Geração de Computadores
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Geração de Computadores
Ano Lectivo 2012/2013 Governo da República Portuguesa Primeira Geração (1945-1956) Segunda Geração (1956-1963) Terceira Geração (1964-1971) Quarta Geração (1971 – Presente) Quinta Geração (Presente – Futuro) Com o início da 2ª Guerra Mundial, os vários governos dos países intervenientes fizeram os possíveis por desenvolver os computadores de modo a poderem explorar a sua importância estratégia. Em 1941, o engenheiro Alemão Konrad Zure desenvolveu o Z3, um computador utilizado no projecto e desenho de aviões e mísseis. Em 1944, nos Estados Unidos, um engenheiro que trabalhava para a IBM, Howard H. Aiken, desenhou o Mark I, cujo propósito era criar cartas de balística para a Marinha dos estados Unidos. Era um computador a relé electrónico e usava sinais electromagnéticos para mover as partes mecânicas. Outro desenvolvimento impulsionado pela 2ª Guerra foi o ENIAC, “Electronic Numerical Integrator and Computer”. Produzido em parceria pelo governo dos Estados Unidos e pela Universidade da Pensilvania, era composto por 18,000 válvulas a vácuo e 70,000 resistências, tinha um consumo de electricidade de cerca de 160 KiloWatts. 1945, John Von Neumann desenvolveu, juntamente com a equipa da Universidade da Pensilvânia, o EDVAC “ Electronic Discrete Variable Automatic Computer”, já com memória suficiente para armazenar tanto o programa como os dados a serem tratados. A grande novidade desta máquina em relação à suas processadoras era o facto de ter como elemento chave da sua arquitectura uma Unidade Central de processamento, o que permitia que todas as funções do computador fossem coordenadas através de uma única fonte. 1951, o Univac “Universal Automatic Computer”, construído por Remington Rand, tornou-se um dos primeiros computadores a ser comercializado. Com a invenção do transístor em 1948, o desenvolvimento dos computadores alterouse completamente. O Transístor veio substituir as grandes válvulas a vácuo nos aparelhos electrónicos. Como resultado imediato, o tamanho dos aparelhos electrónicos começou a diminui. O Transístor começou a ser utilizado nos computadores em 1956 e, juntamente com recentes avanços nas memórias de núcleo magnético, levou à segunda geração de computadores, que eram mais fiáveis, mais rápidos e menos gulosos em termos energéticos, que os seus processadores. Foram as primeiras máquinas a tirar partido desta nova tecnologia. Só foram instalados 2 LARC: Laboratório de energia atómica Departamento de pesquisa da Marinha dos Estados Unidos. A segunda geração de computadores substituiu: A linguagem máquina pela linguagem Assembler E o Código binário para código abreviados Esta geração além da utilização de transístor, também incluía: Periféricos como impressoras Fitas magnéticas Armazenamento em disco Memórias Sistemas operativos Programas armazenados Este computador foi o mais bem aceite comercialmente. Foi com estas máquinas que se deu o aparecimento de linguagens de programação de alto nível como: COBOL (Common Business-Oriented Language) FORTRAN (Formula Translator) Estas linguagens substituíram o código binário por palavras, frases e formulas matemáticas, tornando a utilização e a programação dos computadores muito mais simples. A equipa de Douglas Engelbart inventou um dispositivo de apontar, conhecido por mouse (rato), e depois um pequeno bloco de madeira sobre rodas, cujo movimento controlava o cursor no monitor. Apesar dos transístores terem sido um grande avanço tecnológico em relação às válvulas, continuam, ainda assim, a gerar uma grande quantidade de calor. Isso, além de obrigar à existência de grandes equipamentos, provocava danos sérios em componentes sensíveis. Engenheiro da Texas Instruments Desenvolveu o 1º circuito integrado. Ele combinou três componentes electrónicos num pequeno disco de silício, o qual era feito de quartzo. Posteriormente, os cientistas conseguiram colocar muitos mais componentes num só circuito integrado. Como resultados os computadores tornaram-se muito mais pequenos. Outro desenvolvimento da 3ª geração foi o Sistema Operativo Este permitiu às máquinas correr muitos programas diferentes simultaneamente com um programa central que monitoriza e coordena a memória do computador. A IBM anunciou o lançamento do sistema 360 família de 6 computadores 40 periféricos que podiam trabalhar interligados. Nesta altura a IBM estava a fazer a transição dos transístores para os circuitos integrados. Criaram a linguagem BASIC Desenvolveu o supercomputador CDC 6600 Capaz de executar até 3 milhões de instruções por segundo Sucessor do CDC 6600 O mais rápido computador do mundo Parte do seu poder de processamento e velocidade deviam-se ao facto de ter 10 pequenos computadores, conhecidos como processadores periféricos, que enviavam dados para uma grande unidade central de processamento. Deu-se o aparecimento da 1ª linguagem orientada a objectos, a SIMULA Criada por Kristen Wygaard e Ole-John Dahl. A simula agrupava dados e instruções em blocos chamados objectos, cada um representando uma faceta de um sistema desenhado para simulações. Os programadores da AT&T Bell Laboratories, Kenneth thompson e Dennis Ritchi, desenvolveram o sistema operativo UNIX. John V. Blankendaker criou o primeiro computador pessoal – o Kenbak-1 Usou circuitos integrados de pequena e média escala, onde o: input de dados se fazia através de interruptores output era dado por Lâmpadas. O Kenbak -1 tinha somente 256 Bytes de memória. O circuito integrado tornou-se de grande escala (Large Scale Integration – LSI) isto é podia-se colocar numa só pastinha de silício centenas de componentes. Nos anos 80 surgiram os VLSI (Very Large Scale Integration) e aí colocaram-se centenas de milhares de componentes em uma só pastinha de silício. Ultra Large Scale Integration (ULSI) aumentou o número para milhões. Este desenvolvimento provocou: Diminuição do tamanho Diminuição do preço Também fez aumentar: O seu poder Eficiência Confiança. A Intel desenvolveu o microprocessador i4004, que levou o circuito integrado um passo mais à frente, colocando todos os componentes do computador (Unidade Central de Processamento, memória e controlos de input/output) num pequeno circuito integrado. Com toda esta integração, os computadores deixaram de ser exclusivo das grandes empresas e dos departamentos governamentais ou Universidades, e passaram a ser direccionados para os consumidores em geral. Estes minicomputadores muitas vezes incluíram software de fácil utilização, que era acessível a qualquer utilizador. Os pioneiros neste campo foram a: Commodore com o PET Apple Computers com o Apple II Sir Clive Sinclair anuncia o ZX80, Baseado no microprocessador da Zilog, o Z80 Vantagens do ZX80: baixo custo, pode ser ligado a um simples televisor caseiro. O ZX80 foi o antecessor de máquinas como: ZX81 Spectrum Sinclair Spectrum Ocorreram dois eventos que foram marcantes para a indústria informática. Lançado pela IBM, conhecido por PC (IBM-PC) Processador da Intel i8088 16 Kbytes de memória RAM expansíveis a 256 Kbytes 1 drive disquetes de 5,25” Lugar para 1 segunda drive Tinha como opção de Sistema Operativo CP/M86 Ou IBM PC-DOS, desenvolvido pela microsoft Disquetes de 5,25” Disquete Drive Disquetes 5,25 3,5” O 2º evento foi a introdução do 1º computador transportável, o Osborne 1. Foi desenvolvido por Adam Osborne e, além de ser o 1º computador transportável, foi também o primeiro a ser vendido já com software. Incluído no pacote podíamos encontrar: Basic CBASIC Processador de texto Wordstar Folha de cálculo SuperCalc. Até 1980, o método mais comum de armazenamento de dados era a utilização de um gravador de áudio e literalmente despejar os dados para cassetes de fita magnética. Até que em 1980 Al Shugart apresentou o Winchester ou disco duro. Em 1981, hayes Micromodem trouxe o modem para os PC’s. O modem foi inventado em 1960 por AT&T Bell Laboratories para fazer a ligação remota de mainframes e minicomputadores. Com o aparecimento do PC deu-se também o aparecimento dos clones, que mais não eram que cópias do mesmo, embora muito mais baratas. Uma das consequências imediatas foi um aumento no uso de Pc’s, de 2 milhões de unidades em 1981 para 5,5 milhões em 1982. 10 anos mais tarde existiam já 65 milhões de unidades em uso. Os computadores continuaram, a diminuir no tamanho: do desktop passamos ao laptop (portátil) Actualmente temos palmtop (pequeno para transportar no bolso do casaco) A Apple apresentou o Lisa, uma máquina que, apesar de não ter sido um sucesso de vendas, mostrou tanto a consumidores como produtores um novo caminho para a informática, a interface gráfica do utilizador A IBM apresentou o novo IBM XT, disco duro de 10 Mbytes, 3 slots de expansão adicionais 128 kbytes de RAM Drive disquetes de 360 Kbytes Exteriormente idêntico ao primeiro PC Muita gente dizia que um disco de 10 Mbytes dava a vida inteira… Após o falhanço comercial do Lisa, a Apple redesenhou a sua máquina Em 1984 lançou o Macintosh Processador Motorola 68000 128 Kbytes de RAM Marcou a grande divisão entre PC e MAC, porque para além de ter um ambiente gráfico intuitivo e simples de usar, ele tinha o seu próprio Sistema Operativo, que era totalmente incompatível com o do PC, o Ms-dos. PC passou a significar DOS e IBM compatível e MAC passou a significar Interface Gráfica do Utilizador e rato. Após os falhanços do Apple III e do Lisa, a Apple foi salva pelo MAC. Quem não gostava de computadores ficou literalmente apaixonado pela simplicidade do Mac. A interface gráfica permitia ao utilizador carregar um programa, imprimir um documento ou copiar um ficheiro com um simples clique do rato. Os utilizadores deixaram de precisar de saber combinações de teclas ou comandos especiais para que o computador fizesse o que eles queriam. A Commodore apresentou o Amiga 1000, que entre as suas capacidades tinha possibilidade de multitarefa, gráficos, som e vídeo num Sistema Operativo de janelas, e o mundo deu os seus primeiros passos no multimédia O Amiga 1000: •Processador Motorola 68000 a 7,14 Mhz •128 Kbytes de RAM – inicialmente •256 Kbytes de Ram – depois •1 drive disquetes 3,5” •880 Kbytes de capacidade Um dos seus grandes trunfos residia no seu desenho No seu interior tinha 3 peças fundamentais de hardware, ou seja 3 circuitos integrados com funções muito específicas, eram: Denise – encarregado por todo o vídeo Agnus – gestor de memória Paula – responsável pelos I/O e som. Este desenho perdurou durante toda a geração Amiga, tornando uma das melhores máquinas do seu tempo. Até 1990 não houve grandes novidades no ramo. O processador i386 da Intel e M68030 da Motorola dominavam o mercado A Intel lança o i486SX a 20 Mhz A Motorola Lança o 68040 Surge E o i486 a 50 Mhz a Tandy lança o seu drive de CD ROM para PC’s A IBM e a Aplle fazem um acordo de partilha de tecnologia e criam o processador IBM Power PC A Aplle lançou o Power Book, um laptop também baseado no Power PC e com todas as potencialidades dos seus equivalentes desktops Apple. Um ano mais tarde lançou o Newton Personal Digital Assistant (PDA), que já tinha capacidade para reconhecer notas manuscritas. A Intel lançou uma nova geração de processadores: O Pentium a 60 Mhz. Este processador tinha um problema: um bug no micro código que poderia, em determinados cálculos matemáticos, dar resultados não totalmente correctos. Isso fez com que a sua aceitação não fosse imediata. A partir deste ponto, o desenvolvimento tem sido talvez um pouco acelerado em demasia, o que torna o consumidor hesitante em relação ao que deverá adquirir. Tanto o software como o hardware passaram a ter um ciclo de vida bastante mais reduzido do que tinham até há muito pouco tempo atrás. Conforme os computadores se foram vulgarizando e espalhando no nosso espaço de trabalho, novos potenciais se desenvolveram. Conforme os computadores se foram tornando cada vez mais potentes, eles passaram a poder ser interligados entre si em redes, de forma a poderem partilhar recursos e informação. Não será fácil definir uma 5ª geração de computadores, dado que eles ainda estão a nascer. Na obra de Arthr C. Clark “ 2001:uma Odisseia no Espaço” O computador HALL9000, idealizado pelo autor, já mostrava muito daquilo que se espera dum computador de 5ª geração. Provido de “inteligência artificial”, era possível ao computador dialogar com humanos, ter input visual e mesmo aprender com os seus próprios actos. Apesar da obra ser de ficção cientifica, muitas das suas funções não o são. Com os mais recentes avanços da tecnologia, os computadores já são capazes de aceitar ordens verbais e imitar o raciocínio humano. Temos como exemplo o reconhecimento de voz, já bastante divulgado, e os avanços no estudo da inteligência artificial que são cada vez maiores. Muitos dos avanços na ciência de desenvolvimento e projecto dos computadores já nos permitem aspirar às máquinas de 5ª geração. Dois desses desenvolvimentos são o processamento paralelo, que vem substituir A unidade de processamento única de Von Neumann’s que nos permite ter o poder de ter vários CPUs a trabalhar como um só. outro desenvolvimento bastante significativo é : A tecnologia do “Supercondutor”, que permite o transporte do fluxo eléctrico sem oferecer resistência quase nenhuma, aumentando grandemente a velocidade de transmissão de informação.
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