Painel
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Europa Concentracionária A ascensão do nazi-fascismo na Europa, a invasão da Etiópia por Mussolini em 1935, a Guerra de Espanha (1936-1939), a invasão da China pelo regime militarista japonês em 1937, antecederam e prepararam a II Guerra Mundial. Esses acontecimentos foram marcados pelo recurso sistemático a meios repressivos extremos, como foi o caso do aparecimento de numerosos campos de concentração um pouco por todo o lado. Com as mais variadas justificações políticas, nacionais e rácicas, tais campos de internamento e de concentração tiveram em comum a aniquilação moral e mesmo física dos adversários desses regimes fundados sobre a violência. A Alemanha nazi aperfeiçoou tais práticas, criando um sistema de classificação minucioso dos fins específicos para que estavam direccionados: campos de internamento e de trânsito, destinados a prisioneiros de estatuto indefinido (como os foragidos da Guerra de Espanha) e que geralmente eram depois encaminhados para outros de maior dimensão, campos de trabalho, em que os prisioneiros eram obrigados a trabalhos forçados sob terríveis condições, campos de reabilitação e de reeducação, em que os prisioneiros eram supostamente reeducados de acordo com a ideologia nazi, campos de reféns, destinados a prisioneiros que iriam ser abatidos em represália por actos de resistência, campos de extermínio, em que a morte sistematizada dos prisioneiros constituía a principal finalidade, além dos campos de prisioneiros de guerra. Desenho de um preso do campo de internamento de Vernet-sur-Ariège, de onde muitos, incluindo combatentes portugueses da Guerra de Espanha, foram enviados mais tarde para os campos de extermínio nazis. Este postal foi endereçado a Bento de Jesus Caraça em agradecimento pelo apoio prestado aos presos e internados, designadamente através da Associação Feminina Portuguesa para a Paz. E não se olvidem também os campos de Trabalho Correcional e as Colónias Penais criados na União Soviética enquanto sistema de campos de trabalhos forçados para criminosos de delito comum e presos políticos – em que as as duras condições de trabalho, os climas inóspitos e a fome provocaram inúmeras vítimas. “Na verdade, o Campo de Concentração do Tarrafal, eufemística e hipocritamente apelidado pelos salazaristas de «Colónia Penal», foi um típico campo de concentração decalcado, em todas as suas peças, do modelo nazi.” Grupo de anarquistas italianos, fotografado em 1927. Muitos deles foram deportados pelo governo de Mussolini para a ilha de Lipari. Edmundo Pedro, Memórias – Um Combate pela Liberdade, Âncora Editora, Lisboa, 2006 Mapa do Holocausto na II Guerra Mundial apresentado na Wikipedia, sendo de notar que as fronteiras dele constantes se referem a 1942, em função da expansão territorial dos exércitos nazis. Entrada do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. Símbolos Prisioneiros Campos de Concentração Nazis Políticos Emigrantes Criminosos Reincidentes Homossexuais Propagandistas bíblicos Cores base Reincidentes Companhia disciplinar Judeus Judeus que atentaram contra a raça ariana Conjugação dos símbolos com as nacionalidades (neste caso, Polacos e Checos) Suspeitos de fuga Trabalhadores inadaptados Trabalhadores inadaptados ricos