utilização da silagem de cana-de-açúcar para vacas em

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utilização da silagem de cana-de-açúcar para vacas em
UTILIZAÇÃO DA SILAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR PARA
VACAS EM LACTAÇÃO
Marcos Inácio Marcondes1; Mateus Pies Gionbelli2; Felipe Leite de
Andrade3; Rafael Alberto Vergara Vergara3; Tadeu Eder da Silva4; Eusébio
Manuel Galindo Burgos3
1
Professor adjunto, DZO/UFV, [email protected]; 2Doutorando em Zootecnia,
DZO/UFV, [email protected]; 3Mestrando em Zootecnia, DZO/UFV;
4
Graduando em Zootecnia, DZO/UFV
INTRODUÇÃO
Foi na Nova Guiné que o homem teve o primeiro contato com a
cana-de-açúcar. De lá, a planta foi para a Índia e mais tarde para a
Europa, sendo trazida para América por Cristóvão Colombo. A cana-deaçúcar é, talvez, o único produto de origem agrícola destinado à
alimentação que ao longo dos séculos foi alvo de disputas e conquistas,
mobilizando homens e nações. A planta que dá origem ao produto
encontrou lugar ideal no Brasil. Durante o Império, o país dependeu
basicamente do cultivo da cana e da exportação do açúcar.
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e maior
exportador de álcool e açúcar. De acordo com a Companhia Nacional
de Abastecimento (CONAB), a produção de cana-de-açúcar na safra
2011/2012 deverá ser de 588,9 milhões de toneladas (5,6% menor do
que a safra anterior). Deste total, cerca de 51% será destinado à
produção de etanol e 49% à produção de açúcar. Não são encontradas
informações sobre a quantidade de cana-de-açúcar produzida que é
destinada à alimentação animal.
O potencial do uso da cana-de-açúcar como alimento para
ruminantes em regiões tropicais e temperadas já foi discutido em uma
série de revisões (Chapman et al., 1964; James, 1975; Preston, 1977;
Pigden, 1978; Valadares Filho et al., 2008), onde são encontrados
relatos reportando o uso da cana-de-açúcar para alimentação de
bovinos desde que é cultivada. No Brasil, os primeiros estudos
utilizando a cana-de-açúcar como forragem só foram realizados em
1940, por Athanassof (1940), que a associou à mandioca e observou
melhores resultados para mantença do que para a produção de leite.
Em função da elevada capacidade de produção de matéria seca
por unidade de área, a cana-de-açúcar ganha destaque na capacidade
244 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
de fornecimento de energia para ruminantes, conforme pode ser visto
em simulação realizada por Alzamánet al. (1998) (Figura 1).
Figura 1 - Potencial calorífico como energia metabolizável estimado de
alguns alimentos para ruminantes (adaptado de Alzamánet
al., 1998).
Com a implantação do Programa Nacional do Álcool (Pró-Álcool),
na década de 70, a cultura da cana-de-açúcar recebeu grande incentivo no
Brasil, resultando em avanço nas técnicas de cultivo e no lançamento de
variedades com maior potencial de produção de biomassa e de açúcar.
Por consequência, houve, também, a expansão da cultura para regiões
tradicionais de pecuária e de produção de grãos, criando a oportunidade
do seu uso no confinamento de bovinos de corte e leite.
Devido à facilidade e à tradição de cultivo, a cana-de-açúcar é
adotada como volumoso suplementar para a seca em bovinos,
apresentando, sobretudo, vantagens competitivas em relação a outras
fontes forrageiras. A cana-de-açúcar é tida como uma das opções mais
interessantes para minimização dos custos de rações para ruminantes e
maximização da projeção da receita líquida na atividade (Nussio et al.,
2002).
A alta produtividade de massa verde (80 a 120 t/ha), o baixo
custo por unidade de matéria seca (MS), a manutenção do valor
nutritivo até seis meses após a maturação e o período de colheita
coincidente com o período de escassez de forragem nas pastagens
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 245
(Silva, 1993), aliados à facilidade de obtenção de mudas e plantio, e à
possibilidade de atingir taxas de ganhos de peso razoáveis, têm atraído
os pecuaristas para a utilização da cana-de-açúcar como alimento
volumoso para bovinos (Tabelas 1 e 2).
Tabela 1 - Avaliação do potencial de utilização de cana-de-açúcar in
natura na alimentação de vacas leiteiras
Referência
Pires (1999)
Fernandes et al. (2001)
Sousa et al. (2002)
Magalhães et al. (2004)
Mendonça et al. (2004)
Costa et al. (2005)
Santos et al. (2006)
Relação
V:C
50:50
50:50
50:50
72:28
60:40
60:40
60:40
60:40
60:40
60:40
60:40
50:50
60:40
50:50
40:60
43,4:56,6
41,5:58,5
39,5:60,5
% cana
na dieta
12,5
25
37,5
54
60
53
46
20
40
60
60
50
60
50
40
43,4
41,5
39,5
CMS
(%PV)
2,28
2,77
3,11
3,01
3,51
3,44
3,27
2,9
3,1
2,7
3,0
3,3
2,73
2,82
2,76
Produção de leite
(kg/dia)
16,6
18,1
14,8
10,1
18,6
19,7
20,6
25,0
24,4
21,4
19,0
20,1
16,9
18,8
19,8
22,4
22,6
22,4
Um dos principais problemas da utilização da cana-de-açúcar in
natura na alimentação de ruminantes é a necessidade da colheita diária.
A produção de silagem de cana-de-açúcar resolve esse problema, pois
permite a racionalização da mão-de-obra, através da concentração do
processo de corte da cana em uma determinada época do ano ou
período de tempo, a maior facilidade de manejo diário na fazenda e a
maximização da utilização de maquinário.
Os primeiros relatos da produção de silagem de cana-de-açúcar
para alimentação de bovinos são da década de 30, nos Estados Unidos,
como volumoso para alimentar o rebanho bovino durante o inverno na
região da Flórida (Kirk e Crown, 1942). No Brasil, as informações são
bastante escassas, sendo os primeiros trabalhos científicos com silagem de
cana-de-açúcar oriundos do final da década de 90 (Andrade et al., 1999ab).
246 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
Tabela 2 - Avaliação do potencial de utilização de cana-de-açúcar in
natura na alimentação bovinos de corte
Referência
Fernandes et al. (2007)
Babilônia (1999)
Aferriet al. (2005)
Rodrigues et al. (1994)
Fernandes et al. (2006)
Silva et al. (2006)
Rangel et al. (2005)
1
Sexo1
Relação V:C
FE
MC
MI
MI
MI
MI
MI
MC
MC
MC
MI
MI
MI
FE
MC
MI
MI
MI
MI
FE
FE
FE
40:60
40:60
40:60
19:81
19:81
19:81
40:60
40:60
40:60
20:80
40:60
60:40
45:55
60:40
75:25
% cana na
dieta
40
40
40
19
19
19
40
40
40
20
40
60
45
60
75
CMS
(%PV)
2,19
2,27
2,37
2,47
2,50
2,48
2,51
2,45
2,08
2,29
2,40
2,30
2,20
2,19
2,27
2,37
-
GMD
(kg/dia)
1,32
1,30
1,65
0,998
1,005
0,957
0,914
1,169
1,107
1,204
0,832
0,823
0,599
1,32
1,30
1,65
1,128
0,908
1,063
0,802
0,657
0,601
FE = fêmeas; MC = machos castrados; MI = machos não castrados.
Neste capítulo serão abordados os principais aspectos
relacionados à produção de silagem de cana-de-açúcar e sua utilização
para vacas em lactação; desde os motivos que levam à ensilagem da
cana-de-açúcar, o efeito dos aditivos comumente utilizados sobre a
qualidade da silagem e os relatos de trabalhos avaliando o desempenho
de vacas de leite consumindo silagem de cana-de-açúcar.
PORQUE PRODUZIR SILAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR
A alta produtividade da cana-de-açúcar e a coincidência do seu
ponto de amadurecimento (maiores teores de açúcar na matéria seca)
com a época de menor produtividade das pastagens fazem com que a
mesma seja uma boa opção de forragem in natura para uso na seca.
Entretanto, fatores como excesso de produção ou disponibilidade de
mão-de-obra e máquinas para o seu corte diário, podem favorecer a
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 247
decisão pela ensilagem, apesar da menor digestibilidade e consumo da
cana ensilada, quando comparada com a cana in natura (Thiago &
Vieira, 2002).
A ensilagem da cana-de-açúcar é uma técnica que permite que
grandes áreas sejam cortadas em um curto espaço de tempo, na época
em que a cana apresenta seu maior valor nutritivo, coincidindo ainda
com a estação do ano mais propícia à movimentação de máquinas no
campo (Ferreira, 2004). Nos casos de incêndios acidentais dos
canaviais e da ocorrência de geadas, a ensilagem da cana pode ser
ainda a única forma de evitar perda total da forragem. Nessas
situações, se a utilização da cana não for feita de forma rápida, as
reações químicas provocadas pelas geadas ou queimadas modificarão
a qualidade da cana, provocando queda rápida e irreversível de sua
qualidade.
A sobra de cana-de-açúcar ao final da estação seca pode gerar
um excedente de forragem, uma vez que as pastagens e capineiras têm
seu crescimento acelerado com o início da estação das águas. No início
do período das águas é comum observar também alto índice de
tombamento nos talhões, tornando dificultoso o corte da cana-de-açúcar
em épocas chuvosas. Esse problema foi relatado inclusive em outros
países (Preston et al., 1976), e junto com a observação de maior valor
nutritivo da cana-de-açúcar quando atinge a maturidade (Alvarez &
Preston, 1976; Banda & Valdez, 1976), motivaram precursores para o
desenvolvimento de estudos com produção de silagem de cana-deaçúcar em países de clima tropical (Preston et al., 1976).
A utilização da cana-de-açúcar in natura fora do período de safra
também sofre restrições pela baixa qualidade nutricional que a forragem
apresenta, em virtude do baixo teor de sacarose (Matsuoca e Hoffmann,
1993). Além disso, a utilização dessa forrageira em grandes
propriedades fica impossibilitada, uma vez que o tempo e mão-de-obra
necessária para colheita de grandes quantidades de cana-de-açúcar
fresca prejudicaria o manejo regular das mesmas.
Quando comparados os custos de produção da silagem de canade-açúcar em relação à utilização de cana-de-açúcar in natura,
observam-se maiores custos com a ensilagem. Numa simulação
realizada em 2010 (Amaral & Bernardes, 2010), foi observado um custo
de R$ 66,60 para cada tonelada de matéria verde de silagem de canade-açúcar sem aditivo e R$ 37,50 para cada tonelada de matéria verde
de cana in natura cortada manualmente. De acordo com os autores, a
248 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
utilização de aditivos microbiológicos, cal e uréia, pode reduzir em cerca
de 10% os custos de produção da silagem de cana-de-açúcar, pelo fato
de reduzirem as perdas de matéria verde.
Os maiores custos observados para a silagem de cana-deaçúcar, se comparada à cana in natura, ocorrem em função de dois
fatores principais: as perdas de matéria seca que ocorrem no processo
de ensilagem e os custos com maquinário, mão-de-obra e enlonamento
para o processo de ensilagem.
Em função dos fatos observados, a ensilagem de cana-deaçúcar mostra-se como uma opção estratégica na produção de
volumosos. Se por um lados são observados maiores custos em relação
à cana in natura, por outro lado se observam algumas vantagens, como,
por exemplo: o talhão da cana poderá ser manejado de forma
homogênea, ou seja, as práticas agronômicas serão realizadas no
mesmo período de tempo, de forma a colher-se a cana para a
ensilagem no melhor ponto, além da inexistência da necessidade do
corte diário da cana-de-açúcar. Esses fatores tem feito com que a
prática da ensilagem de cana-de-açúcar tenha ganhado espaço entre
produtores nos últimos anos, de forma que algumas empresas
passaram a produzir aditivos específicos para produção de silagem de
cana-de-açúcar.
Esses fatos tem incentivado experimentos com silagem de canade-açúcar em diversas regiões do país. Entretanto, apesar da grande
quantidade de trabalhos com silagem de cana-de-açúcar desenvolvidos
nos últimos anos, poucas vezes se observa a avaliação do desempenho
animal, principalmente vacas de leite, recebendo silagem de cana-deaçúcar.
O PROCESSO DE ENSILAGEM
Silagem pode ser definida como uma forragem úmida, sem ar e
preservada por fermentação. Essa fermentação é realizada por
bactérias que agem principalmente sobre açúcares, amido e celulose da
forragem picada. As bactérias se alimentam de carboidratos na
forragem picada e rapidamente produzem ácido lático e acético,
principalmente (Harris Jr., 2003). Preservar culturas forrageiras de alto
teor de umidade pode apresentar problemas, por isso é ideal que a
forragem verde contenha em torno de 30 a 40% de matéria seca no
momento da ensilagem (Hawkinset al., 1970; McGuffey & Owens,
1979).
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 249
Num processo normal de colheita de forragem, esta é
frequentemente de qualidade inferior ao material disponível para a
colheita, devido às condições de chuva, problemas mecânicos, colheita
em época errada, entre outros. Da mesma forma, a silagem produzida
não apresentará a mesma qualidade do material colhido. Todo processo
de conservação de forragens implica em perdas de qualidade e
quantidade do produto original (nesse caso, cana fresca picada).
O processo de ensilagem é normalmente dividido em cinco fases
(Figura 2). As fases 1, 2 e 3 não são claramente definidas. A fase 1
corresponde ao período final de respiração das células vegetais, a
produção de calor e dióxido de carbono. A fase 2 é importante pois é
onde o meio é preparado para a diminuição do pH e início da
fermentação. À medida que o pH torna-se menor, as bactérias
produtoras de ácido acético diminuem rapidamente. Dessa forma,
durante a fase 3, inicia-se a produção de ácido lático. Os primeiros dias
da silagem também incluem a fixação da forragem no silo e o aumento
das taxas de perda, que atingem o pico por volta do 5º dia (Harris Jr.,
2003).
A fase 4 geralmente começa 3 a 5 dias após a ensilagem, e
requer de 15 a 20 dias para conclusão. O sucesso da produção de
silagem é determinado durante esta fase. Há um aumento gradual do
teor de ácido lático até a acidez se tornar alta (pH = 3,8 a 4,2), suficiente
para cessar a ação bacteriana. A fase 5 representa a conservação da
silagem durante um período indefinido. Se quantidades adequadas de
ácido acético e lático forem produzidas durante as primeiras fases, a
fase 5 é apenas um período no qual a silagem permanece constante
(Harris Jr., 2003).
250 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
Fase 1
Fase 5
Respiração celular
Produção de CO2
Produção de calor
Depende das fases
anteriores
Fase 4
Fermentação
acética
Fase 2
Produção de
ácido acético
Se quantidades suficientes
de ácido acético e lático
forem produzidas nas
fases anteriores, a
silagem permanece
constante nesse período
Fase 3
Início da
produção de
ácido lático
Pouco ácido provoca
aumento da decomposição,
redução da palatabilidade
e possível deterioração
29 ºC
33 ºC
Temperatura
21 ºC
pH
8,0
4,2
4,0
FERMENTAÇÃO
ACÉTICA
3,8
FERMENTAÇÃO
LÁTICA
Taxa de perda
1
2
3
4
7
12
20
IDADE DA SILAGEM (dias)
Figura 2 - Fases da produção de silagem (adaptado de Harris Jr, 2003).
O sucesso do processo de ensilagem está intimamente
associado ao pH da forragem fermentada. A formação de ácidos acético
e lático, bem como a presença de amônia e aminas, pode também
influenciar o pH. Em geral, um pH final de 3,5 a 4,5 é necessário para
um bom armazenamento da silagem.
Para ensilar a cana com sucesso, é importante observar a época
do corte (deveria ser durante a seca, quando a cana está com altos
teores de açúcar e matéria seca ao redor de 30%), a eficiência de corte
da cana pelas máquinas (tamanho de partículas entre 2 e 5 cm), boa
compactação no silo (de preferência usando trator) e fechamento do
mesmo em três dias no máximo, usando-se lona plástica e cobrindo o
silo com 10 a 20 cm de terra, garantindo com isto, uma total expulsão
do ar (fermentação anaeróbica).
Quantidades adequadas de carboidratos solúveis são
necessárias nas forrageiras a serem ensiladas para que haja
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 251
fermentação adequada, pois é a partir desses carboidratos que o
processo de ensilagem é iniciado e sustentado. Na presença de
carboidratos solúveis, as bactérias produtoras de ácido lático
multiplicam-se rapidamente, resultando na produção de ácido lático,
ácido acético e CO2 e etanol. Na cana-de-açúcar, as quantidades de
carboidratos solúveis são muito altas. Esse teor de carboidratos
solúveis favorece a produção de álcool e CO2 através da rápida
proliferação de leveduras. O excesso de etanol produzido causa perda
de MS e reduz a palatabilidade da silagem. Esse problema não é
observado na silagem de milho, uma vez que o milho possui somente
de 3 a 4% de açúcares na matéria seca.
Segundo Rooke & Hatfield (2003), a rota metabólica
predominante das leveduras é a piruvato descarboxilase acetaldeído e a
subsequente redução do acetaldeído a etanol. Essa rota fermentativa
ocasiona perdas de 48,9% de matéria seca e 0,2% de energia. No
entanto, nem todo etanol produzido estará presente na silagem no
momento da alimentação dos animais (McDonald et al., 1991).
Preston et al. (1976) constataram que a cana-de-açúcar ensilada
sem aditivos apresenta fermentações alcoólicas e perda do valor
nutritivo. Estes mesmos autores verificaram redução de cerca de 30%
no conteúdo total de açúcares para a cana ensilada em relação à cana
fresca, e teor alcoólico de 5,5% na matéria seca da silagem produzida.
A Figura 3 mostra a evolução temporal das concentrações de
carboidratos solúveis e etanol na silagem de cana-de-açúcar (Pedroso,
2003). Pode-se visualizar valores opostos para carboidratos solúveis e
etanol, de forma que nos primeiros 15 dias de ensilagem, cerca de 85%
dos carboidratos solúveis foram transformados em etanol. Há que se
ressaltar também, que as quantidades de etanol mostradas na Figura 3
são oriundas de leveduras, não sendo considerado o etanol produzido
por bactérias heteroláticas.
252 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
Tempo de ensilagem (dias)
Figura 3 - Evolução das concentrações de etano e carboidratos solúveis
em água na silagem de cana-de-açúcar em função do tempo
de ensilagem (Pedroso, 2003).
Queda acentuada do pH (4,2 para 2,9) e redução dos valores de
graus brix (13,8 para 9,0) foram observados por González & MacLeod
(1976) quando ensilaram cana-de-açúcar pura. Esses autores
observaram, também, produção significativa de ácido acético e etanol.
Alii et al. (1982) verificaram que cerca de 50% da sacarose da cana
fresca foi consumida por leveduras, produzindo álcool, sendo que o
restante das perdas desse carboidrato teria ocorrido principalmente em
função do consumo de açúcares durante a fase aeróbica pela
respiração da planta e, em menor quantidade, pela produção de ácidos
pelas bactérias anaeróbicas.
Silva et al. (2008) fizeram um ensaio retirando níveis crescentes
de carboidratos solúveis da cana-de-açúcar antes do momento de
ensilagem para verificar as variações na produção de etanol na silagem.
Para isso, prensaram a cana-de-açúcar moída para retirada do caldo e
fizeram sua reconstituição nos níveis de 0, 50 ou 100% com água. A
restituição resultou em níveis de 41,6, 34,0 e 23,0% de carboidratos
solúveis com base na matéria seca. Após a abertura dos silos, esses
autores observaram que a produção de etanol seria nula se a cana de
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 253
açúcar contivesse apenas 12,4% de carboidratos solúveis, com base na
matéria seca (Figura 4). Porém, na maioria dos casos, quando a canade-açúcar é ensilada, os teores de carboidratos solúveis estão acima de
40%, provocando assim elevadas produções de etanol.
Figura 4 - Relação entre as concentrações de carboidratos solúveis na
planta de cana-de-açúcar (% da MS) e as concentrações de
etanol na silagem (% da MS) (Silva et al., 2008).
Num dos trabalhos pioneiros de avaliação do desempenho
animal utilizando silagem de cana-de-açúcar em condições tropicais,
James (1973) observou redução de um terço no consumo de matéria
seca e redução no ganho de peso em bovinos alimentados com silagem
de cana em comparação com cana in natura. O autor sugeriu que a
redução do consumo tenha ocorrido pelo fato de que a produção de
ácido acético na cana-de-açúcar ensilada teve um efeito negativo sobre
o consumo voluntário.
É possível, portanto, que os problemas atribuídos à ensilagem
de cana-de-açúcar possam ser atribuídos para a produção de ácido
acético e, principalmente, formação de grandes quantidades de álcool.
É conhecido que, a fermentação de açúcares na presença de
quantidades adequadas de nitrogênio produz menos álcool. Além disso,
sugeriu-se que se o pH inicial do material ensilado for maior, haveria um
favorecimento de bactérias, ao invés de leveduras (Preston et al., 1976).
Uma fermentação controlada em condições anaeróbias poderia ser
uma forma de melhorar o valor nutritivo da silagem, pelo aumento no
254 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
conteúdo de proteína verdadeira (por crescimento microbiano) e
concentração de ácido lático. Aumentos desse tipo podem ser
observados quando milho é ensilado, com aumento do conteúdo de
proteína na silagem, em relação à planta in natura (Henderson &
Geasler, 1970). Em silagem de cana, porém, os resultados são
contraditórios (Preston et al., 1976; Schmidt et al., 2007; Balieiro Neto et
al., 2007; Santos et al., 2008).
Em função desses problemas, uma série de trabalhos tem sido
realizados, buscandoalternativas que controlem adequadamente a
população e a atividade de leveduras, sem prejuízo a qualidade da silagem e
desempenho animal.
ADITIVOS NA ENSILAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR
Segundo Nussio & Schmidt (2004), na ensilagem dacana-deaçúcar, a obtenção de resultados técnicos e econômicos positivos
depende, invariavelmente, da escolha correta do aditivo a ser usado.
Nesse sentido, resultados de estudos com vários aditivos químicos e
bacterianos são encontrados na literatura na ensilagem de culturas
como milho e sorgo.
Além da produção de etanol, aqui já discutida, a fermentação por
leveduras gera produção significativa de água, ATP e CO2. Na
ensilagem da cana-de-açúcar perdas por gases tem muita importância,
pois são altamente correlacionadas ao teor de etanol (90,3%) e à
recuperação de MS (89,3%) (Pedroso et al., 2005).
O principal foco dos estudos com ensilagem de cana-de-açúcar
é a busca de aditivos que, associados à ensilagem, inibam a
fermentação alcoólica dessa forragem com vistas à redução dessas
perdas (Nussio & Schmidt, 2004).
Diversos aditivos químicos e biológicos têm sido avaliados para
controlar perdas na ensilagem. Além disso, a associação entre aditivos
químicos e biológicos, e associações entre aditivos do mesmo tipo
também tem sido realizadas.
Com o objetivo de avaliar o efeito do uso de aditivos químicos,
biológicos ou associação com outros alimentos, um banco de dados
independente foi construído com base em trabalhos encontrados na
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 255
literatura nacional. Foram utilizados 59 trabalhos, publicados entre 1999
e 2011 1 .
Uma avaliação descritiva sobre o uso de aditivos na ensilagem de
cana-de-açúcar é apresentada na Tabela 3, onde podem ser verificados os
ganhos obtidos com o uso de aditivos na ensilagem de cana-de-açúcar,
tanto para composição química como para parâmetros fermentativos.
Tabela 3 - Efeito da utilização de aditivos químicos, biológicos ou da
associação com outros alimentos sobre a composição química e
parâmetros fermentativos da silagem de cana-de-açúcar
Silagem de
Silagem de canaSilagem de canacana-de-açúcar
de-açúcar com
de-açúcar
com aditivos
aditivos
associada com
químicos
biológicos
outros alimentos
n
59
115
54
43
MS
24,5
26,2
25,9
29,8
MO
95,5
92,8
94,9
94,1
PB
3,31
5,96
3,43
6,61
EE
1,84
1,55
7,40
FDN
65,6
59,9
64,8
52,8
CNF
17,8
21,7
21,3
21,6
LIG
7,53
7,84
8,72
6,53
DIVMS
46,6
53,5
48,6
70,6
pH
3,53
3,99
3,45
3,68
N-NH3
4,53
11,6
7,10
5,08
Etanol
7,24
4,73
7,06
5,93
Leveduras
4,95
5,01
4,51
3,00
1
n = número de médias de tratamentos consideradas (valor válido para matéria seca);
MS = matéria seca; MO = matéria orgânica; PB = proteína bruta, EE = extrato etéreo,
FDN = fibra em detergente neutro, CNF = carboidratos não-fibrosos, LIG = lignina,
DIVMS = digestibilidade in vitro da matéria seca, N-NH3 = nitrogênio amoniacal.
Item1
Silagem de
cana-deaçúcar
Almeida Filho e Oliveira (2011); Alves et al. (2010); Bergamaschine et al. (2010a); Bergamaschine et
al. (2010b); Carnevalli et al. (2010); Carvalho et al. (2010a); Carvalho et al. (2010b); Fabris et al. (2010);
Fernandes et al. (2010); Franzói et al. (2010); Lopes et al. (2010); Oliveira et al. (2010); Rabelo et al.
(2010); Ribeiro et al. (2010); Roth et al. (2010); Schmidt et al. (2010); Siqueira et al. (2010); Van Cleef
et al. (2010); Amaral et al. (2009); Valeriano et al. (2009); Ávila et al. (2008); Mendes et al. (2008);
Santos et al. (2008); Sousa et al. (2008); Balieiro Neto et al. (2007); Bernardes et al. (2007); Ferreira et
al. (2007); Pedroso et al. (2007); Pontes (2007); Santos (2007); Schmidt et al. (2007); Siqueira et al.
(2007a); Siqueira et al. (2007b); Bravo-Martins et al. (2006); Freitas et al. (2006a); Freitas et al. (2006b);
Pedroso et al. (2006); Queiroz (2006); Santos et al. (2006); Balieiro Neto et al. (2005); Ezequiel et al.
(2005); Ferreira (2005); Oliveira et al. (2005); Roth et al. (2005); Siqueira et al. (2005a); Siqueira et al.
(2005b); Sousa et al. (2005); Freitas et al. (2004); Pedroso (2003); Pinto et al. (2003); Evangelista et al.
(2002a); Evangelista et al. (2002b); Lima et al. (2002a); Lima et al. (2002b); Molina et al. (2002);
Silveira et al. (2002); Andrade et al. (2001); Andrade et al. (1999a); Andrade et al. (1999b).
1
256 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
Aditivos Químicos
Aditivos químicos na ensilagem de cana-de-açúcar têm sido
utilizados com vários propósitos. São observadas várias tentativas de
encontrarem aditivos e doses que propiciem a produção de silagem de
cana-de-açúcar com poucas perdas e com alta qualidade nutricional.
São encontrados dados para os seguintes produtos: hidróxido de sódio
(NaOH), benzoato de sódio, sorbato de potássio, cal (CaO), calcário
(CaCO3), gesso agrícola (CaSO4), sal comum (NaCl), ácido propiônico,
ácido fosfórico, ácido fórmico,uréia, amiréia, zeolita e sulfato de amônio.
O NaOH tem sido utilizado com o objetivo de aumentar o pH
inicial da cana-de-açúcar no momento da ensilagem, uma vez que
sugere-se que valores de pH inicial maiores favoreçam a prevalência de
bactérias, enquanto que menores valores de pH favoreceriam as
leveduras (Preston et al., 1976). Outro objetivo da utilização do NaOH
na ensilagem de cana-de-açúcar é a hidrólise de carboidratos fibrosos,
tornando assim maior o teor de carboidratos não fibrosos e aumentando
a digestibilidade do produto final. Os primeiros trabalhos com NaOH
como aditivo para a ensilagem iniciaram-se no final da década de 70 e
80 (Castrillón et al.,1978; Alcântara, 1989) e envolviam a utilização de
hidróxido de sódio na ensilagem da cana-de-açúcar. Segundo esses
autores, autilização de NaOH reduzia significativamente a produção de
etanol e os teores de FDN, e resultava em silagens com maior pH e
maior teor de ácido lático, cinzas e carboidratos solúveis.
Alguns agentes germicidas utilizados na indústria de alimentos,
como o benzoato de sódio e o sorbato de potássio, têm sido utilizados
como aditivos para silagens (Pedroso, 2003). O benzoato de sódio
possui ação específica contra leveduras (Warth, 1998). São observados
resultados favoráveis à utilização de benzoato de sódio na ensilagem de
gramíneas, com redução da população de leveduras (Lättemäe &
Lingvall, 1996). Os ácidos sórbico e benzóico foram avaliados em
laboratório por Woolford (1975), onde o ácido sórbico, na forma de
sorbato de potássio, mostrou poder inibidor sobre clostridia, leveduras e
mofos. O ácido benzóico, na forma de benzoato de sódio, foi altamente
eficiente contra clostridia, porém precisou ser aplicado em altas
concentrações para ser efetivo contra leveduras. No Brasil, poucos
estudos foram realizados com esses aditivos, principalmente devido ao
alto custo dos mesmos, impossibilitando sua adoção pela maioria dos
produtores.
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 257
A cal (CaO), ou óxido de cálcio, possui efeito semelhante ao
NaOH, e é utilizada com objetivo de reduzir os constituintes da parede
celular por hidrólise alcalina e contribuir para a preservação de
nutrientes solúveis por inibir o desenvolvimento de leveduras que atuam
sobre a massa ensilada, amenizando a perda de valor nutritivo durante
a ensilagem e após a abertura do silo (Balieiro Neto et al., 2007).
O calcário (CaCO3), assim como o gesso agrícola (CaSO4) são
utilizados na silagem de cana-de-açúcar também como agentes
alcalinizantes, atuando de forma semelhante ao CaO e ao NaOH. O
início da utilização do calcário em silagens se deu nos Estados Unidos,
nos anos 60, em combinação com a uréia (Klostermanet al., 1960;
Simkinset al., 1965; Johnson et al., 1967). Sugere-se que o calcário seja
eficiente em melhorar a fermentação e a aceitabilidade das silagens
(Essig, 1968).
O uso do sal comum na ensilagem de cana-de-açúcar é recente, e
os resultados observados não demonstram eficácia de sua utilização
(Rabelo et al., 2010), de forma que este não pode ainda ser considerado
um aditivo eficiente para melhorar a ensilagem de cana-de-açúcar.
Ácidos orgânicos ou inorgânicos fracos, como o ácido propiônico
e o ácido fosfórico, respectivamente, também têm sido sugeridos como
aditivos para ensilagem de cana-de-açúcar, atuando como
antimicrobianos e acidificadores, sendo também utilizados como
diminuidores da atividade das leveduras (Carvalho et al., 2010, Van
Cleef et al; 2010).
A uréia é associada à ensilagem de cana-de-açúcar como forma de
melhorar o padrão de fermentação e o teor de proteína bruta. É proposto
que a adição de uréia possa aumentar também o teor de proteína
verdadeira na silagem, por reduzir a proteólise da planta (Buchanan-Smith,
1982). O uso da uréia na ensilagem da cana-de-açúcar no Brasil foi
estudado por Schmidt et al. (2004) e Pedroso et al. (2007), não sendo
observada tendência definida da utilização desse aditivo quanto a redução
de perdas ocasionadas por leveduras. Pedroso et al. (2007) observaram
redução das perdas de matéria seca de 18,2% (controle) e de até 6,56%
nas silagens com 1,5% de uréia. No entanto, não houve efeito sobre o teor
de etanol das silagens. Todavia, no estudo de Schmidt et al. (2004),
usando a dose de 0,5% de uréia comparada à silagem controle, não foi
verificada diferença em relação às perdas de matéria seca, sendo os
resultados encontrados de 31,6 e 30,2% nas silagens controle e tratadas
com 0,5% de uréia, respectivamente.
258 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
A adição de uma fonte de amido na ensilagem de cana-deaçúcar junto com a uréia, na forma de amiréia, tem por objetivo induzir
uma redução da exigência de carboidratos solúveis, garantindo
processo fermentativo satisfatório, impedindo o desenvolvimento de
microrganismos indesejáveis e tornando a silagem de gramíneas
tropicais um alimento de valor nutricional adequado e de baixo custo de
produção (Balsalobreet al., 2001). Resultados positivos com o uso de
amiréia foram observados (Lopes & Evangelista, 2010), porém, sem
haver diferenças consideráveis em relação ao tratamento com a mesma
quantidade de uréia.
Uma avaliação descritiva da utilização dos principais aditivos
químicos na ensilagem de cana-de-açúcar é apresentada na Tabela 4.
Os dados apresentados levam em consideração apenas médias de
tratamentos nas quais os aditivos foram utilizados de forma pura, sem
associação a outros aditivos ou alimentos.
Pode ser observado (Tabela 4) que os aditivos químicos mais
tradicionais, como os alcalinizantes (NaOH, CaO, CaCO3) e a uréia,
proporcionam bons resultados na ensilagem de cana-de-açúcar, quando
comparados à silagem não aditivada. Esses aditivos reduzem o teor de
carboidratos fibrosos da silagem, por meio de hidrólise, resultando em
maiores estimativas da digestibilidade da matéria seca, realizada por
meio da digestibilidade in vitro. É possível que enquanto o NaOH, a
CaO e o CaCO3 tem ação química sobre a parede celular, a adição de
uréia durante a ensilagem da cana-de-açúcar promove um maior
crescimento bacteriano, tendo como consequência uma maior
degradação da FDN até a estabilização da silagem.
Acentuada redução nos teores de etanol com o uso de NaOH,
CaO, CaCO3 e uréia pode também ser observada. Além disso, os
maiores teores de matéria seca nas silagens com estes aditivos são de
grande importância, uma vez que com a redução nas perdas de matéria
seca, o custo das silagens aditivadas fica menor do que o das silagens
sem aditivos (Amaral e Bernardes, 2010), além de haverem também
ganhos na composição bromatológica.
A ensilagem de cana-de-açúcar aditivada com NaOH, CaO,
CaCO3 e uréia produz bons resultados, e o uso desses aditivos parece
estar consolidado. Quanto ao uso de gesso agrícola (CaSO4), benzoato
de sódio, ácido propiônico, sorbato de potássio e amiréia, são
necessários ainda maiores estudos para que esses compostos possam
ser efetivamente utilizados por produtores.
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 259
Tabela 4 - Efeito da utilização de alguns aditivos químicos sobre a composição
química e parâmetros fermentativos da silagem de cana-de-açúcar
Item1,2
Controle
NaOH(0,5 – 4%)5
∆ (%)
Controle
CaO(0,5 – 2%)6
∆ (%)
Controle
CaCO3(1 – 1,5%)7
∆ (%)
Controle
CaSO4(1%)8
∆ (%)
Controle
Benzoato(0,05 – 0,2%)9
∆ (%)
Controle
Propionato(0,1 - 1%)10
∆ (%)
Controle
Sorbato K (0,02 - 0,03%)11
∆ (%)
Controle
Zeólita(0,5%)12
∆ (%)
Controle
Amiréia(1,5%)13
∆ (%)
Controle
Uréia (0,5%)14
Uréia (1,0%)14
Uréia (1,5%)14
∆ média (%)
n3
11
13
3
2
9
2
1
2
1
26
MS
24,1
25,8
7%
23,1
28,0
21%
28,3
32,1
13%
26,6
27,5
3%
24,4
24,4
0%
25,8
28,4
10%
22,0
21,4
-3%
23,2
25,0
8%
25,2
23,3
26,2
28,4
3%
MO
94,8
90,6
-4%
95,7
90,4
-6%
96,4
94,4
-2%
98,2
94,7
-4%
94,6
93,7
-1%
94,7
93,8
-1%
95,2
93,1
-2%
95,1
95,6
1%
95,2
93,1
95,5
95,6
0%
Composição química (%)4
PB
FDN FDA
LIG N-NH3
2,80
69,6
44,7
9,11 5,55
2,93
53,4
38,1
7,93 6,77
5%
-23% -15% -13% 22%
3,83
64,7
40,2
6,11
2,91
54,9
34,4
6,66
-24% -15% -14%
9%
3,95
67,6
43,3
7,40
3,04
55,3
35,6
5,55
-23% -18% -18% -25%
3,98
7,1
43,8
3,85
61,8
39,1
-3% 770% -11%
2,95
70,5
45,8
7,41 2,57
3,26
64,0
43,2
7,70 3,63
11%
-9%
-6%
4%
41%
3,47
67,3
44,8
7,06
3,62
63,8
42,9
7,66
4%
-5%
-4%
8%
3,30
69,8
44,9
6,90
4,09
62,2
42,9
7,45
24% -11% -4%
8%
2,75
69,6
39,6
5,07 4,35
2,71
69,5
40,1
5,23 5,50
-1%
0%
1%
3%
26%
4,98
71,8
41,5 11,90 2,06
10,30 67,0
41,0 12,30 16,10
107% -7%
-1%
3% 682%
3,29
69,4
44,8
7,78 3,03
8,11
63,9
42,4
6,52 13,70
12,90 62,4
40,6
8,14 16,60
14,40 62,7
41,9
8,68 19,40
259% -9%
-7%
0% 447%
pH
3,53
4,43
25%
3,51
4,29
22%
3,44
3,70
8%
3,40
3,43
1%
3,65
3,66
0%
3,58
3,63
1%
3,56
3,69
4%
3,43
3,46
1%
3,70
4,18
13%
3,61
3,65
3,93
4,80
14%
Etanol DIVMS
9,87
43,9
5,20
63,0
-47% 44%
5,84
53,2
0,81
72,1
-86% 36%
4,62
48,7
1,46
60,2
-68% 24%
4,78
48,7
4,60
52,1
-4%
7%
6,89
42,5
6,36
45,0
-8%
6%
5,35
46,2
5,70
47,6
7%
3%
5,64
46,4
2,42
47,6
-57%
3%
46,5
46,9
1%
7,00
42,8
4,20
48,1
4,09
50,2
3,47
49,3
-44% 15%
1
NaCl, ácido fosfórico e ácido fórmico não foram incluídos; 2O número entre parênteses corresponde à quantidade
de aditivo em % da matéria seca total do material ensilado; 3Número de estudos avaliados; 4MS = matéria seca, MO
= matéria orgânica, PB = proteína bruta, FDN = fibra em detergente neutro, FDA = fibra em detergente ácido, LIG =
lignina, N-NH3 = nitrogênio amoniacal, DIVMS = digestibilidade in vitro da matéria seca; 5Ribeiro et al.
(2010);Siqueira et al. (2010);Pedroso et al. (2007);Siqueira et al. (2007a);Siqueira et al. (2007b);Freitas et al.
(2006b);Ezequiel et al. (2005);Siqueira et al. (2005a);Siqueira et al. (2005b);Freitas et al. (2004);Andrade et al.
(1999a); 6Alves et al. (2010);Carvalho et al. (2010a);Carvalho et al. (2010b);Fabris et al. (2010);Fernandes et al.
(2010); Franzói et al. (2010); Rabelo et al. (2010); Roth et al. (2010);Santos et al. (2008);Balieiro Neto et al.
(2007);Pontes (2007);Santos (2007);Balieiro Neto et al. (2005); 7Amaral et al. (2009);Santos et al. (2008);Santos
(2007); 8Santos et al. (2008);Santos (2007); 9Siqueira et al. (2010);Bernardes et al. (2007); Pedroso et al. (2007);
Schmidt et al. (2007);Siqueira et al. (2007a);Siqueira et al. (2007b);Siqueira et al. (2005a);Siqueira et al.
(2005b);Pedroso (2003); 10Pedroso et al. (2007);Pedroso (2003); 11Pedroso (2003); 12Ferreira et al. (2007);Molina et
al. (2002); 13Lopes et al. (2010); 14Alves et al. (2010); Carnevalli et al. (2010); Franzói et al. (2010);Lopes et al.
(2010);Oliveira et al. (2010);Ribeiro et al. (2010);Siqueira et al. (2010);Ferreira et al. (2007);Pedroso et al.
(2007);Pontes (2007);Schmidt et al. (2007);Siqueira et al. (2007a);Siqueira et al. (2007b);Bravo-Martins et al.
(2006);Pedroso et al. (2006);Queiroz (2006);Santos et al. (2006);Roth et al. (2005);Siqueira et al. (2005a);Siqueira et
al. (2005b);Sousa et al. (2005);Pedroso (2003);Lima et al. (2002b);Molina et al. (2002);Andrade et al. (2001);
Andrade et al. (1999b).
260 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
O sal comum e a zeólita parecem não apresentar efeitos positivos
na ensilagem de cana-de-açúcar, até porque os fundamentos da utilização
destes compostos são contraditórios. Desta forma, é pouco provável que
surjam estudos provando que o uso dos mesmos seja viável.
Aditivos Biológicos
A cana-de-açúcar in natura picada, assim como as demais
forragens naturais, contém naturalmente muitos tipos de bactérias,
chamadas bactérias “epífitas”, sendo algumas prejudiciais e outras
benéficas ao processo fermentativo. A adição de um inoculante
microbiano no processo de ensilagem visa acionar um rápido
crescimento de bactérias produtoras de ácido lático, a fim de dominar a
fermentação, produzindo uma silagem de qualidade. As principais
bactérias utilizadas em inoculantes para silagens incluem: Lactobacillus
plantarum, L. acidophilus, L. buchneri, Pediococcus acidilactici, P.
pentacaceus e Enterococcus faecium.Os inoculantes microbianos contêm
geralmente uma ou mais dessas bactérias, que foram selecionadas por
sua capacidade de dominar a fermentação.
De forma geral, o uso de aditivos microbiológicos em silagens
tem o objetivo de inibir o crescimento de microrganismos aeróbios
(especialmente aqueles associados à instabilidade aeróbia, ex.
leveduras e Listeria), inibir ocrescimento de organismos anaeróbios
indesejáveis como enterobactérias e clostrídeos, inibir a atividade de
proteases e deaminases da planta e de microrganismos, adicionar
microrganismos benéficos para dominar a fermentação, formar produtos
finais benéficos para estimular o consumo e a produção do animal e
melhorar a recuperação de matéria seca da forragem conservada (Kung
Jr. et al., 2003).
A obtenção de sucesso no uso de aditivos microbiológicos em
silagens depende da habilidade da bactéria inoculada de crescer
rapidamente na massa de forragem ensilada, da presença de substrato
adequado e da população de bactérias inoculadas em relação à população
epífita da forragem. São necessárias aproximadamente 108 bactérias ácido
láticas por grama de forragem para que o pH decline rapidamente. No
entanto, essa concentração é muito superior à suprida pelos aditivos
microbiológicos e, neste caso, o inoculante deve apresentar rápida taxa de
crescimento na forragem recém armazenada (Muck, 1988).
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 261
Muitas vezes, no entanto, os inoculantes utilizados não
propiciam a resposta esperada nas silagens (Zopollato et al., 2009).
Algumas hipóteses para o insucesso da utilização de inoculantes em
silagens são sugeridas por alguns autores (Muck & Kung Jr., 1997;
Kung Jr. et al, 2003), e dentre elas destacam-se: a atividade competitiva
de população epífita da planta originada a partir de cepas selvagens, o
baixo teor de açúcares da forragem, os efeitos do antecedente histórico
da cultura agrícola utilizada como fonte de forragem, excesso de
oxigênio, extremos de atividade de água na massa ensilada, problemas
na aplicação do produto.
Em busca realizada na literatura nacional, foram encontrados
resultados da utilização de seis diferentes tipos de cepas bacterianas na
ensilagem de cana-de-açúcar, sendo elas: Lactobacillus plantarum (n = 15),
L. buchneri (n = 22), L. paracasei (n = 1), L. brevis (n = 1), L. diolivorans (n =
1); Pediococcus (n = 3) e Propionibacterium adicipropionici (n = 2). Uma
avaliação descritiva do efeito desses aditivos sobre a composição química
da silagem de cana-de-açúcar é apresentada na Tabela 5. Outra avaliação,
por meio de meta-análise, foi realizada para verificar o efeito de L. plantarum
e L. buchneri sobre a composição química da silagem de cana-de-açúcar e é
apresentada no próximo item desta revisão.
Cabe ressaltar que os dados apresentados na Tabela 5 levam
em consideração apenas o efeito do aditivo puro, sem associação com
outros aditivos. É comum observar na literatura trabalhos que fazem uso
da associação entre aditivos microbiológicos, químicos, ou ainda entre
aditivos microbiológicos e químicos.
Outro fato a ser ressaltado é que na compilação de dados
apresentada na Tabela 5 não foi considerado o efeito da dose do aditivo
microbiano utilizado. Embora diferenças consideráveis nas doses
utilizadas possam ser observadas entre os trabalhos avaliados, autores
que avaliaram o efeito de dose do inoculante para silagens de cana-deaçúcar não encontraram diferenças em nenhum dos parâmetros
avaliados (Freitas et al., 2004; Oliveira, 2005; Freitas et al. 2006b).
Taylor & Kung Jr. (2002), testando níveis de aplicação de L.
buchneri em concentrações de 105 a 106 unidades formadoras de
colônia (ufc)/gde forragem, constataram que níveis iguais ou superiores
a 5 x 105ufc/g foram suficientes no controle do desenvolvimento de
leveduras e no aumento da estabilidade aeróbia de silagens de grãos
úmidos de milho, sendo este nível o normalmente recomendado por
fabricantes de inoculantes para silagens de cana-de-açúcar.
262 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
Tabela 5 - Efeito da utilização de alguns aditivos microbianos sobre a
composição química e parâmetros fermentativos da silagem
de cana-de-açúcar
Item
1
n
3
2
Controle
4
15
L. plantarum
∆ (%)
Controle
5
22
L. buchneri
∆ (%)
Controle
6
1
L. paracasei
∆ (%)
Controle
7
1
L. brevis
∆ (%)
Controle
8
1
L. diolivorans
∆ (%)
MS
25,6
24,3
-5%
25,6
27,3
7%
28,6
28,4
-1%
28,6
28,5
0%
23,0
21,6
-6%
MO
94,4
93,7
-1%
95,0
95,0
0%
94,8
94,5
0%
94,8
94,7
0%
97,6
96,8
-1%
PB
3,08
3,55
15%
3,09
3,44
11%
3,60
4,20
17%
3,60
4,00
11%
4,00
4,51
13%
Composição química (%)
FDN
FDA
LIG
N-NH3
68,4
43,6
7,60
6,55
63,0
41,4
8,70
7,39
-8%
-5%
14%
13%
67,2
43,9
7,40
6,00
64,0
41,0
8,24
8,48
-5%
-7%
11%
41%
60,4
37,9
11,00
66,8
37,8
10,50
11%
0%
-5%
60,4
37,9
11,00
60,0
33,1
7,30
-1%
-13%
-34%
73,7
45,6
70,6
44,9
-4%
-2%
-
pH Etanol DIVMS
3,52 7,60
45,9
3,43 12,69 50,6
-3% 67%
10%
3,54 6,01
44,5
3,46 5,55
47,8
-2% -8%
7%
3,57
3,47
-3%
3,57
3,58
0%
3,56 7,91
3,42 6,83
-4% -14%
-
1
Pediococcus e Propionibacterium adicipropionici não foram incluídos pois só foram encontrados
estudos nos quais estes aditivos estavam associados a outros;
2
Número de estudos avaliados;
3
MS = matéria seca, MO = matéria orgânica, PB = proteína bruta, FDN = fibra em detergente
neutro, FDA = fibra em detergente ácido, LIG = lignina, N-NH3 = nitrogênio amoniacal, DIVMS =
digestibilidade in vitro da matéria seca;
4
Almeida Filho e Oliveira (2011); Schmidt et al. (2010); Siqueira et al. (2010); Valeriano et al.
(2009); Pedroso et al. (2007); Schmidt et al. (2007); Siqueira et al. (2007a); Siqueira et al. (2007b);
Freitas et al. (2006a); Freitas et al. (2006b); Siqueira et al. (2005a); Siqueira et al. (2005b); Freitas
et al. (2004); Pedroso (2003); Molina et al. (2002);
5
Almeida Filho e Oliveira (2011); Carnevalli et al. (2010); Carvalho et al. (2010a); Carvalho et al.
(2010b); Siqueira et al. (2010); Valeriano et al. (2009); Ávila et al. (2008); Mendes et al. (2008);
Santos et al. (2008); Sousa et al. (2008); Pedroso et al. (2007); Schmidt et al. (2007); Siqueira et al.
(2007a); Siqueira et al. (2007b); Freitas et al. (2006a); Queiroz (2006); Oliveira et al. (2005);
Siqueira et al. (2005a); Siqueira et al. (2005b); Sousa et al. (2005); Pedroso (2003); Molina et al.
(2002);
6
Valeriano et al. (2009);
7
Valeriano et al. (2009);
8
Queiroz (2006).
Conforme pode ser observado na Tabela 5, L. buchneri e L.
plantarum são os inoculantes mais utilizados para a produção de
silagens de cana-de-açúcar.
Lactobacillus buchneri são bactérias heterofermentativas, que
utilizam ácido lático e glicose como substrato para produção de ácido
acético e propiônico, os quais são efetivos no controle de fungos, sob
baixo pH (Muck, 2008). Oude Elferink et al. (2001) demonstraram a
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 263
capacidade do L. buchneri de degradar, em condições anaeróbias,
ácido lático em ácido acético e 1,2-propanodiol, em quantidades
equimolares. Vale ressaltar que a redução do ácido lático representa
diminuição de substrato potencialmente fermentável por leveduras. No
caso da silagem da cana-de-açúcar, esse efeito apresenta grande
interesse durante o processo fermentativo e na pós-abertura.
Ranjit & Kung Jr. (2000) estudaram a inoculação de L. buchneri
na ensilagem de milho e avaliaram as características fermentativas e a
estabilidade aeróbia dessas silagens. A inoculação com L. buchneri
reduziu a população de leveduras na abertura dos silos de 6,05
(controle) para 2,02 log ufc/g de silagem, como resultado da maior
concentração de ácido acético 3,6 (inoculada) vs 1,82% nas silagens
não-inoculadas. Em virtude da menor população de leveduras, o pH das
silagens tratadas com L. buchneri sofreu menores elevações, reduzidas
perdas de carboidratos solúveis e de ácido lático e maior tempo para
elevação da temperatura.
O 1,2-propanediol, também formado ao longo da rota de
transformação do ácido lático em ácido acético (Oude Elferink et al.,
2001), pode ser convertido, por outros microrganismos, à ácido
propiônico, que apresenta efeito anti-fúngico documentado (Driehuis et
al., 1999). Além disso, outras substâncias anti-microbianas como
bacteriocinas também podem ser produzidas por L. buchneri (Yildirim,
2001).
Zopolatto et al. (2009), sugeriram que o L. buchneri seja capaz
de produzir bons resultados para silagens de cana-de-açúcar, embora
os resultados ainda sejam inconclusivos.
Lactobacillus plantarum são bactérias homofermentativas, que
caracterizam-se pela taxa de fermentação mais rápida, menor
proteólise, maior concentração de ácido lático, menores teores de
ácidos acético e butírico, menor teor de etanol, e maior recuperação de
energia e matéria seca (Muck, 2008). Os resultados com L. plantarum
para ensilagem de cana-de-açúcar no Brasil ainda são inconsistentes,
embora esse microorganismo seja o mais utilizado na ensilagem de
gramíneas tropicais. Já foi documentado, também, que o L. plantarum
possa aumentar a produção de etanol nas silagens de cana-de-açúcar
(Zopolattoet al., 2009), o que é prejudicial às mesmas.
O gênero Propionibacterium é caracterizado pela produção dos
ácidos acético e propiônico durante a fermentação de carboidratos
solúveis e ácido lático (McDonald et al., 1991). Filya et al. (2004)
264 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
estudaram a associação do Propionibacterium acidipropionici
associado, ou não, ao L. plantarum na fermentação e na estabilidade
aeróbia de silagens de trigo, de sorgo e de milho e observaram que o P.
acidipropionici foi eficiente no controle do desenvolvimento de leveduras
e fungos filamentosos nas fases de fermentação e de estabilidade
aeróbia. A utilização de L. plantarum de forma isolada seria benéfica
quanto ao período de fermentação (Kung et al., 2003), enquanto as
bactérias do gênero Propionibacterium tiveram efeito pronunciado sobre
a estabilidade aeróbia, em virtude do controle de levedurase fungos.
Associação com outros alimentos
A associação de alimentos secos à cana-de-açúcar para
ensilagem tem por objetivo obter fermentação lática com pequena perda
energética, em vez da fermentação alcoólica, mais frequentemente
encontrada. Para obter isso, a adição de outros alimentos, geralmente
farelos, visa gerar um composto com composição química inicial que
favoreça um adequado processo fermentativo, além de melhorar o valor
nutritivo da silagem.
No banco de dados construído para a realização dessa revisão,
foi encontrada a associação de vários alimentos à cana-de-açúcar para
a ensilagem, sendo eles: milho desintegrado com palha e sabugo (rolão
de milho ou MDPS), casca de café, casca de soja, polpa cítrica, farelo
de trigo, farelo de soja, farelo de algodão, farelo de mandioca, milho
grão moído, mandioca, resíduo de colheita de soja e planta inteira de
soja. Uma avaliação da utilização destes alimentos na ensilagem de
cana-de-açúcar é apresentada na Tabela 6.
De forma geral, pode ser observado que a associação de outros
alimentos na ensilagem de cana-de-açúcar proporciona elevação da
matéria seca final da silagem, além de melhora no valor nutritivo
(Tabela 6). O maior teor de matéria seca na silagem se deve a dois
fatores: o aumento do teor de matéria seca do material a ser ensilado
pela adição de alimentos secos e; a melhora do processo fermentativo,
uma vez que a composição química do composto a ser fermentado é
mais favorável à fermentação do que a cana-de-açúcar in natura.
Os resultados mostrados na Tabela 6, apesar de em pequeno
número, demonstram o potencial da utilização de alimentos secos na
ensilagem de cana-de-açúcar. Por outro lado, há que se considerar
também a maior necessidade de mão-de-obra para homogeneização do
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 265
material a ser ensilado, e o aumento dos custos de produção, uma vez
que os alimentos farelados normalmente possuem maior custo do que a
cana in natura. É importante ressaltar, também, que a ensilagem de um
material de alta qualidade com a cana-de-açúcar proporcionará uma
perda de qualidade e quantidade do material ensilado, podendo não ser
vantajoso financeiramente, apesar na melhora geral da qualidade da
silagem. Nesse sentido, a utilização de resíduo de colheita de soja, ou
planta inteira de soja, podem ser alternativas interessantes, ficando,
porém, seu uso restrito à disponibilidade dos mesmos.
266 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
Tabela 6 - Efeito da associação de alguns alimentos sobre a
composição química e parâmetros fermentativos da
silagem de cana-de-açúcar
Item
1,2
Controle
5
MDPS (4 - 12%)
∆ (%)
Controle
6
Casca de café (4 – 12%)
∆ (%)
Controle
7
Polpa cítrica (4 – 45%)
∆ (%)
Controle
8
Farelo de trigo (4 – 12%)
∆ (%)
Controle
9
Farelo de soja (4 – 14%)
∆ (%)
Controle
10
Farelo de algodão (4 – 14%)
∆ (%)
Controle
11
Farelo de mandioca (7 – 28%)
∆ (%)
Controle
12
Resíduo de colheita de soja(10%)
∆ (%)
Controle
13
Soja planta inteira (25 – 75%)
∆ (%)
1
n
4
3
4
1
2
1
2
1
1
3
4
MS
24,7
28,4
15%
27,2
29,9
10%
27,0
29,8
10%
27,0
30,7
14%
27,2
33,2
22%
27,1
33,8
25%
20,5
30,2
47%
21,7
29,2
35%
24,0
28,1
17%
PB
3,81
3,88
2%
2,08
3,13
50%
2,41
2,56
6%
2,41
3,93
63%
2,81
5,82
107%
2,71
6,23
130%
3,67
11,03
201%
3,39
13,40
295%
Composição química (%)
FDN FDA LIG N-NH3 pH
63,6 46,3 7,20 8,09 3,74
56,6 40,8 7,20 5,89 3,50
-11% -12% 0% -27% -6%
58,1 54,0
3,27 3,39
62,9 53,9
3,73 3,63
8% 0%
14% 7%
59,2 55,4
3,13 3,40
53,8 43,2
2,22 3,61
-9% -22% -29% 6%
59,2 55,4
3,13 3,40
52,0 46,5
6,04 3,52
-12% -16% 93% 4%
58,1 54,1
3,19 3,40
47,5 41,2
4,47 3,73
-18% -24% 40% 10%
58,3 55,3
3,02 3,43
53,7 45,5
6,40 3,57
-8% -18% 112% 4%
3,90 3,50
2,30 3,50
-41% 0%
62,6 38,9 8,50 9,90 3,35
50,5 32,1 6,55 4,87 3,71
-19% -17% -23% -51% 11%
68,8 41,6 6,10 10,40 3,40
49,9 32,9 5,77 8,25 4,10
-27% -21% -5% -21% 21%
Etanol
6,90
6,40
-7%
14,50
4,93
-66%
-
DIVMS
24,7
28,4
15%
57,6
70,6
23%
24,0
28,1
17%
Casca de soja, milho grão moído e mandioca não foram incluídos por não haverem
trabalhos com avaliação destes alimentos sem associação à outros aditivos, MDPS =
milho desintegrado com palha e sabugo; 2O número entre parênteses corresponde à
3
quantidade do alimento em % da matéria seca total do material ensilado; Número de
4
estudos avaliados; MS = matéria seca, PB = proteína bruta, FDN = fibra em
detergente neutro, FDA = fibra em detergente ácido, LIG = lignina, N-NH3 = nitrogênio
amoniacal, DIVMS = digestibilidade in vitro da matéria seca; 5Bernardes et al.
(2007);Santos et al. (2006);Evangelista et al. (2002a);Andrade et al. (1999a);
6
Evangelista et al. (2002a);Lima et al. (2002a); 7Evangelista et al. (2002a);Lima et al.
(2002a);Silveira et al. (2002); 8Lima et al. (2002a); 9Evangelista et al. (2002b);Lima et
10
11
12
al. (2002b); Evangelista et al. (2002b); Oliveira et al. (2010); Freitas et al.
13
(2006a);Freitas et al. (2006b);Freitas et al. (2004); Alves et al. (2010);Bergamaschine
et al. (2010a);Bergamaschine et al. (2010b);Franzói et al. (2010).
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 267
META-ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA E PARÂMETROS
FERMENTATIVOS DA SILAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR EM
FUNÇÃO DO USO OU NÃO DE ADITIVOS
Frequentemente os pesquisadores querem resumir o
conhecimento prévio a respeito de um determinado assunto na forma de
um comentário. Nesses casos, a abordagem pode ser narrativa, onde o
revisor usa a integração mental para combinar os resultados de uma
coleção de estudos, sendo os resultados descritos qualitativamente (StPierre, 2001). Discussão desse tipo foi realizada no item anterior, onde
foram avaliados de forma descritiva os mais diversos aditivos utilizados
na ensilagem de cana-de-açúcar.
Uma abordagem mais moderna consiste na utilização de
técnicas estatísticas para combinar, em uma medida, o resumo dos
resultados de estudos independentes voltados a uma única questão, o
que chamamos de meta-análise.
Uma meta-análise para verificar a influência do uso de aditivos
sobre a composição química e parâmetros fermentativos de silagens de
cana-de-açúcar foi realizada com base no banco de dados construído
para esta revisão. Em função do número de observações, foram
avaliados somente os seguintes aditivos: L. plantarum, L. buchneri,
uréia, CaO e NaOH.
Os aditivos microbiológicos foram avaliados de forma qualitativa
(Tabela 7), sendo avaliado apenas o efeito da utilização ou não do
aditivo, não sendo considerado o efeito da dose de aditivo utilizada. Já
os efeitos dos aditivos químicos foram avaliados de forma quantitativa
(Tabela 8), sendo quantificado o efeito da dose do aditivo sobre os
parâmetros avaliados.
Foram consideradas apenas as médias de tratamentos onde o
aditivo foi avaliado de forma independente, sem associação com outros
aditivos. Para que o trabalho pudesse entrar na meta-análise, foi
necessário que tivesse também um tratamento controle, de forma que o
efeito do aditivo pudesse ser estimado em cada um dos trabalhos
avaliados.
Foi utilizado nesta meta-análise um modelo misto, sendo o
aditivo considerado como efeito fixo e o estudo como efeito aleatório. As
análises foram realizadas pelo procedimento MIXED do SAS, tendo
como base o trabalho de St-Pierre (2001). O método de estimação dos
componentes de variâncias utilizado foi o REML (método da máxima
268 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
verossimilhança restrita). Foram testadas como matrizes de variâncias e
covariâncias para os efeitos aleatórios os seguintes tipos de matrizes:
simétrica composta (variância homogênea e covariância nula), simétrica
composta heterogênea (variância heterogênea e covariância nula), não
estruturada (variância e covariância heterogêneas) e autoregressiva
(variância e covariância homogêneas). Foi adotada, para cada variável
analisada, a matriz que apresentou o menor valor para o Critério de
Informação Akaike (AIC) (Akaike, 1974).
As comparações entre o efeito do aditivo e o tratamento controle
foram feitas por meio da análise de variância, sendo adotado nível
crítico de probabilidade de 5% para o erro tipo I em todos os testes
realizados. Valor P de entre 0,05 e 0,10 foram considerados como
tendências.
Tabela 7 - Meta-análise do efeito de Lactobacillus plantarum e
Lactobacillus buchneri sobre a composição química e
parâmetros fermentativos de silagens de cana-de-açúcar
Variável1
MS (%)
MO (%)
PB (%)
FDN (%)
FDA (%)
LIG (%)
CNF (%)
N-NH3 (%)
DIVMS (%)
pH
Etanol (%)
Gases (%)
Efluentes (%)
Lactobacillus plantarum(n = 14)
Controle
Aditivo
Valor P
26,0
25,4
0,397
94,1
93,6
0,414
2,95
3,35
0,054
68,3
62,4
0,084
43,4
43,7
0,688
7,68
8,35
0,104
6,69
6,30
0,694
44,7
44,9
0,925
3,51
3,49
0,752
7,61
10,3
0,043
17,3
18,9
0,459
69,7
52,9
0,687
Lactobacillus buchneri(n = 20)
Controle
Aditivo
Valor P
26,2
27,7
0,005
94,6
94,4
0,784
3,09
3,53
0,371
66,2
63,7
0,177
44,2
42,8
0,091
7,67
7,94
0,346
15,0
25,2
0,012
6,00
14,32
0,401
43,4
49,4
0,032
3,58
3,60
0,838
5,90
5,79
0,920
21,4
19,3
0,076
53,4
46,6
0,438
1
MS = matéria seca, MO = matéria orgânica, PB = proteína bruta, FDN = fibra em
detergente neutro, FDA = fibra em detergente ácido, LIG = lignina, CNF = carboidratos
não fibrosos, N-NH3 = nitrogênio amoniacal, DIVMS = digestibilidade in vitro da matéria
seca.
Verifica-se que o Lactobacillus plantarum não apresenta efeito
satisfatório sobre a silagem de cana-de-açúcar (Tabela 7). O aditivo não
foi capaz de melhorar os parâmetros de composição química e
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 269
fermentação das silagens. Foram observadas apenas tendências para o
aumento do teor de proteína e redução do teor de FDN.
O Lactobacillus buchneri apresentou efeito positivo (P < 0,005)
sobre o teor de matéria seca da silagem de cana. Foi observado
também aumento do teor de CNF e da digestibilidade in vitro, quando as
silagens foram inoculadas com L. buchneri. Foi observada também uma
tendência de redução dos teores de FDA (0,091) e da produção de
gases (0,076).
Não foram observados efeitos de nenhum dos aditivos
microbianos sobre os teores de matéria orgânica, lignina, nitrogênio
amoniacal, pH e produção de efluentes em silagens de cana-de-açúcar.
Quanto aos teores de etanol, cabe ressaltar que o L. plantarum
teve um efeito prejudicial, aumentando significativamente a produção de
etanol (P < 0,043), sendo efeito semelhante observado em revisão
realizada por Zopolatto et al. (2009). Já o uso de L. buchneri não
modificou os teores de etanol das silagens, corroborando com os
resultados verificados por Zopolatto et al. (2009).
A possível redução na produção de etanol por leveduras pode
ter sido mascarada em parte pelo estímulo à produção de etanol
causado pelo próprio L. buchneri (Kleinschmit & Kung, 2006; Oude
Elferink et al., 2001), embora em quantidade muito reduzida. Esse
mesmo padrão de resposta já havia sido também descrito para silagens
de milho (Kleinschmit & Kung, 2006) em situação análoga. Outra
explicação se refere à dificuldade metodológica para a recuperação
precisa do etanol sintetizado na massa ensilada. Em revisão, Jobim et
al. (2007) relataram que o teor de etanol descrito em silagens poderia
representar pequena fração do etanol efetivamente produzido,
induzindo à distorções na interpretação da eficiência de estratégias de
controle de etanol em silagens.
Com base nesses resultados, sugere-se que a utilização do L.
plantarum na ensilagem de cana-de-açúcar não apresenta resultados
positivos do ponto de vista de composição química e parâmetros
fermentativos. Há que se ressaltar, porém, que algumas variáveis
avaliadas nos trabalhos da literatura, principalmente relacionadas a
parâmetros fermentativos, não foram incluídas nessa avaliação, pois
não foi encontrado número de observações suficientes. A estabilidade
aeróbica das silagens também não foi avaliada.
A utilização do L. buchneri na ensilagem de cana-de-açúcar
pode ser recomendada, pois o mesmo apresentou resultados que
270 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
mostram efeitos positivos como aumento do teor de carboidratos não
fibrosos e da digestibilidade in vitro da matéria seca.
Tabela 8 - Meta-análise do efeito da uréia, CaO e NaOH sobre a
composição química e parâmetros fermentativos de silagens
de cana-de-açúcar
1
Variável
MS (%)
MO (%)
PB (%)
FDN (%)
FDA (%)
LIG (%)
CNF (%)
N-NH3 (%)
DIVMS (%)
pH
Etanol (%)
Gases (%)
Efluentes
(%)
Uréia (n = 23)
Valor P
β0
β1
(nível)
25,2 1,17 <0,001
95,2
0,767
3,18 8,11 <0,001
69,4 -3,65 <0,001
44,7
0,112
8,58
0,569
16,9 -4,84
0,036
3,80 15,28
0,010
42,4 2,28
0,061
3,58 0,56 <0,001
8,21
0,537
16,8
0,230
24,3
95,6
3,77
64,2
40,5
7,36
30,0
55,0
3,50
5,83
21,1
66,0
44,8
-
0,606
β0
CaO (n = 14)
Valor P
β1
(nível)
3,70
<0,001
-4,68
<0,001
-0,71
<0,001
-8,94
<0,001
-5,15
<0,001
-1,44
0,007
0,327
13,39
<0,001
0,73
<0,001
-4,45
<0,001
-10,58
0,001
-
0,517
β0
25,2
92,7
2,84
64,2
43,6
9,20
17,5
4,81
45,7
3,75
8,30
14,2
59,9
NaOH (n = 11)
Valor P
β1
(nível)
1,20
0,007
0,069
0,242
-6,19
<0,001
-2,80
<0,001
-0,77
0,007
12,63
<0,001
0,409
16,80
<0,001
0,34
0,001
0,188
-2,65
0,006
-
0,655
1
MS = matéria seca, MO = matéria orgânica, PB = proteína bruta, FDN = fibra em detergente
neutro, FDA = fibra em detergente ácido, LIG = lignina, CNF = carboidratos não fibrosos, NNH3 = nitrogênio amoniacal, DIVMS = digestibilidade in vitro da matéria seca.
Os resultados da meta-análise do uso de aditivos químicos
(uréia, cal e hidróxido de sódio) na ensilagem de cana-de-açúcar
mostram resultados positivos sobre diversos parâmetros de composição
química e de fermentação (Tabela 8).
A avaliação destes aditivos foi realizada de forma diferente dos
aditivos microbianos apresentados na Tabela 7. Na Tabela 8, podem
ser observados os valores de β0 e β1, que correspondem,
respectivamente, ao intercepto e ao coeficiente de inclinação da
equação de regressão gerada. O parâmetro β0 corresponde à estimativa
da variável quando o nível zero de aditivo foi utilizado, ou seja, o
tratamento controle. Quando o valor P para o nível de aditivo não foi
significativo (P > 0,05), o valor de β0 corresponde à média geral da
variável, com ou sem a utilização do aditivo.
O parâmetro β1 corresponde ao valor do efeito do aditivo para
cada unidade de aditivo utilizada na ensilagem. Como exemplo,
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 271
podemos tomar o teor de proteína bruta quando uréia é adicionada na
ensilagem. Quando não é adicionada uréia à ensilagem, a estimativa do
teor de proteína bruta é de 3,18%. Para cada 1% de uréia que for
adicionada à ensilagem, em relação à matéria seca, o nível de proteína
bruta será aumentado em 8,11%. Ou seja, a estimativa do teor de
proteína bruta na silagem de cana-de-açúcar, quando 1% de uréia for
adicionado à ensilagem, é de 11,29% (3,18 + 8,11). A equação de
regressão para este caso seria: %PB na silagem = 3,18 + 8,11 × % de
uréia na silagem.
Pode ser um efeito positivo da uréia, cal e hidróxido de sódio
sobre o teor de matéria seca da silagem de cana (Tabela 8), com
destaque para a cal, havendo elevação de 3,7% no teor de matéria seca
para cada 1% de CaO que é adicionado à silagem.
O teor de proteína bruta das silagens foi aumentado
significativamente quando a uréia foi adicionada às mesmas, mostrando
que a uréia pode ser uma opção econômica de elevação dos níveis de
PB das dietas. Nesses casos, atenção especial deve ser tomada quanto
aos níveis de PDR e PNDR, especialmente em vacas lactantes de alta
produção, que requerem adequado balanceamento dessas frações
proteicas para suportarem boas produções de leite. É sugerido que a
adição de uréia possa aumentar também o teor de proteína verdadeira
na silagem, por reduzir a proteólise da planta (Buchanan-Smith, 1982).
Contudo, percebe-se um aumento considerável nos teores de N-NH3
quando a uréia é adicionada à cana-de-açúcar no processo de
ensilagem, o que mostra que apesar de um aumento nos teores de
proteína bruta do material, a maior parte dessa proteína pode estar
nessa forma.
O uso da cal reduziu o teor proteico das silagens de cana-deaçúcar, possivelmente por aumentar a hidrólise da fibra e liberar parte
da proteína aderida a esta para ser fermentada ou perdida sob outras
formas. Esse mesmo resultado não foi verificado para o NaOH, que têm
forma de atuação semelhante à cal.
Os três aditivos químicos avaliados foram eficientes em reduzir
os teores de carboidratos fibrosos das silagens, com destaque para o
CaO e o NaOH, que hidrolisam essas frações e provocaram redução
dos teores de FDN, FDA e lignina. Resultados contraditórios, porém,
foram observados nos teores de CNF, havendo inclusive redução
destes com o uso da uréia (P < 0,036). Neste caso, a redução dos
valores de CNF nas silagens acrescidas de uréia parece ser função do
272 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
elevado teor de proteína não verdadeira nessas silagens. Os valores de
proteína oriundos da uréia, nesse caso, precisariam ser descontados
quando é realizada a estimativa de CNF (Detmann e Valadares Filho,
2010). Porém, nesse caso, não é possível realizar essa correção, de
forma que os valores de CNF gerados devem ser considerados então
irreais.
Houve aumento considerável da digestibilidade in vitro da
matéria seca com o uso de CaO e NaOH, e tendência de aumento (P <
0,061) quando a uréia foi adicionada à ensilagem da cana-de-açúcar.
Sugere-se que estes resultados tenham ocorrido em função da
capacidade do CaO e NaOH em reduzir o teor de fibra das silagens,
conforme aqui demonstrado.
O pH final das silagens foi aumentado com a utilização dos três
aditivos químicos testados. A cal foi eficiente em reduzir a produção de
etanol, sendo que a cal e o hidróxido de sódio reduziram também a
produção de gases na ensilagem de cana-de-açúcar. A produção de
efluentes não foi afetada por nenhum dos aditivos testados.
Pode-se sugerir que o CaO e o NaOH sejam aditivos eficientes
para melhorar a composição química na ensilagem de cana-de-açúcar e
a uréia é uma importante opção para elevar o teor proteico dessas
silagens. O uso desses três aditivos químicos deve ser recomendado,
sendo, porém, necessários mais estudos para que mais dados possam
ser compilados a fim de avaliar os níveis adequados de utilização, por
meio da realização de testes estatísticos mais detalhados. Também é
importante que testes sejam realizados com animais em produção, uma
vez que nem sempre os resultados bioquímicos são aplicáveis na
prática, devido às diversas interações entre alimento e animal.
ALGUNS RESULTADOS DE PRODUÇÃO DE LEITE POR VACAS
ALIMENTADAS COM SILAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR
São poucos os trabalhos que avaliaram o desempenho de vacas
leiteiras alimentadas com silagem de cana-de-açúcar. Ao passo que,
para avaliar os efeitos de aditivos sobre a composição química e
parâmetros fermentativos de silagens de cana-de-açúcar foram
encontrados 59 trabalhos somente na literatura nacional. Para a
avaliação do desempenho de vacas leiteiras alimentadas com silagem
de cana-de-açúcar foram encontrados apenas 7 trabalhos, sendo cinco
no Brasil (Santos et al., 2011; Pedroso et al., 2010; Neves Neto, 2009;
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 273
Queiroz et al., 2008; Valvasori et al., 1998) e dois estrangeiros
(Suksombat & Junpanichcharoen, 2005; Harris Jr et al., 1983).
As médias de tratamentos envolvendo silagem de cana-deaçúcar nos trabalhos citados são apresentadas na Tabela 9. São
observadas produções de leite variando de 9,9 a 25,3 kg/dia, com
média de 17,4 kg/dia. Santos et al. (2011), Pedroso et al. (2010),
Valvasori et al. (1998) e Harris Jr et al. (1983) observaram redução na
produção de leite quando a silagem de cana-de-açúcar foi comparada
com outros volumosos. Outros autores não observaram diferenças na
produção de leite quando a silagem de cana-de-açúcar foi comparada
com silagem de gramínea e cana in natura (Suksombat &
Junpanichcharoen, 2005) e silagem de milho e cana in natura (Queiroz
et al., 2008). Curiosamente, observa-se nos trabalhos nacionais, que a
produção de leite diferiu entre a silagem de cana-de-açúcar e outros
volumosos de forma mais pronunciada no trabalho com menor produção
de leite (Santos et al., 2011), sendo igual à silagem de milho e cana in
natura no trabalho onde as vacas apresentavam maior produção de leite
(Queiroz et al., 2008).
274 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
Tabela 9 - Desempenho de vacas leiteiras recebendo dietas com silagem de canade-açúcar como volumoso: compilação de dados da literatura
Autor
Santos et al. (2011)
Pedroso et al. (2010)
Pedroso et al. (2010)
Neves Neto (2009)
Neves Neto (2009)
Neves Neto (2009)
Neves Neto (2009)
Queiroz et al. (2008)
Valvasoriet al. (1998)
Valvasoriet al. (1998)
Suksombat e
Junpanichcharoen (2005)
Harris Jr et al. (1983)
Harris Jr et al. (1983)
Harris Jr et al. (1983)
1
66,6:33,4
66,6
Produção
de leite
(kg/dia)
-
7,54
-
4,14
3,06
4,58
-
-1,07
HOL
SP, Brasil
63:37
63
17,44
16,92
18,62
-
3,34
3,25
4,47
0,91
-
HOL
SP, Brasil
63:37
63
17,67
17,38
18,34
-
3,38
3,25
4,44
0,95
-
HOL x JER
HOL x JER
HOL x JER
HOL x JER
SP, Brasil
SP, Brasil
SP, Brasil
SP, Brasil
55:45
55:45
55:45
55:45
55
55
55
55
16,36
15,99
15,98
15,81
-
16,06
15,63
16,27
16,33
3,30
3,17
3,34
3,31
4,03
4,06
3,98
4,04
3,32
3,32
3,35
3,31
4,27
4,39
4,32
4,39
1,09
1,10
1,05
1,04
-0,32
0,09
-0,28
0,10
HOL
SP, Brasil
40:60
40
24,40
22,10
23,50
-
3,38
3,17
4,26
0,95
-
HOL
HOL
SP, Brasil
SP, Brasil
59,6:40,4
61,2:38,7
59,6
30,6
11,78
12,34
-
14,05
13,86
2,80
2,97
3,58
3,81
-
-
0,84
0,89
0,13
0,11
SC
HOL
Tailândia
45:55
45
12,33
10,98
13,04
3,02
3,69
2,55
4,47
0,95
-0,01
SC
SC
SC +
Aspergillusory
zae
HOL
HOL
EUA
EUA
25:75
22,5:77,5
25
22,5
23,20
24,70
-
17,20
23,60
3,67
3,05
3,61
3,01
-
-
1,35
1,05
0,31
0,73
HOL
EUA
22,5:77,5
22,5
25,30
-
23,90
3,72
3,71
-
-
1,06
0,39
Volumoso1
SC + 1% CaO
SC + uréia +
benzoato
SC + L.
buchneri
SC
SC
SC
SC
SC + L.
buchneri
SC
SC + SSG
Raça2
Local
HOL x GIR MG, Brasil
V:C3
%SC4
Produção de
leite corrigida
(4% gord.)
9,96
CMS Gordura Proteína Lactose EA6 GMD7(kg/di
CMS5
(kg/dia) (% PV)
(%)
(%)
(%)
(kg/kg)
a
SC = silagem de cana-de-açúcar, SSG = silagem de sorgo granífero;
HOL = holandesa, JER = Jersey;
3
V:C = relação volumoso:concentrado;
4
%SC = porcentagem de silagem de cana-de-açúcar em relação à dieta total;
5
CMS = consumo de matéria seca;
6
EA = eficiência alimentar (kg de leite/kg de MS consumida);
7
GMD = ganho médio diário;
2
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 275
Quando avaliado o consumo de matéria seca, os resultados
também são contraditórios, havendo inclusive aumento do consumo
quando vacas holandesas foram alimentadas com silagem de cana-deaçúcar em substituição à silagem de milho (Queiroz et al., 2008). Em
função disso, uma análise detalhada dos experimentos, onde a silagem
de cana-de-açúcar foi comparada com outras fontes volumosas, é feita
a seguir.
Experimento 1 – Santos et al. (2011)
O trabalho foi desenvolvido utilizando-se 12 vacas cruzadas F1
Holandês × Gir, em quadrado latino 4 × 4, onde foram avaliados quatro
fontes de volumoso: silagem de cana-de-açúcar tratada com CaO (1%),
silagem de sorgo, silagem de milho e cana-de-açúcar in natura. O
concentrado utilizado foi formulado a base de milho moído, farelo de
soja e mistura mineral e foi fornecido em função da produção de leite de
cada vaca, constituindo uma relação volumoso:concentrado de
aproximadamente 66,6:33,4.
O consumo de matéria seca total e de volumoso, bem como o
consumo de frações nutricionais, foi inferior nas dietas com silagem de
cana-de-açúcar em relação às demais. As digestibilidades da matéria
seca, matéria orgânica, proteína bruta, fibra em detergente neutro e o
teor de NDT também foram piores para o tratamento envolvendo
silagem de cana-de-açúcar. Apesar de não ser analisado
estatisticamente, o GMD também foi pior nas vacas alimentadas com
silagem de cana-de-açúcar. Os principais resultados encontrados por
Santos et al. (2011) são mostrados na Tabela 10.
Os autores concluíram que o uso da silagem de cana-de-açúcar
como alimento volumoso para vacas em lactação resulta em baixo
consumo, baixa digestibilidade, baixa eficiência de uso do nitrogênio e
alta mobilização de reservas corporais por vacas F1 Holandês × Gir,
mas suporta uma produção de leite similar à cana-de-açúcar in natura.
276 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
Tabela 10 - Desempenho de vacas leiteiras alimentadas com diferentes
fontes de volumoso (Santos et al., 2011)
1
Variável
PL (4% gordura)
GMD (kg/dia)
CMS (kg/dia)
CMS volumoso (kg/dia)
1
2
Silagem de
cana-de-açúcar
9,96b
-1,07
7,54d
5,02d
Volumoso2
Silagem
Silagem
de sorgo
de milho
12,54a
13,76a
0,444
0,126
12,73b
14,58a
10,03b
11,55a
Cana-de-açúcar
in natura
11,13b
-0,515
10,38c
7,71c
PL = produção de leite, GMD = ganho médio diário, CMS = consumo de matéria seca;
Médias com letras diferentes na mesma linha são diferentes estatisticamente.
Experimento 2 – Pedroso et al. (2010)
Os autores realizaram o trabalho com o objetivo de avaliar o
desempenho de vacas leiteiras alimentadas com silagens de cana-deaçúcar tratadas com aditivos em comparação ao de vacas alimentadas
com a forragem fresca. A silagem de cana-de-açúcar foi aditivada com
uréia (5 g/kgMV) + benzoato de sódio (0,5 g/kgMV) ou Lactobacillus
buchneri (5 × 104ufc/gMV). Vinte e quatro vacas holandesas foram
utilizadas num delineameto em quadrado latino, utilizando-se uma
relação volumoso concentrado de 63:37.
As vacas alimentadas com silagens de cana-de-açúcar tiveram
menor consumo de matéria seca e menor produção de leite do que as
alimentadas com cana in natura. Porém, as vacas alimentadas com
silagem de cana aditivada com L. buchneri tiveram maior porcentagem
de gordura no leite, e por isso a produção de leite corrigida para 3,5%
de gordura não diferiu entre este tratamento e a cana in natura. Os
autores sugeriram que o maior teor de gordura na dieta com silagem
inoculada com L. buchneri ocorreu provavelmente devido ao maior
conteúdo de ácido acético nessa silagem, uma vez que o mesmo é um
dos precursores da gordura no leite e sabe-se que altas concentrações
do mesmo podem elevar os teores de gordura no leite (McCulloughet
al., 1969).
A eficiência alimentar (kg de leite/kg de CMS) foi maior nas
vacas alimentadas com a ração produzida com silagem inoculada
(0,95), intermediária para as vacas que receberam silagem tratada com
a combinação de aditivos químicos (0,91) e mais baixa para as vacas
alimentadas com a cana-de-açúcar fresca (0,83).
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 277
Os autores concluíram que vacas holandesas recebendo
silagem de cana-de-açúcar ensilada com aditivos podem apresentar
menor consumo de matéria seca e produção de leite em comparação
com vacas alimentadas com a forragem fresca, embora a eficiência
alimentar possa ser melhorada; o teor de gordura no leite de vacas
alimentadas com silagem de cana inoculada com L. buchneri pode ser
aumentado, compensando pequenas reduções na produção de leite,
permitindo a produção de gordura corrigida para 3,5% de gordura
semelhante à dieta com cana in natura.
Experimento 3 – Queiroz et al. (2008)
Os autores deste trabalho procuraram avaliar o desempenho de
animais de alta produção, alimentados com rações com diferentes
fontes de volumosos. Foram avaliados os seguintes tratamentos: canade-açúcar in natura; silagem de cana-de-açúcar inoculada com L.
buchneri; silagem de milho; e mistura de cana-de-açúcar in natura e
silagem de milho. Quarenta e oito vacas holandesas foram utilizadas,
num delineamento em quadrado latino 4 × 4, recebendo dietas com
40% de volumoso nos tratamentos com cana de açúcar in natura e
silagem de cana-de-açúcar, 50% de volumoso no tratamento com
silagem de milho e 45% de volumoso no tratamento misto.
Diferentemente de Santos et al. (2011), estes autores não
observaram diferenças na produção de leite entre as fontes volumosas
avaliadas (Tabela 11). O consumo de matéria seca foi maior para a
silagem de cana-de-açúcar em relação às demais fontes volumosas.
Porém, a eficiência alimentar foi menor para a silagem de cana em
relação à silagem de milho.
Os autores concluíram que rações contendo silagem de canade-açúcar ou a planta in natura atendem às exigências nutricionais de
animais leiteiros de alta produção. Cabe ressaltar, entretanto, que neste
trabalho não foi apresentada a variação de peso entre os animais, de
forma que a mobilização de reservas energéticas não pôde ser
verificada. É fundamental notar, também, que a quantidade de ração
concentrada consumida pelas vacas que receberam silagem de canade-açúcar neste experimento foi significativamente maior do que no
experimento de Santos et al. (2011) (11,75 vs 2,52 kg/dia), o que pode
explicar as diferenças observadas entre os dois trabalhos.
278 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
Tabela 11 - Silagem de cana-de-açúcar comparada a fontes
tradicionais de volumosos suplementares no desempenho
de vacas de alta produção (Queiroz et al., 2008)
Variável1
PL (kg/dia)
PL (4% gordura)
CMS (kg/dia)
EA (kg/kg)
Gordura (%)
Silagem de
cana-de-açúcar
24,4
22,1
23,5 a
0,95 b
3,38 b
Volumoso2
Cana-deSilagem
açúcar in
de milho
natura
24,6
25,5
22,1
24,0
22,3 b
21,3 c
0,99 b
1,13 a
3,34 b
3,61 a
Cana-de-açúcar in
natura + Silagem
de milho
25,2
23,0
23,5
0,99 b
3,48 ab
1
PL = produção de leite, CMS = consumo de matéria seca, EA = eficiência alimentar (kg
de leite/kg de MS);
2
Médias com letras diferentes na mesma linha são diferentes estatisticamente.
Experimento 4 – Valvasori et al. (1998)
Estes autores não observaram diferenças no consumo de
matéria seca de vacas holandesas e schwyz quando a silagem de sorgo
granífero foi substituída por silagem de cana-de-açúcar. A produção de
leite foi menor para vacas recebendo silagem de cana-de-açúcar em
relação às vacas recebendo silagem de sorgo (11,8 vs 12,9), porém,
quando corrigida para 3,5% de gordura, não foram observadas
diferenças. Também não foram observadas diferenças no ganho de
peso entre os tratamentos avaliados.
Experimento 5 – Suksombat & Junpanichcharoen (2005)
Em
estudo
realizado
na
Tailândia,
Suksombat
e
Junpanichcharoen (2005) avaliaram o efeito da silagem de cana-deaçúcar na alimentação de vacas leiteiras em comparação com a cana in
natura e silagem de capim. Os problemas enfrentados na Tailândia com
a estação seca são semelhantes aos que ocorrem no Brasil, de forma
que a silagem de cana-de-açúcar é sugerida pelos autores como uma
boa opção para alimentar vacas lactantes durante a seca naquele país,
sem aumentar muito os custos de produção. O estudo foi realizado
utilizando-se vacas mestiças Holandês × Friesian (> 87,5% Holandês),
com produção média de 15,4 kg/dia, que foram alimentadas com 7,5
kg/dia de ração concentrada e volumoso à vontade.
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 279
As dietas avaliadas apresentaram valores de consumo de
matéria seca e produção de leite semelhantes, porém, as vacas
alimentadas com silagem de capim perderam mais peso do que as
alimentadas com cana in natura e silagem de cana. Os autores
concluíram que a silagem de cana-de-açúcar pode substituir sem
problemas a cana in natura ou a silagem de capim para vacas leiteiras
com produção média de 15 kg/dia.
Experimento 6 – Harris Jr et al. (1983)
Em estudo realizado nos Estados Unidos, Harris Jr et al.
conduziram cinco experimentos para avaliar silagens comparadas a
subprodutos volumosos acrescidos de bicarbonato de sódio, sendo dois
desses estudos envolvendo silagem de cana-de-açúcar. Os estudos
com silagem de cana-de-açúcar foram desenvolvidos utilizando-se 25 e
22,5% de volumoso, respectivamente.
A silagem de cana-de-açúcar suportou boas produções de leite
(Tabela 9), sendo estas inferiores à silagem de milho em um dos
estudos, e iguais em outro. Em comparação ao bagaço de cana
acrescido de bicarbonato de sódio, a silagem de cana proporcionou
igual desempenho. Estes autores citam ainda trabalhos com gado de
corte desenvolvidos em regiões tropicais (Gonzalez e MacLeod, 1976;
Greek e Squire, 1976), nos quais o consumo foi reduzido quando
silagem de cana-de-açúcar foi adicionada à dieta dos animais em
substituição à silagem de milho, provavelmente pelo alto teor de álcool,
que inibiu o consumo. Neste trabalho, porém, esse problema não foi
observado, levando os autores à conclusão de que em dietas com alto
teor de concentrado a silagem de cana-de-açúcar pode suportar boas
produções de leite (± 24 kg/dia), sendo estas similares a outras fontes
volumosas tradicionais, como por exemplo a silagem de milho.
A EXPERIÊNCIA DA UFV (Silagem de cana-de-açúcar para vacas
em lactação)
Com objetivo de avaliar a utilização da silagem de cana-deaçúcar ou fontes tradicionais de volumosos (silagem de milho ou canade-açúcar in natura) para vacas em diferentes períodos de lactação, foi
desenvolvido no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal
de Viçosa um projeto de pesquisa utilizando vacas holandesas de
diferentes níveis de produção de leite.
280 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
O projeto faz parte de uma dissertação de mestrado e está ainda
em fase de processamento, necessitando serem ainda realizadas
algumas análises laboratoriais e estatísticas. Porém, resultados
preliminares de produção e composição do leite e consumo de matéria
seca são aqui apresentados e discutidos.
Materiais e métodos
Foram utilizadas 35 vacas da raça holandesa, em delineamento
de blocos casualizados com cinco períodos de 21 dias cada. A
produção de leite foi adotada como fator de controle local, de forma que
as vacas foram segregadas em cinco níveis de produção, que
constituíram os blocos. Foram utilizados 7 tratamentos, havendo cinco
repetições por tratamento, sendo as medidas de produção e consumo
sendo realizadas em cada período gerando medidas repetidas no
tempo.
Os 7 tratamentos utilizados foram:
Trat.
1
2
3
4
5
6
Volumoso
Silagem de milho
Cana in natura
Silagem de cana
Silagem de cana
Silagem de cana
Silagem de cana
7
Silagem de cana
Aditivo
CaO (0,5% da matéria natural)
Lactobacillus buchneri (2,5 × 1010 UFC/g)
10
Lactobacillus plantarum (2,5 × 10 UFC/g)
10
Pediococcus pentosaceus (2,5 × 10 UFC/g) +
9
Propionibacterium acidipropionici (5× 10 UFC/g)
V:C
60:40
40:60
40:60
40:60
40:60
40:60
40:60
Diferentes proporções de volumoso:concentrado foram
sugeridas para silagem de milho e os volumoso provenientes da canade-açúcar com base no proposto de Costa et al. (2005), onde a
produção de leite vacas não diferiu quando foi utilizada uma relação
60:40 para silagem de milho e 40:60 para cana-de-açúcar in natura.
Os inoculantes microbianos descritos na tabela acima foram
adicionados à cana-de-açúcar durante o processo de ensilagem, sendo
previamente preparados de acordo com a recomendação do fabricante.
A cal virgem (CaO) foi adicionada na proporção de 0,5% da matéria
natural, também durante a ensilagem do material.
As dietas foram formuladas para serem isonitrogenadas e
isoenergéticas, de forma a atender as exigências nutricionais de uma
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 281
vaca com 680 kg de peso corporal, com produção de acordo com cada
bloco, descrito mais a frente neste trabalho (Tabela 14), com teor de
gordura de 3,5% (NRC, 2001). Para formulação dos concentrados
(Tabela 12) foi considerado um teor de proteína de 3,43% para as
silagens de cana-de-açúcar (Valadares Filho, et al., 2008). Com
exceção da proteína bruta, a composição das silagens de cana-deaçúcar foi considerada igual à cana-de-açúcar in natura. A proporção de
cálcio foi ajustada com a adição de 0,5% de CaO. O restante das
composições dos alimentos foi obtido de Valadares Filho et al. (2010).
Foi adicionada uréia/SA nas rações concentradas em quantidade
suficiente para ajustar para o mesmo nível de proteína bruta da canade-açúcar in natura com 1% de uréia/SA. Sulfato de amônio
suplementar foi adicionado para ajustar os requisitos de enxofre dos
animais.
Tabela 12 - Proporção dos
tratamentos (%)
Ingredientes
Farelo de Soja
Fubá de Milho
Uréia
Sulfato de Amônio
Sal
Calcário
Fosfato bicálcio
Óxido de magnésio
Bicarbonato de sódio
Mistura mineral
ingredientes
Silagem
de Milho
Cana-deaçúcar in
natura
Silagem de
cana-deaçúcar
60,02
26,67
0,06
1,66
1,29
2,01
1,95
0,57
1,43
4,34
36,55
51,03
1,83
1,34
0,98
1,52
1,85
0,27
0,67
3,80
36,49
51,27
1,65
1,34
0,98
1,53
1,85
0,27
0,67
3,80
nos
concentrados
Silagem de canade-açúcar
(+ aditivos
microbianos)
36,49
51,27
1,65
1,34
0,98
1,53
1,85
0,27
0,67
3,80
dos
Silagem de
cana-deaçúcar
(+ 0,5% CaO)
36,70
51,55
1,66
1,34
0,98
0,98
1,86
0,27
0,67
3,82
Os animais foram manejados em baias individuais, tipo tie stall,
onde receberam alimentação à vontade duas vezes ao dia. As
pesagens e amostragens dos alimentos fornecidos e sobras foram
realizadas diariamente. As vacas foram ordenhadas mecanicamente
duas vezes ao dia, sendo realizado o registro da produção de leite do
15º ao 21º dia de cada período.
As variáveis avaliadas foram analisadas utilizando-se o
procedimento MIXED do programa SAS, segundo delineamento de
blocos casualizados, e medidas repetidas no tempo. Foi considerado o
282 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
nível crítico de probabilidade de 5%, com as médias sendo comparadas
pelo teste de Tukey-Kramer.
Resultados e discussão
Não foram observadas diferenças na produção do leite entre as
fontes de volumoso avaliadas (Tabela 13), mesmo quando a produção
de leite foi corrigida para 4% de gordura, corroborando com os
resultados obtidos por Queiroz et al. (2008). Embora diferenças
numéricas mostrem vantagem da cana in natura em relação às outras
fontes de volumoso, essa diferença não foi estatisticamente diferente,
muito provavelmente em função da variabilidade dos dados.
Tabela 13 - Produção de leite e consumo de matéria seca de vacas
alimentadas com silagens de cana-de-açúcar ou fontes
tradicionais de volumosos
Variável1
Tratamentos2
SC
SC+CaO SC+Lb SC+Lp SC+Pp+Pa
19,4
19,7
18,8
19,5
19,4
21,4
21,1
20,2
18,7
20,8
4,50a
4,16ab 3,99abc 3,29d
3,92bc
3,30abc 3,14bc
3,28ab
3,00c
3,32a
4,08
4,18
4,03
4,19
4,18
SM
18,5
20,0
4,02abc
3,16abc
4,16
CA
22,4
23,0
3,69cd
3,19ab
4,11
Sólidos totais (%)
12,5b
12,1bc
13,1a
12,6ab
12,5ab
11,6c
12,6ab
CCS (×1000)
Acidez
CMS (kg/dia)
EA (kg de leite/kg de MS)
GMD (kg/dia)
227
0,158
16,7
1,12
0,64
292
0,159
19,3
1,15
0,81
373
0,159
18,1
1,05
0,55
469
0,153
17,2
1,11
0,56
412
0,159
17,1
1,09
0,23
341
0,159
17,4
1,12
0,37
488
0,158
20,2
0,97
0,77
PL (kg/dia)
PLC (kg/dia)
Gordura (%)
Proteína (%)
Lactose (%)
1
Valor
P
0,768
0,620
0,007
0,008
0,906
<0,00
1
0,831
0,940
0,393
0,486
0,100
PL = produção de leite; PLC = produção de leite corrigida para 4% de gordura, CCS =
contagem de células somáticas; CMS = consumo de matéria seca, EA = eficiência
alimentar, GMD = ganho médio diário;
2
SM = silagem de milho, CA = cana in natura, SC = silagem de cana-de-açúcar,
SC+CaO = silagem de cana + CaO (0,5% da matéria natural), SC+Lb = silagem de cana
+ Lactobacillusbuchneri (2,5 × 1010 UFC/g), SC+Lp = silagem de cana + Lactobacillus
10
plantarum (2,5 × 10 UFC/g), SC+Pp = silagem de cana + Pediococcus pentosaceus
10
(2,5 × 10 UFC/g) + Propionibacterium acidipropionici (5 × 109 UFC/g).
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 283
As produções de leite observadas neste experimento (média =
19,7 kg/dia) foram inferiores à produção média esperada. Este fato
ocorreu provavelmente em função de um aumento do estresse a que
foram submetidos os animais durante o experimento, resultando em
queda da produção de leite, principalmente das vacas de maior
produção. Através da Tabela 14, pode-se observar que as vacas de
maior produção (bloco 1) tiveram uma queda de produção de 57%
durante o experimento, ao passo que as vacas de menor produção
(bloco 5) aumentaram sua produção em 13%.
Tabela 14 - Variação da produção de leite das vacas antes e durante o
experimento, de acordo com o bloco de produção
Bloco
1
2
3
4
5
Produção média antes do
experimento (kg/dia)
37,9
29,3
23,2
16,1
11,9
Produção média durante o
experimento (kg/dia)
24,1
24,9
19,5
16,4
13,6
Variação
- 57%
- 18%
- 19%
2%
13%
A observância desse fato ajuda a explicar também os resultados
obtidos para o consumo de matéria seca (Tabela 13), onde não foram
observadas diferenças significativas (P > 0,05) entre os tratamentos,
sendo resultado semelhante observado para a eficiência alimentar.
Estes resultados também vão de encontro ao que foi observado por
Queiroz et al. (2008), conforme pode ser visto na Tabela 11.
A redução na produção de leite para patamares menores do que
20 kg/dia fez com que a dieta formulada atendesse as exigências
nutricionais para este nível de produção independente do volumoso
utilizado. Ou seja, a quantidade de concentrado fornecida foi suficiente
para compensar um possível efeito negativo do volumoso utilizado.
Estes resultados também corroboram com a condição sugerida por
Silva et al. (2005), de que vacas alimentadas com cana-de-açúcar
necessitam de maior teor de concentrado na dieta, para obter
produções de leite semelhantes à vacas alimentadas com silagem de
milho.
Com exceção do tratamento com silagem de cana +
Lactobacillus buchneri, pode ser observada uma tendência para menor
ganho de peso de vacas alimentadas com silagens de cana-de-açúcar,
284 - 1st International Symposium of Dairy Cattle
em relação à silagem de milho e cana in natura (Tabela 13). Fato
semelhante foi observado por Santos et al. (2011). É interessante
observar que os valores de ganho médio diário observados são
considerados altos para vacas lactantes de alta produção. Neste caso,
estes valores podem ter ocorrido em função de que as vacas utilizadas
no experimento possuíam mais de 90 dias de lactação e as dietas
utilizadas continham quantidades de nutrientes suficientes para permitir
bom ganho de peso, além da sustentação da produção de leite.
Foram observadas algumas diferenças nos teores de gordura,
proteína e sólidos totais entre as dietas avaliadas (Tabela 11). Em
função do tipo de fermentação e do nível de ácido acético produzido
pela silagem, podem ocorrer diferenças no teor de gordura do leite
(Pedroso et al., 2010). Inicialmente, não são encontradas explicações
biológicas para as diferenças observadas. Ainda não foram obtidos os
resultados dos parâmetros fermentativos das silagens utilizadas neste
experimento, resultados estes que poderiam auxiliar na explicação
dessas diferenças.
De forma geral, pode-se concluir preliminarmente que silagens
de cana-de-açúcar são capazes de suportar produções de leite de até
20 kg/dia, com relação volumoso:concentrado de 60:40.
CONCLUSÕES
- A silagem de cana-de-açúcar possui potencial estratégico de
utilização, pois permite que a forragem seja ensilada na época de
melhor valor nutritivo;
- O aditivo Lactobacillus plantarum não apresenta efeitos
positivos sobre a ensilagem de cana-de-açúcar, enquanto que o L.
buchneri, CaO, NaOH e a uréia podem ser recomendados para
ensilagem, pois melhoram a qualidade nutricional e os parâmetros
fermentativos da silagem de cana-de-açúcar;
- A silagem de cana-de-açúcar como fonte de volumoso pode
suportar produções de até 20 kg/dia em vacas lactantes, porém, para
tal, é necessário o suprimento de quantidades adequadas de
concentrado com composição química que atenda as exigências
nutricionais desses animais.
III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite
- 285
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