Fotogrametria

Transcrição

Fotogrametria
Geomática Aplicada à Engenharia Civil
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Fotogrametria
Conceitos
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Segundo Wolf (1983), a Fotogrametria pode ser definida como sendo a arte,
a ciência e a tecnologia de se obter informações confiáveis de objetos físicos
e do meio ambiente, através de fotografias, por medidas e interpretações de
imagens e objetos.
Divisão da Fotogrametria
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Fotogrametria Métrica
Fotogrametria
Fotointerpretação
Fotogrametria
Interpretativa
Sensoriamento Remoto
Fotogrametria Terrestre
Fotogrametria
Fotogrametria Aérea
Fotogrametria Métrica
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 Medidas precisas para determinar formas e dimensões de
objetos;
 Usada na preparação de mapas planimétricos e topográficos.
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É a realização de medições de fotos e outras fontes de informação para determinar,
de um modo geral, o posicionamento relativo dos pontos .
A partir da Fotometria Métrica é possível determinar:
• Distâncias;
• Ângulos
• Volumes;
• Áreas;
• Elevações;
• Tamanhos e formas de objetos;
• (Cartas planimétricas, altimétricas, mosaicos, ortofotos e demais subprodutos das
fotografias tomada.
Fotogrametria interpretativa
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 Reconhecimento e identificação dos objetos
 Se divide em:
 Fotointerpretação: envolve e estudos sistemáticos de imagens
fotográficas, com finalidade de identificar objetos;
 Sensoriamento
Remoto:
é
um
ramo
da
Fotogrametria
Interpretativa, semelhante à fotointerpretação, aplicado para
reconhecimento e identificação de objetos, sem contato físico com
eles, em que aviões e satélites são as plataformas mais comuns.
Outras Categorias
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 Fotogrametria Terrestre: Fotografias formadas a partir de
câmaras localizadas na superfície da Terra;
 Fotogrametria Aérea ou Aerofotogrametria: as fotografias
são tomadas a partir de câmaras localizadas numa estação
no espaço (Avião, Satélites, dentre outros.). É a categoria
mais utilizada para geração de bases cartográficas.
Câmaras Aerofotogramétricas
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 As
câmaras aéreas funcionam com os mesmos
princípios das câmaras comuns e distinguem-se destas
pelas muitas adaptações técnicas acrescentadas para a
finalidades a que se destinam.
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A câmara aérea é caracterizada pelo formato do
negativo, pela distância focal da objetiva e pelo ângulo
de campo da objetiva.
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Formato do negativo
Os negativos mais comuns são os de:
• 23 X 23 cm
• 18 x 18 cm
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Ângulo de campo da objetiva (α)
Câmara
Super grande angular
Grande angular
Normal
Pequeno
Ângulo
> 100°
Aplicação
Trabalhos cartográficos com a vantagem de uma cobertura
fotográfica muito maior; Regiões planas, com poucas
edificações e áreas urbanas.
75° a 100°
Trabalhos cartográficos com maior economia.
Serviços de aerotriangulação; Confecção de mapas
topográficos; Confecção de mapas em escalas grandes;
Medições fotográficas.
50° a 75°
Trabalhos cartográficos (confecção de mapas básicos);
Confecção de mosaicos e ortofotomapas de áreas urbanas
não muito densas. Mapeamento de regiões com muita
cobertura vegetal.
< 50°
Trabalhos de reconhecimento com fins militares; Vôos
muito altos, para a confecção de mapas de áreas urbanas
densas; Confecção de ortofotomapas e mosaicos de áreas
urbanas com construções muito altas.
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Distância focal (f em mm)
Dist. Focal (f –
mm)
Aplicação
88
Regiões planas, com pouca edificações e
áreas rurais
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Regiões onduladas, com média densidade. É
a câmera mais utilizada.
210 à 600
Áreas urbanas, com muitas informações e
áreas montanhosas
Fotografias aéreas
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Os
elementos
principais
para
obtenção de fotografias aéreas são:
• Distância focal (f);
• Altura do vôo (H);
• Ponto Nadir (N).
N
Indicações constantes de uma foto
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Marcas fiduciais ou marcas de colimação
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PP: Ponto Principal da Fotografia Aérea
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Tipos de fotografias aéreas
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As fotografias aéreas são classificadas por diversos
critérios. A classificação mais usual é feita a partir da
geometria ou a orientação do eixo da câmara.
A partir disso podemos ter:
 Foto vertical;
 Foto oblíqua alta;
 Foto oblíqua baixa.
Fotografias aéreas verticais
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O eixo ótico da câmara coincide com a vertical do lugar fotografado, no momento da tomada da
foto.
As imagens são uniformes para área interna e, se o terreno fotografado é mais ou menos plano, a
escala fotográfica se mantém constante em todos os pontos.
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As fotos verticais são largamente usadas na confecção de bases de
dados digitais para Geoprocessamento.
Suas vantagens em relação as fotos obliquas são:
1.
As medidas são obtidas facilmente através das relações geométricas;
2.
A detecção e reconhecimento de objetos são facilitados pelo fato de a forma da
imagem estar mais próxima do real.
A desvantagem é que as fotos não apresentam uma perspectiva
ortogonal, como no caso das cartas topográficas.
Fotografias aéreas oblíquas
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Segundo Segantine (1998), fotografias oblíquas são feitas
com o eixo da câmara intencionalmente direcionado entre a
horizontal e a vertical, ângulo que normalmente oscila entre
9° e 27 ° para fotografias aéreas, podendo ser maior nas
fotografias tomadas por satélites.
A classificação das fotografias obliquas em alta e baixa se
refere à angulação do eixo ótico da câmara com relação à
vertical.
Fotografias
panorâmica
aéreas
oblíquas
altas
ou
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Nestas fotos o eixo ótico é inclinado de tal modo que apareça a linha do horizonte
aparente ou visível, ou seja, a linha aproximadamente reta entre a Terra e o céu vista
do ponto “O”.
Fotografias aéreas oblíquas baixas
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O eixo ótico da câmara é menos inclinado em relação a vertical do que
nas oblíquas altas, fazendo sumir a linha do horizonte visível. No
restante, apresentam as mesmas características das oblíquas altas, porém
mais atenuadas.
Estereoscopia
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A estereoscopia é o processo que permite a visão estereoscópica,
ou seja, a visão tridimensional ou 3D. Ela está intimamente
ligada ao campo da fotointerpretação, sendo largamente
utilizada para auxiliar na obtenção de informações e medidas
sobre os objetos fotografados.
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O objeto A’ é percebido mais
próximo do observador que o
objeto A. θ’ maior que θ.
θ’
O objeto A” é percebido mais
distante do observador. θ“ é
menor que θ.
θ
θ"
Este fenômeno de criação da
terceira
dimensão,
ou
impressão estereoscópica de
objetos através da visualização
de imagens idênticas de
objetos, pode ser obtido
fotograficamente.
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Estereomodelo
ou
Modelo estereoscópico
Estereopar
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A impressão da terceira dimensão aparece abaixo da mesa, a uma distância “h” dos olhos do observador. O
cérebro notará a profundidade entre A e B através dos ângulos paraláticos θA e θB, respectivamente. Quando
os olhos se fixam sobre toda a área coberta pelas fotos, o cérebro recebe uma impressão contínua da terceira
dimensão.
A escala de uma fotografia aérea
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Exercício
Por exemplo, para uma fotografia aérea obtida com uma
câmara com f=153 mm e uma altura de vôo H=1.224 m,
a escala da foto será :
Paralaxe
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A possibilidade de visão tridimensional ou esterioscópica de
objetos de uma fotografia aérea é possível devido ao chamado
efeito de paralaxe. Esse efeito consiste na possibilidade de
observação simultânea de um mesmo objeto segundo dois ângulos
de observação distintos. Esta sensação é utilizada pelo cérebro
humano para proporcionar a percepção de profundidade.
A propriedade de paralaxe do modelo estereoscópico permite a
aquisição de medidas de altura a partir de fotografias aéreas.
Obtenção de alturas em pares de fotografias aéreas
através da paralaxe
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Execução de Vôo
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Área coberta por uma fotografia aérea
A fotografia aérea tem uma dimensão útil de 23 cm (l), apresentando as
seguintes características:
1) Área de cobertura única;
2) Área de recobrimento longitudinal (RLo);
3) Área de recobrimento lateral (RLa);
4) Lado da foto (L).
Número de fotografias necessárias para a cobertura de
uma área de interesse
Para atender aos requisistos de estereoscopia e outros, uma cobertura
aérea deve prever a Superposição Longitudinal entre fotos consecutivas
que geralmente é da ordem de 60%. De maneira semelhante, entre faixas
de fotos existe uma Superposição Lateral que é da ordem de 30%.
Tabela de recobrimentos e áreas de aerofotos 23 cm X 23 cm
Exercício
Calcule para o número de fotos necessárias para cobrir
uma área 100 km² e para 146 km², com base da escala,
distância focal do exercício anterio.

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