Projeto Curricular

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Projeto Curricular
PROJETO CURRICULAR DE ESCOLA
Ano Letivo 2015-2016
Índice
2
Introdução ................................................................................................................................................. 3
Estrutura organizativa do Colégio D. Pedro V ........................................................................................ 4
Recursos Humanos ........................................................................................................................... 4
Recursos Físicos................................................................................................................................ 6
Organização Curricular ............................................................................................................................ 7
Calendário Escolar ............................................................................................................................ 7
Horário de Funcionamento do Estabelecimento de Educação e Ensino ...................................... 8
Horário de Atendimento aos Encarregados de Educação – Pré-escolar ...................................... 8
Horário de Atendimento aos Encarregados de Educação – Primeiro ciclo.................................. 9
Matriz curricular/Cargas Curriculares ........................................................................................... 9
Temática do Projeto Curricular de Escola ............................................................................................ 13
Competências Gerais .............................................................................................................................. 14
Avaliação ................................................................................................................................................. 21
Bibliografia .............................................................................................................................................. 30
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Introdução
O Projeto Curricular de Escola, doravante designado PCE, é o documento que operacionaliza o
Projeto Educativo do Colégio D. Pedro V, respeitando as orientações curriculares nacionais,
atendendo à especificidade do meio onde nos encontramos e às suas necessidades, no âmbito
do estabelecido no Decreto-lei nº 152/2013, de 4 de novembro que consagra a autonomia e a
flexibilidade da gestão do currículo.
Mais do que estabelecer orientações e definir metas, o PCE observa e enquadra o currículo
como um todo, conferindo-lhe substância fundamental para reforçar a noção da necessidade
formativa orientada para o desenvolvimento integrado e global da criança. Ora, esta visão,
consubstanciada no Projeto Educativo, sob o tema “A Escola e o Meio: uma forma de Ser, Saber
e Construir” visa a construção de um saber sustentado por aprendizagens dinâmicas,
articuladas com outros saberes, outras práticas. O conhecimento não é estanque, evolui,
desenvolve-se em partilhas, em tentativas, em ações. Fundamental é não ficarmos pelo intento,
mas procurar o conhecimento, procurar evoluir, não num só campo, porque isso seria redutor,
mas em vários domínios, o tal caráter abrangente, dinâmico, global que devemos promover
junto das crianças, motivando-as, orientando-as, estimulando a sua curiosidade, a sua visão e
perspicácia.
Para além de auxiliar na planificação e cumprimento do Projeto Curricular de Grupo/sala, este
documento visa orientar as práticas educativas, constituindo o mote principal para a
operacionalização do Projeto Educativo.
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Estrutura organizativa do Colégio D. Pedro V
Recursos Humanos
4
Corpo docente Pré-Escolar
Nome
Dr. Bruno Manuel Palmeirão Silva
Cargo/Função
Diretor Pedagógico
Sala
-
Drª Cristina Antunes
Educadora de infância
1
Drª Maria José Soares
Educadora de infância
2
Drª Corina Lopes
Educadora de infância
3
Drª Alexandra Brandão
Educadora de infância
4
Nome
Dr. Bruno Manuel Palmeirão Silva
Cargo/Função
Diretor Pedagógico
Sala/Ano
-
Drª Jacinta Machado
Professora de 1º Ciclo
3º ano
Drª Madalena Rodrigues
Professora de 1º Ciclo
2º ano
Drª Juliana Rocha
Professora de 1º Ciclo
1º ano
Drª Leonor Soares
Professora de 1º Ciclo
4º ano
Corpo docente Primeiro Ciclo
Atividades de Enriquecimento Curricular - responsáveis
Nome
Dr. Bruno Manuel Palmeirão Silva
Cargo/Função
Diretor Pedagógico
Drª Fabíola Lopes
Professora de Inglês
Dr. Fernando Pinto
Professor de Expressão musical
Dr. Rui Lemos
Professor de Educação Física
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Corpo não docente – Pré-escolar
Nome
Cátia Pinto
Cargo/Função
Auxiliar de ação educativa
Sala/Ano
1
Elvira da Luz Raimundo
Auxiliar de ação educativa
2
Maria Conceição Pereira
Auxiliar de ação educativa
3
Helena Coelho
Auxiliar de ação educativa
4
Sameiro Ferreira
Auxiliar de ação educativa
Dormitório
Corpo não docente – Primeiro ciclo
Nome
Lucinda Cerqueira
Cargo/Função
Auxiliar de ação educativa
Mónica Ferreira
Animadora sociocultural
Sílvia Henriques
Auxiliar de ação educativa
Atividades Extracurriculares - responsáveis
Nome
Atividade extracurricular
Cláudio
Karaté
Arte Total
Ballet
Profª Ana Maria, Prof. Camarinha e
Prof. Daniel
Academia Musical D. Pedro V
Márcia Sobral
Dança com Imaginação
Rui Lemos
Escolinha de Futebol D. Pedro V
Gymtónico
Natação
Artigym
Ginástica acrobática
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ALUNOS (dados relativos ao ano escolar 2015/2016)
Tabela- População escolar discente
Pré-escolar
100
1º Ciclo
90
Recursos Físicos
Numa descrição sumária, podemos dizer que existem os seguintes espaços do ensino básico:
Jardim de Infância
a) Quatro salas equipadas com material pedagógico diversificado e apropriado para as
diferentes idades;
b) Três instalações sanitárias;
c) Ginásio (comum aos alunos do Ensino Básico);
d) Sala multiusos;
e) Duas áreas ao ar livre sendo uma equipada com brinquedos vários e outra um recinto
livre para exercício de jogos tradicionais e/ou criativos;
f) Um refeitório com 135 lugares
g) Uma sala de convívio
Primeiro Ciclo do Ensino Básico
a) Quatro salas de aula polivalentes (distribuídas pelo edifício principal, que possui
elevador);
b) Uma sala equipada para Educação Visual e Tecnológica;
c) Duas salas para o uso exclusivo dos Professores, com W.C. privativos;
d) Uma área de recreio ao ar livre;
e) Um terraço de uso livre;
f) Uma área de recreio no interior;
g) Um refeitório com 135 lugares.
h) Uma sala de convívio;
i) Ginásio (comum aos alunos do Ensino Básico).
Para que as crianças usufruam de todos os meios pedagógicos dispomos de:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Todo o material didático requerido pelas disciplinas mais específicas;
Televisores e vídeos;
Projetores multimédia
Equipamento áudio;
Um amplificador de som;
Computadores pessoais.
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Organização Curricular
Calendário Escolar
O calendário escolar do ano letivo 2015-2016 foi definido pelo Ministério da Educação e Ciência,
através do Despacho 7104-A/2015, de 26 de junho, muito embora o Colégio D. Pedro V
disponha de autonomia pedagógica (Decreto Lei nº 152/2013 – 4 de novembro), permitindolhe ajustar e gerir a calendarização das atividades pedagógicas, concretamente em relação ao
início e termo das mesmas.
Calendário Escolar
Ano
Períodos e Interrupções
Início
Termo
Pré-escolar:
2015
1º Período
1 de setembro
18 de dezembro
1º Ciclo:
15 de setembro
2016
Interrupção do Natal
18 de dezembro
31 de dezembro inclusive
2º Período
04 de janeiro
18 de março
Interrupção do Carnaval
08 de fevereiro
10 de fevereiro inclusive
Interrupção da Páscoa
21 de março
1 de abril inclusive
3º Período
4 de abril
Pré-escolar – 17 de
Junho
1º ciclo – 9 junho
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Horário de Funcionamento do Estabelecimento de Educação e Ensino
EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR:
Em relação à educação pré-escolar o horário de funcionamento é o seguinte:
Das 8hOO às 18hOO (horário normal)
Das 18hOO às 19hOO (prolongamento de horário)
PRIMEIRO CICLO:
No que concerne o 1° CEB, a escola tem o seguinte horário:
Das 9hOO às 17h30, de segunda a sexta-feira. O ATL (Atividades de tempos livres) é gratuito até
às 17:30 horas, passando a regime tributável até às 19 horas.
No que se refere à componente educativa do pré- escolar, funciona das 9h às 12h e das 14h às
16h. O Primeiro Ciclo funciona das 9h às 12:30h e das 14h às 16:00.
Horário de Atendimento aos Encarregados de Educação – Pré-escolar
Sala
Dia
Hora
Sala 1
4ª feira
12 – 13 horas
Sala 2
4ª feira
12 – 13 horas
Sala 3
4ª feira
12 – 13 horas
Sala 4
4ª feira
12 – 13 horas
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Horário de Atendimento aos Encarregados de Educação – Primeiro ciclo
Ano
Dia
Hora
1º ano
Primeiras e terceiras quintas-
16:15 H – 16:45 H
9
feiras de cada mês
2º ano
Primeiras e terceiras terças-
16:05 H – 16:35 H
feiras de cada mês
3º ano
Primeiras e terceiras terças-
16:15 H – 16:45 H
feiras de cada mês
4º ano
Primeiras e terceiras quintas-
16:15 H – 16:45 H
feiras de cada mês
Relativamente à componente de apoio à família, é assegurada pelas auxiliares de ação
educativa em regime de rotatividade. Esta componente funciona com o seguinte horário: das
8h às 9h; das 12h às 14h e das 16h às 18h, havendo prolongamento de horário até às 19h.
A organização da componente social é da responsabilidade da equipa pedagógica, da qual
fazem parte as Docentes, sob supervisão do Diretor Pedagógico. Desta forma, o papel desta
equipa é o de orientação e coordenação da componente de apoio à família e nas formas como
se articula com a componente curricular. Organizar esta componente deve merecer uma
cuidadosa reflexão, tendo como condição mais importante garantir um atendimento de
qualidade, bem como proporcionar atividades diversificadas e enriquecedoras.
Matriz Curricular/Cargas Curriculares
A reorganização curricular definida pelo Decreto-lei nº 176/2014, de 12 de dezembro, obrigou
a diversos ajustes no Primeiro Ciclo do Ensino Básico, como a obrigatoriedade do Apoio ao
Estudo ou a introdução da Oferta Complementar. Para além disso, a reformulação curricular
que este Ciclo tem vindo a sofrer levou o Colégio a adotar 3 horas de Inglês, no 3º ano do
Primeiro Ciclo do Ensino Básico, devido ao caráter obrigatório que esta disciplina passou a ter,
através do Decreto-lei acima mencionado. Assim, discrimina-se no quadro abaixo a matriz
curricular vigente no Primeiro ciclo do Ensino Básico do Colégio D. Pedro V.
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Componentes do Currículo
Carga horária
Português
8 Horas
Matemática
8 Horas
Estudo do Meio
3 Horas
Expressões Artísticas e Físico-motoras
3 Horas
Oferta complementar
1 Horas
Apoio ao Estudo
2 Horas
10
Inglês
2 Horas *
Educação Moral e Religiosa (catequese)
1 Horas
Total
28 Horas
*Nos primeiro, segundo e quarto anos. No terceiro ano a disciplina de Inglês tem a carga horária
de 3 horas semanais.
Português – 1º Ciclo
A remodelação curricular, na Língua Portuguesa, efetuada a partir do Decreto-lei nº 139/2012,
de 5 de julho, agrupou as Metas Curriculares em quatro domínios de referência: leitura, escrita,
educação literária e gramática, visando uma melhor articulação e operacionalização entre as
metas curriculares e os programas, tornando-os mais exequíveis. Segundo o mesmo
documento, o ensino da Língua Materna deve proporcionar a observação das ocorrências de
natureza linguística e literária, a sua problematização deve estar adequada ao nível de ensino,
de forma clara, permitindo a exercitação por parte do aluno, contribuindo, desta forma, para a
maior eficácia do ensino de Português em Portugal.
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Matemática – 1º Ciclo
A última Revisão da Estrutura Curricular, legitimada no Decreto-lei n.º 139/2012 de 5 de julho,
bem como no Despacho n.º 5306/2012 de 18 de Abril, visa melhorar a qualidade do ensino e
da aprendizagem, através de uma cultura de rigor e de excelência desde o Ensino Básico.
De acordo com o documento exarado pelo Ministério da Educação, o Programa, “o
desenvolvimento da compreensão - que resulta da ampliação contínua e gradual de uma
complexa rede de regras, procedimentos, factos, conceitos e relações que podem ser
mobilizados, de forma flexível, em diversos contextos - deve ocupar o centro das preocupações
das escolas e dos professores, com vista a melhorar a qualidade da aprendizagem da
Matemática no nosso país.
Estudo do Meio- 1º Ciclo
Com o Estudo do Meio os alunos irão aprofundar o seu conhecimento da Natureza e da
Sociedade, cabendo aos professores proporcionar-lhes os instrumentos e as técnicas
necessárias para que eles possam construir o seu próprio saber de forma sistematizada.
Expressões Artísticas e Físico-Motoras – 1º Ciclo
Integram a Expressão e Educação Musical, a Atividade Física e Desportiva, a Expressão Plástica
e a Expressão Dramática. Pretende-se desenvolver a criatividade e imaginação dos alunos, já
demasiado presa e dependente a manuais estereotipados e, através de jogos diversos,
potenciar o seu crescimento integral.
Oferta Complementar – 1º Ciclo
A Oferta Complementar, uma das novas componentes do Currículo no 1.º Ciclo do Ensino
Básico, tem como objetivo o desenvolvimento de atividades, integrando ações que promovam,
de forma transversal, a Educação para a Cidadania e componentes de trabalho com as
Tecnologias de Informação e Comunicação.
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Inglês – 1º Ciclo
Desde 2011 que esta disciplina tem vindo a ser objeto de avaliações ministeriais, visando o
aprofundamento do conhecimento, oral e escrito da língua inglesa, devido ao impacto que tem
no mundo atual. Durante os últimos anos, muito embora tivesse caráter opcional, a maioria das
crianças a frequentar o 1º Ciclo do Ensino Básico, frequentou, igualmente, as aulas deste
idioma. Todavia, no último ano letivo, através do Decreto-Lei nº 176/2014, de 12 de dezembro,
a disciplina de Inglês passa a ter caráter obrigatório, a partir do 3º ano, adivinhando-se o
prolongamento desta medida para todo o 1º Ciclo.
Catequese – 1º Ciclo
O Colégio D. Pedro V é uma instituição assumidamente cristã. Nesse sentido, a Educação Moral
e Religiosa, orientada para a atividade extracurricular de catequese permite, no 3º ano, que os
alunos realizem a Primeira Comunhão.
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Temática do Projeto Curricular de Escola
“A Escola e o meio: uma forma de ser, saber e construir”
A transformação dos paradigmas sociológicos permitiu a abrangência teórico-concetual de
novas problemáticas sociais escolares, passando-se a considerar cada vez mais a comunidade
educativa e, dentro dela, o aluno enquanto sujeito ativo e integrante do seu próprio processo
educativo. Assim, enquadrado numa “cultura organizacional escolar” produzida de forma
participada pelos diferentes atores, nas relações que mantêm uns com os outros, nos diferentes
espaços e momentos e com os próprios saberes, o aluno, constitui-se um sujeito (co)autor da
sua escolaridade. Nesta dinâmica relacional de aprendizagem, o aluno é também alvo de uma
nova socialização escolar, que resulta de estratégias individuais e familiares de correspondência
às solicitações institucionais, nomeadamente dos diversos professores, com vista à ordem
social e escolar (Abrantes, 2011), fundamentais para o bem-estar e para qualquer experiência
escolar significativa. Parece relevante a ideia de que a escola não tem acompanhado as
transformações sociais e culturais, sobretudo porque assenta em suposições e quadros teóricos
desfasados com a realidade. A sociedade alterou-se e a escola, os responsáveis pela sua
regeneração e adaptação não tem acompanhado à mesma velocidade as mudanças.
Todavia, tal não quer dizer que a escola deve acompanhar sistematicamente a mudança,
somente porque ela existe ou porque se deve adaptar às alterações geracionais. Pelo contrário,
a escola é também símbolo de uma cultura, de um conjunto de valores comuns, transversais do
ponto de vista geracional. Se, por um lado, deve caminhar para a mudança, para o progresso,
para o avanço civilizacional e tecnológico, por outro, deve difundir a cultura, os valores, a
personalidade da sociedade que representa. Deixar-se adulterar por outros sistemas que não
são representativos da maneira de ser de um povo, desvirtuar a sua educação e personalidade
pode levar à perda de identidade. Os alunos devem sentir-se completos, sentir que a escola
pretende o seu bem, o seu desenvolvimento equilibrado e integral, não olhar para a escola
como uma seca ou local de mera passagem. Nesse sentido, é fundamental a colaboração das
famílias, incentivando os seus educandos para o estudo, para a preparação ativa e integrada da
sua vida futura, enquanto cidadãos responsáveis.
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Competências Gerais
A formulação das competências a alcançar no final da escolaridade básica tem como referentes
os pressupostos da Lei de Bases do Sistema Educativo, sustentando-se num conjunto de valores
e princípios que a seguir se enunciam:

A construção e a tomada de consciência da Identidade pessoal e social.

A participação na vida cívica de forma livre, responsável, solidária e crítica.

O respeito e a valorização da diversidade dos indivíduos e dos grupos quanto às suas
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pertenças e opções.

A valorização de diferentes formas de conhecimento, comunicação e expressão.

O desenvolvimento do sentido de apreciação estética do mundo.

O desenvolvimento da curiosidade intelectual, do gosto pelo saber, pelo trabalho e pelo estudo.

A construção de uma consciência ecológica conducente à valorização e preservação do património
natural e cultural.

A valorização das dimensões relacionais de aprendizagem e dos princípios éticos que regulam
o relacionamento com o saber e com os outros.
À luz destes princípios, equacionaram-se as competências necessárias à qualidade de vida
pessoal e social do indivíduo, a promover gradualmente ao longo da educação pré-escolar e
primeiro ciclo:
Não podemos esquecer que a “educação pré-escolar é hoje a primeira etapa da educação
básica, sendo complementar da ação educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita
cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança e tendo em
vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário” (Lei Quadro da
Educação Pré - Escolar, lei nº 5/97, artº 2º).
No âmbito do diploma mencionado anteriormente, são também definidos os objetivos
específicos da educação pré-escolar:

Criar na criança o sentimento de que a escola é um local de múltiplas aprendizagens;
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
Socializar, ensinando a estabelecer relações com os outros, através do
desenvolvimento linguístico e do respeito pela pluralidade das culturas, do sentido da
liberdade e da responsabilidade na perspetiva de uma educação para a cidadania;

Promover o desenvolvimento das capacidades intelectuais da criança, incutindo
hábitos e atitudes que favoreçam uma aprendizagem ativa;

Desenvolver na criança as capacidades de sentir, agir, refletir e imaginar;

Contribuir para a estabilidade e segurança afetivas da criança;

Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências e precocidades, promovendo a
melhor orientação e encaminhamento da criança;

Assegurar a participação permanente das famílias no processo educativo.
A educação pré-escolar é entendida como o conjunto de serviços prestados às crianças dos três
aos seis anos de idade em contextos formais e prestados por pessoal profissional, preocupados
explicitamente em promover atividades e experiências nos domínios do desenvolvimento, da
socialização e da instrução.
Pesquisas efetuadas no decorrer dos anos, quer no campo da psicologia, quer no campo da
pedagogia, mostram como são importantes os primeiros anos de vida de uma criança, já que
eles correspondem à fase de maior desenvolvimento das suas capacidades, constatando-se que
as deficiências de aproveitamento das suas potencialidades produzem atrasos no
desenvolvimento, que depois serão difíceis de compensar.
Assim, pode-se afirmar que, do jardim-de-infância se espera uma ação diversificada,
integradora e global com um conteúdo específico, próprio, rico e vasto, que se centra em
atividades múltiplas de índole essencialmente qualitativa e formativa. Esta ação expressa-se,
designadamente no âmbito da liberdade, da criatividade e da sociabilidade, concretizando-se
no plano psicomotor, afetivo e intelectual, bem como, na aquisição de hábitos e de normas.
Os quadros de incidência do desenvolvimento global expressos nos domínios referidos,
constituem o sentido da função educativa que cabe aos jardins-de-infância. Não se trata do
ensino formal, muito menos da antecipação do processo de aprendizagem inerente a uma fase
seguinte. Na verdade, a educação pré-escolar promove o desenvolvimento integral da criança,
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permitindo-lhe a aquisição de capacidades que serão fundamentais para todas as suas
aprendizagens futuras.
A educação de infância privilegia também a relação com os pais e a participação dos mesmos
no processo educativo das crianças. Assim sendo, ao ter em conta as características de classe
social dos pais, do grupo de vizinhança e da comunidade, esta organização educativa pretende
proporcionar um conjunto de experiências enriquecedoras, as quais darão à criança aptidões
requeridas em todo o seu processo de aprendizagem e crescimento pessoal.
A educação pré-escolar será assim uma educação que, ao inscrever-se no quadro do
desenvolvimento integral do indivíduo, contribui para desenvolver as faculdades cognitivas,
psicomotoras, sócio afetivas, bem como as que decorrem das vivências em sociedade: opiniões
pessoais, desenvolvimento do sentido de responsabilidade moral e social, sentido critico, entre
outras.
As orientações curriculares para a educação de infância não existem fora de contextos
históricos, sociais e culturais, pelo que a eficiência educativa forçará à aproximação das
diferentes dimensões e contextos da criança. É com base nestas orientações que o trabalho é
estruturado, planeado e desenvolvido. Este documento constitui um referencial para os
educadores e uma informação para os pais, pois visa melhorar a intervenção pedagógica e, em
simultâneo, permite uma explicitação às famílias de todo o trabalho desenvolvido no jardimde-infância.
Deste modo, a família e a instituição de educação pré-escolar são dois contextos que
contribuem para a educação da mesma criança, tornando-se necessária uma relação forte entre
estes dois sistemas. A colaboração entre eles deve ser cada vez mais estreita e atenta,
revestindo-se de várias formas e níveis.
Posteriormente, o Ministério da Educação publicou as Metas de Aprendizagem para o Ensino
do Pré-Escolar. A definição de metas finais para a educação pré-escolar, contribui para
esclarecer e explicitar as “condições favoráveis para o sucesso escolar” indicadas nas
Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, facultando um referencial comum que
será útil aos educadores de infância, para planearem processos, estratégias e modos de
progressão de forma a que todas as crianças possam ter realizado essas aprendizagens antes
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de entrarem para o 1.º ciclo. Não se pretende, porém, que esgotem ou limitem as
oportunidades e experiências de aprendizagem, que podem e devem ser proporcionadas no
jardim-de-infância e que exigem uma intervenção intencional do educador.
17
Formação Pessoal e Social (a)
Conhecimento do Mundo (b)
Motora
Dramática
Expressões
Plástica
Expressão e
Comunicação (c)
Domínios
Musical
Linguagem Oral e Abordagem à
Escrita
Matemática
Baseando-se nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, as metas de
aprendizagem estão globalmente estruturadas pelas áreas de conteúdo aí enunciadas,
mantendo a mesma designação. No entanto, a sua apresentação e organização interna têm
algumas especificidades, ao adotar, nas diferentes áreas, os grandes domínios definidos para
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todo o ensino básico e ao diferenciar alguns conteúdos que estão menos destacados nas
Orientações Curriculares. Esta reorganização decorre da opção, que é comum à definição das
metas para todo o ensino básico, de estabelecer uma sequência das aprendizagens que, neste
caso, visa particularmente facilitar a continuidade entre a educação pré-escolar e o ensino
básico.
Importa acrescentar que, se é obviamente necessário definir aprendizagens a realizar em cada
área, não se pode esquecer que na prática dos jardins-de-infância se deve procurar uma
construção articulada do saber, em que as áreas devem ser abordadas de uma forma
globalizante e integrada. Este entendimento surge, aliás, nas aprendizagens definidas para
algumas áreas, como será explicitado a seguir, na sua apresentação.
As áreas em que estas aprendizagens estão organizadas são as seguintes:

Formação Pessoal e Social – esta área é apenas contemplada na educação pré-escolar
dada a sua importância neste nível educativo, em que as crianças têm oportunidade de
participar num grupo e de iniciar a aprendizagem de atitudes e valores que lhes
permitam tornar-se cidadãos solidários e críticos. Nesta área, que tem continuidade nos
outros ciclos enquanto educação para a cidadania, identificaram-se algumas
aprendizagens globais que lhe são próprias. No entanto, tratando-se de uma área
integradora, essas aprendizagens surgem muitas vezes também referidas, de modo mais
específico em outras áreas, relacionadas com os seus conteúdos.

Expressão e Comunicação – nesta área surgem separadamente os seus diferentes
domínios. No domínio das Expressões são diferenciadas as suas diferentes vertentes:
Motora, Plástica, Musical, Dramática, neste caso designada por Expressão
Dramática/Teatro, tendo-se acrescentado a Dança que tem relações próximas com a
Expressão Motora e Musical. As metas propostas para estas várias vertentes estão
organizadas de acordo com domínios de aprendizagem que são comuns a todo o ensino
artístico ao longo da escolaridade básica. Por seu turno, a estrutura da Expressão
Motora corresponde à que é adotada para a Educação Física Motora do 1º ciclo. Estas
opções decorrem da intenção de progressão, articulação e continuidade que presidiu à
elaboração destas metas.
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
Linguagem Oral e Abordagem da Escrita – esta área corresponde à Língua Portuguesa
nos outros ciclos e inclui não só as aprendizagens relativas à linguagem oral, mas
também as relacionadas com compreensão do texto escrito lido pelo adulto, e ainda as
que são indispensáveis para iniciar a aprendizagem formal da leitura e da escrita.

Matemática – esta área contempla as aprendizagens fundamentais neste campo do
conhecimento, distribuídas também pelos grandes domínios de aprendizagem que
estruturam a aprendizagem da Matemática nos diferentes ciclos.

Conhecimento do Mundo – esta área abarca o início das aprendizagens nas várias
ciências naturais e humanas, tem continuidade no Estudo do Meio no 1º ciclo e inclui,
tal como este, de forma integrada, o contributo de diferentes áreas científicas (Ciências
Naturais, Geografia e História).
Acrescentou-se ainda:

Tecnologias de Informação e Comunicação – uma área transversal a toda a educação
básica e que, dada a sua importância atual, será, com vantagem, iniciada precocemente
Objetivos Pedagógicos:
Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das
culturas.
Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas características
individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e
diferenciadas;
Desenvolver a expressão e a comunicação através das linguagens múltiplas como meio de
relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo.
Sensibilizar para as questões éticas e morais suscitadas pelo mundo dos heróis.
Promover aprendizagens diversificadas e enriquecedoras tendo como ponto de partida o
saber das crianças;
Promover o interesse pela literatura infantil, tendo como ponto de partida a fantasia e o
imaginário subjacentes à mesma
Proporcionar aprendizagens significativas partindo dos reais interesses das crianças
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Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança, sensibilizando-a para a
importância de ajudar o outro.
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Avaliação
Avaliar na Educação Pré-Escolar pressupõe, para nós, enquanto grupo de Educadores de
Infância, analisar e refletir sobre as Orientações Curriculares que constituem uma referência
comum para todos os educadores da Rede Nacional de Educação Pré-Escolar e se destinam à
organização da componente educativa e que não sendo um programa se diferenciam de
conceções de currículo, por serem mais gerais e abrangentes dado que incluem a possibilidade
de fundamentar diversas opções educativas e portanto vários currículos. A Avaliação será de
natureza qualitativa / formativa sendo os processos e resultados avaliados em função do
desenvolvimento da criança e da metodologia utilizada.
Assim a avaliação deverá ser:
 Individualizada, centrando-se na evolução de cada criança, tendo em conta as suas
características individuais;
 Um elemento chave no processo educativo, tornando-se um suporte fundamental na
reorientação e planificação;
 Deve adequar-se ao contexto em que ocorre e deve pressupor a participação de todos os
intervenientes de modo a tornar-se um elemento regulador da atividade educativa.
Instrumentos de Avaliação
Os instrumentos de avaliação devem referenciar as competências a adquirir:
Competências para a Educação Pré-Escolar;

Ficha de avaliação diagnostica;

Ficha de Observação e Avaliação;

Ficha de Avaliação do Desenvolvimento das Crianças.

Portefólios das crianças
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Portefólio Individual da Criança
Os portefólios individuais das crianças são instrumentos de documentação e avaliação contínua
do desenvolvimento das crianças nas diferentes áreas curriculares.
Os portfólios individuais possibilitam observar como as crianças são diferentes, devido à ênfase
dada aos processos de aprendizagem e não só aos produtos finais permitindo, deste modo ao
docente, definir objetivos de acordo com o desenvolvimento de cada criança, promovendo a
diferenciação pedagógica.
PIP
Esta escala de avaliação permite ao docente avaliar o ambiente educativo (organização do
espaço e materiais), a rotina diária, a interação adulto-criança e a interação adulto-adulto.
Deste modo, este instrumento permite avaliar a qualidade dos contextos de educação préescolar, identificar as necessidades de formação das educadoras de infância e de outros
profissionais que trabalhem com crianças pequenas.
Metas de aprendizagem
As múltiplas inteligências de Garner e a escala de envolvimento são um importante contributo
para orientar a minha observação, pois estas “representam os conteúdos naturais do
desenvolvimento e da aprendizagem das crianças,” (Parente, 1996, p.27) e quando o adulto
consegue identificar os momentos e circunstâncias em que elas ocorrem consegue planificar as
suas observações e documentá-las melhor.
Na página seguinte destaca-se um quadro integrando as áreas de conteúdo a desenvolver,
tendo em consideração, não só as competências traçadas, como também as Orientações
Curriculares para a Educação Pré-Escolar.
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Critérios de Avaliação
Os critérios de avaliação das competências traçadas serão expressos de uma forma descritiva,
possibilitando uma leitura global, clara e compreensiva do desempenho da criança nas diversas
23
áreas de conteúdo.
ÁREAS DE CONTEÚDO
Competências
Formação Pessoal e Social
Interpessoais
Motora
-manual
-pedal
Expressão e Comunicação
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Expressão
Expressão Dramática
Expressão Plástica
Expressão Musical
Linguagem e Abordagem
à Escrita
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Matemática
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Conhecimento do Mundo
meio social e familiar
Assim, as competências essenciais devem ser definidas em torno dos quatro grandes domínios:
compreensão e expressão orais; compreensão e expressão escritas; leitura; e funcionamento
da língua.
Domínios
Competências
Conhecimento
Ser capaz de conhecer os aspetos elementares da gramática da língua, como forma
explícito
da de desenvolver as competências linguísticas e comunicativas (oralmente e por
língua
(uso escrito).
funcional)
Ser capaz de identificar os principais aspetos da estrutura e funcionamento da língua,
a partir de contextos funcionais (situações concretas de comunicação que obriguem
a usos diversos e à consciencialização da necessidade da existência de
regras/normas).
Domínios
Competências
Compreensão
Ser capaz de ser um ouvinte atento, captando pequenos enunciados orais,
oral/Expressão
seguindo instruções.
Oral (Ouvir / Saber escutar produções do património oral.
Falar)
Ser capaz de compreender, progressivamente, enunciados orais de curta
duração, sobretudo os do seu quotidiano ou do património oral.
Ser capaz de reter informação, relativamente ao que foi ouvido.
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Saber expressar-se de forma clara e audível.
Saber interagir, assumindo o papel de interlocutor.
Saber fazer uso de vocabulário adequado às situações comunicativas criadas,
seguindo instruções/ indicações precisas.
Modalidades de Avaliação
Avaliar é fundamental para melhor conhecer, corrigir, adequar e projetar. A avaliação será
descritiva, contínua e sistemática, envolvendo todos os intervenientes em momentos
regulares e oportunos. Assim, a avaliação, para além dos objetivos pré-definidos, constam:

a observação direta/indireta da criança;

o registo individual de desempenho;

a elaboração de registos gráficos elaborados pelas crianças;

reflexões conjuntas;

a avaliação diagnóstica;

a ficha de acompanhamento /avaliação da atividade;

a ficha individual de avaliação.
Todos estes registos de observação e reflexão terão como sustentabilidade alguns instrumentos
de avaliação:
1º Ciclo
De acordo com o estabelecido no Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, a avaliação da
aprendizagem abrange as modalidades de avaliação diagnóstica, formativa e sumativa.
Critérios de Avaliação
Os critérios de avaliação das competências essenciais e transversais serão expressos através de
uma terminologia comum, possibilitando uma leitura global, clara e compreensiva dos vários
níveis de desempenho:
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Níveis
Competências Essenciais
Não Satisfaz
Satisfaz
Satisfaz Bastante
Excelente
Competências Transversais
-Manifesta desinteresse e
falta de empenhamento pela
Não adquire as
aprendizagem.
competências definidas;
-Não interioriza atitudes e
valores fundamentais e uma
Revela grandes falhas ao
correta socialização.
nível da compreensão,
-Não participa nem coopera
aplicação e análise.
na vida cívica de forma crítica
e responsável.
-Não conhece, aplica, nem
seleciona técnicas de estudo.
-Não revela autonomia.
-Manifesta sentido de
responsabilidade, interesse e
Revela ainda dificuldades na
empenhamento.
aquisição das aprendizagens
-Interioriza algumas atitudes
elementares a nível de
e valores fundamentais a
conceitos e factos.
uma correta socialização.
-Participa e coopera na vida
Revela algumas dificuldades
cívica de forma crítica e
e/ou incorreções na
responsável.
compreensão, aplicação e
-Conhece, aplica e seleciona
análise.
diversas técnicas de estudo.
-Revela pouca autonomia.
-Manifesta muito interesse e
empenho na vida escolar.
Adquire com facilidade as
-Interioriza atitudes e valores
aprendizagens elementares a
fundamentais a uma correta
nível de conceitos e factos.
socialização.
-Participa e coopera na vida
Revela facilidade ao nível de
cívica de forma crítica e
compreensão, aplicação e
responsável e revela
síntese.
iniciativa.
-Conhece, aplica e seleciona
diversas técnicas de estudo,
adaptando-as às suas
necessidades ou às do grupo.
-Revela muito interesse e
empenho na vida escolar.
Desenvolve com facilidade
-Interioriza atitudes e valores
os conhecimentos
fundamentais a uma correta
adquiridos.
socialização, aplicando-os.
-Conhece, aplica e seleciona
Compreende e aplica com
diversas técnicas de estudo,
facilidade e originalidade os
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conhecimentos a novas
situações.
adaptando-as às suas
necessidades ou às do grupo.
-Trata, pesquisa, organiza e
Revela bastante facilidade ao produz informação em
nível da análise, síntese.
função de tarefas
orientadoras, de forma
autónoma.
-Revela muita autonomia.
Modalidades de Avaliação
Existem 3 tipos de avaliação: a diagnóstica, a formativa e a sumativa. Em todas elas devem ser
respeitadas as competências essenciais e transversais definidas pelo Conselho Pedagógico para
cada ano de escolaridade, tendo sempre em vista o perfil desejável do aluno no final do 1.º
ciclo.
A avaliação diagnóstica identifica as aprendizagens e competências que o aluno possui numa
determinada área antes de se iniciar/reiniciar uma atividade educativa.
A avaliação formativa assume carácter contínuo e sistemático e visa a regulação do ensino e da
aprendizagem, recorrendo a uma variedade de instrumentos de recolha de informação. É da
responsabilidade dos professores titulares e coadjuvantes, em diálogo com os Alunos,
Encarregados de Educação e Serviço de Psicologia e Terapia da Fala.
Compete ao Conselho Pedagógico, a partir dos dados da avaliação formativa, mobilizar e
coordenar os recursos existentes com vista a desencadear respostas adequadas às
necessidades dos alunos.
A avaliação sumativa consiste na criação de uma síntese das informações recolhidas, no fim de
cada período letivo, sobre o desenvolvimento das aprendizagens e das competências definidas
para cada área curricular, no quadro do projeto curricular de turma respetivo.
A informação resultante da avaliação sumativa é da responsabilidade do professor titular de
turma e expressa-se de forma descritiva, de acordo com uma ficha de avaliação elaborada e
aprovada em conselho escolar.
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Sempre que se realiza uma avaliação sumativa cabe ao professor titular de turma, em
articulação com o conselho escolar, reanalisar o projeto curricular de turma, com vista à
introdução de eventuais reajustamentos ou apresentação de propostas para o ano letivo
seguinte
28
Frequência da Avaliação
Foram definidas em Conselho Pedagógico as seguintes regras de base que determinam o
processo de avaliação sumativa ao nível das competências essenciais. Serão realizadas duas
fichas de avaliação e uma prova global por período, nas áreas de Língua Portuguesa,
Matemática e Estudo do Meio.
Comunicação e Divulgação do Projeto
A comunicação e divulgação de qualquer projeto curricular, junto da comunidade são muito
importantes. Assim sendo, para divulgar o nosso trabalho, propomo-nos fazer uma Festa final
de Ano com os trabalhos realizados. Elaboraremos convites que serão entregues não só a todos
os que irão participar no projeto, assim como, aos pais, e à comunidade envolvente.
Na elaboração da Festa, propriamente dita, pretende-se que toda a equipa participe,
especialmente as crianças. Toda a planificação relativa à festa será decidida em reuniões com
a equipa pedagógica.
Avaliação do Projeto Curricular de Escola
A avaliação constitui um elemento fundamental a ter em atenção na construção de um Projeto
Curricular, esta deverá estar presente em todas as fases da sua elaboração e concretização.
A avaliação dá um panorama geral do desenrolar de um projeto e permite a reflexão/ reformulação das
atitudes de todos os intervenientes no processo de ensino-aprendizagem.
O educador/ professor enquanto principal promotor do desenvolvimento global da criança,
avalia para poder refletir sobre a sua atuação enquanto docente e sobre as aprendizagens das
crianças/ alunos. Avaliar o processo e os efeitos, implica tomar consciência da ação para
adequar o processo educativo às necessidades das crianças e do grupo e à sua evolução. Neste
sentido, a avaliação é um suporte do planeamento e será sempre feita de uma forma contínua,
recorrendo-se à observação, registos e comunicação e à partilha com outros adultos que
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também têm responsabilidades na sua educação nomeadamente, colegas, auxiliares de ação
educativa e, também, os pais.
No que se refere ao nosso Projeto Curricular, a avaliação está presente ao longo do processo,
no final de cada atividade integradora. Assim, planificamos uma avaliação diferenciada,
contínua e formativa.
Esta avaliação permite-nos sistematizar os passos que já foram dados, refletir quais as
mudanças a serem efetuadas e escolher o melhor caminho a percorrer para alcançar os
objetivos do Projeto.
Para sabermos se os objetivos propostos foram ou não alcançados, propomo-nos a realizar uma
avaliação final e sumativa. Pretendemos também reunir ao longo do ano, analisando os dados
que vão sendo recolhidos com base nos trabalhos das crianças e nos registos de observação
feitos pelo educador durante as várias fases do projeto.
Esta avaliação sumativa poderá ir de encontro ou não com os objetivos gerais e conteúdos
programáticos do próprio projeto. Se por acaso esta avaliação não constituir um considerável
grau de satisfação, servirá para a tomada de novas decisões, novos passos, novas experiências
e aprendizagens. No entanto, constituirá, mesmo assim, bases para uma reflexão e para a
planificação de um novo ponto de partida.
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Bibliografia
 Alonso, M.ª L. (1996). Desenvolvimento curricular e metodologia de ensino. Manual de
apoio ao desenvolvimento de Projetos Curriculares Integrados. Braga: IEC, Universidade do
Minho (texto policopiado, 59 pp.)
 Homann, M., e Weikart, D. (1997). Educar a criança. (p.129) Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian.
 Katz, L. e Chard, S. (1997). A Abordagem de projeto na educação de infância. (p.27) Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian.
 Ministério de Educação (1997). “Orientações Curriculares para a Educação Pré- Escolar”.
Lisboa: Departamento de Educação Básica: Núcleo de Educação Pré- Escolar.
 Oliveira-Formosinho J. (1996). Contextualização do modelo curricular High/Scope no âmbito
do Projeto. In M. A. Zabalza (Org.), Calidad en la Education infantil (pp. 145-175). Madrid:
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 Oliveira-Formosinho, J. e Azevedo, A. (2001). A qualidade no quatidiano no Jardim de
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 Oliveira-Formosinho, J. (2001). A visão de qualidade da Associação Criança: Contributos para
uma definição. In J. Oliveira-Formosinho e J. Formosinho (Org.), Associação criança: Um
contexto de formação em contexto (pp. 166-174). Braga: Livraria Minho.
 Oliveira-Formosinho, J., e Formosinho, J. (2001). Associação Criança: Uma comunidade de
apoio ao desenvolvimento sustentado na educação de infância. In J. Oliveira-Formosinho e J.
Formosinho (Org.), Associação criança: Um contexto de formação em contexto (pp. 27-61).
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 Pascal, C., e Bertram, T. (1998). Avaliação e desenvolvimento da qualidade nos
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