Tratamento das hemorroidas

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Tratamento das hemorroidas
Atualização em Farmacoterapia
1
Tratamento das
hemorroidas
Formulação tópica contendo ácido hialurônico + óleo de melaleuca +
DMSO é segura e eficaz no tratamento das hemorroidas1.
O tratamento com Pycnogenol®,
tanto oral, quanto em associação à
aplicação tópica, proporciona alívio
da dor e redução no sangramento em
pacientes com hemorroidas3.
O tratamento com a lactulose ou
Plantago ovata (psyllium) é seguro e
eficaz no tratamento de pacientes
que apresentam hemorroidas e/ou
fissuras anais + fezes endurecidas5.
Estudos & Atualidades
2
Estudo randomizado, duplo-cego e placebo controlado
avalia a eficácia de uma formulação tópica contendo
ácido hialurônico, óleo de melaleuca e DMSO no
tratamento das hemorroidas1.
Neste estudo, 36 pacientes que apresentavam hemorroidas, variando entre grau 1 a 3, foram randomizados em dois grupos e
receberam um dos seguintes tratamentos:
Grupo 1
Formulação tópica contendo ácido hialurônico + óleo de
melaleuca + DMSO
Grupo 2
Placebo
O tratamento teve duração de quatorze dias. Foram avaliados os parâmetros como dor anal, dores durante a defecação, sangue visí vel, prurido,
inflamação e irritação, sendo estes avaliados inicialmente e ao final do período de tratamento, utilizando escala analógica visual.
Resultados:

Após quatorze dias de tratamento com a formulação tópica contendo ácido hialurônico + óleo de
melaleuca + DMSO, os pacientes apresentaram redução significativa das dores anais e durante a defecação
quando comparados ao placebo;

Observou-se redução significativa do sangramento anal após o período de tratamento com a formulação
tópica contendo ácido hialurônico + óleo de melaleuca + DMSO;

A inflamação e irritação presentes na região anal apresentaram redução significativa após tratamento com a
formulação teste;

A formulação contendo ácido hialurônico + óleo de melaleuca + MSM apresentou-se bem tolerada pelos
pacientes.
A formulação tópica contendo ácido hialurônico + óleo de melaleuca + DMSO é segura e
eficaz no tratamento das hemorroidas, apresentando redução significativa das dores,
prurido e inflamação anal1.
O Aloe vera é um fitoterápico que apresenta resultados positivos na cicatrização. Estudo
em pacientes que sofreram hemorroidectomia demonstrou que a utilização de um creme
contendo Aloe vera apresenta redução significativa das dores pós-operatórias durante a
defecação e no repouso, do tempo de cicatrização e na necessidade da utilização de
analgésicos quando comparados ao placebo2.
Propostas Terapêuticas
Creme contendo ácido hialurônico + óleo de
melaleuca + MSM1
Ácido hialurônico.............................................1%
Óleo de melaleuca........................................0,5%
DMSO.............................................................15%
Creme base qsp..............................................60g
Aplicar duas vezes ao dia após higienização do
local.
Creme com Aloe vera
Aloe vera..........................................................0,5%2
Creme base qsp...................................................60g
Aplicar três vezes ao dia.
Estudos & Atualidades
3
Estudo randomizado e controlado avalia a aplicação oral em
associação ao tratamento tópico com Pycnogenol® no manejo
dos sintomas nas crises agudas de hemorroidas 3.
Neste estudo, 84 pacientes apresentando sintomas agudos de hemorróidas, foram randomizados em quatro grupos e receberam um dos
seguintes tratamentos:
Grupo 1
ORAL: Pycnogenol® 300mg/dia
(quatro dias) seguido de
Pycnogenol® 150mg/dia
(três dias)
Grupo 2
Placebo oral
Grupo 3
Creme: 0,5% de Pycnogenol®
+ tratamento oral
Grupo 4
Tratamento oral +
Placebo tópico
Os pacientes foram tratados por sete dias e acompanhados por mais sete dias após fim do tratamento. Os s inais e sintomas mais frequentes
típicos das crises de hemorroidas foram avaliados durante os quatorze dias do estudo de acordo com a escala analógica visual de 4 pontos
(1=ausência e 4=severo). A duração do pico (em horas) de persistência e intensidade da dor também foi avaliada.
Resultados:


Pico de duração da dor (em horas) após tratamentos com
Pycnogenol® oral e/ou tópico e placebo3.
O tratamento com Pycnogenol ® foi efetivo na
diminuição do pico de dor nos pacientes,
sendo que a combinação do tratamento oral +
tópico apresentou maior eficácia;
A qualidade de vida, incluindo itens como
alterações da rotina, comprometimento em
andar, sentar, performance no trabalho e
constrangimento,
apresentou
melhora
significativa nos três grupos que realizaram
tratamento com Pycnogenol ® tópico e/ou oral
quando comparado ao placebo;
Após o período de acompanhamento,
observou-se menor incidência de recorrência
das hemorroidas nos pacientes tratados com
Pycnogenol® oral + tópico.
25
23,6
23
Pico de duração (horas)

21
19
17,8
17
17
16
15
Pycnogenol®
oral
Placebo oral
Pycnogenol®
tópico + oral
Pycnogenol®
oral + placebo
tópico
O tratamento com Pycnogenol®, tanto oral, quanto em associação à aplicação tópica,
proporciona alívio da dor e redução no sangramento em pacientes com hemorroidas. Além
da significativa remissão de sintomas, o tratamento com Pycnogenol® previne a recorrência
de novas crises3.
Propostas Terapêuticas
Cápsulas de Pycnogenol®
Pycnogenol®............................................150mg3
Administrar duas cápsulas ao dia por quatro dias
e uma cápsula ao dia por mais três dias.
+
Creme contendo Pycnogenol®
Pycnogenol®..............................................0,5%3
Creme base qsp............................................60g
Aplicar três vezes ao dia após higienização do
local.
Creme cicatrizante com Pycnogenol + Óleo de
cravo
Pycnogenol®................................................0,5%3
Óleo de cravo.................................................1%4
Vegelip...........................................................15%
Creme base qsp..............................................60g
Aplicar três vezes ao dia após higienização do
local.
O óleo de cravo apresenta propriedades antioxidantes, antiinflamatórias (via inibição da lipo-oxigenase), anestésicas e
vasorrelaxantes, melhorando a função vascular, inclusive
auxiliando no aumento do nível de vasodilatadores como o
óxido nítrico4.
Estudos & Atualidades
4
Estudo multicêntrico, aberto e randomizado compara a
utilização da lactulose versus Plantago ovata no tratamento
das hemorroidas e/ou fissura anal5.
Neste estudo, 80 pacientes que apresentavam hemorroidas e/ou fissuras anais + fezes endurecidas foram randomizados em
dois grupos e submetidos a um dos seguintes tratamentos:
Grupo 1 (n=42)
Lactulose 15ml (10g) / duas vezes ao dia
Grupo 2 (n=38)
Plantago ovata (Psyllium) 5g/ duas vezes ao dia
O tratamento teve duração de seis semanas. Foram avaliados os parâmetros como movimentos intestinais, episódios de
sangramento, dor anal, consistência das fezes (analisada de acordo com a escala Bristol) e disfunção intestinal.
Resultados:

Os pacientes que receberam a lactulose ou psyllium apresentaram redução significativa dos episódios de
sangramento e dores anais quando comparados ao início do tratamento;

Observou-se melhora significativa dos movimentos intestinais e consistência das fezes após o tratamento
com lactulose ou psyllium;

A consistência das fezes e disfunção intestinal apresentaram melhora significativa quando comparada ao
início do tratamento. Porém, os pacientes tratados com a lactulose apresentaram resultados mais positivos
quando comparados aos tratados com psyllium.
LACTULOSE
PLANTAGO OVATA ( PSYLLIUM)
Tempo zero
Final do tratamento
Tempo zero
Final do tratamento
Movimentos intestinais/semana (N)
4,5±2,0
8,6±3,5*
4,5±2,6
7,8±4,0*
Episódios de sangramento/semana (N)
2,0±1,8
1,8±1,5*
2,3±2,9
1,1±1,5*
Dores anais (BS-11)
4,6±2,6
2,0±1,8*
5,5±2,6
2,4±2,1*
#
2,2±0,7
3,3±1,3*
3,7±2,2
1,8±1,8*
Consistência das fezes (Escala Bristol)
2,2±0,8
4,0±0,6*
Disfunção intestinal (GSRS)
3,4±1,8
1,1±1,4*#
Aderência ao tratamento
91%
97%
*p<0,05 versus tempo zero; #p<0,05 lactulose versus plantago
O tratamento com a lactulose ou Plantago ovata (psyllium) é seguro e eficaz em pacientes
que apresentam hemorroidas e/ou fissuras anais + fezes endurecidas, sendo observados
resultados favoráveis para a lactulose nos parâmetros relacionados à consistência das fezes
e adesão ao tratamento5.
Propostas Terapêuticas
Sachê contendo lactulose
Lactulose......................................................10g5
Administrar dois sachês ao dia.
Diluir o conteúdo de um sachê em um copo de
água e consumir imediatamente após o preparo.
Shake de morango contendo psyllium
Psyllium...........................................................5g5
Preparação extemporânea para shake sabor
morango qsp..................................................20g
Administrar dois sachês ao dia.
Diluir o conteúdo de um sachê em um copo de
água ou leite e consumir imediatamente após o
preparo.
Propriedades e Mecanismo de Ação
5
Hemorroidas6:
O quadro clínico de hemorroidas é caracterizado pelo aumento da pressão sobre os vasos do plexo hemorroidário
presentes na região anorretal A evolução da patologia inicia-se com hemorróidas internas confinadas no canal anal.
Com o tempo, as varizes hemorroidárias aumentam e exteriorizam-se ao canal anal. A condição se agrava ao passar
do tempo culminando em uma situação em que as hemorróidas não retornam ao canal interno.
ÓLEO DE MELALEUCA7
O óleo de melaleuca é um antisséptico natural e possui propriedades antiinflamatórias. Pode ser aplicada numa variedade de maneiras para aliviar a dor e
sintomas associados com hemorroidas.
ÁCIDO HIALURÔNICO8
O ácido hialurônico apresenta-se como agente anti-inflamatório, reduzindo
marcadores inflamatórios e diminuindo a apoptose celular.
DMSO 9
Atividade anti-inflamatória e antioxidante, vasodilatador, atua no relaxamento
muscular e aumento da função celular.
PYCNOGENOL®10
Possui um significativo efeito anti-inflamatório, atua na otimização da circulação,
excelente propriedade cicatrizante, potente antioxidante, mantendo a
microcirculação saudável. Promove leve vasodilatação, é inibe a agregação
plaquetária e protege o endotélio contra radicais livres.
PSYLLIUM11
Reduz o sangramento e almofadas hemorroidárias.
LACTULOSE 12
Útil para o tratamento de hemorroidas, produzindo movimento intestinal macio,
sem e necessidade de qualquer esforço.
Literatura Consultada
1.
Joksimovic N, Spasovski G, Joksimovic V, Andreevski V, Zuccari C, Omini CF. Efficacy and tolerability of hyaluronic acid, tea tree oil
and methyl-sulfonyl-methane in a new gel medical device for treatment of haemorrhoids in a double-blind, placebo-controlled
clinical trial. Updates Surg. 2012 Apr 11.
2. Eshghi F, Hosseinimehr SJ, Rahmani N, Khademloo M, Norozi MS, Hojati O. Effects of Aloe vera cream on posthemorrhoidectomy
pain and wound healing: results of a randomized, blind, placebo-control study. J Altern Complement Med. 2010 Jun;16(6):647-50.
3. Belcaro G, Cesarone MR, Errichi B, Di Renzo A, Grossi MG, Ricci A, Dugall M, Cornelli U, Cacchio M, Rohdewald P. Pycnogenol
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2007 Jul;9(6):549-52.
5. Perona M, Mearin F, Campo R, Modolell I, Montoro M, Dominguez-Munoz E. S1277 Lactulose Versus Plantago Ovata in the
Treatment of Haemorrhoids and/or Anal Fissure: Open Randomized Parallel Multicenter Study. Gastroenterology, Volume 134, Issue
4, Supplement 1, April 2008, Pages A-216.
6. Chand M, Nash GF, Dabbas N. 2008. The management of haemorrhoids. 1: Br J Hosp Med (Lond) 69: 35–40.
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2002 Dec;147(6):1212-7.
8. Neuman MG, Oruña L, Coto G, Lago G, Nanau R, Vincent M. Hyaluronic acid signals for repair in ethanol-induced apoptosis in skin
cells in vitro. Clin Biochem. 2010 Jul;43(10-11):822-6.
9. Brien S, Prescott P, Bashir N, Lewith H, Lewith G. Systematic review of the nutritional supplements dimethyl sulfoxide (DMSO) and
methylsulfonylmethane (MSM) in the treatment of osteoarthritis. Osteoarthritis Cartilage. 2008 Nov;16(11):1277-88.
10. Rohdewald P. A review of the French maritime pine bark extract (Pycnogenol), a herbal medication with a diverse clinical
pharmacology. P Int J Clin Pharmacol Ther. 2002 Apr; 40(4):158-68.
11. Monograph Plantago ovata (Psyllium). Alternative Medicine Review. Volume 7, Number 2. 2002 Page 15-159.
12. Johnson CD. Effect of preoperative lactulose on posthaemorrhoidectomy pain. Br Med J (Clin Res Ed). 1987 Sep 19;295(6600):725.

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