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COMPUTERWORLD
Julho 2010
VoIP
As opiniões de diferentes responsáveis
de fabricantes fazem-nos crer que os
segmentos de mercado mais baixos de
VoIP estão a evoluir muito lentamente.
Apesar das vantagens.
Pág. 4
Uma das principais barreiras de adopção de
sistemas VoIP é a dificuldade das empresas
mais pequenas terem recursos humanos
suficientemente qualificados para gerirem os
sistemas, de acordo com vários analistas.
Pág. 2
Mercado floresce
no segmento
médio e alto
Integração nos
processos é que
“manda”
A emergência da cloud computing e a
convergência de formas de comunicar
não podiam deixar de influenciar a
VoIP. Mas a integração nos processos
de negócio é obrigatória.
Pág. 5
Fornecedores
adaptam oferta
a competências
Ovum recomenda
VoIP aos
operadores
Os operadores precisam de adoptar a
VoIP para neutralizarem a ameaça da
Skype e de outros prestadores de
serviços de telefonia através da
Internet, diz a consultora.
Pág. 8
Julho 2010 - COMPUTERWORLD
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Comunicações Unificadas
VoIP
Fornecedores procuram
adaptar oferta a competências
Uma das principais barreiras de adopção de sistemas VoIP é a dificuldade das
empresas mais pequenas terem recursos humanos suficientemente qualificados para gerirem os sistemas, de acordo com muitos analistas de mercado. Em
Portugal mais de 90% das organizações são PME
Hoje segundo Fátima Neves, o cenário "não é uniforme" e pode ser caracterizado partindo de dois tipos de PME. Perto de 40% têm competências e "querem" ser elas próprias a gerir as suas plataformas, considera a responsável.
Outras prescindem disso e preferem recorrer a "serviços geridos" (managed services) para gestão das suas plataformas. "A segunda abordagem é uma realidade e tudo indica que em poucos anos dominará em cerca de 90% das PME.
Na visão da executiva, a mudança de lógica de CAPEX para uma óptica de
OPEX, na qual a PME passa a pagar uma mensalidade pelo serviço, é um dos
principais factores que levará à adopção pelas PME deste tipo de ofertas. Uma
das razões é as empresas evitarem o custo inicial. E segundo Neves, a autonomia dada aos clientes para efectuarem as operações de rotina, como a mudança de uma extensão será um factor diferenciador.
Pedro Morão prefere falar de uma modelo de "Oferta de Comunicações como um
Serviço". O conceito é basicamente o mesmo: o cliente selecciona os perfis de comunicação que pretende, e paga uma taxa periódica pelo serviço, não adquirindo
directamente tecnologia. Trata-se de uma oferta na qual "o leque de funcionalidades não é elevado, mas o modelo poderá ser satisfatório para as necessidades
de pequenas organizações." Por outro lado, considera que a solução dos serviços
geridos "crescerá de forma significativa nos próximos tempos". Neste modelo, as
empresas adquirem as soluções de comunicações, e delegam numa empresa especializada (tipicamente um integrador) a gestão e operação da mesma. Os serviços geridos conjugados com soluções de financiamento adequado (renting ou
leasing) continuarão a crescer de forma significativa nos próximos tempos.
COMPUTERWORLD - Julho 2010
De acordo com a Microsoft, a realidade já é hoje marcada por este último modelo. Miguel Teixeira diz que serão poucas as empresas a assumirem a "responsabilidade" de gestão do sistema. "Até porque se trata de uma tarefa que
acresce pouco valor às organizações de TI", frisa.
Não obstante, para João Gonzalez, da Avaya, as plataformas de VoIP "já não
apresentam os níveis de complexidade que tinham há 10 anos". E podem
mesmo "ser facilmente controladas" pelas equipas técnicas presentes nas tradicionais PME portuguesas. "As soluções de Telefonia IP são tendencialmente
desenhadas utilizando tecnologias standard de mercado, o que simplifica significativamente a arquitectura deste tipo de plataformas, assim como a gestão
da mesma", reforça José Pereira.
Com ofertas em ambos os modelos, a PT considera que os sistemas VoIP apresentam uma gestão bastante mais simples, mesmo tendo em conta o aumento
das funcionalidades. "A simplificação dos interfaces de gestão destas plataformas permite que um maior número de empresas comecem a ter competências para a sua gestão, tarefa muitas vezes mais fácil que a das plataformas das
gerações da tecnologia anterior". Contudo reconhece a gestão técnica como
dos aspectos mais exigentes em termos de conhecimentos", indisponíveis na
"maioria das empresas não tecnológicas".
A IBM aposta numa oferta de soluções baseadas em cloud ou em ambiente alojado. Procura dessa forma seduzir o cliente não só pela conveniência operacional da solução, mas também pelos custos. "Muitas vezes, a complexidade
e custos associados surgem como uma barreira à adopção destas soluções
pelas PME", admite o responsável. Na óptica da Colt, as soluções apresentadas numa perspectiva de serviço" integrado, faz todo o sentido. "O serviço de
voz é um serviço crítico, que deve ser gerido de uma forma integrada e profissional", defende o seu director de marketing, Artur Miranda.CW
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VoIP
Mercado floresce no
segmento médio e alto
As opiniões de vários responsáveis de fabricantes fazemnos crer que os segmentos de mercado mais baixos de
VoIP, estão a evoluir muito lentamente. Apesar das
vantagens de redução de custos e garantias de futuro.
As comunicações unificadas - incluindo a voz sobre o protocolo IP ou
VoIP (entre outras tecnologias e funcionalidades) - constituirão a plataforma tecnológica capaz de suportar o avanço em direcção a uma
nova "grande fronteira tecnológica, onde as organizações apostarão nos
próximos tempos", assegura Sérgio Imperial, responsável técnico da
área de colaboração na IBM. Nesse sentido, José Pereira, gestor na Novabase, afirma que hoje existem cada vez menos alternativas à VoIP.
"Podemos dizer que o mercado já está tecnologicamente maduro, e as
ferramentas disponíveis baseiam-se em padrões tecnológicos", explica.
Apesar disso, os segmentos de mercado de VoIP, mais baixos, estão a
evoluir muito lentamente.
Pedro Morão, da Nextiraone, concorda quanto à maturidade das soluções
e considera que "a maioria das novas implementações nas médias e grandes empresas se baseiam em IP, para transportar e comutar todos os tipos
de tráfego, seja voz, vídeo ou dados". Rafael Martinez, da Alcatel-Lucent,
explica que "o IP é a base sobre a qual se desenvolvem novas aplicações
e novos serviços" e isso sustenta o desenvolvimento do mercado.
Mas nas empresas mais pequenas o cenário muda. Segundo o responsável, ainda existe uma grande percentagem de implementações baseadas em TDM (não IP). Na sua visão haverá dois factores a concorrer
para esta realidade: "as mais-valias da convergência IP serem mais evidentes em empresas de maior dimensão e a dispersão geográfica", e o
segmento em questão “ser mais sensível ao preço".
Isso não impede a Microsoft de reivindicar alguns sucessos, e Miguel
Teixeira aponta implementações no grupo I’M, na Bascol ou na CUF. A
Avaya, com uma aposta muito forte nesta área, parece trilhar o mesmo
caminho. "O ano de 2010 está a ser um ano de crescimento para as soluções baseadas nas comunicações unificadas e em VoIP”, segundo o
seu director-geral em Portugal, João Gonzalez. Números deste responsável apontam para crescimentos de "10 a 15% ao ano, nos últimos
dois anos", dada a maior maturidade do mercado.
Para Artur Miranda, director de marketing da Colt Portugal, o mercado
empresarial de VoIP, "é de crescimento depois de um período significativo de período significativo de apreensão face às ofertas que existiam no mercado". Segundo o mesmo, as ofertas empresariais
existentes são consistentes com níveis de serviço que dão confiança
às organizações para sua adopção.
A Critical parece ser o fabricante menos optimista e Fátima Neves, responsável da empresa, considera haver actualmente uma "retenção geral
de investimentos face ao mesmo período do ano transacto". Felizmente,
a empresa também actua nos mercados do Médio Oriente, América do
Sul, África e nessas regiões o negócio terá outro potencial. De acordo
com a responsável, especialmente nos mercados africanos, a empresa
está a apresentar "um volume de negócios crescente desde o último
semestre de 2009" até agora.CW
COMPUTERWORLD - Julho 2010
VoIP
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A integração é que “manda”
A emergência da cloud computing e a convergência de formas de comunicar e de transmitir dados são elementos que não podiam deixar de influenciar a
evolução da VoIP. Mas a integração nos processos de negócio é obrigatória.
IBM sugere cinco tendências
Tal como vários outros fabricantes, a IBM está a apostar
num mercado mais amplo do que o do VoIP. O posicionamento do fabricante diz isso mesmo e elege as comunicações unificadas como factor tendencial.
Na visão da IBM, haverá cinco tendências, alimentadas
pelas comunicações unificadas, na forma como o trabalho será realizado nas organizações e que serão:
"Cada vez mais, os fabricantes procuram acrescentar
valor às suas soluções por via da integração dos vários
canais de comunicação, por forma a que estejam acessíveis em qualquer lado, a qualquer hora, a partir de
qualquer tipo terminal", diz José Pereira, da Novabase.
A integração "com as ferramentas de negócio/produtividade dos seus clientes" é a prioridade. Esta é uma
das principais tendências do segmento, também influenciado por evoluções tecnológicas como a emergência do modelo de cloud computing. Seja como for,
há quem note uma mudança de foco importante. "As
comunicações deixam de estar orientadas ao terminal
físico e passam a estar centradas no utilizador, acedendo este a todo o tipo de informação relevante, onde
quer que se encontre, a partir de qualquer dispositivo
de comunicações (telefone, PC, PDA, smartphone),
pelo media da sua eleição ( voz, IM, vídeo, SMS)", explica Pedro Morão, da Nextiraone. Na Colt, Artur Miranda considera que "a ideia passa por um único
acesso disponibilizar todos os serviços".
Muitas destas facilidades dependem da existência de
padrões e das arquitecturas tecnológicas e de rede. "A
arquitectura ajuda os gestores de TI a reduzirem a complexidade da rede", sustenta João Gonzalez. Mas as
aplicações também passam a ser desenvolvidas de
forma diferente.
Cada vez mais há aplicações programadas uma só vez,
e de maneira a funcionarem em múltiplas plataformas
e ambientes, independentemente de fabricantes. Para
o director de marketing da Alcatel-Lucent, Rafael Mar-
tinez, o principal filão de tendências será o das aplicações. "A mobilidade, a colaboração e as comunicações unificadas são palavras-chave para o presente e
para o futuro", diz.
"O modelo principal"
Tanto a PT como a Critical Links colocam o modelo de
cloud computing no centro da evolução do segmento
de VoIP. "As comunicações unificadas para as PME
estão também a mover-se para ofertas baseadas na
cloud onde as plataformas base são instaladas em centros de dados dos prestadores de serviço e a partir das
quais as PME usufruem "remotamente" das funcionalidades sem necessidade de terem os equipamentos
principais nas suas instalações (basicamente na PME
ficam apenas os equipamentos terminais, tais como telefones ou PCs)", diz Flávia Neves. Para a responsável
da Critical, a banda larga e "a apetência por modelos de
negócio de 'serviços geridos'" são os principais factores
da migração para o modelo de cloud. "Não temos dúvidas que será o modelo principal nos próximos anos",
garante.
O ponto de vista da PT confirma a previsão. "Serão disponibilizados cada vez mais serviços que dispensam a
necessidade de equipamentos físicos nas instalações
dos clientes", avança. De acordo com a PT, o modelo
diminui o risco de uma migração tecnológica, "reduzindo as necessidades de investimento e flexibilizando
o dimensionamento da solução, segundo a evolução
das empresas e a sazonalidade dos mercados”.CW
• Virtualização do posto de trabalho: "a médio prazo,
desktops e até telefones de secretária serão substituídos por computadores portáteis e por dispositivos móveis. As ferramentas sociais e de "web meeting"
tendem a simular a sensação de estar numa reunião
presencial. Esta tendência combinada com as diversas iniciativas orientadas para um mundo mais ecológico, reduzirá a necessidade de viajar e vai encorajar
o trabalho a partir de casa".
• E-mail é substituído: "os sistemas de mensagens instantâneas e outras ferramentas de colaboração em
tempo real substituirão o e-mail. Uma nova geração de
colaboradores está mais habituada ao Instant Messaging e espera ver isto reflectido no mundo empresarial".
• Processos de negócio ficam mais colaborativos: "as
organizações devem integrar no seus processos de negócio não só funcionalidades de Instant Messaging
mas também "chat", "click-to-call" e indicadores de
presença, fazendo uma integração profunda entre processos e aplicações de negócio".
• Interoperabilidade abre padrões: "a necessidade de
interoperabilidade e amadurecimento dos padrões da
indústria promoverá a mesma na área das comunicações unificadas”.
• Conceito de reunião altera-se: “a definição de reunião será radicalmente transformada e estas tornarse-ão um pouco ‘ad hoc’, instantâneas e baseadas no
contexto e necessidade. O mundo virtual 3D e as tecnologias dos jogos influenciarão significativamente as
experiências dos ‘web meeting’ empresariais de forma
a fornecer uma experiência mais natural, pedida pela
nova geração de colaboradores que registarão maior
produtividade num ambiente que lhes é familiar".
COMPUTERWORLD
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RUA GENERAL FIRMINO MIGUEL, Nº 3 TORRE 2 - 3º PISO 1600-100 LISBOA EDITOR: JOÃO PAULO NÓBREGA [email protected] DIRECTOR COMERCIAL E DE PUBLICIDADE: PAULO FERNANDES [email protected]
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O Computerworld‚ detém um acordo de licenciamento com a IDG, o líder mundial em media, estudos de mercado e exposições na área das tecnologias de informação (TI). Fundada em 1964, a IDG possui mais de 9.000 funcionários em todo o mundo. A IDG
oferece o mais vasto leque de opções de media, os quais atingem consumidores de TIs em mais de 90 países, os quais representam 95% dos gastos mundiais em TIs. O portfolio de produtos e serviços abrange seis áreas chave: publicações impressas, publicações
online, exposições e conferências, estudos de mercado, formação, e serviços de marketing globais. Mais de 90 milhões de pessoas lêem uma ou mais das 290 revistas e jornais da IDG, incluindo as pertencentes às principais famílias -Computerworld, PC World,
Network World, Macworld e Channel World. A IDG Books Worldwide é o editor de livros de informática com mais rápido crescimento a nível mundial, com mais de 700 títulos in 38 línguas. Só a série “... For Dummies” tem mais de 50 milhões de cópias em impressão. Através da IDG.net (http://www.idg.net),
a IDG oferece aos utilizadores online a maior rede de sites Internet especializados em todo o mundo. Esta compreende mais de 225 sites Internet em 55 países. A International Data Corporation (IDC) é o maior fornecedor mundial de informações sobre TIs, de análise e consulta, possuindo centros de pesquisa em 41 países e mais de 400 analistas em todo o mundo. A IDG World Expo é um produtor de primeira linha de mais de 168 conferências e exposições com marca própria, abarcando 35 países e incluindo a E3 (Electronic Entertainment Expo), Macworld Expo, ComNet, Windows World Expo, ICE (Internet
Commerce Expo), Agenda, DEMO, and Spotlight. ExecuTrain, a subsidiária de formação da IDG, é a maior empresa do mundo na área da formação em informática, com mais de 230 instalações em todo o mundo e 785 cursos. A IDG Marketing Services ajuda empresas de topo na área das TIs a construir
uma imagem reconhecida internacionalmente. Para isso desenvolve programas globais de marketing integrado, através das exposições e das suas publicações impressas e online. Pode encontrar mais informações do grupo IDG no site www.idg.com.
Julho 2010 - COMPUTERWORLD
Grupo CAIXIAVE potencia colaboração
dentro do Grupo
Utiliza toda a conveniência
da mobilidade da rede
móvel, com a disponibilidade
e capacidade da rede fixa,
através de um único acesso.
O Grupo CAIXIAVE posiciona-se actualmente
como líder do mercado ibérico na produção
de sistemas de janelas e portas em PVC.
Com uma extensa variedade de tipologias de
janelas e portas, e uma enorme gama de tipos
de acabamentos em sistemas de PVC e/ou
alumínio-madeira, o Grupo CAIXIAVE dispõe
de soluções para qualquer tipo de obras (obras
novas ou renovações arquitectónicas).
Seguindo uma estratégia de desenvolvimento
e crescimento, o Grupo CAIXIAVE projecta-se actualmente como uma empresa com
actividade internacional. A sede do Grupo com
as principais unidades de produção e logística
localiza-se em Portugal, possuindo quatro
empresas subsidiárias (produção e/ou vendas)
em Espanha, França, Angola e Cabo Verde.
Mais Colaboração | Maior
Eficiência
A PT Prime foi pioneira a nível europeu na oferta comercial de soluções VoIP de operador, com a sua oferta
GlobalPhone. A vasta experiência em soluções avançadas de comunicações unificadas e o alargado portfolio
de soluções fazem da PT Prime um parceiro de excelência na implementação deste tipo de soluções.
De acordo com Nuno Cruz, responsável
pelo Departamento de Informática do Grupo
CAIXIAVE, a consolidação da expansão
internacional do Grupo, que coincidiu com
a mudança de instalações da sede, levou
a procurar uma solução que potenciasse a
eficácia das comunicações, disponibilizando
novas funcionalidades de colaboração que
promovessem a relação entre as delegações
nacionais e internacionais. Pretendia-se, desta
forma, agilizar as comunicações e reduzir a
necessidade de viagens por parte das equipas
técnicas, incrementando a produtividade dos
colaboradores.
eficiência nas interações e gerar uma maior taxa
de atendimento de chamadas. A solução dispõe
ainda de funcionalidades de Contact Center que
permitem melhorar o atendimento aos clientes.
Era essencial que a solução fosse flexível, de
fácil utilização e que permitisse a extensão
das funcionalidades a todos os colaboradores
sediados em Portugal e nas delegações
internacionais. A necessidade de partilhar
a infra-estrutura entre as várias empresas
do Grupo CAIXIAVE, com a possibilidade de
afectar recursos indispensáveis a cada uma das
empresas, era também um dos requisitos da
solução que se pretendia.
A solução permitiu aproveitar parte da infra-estrutura telefónica analógica de que o
Grupo CAIXIAVE dispunha, a partir da qual foi
implementada uma solução de comunicações
baseada em IP, gerida a partir de uma
interface intuitiva. A utilização de dois trunks IP
(serviço GlobalPhone Acesso Telefónico da PT)
permitiu a utilização da mesma plataforma de
comunicações partilhada por duas empresas do
Grupo, cada qual com a sua configuração e a
sua facturação separadas.
Neste sentido, o Grupo CAIXIAVE optou por
avançar com o serviço Globalphone Acesso
Telefónico integrado com o serviço de Acessos
Convergentes, ambos da PT, com um servidor
de comunicações Avaya*. Através desta solução
passou a dispor de um plano único de
numeração, conseguido através da convergência
entre a rede privada fixa e a rede privada móvel
da TMN. Todo o Grupo passou, assim, a estar
ligado através de uma única rede lógica que
permite total escalabilidade.
A adopção desta solução veio promover a
mobilidade dos colaboradores. Alguns serviços
críticos como o atendimento a fornecedores
e cobrança a clientes, passaram a ser feitos
através do telemóvel, que facilita o acesso à
consulta de processos e arquivos de trabalho.
Passou também a ser possível visualizar o
estado de cada colaborador, o que veio acrescer
A experiência da PT Prime ao nível de soluções
de comunicações empresariais, permitiu-lhe
identificar rapidamente os nossos requisitos
e garantir a implementação de uma nova
plataforma extremamente robusta e intuitiva,
cujo retorno do investimento foi obtido logo no
final do primeiro semestre.
A Solução
A nova plataforma veio permitir que os
colaboradores passassem a ter disponível, para
cada extensão analógica ou IP, o acesso a um novo
conjunto de funções nos seus PCs, tais como:
s Controlo da extensão (transferências,
conferências, follow-me, reencaminhamentos);
s )NTEGRAÎÍO COM O DIRECTØRIO DE CONTACTOS
e registo de chamadas efectuadas/perdidas,
resultando num aumento significativo de
produtividade.
Os telemóveis dos colaboradores passaram
a estar agrupados numa VPN móvel da TMN,
totalmente integrada com a restante rede fixa
através do serviço de Acessos Convergentes
disponibilizado pela PT Prime, o que permite
efectuar chamadas entre extensões fixas e
telemóveis da empresa, através de números
curtos de quatro dígitos. A plataforma incorpora
ainda a funcionalidade DISA (Direct Inward
System Access), um sistema que permite, de
uma forma muito simples, que os telemóveis
funcionem também como extensões internas,
nas comunicações com o exterior. Desta forma,
os colaboradores passaram a poder efectuar
e receber chamadas do exterior através do
mesmo número directo (Single Number Reach),
quer estejam no seu posto de trabalho com o
telefone fixo, quer estejam no exterior, através
do telemóvel.
O sistema unificado de comunicações permite
também a detecção automática das chamadas
de fax, redireccionando-as para os respectivos
equipamentos. Com esta funcionalidade deixa
de ser necessário manter linhas analógicas
exclusivas aos equipamentos de fax e garante-se
uma optimização da infra-estrutura da empresa,
sendo possível a cada um dos colaboradores
indicar o seu número directo de voz, também
como número de fax.
Com esta nova plataforma de comunicação, o
Grupo CAIXIAVE conseguiu obter melhorias ao
nível dos processos internos, uma vez que se
tornou mais fácil e eficaz a comunicação entre
as equipas de trabalho e a interligação entre as
diversas empresas do Grupo. A maior eficiência
e fluidez na comunicação repercutiram-se numa
melhor capacidade de resposta aos clientes e na
promoção da imagem de um Grupo Empresarial
que é líder de mercado.
*A Avaya desenvolve soluções de comunicação inteligentes
que contribuem para as empresas transformarem o seu
negócio e adquirir vantagem competitiva. Mais de um milhão
de empresas em todo o mundo, incluindo mais de 90% das
empresas presentes na Fortune 500®, utiliza as soluções
da Avaya.
www.ptprime.pt
VoIP
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Agregação SIP é uma prioridade
A agregação de portas TDM há muito que serve
para ligar PBX empresariais a redes PSTN. Mas
com cada vez mais empresas a adoptarem sistemas de VoIP, a agregação em SIP tornou-se uma
tecnologia cada vez mais usada pelas empresas
para simplificar a arquitectura da sua rede e poupar dinheiro.
O que é a agregação de SIP?
A sigla SIP refere-se à norma Session Initiation
Protocol, um padrão de comunicações desenvolvido nos anos 90 pela Internet Engineering Task
Force (IETF). A norma é usada para iniciar e terminar chamadas de VoIP e gerar sinal de chamada.
Uma agregação de SIP, é uma ligação de Internet
em banda larga, a qual utiliza a norma SIP para se
ligar a uma PBX empresarial baseada no protocolo
IP, e a um prestador de serviços de telefonia por
Internet. Em vez de terminar a agregação directamente na PBX-IP, devido a preocupações de segurança, as empresas tendem a terminar as
agregações num controlador de sessões, assente
em tecnologia SIP, o qual funciona como uma firewall.
Como é que uma agregação SIP
faz poupar dinheiro?
Ao consolidar e simplificar drasticamente a sua arquitectura de rede de voz. As agregações de SIP
podem suportar voz, dados e vídeo sobre IP, e uma
única agregação pode substituir múltiplas agregações TDM.
Se a empresa tiver vários escritórios e uma rede
muito distribuída, isso significa normalmente a
existência de muita agregação TDM. Com a agre-
gação de portas SIP é possível reduzir a conectividade de TDM, usando melhor a capacidade de comunicações de uma placa. A agregação SIP
também torna possível acrescentar maior capacidade durante períodos de grande tráfego. No caso
de se estar baseado em linhas T1, por exemplo, é
geralmente necessário comprar 24 canais mesmo
que use apenas cinco delas, a determinada altura.
Com a agregação em SIP, se o fornecedor suportar
o padrão, apenas é necessário associar largura de
banda às localizações conforme as necessidades
para lidar com o maior volume de chamadas. Sem
a agregação de SIP será, normalmente, necessário
comprar mais linhas e pagar por elas durante todo
o ano quer precise ou não delas, explica o analista
da Nemertes Research, Irwin Lazar.
Quanto pode fazer poupar?
Lazar estima que em média as empresas capazes
de adoptar a agregação SIP podem poupar 20% a
60%, do que gastam com as agregações TDM. Citando um case study exemplificativo, o analista diz
conhecer uma empresa que usava 1500 agregações SIP para substituir 2250. Foi uma mudança
capaz de reduzir as despesas de um operador de
4,4 milhões de dólares para 945 mil por ano.
Que questões devo colocar a um prestador
de serviços de agregação SIP?
A maior é simplesmente se as agregações SIP vão
estar disponíveis para todos os escritórios. As empresas com escritórios em áreas rurais ou remotas
podem ter dificuldade em encontrar um fabricante
capaz de cobrir todas as suas localizações. A segunda questão tem a ver com a interoperabilidade,
dado muitos fornecedores de agregação SIP suportarem vários fabricantes. Por outras palavras, alguns fornecedores de agregação podem apenas
suportar controladores de sessão da Avaya, enquanto outros poderão suportar só controladores da
Cisco.
Finalmente, é claro que deverá procurar conhecer
os esquemas de preços, tanto em termos de custos
de instalação e flexibilidade, como para acrescentar rapidamente e de forma barata mais capacidades. Como as agregações de SIP constituem uma
tecnologia relativamente nova, não têm esquemas
de preços e a variação pode ser grande. Será importante perceber em quanto tempo os prestadores de serviço conseguem colocar de pé uma
agregação de SIP. Os operadores de segundo nível
são geralmente mais ágeis do que os grandes operadores.
Existe alguma empresa onde
o investimento não vale a pena?
As agregações de SIP oferecem a tecnologia de
maior eficácia para empresas, com múltiplos escritórios dispersos numa área muito vasta. Caso a
empresa tenha apenas um escritório central, ou se
os escritórios localizados estiverem situados numa
área geográfica de grande concentração, então uma
agregação SIP não deverá, muito provavelmente,
valer a pena. Se a empresa estiver já orientada para
a tecnologia TDM e a maior parte das chamadas
ocorrerem entre uma e outra cidade, então a agregação SIP não deve fazer sentido. Se uma empresa
de farmácia com apenas dois estabelecimentos
crescer, passando a ser uma rede de farmácias de
15 lojas, então já fará sentido.
Gestão inibe implementação
As pequenas empresas no mundo
inteiro começam a voltar-se cada
vez mais para a VoIP como uma
opção de telefonia. De acordo
com o estudo da ISP Star, 41%
das empresas com 100 funcionários ou menos, já adoptaram telefonia IP. Além disso, 20% dos
responsáveis questionados estão
a pensar implementar sistemas
de VoIP, no próximo ano”.
Há contudo algumas armadilhas.
A investigação levada a cabo pela
Synergy Research descobriu que
a maior barreira à implementação
de redes VoIP é a falta de competências internas, para a gestão
das mesmas. Os receios de inse-
gurança deixaram de ser mais importantes. De acordo com o estudo,
apenas 9% dos executivos questionados considerou a segurança
como uma grande preocupação –
trata-se de um contraste drástico
com os resultados de um estudo da
Infosec, realizado há três anos, segundo o qual 90% das empresas
questionadas, assinalaram a segurança como a sua maior preocupação. O maior factor de adopção da
tecnologia é a necessidade de poupar custos. De acordo com o estudo, perto de 31% disse que a
pressão financeira era a principal
razão para mudar para a tecnologia
VoIP.CW
Julho 2010 - COMPUTERWORLD
8|
VoIP
Ovum sugere que operadores
móveis adoptem sistemas VoIP
Os operadores precisam de adoptar a VoIP para poderem neutralizar a ameaça colocada pela Skype e outros prestadores de serviços
de telefonia através da Internet, de acordo com a Ovum.
O aviso está integrado num novo relatório emitido pela analista de mercado de operadores, surgiu dias depois de a Skype ter anunciado planos
de expansão através de um leque de novos serviços de subscrição e promessas de chamadas
mais baratas. O relatório da Ovum diz que a tentativa de bloquear a VoIP móvel não é uma estratégia de longo prazo viável para operadores
móveis. Bem implementada, a VoIP pode atrair
novos utilizadores, reduzir a perda ou até mesmo
encorajar a adopção de um plano de dados. "Blo-
quear a VoIP é como tentar controlar as marés",
diz Steven Hartley, analista principal da Ovum.
"A maior parte dos operadores móveis tentam
hoje diferentes maneiras de atrapalhar e monitorizar a utilização da rede".
Mas na melhor das hipóteses, os operadores móveis oferecem tarifas especiais VoIP para evitar a
atenção do regulador mas estes não são viáveis,
acrescenta Hartley. Estas abordagens apenas associam publicidade negativa aos operadores, por
parte dos utilizadores mais pioneiros, desejosos
por obter acessos. "Sem pressões externas, os
operadores não se preocupariam com os sistemas
VoIP se tivessem redes LTE", diz Hartley.
Por essa altura, os operadores serão capazes de
oferecer os seus próprios serviços de VoIP a
custo muito mais baixo do que as redes de comutação de circuitos. Contudo, na vida real, “a
procura, as estratégias de concorrentes e o interesse crescente por parte das autoridades de regulação no debate da neutralidade, estão a ditar
os prazos", explica.CW
Número de utilizadores deverá aumentar
Na Europa, o número de utilizadores móveis de VoIP deverá crescer para o patamar dos cem milhões nos próximos dois anos. Nos Estados Unidos, a realidade é semelhante.
A Juniper Research afirma que um número
considerável dos utilizadores previstos vão
contornar as barreiras das redes móveis existentes, usando redes Wi-Fi. A consultora estima que devido a estas acções os operadores
móveis deverão perder 5000 milhões de dólares em receitas até 2015. Alguns operadores
móveis já reagiram à emergência do VoIP
COMPUTERWORLD - Julho 2010
móvel ao bloquearem serviços como o Skype.
Um estudo da consultora - “Mobile Voice Strategies: mVoIP Opportunities & Business Models, 2010-2015” – sugere que os operadores
móveis deveriam trabalhar com os parceiros
industriais para manter a sua posição neste
mercado.
"Até 2012, prevemos níveis de adopção signi-
ficativos de VoIP nos seus vários sabores", diz
Anthony Cox, analista sénior na Juniper. "Por
essa altura, a VoIP estará disponível sobre
redes 3G e Wi-Fi. Também prevemos que vários operadores mais tradicionais se vão juntar à 3UK e à Verizon nos EUA e desenvolver
relações com agentes de VoIP móvel como o
Skype", acrescenta.CW
www.ptprime.pt
IMAGINE UM MUNDO ONDE AS
COMUNICAÇÕES DE VOZ FIXAS
E MÓVEIS SE UNEM PARA
PROPORCIONAR MAIOR EFICIÊNCIA.
IMAGINE PORQUE É POSSÍVEL.
Dispor de um único acesso para as comunicações fixas e móveis é cada
vez mais relevante. A PT Prime disponibiliza toda a conveniência
da mobilidade da rede móvel com a disponibilidade e capacidade da
rede fixa, através de um único acesso. Soluções de voz simples,
modernas e fiáveis, nascidas da inovação para que a sua Organização
tenha zero preocupações e optimize custos.
ACESSOS CONVERGENTES . GLOBALPHONE
UM MUNDO DE POSSIBILIDADES
10 |
VoIP
Empresa de RH poupa 20 mil dólares por mês
Quando a empresa de recursos humanos Aquent trocou o seu sistema telefónico e instalou um serviço de VoIP em outsourcing,
poupou perto de 20 mil dólares por mês, alargou as funcionalidades de videoconferência e do seu ERP numa migração rápida.
Primeiras pesquisas no mercado
A Level 3 ofereceu um serviço que ele quis testar,
mas depois de vários atrasos não conseguiu disponibilizar a oferta. Ele considerou implementar uma
infra-estrutura da Cisco, para suportar iPhones num
modelo empresarial, mas o investimento inicial de
300 mil dólares, acrescido de uma taxa mensal de
50 mil, era muito alto.
A Fonality não tinha qualquer produto empresarial
mas Bolick gostou da possibilidade de o fornecedor
conseguir fazer back-up através da Internet. A
Aquent tentou fazer isso em quatro localizações mas
uma implementação completa significaria colocar
um aparelho da Fonality em cada localização. Bolick
diz que estava muito certo de conseguir arranjar um
fornecedor cuja tecnologia pudesse ser suportada
sem a instalação de equipamento local. Considerou
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fazer um outsourcing com a DSCI, a M5 Networks e
a Whaleback Systems. Esta foi excluída por exigir a
compra de hardware implementado em centros regionais em vez de uma rede gerida centralmente. A
DSCI tinha a sua oferta baseada em tecnologia "open
source" e pareceu-lhe uma boa aposta, mas a M5
tinha uma oferta com mais "atracções", explica Bolick. Entre estas estava uma taxa fixa sem limite de
utilizadores, uma PBX de múltiplas linhas, abrangendo vários escritórios, um plano de números unificado, o redireccionamento de chamadas para
telemóveis e o controlo de chamadas, a partir do
browser.
Novo sistema sobre uma rede MPLS
O novo sistema está a ser implementado. Corre sobre
uma rede MPLS da AT&T que liga perto de 30. Os
outros dez locais ficam ligados através da Internet,
usando uma ligação dedicada e de qualidade de serviço empresarial, com largura de banda de 768Kbps
em DSL ou ligações de cabo. Estas larguras de
banda asseguram que a voz não será afectada por
tráfegos concorrentes, explica. A maior parte das comunicações entre escritórios era realizada antes através de e-mail e a maior parte das chamadas de
telefone eram feitas num raio de 80 quilómetros em
redor dos escritórios.
Algumas das poupanças surgem do facto de a empresa usar redes de dados menos caras para suportar voz e eliminar as linhas telefónicas locais
dedicadas. Antes, oito ou nove escritórios tinham
uma ou duas ligações T1 dependendo do seu tamanho, e o resto tinha até uma dúzia ou mais de linhas
telefónicas analógicas, mas não tinham tráfego suficiente para justificarem a utilização das linhas mais
rápidas. No ano passado, a companhia instalara já
uma infra-estrutura com ecrãs de 32 e 42 polegadas, em alta definição, que usam perto de 768 Kbps
sobre uma rede MPLS ou 768 Kbps em linhas locais
dedicadas. Bolick tenciona alargar o uso da videoconferência ao integrá-la com a rede de VoIP. Ligar
o vídeo com a digitalização deverá possibilitar ver os
portefólios gráficos dos candidatos desde um local
mais remoto, durante as entrevistas em vídeo.
Integrar o sistema telefónico com o ERP costumizado, WebWall, permitirá à Aquent recolher estatísticas sobre e-mails, chamadas telefónicas e visitas
agendadas. E esse conhecimento deverá ajudar os
processos de negócio a correrem de forma mais
fluida. Antes, os registos eram difíceis de compilar,
porque eram mantidos por cada escritório, em cada
PBX. Agora, diz Bolick, é mais fácil criar relatórios
em todas as agências, com detalhe suficiente para se
identificar o utilizador. Outro dos objectivos da implementação do novo sistema de telefone era melhorar os planos de continuidade de negócio,
reencaminhando chamadas de escritórios fechados
devido a tempestades de neve, por exemplo, para escritórios em regiões não afectadas pela tempestade.
Mudança a dois tempos
A mudança para o serviço da M5 foi realizada em
duas fases. A primeira envolveu cinco testes no
mesmo número de dependências, selecionadas de
acordo com o seu tamanho, a sua localização e o tipo
de ligação WAN. Esta fase revelou diversos aspectos
imprevistos. Primeiro, uma das sucursais tinha uma
ligação DSL a apenas 512 Kbps, tendo sido actualizada para 768 Kbps. Ligações de largura de banda
reduzida também foram actualizadas. As sucursais
descarregavam as actualizações para grandes aplicações como Adobe Creative Suite, o que restringia
algumas das ligações MPLS. Por isso, os recursos
humanos foram formados para descarregarem esses
ficheiros fora das horas de expediente. De forma semelhante, os computadores Macintosh que, por defeito, fazem descarregamentos aleatórios ao longo do
dia podem desafiar a largura de banda, diz. Os novos
telefones da Cisco contrastam com os iPhone usados por muitos empregados, com os segundos a provocarem efeitos de estática se estivessem a cerca de
um metro de distância. A solução era manter os dispositivos afastados mas os iPhone mais recentes não
provocam este problema, segundo Bolick. Numa só
sucursal, a mudança para o serviço da M5 coincidiu
com várias chamadas de fora, levando os telefones
a tocarem ao mesmo tempo: como estavam todos os
dispositivos com o volume no máximo, o barulho foi
incomodativo.
A fase dois engloba o corte de dois ou três escritórios
por semana. Isso significa começar seis semanas
antes com um trabalho preparativo com a EIS para
fazer a actualização dos cabos para a Cat 5, ou melhor, conforme for necessário, de maneira a instalar
switches de Power over Ethernet (PoE).CW
O serviço de VoIP da M5 permite à Aquent transferir
chamadas facilmente entre regiões e oferecer correio
de voz integrado com o e-mail, diz Larry Bolick, CIO
da Aquent. A empresa tinha uma arquitectura sistema de comunicações onde conjugava PBX da Nortel e da Inter-Tel, espalhada por 40 locais na América
do Norte, e servindo perto de 800 empregados, com
400 a 500 telemóveis.
As PBX estavam a chegar ao fim das suas vidas úteis
quando há cerca de 18 meses a empresa decidiu
mudar a estrutura da sua empresa de maneira que as
suas diferentes linhas de negócio fossem tratadas
por equipas dispersas localizadas em diferentes escritórios.
Isso significou que as equipas precisavam de melhores formas de comunicação entre si. Por exemplo,
se um membro da equipa de marketing não estava
disponível, as chamadas tinham de ser direccionadas
para outro elemento do grupo independentemente
do local onde o membro estava localizado. “Tínhamos de usar uma PBX de múltiplas linhas para levar
a cabo tarefas abrangendo múltiplos escritórios", diz
Bolick.
De forma semelhante, o novo sistema precisava de
ser capaz de reencaminhar chamadas para outros
dispositivos como smartphones e enviar mensagens
de voz como anexos de correio electrónico, para garantir a disponibilidade dos membros das equipas.
Bolick queria passar a usar um serviço telefónico
com todo o equipamento, excepto dispositivos de
mão, baseado na rede do fornecedor para minimizar
a despesa inicial e custos de manutenção. Ao mesmo
tempo queria usar telefonia VoIP para obter os benefícios da integração dos vários sistemas de comunicações com outros processos de negócio. A recolha
detalhada de registos de chamadas em toda a empresa pode ser realizada pelo sistema de ERP, por
exemplo, resultando numa melhor monitorização de
fluxos de trabalho.
Requisitos
de
concepção
diferentes
Em hospitais, a solução é optar por uma abordagem
mais alargada aos detalhes das implementações de
sistemas sem fios de VoIP. As redes de voz sem fios
têm requisitos de concepção diferentes das redes de
VOIP
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Skype e Google concorrem no mesmo mercado
A Skype e a Google têm ofertas que se sobrepõem no mercado de VoIP, vídeo e mensagens instantâneas. Mas o grande factor
capaz de determinar qual das empresas poderá singrar, é o que a segunda pode vir a fazer.
Apesar das semelhanças entre as duas organizações há um grande número de diferenças. A começar pela disponibilidade dos serviços: o Skype
está disponível em Portugal, o Google Talk não.
Mais: o Skype oferece interfaces para a rede pública tradicional e o Talk não. O primeiro está preparado para receber chamadas da rede pública, o
outro não. O Talk está integrado com o Gmail, o
Skype pode ser integrado com o Outlook para se
oferecerem funcionalidades especialmente concebidos para empresas, algo que o Talk não faz.
Estas diferenças podem ser ligadas às abordagens
que as duas empresas fizeram nas respectivas
ofertas. A Skype iniciou a sua actividade como
prestador de um serviço de VoIP segundo uma arquitectura P2P. O Google Talk começou como uma
combinação de mensagens instantâneas e vídeo,
uma pequena adição ao seu negócio da busca.
Considerando este aspecto, a Google é dona dos
elementos de um serviço coeso como o da Skype,
nomeadamente o Gmail e o Google Voice, embora
não estejam tão integrados e tão bem “empacotados” como a oferta da concorrente.
Os serviços da Google foram concebidos como ferramentas livres para consumidores e são direccionados para necessidades específicas que
elevam as missões primárias geradoras de dinheiro: a busca e a publicidade.
Por outro lado, a principal linha de negócio da
Skype são as comunicações para consumidores e
empresas, oferecendo tanto os serviços de voz e
de conferência, com o potencial da alta definição
na retaguarda.
No lado do consumidor, a Skype tem fabricantes
de televisão como a LG e a Panasonic a integrar o
seu software em televisores de alta definição (e
está a estabelecer parcerias para criar câmaras de
vídeo capazes de suportar a alta definição, sem
exigir hardware informático.
A empresa está a expandir a sua oferta Skype for
Business por forma a ser integrada com PBX empresariais através de redes IP.CW
Vantagens da VoIP sem fios pouco claras na Saúde
As comunicações unificadas e o VoIP sem fios prometiam contribuir para melhorar os cuidados médicos prestados aos pacientes de
clínicas e hospitais mas, no entanto, a implementação está a ser prejudicada por uma abordagem fragmentada.
Para perceberem bem os benefícios do VoIP e das
comunicações unificadas, as organizações de saúde
devem abordar as infra-estruturas de comunicações
sem fios e os dispositivos móveis do ponto de vista
empresarial, bem como envolver todo o corpo de enfermagem logo nos primeiros estágios de planeamento das implementações, recomenda um
relatório do Spyglass Consulting Group intitulado
“Point of Care Communications for Nursing”, baseado nos resultados de uma vcentena de entrevistas a enfermeiros.
Estas centraram-se nos problemas que ocorrem nos
fluxos de trabalho, abordaram igualmente as ineficiências na comunicação com os pacientes e restante pessoal médico, a forma como os dispositivos
móveis e sistemas são realmente usados e as bar-
dados sem fios e devem ter uma cobertura abrangente, com largura de banda suficiente para suportar
índices de utilização elevados e qualidade de sinal
que permita a realização de chamadas de voz claras
e sem interferências.
Da mesma forma, o pessoal de enfermagem e os médicos devem ser incluídos na concepção dos processos de trabalho a alterar ou onde as comunicações
sem fios vão ser introduzidas. Estes processos podem
implicar a aplicação de novas políticas, procedimentos, orientações e protocolos para proteger o cuidado
aos pacientes, ao mesmo tempo que permitem ao pessoal médico lidar com questões relacionadas com o
trabalho de colegas e com emergências.CW
reiras a uma adopção mais alargada destas tecnologias, como explica Gregg Malkary, director-geral
do Spyglass.
E os resultados não são encorajadores. De acordo
com o estudo, 66% dos enfermeiros que trabalham
em hospitais dizem que as suas organizações já instalaram sistemas de comunicação por VoIP. No entanto, 71% dizem que as redes sem fios dessas
instituições padecem de problemas graves, nomeadamente ao nível da cobertura das instalações, das
interferências nas comunicações e da sobrecarga
dos pontos de acesso, o que faz com que, demasiado frequentemente as ligações de voz e dados
acabem por falhar.
As preocupações acerca dos custos destas implementações fazem com que, muitas vezes, se opte
por adoptá-las apenas em departamentos específicos, sendo que os auscultadores com microfone
preparados para VoIP escasseiam em todos os hospitais e clínicas cobertos pelo estudo.
As comunicações unificadas representam uma tentativa de colmatar o fosso existente nas instituições
de cuidados de saúde, sustenta Gregg Malkary. Muitos enfermeiros chegam a transportar consigo entre
dois a cinco dispositivos de comunicações diferentes, entre os quais o telemóvel, o telefone VoIP e o
pager. E, embora a generalidade destes empregados desejem fluxos de trabalho mais funcionais e
práticos, o termo “comunicações unificadas” é algo
que não conseguem ou não querem definir. “Todos
eles acreditam que é apenas um termo de marketing sem qualquer significado prático”, diz Malkary.
Por exemplo, uma das afirmações mais proferidas
pelos enfermeiros entrevistados é que as comuni-
cações VoIP podem mesmo perturbar os cuidados
prestados aos pacientes, uma vez que, trazendo
sempre consigo um dispositivo móvel de VoIP, os
enfermeiros têm muitas vezes que atender chamadas a meio de tratamentos.
“Hoje em dia, quase todas as instituições contam
com um departamento que faz a triagem de todas
as chamadas mas, com os telefones sem fios VoIP,
essa função acaba por ser transferida para o enfermeiro que se encontra a meio de um procedimento
com um paciente. As constantes interrupções
podem perturbar a linha de pensamento desse profissional, influenciando a qualidade do seu trabalho”, considera o director-geral do Spyglass.
Além disso, os sistemas VoIP sem fios podem muitas vezes criar um problema adicional: a lei norteamericana Health Insurance Portability and
Accountability Act (HIPAA) proíbe os enfermeiros
de falarem através de um dispositivo sem fios sobre
o estado de saúde de um paciente enquanto na presença de outro, podendo o mesmo passar-se noutros países.CW
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