Escola Estadual José Serafim Ribeiro Millena de Souza Martins

Transcrição

Escola Estadual José Serafim Ribeiro Millena de Souza Martins
Escola Estadual José Serafim Ribeiro
Millena de Souza Martins
Campos de concentração e seus efeitos na Segunda Guerra
Mundial
Jaraguari-Ms
Junho/2015
Escola Estadual José Serafim Ribeiro
Millena de Souza Martins
Campos de concentração e seus efeitos na Segunda Guerra
Mundial
Trabalho da disciplina de história para fins
avaliativos do 2º bimestre, sob a orientação
do professor Odil Brandão.
Jaraguari-Ms
Junho/2015
Sumário
Introdução......................................................................................................... 04
O sistema dos campos de concentração.......................................................... 05
A revolta do Gueto de Varsóvia........................................................................ 06
O símbolo do genocídio.................................................................................... 06
Câmaras de gás e fornos crematórios.............................................................. 08
Experimento de médicos nazistas em cobaias humanos................................. 09
Conclusão......................................................................................................... 10
Referências bibliográficas................................................................................. 11
Introdução
Neste trabalho serão apresentados os sistemas dos campos de concentração,
nos quais as principais fontes letais de execução dos prisioneiros foram: câmaras de
gás e fornos crematórios.
Em seguida um breve relato sobre a revolta do Gueto de Varsóvia que teve a
sua população totalmente evacuada e transferida para o campo de Treblinka.
Além disso, irá demonstrar fatos sobre experimentos feitos em cobaias vivos,
e um grande exemplo da eficácia dos campos de Auschwitz, que esteve em
funcionamento durante a Segunda Guerra Mundial.
O sistema dos campos de concentração
O campo de Dachau, construído em 1933 próximo de Munique, foi o primeiro
campo de concentração de muitos, para onde eram deportados opositores políticos
e elementos antissociais, sem qualquer intervenção das autoridades judiciárias.
Depois da eclosão da guerra a polícia de Estado (Gestapo), a polícia criminal
do Reich (Kripo), os órgãos de segurança dos partidos Nazista (SD) aos quais vai se
juntar a policia militar, retiram milhares de pessoas do território da Polônia e da
Rússia para os campos de concentração.
Nestes ambientes não importavam se eram homens, mulheres ou crianças,
todos trabalhavam forçadamente em condições que equivalem uma condenação á
morte.
Ao campo de Dachau seguem-se os de Sachsenhausen, Buchenwald,
Flossenbürg, Mauthausen e o exclusivo feminino de Ravensbruck. Além de alguns
campos de extermínio como: Chelmno, Belzec, Sobibor, Treblinka e Maidanek.
As categorias dos detidos eram separadas por cores (vermelho para
políticos, rosa para homossexuais, verde para prisioneiros comuns, lilás para
testemunhas de Jeová, preto para os antissociais e amarelo para os judeus). A
população dos campos sofre um incremento com a chegada de prisioneiros de
guerra e de núcleos do leste.
Em 1942 os campos passam a ser governados pelos SS, que tinham como
função reorganizar o trabalho forçado. Próximo aos campos havia varias fabricas
cuja produção era voltada a usos bélicos. O extermínio dos judeus após a
conferencia de Wannsee passou a acontecer em segredo.
Até que então passaram a transferência de todos os suspeitos para os
campos de concentração, começam então a criar os campos de extermínio, onde as
câmaras de gás e os fornos de crematório eram as principais formas de matar os
prisioneiros (judeus e não-judeus) que não eram capazes de trabalhar.
Calculam-se que cerca de 6 milhões de judeus foram mortos nos campos de
concentração nazistas, também juntos a esses judeus podem ser acrescentados 3,5
milhões de russos, 240 mil ciganos e 70 mil doentes mentais, objeto de eutanásia.
A revolta do Gueto de Varsóvia
Em 1942 a Wehrmacht começa mandar a população do gueto para os
campos de extermínio, no mesmo ano cerca de 300 mil judeus estavam em um
vagão ferroviário rumo ao campo de concentração de Treblinka, onde irão ser
mortos na câmara de gás.
A caminho os prisioneiros tentaram fugir com a ajuda de uma organização
armada liderada por Mordechai, mas logo são detidos. Os soldados do SS invadem
o gueto e evacuam toda a cidade.
Devido alguns judeus armados resistir levou semanas para acabar a
evacuação da cidade e muitos morreram, mas ao final o gueto de Varsóvia foi
conquistado pelos alemães.
O símbolo do genocídio
Em 1940 entra em funcionamento na Silésia (Sul da Polônia) o mais
extenso e eficiente campo de extermínio, que se tornou o próprio símbolo do
genocídio: Auschwitz-Birkenau. Ele se transforma em pouco tempo em uma
extensão do moderno sistema de produção industrial.
No qual são empregados milhões de seres humanos como matéria- prima
cujo fim é a morte por privações ou nas câmaras de gás. Nele coexistem os
trabalhos forçados e o extermínio em massa planejada. É a única alternativa que
aguarda os internados que chegam dos vagões de carga.
O complexo do campo de concentração de Auschwitz- Brikenau é composto
de três campos diversos. O primeiro é o principal (Auschwitz), onde foram instalados
uma câmara de gás e um forno crematório para a matança de prisioneiros russos e
doentes terminais.
O segundo é o Birkenau (Auschwitz II, a dois quilômetros do campo principal),
onde se pratica o extermínio em massa dos judeus e dos ciganos, subdividido em
dois bunkers, nos quais funcionou até janeiro de 1945 uma dezena de câmaras de
gás de cerca de 240 m² cada uma, onde os internados são asfixiados com o Zyklon
B, vendido como pesticida.
Birkenau dispõe, além disso, de quatro fornos crematórios. A seis
quilômetros dele está o complexo industrial (Auschwitz III) da IG Farben ( na
localidade de Monowitz), onde a mão de obra escrava produz o metanol e borracha
sintética.
O comandante do campo de Rudolf Hess coordena a seleção dos judeus
deportados para o local de todos os cantos da Europa (Polônia, Holanda, Grécia,
Alemanha, Itália, Noruega, Lugoslávia, Hungria , Bélgica, além dos guetos dos
territórios ocupados pela Wehrmacht) e a organização do trabalho e dos
procedimentos de extermínio executados pelas SS.
Os presos aptos para o trabalho vivem em condições amedrontadoras em
barracos, acometidos de doenças infecciosas, em condições higiênicas espantosas
e com rações alimentares de fome. Em 1943, Birkenau atinge sua ocupação
máxima: 200.000 internados.
Descoberto em janeiro de 1945 pelo Exército Vermelho em seu avanço sobre
a Alemanha, o campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau deu a morte a cerca de
dois milhões de pessoas.
Os mais recentes estudos sobre o funcionamento dessa organização para o
extermínio em massa liberam definitivamente o campo das tentativas “revisionistas”
de redimensionar ou até mesmo de negar a existência dessa gigantesca máquina de
morte, com a qual o regime nazista procurou exterminar um povo inteiro por motivos
raciais. Auschwitz fica como uma admoestação para a memória de todas as
consciências do mundo civil.
As câmaras de Auschwitz comportavam 800 pessoas – se houvesse lotação,
quem sobrava era executado a tiros na hora. Quando o veneno começava a fazer
efeito, as pessoas se distanciavam das saídas de gás e se amontoavam nas portas.
Crianças e idosos eram esmagados por causa do pânico geral.
Câmaras de gás e fornos crematórios
Nos
campos de
concentração
nazistas,
oficiais alemães trancavam
prisioneiros em salas que eram infestadas de pesticida. As câmaras não foram o
primeiro procedimento de extermínio em massa usado pela Alemanha. Até 1941,
oficiais da SS (a polícia militar de Hitler) acabavam com pequenos grupos de
prisioneiros em caminhões de transporte, trancando-os em caçambas seladas que
recebiam monóxido de carbono do escapamento.
A técnica foi adaptada a salas trancadas e logo a fumaça de caminhão foi
modificada por pesticida, mais barato e eficiente. A primeira aplicação em humanos
aconteceu em agosto de 1941. As vítimas foram um grupo de prisioneiros russos.
Para não serem denunciados de crime de guerra, os alemães deixaram de enterrar
os corpos em valas comuns e passaram a queimá-los.
O extermínio nas câmaras de gás era instantâneo, competente e não deixava
vestígios. O gás venenoso, baseado em cianeto de hidrogênio, interferia na
respiração celular, deixando as vítimas carentes de oxigênio. A consequência era
morte por sufocamento após crises convulsivas, sangramento e perda das funções
fisiológicas.
A morte era lenta e dolorosa. Em média, da inalação ao óbito, o processo
durava cerca de 20 minutos. Os sonderkommando limpavam as câmaras e
verificavam a arcada dentária, em busca de dentes de ouro e artefatos de valor, bem
como: joias escondidas na boca das vítimas.
Em seguida, queimavam os corpos em fornos gigantes para eliminar qualquer
vestígio do processo de extermínio. As câmaras, geralmente edificadas no subsolo,
eram interligadas para facilitar o fluxo e a retirada dos corpos. Os sonderkommando
(prisioneiros encarregados de auxiliar no processo de extermínio) ficavam
acampados no mesmo piso das câmaras e isolados dos demais trabalhadores.
Na Segunda Guerra Mundial os fornos dos campos de extermínio tinham fins
de cremação, ou seja, de pedaços dos cadáveres de prisioneiros. Na qual era a
única forma de evitar a pestes e epidemias nos campos e igualmente dar um fim
rápido aos corpos.
Experimentos de médicos nazistas em cobaias humanos
Os experimentos humanos nazistas foram uma série de controversas
experiências científicas realizadas em uma grande quantidade de cobaias humanas
que estavam detidos nos campos de concentração do regime nazista durante a
Segunda Guerra Mundial.
Os presos foram coagidos a participar: não sendo voluntários de boa vontade.
Normalmente, as experiências resultaram em morte, desfiguração ou incapacidade
permanente. Em Auschwitz e outros campos, os detidos eram submetidos a diversas
experiências que supostamente ajudariam na guerra, desenvolvendo novas armas,
ajudando na recuperação dos militares que haviam sido feridos.
Experimentos envolvendo crianças e particularmente gêmeos, tinham como
principal responsável o médico Josef Mengele, que realizou experiências em mais
de 1500 gêmeos, dos quais apenas cerca de 200 sobreviveram aos experimentos.
Conclusão
Desta forma concluo que, o primeiro campo de concentração foi o de
Dachau, que tinha como propósito isolar e punir os membros indesejáveis da
sociedade. Logo após, vários campos surgiram em diversas regiões, sendo alguns
deles de extermínio.
Assim, conforme os locais eram conquistados a população em geral
era transferida para o campo de concentração, independente do sexo ou idade.
Alguns modelos destes fatos esteve relatado na invasão do Gueto de Varsóvia.
Um dos grandes destaques dos campos de concentração e de extermínio foi
o campo de Auschwitz, que sem dúvidas consistia em ser o pior de todos. Ele
possuía três polos, o Auschwitz I que administrava e realizava experimentos, o
Auschwitz II que era encarregado de eliminar os prisioneiros, e por último o
Auschwitz III que apresentava trabalho forçado.
Nos campos de extermínio a maioria usava a técnica das câmaras de gás
para matar os indivíduos incapazes de trabalhar. Nelas eram expostas o gás Zyklon
B, que quando inalado pelas pessoas ali presentes dentro da sala impossibilitava a
respiração e causava a morte instantânea. Em seguida queimavam os cadáveres
para evitar sérios problemas.
Em outros casos, médicos nazistas usavam cobaias humanos vivos, para
fazer experimentos em seu corpo e analisar reações, com o propósito de solucionar
doenças.
Referências bibliográficas
FIORANI, Flavio. História ilustrada da II Guerra Mundial: O Ataque a Pearl Harbor,
a Europa sob o Nazismo, a Guerra do Pacífico. São Paulo: Larousse, 2009.
PEDRO, Antonio. A Segunda Guerra Mundial.4.ed.Editora atual, 1987.

Documentos relacionados

I. Conformática Definologia. A Auschwitz foi a cidade escolhida

I. Conformática Definologia. A Auschwitz foi a cidade escolhida seres humanos a animais submanos; os subordinados; os imigrantes forçados; os trabalhadores escravos; as vigilantes do campo; as vítimas; as testemunhas sobreviventes; as etnias das vítimas; os pri...

Leia mais