Luiz Maurer Megan Meyer VIABILIDADE FINANCEIRA DA
Transcrição
Luiz Maurer Megan Meyer VIABILIDADE FINANCEIRA DA
VIABILIDADE FINANCEIRA DA MODERNIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA Luiz Maurer Megan Meyer Sumário • Aspectos já destacados na viabilidade econômicofinanceira • Mecanismos de Financiamento • Mecanismos de Garantias • Mapeamento da Adequação dos Instrumentos Financeiros aos oito Modelos de Negócio • Ferramenta para modelagem de Viabilidade de Iluminação Pública – “Ferramenta-VIP” Aspectos já destacados na viabilidade econômico-financeira Apresentações anteriores confirmaram viabilidade de modernizar sistemas de iluminação pública • • • • • • Alto (e crescente) custo de energia elétrica Participação da iluminação pública no orçamento municipal Emergência de novas tecnologias a custos decrescentes Com potential para reduzir custos de energia a O&M Confirmando viabilidade econômico-financeira E a importância de modernizar já ao invés de esperar Entretanto ... • • • • Solução tem benefícios líquidos positivos 16.00 Mas é capital intensiva 14.00 E faltam recursos financeiros 12.00 10.00 E estão ficando mais caros 8.00 6.00 4.00 jan-12 jan-13 jan-14 jan-15 jan-16 Mecanismos de Financiamento Mecanismos de Financiamento • Este capítulo descreve uma gama ampla de mecanismo(s) de financiamento para modernização do parque de iluminação pública • A variedede de mecanismos reflete a diversidade de modelos de negócio mostrados nas apresentações anteriores • As quais cobrem um amplo espectro – variando de soluções 100% privadas (p.ex. PPPs, Consórcios Privados, Concessões, ESCOs) até soluções 100% custeadas e implementadas pelo setor público • Serão analisados dez modelos principais de suporte financeiro e suas aplicabilidades para os oito modelos de negócio identificados 1) COSIP (ou CIP) Mais importante fonte para modernização Confiável, cobrada do consumidor de energia Uso dedicado, com amparo constitucional e lei municipal Segurança jurídica “Blindagem” da COSIP reduz os riscos de crédito do município, Maioria dos municípios já implementou COSIP Tendência que os demais venham a fazê-lo. Na ausência (ou insuficiência) da COSIP, as prefeituras podem recorrer a recursos orçamentários • Mas estes estão sujeitos a contingências e concorrem com outras prioridades sociais. • Essencial em qualquer modelo de negócio • • • • • • • • Em apresentação anterior, tecemos considerações relativas a melhorar o desenho de COSIP Mecanismo de indexação • Indexação de COSIP aos preços da energia elétrica e custos de O&M. Mecanismo de reajuste regular • Instituição na Lei Municipal um mecanismo de reajuste claro (ou até automático) para COSIP para todas as faixas de consumo. Previsão da possibilidade de vinculação • Criação na Lei Municipal a possibilidade de direcionar os recursos de COSIP para uma conta vinculada. Esclarecer a finalidade dos recursos da COSIP • Clareza na legislação municipal sobre a abrangência de utilização da COSIP (apenas para O&M, ou também para investimentos). Normas de arrecadação da COSIP • Acordo robusto entre o município e a concessionária de energia sobre a arrecadação e repasse da COSIP. • Capacitação dos municípios para fiscalizar este processo. Participação do Setor Privado • 2) Private Equity. – Participação do capital privado como acionista ou financiador – Tipicamente SPE privada é estabeecida para modernização do sistema de IP – Diferentes modalidades -- concessão administrativa outorgada por um município, consórcios PPPs, ESCOs. • 3) Empréstimos de Bancos Privados. – Bancos comerciais privados (nacionais ou estrangeiros) emprestam recursos • diretamente às prefeituras • agentes atuando em seu nome – Termos e condições refletem as condições de mercado, risco do projeto e risco creditício dos municípios. – Setor público sujeito a limites de endividamento. 4) Debêntures, FDICs, FIPs, Green Bonds. • Mecanismos para levantar recursos no mercado financeiro em maior volume e a custos mais competitivos, Implicam na “securitização” das receitas dos projetos. UM NOVO ASSET CLASS – GANHOS DE EFICIENCIA EM IP – Debêntures - emitidos por uma SPE ou prefeitura. Instrumento de securitização bem aceito no mercado de capitais no Brasil – FIDCs (Fundos de Investimento de Direitos Creditórios) - são fundos mútuos que investem no mínimo 50% dos seus ativos líquidos em títulos de crédito. Podem adquirir debêntures emitidas por várias SPEs ou prefeituras – FIPs (Fundos de Investimento em Participações). Fundos de investimento fechados que investem em ações, debêntures e títulos conversíveis.. Instituições financeiras, companhias de seguro e fundos de pensão possíveis quotistas – Green Bonds. São títulos emitidos com a finalidade precípua de investir os recursos em projetos que apoiam a agenda ambiental, 5) Bancos de Desenvolvimento (domésticos e multilaterais) Bancos nacionais: Por exemplo BNDES, DesenvolveSP, AgeRio, BDMG, etc. -- alguns com instrumentos dedicados a EE e IP Bancos internacionais: Por examplo,Banco Mundial, CAF e BID que financiar/prover garantias entidades públicas de maior porte, mas idealmente via agregacao. Braços privados destas instituições, como por exemplo, o IFC, podem financiar as SPEs Taxas e condições destes instrumentos são muito distintas e variáveis no tempo, podendo se atreladas à TJLP, SELIC, Libor, etc. Os empréstimos podem ser concedidos em moeda nacinal ou estrangeira. Os instrumentos de mitigação de risco são desenhados e precificados em função dos produtos específicos e riscos a serem mitigados. BNDES-FINEM, e Empréstimos de Bancos Públicos • 6) BNDES-FINEM. – Sucessora do PROESCO que realizou 27 operações, valor de R$ 510 milhões. – Dificuldade de ESCO típica em atendar exigências de garantias – BNDES-Finem aceita operações iguais ou superiores a R$ 5 milhões até 70% dos itens financiáveis. – Provável que se aplique a projetos de modernização de menor porte, via ESCOS ou município • 7) Banco do Brasil - BB, Caixa Econômica Federal – CEF – Ainda não dispõe de linhas específicas para IP – Gozam de invejável capilaridade junto a municípios – A CEF dispõe ainda de um corpo técnico descentralizado 8) Financiamentos Setoriais (PEE, Reluz, PROCEL) • Importante papel na modernização dos sistemas de IP. • Entretanto, mudanças jurídicas reduziram os recursos disponíveis o setor. • Lei 13.280 de 3 de maio de 2016 alocou fundos do PEE à Eletrobrás, dando novo ânimo a projetos de IP • Estudos em andamento para melhor utilização destes recursos • De qualquer forma, a expectativa é de que a concessionária continue a ter um papel relevante no Brasil em projetos de eficiência energética, o que é uma tendência mundial. (PEE) • Valores a serem destinados ao setor de iluminação pública a serem definidos, bem como regras para gestão dos fundos do PEE 9) FI-FGTS • Recursos do FGTS tem apoiado uma série de projetos na área de infraestrutura urbana. • Mas muito poucos aplicados em IP • Por razões históricas, o setor elétrico tem sido o principal gestor e financiador dos projetos de IP. • Faria sentido tratar projetos de modernização como parte da infraestrutura urbana? • A alocação de fundos do FI-FGTS requer deliberação do Conselho Gestor do Fundo. • Ministério das Cidades é o forum adequado para propor essa alteração ao Gestor do Fundo. • Por hora, no entanto, estes recursos não estão disponíveis, seja qual for o modelo de negócio escolhido. Mecanismos de Garantias to municipal 10) Formas de aprimoramento de crédito (credit enhancement) • Podem ser essenciais para o financiamento dos projetos de iluminação pública – para mobilizar recursos e reduzir o seu custo • COSIP não reduz completamente o risco municipal • Bancos multilaterais oferecem produtos que poderiam preencher as lacunas existentes na mitigação deste risco, e Um exemplo de tal produto é a garantia parcial de pagamentos do Banco Mundial. (grafico na pagina seguinte) • Alternativamente, municípios poderiam oferecer ativos de empresas municipais mitigar o risco de crédito municipal. • Poucos exemplos da utilização de mecanismos como esses, devido à disponibilidade limitada de ativos adequados Estrutura possível de um Mecanismo de Garantias Alguns tipos de risco que poderiam estar cobertos por produtos do WBG ou instituições equivalente • Garantias de pagamento de dívida cobrem o risco da concessionária de IP ou de uma prefeitura se tornarem inadimplentes em relação às dívidas contraídas • Estas garantias são desenhadas para proteger os agentes (Bancos Comerciais, adquirentes de debêntures) em caso de inadimplência que tenha como origem uma ação (ou inação) do governo, • O WBG pode oferecer também uma garantia de pagamento para o projeto no caso de insuficiência de recursos da COSIP (payment guarantee) ou término da concessão Mapeamento da Adequação dos Instrumentos Financeiros aos oito Modelos de Negócio Ferramenta para Modelagem de Viabilidade de Iluminação Pública Ferramenta Viabilidade de Iluminação Pública (VIP) Discussão Contactos: Luiz Maurer – [email protected] Megan Meyer – [email protected]
Documentos relacionados
715 30.10.2003 - Câmara Municipal de Manaus
Art. 2° A base de cálculo da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - COSIP é a despesa efetuada na prestação do referido serviço. § 1° - Integram a base de cálculo da COSIP as ...
Leia mais