Associação Pomba da Paz – IPSS

Transcrição

Associação Pomba da Paz – IPSS
Projecto Curricular 2013/2014
Sala Azul
Associação Pomba da Paz –
IPSS
Projecto Curricular Sala Azul
Resposta Social de Educação Pré Escolar
Resposta Social de Educação Pré Escolar
Sala Azul – 5 anos
Equipa Pedagógica
Educadora: Ana Lúcia Moreira
Ajudante Ação Educativa: Eugénia Prazeres
Período de Vigência
Este projeto irá estar em vigor no ano letivo 2013/2014
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Projecto Curricular 2013/2014
Sala Azul
“A Educação artística é a única que dá harmonia ao corpo e enobrece a alma…”
(Platão)
“A Arte, a expressão simbólica é a segunda linguagem, vinda do inconsciente e completa a razão. Nasce com ela a
expressão total. Sem ela a criança vive como um doente. Esta segunda linguagem é um meio de libertação que
permite à criança escrever o jornal. Íntimo do seu psiquismo.”
(Arno Stern)
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Sala Azul
Índice
1-
Introdução -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3
2-
Caracterização do grupo / Diagnóstico -----------------------------------------------------------------------------
3
2.1-
Alunos do Grupo / Turma ---------------------------------------------------------------------------------
6
2.2-
Adultos do Grupo / Turma ---------------------------------------------------------------------------------
7
2.3-
Levantamento de Necessidades --------------------------------------------------------------------------
9
2.4-
Espaços e Recursos Materiais -----------------------------------------------------------------------------
9
3-
Linhas / Princípios Orientadores da Acção -------------------------------------------------------------------------
9
4-
Objectivos da Acção e Efeitos Esperados ---------------------------------------------------------------------------
9
5-
Metodologia ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
11
5.1-
Organização do Ambiente Educativo --------------------------------------------------------------------
12
Organização do Grupo --------------------------------------------------------------------------------------
12
Organização do Espaço -------------------------------------------------------------------------------------
12
Organização do Tempo -------------------------------------------------------------------------------------
13
5.2-
Plano Anual de Actividades --------------------------------------------------------------------------------
15
5.3-
Relação com a família e outros Parceiros Educativos -----------------------------------------------
16
5.4-
Estratégia Pedagógicas e Organizativas para a componente de apoio à família -------------- 16
6-
7-
Avaliação -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
17
6.1-
Previsão de Procedimentos de Avaliação --------------------------------------------------------------
17
6.1.1-
Dos Processos e dos Efeitos -------------------------------------------------------------------------------
17
6.1.2-
Com as crianças -----------------------------------------------------------------------------------------------
17
6.1.3-
Com a Equipa --------------------------------------------------------------------------------------------------
17
6.1.4-
Com a Família -------------------------------------------------------------------------------------------------
18
6.2-
Previsão de Procedimentos de Comunicação dos resultados e de divulgação da
Informação -----------------------------------------------------------------------------------------------------
18
Bibliografia -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
19
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1 - Introdução
O presente documento corresponde ao conjunto de intenções a desenvolver na sala Azul pelo período de um
ano lectivo 2013/2014, norteado pelo projecto educativo “Caminhando com a @rte” da instituição na qual nos
inserimos. Este constitui-se, assim, como um guia para apoiar a equipa pedagógica na construção do processo
educativo a desenvolver com as crianças, tendo em conta os seguintes aspectos: ambiente educativo, meio em
que a instituição se encontra inserida; as aprendizagens adquiridas anteriormente pelas crianças; dificuldades
e as potencialidades de cada criança.
Assim sendo esperamos que o presente projecto corresponda às necessidades das crianças e perspective uma
maior contribuição e responsabilidade na qualidade de vida da população. Pois como é sabido, a maior parte
das crianças da instituição inserem-se num grupo familiar com recursos limitados e com uma grande falta de
disponibilidade para transmitir valores culturais e sociais aos seus filhos. Por sua vez, até a própria presença
dos progenitores é uma grande ausência. Ausência justificada com o trabalho, os horários, os próprios valores
culturais,…a vida!
Cabe deste modo e cada vez mais à “escola”, empenhar-se no sentido de sensibilizar para as riquezas que
somos detentores, bem como tentar chegar junto das respectivas famílias. Só assim, e em conjunto,
conseguiremos proporcionar às nossas crianças uma melhor compreensão do meio que as rodeia
enriquecendo de forma diversificada os seus próprios valores que se irão reflectir no futuro.
2 – Caracterização do Grupo/Diagnóstico
2.1 - Alunos do grupo
(Dados estruturais de dinâmica e contexto sócio-familiar)
A presente breve caracterização baseia-se nos dados recolhidos na ficha biográfica preenchidos pelos pais
e/ou familiares presentes em entrevistas marcadas e efectuadas pela coordenação.
Conforme podemos observar/analisar a tabela abaixo apresentada o grupo da sala azul é actualmente
(Dezembro 2013) constituído por 23 crianças: 16 do sexo feminino e 7 do sexo masculino. Em relação à faixa
etária é um grupo (até finais Dezembro 2013) com idades compreendidas entre os 3 e os 5anos.
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Apesar da grande maioria das crianças serem portuguesas, existe no grupo crianças em que os seus
progenitores são de origem africana, romena e ucraniana..
As crianças da sala Azul são na sua maioria residentes nos Bairros envolventes da zona de incidência do
estabelecimento – Unhos – Catujal,
O facto da grande maioria das crianças já frequentarem e permanecerem com a mesma equipa de trabalho
(Educadora e uma das auxiliares) facilitou o processo inicial de adaptação a uma nova sala bem como aos
novos elementos do grupo.
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Nome
Sexo
Data Nascimento
Idade até Dez. 2013
Nacionalidade
Frequência Anterior
Vive Catujal/Unhos
AG
M
14-07-2008
5
Portuguesa/Romena
Jardim-de-Infância
S
AG
F
30-12-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
DP
F
09-01-2009
4
S.Tomense
Jardim-de-Infância
S
DA
F
20-07-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
EM
M
09-07-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
IS
F
18-09-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
IA
F
31-12-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
JM
F
21-05-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
N
LG
F
13-10-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
N
LL
F
27-12-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
LM
F
26-12-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
N
ML
M
01-01-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
N
MI
F
19-01-2010
3
Portuguesa
Jardim-de-Infância
N
MM
F
29-10-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
NC
M
06-12-2008
5
Portuguesa/Ucraniana
Jardim-de-Infância
S
PS
M
22-10-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
PM
M
23-02-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
RH
M
13-02-2008
5
Portuguesa/Romena
Jardim-de-Infância
S
SF
F
23-02-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
SL
F
15-10-2009
4
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
TP
F
31-10-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
N
VC
F
24-10-2008
5
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
SS
F
15-02-2009
4
Portuguesa
Jardim-de-Infância
S
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2.1.2 – Descrição do Grupo e Identificação de Interesses e Necessidades
O grupo acima descrito neste primeiro mês manifestou ser um grupo com características muito diversificadas,
manifestando necessidades e interesses também elas diferenciadas, muito próprias de cada faixa etária.
A nível físico-motor, independentemente da faixa etária o grupo manifesta ao nível da motricidade global um
desenvolvimento considerado normal para a faixa etária, mostrando-se de uma forma geral coordenados nos
seus movimentos, desembaraçados e espontâneos. Contudo é ao nível da motricidade fina que se manifestam
mais diferenças em relação às diferentes faixas etárias. Assim, as crianças de 3 e algumas de 4 anos
manifestam dificuldade em vestir-se/despir sozinhas (ex.bata), abotoar/desabotoar, atar os atacadores dos
sapatos ou até mesmo no calçar.
Apesar de já serem capazes de executar jogos de encaixe, construir torres, manipular massas plásticas e
utensílios de pintura há que promover sobretudo nas mais novas (3 e 4 anos) actividades de rasgagem,
recorte, pintura, desenho, enfiamentos, manipulação de diferentes objectos e materiais.
Intelectualmente demonstram grande interesse pelo mundo que as rodeia, querem saber o “como” e o
“porquê” das coisas e por isso estão sempre a perguntar. Os mais velhos (faixa etária 5 anos) verifica-se uma
diminuição das perguntas, contudo estas tornam-se mais sérias. Manifestam ainda uma maior capacidade de
atenção e concentração, conseguindo permanecer por mais tempo na área de interesse escolhida, no ouvir
histórias, na execução de actividades.
Ambas as faixas etárias demonstram grande interesse e entusiasmo pelo faz-de-conta, notório nas histórias
pedidas para ser contadas ou imaginadas, bem como nas brincadeiras onde há um misto de realidade e ficção.
Quanto ao que diz respeito à autonomia o grupo manifesta ser muito autónomo, sobretudo na execução de
tarefas de higiene.
De uma forma geral são um grupo de crianças, como é próprio da idade, muito activas, conversadoras, que
adoram corre, saltar, trepar, enfim explorar, manipular, descobrir. Pois é através desta característica inata –
curiosidade – que leva cada criança a descobrir os atributos dos objectos, a causa e efeito de determinados
eventos ou as consequências da acção. É a curiosidade que as leva à manipulação e exploração das sensações
motoras e consequentemente a alcançar todas as etapas do pensamento abstracto.
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2.1.3 – Alunos com Necessidades Educativas Especiais
No momento da elaboração do presente documento existem duas crianças no grupo com necessidades
educativas especiais reconhecidas/sinalizadas e uma sinalizada para terapia da fala.
2.2 – Adultos do Grupo/ Turma
A equipa pedagógica da sala é constituída por uma educadora de infância titular do grupo/turma e por uma
ajudante de acção educativa com os seguintes horários e funções:
2.2.1 - Adulto com Função Pedagógica Directa
Educadora de Infância
Horário: 9h – 12h30 / 13h 30– 17h
Competências:

Realização de actividades com as crianças, promovendo o acompanhamento e desenvolvimento
integral da criança, nomeadamente psicomotor, afectivo, intelectual, social e ético;

Acompanhar a evolução da criança;

Estabelecer os contactos com os pais no sentido de se obter uma acção educativa integrada;

Elaborar projecto Educativo da sala;

Participar activamente na elaboração do projecto Educativo da Instituição realizado de três em três
anos, com a participação e outros técnicos;

Manter actualizado o dossier de sala com o registo da planificação das actividades, mapa de
presenças das crianças, reflexão e avaliação do projecto e do desenvolvimento das criança;

Participar activamente nas diferentes reuniões solicitadas quer pela Directora Pedagógica, quer pela
Instituição;

Participação na organização e possível realização de acções de informação (seminários, conferências,
entre outras);

Manter informadas as ajudantes de acção educativa directa sobre o desenrolar do projecto para um
melhor acompanhamento destas nas actividades;

Comunicar à Directora Pedagógica as suas iniciativas relacionadas com a sua actividade na Instituição;

Colaborar, com conhecimento do Encarregado de Educação da criança, no despiste de situações que
o educador considere de algum modo problemáticas.
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2.2.2 - Adultos sem funções Pedagógicas Directas
Ajudantes da Acção Educativa
Horário: Ajudante Acção Educativa A: 10h30 – 13h30 / 15h00 – 19h
Entre as 14h e as 15h encontram-se duas ajudantes de acção educativa a dar apoio na sala
Sempre que possível e necessário desloca-se uma ajudante de acção educativa de outra sala à sala azul.
Competências:

Proceder ao acompanhamento da criança na Instituição;

Promover o bem-estar físico da criança, nomeadamente a sua higiene e conforto;

Na ausência da Educadora ministrar às crianças a medicação prescrita;

Acompanhar as crianças, sempre que necessário, nas suas deslocações ao hospital em situações de
urgência;

Informar a Educadora e a Directora Pedagógica de eventuais acontecimentos que possam influenciar
o normal funcionamento desta valência 8jardim-de-infância) ou que ponha em causa o bem-estar
das crianças;

Proporcionar um ambiente adequado e actividades de carácter educativo e recreativo junto das
crianças;

Colaborar nas actividades desenvolvidas pelo educador;

Colaborar no atendimento dos pais das crianças à entrada e saída na Instituição;

Proceder diariamente à limpeza, arrumo e manutenção das salas e equipamentos, nomeadamente
mobiliário, material pedagógico e brinquedos.
2.3 – Levantamento das Necessidades do Grupo
Necessidades verificadas em relação aos adultos:

Reciclagem, formação em determinadas áreas (incluindo tema projecto educativo “Caminhando com
a @rte”;

Dar mais tempo e espaço à livre expressão da criança ( não estar tão preocupados com o produto
final da actividade, valorizando mais o processo);
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
Tomar consciência que é através da exploração/experimentação que a criança vai aprendendo e
consequentemente desenvolvendo a todos os níveis (deixar a criança explorar mais
espontaneamente e livremente os materiais, não estando tão preocupados com o sujar, mistura de
tintas, etc.).
Necessidades verificadas nas crianças:

Estímulo em todas as áreas e domínios;

Trabalho ao nível da resolução e gestão de conflitos;

trabalho ao nível da arrumação (da sala);

Afecto, compreensão e orientação;

Ambiente calmo e securizante.
2.4 – Espaços e Recursos Materiais da Sala
A sala Azul é um espaço rectangular que dispõem de ventilação e iluminação natural em virtude da
existência de amplas janelas e de uma porta que dá acesso ao pateo exterior.
A sala encontra-se dividida por áreas de interesse separadas através de recurso mobiliário existente, sendo
este adequado às diferentes faixas etárias e estatura das crianças.
3 – Linhas/Princípios Orientadores da Acção
4 – Objectivos da Acção e Efeitos Esperados
Uma vez que a acção pedagógica deverá ser sempre baseada em princípios educativos, mesmo que
implícitos e automatizados, de forma a justificar, fundamentar e até mesmo explicar os porquês do que se
faz, bem como facilitar uma avaliação mais reflexiva e rigorosa do que é feito, os princípios aqui descritos
correspondem a afirmações retiradas das orientações legais vigentes (Orientações Curriculares para a
educação pré-escolar), tendo estes sido seleccionados de acordo com todo o contexto onde a educadora se
encontra a trabalhar.
Uma vez que é desses princípios que decorem os objectivos da acção bem como os efeitos esperados os
pontos 4 (Linhas/princípios Orientadores da Acção) e 5 (Objectivos da Acção e Efeitos Esperados) surgem
num quadro único.
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EFEITOS ESPERADOS
Que a criança/aluno tenha condições
para ou seja capaz de:
LINHAS/PRINCÍPIOS ORIENTADORES
DA ACÇÃO PEDAGÒGICA
OBJECTIVOS DA ACÇÃO
O adulto deve:

“…o reconhecimento da criança
como sujeito do processo
educativo”

“O desenvolvimento e a
aprendizagem como vertente
indissociáveis”
 “Partir do que a criança já sabe
e valorizar os seus saberes
como fundamento de novas
aprendizagens”
 promover um número alargado
de experiências adequadas
junto das crianças, deixando-as
vivenciá-las em pleno.
 Aprender de forma empenhada
e interessada
 Expressar-se em segurança
 Ouvir o outro tal como é ouvido
 Revelar vontade de
experimentar e levar essas
experiências até ao fim

“O ser humano desenvolve-se num
processo de inter-acção social…”
 Construir a sua própria
identidade, bem como o autoconhecimento de si próprio
 Transformar e transformar-se
 Procurar e adquirir
conhecimentos sobre o mundo
 Ver o outro como auxilio no seu
crescimento
 Revelar curiosidade
 Comunicar espontaneamente os
seus receios, anseios, ideias,
dúvidas, interesses, vontades

“O bem-estar e segurança
dependem também do ambiente
educativo, em que a criança se
sente acolhida, escutada e
valorizada”
 Proporcionar diferentes tipos
de experiências relacionais
quer com os outros quer com o
meio
 Criar situações de desafio e
confronto consigo, com o outro
e com o mundo físico
 Proporcionar à criança espaços
de reflexão pessoal de forma a
promover o seu autoconhecimento
 Proporcionar oportunidade de
experimentação e contacto
com o mundo físico e humano
 Ouvir a criança e ter tempo
para essa escuta
 Deixar experimentar, confiar,
errar, aceitar como a criança
faz (mesmo não estando como
o adulto o desejaria, isto é,
perfeito aos nossos olhos)
 Elogiar a criança não só pelos
resultados, como também
pelos esforços

“…uma rotina que é educativa
porque é intencionalmente
planeada pelo educador e porque é
compreendida pelas crianças que
sabem o que podem fazer nos
vários momentos e prever a sua
sucessão, tendo a liberdade de
propor modificações.”
 Estabelecer uma rotina
temporal diária de acordo com
as características do grupo de
crianças;
 Fazer com que as crianças
compreendam a rotina
estabelecida e, dentro dela, se
organizem
 Sentir-se segura
 Revelar autonomia
 Revelar uma auto-estima
positiva, reconhecendo e
aceitando que tal como todos
também ela tem fragilidades
 Revelar capacidade de esforço
 Esforçar-se por fazer melhor e
até ao fim
 Não ter medo de errar
 Revelar vontade de aprender
 Revelar segurança
 Ser autónomo
 Adquirir conceitos de ordem
temporal e saber organizar-se
com referência aos conceitos
adquiridos
 Criar e experimentar novas
experiências

As diferentes linguagens ao alcance
do ser humano (motora, dramática,
musical, plástica, oral, escrita e
matemática) são meios de extrema
importância para a promoção de
 “Desenvolver a expressão e a
comunicação através de
linguagens múltiplas como
meio de relação, de
informação, de sensibilização
 Revelar capacidades de
expressão, representação e
relacionais
 Revelar sentido estético pessoal
 Revelar conhecimentos e
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



sensibilização estética, da obtenção
de informação, são ainda meios de
comunicação, expressão,
representação, relação com o
mundo e com os outros
“…as diferentes áreas de
conteúdo… (devem ser vistas) de
forma articulada, visto que a
construção do saber se processa de
forma integrada…”
“Sendo a educação pré-escolar
complementar da acção educativa
da família (não compensatória
desta), haverá que Assegurar a
articulação entre o
estabelecimento educativo e as
famílias…”
“…,não só a família, como também
o meio social em que a criança vive
influencia a sua educação,
beneficiando a escola da
conjugação de esforços e da
potencialização de recursos da
comunidade para a educação das
crianças…”
“As diferentes áreas de conteúdo
partem do nível de
desenvolvimento da criança, da sua
actividade espontânea e lúdica,
estimulando o seu desejo de criar,
explorar e transformar, para
incentivar formas de acção
reflectida e progressivamente mais
complexa
estética e de compreensão do
mundo”
capacidades de os sistematizar
 Proporcionar actividades que
favoreçam uma articulação
entre as diferentes áreas de
conteúdo
 Apoiar o processo de
planeamento e avaliação nas
diferentes áreas de conteúdo
 Promover a participação dos
pais através de diversificados
meios de cooperação e
intervenção
 Revelar conhecimentos nas
diferentes áreas de conteúdo
(área de formação pessoal e
social; área de expressão e
comunicação; área de
conhecimento do mundo
 Promover a relação com a
comunidade social envolvente
 Proporcionar um leque variado
(quanto possível) de visitas e
saídas ao exterior
 Revelar um alargamento de
conhecimentos bem como um
relativo à vontade nos contactos
com o mundo físico e a
comunidade social envolventes
 Respeitar as diferentes
características e estádios de
desenvolvimento das crianças
que constituem o grupo
 Adequar o processo de ensinoaprendizagem às características
de cada um
 Partir do que cada um é e sabe
 Diversificar e enriquecer as suas
aprendizagens
 Revelar interesse e
empenhamento na
aprendizagem
 Sentir que aprende com os
outros e contribui para as
aprendizagens dos outros
 Revelar maior confiança e
segurança
5 – Metodologia
A educadora titular do grupo não se fundamenta totalmente numa única metodologia, assentando a sua
prática na conjugação de aspectos da metodologia do Movimento da Escola Moderna (nos interesses e
participação democrática das crianças); High Scope (Resolução de conflitos, clima relacional baseado em
expectativas positivas, organização do espaço como catalizador de aprendizagem activa); Reggio Emília
(valorização das 100 linguagens da criança, actividades criativas e sensoriais).
A par das metodologias enunciadas a educadora procura adoptar a sua linha pedagógica assente na pedagogia
de trabalho projecto (através de pesquisas contínuas, planeadas e avaliadas pelas crianças juntamente com a
educadora, em que é valorizado o processo e não apenas o resultado) bem como nas orientações legais
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vigentes (Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar -livro editado pelo M.E. em 1997 da autoria de
Maria Isabel Lopes da Silva e do Núcleo de Educação Pré-Escolar, na pessoa de Teresa Maria de Vasconcelos).
5.1 – Organização do Ambiente Educativo
5.1.1 – Organização do Grupo
Dado que a estrutura do grupo em contexto de sala permite diversos tipos de interacção, importantes e
significativas para o desenvolvimento harmonioso de todos. Assim a organização do trabalho e vivência das
actividades é efectuada das seguintes formas:
- com ou para todo o grupo;
- com ou para pequenos grupos;
- Individualmente
5.1.2 – Organização do Espaço
De modo a estimular uma variedade de competências e de aprendizagens por parte das crianças ora
individualmente, ora em pequenos e grande grupo e visto que a organização do espaço – sala - é uma das
principais condições para que as actividades se desenvolvam tranquilamente e com os resultados esperados e
ainda para que as actividades possam ser diversificadas e acontecem num clima harmonioso e de forma
organizada a sala encontra-se estruturada por diferentes áreas de interesse, tais como:
Área do Faz-de-Conta (Casinha)
Área dos jogos de Mesa
Área das Construções (Tapete)
Área da Expressão Plástica
Área da Escrita
Área da Matemática
Área da Garagem
Área da Modelagem
Área da Biblioteca
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Todas estas Áreas funcionam num sistema rotativo e flexível, permitindo a cada criança escolher para onde
quer ir. Cada área tem ainda um suporte identificativo da mesma (cartolina colorida, cada área tem uma cor,
com o nome escrito da área bem como o número limite de crianças – número e recorte de revistas nº
elementos). Cada área dispõe de mobiliário e materiais de desgaste, jogos etc. acessíveis e adequados às
diferentes faixas etárias e estatura das crianças.
Além do espaço sala, serão ainda utilizados outros espaços da Instituição tais como: casas-de-banho;
dormitório (sala vermelha) para as crianças que têm necessidade de dormir habitualmente e/ou
pontualmente; pátio (Exterior).
5.1.3 – Organização do Tempo
A organização diária da sala Amarela divide-se em dois períodos: manhã e tarde.
O acolhimento das crianças no período da manhã (até às 9H-chegada da educadora) é assegurado pelas
ajudantes de acção educativa das e nas salas verde e vermelha, uma vez que, há crianças que chegam muito
cedo à Instituição.
As actividades lectivas da manhã decorrem após um momento prévio de conversa em grande grupo, onde se
verifica a marcação das presenças, se faz a correspondência de número de crianças presentes e ausentes,
conta-se novidades, combina-se as actividades do dia de acordo com o plano semanal.
O período da tarde, após a sesta é mais reservado para brincadeiras de exterior e/ou actividades livres.
O tempo encontra-se organizado sobretudo por momentos que se repetem, isto é, por rotinas, contudo
permite que haja flexibilidade, podendo ser alterado, adaptando-se a cada circunstância.
Uma rotina trata de prever e organizar um tempo simultaneamente estruturado, tanto pelo educador como
pelas crianças, e flexível em que os diferentes momentos tenham sentido para todos os intervenientes. Assim
a rotina assume também um papel educativo, quando intencionalmente planeada pelo educador e pelas
crianças que sabem o que podem fazer nos vários momentos do dia e prever a sua sucessão. Contudo, como
nem todos os dias são iguais é deveras importante que tanto o educador como as crianças possam modificar o
quotidiano habitual, quando consentido por todos. A contempla ainda de forma equilibrada diversos ritmos e
tipos de actividades em diferentes situações (individualmente, em pequenos grupos ou com todo o grupo) e
permite ainda oportunidades diversificadas tendo em conta as diferentes áreas de conteúdo.
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Sala Azul
Assim uma rotina diária bem explicitada na sua sequência e consistente dá às crianças um sentido de
segurança e controlo sobre as suas vidas ao proporcionar-lhes uma sequência predizível de acontecimentos e
de transições durante o período de actividades sobre as quais elas poderão pensar em termos de tempo.
Deste modo a rotina serve, ainda, como fundamento para a compreensão do tempo: passado, presente,
futuro; de conceitos: diário, semanal, mensal, anual, isto através de determinados instrumentos de trabalho
utilizados diariamente na sala.
Deste modo conclui-se que uma rotina diária bem explicitada, consistente e flexível é de extrema importância
como método educacional, pois permite à criança situar-se na sala sem necessitar de estar constantemente a
depender do adulto para saber o que vem a seguir, consequentemente vai, também, permitir que a criança
desenvolva a sua dependência e autonomia na realização de determinados saber-fazer, como por exemplo o
lavar-se sozinha, comer adequadamente com os talheres, etc..
ROTINA DIÁRIA
Periodo
Horas
(aproximadamente)
07h00 –08h00
MANHÃ
Actividades
Recepção/Acolhimento (Sala verde)
08h00 – 09h00
Recepção/Acolhimento (Sala vermelha)
Reforço Alimentar (bolachas)
09h00 –0 9h30
Conversa Tapete / Planeamento Diário
09h50 – 11h00
Actividade Manhã (Orientada em pequenos grupos
em sistema rotativo; e nas áreas de interesse)
11h00 – 11h15
Arrumação
11h15 – 11h45
Momento Livre (exterior, caso condições climatéricas
o permitam)
Higiene
11h45 – 12h30
Almoço
12h30 – 12h50
Higiene
12h50 – 15h00
TARDE
15h00 – 15h30
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Higiene
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Sala Azul
15h30 – 16h00
Lanche
16h00 – 16h15
Higiene
16h15 – 17h00
Actividade Livre e /ou Orientada
17h00 – 19h00
Entrega das Crianças (Visualzação Tv e/ou actividade
livre)
Reforço (Lanche trazido de casa – 17h30)
5.2 – Plano Anual de Actividades
Mês/Temáticas
Dias Festivos
Setembro – Adaptação/Recepção
Outubro – Outono (Condições Climatéricas e Cores)
4 Outubro – Dia Mundial do Animal
16 Outubro – Dia Mundial da Alimentação
31 Outubro – Dia das Bruxas (Halloween)
Novembro – Outono (Os Frutos)
11 Novembro – S.Martinho
Dezembro - Natal
Festa de Natal
Janeiro- O Corpo Humano (Higiene e
6 Janeiro – Dia de Reis
Alimentação)
Fevereiro – O Corpo Humano (A Segurança – em casa e
14 Fevereiro – Dia dos Namorados
Rodoviária)
Março – Os Transportes
8 Março – Carnaval
19 Março – Dia do Pai
21 Março – Dia da Árvore/Primavera
22 Março – Dia da Água
27 Março – Dia Mundial do Teatro
Abril – Meio Ambiente (As Plantas)
2 Abril – Dia Internacional Livro Infantil
24 Abril – Páscoa
25 Abril – Dia da Liberdade
29 Abril – Dia Mundial da Dança
Maio – Meio Ambiente (Seres Vivos)
1 Maio – Dia trabalhador / Dia da Mãe
18 – Dia Internacional dos Museus
Junho – Meio ambiente (A água)
1 Junho – Dia Mundial da Criança
5 Junho – Dia Mundial do Ambiente
Julho – Verão/Praia
Festa Final Ano Lectivo
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Projecto Curricular 2013/2014
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O tema proposto pelo projecto educativo “Educar pela @rte” será abordado ao longo de todo o ano lectivo
associado aos temas abordados e de acordo com as evoluções e interesses do grupo de crianças. A
Abordagem ao tema poderá ser assim efectuada através de investigação, exploração, experimentação de
diferentes formas de arte: arquitectura, artes cénicas, arte digital, artes plásticas (pintura, escultura, desenho),
artes visuais e design, banda desenhada, dança, circo, gastronomia, paisagismo, artesanato, graffiti, literatura,
música, teatro. Ao longo do ano lectivo poderão ainda surgir outras temáticas não previstas, dependendo dos
interesses e necessidades das crianças.
5.3 – Relação com a família e outros Parceiros Educativos
A relação com a família será efectuada essencialmente em:

contactos diários e informais nas horas de chegada e partida das crianças;

em reuniões no período de atendimento da educadora/equipa em horário semanal fixo (quando
previamente solicitado pelos pais);

registos escritos de comunicação diversos (recados – mensagens – informações em papel ou nos
placards disponíveis na Instituição);

reuniões de pais (grupo ou individuais);

momentos de festas/convívios;

Solicitação da participação da família nos projectos/temas a ser desenvolvidos na sala.
Quanto à relação com outros parceiros educativos esta baseia-se essencialmente na realização de iniciativas
exteriores e/ou propostas pela câmara Municipal de Loures.
5.4 – Estratégias Pedagógicas e Organizativas para a componente de apoio à família1
A componente de apoio à família corresponde ao serviço para além das 5 horas diárias da componente
lectiva/educativa, como sejam; refeições, repouso, acolhimento e saídas.
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Tal como disposto na circular nº 17/DSDC/DEPEB/2007 “o tempo das actividades de animação e de apoio à
família será marcado por um processo educativo informal, tratando-se de um tempo em que a criança escolhe
o que deseja fazer, não havendo a mesma preocupação com a necessidade de proporcionar aprendizagens
estruturadas como acontece em tempo de actividade educativa/lectiva.”
Deste modo as crianças que usufruem da componente de apoio à família dispõem de diversas actividades
mais calmas, sobretudo nos períodos de acolhimento e saídas, tais como: modelagem de plasticina,
visualização de livros, exploração de jogos, realização de desenhos, partilha de brinquedos trazidos de casa,
brincadeira livre no exterior.
6 – Avaliação
6.1 – Previsão de Procedimentos de Avaliação
6.1.1 – Dos Processos e dos Efeitos
Estes serão avaliados tendo em conta os objectivos propostos, através da utilização de técnicas, instrumentos
e registos diversificados.
6.1.2 – Com as Crianças
Efectuada essencialmente em grande grupo, pequenos grupos ou individualmente diariamente e/ou
semanalmente.
6.1.3 – Com a Equipa2
Conforme disposto no regulamento interno da Instituição:

Trimestralmente com pessoal técnico (direcção, educadores/coordenadores);

Quinzenalmente com pessoal técnico (educadores/coordenadores).
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6.1.4 – Com a Família
Efectuada essencialmente em:

contactos diários e informais nas horas de chegada e partida das crianças;

em reuniões no período de atendimento da educadora/equipa em horário semanal fixo (quando
previamente solicitado pelos pais);

reuniões de pais;

momentos de festas/convívios.
6.2 – Previsão de Procedimentos de Comunicação dos resultados e de divulgação da informação produzida3
Todas as informações relativas à informação produzida poderá ser divulgada através de:

Website da Instituição www.pombadapaz.org;

Jornal da Associação “O Estarola”;

Visita a várias entidades;

Exposições abertas à Comunidade na Instituição ou noutros espaços culturais;

Reuniões de Pais;

Afixação de registos e actividades realizadas pelas crianças (na sala ou placard exterior a esta);

CD e pasta de trabalhos das crianças entregues às famílias no final de ano lectivo.
3
in, Regulamento Interno da Resposta Social de Jardim de Infância, Ass. Pomba da Paz IPSS
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7 -BIBLIOGRAFIA
- FIGUEIREDO, M. (s/d) Projecto Curricular no Jardim de Infância. Cova da Piedade: Bola de Neve – Materiais Pedagógicos.
- FIGUEIREDO, M. (2001) Projecto na Educação Pré-Escolar Educativo/Pedagógico. Cova da Piedade: Bola de Neve –
Materiais Pedagógicos.
- HOHMANN, M. e Weikart, D. (2003) Educar a Criança. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
- MENDONÇA, Marilia (2002) Ensinar e Aprender por Projectos: Edições Asa
- M.E. (1997) Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Departamento de Educação Basic, Núcleo de
Educação
Pré-Escolar
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