Mais - Portal Unimed Fesp

Transcrição

Mais - Portal Unimed Fesp
Editorial
Qualidade:
um dos pilares do Sistema
E
m qualquer ramo de
atividade o sucesso
depende de muitos
fatores, incluindo os que são
intangíveis. Mas, a maior
parte dos ingredientes que
compõem são a inovação e
a qualidade do trabalho. Há
mais de 40 anos, a Federação das Unimeds do Estado
de São Paulo (Fesp) atua na
saúde suplementar ciente
destas verdades, atenta às
tendências de mercado e
cumprindo seu papel no
Sistema Unimed, segundo
o modelo cooperativista de
trabalho médico. Uma dessas
tendências, que a cada ano
se torna mais consolidada, é
a busca pela certificação de
qualidade nos serviços de
saúde.
A reportagem de capa desta edição da revista Unimed
Fesp aborda essa questão,
trazendo a opinião dos profissionais que atuam diretamente nesta empreitada.
Há anos a Fesp promove o
Qualificare - um programa
desenvolvido em parceria
com a conceituada Funda-
ção Vanzolini - que investe
na qualificação dos recursos
próprios das Unimeds, incentivando, fornecendo subsídios, consultorias e todo o
apoio necessário segundo os
melhores e mais atualizados
protocolos de serviços de
saúde. Um dos muitos casos
de sucesso decorrentes deste movimento é o Hospital
Unimed Piracicaba, que atualmente atende aos requisitos do Manual Brasileiro de
Acreditação.
Paralelamente, um trabalho de perfil interno, mas
com os mesmos objetivos no
âmbito do desenvolvimento,
está sendo implementado na
Fesp: o Sistema de Gestão da
Qualidade (SGQ). Trata-se de
um processo que envolve a
totalidade dos funcionários
da cooperativa e tem como
alvo, além de muitos desdobramentos importantes,
alcançar a certificação ISO
9001:2008.
Confira também nesta
edição, as novidades da Fesp
no que se refere à Medicina
Baseada em Evidências, pa-
trocínios, assuntos estratégicos, debates jurídicos, além de
um artigo especial do Dr. Cilas
Tavares Costa, da Unimed Assis, entre outras notícias.
Todas essas ações continuam sendo ampliadas independente do momento econômico delicado pelo qual passa o
Brasil e, em especial, o mercado da saúde suplementar.
Isto porque entendemos que
a melhoria contínua, a evolução e qualificação dos serviços prestados são pilares de
sustentação das Unimeds do
Estado de São Paulo, permitindo que tenhamos cada vez
mais eficiência na consecução
de nossos objetivos, voltados
para a melhor remuneração
dos médicos cooperados e a
prestação de uma assistência
médica de alta qualidade aos
beneficiários.
Boa leitura.
Dr. José Martiniano
Grillo Neto
Presidente da Federação
das Unimeds do Estado de
São Paulo
Revista Unimed Fesp
3
sumário
22 - Judiciário
Ano 13 Edição 76
Setembro / Outubro 2015
Fesp realiza I Fórum Jurídico
28 –
Saúde com
Qualidade
entrevista
Unimed
Fesp
Especialista aborda vantagens da
hotelaria hospitalar
26 – Assistência
Oficinas de MBE
promovem melhorias
no atendimento
médico
Unimed cuida da
saúde dos fiéis em
Aparecida
42 - Opinião
Mercado avança na
certificação de serviços de Saúde
06 –
24 – Ciência
Artigo do Dr. Cilas Tavares Costa
36 – Cooperativas SP
08 –
Cápsulas
Pequenas doses de informação sobre
o mercado da Saúde Suplementar,
medicina e o Cooperativismo de
Trabalho Médico
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
nimed Lins e Sescoop certificam segunda
U
turma do Projeto Cooperjovem
nimed Adamantina apoia Projeto Rumo Certo
U
nimed Itapetininga e ACS promovem ação
U
em prol da construção do Circo Escola
I DSS da Unimed Araraquara é o 2º mais alto do
Brasil
g
g
g
10 – Dicas
Culturais
Opções de lazer e cultura
12 a 15– Aconteceu
CAS Unimed Fesp realiza reunião/Prestadores fazem
treinamento sobre Consultório Online/Encontro
esclarece dúvidas sobre o Intercâmbio/Treinamento
Sou+Fesp valoriza clientes e resultados
g
RECURSOS PRÓPRIOS
ospital da Unimed Lorena inaugura Unidade
H
de Terapia Intensiva
I ndicadores do Hospital Unimed Botucatu
apresentam resultados positivos
nimed Avaré realiza curso de Suporte
U
Avançado em Cardiologia
rofissionais da Unimed Guarulhos tornam-se
P
monitores do Ciência da Melhoria
g
g
16 – Patrocínio 18 – Política
Unimed na 60ª Festa do
Peão de Barretos
4
Revista Unimed Fesp
Ricardo Izar, com apoio
do NAE, defende o
cooperativismo em Brasília
20 – APS
Unimed Salto Itu
inaugura unidade de
Atenção Primária à Saúde
A revista Unimed Fesp é uma publicação
bimestral da Federação das Unimeds do
Estado de São Paulo, com divulgação
gratuita para dirigentes, médicos
cooperados, funcionários, parceiros e
empresas contratantes.
Ano 13 - Edição 76
DIRETORIA EXECUTIVA
(Gestão 2014-2018)
Diretor Presidente
Dr. José Martiniano Grillo Neto
Diretor Superintendente
Dr. Omar Abujamra Junior
Diretor Financeiro
Dr. Reinaldo Antônio Monteiro Barbosa
Diretor de Mercado
Dr. Antônio Luiz Chaguri
Diretor de Gestão Operacional
Dr. Elias Antonio Neto
Diretor de Desenvolvimento
Humano e Institucional
Dr. Marcos de Almeida Cunha
Conteúdo Editorial
Ricardo Bonchristiani - MTB 44.813
Suzana Sakai - MTB 47.579
Daniela Gualassi – MTB 79.254
[email protected]
Projeto Gráfico e Edição de Arte
Fernando Guimarães
Comercialização de espaços publicitários
Depto. de Marketing: (11) 2146-2688
É permitida a reprodução das matérias
publicadas pela revista, desde que citada
a fonte. Os artigos assinados são de
responsabilidade de seus autores.
Federação das Unimeds do Estado
de São Paulo - Fesp
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CEP 01509-000 • São Paulo • SP
Tel.: (11) 2146-2500
SAC – 0800 772 3030
www.unimedfesp.coop.br
g
g
Revista Unimed Fesp
5
entrevista
Unimed
Fesp
Marcelo
Bo eg e r
Menos custos e
mais efetividade
Hotelaria hospitalar aumenta a
competitividade e a qualidade
do atendimento
Marcelo
Boeger lembra
que o cliente
avalia os
serviços de
hotelaria como
padrão de
qualidade do
hospital
Por Suzana Sakai
A
pesar de sua associação ao mercado de
luxo, a hotelaria hospitalar é uma ferramenta que
tem sido cada vez mais utilizada para o aumento da competitividade e da qualidade
do atendimento prestado
pelas instituições de saúde.
Marcelo Boeger, presidente da Sociedade Latino-americana de Hotelaria Hospitalar e coordenador e professor
do curso de especialização
em hotelaria hospitalar do
Instituto Israelita de Ensino
e Pesquisa Albert Einstein
(Iiepae), conta na entrevista
abaixo como esse modelo
de gestão quebrou paradigmas e mostrou que pode ser
um instrumento importante
para o controle dos custos e
para as tomadas de decisão.
Confira!
Unimed Fesp - A hotelaria
hospitalar ainda é vista
como uma quebra de paradigma ou já se tornou uma
6
Revista Unimed Fesp
realidade nas instituições
de saúde?
Marcelo - Acredito que já
esteja incorporada ao modelo
de gestão dos hospitais que
decidem profissionalizar os
serviços de apoio. Era uma
quebra de paradigma no
início, quando surgiu como
tendência, no final da década de 1990. Naquela época
associava-se a hotelaria apenas aos hospitais que tinham
como cliente pessoas de alto
poder aquisitivo e tinha um
apelo enorme para a questão do luxo. Hoje o modelo
evoluiu e consegue compor
os serviços de apoio independente do porte e de seu
usuário – tanto em hospitais
públicos como privados.
Unimed Fesp - Quais são os
principais resultados alcançados com a implantação da
hotelaria hospitalar?
Marcelo - Os principais resultados são sentidos na
redução dos gastos fixos por
incluir uma gestão profissional nos serviços de apoio
e no aumento da competitividade por oferecer serviços
superiores e uma melhor
avaliação de seu usuário.
Devemos lembrar que o cliente é leigo e avalia os serviços
de hotelaria como o padrão
de qualidade do hospital, por
conseguir avaliar os serviços
de atendimento, estacionamento, segurança, higiene e
nutrição mais intensamente
que a assistência.
Por fim, uma boa hotelaria permitiu também que a
enfermagem pudesse focar
na assistência direta ao paciente. Percebemos que em
hospitais em que não há um
setor de hotelaria, a enferma-
gem é quem tem de atender
as demandas não assistenciais, podendo ocupar quase
35% de seu tempo.
Unimed Fesp - Esse modelo
de gestão pode contribuir na
redução dos gastos e no aumento da competitividade?
Se sim, de que forma?
Marcelo - Sim. Os gastos
da hotelaria começam a ser
controlados e monitorados
por meio de indicadores.
Utilizam-se parâmetros que
apoiam na correta tomada de
decisão. O gestor de hotelaria
hoje participa das decisões
de outras áreas, pois é visto
como um prestador de serviços para as unidades de
negócio da instituição. Os
gastos dos serviços de apoio
passam a ser distribuídos
com base no consumo real
das áreas e as unidades de
negócio passam a controlar
melhor os serviços prestados
– não admitindo desperdícios e baixa qualidade. Desta
forma, tem como própria
consequência o aumento de
competitividade, pois pode
modelar seus serviços conforme seu mercado exige.
Unimed Fesp - A implantação da hotelaria hospitalar
envolve apenas o setor de
internação? Como esse ser-
viço pode impactar a rotina
no hospital?
Marcelo Boeger - Temos
muitos modelos possíveis.
Normalmente as áreas de
apoio são contempladas no
escopo da hotelaria. Em alguns hospitais (dependendo
do porte) a área de atendimento está incorporada no
escopo deste departamento.
A rotina do hospital é bastante afetada por estes serviços,
pois tem impacto direto sobre
a experiência do cliente, seu
conforto e bem-estar durante
sua permanência no hospital.
Unimed Fesp - Quais são os
recursos necessários para
a implantação da hotelaria
hospitalar?
Marcelo Boeger - Costumo
propor aos hospitais uma
revisita ao organograma. Entendo que o gestor desta área
tenha contribuições táticas
da operação e deva estar em
sintonia com os outros setores. O entendimento do modelo de hotelaria pela equipe
de enfermagem é de enorme
importância para que possa
divulgar corretamente os
serviços e “desmamar” o
cliente das atividades não
assistenciais realizadas pela
equipe de enfermagem.
O próximo passo é organizar os orçamentos desta área
e conhecer seus gastos fixos
para que possa reuni-los e
gerenciar seus resultados de
forma pró-ativa.
Uma análise dos processos, de seus fluxos e trajetos
contribuem para a construção de serviços superiores.
Unimed Fesp - Como os gestores de hospitais devem se
preparar para essa tendência?
Marcelo Boeger - Devem
se preparar para um cliente
mais exigente que quer respostas mais rápidas e um relacionamento mais adequado
com suas expectativas e
necessidades. Devem sempre
analisar como os serviços de
apoio afetam e são afetados
pela Taxa de Ocupação, pelo
Tempo Médio de Permanência, pelo Intervalo de Substituição e o giro do leito. As
áreas de higiene hospitalar,
manutenção predial, internação, agendamento cirúrgico
e processamento de roupas
participam diretamente da
capacidade técnica de estabelecer tempos de intervalo
de substituição de leitos mais
razoáveis, oferecendo serviços mais adequados ao cliente e garantindo uma melhor
margem de contribuição ao
processo sincronizando estes
serviços com as necessidades assistenciais e cirúrgicas.
Revista Unimed Fesp
7
Cápsulas
Confira pequenas doses de informação sobre o mercado de saúde
suplementar, medicina e o cooperativismo de trabalho médico.
Planos de saúde melhoram desempenho
Novo genérico para hipertensão
O
B
setor de saúde suplementar melhorou a qualidade do atendimento aos
clientes nos últimos anos. De acordo com
os dados do Índice de Desempenho da
Saúde Suplementar (IDSS), divulgados no
dia 18 de setembro pela Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS), de 2013 para
2014 o número de operadoras que ficaram
com nota entre 0,6 e 1, que é a nota máxima, passou de 805 para 901, um
aumento de 11,9%.
Juntas, essas empresas com melhor
avaliação correspondem a 75,9% do mercado de planos de saúde, e atendem 89% dos
beneficiários de assistência médica e 96%
da assistência exclusivamente odontológica. Na faixa mais baixa do índice, com
notas de 0 a 0,19, o número de operadoras
caiu 30,5% e passou de 72 para 50 de 2013
para 2014.
Saiba mais.
oa notícia para os pacientes
hipertensos! A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) acaba de aprovar um medicamento genérico cuja substância ainda não tinha concorrente
no mercado. Trata-se do besilato
de levanlodipino comprimido
simples, um anti-hipertensivo da
classe dos bloqueadores dos canais
de cálcio, indicado nos casos de
hipertensão essencial.
Isso significa que os pacientes e
médicos terão uma nova opção de
tratamento para hipertensão a um
custo mais acessível, uma vez que
os genéricos chegam ao mercado
com um preço 35% menor que o
preço de tabela dos medicamentos
de referência.
Saiba mais.
Compra conjunta
Parto com “hora marcada”
M
ais da metade dos partos cesáreos realizados nos País são agendados enquanto a
grávida ainda está na fase do pré-natal. No
Sudeste o número é ainda maior: 57,9%.
Pesquisa do Ministério da Saúde, realizada em parceria com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) mostra também que no Brasil
55,3% foram cirurgias cesarianas e
no Sudeste, 62,6%.
No Brasil todo, 35,79% do parto
cesáreos foram marcados com antecedência no Sistema Único de Saúde
(SUS), e no sistema privado, 74,16%.
Mais da metade dessas mulheres
(56,1%) têm ensino fundamental
completo, e 38,3% não tinham instrução e/ou fundamental incompleto.
Para quem fez o parto vaginal, 65,3% não
tinham instrução e/ou nível fundamental
incompleto e 39,3%, tinham nível escolar
fundamental completo.
Saiba mais.
8
Revista Unimed Fesp
O
s países integrantes do Mercosul
realizarão a primeira compra conjunta de medicamentos para hepatite C
e Aids no segundo semestre de 2015. A
iniciativa tem como objetivo promover a
ampliação da oferta de medicamentos de
maneira mais econômica e sustentável
para seus respectivos sistemas de saúde.
Os preços cobrados para o mesmo
medicamento pode ser até cinco vezes
maior de um país para outro. O anúncio
Rede de atendimento
X número de beneficiários
A
foi feito no dia 11 de setembro
e faz parte de acordo assinado
durante a XI Reunião do Conselho de Ministros da Unasul
realizada em Montevideo, no
Uruguai. O acordo prevê também
a criação de um banco de preços
de medicamentos e produtos de
saúde.
Saiba mais.
s operadoras de planos de saúde médico hospitalar gastaram R$ 27,4 bilhões
com as despesas assistenciais (consultas,
exames, internações e internações) de seus
beneficiários no primeiro trimestre de 2015.
Um incremento de 18,8% em relação as despesas assistenciais registradas no mesmo
período do ano anterior, que totalizaram R$
23,2 bilhões.
Saiba mais.
Sem avaliação
N
os últimos dias, tem circulado nas redes sociais e em
outros veículos de comunicação a informação sobre uma
substância chamada Fosfoetanolamina. Tal substância teria
sido desenvolvida por um cientista da Universidade de São
Paulo (USP), com resultados favoráveis no combate ao câncer.
De acordo com a Anvisa, a agência não recebeu qualquer
pedido de avaliação para registro desta substância, tampouco
pedido de pesquisa clínica, que é a avaliação com pacientes
humanos. Isto significa que não há nenhuma avaliação de
segurança e eficácia do produto realizada com o rigor necessário para a sua validação como medicamento.
Saiba mais.
Revista Unimed Fesp
9
Dicas Culturais
Opções de lazer e cultura
A miséria da política
O
sociólogo e ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso lançou, em setembro,
o livro “A miséria da política: crônicas do
lulopetismo e outros escritos”. A obra reúne
textos publicados em jornais ou apresentados
em conferências, entre o período de 2010 e
2015, sobre a crise no Brasil. O autor
oferece sugestões sobre novos caminhos na política brasileira em prol do
fortalecimento da democracia.
O prefácio ficou por conta do senador José Serra, que ressaltou: “Em
cada artigo, em cada análise, em cada
julgamento moral, em cada rumo que
traça para os que nele se inspiram, Fernando Henrique não abandona em momento
algum a coerência de princípios, o rigor da
análise e a referência ao bem público como
objetivo maior.” Boa leitura!
Thiago Lacerda e Giulia Gam interpretam Macbeth
U
Chico – Artista Brasileiro
A
vida e a obra de um dos maiores
cantores e compositores da Música
Popular Brasileira são tema do documentário Chico – Artista brasileiro. O longa-metragem conta com a apresentação do
próprio homenageado, Chico Buarque de
Hollanda, e da participação de diversos
artistas, que interpretam os personagens
10 Revista Unimed Fesp
que marcaram a trajetória do artista.
A cada canção o cantor relembra como
foi o processo criativo da obra e de que
maneira ela repercutiu em sua carreira. A
direção é de Miguel Faria Jr., que também
comandou o filme sobre o compositor Vinícius de Moraes. Não perca!
ma das peças mais emblemáticas de
William Shakespeare está em cartaz no Sesc Vila Mariana. Macbeth conta
a história de um general corajoso, que
ao voltar triunfante da guerra, encontra
três feiticeiras que lhe fazem a seguinte
profecia: Macbeth será o próximo rei da
Escócia. Sua esposa, a ambiciosa Lady
Macbeth, ao saber da profecia, instiga
seu marido a matar Duncan, o atual rei.
O espetáculo conta com a presença de
Thiago Lacerda, Giulia Gam, Marco Antônio Pâmio e Luisa Thiré, com a direção
de Ron Daniels. A peça ficará em cartaz
até o dia 30 de janeiro de 2016, de quinta
a sábado, às 21h. Os ingressos custam
entre R$ 30 e R$ 60. Não perca!
Serviços
Sesc Vila Mariana
Rua Pelotas, 141, Vila Mariana – SP
Tel.: (11) 5080-3000
Exposição de Frida Kahlo
chega ao Tomie Ohtake
A
exposição “Frida
Kahlo - conexões
entre mulheres surrealistas no México”
poderá ser visitada
no Instituto Tomie
Ohtake, entre os dias
27 de setembro e 10
de janeiro de 2016. A
mostra apresenta 20
obras da pintora Frida
Kahlo (1907 - 1954) e
também, presenteia o
público com pinturas
de Maria Izquierdo,
Remedios Varo, Lenora
Carrington e outras artistas mexicanas.
O i ng re sso pa r a
conferir a exposição
custa até R$ 10 e pode
ser adquirido antecipadamente pelo aplicativo do Instituto Tomie
Ohtake ou diretamente
na bilheteria.
Informações
Instituto Tomie Ohtake
www.institutotomieohtake.org.br/
Endereço: R. Coropés,
88 - Pinheiros, São
Paulo - SP.
Telefone: (11) 22451900
11
Aconteceu
na Federação
CAS Unimed Fesp
realiza a primeira reunião
Prestadores da Fesp fazem
Iniciativ a tem como intuito promover
a troca de informações e e xperiências de APS
Ferr ament a é
utilizada par a
autorizar e x ames e
otimizar ques tões
de f atur amento
Por Daniela Gualassi
E
star em sincronia com
as práticas de Atenção Primária à Saúde
(APS), amplamente difundidas nos países de maior
referência em medicina, tem
sido o objetivo da Federação
das Unimeds do Estado de
São Paulo (Fesp).
Para adaptar modelos
como este, a Fesp organizou o Comitê Técnico APS
Unimed Fesp. A primeira
reunião aconteceu no dia
11 de setembro, na unidade
Tamandaré da Federação.
Durante o encontro, foi abordada a implantação da Rede
APS para o Sistema Unimed,
desde o modelo inicial até
a apresentação de casos de
sucesso, como o da Unimed
Itapetininga.
CAS
O Comitê Técnico APS
Unimed Fesp tem como
intuito promover a troca de
informações e experiências com base nas vivências
12 Revista Unimed Fesp
de APS, entre as Unimeds
paulistas, além de realizar
oficinas, cursos e consultoria
direcionados às cooperativas
médicas do Estado. Ações de
educação continuada e pós-graduação em APS também
estão previstas. O CAS será
dividido em dois grupos,
um formado por dirigentes
das Unimeds, denominado de Comitê Deliberativo
e liderado pelo diretor de
Desenvolvimento Humano e Institucional (DHI) da
Fesp, Dr. Marcos de Almeida
Cunha. O segundo, formado
por enfermeiros, técnicos e
gestores, chamado de Comitê
Técnico, conta com o apoio
da enfermeira Jussara Otaviano e da gerente da área de
Desenvolvimento Humano,
Karen Midori. A Federação
disponibilizará consultoria
para a Ciência da Melhoria
e oficinas de implantação e
desenvolvimento da APS,
sob o comando do Dr. Paulo
Borem. As Unimeds também
poderão solicitar a assessoria
que será realizada pelos Drs.
Fernando Faraco e Heitor
Tognoli.
Ações de educação
continuada estimulam
o desenvolvimento
da APS
treinamento do Consultório Online
Por Daniela Gualassi
E
m busca de oferecer
o melhor suporte aos
seus prestadores, a Federação das Unimeds do
Estado de São Paulo (Fesp)
promoveu o treinamento
para utilização do software
Consultório Online. A iniciativa foi promovida pelo setor
de Credenciamento da Fesp,
que com a expansão da rede
credenciada se colocou à disposição para esclarecer todas
as dúvidas sobre a utilização
da ferramenta, que será utilizada para autorizar exames
e consultas, além de otimizar
as questões relacionadas ao
faturamento.
“O objetivo dessa atividade é apresentarmos a
ferramenta de autorização
e envio de faturamento,
facilitando o trabalho e a
parceria com os prestadores”, explicou o gestor da
área de Credenciamento da
Técnicos que atuam nos serviços de saúde puderam conhecer melhor a ferramenta
Federação, Fábio Souza.
Para melhor atender os
participantes, o curso foi
divido em turmas. Os encontros aconteceram no
mês de setembro, no auditório Dr. Domingos Silva
Lavecchia, na sede da Fesp,
localizada na região central
de São Paulo.
Durante o encontro, a
equipe de Tecnologia da
Informação da Fesp, que
desenvolveu o Consultório
Online, apresentou todas as
possibilidades de utilização
da fe rrame nta disp oníveis no sistema, além de
esclarecer as dúvidas dos
presentes. O software unificará desde a autorização
de serviços como exames
e consultas, ao faturamento desses procedimentos
médicos em toda a rede
credenciada.
Revista Unimed Fesp 13
Aconteceu
na Federação
Encontro esclarece
dúvidas sobre o Intercâmbio
Evento e xplicou a oper acionalização pela rede Fesp
Por Suzana Sakai
O
ate n d i m e nto a o s
clientes Unimed na
cidade de São Paulo
passou recentemente por
importantes mudanças. O
intercâmbio nacional na
Capital Paulista está sendo
operacionalizado pela Central Nacional Unimed (CNU),
e o do Estado, pela Federação
das Unimeds do Estado de
São Paulo (Fesp). Para esclarecer os detalhes, a Fesp
reuniu no dia 29 de setembro
os técnicos que atuam no
setor, em sua sede, localizada
em São Paulo. O encontro
contou com a participação
de aproximadamente 80 profissionais que tiveram acesso
a informações como rede de
prestadores, canais de comunicação, auditoria, fluxo de
cobrança, entre outras questões operacionais. Na ocasião,
os participantes também
puderam sanar as dúvidas
em relação aos novos procedimentos. “O atendimento da
Fesp não é realizado por médicos cooperados e sim por
especialistas credenciados”,
explicou o coordenador da
área de Relacionamento com
as Unimeds da Fesp, Carlos
Alberto Martins.
SERVIÇOS
Os prestadores de serviço
estão divididos pelas redes
Básica, que atendem o intercâmbio, e Especial e Master,
que realizam atendimento
mediante assinatura de acordo operacional. Os beneficiários podem tirar suas dúvidas
e solicitar autorizações por
telefone, presencialmente ou
até mesmo diretamente com
o prestador. Já as Singulares
contam com canais exclusivos, como é o caso do Canal
do Auditor, que disponibiliza
um contato direto entre os
médicos das Unimeds paulistas e a equipe de auditores
da Fesp. Além disso, o Núcleo de Órteses, Próteses e
Materiais Especiais (OPME)
da Fesp está à disposição das
Unimeds no que se refere a
dúvidas sobre as negociações.
Gestores da Fesp sanaram as
dúvidas dos participantes
14 Revista Unimed Fesp
Foco no cliente e nos resultados
é o tema do Sou+Fesp
Treinamento f az par te do modelo de
Ges t ão de Pessoas por Competências
Por Daniela Gualassi
C
om intuito de alcançar
a excelência no atendimento aos seus diversos públicos, a Federação
das Unimeds do Estado de
São Paulo (Fesp) promoveu,
no dia 1º de setembro, mais
uma edição do Sou + Fesp,
que abordou o tema: Foco no
cliente, foco no resultado. A
iniciativa faz parte do modelo de Gestão de Pessoas
por Competências, adotado
pela Federação como forma
de promover a qualificação
e o crescimento profissional
dos seus colaboradores.
O treinamento foi ministrado por Ricardo Portela, da
consultoria Zexann, no audi-
tório da Fesp, em dois horários, às 9h e 14h. O consultor
sugeriu aos participantes que
identificassem os clientes
atendidos pela Fesp, seja no
âmbito institucional, e também, como operadora. Em
seguida, destacou a importância do bom atendimento,
baseados no tripé: escopo,
prazo e custo, inclusive aos
clientes internos: funcionários que prestam serviços
aos demais setores dentro da
empresa.
Para manter a qualidade
do trabalho a ser desenvolvido, Portela debateu com os
participantes como negociar
com o cliente quando este
solicita algum tipo de alteração, seja no escopo, prazo ou
custo. “É extremamente profissional devolver o impacto
na operação, negociar uma
situação para que o cliente
não seja prejudicado. Mas, dizer sempre sim para o cliente
pode causar danos a uma
empresa, além de não conseguir atendê-lo mais. Neste
caso, precisamos atentar para
a regra de ouro: o combinado
não sai caro e nem barato”,
ressaltou o palestrante.
Para finalizar, Portela realizou uma dinâmica que
integrou os colaboradores,
destacando a importância do
trabalho em equipe.
Revista Unimed Fesp 15
Patrocínio
Entre os dias 21 e 31 de agos to, aproximadamente
900 mil pessoas visitar am a cidade de Barretos
Unimed garante assistência médica na
60ª Festa
do
Peão
de
Barretos
Cooper ativ a ofereceu es tr utur a
complet a de atendimento ao público presente
S
essenta anos de história, milhares de pessoas e um segredo nunca
desvendado. O maior rodeio
do Brasil – a Festa do Peão
de Barretos - chegou a sua
60ª edição consagrado como
o maior evento do gênero
no País. Apesar das suas
seis décadas de existência, a
16 Revista Unimed Fesp
Por Suzana Sakai
festa ainda atrai milhares de
pessoas para o interior de São
Paulo, reforçando a crença de
que há um segredo que sempre faz o público retornar ao
evento. Se realmente existe
algo de secreto nessa festa,
ainda não se sabe, mas entre
os dias 21 e 31 de agosto,
aproximadamente 900 mil
pessoas visitaram a cidade
de Barretos.
O público presente, bem
como o s colab oradores,
competidores e artistas do
evento, puderam contar com
assistência médica de alta
qualidade oferecida pela
Unimed. Ao todo, a cooperativa realizou 1086 atendi-
mentos, durante os 11 dias de
evento. Os jovens entre 21 e
25 anos foram os que mais
necessitaram de assistência médica, totalizando 228
atendimentos.
Para garantir a saúde e
o bem-estar dos participantes da Festa do Peão de
Barretos, a Unimed montou
uma estrutura completa de
assistência médica, composta por três postos de
atendimento (um adulto,
um infantil e um da arena)
e uma frota de ambulâncias
UTI e de remoção simples,
que ficaram à disposição
dos participantes. O atendimento ficou por conta
dos médicos e da equipe de
enfermagem da cooperativa.
Além da assistência médica no Parque do Peão, a
Unimed também contou
com um camarote exclusivo
na arena e camisas personalizadas para a identificação
dos convidados. O evento
também promoveu uma ampla exposição da marca, com
outdoors, balões e uniforme
dos colaboradores.
O patrocínio do evento
teve a participação da Uni-
med do Brasil, Federação das
Unimeds do Estado de São
Paulo (Fesp), Central Nacional Unimed (CNU), Seguros
Unimed e Federação Intrafederativa Nordeste Paulista.
CURIOSIDADES
apresentador do CQC, da Band, Rafael
O
Cortez, foi atingido por um touro durante a
Festa do Peão de Barretos. Após o incidente, ele pode contar com o atendimento médico prestado pela Unimed. Rafael sofreu
apenas algumas escoriações.
g O cantor Garth Brooks interagiu com os
participantes do evento por meio de uma
ferramenta de marketing da Unimed. Durante o show realizado no dia 22 de
agosto, o artista americano “jogou” um balão com o logo da
cooperativa médica para o
público da arena.
g
Revista Unimed Fesp 17
Assuntos Estratégicos
Já av ançamos muito em diversas áreas. Tivemos
projetos de lei aprov ados na Câmar a dos Deputados
e alg uns, inclusive , que já vir ar am lei
– Ricardo Izar
Atuação do Núcleo de Assuntos Estratégicos
gera bons
resultados
N
o Brasil, a represe ntação p olítica
é algo de grande
valor para a defesa de causas ou discussões de temas
relevantes com o Poder Público. Na esfera do cooperativismo de trabalho médico,
essa representação política
ajuda a aprovar leis e esclarecer os diferenciais entre
as cooperativas médicas e
as operadoras de plano de
saúde mercantilista. Uma
da s m i s s õ e s do Nú c l e o
de Assuntos Estratégicos
(NAE) da Federação das
Unimeds do Estado de São
Paulo (Fesp) é justamente
18 Revista Unimed Fesp
Apoiado pelo NAE , o deput ado
Ricardo Izar defende os
interesses do cooper ativismo de
tr abalho médico
Por Ricardo Bonchristiani e Suzana Sakai
essa: defender e propagar
os princípios do cooperativismo médico entre os
políticos, respeitando os
princípios da ética e da
moralidade. Desenvolvido
desde a criação do NAE,
em 2003, esse trabalho
tem gerado bons resultados, entre eles, a instauração da CPI das Órteses,
Próteses e Materiais Especiais (OPMEs), que foi
encabeçada por Ricardo
Izar, deputado federal, que
conta com o apoio do NAE.
“As investigações da máfia
de OPMEs e a criação de
projetos de lei que regu-
lamentam o trabalho das
cooperativas são essenciais
para o Sistema Unimed”,
afirma o diretor de Gestão
Operacional da Fesp, Dr.
Elias Antonio Neto.
Em sua atuação na Câmara dos Deputados, Izar
encabeça projetos de temas
dive rsificado s e muito s
deles contribuem com o
negócio do Sistema Unimed como o comb ate à
corrupção, defesa do consumidor, regulamentação de
profissões, dentre outros.
“Já avançamos muito em
todas essas áreas, tivemos
projetos de lei aprovados
na Câmara dos Deputados
e alguns, inclusive, que já
viraram lei, como a obrigatoriedade do Teste da
Linguinha em recém-nascidos.
Na questão do
combate a corrupção, fui Pre-
sidente do Conselho de
Ética da Câmara dos Deputados no biênio 2012/2014,
e conduzimos os processos
que culminaram na cassação de diversos parlamentares por quebra de decoro”,
conta o deputado federal.
De acordo com o político,
o apoio do NAE tem sido de
suma importância para o
sucesso de sua empreitada
política, considerando as
campanhas estão cada vez
ma i s c o mpl e xa s . Co m o
retribuição a esse apoio,
Izar tem se emp enhado
em levantar a bandeira do
cooperativismo de trabalho médico e defender
demandas do interesse
do Si ste ma Un i me d .
“Podemos citar aqui, por
exemplo: as investigações por meio de uma
O deputado federal Ricardo
Izar tem conquistado avanços
importantes no setor da saúde
CPI em casos de suspeita de
corrupção institucional, ou
com a aprovação de Projetos de Lei contendo as demandas da categoria, com a
possibilidade de destinação
de verba para saúde dos
municípios, por meio das
emendas parlamentares,
ou pelo trabalho político
perante o Poder Executivo
(Ministérios) para as eventuais demandas da categoria ou da cooperativa etc.”,
comenta.
O NAE apoia os candidatos ao pleito indicados pelo
Sistema Unimed paulista
por meio de assessoria política e a promoção de cursos de marketing político.
Além disso, realiza o monitoramento dos projetos de
lei que tramitam na Câmara dos Deputados a fim de
orientar os deputados sobre
as demandas que merecem
ser discutidas pelo Poder
Público.
Revista Unimed Fesp 19
APS
Unimed Salto Itu inaugura
unidade de Atenção Primária à Saúde
C
nos cursos de extensão promovidos pela Federação das
Unimeds do Estado de São
Paulo (Fesp) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo (Sescoop).
A iniciativa busca promover
uma estruturação no que
diz respeito ao atendimento
médico, em que o foco passa
a ser a saúde do indivíduo
como um todo e não apenas
tratá-lo quando surge uma
enfermidade.
pria sociedade com a APS”,
declarou o dirigente.
Outra forma de divulgar
as mudanças no atendimento da unidade de APS é por
meio de folhetos, cartazes e
jornais, com intuito de aumentar o número de adesões
ao programa.“Pretendemos
oferecer uma prestação de
serviço de qualidade superior
ao realizado hoje. O cliente
certamente ficará mais satisfeito, pois terá sua saúde
valorizada e suas doenças
Unidade de APS foca a saúde integral do indivíduo, gerando redução de sinistralidade
Iniciativ a contou com a consultoria
e of icinas minis tr adas p el a Fesp Por Daniela Gualassi
omprometimento e
trabalho em equipe,
aliados à expertise de
profissionais renomados são
itens fundamentais para a
realização de grandes projetos, como a inauguração da
unidade de Atenção Primária
à Saúde (APS) da Unimed
Salto Itu. O desenvolvimento
do programa se iniciou em
janeiro de 2015, após a participação de médicos e coordenadores da cooperativa
Carvalho relatou qual foi a
medida adotada pela cooperativa para conscientizar os
clientes sobre as diferenças
entre a unidade de APS e o
Pronto Atendimento. “Fizemos um piloto do programa
que está funcionando desde
o dia 21 de setembro, com os
colaboradores e familiares da
cooperativa, e também, de um
Sindicato, abrangendo aproximadamente 2500 clientes,
com o intuito de promover a
adaptação da equipe e da pró-
Os benefícios não param
por aí, na unidade de APS
os pacientes terão acesso às
consultas em até 72 horas,
longitudinalidade que é o
acompanhamento com o
médico de família por longo
período, a integralidade que
exige o reconhecimento das
necessidades de saúde da
população e os recursos para
abordá-las.
O diretor superintendente
da Singular, Dr. Amílcar J. R.
agudas ou crônicas monitoradas e tratadas. Com isso
teremos a redução de utilização do Pronto Atendimento
hospitalar, o que refletirá na
diminuição da sinistralidade”, enfatizou Dr. Amílcar.
O programa conta com
dois médicos de família para
adultos, pediatra, enfermeira, técnica de enfermagem,
além da equipe do Viver Bem,
com nutricionista, psicólogo,
preparador físico e fisioterapeuta que se integraram à
equipe de APS conforme as
necessidades detectadas nos
atendimentos.
“Indiscutivelmente a
Fesp foi fundamental para a
Unimed Salto Itu implantar
a Atenção Primária à Saúde,
desde a consultoria do Dr.
Paulo Borem, as oficinas realizadas na Federação, com
profissionais experientes,
entre eles: Dr. Heitor e Dr.
Fernando e a enfermeira Jussara Otaviano. Nossa participação nessas atividades fez
com que inaugurássemos a
unidade com sucesso e muita organização”, finalizou o
superintendente.
Revista Unimed Fesp 21
Judiciário
Fesp realiza
I Fórum Jurídico
Nós não tr abalhamos na ileg alidade e temos
sim o que aprender com o Judiciário, mas ele também
pode aprender com a nossa e xperiência
Encontro discutiu os melhores caminhos
par a combater a judicialização da saúde
– Dr. José Martiniano Grillo Neto
Por Suzana Sakai
A
tualmente, tramitam no Tribunal de
Justiça de São Paulo
(TJSP) cerca de 22 milhões
de processos. Muitos deles
poderiam ser solucionados sem a intervenção do
Judiciário. Para debater as
possíveis soluções para as
demandas judiciais que tanto
afetam o cooperativismo de
trabalho médico, a Federação
das Unimeds do Estado de
São Paulo (Fesp) promoveu
no dia 6 de agosto o I Fórum
Jurídico. O evento foi realizado na sede da Federação, na
capital paulista, e teve o tema
“Os desafios da judicialização, uma nova visão”.
Além de dirigentes e advogados do Sistema Unimed,
o encontro contou com a
participação do Secretário
da Área da Saúde do TJSP,
Dr. Tarcisio dos Santos, que
22 Revista Unimed Fesp
defendeu o valor do diálogo
para resolução de diversos
problemas judiciais. “Uma
boa conversa, uma mediação
resolveria grande parte das
ações judiciais”, comentou.
O presidente da Fesp, Dr.
José Martiniano Grillo Neto,
concordou com o Secretário
e defendeu uma aproximação
entre o Sistema Unimed e o
Judiciário. “Nós não trabalhamos na ilegalidade e temos
sim o que aprender com o
Judiciário, mas ele também
pode aprender com a nossa
experiência. Precisamos
ampliar esse diálogo”, disse
o dirigente.
O superintendente da
Fesp, Dr. Omar Abujamra
Junior, agradeceu a presença
dos participantes e destacou
que o Fórum é um momento propício para a busca de
soluções para as demandas
judiciais. “Precisamos compartilhar as informações
e definir nosso posicionamento”, alegou. O consultor
jurídico da Fesp, Dr. Jeber
Juabre Júnior, lembrou que a
regulação de saúde no Brasil
é relativamente nova e que
o momento é propício para
esse debate. “Estamos em
um período de adaptação e
ainda existe um certo desconhecimento sobre o setor
por parte do Judiciário e cabe
a nós, advogados, levar esse
conhecimento”, explicou.
da OAB (SP), Dr. Cesar Marcos Klouri, esteve entre os
palestrantes e falou sobre
o novo Código de Processo Civil, dando enfoque na
conciliação, mediação e arbitragem. Klouri destacou
que a desjudicialização é
uma forma de preservar os
interesses em comum. “Se
caminharmos para o diálogo,
vamos sim ter uma redução
da judicialização, mas todos
os envolvidos devem ter essa
vontade”, alegou.
Em meio aos debates, Dr.
Carlos Eduardo Reis de Oliveira, Titular da 5ª Vara Cível
de Taubaté, indicou o caminho para o Sistema Unimed
aproximar o Judiciário do conhecimento médico: “Procurem a escola de magistrado
e levem uma proposta para
levar conhecimento técnico
aos juízes”, propôs o juiz no
decorrer das discussões.
Encontro valorizou
o diálogo entre as
entidades para reduzir
a judicialização da
saúde
DEBATES
A programação do encontro contou com discussões
sobre Súmulas dos Planos
de Saúde, Lei Anticorrupção,
Direito Tributário, Ressarcimento ao SUS, entre outros
temas.
O Conselheiro Seccional
Revista Unimed Fesp 23
Ciência
Oficinas de MBE
promovem melhorias
no atendimento clínico
Iniciativ a aprimor a o conhecimento
científ ico de médicos e auditores do
Sis tema Unimed paulis ta
Por Daniela Gualassi
I
ncentivar médicos
e auditores a desenvolverem cada
vez mais o espírito
crítico, por meio do conhecimento e análise
de pesquisas científicas tem sido o maior
objetivo das oficinas
24 Revista Unimed Fesp
de Medicina Baseada
por Evidências (MBE),
realizadas pela Fesp.
A iniciativa, comandada pelo professor
de pósgraduação em
MBE da Universidade
de São Paulo (USP), Dr.
Wanderley Marques
Bernardo, promove discussões sobre procedimentos
clínicos mais eficazes, beneficiando dessa forma o
paciente, além de reduzir
custos desnecessários para
a operadora de saúde. “Nas
oficinas temos nos focado
principalmente na aquisição
de habilidades para a elaboração de avaliações de procedimentos médicos, a partir
de exemplos e exercícios
com temas importantes para
a prática clínica”, destacou o
especialista.
De acordo com o professor,
nem todos os temas evoluem
para avaliações finalizadas,
pois seu escopo é o treinamento na elaboração da
dúvida clínica estruturada,
na busca e seleção crítica da
evidência, na tradução dos
resultados dos estudos para
uma linguagem compreensível, que se constitui na
avaliação do procedimento
finalizado. Porém, alguns
estudos evoluem para a finalização e já estão sendo aplicados na área de atuação dos
participantes.
“Alguns temas mais complexos demoram mais tempo
para serem finalizados, pois
contam com grande quan-
Curso promove a qualificação de médicos auditores para utilização da MBE no dia a dia
tidade de informação científica disponível”, declarou
Wanderley.
Neste ano, foram abordadas as seguintes questões clínicas: “O uso de Evar
(Endovascular Aneurysm
Repair) Plus (Zenith) é mais
eficaz e seguro do que Evar
convencional em aneurismas abdominais aórticos?”;
“Intervenções para a redução
de erros de medicação em
adultos hospitalizados”; “Eribulina no tratamento do câncer de mama”; “Tratamento
Endovascular para o AVC
isquêmico agudo”; “Oxigênio
versus ar ambiente no iam
com supra desnivelamento
ST”; “Crioablação versus Radiofrequência no tratamento
do carcinoma hepatocelular”
e “Material trabeculado na
artroplastia de quadril”.
Um dos tópicos que merece destaque, segundo o coordenador do projeto, é sobre o
“Uso de material trabeculado
tantalum em revisão de artroplastia total de quadril por
perda óssea devido à necrose
em comparação com liga
de titanium traz beneficio
quanto à recomposição óssea, a dor, a qualidade de vida,
ao tempo de re-operação e a
migração da cúpula implantada?”. “Este trabalho tem
importância para responder
a questão, centrada no benefício do paciente, se os resultados obtidos são diferentes,
comparando-se os dois procedimentos, de custo muito
diferente”, afirmou.
Para saber mais sobre as
oficinas de MBE da Fesp,
entre em contato pelo e-mail:
[email protected].
Revista Unimed Fesp 25
Assistência
Ambulatório da Unimed no Santuário Nacional de Aparecida recebeu, gratuitamente, centenas de fiéis que precisaram de atendimento
Mais de 180 mil fieis
estiveram na Basílica no
dia 12 de outubro
Unimed cuida da
saúde dos fieis em Aparecida
A partir da
esquerda: Dom
Darci Nicioli,
Reinaldo
Monteiro e
Geraldo Alckmin
Atendimento
disponível aos
visit antes da
basílica é oferecido
gr atuitamente
Por Ricardo Bonchristiani
O
s milhares de fiéis
que manifestam sua
devoção visitando o
Santuário Nacional na cidade
de Aparecida, no Estado de
São Paulo, puderam exercer
sua fé com tranquilidade e,
principalmente, saúde. Há
mais de 15 anos, o Sistema
26 Revista Unimed Fesp
Unimed disponibiliza assistência médica de alta qualidade gratuitamente a todos
os visitantes da basílica durante os meses de setembro e
outubro, que são os períodos
de maior frequência.
No dia 12 de outubro –
feriado nacional de Nossa Senhora da Conceição
Aparecida - mais de 180
mil peregrinos estiveram
presentes, tendo à disposição uma grande estrutura
ambulatorial com médicos,
enfermeiros, auxiliares e ambulância. Na mesma data, o
Santuário recebeu a visita do
Dr. Geraldo Alckmin, governador do Estado de São Paulo,
que prestigia a festividade
anualmente e aproveitou
para parabenizar o trabalho
realizado pela Unimed.
O Dr. Reinaldo Antônio
Monteiro Barbosa, diretor
Financeiro da Federação
das Unimeds do Estado de
São Paulo (Fesp), salientou o
perfil de trabalho da cooperativa na festa: “É uma alegria
estarmos presentes nessa
importante festa religiosa,
fortalecendo o papel social
da Unimed diante de todo o
público que comparece em
Aparecida, vindo de todas as
partes do País”, analisou.
A participação da Unimed
na Festa da Padroeira, que
é considerada a maior cerimônia religiosa da América
Latina, é resultado de um
trabalho conjunto da Fesp,
Federação Intrafederativa
Vale do Paraíba e Unimed
do Brasil.
ATENDIMENTOS
Nos dias que antecedem a
principal data da festividade
(12 de outubro) acontece o
período da novena, o que já
representa um grande aumento de público, refletindo
no movimento de pacientes
no ambulatório Unimed. Para
se ter ideia, somando apenas
os finais de semana desta
preparação, que vai de 3 a 11
de outubro, foram realizados
764 atendimentos e 47 remoções para outros locais,
em acordo com a gravidade
de cada caso. Já no dia 12,
especificamente, os atendimentos chegaram a 390, e as
remoções foram 15.
Em geral, segundo a equipe de saúde que atua na
festa, a maior parte da demanda por cuidados é fruto
de desidratação e insolação,
sem desdobramentos mais
graves.
Revista Unimed Fesp 27
CAPA
Q
Mercado av ança na
cer tif icação de ser viços
28 Revista Unimed Fesp
uando alguém decide adquirir produtos
ou serviços, alguns
fatores são levados em consideração. A reputação da
empresa, a indicação de amigos, o tempo de experiência
no mercado, tudo isso pode
influenciar a decisão. Mas,
há um produto que tem um
nível de exigência acima da
média: a saúde. Para lidar
com esse bem, quanto maior
a capacidade, profissionalismo e qualidade de quem
presta o serviço, melhor. Em
todo o mundo, o estímulo às
certificações de qualidade
em serviços de saúde é uma
tendência crescente, e no
Brasil não é diferente.
Em dezembro de 2015, a
Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) implantará um sistema pelo qual
o nível de qualidade dos
hospitais, laboratórios, médicos e profissionais ligados
aos planos de saúde, estará
vinculado à remuneração
repassada pelas operadoras.
Ou seja, o nível de qualidade
será um dos requisitos para
definir reajustes pagos a esses prestadores de serviços.
O constante investimento
e atualização segundo os me-
lhores protocolos de saúde
já são políticas da Federação
das Unimeds do Estado de
São Paulo (Fesp), tanto no
que se refere aos recursos
próprios das Unimeds filiadas - por meio do Programa
Qualificare - quanto em processos internos da própria
cooperativa, onde está sendo
realizado um trabalho que
busca a certificação ISO.
De acordo com o superintendente da Fesp, Dr. Omar
Abujamra Junior, desenvolver a qualificação é fundamental. “Consideramos
que este é um caminho que
valoriza e eleva a excelência
dos serviços que prestamos,
em todos os âmbitos. Por
isso, estamos intensificando este trabalho na Fesp
e seguimos fornecendo
subsídios para as Unimeds paulistas evoluírem seus serviços de
saúde”.
Independente do
trabalho da Fesp, o
mo delo prop o sto
pela ANS demanda
análises aprofunDr. Omar Abujamra Jr.
entende a qualificação
como fundamental
dadas. Segundo a Dra. Maria
Carolina Moreno, superintendente da Organização
Nacional de Acreditação
(ONA), que certifica a qualidade de serviços de saúde no
Brasil, seria preciso discutir
o cenário. Para ela, a remuneração baseada em fatores
como a acreditação relaciona diretamente a qualidade
CAPA
O modelo de remuner ação não pode inviabilizar
e desqualif icar as oper ações dos mais de 90% de hospitais
que ainda não são acreditados
- Dra. Maria Carolina Moreno, superintendente da Organização Nacional de Acreditação (ONA)
e a segurança aos retornos
financeiros das instituições.
Mas, surgiria uma sensação
de punição aos que ainda
buscam atingir ou que, por
qualquer razão, não conseguiram alcançar dentro dos
padrões de acreditação. “Buscar uma remuneração ligada
à qualidade é importantíssimo. É uma forma de reconhecer as instituições que se
preocupam com a segurança
do paciente. Por outro lado,
o modelo de remuneração
não pode inviabilizar e desqualificar as operações dos
mais de 90% de hospitais que
ainda não são acreditados”,
analisou.
A iniciativa de implan30 Revista Unimed Fesp
tar processos de gestão da
qualidade, o que sempre se
mostrou uma política importante, ganha mais relevância
diante de um horizonte que
aponta para a formalização
desta necessidade pela ANS.
Segundo Maria Moreno, por
se tratar de um processo que
avalia a gestão integrada
das atividades, a acreditação
incentiva o trabalho multidisciplinar. Ou seja, envolve
desde os enfermeiros e médicos até os recepcionistas,
auxiliares de limpeza e fornecedores. “Motivar e treinar
toda a equipe para que busque a excelência, mostrando
a importância de cada um
no processo, é uma mudança
cultural promovida durante
o processo de acreditação”,
disse a superintendente.
Mais do que uma questão
de revolução no ambiente
interno, a certificação envia
uma mensagem positiva. “É
um diferencial de mercado.
Mostra que a empresa se
preocupa com a qualidade
do serviço e com a segurança
do paciente. Deixar isso evidente para os pacientes traz
vantagens em um ambiente
competitivo”, explicou Maria
Moreno.
QUALIFICARE
Como parte de seu papel
institucional, a Fesp estimula
e assessora as 79 Unimeds
filiadas no Estado de São
Paulo a criar uma cultura de
qualificação, incentivando as
cooperativas médicas a darem os primeiros passos na
busca pelas certificações. Estas são algumas das premissas do Programa Qualificare,
de qualificação dos recursos
próprios. Criado em parceria
com a Fundação Vanzolini há
seis anos, o programa oferece
ferramentas para melhorar
os processos e contribuir
para a qualidade e segurança
na assistência médica dos
hospitais do Sistema Unimed paulista. Em resumo,
este trabalho é desenvolvido em duas vertentes: a
avaliação e as capacitações.
O formato tem apresentado
bons resultados, no começo
do programa, apenas quatro
hospitais das Unimeds paulistas possuíam a certificação
da Organização Nacional de
Acreditação (ONA); hoje 12
instituições do Estado são
certificadas pela ONA. “Acredito que o Qualificare é um
primeiro passo no caminho
da qualificação e certificação
de uma instituição. A avaliação mostra à instituição
quais são os pontos que devem ser melhorados e/ou desenvolvidos de modo claro. É
uma ferramenta importante
para o trabalho das direções e
lideranças”, explica a coordenadora do programa, Suzan
Patricia Osis.
O Hospital Unimed de
Piracicaba é uma das instituições que se beneficiaram
com o trabalho desenvolvido
pelo Qualificare. Inaugurado
em 2011, o recurso atingiu a
pontuação mais alta no ciclo
de avaliação de 2014 do programa e, em junho deste ano,
conquistou a certificação da
ONA nível II. “O trabalho realizado pela Fesp foi extremamente importante, pois contou com profissionais qualificados e comprometidos. Eles
nos proporcionaram, além de
um diagnóstico processual
naquele momento, novos
conhecimentos aos nossos
colaboradores em relação ao
que há de mais moderno no
mercado no quesito assistencial e gestão”, comenta o
presidente da Unimed Piracicaba, Dr. Carlos Joussef.
INVESTINDO EM
QUALIDADE
De acordo com Suzan
Osis, investir na qualidade
do atendimento é muito mais
O consultor Valério Brisot treina
equipes da Fesp
Revista Unimed Fesp 31
CAPA
do que um diferencial de
mercado. Quando uma instituição investe na qualificação
de seus serviços ela passa a
atender normas e legislações,
cuidar de seus processos e
protocolos assistenciais, reduzindo desperdícios e a possibilidade eventos adversos.
“Instituições certificadas têm
menor índice de infecção, de
quedas, de úlceras, de erros
na aplicação de medicamentos e reduz o tempo de
internação, entre outros benefícios. Quando pensamos
em recursos próprios, o custo
evitado é um fator muito importante, e a cada dia nossos
clientes ficam mais exigentes e procuram qualidade no
seu atendimento, pois a mídia
mostra os eventos adversos
decorrentes de uma qualidade assistencial ruim”,
afirmou a coordenadora
do Qualificare. Desde
sua inauguração, o Hospital
Unimed Piracicaba intensificou o trabalho em qualidade.
Por meio de estratégias eficientes e capacitação de todo
o corpo clínico, assistencial,
operacional e administrativo, além de uma consultoria
externa, a cooperativa conseguiu desenvolver as equipes
e adequar as instalações, que
hoje atendem aos requisitos
do Manual Brasileiro de
Acreditação. Os resultados
desse trabalho são inúmeros,
entre eles:
profissio-
nalização do corpo clínico
e assistencial; organização
de processos; melhoria na
qualidade assistencial, com
atendimento rápido e seguro;
gerenciamento de riscos; diminuição de custos; estrutura segura e adequada, além de
gestão integrada e melhoria
na comunicação e nas tomadas de decisões. “Além disso,
podemos identificar a evolução da cultura organizacional
pelo desenvolvimento dos
colaboradores, que ampliaram sua visão e, hoje,
atuam de modo
Quando pensamos em recursos próprios, o
cus to evitado é um f ator muito impor tante , e a cada
dia os clientes es tão mais e xigentes
– Suzan Osis, coordenadora do Qualificare
sistêmico, mais seguros e
com mais conhecimento”,
destaca Joussef.
DESAFIOS
O presidente da Unimed
Piracicaba destacou um fato
importante no contexto da
certificação: a cultura organizacional. Segundo a Dra.
Maria Carolina Moreno, diretora do ONA, os administradores devem ficar atentos
aos grandes desafios para
as empresas que buscam
certificações. Altos índices
de “turnover” são um dos
principais empecilhos, pois a
participação efetiva de todos
os colaboradores fica comprometida. Outro obstáculo
é a conhecida resistência a
mudanças, gerada por um
apego aos antigos processos
de trabalho.
“Nos hospitais privados, a
aquisição de equipamentos
e tecnologias é mais fácil.
Existe, porém, o desafio de
avaliar melhor o custo-benefício. Muitos hospitais
privados investem em uma
série de equipamentos e, ao
final, não têm o retorno esperado. No hospital público, a
análise do retorno do investi-
mento é exaustiva. É preciso
comprovar a necessidade de
um novo equipamento com
estudos e documentos, um
processo que pode se estender até demais”, analisou.
NOVO PROJETO
Apesar do grande volume de hospitais certificados por meio do Programa
Qualificare, promovido pela
Unimed Fesp, a equipe de
trabalho identificou que as
instituições de menor porte
apresentaram uma queda
em seus indicadores. O fato
preocupou os responsáveis
Perfil da Acreditação ONA em todo o Brasil
g
g
g
g
32 Revista Unimed Fesp
T
otal de certificações: 470
A
mbulatórios: 63
S
erviços de Atenção Domiciliar: 4
D
iagnósticos por Imagem,
Radioterapia e Medicina Nuclear: 51
g
g
g
g
g
H
emoterapias: 26
H
ospitais: 229
L
aboratórios: 64
N
efrologia e Terapia Renal
Substitutiva: 20
P
rocessamento de Roupas para
g
g
g
g
Serviços de Saúde: 3
P
rogramas da Saúde e Prevenção de Riscos: 4
P
ronto Atendimentos: 2
Serviços de Dietoperapia: 1
S
erviços de Manipulação: 3
Revista Unimed Fesp 33
CAPA
Podemos identif icar a evolução da cultur a
org anizacional pelo desenvolvimento dos colabor adores,
que , hoje , atuam de modo sis têmico
– Dr. Carlos Joussef, presidente da Unimed Piracicaba
pelo programa uma vez que,
não atender aos critérios do
Qualificare significa falhas
no atendimento a legislações
e em processos que envolvem a segurança do paciente
e eficiência financeira.
“Decidimos acompanhar
34 Revista Unimed Fesp
de forma intensa estas instituições. Começamos em
agosto um projeto piloto,
no qual realizamos oficinas
quinzenais nas instituições
que aceitaram participar do
projeto. A ideia é desenvolver
nos hospitais os critérios que
eles não atenderam na avaliação”, conta Suzan. Além
das oficinas, a Fesp também deu início ao curso de
aperfeiçoamento em Gestão
Hospitalar.
MELHORIA CONTÍNUA
Empresas com um planejamento estratégico bem
definido reforçam o compromisso com os clientes e
parceiros. Esse tem sido um
dos objetivos da Unimed
Fesp com a busca pela certificação de seus serviços. Para
testificar este compromisso,
a cooperativa está implantando o Sistema de Gestão
da Qualidade (SGQ) para alcançar a certificação da ISO
9001:2008 e da Resolução
Normativa (RN) 277.
De acordo com o consultor
Valério Brisot, as empresas
que possuem a certificação
de seu sistema de gestão
podem oficializar o bom
trabalho que estão desenvolvendo, além de provocar
uma necessidade contínua
de melhoria, pois são periodicamente avaliados por
organismos acreditados. “A
Fesp, por ser parte do Sistema Unimed, já possui ótimas
práticas de gestão e um time
competente para conseguir a
certificação do seu sistema
de gestão. Percebi que possuem indicadores e práticas
de gerenciamento formalizadas, o que ajuda bastante
o processo de implantação.
Também possuem sistemas
informatizados que podem
facilitar a implementação de
controles e atender facilmente os requisitos normativos,”
declarou Brisot. Para iniciar
o projeto de certificação na
Fesp foi realizado um treinamento com uma equipe
de colaboradores, que além
de aprender todo o funcionamento e os processos da
ISO 9001 e da RN 277, têm
a missão de analisar o fluxo
de atividades dentro de seus
respectivos departamentos.
A etapa seguinte, realizada
por este grupo chamado de
multiplicadores, consiste na
realização da análise de risco
sobre as ações que impactam
o trabalho realizado dentro
do setor, para posteriormente
efetuar as readequações.
Segundo Brisot, para estar em conformidade com
os processos da qualidade, a
Fesp precisa se unir em prol
do mesmo objetivo. “Basta
que diretoria, gestores e multiplicadores sejam simples e
objetivos na construção dos
padrões e indicadores ligados
às atividades de suas áreas. O
comprometimento de todos
é um dos principais fatores
para uma certificação”.
Certificação das operadoras
A
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou a RN 386
visando à qualificação das operadoras
de saúde. O objetivo é incentivar as
operadoras a atuarem como gestoras de
saúde e promover a consciência sanitária
dos beneficiários para a utilização dos
serviços.
De acordo com a normativa, o Programa de Qualificação das Operadoras faz
uma avaliação sistemática dos atributos
esperados no desempenho de áreas,
organizações e serviços relacionados
ao setor de saúde suplementar, com a
avaliação e qualificação das operadoras.
Benefícios aos prestadores
A ANS definiu que os reajustes sobre os pagamentos
aos prestadores seja realizado
de acordo com a certificação
adquirida pelas empresas,
para os casos em que não há
um índice pré-definido entre
operadora e prestador. A partir de
janeiro de 2016, o reajuste será de 100%
segundo o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), para os hospitais e clínicas acreditados, 90% para os
que estão em processo de qualificação
e 80% para recursos sem certificação.
Revista Unimed Fesp 35
Cooperativas
SP
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Mês das crianças é comemorado
em grande estilo na Unimed Assis
O
mês de outubro foi de
muita animação e brincadeira na Unimed Assis.
Todos que adquiriram o plano de saúde neste período
ganharam de presente uma
maleta de diversão da cooperativa. Além disso, a data foi
celebrada com ações voltadas ao público infantil e para
os pais, incentivando-os a
se divertirem juntos. A ação
destaca que não importa a
idade para brincar, como diz
o tema da campanha #So-
Unimed Catanduva faz ações para conscientizar a população sobre o câncer de próstata
N
o mês de novembro, a Unimed Catanduva promoveu
a conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de
próstata, por meio da campanha
mosTodosCriançasUnimed.
Um grupo de animadores
passeou pelas ruas da cidade
durante o mês, distribuindo brindes e incentivando
brincadeiras à moda antiga,
como pula corda, bambolê,
pião, bolha de sabão e dominó. A ação promoveu a
interação entre as pessoas, porque todos puderam
brincar, como nos tempos de
crianças.
Novembro Azul. No Brasil, conforme dados estatísticos do Instituto
Nacional de Câncer José Alencar
Gomes da Silva (Inca), a doença
ocupa o segundo lugar entre as
SAIBA MAIS.
Hospital da Unimed Sorocaba
promove ação em prol da
campanha Outubro Rosa
causas de câncer no homem,
perdendo apenas para o câncer
de pele. Em 2014, foram diagnosticados 68.800 casos da doença.
A ação está sendo divulgada nas
redes sociais, nas empresas e entre
os colaboradores.
Os funcionários da cooperativa
médica usaram a camiseta símbolo da campanha, na cor azul. A
intenção é que clientes em geral
sejam impactados e levados a
refletir sobre a importância da
prevenção. Além disso, o departamento de Medicina Preventiva
realizou palestras sobre o tema nas
empresas contratantes. “Assim
como no Outubro Rosa, a Unimed
Catanduva apoia e abraça a causa
do Novembro Azul.
SAIBA MAIS.
N
o dia 30 de outubro, a Unimed
Sorocaba ofereceu aos pacientes
que passam por sessões de quimioterapia uma apresentação exclusiva
do produtor musical Carlos Madia. A
atividade fechou a programação do
Outubro Rosa 2015.
O cantor interpretou sucessos da
MPB e emocionou o público, composto
também por enfermeiras e colaboradores. “Sempre que puder, voltarei
a este espaço, pois é um prazer estar
perto destas pessoas”, disse. Ele complementou que todo tipo de arte pode
proporcionar mais alegria.
SAIBA MAIS.
36 Revista Unimed Fesp
Unimed Capivari oferece
ginástica para a terceira idade
A
Un i med Capiva r i ,
por meio do departamento de Medicina Preventiva, oferece aos seus
beneficiários acima de
50 anos, o Programa Viva
Mais. A ação consiste em
proporcionar momentos
de ginástica para a terceira idade. O grupo é
liderado pela preparadora
física, Cintia Giraldi, que
desde 2006 realiza aulas
semanais aos participantes. Atualmente, o grupo
da terceira idade conta
com 35 alunos, homens
e mulheres, pertencentes ou não ao convênio
médico.
SAIBA MAIS.
37
Cooperativas
SP
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Unimed Lins e Sescoop
certificam segunda turma
do Projeto Cooperjovem
Unimed Itapetininga e ACS promovem
ação em prol da construção do Circo Escola
A
Unimed Itapetininga e a ONG
Associação Criança Sorriso
(ACS) criaram o Projeto Piruetas, que
tem como intuito angariar fundos
para a construção do Circo Escola.
O projeto, que teve início em 2014,
acaba de lançar uma coleção de camisetas estampadas com os desenhos
dos alunos das escolas Alceu Gomes
e Sebastião Pinto, que estão sendo
vendidas a R$ 35,00.
Na primeira etapa do Projeto
Piruetas, os dez desenhos mais bem
avaliados na votação realizada no
N
o dia 16 de outubro foi realizada a cerimônia de formatura da segunda turma do
Programa Cooperjovem, promovido pela Unimed Lins. O projeto
contou com a parceria do Serviço
Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo (Sescoop), e tem
o objetivo de fomentar o cooperativismo por meio da escola, com
uma proposta educacional construída a partir dos princípios e
valores da prática cooperativista.
O curso é composto por 10
módulos de formação básica. Depois, os alunos colocam o planejamento em prática, completando
68 horas de formação. Dentre as
ações apresentadas estão: oficina
de contação de estórias, minis-
trada pela atriz Renata Roman às
escolas EMEF João Santos Meira e
EMEF Dom Walter Bini, oficina de
mini-horta, aplicada pelo biólogo
Rogério Bifão ao Centro de Educa-
ção Popular Paulo Freire e oficina
de fanzine, ministrada pelo artista
plástico João Pinheiro.
SAIBA MAIS.
SAIBA MAIS.
IDSS da Unimed Araraquara
é o 2º mais alto do Brasil
A
om a intenção de reforçar o papel
de responsabilidade social desempenhado pelas cooperativas médicas,
a Unimed Adamantina oferece apoio
ao Projeto Rumo Certo. A iniciativa já
resgatou cerca de 80 meninos das ruas
para encaminhá-los à prática do futebol
duas vezes por semana.
A proposta nasceu em 2014, com o
objetivo de fornecer o suporte necessário aos que gostam de jogar futebol,
bem como aos que sonham em seguir
carreira como atleta profissional.
Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) divulgou
em setembro o Índice de Desenvolvimento da Saúde Suplementar
(IDSS) 2015, com dados de 2014. O
IDSS da Unimed Araraquara atingiu
0,91100 – quanto mais próximo de
1, melhor – e é o segundo mais alto
do Brasil dentre as operadoras de
planos de saúde com mais de 100
mil beneficiários.
Para o presidente da Unimed
Araraquara, Silvio Cardoso, o fato de
os números da cooperativa nos quatro critérios de avaliação estarem todos na faixa mais alta de pontuação
(de 0,8 a 1) significa que a Singular,
vem evoluindo em todos os setores
na busca constante pela excelência.
SAIBA MAIS.
SAIBA MAIS.
Unimed Adamantina apoia
Projeto Rumo Certo
C
38 Revista Unimed Fesp
site da Unimed Itapetininga
foram escolhidos para estampar as camisetas. Nessa fase,
que aconteceu no segundo
semestre de 2014, as crianças
vencedoras ganharam uma camiseta
com o desenho de sua autoria. Agora,
todos os vinte desenhos inscritos no
Projeto terão sua própria camiseta à
venda na sede da Associação Criança
Sorriso. O tema dos desenhos é “Alegria do Circo”.
Revista Unimed Fesp 39
Cooperativas
SP
RECURSOS PRÓPRIOS
Hospital da Unimed Lorena inaugura
Unidade de Terapia Intensiva
Unimed Avaré realiza curso
de Suporte Avançado em
Cardiologia
N
a contra mão da crise, a Unimed Lorena,
seguindo seu plano diretor, priorizou o
investimento em recursos próprios. Com intuito de diminuir o impacto dos altos custos
de internações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), inaugurou, no dia 16 de outubro, sua
própria unidade no Hospital Unimed Lorena.
A UTI da cooperativa médica foi construída totalmente com recursos financeiros
próprios, sem necessidade de captação de
ativos junto ao sistema financeiro bancário,
evitando assim, as altas taxas de juros.
M
édicos e enfermeiras da Unimed
Avaré tiveram a oportunidade de
participar do curso de Suporte Avançado
de Vida em Cardiologia (ACLS), realizado
no auditório da cooperativa médica no
final de setembro. Segundo o presidente
da Singular, Dr. Benami Francis Dicler, a
iniciativa tem como objetivo proporcionar
aprimoramento e capacitação da equipe
de médicos e enfermeiros para o atendimento às emergências cardiovasculares.
SAIBA MAIS.
SAIBA MAIS.
Avaliação de indicadores do Hospital Unimed Botucatu apresenta resultados positivos
A
dministrado pela Unimed
Botucatu desde maio de
2014, o Hospital da cooperativa
vem recebendo uma série de
investimentos em estrutura física, equipamentos, treinamento,
qualificação e reforço na equipe
humana e ainda em programas de
gerenciamento. Tudo isso, aliado
ao comprometimento de todos os
profissionais da Unimed Botucatu,
além de cooperados e diretoria,
vem trazendo resultados positivos
e que já se refletem na satisfação
dos beneficiários e da população
do município.
Em setembro, a equipe de coordenadores do Hospital realizou
duas grandes reuniões para apresentar os indicadores produzidos
ao longo de um ano sob a administração da Unimed Botucatu. Tudo
foi avaliado: da limpeza ao tempo
de espera para as internações.
Todos os setores puderam expor
qualidade e pontos que merecem
atenção para melhorias.
SAIBA MAIS.
40 Revista Unimed Fesp
Profissionais da Unimed Guarulhos tornam-se
monitores do Ciência da Melhoria
E
m 2014, a Unimed do Brasil
formou, em parceria com
o Institute for Healthcare Improvement (IHI), aproximadamente 90 pessoas no curso Ciência da Melhoria
na Prática em Serviços
de S aúde .
Durante a realização desta
primeira turma, alguns part icipantes destacaram-se,
entre eles duas profissionais
da Unimed Guarulhos - a cooperada Andrea Keiko Fujinami
Gushken e a enfermeira Monica Beatriz Leite de Pádua.
Tal empenho rendeu às
alunas o convite a fazer parte
da equipe de monitores da segunda turma, iniciada no dia
28 de outubro. Além do suporte
que elas poderão fornecer, o
trabalho como monitora servirá para capacitá-las a serem
futuras professores em Ciência
da Melhoria.
SAIBA MAIS.
Revista Unimed Fesp 41
Opinião
Empresa
cooperativa
ou cooperativa empresa
H
á 18 meses a Fesp iniciou um
Plano de Adequação Econômico-Financeira (Plaef)
para evitar uma Direção Fiscal a ser
decretada pela ANS. Com o apoio
das sócias, a Diretoria Executiva e
o Conselho de Administração conseguiram dar um choque de gestão,
implementando uma série de ações
com enfoque empresarial, de modo
que o Plaef não só está sendo cumprido na sua íntegra, como há indícios
de que será suspenso antes do programado. E isto só foi possível porque
o enfoque empresarial colocou os interesses da Fesp em primeiro plano.
Vivemos o dilema de ter que gerir
nossas cooperativas como empresas,
o que torna conflituosa a relação com
o cooperado. No nível da singularidade, temos dificuldades de fazê-los
entender que a cooperativa precisa
primeiro ser empresa, com criação
de diversos setores de suporte que
oneram nossas Unimeds, como
investimento em TI, Marketing,
Qualidade etc., diminuindo a remuneração do cooperado. Esta situação
faz com que muitos “sócios” passem
a adotar um comportamento que leva
a superfaturamento de procedimentos onerosos, levando a um circulo
vicioso difícil de romper.
42 Revista Unimed Fesp
Quando discutimos singularidade
ainda cabem questionamentos: qual
o tamanho mínimo viável e o máximo administrável? Qual a linha divisória entre o coletivo e o individual,
considerando Singulares e Sistema?
cooperado e Singular? Uma empresa
precisa ter sócios empreendedores, e
não é o que acontece com a maioria
dos cooperados e os que têm visão
empresarial acabam na Diretoria.
Como já disse Roberto Rodrigues
– ex-presidente da OCB, “a cabeça
separa do corpo”.
A Unimed Assis completou 30
anos e ainda adotamos a uniformidade de remuneração ao cooperado,
não fazendo distinção entre valores
praticados pelo Intercâmbio e nossos
contratos, pagando um valor maior
de consulta e recebendo um valor
menor, valorizando o Intercâmbio
como nosso principal diferencial.
O Sistema Unimed paulista demonstrou forte amadurecimento
com a união em torno da recuperação da Fesp e com certeza auxiliará
o Sistema Unimed como um todo
para encontrar respostas para a grave
crise pela qual estamos passando.
Dr. Cilas Tavares Costa,
presidente da Unimed Assis