracha e régua.
As dúvidas que surjam no desenvolvimento da pesquisa devem ser dirimidas com o
supervisor.
ITEM III: SELEÇÃO DAS ENTREVISTADAS
Foi realizado um procedimento estatístico de forma sistemática visando selecionar a
população a ser entrevistada. Esse procedimento utilizou uma função para a escolha de números
aleatórios.
Em cada unidade básica de saúde serão entrevistadas 40 mães de bebês menores de 6 meses
(até 5 meses e 29 dias). Serão selecionadas mães nos diferentes dias da semana e nos diferentes
turnos de atendimento, pois o tipo de mãe que busca o atendimento de tarde, por exemplo, pode ser
diferente daquela que chega de manhã cedo. Outra razão para este procedimento é que a qualidade
do atendimento também pode variar segundo o dia ou turno de atendimento. As 40 mães, inclusive,
não devem ser entrevistadas todas numa semana só, pois as mães que procuram a unidade no
começo do mês também podem ser diferentes daquelas que chegam no meio ou no final do mês.
Cada entrevistador deve buscar entrevistar pelo menos 10 mães a cada semana (em 5 turnos
de entrevista), que devem contemplar dias da semana e turnos variados. Se houver atendimento a
bebês menores de 6 meses em todos os turnos da semana, pode-se entrevistar de 2 a 3 mães (no
máximo) a cada período.
As mães que forem à Unidade de Saúde com intuito de consultarem seus bebês menores de
06 meses de idade (incluindo as de demanda espontânea e as emergências) serão listadas.
Foi construída uma tabela, que mostra os dias da semana, o número total de mães que
podem ser atendidas na Unidade Básica de Saúde e sua correspondência com números aleatórios
que se referem às mães da listagem que serão escolhidas para serem entrevistadas (Tabela seleção
das mães – Anexo1). Se na segunda-feira, pela manhã, estão listadas 4 mães, destas, as que serão
escolhidas para entrevista serão: as mães nº 2, 1, e 3. Caso estejam listadas menos de quatro mães
(2 mães por exemplo, os números a serem escolhidos serão 2 e 1 seguindo a ordem proposta pela
tabela).
Em caso de recusa, preencher o quadro do termo de consentimento (anexo15) referente a
“Informações adicionais no caso de recusa da mãe em participar da pesquisa” com: motivo da
recusa, idade da mãe, idade do bebê, escolaridade da mãe, raça ou cor.
O procedimento de amostragem não deve ser alterado, pois caso a amostra seja distorcida, a
pesquisa perderá o caráter de dispor de uma amostra representativa das mães de bebês menores de 6
meses atendidos na rede básica do Rio de Janeiro pelo SUS, ou seja, o objetivo da pesquisa não será
alcançado. Caso haja dúvidas, o entrevistador deve consultar a supervisora.
ITEM IV: ETAPAS DA ENTREVISTA
4) Etapas de uma entrevista
4.1. Apresentação do entrevistador
Diga seu nome e apresente-se como auxiliar de pesquisa desenvolvida pela Fundação
Oswaldo Cruz. Pergunte o nome da mãe e anote no termo de consentimento. Fale tudo de forma
pausada, sem presumir que as pessoas conheçam a instituição e dando oportunidade para
esclarecimentos.
3
4.2.Apresentação dos objetivos da pesquisa e de sua importância
Antes de iniciar a entrevista, apresente o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido”
(anexo 15), que é uma exigência do Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos. A leitura do
Termo deve ser feita de forma clara e pausada. Explique que se trata de uma pesquisa de
avaliação da qualidade da assistência à criança menor de seis meses prestada por unidades básicas
do Sistema Único de Saúde do Município do Rio de Janeiro, que tem como objetivo melhorar o
atendimento prestado.
Assinale que a colaboração da entrevistada é de grande importância para esta pesquisa,
explicando que o que deseja dela é que aceite ser entrevistada e responda ao questionário.
É importante não comentar com a entrevistada o teor de entrevistas já realizadas, nem das suas
impressões sobre as unidades de saúde.
Ao final da apresentação, explique que o Termo de Consentimento deverá ser assinado,
ofereça uma cópia para a mãe ler naquele momento, ou depois, como ela preferir. O entrevistador
deve colocar-se à disposição para quaisquer esclarecimentos que estejam ao seu alcance e mostrar
para a entrevistada que, com a cópia do termo de consentimento recebida, onde consta o telefone
da coordenação, esta poderá entrar em contato com a coordenação do projeto. Não mostre
impaciência e nem minimize este procedimento. Trate-o como parte da rotina da pesquisa.
Solicite a assinatura desse papel e esclareça que a sua assinatura atesta que ela foi
esclarecida sobre a pesquisa. A mãe pode aceitar participar do estudo, mas não concordar em
assinar o Termo, caso isto ocorra, entreviste-a e assinale na parte inferior do Termo.
Caso a mãe só saiba escrever o primeiro nome, deixe que ela escreva e coloque uma
observação no termo e se ela não souber escrever, peça para que ela dê a sua rubrica e coloque
uma observação no termo de que a mãe aceitou fazer a pesquisa, porém, não sabe escrever. Se a
mãe não conseguir nem fazer a rubrica, faça a observação no termo de consentimento e inicie a
entrevista.
O entrevistador deverá anotar no Termo, em letra legível o nome da entrevistada.
O entrevistador pode se sentir à vontade para dizer: “não sei”, diante de uma dúvida que
lhe for colocada. A entrevista é uma relação de confiança entre duas pessoas, e quem entrevista
deve ser honesto e envolvido com o que faz.
Caso a mãe pergunte “por que” ela está sendo abordada, e não outra mãe, explique à
entrevistada que ela foi escolhida por sorteio, para que compreenda que não foi uma escolha por
algum fator pessoal.
4.3 Procedimentos no caso de haver recusa em participar da pesquisa:
a) No caso de haver recusa, escute com atenção e tente esclarecer os objetivos e a importância da
pesquisa. Caso a mãe ainda não queira participar, procure saber os motivos e anote no quadro do
rodapé do Termo de Consentimento. Preencha, então, o quadro do termo de consentimento
(anexo15) referente às “Informações adicionais no caso de recusa da mãe em participar da
pesquisa”:
Informações adicionais no caso de recusa da mãe em participar da pesquisa:
Motivo da Recusa:_____________________________________________________________ |___|
1) Idade da mãe: |___|___| anos
2) Idade do bebê: |___| meses |___||___| dias
3) Escolaridade da mãe
|___| Série do Ensino 1. fundamental 2.médio 3. superior |___|
4) Raça ou cor 1. Branca
2. Preta
3. Amarela 4. Parda(morena/mulata)
5. Indígena |___|
Não entre em discussões ou conversas caso a paciente mostre revolta, depressão ou desconfiança.
Substitua a entrevistada pela próxima sorteada.
4
4.4. Procedimentos a serem seguidos para que a entrevista prossiga satisfatoriamente:
a) A partir do momento em que a mãe aceitou ser entrevistada, evite platéia. Como a entrevista
geralmente será realizada na sala de espera, várias razões dificultam a privacidade, como a
presença de familiares e de outras mães. Por vezes a mãe estará esperando ser chamada para fazer
a consulta do bebê e não deseja se dirigir para um local reservado. Diga frases como: “Podemos
ir para um cantinho mais sossegado?”. Ou, “Creio que você preferiria responder algumas
perguntas a sós, podemos ir mais para lá?”. Nos casos em que a entrevista tenha que ser
conduzida na presença de outras pessoas tente falar mais baixo ou use outra estratégia para
conseguir algum grau de privacidade. Deve ser lembrado que o importante é assegurar uma
atmosfera propícia a um diálogo relaxado e aberto com a entrevistada, mesmo se ela manifestar o
desejo de compartilhar com outros a sua entrevista.
b) Providencie assento conveniente. Se possível, sente-se em frente à entrevistada e não ao seu
lado. Se você sentar ao seu lado, a atenção da entrevistada estará voltada para tentar ler o
questionário.
c) O Entrevistador poderá avaliar as condições emocionais da entrevistada e interromper a
entrevista por alguns momentos caso perceba que a mãe necessita dar atenção ao(s) filho(s).
Deve-se falar sobre isso e aguardar para continuar a entrevista. Não demonstre que isso pode ser
um problema, não se mostre aborrecido.
d) Embora você tenha um roteiro estabelecido a seguir, esteja preparado para acompanhar o rumo
que a entrevistada tomar, ouvindo com atenção caso ela desvie do assunto ou comece a dar
exemplos sobre algo que você perguntou. Assim que houver uma brecha, interrompa
educadamente a fala e procure voltar ao questionário.
e) Quando a entrevistada responder "NÃO SEI" ou “NÃO LEMBRO”, procure explorar melhor o
assunto, buscando outras possibilidades que possam facilitar a memória da entrevistada, como
marcos na vida dela ou da criança, verificando também se a pergunta ficou bem clara.
f) Poderá haver entrevistadas com menor ou maior grau de dificuldade de compreensão e
expressão. Contudo, com boa vontade, paciência, e educação, será possível conseguir as
informações necessárias. Geralmente, a dificuldade em responder alguma das questões ocorre
quando:
A entrevistada não está suficientemente atenta à pergunta;
De fato, a entrevistada não compreendeu a questão;
A pergunta pode ter soado ameaçadora ou constrangedora da primeira vez.
Nestes casos, simplesmente repita a questão exatamente como está no questionário, sem
acrescentar informações ou interpretações adicionais. Você pode, no entanto, repetir de modo
mais pausado ou com entonação mais suave, mantendo sempre uma atitude respeitosa e educada.
4.5. Preenchimento do Instrumento:
a) Não deixe de assinalar nenhuma questão. No momento da digitação dos questionários pode
surgir a dúvida se tal questão não foi perguntada. Preencher com dígitos 8 (8 ou 88 ou 888...)
para as perguntas que não se aplicam e 9 (ou 99 ou 999...) para as respostas não informadas.
b) Não omita informações fornecidas. Anote-as nos espaços livres do questionário, mesmo que
estas não pareçam estar contempladas nas opções fornecidas pelo questionário. Escreva as
observações no rodapé do questionário ou no seu lado esquerdo, pois se forem feitas anotações no
lado direito podem prejudicar a digitação do questionário.
c) Uma revisão inicial, como por exemplo, se todas as questões foram respondidas, pode ser feita
ainda ao lado da própria entrevistada ou, antes de deixar o local da entrevista. Uma revisão mais
refinada deve ser feita tão logo quanto possível após a entrevista. Antes de passar para a próxima
entrevista, reveja todo o questionário para ver se alguma questão foi preenchida de forma
incorreta ou incompleta; faça a avaliação da entrevista e teça observações gerais sobre o
questionário. A primeira crítica aos dados quem faz é o próprio entrevistador.
ATENÇÃO: No final da entrevista coloque-se mais uma vez à disposição da entrevistada e
agradeça a sua colaboração.
5
ITEM V: O PAPEL DO ENTREVISTADOR EM UMA PESQUISA
Para que o entrevistador contribua de forma efetiva para o conhecimento científico é
necessário que os dados coletados sejam confiáveis, ou seja, estes devem corresponder, o mais
fielmente possível à realidade. O sucesso da pesquisa depende da qualidade do trabalho de cada
entrevistador.
Este treinamento foi feito para que os entrevistadores entendam e formulem as perguntas
do questionário da mesma forma; estejam atentos ao preenchimento dos formulários e ao registro
de dados provenientes do cartão da criança.
É importante registrar no questionário as respostas de maneira adequada, não omitir
e nem acrescentar dados e não influenciar nas respostas. Escreva a forma exata como a
entrevistada respondeu. Não procure “traduzir” o que lhe é dito. Toda informação que não esteja
contemplada pelas opções de resposta do questionário deve ser anotada criteriosamente.
Para que se obtenha informações confiáveis é preciso estabelecer um clima de confiança e
empatia com a entrevistada. Procure motivá-la a responder o questionário e tente criar um
compromisso com a exatidão das respostas. Tais atitudes podem contribuir para a melhoria da
qualidade da entrevista.
ATENÇÃO:
É muito importante que o entrevistador memorize o nome da mãe e do bebê para
que, em todas as questões, o mesmo possa referir-se aos dois (mãe e bebê) pelos seus
nomes. É desagradável não recordar o nome das entrevistadas e perguntá-los novamente a
cada questão feita. Referir-se à entrevistada pelo seu nome propicia maior vínculo e
confiança entre o entrevistador e a entrevistada.
Esteja atento ao que é falado para que a entrevistada não necessite repetir várias vezes
a mesma coisa. Evite dar a impressão de que a resposta pretendida é outra ou que você
não está prestando atenção.
RESPEITO À LÓGICA DA ENTREVISTADA:
Deixe que a entrevistada dê a informação à sua maneira. Não a interrompa, pois pode
prejudicar a recordação dos fatos. À medida que houver uma pausa adequada, pergunte as
informações que faltam para completar o questionário.
É importante que o entrevistador compreenda na resposta a uma questão alguns
aspectos envolvidos:
a) Compreensão da questão - o entrevistador tem que saber o quê está perguntando e qual o
sentido da questão que está formulando, justamente para que ele possa se fazer entender pela
entrevistada. Para que esta compreenda exatamente o que está sendo perguntado é fundamental
que o questionário tenha linguagem simples e adequada, de modo que ela responda sobre a
informação que se deseja obter. Deve-se ter o cuidado de não passar a idéia de que há uma
resposta “certa” ou “errada”, o que leva a entrevistada a ser induzida. Procure não ser simplista
quando os fatos são complexos, transmitindo a impressão de que a entrevistada é “incompetente”
para entender ou falar sobre seu problema.
b) Para que a entrevistada se sinta à vontade para falar é necessário que o entrevistador não
demonstre qualquer julgamento de valor com relação à fala ou comportamentos da entrevistada.
É importante que o entrevistador entenda que o “distanciamento” necessário para
a entrevista não é entre ele e a entrevistada, mas sim entre ele e seus próprios valores
e idéias.
6
c) Quando ouve a resposta, o entrevistador deve ter a capacidade de, rapidamente, avaliar a
adequação da resposta à pergunta formulada, examinando sua lógica interna, não se é verdade ou
mentira, bem ou mal, certo ou errado. É importante que não haja choque entre a lógica do
entrevistador e da entrevistada. Ao notar alguma imprecisão o entrevistador deve apelar para
frases tipo “não entendi bem tal coisa” ou, “poderia me explicar melhor isso”, etc. O
entrevistador deve tentar, sempre, não colocar a entrevistada em xeque.
d) O entrevistador deve ter a agilidade de observar se a resposta obtida atende ao nível de
detalhamento desejado e se os aspectos solicitados na questão relativos à freqüência, período de
tempo, regularidade e intensidade foram contemplados, tentando esclarecer da melhor forma
possível, o que não estiver claro. Este raciocínio que envolve a atenção, o domínio do
questionário e a capacidade de julgamento, tem que ocorrer num tempo muito curto, praticamente
ao mesmo tempo em que a entrevistada responde.
e) Lembre-se que a entrevista deve ser controlada por quem a realiza e que possui
objetivos claramente definidos. Portanto é necessário conhecer bem o instrumento a ser utilizado
(questionário), bem como as orientações a serem seguidas (instrutivo). Isso permite que você
mantenha o foco e saiba redirecionar a conversa, caso necessário, além de deixá-lo apto a
esclarecer quaisquer dúvidas que eventualmente a entrevistada tenha sobre a pesquisa, desde o
seu objetivo até a sua possível utilização.
ITEM VI: PROCEDIMENTOS DE CAMPO
O entrevistador receberá os questionários já numerados e deverá identificar cada
questionário com o nome da unidade de saúde. Ele deverá assinar o recebimento do material em
uma folha de controle de responsabilidade dos supervisores.
Em cada uma das unidades de saúde incluídas na amostra deverão ser aplicados pelo
entrevistador os seguintes instrumentos:
Termo de Consentimento
Questionário de Entrevista à mãe que trouxe o bebê menor de 6 meses para a
consulta
ITEM VII: ENTREVISTA COM A MÃE
O preenchimento do Instrumento “Questionário de Entrevista à mãe que trouxe o bebê
menor de 6 meses para a consulta” deverá ser realizado na sala de espera. Este questionário é
dividido em 2 partes: A Parte I pode ser preenchida antes ou depois da consulta, porém a Parte II
deve ser preenchido necessariamente depois da consulta.
ITEM VIII: ORIENTAÇÕES SOBRE ITENS ESPECÍFICOS DO QUESTIONÁRIO:
ATENÇÃO: Toda frase ou palavra que estiver em negrito no questionário é uma orientação
para o entrevistador, não devendo ser lido para a entrevistada.
Todo trecho escrito em itálico antes do início de cada bloco deve se lido para a mãe,
pois introduzirá o assunto a ser abordado.
Todos os trechos sublinhados nas perguntas são para chamar a atenção do entrevistador
para a importância destas palavras.
Os comentários do entrevistador devem ser escritos no rodapé do questionário ou do
lado esquerdo do mesmo, para não prejudicar o trabalho do digitador.
PARTEOsI termos de consentimento devem ser preenchidos à caneta e os questionários a lápis.
7
PARTE I : Blocos I a VI
(PODE SER PREENCHIDA ANTES DE A MÃE IR PARA A CONSULTA DO BEBÊ OU
TODO O QUESTIONÁRIO PODE SER PREENCHIDO APÓS A CONSULTA)
I. Identificação do questionário
2) Número do prontuário
Os números dos prontuários dos bebês elegíveis devem ser copiados no momento de seleção
da amostra, pois, neste período, os entrevistadores têm acesso aos prontuários dos bebês. Caso
isso não seja possível, devido ao fato da unidade apresentar um fluxo diferente, assim que o
entrevistador acabar de fazer a seleção de amostra, deve se dirigir ao profissional “referência” e
perguntar qual a melhor forma de conseguir esse dado. Caso haja alguma dúvida, consulte o
supervisor.
O preenchimento do número do prontuário deve ser feito da direita para a esquerda e caso
sobre alguma casa à esquerda, deixe-a em branco.
No caso da criança não ter prontuário e estar sendo atendida com um “SPA” (serviço de
pronto atendimento), registre 0000000 (não existe prontuário).
ATENÇÃO: a informação do número de prontuário é de grande importância não só para
identificar a criança em outras bases de dados como também para diferenciá-la da criança que
demanda o serviço de pronto atendimento.
Questões 6,7 e 8
Não devem ser preenchidas no momento da entrevista, já que estes campos são destinados aos
revisores e digitadores.
II. Identificação da Mãe
9) Hora de início da entrevista
Atenção: Preencher a hora de início a entrevista!
10) Nome da Mãe
Escrever o nome completo da mãe entrevistada, com letra legível e sem abreviações para
que, posteriormente, as mães possam ser localizadas em bases de dados secundários.
Como o nome da mãe já foi perguntado no momento em que foi apresentado o termo de
consentimento, o entrevistador não precisa perguntar, novamente. Basta copiar o nome do termo
de consentimento.
ATENÇÃO: Nunca comece a entrevista sem escrever o nome completo da mãe!
13) Endereço
Escrever o endereço da mãe, não esquecendo de anotar se a mesma reside em rua,
avenida, estrada, e se existe algum complemento no endereço, como por exemplo, no caso de
residência em apartamento, se existe bloco, ou anexo.
16) Telefone e/ ou Telefone para Contato
Neste campo podem ser escritos tanto telefones convencionais quanto celulares. Caso a
entrevistada responda não ter telefone, pergunte se tem algum telefone de vizinhos ou parentes,
pelo qual ela possa ser localizada. Sempre escreva ao lado do telefone de quem é o número
anotado, colocando o nome da pessoa e o grau de parentesco ou afinidade com a entrevistada. No
caso do telefone ser da própria entrevistada escreva “o próprio” na linha disponível. Esta
informação é de grande importância, pois caso seja necessário tirar alguma dúvida quanto à
resposta dada pela mãe, esta poderá ser obtida por telefone.
Se a mãe afirmar não ter outro telefone, preencher com 00000000 e se afirmar que tem
outro número, mas não lembra o número marcar 99999999 (não informado).
8
17) Você sabe ler e escrever?
Esta pergunta não deve ser esquecida e é independente da pergunta seguinte (última série
que completou na escola), pois há pessoas que já completaram anos escolares, mas ainda não
sabem ler e/ou escrever. Registre, de acordo com a resposta fornecida pela mãe, (0)Não, (1)Sim
ou (2)Mais ou menos (um pouco).
18) Última série que completou na Escola
Nesta questão há dois campos para serem preenchidos! No primeiro espaço, escrever a
série e no segundo registrar (1) Fundamental, (2) Médio ou (3) Superior. Quando o ensino for
Superior (3), escrever o número de anos de ensino superior que cursou.
Estão ocorrendo várias mudanças no ensino brasileiro, de maneira que as pessoas podem
usar referências diferentes, conforme sua idade. O entrevistador deve transformar.
(1) Ensino Fundamental: também chamado de 1° grau. Inclui o antigo primário (até a 4ª
série) e o antigo ginásio (5ª a 8ª séries). Também pode ser dividido, atualmente, em 1º, 2º, 3º e 4º
ciclos.
(2) Ensino Médio: também chamado de 2°grau. Inclui o antigo curso científico, clássico e
normal.
(3) Ensino Superior: também chamado de 3° grau, faculdade ou universidade.
Caso a mãe responda que não chegou a cursar nenhuma série completa na escola, marque
(0) em série e (0) no campo reservado para ensino.
ATENÇÃO: Caso a mãe fale que parou na 2ª série do 2ª grau, pergunte se ela chegou a
completar a 2ª série. Se ela responder sim, marque (2) e (2) e se ela responder não marque (1) e
(2), pois a pergunta é sobre séries completas.
19) Raça/Cor
Ler para a entrevistada as opções de cor ou raça e registrar aquela que for a declarada. Caso
a declaração não corresponda a uma das alternativas enunciadas no quesito, esclareça as opções
para que a entrevistada se classifique na que julgar mais adequada.
• Branca - para a pessoa que se enquadrar como branca;
• Preta - para a pessoa que se enquadrar como preta;
• Parda - para a pessoa que se enquadrar como parda ou se declarar mulata, morena,
cabocla, cafuza, mameluca ou mestiça;
• Amarela - para a pessoa que se enquadrar como amarela (de origem japonesa, chinesa,
coreana, etc.). Esclareça à pessoa, quando necessário, que a classificação amarela não se
refere à pessoa que tenha a pele amarelada por estar se expondo pouco ao sol ou por
sofrer de moléstia como hepatite, amarelão, etc;
• Indígena - para a pessoa que se enquadrar como indígena ou se declarar índia. Esta
classificação aplica-se tanto aos indígenas que vivem em aldeamento como aos que
vivem fora de aldeamento.
ATENÇÃO: Se a mulher responder que é negra, perguntar se ela se vê como preta ou parda.
Se a entrevistada resistir em escolher alguma das alternativas, pergunte qual a que mais se
aproxima da resposta que ela daria. Em caso de recusa permanente em escolher uma das opções,
escreva uma observação na questão, mencionando qual raça ou cor a entrevistada afirma ter.
Caso a mulher se classifique como amarela (sem ser de origem japonesa, chinesa, coreana
etc) ou indígena (sem ser indígena ou descendente direta de indígenas), explique o que classifica
a pessoa em cada uma dessas raças/cores e, após esclarecer a entrevistada, faça novamente a
pergunta, marcando a resposta dada por ela.
20) A respeito da situação conjugal, você...
Ler as alternativas para a entrevistada e marcar a opção correspondente à resposta
recebida. Se a resposta for “Tem companheiro, mas não vive com ele (2)” ou “Não tem
companheiro (3)”, não pergunte a questão 21 e continue a entrevista a partir da questão 22.
9
Se a entrevistada tiver dúvida quanto a dizer se tem um companheiro ou não, pergunte a
ela se considera que tem um relacionamento amoroso. Se ela responder que sim, considere que
tem companheiro. O companheiro não precisa ser o pai do bebê.
ATENÇÃO: Preste muita atenção na resposta dada pela entrevistada nesta questão, pois
apenas as mulheres que responderem “Vive com companheiro (1)” ou “tem companheiro mais
não vivem com ele (2)”, deverão responder as perguntas do bloco XIII (violência entre parceiros
íntimos).
21) Há quanto tempo vive com companheiro (em meses e anos)
Anotar o número de meses e anos utilizando dois dígitos. Ex: 7 meses = 07.
Se a entrevistada responder apenas em anos, escrever 00 em meses e caso responda só em
meses, escrever 00 em anos. Sempre que o número de meses ultrapassar 11 meses, fazer o
arredondamento para anos e meses.
ATENÇÃO: a expressão vive com o companheiro significa morar junto com ele.
22) Você tem algum trabalho em que ganhe dinheiro (remunerado)?
Registrar Não (0) ou Sim (1) de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a
resposta seja não, continue a entrevista a partir da questão 25.
Atenção: Caso a entrevistada responda que tem trabalho remunerado, mas está de licença, marcar
(1) Sim.
23) Qual o seu trabalho atual?
Após fazer a pergunta, ouça a resposta da entrevistada e preencha o campo com o
número correspondente: 1. Servidora pública; 2. Empregada não servidora pública; 3. Autônoma;
4.Empregadora; 5. Aposentada. Anote apenas o trabalho atual mais importante. Caso haja outro
trabalho, anote na pergunta 25, como outra fonte de renda.
1. Servidora Pública: pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador
público (Município, Estado ou União), sob a dependência deste e mediante salário.
2. Empregada, não servidora pública: toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador (que não seja Município, Estado ou União), sob a dependência deste e
mediante salário.
3. Autônoma: É toda aquela que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, por
conta própria. Exemplo: um camelô, um contador (que mantém escritório próprio, e atende a
diversos clientes, etc.).
4. Empregadora: Pessoa que admite, assalaria e dirige prestação pessoal de serviços, ou seja, que
admite trabalhadores como empregados.
5. Aposentada: Pessoa que deixou o serviço ou atividade que desempenhava, conservando o
ordenado inteiro ou parte dele.
Caso a mãe responda 3, 4 ou 5, vá para a questão 25.
25) Você tem outro tipo ou fonte de renda, como pensão, aposentadoria, biscate ou bolsa
família?
Se a resposta for não, registre (0) Não nos dois espaços disponíveis e caso a resposta seja
sim, pergunte qual o outro tipo de renda e preencha o campo com o número correspondente
(1. Pensão; 2. Aposentadoria; 3. Biscate; 4. Bolsa família e 5. Outro). Se a resposta for outro (5),
escreva na linha disponível qual a outra fonte de renda da entrevistada.
Podem ser anotadas 2 alternativas, mas, no caso de só ter uma resposta, preencha o segundo
espaço com Não (0).
ATENÇÃO: Considere “Biscate” quando a entrevistada responder que faz “bicos”, ou seja,
atividades de curta duração, esporádicas. Ex: Distribui panfletos na rua esporadicamente; recolhe
latas de alumínio, papelão ou jornal para vender etc.
27) Bens Existentes no Domicílio
Nas questões 27a, até a 27g: Preencher apenas Não (0) ou Sim (1).
10
Atenção: Na questão 27d, caso a entrevistada responda que tem “tanquinho”, marcar que
ela tem máquina de lavar roupa e na questão 27f só marcar Sim (1) se a entrevistada possuir
telefone fixo.
Nas questões 27h até 27j: Preencher Não (0) e, no caso da resposta ser Sim, preencher a
quantidade de bens.
Na questão 27i, não considerar como “carro de uso particular” o carro utilizado como
fonte de renda, como táxi, Kombi (Van, “Lotação”).
No caso de precisar confirmar a resposta recebida (por não ter conseguido ouvir direito)
pergunte: “Uma televisão?”, usando a mesma entoação de voz utilizada durante o resto do
questionário. Nunca pergunte: “Só uma televisão?”, pois a entrevistada pode se sentir diminuída.
28) Quantas pessoas moram na sua casa, contando com você e o bebê?
Registrar o número de pessoas residentes com dois dígitos. Ex: 5 pessoas = 05.
ATENÇÃO: Incluir no número de residentes a mãe (entrevistada) e o bebê.
29) E quantas são menores de 5 anos, contando com o bebê?
Registrar, com dois dígitos, o número de crianças menores de 5 anos que moram na casa
da entrevistada.
30) Você já teve algum aborto?
Marque Não (0), caso a entrevistada responda que nunca teve um aborto, porém, se ela
falar que teve, pergunte quantos e anote o número de abortos.
31) Quantas vezes você já esteve grávida contando com esta gravidez? (incluir aborto)
Registrar o número de gestações, com 2 dígitos, incluindo abortos espontâneos e provocados
e nascidos vivos e mortos.
Se a mãe responder 01, ou seja, que esta é a sua primeira gravidez, preencha 01 na questão
32 e marque 88 (não se aplica) na questão 33. Vá para o bloco III. Neste mesmo caso citado, se
for gravidez gemelar, marcar 02 na questão 32.
32) Quantos filhos vivos você tem hoje, contando com o bebê?
Escrever o número de filhos com dois dígitos. Se a mulher responder que só tem 01 filho
vivo, ou seja, apenas o bebê, registre 01, preencha 88 na questão 33 e vá para o bloco III.
33) Você amamentou seu último filho antes desse bebê?
Se a entrevistada só responder em meses, escreva 00 em dias. Caso só responda em dias,
escrever 00 em meses.
Converter de dias para meses e dias, caso a entrevistada responda um valor superior a 30
dias. Caso ela responda um valor superior a 1 ano, converta em meses. Ex: 2 anos = 24 meses.
III. Dados sobre o Pré-Natal
34) Você fez pré-natal?
Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a
resposta seja Não (0), continuar a entrevista a partir do bloco IV.
35) Com quantos meses de gravidez você começou o pré-natal?
Se for menos de 1 mês, marcar 0. Se a entrevistada responder em semanas converter para
meses (considerar apenas os meses completos).
Ex: 7 semanas = 1 mês e 3 semanas = 1 mês completo. Escrever 1 no espaço
correspondente.
36) Quantas consultas de pré-natal você fez? (mais ou menos)
Pergunte, primeiramente, “quantas consultas de pré-natal você fez?”. Se a mulher disser
que não sabe, falar pra ela te dizer mais ou menos quantas consultas foram.
11
IV. Dados sobre o bebê
38) Nome do Bebê
Escrever o nome completo do bebê, com letra legível e sem abreviações para que,
posteriormente, os bebês possam ser localizados em bases de dados secundários. É importante
que você memorize o primeiro nome do bebê. Caso tenha dúvida na escrita do nome da criança,
tire a dúvida com a mãe. Se ela tiver dificuldade para explicar, peça a caderneta de saúde da
criança e confirme o dado.
Nas próximas questões, sempre que estiver escrito (nome do bebê), substitua-o.
No caso de ainda não ter sido definido o nome do bebê, escrever “filho de (nome da
mãe)”.
39) Sexo
Registre Masculino (1) ou Feminino (2), de acordo com o nome da criança, não fazendo
esta pergunta à mãe. No caso do nome não permitir a identificação do sexo da criança, peça para
ver a caderneta de saúde da criança e confirme o sexo.
40) Quem cuida do (nome do bebê) a maior parte do tempo?
Após fazer a pergunta, ouça a resposta da entrevistada e preencha o campo com o número
correspondente (1. a própria 2.avó do bebê 3.irmão(ã) do bebê 4. pai do bebê 5.Outro). Se a
resposta for Outro (5), escreva na linha disponível quem cuida do bebê.
ATENÇÃO: Não escreva o nome da pessoa e sim o “grau de parentesco ou proximidade”,
por exemplo, cunhada, prima e vizinha.
41) O (nome do bebê) está na creche?
Marcar (0) Não ou (1) Sim de acordo com a resposta dada pela entrevistada.
Considerar creche tanto estabelecimentos formais quanto informais, domiciliares, desde que
a crecheira exerça um serviço coletivo (cuide de várias crianças) e receba por isto.
43) Onde o bebê nasceu? (a) Nome do Estabelecimento de Saúde e (b) Município.
Escrever o nome completo do Estabelecimento de Saúde e sem abreviações.
Se a mãe não souber dizer o nome do estabelecimento de saúde, escreva o máximo
possível de referências sobre o local, para que o mesmo possa ser identificado posteriormente.
No caso do bebê ter nascido em algum outro lugar que não tenha sido um estabelecimento de
saúde, escrever o nome do local. Não preencha o espaço cinza!
Com relação ao município, preencher (1) se a mãe falar Rio de Janeiro e, caso a mãe
responda outro, marcar (2) e escrever o nome do município.
45) Com que peso o(a) (nome do bebê) nasceu?
Anotar o peso do bebê em gramas.
46) O (a)(nome do bebê) já foi registrado (a)?
Registrar (0) Não ou (1) Sim de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso esta
seja Não (0), pule a questão 47 (preencha 88 – não se aplica) e continue a partir da questão 48.
47) Aonde foi feito o registro do (a) (nome do bebê)?
Registrar (1) Cartório da maternidade e, caso a mãe responda outro cartório, marcar (2).
Mesmo que a mãe tenha tido alta e retorne para registrar o filho no cartório da
maternidade marcar (1), pois foi a maternidade que fez o registro do bebê.
V- Aleitamento Materno
Caso a mãe seja HIV +, marque (0)Não na questão 49, pergunte a questão 50 e,
posteriormente, vá para o Bloco VI – Acesso ao Serviço de Saúde. Escreva na linha ao lado
de intercorrência materna (questão 50) que a mãe é HIV +.
49) O bebê saiu da maternidade mamando só no peito?
Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a
resposta seja Sim (1), continuar a entrevista a partir da questão 51.
12
ATENÇÃO: “Mamando só no peito” refere-se a aleitamento materno exclusivo, ou seja, sem
receber nenhum outro tipo de alimento, inclusive sem receber água, chá, ou suco, podendo estar
recebendo medicamentos. Enfatizar a palavra só!
50) Por que não estava só no peito?
Ler a pergunta para a entrevistada e ouvir a resposta da mesma. Verificar se a resposta dada
se encaixa em algum dos itens listados. Se a resposta da entrevistada não estiver enquadrada nos
itens 1, 2, 3 e 4, marcar 5 e anotar qualquer outro motivo relatado por ela, que explique o fato do
bebê não estar só mamando no peito.
No caso da mãe falar que o motivo foi alguma intercorrência com ela ou com o bebê,
marque, 1 (materna) ou (2) com o RN e escreva no espaço ao lado qual foi a intercorrência.
Considerar:
(1) Intercorrência materna: Qualquer problema que esteja relacionado à saúde da mãe. Ex:
mãe HIV+, que teve eclampsia, que teve hemorragia, tomando algum medicamento que
contra-indique ou prejudique a amamentação, fissura mamária (bico do peito rachado),
ingurgitamento mamário (seio empedrado), mastite (seio muito vermelho e febre), abscesso (pus),
etc.
(2) Intercorrência com o recém-nascido: Qualquer problema relacionado à saúde do recém
nascido. Ex: Recém nascido de baixo-peso, prematuro, que ficou internado na UI ou UTI, mal
formação congênita, etc.
(3) Prática hospitalar: Prática do hospital fornecer outro líquido ou alimento, mesmo que
mãe e bebê estejam saudáveis. Ex: O hospital deu outro líquido ou alimento, em mamadeira ou
não, em caso de uso de berçário “normal” (não é UI ou UTI) por ocasião de visita de familiares,
repouso noturno da mãe, na recuperação do pós-parto, etc
(4) Pouco leite/leite fraco/ bebê não pegou. Ex: mãe relata não ter leite suficiente, bebê
recusou-se a mamar.
(5) Outro: Anotar demais motivos que não se enquadrarem nos itens (1), (2), (3) e (4).
Atenção: Caso a mãe seja HIV + marque (1), escreva HIV no espaço ao lado da palavra
intercorrência materna e vá para o Bloco VI – acesso ao serviço de saúde.
51) Quando o(a) (nome do bebê) veio a esta Unidade de saúde pela primeira vez, mamava
no peito?
Marque Não (0) ou Sim (1) de acordo com a resposta dada pela entrevistada.
Atenção: Nesta questão deve ser marcado Sim (1) tanto no caso da criança estar em
aleitamento materno exclusivo quanto em aleitamento materno complementado com outros
alimentos.
52), 53), 54), 55) De ontem de manhã até hoje de manhã...
Esta introdução deve ser repetida a cada pergunta, para que a mãe se lembre que a resposta
deve ser relativa a esse período de 24 h.
Atenção: Os derivados do leite, como queijos e iogurtes são classificados como “outro tipo de
alimento”, ou seja, são abordados nas questões 55, 56e) e 56f).
56) Se a mãe já tiver respondido que o bebê recebeu de ontem até hoje algum dos alimentos
citados acima, marque 1 na questão correspondente (56 a, c ou e) e pergunte, apenas, com
que idade recebeu este alimento pela primeira vez.
Se a mãe responder (0) Não nas perguntas 53, 54 e 55, a questão 56 (a, c, e) deve ser
perguntada, porque o bebê pode não ter recebido outro líquido, ou alimento nas últimas 24h, mas ter
recebido em outro momento da vida.
Nos itens b, d, f: Procurar que a mãe forneça o dado o mais preciso possível, e não
arredondar em meses inteiros. Registrar os dias com dois dígitos (ex: 1 dia = 01) e no caso da mãe
responder mais de 29 dias, arredondar para meses e dias. Caso a resposta só seja dada em meses
13
preencher 00 em dias, e se forem informados apenas os dias (menor ou igual a 29 dias), preencher 0
em meses.
Caso a mãe informe que o bebê nunca recebeu estes alimentos, marcar não se aplica (8 88)
e caso responda que não sabe a idade preencha não informado (9 99).
Exemplo:
Questão 53 – Resposta (0) Não
Questão 54 – Resposta (1) Sim
Questão 55 – Resposta (0) Não
Perguntar a 56 a), já que o bebê pode ter consumido outro tipo de leite em algum outro
momento desde o nascimento - Resposta (0) Não
Não perguntar a Questão 56 b) e escrever 88 (não se aplica) no espaço correspondente
Marcar 1 na Questão 56 c) e não perguntar esta informação novamente para a mãe, já que
ela informou já ter dado água chá ou suco para o bebê.
Perguntar, então, a questão 56 d) e anotar o valor relatado (ex: 0 meses 10 dias).
Perguntar a 56 e) já que o bebê pode ter consumido outro alimento em algum outro
momento desde o nascimento – Resposta (1) Sim.
Perguntar, então, a Questão 56 f) e anotar o valor relatado (ex: 4 meses e 00 dias).
VI. Acesso ao serviço de saúde:
57) Na maternidade falaram que você deveria procurar a unidade de saúde mais próxima da sua
casa para levar o (nome do bebê)?
Se a entrevistada disser não, marcar (0) e caso a entrevistada responda sim, pergunte com
até quantos dias de vida falaram que ela deveria levar seu filho na unidade básica de saúde e
escreva o número de dias com dois dígitos (se necessário, faça a conversão de meses ou semanas
para dias).
58) Você recebeu, na maternidade, um cartão de acolhimento mãe-bebê marcando para você ir com
o (nome do bebê) em uma unidade básica de saúde?
Se a entrevistada responder não, marcar(0). Caso ela responda sim, pergunte se ela foi
marcada para ir para esta unidade (marcar 1) ou para outra unidade (marcar 2).
No caso da resposta ser Não, marque 8(não se aplica) nas questões 59, 60 e 61 e vá para a
questão 62.
Atenção: o cartão do acolhimento mãe/bebê está em anexo. No caso de dúvida da entrevistada,
mostre o cartão para ela.
59) No cartão estava marcada.... (ler as alternativas)
Ler da seguinte forma:
a) “No cartão estava marcada ... a data em que você deveria procurar a unidade básica de
saúde?”
Se a entrevistada responder não, marcar (0). Caso ela responda sim, perguntar a data em que
foi marcada e registrar no espaço correspondente.
b) “No cartão estava marcada... a hora do atendimento?”. Marcar Não (0) ou Sim (1), de
acordo com a resposta dada pela entrevistada.
c) “No cartão estava marcado o profissional que deveria procurar para ser atendida?”
Marcar Não (0) ou Sim (1) de acordo com a resposta dada pela entrevistada.
60) Você conseguiu ir à unidade de saúde na data marcada?
Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a
resposta seja Não (0), continuar a entrevista a partir da questão 62.
61) Você conseguiu ser atendida na unidade de saúde na data marcada?
Se a entrevistada responder não, marcar(0). Caso ela responda sim, pergunte se ela foi
atendida nesta unidade (marcar 1) ou em outra unidade (marcar 2).
14
62) Em que data você trouxe o (nome do bebê), pela primeira vez, nesta unidade de saúde?
Anotar a data fornecida pela mãe. Se a mãe portar a algum registro da data, peça que ela veja a
data certinha. Anote a data e, posteriormente, faça a conversão, no espaço correspondente, para a
idade do bebê nesta primeira consulta em meses (de 0 a 5) e/ ou número de dias (utilizando dois
dígitos).
Se a mãe só souber dizer a idade da criança nesta primeira consulta, anote no espaço
correspondente e escreva 99/99/99 (não informado) na data.
63) e 64)
Se a entrevistada responder Sim, marcar (1), porém, se a entrevistada responder não,
pergunte se já tinha sido dada a vacina correspondente na maternidade. Se ela responder não,
marcar (0) e se responder que a vacina tinha sido dada na maternidade, marcar (2). Caso responda
que a vacina tenha sido dada em outra unidade de saúde, marcar (3).
67) No primeiro dia que você trouxe o(a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde foi marcada a consulta
de acompanhamento com o pediatra?
Marcar (0) se a entrevistada responder que não. Caso a entrevistada responda sim, escreva a
data em que a consulta foi marcada.
68) Neste mesmo dia foi feito o teste do pezinho?
Se o teste do pezinho não tiver sido realizado no primeiro dia em que o bebê foi à unidade,
marque (0) Não e caso a entrevistada responda Sim, marque (1), preencha a questão 69 com base
na data do primeiro dia que o bebê veio à unidade de saúde (questão 62) e vá para a questão
70.
69) Com que idade o teste do pezinho foi feito?
Ler a pergunta para a entrevistada e ouvir sua resposta, classificando-a em: (0) Não foi
feito, (1) Com até 7 dias, (2) Com 8 a 14 dias e (3) Com 15 dias ou mais.
Caso a entrevistada não se recorde, consulte o cartão da criança na página relativa às
vacinas para observar se em outras vacinas está carimbado o dia do teste do pezinho (PKU). No
caso do passaporte da cidadania (Modelo 1), esta informação pode estar na página 12- Triagem
neonatal). Se ainda assim, não obtiver a informação, leia as alternativas para ela.
Ex: Resposta da entrevistada: “Com menos de um mês”.
O entrevistador deve perguntar: Mas foi com até 7 dias (1), Com 8 a 14 dias (2) ou mais
de 15 dias (3)?
ATENÇÃO: Registrar mesmo se o teste do pezinho tiver sido feito em outra unidade de saúde.
70) A quantas consultas o (a) (nome do bebê) já veio nesta unidade, sem contar a consulta
de hoje, nem o acolhimento?
Escreva o número de consultas com dois dígitos.
ATENÇÃO: não inclua nesse valor o acolhimento e a consulta realizada no dia da entrevista
(consulta atual).
71) Você tem alguma dificuldade para trazer o (a) (nome do bebê) nesta unidade de saúde?
Registrar (0) Não ou (1) Sim de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Se a
resposta for (0) Não, escreva 8 (não se aplica) na questão 72 e, vá para a questão 73.
72) Qual dificuldade?
Ler a pergunta para a entrevistada e aguardar a resposta. Classificar a resposta da
entrevistada em uma ou mais opções descritas. As alternativas que a mãe citar marque: Sim (1) e
as que ela não citar marque Não (0). Caso não haja a opção adequada, marcar (1) em “outro” e
escrever a dificuldade relatada pela mãe.
a- Não tinha dinheiro
b- O local de atendimento era distante ou de difícil acesso. Ex: “Essa unidade de saúde
fica em uma rua de terra batida e quando chove não dá pra chegar aqui”; “A unidade de saúde é
muito longe da minha casa.”
15
c- Dificuldade de transporte. Ex: “Na rua onde moro não passa ônibus e eu tenho que
descer uma ladeira muito grande para chegar no ponto de ônibus”.
d- Horário Incompatível; Ex: “Aqui na unidade de saúde são os médicos que marcam a
hora para meu filho ser atendido e neste horário eu trabalho”.
e- O atendimento é muito demorado. Ex: “Aqui nesta unidade de saúde fico muito tempo
na fila para ser atendida”.
f- Não tinha quem a acompanhasse; Ex: “Não tinha ninguém para vir comigo aqui na
unidade e aí não daria para eu vir trazendo o bebê e a bolsa.”
g. Greve nos serviços de saúde
h. Outro Motivo. Qual? ____ Registrar neste espaço, se possível com as palavras da mãe.
ATENÇÃO: Não pergunte se a mãe tem alguma outra dificuldade além das que já citou
nem leia as alternativas para ela, pois isso pode induzi-la a uma outra resposta.
Se a entrevistada perguntar “Dificuldade em que?”, repita a questão completando-a da
seguinte maneira: qual dificuldade {você tem para trazer o (nome do bebê) nesta unidade de
saúde}?
73) Você já levou o bebê em outro serviço de saúde?
Registre (0) Não ou (1) Sim, de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Se
responder não, vá para o bloco VII.
ATENÇÃO: Aguarde, atentamente, a mãe sair da consulta para continuar a entrevista.
Horário de término da Parte I:
Escreva apenas o horário em que terminou a Parte I, independente da mãe ter respondido
toda a Parte I de uma vez só, ou ter interrompido esta parte da entrevista por qualquer motivo.
Posteriormente, anote o Horário de início da Parte II.
PARTE II : Blocos VII a XV
(ESTA PARTE DA ENTREVISTA DEVE SER REALIZADA APENAS APÓS A MÃE SAIR
DA CONSULTA COM O BEBÊ):
VII. Primeira consulta ou consulta subseqüente.
75) A consulta de hoje foi marcada ou você trouxe o (nome do bebê) sem ter marcado antes?
A consulta marcada refere-se à consulta agendada, de acompanhamento, enquanto a não
agendada é de demanda espontânea ou extra.
76) Posso ver a caderneta de saúde da criança?
Caso a resposta seja (2) Não trouxe, (3) Não tem, vá para o bloco VIII e registre não se
aplica (8) para as perguntas 77 e 78.
Após pegar a caderneta da criança, só devolva após terminar o bloco de imunização, ou
quando a mãe necessitar se ausentar, visto que várias informações terão que ser coletadas da
mesma.
77) Marque o modelo da caderneta da criança.
Ao receber a caderneta, olhe o modelo da caderneta e preencha:
(1) Passaporte da Cidadania: É a caderneta mais recente, que é utilizada tanto para meninos
quanto para meninas, possuindo folhas rosas (preenchidas apenas no caso de meninas), folhas azuis
(preenchidas apenas nos casos de meninos) e folhas que são preenchidas tanto para meninas quanto
para meninos (rosas e azuis).
(2) Caderneta Laranja Grande: É uma caderneta exclusiva para meninas. Possui a numeração
de página igual à Caderneta Verde Grande.
Atenção: O desenho e a cor desta caderneta são semelhantes aos observados na Caderneta Laranja
Pequena. As únicas diferenças entre estas duas cadernetas são seu tamanho (19cm x 15cm) e as
páginas onde estão localizadas as informações!
16
Em caso de dúvida quanto ao tamanho da caderneta, confirmar o modelo verificando a página
onde está localizado o gráfico Peso x Idade (página 18).
(3) Caderneta Verde Grande: É uma caderneta exclusiva para meninos. Possui a numeração de
página igual à Caderneta Laranja Grande.
Atenção: O desenho e a cor desta caderneta são semelhantes aos observados na Caderneta Verde
Pequena. As únicas diferenças entre estas duas cadernetas são seu tamanho (19cm x 15cm) e as
páginas onde estão localizadas as informações!
Em caso de dúvida quanto ao tamanho da caderneta, confirmar o modelo verificando a página
onde está localizado o gráfico Peso x Idade (página 18).
(4) Caderneta Laranja Pequena: É uma caderneta exclusiva para meninas. Possui a numeração
de página igual à Caderneta verde pequena.
Atenção: O desenho e a cor desta caderneta são semelhantes aos observados na Caderneta
Laranja Grande. As únicas diferenças entre estas duas cadernetas são seu tamanho (17cm x 14cm) e
as páginas onde estão localizadas as informações!
Em caso de dúvida quanto ao tamanho da caderneta, confirmar o modelo verificando a página
onde está localizado o gráfico Peso x Idade (página 14)
(5) Caderneta Verde pequena; É uma caderneta exclusiva para meninos. Possui a numeração de
página igual à Caderneta laranja pequena.
Atenção: O desenho e a cor desta caderneta são semelhantes aos observados na Caderneta Verde
Grande. As únicas diferenças entre estas duas cadernetas são seu tamanho (17cm x 14cm) e as
páginas onde estão localizadas as informações!
Em caso de dúvida quanto ao tamanho da caderneta, confirmar o modelo verificando a página
onde está localizado o gráfico Peso x Idade (página 14).
(6) Espelho Laranja: Tem o título “Caderneta Espelho da Menina”. É exclusiva para meninas.
(7) Espelho Verde: Tem o título “Caderneta Espelho do Menino”. É exclusivo para meninos.
(8) Cartão Vermelho: Tem o título “Cartão da criança”. É exclusivo para meninas.
(9) Cartão Azul: Tem o título “Cartão da criança”. É exclusivo para meninos.
78) Verificar na caderneta da criança:
Olhar, de acordo com o modelo da caderneta, em que página a informação desejada pode ser
encontrada.
78. a ) N° da declaração de Nascido Vivo:
Encontrada na página 3 dos modelos 1, 2, 3, 4 e 5.
Atenção: Os modelos 6, 7, 8 ou 9 não têm esta informação, de forma que deve ser preenchido 88
(não se aplica) nesta questão e a entrevista deve ser prosseguida a partir da questão 78.b.
78. b) c) d)
Informação encontrada na página 12 (modelo 1), Na página 3 ( modelos 2,3,4 e 5) e na capa
(modelos 6,7,8 e 9);
Atenção: No modelo 1, há registro do Apgar 5ºmin e 1º min, devendo ser registrado apenas
o apgar 5º min.
Se na caderneta estiver preenchido Apgar 9/10, anote 10, pois o primeiro valor corresponde
ao apgar do 1º minuto e o segundo ao apgar do 5º minuto.
78.e. Idade gestacional (em semanas):
Informação encontrada na página 12 (modelo 1) e Na página 6 (modelos 2, 3, 4 e 5).
ATENÇÃO: Nos modelos 6, 7,8 e 9 não têm esta informação, de forma que deve ser preenchido
não se aplica (88) nesta questão e a entrevista deve ser prosseguida a partir da questão 79.
Anotar a idade gestacional em semanas completas, sem arredondar se houver registro dos
dias também. Ex: 8 semanas e 4 dias = 08 semanas (semanas completas).
78.f. Teste do reflexo vermelho:
Informação encontrada na página 12 (modelo 1) e na página 6 ou 9 (modelos 2, 3, 4 e 5 - é
encontrado um carimbo ou registro, que significa que o teste foi realizado).
Nos casos de modelos 6, 7, 8 ou 9, esta questão deve ser preenchida com 8 (não se aplica).
A realização e o resultado do teste poderão constar em uma declaração à mãe.
17
ATENÇÃO: Caso algum dos itens (que deveria estar preenchido de acordo com o modelo da
caderneta) não esteja preenchido, marcar Não (0) em todos os espaços correspondentes.
VIII. Crescimento e Desenvolvimento
79) Pesaram o (a) (nome do bebê) hoje no Posto?
Registre Não (0) ou Sim (1) de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Se ela
responder Não (0), preencha a questão 80 com (8) não se aplica, e vá para a questão 81, pois
se a criança não foi pesada a mãe também não irá ter como responder o peso da mesma.
80) Você sabe me dizer quanto ele pesou?
Anotar o peso do bebê informado pela mãe em gramas.
A mãe pode consultar a caderneta se ela quiser e souber onde o dado se encontra, porém,
você não deve pedir para ela consultar.
81) Aqui na unidade falaram com você sobre como está o ganho de peso do bebê? (ou
perda)
Perguntar da seguinte forma: “Aqui na unidade falaram com você sobre como está o
ganho de peso do bebê?”. Se a mãe falar que explicaram que o bebê dela perdeu peso é sinal que
deram orientação sobre o ganho de peso, de forma que se deve marcar (1) Sim.
Marcar (0) Não ou (1) Sim de acordo com a resposta dada pela entrevistada.
Exemplo de respostas que indicam que a mãe recebeu alguma orientação: “Disseram que
me filho ganhou muito peso (ou) que estava muito gordinho”; “Disseram que meu filho estava
ganhando pouco peso (ou) que estava muito magrinho para idade que ele tem”; “Falaram que meu
filho emagreceu muito”; “Falaram que eu tinha que parar de dar mingau pro meu bebê e dar só
leite materno porque ele ganhou muito peso”.
Se a mãe não tem ou não trouxe caderneta, marque não se aplica (8) nas questões de 82
até 85 e vá para o bloco IX.
82) Verificar no gráfico da caderneta/cartão da criança se está preenchido:
Se a mãe estiver com a caderneta, olhar, de acordo com o modelo, em que página a informação
desejada pode ser encontrada. A informação pode ser encontrada no Modelo 1 [Pág. 46 (menina) e
pág. 56 (menino)], Modelos 2 e 3 (pág. 18), Modelos 4 e 5 (pág.14) e Modelos 6, 7,8 e 9 (gráfico).
PESO (Gráfico Peso X Idade)
82 a) peso da consulta de hoje marcado na curva em gramas.
Verifique no eixo X (números na linha horizontal) se a idade que corresponde ao último
ponto é igual à idade atual do bebê. Considere o ponto como referente à última consulta apenas
se a idade estiver marcada no mês completo ou até 20 dias a mais (no caso de meses
incompletos). Caso contrário, marque Não (0), pois significa que o peso da consulta atual não está
marcado no gráfico ou foi marcado erradamente.
Ex1: Idade atual: 3 meses e 10 dias – o ponto pode estar marcado tanto nos 3 meses
quanto nos 4 meses.
Ex2: Idade atual: 3 meses – só pode estar marcado nos 3 meses.
Verifique no eixo Y (números na linha vertical) o peso em gramas correspondente à idade
atual e anote no espaço correspondente. Caso não esteja marcado, registre o número (0) Não.
Na caderneta do passaporte da cidadania (modelo 1), as linhas de peso crescem de 200g
em 200g. No caso da marcação estar sobre a linha, coloque o valor correspondente. Ex: Ponto em
2200g – registrar 2200g. Se estiver entre duas linhas, marque o valor correspondente ao meio
entre elas.
Ex: Ponto entre 2200g e 2400g – registrar 2300g.
ATENÇÃO: Não altere o preenchimento desta questão por olhar que o valor da questão
83a está diferente. Preencha o valor encontrado no gráfico, seguindo as orientações dadas
anteriormente.
82 b) Peso da última consulta anterior que tenha sido marcado na curva
18
Verifique se há alguma marcação anterior à atual, na curva de crescimento da criança. Se
existir uma (pelo menos), copie o peso e a data da consulta mais recente, e preencha o campo de
idade com 8 (não se aplica). Caso não haja preenchimento da data no gráfico, anote a idade
correspondente ao ponto marcado e preencha 8 (não se aplica) no espaço reservado para a data.
Caso não haja qualquer marcação anterior, registre (0) Não.
ATENÇÃO: Se o ponto estiver marcado entre a idade de 2 meses e 3 meses, por
exemplo, registre no campo reservado para idade: 2 meses e 15 dias.
82 c) INCLINAÇÃO
No gráfico, como está a inclinação da curva da criança em relação ao peso da consulta anterior e o
de hoje?
Abrir a caderneta da criança na página correspondente ao gráfico de Peso x Idade. Localizar
na curva o ponto que corresponde à consulta realizada no dia da entrevista (consulta atual) e,
posteriormente, visualizar o último ponto anterior à consulta atual. Observar se a linha que une
esses dois pontos está ascendente (o peso aumenta da consulta anterior para a atual), horizontal (o
peso não se modifica da consulta anterior para a atual), ou descendente (o peso diminui da consulta
anterior para a atual). Registrar (1) ascendente, (2) horizontal ou (3) descendente, de acordo com o
observado na curva.
Caso o peso da criança não tenha sido marcado na consulta atual ou não tenha registro de
nenhum outro peso anterior, registrar (0) - não marcado. Se for a primeira consulta, registrar (8) não se aplica. Deve ser verificada a curva entre o peso da consulta atual e a última consulta
marcada no gráfico, independente de ter ocorrido alguma consulta antes que não tenha sido
marcada no gráfico.
No caso de aparecerem 2 ou 3 pontos na mesma linha de idade, abra a caderneta na página
42 (Modelo 1), na página 16 (Modelos 2 e 3), na página 15 (Modelos 4 e 5) e veja quais são os
dois últimos pontos, verificando se o peso aumentou da penúltima para a última consulta
(ascendente), continuou o mesmo (horizontal) ou diminuiu (descendente).
82 d) PERCENTIL
No gráfico, onde está localizado o peso de hoje no cartão?
Abrir a caderneta da criança na página correspondente ao gráfico. Localizar na curva o
ponto que corresponde à consulta realizada no dia da entrevista (consulta atual). Posteriormente,
verificar em qual divisória do gráfico o ponto se encontra:
Leia os valores de percentil escritos na vertical (à esquerda do gráfico).
No modelo 1, estão registrados os percentis: P97, P50, P10 e P3.
Nos modelos 2, 3, 4, 5, 6 e 7 estão registrados: P97, P10, P3 e P0,1.
Nos modelos 8 e 9 estão registrados: P97, P10 e P3.
Considere apenas os percentis P97, P10 e P3 para responder esta questão!
(1) > percentil 97: acima da linha P97.
(2) ≥ percentil 10 e ≤ percentil 97: Entre a linha P97 e a linha P10, incluindo os pontos
que estiverem sobre estas linhas.
(3) ≥ percentil 3 e < percentil 10: Entre a linha P10 e a linha P3, incluindo os pontos que
estiverem sobre a linha P3.
(4) < percentil 3: Abaixo da linha P3.
Caso o peso da criança não tenha sido marcado na consulta atual, registrar (0) - não
marcado.
83) PESO ANOTADO. Verificar se está preenchido:
A informação pode ser encontrada na página 42 (Modelo 1), na página 16 (Modelos 2 e
3), na página 15 (Modelos 4 e 5).
Atenção: Os modelos 6, 7, 8 e 9 não possuem esta informação. Nestes casos, marcar 88 (não
se aplica) e continuar o questionário a partir da questão 85.
83 a). Copie o valor do peso (em gramas) da consulta realizada no dia da entrevista. Caso
não tenha registro de peso, registrar (0) Não.
19
83 b) Verifique se há alguma anotação de pesos anteriores a essa consulta. Caso exista
(pelo menos uma anotação), copie o peso e a data das consultas anteriores existentes, exceto a
consulta atual, que já estará registrada na linha anterior. Caso não haja anotação de consultas
anteriores, marque (0) Não.
84) PERÍMETRO CEFÁLICO. Verificando o gráfico, onde está localizado o perímetro de
hoje?
A informação desejada pode ser encontrada no Modelo 1 [pág. 44 (meninas) e 45
(meninos)], nos Modelos 2 e 3 (pág. 17) e nos Modelos 4 e 5 (pág. 13).
Atenção: Os modelos 6, 7,8 e 9 não possuem esta informação. Nestes casos, marcar não se
aplica (88) e continuar o questionário a partir da questão 85.
Localizar na curva o ponto que corresponde à consulta realizada no dia da entrevista
(consulta atual). Posteriormente, verificar em qual divisória do gráfico o ponto se encontra:
(1) >percentil 90: ponto encontra-se acima da primeira linha (de cima para baixo).
(2) Entre percentil ≥10 e ≤90: Ponto encontra-se entre a primeira linha e a segunda linha
(contando de cima para baixo), incluindo os pontos que estiverem sobre a primeira e segunda
linhas.
(3) <percentil 10: ponto encontra-se abaixo da segunda linha.
Caso o perímetro cefálico da criança não tenha sido marcado na consulta atual, registrar (0) - não
marcado.
Para saber se o perímetro marcado é o da consulta atual, verifique quantos meses a criança
tem na consulta atual e se a marcação do gráfico está feita na mesma direção da idade da criança.
Considere o ponto como referente à última consulta apenas se a idade estiver marcada no mês
completo ou até 20 dias a mais (no caso de meses incompletos). Caso contrário, marque Não (0),
pois significa que o perímetro cefálico da consulta atual não está marcado no gráfico ou foi
marcado erradamente.
85) DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ. Verificar na caderneta/cartão há alguma anotação.
Abrir a caderneta da criança nas páginas indicadas segundo o modelo da caderneta/cartão:
Modelo 1 (pág. 30 a 32), Modelos 2 e 3 (pág. 23 e 24); Modelos 4 e 5 (pág. 16 e 17);
Modelos 6, 7, 8 e 9 (Verso do gráfico);
Observar se foi feita alguma anotação, como, por exemplo, a idade com que começou a
apresentar as características listadas.
ATENÇÃO: Se tiver alguma anotação em qualquer uma das páginas, marque (1) Sim.
Caso não haja nenhuma anotação, registre (0) Não.
IX Aleitamento Materno:
Em caso de mãe HIV +, vá para o Bloco X – imunização)
ATENÇÃO: As perguntas do bloco IX – Aleitamento Materno - são relativas ao período de
assistência ao bebê, e não ao atendimento pré-natal ou hospitalar
86) Aqui nesta unidade, depois que o (nome do bebê) nasceu, falaram com você sobre
amamentação?
Marcar Não (0) ou Sim (1) de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a mãe
responda não vá para a questão 88.
ATENÇÃO: se a mãe responder que recebeu orientação apenas no pré-natal ou no hospital,
marcar não (0).
87) Depois que o (nome do bebê) nasceu, falaram com você sobre amamentação...
Ler a pergunta e, posteriormente, as alternativas para a entrevistada. Para cada alternativa,
marcar (1) Sim ou (0) Não, de acordo com a resposta recebida. Em caso de ter recebido
orientação de outro jeito, registrar (Ex: na sala de vacina).
88) Aqui nesta unidade, depois que o (nome do bebê) nasceu, mostraram como colocar o
bebê no peito para mamar?
20
89) Aqui nesta unidade, depois que o (nome do bebê) nasceu, explicaram que o bebê deve
mamar quando quiser?
91) Aqui nesta unidade, depois que o (nome do bebê) nasceu, falaram que não se deve dar
mamadeira para o bebê?
Marcar (0) Não ou (1) Sim de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Ao fazer a
pergunta, leia “bebê” e não substitua esta palavra pelo nome da criança, para que a pergunta fique
impessoal. Se na pergunta 89 a mãe responder que falaram para ela que o bebê deve mamar de
três em três horas, por exemplo, marcar Não (0).
90) E explicaram como tirar o leite de peito com as mãos, se precisar? (ordenha manual)
Considerar Sim (1) apenas no caso da mãe ter sido orientada sobre a ordenha manual.
Caso a mãe responda que recebeu orientação para retirar leite com a bomba, com garrafa, seringa,
ou outro, marcar Não (0).
92) E falaram até quando o bebê deve mamar só no peito?
Ler a pergunta para a entrevistada. Ao fazer a pergunta, ler “bebê” e não substituir esta
palavra pelo nome da criança, para que a pergunta fique impessoal. Enfatizar a palavra só, para a
mãe perceber que estamos perguntando sobre aleitamento materno exclusivo.
Caso a entrevistada responda Não, marcar (0). Se ela responder Sim, pergunte até quantos
meses falaram que o bebê deve mamar só no peito, e anote no espaço correspondente utilizando
dois dígitos. Ex: 06 meses.
X- Imunização:
95) Olhar na caderneta da criança as vacinas que já foram tomadas.
Caso a mãe não tenha a caderneta da criança em mãos (não tem ou não trouxe), marcar 8
(não se aplica) nesta questão e continuar a entrevista a partir do bloco XI.
Em posse da caderneta de vacinação do bebê, abrir a mesma na página correspondente,
segundo o modelo da caderneta:
Modelo 1 (páginas 78 e 79), Modelos 2 e 3 (páginas 32 e 33), Modelos 4 e 5 (páginas 24
e 25) e Modelos 6, 7, 8 e 9. (quadro de vacina).
Nas questões 95 a), b), c), d) e e), marcar (0) Não se a vacina não foi tomada ou (1) Sim
se a vacina foi tomada pelo bebê.
ATENÇÃO: Imediatamente após o preenchimento do bloco de imunização, devolva a
caderneta de saúde para a mãe.
XI- Problemas de Saúde:
96) O (a) (nome do bebê) está com tosse ou dificuldade de respirar?
96a) Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a
resposta seja Não (0), vá para a questão 97. Se a resposta for Sim (1) continue a perguntar a 96b)
e, posteriormente a 96c).
96b) Anotar, em dias, o tempo em que o bebê está com o problema de saúde citado.
96c) Anotar o(s) nome(s) do(s) medicamento(s) que foram receitados ou procedimento(s)
recomendado(s) para o bebê pela Unidade de Saúde em virtude da tosse ou dificuldade de
respirar.
Proceda de maneira igual nas questões 97 (sobre febre) e 98 (sobre problema de ouvido).
Atenção: Os espaços em cinza (96c, 97c e 98c) só devem ser preenchidos com 8 (não se
aplica) no caso das questões 96a, 97a e 98a terem resposta Não (0). Se tiver sido feita alguma
recomendação em virtude do problema de saúde do bebê, este espaço cinza deve ficar em branco,
para ser codificado, posteriormente, pelos pesquisadores responsáveis.
21
99) O (a) (nome do bebê) está com diarréia?
99a) Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a
resposta seja Não (0), vá para a questão 100. Se a resposta for Sim (1), continue a perguntar a
99b) e, posteriormente a 99c).
99 b) Anotar, em dias, o tempo em que o bebê está doente.
99c) Perguntar para a mãe o que foi recomendado para o(a) (nome do bebê). Marcar (0)
Nada, (1) Soro oral/caseiro, (2) Aleitamento materno exclusivo (ficar só no peito) ou, no caso
do(s) medicamento(s) ou procedimento não se encaixarem nestes itens, marcar (3) Outro e
escrever o que foi recomendado para o bebê pela Unidade de Saúde em virtude da diarréia.
Podem ser registradas até 3 opções.
Atenção: Se só tiver sido feita uma recomendação, marcar (0) no segundo e terceiro campos.
100) O (a) (Nome do bebê) está com algum outro problema de saúde?
Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a
resposta seja Sim, marque (1) e pergunte qual o problema de saúde, anotando-o no espaço
correspondente.
101) E desde que nasceu, o (a) (nome do bebê) já teve algum problema de saúde? (além dos
atuais)
Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Se a
resposta for Sim, marque (1) e escreva qual o problema de saúde no espaço correspondente e se
for (0) Não, vá para a questão 105 e marque não se aplica (8) nas questões 102, 103 e 104.
102) Quando ele (a) teve (o(s) problema(s) de saúde citado(s) na questão 101), você procurou
algum serviço de saúde?
Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a
resposta seja Sim (1), continuar a entrevista a partir da questão 104 e marcar 8 (não se aplica) na
questão 103.
103) Por que motivo não procurou o serviço de saúde?
Leia a pergunta para a entrevistada e aguarde a resposta. Classifique a resposta da
entrevistada em uma ou mais opções descritas. Caso não haja a opção adequada, marque (1) em
“k. Outro motivo” e escreva o motivo relatado pela mãe no espaço correspondente.
Marque (1) Sim para a (s) alternativa (s) que ela citar como dificuldades.
a. Não houve necessidade
b- Não tinha dinheiro
c- O local de atendimento era distante ou de difícil acesso. Ex: “Essa unidade de saúde
fica em uma rua de terra batida e quando chove não dá pra chegar aqui”; “A unidade de saúde é
muito longe da minha casa.”
d- Dificuldade de transporte. Ex: “Na rua onde moro não passa ônibus e eu tenho que
descer uma ladeira muito grande para chegar no ponto de ônibus”.
e- Horário Incompatível; Ex: “Aqui na unidade de saúde são os médicos que marcam a
hora para meu filho ser atendido e neste horário eu trabalho”.
f- O atendimento é muito demorado. Ex: “Aqui nesta unidade de saúde fico muito tempo
na fila para ser atendida e quando eu venho para cá não tenho como fazer comida para os meus
outros filhos que têm que ir para a escola”.
g- O estabelecimento não possuía especialista compatível com as necessidades de seu
filho. Ex: “Meu filho precisava de um médico de ouvido e aqui não tem.”
h- Não tinha quem a acompanhasse; Ex: “Não tinha ninguém para vir comigo aqui na
unidade e aí não daria para eu vir trazendo o bebê e a bolsa.”
i- Não gostava dos profissionais do estabelecimento;
j. Greve nos serviços de saúde;
k. Outro Motivo. Qual? Escrever, na linha correspondente o outro motivo citado.
Atenção: Ao final dessa questão, vá para a questão 105.
22
105) O (nome do bebê) já esteve internado alguma vez?
Marcar Não (0), ou Sim (1), de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a
resposta seja Não (0), continuar a entrevista a partir do bloco XII.
106) Por qual motivo?
Ler a pergunta para a mãe e aguardar a resposta. Se a resposta da mãe não estiver de
acordo com as opções (1) e (2), marcar (3) e anotar qual foi o motivo relatado pela entrevistada
no espaço correspondente.
XII– INFORMAÇÕES SOBRE O ACOMPANHAMENTO DO BEBÊ
107) O médico (ou enfermeira) que está consultando o (a) (nome do bebê) nesta Unidade é
sempre o mesmo?
Ler a pergunta e, posteriormente, as alternativas (até o número 3) para a entrevistada. Se ela
falar que é a primeira consulta do bebê marque (4) e se ela falar que não sabe ou não lembra,
marque não informado (9).
108) Já foi marcada uma nova consulta para o bebê?
Marcar Não (0), Sim (1), ou Não, vai ser marcada hoje (2). Caso a resposta seja (0) ou (2),
continuar a entrevista a partir da questão 110.
ATENÇÃO: Se na rotina da unidade a marcação for feita no mesmo dia, em outro local,
após a realização da consulta, marcar (2) Não, vai ser marcada hoje.
109) Para quando foi marcada a consulta?
Registrar o dia, o mês e o ano, nos quais, a consulta foi marcada para o bebê. Não
esquecer de anotar a data utilizando apenas dois dígitos.
110) Você acha que nesta Unidade de Saúde eles escutam o que você tem a dizer sobre o
bebê ?
Marcar (0) Não, (1) Sim ou (2) Mais ou menos, de acordo com a resposta dada pela
entrevistada. Caso ela responda que não sabe, marcar não informado (9).
111) Você diria que o acompanhamento do (a) (nome do bebê) nesta unidade está sendo...?
Ler a pergunta e, em seguida ler as alternativas. Registre o número correspondente a
resposta dada pela mãe.
112) Por que?
Ouvir a entrevistada com atenção, pacientemente, e anotar os motivos relatados pela
mesma, utilizando as palavras dela.
BLOCO XIII: VIOLÊNCIA ENTRE PARCEIROS ÍNTIMOS
As questões 113 até 160 só devem ser perguntadas às mulheres que responderam na
questão 20 (1) Vive com o companheiro ou (2) Tem companheiro, mas não vive com ele. Se a
mãe respondeu (3) Não tem companheiro, vá para a questão 161, bloco XIV.
A mulher que teve companheiro após o nascimento do bebê, mas atualmente não tem mais,
não deve responder ao questionário de violência, ou seja, só pode responder este questionário se
ela achar que, atualmente, tem um relacionamento amoroso.
Se a mulher, no momento da entrevista, estiver acompanhada de companheiro, sogra ou
amiga, pedir que esta pessoa fique com o bebê um pouquinho e solicite que a mãe te acompanhe
para um lugar mais reservado. Fale que precisa fazer umas perguntas mais íntimas. Se o
companheiro não quiser sair de perto da entrevistada, não aplique o questionário sobre violência e
escreva uma observação no mesmo. Afinal, caso a entrevistada seja vítima de violência, a
presença do companheiro pode ser ameaçadora e intimidá-la, impedindo que a mesma responda
com sinceridade às questões.
23
Porém, se a entrevistada estiver acompanhada de um filho com idade que não permita que
este se distancie da mãe (menor de 08 anos), tente fazer as perguntas com a voz mais baixa,
evitando que a criança ouça o que está sendo perguntado.
Antes de começar as perguntas do módulo sobre violência, leia, pausadamente, o trecho
em itálico. O mesmo é de extrema importância para preparar a entrevistada em relação às
próximas perguntas que serão feitas a ela.
Esclareça para a entrevistada que todas as perguntas se referem ao período após o
nascimento do bebê. Posteriormente, fale que, para cada pergunta lida, você deseja que ela
responda se ocorreu (sim) ou não.
A pergunta deve ser feita para a entrevistada da forma exata como está escrita no
questionário, pois se alguma palavra for modificada, pode levar a uma interpretação errada. Leia a
pergunta uma vez e se a mulher não entender, leia outra vez. Se, mesmo assim, ela não entender,
marque não informado (9). Nunca explique a questão com as suas palavras!
Marcar apenas o que a mulher falar, mesmo que ela responda que não sofreu violência e
chore durante a entrevista.
Leia o trecho (“Diante de uma discussão entre você e seu companheiro, após o
nascimento do bebê...”) todas as vezes que ele aparecer no questionário, pois o mesmo tem a
função de lembrar a mãe que as perguntas referem-se apenas ao período após o nascimento do
bebê, ou seja, a janela temporal é do nascimento do bebê até a data da entrevista.
Marque, de acordo com a resposta da entrevistada, (0) Não, (1) Sim, uma vez ou (2) Sim,
mais de uma vez. Não questione as respostas dadas pela entrevistada.
Faça uma pergunta de cada vez. Exemplo:
Questão 119.
Entrevistador: Você insultou ou xingou o seu companheiro?
Entrevistada: Sim.
Entrevistador: Isso aconteceu mais de uma vez?
Entrevistada: Sim
O entrevistador registrará, desta forma, o número (2) Sim, mais de uma vez.
Nas questões 115, 116, 117, 118, 125, 126, 141, 142, 151, 152, 159 e 160, marque apenas
(0) Não ou (1) Sim, já que não apresentam a frase: “Isso aconteceu mais de uma vez?”.
Se a mulher responder, desde o início, que não xingou o companheiro e vice-versa e que
ela e o marido não têm esse tipo de comportamento, explique pra ela, que independente disso,
você tem que perguntar o questionário até o final.
Não esboce expressões de surpresa quando a entrevistada responder as questões, pois isso
pode inibi-la e fazer com que omita dados importantes para a pesquisa. No entanto, uma
expressão de muita indiferença ao que a entrevistada estiver respondendo pode também gerar uma
atitude de afastamento da mesma por parecer que o entrevistador não está interessado em ouvi-la.
Portanto, no momento da entrevista, assuma uma postura, equilibrada, imparcial, porém
acolhedora.
Caso a entrevistada mostre-se constrangida em responder alguma das questões, diga que
você entende que ela passou por momentos difíceis e que não está lá para fazer qualquer espécie
de julgamento, nem sobre o comportamento dela ou do companheiro. Procure retornar ao
questionário.
É preciso ter em mente que a experiência da violência é extremamente dura e permanece
viva durante muito tempo na mente e no coração da vítima. Portanto, se observar que a mulher
está emocionada, dê uma pausa e ouça o que ela tem a dizer. Se esse período de “desabafo”
estiver durando muito, pegar a lista de instituições que ajudam mulheres vítimas de violência
(anexo 4) e entregar para a entrevistada, dizendo para ela que você (entrevistador) não é a pessoa
mais indicada para ajudá-la, mas que nestas instituições ela vai encontrar pessoas preparadas para
ajudá-la. Resgatar, desta forma, a mulher para terminar a entrevista. A lista de instituições deve
ser entregue para todas as mulheres, independente de terem respondido o questionário sobre
violência.
24
No caso de haver recusa em responder estas perguntas, reafirme o caráter sigiloso das
informações prestadas, assim como, a razão das questões (descrito no parágrafo abaixo),
procurando deixar a entrevistada segura quanto à utilização e divulgação das respostas fornecidas.
Ainda que a mulher tenha consentido previamente em responder o questionário, este pode
fazê-la reviver a violência, o que pode ser extremamente difícil ou até insuportável para ela,
sendo possível que mude de idéia e desista de conceder a entrevista, decisão que deve ser
respeitada. A recusa ou desistência no decorrer da entrevista, no entanto, são raras. O mais
comum é a entrevistada enxergar a situação como uma oportunidade para falar sobre uma
situação difícil e geralmente mantida em segredo.
Se a mãe questionar a razão das questões sobre violência, explicar que o intuito das
mesmas é traçar um perfil do comportamento dos casais, em geral, e verificar se este influencia,
ou não, no desenvolvimento dos bebês e também de verificar se a unidade de saúde está
oferecendo apoio e ajuda às mães vítimas de violência.
159) E aqui no posto, alguém já conversou com você sobre essas coisas de violência?
Marcar (0) Não ou (1) Sim de acordo com a resposta dada pela entrevistada. Caso a resposta seja
(0) Não, preencher 8 (não se aplica) na questão 160 e perguntar a questão 161, bloco XIV.
160) Conversaram com você sobre essas coisas de violência ...
Ler o início da frase e completar a pergunta com cada item listado abaixo:
Ex: Conversaram com você sobre essas coisas de violência (a) na consulta?
Registrar (0) Não ou (1) Sim para cada um dos 4 itens listados. Caso, no item (d), a resposta seja
(1) Sim, perguntar de que outras formas conversaram com a mulher sobre violência e escrever na
linha disponível ao lado do item.
XIV. Opinião da entrevistada:
161) Você gostaria de dizer mais alguma coisa?
Se ela responder que não deseja dizer nada, marcar (0) Não.
Caso contrário, ouvir a entrevistada com atenção, pacientemente, e anotar o que for
relatado pela mesma. Neste caso, não preencha o quadradinho cinza, pois este será preenchido,
posteriormente, pelos pesquisadores responsáveis.
Ao final da entrevista, entregue a folha “Onde conseguir ajuda”, ou seja, a listagem de
unidades que atendem mulheres vítimas de violência (anexo 2), agradeça a participação da
mãe no estudo e encerre a entrevista.
XV. Para ser preenchido pelo entrevistador ao final da entrevista:
162) Hora do término da entrevista
Atenção: Preencher a hora do final da entrevista!
163) A cooperação da entrevistada foi:
Marque: (1) Excelente, (2) Muito Boa, (3) Boa, (4) Razoável ou (5) Fraca, de acordo com
a sua opinião sobre a participação da entrevistada.
Observações:
Este espaço é destinado a observações do entrevistador. Ao final de cada entrevista, o
entrevistador pode acrescentar algum comentário que ache necessário ser feito sobre a entrevista.
Se qualquer acontecimento não usual ocorrer ou qualquer situação a ser discutida com o
supervisor, anote aqui. Esses comentários são extremamente úteis para a interpretação das
informações no questionário.
25
ANEXO 1: Tabela para seleção das mães
Tarde
Manhã
n° da mãe
Dia da
semana
quarta
quinta
quinta
sexta
sexta
n° da mãe
1,4,3
1,4,2
3,6,2
1,2,7
7,8,1
9,1,4
4,3,7
3,6,5
10,5,9
2,4,3
1,4,3
4,2,5
2,7,1
2,8,3
4,5,3
3,2,9
4,11,2
1,4,12
3,1,4
2,1,5
5,6,3
2,4,7
4,8,3
8,3,2
8,10,4
10,11,4
9,2,5
1,3,4
2,1,5
5,4,1
3,2,5
4,6,7
8,3,9
7,4,2
8,5,4
7,10,2
4,1,2
2,4,1
2,4,6
5,3,6
1,8,3
9,8,2
6,5,4
9,4,3
11,6,1
terça
quarta
N Total do
turno
4
5
6
7
8
9
10
11
12
4
5
6
7
8
9
10
11
12
4
5
6
7
8
9
10
11
12
4
5
6
7
8
9
10
11
12
4
5
6
7
8
9
10
11
12
segunda
terça
2,1,3
2,4,1
6,2,1
1,4,3
7,8,3
7,5,2
7,1,4
5,6,2
1,10,9
1,3,2
3,4,5
5,4,1
3,7,4
7,2,1
7,3,2
1,9,7
10,2,4
2,12,6
3,4,2
5,3,1
3,2,1
1,5,3
1,4,8
9,5,3
5,6,3
6,5,3
12,11,1
4,2,1
4,3,2
6,1,5
3,2,6
2,8,3
2,4,9
6,2,8
1,10,4
11,6,7
3,4,2
5,3,2
6,2,3
7,1,2
4,7,8
5,8,2
4,9,6
2,4,3
6,7,9
Dia da
semana
segunda
N Total do
turno
4
5
6
7
8
9
10
11
12
4
5
6
7
8
9
10
11
12
4
5
6
7
8
9
10
11
12
4
5
6
7
8
9
10
11
12
4
5
6
7
8
9
10
11
12
26
ANEXO 2: Estabelecimento onde mulheres vítimas de violência podem procurar ajuda
ONDE CONSEGUIR AJUDA:
1. CIAM - CENTRO INTEGRADO DE ATENDIMENTO À MULHER
Rua Regente Feijó, 15 - Centro - Rio de Janeiro
Tel: 2299-2122
2. NIAM - NÚCLEO INTEGRADO
• Campos - Tel. (22) 2735-3925
• Macaé - Rua Manoel Guilherme Toboada, nº 58 - Centro
• Nova Iguaçu - Tel. (21) 2667-1278
• Nova Friburgo - Tel (22) 2522-5278/ 2522-9000
• Petrópolis - Tel. (24) 2246-8744/ 2246-8745
3. SOS MULHER-HOSPITAL PEDRO II
Rua do Prado, nº 325 - Santa Cruz - Rio de Janeiro
Tel: 3395-0123
4. CASA DA MULHER BERTHA LUTZ
Rua Grandes Lojas, 107 Bom Retiro - Volta Redonda
Tel: (24) 3345-4444
5. DEAM - DELEGACIA ESPECIALIZADA DE ATENDIMENTO Á MULHER
• Belford Roxo - Av. Retiro da Imprensa,800
Tel: (21) 3399-3530/ 3980
• Campo Grande- - Rua Maria Tereza, 8 Tel: (21) 3399-5710/5711/5712
• Caxias - Rua Tenente José Dias, 344- Centro
Tel: (21) 3399-3708/3710
• Centro - Rua Visconde do Rio Branco, 12 Tel: 3399-3370/3371/3372/3374/3376
• Jacarepaguá - Rua Henriqueta, 197-Tanque – Tel: (21)
3399-7580
• Niterói - Av. Amaral Peixoto,577-Centro
Tel: (21) 3399-3700/ 3701/ 3703/ 3798
• Nova Iguaçu - Rua Joaquim Sepa,180 Marco 2,
Tel: (21) 3399-3720/3721
• São Gonçalo - Av. Dezoito do Forte,578, Mutua
Tel: (21) 3399-3730/3733
• Volta Redonda - Rua General Nilton Fontoura, 540, Jardim
Paraíba Tel. (24) 3337-9178/ 33470
6. Disque Mulher Baixada - São João de Meriti
Tel: (21)2751-5825
10. Disque Mulher Nova Friburgo
Tel: (22) 2523-2706
7. Disque Defesa Mulher
Tel: (21) 2553-1177
11. CENTRO DE DEFESA DA VIDA (CD Vida)
• Duque de Caxias - Tel: (21) 3774-3993
8. Disque Racismo
Tel: (21) 3399-1300
12. INSTITUTO DA MULHER FERNANDO
MAGALHÃES
Atendimento a Violência Sexual
Rua General José Cristino, 87
São Cristóvão - Rio de Janeiro
Tel: (21) 2580-1132/ 8343
9. Disque Mulher
Tel: (21) 2299-2121
27
ANEXO 3: Página 3 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
28
ANEXO 4: Página 6 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
29
ANEXO 5: Página 13 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
30
ANEXO 6: Página 14 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
31
ANEXO 7: Página 15 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
32
ANEXO 8 : Página 16 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
33
ANEXO 9 : Página 17 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
34
ANEXO 10: Página 24 da Caderneta da Criança Laranja Pequena
35
ANEXO 11:
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado(a) ________________________________________________________________________
você está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa: “Avaliação da qualidade da
assistência à criança menor de seis meses prestada por unidades básicas do Sistema Único
de Saúde do Município do Rio de Janeiro”, de responsabilidade da pesquisadora Maria do Carmo
Leal, da FIOCRUZ.
O estudo pretende avaliar como as crianças menores de 6 meses vêm sendo atendidas nas
unidades de saúde.
Os benefícios relacionados com a sua participação são contribuir para a melhoria da
qualidade do atendimento à criança, não havendo qualquer risco envolvido.
Gostaríamos de pedir o seu consentimento para fazer uma entrevista, quando serão feitas
perguntas sobre você e sobre a unidade de saúde onde trabalha. Suas respostas serão anotadas em
um formulário pelo entrevistador.
Suas respostas serão confidenciais, e o seu nome não será divulgado em qualquer hipótese.
Os resultados do estudo serão apresentados em conjunto, em eventos ou publicações científicas, não
sendo possível identificar as pessoas que participaram da pesquisa.
Você tem direito de pedir outros esclarecimentos sobre a pesquisa e pode se recusar a
participar, ou parar de participar dela a qualquer momento, sem que isto prejudique você em nada.
Declaro ter sido informado(a) e concordo em participar, como voluntário(a), desta pesquisa.
Assinatura do(a) profissional de saúde
Rio de Janeiro, _______ / _______ / _______
Para esclarecimentos, entrar em contato com Maria do Carmo Leal
Endereço: Rua Leopoldo Bulhões 1480, sala 808, Manguinhos. Tel: 2598 2620.
Endereço do Comitê de Ética e Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública: Rua Leopoldo
Bulhões, 1.480 - Sala 314 Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ / CEP. 21041-210
Tel e Fax - (21) 2598-2863
E-Mail : [email protected]
http://www.ensp.fiocruz.br/etica
O horário de atendimento ao público do CEP/ENSP é de 14:00 às 17:00
36
ANEXO 12:
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezada __________________________________________________________________________
você está sendo convidada a participar do projeto de pesquisa: “Avaliação da qualidade da
assistência à criança menor de seis meses prestada por unidades básicas do Sistema Único
de Saúde do Município do Rio de Janeiro”, de responsabilidade da FIOCRUZ.
O estudo pretende avaliar como as crianças menores de 6 meses vêm sendo atendidas nas
unidades de saúde.
A sua participação irá contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento à criança, não
havendo qualquer risco envolvido.
Gostaríamos de pedir o seu consentimento para fazer uma entrevista, quando serão feitas
perguntas sobre você e seu bebê e sobre como o seu bebê foi atendido nesta unidade de saúde.
Suas respostas serão anotadas em um formulário. Gostaríamos também de pedir o seu
consentimento para consultar o prontuário de seu filho.
Suas respostas ficarão em segredo, e o seu nome não será divulgado. Você tem direito de
pedir outros esclarecimentos sobre a pesquisa e pode se recusar a participar.
Eu declaro ter sido informada e concordo em participar, como voluntária, desta pesquisa.
Assinatura da entrevistada
Rio de Janeiro, _______ / _______ / __________
Entrevistador ________________|___|___|___|
Para esclarecimentos, entrar em contato com: Dra. Maria do Carmo Leal ou Dra. Silvana Granado
Endereço: Rua Leopoldo Bulhões 1480, sala 808, Manguinhos. Tel: 2598 2621 ou 2598 2620.
Endereço do Comitê de Ética e Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública: Rua Leopoldo
Bulhões, 1.480 - Sala 314 Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ / CEP. 21041-210
Tel e Fax - (21) 2598-2863 E-Mail : [email protected] http://www.ensp.fiocruz.br/etica
O horário de atendimento ao público do CEP/ENSP é de 14:00 às 17:00
Endereço do Comitê de Ética em Pesquisa da SMS/RJ: Rua Afonso Cavalcanti 455/601.
Informações adicionais no caso de recusa da mãe em participar da pesquisa:
Motivo da Recusa:_____________________________________________________________ |___|
1) Idade da mãe: |___|___| anos
2) Idade do bebê: |___| meses |___||___| dias
3) Escolaridade da mãe
|___| Série do Ensino 1. fundamental 2.médio 3. superior |___|
4) Raça ou cor 1. Branca
2. Preta
3. Amarela 4. Parda(morena/mulata)
5. Indígena |___|
37
ANEXO 13
Relação das Unidades de Saúde incluídas na pesquisa
AP
Nome
3.3
Endereço
Bairro
Rua Ossely, 355
Coelho Neto
Diretor
Telefone
3361-0433/
SES Rio Pam Coelho
Neto
5.2
3.3
1
3361-0458/
3361-0459
Rua Franklin, 29
Centro,
CMS Belizário Penna
Rua Caiçaras, 514
C.
Maria Tereza de
3394-2433/
Grande
Souza
3406-8670
Irajá
Silva Regina Alves
2482-7242
CMS Clementino Fraga
/2482 - 7115
Rua Cosntante Jardim,
CMS Ernani Agrícola
2.1
Santa Tereza
Luiza Helena P. do
8
Valle
Rua Toneleros, 262
Copacabana
Nadia
CMS João Barros
Barreto
4.0
3.1
2.1
2.2
CMS Necker Pinto XX
Ra
CMS Píndaro de
Carvalho Rodrigues
3.3
Tanque
135
Hospital Municipal
Carmela Dutra
2769/2547-
Denize Jardim de
3392-
almeida
1555/33927549
Estr. Rio Jequié, 428
Rua
Padre
Leonel
Ilha
do
Maria Natália M
governador
Correia Lima
Gávea
Raquel
Franca, s/n
Rua do Matoso, 96
UERJ - Policlínica
Piquet Carneiro
25497122
Pr. Da Bandeira
Pam Helio Pellegrino
2.2
Mattos
ramalho
Av. Geremário Dantas,
CMS Jorge Saldanha
Bandeira de Mello
2224-7632
Av. Marechal
São
Rondon, 381
Xavier
Vilela
2467-0265
2511-2619/
Blake Piller
2274-2796
Márcia
2273-0998/
Aspromonte
2273-1244
Francisco
2204-0390
/
2234-4393/
25878132
Avenida dos Italianos,
nº. 480
Rocha Miranda
3372-6531/
3373-4484
/
3373-4485
5.3
5.1.
3.3
5.2
Posto de Saúde Cesário
de Mello
Posto de Saúde Dr.
Eitel Pinheiro de O.
Lima
Posto de Saúde Dr.
Flavio Do Couto Vieira
PS Doutor Oswaldo
Vilella
Rua do canal s/n
Estr. do Taquaral
Manguariba
Vila Aliança
Arari Altina Vieira
3395-1633
de Melo
3305-2049
Mª
Cristina
M
Carvalho
Praça Lúcio José Filho,
Anchieta
s/n
Rua Jomar Mendes, s/n
Santa Inês
Antonio
3332-9207
2401-1162
Ximenes
3339-7740/339-
Fontenelle
1952
Tânia Marques
3407-2799/
3406-4795
38
3.2
Rua José dos Reis, 951
Pilares
Cláudia
PS Dr Eduardo Araujo
Vilhena Leite
5.1
3.3
5.3
5.2.
3.3
5.2
5.2
Tavares
Estr. do Quafá – Rua 1
PS Professor Ernani de
Paiva F. Braga
PS Professor Manoel de
Abreu
PS Dr. Nascimento
Gurgel
PS Doutor Woodrow
Pimentel Pantoja
PS Dr.Mario Rodrigues
Cid
2.2
25957541/25957659
Vila Kennedy
PS Dr. Henrique Monat
PS Dr. Mario Olinto de
Oliveira
Reis
Rua Ferraz, 2
Cascadura
Av. João XXII
Rua Noé Gualberto, s/n
Marco
Aurélio
Silva Ferraz
2405-1591
Fernanda Helena C.
3899-7345/
Bastos
3276-8595
Conjunto
Mirian
Liberdade
Gonçalves
Santíssimo
Michie
São Vitor
Souza
Pavuna
Ueoka
3395-4453/
3394-3265/
3403-0971
Sonia
s/n
Medeiros
2474-1640/
Brito Morais
2474-6938
Jardim
Itana
3316-3247/
4435
Maravilha
Mattos
3402-2905
Est. De campinho, s/n
Jd. S Margarida
Maria Luisa F. de
3402-4179
Est.
Do
mangarça,
/
3158-9665
Aguiar
Rua Sgto Fábio Pavani,
2405-3336
M.
Borges
Abreu
Rua Boa Vista, 190
Alto
da
Vista
PS Nicola Albano
Boa
Maria Cristina B.
2492-
Garcia
2153/24925600
2.1.
3.1
3.1
PAM DOM Helder
Câmara
PACS/PS OP
VICENTE MARIANO
PACS/PS ELIS
REGINA
Rua
Voluntários
da
Botafogo
Pátria, 136
Aterro da Maré, sn
Sapateiro
Rua Principal S/n
Parque Maré
Márcia Paraízo da
2286-0424/
C. Thomaz
2286-0176
39
Anexo 14: Cartão de acolhimento mãe/bebê
40
103
ANEXO C
RESULTADOS COMPLEMENTARES
104
RESULTADOS COMPLEMENTARES
Para o diagnóstico de um modelo de regressão torna-se necessário a análise dos
resíduos do modelo ajustado, que permite, além da identificação de valores discrepantes, a
checagem de possíveis violações dos pressupostos do modelo de regressão. O estudo das
premissas é importante porque, caso não sejam satisfeitas, podem comprometer as conclusões.
Os principais pressupostos da análise de regressão linear são: linearidade, homocedasticidade,
normalidade e independência (Luiz, 2009).
No gráfico 2, observa-se que a curva de distribuição de freqüência dos resíduos segue
uma curva de distribuição de probabilidade normal.
Gráfico 2 – Distribuição de freqüência dos resíduos do modelo de regressão múltipla selecionado.*
Resíduos
*Modelo final do peso pós-natal ajustado pelas variáveis sexo e idade da criança, desnutrição intrauterina e
paridade.
No gráfico 3 pode ser observada que a dispersão dos valores observados do peso pósnatal das crianças e os resíduos aparentam seguir um padrão homocedástico.
105
Resíduos
Gráfico 3 – Dispersão do peso pós-natal das crianças e do resíduo resultante do modelo de regressão múltipla
selecionado.*
Peso pós-natal relatado pela mãe no dia da entrevista
*Modelo final do peso pós-natal ajustado pelas variáveis sexo e idade da criança, desnutrição intrauterina e
paridade.

Documentos relacionados