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Baru Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Baru Baru em João Pinheiro, MG Estado de conservação Vulnerável Classificação científica Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Fabales Família: Fabaceae Subfamília: Faboideae Género: Dipteryx Espécie: D. alata Nome binomial Dipteryx alata Vog. Sinônimos Coumarouna alata (Vogel)Taub. Dipteryx pteropus Mart. Dipteryx pterota Benth. O baru ou cumaru (Dipteryx alata), é uma árvore da família das leguminosas, subfamília papilionoídea. 1 Nomes populares: baru, barujo, bugueiro, cambaru, castanha-de-bugre, coco-feijão, cumari, cumaru, cumarurana, cumbaru, feijão-baru, feijão-coco, imburana-brava e pau-cumaru. Características A árvore, de até 25 metros de altura com tronco podendo atingir 70 cm de diâmetro, possui copa densa e arredondada. Sua madeira é resistente Folhas compostas por 6 a 12 folíolos, glabras, de coloração verde intensa. Flores pequenas, de coloração esverdeada que surgem de outubro a janeiro. Floresce de outubro a janeiro. O fruto (baru) é um legume lenhoso, castanho com uma única amêndoa comestível, que amadurece de setembro a outubro. As sementes são uma iguaria cada vez mais apreciada e muito nutritiva, embora a dureza do fruto dificulte sua obtenção. Animais silvestres e o gado consomem a polpa aromática do fruto, assim como seres humanos, in natura ou como geléia. O primeiro equipamento para facilitar a abertura do fruto foi construido por Gilmar Moreira, técnico da Emater GO em Fazenda Nova, por volta do ano de 1993. Era constituido por uma foice adaptada em um pedaço de vigota, conforme publicação no Suplemento do Campo do Jornal " O Popular " à época. Ecologia O baru é nativo da vegetação do cerrado brasileiro e das faixas de transição da Mata Atlântica para o cerrado (na floresta latifoliada semidecidual). Ocorre nos estados de Minas Gerais (Triângulo Mineiro), São Paulo (norte do estado), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Ocorre também na Bolívia, Paraguai e Peru. A árvore é perenifólia, heliófita, de terrenos secos. Sua dispersão é irregular. Está ameaçada de extinção devido a: ● destruição de seu bioma nativo, ocupado pela expansão agrícola ● corte devido a sua excelente madeira ● consumo de suas sementes na alimentação e como medicinal. 2 Fenologia Muda de baru. De crescimento rápido, cultiva-se por sementes. Um quilograma de frutos contém cerca de 30 sementes. A semente germina em cerca de 20 a quarenta dias, e a taxa de germinação é baixa. Usos A madeira é de qualidade superior. O gosto da amêndoa do baru, parecido com o do amendoim, leva a população da região a atribuir-lhe propriedades afrodisíacas: diz-se que na época do baru, aumenta o número de mulheres que engravidam. O que já se sabe é que o baru tem um alto valor nutricional. A castanha tem em torno de 23% de proteína, valor maior do que a castanha-de-caju e a castanha-do-pará. A semente pode ser armazenada em um saco de aniagem, em ambiente fechado, por um período de um ano, sem nenhum dano para a qualidade da amêndoa. Fora do coco, as amêndoas também podem ser conservadas pelo mesmo período, desde que sejam guardadas em sacos plásticos dentro do freezer. O preparo das amêndoas para consumo é simples. Depois de tiradas da polpa, é só torrar. Podem ser consumidas sozinhas ou usadas no preparo de pé-de-moleque, rapadura e paçoca. O óleo extraído da amêndoa é de excelente qualidade, e costuma ser utilizado pela população local como aromatizante para o fumo e como antireumático. Apesar de todas as suas qualidades, o baru não é ainda comercializado, sendo muito raro encontrá-lo nas feiras e nas cidades. 3 As qualidades do baruzeiro vêm sendo pesquisadas desde o fim dos anos 1980 pela Embrapa e suas propriedades o tornam uma planta relevante. O baruzeiro, por ser uma árvore de crescimento rápido e pela qualidade e resistência de sua madeira, é uma planta de bastante interesse e indicada para as empresas de reflorestamento. Referências Catalogue of Life: Annual Checklist 2008 IUCN Red List POTT, A.; POTT, V.J. 1994. Plantas do Pantanal. EMBRAPA/MS. Fontes Lorenzi, Harri: Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 1. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002, 4a. edição. ISBN 85-86174-16-X Lorenzi, Harri et. al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006. ISBN 85-867174-23-2 Ligações externas Baru - Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa - Escola do Futuro, USP Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais Globo Rural: Baruzeiro ganha destaque Baru , Slow Food Matéria do Globo Repórter do dia 10 de outubro de 2008 - Descobrindo as frutas do Cerrado - PDF Pesquisa do Instituto Adolf Lutz sobre a composição quimica da castanha de baru de Pirenópolis-GO - Baru e Cia, portal específico sobre a castanha de baru. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Baru 4 Nomes populares: Castanha de baru, cumbaru, cumaru, castanha de burro, viagra do cerrado, coco barata, coco feijão. Nome científico: Dipteryx alata Vog Ocorrência: Ocorrre nas matas e cerrados do Brasil Central, envolvendo terras dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Bahia, Piauí, Maranhão e Distrito Federal. Aspectos botânicos e ecológicos Baruzeiro Leguminosa arbórea da família Fabaceae. 5 Árvore de grande porte chegando a medir 25 metros de altura, podendo atingir 70 cm de diâmetro com vida útil em torno de 60 anos. O baru está ameaçado de extinção em função da procura pela madeira e pelo nível de desmatamento do Cerrado. Ocorre corte indiscriminado do baru para fabricação de carvão vegetal, instalação de cercas (moirões), indústria moveleira, construção civil, entre outros usos. O baru é encontrado em terras férteis e seus ecossistemas de ocorrência têm sido massivamente desmatado em função do avanço da fronteira agropecuária sobre o Cerrado. Crescimento rápido sendo importante para fixação de carbono da atmosfera. Tem sua primeira frutificação com cerca de 6 anos, sendo este período bastante variado em função das condições de solo e água. Possui safra intermitente com variações bruscas de intensidade de produção de frutos de um ano para o outro. Para efeitos práticos, relacionado a utilização comercial, produz uma safra boa a cada 2 anos. Uma árvore adulta produz cerca de 150 kg de fruto por safra boa. Possui apenas uma semente por fruto, do qual pode se aproveitar a polpa, endocarpo e semente (amêndoa). O tamanho do fruto varia muito de região por região, bem como em função das condições de solo, água e genética da planta. Em média o fruto pesa 25g, sendo 30% polpa, 65% endocarpo lenhoso e 5% semente. Leguminosa arbórea da família Fabaceae. Árvore de grande porte chegando a medir 25 metros de altura, podendo atingir 70 cm de diâmetro com vida útil em torno de 60 anos. O baru está ameaçado de extinção em função da procura pela madeira e pelo nível de desmatamento do Cerrado. Ocorre corte indiscriminado do baru para fabricação de carvão vegetal, instalação de cercas (moirões), indústria moveleira, construção civil, entre outros usos. O baru é encontrado em terras férteis e seus ecossistemas de ocorrência têm sido massivamente desmatado em função do avanço da fronteira agropecuária sobre o Cerrado. 6 Crescimento rápido sendo importante para fixação de carbono da atmosfera. Tem sua primeira frutificação com cerca de 6 anos, sendo este período bastante variado em função das condições de solo e água. Possui safra intermitente com variações bruscas de intensidade de produção de frutos de um ano para o outro. Para efeitos práticos, relacionado a utilização comercial, produz uma safra boa a cada 2 anos. Uma árvore adulta produz cerca de 150 kg de fruto por safra boa. Possui apenas uma semente por fruto, do qual pode se aproveitar a polpa, endocarpo e semente (amêndoa). O tamanho do fruto varia muito de região por região, bem como em função das condições de solo, água e genética da planta. Em média o fruto pesa 25g, sendo 30% polpa, 65% endocarpo lenhoso e 5% semente. A polpa do baru constitui importante fonte de alimento para a fauna nativa (pequenos mamíferos, roedores, pássaros, morcego, etc) e para o gado que se alimentam roendo a polpa da fruta na época da safra. A época da floração e frutificação varia de acordo com a região, sendo que a colheita geralmente é feita após o pico de queda dos frutos maduros. Aplicações do baru • Alimentação humana • Alimentação animal • Medicina • Indústria cosmética • Artesanato • Combustível • Indústria madereira/moveleira 7 • Construção civil/rural • Adubação natural (leguminosa) • Moirão vivo Produtos e subprodutos do baru e respectivos uso Parte do fruto Polpa Produto/sub-produto Usos Polpa in natura Alimentação animal Alimentação humana Medicinal/farmacêutico Polpa desidratada Alimentação animal Alimentação humana Medicinal/farmacêutico Farinha Alimentação humana Álcool/Cachaça Consumo humano Medicinal/farmacêutico Cosmético Industrial Resíduos Agrícola (adubo orgânico) Amêndoa crua Alimentação animal Alimentação humana Medicinal/farmacêutico Agrícola (produção mudas) Amêndoa torrada Alimentação humana Farinha Alimentação humana Leite Alimentação humana Óleo Alimentação humana Medicinal/farmacêutico Cosmético Industrial Torta Alimentação humana Medicinal/farmacêutico Cosmético Industrial Pasta/manteiga Alimentação humana Carvão Combustível Ácido Pirolenhoso e alcatrão Industrial Endocarpo lenhoso Artesanato Amêndoa Endocarpo lenhoso 8 Qualidade nutricional da amêndoa Calorias 502 kcal/100g Informações Nutricionais Componente g /100g Proteína 23,9 Gorduras totais 38,2 Gorduras saturadas 7,18 Gorduras insaturadas 31,02 Fibras totais 13,4 Carboidratos 15,8 Tabela de Minerais Minerais mg/100g Cálcio 140 Potássio 827 Fósforo 358 Magnésio 178 Cobre 1,45 Ferro 4,24 Manganês 4,9 Zinco 4,1 Referência Takemoto, E. et al. Composição química da semente e do óleo de baru (Dipteryx alata Vog.) nativo do Município de Pirenópolis, Estado de Goiás. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 60(2):113-117, 2001. Fonte: www.centraldocerrado.org.br 9 Baru Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae) Classe: Magnoliopdida (Dicotiledonae) Ordem: Rosales Família: Leguminosae Nome Científico: Dypterix alata Vog. Nomes Populares: baru, barujó, castanha-de-ferro, coco-feijão, cumaruda-folha-grande, cumarurana, cumaru-verdadeiro, cumaru-roxo, cumbaru, cumbary, emburena-brava, feijão-coco, meriparagé, pau-cumaru Ocorrência: Cerrado, Cerradão Mesotrófico, Mata Mesofítica. Distribuição: Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo (Almeida et al., 198). Floração: de novembro a maio. Frutificação: de outubro a março. 10 Árvore hermafrodita de até 15 m de altura, com tronco podendo atingir 70 cm de diâmetro e copa medindo de 6 a 8 m de diâmetro, densa e arredondada. Folhas compostas por 6 a 12 folíolos, alternos ou subopostos, de coloração verde intensa. Inflorescência panícula terminal e nas axilas das folhas superiores, com cerca de 200 a 1000 flores, caducas antes da antese. Flores pequenas, de coloração alva e esverdeada. Fruto tipo legume, com 5 a 7 cm de comprimento por 3 a 5 cm de diâmetro, de cor marrom-claro com amêndoa e polpa comestíveis. Semente única, marrom-claro e marrom-escuro, cerca de 2 a 2,5 cm de comprimento, elipsóide, brilhante O valor calórico da polpa é de 310 kcal/100 g, com alto teor de carboidratos (63%); é rica em potássio (572mg/100 g), cobre (3,54 mg/100 g) e ferro (5,35 mg/100 g) (Vallilo et al., 1990 apud Almeida et al., 1998). Destacase o elevado teor de fibra insolúvel (28,2%), de açúcar (20,45%) e de taninos (3%) para frutos ainda na árvore (Togashi, 1993 apud Almeida et al., 1998). A semente do baru é rica em cálcio, fósforo e manganês, apresenta 560 kcal/100 g, com cerca de 42% de lipídios e 23% de proteína. O óleo é rico em ácidos graxos insaturados (80%), sendo o componente principal o ácido oléico (44,53%) seguido do linoléico (31,7%), palmítico (7,16%), esteárico (5,33%) e outros, além da vitamina E (13,62 mg/100 g) (Togashi, 1993 apud Almeida et al., 1998). O óleo extraído do fruto é volátil, incolor e espesso. A semente apresenta também alto teor de macro e micronutrientes (mg/100 g): K (811), P (317), Mg (143), Mn (9,14), Fe (5,35), Zn (1,04) e Cu (1,08) (Vallilo et al., 1990 apud Almeida et al., 1998). Nas folhas a concentração de macronutrientes apresentou valores médios de P(0,14%), Ca (0,68%), Mn (150 ppm) e Zn (40 ppm) (Araújo, 1984 apud Almeida et al., 1998). Estudando o comportamento dessa espécie, em competição, Toledo Filho 1985 apud Almeida et al., 1987), recomenda-a tanto para ornamentação de ruas e praças quanto para o aproveitamento silvicultural. Planta ornamental, de copa larga, com bonita folhagem e ramos que oferecem resistência ao vento. Fornece madeira de cor clara, compacta, resistente às pragas, própria para construção de estrutura externas como: estacas, postes, moirões, obras hidráulicas, dormentes, bem como para 11 construção civil e naval, para vigas, caibros, batentes de porta, assoalhos e carrocerias (Corrêa, 1931; Lorenzi, 1992 apud Almeida et al., 1998). O gosto da amêndoa do baru, parecido com o do amendoim, leva a população da região a atribuir-lhe propriedades afrodisíacas: diz-se que na época do baru, aumenta o número de mulheres que engravidam. O que já se sabe é que o baru tem um alto valor nutricional que, superando os 26% de teor de proteínas, é acima do encontrado no coco-da-baía. A amêndoa do baru pode (Figura abaixo) ser comida crua ou torrada e, nesse último caso, substitui com equivalência a castanha-de-caju, servindo como ingrediente em receitas de pé-de-moleque, rapadura e paçoquinha Para se obterem as amêndoas, tem-se primeiramente que retirar a polpa com faca. Os frutos despolpados são quebrados com o auxílio de uma morsa (torno fixo de oficina mecânica) ou martelo, processo esse bastante rápido. Recomenda-se quebrar somente aqueles frutos cujas amêndoas sacodem ao balançá-los, porque os outros não contêm amêndoas. A vantagem de se usar a morsa é que as amêndoas não são danificadas, sendo, por esse fato, usadas também para a formação de mudas (Almeida et al., 1987). Ferreira (1980 apud Almeida et al., 1987) relata que as sementes do baru fornecem um óleo de primeira qualidade, que tanto é utilizado como aromatizante para o fumo como anti-reumático na medicina popular. A polpa é bastante apreciada pelos bovinos, suínos e animais silvestres, que a consomem quando os frutos caem no chão ou das raspas que sobram da retirada da semente para consumo humano (Almeida et al., 1990 apud Almeida et al., 1998). Os frutos maduros são procurados por morcegos e macacos. Os macacos chegam a atrapalhar a dispersão pois conseguem quebrar o fruto com pedra e comer as amêndoas (Ferreira, 1980 apud Almeida et al., 1998). Embora tenha bom potencial econômico, o fruto não é comercializado nas cidades. Pode ser apreciado apenas como planta nativa nas fazendas do centro-oeste, onde alguns fazendeiros se preparam para iniciar seu cultivo racional principalmente em meio a áreas de pastagens (Avidos e Ferreira, 2003). 12 Para se efetuar a colheita de frutos de espécies arbóreas como Pequi, Jatobá, Cagaita e Baru deve-se estender uma lona, forro de pano ou de plástico ao redor da planta, balançar levemente os galhos e recolher os frutos sadios, sem vestígios de ataques de pragas ou de doenças, e acondicioná-los em recipientes adequados para o transporte (Silva et al., 2001). Para a formação das mudas usam-se as sementes ou amêndoas. Quando se faz a semeadura com sementes nuas, a germinação é mais rápida do que com o fruto inteiro. Sobre esse aspecto, Filgueiras & Silva (1975) apud Almeida et al., (1987) citam que as sementes nuas levaram treze dias para germinar, enquanto no fruto inteiro demoraram 42 dias. As mudas dessa espécie devem ser mantidas a pleno sol, pois na sombra podem sofrer ataque de fungos Cilindrocladium sp. e outras pragas. Nogueira & Vaz (1993) apud Almeida et al., (1998), obtiveram mudas de 15 cm de altura após 40 dias da semeadura. Foi observado ainda que o crescimento da parte subterrânea é mais rápido que o da parte aérea. A frutificação inicia-se aos seis anos (Carvalho, 1994 apud Almeida et al., 1998). Disponível em: www.fruticultura.iciag.ufu.br ; http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/baru/baru.php#ixzz1wlJgM8Lr 13 Castanha de Baru Autor: Pierre Vilela Planta do cerrado, do barueiro aproveita-se o fruto, amêndoa (castanha), óleo e madeira de boa qualidade Nome popular da fruta: Baru (cumbaru, barujo, coco-feijão e cumarurana) Nome científico: Dypterix alata Vog. Origem: Brasil (Cerrado) Fruto: O barueiro produz de 500 a 3.000 frutos por planta, com tamanho variando de 5 a 7 cm de comprimento por 3 a 5 cm de diâmetro. A cor da casca, quando maduro, é amarronzada, assim como a polpa. O peso varia de 26 a 40 g. Cada fruto possui uma semente (amêndoa) de cor marrom-claro ou marrom-escuro. O peso de 100 amêndoas atinge cerca de 150 g. A amêndoa é rica em calorias e proteínas. A polpa é rica em proteína, aromática, muito consumida pelo gado e animais silvestres. Planta: O baru tem porte arbóreo, atingindo de 6 a 8 metros de altura por 6 a 8 metros de diâmetro de copa. A planta frutifica em um período muito curto do ano, nos meses de setembro e outubro. Ocorre nas formações de mata seca, cerradão ou cerrado. É exigente em fertilidade, ocorrendo em áreas de solos mais férteis. Cultivo: O plantio de fruteiras do cerrado reduz a pressão da coleta extrativa e predatória dos frutos. O barueiro pode ser utilizado na recomposição ambiental (recuperação de áreas desmatadas), em reflorestamento, para 14 proteção de nascentes, margens de rios e lagos, no sombreamento de pastagens, etc. Como não há disponibilidade de sementes selecionadas comerciais, o produtor deverá iniciar o plantio a partir da coleta de frutos no campo. As plantas fornecedoras (matrizes) deverão ser selecionadas criteriosamente, observando seu vigor, produtividade, qualidade dos frutos e ausência de pragas. Essas plantas devem ser identificadas e preservadas, para futuras coletas. Extraída a polpa, as sementes são lavadas e postas para secar em local ventilado e seco. As sementes devem ser selecionadas, procurando-se uniformizar os lotes por tamanho, cor e forma, eliminando-se sementes deformadas, sem amêndoa ou com sintomas de ataque de pragas. O viveiro de mudas deverá ser preparado para semeadura o mais breve possível após a coleta das sementes. Essa área deve ser isolada e protegida da entrada de animais e pessoas que possam comprometer as mudas. Antes do plantio, as sementes do baru devem ser escarificadas (passadas em superfície áspera para promover sulcos em sua pele) e imersas em água por 24 horas. As mudas de baru devem ser produzidas em sacos de polietileno colocando-se uma ou duas sementes por saco, enterradas a profundidade de 1 cm. A percentagem de germinação alcança 95% e o período de germinação é de 15 a 25 dias. O plantio das mudas no campo pode ser feito com espaçamento de 8 x 8 metros. Para exploração comercial das plantas do cerrado, o produtor deve realizar previamente uma pesquisa de demanda no mercado, identificando potenciais compradores e sua real necessidade de produto. Pode realizar algum beneficiamento ou a industrialização, desde que identifique claramente canais de distribuição para seus produtos. Usos: A polpa do baru é consumida fresca ou em forma de doces, geléias e licores, podendo ser utilizada para sorvetes. A amêndoa é consumida torrada ou em forma de doces e paçoca. O óleo, obtido por meio do processamento das amêndoas, é utilizado na alimentação humana de maneira variada. Sua madeira apresenta alta durabilidade e pode ser utilizada para confecção de mourões. 15 A castanha do baru possui grande riqueza energética, além de vitaminas, sais minerais e gordura vegetal. São ricas em fibras, potássio, proteína, lipídio, fósforo, magnésio, vitamina C e cálcio. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/setor/fruticultura/o-setor/frutas-de-a-a-f/baru 16
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