PPP Primeiro semestre 2012 - COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO

Transcrição

PPP Primeiro semestre 2012 - COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO MONTE REAL – EFM
Rua João Benedetti, 19 – Distrito Monte Real
Telefone/Fax: (43) 3596 1110
E-mail: [email protected]
Equipe Organizadora:
Fátima d'Avila Bittencourt – Diretora
Marcia Regina de Souza Augutis – Pedagoga
Míriam Regina Marques de Sá Souza –Pedagoga
Reginaldo Motta de Souza – Secretário
Rinaldo de Souza Machado – Tec. Administativo
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Santo Antônio da Platina
2012
2
PARTE I
1. APRESENTAÇÃO......................................................................................................................................7
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO..........................................................................................8
3 MARCO SITUACIONAL..........................................................................................................................9
3.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO..............................................................................................................9
3.2 HISTÓRICO DA REALIDADE..............................................................................................................10
3.3 PROFESSORES.......................................................................................................................................10
3.4 RECURSOS HUMANOS NÃO-DOCENTES.........................................................................................12
3.5 MODALIDADE DE ENSINO E TURNO..............................................................................................12
3.6 AMBIENTES PEDAGÓGICOS..............................................................................................................13
3.7 PORTE DA ESCOLA .............................................................................................................................13
3.8 REGIME DA ESCOLA...........................................................................................................................14
3.9 CLASSIFICAÇÃO...................................................................................................................................14
3.10 PROMOÇÃO.........................................................................................................................................14
3.11 PROGRESSÃO PARCIAL....................................................................................................................15
3.12 DEPENDÊNCIA....................................................................................................................................15
3.13 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR........................................................................................................15
3.13.1 MATRIZES CURRICULARES VIGENTES EM 2012......................................................................17
3.14 ÍNDICE DE APROVEITAMENTO ESCOLAR...................................................................................20
3.15 ANÁLISE CRÍTICA DOS PROBLEMAS EXISTENTES NO COLÉGIO...........................................22
3.16 CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE ....................................22
3.17 FORMAÇÃO CONTINUADA..............................................................................................................23
3.18 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO....................................................................................23
3.19 EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS................................................................................23
3.20 RELAÇÕES HUMANAS DE TRABALHO..........................................................................................23
3.21 ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE.........................................................................................23
3.22 INCLUSÃO............................................................................................................................................24
3.23 GESTÃO DEMOCRÁTICA E COMPARTILHADA............................................................................24
3.24 CONSELHO DE CLASSE ....................................................................................................................24
3.25 CONSELHO ESCOLAR........................................................................................................................25
3.26 GRÊMIO ESTUDANTIL......................................................................................................................25
3.27 APMF.....................................................................................................................................................25
3.28 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS................................................................................................................25
3.29 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS...............................................25
3.30 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ...........................................................................................................26
3.31 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS........................................................................26
3
3.31.1 Educação Ambiental............................................................................................................................26
3.31.2 Enfrentamento à Violência na Escola..................................................................................................26
3.31.3 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas................................................................................................26
3.31.4 Sexualidade.........................................................................................................................................27
3.31.5 Cidadania e Educação Fiscal...............................................................................................................28
3.31.6 Diversidade Social e Religiosa............................................................................................................28
3.32 RELAÇÃO ÉTNICO-RACIAIS: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E
INDÍGENA....................................................................................................................................................29
3.33 EDUCAÇÃO DO CAMPO....................................................................................................................29
3.34 ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM CONTRATURNO............................................................30
3.34.1 Sala de Apoio – Matemática/Português 6º e 9º ano.............................................................................31
3.34.2 Sala de Recursos Multifuncional.........................................................................................................31
3.34.3 CELEM/Espanhol...............................................................................................................................31
3.34.4 Artes Visuais.......................................................................................................................................31
3.34.5 Música.................................................................................................................................................31
3.34.6 Hora Treinamento/Futsal.....................................................................................................................31
4 MARCO CONCEITUAL.........................................................................................................................32
4.1 OBJETIVOS GERAIS DO COLÉGIO....................................................................................................32
4.1.1 Anos Finais do Ensino Fundamental.....................................................................................................32
4.1.2 Ensino Médio........................................................................................................................................33
4.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DO COLÉGIO.......................33
4.2.1 Filosofia do colégio...............................................................................................................................33
4.2.2 Concepção de Educação.......................................................................................................................33
4.2.3 Princípios e Fins Norteadores da Educação...........................................................................................34
4.2.4 Diretrizes Curriculares que Norteiam a Ação do Colégio......................................................................35
4.2.5 Concepção Estatuto da Criança e do Adolescente.................................................................................35
4.2.6 Concepção de Homem...........................................................................................................................35
4.2.7 Concepção de Sociedade.......................................................................................................................36
4.2.8 Concepção de Ciência...........................................................................................................................36
4.2.9 Concepção de Educação do Campo.......................................................................................................36
4.2.10 Concepção de Escola...........................................................................................................................37
4.2.11 Concepção de Tecnologia....................................................................................................................37
4.2.12 Concepção de Conhecimento..............................................................................................................38
4.2.13 Concepção de Ensino e Aprendizagem ...............................................................................................38
4.2.14 Concepção de Infância e Adolescência................................................................................................38
4.2.15 Concepção de Alfabetização e Letramento..........................................................................................39
4.2.16 Concepção de Avaliação.....................................................................................................................40
4
4.2.17 Concepção de Cidadania.....................................................................................................................41
4.2.18 Concepção do Tempo Escolar.............................................................................................................41
4.2.19 Concepção das Ações Didático-pedagógica .......................................................................................42
4.2.20 Concepção de Atividades Complementares em Contraturno ..............................................................42
4.2.20.1 Sala de Apoio – Matemática/Português 6º e 9º ano..........................................................................42
4.2.20.2 Sala de Recursos Multifuncional......................................................................................................42
4.2.20.3 CELEM/Espanhol............................................................................................................................43
4.2.20.4 Artes Visuais....................................................................................................................................43
4.2.20.5 Música..............................................................................................................................................43
4.2.20.6 Hora Treinamento/Futsal.................................................................................................................43
4.2.21 Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos......................................................................43
4.3 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS.............................................................................44
4.4 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR..............................................................................................................44
4.5 ENSINO DE HISTÓRIA DO PARANÁ..................................................................................................45
4.6 ENSINO DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA...........................................................................................45
4.7 INCLUSÃO E ADAPTAÇÃO CURRICULAR ......................................................................................45
5 MARCO OPERACIONAL.......................................................................................................................47
5.1 AÇÃO DA ESCOLA...............................................................................................................................47
5.2 OBJETIVOS DAS AÇÕES......................................................................................................................47
5.3 AÇÕES DO TRABALHO PEDAGÓGICO E ADMINISTRATIVO......................................................48
5.4.ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA – FUNÇÃO/AÇÃO...........................................................50
5.4.1 Direção .................................................................................................................................................50
5.4.2 Equipe Pedagógica................................................................................................................................50
5.4.3 Corpo Docente.......................................................................................................................................50
5.4.4 Equipe Administrativa...........................................................................................................................50
5.4.5 Serviços Gerais......................................................................................................................................50
5.5 ARTICULAÇÃO ENTRE OS ANOS INICIAIS E FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL...............51
5.5.1 Proposta de Adaptação dos Alunos das Séries Inciais ao Trabalho Pedagógico....................................51
5.6 ARTICULAÇÃO ENTRE OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E O ENSINO
MÉDIO..........................................................................................................................................................52
5.7 EDUCAÇÃO DO CAMPO......................................................................................................................52
5.8 PAPEL E PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS.........................................................52
5.8.1 Grêmio Estudantil.................................................................................................................................52
5.8.2 Alunos Representantes de Turma..........................................................................................................53
5.8.3 Conselho Escolar...................................................................................................................................53
5.8.4 APMF....................................................................................................................................................53
5.8.5 Conselho de Classe................................................................................................................................53
5
5.9 AÇÕES RELATIVAS À FORMAÇÃO CONTINUADA.......................................................................53
5.10 ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS A SEREM
DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR..............................................................................54
5.11 QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS..........................................................................54
5.12 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.......................55
5.13 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS........................................................................55
5.14 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR............................................................................................................55
5.15 ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM CONTRATURNO............................................................56
5.15.1 Sala de Apoio – Matemática/Português 6º e 9º ano............................................................................56
5.15.2 Sala de Recursos Multifuncional.........................................................................................................56
5.15.3 CELEM/Espanhol...............................................................................................................................56
5.15.4 Artes Visuais.......................................................................................................................................57
5.15.5 Música.................................................................................................................................................57
5.15.6 Hora Treinamento/Futsal....................................................................................................................57
5.16 CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011.......................................................................................................58
5.17 ATA DE CONSTRUÇÃO DO PPP 2011..............................................................................................59
5.18 ATA DE APROVAÇÃO DO PPP 2011.................................................................................................61
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................62
PARTE II
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO..............................66
TEMAS TRANSVERSAIS............................................................................................................................66
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE.............................................................................67
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA....................................................................76
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CELEM/ESPANHOL....................................................88
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS...................................................................109
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA..................................................145
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO.................................................157
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA.................................................................163
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA.........................................................................169
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA..............................................................175
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA...................................................................182
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA...........................................191
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE L.E.M - INGLÊS..........................................................205
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA...........................................................217
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA....................................................................243
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCILOGIA................................................................249
6
PARTE III
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ACC/ARTES VISUAIS..................................................257
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ACC/MÚSICA................................................................259
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ACC/HORA TREINAMENTO/FUTSAL.......................261
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SALA DE APOIO/PORTUGUÊS...................................263
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SALA DE APOIO/MATEMÁTICA...............................267
7
PARTE I
1. APRESENTAÇÃO
O PPP do Colégio Estadual do Campo Monte Real procura situar o Colégio diante do horizonte de
possibilidades educacionais. Através da reflexão e o trabalho realizado em conjunto por todos os
profissionais da escola, buscou-se atender às Diretrizes do Sistema Estadual de Educação, bem como as
necessidades locais e específicas dos educandos, , o suporte para a concretização da identidade de nosso
Colégio e do oferecimento de garantias para um ensino de qualidade, bem como, a construção de meios para
enfrentamento da exclusão social.
Por estar situado no meio rural, nosso PPP não pode se furtar a interagir com o conceito de Educação
do Campo enquanto bandeira a ser empunhada em favor dos interesses dos sujeitos rurais 1. Dessa forma,
considerar sua realidade é quesito fundamental nas ações educativas desenvolvida pela Escola. No entanto,
ao considerar a especificidade do campo, é tomado o cuidado para não fragmentar a visão campesina da
realidade. Assim, a diversidade cultural e os saberes do campo são contextualizados com o universo social,
para que o homem do campo consiga perceber sua realidade na relação de causa e efeito com o amplo
universo social ao qual pertence. Tudo o que acontece na sociedade produz reflexos no campo e vice-versa,
uma vez que eles são organismos intrínsecos, e isto será trabalhado pela escola para que o campesino
perceba sua interação nesse processo. Nessa interação, no entanto, o campesino sempre foi visto pela
sociedade como um ser passivo, e em muitos casos se portou assim, assumindo a ideologia hegemônica.
Entretanto muitos foram os momentos em que o campesino se movimentou quando percebeu as injustiças de
que era acometido. Canudos, Contestados, Ligas Camponesas são apenas algumas dessas manifestações. O
que se percebe, é que o campo nunca se manteve pacífico e ordeiro frente às desigualdades. Hoje, a luta
armada e/ou repressiva já não fazem mais eco. A luta agora, é política e ideológica. É neste sentido que o
viés político da Educação do Campo – assumido pela Escola e traduzido neste PPP – procura libertar a
consciência política campesina, desnudar a realidade e as formas ideológicas que nebulam as desigualdades.
Assim, é missão dessa Escola contribuir para a formação de um campesino atuante frente as forças sociais e
políticas que trazem consequências a seu meio. Empoderar o sujeito do campo política e ideologicamente,
para que ele se perceba como proponente das medidas necessárias à emancipação do campo e autonomia
campesina.
A necessidade de um Projeto Político Pedagógico na Escola antecede a qualquer decisão política ou
exigência legal, já que enquanto educadores e membros da instituição escola, devemos ter claro a que
horizonte pretendemos chegar com os nossos alunos, com a comunidade e com a sociedade, caso contrário
não estaremos exercendo o nosso papel de educador, mas simplesmente de “aventureiro”, que não sabe onde
quer chegar.
O presente projeto foi elaborado coletivamente pela comunidade escolar, através de discussões,
debates, pesquisas, grupos de estudos, chegando-se ao consenso para que o mesmo fosse sistematizado.
1 Esta concepção se sustenta na Resolução CNE/CEB nº. 1, de 3 de abril de 2002 (BRASIL, 2002), Resolução CNE/CEB nº. 2, de
28 de abril de 2008 (idem, 2002), caderno temático Educação do campo (PARANÁ, 2008x), autores como Arroyo, Caldart e
Molina (2009), e Alves (2009).
8
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), em seu Capítulo IV, Art. 53, a
criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo
para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. É também direito dos pais ou responsáveis ter
ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. Portanto, o
referido projeto também contou com a participação ativa dos pais e/ou responsáveis dos alunos na elaboração
das propostas educacionais aqui mencionadas, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Projeto Político Pedagógico encontra-se amparado pela LDB – Lei 9394/96 (BRASIL, 1996), onde
constam:
Art. 12 - INCISO I - Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema
de ensino, terão a incumbência de:
"I - elaborar e executar sua proposta pedagógica".
Art.13 e 14 - Definem as incumbências docentes com relação ao projeto pedagógico.
No Projeto Político Pedagógico destacam-se três marcos : Situacional, Conceitual e Operacional.
No Marco Situacional, em discussão com o coletivo da escola, partimos da prática social dentro da
realidade na qual está inserida, explicitando de maneira crítica seus problemas e necessidades.
No Marco Conceitual, em face da realidade descrita e analisada, buscou-se condições para construir a
escola, educação, gestão, currículo, ensino, aprendizagem e avaliação ao ideal da escola que pretendemos.
No Marco Operacional, definimos as linhas de ação, reorganizando o trabalho pedagógico escolar na
perspectiva administrativa, pedagógica, financeira e político-educacional, redimensionando-os através da
realidade concreta.
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.
Colégio Estadual do Campo Monte Real Ensino Fundamental e Médio. Código: 00718
NRE: Jacarezinho. Código: 017
Dependência administrativa do Estadual – Código 0007-6
Santo Antônio da Platina – Código 2430
Rua João Benedeti, 19 – Distrito de Monte Real.
Fone Fax: (43) 3596 - 1110
Entidade Mantenedora: Governo Estadual do Paraná
Ato de Autorização do Colégio: Resolução nº 3163/82 de 05/01/1983
Ato de Reconhecimento do Colégio: Resolução nº 2353/85 de 30/05/1985
Ato Administrativo de aprovação do Regimento Escolar: nº 035/08
Distância do Colégio do NRE: 32 Km
Site do Colégio: http://snpmontereal.seed.pr.gov.br
E-Mail: [email protected]
9
3 MARCO SITUACIONAL
O Marco Situacional é o ponto de partida para a identificação da Escola. Apresenta o diagnóstico,
possibilidades e necessidades de avanços do Colégio, sua situação administrativa e geográfica, suas
condições físicas e materiais. Apresenta como a escola está estruturada.
3.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
Remanescente da Escola Isolada Osso de Porco do Distrito de Monte Real, município de Santo
Antônio da Platina, Paraná, que de acordo com alguns livros de chamada encontrados no arquivo da escola,
data-se de 1940, sem ato oficial. Em 1945, a escola passou a chamar-se Escola Isolada “Rui Barbosa”, até
1959. Em 1960, sem ato oficial, passou a chamar-se Grupo Escolar de Monte Real. Isto já funcionando em
seu prédio de alvenaria, que antes era de madeira, localizado na rua João Benedetti, s/nº, no Distrito de
Monte Real, município e comarca de Santo Antônio da Platina – Paraná. O ato oficial documentado é o
Decreto nº 3.463/72 de 30/03/73, quando houve mudança da denominação para Casa Escola de Monte Real.
Nesta época, iniciaram-se as 1ª e 5ª séries ginasiais, como extensão do Colégio Estadual Rio Branco. Com a
implantação da Lei 5.692/71, gradativa no ano de 1982, de acordo com a Resolução nº 3.165/82 de 24/11/82,
a escola passou a chamar-se Escola Estadual Monte Real – Ensino de 1º Grau, funcionando de 1ª a 4ª séries,
pela manhã, e de acordo com a Resolução nº 931/83 de 11/03/83 nos termos da Lei nº 5.692/71, nº 746/83 do
Departamento de Ensino de 1º Grau, fica autorizada a funcionar as 5ª e 6ª séries de 1º Grau, ficando
desativada do Colégio Estadual Rio Branco – Ensino de 1º e 2º Graus.
Com a Resolução nº 288/84 de 26/01/84 fica autorizada a implantação da 7ª e 8ª séries do Ensino de 1º
Grau, encontra-se funcionando de 1ª a 4ª séries, no período diurno, e 5ª a 8ª séries, no período noturno.
Através da Resolução nº 336/92, o Diretor Geral da Secretaria de Estado da Educação, delega à
Prefeitura Municipal de Santo Antônio da Platina, em assumir os encargos de 1ª a 4ª séries da Escola
Estadual Monte Real – Ensino de 1º Grau.
A Resolução nº 2867/96 autorizou o funcionamento do Curso de 2º Grau – Educação Geral,
denominado Colégio Estadual Monte Real – Ensino de 1º e 2º Graus, no ano de 1996.
No ano de 1999 abriu a primeira turma do Ensino Médio e inicia o regime de cessação gradativa o
antigo curso de Educação Geral.
Em 2011, o Colégio adota a identidade da Edcuação do Campo em sua nomenclatura, passando-se a
denominar Colégio Estadual do Campo Monte Real Ensino Fundamental e Médio, conforme Res. 3310/11 SUED/SEED, de 04 de agosto de 2011.
Em 2012, seguindo a Del. 03/06 (PARANÁ, 2006), e o Parecer 407/11 (PARANÁ, 2011), ambos do
CEE, o Colégio implanta simultaneamente o Ensino Fundamental de 9 anos, com salas do 6º ao 9º ano,
finalizando a oferta de 5ª à 8ª séries desse ensino.
10
O Colégio Estadual do Campo Monte Real oferece atualmente o Ensino Regular Fundamental e Médio
e em contraturno oferece Sala de Recursos Multifuncional, Apoio em Matemática e Português e Centro de
Língua Estrangeira Moderna (CELEM) Espanhol.
3.2 HISTÓRICO DA REALIDADE
No atual contexto da realidade social, nosso Colégio enfrenta problemas comuns à sociedade
brasileira, que muitas vezes apresenta crises nos aspectos políticos, sociais, culturais e econômicos,
ocasionados pelas desigualdades sociais enfrentadas pela maioria da população e refletidas no desemprego,
na educação, na saúde, na segurança, etc.
O Estado do Paraná, inserido neste contexto, recebe influências do mesmo, sofrendo suas
consequências. No sentido de solucionar ou minimizar estes problemas, o Estado vem investindo em vários
setores com reflexos sociais, principalmente na educação.
Com relação ao Município, a realidade não é diferente desse quadro, enfrentando problemas de
desemprego, desvalorização do trabalhador e baixa qualidade de vida, porém buscando alternativas para o
enfrentamento e superação dessa realidade. Ressaltamos que essa realidade se apresenta fundamentada em
pesquisas e fatos observados, imprensa falada e escrita e discussões com todos os envolvidos neste projeto.
A Comunidade Escolar é composta, em sua maioria, de trabalhadores rurais. Os alunos são
provenientes de famílias humildes, carentes, nível sócio econômico baixo, residentes em sítios, chácaras, os
quais dependem quase que exclusivamente do próprio cultivo da terra para sobreviverem.
A baixa escolaridade dos pais muitas vezes reflete na perspectiva de futuro dos seus filhos. Percebe-se
um desinteresse por parte de alguns alunos do período noturno quanto ao estudo, pois muitas vezes vêm à
escola exaustos, sonolentos e alguns sem alimentação, devido às próprias condições de trabalho e também
econômicas.
É importante ressaltar também que a maioria do alunado utiliza-se de transportes coletivos para vir à
escola, e em épocas de colheitas, alguns faltam às aulas ou abandonam o curso para se dedicarem
exclusivamente ao trabalho agrícola.
3.3 PROFESSORES
Ensino
Nº de professores
Anos Finais do Ensino Fundamental
10
Ensino Médio
11
Sala de Recursos multifuncional – Tipo 1 – oferta na Educação básica nas áreas de 1
deficiência intelectual, deficiência física, neuromotora, transtornos globais do
desenvolvimento, transtornos funcionais específicos (Int. 16/11)
CELEM/Espanhol
1
Sala de Apoio/Matemática
1
11
Sala de Apoio/Português
1
Atividade Complementar em Contraturno/Artes Visuais
1
Atividade Complementar em Contraturno/Música
1
Atividade Complementar em Contraturno/Futsal (hora treinamento)
1
Nome dos Professores
Angelita Fernandes da Silva
Dalva Maria José Pedroso
Vínculo
QPM
Especialização: Literatura
Ensino Superior: Ciências
SCO2
Especialização: Didática do Ensino
QPM
Giovanni Henrique Guidelli
SC02
Ivone Marques de Oliveira
QPM
Joana D'arc Franco Bertoni
REPR
Joseli Angélica Orsini Zava
QPM
Luis Augusto Ormenese
Ensino Superior: Letras, Literatura
QPM
Flaviana Sauné Fernandes Deichuke
Julio Cesar Rezende
Formação
Ensino Superior: Geografia, Pedagogia
Especialização: Ed. Especial, Psicopedagogia
Ensino Superior: Educação Artística
Habilitação em Artes Plásticas
Ensino Superior: Letras
Especialização: Língua Portuguesa , Ed. Especial
Ensino Superior: Ciências, Física e Biologia
Habilitação: Biologia , Pós: Inst. Ciências e Biologia
Ensino Superior: Ciências e Pedagogia
Especialização: Educação Especial
QPM
Ensino Superior: História
SC02
Especialização em História
QPM
Ensino Superior: Ciências – Habilitação em Química.
SC02
Especialização: Química
Maria Laura Braga Rosendo
QPM
Neila Aparecida Pereira Siqueira
QPM
Simone Aparecida Dutra
QPM
Tânia Iskandar Abou Saab
QPM
Zenilde Lacerda Nabarro
SC02
Ensino Superior:
Especialização:
Ensino Superior: Letras Inglês
Especialização : Educação Especial
Ensino Superior: História
Especialização: História
Ensino Superior: Educação Física
Especialização: Met em Ed e Didática de Ensino
Ensino Superior: Pedagogia
Especialização: Didática da Aprendizagem
12
3.4 RECURSOS HUMANOS NÃO-DOCENTES
Direção
Ensino Superior - Geografia
Fátima D'Avila Bittencourt
QPM
Especialização 1: Geografia
Especialização 2: Psicopedagogia
Equipe Pedagógica
Márcia Regina de Souza Augutis
QPM
Miriam Marques de Sá Souza
QPM
Ensino Superior: Pedagogia
Especialização: Educação Especial
Ensino Superior: História
Especialização: História
Equipe Administrativa
Ensino Superior: Administração
Lucilene Prates Tomaz Saidler
QFEB
Reginaldo Motta de Souza
QFEB
Ensino Superior: Pedagogia
Rinaldo de Souza Machado
QFEB
Ensino Superior: Administração
Iracema Isabel da Silva Borges
QFEB
Ensino Fundamental
Terezinha Caetano de Freitas
REPR
Ensino Médio
Especialização: Gestão Escolar
Serviços Gerais
3.5 MODALIDADE DE ENSINO E TURNO
O Colégio oferta os anos finais do Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano e o Ensino Médio no período
matutino e noturno. No período vespertino é ofertado Sala de Recursos Multifuncional, CELEM/Espanhol e
Sala de apoio em Matemática e português que atendem alunos do 6º e 9º ano. A Escola pleiteia também
oferta do Programa da Atividades Complementares Curriculares em Contraturno na área de Arte, Literatura
e Hora Treinamento. São programas educativos que procura ampliar o tempo de permanência dos alunos no
ambiente escolar. A organização do ensino está distribuída da seguinte forma:
Turno da manhã:
•
6º ano do Ensino Fundamental: 30 alunos;
13
•
7º ano do Ensino Fundamental: 35 alunos;
•
8º ano do Ensino Fundamental: 24 alunos;
•
9º ano do Ensino Fundamental: 12 alunos.
Turno da tarde:
•
Sala de Recursos multifuncional com 8 alunos alternados em 4 dias;
•
CELEM/Espanhol 1º ano: 26 alunos;
•
CELEM/Espanhol 2º ano: 19 alunos;
•
Sala de apoio/Matemática 6º ano: 15 alunos;
•
Sala de apoio/Matemática 9º ano: 17 alunos;
•
Sala de apoio/Português 6º ano: 15 alunos;
•
Sala de apoio/Português 9º ano: 17 alunos;
Turno da noite:
•
9º ano do Ensino Fundamental: 16 alunos;
•
1º ano do Ensino Médio: 24 alunos;
•
2º ano do Ensino Médio: 11 alunos;
•
3º ano do Ensino Médio: 11 alunos;
3.6 AMBIENTES PEDAGÓGICOS
Todas as turmas mencionadas acima estão alojadas em suas respectivas salas, alem de contar com
Biblioteca, Laboratório de Informática com 20 computadores com linguagem Linux e acesso à internet. Para
atividades de Educação Física é utilizada uma quadra coberta próxima a Escola pertencente à comunidade.
3.7 PORTE DA ESCOLA
A atual demanda da escola é a seguinte:
FUNÇÃO
MANHÃ (h)
NOITE (h)
Direção
20
20
Secretário(a)
20
20
Pedagogo(a)
20
20
AE II – Agente de Biblioteca
20
20
EA II – Técnico Administrativo
20
20
AE I – Alimentação Escolar
20
20
EA I – Interação com o Educando
20
20
EA I – Infraestrutura Escolar
20
20
14
3.8 REGIME DA ESCOLA
Esta instituição funciona no regime regular.
3.9 CLASSIFICAÇÃO
Com base na Del. 09/01 (PARANÁ, 2001) e Regimento Escolar (PARANÁ, 2007), o processo de
classificação acontece na medida em que há incompatibilidade entre a etapa de estudos do aluno e a idade do
mesmo, sua experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais. O processo de
classificação que poderá se dar de três formas:
a) Por promoção, para aqueles alunos que obtiveram aproveitamento, na série anterior, na
própria escola.
b) Por transferência de alunos provenientes de outras escolas do país ou do exterior,
considerando a classificação da escola de origem.
c) Mediante avaliação elaborada em conjunto, por professores e equipe pedagógica,
independentemente da escolarização anterior, para posicionar o aluno na série compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, sejam este adquirido por meios formais ou informais. É importante ressaltar
que a classificação tem caráter pedagógico e é centrada no aluno, visando o melhor desenvolvimento deste,
sendo assim, a classificação do aluno deverá ser analisada, acompanhada e decidida por uma comissão
formada entre corpo docente, equipe pedagógica e direção da escola. Após a tomada de decisão pela
realização deste processo, os docentes deverão elaborar uma avaliação diagnóstica a fim de comprovar o
nível de desenvolvimento do aluno, depois em concordância com o aluno, o mesmo deverá iniciar o
processo. É necessário que todo o processo seja registrado em atas, que os instrumentos de avaliação sejam
arquivados e que os resultados sejam registrados no Histórico Escolar do aluno.
3.10 PROMOÇÃO
Segundo o Regimento Escolar do Colégio Estadual do Campo Monte Real - EFM (PARANÁ, 2007),
a promoção é o resultado do conjunto de avaliações feitas pelo aluno, considerando também a frequência do
aluno durante o período letivo. Para que o aluno seja promovido para a série seguinte ele precisa ter a média
mínima anual de 6,0 (seis vírgula zero), e 75% de frequência que o mínimo exigido por lei. Sendo que o
resultado final dar-se-á resultante da seguinte fórmula.
MF= 1ºBim. + 2º Bim. + 3º Bim. + 4º Bim. = (= ou > que 6,0 – aprovado; = ou < que 59 – reprovado)
4
15
3.11 PROGRESSÃO PARCIAL
Segundo a Del. 09/01 (PARANÁ, 2001), em seu artigo 17, diz que a “[...] matrícula com progressão
parcial é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo aprovação final em até três (3) disciplinas, em regime
seriado, poderá cursá-las subsequente e concomitantemente às séries seguintes”. É prerrogativa de cada
Estabelecimento de ensino ofertá-la ou não, sendo explicitada ou não em seu Regimento. De acordo com o
Regimento Escolar do Colégio Estadual do Campo Monte Real - EFM (PARANÁ, 2007, art 98), “O
estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão Parcial”, apenas recebe
alunos com até três disciplinas em dependências.
3.12 DEPENDÊNCIA
Conforme a Del. 09/01 (PARANÁ, 2001), a dependência se dá quando o aluno não obteve
aprovação final em até três disciplinas no regime seriado, e sendo o Estabelecimento de Ensino optante por
ofertar regime de progressão parcial, o aluno será promovido, podendo cursar as disciplinas em dependência
de forma concomitante às séries seguintes. Apesar de não ofertar o regime de progressão parcial, o Colégio
recebe alunos com até três disciplinas em dependências, e estas deverão ser cursadas em contraturno. Se não
houver horário compatível, será estabelecido plano especial de estudo devidamente registrado, o qual irá
integrar a pasta individual do aluno. Para a aprovação na disciplina em dependência, o aluno deverá ter a
frequência de 75% e a média final = ou > que 6,0.
3.13 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A organização curricular é por disciplinas, trabalhadas de forma integrada e interdisciplinar.
O currículo escolar é o resultado de escolhas intencionais que fazemos dentro do imenso conjunto de
conhecimentos produzidos pela humanidade. As dificuldades residem em saber escolher, em primeiro lugar,
o que norteia nossas escolhas. Queremos que este currículo resulte numa seleção de conteúdos essenciais na
formação do aluno crítico, atuante, participativo, cultivando os valores de uma sociedade.
As escolhas devem ser feitas de maneira coletiva. Construir um currículo não é um trabalho técnico,
que uma pessoa faz para os outros seguirem. O planejamento, a implementação e a avaliação de um currículo
deve ser uma tarefa de cada um e a preocupação constante deve ser a insatisfação com o existente e a busca
do novo. Coletivamente, devemos ter condições de decidir o que se considera significativo que os alunos
aprendam, como fazer para que ele compreenda o mundo em que vive e tente mudá-lo.
Quanto à seleção e organização do currículo, devemos, em primeiro lugar pensar nos objetivos da
escola. Este deve ser o principal critério de seleção curricular. É preciso enfrentar as questões curriculares
dentro de cada área do conhecimento. Para isso é preciso estabelecer duas discussões, que se complementam:
uma de ordem social e política e outra de ordem epistemológica, compreendendo as suas relações.
16
Nenhum professor pode abdicar do direito e do dever de discutir o currículo com o qual vai trabalhar.
O aperfeiçoamento profissional é indispensável para uma boa atuação do professor em sua prática cotidiana,
pois vem influenciar positivamente, articulando fundamentação teórica e prática.
Integrado ao Currículo encontran-se vários temas transversais a serem trabalhados como estipulam leis
próprias e abordadas ao longo desse documento.
17
3.13.1 Matrizes Curriculares Vigentes em 2012.
a) Ensino Fundamental Matutino
18
b) Ensino Fundamental Noturno
19
c) Matriz Curricular do Ensino Médio Noturno
20
3.14 ÍNDICE DE APROVEITAMENTO ESCOLAR
Ano: 2009
Ensino Fundamental – Período: manhã
INDICADORES
5ª A
6ª A
7ª A
8ª A
TOTAL
MATRICULADOS
35
29
24
8
96
APROVADOS
31
24
22
6
83
REPROVADOS
3
2
1
1
7
TRANSFERIDOS
1
2
1
1
5
DESISTENTES
1
1
Ensino Fundamental – Período: noturno
INDICADORES
8ª B
MATRICULADOS
11
APROVADOS
7
REPROVADOS
2
TRANSFERIDOS
2
Ensino Médio – Período: noturno
INDICADORES
1ª A
2ª A
3ª A
TOTAL
MATRICULADOS
18
19
19
56
APROVADOS
11
13
15
39
REPROVADOS
2
3
1
6
TRANSFERIDOS
1
1
DESISTENTES
4
2
2
3
9
Ano: 2010
Ensino Fundamental – Período: manhã
INDICADORES
5ª A
6ª A
7ª A
8ª A
TOTAL
MATRICULADOS
34
33
27
16
110
APROVADOS
29
30
17
11
87
REPROVADOS
2
1
1
TRANSFERIDOS
1
1
8
DESISTENTES
2
RECLASSIFICADO
Ensino Fundamental – Período: noturno
1
1
4
5
15
3
1
21
INDICADORES
7ª B
8ª B
TOTAL
MATRICULADOS
21
18
39
APROVADOS
6
11
17
REPROVADOS
5
2
7
TRANSFERIDOS
1
2
3
DESISTENTES
9
3
12
Ensino Médio – Período: noturno
INDICADORES
1ª A
2ª A
3ª A
TOTAL
MATRICULADOS
22
16
9
47
APROVADOS
9
10
8
27
REPROVADOS
3
1
TRANSFERIDOS
2
DESISTENTES
8
4
1
3
5
13
Ano: 2011
Ensino Fundamental – Período: manhã
INDICADORES
5ª A
6ª A
7ª A
8ª A
TOTAL
MATRICULADOS
34
36
27
12
109
APROVADOS
28
33
23
12
96
REPROVADOS
3
1
2
6
TRANSFERIDOS
3
2
2
7
Ensino Fundamental – Período: noturno
INDICADORES
7ª B
8ª B
TOTAL
MATRICULADOS
16
14
30
APROVADOS
6
9
15
REPROVADOS
3
3
TRANSFERIDOS
1
1
1
11
DESISTENTES
10
Ensino Médio – Período: noturno
INDICADORES
1ª A
2ª A
3ª A
TOTAL
MATRICULADOS
25
14
12
51
APROVADOS
17
5
10
32
REPROVADOS
4
2
TRANSFERIDOS
1
2
1
4
DESISTENTES
3
5
1
9
6
22
3.15 ANÁLISE CRÍTICA DOS PROBLEMAS EXISTENTES NO COLÉGIO.
Analisando os dados estatísticos do Colégio em relação à evasão e repetência nos anos de, 2008, 2009
e 2010, podemos constatar que um grande problema está na evasão, que está concentrada nas turmas do
noturno. Apesar dos trabalhos de conscientização da importância dos estudos por parte de professores,
equipe pedagógica e direção, observa-se que o alto índice de evasão geralmente ocorre por motivos de
trabalho, principalmente no período noturno. Quanto ao número de reprovações, os índices poderão ser
reduzidos ainda mais através dos trabalhos de recuperação, reforço, sala de recurso e apoio.
A comunidade carente, composta em sua maioria por trabalhadores rurais, possui muitas pessoas
analfabetas, que por falta de oportunidades, não puderam ir à escola, portanto é maior o compromisso que a
escola tem com a universalização do conhecimento, incentivando os estudos e mantendo os alunos longe das
drogas, dos vícios e da violência.
A indisciplina e o desinteresse por parte de alguns alunos, a falta de compromisso de alguns pais
diante da educação também interferem no processo ensino-aprendizagem.
Os índices apresentados quanto à reprovação e abandono sempre são considerados para que aja a
diminuição desses fatores, uma vez que eles representam muitas vezes o desestímulo, onde o aluno, por
diversos motivos, é cerceado de seu direito à educação.
Em 2011 a escola realizou pela primeira vez a Prova Brasil, e assim que o resultado for divulgado, será
realizada a avaliação sobre o desempenho da escola, focando as possibilidades e os meios necessários para
avançar na qualidade do ensino ofertado.
3. 16 CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE
Os professores encontram uma grande dificuldade em desenvolver suas práticas atendendo as novas
demandas educacionais que emergem do cotidiano escolar. Tais demandas trazem inovações no currículo e
geram uma problemática teórico/conceitual abrangente, pois traz implicações sobre os propósitos
educacionais cristalizados e que necessitam serem superados. Existe uma relação entre o pensamento e a
ação que são influenciados por fatores pessoais e contextuais que devem levar os professores a reorganizar
sua estrutura, valores e crenças para atender as demandas que emergem na sociedade.
Existe o reconhecimento de que as escolas e seus professores precisam implementar mudanças para
atender as demandas educacionais que emergem de um contexto mais geral de mudanças sociais, culturais e
históricas. Neste contexto histórico no qual nossa sociedade está inserida, exige dos educadores reflexões,
ações efetivas buscando mudança no paradigma educacional.
Assim, a qualificação do professor é fundamental. Nesta ele deve buscar fundamentação teórica,
domínio dos conhecimentos mobilizados em sua prática, fundamentos filosóficos e históricos da educação e
dos aspectos relacionados à gestão escolar. Entendemos que o conhecimento específico se articula com o
conhecimento pedagógico. Os professores precisam estar atentos para que não ocorra o distanciamento entre
o que é proposto formalmente no currículo e o que é ensinado de fato aos alunos.
23
3. 17 FORMAÇÃO CONTINUADA
No cenário educacional, o profissional deve ser um eterno pesquisador, objetivado a aperfeiçoar sua
prática. Com esta concepção, os profissionais são incentivados a aprimorarem seus conhecimentos através de
cursos, grupos de estudos, seminários entre outros.
Quanto aos funcionários, são oferecidos pela SEED, cursos específicos para suas funções, havendo um
salto qualitativo após a implantação do Prófuncionário.
Esta é uma Escola de Campo com alunos filhos de pequenos agricultores, assentados, lavradores, semterra, trabalhadores volante, meeiros, entre outros. Sendo assim ela deve garantir um projeto educativo
próprio, e isso muito nos tem incomodado, pois esses sujeitos tem uma raiz cultural própria, um jeito de
viver e de trabalhar, distinto do mundo urbano. Faz-se necessário a qualificação adequada dos docentes para
atuar nessa realidade buscando o repensar pedagógico, uma vez que os currículos são deslocados das
necessidades e das questões do campo e dos interesses dos seus sujeitos.
3.18 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO
Em relação à organização do espaço, são necessárias salas para melhor acomodar o laboratório de
Ciências e Física para que as aulas dessas disciplinas sejam enriquecidas. O tempo escolar segue distribuição
que procura valorizar o contato do aluno com o conhecimento. Também há momentos formativos para os
profissionais que na hora-atividade, reuniões e demais momentos de interação, discutem e replanejam as
ações da escola.
3.19 EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS
A escola conta com acervo pedagógico como livros, DVDs, TVs, computadores e demais materiais
que contribuem para o processo educativo.
3. 20 RELAÇÕES HUMANAS DE TRABALHO
O Colégio adota critérios de gestão democrática e compartilhada, buscando a participação do coletivo
da escola. A participação da comunidade escolar nos eventos promovidos é razoável, uma vez que existem as
dificuldades de locomoção por se tratar de espaço rural, e disponibilidade de tempo.
Quanto à relação professores, funcionários, direção e pedagogos, observa-se um trabalho integrado.
3. 21 ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE:
A Hora Atividade é organizada de acordo com o horário de aula dos professores, não sendo possível à
organização da mesma conforme cronograma proposto por este NRE, devido ao corpo docente atuar em
24
várias escolas em horários e dias não compatíveis. A escola está localizada no Distrito Monte Real, o qual se
localiza a 12 km do espaço urbano, o que dificulta ainda mais o acesso, impossibilitando a aplicação desse
cronograma. Os professores utilizam a Hora Atividade para preparar aulas,corrigir atividades, sanar dúvidas
com a coordenação e direção, bem como receber algumas orientações, organizar o material pedagógico na
web., atender a alunos e pais, atualizar-se e capacitar-se através de leituras de textos e de livros pertinentes à
sua disciplina ou de interesse geral.
3.22 INCLUSÃO
O Colégio viabiliza a inclusão de alunos com necessidades especiais, conscientizando os demais
alunos sobre a importância desta convivência para ambos, derrubando preconceitos e fortalecendo a
igualdade. Temos frequentando o colégio alunos com deficiência intelectual, os quais tem recebido
atendimento especializado na sala de recursos.
3.23 GESTÃO DEMOCRÁTICA E COMPARTILHADA
O Colégio adota a gestão democrática e compartilhada por acreditar que a educação necessita de
cooperação mútua para proporcionar uma aprendizagem sociocultural aos alunos e à comunidade. Para tanto,
procura promover uma interação entre os setores da comunidade e do Estado, através de uma cooperação
gestorial com as Instâncias Colegiadas, Patrulha Escolar, Conselho Tutelar e de mais órgãos que venham a
somar para o processo educativo.
3.24 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos
didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo
avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada
caso.
O Conselho de Classe é realizado bimestralmente, conforme o Calendário Escolar, além de préconselhos que vem enriquecer o processo pedagógico escolar. O mesmo ocorre com a participação de
professores, equipe pedagógica, direção, funcionários. Também há a preocupação em ouvir o aluno, e
sempre que possível, propõe sua participação indireta, através de um questionário respondido previamente
pela turma, opinando sobre o processo ensino-aprendizagem, fazendo críticas e dando opiniões e sugestões.
Este questionário é lido pelo pedagogo e analisado pelos demais.
25
3.25 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa, fiscal e decisório, com
objetivo de estabelecer o Projeto Político Pedagógico da escola, critérios relativos a sua ação, organização,
funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com
as diretrizes e política educacional traçados pela Secretaria de Estado Educação.
O Conselho Escolar é convocado sempre que há necessidades de deliberar sobre assuntos de sua
competência, sendo um órgão de auxílio à Direção.
3.26 GRÊMIO ESTUDANTIL
Tendo por base a Lei nº 7398/85 (BRASIL, 1985), e a Lei 11057/95 (PARANÁ, 1995), o Grêmio
Estudantil é composto por alunos eleitos para representar o corpo discente nas tomadas de decisões e demais
situações que se faça necessário a presença institucional dos alunos. O Colégio procura essa atuação do
Grêmio Estudantil, além de incentivar sua participação no dia a dia da Escola, atuando nos diversos espaços
e ambientes escolares.
3.27 APMF
A APMF é um órgão de representação de pais, mestres e funcionários do Estabelecimento de Ensino,
não possuindo caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos. Seus dirigentes e
conselheiros são eleitos por tempo determinado e não são remunerados.
A APMF participa ativamente no gerenciamento dos recursos materiais e financeiros, bem como dos
eventos promovidos pelo Colégio.
3.28 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS
Com a concepção de gestão democrática e compartilhada, o Colégio procura sempre estar
interagindo com os pais nas tomadas de decisões. Porém, percebe a dificuldade que muitos deles possuem
em participar com maior efetividade das ações desenvolvidas no ambiente escolar. Por ser Escola de Campo
e abrange uma grande área geográfica, muitas famílias residem a uma grande distância do Colégio,
comprometendo seu deslocamento até o mesmo.
3.29 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS
Como o Colégio possui apenas uma turma cada série, não há dificuldades quanto à sua distribuição no
período. Quanto aos critérios para distribuição dos professores nas turmas, o Colégio segue a classificação
dos professores quanto à ordem de escolha.
26
3.30 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
A equipe multidisciplinar do Colégio é composta por representantes do corpo docente, equipe
pedagógica, funcionários e Instâncias Colegiadas. Esta equipe tem por princípio dar subsídios e garantir a
execução ao Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena na escola.
3.31 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
A contemporaneidade traz temas em que o sistema educacional não pode se furtar em trabalhar. Neste
sentido, o Colégio procura abordá-los no cotidiano escolar tanto inserido no currículo, quanto em palestras e
demais eventos que possam abordar temas relevantes para a sociedade. A abordagem desses temas são
embasados principalmente pelos cadernos temáticos produzidos pela Secretaria de Estado da Educação do
Paraná, além de livros didáticos, científicos, legislações e demais literaturas que venham a enriquecer o leque
de opções teóricas sobre o assunto. Dentre os temas abordados, podem se destacar os seguintes:
3.31.1 Educação Ambiental
O meio ambiente é fator fundamental para nossas vidas. Principalmente no meio rural, onde está
inserida a escola, este tema se faz relevante, pois é da transformação direta da natureza que muitas famílias
retiram sua fonte de renda. Neste sentido, a Educação Ambiental é trabalhada pelo Colégio como tema
crucial na transformação da realidade rural e do planeta, incentivando práticas pedagógicas que viabilizem a
percepção pelo aluno, do potencial que o meio ambiente pode representar para o campo.
3.31.2 Enfrentamento à Violência na Escola
A escola não está livre da violência que permeia a sociedade. Vivemos em um mundo onde o
individualismo é muito forte, onde a violência é um mecanismo de imposição de ideias e de posturas,
tomando o lugar da argumentação. Nosso Colégio, apesar de ser uma Escola de Campo, onde a consciência
comunitária ainda prevalece, não se furta em tratar desse tema. É necessário compreender, ainda, que a
violência presente na escola não é somente física, mas a violência simbólica também se faz presente e é
também extremamente nociva à convivência e ao desenvolvimento intelectual e humano dos alunos. Nesse
sentido, o Colégio procura incentivar uma pedagogia favorável ao convívio social pacífico, apesar de não
submisso. Neste contexto, a argumentação é demonstrada como a melhor forma para defender ideias.
3.31.3 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
As drogas estão presentes em todos os ambientes sociais, e geralmente é na idade escolar onde
jovens e crianças têm o primeiro contado com esse malefício. Sabemos que a droga é um fator que
27
desencadeia diversos tipos de violência e contribuem para a desestruturação das famílias e das comunidades.
Não podemos desconsiderar, ainda, que é fácil o contato com esses produtos, e que o assédio pode ocorrer
em qualquer momento ou espaço. Diante desse entendimento, com a abordagem desse tema, a escola busca
trazer compreensão aos alunos e à comunidade sobre o poder destrutivo das drogas, propondo reflexões
sobre as possibilidades de combate e prevenção ao seu uso. Com isso, a escola procura cumprir seu papel na
construção de uma sociedade com cidadãos comprometido com o bem estar individual e social.
3.31.4 Sexualidade
A sexualidade é um tema ainda muito velado na sociedade, sendo pouco discutido quando não
ignorado. Sendo assim, cabe a escola trabalhar este tema de modo que os educandos se envolvam com o
assunto, ampliando seus conhecimentos e se conscientizando sobre os problemas que envolvem a
sexualidade, como a exploração sexual infanto juvenil, prostituição, pedofilias entre outros. Estes são
problemas sociais e todos os segmentos da sociedade devem estar envolvidos em sua superação.
Faz-se necessário que a escola, enquanto instituição educacional, tenha uma posição clara e objetiva
sobre as questões que envolvem a sexualidade. Sendo pertinente ao espaço escolar o ato de educar, esta não
pode se furtar ao esclarecimento de dúvidas e curiosidades dos alunos sobre a sexualidade. É importante que
a mesma contribua para que o educando fale sobre suas intimidades e privacidades, e nessa fala, introduza
elementos elaborados para auxiliar o aluno na formulação de suas representações.
A abordagem do tema sexualidade na escola pode, ainda, contribuir para a eficácia do processo
ensino-aprendizagem, pois a sexualidade está relacionada aos aspectos emocionais, que por sua vez, possui
relação com o desenvolvimento intelectual e social. E quando o educando possui curiosidades e angústias a
respeito da sexualidade, seu aspecto emocional fica abalado, e emoções negativas podem resultar em
comportamentos hostis, passivos, indiferentes, gerando, assim, dificuldades de aprendizagem. Como
comenta Goleman, (1994, p. 63). Emoções são sentimentos a se expressarem em impulsos e numa vasta
gama de intensidade, gerando ideias, condutas, ações e reações. Quando burilados, equilibrados e bem
conduzidos transformam-se em sentimentos elevados, sublimados, tornando- se assim, virtudes”. Quando as
questões que angustiam os educandos são esclarecidas com informações corretas, aliviam-se as ansiedades e
tensões, o que contribui para que o aprendizado aconteça. Esses comportamentos devem ser incentivados e
utilizados em prol do processo educativo.
O educador deve estar atento às diferentes formas de expressão dos educandos. Repetição de
brincadeiras, paródias de músicas alusivas à sexualidade entre outras, podem representar uma necessidade
não verbalizada de discussão e de compreensão de algum tema. Assim, é essencial que o professor tenha
percepção sobre esta forma de comunicação e aproveite a oportunidade para dar início a uma conversa sobre
o assunto. É necessário, entretanto, que essa conversa não se embase no senso comum, mas traga elementos
científicos que satisfaçam as necessidades do educando.
Ao professor compete conduzir o processo de reflexão, possibilitar ao educando autonomia para
eleger seus valores, tomar posições e ampliar seu universo de conhecimento. Assim, o docente deve ter o
28
discernimento necessário para não transmitir seus valores, crenças e opiniões como sendo princípios ou
verdades absolutas. Para isso o professor deve conversar a respeito das questões apresentadas pelos alunos
sem emitir juízo de valor, além de responder as perguntas de forma direta e esclarecedora. Informações
corretas e precisas, sob ponto de vista científico, são fundamentais para produzir bem estar e tranquilidade
aos alunos, e também trazer uma melhor percepção de seu próprio corpo.
As questões que envolvem o gênero e a diversidade sexual são uma das mais inquietantes que
envolvem o ambiente escolar. Homens e mulheres parecem em mundos diferentes, com afazeres e
comportamentos próprios e nem sempre compatíveis. Essa aparente incompatibilidade não raramente se
resulta em discriminação (VIANNA; RIDENTI, 1998). Diante disso, a postura do Colégio é está em superar
essas representações. As peculiaridades de gênero não são divisórias, mas complementares, e é nesse sentido
que pretendemos abordar o tema.
Quanto à diversidade sexual, há representações cristalizadas por um tradicionalismo que não
reconhece outra estrutura familiar que não aquela constituída pelo casamento hétero (LOREA, 2006), e que
não concebe a sexualidade desligada da constituição física corporal ou da reprodução (FERRARI, 2004). O
que foge destes parâmetros acaba por se tornar foco de discriminações e preconceitos. Diante disso, o
Colégio procura desnaturalizar a postura preconceituosa através do conhecimento. Através desse, é possível
estabelecer um convívio social saudável e respeitoso, onde cada um reconhece o outro como mais sujeito
subjetivo na composição da diversidade cultural.
3.31.5 Cidadania e Educação Fiscal
O conceito de cidadania está ligado à emancipação econômica. Sabemos que em nossa sociedade
capitalista, e principalmente na realidade rural onde se situa a comunidade escolar, a condição econômica do
sujeito trabalhador é precária. Neste sentido, o Colégio procura abordar a Educação Fiscal como forma de
trazer a cidadania ao sujeito. Envolver o aluno ao mundo fiscal é uma forma de desenvolver seu potencial
econômico e deixá-lo menos susceptível às artimanhas mercadológicas. O subsídio teórico para essa
abordagem se encontram na formação continuada de professores que participaram em cursos de
disseminadores da educação fiscal oferecidos pela Secretaria de Estado da Educação.
3.31.6 Diversidade Social e Religiosa
Um olhar sobre a nossa história nos mostra como as lutas e as organizações populares foram
formando sujeitos coletivos conscientes dos seus direitos, e colocando a educação como um elemento
fundamental nesse processo de formação e transformação humana e social. Assim, é papel da educação
contribuir para a construção de um ambiente educativo, que:
•
Considere a diversidade e a heterogeneidade dos grupos humanos e sua relação com o meio
ambiente/natureza, com a terra, com a cultura, com o mundo do trabalho, com as relações sociais
e religiosas;
29
•
Valorize os conhecimentos dos diferentes sujeitos da aprendizagem e que o conhecimento
produzido, tenha sentido e significado, que contribuam para melhorar a vida das pessoas;
•
Respeite as diversas formas dos sujeitos relacionarem-se com a terra, com o mundo do trabalho e
a cultura;
•
Considere o desenvolvimento das pessoas não só por meio da integração dos diferentes
processos formativos, mas valorizando a escolarização, direito universal dos diversos grupos
humanos.
3.32 RELAÇÃO ÉTNICO-RACIAIS: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA
E INDÍGENA
Em atendimento a Lei nº 10.639/03 (BRASIL, 2003), e Lei nº 11645/08 (BRASIL, 2008), o Colégio
Estadual do Campo Monte Real – EFM, passa a instituir em seu currículo a temáticas História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana. Com esta temática, procura enaltecer a cultura afro-brasileira como importante
componente de nossa diversidade cultural. Subsídio base: (PARANÁ, 2008). Para dar base a este trabalho,
com o amparo da Del. CEE Nº04/06 (PARANÁ, 2006), e Res. nº 3399/10 – GS/SEED (PARANÁ, 2010), o
Colégio tem constituída sua Equipe Multidisciplinar, entendendo que ela é um importante elo entre a
temática afro-brasileira e africana e as demais disciplinas.
Também a questão indígena é abordada no contexto escolar. Essa identidade é componente intrínseco
da sociedade brasileira e ão de ser valorizados enquanto sujeitos culturais e sociais.
3.33 EDUCAÇÃO DO CAMPO
Como observado nas legislações que versam sobre Educação do Campo (BRASIL, 2002; 2008),
caderno temático produzido pela SEED (PARANÁ, 2005), e autores como Arroyo (2009), Vendramini
(2007), entre outros, o desafio é ressignificar os conhecimentos já trazidos pelos jovens e a própria
comunidade e levá-los a produzirem novos e melhores conhecimentos, garantindo um espaço educativo, no
qual exista de forma permanente a circularidade de saberes.
A educação do campo tem um vínculo com a matriz pedagógica do trabalho e da cultura. Ela nasce
colada ao trabalho e à cultura do campo. E não pode perder isso em seu projeto. A leitura dos processos
produtivos e culturais formadores dos sujeitos que vivem no campo é tarefa fundamental da construção do
projeto político e pedagógico da Educação do Campo.
O trabalho contribui de forma significativa na formação do ser humano: a Educação do Campo
precisa recuperar toda uma tradição pedagógica de valorização do trabalho como principio educativo, de
compreensão do vínculo entre educação e produção, e de discussão sobre as diferentes dimensões e métodos
de formação do trabalhador(a), de educação profissional, cotejando todo este acúmulo de teorias e de
práticas com a experiência especifica de trabalho e de educação dos camponeses(as).
30
Pensar isso do ponto de vista pedagógico mais amplo, enquanto processos de humanização dos
sujeitos é pensar como estes processos podem/devem ser trabalhados nos diferentes espaços educativos do
campo. O que significa hoje fazer a formação das trabalhadoras e dos trabalhadores jovens e adultos do
campo? E o que significa educar as crianças e os/as adolescentes do campo a formação de sua identidade de
trabalhador, e especialmente sua identidade de trabalhador campo?
Outros elementos fundamentais da educação na relação entre a cultura e comunicação, na busca de
compreender diferentes linguagens, utilizar técnicas de organização de atividades que potencializem o
resgate da memória coletiva das comunidades, dos saberes e das histórias, como princípios do processo de
ensino-aprendizagem.
Nesse sentido a educação como fenômeno social possui dimensões básicas a serem consideradas:
Uma diz respeito à educação enquanto prática social que envolve processos formais e informais, com suas
características próprias, sua cultura e sua história. E ainda a dimensão do campo de estudo, considerando a
riqueza das práticas pedagógicas, dos processos de construção do conhecimento e da articulação teóricoprática.
A educação do campo e no campo ocorre tanto em espaços escolares como fora deles. Envolve
saberes, métodos, tempos e espaços físicos diferenciados. Portanto, não são apenas os saberes construídos na
sala de aula, mas também aqueles acumulados na produção, na família, na convivência social, na cultura, no
lazer e nos movimentos sociais. A sala de aula é um espaço específico de sistematização, análise e de síntese
das aprendizagens, se constituindo assim, num local de encontro das diferenças, sem que estas sejam
colocadas como desigualdades. É na diferença que se produzem novas formas de ver, estar e se relacionar
com o mundo.
É urgente se contrapor a ideia de que escola de campo é escola pobre, ignorada e marginalizada,
fugindo do discurso “sair do campo para poder estudar e estudar para sair do campo” e sim reafirmar que é
preciso estudar – e com uma educação de qualidade – para viver em sociedade, independente do espaço.
3.34 ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM CONTRATURNO
A comunidade atendida pelo Colégio é carente por oportunidades de interação sociocultural e com a
aprendizagem, com as inovações produzidas socialmente, com o universo artístico e literário e demais fontes
de saber e de cultura. As atividades em contraturno representam, assim, o espaço temporal onde é
oportunizado aos educandos terem maior tempo de contato com os veículos do conhecimento, com
metodologias diferenciadas e apropriadas para atender à uma clientela específica diante de conteúdos
também específicos, voltados para acrescentar conhecimentos relevantes para a formação sociocultural dos
alunos.
31
3.34.1 Sala de Apoio – Matemática/Português 6º ao 9º ano
A Sala de Apoio pretende melhorar o desempenho dos alunos nessas disciplinas, uma vez que a
partir delas, e com a abordagem indisciplinar, linear e contextualizada, é possível melhorar o processo de
ensino e aprendizagem em todas as disciplinas.
3.34.2 Sala de Recursos Multifuncional
A Sala de Recursos Multifuncional está voltada a atender alunos com necessidades educacionais
especiais, procurando incluí-los ao convívio socioeducacional escolar e na sociedade, fornecendo-lhes
ferramentas para interagir com o conhecimento e se fazerem autônomos em seu processo de aprendizagem.
3.34.3 CELEM/Espanhol
O CELEM/Espanhol busca oferecer o conhecimento e a interação dos alunos com a Língua
Espanhola. A oferta deste ensino está atrelada à necessidade de fortalecer a interação do aluno com os
saberes socioculturais globais.
3.34.4 Artes Visuais
A atividade Artes visuais procura trabalhar as propriedades peculiares do campo. A intenção é
transformar os materiais vegetais que já não tem mais vida em obras artísticas. O mesmo processo ocorrerá
com mecanismos que vem a ofender a natureza, como gaiolas, estilingues e demais.
3.34.5 Música
A atividade de Música procura esmiuçar a composição musical em busca de sua história, da
mensagem que traz. Após o aluno estar envolvido com a música, ela será desenvolvida através do canto.
3.34.6 Hora Treinamento/Futsal
A Hora Treinamento procura inserir conhecimentos acerca do Futsal, sua historicidade e seus
fundamentos, além de exercer atividades práticas com os alunos.
32
4 MARCO CONCEITUAL
O marco conceitual indica os conceitos e princípios didático-pedagógicos da instituição em face da
realidade descrita e analisada. Procura estabelecer que concepções se fazem necessárias para atingir o que
pretendemos; determinar o ponto de chegada e a prática social para atingir tal ponto. De forma clara e
objetiva, os fundamentos educacionais são explicitados, bem como, as condições para construí-los, buscar
respostas, utopias, a partir do compromisso coletivo.
4.1 OBJETIVOS GERAIS DO COLÉGIO
É objetivo do Colégio contribuir para a formação do homem íntegro, capaz de atuar na sociedade de
forma autônoma e consciente. Assim, os conhecimentos teóricos devem propiciar ao sujeito a transformação
de sua realidade. Tais objetivos têm em seu favor a LDB nº 9394/96 (BRASIL, 1996), e propõe ações que
venham beneficiar o nosso aluno, tais como:
•
o desenvolvimento pleno das capacidades e potencialidades do aluno;
•
proporcionar ao educando uma educação gratuita, laica e de qualidade;
•
preparar o aluno para o exercício da cidadania;
•
levar o aluno a reconhecer-se como sujeito transformador da história.
4.1.1 Anos Finais do Ensino Fundamental
Os objetivos norteadores dos anos finais do Ensino Fundamental deste estabelecimento de ensino
está inserido no artigo 32 da LDB nº 9394/96 (BRASIL, 1996), como a seguir:
Art. 32 – O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública,
terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I - desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores
em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista aquisição de conhecimento e
habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca
em que se assenta a vida social.
§ 1º – O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades
indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
33
4.1.2 Ensino Médio
Os objetivos norteadores do Ensino Médio deste estabelecimento de ensino está inserido no artigo 35
da LDB nº 9394/96 (BRASIL, 1996), como a seguir:
I
-
a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental,
possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a
ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III- o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos cientifico-tecnológicos dos processos produtivos relacionando a teoria
com a prática, no ensino de cada disciplina.
4.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DO COLÉGIO
4.2.1 Filosofia do colégio
A filosofia do Colégio Estadual do Campo Monte Real – EFM. Está baseada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, que tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (LDB 9394/96 – Art.
2º, BRASIL, 1996). O Colégio Estadual do Campo Monte Real, adota a a Pedagogia Histórica-Crítica
(SAVIANI, 1991; 2005; 2007), pois acredita na reciprocidade entre a educação e a sociedade. Enquanto
pedagogia histórica, a educação interfere sobre a sociedade, enquanto crítica, a sociedade define a educação
que precisa. Essa manifestação social no que se refere à educação, muitas vezes não são manifestas, mas se
encontram latentes.. A educação tem, então, que ter a devida sensibilidade teórico/metodológica para capitar
essas necessidades sem impor uma que julgue a mais correta. Assim sendo, o colégio propõe uma intensa
análise da realidade que conte fundamentalmente com a participação do sujeito educando e da comunidade
escolar. Dessa análise, resultará uma percepção da realidade isenta, e aí sim será realizada uma interação
entre conteúdo e realidade concreta, visando a transformação da sociedade através da ação interativa sujeito.
O enfoque nos conteúdos atrelados à realidade está na construção de um sujeito histórico-social, capaz de
conhecer seu universo e se reconhecer nele.
4.2.2 Concepção de Educação
Segundo Saviani (2005, p. 13), “Educação é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada
individuo singular, a humanidade que é produzida historicamente e coletivamente pelo conjunto dos
homens”. Assim, a educação é o ato de produzir historicamente a sociedade, manifestado de forma direta ou
indiretamente em cada sujeito. Dessa forma, o Colégio vê a educação como uma mediadora entre os
34
elementos culturais e sociais produzidos pela sociedade, e os sujeitos sociais. Em uma postura crítica, ela
jamais é uma impositora de ideias, mas antes, procura desenvolver o pensar, e sendo os sujeitos construtores
sociais, compete à educação muní-los conceitualmente para atuar na sociedade de forma não passiva. A
educação necessita sobretudo, formar sujeitos críticos, para que sua atuação na história seja o mais
contundente possível no caminho de transformar a realidade social desfavorável à classe trabalhadora,
principalmente a rural meio onde se localiza o Colégio. Para atuar em sua realidade, no entanto, é necessário
que a educação provoque transformações antes no sujeito. Como defende Hegel (apud GELAMO, 2008, p.
165, grifo do autor), “Passando pelo processo de formação [...], o indivíduo constrói para si mesmo uma
nova natureza que se oporia a uma primeira natureza cujas características seriam o egoísmo e a
imediaticidade dos fatos”. Essa transformação é o objeto primordial para a educação, pois a partir dela, a
atuação autônoma do sujeito na sociedade será uma consequência.
É neste sentido que a educação deve atuar, vislumbrar o sujeito e a sociedade, em uma escala
ascendente de transformações em ambos. Essa concepção, é claro, não pode descartar a questão econômica,
algo intrínseco à emancipação do sujeito (Marx, apud MÉSZÁROS, 2006; RODRIGUES, 2007). É
necessário que a educação desperte no sujeito a possibilidade de agir em busca de meios para melhorar sua
renda, sua condição de vida, seu bem estar. Assim, a criticidade proposta pela educação deve abarcar todas
as dimensões do sujeito enquanto agente social.
4.2.3 Princípios e Fins Norteadores da Educação
Os princípios norteadores da educação deste estabelecimento de ensino estão inseridos nos artigos 2º
e 3º da LDB nº 9394/96 (BRASIL, 1996), como a seguir:
Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e suas qualificações para o trabalho.
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – valorização do profissional da educação escolar;
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX – garantia de padrão de qualidade;
X – valorização da experiência extra-escolar;
XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
35
4.2.4 Diretrizes Curriculares que Norteiam a Ação do Colégio
As diretrizes que norteiam as ações do Colégio são aquelas desenvolvidas pela SEED, uma vez que
elas contemplam o que esperamos com o processo educativo. Essas diretrizes seguem a linha históricocrítica, que reconhece que a educação interfere na sociedade e recebe desta, influências que determinam a
direção a seguir. Isto é o que pretendemos com o processo educativo, receber os anseios da sociedade e
muní-la com a formação necessária para transformar essa realidade.
4.2.5 Concepção Estatuto da Criança e do Adolescente
O Colégio concebe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) enquanto legislação que vem a
atender a globalidade dos direitos da criança e do adolescente. É nele que está assegurada a proteção integral
à criança e ao adolescente e seu direito subjetivo à educação, saúde e demais necessidades muitas vezes
negadas. Para assegurar esses direitos, deve haver um esforço mútuo entre a sociedade e o poder público.
Nesta composição, a escola é órgão capaz de mediar discussões e proposições que venham a efetivar a
globalidade que o ECA representa à proteção aos direitos da criança e do adolescente.
É necessário ainda, que a escola atue para desmistificar o ECA como unicamente voltado às
inflações cometidas pelas crianças e adolescentes, sendo muitas vezes visto como documento que vem trazer
impunidade. O ECA é muito mais que isto. Sua principal função é resguardar crianças e adolescentes de uma
sociedade por demais influenciada pelo individualismo, pela cultura de massa, pelo mercado de consumo
entre outros. Tais dimensões do capitalismo colocam a juventude em uma vulnerabilidade social
(NASCIMENTO, 2002) e levam setores da sociedade a desconsiderem as crianças e adolescentes como
sujeitos de direito. É, portanto, função social da educação reverter conceitualmente este quadro e elevar estes
jovens ao patamar de sujeitos sociais, tão munidos de direitos quanto qualquer outro.
4.2.6 Concepção de Homem
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo suas necessidades.
Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas relações
familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo assim sua participação
ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade. Freire (1983; 1979; 1994; 2002; 2004), traz ainda que
homem é autor e criador de história e de cultura, um ser incompleto, inacabado e naturalmente pedagógico,
que se faz humano nas relações histórico-social que estabelece com os demais. Para a formação desse
homem, Morin (2007), acredita ser necessário uma educação que aborde com maior ênfase e contundência as
questões que envolvam a condição humana. Para que atue na sociedade de forma a transformá-la, o sujeito
necessita estar consciente da complexidade humana, passo primordial para se reconhecer como componente
igualitário na sociedade.
36
4.2.7 Concepção de Sociedade
Para Severino (1998, 2001), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações
diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo uma
interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas
sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e é o jeito específico do homem
realizar sua humildade.
Segundo Saviani (1991; 2005; 2007), é necessário compreender o funcionamento da sociedade sem
se limitar às aparências. Ela é regida por leis históricas, portanto, não naturais.
O Colégio almeja formar sujeitos críticos, capazes de interagir na sociedade, desempenhando bem o
seu papel de cidadão. Priorizamos uma educação de qualidade, valorizando a diversidade cultural presente
no campo e a interação dessa com as demais diversidades componentes do universo cultural brasileiro.
Sendo a sociedade uma construção histórica, o sujeito deve ter plenas condições de atuar em sua
transformação, fazendo-a mais justa e igualitária.
4.2.8 Concepção de Ciência
A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de forma sistematizada utilizando
métodos. Educação aliada à cultura científica, leva ao conhecimento científico sistematizado, desenvolvendo
o senso crítico do aluno, para que ele transforme a sua realidade econômica, social e política, e possa
conviver de maneira democrática com as diferenças socioeconômicas, étnicas e culturais, afinal, a cultura é
resultado de toda a produção humana (Saviani, 1991; 2005; 2007).
4.2.9 Concepção de Educação do Campo
A Educação do Campo é um projeto educacional compreendido a partir dos sujeitos que tem o
campo como seu espaço de vida. Na fala de Caldart (2009, p. 149-150, grifo do autor), “[…] uma educação
que seja no e do campo. No: o povo tem direito a ser educação no lugar onde vive; Do: o povo tem direito a
uma educação pensada desde o seu lugar e contar com a sua participação, vinculada a sua cultura e às suas
necessidades humanas e sociais”. Nesse sentido, busca superar a visão do rural como local de atraso, no qual
as pessoas não precisam estudar ou basta uma educação precarizada e aligeirada para atender esta clientela.
A Educação do Campo é uma concepção que vem promover um conhecimento dialético aos alunos. De
maneira nenhuma deve representar o aligeiramento no ensino, nem a tentativa de fixar o homem no campo,
mas sim, proporcionar a ele todo o conhecimento reunido pela sociedade e oportunizar-lhe uma educação à
altura dos sujeitos sócio-culturais e políticos.
Observando os relatos de Arroyo, Caldart e Molina (ARROYO, 2009), o espaço campo, sob esta
concepção educacional, é entendido como lugar de vida onde os sujeitos produzem conhecimento na sua
relação de existência e sobrevivência. Há uma produção cultural no campo que deve se fazer presente na
37
escola. A organização dos saberes escolares devem ser trabalhados para que se efetive a valorização dos
povos do campo e da diversidade cultural que este espaço e seus sujeitos representam.
A escola do campo precisa olhar para o mundo a sua volta, se apropriar da sua história, da sua cultura,
dando significado a ele na articulação dos saberes escolares necessários a formação humana. A escola do
campo também tem uma tarefa importante para ressignificar o olhar sobre o homem e a mulher do campo
construído e reproduzido no currículo escolar. Isso implica em dar voz aos saberes, a cultura e a história do
campo e de seus sujeitos.
4.2.10 Concepção de Escola
O Colégio se identifica com uma proposta pedagógica histórico-crítica (SAVIANI, 1991; 2005;
2007), pois entende que a principal missão da escola é a sua função social de garantir o acesso de todos aos
saberes científicos produzidos pela humanidade, na qual a educação e a sociedade caminham lado a lado. A
escola também promover uma educação libertadora seguindo os preceitos de Paulo Freire (1983; 1979; 1994;
2002; 2004), que traz que a prática deve ter relação dialética com a teoria, como forma de promover uma
transformação social consciente.
Neste sentido, Boff (2000, p. 77), comenta que se faz necessário
desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de
desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.
Sob estes parâmetros, entendemos que a escola é uma instituição especializada para operar a
passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, onde se manifestam a cultura popular e a cultura
erudita. A escola é o local onde se discute todo o saber que cada indivíduo traz consigo, através da
convivência com seus familiares e novos saberes compartilhados ou adquiridos por meio de veículos de
comunicação, livros, escola entre outros. Portanto, é fundamental para a construção da identidade de um
povo, valorizar e respeitar sua imensa diversidade cultural, conquistas e experiências pelas quais estes
passaram. A esta complexidade a escola deve estar atenta.
O Colégio tem como objetivo, hoje e sempre, a busca de uma sociedade sem preconceito, sem
desigualdade, mais humana, justa, em que cada indivíduo se sinta pleno em seus direitos, com seu espaço na
sociedade. Para isto, nossa escola é democrática, participativa, onde todos contribuem para formar o
educando crítico, criativo, que esteja apto para exercer o direito de cidadania.
4.2.11 Concepção de Tecnologia
Segundo Luckesi (1986, p. 56), tecnologia educacional é “[...] a forma sistemática de planejar,
implementar e avaliar o processo total da aprendizagem e da instrução em termos de objetivos específicos,
baseados nas pesquisas de aprendizagem humana e comunicação e materiais, de maneira a tornar a instrução
mais efetiva”. Assim, tecnologia educacional não se resume aos novos mecanismos tecnológicos disponíveis
no meio educacional, mas sim, toda material ou mecanismos que venha a auxiliar professores na mediação
do conhecimento. No entanto, as novas tecnologias, como internet, tvs, pendrives entre outros, merecem
38
destaques devido ao poder sedutivo em relação a alunos e professores. Assim, tais mecanismos devem ser
incorporados às demais tecnologias já dominadas e conhecidas no meio educacional, no sentido de aumentar
ainda mais o leque tecnológico à disposição do processo de ensino e aprendizagem. É necessário
compreender que a tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e serviços, mas
também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais vigentes.
4.2.12 Concepção de Conhecimento
Conforme Freire (1983; 1979; 1994; 2002; 2004), o conhecimento é sempre 'intencionado”, uma vez
que sempre está dirigido para conhecer algo, mesmo que de forma intencional. O ato de conhecer, portanto,
representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade. No entanto, o conhecimento sozinho
não transforma a realidade, para transformá-la, é necessário converter o conhecimento em ação. O
conhecimento é, assim, um primeiro e importante passo para que o sujeito atue na sociedade e promova as
mudanças necessárias à sua emancipação sociocultural e econômica.
4.2.13 Concepção de Ensino e Aprendizagem
Como traz Freire (2002), ensinar e aprender tem uma relação dialética, onde quem ensina também
aprende e vice-versa. Segundo o autor, “[...] não há docência sem discência" (ibid, p. 23), e completa
dizendo que “[…] quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser
formado" (ibid, p. 25). Tal fala revela que professor e aluno são sujeitos equânimes no que diz respeito a
transmissão/assimilação de conhecimentos. É certo que o professor possui um conhecimento
teórico/conceitual das práticas, e através de metodologias de que detém, mediará este processo dialético do
ensinar e aprender, proporcionando para que os alunos possam se munir desses conhecimentos e transformar
suas práticas e sua realidade. É claro que este processo não possui mão única. Aprender, ensino e
aprendizagem é o processo que se dá a partir da relação entre sujeitos mediados pelo conhecimento, onde os
papéis dos diferentes sujeitos expressam muito das concepções educativas ali existentes. É necessária uma
reflexão constante no processo de ensino e aprendizagem, envolvendo todo o sistema educacional, recebendo
opiniões e críticas de toda a comunidade escolar.
4.2.14 Concepção de Infância e Adolescência
A condição de infância e adolescência e adolescência está ligada à sociedade e à comunidade a qual
pertencem. Como traz Frota (2007, p. 149), “[...] tanto a infância quanto a adolescência, são hoje
compreendidas como categorias construídas historicamente, tendo, portanto, múltiplas emergências”.
Dahlberg; Moss; Pence (2003), acreditam que as concepções contemporâneas de infância levam para
múltiplas possibilidades de construção/evolução do ser e não caminham para uma compreensão fechada do
conceito. Diante dessas abordagens, o que se percebe é que as concepções de infância e adolescência estão
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ligadas a vários fatores que envolvem as percepções da comunidade e da sociedade. Em cada momento
histórico, são diferentes as compreensões sobre essas dimensões da vida humana.
Frota (2007, p, 155), comenta que
Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser adolescente é
viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas, ajudam a
traçar o perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase
do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta.
Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um período
atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua
subjetividade. Porém, a adolescência não pode ser compreendida somente como
uma fase de transição. Na verdade, ela é bem mais do que isso.
De todos esses posicionamentos sobre a infância e a adolescência, o que fica evidente é que essas
dimensões não se concretizam em limitações, mas se caracterizam como um momento de crescimento, de
formação, de interação social e de construção humana. É neste sentido que a aprendizagem será desenvolvida
para com os alunos, voltada para contribuir para a formação do sujeito, com abordagens que levem em
consideração os comportamentos desse período e que são próprio do desenvolvimento e do contato com o
novo.
4.2.15 Concepção de Alfabetização e Letramento
A relação entre alfabetização e letramento para que seja vantajosa para o processo de ensino
e aprendizagem, deve ser dialética e complementar. Para Carvalho (2008), que faz interpretação de
Soares, precursora do termo letramento no Brasil, esses conceitos não devem se confundidos.
Comenta que “[…] os processos de alfabetizar e letrar, embora interligados, são específicos […].
Alfabetizar é ensinar o código alfabético, letrar é familiarizar o aprendiz com os diversos usos
sociais da leitura e da escrita” (ibid., p. 65). Compreender esta relação é um importante passo para a
formação integral do sujeito.
Soares (2006, p. 19), observa que alfabetizado, em sentido estrito, é “[...] aquele que apenas
aprendeu a ler e escrever, não aquele que adquiriu o estado ou a condição de quem se apropriou da
leitura e da escrita, incorporando as práticas sociais que as demandam”. Por outro lado, letramento é
“[…] o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que
adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita” (ibid.,
p. 19). A alfabetização, portanto, pode ser realizada mecanicamente, sem que o aluno atribua
sentido ao que lê ou utilize a alfabetização em suas práticas sociais. Já letramento é a apropriação
que o aluno faz de seu universo no que se refere à absorção de mensagens, signos, símbolos e
incorpora esses saberes em suas práticas.
40
Para melhor elucidar a compreensão e distinção entre o sujeito alfabetizado e letrado, vamos
lançar mão de Carvalho (2008, p. 66), em sua interpretação de Soares sobre o assunto. Segundo
Carvalho,
Para Soares, a diferença [entre o sujeito alfabetizado e o sujeito letrado] está na extensão e
na qualidade do domínio da leitura e escrita. Uma pessoa alfabetizada conhece o código
alfabético, domina as relações grafofônicas, em outras palavras, sabe que sons as letras
representam, é capaz de ler palavras e texto simples mas não necessariamente é usuário da
leitura e da escrita na vida social. Pessoas alfabetizadas podem, eventualmente, ter pouca
ou nenhuma familiaridade com a escrita dos jornais, livros, revistas, documentos, e muitos
outros tipos de textos; podem também encontrar dificuldades para se expressarem por
escrito. Letrado, no sentido que estamos usando este termo, é alguém que se apropriou
suficientemente da escrita e da leitura a ponto de usá-las com desenvoltura, com
propriedade, para dar conta de suas atribuições sociais e profissionais.
Soares (2006, p. 24), traz ainda “[...] que um indivíduo pode não saber ler e escrever, isto é,
ser analfabeto, mas ser, de certa forma, letrado”. Isso ocorre porque o letramento não está
necessariamente ligado à alfabetização. A criança, assim que inicia a se relacionar com folhetos,
histórias contadas, ouvidas entre outras, já está entrando “no mundo do letramento” (ibid., p. 24).
Também o adulto analfabeto que compreende e interage com diversas mensagens dispostas na
sociedade, pode se considerado letrado. Este letramento desligado da alfabetização, no entanto, é
um tanto quanto limitado, ou não atingido em toda sua potencialidade.
A escola, portanto, prima pela consonância entre a alfabetização e o letramento, uma vez
que a interligação entre esses conceitos é a melhor forma de construir uma educação de qualidade,
que seja capaz de englobar todas as necessidades do sujeito educando.
4.2.16 Concepção de Avaliação
Seguindo a concepção educativa histórico-crítica (SAVIANI, 2005), a avaliação deve traduzir o
crescimento do aluno e expressar como o aluno se apropriou do conhecimento, como resolve os problemas
propostos e como formula o processo de percepção da realidade. A avaliação é uma prática emancipadora
que visa observar/analisar a tomada de decisão do aluno, se mostrando, assim, como um instrumento de
transformação social. Saviani (2005), traz ainda, que a avaliação é o momento em que se percebe a cartase,
ou seja, a passagem da síncrese (conhecimento concreto-empírico), para a síntese (conhecimento elaborado),
processo este, intermediado pela análise (teorização, abstração e reflexão). Este é o ponto culminante da
educação, e a avaliação é o instrumento de percepção desse processo. Sob este parâmetro, a avaliação
contribui não só para perceber o processo do aluno, mas também para que o professor avalie a metodologia
adotada, uma vez que a análise é reflexo da atuação metodológica do professor.
A prática avaliativa na educação desenvolve-se como foco principal no processo ensino e
aprendizagem, no entanto, tem sido utilizada basicamente para verificar o desempenho escolar dos alunos,
tanto em sala de aula quanto em programas de avaliação de rendimento escolar em âmbito nacional. O
41
processo de avaliação carrega em si uma força transformadora que deve ser reconhecida, mobilizada e
explorada. A natureza das ações de descrever, atribuir valor, analisar, levantar hipótese, compreender,
inerentes ao ato de avaliar, traz consigo o primeiro passo das transformações a serem realizadas. Quando se
compreende o problema, as soluções se iluminam.
4.2.17 Concepção de Cidadania
De acordo com Boff (2000, p. 51) “[...] cidadania é um processo histórico-social que capacita a
massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de práticas
no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio
destino”.
Marchal (apud NEVES, 2005), vê o cidadão como aquele com capacidade e oportunidade em
participar da política, de gozar dos direitos civis e de certo bem-estar social.
Considerando estes conceitos, o Colégio tem como missão um ensino voltado para o exercício da
cidadania plena, garantindo a ampliação das capacidades para combater a dualização da sociedade que gera
desigualdades cada vez maiores. Buscamos alcançar a contemporaneidade através de um ensino voltado para
a construção do conhecimento, a formação do caráter, assegurando um leque de oportunidades que contribua
para a construção de um caminho bem sucedido, através de uma educação de qualidade.
Para alcançarmos esta meta, devemos manter uma relação solidária, envolvendo escola, professores,
alunos e comunidade, para construir uma sociedade justa e que todos sejam comprometidos com o coletivo,
para um efetivo exercício da cidadania.
A democratização da escola se expressa no aprendizado de práticas democráticas e compartilhada, no
exercício da cidadania, efetivando-se como exercício permanente de formação de sujeitos participativos e
democráticos. Abrindo os portões e muros escolares como um exercício para a efetivação da participação
popular no interior da escola e desta na comunidade, é que vamos superar a lógica burocrática, fragmentada e
autoritária que ainda permeia o cotidiano da escola. A construção da cidadania passa necessariamente por
esses caminhos.
4.2.18 Concepção do Tempo Escolar
O tempo escolar é organizado por ano em regime seriado. O Ensino Fundamental a partir de 2012
passa a ser ser organizado do 6º ao 9º ano, perfazendo 4 anos e o Ensino Médio da 1ª à 3ª série, perfazendo 3
anos, cumprindo os 200 dias letivos anuais de efetivo trabalho com os alunos. O tempo escolar compreende o
período de vigência pedagógica dos estudantes no ambiente escolar durante o curso básico. O tempo escolar
é o tempo pedagógico de aprendizagens significativas durante toda a vida. Porém, não basta dar todo o
tempo necessário, é preciso que o aluno tenha uma ajuda diferenciada para aprender. O professor deve ter
sensibilidade e adequar o conteúdo ao ritmo de seus alunos. O tempo deve ser aproveitado ao máximo, tanto
por parte de professores quanto de alunos para uma efetiva aprendizagem.
42
A escola precisa estar atenta à organização significativa do trabalho pedagógico. Por isso, a
organização deve ser pautada numa visão do conhecimento interdisciplinar e transdisciplinar, que possibilita
o estabelecimento de relações recíprocas entre vivências, conteúdos e realidade.
4.2.19 Concepção das Ações Didático-pedagógica
As ações didático-pedagógicas são atividades ofertadas aos alunos com o intuito de enriquecer e
ampliar os horizontes educacionais de nossos educandos. Sendo assim, este colégio oferta em contra-turno às
aulas da matriz curricular o CELEM (centro de língua estrangeira moderna) de Língua Espanhola, em sua
modalidade de curso básico de 2 anos. Também propiciamos a nossos alunos a participação nos Jogos
Colegiais do Paraná, Olimpíada de Matemática e demais eventos que venham a contribuir ao processo de
ensino e aprendizagem.
4.2.20 Concepção de Atividades Complementares em Contraturno
Segundo a Instrução 04/11 – SUED/SEED (PARANÁ, 2011, p. 1), “Entende-se por Atividades
Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas, integradas ao Currículo Escolar, com a
ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visam ampliar a formação do aluno”.
Assim, com a oferta dessas atividades, o Colégio pretende enriquecer as experiências, práticas e conceitos
dos alunos através de ações educativas que buscam aumentar seu tempo de contato com o ambiente escolar e
com o conhecimento por ele proposto.
4.2.20.1 Sala de Apoio – Matemática/Português 6º e 9º ano
Um dos objetivos da educação é contribuir para a formação de um ser total, capaz de ter acesso a
todas as inovações produzidas pela sociedade. Capaz, ainda, de se auto-educar, de interagir com o
conhecimento de forma autônoma. Estas são características trabalhadas na Sala de Apoio de Matemática e
Português, que busca metodologias diferenciadas para construir um ser íntegro.
Atenção especial é atribuída ao 6º ano, série em que os alunos passam pelo período de adaptação à
nova organização do tempo e do espaço escolar. Os alunos chegam ainda no decurso de seu processo de
alfabetização e letramento e a Sala de Apoio é um importante aporte para favorecer e fortalecer este
processo.
4.2.20.2 Sala de Recursos Multifuncional
O conceito da Sala de Recursos Multifuncional é integrar o aluno com necessidades educacionais
especiais ao processo de ensino e aprendizagem, fazendo-o capaz de participar do processo educativo e
social de forma autônoma.
43
4.2.20.3 CELEM/Espanhol
Sendo esta uma das línguas oficiais do Mercosul, nada melhor que propiciar seu contato aos alunos,
além de estar obedecendo à Lei 11.161/05 (BRASIL, 2005), que determina a oferta da Língua Espanhola no
currículo do Ensino Médio com matrícula facultativa para o aluno.
4.2.20.4 Artes visuais
A arte visual é uma das formas artísticas pela qual o sujeito entra em contato com seu interior, com
suas representações e com seu íntimo. É “[...] a forma pela qual o artista percebe o mundo, reflete sua
realidade, sua cultura, sua época, criando uma nova realidade, dentre outros aspectos” (PARANÁ, 2008a, p.
72). Através das artes visuais, portanto, o aluno percebe o seu meio e é capaz de realizar uma releitura sobre
ele, tendo assim, uma nova percepção sobre sua realidade, mais consciente e critica. Esta é a pretensão da
arte a ser utilizada intrinsecamente ao conceito de Educação do Campo.
4.2.20.5 Música
A intenção da educação e em particular a Educação do Campo, é formar o sujeito crítico, que
interfira em seu meio e na sociedade. A música é uma das ferramentas a ser utilizada para esse fim. Ela “[...]
é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de fazer compreender a imensa diversidade
musical existente, que de uma forma direta ou indireta interfere na vida da humanidade.” (PARANÁ, 2008a,
p. 72). Este conceito será utilizado para formar o ser completo, atuante e participativo na sociedade.
4.2.20.6 Hora Treinamento/Futsal
A Hora Treinamento/Futsal procura introduzir os alunos no contexto do esporte, tomado pela escola
como uma forma de inclusão sociocultural da comunidade através da interação com os fundamentos
esportivos. Através do esporte é possível trabalhar os comportamentos cooperativistas tão necessários na
atual sociedade contemporânea.
4.2.21 Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos
Os desafios Educacionais Contemporâneos compreendem temas que dizem respeito à realidade
social atual. Na tentativa de auxiliar no trabalho com estes temas tão inquietantes, o Departamento da
Diversidade da SEED propôs cadernos temáticos com sugestões de atividades onde tais temas podem ser
subsidiados, além dos demais recursos tecnológicos e bibliográficos disponibilizados na escola. Vale
ressaltar que tais temas podem ser trabalhados dentro dos diversos conteúdos escolares sem que haja
necessidade de tratá-los em separado.
44
4.3 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
O ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, africana e indígena tornam-se obrigatórios nas
escolas brasileiras a partir das leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08.
De acordo com a resolução CP nº1 de 17/06/2004, ficam instituídas as Diretrizes Curriculares
Nacionais Para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura AfroBrasileira e Africana. Sendo assim passa a integrar as discussões na disciplina de história esta temática acima
citada.
4.4 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Segundo a Instrução 10/10 – SUED/SEED (PARANÁ, 2010), compete à Equipe Multidisciplinar das
escolas da Educação Básica
:
1. Elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho Escolar e as
orientações do DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias, sobre a ERER e o Ensino de
História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena, que deverá ser incorporado no Projeto
Político-Pedagógico e legitimado pelo Regimento Escolar;
2. Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os professores na elaboração
do Plano de Trabalho docente no que se refere à ERER;
3. Realizar formação permanente com os/as demais profissionais de educação e comunidade
escolar, referente a ERER e o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e
Indígena, conforme orientações expedidas pelo DEDI/SUED.
4. Subsidiar os/as professores/as, equipe pedagógica, gestores/as, funcionários/as e alunos/as
na execução de ações que efetivem a ERER e o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira,
Africana e Indígena;
5. Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento ao preconceito,
discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando professores/as, equipe pedagógica,
direção, direção auxiliar, funcionários/as, pais, mães e alunos/as;
6. Registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias , quando for o caso, as
situações de discriminação, preconceito racial e racismo, denunciadas nos estabelecimentos
de ensino;
7. Subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo Plano Nacional de
Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a ERER e para o Ensino da
História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena;
8. Enviar relatório semestral às Equipes Multidisciplinares dos NREs de conteúdos e propostas
de ações desenvolvidas nos estabelecimentos de ensino;
9. Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da equipe multidisciplinar.
45
4.5 ENSINO DE HISTÓRIA DO PARANÁ
Historicamente o ensino de história do Paraná, oscilou entre a sua obrigatoriedade e a não
obrigatoriedade durante anos. Porém com a lei 13.381/2001 o ensino de História do Paraná passa a ser
obrigatório em nossos currículos. No caso desta instituição as disciplinas de História e Geografia abordam os
conteúdos de História do Paraná no Ensino Fundamental e Médio, concomitantemente aos conteúdos
ministrados.
4.6 ENSINO DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
Em concordância com a Deliberação nº06/06 do CEE (PARANÁ, 2006), o ensino de Filosofia e
Sociologia são ofertados no Ensino Médio como disciplinas da Base Nacional comum, possuindo diretriz
curricular estadual específica, a qual é a base para a elaboração curricular destas disciplinas.
A introdução dessas disciplinas vem em favor aos anseios sociais que clamam por mentes pensantes
sobre sobre o contexto social, que compreendam seus permeios e saibam propor as alternativas para as
diversas desigualdades existentes. Os conceitos da Filosofia e Sociologia vem fazer eco nas milhões de
mentes desassossegadas e que necessitam de explicações sobre o pensar e o compreender para a partir daí,
elaborar um sentido de vida e de vivência na sociedade global e comunitária.
4.7 INCLUSÃO E ADAPTAÇÃO CURRICULAR
A adaptação curricular é algo necessário ao processo de inclusão. No entanto, é necessário cautela
para que ela não represente meros recortes no currículo. Segundo Landívar (1999, p. 53, apud PARANÁ,
2006, p. 50),
Podemos definir as adaptações curriculares como modificações que são necessárias
realizar em diversos elementos do currículo básico para adequar as diferentes
situações, grupos e pessoas para as quais se aplica. As adaptações curriculares são
intrínsecas ao novo conceito de currículo. De fato, um currículo inclusivo deve
contar com adaptações para atender à diversidade das salas de aula, dos alunos.
Assim, as adaptações curriculares constituem sobretudo de uma estratégia de planejamento,
comprometimento e formação presente na atuação docente. É condição fundamental do professor estar
preparado para dar oportunidades educacionais aos alunos frente às dificuldades de aprendizagem que
apresentem. Devemos deixar claro que quando se fala em adaptação curricular, não significa ter um currículo
separado ou adaptado para alguns alunos (PARANÁ, 2006). Ela deve sim, estar inserida em um currículo
comum a todos, com metodologias que consigam abranger toda a classe de maneira equânime. Como
comentam Pastor e Torres (1998, p. 105 apud PARANÁ, 2006, p. 51), “adaptar não é recortar conteúdos,
porque o que recortamos são possibilidades para o futuro”. Não queremos isso para nossos alunos, portanto,
a adequação dos conteúdos devem seguir rigoroso critério que leve em conta, acima de tudo, o direito
46
subjetivo que todos os alunos têm em aprender. Um currículo que leva em conta as diferenças deve ser
flexível e passível de adaptações, sem defasagem de conteúdo.
A escola inclusiva é aquela que propicia ao aluno com necessidades educativas especiais, a
apropriação de conhecimento escolar. Para que isso aconteça de forma real, o professor da classe regular
deve estar capacitado para transformar sua forma de ensinar, de moda a fazer com que os conhecimentos
curriculares estejam assimilados por todos.
Por fim, é importante ressaltar que as adaptações devem ser pautadas na capacidade, no potencial, e
não visar às deficiências e limitações dos alunos.
47
5 MARCO OPERACIONAL
Este marco discrimina o planejamento de ações da escola a curto, médio e longo prazo. Também
define linhas de ação e reorganização do trabalho pedagógico escolar na perspectiva pedagógica
administrativa e político-social. Traz ainda, as mudanças significativas a serem alcançadas a partir do
diagnóstico dos problemas e necessidades levantadas no Marco Situacional.
5.1 AÇÃO DA ESCOLA
Nos deparamos com inúmeros desafios para a efetivação dos princípios da educação e da escola que
desejamos, que precisam ser feitos no cotidiano da escola, em seu movimento permanente de reflexão, de
diálogo, de enfrentamento e de construção coletiva.
Portanto, estas ações a serem desenvolvidas na escola visam uma reflexão coletiva, sobre o que
planejamos e o que fazemos para podermos encontrar caminhos para uma escola humanizadora.
5.2 OBJETIVOS DAS AÇÕES
•
Repensar a prática pedagógica, seus avanços, seus problemas, a fim de democratizar o acesso e
garantir a permanência do aluno, visando a qualidade do ensino;
•
Desenvolver potencial criativo dos alunos, como a formação globalizada, desenvolvendo a
consciência crítica;
•
Promover desenvolvimento integral do educando, através de sua participação ativa no processo
educativo, pela formação intelectual, científica, física, espiritual, social, formando uma consciência
crítica;
•
Garantir a transmissão/assimilação do conhecimento científico e processos de ensino –
aprendizagem em todo o trabalho pedagógico;
•
Elaborar, juntamente com a comunidade escolar, projetos educacionais voltado para a construção de
uma educação emancipadora;
•
Promover a participação da comunidade escolar via conselhos de escola, grêmios estudantis,
reuniões de pais e mães, reuniões pedagógicas, reuniões da APMF, buscando soluções em conjunto;
•
Incentivar a prática da solidariedade, respeitando a diversidade cultural para lutar contra a
discriminação de raça, orientação sexual, portadores de necessidades especiais, entre outras;
•
Ampliar os espaços de participação e formação continuada de funcionários, professores, pedagogos,
conselheiros e alunos;
•
Superar o autoritarismo, através da gestão democrática, tomando decisões em conjunto que visem à
construção de um Projeto Pedagógico viável e de uma escola pública de qualidade.
48
5.3 AÇÕES DO TRABALHO PEDAGÓGICO E ADMINISTRATIVO
•
A sala de recursos multifuncional é ofertada aos alunos do 6º ao 9º ano, com 20 h/aula semanais,
sendo um trabalho dos professores e equipe pedagógica, em relação aos conteúdos e metodologias
empregadas, bem como o acompanhamento do desempenho e rendimento dos alunos, visando sanar
suas dificuldades e superar defasagens, em todas as disciplinas, através de um trabalho diferenciado;
•
Com relação ao 6º ano, será realizado um trabalho em conjunto com equipe pedagógica, professores
e alunos novos em relação ao período de adaptação destes, envolvendo um trabalho diferenciado
devido às dificuldades enfrentadas pela série, quanto a horários, disciplinas, ritmo das atividades,
avaliações, etc.;
•
O trabalho com a disciplina de Ensino Religioso é realizado pelo professor dessa disciplina e
acompanhado pela equipe pedagógica, para que o mesmo aborde questões de religiosidade moral,
ética, valores, atitudes e conhecimentos sobre as diversidades religiosas e culturais. As aulas devem
estimular os alunos a participarem através de atividades em grupo, jogos, dinâmicas, debates,
montagem de painéis, cartazes, etc., serão ministradas a alunos do 6º e 7º ano.
•
No Ensino Noturno grande parte dos alunos são trabalhadores rurais, havendo, portanto, a
necessidade de constante incentivo ao estudo, bem como direcionar o trabalho pedagógico para a
realidade de Escola de Campo na qual estão inseridos;
•
O Planejamento de Ensino será elaborado no início do ano letivo e realimentado ao final dos
primeiro semestre e sempre que se fizer necessário. A equipe pedagógica fará um acompanhamento
através de conversas acerca dos conteúdos, metodologias e avaliações empregadas, dificuldades
encontradas e as mudanças necessárias para a melhoria do trabalho educativo;
•
As Reuniões Pedagógicas serão realizadas quatro durante o ano letivo, programadas em calendário
escolar, ou sempre que for necessário para discutir assuntos relativos ao processo ensino –
aprendizagem, implementação de projetos, grupos de estudos, tomada de decisões acerca de assuntos
pedagógicos e administrativos, bem como resolução de problemas e sugestões;
•
Recuperação de Estudos será realizada com atividades diferenciadas, trabalhadas de forma dinâmica
e flexível e também com atividades extra – classe, tarefas, pesquisas, que reforçam os conteúdos dos
trabalhados em sala, criando hábitos de estudos.
•
Promoção de palestras sobre temas relevantes e atuais;
•
Promoção de atividades esportivas e culturais: visitas a clubes, caminhadas ecológicas, gincanas,
feiras e exposições culturais realizadas por outras comunidades escolares;
•
Desenvolvimento de projetos que incentivem a interpretação de textos, música, arte, teatro, coral,
concursos, poesia, desenhos etc.;
•
Abordagem de Temas Educacionais Contemporâneos e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena:
Meio ambiente, drogas, sexualidade humana, combate a violência, ECA, Educação Fiscal, etc., que
49
serão trabalhados durante todo o ano letivo através de pesquisas, debates, palestras, produções,
apresentações artísticas, etc.
•
Oportunizar através das atividades complementares em contra-turno , a complementação curricular,
enriquecendo prática pedagógica.
•
Organização de reuniões com Conselho Escolar, APMF, Professores, Alunos e Pais para discussão e
reflexão acerca do processo ensino – aprendizagem e da tomada de decisões;
•
Realização de campanhas comunitárias que incentivem a solidariedade, a paz, a ajuda mútua e a
inclusão;
•
Valorização profissional dos envolvidos no processo educacional, através do incentivo aos estudos e
da participação de cursos, seminários, etc.
•
Oferecer condições para o funcionamento do laboratório de Ciências, Química, Biologia, adequando
as aulas teórico – práticas.
Buscaremos parcerias com outras instituições como Sanepar, Copel, Secretaria Municipal de Saúde,
Conselho Tutelar, Serviço de Assistência Social, Corpo de Bombeiros,Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, Patrulha Escolar, Sindicato Rural, SENAR entre outros.
A avaliação, gerenciamento e otimização dos recursos financeiros serão realizadas através de reuniões
com o Conselho Escolar, APMF, visando à aplicação adequada dos recursos provenientes do Fundo
Rotativo, PDDE e promoções realizadas pelo Colégio.
O relacionamento entre a Equipe Administrativa (Direção e Funcionários), Equipe Pedagógica e Corpo
Docente deverá ser de maneira participativa, com a integração de todos, ajudando-se mutuamente, visando
uma melhoria da qualidade do ensino.
O Colégio adotará critérios de participação da família e comunidade através de reuniões , palestras,
festividades, comemorações, realização de serviços voluntários de saúde.
As reuniões de acompanhamento com a presença dos pais ou responsáveis, serão feitas bimestralmente
ou conforme a necessidade, sempre que surjam problemas para serem resolvidos, contando também com a
participação dos professores.
As palestras serão realizadas esporadicamente durante o ano letivo, sendo convidados profissionais
atuantes na comunidade, onde serão esclarecidos assuntos referentes a temas importantes como: saúde,
trânsito, combate à violência, meio ambiente entre outros, complementando o trabalho realizado pelos
professores em relação aos desafios educacionais contemporâneos, contando com a presença de toda
comunidade escolar.
Esses eventos serão marcados conforme datas previstas no calendário, na medida em que for possível a
sua organização e efetivação, pois esse planejamento é flexível conforme as possibilidades.
50
5.4.ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA – FUNÇÃO/AÇÃO
5.4.1 Direção
À Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance dos objetivos
administrativos e pedagógicos do Estabelecimento de Ensino, bem como colocar em prática o plano de ação
definido no início do ano letivo.
5.4.2 Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação e implementação, no
Estabelecimento de Ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas pela Secretaria de Estado da Educação,
subsidiando o Diretor e o Conselho Escolar, acompanhando o processo de ensino, atuando junto aos
professores, pais e alunos, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vista a sua melhoria e
efetivando ações que estão diretamente relacionados com o pedagógico, com o exercício cotidiano de busca
de coerência entre a teoria e a prática.
5.4.3 Corpo Docente
Ao Corpo Docente compete estabelecer processo de ensino e de aprendizagem tendo sempre o respeito
humano ao aluno, participando de todas as atividades escolares, sempre que solicitado, organizando e
atualizando seu planejamento e registros escolares, aperfeiçoando-se profissionalmente através de
capacitações, grupos de estudos, reuniões, seminários, pesquisas e outros eventos.
5.4.4 Equipe Administrativa
É o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os setores do Estabelecimento de Ensino,
proporcionando condições para que os mesmos cumpram sua reais funções. Tem ao seu encargo todo o
serviço de escrituração escolar e correspondência do estabelecimento, organizando e mantendo em dia todos
os documentos, observando o cumprimento dos prazos estabelecidos.
5.4.5 Serviços Gerais
Os Serviços Gerais têm ao seu encargo o serviço de manutenção, prevenção, segurança e merenda
escolar do Estabelecimento de Ensino, devendo estar integrados à Proposta Educacional do mesmo,
mantendo a organização e a limpeza em todas as suas dependências, atendendo as solicitações da Direção e
efetuando demais tarefas correlatas à sua função.
51
5.5 ARTICULAÇÃO ENTRE OS ANOS INICIAIS E FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
A ampliação do Ensino Fundamental para nove anos implica em rever o processo de formação dos
educandos, com uma nova organização curricular que permita a permanência qualificada dos alunos em um
sistema que se propõe inclusivo. Nesse processo, a efetivação de um regime de colaboração se faz prioridade
no sentido de superar a ruptura entre as séries iniciais e finais do Ensino Fundamental, na suas diferentes
formas de organização, das pessoas, dos saberes, das práticas, dos tempos e dos espaços, que necessitam de
articulação e integração. Devemos repensar o conjunto, pois surgem uma nova oportunidade as práxis dos
educadores frente à reorganização da educação pública do Paraná. Neste sentido, serão desenvolvidos
trabalhos de pesquisas e estudos acerca dos conteúdos e metodologias adotadas nos anos iniciais do Ensino
Fundamental e sobre este material, refletir sobre a evolução dos trabalhos nos anos finais de modo a não
representar uma ruptura na forma de aprendizagem dos alunos, mas como instâncias contínuas e somativas.
5.5.1 Proposta de Adaptação dos Alunos das Séries Inciais ao Trabalho Pedagógico
a) Espaço
A organização do espaço escolar deve visar contribuir para a construção da autonomia, para o bom
relacionamento e aprendizagem significativa, garantindo a aquisição do conhecimento na dimensão artística,
filosófica e cientifica, papel pedagógico essencial da instituição escolar. Dentro do possível, os ambientes
são distribuídos de forma a privilegiar a interação entre os alunos e o saber, o convívio social e a interação
cultural. A intenção é procurar manter ao máximo um ambiente acolhedor, para que os alunos oriundos das
séries iniciais se sintam à vontade para participar de mais uma importante etapa no seu processo de
desenvolvimento humano.
b) Tempo
É fundamental a organização do tempo escolar de forma a propiciar a aquisição do conhecimento,
respeito aos aspectos físicos, psicológicos, intelectuais, sociais e cognitivos dos alunos. Dessa forma, a
integração dos alunos das séries iniciais no contexto do tempo escolar se fará através da ação interativa entre
os professores para minimizar os aspectos dicotômicos característicos das séries finais, com mudanças
contínuas de professores nas salas. É importante que os alunos compreendam que a constante troca de
professores é uma forma de dinamizar o conhecimento.
c) procedimento
Não haverá alterações significativas no Projeto Politico Pedagógico em relação aos conteúdos e à
matriz curricular, mas os encaminhamentos metodológicos procurarão atender às necessidades peculiares dos
alunos das séries iniciais. O encaminhamento metodológico deve proporcionar uma interação entre os
diferentes conhecimentos. Se faz necessário promover maior aproximação e interação entre os Anos Iniciais
52
e Finais do Ensino Fundamental, buscando alternativas para um trabalho sequencial e articulado, visando
uma analise critica da realidade.
5.6 ARTICULAÇÃO ENTRE OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E O ENSINO
MÉDIO
Tanto os conteúdos trabalhados nos anos finais do Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio são
voltados para a formação integral do sujeito. Esta é a concepção que a escola tem sobre os trabalhos
pedagógicos desenvolvidos na escola nos dois níveis de ensino e que pretendem ser complementares. É neste
sentido que se realiza a integração entre os professores e demais membros da equipe escolar para priorizar a
ação integradora e somativa dos conhecimentos. Assim, as práticas desenvolvidas nos níveis de ensino são
direcionadas ao processo de ensino e aprendizagem, sem distinção conceitual acerca das capacidades
específicas de cada nível de ensino. É certo que os anos Finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio tem
objetivos específicos, mas são sempre voltados a agregar conhecimentos, e para que sejam válidos, devem
ser integrados.
5.7 EDUCAÇÃO DO CAMPO
A ação da escola está no sentido de implementar as concepções acerca da Educação do Campo. Para
tanto, é necessário promover uma interação entre os profissionais da escola e a comunidade para perceber
suas necessidades e expectativas e juntos desenvolver as ações pedagógicas e administrativas. O importante é
que o sujeito do campo se reconheça nos conteúdos trabalhados e que estes façam sentido para o aluno rural.
Mas que isso não seja entendido como favorecer a abordagem de conteúdos que se resuma à realidade do
campo. O meio rural necessita dos saberes científicos historicamente desenvolvidos pela sociedade. Daí a
necessidade de ações conscientes e bem planejadas, que articule os saberes do campo com os demais
conhecimentos produzidos pela sociedade.
5.8 PAPEL E PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
O Colégio adota a gestão democrática e compartilhada, que tem por princípio a participação do
coletivo nas tomadas de decisões e nas ações desenvolvidas no ambiente escolar.
5.8.1 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil atua em conjunto com a Direção em benefício do Colégio e dos alunos, através de
participações em reuniões, dando sugestões e na tomada de algumas decisões, nas festividades,
comemorações e atividades envolvendo os alunos.
53
5.8.2 Alunos Representantes de Turma
Serão eleitos de forma democrática pelos próprios alunos no início do período letivo, dando suporte à
Direção, Equipe Pedagógica, Professores, atuando em sala de aula como verdadeiros representantes. Serão
convocados a participarem do Conselho de Classe, representando sua turma, dando sugestões, fazendo
críticas construtivas em benefício do processo ensino – aprendizagem.
5.8.3 Conselho Escolar
Será convocado sempre que houver necessidade de deliberar assuntos de sua competência, auxiliando a
Direção na tomada de decisões.
5.8.4 APMF
A APMF participa juntamente com a Direção no gerenciamento dos recursos materiais e financeiros,
reuniões e eventos promovidos pela escola.
5.8.5 Conselho de Classe
Será realizado bimestralmente conforme o calendário escolar e sempre que se fizer necessário, com a
participação dos professores e equipe pedagógica, bem como com a participação dos representantes de
turma, que levarão ao referido Conselho os pareceres de sua classe. Também são realizados pré-conselhos
como uma prévia análise do processo de ensino e aprendizagem e intervir e/ou reformular propostas e
metodologias em tempo de atender aos objetivos propostos.
5.9 AÇÕES RELATIVAS À FORMAÇÃO CONTINUADA
Serão realizadas mediante Cursos, Seminários, Simpósios, disponibilizados pela Secretaria de
Educação, Núcleo Regional, aos professores, funcionários, pais e alunos. A escola promoverá encontros com
a comunidade escolar, no próprio colégio, bimestralmente, ou conforme a possibilidade, onde serão
montados grupos de estudos para reflexão e debate sobre diversos temas relacionados à educação, bem como
palestras com profissionais convidados.
54
5.10 ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS A
SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR.
Serão realizadas atividades extra-classe, como passeios e visitas a EFAPI, Trilha Ecológica “Mata do
Godói”, Exposições Culturais de outros Estabelecimentos de Ensino, Passeatas pela Paz, Desfile Cívico e
atividades esportivas e recreativas em Clubes de Campo.
Serão desenvolvidos Programas envolvendo aspectos da cidadania como Preservação do Meio
Ambiente, Programa Agrinho, Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente, Programa Segurança com
Paz na Escola, FICA, Jogos Colegiais, Inclusão escolar e valorização da vida, questões sociais, saúde
(sexualidade e drogas), valores morais, violência dentro e fora da escola, e outros promovidos pela escola.
Estes assuntos serão trabalhados através de cartazes, murais, conferências, exposições orais, palestras com
profissionais da comunidade, contando também com a participação da mesma.
Atividades culturais e esportivas, bem como campanhas de conscientização e solidariedade também
serão desenvolvidas, com a participação da comunidade, conforme a necessidade.
A Escola terá uma equipe interdisciplinar encarregada da supervisão e desenvolvimento de ações que
dêem conta da aplicação efetiva das diretrizes estabelecidas na Deliberação 04/2006, que trata da Educação
das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e indígena ao
longo do período letivo, e não apenas em datas festivas, enfatizando a grande contribuição dos negros e
indígenas, levando o aluno a discutir, analisar, argumentar e avançar na compreensão e valorização da
cultura africana e indígena e suas contribuições para a humanidade.
Os conteúdos serão desenvolvidos em todas as disciplinas, em forma de pesquisa, levantamento de
dados, debates, painéis, leitura de textos, de imagens, filmes, oficinas, que auxiliem a organização e
recondução das relações entre os descendentes africanos e indígenas, de europeus e de outros povos.
Atendendo à legislação vigente, em todas as disciplinas, de acordo com o oportuno, serão trabalhados
os seguintes conteúdos obrigatórios: história do Paraná (Lei 13381/01), história e cultura afro-brasileira,
africana e indígena (Lei 11645/08), música (Lei 11769/08), prevenção ao uso de drogas, sexualidade
humana; educação ambiental; educação fiscal; enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente
(Lei 11525/07), Educação Tributária (Dec. 1143/99 e Port 413/02), educação ambiental (Lei 9795/99).
5.11 QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS
Quanto aos espaços pedagógicos, contamos com quatro salas de aula, biblioteca, uma sala de
professores, que também é utilizada como laboratório de Informática.
O laboratório de Ciências está sendo montado em sala própria, aguardando alguns recursos e reparos.
A aquisição de novos computadores veio ampliar o laboratório de informática, que dispõe atualmente
de acesso à internet via satélite, para enriquecer as aulas com pesquisas em todas às áreas de conhecimento.
55
5.12 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
As avaliações do desempenho dos docentes, pedagogos, funcionários e direção serão realizadas
através de questionários com os alunos, onde os resultados serão analisados para as devidas considerações e
melhorias no trabalho pedagógico.
Serão realizadas, também, auto-avaliações bimestrais com o objetivo de rever a prática, buscando
melhorar a qualidade do trabalho pessoal.
Quanto ao acompanhamento do Projeto Político Pedagógico, foram realizadas reuniões com
representantes de turmas, funcionários, professores, pais, Conselho Escolar, APMF e Direção da Escola, com
fins informativos, bem como para tomada de decisões e sugestões viáveis para a elaboração e implantação do
mesmo, sendo realizado coletivamente, conforme instruções recebidas e cronograma proposto por este
Estabelecimento.
A partir da vigência do presente projeto, este será realimentado periodicamente, conforme a
necessidade, contando com a participação de todos os envolvidos na sua elaboração.
O Projeto Político Pedagógico será avaliado através de reuniões semestrais com os vários segmentos,
para discussão sobre a sua aplicabilidade, incorporando as mudanças necessárias conforme sugestões da
comunidade escolar.
5.13 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Os desafios educacionais contemporâneos serão implementados na escola de forma integrada aos
conteúdos. O que se pretende com a abordagem desses temas é atingir a formação de um sujeito que
compreenda a sociedade com todos os seus dilemas e as possibilidades interativas que surgem na
(a)diversidade.
5.14 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Segundo a Instrução 10/10 – SUED/SEED (PARANÁ, 2010), quanto à organização do trabalho das
Equipes Multidisciplinares das escolas de educação básica se dará da seguinte forma:
•
O trabalho das Equipes Multidisciplinares nas escolas será organizado nas modalidades de
Encontros e Seminários;
•
Os Encontros da Equipe Multidisciplinar têm caráter organizativo e formativo e carga
horária cumpridas na escola com cronograma de execução sugerido pela própria equipe e
aprovado pelas Equipes Multidisciplinares dos NREs ao início do ano letivo;
•
Os Seminários têm caráter formativo envolvendo docentes com conhecimento e/ou
experiência nas temáticas de ERER e no Ensino de História e Cultura Afrobrasileira,
Africana e Indígena;
56
•
Os Seminários deverão ser realizados na Semana da Consciência Negra como culminância
das atividades planejadas e desenvolvidas nos Encontros das Equipes Multidisciplinares e ao
longo do calendário letivo, contemplando data(s) significativa(s) da comunidade local;
•
Nas escolas indígenas o período de realização do seminário deverá ser realizado respeitando
as suas especificidades.
5.15 ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM CONTRATURNO
As atividades complementares em Contraturno é uma maneira de promover a qualidade da educação,
proporcionando mais tempo de aprendizagem para os alunos, e são pautadas nas necessidades da
comunidade escolar. As atividades serão realizadas preferencialmente no período da tarde, que é quando há
maior oportunidade para que os alunos participem. Serão priorizados o atendimento daqueles alunos em
maior vulnerabilidade social. Para as atividades serão disponibilizados o espaço do Colégio e há a
oportunidade de envolver a comunidade e seus espaços, principalmente na divulgação e incremento das
ações desenvolvidas nas atividades. A divulgação é inclusive, um ponto essencial para essas atividades, uma
vez que elas possuem um forte viés cultural e que deve ser compartilhado com toda a comunidade e a
sociedade através dos mais diversos canais, como apresentações in loco, on-line e demais.
5.15.1 Sala de Apoio – Matemática/Português 6º e 9º ano
A Sala de Apoio se utiliza de diagnósticos realizado pelo professor do Ensino Regular, sob o qual o
professor da Sala de Apoio se embasar para pensar metodologias e formas de abordagens de conteúdos para
melhorar a assimilação dos alunos.
5.15.2 Sala de Recursos Multifuncional
A Sala de Recursos Multifuncional utiliza-se de materiais concretos, bibliográficos, virtuais,
tecnológicos e demais mecanismos que venham a facilitar a interação do aluno com necessidades
educacionais especiais com o conhecimento necessário para sua interação e inclusão sociocultural.
5.15.3 CELEM/Espanhol
A Língua Espanhola é trabalhada através dos diversos materiais bibliográficos de que a escola
dispõe, além dos recursos midiáticos, como a TV penduril e computadores com acesso à internet.
57
5.15.4 Artes Visuais
A atividade complementar de Artes Visuais é desenvolvida se utilizando de materiais colhidos da
natureza. Para conseguir estes materiais, o professor pode pedir para que os alunos colham e tragam. Porém,
é importante que o professor também participe desse processo e saia a campo para organizar o material. A
escola contribuirá com os demais materiais, como tintas, vernizes e demais.
5.15.5 Música
A atividade complementar de Música é desenvolvida com materiais colhidos na internet e com
materiais bibliográficos e tecnológicos disponíveis na escola.
5.15.6 Hora Treinamento/Futsal
Essa atividade é desenvolvida utilizando-se dos recursos bibliográficos e tecnológicos disponíveis na
escola para a assimilação dos conceitos teóricos e da quadra comunitária para as atividades práticas.
58
5.16 CALENDÁRIO ESCOLAR - 2012
59
5.17 ATA DE CONSTRUÇÃO DO PPP 2012
60
61
5.18 ATA DE APROVAÇÃO DO PPP 2012
Esse Projeto Político Pedagógico foi construído coletivamente, por isso, é compromisso de todos.
Santo Antônio da Platina, 09 de março de 2012.
62
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bases da educação Mensagem de veto nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília, 2003.
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______. Lei nº 11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
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10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
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AQUINO, Júlio Groppa. Diferenças e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas. 6. ed. São
Paulo: Summus, 1998.
66
PARTE II
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO MONTE REAL – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
RUA JOÃO BENEDETI, 19 – DISTRITO DE MONTE REAL - CEP 86430000
FONE / FAX: (43) 3596 1110
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SANTO ANTONIO DA PLATINA- PARANÁ
E-mail: [email protected]
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
A partir das Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica do Estado do Paraná, os
professores e pedagogos tiveram a responsabilidade de elaborar a presente Proposta Curricular,
contemplando a realidade da escola e dos alunos que a frequentam, de modo que a concepção de disciplina e
seus fundamentos teórico-metodológicos façam sentido na organização e tratamento dos conteúdos e, mais
especificamente, na aprendizagem dos alunos. Este foi, portanto, o espaço para os professores, na sua
disciplina de atuação, expressarem as relações entre os conteúdos escolares, historicamente construídos e os
saberes de seus alunos e da comunidade. Constituiu-se também, num momento de compartilhar experiências
com outros professores, estabelecer novas relações profissionais e de adotar práticas comprometidas com o
zelo pelo processo de ensino e de aprendizagem desenvolvidos na escola.
Portanto, esta ação educacional pretende além de desenvolver capacidade para tomada de decisão,
oferecer aos estudantes e ao próprio corpo docente uma reconstrução reflexiva da realidade, tomando como
ponto de partida as teorias, conceitos, procedimentos, costumes, etc., que existem na sua comunidade e aos
quais se devem facilitar o acesso. A proposta curricular deve ser entendida como expressão de uma política
cultural, na medida em que seleciona conteúdos e práticas de uma dada cultura para serem trabalhados no
interior da escola. Assim sendo o currículo é a expressão dinâmica do conceito que a escola e o sistema de
ensino têm sobre o desenvolvimento dos seus alunos e que se propõe realizar com e para eles.
TEMAS TRANSVERSAIS
De acordo com a possibilidade e oportunidade do conteúdo, todas as disciplinas deverão abordar os
seguintes conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei 13381/01), História e Cultura Afro-brasileira,
Africana e Indígena (Lei 11645/08), Geografia do Paraná conforme Inst. Nº 04/05, constante na p. 50 das
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica, Música (Lei 11769/08), Prevenção ao uso de
Drogas, Sexualidade Humana; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente
(Lei 11525/07), Educação Tributária (Dec. 1143/99 e Port 413/02), Educação Ambiental (Lei 9795/99).
67
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde o século XVI, com a ação dos jesuítas, encontramos o ensino da Arte presente no Brasil, cujo
objetivo principal era a catequização dos grupos que aqui habitavam. Este ensino incluía a Retórica, a
Literatura, a Escultura, a Pintura, a música e as Artes Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de
Pombal, o pensamento iluminista e positivista foi preponderante no ensino público brasileiro.
A Reforma Educacional Brasileira – Reforma Pombalina (1792- 1800) – fez com que o ensino da
Arte perdesse a importância. O desenho, por exemplo, foi associado à matemática na forma de Desenho
Geométrico.
No início do século XIX, D. João VI incentivava o ensino da Arte - o que resultou na Academia de
Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) – porém, o ensino ainda era influenciado pelo iluminismo, priorizando
a área cientifica. Essa visão foi ratificada na 1º Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada
por Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria.
A partir de 1931, por influência de Heitor Villa – Lobos, o ensino de Arte fez-se presente no
primeiro projeto de educação pública de massa por meio do Canto Orfeônico imprimindo na escola uma
primeira noção da Arte como linguagem.
Com a lei 5692 de 1971, foi fundada uma nova visão tecnicista e entendendo o educador de Artes
como um profissional polivalente, o ensino da Arte passa a ser obrigatório no currículo das escolas
brasileiras, porém como forma de atividade e não disciplina. Somente em 1996, a Lei 9394 de Diretrizes e
Bases da Educação ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica e a Arte passa a compor
a Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Em 1997, com a publicação dos Parâmetros Curriculares
Nacionais e dos Referenciais, a Música, Artes Visuais, Dança e Teatro foi indicado como áreas de
conhecimento autônomas dentre da disciplina de Arte.
Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que contemplem a arte
efetivamente como área do conhecimento e não como meio “DE APRESENTAÇÃO GERAL DA
DISCIPLINA
Desde o século XVI, com a ação dos jesuítas, encontramos o ensino da Arte presente no Brasil, cujo
objetivo principal era a catequização dos grupos que aqui habitavam. Este ensino incluía a Retórica, a
Literatura, a Escultura, a Pintura, a música e as Artes Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de
Pombal, o pensamento iluminista e positivista foi preponderante no ensino público brasileiro.
A Reforma Educacional Brasileira – Reforma Pombalina (1792- 1800) – fez com que o ensino da
Arte perdesse a importância. O desenho, por exemplo, foi associado à matemática na forma de Desenho
Geométrico.
No início do século XIX, D. João VI incentivava o ensino da Arte - o que resultou na Academia de
Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) – porém, o ensino ainda era influenciado pelo iluminismo, priorizando
68
a área cientifica. Essa visão foi ratificada na 1º Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada
por Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria.
A partir de 1931, por influência de Heitor Villa – Lobos, o ensino de Arte fez-se presente no
primeiro projeto de educação pública de massa por meio do Canto Orfeônico imprimindo na escola uma
primeira noção da Arte como linguagem.
Com a lei 5692 de 1971, foi fundada uma nova visão tecnicista e entendendo o educador de Artes
como um profissional polivalente, o ensino da Arte passa a ser obrigatório no currículo das escolas
brasileiras, porém como forma de atividade e não disciplina. Somente em 1996, a Lei 9394 de Diretrizes e
Bases da Educação ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica e a Arte passa a compor
a Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Em 1997, com a publicação dos Parâmetros Curriculares
Nacionais e dos Referenciais, a Música, Artes Visuais, Dança e Teatro foi indicado como áreas de
conhecimento autônomas dentre da disciplina de Arte.
Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que contemplem a arte
efetivamente como área do conhecimento e não como meio “dom”,entretenimento ou terapia. O objetivo da
proposta pedagógica para o ensino de Arte no Ensino fundamental e Médio no Paraná é o aprendizado da
Arte como linguagem, visando a um ser reflexivo, autônomo e inserido criticamente na realidade em que
vive.
A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana – é concretizada utilizando-se de
elementos próprios da linguagem artística. A Arte nos fornece uma simbologia própria e, portanto outras
leituras do mundo que nos cerca. Ou seja, “as diversas leituras de mundo via diferentes linguagens – não
somente a verbal – possibilitam-nos conhecer, reconhecer, re-significar e expressar o sentido da vida em
sociedade.” (Marques e Brasil, 2005).
A Arte como linguagem utiliza – se de símbolos e de elementos próprios que estão presentes na Dança
(movimento e não movimento), na Música (sons), no Teatro (dramatização), e nas Artes Visuais (forma e
luz). Essa discussão em torno da Arte como linguagem ponderá o entendimento de que a arte não apenas
suscita sentimentos, mas pressupõe diálogo, comunicação e conhecimento.
Na cultura escolar, os saberes são apropriados pela escola de maneira singular, dando-lhes um sentido
pedagógico (Sacristan, J. G. 2001). Na escola, esse trabalho ressignifica os saberes e os conceitos científicos
produzidos na sociedade. Assim sendo, um dos elementos essenciais que caracteriza o ensino da Arte no
ambiente escolar é o fato de que, na escola, temos a responsabilidade de relacionar, questionar, experimentar,
refletir e contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que façam sentido em nossas próprias vidas e na
construção da sociedade brasileira.
É com base nestes pressupostos que trataremos a Arte como linguagem artística. A partir das
concepções da arte, esta proposta considera alguns pontos conceituais que contribuem para as reflexões a
respeito do objeto de estudo desta disciplina : conhecimento estético, conhecimento artístico e o
conhecimento contextualizado.
69
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A disciplina de Arte no Ensino Fundamental e no Ensino Médio contempla as linguagens das artes visuais,
da dança, da música, e do teatro e os conteúdos estruturantes selecionados para essa disciplina vem constituir
a base para a prática pedagógica. Articulados entre si, esses conteúdos estruturantes compreendem todos os
aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de organização dos conteúdos específicos.
ARTES VISUAIS
ÁREAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
ELEMENTOS
CONTEÚDOS
MOVIMENTOS E
FORMAIS
ESPECÍFICOS
PERÍODOS
Imagem
Espaço visual
Pré-História
Ponto
Espaço material
Arte Indígena (Paranaense)
Linha
Leitura
Modernismo (Tarsila do Amaral e Portinari)
Forma
Bi e /Tridi-mensional
Impressionismo
Textura
Contraste
Movimentos do século XX
Luz
Ritmo
Cultura Afro
Sombra
Equilíbrio
Movimento
Decomposição da cor
Cor e pigmento
Simetria
MÚSICA
Tons e Matrizes
Percepção
Manusear, Classificar,
Rítmica
Experimentar.
Sons
Sons naturais e culturais
Qualidade do
Intensidade, Duração e Altura.
som
Gêneros
Estrutura
Improvisação
Musical
Movimento
Espaço
Ação corporal
Saltar, Deslocar, Gesticular.
DANÇA
Ritmo
Espaço
Tempo
Fluência
70
Técnicas
Coreografia
(representação)
Expressão Gestual
Espaço cênico
Expressão Vocal
TEATRO
Personagem
Gêneros
Expressão Corporal
Expressão Facial
Cenografia
Iluminação
Sonoplastia
Envio de roteiro
VISUAIS
ARTES
ÁREAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO MÉDIO
ELEMENTOS
COTEÚDOS
MOVIMENTO E
FORMAIS
ESPECÍFICOS
PERÍODO
Ponto
Figurativa
Arte Pré-História
Linha
Abstrata
Arte no Egito Antigo
Superfície
Figura/fundo
Arte Grego-Romana
Textura
Bidimensional/Tridi-mensional
Arte Pré-Colombiana
Volume
Semelhanças
nas Américas
Luz
Contrastes
Arte Oriental
Cor
Ritmo visual
Arte Africana
Gêneros
Arte Medieval
Técnicas
Renascimento
71
Ritmo
Barroco
Duração
Melodia
Neoclassicismo
Timbre
Harmonia
Romantismo
Intensidade
Intervalo melódico
Realismo
Densidade
Intervalo Harmônico
Impressionismo
Tonal
Expressionismo
Modal
Fauvismo
Gêneros
Cubismo
Técnicas
Abstracionismo
Improvisação
Dadaísmo
MÚSICA
Altura
TEATRO
Surrealismo
Personagem:
Representação
Op-art
Expressões
Sonoplastia/iluminação/cenografi
Pop-art
corporais,
a/
Teatro Pobre
vocais, gestuais Figurino/caracterização/maquiage
Teatro do Oprimido
e faciais.
m/Adereços
Música Serial
Ação
Jogos teatrais
Música Eletrônica
Espaço cênico
Roteiro
Rap, Funk, Techo
Enredo
DANÇA
Gêneros
Movimento
Técnicas
Ponto de apoio
Música Minimalista
corporal
Salto e queda
Arte Engajada
Tempo
Rotação
Hip hop
Espaço
Formação
Dança Moderna
Deslocamento
Vanguarda Artística
Sonoplastia
Arte Brasileira
Coreografia
Arte paranaense
Gêneros
Indústria Cultural
Técnicas
Cultura Afro
Serão contemplados ainda nesta Disciplina:
•
Geografia do Paraná conforme a Inst. Nº 04/05, constante na p. 50 das Diretrizes
Curriculares Orientadoras da Educação Básica;
•
História do Paraná – Lei 13 385/01;
•
História e cultura afro-brasileira e africana – Lei 10 639/03;
72
•
História e cultura afro-brasileira, africana e indígena – Lei 11 645/08;
•
Música – Lei '' 769/08;
•
Prevenção ao uso de drogas, sexualidade humana, educação ambiental (Lei federal 9 795/99,
Dec. 4 201/02), educação fiscal, enfrentamento à violência e ao adolescente;
•
Direitos à criança e ao adolescente – Lei 11 525/07;
•
Educação tributária – Dec. 1 143/99, Port. 413/02;
•
Também serão atendidas as especificidades de educação do Campo.
Essas temáticas serão abordadas como conteúdos e/ou quando surgirem as oportunidades.
Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa
dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem e para o
Ensino Médio, a partir de uma verticalização e de um aprofundamento dos conteúdos, a ênfase será maior na
associação da arte com o conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia. Dessa
forma, o aluno da educação básica terá acesso ao conhecimento presente nessas diferentes formas de relação
da arte com a sociedade, de acordo com a proximidade das mesmas com o seu universo. O professor, por sua
vez, ao selecionar os conteúdos específicos que irá desenvolver, enfocará essas formas de relação da arte
com a sociedade com maior ou menor ênfase, abordando o objeto de estudo por meio dos conteúdos
estruturantes.
A Cultura - Afro é colocada Artisticamente nos conteúdos estruturantes, para que se faça
conhecimento desta Cultura de forma aberta e amplificada. As influências Africanas em nossas vidas, onde
os negros não são vistos somente como descendentes de escravos.
De acordo com a lei nº 11645 de 10 de março de 2008 fica estabelecido para o ensino fundamental e médio
o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos
da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira , a partir desses dois grupos
étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta do negros e dos povos indígenas
brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional resgatando a suas contribuições nas áreas
social, econômica e política, pertinentes a história do Brasil.
O ensino da história afro- brasileira , africana e indígena tem por objetivo reconhecer e valorizar a
identidade histórica e cultural dos mesmos, bem como a divulgar e produzir conhecimentos, atitudes,
posturas e valores que preparem o cidadão para uma vida de fraternidade e partilha entre todos sem as
barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos e esterótipos e de discriminação.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Metodologia é o elemento da pedagogia que está mais intimamente ligado à prática em sala de
aula. Este trabalho deve ser pautado pela relação que o ser humano tem com a arte, essa relação é de produzir
arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras artísticas.
Na metodologia do ensino de arte, devemos contemplar três momentos de organização pedagógica: o sentir e
perceber, o conhecimento e o trabalho artístico.
73
Sentir e perceber:
É possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas de música, teatro, dança e artes visuais para que
os mesmos possam familiarizar-se com as diversas formas de produção da arte, bem como, envolver a
apreciação dos objetos da natureza e da cultura.
O trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar essa apreciação apropriação com o
conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras e a realidade, transcendendo as
aparências, aprendendo parte da totalidade da realidade humano-social.
Conhecimento em Arte:
Conhecimento em arte, na perspectiva desta proposta materializa-se no trabalho escolar com os
conteúdos estruturantes (elementos formais, composição, movimentos e períodos, tempo e espaço) da
disciplina e como eles se constituem nas artes visuais, dança música e teatro.
É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos alunos,
trabalhando em suas aulas os conhecimentos produzidos na comunidade e as manifestações artísticas que
produzem significado de vida para estes alunos, tanto na produção como na fruição.
A abordagem dos conteúdos (conhecimentos) não deve ser feita somente como aula teórica e sim
contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o conhecimento em arte se efetiva somente quando
esses três momentos são trabalhados.
Arte é um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho de indivíduos, histórica
e socialmente datados, onde cada conteúdo tem sua origem e história, que devem ser conhecidas para melhor
compreensão por parte do aluno.
Este conhecimento transforma-se, através do tempo, em função dos modos de produção social, o que
implica, para o aluno, conhecer como se organizam as várias formas de produzir arte, como também, a
maneira pela qual a sociedade estrutura-se historicamente.
Trabalho Artístico
A prática artística (trabalho criador) é expressão privilegiada do aluno e momento do exercício as
imagens e criação. Apesar das dificuldades que a escola encontra para desenvolver estas práticas, elas são
fundamentais, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata, o processo de produção do
aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humanizados os sentidos.
Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino-aprendizagem em arte. Esses três
momentos metodológicos são importantes para o trabalho em sala de aula, pois apesar de serem
interdependentes, é preciso planejar a aula com recursos e metodologia específica para cada um desses
momentos. Podendo utilizar os recursos tecnológicos disponíveis da escola como: TV, DVDs, vídeo, câmera
digital, internet, retroprojetor, microfone, aparelho de som, etc.
Utilizaremos um mesmo encaminhamento metodológico, tanto para o Ensino Fundamental como para o
Ensino Médio, o que irá diferenciar será o aprofundamento em relação aos conteúdos do Ensino Médio.
74
O encaminhamento pode iniciar-se por qualquer desses momentos, mas o fundamental é que no
processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao conhecimento e ao trabalho
artístico.
AVALIAÇÃO
A avaliação em Artes deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os
conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no processo, quanto na produção individual e
coletiva desenvolvida a partir desses saberes. É necessário referir-se ao conhecimento específico das
linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experimentais (práticos) quanto conceituais (teóricos), pois a
avaliação consiste e fundamentada, permite ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos
estudados e produzidos.
A avaliação significativa exige fundamentação, para que abra portas e aponte caminhos para o
redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a
produção do aluno.
A avaliação em arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de medição de apreensão de
conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Sendo processual e sem
estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um
a partir de sua própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do pensamento estético,
levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade. Avaliar exige, acima de
tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam nos critérios para, em seguida, escolherem-se
os procedimentos, inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo
de ensino e de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
Arte e Produção
Arte História e Produção – Carla, Paulo e Raquel Vale.
BRASIL. Lei nº 9.795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999.
______. Lei nº 11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
______. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
______. Lei nº 11.769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
75
Diretrizes Curriculares Orientadoras de Arte para o Ensino Fundamental e Médio.
Link da Arte – Roseli Vitrela e Jaqueline Arruda.
Novos Caminhos – Música, Movimento e Artes Visuais.
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da
rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná,
Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
Reviver nossa Arte
______. Educação ambiental na escola.. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos temáticos
dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
76
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Ao longo da historia da humanidade, a preocupação com a descrição dos seres vivos e dos
fenômenos naturais levou o homem a diferentes concepções sobre o que e VIDA.
Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as observações dos diferentes tipos
de comportamento dos animais e da floração das plantas, foram sendo registradas nas pinturas rupestres
dentro das cavernas.
Sendo assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não
implicam o resultado de apreensão contemplativa da natureza em si, mas evidenciam o esforço de entender,
explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Na Idade Media, sob a influencia do cristianismo, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, o
conhecimento do universo foi associado a Deus, institucionalizando o dogmatismo teocêntrico, porem,
mesmo sob a influencia da Igreja, dentro das universidades medievais compostas no séc. XII, as divergências
relativas aos estudos dos fenômenos naturais prenunciaram mudanças de pensamento dos que não se
enquadravam a escolástica; ao romper a visão teocêntrica, a explicação para os fenômenos naturais passou a
ter uma nova trajetória na historia da humanidade.
O período entre Idade Media e Idade Moderna foi marcado por mudanças significativas em diversos
segmentos, como por exemplo, a navegação, a ampliação favorável de trocas de mercadorias, o que
propiciou a abertura de novos caminhos para as revoluções industriais do séc. XVIII.
Já no período da Renascença, surgiram novas contribuições para o ensino da Biologia, Carl von
Linne, fundador do sistema moderno de classificação cientifica, em sua obra Systema Naturae (1735), propôs
a organização dos seres vivos a partir de características estruturais, anatômicas e comportamentais, mantendo
a visão de mundo estático idêntico, mantendo o principio da criação divina, o ser perfeito.
Sob a influencia do pensamento positivista, reafirmou-se o pensamento mecanicista, que compreende
que, para entender o funcionamento da Vida, a Biologia precisou fracionar os seres vivos em partes cada vez
mais especializadas e menores, para entender as relações e causa, efeito e funcionamento de cada uma delas.
No final do séc. XVIII e inicio do séc. XIX, a imutabilidade da VIDA foi questionada com as
evidencias do processo evolutivo dos seres vivos, estudos sobre a mutação dos seres vivos foram
apresentadas por Monet e Erasmus Darwin.
Lamarck, outro naturalista da época, adepto da teoria da geração espontânea, criou o conceito de
sistema evolutivo em constante mudança.
Já no inicio do séc. XIX, o também naturalista britânico Charles Darwin, apresentou suas ideias
sobre a evolução das espécies, quando se afirmou que todos os seres vivos atuais e do passado tiveram
origem evolutiva e que o principal agente de modificação seria a ação da seleção natural sobre a ação
individual, criou-se a base para a Teoria da evolução das espécies, assentada no ponto de integração entre
pensamento cientifico e filosófico.
77
Para consolidar suas teorias, Darwin demonstrou evidencias evolutivas, as quais foram consideradas
provas e suporte de suas concepções: registro de fosseis, distribuição geográfica das espécies, anatomia e
embriologia comparadas e a modificação de organismos domesticados.
A partir dessas provas, ele foi um dos primeiros a aplicar o que hoje e conhecido como Método
hipotético-dedutivo.
As leis que regulam a hereditariedade, tal como foi proposto por Mendel, eram desconhecidas de
Darwin. Na época, o modelo usado para explicar a hereditariedade, defendia a herança por misturas, das
quais, patrimônios heterogêneos dariam origem a homogeneidade entre indivíduos.
Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de características entre os seres vivos.
Ainda não se conheciam os mecanismos de divisão celular e de transmissão de caracteres
hereditários, mas Mendel realizou diversos cruzamentos entre ervilhas para observar como as características
eram transmitidas.
Destaca-se também que a Biologia fez grandes progressos no séc. XIX, com a proposição da Teoria
Celular, onde vários cientistas e botânicos, afirmavam que todas as coisas vivas, eram compostas por células,
com aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida.
No séc. XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel e provocou uma
revolução conceitual em Biologia, tal concepção contribuiu para a construção de um modelo explicativo dos
mecanismos evolutivos, vinculados ao material genético, o que marcou a influencia do pensamento biológico
evolutivo.
Na década de 1930, os currículos escolares ampliaram a abordagem dos conhecimentos biológicos,
pois fatores sociais e econômicos passaram a ser considerados, entretanto, a ênfase no conteúdo se manteve
sob um ensino de natureza descritivo, livresco e memorístico.
Já na década de 1950, os alunos estudavam os vários grupos de organismo separadamente e as suas
relações filogenéticas, e as aulas praticas tinham como meta ilustrar as aulas teóricas.
A tradicional divisão em botânica e zoologia passou do estudo sistemático das diferenças dos seres
vivos para a analise dos fenômenos comuns entre eles, incluindo assuntos sobre constituição molecular,
ecologia, genética e evolução.
Decorrentes das pesquisas nessas áreas destacaram-se, nesse período, a importância ao método
cientifico e a preocupação com a Formação do Cidadão.
O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a promulgação da LDB
(5692/71), que fixava Diretrizes e Bases da Educação. Essa lei trazia alterações que continham os aspectos
liberais constantes na lei anterior e estabelece um ensino tecnicista para atender ao regime vigente do estado.
Em 1980, os conteúdos de biologia eram aprendidos com base na observação, a partir da qual
poderiam ser explicados por raciocínio lógico comprovados pela experimentação. Surgiu então no Brasil um
movimento pedagógico que reconheceria como fonte de inspiração a analise do processo de produção do
conhecimento na Ciência.
78
Na década de 1990, surgiu outro campo de pesquisa, o da mudança conceitual, os estudos buscavam
compreender explicações previamente existentes, com analises do empreendimento do individuo no processo
de mudança para uma explicação cientifica.
Apesar da tentativa de superar o ensino tradicional e tecnicista com a pedagogia histórico-crítica, tal
proposta apresentava uma visão de totalidade caracterizando “conteudista” os conhecimentos de Biologia.
Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, para
normatizar a LDB. O ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta
na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.
Os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), apontaram como objeto de estudo na disciplina de
biologia o fenômeno VIDA, em sua diversidade de manifestações, eles apresentaram propostas inovadoras
de avanços teóricos e metodológicos, numa tentativa de romper as concepções teóricas anteriores, mas na
verdade promoveram um esvaziamento dos conteúdos formais, com a presença de temas geradores e criação
de subsistemas, em que valores, conhecimentos e capacidades, estariam continuamente em transformação,
orientados por uma sociedade aberta, controlada pela competência individual.
Nas ultimas décadas as mudanças estão ocorrendo de forma muito rápida, vivemos num mundo em
continua transformação, não só tecnológica, como também social, cada vez mais, a sociedade vai ter que
opinar sobre problemas éticos referentes a organismos geneticamente modificados, bebês de proveta, mães
de aluguel e etc. O ensino de Biologia para o ensino médio deve preparar os adolescentes na sua maioria para
uma vida adulta, onde mais importante do que apresentar grande quantidade de conceitos, e fornecer aos
jovens maneiras de buscar informações, estimulá-los a questionar e propor soluções em diversos aspectos
sócio-biológicos.
Em suma o maior objetivo do Ensino de Biologia hoje, e que os jovens “aprendam a aprender”, isto
e, saibam procurar respostas de que precisem, há uma necessidade de que a escola repense seu papel, de
conteudista e acadêmica, dando uma atenção real a necessidade do individuo, preparando-o para a vida, para
o mercado de trabalho e para a cidadania.
Para que tudo isso se efetive, faz-se necessário que o ensino de Biologia seja ágil e instigante,
devendo fomentar a analise critica e estimular o posicionamento consciente dos alunos diante de situações no
seu cotidiano; espera-se que os alunos adquiram uma visão critica do que lhe e proposto e apresente o
conhecimento como resultado do fazer humano, não fragmentado nem atemporal.
Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento cientifico, Abordar os
conhecimentos científicos escolares, orientando que eles tem origem nos modelos construídos a partir da
investigação da Natureza.
Propiciar o acesso ao conhecimento da historia da Biologia, associando os conhecimentos científicos
com os contextos políticos, éticos, econômicos e sociais que originaram sua construção.
Propagar os conhecimentos científicos recentes, convictos que a produção cientifica não deve ser
entendida como uma verdade absoluta.
Apropriar-se das informações referentes os avanços científicos e tecnológicos, as questões sociais e
ambientais.
79
Propiciar o enriquecimento da cultura cientifica do aluno, rompendo com obstáculos conceituais e
adquirindo maiores condições de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais. Utilizar
uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da aprendizagem dos conceitos
científicos algo significativo no seu cotidiano.
Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados para estabelecer
relações “substantivas e não arbitrarias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores e o que aprende de
novo.
Propiciar a integração conceitual que estabeleça relações conceituais, interdisciplinares e
contextuais; superando a construção fragmentada do conhecimento.
Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica
que envolva a manipulação genética.
Para que se efetive a valorização da cultura dos povos do Campo na escola, e necessário repensar a
organização dos saberes escolares, isto e, os conteúdos específicos a serem trabalhados, as experiências a
serem apresentadas pelos professores, sinalizando que esta reorganização pode ser articulatória,
sistematizando os conteúdos de Biologia com a realidade do Homem do Campo.
Os saberes escolares localiza-se em dois planos: os saberes da experiência trazida pelos alunos com
os saberes da experiência trazida pelos professores, somados aos específicos de cada área do conhecimento.
Elencar temas centrais para a pratica pedagógica escolar da Escola de Campo, pode ser um caminho
para articular os conhecimentos específicos das áreas. Por exemplo: Meio Ambiente, Trabalho na terra,
Alimentação, Saúde podem ser temas de projetos escolares, porem a essência do trabalho estará na
articulação a ser feita entre as áreas do conhecimento cientifico. O envolvimento de professores, equipe
pedagógica, alunos e comunidade rural e um dos caminhos para a realização da participação social e
garantira da qualidade de aproximação disciplinar.
Cabe a escola valorizar as indagações feitas pelos alunos da Escola de Campo e seu aprofundamento,
para que ocorram apropriação e produção de novos conhecimentos.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES E ESPECIIFICOS DO ESINO DE BIOLOGIA
Nestas DCEs, valoriza-se a construção histórica dos conhecimentos biológicos articulados a cultura
cientifica, socialmente valorizada. A formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico, portanto, consolida-se
por meio de um trabalho em que o professor reconhece a necessidade de superar concepções pedagógicas
anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha com os alunos a afirmação e a produção de saberes
científicos a favor da compreensão do fenômeno Vida.
Organização dos Seres Vivos; (a classificação dos seres vivos e uma tentativa de compreender a
diversidade biológica, de maneira a agrupar e categorizar as espécies extintas ou não; atualmente adota-se o
sistema dos cinco reinos, baseados na proposta de Whittaker).
Mecanismos Biológicos; (para compreender o funcionamento das estruturas que compõem os seres
vivos, fez-se necessário, ao longo da construção do pensamento biológico, pensar o organismo de forma
80
fragmentada, permitindo analises especializadas de cada função biológica, sob uma visão microscópica do
mundo natural).
Biodiversidade; (pretende-se discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações,
mutações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade
dos seres vivos, destacando o pensamento biológico evolutivo).
Manipulação Genética, (poderão ser estudados os avanços tecnológicos da genética molecular, as
biotecnologias aplicadas e aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos, como fertilização in vitro e
celulas-tronco, clonagem, eutanásia, transgênicos, entre outros temas).
Em consonância com a Lei 9795/99 sobre Educação Ambiental propõe-se Introduzir, de forma
articulada, abordagens sobre o tema Meio Ambiente, propiciando a reflexão das relações sócio-culturais,
políticas e ambientais, e valorizando o trabalho das diferentes áreas, os novos conceitos e a capacidade dos
alunos em aprender as condutas necessárias para o desenvolvimento sustentável.
Incorporar propostas relativas à temática ambiental, elementos fundamentais do processo tais como:
a análise da natureza dos conhecimentos que estão sendo veiculados pelas propostas, tanto no que diz
respeito aos conhecimentos relacionados com os dinâmicos processos naturais, quanto aos referentes às
interações estabelecidas entre homem e natureza; os valores éticos e estéticos presentes nos projetos
educativos no sentido de construção de novos padrões de relação com o meio natural; o tratamento dado à
questão dos aspectos relacionados com a participação política na busca de soluções para os problemas
ambientais, no sentido de construção da cidadania.
Pesquisar e desenvolver atividades metodológicas com enfoque interdisciplinar nas diversas
disciplinas, por meio de construção de atividades que representem o espaço social, político e econômico em
que a escola se insere.
Considerar a pluralidade e a diversidade cultural ao trabalhar a questão ambiental, procurando
contextualizar as ações e as atividades a serem desenvolvidas, reconhecendo que há diferentes modos de
relacionamento homem-homem e homem-natureza em cada contexto.
Criar oportunidades para que os alunos reflitam sobre a problemática ambiental, incentivando-os a
participar de projetos de ação e intervenção, na busca de uma relação equilibrada entre sociedade e natureza
ou na solução de eventuais problemas existentes na comunidade escolar.
Envolver a comunidade escolar em torno de eventos, exposições artísticas, cursos de extensão
referentes ao tema meio ambiente e educação, organizados pela instituição.
Considerando que a educação ambiental tem uma nova tendência cultural, propõem-se discussões,
trabalhos em grupo, seminários em sala de aula, com o objetivo de desenvolver as habilidades de expressão e
reflexão sobre a prática em estudos do meio para desmistificar a concepção de que a educação ambiental está
relacionada apenas a problemas, a questões ecológicas e preservacionistas, e a militância política.
Utilizar as novas tecnologias e os excelentes recursos áudios-visuais já existentes no
estabelecimento, visando facilitar o enfoque interdisciplinar e transversal que a educação ambiental requer.
81
Como suporte para as ações, divulgar as informações de caráter educativo, trabalhos técnicos,
artísticos sobre a temática ambiental, através dos meios de comunicação disponíveis no município (jornais,
rádio, Informática e as novas tecnologias).
DISCRIMINAÇÃO DOS CONTEÚDOS POR SÉRIES
Os conteúdos estruturantes estão assim definidos: Organização dos Seres Vivos; Mecanismos
Biológicos; Biodiversidade; Manipulação Genética. Destaca-se que estes conteúdos serão trabalhados de
forma interligada, associada aos conteúdos básicos, e não fragmentada, permitindo o desenvolvimento
conceitual e não o conceito como algo pronto e acabado.
1ª Serie
CONTEUDOS ESTRUTURANTES:
Organização dos Seres Vivos;
Mecanismos Biológicos;
Biodiversidade;
Manipulação Genética.
CONTEUDOS BASICOS
1- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
2- Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.
3- Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
4- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
5- Teorias evolutivas.
6- Transmissão das características hereditárias.
7- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o ambiente.
8- Organismos Geneticamente Modificados.
CONTEUDOS ESPECIFICOS
Vida e Composição Química dos Seres Vivos
Vida e Energia
Ciclos da Matéria
Sucessão Ecológica
Desequilíbrios ambientais
Ecossistemas e Populações
Relações entre os seres vivos
Relação entre os seres vivos
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Origem da Vida
Introdução a Citologia e Membranas celulares
Citoplasma e Organelas
Divisão Celular: Mitose e Meiose
2ª Serie
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Biodiversidade
Organização dos seres vivos
CONTEUDOS BASICOS
Classificação dos seres vivos
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia
CONTEUDOS ESPECIFICOS
Fungos
Os grandes grupos das plantas
Os grandes grupos das plantas
Briófitas
Pteridófitas
Gimnospermas
Angiospermas
Histologia Vegetal
Reino Animal
Poríferos e cnidários
Platelmintos e Nematelmintos
Moluscos e Anelídeos
Artrópodes
Equinodermos
Cordados: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
3ª Serie
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Mecanismos Biológicos
Manipulação Genética
83
CONTEUDOS BASICOS
Mecanismos de desenvolvimento embrionário
Transmissão das características hereditárias
Teorias evolutivas
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente.
CONTEUDOS ESPECIFICOS
Embriologia animal
Histologia animal
Genetica 1ª Lei de Mendel
Polialelia
Genetica
Evolução
Ecologia
De acordo com a possibilidade e oportunidade do conteúdo, todas as disciplinas deverão abordar os
seguintes conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei 13381/01), História e Cultura Afro-brasileira,
Africana e Indígena (Lei 11645/08), Geografia do Paraná conforme Inst. Nº 04/05, constante na p. 50 das
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica, Música (Lei 11769/08), Prevenção ao uso de
Drogas, Sexualidade Humana; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente
(Lei 11525/07), Educação Tributária (Dec. 1143/99 e Port 413/02), Educação Ambiental (Lei 9795/99).
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO:
Compreender o fenômeno da Vida e sua complexidade de relações, na disciplina de Biologia,
significa analisar uma Ciência em transformação, cujo caráter provisório permite a reavaliação dos seus
resultados e possibilita mudar conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, social, político,
econômico e cultural.
O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes devera ocorrer de forma integrada a medida que se
discute um conteúdo especifico do conteúdo estruturante, biodiversidade, por exemplo, requer
conhecimentos sobre os mecanismos biológicos e organização dos seres vivos, para compreender melhor
porque determinados fenômenos acontecem e como a Vida se organiza na Terra para tais implicações dos
avanços biológicos decorrentes.
Como recurso metodológico, e recomendável diagnosticar primeiro as ideias dos alunos,
favorecendo debates em sala de aula, pois ele oportuniza analise e contribui para a formação de um sujeito
investigativo, interessado, que busca conhecer e compreender a realidade.
Para que aconteça a efetivação do processo pedagógico com os conteúdos específicos de Biologia
em sala de aula, faz-se necessário: a pratica social, que se caracteriza como ponto de partida cujo objetivo e
84
perceber e denotar, as concepções alternativas do aluno a partir de uma visão sincrética, desorganizada, de
senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado; a problematização do assunto, implica no momento
para detectar e apontar as questões a serem resolvidas na pratica social e, por consequência, estabelecer quais
conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação do
conhecimento; a instrumentalização, consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os alunos
assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional; a catarse, seja, a fase de
aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e o problema em questão. A partir da apropriação
dos instrumentos culturais, transformados em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a
entender e elaborar novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização.
O retorno a pratica social, se caracteriza pela apropriação do saber concreto e pensado para atuar e
transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade igualitária. A visão
sincrética apresentada pelo aluno no inicio do processo passa de um estagio de menor compreensão do
conhecimento para uma fase de maior clareza e compreensão.
AVALIAÇÃO
Conceber e considerar a avaliação em Biologia um instrumento de aprendizagem, que permita
fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos. Ao considerar o professor
corresponsável pelos resultados que os alunos obtiverem o foco da pergunta muda, devemos ampliar o
conceito e a prática da avaliação ao conjunto de saberes, destrezas e atitudes que contemplem a
aprendizagem de conceitos biológicos e que superem sua habitual limitação a rememoração de conteúdos
conceituais.
E preciso compreender a avaliação como pratica emancipatória, desse modo, na disciplina de
Biologia, avaliar implica num processo cuja finalidade e obter informações necessárias sobre o
desenvolvimento da pratica pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem.
Enfim, a avaliação como instrumento analítico prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e
realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e alunos se tornem observadores dos avanços e
das dificuldades encontradas, a fim de superarem os obstáculos existentes.
E preciso compreender a avaliação como pratica emancipadora. Desse modo, a avaliação na
disciplina de Biologia passa a ser entendida como instrumento com finalidade de obter informações
necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de
aprendizagem.
A avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e
realizadas pelo professor durante o ano letivo, de modo que professor e aluno tornem-se observadores das
dificuldades e avanços acontecidos: conceber e utilizar a avaliação como instrumento capaz de fornecer um
feedback adequado para promover o avanço necessário; ampliar o conceito e a pratica da avaliação ao
conjunto de saberes, destrezas e atitudes que interesse contemplar na aprendizagem de conceitos biológicos,
85
superando sua habitual limitação a rememoração receptiva de conteúdos conceituais; introduzir formas de
avaliação da pratica docente como instrumento de melhoria do ensino.
A temática será abordada de modo a explorar os conteúdos estruturantes das disciplinas de modo a
interligá-los nas áreas da medicina, saúde, biotecnologia, biodiversidade, educação, cultura, direito, etc.
Podem ser explorados por exemplo, o estudo das teorias antropológicas; teorização da noção de raça
numa abordagem da teoria racial critica, isto e, que se baseie na recuperação da historia e da memória, em
oposição ao tradicional, empírico e estéril; estudo das características biológicas (biotipo) dos diversos povos
(sabe-se que a África e o berço da humanidade e que as maiores civilizações se desenvolveram lá, que a
civilização egípcia era negra) ; estudo da biotecnologia (esta vem sendo adotada desde as civilizações gregas
e egípcias na fabricação de vinhos, queijos e cervejas); farmacologia: significado a pseudo–superioridade
racial, enfim, sabendo que o currículo e um espaço de poder e, todas as disciplinas com suas especificidades
devem possibilitar a releitura e a valorização da cultura, da historia e da identidade africana e dos afrodescendentes, contribuindo assim para o desenvolvimento do combate ao racismo e a outras formas de
discriminação.
Assim, com o transcorrer das ações que culminam nos processos de avaliação, espera-se que o aluno:
Do 1º ano
- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
- Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de organização
celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de
reprodução (sexuada e assexuada);
- Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
- Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das
células ;
- Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma celula: digestão, reprodução, respiração, excreção,
sensorial, transporte de substancias;
- Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre
estes;
- Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do equilíbrio dos
ecossistemas;
- Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem;
Do 2º ano
- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
- Estabeleça as características especificas dos micro-organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos
vírus;
86
- Classifique os seres vivos quanto ao numero de celulas (unicelular e pluricelular), tipo de organização
celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de
reprodução (sexuada e assexuada);
- Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular dos seres vivos);
- Compreenda a autonomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório,
reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
- Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes nos sistemas
biológicos (histologia);
Do 3º ano
- Compreenda a autonomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório,
reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
- Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das especies;
- Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos seres vivos;
- Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres vivos;
- Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre
estes;
- Identifique algumas técnicas de manipulação de material genético e os resultados decorrentes de sua
aplicação/utilizacão;
- Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados a melhoria
da qualidade de vida da população e a solução dos problemas socioambientais;
- Relacione os conhecimentos biotecnológicos as alterações produzidas pelo homem na diversidade
biológica;
- Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa cientifica que
envolvem a manipulação genética.
REFERÊNCIAS
AMABIS E MARTHO. Biologia. Editora Moderna
BRASIL. Lei nº 9.795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999.
______. Lei nº 11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
______. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
______. Lei nº 11.769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
87
CHEIDA, Luiz Eduardo. Biologia Integrada. Volume Unico. FTD
CLEZIO & BELLINELLO. Biologia (suplementos para o professor). Volume Único – Atual Editora.
KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4 ed. Rev. e. Ampl. Sao Paulo: Editora da
Universidade de Sao Paulo, 2005.
LAWRENCE, J. Biologia. Editora Nova Geração.
PARANA. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Departamento da Educação
Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Biologia. Curitiba, 2008.
______. Educação ambiental na escola.. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos temáticos
dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
88
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CELEM/ESPANHOL
HISTÓRICO
Os centros de Língua Estrangeira Moderna funcionam no Estado do Paraná desde 1986, quando
então foi regulamentado pela secretária de educação em exercício naquele momento Gilda Poli Rocha
Loures, ofertando línguas estrangeiras diferentes das constantes na matriz curricular daquele momento.
Durante o decorrer destes 23 anos de implantação o CELEM passou por diversas reorganizações, assim
como em alguns momentos por mudanças de objetivos. Atualmente o Celem se estende por todos os Núcleos
Regionais de Educação do Estado do Paraná, configurando-se como um curso de grande alcance para que se
tenha acesso à língua estrangeira moderna em nosso estado"
Justificativa
De acordo com a lei federal nº 11.161/05 e com o PARECER CEE/CEB N' 331/09, a oferta do
ensino de outra língua estrangeira de modo optativo, além daquela ofertada na matriz curricular de cada
instituição passa a ter caráter obrigatório, tendo isto em vista, bem como as necessidades da. vida atual, este
estabelecimento propõe o funcionamento do CELEM com oferta de Língua Espanhola. O qual funcionará em
conformidade com as diretrizes curriculares Orientadoras estaduais (DCE's) do Paraná
O Ensino de LEM se justifica com prioridade pelo objetivo de desenvolver a competência
comunicativa(linguística, textual, discursiva e sociocultural), ou seja, este desenvolvimento deve ser
entendido como a progressiva capacidade de realizar a adequação do ato verbal às situações de comunicação.
Apresentação da Disciplina
No âmbito do processo de ensino e aprendizagem das Línguas Estrangeiras Modernas ( LEM), as
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica ( DCE) para Língua Estrangeira Moderna, afirmam
que ''as propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e demandas
sociais e contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às
novas gerações." DCE, 2008, p.38).
Diante disto, observa-se que "na atualidade, vem ocorrendo modificações significativas no campo
da ciência principalmente no âmbito dos estudos linguísticos no que diz respeito a aquisição da língua
estrangeira (LE)".(WOGINSK, 2005, s/p)
A resolução nº 3904/2OOB de 27 de agosto de 2008, reitera:a importância que a aprendizagem de
Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) tem no desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de
valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras culturas (SUED/SEED, 2008).
89
Sendo que a comunicação ocorre também por meio de textos, pode-se dizer que o objetivo do ensino
de LEM corresponde ao desenvolvimento da capacidade de produzir e compreender textos nas mais diversas
situações de comunicação.
Contudo
Um dos objetivos de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no processo
pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em situações significativas relevantes, isto é, que não
de limitem ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão
social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo.
(DCE, 2008, p.57)
Sendo assim fica evidente, a importância que a habilidade de compreensão e expressão tem no
ensino e aprendizagem de LEM oportunizando ao aluno a possibilidade de compreender e expressar-se
observando os princípios da gramática e dos elementos culturais.
Também será explorada a habilidade de compreensão leitora visando a interpretação, compreensão, a
leitura e a produção (oral, escrita e visual de diferentes gêneros textuais).
CONTEÚDOS
Para o ensino e aprendizagem de língua Estrangeira Moderna, as discussões pertinentes aos
conteúdos encontram-se imbricadas em seu conteúdo estruturante, bem como nos conteúdos básicos,
propostos pelas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para LEM.
A disciplina de LEM concebe como conteúdo estruturante o Discurso como prática social e ao
mesmo tempo caracteriza os gêneros ( textuais, do texto, discursivos, do discurso) como conteúdos básicos
abordados dentro das práticas discursivas.
Os gêneros do discurso segundo Bakhtin ( 1952, p. 279 ), são definidos como "tipos relativamente
estáveis e heterogêneos de enunciados dentro de uma esfera de utilização da língua" e, ainda caracterizados
por três elementos: o conteúdo temático, o estilo e a construção composicional.
Para Marcushi ( 2006, p 35 ) os gêneros textuais " são um tipo de gramatica social (grifo do autor)
isto é, uma gramática da enunciação". Sendo assim,
são definidos como textos orais ou escritos
materializados em situações comunicativas recorrentes ( portanto ) organizam nossa fala e escrita assim
como a gramática organiza as formas linguísticas. ( MARCUSH 1,206, p. 35 ).
Não cabe mais a escola apenas ensinar o aluno a ler e escrever em e/ou na LEM é preciso instruí-lo a
relacionar a língua às suas práticas sociais.
Reafirma-se a necessidade de explorar as práticas da oralidade, leitura e escrita a partir da seleção
dos gêneros textuais. Conforme Bakhtin (1952), o indivíduo primeiro define o seu propósito, para então
decidir o gênero textual que utilizará..
90
No que se refere às práticas da oralidade, percebe-se a necessidade de trabalhar a língua falada
oportunizando ao aluno perceber sua função social, sendo que o próprio aluno utilizará os diferentes gêneros
de acordo com seus próprios interesses.
O trabalho com a oralidade nas aulas de LEM " têm como objetivo expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos (...) é aprender a expressar ideias em Língua estrangeira mesmo que
com limitações (...) também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que
estás aprendendo" ( DCE, 2008, p. 66 ).
Objetiva-se valorizar a importância que a oralidade tem na sala de aula de LEM, bem como explorar
aqueles gêneros textuais próprios da oralidade como, a publicidade da televisão e da rádio, por exemplo.
No que diz respeito à prática da leitura, observa-se que o papel primordial da utilização dos gêneros
textuais na aprendizagem de LEM, torna a aquisição do conhecimento mais significativa e mais próxima das
práticas sociais das quais o aluno interage.
De acordo com as DCE ( 2008 ), a respeito da leitura discursiva, na medida em que os alunos
reconheçam que os textos são representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição
mais crítica em relação a tais textos. Poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido,
o qual lhes atribui coerência pela construção de significados ( DCE, 2008, p. 65 ).
Koch e Elias (2007, p.37 ), apontam para o fato da leitura ser " uma atividade de construção de
sentido que pressupõe a interação autor-texto-leitor, é preciso considerar que, nessa atividade, além das
pistas e sinalizações que o texto oferece, entram em jogo os conhecimentos do leitor'.
Ainda, o processo de leitura a partir dos gêneros textuais considerando que estes são constituídos de
um determinado modo e com uma certa função dentro de um domínio discursivo, requer a construção de
sentidos dos textos considerando que, a escrita/fala baseiam-se em formas padrão e relativamente estáveis de
estruturação e é por essa razão que, cotidianamente, em nossas atividades comunicativas, são incontáveis as
vezes em que não somente lemos textos diversos, como também produzimos ou ouvimos enunciados
(KOCH, ELIAS, 2007 p 101)
No que diz respeito as práticas da escrita, " não se pode esquecer, que ela deve ser vista como uma
atividade sociointeracional, ou seja, significativa', (DCE, 2008, p. 66).
As condições dessa produção escrita e o uso de variados gêneros textuais desenvolverão no aluno, a
possibilidade ou necessidade de usar a língua escrita como forma de comunicação, de interlocução em
situações na qual a expressão escrita se apresente como uma resposta a um desejo ou uma necessidade de
comunicação, de interação, e que o aluno tenha, pois, objetivos para escrever e destinatários (leitores) para
quem escrever (SOARES, 1999 apud WOGINSKI, 2008, p. 63).
No ensino de LEM, salienta-se a importância de desvincular-se (pelo menos parcialmente) das
questões de adequação formal no processo da escrita para focar-se também à adequação comunicativodiscursiva do texto'.
Conforme Koch e Elias (2009), a produção recorre a conhecimentos armazenados na memória. Esses
conhecimentos resultam das inúmeras atividades em que o produtor se envolveu ao longo da vida, bem como
são concebidos pela ativação de modelos cognitivos sobre as práticas interacionais, históricas e
91
culturalmente constituídas, portanto, para a atividade de escrita, o produtor precisa ativar modelos que possui
sobre práticas 'comunicativas configuradas em textos, levando em conta elementos que entram em sua
composição ( modo de organização ), além de aspectos do conteúdo, estilo,função e suporte de
veiculação (KOCH; ELIAS, 2009, p. 43).
A elaboração de atividades que envolvam a diversidade dos gêneros textuais, como a (re)produção
de uma carta (formal ou informal) ou um bilhete certamente atenderão a demanda das práticas linguísticas da
escrita, bem como oportunizarão a reflexão sobre os mecanismos linguísticos que envolvem o processo da
escrita
Portanto; é necessário considerar "o que os alunos precisam aprender sobre a ação da linguagem
configurada no gênero?"
É necessário ainda, destacar que também serão abordados conteúdos referentes à Cultura Afrobrasileira, africana e indígenas conforme as leis, 10.639/2003 e 11645/2008.
A seguir encontram-se listados os conteúdos a serem abordados durante o Curso do CELEM,"bem
como, os gêneros textuais que poderão ser abordados de acordo com as necessidades que forem surgindo.
CONTEUDOS BÁSICOS – P1
Gêneros textuais e esfera social de circulação
Esfera cotidiana de circulação:
*Bilhete
*Carta pessoal
*Cartão felicitações
*Cartão postal
*Convite
*Letra de música
*Receita culinária
Esfera publicitária de circulação:
*Anúncio
*Comercial Para rádio
*Fôlder
*Paródia
*Placa
*Publicidade Comercial
*Slogan
Esfera produção de circulação:
*Bula
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*Embalagem
*Placa
*Regra de jogo
*Rótulo
Esfera jornalística de circulação:
*Anúncio classificados
*Cartum
*Charge
*Entrevista
*Horóscopo
*Reportagem
*Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:
*Autobiografia
*Biografia
Esfera escolar de circulação:
*Cartaz
*Diálogo
*Exposição oral
*Mapa
*Resumo
Esfera literária de circulação:
*Conto
*Crônica
*Fábula
*História em quadrinhos
*Poema
Esfera midiática de circulação:
*Correio eletrônico (e-mail)
*Mensagem de texto (SMS)
*Telejornal
*Telenovela
*Videoclipe
93
PRÁTICA DISCURSIVA:
Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:
*Tema do texto;
*Aceitabilidade do texto;
*Finalidade do texto;
*lnformatividade do texto;
*lntencionalidade do texto;
*Situacionalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Conhecimento de mundo;
*Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
*Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões,
repetições);
*Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA:
Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:
*Tema do texto;
*Conteúdo temático do gênero;
*Elementos composicionais do gênero;
*Propriedades estilísticas do gênero;
*Aceitabilidade do texto;
*Finalidade do texto;
*Informatividade do texto;
*Intencionalidade do texto;
*Situacionalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Conhecimento de mundo;
*Temporalidade;
*Referência textual.
94
Fatores de textualidade centradas no texto:
*Intertextualidade;
*Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
*pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
*Partículas conectivas básicas do texto.
PRÁTICA DISCURSIVA:
Escrita
Fatores de textualidade centradas no leitor:
*Tema do texto;
*Conteúdo temático do texto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Propriedades estilísticas do gênero;
*Aceitabilidade do texto;
*Finalidade do texto;
*lnformatividade do texto;'
*lntencionalidade do texto;
*Situacionalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Conhecimento de mundo
*Temporalidade;
*Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
*lntertextualidade;
*Partículas conectivas básicas do texto;
*Vozes do discurso: direto e indireto;
*Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de
linguagem;
*Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,figuras de
linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
*Acentuação gráfica;
*Ortografia;
*Concordância verbal e nominal.
95
CONTEÚDOS BÁSICOS – P2
Esfera Social de Circulação e seus gêneros textuais.
*Esfera cotidiana de circulação:
*Comunicado
*Curriculum Vitae
*Exposição oral
*Ficha de inscrição
*Lista de compras
*Piada
*Telefonema
Esfera publicitária de circulação:
*Anúncio
*Comercial para televisão
*Fôlder
*lnscrições em muro
*Propaganda
*Publicidade Institucional
*Slogan
Esfera produção de circulação:
*Instrução de montagem
*Instrução de uso
*Manual técnico
*Regulamento
Esfera jornalística de circulação:
*Artigo de opinião
*Boletim do tempo
*Carta do leitor
*Entrevista
*Notícia
*Obituário
*Reportagem
Esfera jurídica de circulação:
*Boletim de ocorrência
*Contrato
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*Lei
*Ofício
*Procuração
*Requerimento
Esfera escolar de circulação:
*Aula em vídeo
*Ata de reunião
*Exposição oral
*Palestra
*Resenha
*Texto de opinião
Esfera literária de circulação:
*Contação de história
*Conto
*Peça de teatro
*Romance
*Sarau de poema
Esfera midiática de circulação:
*Aula virtual
*Conversação chat
*Correio eletrônico (e-mail)
*Mensagem de texto (SMS)
*Videoclipe
PRÁTICA DISCURSIVA:
Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:
*Tema do texto;
*Aceitabilidade do texto;
*Finalidade do texto;
*Informatividade do texto;
*lntencionalidade do texto;
*situacionalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Conhecimento de mundo;
97
*Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
*Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões,
repetições);
*Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA
Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:
*Tema do texto;
*Conteúdo temático do texto; I
*Elementos composicionais do gênero;
*Propriedades estilísticas do gênero;
*Aceitabilidade do texto;
*Finalidade do texto;
*lnformatividade do texto;
*Intencionalidade do texto;
*Situacionalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Conhecimento de mundo;
*Temporalidade;
*Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
* Intertextualidade;
*Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de
linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
*Partículas conectivas básicas do texto;
*Elementos textuais lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;
*Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no título, subtítulo,
legendas e textos.
98
PRÁTICA DISCURSIVA:
Escrita
Fatores de textualidade centradas no leitor:
*Tema do texto;
*Conteúdo temático do texto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Propriedades estilísticas do gênero;
*Aceitabilidade do texto;
*Finalidade do texto;
*Informatividade do texto;
*lntencionalidade do texto;
*Situacionalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Conhecimento de mundo;
*Temporalidade;
*Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
*Intertextualidade;
*Partículas conectivas básicas do texto;
*Vozes do discurso: direto e indireto;
*Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de
linguagem;
*Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,liguras de
linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
*Acentuação gráfica;
*Ortografia
*Concordância verbal e nominal.
Metodologia da Disciplina
A metodologia referente à disciplina de Língua Estrangeira Moderna, está pautada na seguinte
afirmação de que, o trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das
línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação; as línguas estrangeiras
são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir
significados. ( DCE, 2008, p.63).
Dessa forma, os procedimentos teórico-metodológicos possibilitarão atender as necessidades do
aluno enfatizando em demasia os aspectos e as experiências cotidianas.
99
Temos então que, "o ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto verbal e
não- verbal, como unidade de linguagem em uso" (DCE, 2008, p. 63), bem como afirma Marcushi (2003, p.
22), de que “é impossível se comunicar verbalmente e não ser por algum gênero, assim como é impossível se
comunicar verbalmente a não ser por algum texto”. Portanto, a principal ferramenta de ensino é justamente a
funcionalidade da língua de estudo sendo que o aluno é conduzido a vivenciar situações concretas (reais) de
fala e escrita e a desempenhar funções linguísticas a partir do uso de textos.
Assim, as práticas do ensino de LEM estarão subsidiadas pela apropriação dos, vários gêneros
textuais em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a
distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a
coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si (DCE, 2008, p.61).
Observa-se que sempre foram utilizados textos para o desenvolvimento de atividades de
compreensão leitora e produção escrita. No entanto, o que se abordava a partir do uso desses textos eram os
aspectos gramaticais visando os elementos puramente estruturais da língua isto é, concebendo-a como código
e desconsiderando a enquanto discurso.
Ao utilizar-se dos diferentes gêneros textuais com fins educacionais, obtem-se textos didatizados, ou
seja, textos muitas vezes elaborados para atender determinadas necessidades da sala de aula como a
exploração de algum aspecto gramatical, por exemplo.
Com relação à “escolarização dos gêneros”, Kleiman (1998) refere-se ao fato de que ao “escolarizar”
esses gêneros, certamente servirão de pretexto para o ensino do código da língua sem atrelar-se aos aspectos
discursivos como a definição do gênero, bem como as práticas discursivas pertinentes a este: oralidade,
leitura e escrita.
No que se refere a didatização de gêneros textuais, Woginski (2008, p. 63), reitera que, devemos
lembrar, de que o uso e o manejo de um gênero textual, qualquer que seja ele, deve provocar no aluno a
curiosidade e a busca pela expressão, atribuição e (re)construção de sentidos com os textos. (grifo do autor)
O ensino de LEM deverá abordar também as questões relacionadas às literaturas de Línguas
Estrangeiras, pois os textos literários são materiais muito ricos não se limitando a aspectos estruturais da
língua, bem como estes textos literários divulgam, aproximam e valorizam a cultura de um povo.
Sobre a questão do potencial didático dos gêneros textuais do domínio literário, observa-se que a
literatura é um meio ideal para desenvolver a consciência e a apreciação do uso da linguagem em suas
diferentes manifestações, já que aquela apresenta a linguagem em um contexto autêntico, em registros e
dialetos variados, dentro de um marco social (MCKAY 1982 apud WOGINSKI, 2004, s/p).
As DCE (2008, p, 67) demonstram que “ao apresentar textos literários aos alunos, devem-se propor
atividades que colaborem para que ele analise os textos e os perceba como prática social de uma sociedade
em um determinado contexto sociocultural”
De acordo com Woginski (2008, p. 64), fundamentado nos estudos de Lopes-Rossi (2006), “o
trabalho com os gêneros desenvolvido através de projetos pedagógicos é ideal para melhorar a apropriação
das características típicas dos gêneros”.
100
Assim sendo, é necessário que estes projetos pedagógicos sejam organizados em “ módulos
didáticos” objetivando a aquisição da língua-alvo partindo do gênero textual como conteúdo básico da
disciplina de LEM, conforme abaixo.
a) módulo didático de leitura, no qual o aluno será levado a caracterizar o gênero de estudo e a
reconhecê-lo na sociedade tendo como base uma necessidade (ou motivo) de produção (de interação) escrita
ou oral, bem como discutir e conhecer as propriedades discursivas, temáticas ( o que geralmente é dito nesses
mesmos gêneros), estilísticas (o que geralmente é registrado como marca enunciativa do produtor desses
gêneros, o que é utilizado como recurso linguístico e a análise linguística: recursos gramaticais, lexicais e
recursos não-verbais) e composicionais (como geralmente é organizado esse gênero, qual é a sua
característica e a sua sequência tipológica) do gênero selecionado;
b) módulo didático de produção escrita, neste momento aluno e professor poderão planejar a
produção e coletar informações para a primeira versão da escrita do texto. Na sequência revisar e re-escrever
o texto produzido em colaboração (aluno e professor) e por fim a produção final procurando aproximá-lo
daqueles gêneros que circulam na sociedade;
c) módulo didático de divulgação ao público, onde aluno e professor poderão indicar o suporte
(meio) para a circulação do gênero produzido, bem como realizar ações para efetivar esta circulação fora da
sala de aula e se possível da escola.
As atividades desenvolvidas através de “módulos didáticos” deverão se caracterizar como uma
sequência didática a qual é definida como “um conjunto de atividades escolares organizadas de maneira
sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito” (DOLZ NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004, p.
97).
Salienta-se que as atividades elaboradas para o ensino de LEM, deverão ser desenvolvidas em três
etapas:
a) etapa de pré-leitura, objetiva-se ativar os conhecimentos prévios do aluno, bem como discutir
questões referentes à temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto que poderão ser tratados a
partir do texto, antes mesmo da leitura;
b) etapa de leitura, propõe-se comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente apresentadas;
c) etapa de pós-leitura, na qual pretende-se explorar a compreensão de leitura e expressão escrita,
bem como atividades que explorem a compreensão e expressão oral e a elaboração de atividades variadas,
não necessariamente ligadas aos elementos gramaticais.
Por último, salienta-se que na aula de Língua Estrangeira Moderna o aspecto cultural deverá
caraclerizar-se como prática e hábito no processo de aquisição de uma LEM, pois segundo Giovannini
(1996) citado por Woginski (2004, s/p), “uma língua desvinculada de sua cultura converte-se em um
instrumento estéril e carente de significados”. Portanto ensinar os elementos culturais que regem uma língua
e esses articulados aos próprios elementos linguísticos dessa língua favorecem além da aquisição da língua,
também a aquisição do modo de viver daqueles que a falam. Logo abaixo, constam os encaminhamentos
metodológicos, de acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras de Língua Estrangeira Moderna.
101
METODOLOGIA - P1
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
*Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
*Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
*Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e
informal;
*Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros
trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões faciais corporal e
gestual, pausas e outros;
*Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos,
programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
*Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação;
*Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;
*Desenvolver atividades de leitura em três etapas:
- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir
hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);
- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);
- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a
atribuição e construção de sentidos com o texto).
*Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
*Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
*Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
*Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens,
mapas;
*Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;
* Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros:
- temáticas (o que é dito nesses gêneros);
- estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos);
- composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
*Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
*Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
*Acompanhar a produção do texto;
*Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que
compõem o gênero;
*Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da
linguagem ao contexto;
*Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos"
102
*Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
*Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
*Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
METODOLOGIA - P2
*Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
*Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
*Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
*Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e
informal;
*Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros
trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões faciais, corporal e
gestual, pausas e outros;
*Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, corno: cenas de desenhos,
programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
*Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação;
*Utilizar estratégias de leitura que possibilite a compreensão textual significativa de acordo com o objetivo
proposto no trabalho com o gênero textual selecionado;
*Desenvolver atividades de leitura em três etapas:
- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir
hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);
- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);
- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a
atribuição e construção de sentidos com o texto);
*Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
*Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, finalidade, intertextualidade;
*Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens,
mapas;
*Relacionar o tema com o contexto cultural do aluno e o contexto atual;
*Demonstrar o aparecimento dos modos e tempos verbais mais comuns em determinados gêneros textuais;
*Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros:
- temáticas (o que é dito nesses gêneros);
- estilísticas'(o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos);
- composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
*Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
*Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
*Acompanhar a produção do texto;
103
*Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que
compõem o gênero;
*Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da
linguagem ao contexto;
*Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
*Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
*Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
*Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
AVALIAÇÃO
A avaliação do rendimento escolar será ampla e contínua no sentido de revelar o aproveitamento e o
grau de desenvolvimento atingido pelo aluno, bem como, de proceder à apuração para fins de aprovação:
a) proporcionar ao aluno a possibilidade de fazer uma síntese das experiências educacionais
vivenciadas.
b) possibilitar através de registro de dados, controle e a identificação das dificuldades e deficiências
do aluno no processo de aprendizagem.
Na apuração do rendimento, escolar levar-se-á em conta as diversas formas de avaliação. A
avaliação será constante, tendo um caráter de diagnóstico das dificuldades e de assessoramento na superação
das mesmas e deverá abranger:
a) Avaliação de Aprendizagem Escrita - com referência aos conteúdos básicos da disciplina de LEM;
b) Avaliação de Aprendizagem Oral - conhecimento da forma estândard da língua de estudo, bem
como o conhecimento e a valorização das variantes linguísticas (escolhas, estilos, criatividade e variação da
língua) a partir dos conteúdos básicos da disciplina de LEM;
c) Atividades Avaliativas - trabalhos escritos e/ou orais desenvolvidos individualmente e/ou em
grupos como recursos para a fixação dos conteúdos básicos da disciplina de LEM;
d) Atividades Extraclasse - trabalhos de pesquisa, exercícios de caráter prático, materiais de apoio e
projeto interculturais resultantes dos conteúdos básicos da disciplina de LEM, objetivando a
complementação dos estudos da língua-alvo e de acordo como o Plano de Trabalho Docente.
Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como das atividades avaliativas e das
atividades extraclasse de cada (bimestre, trimestre ou semestre, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico) será atribuída uma média (bimestral, trimestral ou semestral) e posteriormente uma média anual
a cada aluno.
Conforme a lnstrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008:
6.11 A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero
vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero) (...) 6.16 Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima
de 75% do total de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis, vírgula zero) serão
considerados aprovados ao final do ano letivo (SUED/SEED,2008, p.5).
104
Salienta-se que ao estabelecer critérios para a avaliação, a seleção de conteúdos, os
encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do
ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas
oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento (DCE,2008, p.33).
Por fim, de acordo com as DOE (2008, p.32), "os instrumentos de avaliação devem ser pensados e
definidos de acordo.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - P1
Espera-se que o aluno:
*Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);
*Apresente suas ideias com clareza, coerência;
*Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
*Organize a sequência de sua fala;
*Respeite os turnos de fala;
*Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
*Exponha seus argumentos;
*Compreenda os argumentos no discurso do outro;
*Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna);
*Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros
elementos extralinguísticos que julgar necessário.
*Realize leitura compreensiva do texto;
*Identifique o conteúdo temático;
*Identifique a ideia principal do texto;
*Deduza os Sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
*Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
*Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo;
*Analise as intenções do autor;
*Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
*Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
*Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.
*Expresse as ideias com clareza;
*Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
- à continuidade temática;
*Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
*Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
105
*Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral,
substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
*Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero
proposto;
*Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros
trabalhados;
*Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - P2
Espera-se que o aluno:
*Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);
*Apresente suas ideias com clareza, coerência;
*Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
*Organize a sequência de sua fala;
*Respeite os turnos de fala;
*Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
*Exponha seus argumentos;
*Compreenda os argumentos no discurso do outro;
*Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna);
*Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros
elementos extralinguísticos que julgar necessário.
* Realize leitura compreensiva do texto com vista a prever o conteúdo temático, bem como a ideia principal
do texto através da observação das propriedades estilísticas do gênero (recursos como elementos gráficos,
mapas, fotos, tabelas);
*Localize informações explícitas e implícitas no texto;
*Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
*Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
*Reconheça diversos participantes de um texto (quem escreve, a quem se destina, outros participantes);
*Estabeleça o correspondente em língua materna de palavras ou expressões a partir do texto;
*Analise as intenções do autor;
*Infira relações intertextuais;
*Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
*Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.
*Expresse as ideias com clareza;
*Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
-às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
-à continuidade temática;
106
*Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
*Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
*Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral,
substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
*Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero
proposto;
*Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros
trabalhados;
*Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
*Defina fatores de contextualização para o texto (elementos gráficos, temporais).
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109
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos
integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente
os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo,
espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
De acordo com as DCEs a Natureza legitima, então, os objetos de estudo das ciências naturais e da
disciplina de Ciências. Denominar uma determinada ciência de natural é uma maneira de enunciar tal forma
de legitimação. Chauí (DCEs) corrobora tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos
filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo de objeto
estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas ciências naturais
passaram a ser tomadas como um saber distinto das ciências matemáticas, das ciências sociais e das ciências
aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano. As relações entre os
seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de
sobrevivência. Contudo, a interferência do Homem sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,
técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a
cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento
científico, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos
seus recursos.
Segundo KNELLER, a historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico,
mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o
produzem e as instituições que as apoiam. Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a
construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e
compreendê-la, nos diversos momentos históricos.
Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884-1962) contribuiu de forma
significativa com reflexões voltadas à produção do conhecimento científico, apontando caminhos para a
compreensão de que, na ciência, rompe-se com modelos científicos anteriormente aceitos como explicações
para determinados fenômenos da natureza. Para esse autor existem três grandes períodos do desenvolvimento
do conhecimento científico: estado pré-científico, estado científico e novo espírito científico.
No estado pré-científico, esse pensamento representa, segundo Bachelard (1996), um período
marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico.
Este estado representa a busca da superação das explicações míticas, com base em sucessivas
observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos
conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do séc. XVIII.
110
RONAN afirma, com o pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a divindade dos
acontecimentos e não com as causas desses fenômenos. Pelo mito e pelas divindades o ser humano
expressava o entendimento do mundo natural sob o ponto de vista “de um mundo divino operando no mundo
da natureza”.
Aristóteles (século III a.C.), ao propor um modelo de Universo único, finito e eterno, composto por
esferas que se dispunham em círculos concêntricos em relação à Terra, descrevendo movimentos circulares
perfeitos, formulou as bases para o modelo geocêntrico. A explicação para a dinâmica do Universo,
sistematizada por Aristóteles, pressupunha a existência de um quinto elemento da Natureza, o éter,
constituinte da lua, dos planetas e das estrelas fixas; essas esferas consideradas superiores à esfera da Terra,
referência imóvel e central (modelo geocêntrico).
A alquimia, por sua vez, desde a Antiguidade, era uma prática que objetivava, principalmente, a
transmutação dos metais e a busca pelo elixir da vida eterna, com a cura de todas as doenças (RONAN,
1997). Outra interpretação da finalidade da alquimia relacionava-a com uma prática de investigação a
respeito da constituição da matéria para dividir os compostos em elementos e estudar sua recombinação. Tal
interpretação foi superada no século XVIII.
No estado científico, o século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado
pelo estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da Natureza.
No período do estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano de investigação dos
fenômenos da natureza, com maior divulgação do conhecimento científico em obras caracterizadas por uma
linguagem mais compreensível.
No estado científico o mundo passa e ser entendido como mutável e o Universo como infinito.
Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as evidências de mudanças na crosta terrestre e
a extinção de espécies, bem como a transformação da matéria e a conservação de energia.
Além dos conhecimentos produzidos a partir das pesquisas sobre a constituição da matéria,
desenvolveram-se estudos sobre a transformação e a conservação dessa matéria na Natureza. Tais estudos,
associados aos conhecimentos relativos à lei da conservação da energia, contribuíram para o entendimento de
que na Natureza ocorrem ciclos de energia, o que se contrapôs à ideia de criação e destruição e estabeleceu
modelos de transformação da energia na Natureza.
Nesse mesmo contexto, a mecânica clássica e o modelo “newtoniano-cartesiano” influenciaram
fortemente o pensamento científico que se apropriou das “verdades” mecanicistas para explicar o
funcionamento dos seres vivos, a dinâmica da natureza, o movimento dos corpos celestes e os fenômenos
ligados à gravitação.
O período do estado científico foi marcado, também, por publicações de cunho científico não
literárias, com linguagem menos apropriada à divulgação, voltadas a uma elite intelectual que as acessava
por meio dos cursos universitários.
No estado do novo espírito científico configura-se também, como um período fortemente marcado
pela aceleração da produção científica e a necessidade de divulgação, em que a tecnologia influenciou e
sofreu influências dos avanços científicos.
111
A preocupação crescente com a educação científica vem sendo defendida não só por educadores em
ciências, mas por diferentes profissionais; seus objetivos têm tido uma grande abrangência. Nesse sentido,
torna-se importante discutir os diferentes significados e funções que se têm atribuído à educação científica
com o intuito de levantar referenciais para estudos na área de currículo, filosofia e política educacional que
visem analisar o papel da educação científica na formação do cidadão.
Devemos estar centrados no compreender o conteúdo científico e no compreendera função social da
ciência.
Pela natureza do conhecimento científico, não se pode pensar no ensino de seus conteúdos de forma
neutra, sem que se contextualize o seu caráter social, nem há como discutir a função social do conhecimento
científico sem uma compreensão do seu conteúdo.
Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes ciências de referência
Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras. O ensino de Ciências deve promover interrelações entre os conteúdos selecionados, de modo a promover o entendimento do objeto de estudo da
disciplina de Ciências. Essas inter-relações devem ser fundamentar nos Conteúdos Estruturantes (ciência
atividade humana).
A disciplina de ciências tem como objetivos gerais:
•
Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento científico;
•
Abordar os conhecimentos científicos escolares, orientando que eles têm origem nos modelos
construídos a partir da investigação da Natureza;
•
Propiciar o acesso ao conhecimento da história da ciência, associando os conhecimentos científicos
com os contextos políticos, éticos, econômicos e sociais que originaram sua construção;
•
Propagar os conhecimentos científicos recentes, convictos que a produção científica não deve ser
entendida como uma verdade absoluta;
•
Apropriar-se das informações referentes os avanços científicos e tecnológicos, as questões sociais e
ambientais;
•
Propiciar o enriquecimento da cultura científica do aluno, rompendo com obstáculos conceituais e
adquirindo maiores condições de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e construção
fragmentada do conhecimento;
•
Compreender: origem e evolução do Universo (Astronomia); a constituição dos corpos (Matéria); a
constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas Biológicos); a conservação e
transformação de energia (Energia); o conceito de biodiversidade (Biodiversidade);
•
Utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da aprendizagem
dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano;
•
Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados para estabelecer
relações “substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores e o que
aprende de novo;
112
•
Propiciar a integração conceitual que estabeleça relações conceituais, interdisciplinares e
contextuais; superando a construção fragmentada do conhecimento;
•
E Compreender: origem e evolução do Universo (Astronomia); a constituição dos corpos (Matéria);
a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas Biológicos); a conservação e
transformação de energia (Energia); o conceito de biodiversidade (Biodiversidade).
CONTEÚDOS
6°ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Movimentos Celestes
Astros
Constituição da matéria
Níveis de organização
Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
Organização dos seres vivos
Ecossistemas
Evolução dos seres vivos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Os seres vivos e o ambiente.
•
•
Quanta vida na Terra!
Ninguém vive sozinho.
1.2 Onde a vida acontece.
•
Do organismo à biosfera;
•
Seres vivos endereço e profissão.
113
1. A transferência de energia e de matéria num ecossistema.
•
Luz do sol;
•
Produtores, consumidores e decompositores;
•
Cadeias alimentares;
•
Teias alimentares.
2. As relações entre os seres vivos.
•
A organização em sociedade;
•
Nenhuma espécie é prejudicada;
•
Pelo ao menos uma espécie é prejudicada.
3. A distribuição da vida na biosfera.
•
A vida nos ambientes aquáticos;
•
A vida nos ambientes terrestres.
4. Biomas brasileiros.
•
A floresta Amazônica;
•
A mata Atlântica;
•
O cerrado;
•
A caatinga;
•
A mata das Araucárias;
•
O pampa;
•
O Pantanal;
•
A mata dos Cocais;
•
O manguezal.
5. O ser humano e o ambiente.
•
Na floresta, na fazenda, na cidade;
•
Seres humanos e impactos ambientais: alguns exemplos.
•
A Terra por dentro e por fora.
2.1 Da superfície ao centro da Terra.
•Viagem ao centro da Terra;
•A deriva continental;
•Vulcões: destruição e fertilidade.
2.2 As rochas.
•
Rochas magmáticas ou ígneas;
•
Rochas sedimentares ou estratificadas;
•
Rochas metamórficas.
2.3 Minérios e jazidas.
•
Mineral, minério, jazida e mina;
•
Os combustíveis fósseis;
114
•
Os minérios metálicos;
•
Pedras preciosas;
•
Renovável ou não?
2.4 O solo: piso, pátria, pão.
•
O solo tem uma historia;
•
A composição do solo;
•
A importância do solo;
•
Tipos de solo;
•
O solo pode ser melhorado.
2.5 Preservando o solo
•
Solo e erosão;
•
O combate à erosão do solo.
•
A água no ambiente.
3.1 A água e a vida.
•
Água de beber, de fazer remédio, de se banhar;
•
A água nos seres vivos;
•
Água: solvente da vida!
3.2 A água e seus estados físicos.
•
Estados físicos da água e organização das moléculas;
•
Mudança de estado físico da água;
•
Água vem, água vai: o ciclo da água na natureza.
3.3 Tratamento de água e esgoto para todos.
•
O que é saneamento básico;
•
Tratamento da água;
•
Tratamento de esgoto.
•
O ar e o ambiente.
4.1 Atmosfera: a camada gasosa que envolve a Terra.
•
As camadas atmosféricas;
4.2 A composição do ar.
•
A mistura de gases da troposfera.
4.3 Propriedades do ar.
•
Compressibilidade, elasticidade e expansibilidade do ar;
•
Vento, um tipo de movimento do ar.
4.4 A previsão do tempo.
Fatores que interferem na previsão do tempo.
•
Desequilíbrios ambientais.
5.1 A poluição ambiental.
115
O gás carbônico e o efeito estufa;
Monóxido de carbono: perigo no ar;
Dióxido de carbono e óxidos de nitrogênio: as chuvas ácidas;
Detergentes: espuma na água;
Petróleo na água: flutuação, asfixia e intoxicação;
Eutrofização: a adição de nutrientes na água;
Agrotóxicos: avanço tecnológico e problemas;
Mercúrio e chumbo;
Produtos radioativos.
5.2 Lixo: problemas e soluções.
•
Tipos de lixo;
•
O destino do lixo;
•
Como reduzir o lixo.
•
Universo – o ambiente maior.
6.1 Universo: galáxias, estrelas, planetas, satélites
•
Ano – luz: calculando distâncias astronômicas;
•
A via láctea – a nossa galáxia;
•
O sol – a nossa estrela;
•
O planeta Terra;
•
As estações do ano;
•
A Lua – satélite natural da Terra.
6.2 O sistema solar.
1
Os oitos planetas do Sistema Solar;
2
Asteroides e cometas;
3
Satélites naturais;
4
Eclipses solar e lunar;
5
A exploração do espaço cósmico.
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar
relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as
preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos
da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo a integridade de
natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das
possíveis relações conceituais, interdisciplinares e contextuais.
116
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida, fósseis, efeito estufa,
ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, gases, fontes de energia renováveis e não
renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes
narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres,
renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na prática de
esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da
Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias, representação da
natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e
suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população
humana, importação e exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos
sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: instrumentos astronômicos, história da astronomia, contaminação da água,
desertificação, minerais e a tecnologia: joias, relógios e outros, mineração, sismógrafos, poluição do solo,
poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo para agricultura, compostagem, contaminação
do solo, conservação dos aquíferos, tratamento da água, lixo tóxico, aquecimento global, biotecnologia,
plástico biodegradável, fibra ótica, elevadores hidráulicos, lixo e o ambiente, coleta seletiva de lixo, reservas
ambientais – APA, código florestal brasileiro, fauna brasileira ameaçada de extinção, ação humana nos
ecossistemas, desmatamento, poluição do ar, balões e aviões, instrumentos de vôo, aquecimento global,
saneamento básico, questões de higiene, alimentos transgênicos, aterro sanitário, coleta seletiva e reciclagem,
usinas geradoras de energia, forno micro-ondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica
residencial, bússola, microfone e alto-falante, paraquedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas,
baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do
campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
7°ANO - ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
117
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Constituição da matéria
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Formas de energia
Transmissão de energia
Origem da v ida
Organização dos seres vivos
Sistemática
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Diversidade da vida na Terra.
•
Reconhecendo um ser vivo.
•
Seres vivos têm organização celular;
•
Seres vivos necessitam de alimento;
•
Seres vivos nascem... e morrem...;
•
Seres vivos têm metabolismo próprio;
•
Seres vivos reagem a estímulos do ambiente.
•
A origem da vida.
•
Geração espontânea: a vida pode surgir da matéria inanimada?;
•
A vida surgiu da evolução lenta de substâncias químicas?;
•
A organização celular dos primeiros seres vivos.
•
A evolução dos seres vivos.
•
Uma visão geral da vida na Terra;
•
O conceito de adaptação;
•
O conceito de seleção natural;
•
O que é a teoria da evolução.
•
Biodiversidade e classificação.
•
Biodiversidade – a riqueza de vida na Terra;
•
Classificando os seres vivos;
•
Os cinco grandes reinos.
•
Vírus: seres sem organização celular.
•
Características gerais dos vírus;
•
Nossas defesas contras viroses;
118
•
As viroses humanas.
•
Os reinos das moneras, dos protoctistas e dos fungos.
2.1 Reino das moneras: as bactérias e as arqueas.
•
A estrutura celular no reino das moneras;
•
As bactérias;
•
As arqueas.
2.2 Reino dos protoctistas: protozoários e algas.
•
Os protozoários;
•
As algas.
2.3 Reino dos fungos.
•
Um grupo diversificado;
•
O corpo dos fungos;
•
A reprodução dos fungos;
•
Como vivem os fungos;
•
Os fungos e o ser humano.
•
O reino das plantas.
3.1 Briófitas e pteridófitos.
•
As briófitas;
•
As pteridófitas.
3.2 Gimnospermas.
•
Características gerais.
3.3 Angiospermas: aspectos gerais.
•
Flores e frutos: aquisições evolutivas;
•
Os dois grandes grupos de angiospermas.
3.4 Angiospermas: raiz, caule e folha.
•
A raiz: fixação e absorção;
•
O caule: transporte, produção e sustentação;
•
A folha: fotossíntese e transpiração.
3.5 Angiospermas: flor, fruto e semente.
•
Flores, estruturas de reprodução;
•
A reprodução sexuada nas angiospermas;
•
Os frutos;
•
As sementes;
•
A reprodução assexuada nas angiospermas.
•
O reino dos animais (I): os invertebrados.
4.1 Os poríferos e os cnidários.
10. Os poríferos;
119
11. Os cnidários.
4.2 Os platelmintos e os nematelmintos.
Os platelmintos;
Os nematelmintos.
4.3 Os anelídeos e os moluscos.
•
Os anelídeos;
•
Os moluscos.
4.4 Os artrópodes.
•
Características gerais dos artrópodes;
•
Os insetos;
•
Os crustáceos;
Os aracnídeos;
Quilópodes e diplópodes.
4.5 Os equinodermos.
•
Características gerais dos equinodermos;
•
As classes de equinodermos;
•
A reprodução dos equinodermos.
•
O reino dos animais (II): os vertebrados.
5.1 Os peixes.
•
Características gerais dos peixes;
•
Peixes cartilaginosos e peixes ósseos;
•
A reprodução dos peixes.
5.2 Os anfíbios.
•
Características gerais dos anfíbios;
•
Anuros, urodelos e ápodes;
•
A reprodução dos anfíbios.
5.3 Os répteis.
•
Características gerais dos repteis;
•
Quelônios, crocodilianos e escamados;
•
A reprodução dos répteis.
5.4 As aves.
•
Características gerais das aves;
•
Adaptações ao voo;
•
A reprodução das aves;
•
Classificação das aves.
5.5 Os mamíferos.
•
Características gerais dos mamíferos;
120
•
Classificação dos mamíferos;
•
A reprodução dos mamíferos.
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar
relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as
preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos
da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo a integridade de
natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das
possíveis relações conceituais, interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, a ação de
substâncias químicas no organismo, gases, fontes de energia renováveis e não renováveis Ilhas de calor,
entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes
narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres,
renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na prática de
esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da
Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias, representação da
natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e
suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população
humana, importação e exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos
sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: Inovação tecnológica, fermentação, contaminação da água, poluição do solo,
poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo para agricultura, contaminação do solo,
tratamento da água, lixo tóxico, elevadores hidráulicos, lixo e o ambiente, unidades de conservação,
ocupação da mata atlântica, exploração da Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata das
araucárias, tráfico de animais, ação humana nos ecossistemas, espécies exóticas, desenvolvimento industrial,
impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do
ar, aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, uso de agrotóxicos na agricultura, Instituições
governamentais e ONG, tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo,
dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos, automedicação:
antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de
frutos de comercialização, comercialização da carnes exóticas, vacinas e soros, raças e preconceitos raciais,
121
fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico, medicamentos,
influência da alimentação na saúde, aterro sanitário, corantes e tingimento de tecidos, projeto Genoma
Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de
trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
8º ANO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Origem e evolução do universo
Constituição da matéria
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Formas de energia
Evolução dos seres vivos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
A organização do corpo humano.
Ser humano, com muito prazer.
•
O organismo humano: uma visão geral;
•
O ser humano: um animal social.
A célula, uma visão geral.
•
A membrana plasmática;
•
O citoplasma;
•
O núcleo da célula.
A divisão celular.
•
Células haploides e diploides;
•
O aumento no número de células.
Níveis de organização do corpo humano.
•
Tecidos;
•
Órgãos;
•
Sistemas.
•
A reprodução.
122
2.1 O sistema genital.
•
Falando de sexo;
•
O sistema genital masculino;
•
O sistema genital feminino;
•
O mecanismo da fecundação;
•
Como se formam os gêmeos.
2.2 Como nascemos
•Ovulação, período fértil, menstruação;
•A gravidez;
•O parto.
2.3 Corpo, mente e “coração”: cuidados na adolescência
•
E na mente, o que muda?
•
Métodos anticoncepcionais;
•
As doenças sexualmente transmissíveis.
2.4 A vida continua.
•
As descobertas de Mendel;
•
A transmissão das características hereditárias;
•
Os cromossomos sexuais;
•
A hereditariedade e o meio ambiente.
•
As funções de nutrição.
3.1 A importância dos alimentos.
•
O que os alimentos contêm.
3.2 Alimentação saudável.
•
Cuidados com a alimentação;
•
A energia dos alimentos;
•
A conservação dos alimentos.
3.3 A digestão.
•
Aspectos gerais da digestão;
•
O sistema digestório humano;
•
O caminho do alimento.
3.4 A respiração.
•
O sistema respiratório;
•
A regulação da respiração.
3.5 A circulação.
•
O coração;
•
Os vasos sanguíneos;
•
Como o coração funciona;
123
•
O sangue;
•
O sangue e as defesas do corpo;
•
Os grupos sanguíneos;
•
O sistema linfático.
3.6 A excreção.
•
Excretas: resíduos das atividades metabólicas;
•
O sistema urinário humano;
•
A formação da urina.
•
Funções de relação com o ambiente.
4.1 Locomoção: ossos e músculos.
•
O esqueleto humano;
•
Os músculos.
4.2 Os sentidos.
•
O tato;
•
A gustação;
•
O olfato;
•
A audição;
•
A visão;
•
A fonação.
•
A coordenação das funções orgânicas.
5.1 O sistema nervoso.
•
As células nervosas e suas conexões;
•
As sinapses e a transmissão de impulsos nervosos;
•
Sistema nervoso central e periférico;
•
O sistema nervoso autônomo;
•
Cuidados com o sistema nervoso.
5.2 O sistema endócrino.
•
As principais glândulas endócrinas.
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar
relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as
preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos
da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo a integridade de
natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das
possíveis relações conceituais, interdisciplinares e contextuais.
124
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: a ação de substâncias químicas no organismo, gases, fontes de energia
renováveis e não renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes
narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres,
renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na prática de
esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da
Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias, representação da
natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e
suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população
humana, importação e exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos
sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo,
dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos, automedicação:
antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de
frutos de comercialização, saneamento básico, comercialização de carnes exóticas, vacinas e soros, raças e
preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento
básico, obesidade, anorexia e bulimia, melhoramento genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames
sanguíneos, transfusões e doações sanguíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise, terapia gênica,
CTNBIO, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização
Mundial da Saúde, reprodução humana assistida, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas,
baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do
campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade.
125
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astros
Gravitação universal
Propriedades da matéria
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
Formas de energia
Conservação de energia
Interações ecológicas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Conceitos básicos de física e de química.
•
Matéria e energia.
•
Matéria: corpo, massa e volume;
•
Energia: pode ser facilmente percebida;
•
Átomos e moléculas.
•
Medições e unidades de medida.
O sistema métrico decimal;
O sistema internacional de unidades (SI);
•
Matéria: estados físicos e propriedades.
•
As mudanças de estado físico da matéria;
•
Temperatura, pressão e mudança de estado;
•
Outras propriedades físicas da matéria.
•
O estudo da física.
2.1 O movimento.
•
Movimento referencial;
•
Movimento e velocidade;
•
Movimento retilíneo uniforme (MRU);
•
Movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV);
•
As leis de Newton.
•
O que é força;
•
A primeira lei de Newton: o principio da inércia;
•
A segunda lei de Newton: relação entre força e aceleração;
•
A terceira lei de Newton: ação e reação.
•
A gravitação universal.
•
Gravidade, uma força a distância;
•
A lei da gravitação universal;
126
•
A gravidade e o peso;
•
A gravidade e a cinemática.
•
O trabalho das máquinas.
•
Sistemas de forças e máquinas;
•
As máquinas simples;
•
Trabalho de uma força;
•
Energia mecânica.
•
A energia se transforma;
•
Como medir a energia;
•
Energia mecânica: potencial e cinética;
•
A conservação da energia mecânica;
•
Potência e trabalho.
•
Temperatura e calor.
•
Termologia, o que é?;
•
Temperatura;
•
Escalas termométricas;
•
Como o calor se propaga;
•
Calor latente e mudança de estado.
•
As ondas e som.
•
As ondas não carregam matéria;
•
Dois tipos de ondas: mecânicas e eletromagnéticas;
•
Elementos de uma onda;
•
As ondas sonoras.
•
As ondas e a luz.
•
Luz: uma onda eletromagnética;
•
Fenômenos ondulatórios;
•
A luz e a visão;
•
Cores.
•
Instrumentos ópticos.
•
Espelhos;
•
Lentes;
•
Olho humano: um instrumento óptico.
•
Eletricidade.
•
Eletricidade e matéria;
•
A eletrização de corpos;
•
Eletrostática: a eletricidade estática;
•
Eletrodinâmica: cargas elétricas em movimento;
127
•
O circuito elétrico e a corrente elétrica;
•
Tensão elétrica;
•
Medindo a corrente elétrica;
•
Resistência elétrica;
•
Potência elétrica.
•
Magnetismo.
•
Ímãs;
•
Magnetismo e eletricidade eletromagnetismo.
•
O estudo da química.
3.1 O átomo: estrutura e identificação;
•
Estrutura do átomo;
•
Alguns números de um átomo;
•
A identificação dos átomos;
•
O que são isótopos?
3.2 A tabela periódica dos elementos químicos.
•
A tabela periódica atual.
3.3 As ligações químicas.
•
Como acontecem as ligações entre os átomos;
•
Ligação iônica ou eletrovalente;
•
Ligação covalente ou molecular.
3.4 Substâncias e misturas.
•
Substâncias puras;
•
Misturas: homogêneas e heterogêneas;
•
Separação de misturas.
3.5 Funções químicas: ácidos e bases.
•
Ácidos;
•
Bases.
3.6 Funções químicas: sais e óxidos.
•
Sais;
•
Óxidos.
3.7 Reações químicas.
•
Balanceamento de equações químicas;
•
Alguns tipos de reações químicas.
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar
relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as
preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos
128
da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo a integridade de
natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das
possíveis relações conceituais, interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: gases, fontes de energia renováveis e não renováveis, ilhas de calor,
máquinas simples - alavancas, polia, engrenagens, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes
narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres,
renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na prática de
esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da
Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias, representação da
natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e
suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população
humana, importação e exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos
sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: lixo e o ambiente, biotecnologia, plástico biodegradável, elevadores
hidráulicos, panela de pressão, ultrassonografia, máquina fotográfica, óculos, telescópios, aquecimento
global, resíduos químicos no ambiente, tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de
petróleo, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização
Mundial da Saúde, instrumentos de medidas, tecnologias em produtos de eletrônica, dessalinização, panela
de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário, biodiesel, corantes e tingimento de tecidos, estações de
tratamento de esgoto, biogás, adubos e fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras
de energia, instrumentos e escalas termométricas, acidentes, forno micro-ondas, lâmpadas, chuveiro elétrico,
consumo de energia elétrica residencial, bússola, microfone e alto-falante, paraquedas e asa deltas,
tecnologia da comunicação, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de
trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
Em nosso trabalho será contemplada em todas as séries do Ensino Fundamental a legislação
vigente: Lei 10639/03 - história e cultura afro-brasileira e africana, Lei 11645/08 – história e cultura dos
povos indígenas, Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental.
Dessa forma, serão inseridos temas relacionados à História e Cultura Afro - Brasileira e Indígena
através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como
sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status
129
de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriétnica , lei 11.645/03/08 que integra a
História e Cultura afro-Brasileira e Indígena ao Currículo de Ensino Fundamental e Médio.
Essa proposta curricular tem ainda, como principio educativo o perspectivo do campo, uma vez que a
prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os conhecimentos e valores construídos
historicamente no campo. Assim a educação escolar estará vinculada organicamente a essa problemática, no
sentido de explicações de suas contradições, ao mesmo tempo, construindo um conhecimento com base nas
ciências, na história e na filosofia.
De acordo com a possibilidade e oportunidade do conteúdo, todas as disciplinas deverão abordar os
seguintes conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei 13381/01), História e Cultura Afro-brasileira,
Africana e Indígena (Lei 11645/08), Geografia do Paraná conforme Inst. Nº 04/05, constante na p. 50 das
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica, Música (Lei 11769/08), Prevenção ao uso de
Drogas, Sexualidade Humana; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente
(Lei 11525/07), Educação Tributária (Dec. 1143/99 e Port 413/02), Educação Ambiental (Lei 9795/99).
METODOLOGIA
Na metodologia, nós, professores nos embasamos na teoria da aprendizagem de Ausubel que propõe
que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para que possam construir estruturas mentais
utilizando, como meio, mapas conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos,
caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz.
A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às
estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu
conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa
incorporação e atribuição de significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por
meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva. Quando o conteúdo escolar a ser aprendido não
consegue ligar-se a algo já conhecido, ocorre o que Ausubel chama de aprendizagem mecânica, ou seja,
quando as novas informações são aprendidas sem interagir com conceitos relevantes existentes na estrutura
cognitiva. Assim, a pessoa decora fórmulas, leis, mas esquece após a avaliação.
Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em primeiro lugar, o aluno
precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo arbitrária e
literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que
ser potencialmente significativo, ou seja, ele tem que ser lógica e psicologicamente significativo: o
significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e o significado psicológico é uma experiência
que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem dos conteúdos que têm significado ou não para si
próprio.
Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso trabalho docente tendo
como referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político
130
Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida, a análise crítica
dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações atualizadas sobre os avanços da produção
científica.
Na organização do plano de trabalho docente faremos reflexões a respeito das relações a serem
estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos disponíveis, das estratégias de ensino que podem
ser utilizadas e das expectativas de aprendizagem para um bom resultado final.
Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais tanto para a nossa
formação quanto para nossa atividade pedagógica. Abordaremos assim três aspectos importantes, a saber: a
história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental.
Assim, no momento da seleção dos conteúdos, das estratégias e dos recursos instrucionais, dentre
outros critérios, levaremos em consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
Entretanto, sabemos e consideraremos outras variáveis que interferem no processo ensinoaprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das concepções alternativas, as
apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de ciência do professor e a qualidade de sua prática
de ensino.
Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem de forma bem
articulada os seguintes itens:
· recursos pedagógico-tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro didático, texto de
jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas
biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento
embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;
· de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V,
gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
· de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios, exposições de ciência,
seminários e debates.
As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais são fundamentais para
nossa prática docente. Além disso, contribuem de forma significativa para melhorar as condições de
aprendizagem aos estudantes.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos metodológicos que serão
valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a problematização, a contextualização, a
interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade
experimental, os recursos instrucionais e o lúdico.
ABORDAGEM PROBLEMATIZADORA
A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo conteúdo. Essa
ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes e o conhecimento científico
escolar que se pretende ensinar. A problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada,
131
evidenciando-se duas dimensões: na primeira, levaremos em conta o conhecimento de situações
significativas
apresentadas
pelos
estudantes,
problematizando-as;
na
segunda,
realizaremos
a
problematização de forma que o estudante sinta a necessidade do conhecimento científico escolar para
resolver os problemas apresentados.
RELAÇÕES CONTEXTUAIS
Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento científico com o contexto histórico e
geográfico do nosso aluno, com outros momentos históricos, com os interesses políticos e econômicos que
levaram à sua produção para que o conhecimento disciplinar seja potencialmente significativo. A
contextualização pode ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de modo mais concreto e
próximo à realidade do nosso aluno para uma posterior abordagem abstrata e específica. A contextualização
pode, também, ser utilizada como ponto de chegada caso façamos a opção por iniciar a nossa prática com
conteúdos mais abstratos e reflexivos.
Nesse caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas
sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta aproximação, no âmbito pedagógico, se
estabelece por meio de metodologias que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e
claros, voltados para a abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do
conhecimento.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES
A abordagem interdisciplinar como pressuposto metodológico considera que muitos conteúdos,
ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros conteúdos e isso torna necessária uma
aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas escolares.
As relações interdisciplinares se estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada
disciplina são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Em Ciências, as relações
interdisciplinares podem ocorrer quando buscamos nos conteúdos específicos de outras disciplinas,
contribuições para o entendimento do objeto de Ciências, o conhecimento científico resultante da
investigação da Natureza.
PESQUISA
A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do conhecimento. Essa estratégia iniciase na procura de material de pesquisa, passa pela interpretação desse material e chega à construção das
atividades. A pesquisa pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos
pedagógicos sejam atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do próprio aluno, pois ao
organizar o texto escrito ele precisará sistematizar ideias e explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com
132
recursos do vocabulário que domina. Na apresentação oral o aluno deve superar a simples leitura e repetição,
evidenciando a compreensão crítica do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
A leitura científica como estratégia de ensino, permite aproximação entre alunos e nós, professores,
pois propicia o trabalho interdisciplinar e proporciona um maior aprofundamento de conceitos. Cabe
analisarmos o material a ser trabalhado, levando em conta o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo,
o rigor conceitual e a linguagem utilizada. Dentre os diversos materiais de divulgação que podem ser
utilizados como recursos pedagógicos, sugerem-se:
1. Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças – Publicação da Sociedade Brasileira para
o Progresso da Ciência – www.sbpcnet.org.br
2. Revista Eletrônica Café Orbital – Publicação do Observatório Nacional – Disponível em
www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia).
3. Revistas Scientific American e Scientific American Brasil – Publicação da Editora Duetto –
Disponível em www.sciam.com.br
4. Portal dia-a-dia educação - Projeto Folhas – Disponível em www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
5. Coleção Explorando o Ensino – Educação Básica, Ministério da Educação – Disponível em
www.mec.gov.br
ATIVIDADE EM GRUPO
No trabalho em grupo, o aluno tem a oportunidade de trocar experiências, apresentar suas
proposições aos outros alunos, confrontar idéias, desenvolver espírito de equipe e atitude colaborativa. Esta
atividade permite aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de modo a contribuir para a
construção significativa de conhecimento pelo estudante.
OBSERVAÇÃO
A estratégia da observação estimula nosso aluno, a capacidade de observar fenômenos em seus
detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre eles. Por outro lado, permite que nós, professores,
perceber as dificuldades individuais de interpretar tais fenômenos devido à falta de atenção e a lacunas
teórico-conceituais. Esta estratégia é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da disciplina,
pois o aluno pode desenvolver observações e superar a simples constatação de resultados, passando para
construção de hipóteses que a própria observação possibilita.
133
ATIVIDADE EXPERIMENTAL
A inserção de atividades experimentais em nossa prática docente apresenta-se como uma importante
estratégia de ensino e aprendizagem, quando mediada por nós, professores, de forma a desenvolver o
interesse nos alunos e criar situações de investigação para a formação de conceitos. Tais atividades não têm
como único espaço possível o laboratório escolar, visto que podem ser realizadas em outros espaços
pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais. Entretanto, é
importante que nossas práticas proporcionem discussões, interpretações e se coadunem com os conteúdos
trabalhados na sala. Não devemos, portanto, propiciar apenas momento de comprovação de leis e teorias, ou
meras ilustrações das aulas teóricas.
RECURSOS INSTRUCIONAIS
Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de relações, diagramas V,
gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na análise do conteúdo científico
escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da aprendizagem. Esses recursos são
instrumentos potencialmente significativos para sala de aula porque se fundamentam na aprendizagem
significativa e subsidiam nosso trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos por
elementos extraídos da observação, da experimentação, da contextualização, da interdisciplinaridade, entre
outros. Assim, ampliam a possibilidade do nosso aluno criar sentido para o que está aprendendo e tornam a
aprendizagem significativa, seja no momento da aula, seja no momento da avaliação.
Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas a serem utilizadas na
sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos podem ter estruturas diversas, pois ultrapassam a idéia de
serem apenas sínteses conceituais.
LÚDICO
O lúdico é uma forma de interação do aluno com o mundo, podendo utilizar-se de instrumentos que
promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos,
exemplificações realizadas habitualmente por nós, professores. O lúdico permite uma maior interação entre
os assuntos abordados e quanto mais intensos for esta interação, maior será o nível de percepções e
reestruturações cognitivas realizadas pelo estudante. O lúdico será considerado nas estratégias de ensino
independentemente da série e da faixa etária do aluno, porém, adequaremos a elas quanto ao
encaminhamento, à linguagem e aos recursos utilizados como apoio.
134
AVALIAÇÂO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos e, de
acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser contínua e cumulativa em relação ao
desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
INSTRUMENTOS
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção de
avaliação contínua e formativa.
Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno, então essa
continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem
na sala de aula.
INSTRUMENTO 1
ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS
A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que verifiquemos a compreensão dos
conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do aluno e aquele adquirido na Educação
Básica. Assim, devemos considerar algumas situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o
roteiro de análise e os critérios de avaliação.
Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual apresentada em
aula. È importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa etária do aluno. A escolha criteriosa
dos textos é relevante para não se perder o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e
a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Neste contexto são utilizaremos critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos dos alunos, de
forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina.
Ao avaliar a leitura dos alunos devemos considerar se houve compreensão das ideias presentes no
texto, com o aluno interagindo com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias; o
aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza e sistematizou o conhecimento de forma
adequada, foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
135
INSTRUMENTO 2
PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-se numa consulta
bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato com o que já foi escrito ou pensado
sobre o tema que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno
precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente apenas o título da pesquisa.
O projeto de pesquisa bibliográfica demanda nosso papel de orientador. Isso requer que tenhamos
conhecimento do acervo da Biblioteca Escolar, tanto dos livros quanto periódicos ou outros materiais, para
podemos fazer indicações de leituras para nossos alunos. Além da Biblioteca Escolar, podemos e devemos
indicar artigos ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que nosso aluno tenha
subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto.
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno.
Passos para uma consulta bibliográfica:
1.Contextualização: significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço / temporal)
no qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema.
2. Problema: uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de forma clara,
objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o problema.
3. Justificativa: argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e professores
encontram-se inseridos.
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/ CONSULTA BIBLIOGRÁFICA
É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se aos
textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.
Critérios de avaliação:
Para avaliarmos analisaremos os passos da consulta bibliográfica se estão atendendo as orientações.
INSTRUMENTO 3
PRODUÇÃO DE TEXTO
As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e interativa da
linguagem e o processo interlocutor. Isso significa compreender que a linguagem – e, por conseguinte, os
textos – se constroem justamente nas práticas de linguagem que se concretizam nas atividades humanas.
Qualquer texto produzido é sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto
dialógico.
136
Consideraremos, então, as circunstâncias de produção dos textos que solicitaremos aos nossos alunos
para que eles possam assumir-se como locutor e, desta forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que
dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade, se escreve fora da
escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social determinada, conforme as práticas
vigentes na sociedade”. Há diversos gêneros, nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem e
devem ser trabalhados em sala de aula para aprimorarmos a prática de escrita numa abrangência maior de
esferas de atividade.
Na prática da escrita, há três etapas articuladas:
•
Planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;
•
Escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;
•
Revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
•
Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.);
•
Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);
•
Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de
formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de
estrutura;
•
Elaborar argumentos consistentes;
•
Produzir textos respeitando o tema;
•
Estabelecer relações entre as partes do texto;
•
Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
INSTRUMENTO 4
PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL
A apresentação oral é uma atividade que nos possibilita avaliar a compreensão do aluno a respeito do
conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização e exposição das idéias. Tanto pode ser a
apresentação oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente
adequada em questões como tempo de duração (Não se vai pedir a um aluno da Educação Básica que
pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as possibilidades de um conteúdo).
Os critérios de avaliação que utilizaremos nessa atividade são:
•
Conhecimento do conteúdo;
•
Argumentos selecionados;
137
•
Adequação da linguagem;
•
Sequência lógica e clareza na apresentação;
•
Produção e uso de recursos.
INSTRUMENTO 5
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação. São práticas que dão
espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo.
Com as atividades experimentais levaremos em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição.
Não devemos, portanto, antecipar para o nosso aluno os resultados ou os próprios caminhos da observação,
uma vez que, na construção do conhecimento, o processo que ocorre é tão importante quanto o produto.
É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele conhecimento com o qual
nossos alunos estão envolvidos, entendemos que esta significação está diretamente relacionada a uma
discussão teórica consistente, muito mais do que com a sofisticação dos equipamentos.
A atividade experimental nos possibilita que avaliemos o aluno quanto à sua compreensão do
fenômeno experimentado, do conceito a ser construída ou já construída, a qualidade da interação quando o
trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. Ressaltaremos que o uso adequado e conveniente
dos materiais, só poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas. Não
conseguiremos uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se estas atividades forem apenas
eventuais.
A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para que o aluno
compreenda o que vai fazer que recursos vão utilizar. O registro das hipóteses e dos passos seguidos no
procedimento é importante para avaliarmos junta a atividade.
Critérios de avaliação:
•
Quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado;
•
Do conceito a ser construído ou já construído;
•
A qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.
INSTRUMENTO 6
PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO
O trabalho de campo é um método capaz de nos auxiliar na busca de novas alternativas para o
processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a construção de conhecimentos e para a
formação dos nossos alunos como agentes sociais. Silva (Texto Grupo de Estudos – 2º encontro) descreve o
138
trabalho de campo como: a revelação de novos conteúdos decorre da descoberta de que a observação
investigativa proporciona paralelamente à interpretação, à análise reflexiva e crítica que possibilita a
formulação de noções ou conceitos; a realização das ações, notadamente no trabalho docente, insere na
dimensão pedagógica como o ato de fazer, refutada a reprodução, e como ação compartilhada, refutada o
protagonismo exclusivo de nós, professores, (ou do livro didático) que coloca nosso aluno no papel de
protagonista da própria aprendizagem.
Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca de informações nos
lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência educacional insubstituível.
Encaminhamento que utilizaremos para a pesquisa de campo:
•
Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante como o específico,
discutindo com os alunos em sala de aula. É importante investigar os interesses dos alunos e suas
expectativas;
•
Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente;
•
Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias, questionamentos ou
problematização;
•
Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local;
•
Definir o material necessário para a pesquisa de campo;
•
Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar;
•
Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado, concluindo assim o
trabalho prático.
O projeto de pesquisa de campo nos possibilita avaliar o desempenho dos alunos durante todo o
processo, observando a adequação de seus procedimentos em relação ao tema da pesquisa e aos dados que se
quer coletar.
A conclusão do projeto ocorrerá na forma de relatórios, elaboração de croquis, produção de texto,
cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos avaliaram sua compreensão a respeito do
conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
•
Avaliaremos analisando o encaminhamento da pesquisa de campo.
INSTRUMENTO 7
RELATÓRIO
O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Os relatórios auxiliam
no aprimoramento da habilidade nesta área específica da comunicação escrita. É, também, um instrumento
139
de ensino, pois possibilita ao aluno a reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o
qual foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre outras.
O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como
esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.
Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades desenvolvidas durante
o processo de ensino e aprendizagem.
O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou procedimentos desenvolvidos, que
análises foram feitas e as quais resultados obtivemos.
São elementos do relatório:
1. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao relatório,
apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos
conceitos construídos.
2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou
atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta, não pode omitir informações que sejam
relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para uma reflexão que permita
que se aprimore a atividade.
3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados que foram
obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. Nesta parte
do relatório, o estudante pode utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos
resultados. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos
realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão.
Considerações Finais: Neste item do relatório será possível observar se a atividade desenvolvida foi
significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o aluno vai apresentar os resultados obtidos de
forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai
possibilitar ao estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
•
Avaliaremos analisando os elementos do relatório.
INSTRUMENTO 8
SEMINÁRIO
O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa, a leitura e a
interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, onde cada um participa questionando, de
modo fundamentado, os argumentos apresentados.
140
A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as explicações feitas em aula
cria, ainda, a possibilidade de colocar o aluno em contato direto com a atividade científica e engajá-lo na
pesquisa.
Segundo Frota-Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados como se fossem aulas expositivas
dadas pelos alunos, onde relatam sobre assuntos estudados em livros. Os seminários devem trazer, também,
o relato de atividades realizadas pela equipe, tais como experimentos, observações, coleta de dados,
entrevista com especialistas, entre outros. Além disso, esta atividade permite que o aluno fale em público,
ordene as ideias para expô-las, ouça críticas debatendo-as, perca a inibição e fale aos colegas com seriedade.
Essa forma de avaliação em seminário merece atenção especial por nossa parte, pois podemos
cometer erros em relação aos alunos que têm dificuldade em se expressar. É importante que a avaliação do
seminário seja dividida em itens, com valores específicos para cada um deles. Entre algumas possibilidades,
é importante que avaliemos: a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; a
compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); a adequação da
linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos trazidos para enriquecer a apresentação; a
adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
O aluno precisa saber como foi realizada essa avaliação, para que veja onde falhou e possa melhorar
em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os alunos na ocasião em que o seminário for
proposto.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
•
A consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas;
•
A compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados);
•
A adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa;
•
Os relatos trazidos para enriquecer a apresentação;
•
A adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
INSTRUMENTO 9
DEBATE
É no debate que podemos expor nossas ideias e, ouvindo os outros, nos tornarmos capazes de avaliar
nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. Na tentativa de
assegurar à ética e a qualidade do debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que se
constituem em possíveis critérios de avaliação:
1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos divergentes;
2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;
3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;
141
4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;
5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições
particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos
participantes;
6. Registrar, por escrito, as ideias surgidas no debate.
Além disso, o debate nos possibilita avaliar:
•
O uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
•
O conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
•
A compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.
INSTRUMENTO 10
ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS
Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem poderá, entre várias possibilidades,
enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido; apresentar o conteúdo no contexto de
outra linguagem; utilizá-lo como metáfora do que está sendo exposto.
O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha
do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios
de avaliação.
Na escolha do texto, devemos nos atentar para adequação do mesmo, tanto no que tange ao nível de
ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a linguagem utilizada.
Na elaboração da atividade, devemos considerar a especificidade da nossa disciplina, porém, vale
lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou expressos por meio de recursos artísticos tais
como colagens, charges, gravuras, etc.
A atividade com o texto literário possibilita avaliarmos:
•
A compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;
•
A articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido.
•
O reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.
INSTRUMENTO 11
ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem enriquecer o
trabalho com os conteúdos das disciplinas.
142
O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a nossa pesquisa
sobre o recurso a ser levado para os alunos.
Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia
não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que
existe na escola. A didatização do conteúdo cabe a nós, professores.
As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilita avaliar, entre outros critérios:
•
A compreensão e interpretação da linguagem utilizada;
•
A articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo
audiovisual;
•
O reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso;
INSTRUMENTO 12
TRABALHO EM GRUPO
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de
proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem.
A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas envolvam o aluno,
seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de atitudes que promovam uma interação social; é
aquela em que as ações de um aluno o conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma
significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, nossas ações são as de um orientador que
acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as atividades.
Quando se considera que os alunos se aproximam do objeto de estudo de formas e com intensidades
diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta-se como ocasião de enriquecimento desta
aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo. Além disso, perguntas ou observações que muitos alunos
não colocam para nós, são socializadas no grupo.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais,
gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos
artísticos, filosóficos e científicos.
Nessas atividades, poderemos avaliar se cada aluno:
•
Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva
de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;
•
Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a
contemporaneidade e o seu cotidiano.
143
INSTRUMENTO 13
QUESTÕES DISCURSIVAS
Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam verificar a qualidade da
interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva nos possibilita avaliar
o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos
conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que identifiquemos com maior clareza o
erro do aluno, para que possamos dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do
conhecimento.
Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características decorrem da
compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo abordado pela questão e de sua capacidade de análise e
síntese, uma vez que escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser
considerados:
•
Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta compreensão, é preciso
considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e
objetividade.
•
Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa foi adequada.
•
Compreender a capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma
padrão da língua portuguesa.
•
Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.
Na elaboração destas questões devemos apresentar um enunciado de forma clara, com qualidade e
linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau de dificuldade e os critérios previamente
considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação.
INSTRUMENTO 14
QUESTÕES OBJETIVAS
Este tipo de questão deverá ser utilizado como um componente da avaliação, nunca deve ser aplicado
como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal objetivo é a fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário
conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse
tipo de questão devemos definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas
a não cometer injustiças.
A questão objetiva possibilita avaliarmos a leitura compreensiva do enunciado; a apropriação de
alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de conhecimentos adquiridos.
144
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências.
Brasília, 1999.
______. Lei nº 11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
______. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
______. Lei nº 11.769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
PARANÁ. Cultura e Sociedade: prevenção ao uso indevido de drogas na escola. Curitiba:
SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro.
Avaliação – um processo Intencional e Planejado.
______. Educação ambiental na escola.. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos temáticos
dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Lei nº 13.38/01, Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede pública estadual de
ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
______, Superintendência da Educação - Diretrizes Curriculares Orientadoras de Ciências para o
Ensino Fundamental - 2008
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO V 12 N 36 SET/DEZ 2007 - Universidade de Brasília,
Programa de Pós-Graduação em Educação e Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências; Educação
científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios, Wilson Luiz
Pereira dos Santos.
REVISTA PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002. TEORIA DA APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL, Adriana Pelizzari, Maria de Lurdes Kriegl, Márcia Pirih Baron,
Nelcy Teresinha Lubi Finck, Solange Inês Dorocinski.
145
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar
para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os seus movimentos mais Básicos: e naturais desde
que se colocou de pé: corre, salta, arremessa, trepa, empurra, etc.
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais recebe em solo
nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sob a égide de conhecimentos médicos e da
instrução física militar, a então denominada ginástica surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação
com o desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros. Com as proclamações da
república, veio à discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais.
Com a promulgação da Nova Constituição e a instalação efetiva do Estado Novo, em 10 de
novembro de 1937, a prática de exercícios físicos em todos os estabelecimentos de ensino tornou-se
obrigatória. Com o golpe militar no Brasil, em 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase nas
escolas, especialmente durante as aulas de Educação Física.
Na década de 70, a Lei n.5692/71, por meio de seu artigo 70 e pelo Decreto n. 6945071, manteve o
caráter obrigatório da disciplina de Educação Física nas escolas, passando a ter uma legislação especifica e
sendo integrada como atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do
sistema de ensino.
A Educação Física baseada na cultura corporal e os conteúdos Estruturante:s permitem o
entendimento do corpo em toda sua complexidade. Tem-se inserido no plano de uma reflexão sobre
diferentes problemáticas sociais, algumas de há muito tempo não são objetos de preocupação dos
educadores, outras que surgem conforme se transformam a própria organização social, como a violência, os
preconceitos étnicos, de cor, de sexo, classes, entre outros. O corpo surge como uma das dimensões humanas
que mais recebem atenção no seio de nossa cultura, seja do ponto de vista estético, tecnológico, científico,
profilático, isso trás uma série de consequências para o nosso entendimento do significado “ser corpo” no
mundo atual.
Portanto, faz-se necessário compreender os diferentes saberes, valores, sentimentos e crenças que
interferem sobre a constituição de nosso corpo, tanto no plano individual como no social. Para tanto, a
Educação Física deve ser trabalhada sob o viés de interlocução com disciplinas variadas, que permitam
entender o corpo em sua complexidade, ou seja, sob uma abordagem biológica, antropológica, sociológica,
psicológica, filosófica e política, justamente por sua constituição interdisciplinar.
O papel da Educação Física é transcorrer o senso comum e desmistificar formas arraigadas e
equivocadas em relação às diversas práticas e manifestações corporais.
Nesse sentido, a disciplina prioriza a constituição do conhecimento sistematizado como oportunidade
de re-elaboração de ideias e práticas, que por meio de ações pedagógicas, intensifiquem a compreensão do
aluno sobre a gama de conhecimento produzido pela humanidade e suas implicações para a vida. Assim
146
discutir sobre a diversidade cultural em termos corporais, com intuito de que os alunos possam respeitar as
diferenças identificadas, bem como se posicionar frente a elas de modo crítico e autônomo envolvendo tanto
o segmento que fazem parte do cotidiano do aluno como também aqueles que desconhecem, promovendo
assim a modificação das relações sociais.
Por meio dos Conteúdos Estruturante:s, é possível compreender a Educação Física como parte
integrante de uma totalidade, que se manifestam nas relações sociais, políticas, econômicas e culturais, ou
seja, a corporalidade, entendida como construção histórica social do corpo e cultura corporal. É por meio
dela, que derivam os conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino e de
aprendizagem no dia a dia escolar.
Devemos tratar o esporte nas aulas de educação física como um meio de evidenciar a discriminação
e a exclusão dos modelos competitivos de produção e trabalho. A sua utilização tem como objetivo a
compreensão de suas particularidades como condições técnicas, táticas e elementos específicos, além do
sentido de competição e de cultura de uma região. O esporte viabiliza oportunidades de reflexão sobre
preconceito, sexualidade, gênero, violência e competição, contexto histórico crítico social.
Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve se imitar ao fazer corporal, isto é,
ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas, destrezas motoras, táticas de jogo e regras.
Através da ginástica os alunos experimentarão as suas diversas formas de movimentos,
reconhecendo as suas possibilidades de representação. Por meio desses movimentos, eles poderão
experimentar e descobrir suas limitações e possibilidades de integração com o grupo, respeitando a
individualidade de cada um.
Nestas Diretrizes Curriculares, entende-se que a ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer
as possibilidades do seu corpo. O objeto de ensino desse conteúdo deve ser as diferentes formas de
representação das ginásticas.
A experimentação das danças nas aulas de Educação Física tem como objetivo o conhecimento dos
valores sociais, culturais, e pessoais atribuídos a elas. Os gestos de criação não poderão deixar que as
representações simbólicas das danças, específicas de cada modalidade, não percam o sentido. Ao trabalhar a
dança no espaço escolar, o professor deve trata-la de maneira especial, considerando a conteúdo responsável
por apresentar as possibilidades de superação dos limites e das diferenças corporais. A Dança é a
manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e suas expressões artísticas, estéticas,
sensuais, criativas e técnicas que se concretizam em diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e
regionais), danças folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras.
Os jogos devem ser abordados através do conhecimento da realidade da comunidade local e de cada
aluno. Esse tipo de conteúdo possibilita a construção e modificação de regras, dessa forma os conteúdos
poderão adaptar as brincadeiras e jogos de maneira que todos possam participar, criando assim, uma
consciência de integração. Por meio do jogo, é possível observar através dos papéis que cada aluno
desempenha na sua execução, as relações e o comportamento perante o grupo.
As lutas, assim como os demais conteúdos, devem ser abordados de maneira reflexiva, direcionada a
propósitos mais abrangentes do que somente desenvolver capacidades e potencialidades físicas. Dessa forma,
147
os alunos precisam perceber e vivenciar essa manifestação corporal de maneira crítica e consciente,
procurando sempre que possível, estabelecer relações com a sociedade em que vive a partir desse
conhecimento proporcionado na escola, o aluno pode, numa atitude autônoma, decidir pela sua prática ou
não fora do ambiente escolar.
A disciplina de Educação Física tem como objetivo priorizar a construção do conhecimento
sistematizado como oportunidade de re-elaboração de ideias e práticas que, por meio de ações pedagógicas
intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimento produzido pela humanidade e suas
implicações para a vida. Assim, discutir sobre a diversidade cultural em termos corporais, com o intuito de
que os alunos possam respeitar as diferenças identificadas, bem como se posicionarem frente a elas de modo
crítico e autônomo envolvendo tanto os segmentos que fazem parte do cotidiano do aluno como também
aqueles que desconhecem, promovendo assim a modificação das relações sociais.
Dentro de um projeto mais amplo de Educação do Estado do Paraná, entendesse a escola como uma
espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido
historicamente pela humanidade. Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura
Corporal, a Educação Física se insere nesse projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e a reflexão crítica
das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de
contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser crítico e reflexivo, reconhecendo-se como
sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultura.
CONTEÚDOS
6º ano
Conteúdo Estruturante:
Esporte
Conteúdo Básico:
Coletivo
Conteúdo Específico:
Futsal/Voleibol/Handebol/Basquetebol
Conteúdo Básico:
Individual
Conteúdo Específico:
Atletismo
Tênis de Mesa
Conteúdo Estruturante:
Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos e Brincadeiras Populares / Jogos de Tabuleiro
148
Conteúdo Específico:
Brincadeira Indígenas: Jogo de Gavião
Jogos de palito
Jogos de estafetas
Mãe-pega, Pular carniça
Jogos de Dama e Xadrez
Conteúdo Estruturante:
Dança
Conteúdo Básico:
Danças Folclóricas e Criativas
Conteúdo Específico:
Danças Afro-Brasileiras, Indígenas, Paranaenses
Elemento e Qualidade de Movimento
Conteúdo Estruturante:
Ginásticas
Conteúdo Básico:
Ginástica Circense
Conteúdo Estruturante:
Acrobacias, Alongamento (rolar, girar, equilibrar e outros)
Conteúdo Estruturante:
Luta
Conteúdo Básico:
Lutas de aproximação e Capoeira
Conteúdo Específico:
Judô e Karatê
Capoeira Regional e Angola
7º ano
Conteúdo Estruturante:
Esporte
Conteúdo Básico:
Coletivo
Conteúdo Específico:
Futsal/Voleibol/Handebol/Basquetebol
Conteúdo Básico:
Individual
Conteúdo Específico:
149
Atletismo
Tênis de Mesa
Conteúdo Estruturante:
Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras e cantigas de rodas
Jogos de Tabuleiro
Jogos Cooperativos
Conteúdo Específico:
Amarelinha, elástico, mãe pega, peteca
Adoletá, gato e rato, dança da cadeira
Dama, trilha, xadrez, resta um
Futpar, volençol
Conteúdo Estruturante:
Dança
Conteúdo Básico:
Danças Folclóricas
Danças de Rua
Danças Circulares
Danças criativas
Conteúdo Específico:
Quadrilha e samba
Hip-Hop
Sagradas
Atividades de Expressão corporal
Conteúdo Estruturante:
Ginásticas
Conteúdo Básico:
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
Conteúdo Específico:
Cordas, arcos, bolas
Malabares e acrobacias
Rolamentos
Conteúdo Estruturante:
Luta
150
Conteúdo Básico:
Lutas de aproximação e Capoeira
Conteúdo Específico:
Taekwondo, jiu-jtso
8º ano
Conteúdo Estruturante:
Esporte
Conteúdo Básico:
Coletivo
Conteúdo Específico:
Futsal/Voleibol/Handebol/Basquetebol
Conteúdo Básico:
Individual
Conteúdo Específico:
Atletismo
Tênis de Mesa
Conteúdo Estruturante:
Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos e Brincadeiras Populares
Jogos de Tabuleiro
Jogos Dramáticos
Jogos Cooperativos
Conteúdo Específico:
Stop, peteca, queimada
Xadrez, dama, trilha
Imitação e mímica
Cadeiras cooperativas e futpar
Conteúdo Estruturante:
Ginástica Geral
Conteúdo Básico:
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
Conteúdo Específico:
Cordas e bolas
151
Malabares, trapézio e acrobacias
Movimentos mímicos
Conteúdo Estruturante:
Lutas
Conteúdo Básico:
Lutas com Instrumento Mediador
Capoeira
Conteúdo Específico:
Esgrima
Angola e Regional
9º ano
Conteúdo Estruturante:
Esporte
Conteúdo Básico:
Coletivo
Conteúdo Especifico:
Futsal/Voleibol/Handebol/Basquetebol
Conteúdo Básico:
Individual
Conteúdo Especifica:
Tênis de mesa
Atletismo
Conteúdo Estruturante:
Jogos e brincadeiras
Conteúdos Básicos:
Jogos de Tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Conteúdos Específicos
Xadrez, dama, trilha, resta um
Mímica e imitação
Dança das cadeiras cooperativas
Conteúdo Estruturante:
Dança
Conteúdos Básicos:
Danças criativas e circulares
152
Conteúdo Específico
Elementos de movimentação (tempo e espaço)
Atividades de Expressão corporal
Folclóricas
Conteúdo Estruturante:
Ginástica
Conteúdo Básico:
Ginástica Rítmica e Geral
Conteúdos Específicos:
Origem da Ginástica e sua Evolução
Recursos ergogênicos (doping)
Cordas, arcos e bola
Conhecer os jogos e movimentos gimnicos.
Ensino Médio
Conteúdo Estruturante:
Esporte
Conteúdo Básico:
Coletivo
Conteúdo Específico
Futsal/Voleibol/Handebol/Basquetebol
Conteúdo Básico:
Individual
Conteúdo Específico
Tênis de mesa
Atletismo
Conteúdo Básico:
Radicais
Conteúdo Específico
Skate, Rapel, Wellee, MotoCross e outros
Conteúdo Estruturante:
Jogos e brincadeiras
Conteúdos Básicos:
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Conteúdos Específicos:
153
Xadrez, dama, trilha, resta um
Mímica e Imitação
Dança das cadeiras cooperativas, dinâmicas de cooperação
Competir ou cooperar: Eis a questão
Conteúdo Estruturante:
Dança
Conteúdo Básico:
Danças Folclóricas
Danças de Rua
Conteúdos Específicos:
Quadrilha, Samba de roda , frevo
Valsa, vanerão , forró, break
Elaboração de coreografias
Conteúdo Estruturante:
Ginástica
Conteúdo Básico:
Ginástica Artística Olímpica, Ginástica de Academia, Ginástica Geral
Conteúdo Específico:
Ginástica e o Mundo de trabalho (Laboral)
A evolução da Ginástica Olímpica (solo, fixa, paralelas)
Alongamentos, ginástica aeróbica , pular corda
Conteúdo Estruturante:
Lutas
Conteúdo Básico:
Lutas de aproximação
Lutas que mantêm a Distancia
Lutas com instrumentos mediador
Capoeira
Conteúdo Específicos:
Judô, sumo, jiu-jtso
Boxe, taekwondo, Karatê
Esgrima
Angola e Regional
Serão trabalhados durante o período letivo, atrelados aos conteúdos, à medida que surgirem
oportunidades, outras temáticas importantes conforme as legislações vigentes: História do Paraná (Lei nº
13.381/01); História e cultura agro-brasileira, africana e indígena (Lei nº 11.645/08); História e Cultura AfroBrasileira e Africana (Lei 10.639/03); Música (Lei nº 11.769/08); também outros temas como, prevenção ao
154
uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental; educação fiscal, enfrentamento à
violência contra a criança e o adolescente. Direito das Crianças e Adolescente Lei Federal nº 11.525/07;
Educação Tributária – Decreto nº 1143/99, Portaria nº 413/02; Educação Ambiental – Lei Federal nº
9795/99, Decreto nº 4201/02.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As atividades deverão ser propostas aos alunos e em um primeiro momento, o professor deverá
analisar o que os alunos sabem sobre o assunto (Conhecimento prévio) a fim de que os educandos, nas fases
posteriores do processo, apropriem-se de um conhecimento sistematizado e significativo para suas vidas. A
seguir, deve-se criar um ambiente de indagações, questionamentos sobre o assunto proposto levando em
consideração as exigências sociais; para então apresentar os instrumentos teóricos e práticos necessários para
recriar e transformar essa problematização. A Educação Física é a área que contribui para desenvolver no
educando o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades: afetiva,
física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na
busca do conhecimento e no exercício de cidadania. Deve dar oportunidade a todos para que desenvolvam
suas potencialidades de forma democrática e não seletiva.
De posse de suas primeiras informações e dos conhecimentos teóricos e práticos apresentado o
momento posterior é o de sistematização por parte dos educandos dos conteúdos e métodos da fase anterior,
é uma nova compreensão, mais elevada, mais consciente e bem estruturada do conteúdo apresentado
anteriormente. Para finalizar o processo pedagógico é necessário a transposição do teórico para o prático, a
modificação intelectual sobre as concepções dos conteúdos apresentados, nota-se nessa fase uma maior
clareza e compreensão da realidade. A perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que se propõe é o
desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social e da afirmação de valores e princípios
democráticos. Nesse sentido, busca garantir a todos a possibilidade de usufruir dos esportes, danças,
ginásticas, jogos, brincadeiras e lutas apontados como conteúdos estruturantes da disciplina de educação
física. O encaminhamento metodológico dos conteúdos será flexível, isto é, podendo ser alterado de acordo
com as necessidades e desenvolvimento dos educandos, conhecimento é transmitido e discutido com o aluno,
levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que os fatos estão inseridos.
Estaremos propiciando aulas com TV pendrive, laboratório de informática, data show, som e todo material
disponível da escola, assim como pátio, quadras, bolas, arcos, cordas e outros.
AVALIAÇÃO
A prática avaliativa nesta disciplina será um processo contínuo, permanente e cumulativo para aluno
e professor repensarem sua prática, revisando o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no
processo pedagógico, com o objetivo de replanejar e propor encaminhamentos.
155
A avaliação priorizará na prática pedagógica o conhecimento sistematizado, como oportunidade de
re-elaborar, idéias e atividades que ampliem a compreensão do educando sobre os saberes produzidos pela
humanidade e suas implicações para a vida. É preciso que eles reconheçam que a dimensão corporal é
resultado de experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se
efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer. Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão
corporal é resultado de experiências.
Como critério de avaliação será observado o comprometimento e envolvimento dos alunos no
processo pedagógico: Participação das atividades teóricas e práticas respeitando as regras, a organização, os
colegas e o professor, com responsabilidade, interesse e pontualidade. Interação com seus colegas sem
estigmatizar ou discriminar por razões físicas, sociais, culturais ou de gênero; Estabelecimento de algumas
relações entre a prática de atividade corporal e a melhora da saúde individual e coletiva. Capacidade de
criação e resolução de situações problemas e apreensão das diversas manifestações da cultura corporal,
identificando suas possibilidades de lazer e aprendizagem. A avaliação se caracteriza, nesta proposta, como
elemento integrador entre aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de construção de
conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de atuações que tenha função de diagnosticar, de
perceber o domínio dos conteúdos, de superar as dificuldades através da realimentação dos conteúdos e de
apreciar criticamente o próprio trabalho. Para o aluno é um instrumento de tomada de consciência das suas
conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.
Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo,
permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB no 9394/96, em que o professor organizará e
reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos
e brincadeiras, a dança e a luta.
A avaliação, desta forma, partirá do resgate de experiências e sistematizações realizadas durante o
processo de aprendizagem, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de
(re) planejar e propor encaminhamentos. Se buscará conhecer as experiências individuais e coletivas
advindas das diferentes realidades dos alunos, problematizando-as de diversas formas, como: diálogo em
grupos, dinâmicas, jogos, dentre outras, para numa outra etapa, propor atividades correspondentes à
apreensão do conhecimento e finalmente, reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado, utilizando-se de
diferentes recursos, como por exemplo: escrita, desenho, debate, expressão corporal, etc. Desta forma, a
avaliação passa a ser pensada dentro do processo ensino/aprendizagem da escola, como algo contínuo,
permanente e cumulativo.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999.
______. Lei nº 11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
156
______. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
______. Lei nº 11.769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
______. Diretrizes do campo. SEED, 2006.
FREIRE, João Batista. Educação como Prática Corporal - 2004.
Metodologia da Educação Física. Coletivo de Autores – São Paulo: Cortez, 1992.
PARANÁ. O Estado do. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Educação Física para o Ensino
Médio. Curitiba, PR: SEED, 2008.
______. O Estado do. Livro Didático Público de Educação Física para o Ensino Médio. Curitiba, PR:
SEED, 2006.
______. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e
Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. Caderno Temático:
Educando para as relações Étnico-Racionais II. Curitiba: SEED, 2008.
______. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Departamento da Educação
Básica. Diretrizes Curriculares Orientadora da Educação Básica. Ciências. Curitiba, 2008. Conforme
Resolução nº 1986/2011 – GS/SEED, Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica.
TEIXEIRA, Hudson Ventura. Educação Física e Desportos: 1996.
157
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Histórico da disciplina de Ensino Religioso, pretende apresentar marcos importantes na
constituição deste componente curricular, tendo em vista a definição de diretrizes curriculares que orientem a
sua implementação nas escolas da rede pública estadual.
O Ensino Religioso era tradicionalmente, o ensino da Religião Católica Romana, Religião oficial do
Império conforme determinava a constituição de 1824. Após a proclamação da República o ensino passou a
ser laico, público, gratuito e obrigatório, rejeitando, portanto, a hegemonia católica que exercia até o
monopólio de ensino. A partir da constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser como disciplina na
escola pública.
O Ensino Religioso, embora de matrícula facultativa, cumpre parte importante na formação da
criança, pois, atualmente, em meio a tanta intolerância religiosa faz-se necessário estabelecer relações entre
culturas, espaços e diferenças como forma de incutir o respeito pela crença do outro.
Desenvolver a vivência do diálogo e do respeito às diferenças pessoais, culturais e religiosas em seu
social, através da identificação dessas diferenças e semelhanças a fim de firmar atitudes de paz,
compreensão, solidariedade e superação de toda forma de preconceito.
Reconhecer a importância dos ritos sociais, culturais e religiosos na vida das pessoas, bem como os
símbolos, os rituais e as espiritualidades das diferentes Tradições Religiosas que orientam a vivência da fé
dos adeptos, sua experiência e relação com Transcedente, desenvolvendo respeito pela experiência e
expressão religiosa das culturas afros do Brasil.
Identificar a diversidade cultural na realidade social e conhecer a origem histórica das diferenças
religiões, bem como um dado da cultura, situando-se nele e desenvolvendo o diálogo, o sentido da tolerância
e do convívio respeitoso das religiões africanas presentes no Brasil.
O Ensino Religioso na LDBN 9.394/96,no artigo 33, adota princípio de que o Ensino Religioso é
parte integrante essencial ma formação do ser humano, como pessoa e cidadão sendo de responsabilidade do
Estado a sua oferta na educação pública.
CULTURA AFRO–BRASILEIRA E AFRICANA E INDÍGENA
A inserção da Lei 10.639/03, História e Cultura afro–brasileira e Africana e a lei 11.643/08, História
e Cultura afro-brasileira e Indígena, nas Diretrizes Curriculares Nacionais, faz-se necessário para conhecer a
situação desses povos que aqui vivem e aprender a valoriza-los é para que isso aconteça é preciso trabalhar
desde as suas origens até a situação atual. Este tipo de abordagem leva os alunos a entenderem a
complexidade das origens da população brasileira como uma confluência de heranças que se
preservam,vencendo políticas explícitas de homogeneização cultural havidas no passado, resistindo,
recolocando-se, recriando-se, ativas em diferentes momentos da história.
158
A existência de cultura, tecnologia e modos de vida própria desses povos são pontos ainda obscuros
na história do Brasil, que está para ser contada: a história dos negros e dos índios. Como até então, essas
questões passaram em branco no ensino tradicional de História do Brasil e nos livros didáticos, agora,
justifica-se um tratamento à parte, propondo uma visão ampla sobre a trajetória dessas culturas e etnias,
como forma de resgatar a dignidade desses povos que também são partes integrantes e essenciais da nossa
própria história.
DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
O compromisso com a formação do cidadão ativo faz com que a escolarização assuma alguns
princípios básicos que, tradicionalmente não eram da sua área, até mesmo era tabu falar sobre determinados
assuntos, sexo, por exemplo, só de maneira conceitual, técnica, pois quem devia falar sobre isso era a
família; hoje, já não é possível ficar alheia à medida que a gravidez na adolescência aumenta a cada ano –
observada na própria escola –, a violência, as drogas já chegaram à escola, e em vista disso, abordagens
sobre indisciplina, meio ambiente, drogadição, saúde, ética entre outros devem ser discutidos à luz da
realidade, pois os temas sugeridos são fundamentais tanto para a própria formação do aluno quanto para a
sua atuação de modo crítico na sociedade, constituindo-se, pois, de conhecimentos sociais relevantes e
presentes no seu dia-a-dia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Entende-se por conteúdos estruturantes os saberes os conhecimentos de grande amplitude, conceitos
ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos a serem desenvolvidos como:
Paisagem Religiosa: Entende-se como Paisagem Religiosa o lugar ou espaço geográfico que
remetem as experiências do sagrado. O homem consagra certos espaços porque necessita viver e conviver,
ele precisa locomover-se num mundo sagrado, que possa a assumir significados diversos. Transformando-se
num lugar especialmente simbólico, que resulta das crenças existentes entre tradições religiosas.
Universo Simbólico Religioso: São linguagem que expressam sentidos, possuem função de
comunicar. Os símbolos também podem ser definidos como algo que veicula uma concepção, podendo ser
uma palavra, um som, um gesto, um ritual, uma obra, etc.
Os símbolos são parte essencial da vida humana, todo o ser humano se constitui, se constrói por meio
de inúmeras linguagens simbólicas.
Textos Sagrados: Eles abrangem as comunicações expressas nas pinturas de corpos, paredes, vitrais,
abordam diferentes formas de linguagens além daquelas escritas ou transmitidas pela forma oral, e escritas
entre outras.
159
BÁSICOS
6º ano
Organizações religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados orais ou escritos
Símbolos Religiosos
7º ano
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O encaminhamento metodológico para a disciplina de Ensino Religioso, mais do que planejar
formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de aula, pressupõe um constante repensar
das ações que subsidiam esse trabalho, pois uma abordagem nova de um conteúdo escolar leva,
inevitavelmente a novos métodos de investigação, análise e ensino.
Propõem-se um encaminhamento metodológico baseado na
aula dialogada, isto é, partir da
experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios para, em seguida, apresentar o conteúdo que
será trabalhado.
Frequentemente os conhecimentos prévios dos alunos são composto por uma visão de senso comum,
empírica, sincrética, na qual quase tudo, aparece como natural, como afirma Saviani (1991, p. 80). O
professor, por sua vez, deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre
Sagrado e seu papel sociocultural. Assim exercerá o papel de mediador entre os saberes que o aluno já
possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.
Num segundo momento didático propõe-se a problematização do conteúdo. Trata-se da
“identificação dos principais problemas postos pela prática social de detectar que questões precisam ser
resolvidas no âmbito da Prática Social e, em consequência, que conhecimento é necessário dominar”
(Saviani, 1991, 80). Essa etapa pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo à
vida do educando. É o momento da mobilização do aluno para a construção do conhecimento.
A abordagem teórica do conteúdo, por sua vez, pressupõe sua contextualização, pois o conhecimento
só faz sentido quando associados ao contexto histórico, político e social. Ou seja, estabelecem-se relações
entre o que ocorre na sociedade, o objeto de estudo da disciplina, nesse caso, o Sagrado, e os conteúdos
estruturantes. A interdisciplinariedade é fundamental para efetivar a contextualização do conteúdo, pois
articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a
especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso.
160
Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito faz-se necessário abordar cada
expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso.
É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do educando, razão pela
qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do
Sagrado e da diversidade sociocultural.
Portanto para a efetividade do processo pedagógico na disciplina de Ensino Religioso, propõe-se que
seja destacado o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das diferentes culturas, nas quais
se firmam o sagrado e suas expressões coletivas.
Os Conteúdos Básicos devem ser tratados sob a ótica dos três Conteúdos Estruturantes.
A linguagem utilizada deve ser a científica e não a religiosa a fim de superar as tradicionais aulas de
religião.
É vedada toda e qualquer forma de proselitismo e doutrinação, entendendo que os conteúdos do
Ensino Religioso devem ser trabalhados enquanto conhecimento da diversidade sócio-político e cultural.
AVALIAÇÃO
Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário definir os instrumentos e estabelecer os critérios que explicitem o quanto o aluno se apropriou do conteúdo específico da disciplina e foi
capaz de relacioná-lo com as outras disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática
pedagógica, fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui para a
transformação social.
A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em diferentes situações de
ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem ser tomadas como amplos critérios de avaliação
no Ensino Religioso:
· o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da
sua?
· o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
· o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade
de cada grupo social?
· o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações
do sagrado?
A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso.
Cabe, então, ao professor implementar práticas avaliativas e construir instrumentos de avaliação que permi tam acompanhar e registrar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno em articulação com a in tencionalidade do ensino explicitada nos planos de trabalho docente. O que se busca, em última instância,
com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a compre ensão das manifestações do sagrado pelos alunos.
161
Diante da sistematização dos resultados da avaliação, o professor terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, bem como para retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno. Terá também elementos indicativos dos níveis de aprofundamento a serem adotados em
conteúdos que desenvolverá a posteriori e da possível necessidade de reorganização do trabalho com o objeto e os conteúdos estruturantes.
Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso, deve-se levar em conta as especificidades de oferta e freqüência dos alunos nesta disciplina que todo professor ao ministrá-la deve estar ciente, pois tal disciplina está em processo de implementação nas escolas e, por isso a avaliação pode contri buir para sua legitimação como componente curricular. Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos
que impliquem aprovação ou reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a identificação
dos progressos obtidos na disciplina. A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo, como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o sagra do, sua complexidade, pluralidade, amplitude e profundidade.
REFERÊNCIAS
BIACA, Valmir et al. O sagrado no ensino religioso/Valmir Biaca; Elson Oliveira Souza; Emerli Scholgl;
Sérgio Rogério Azevedo Junqueira [e] Sant' Ana, René Simionato. - Curitiba: SEED – Pr., 2006. - p. 136
(Cadernos pedagógicos do ensino fundamental, v. 8).
BRASIL. Lei nº 9.795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999.
______. Lei nº 11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
______. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
______. Lei nº 11.769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
ELIADE, Mircea. Tratado de história das religiões
MARCHON Bent ; KIEFFER, Jean François. As grandes religiões do mundo.
PARANÁ. Diretrizes curriculares Orientadoras do Ensino Religioso para o Ensino Fundamental.
Secretaria de Educação de estado da educação. Curitiba. 2008.
______. Educação ambiental na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos temáticos
dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
162
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______Lei nº 13.381/01, . Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede pública estadual de
ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
163
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a sua origem na Grécia
antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o pensamento de Platão e
as teorias dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e
o papel da retórica no ensino.
A história do ensino da Filosofia, no Brasil e no mundo, tem apresentado inúmeras possibilidades
de abordagem, dentre as quais destacam-se, segundo Ferrater Mora (2001):
•
a divisão cronológica linear: Filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia Renascentista, Filosofia
Moderna e Filosofia Contemporânea, etc.;
•
a divisão geográfica: Filosofia Ocidental, Africana, Filosofia Oriental, Filosofia Latino-Americana,
dentre outras, etc.;
•
a divisão por conteúdos: Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética, Filosofia da
Ciência,
Ontologia,
Metafísica, Lógica, Filosofia da Linguagem, Filosofia da História, Epistemologia,
Filosofia da Arte, etc.
Ao conceber o ensino de Filosofia por meio de conteúdos estruturantes, estas Diretrizes não
excluem, outrossim, absorvem as divisões cronológicas e geográficas, opta-se, portanto, pelo trabalho
com conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que se constituíram ao longo da
história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes e que, tendo em vista
o estudante do Ensino Médio, ganham especial sentido e significado político, social e educacional.
Desta forma, não se trata de abandonar a história da Filosofia, pois a
opção por conteúdos
estruturantes compreende também o trabalho com os textos clássicos dos filósofos. Trata-se de garantir que o
ensino
de
filosofia não
perca algumas características essenciais da disciplina, como por exemplo, a
capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa com o presente.
As experiências com abordagem estritamente cronológica e linear não costumam favorecer esse
necessário diálogo. Ainda, importa destacar que os currículos dos cursos de graduação em Filosofia que
trabalham com a disciplina História da Filosofia não se restringem a essa abordagem.
A obrigatoriedade da Filosofia no Ensino Médio tem o objetivo de ajudar o aluno, agora adolescente,
a estimular a elaboração do pensamento abstrato. Se a condição do amadurecimento é a conquista da
autonomia no pensar e no agir, a condição de cidadão implica desde cedo um olhar crítico sobre si mesmo e
sobre o mundo.
Toda e qualquer atividade futura do indivíduo precisa de reflexão filosófica, pois como já disse
Gramsci “todos os homens são filosóficos”, mesmo que não saibam disso. O indivíduo torna–se filósofo
quando interroga o mundo buscando compreendê-lo, a fim de transformá-lo. Portanto, a filosofia procura
compreender, apropriar-se da realidade, para ir além da explicação, da descrição, para buscar o sentido, os
fundamentos, as raízes.
164
Dessa forma, para alcançar o sentido de totalidade, é preciso compreender de maneira significativa, a
realidade atual e acompanhar o desdobramento da cultura humana no tempo histórico num pensar constante,
por isso se diz que filosofia não é a posse da verdade, mas a sua busca, sempre.
Iniciar crianças, adolescentes, jovens e até adultos na reflexão filosófica é cultivar o pensamento
capaz de fazer a necessária crítica aos significados orientadores da vida humana, assim como, despertar a
criatividade que promove transformações (tornando o mundo mais habitável). O estudo da filosofia
possibilita desenvolvimento e estilo próprio de pensamento, desta forma, a filosofia numa educação reflexiva
cuida do desenvolvimento do pensamento dos alunos, através dos conteúdos estruturantes ( mito e filosofia;
teoria do conhecimento; ética; filosofia política; estética; filosofia da ciência ) , ao mesmo tempo em que
cria um ambiente de trabalho coletivo de investigação levando a prática de atividades de respeito mútuo,
ouvir o outro, dialogar, trabalhar e interagir com o grupo, aprender a elaborar e seguir regras, etc. para poder
interagir na complexidade da sociedade contemporânea.
Então, cabe ao professor, desenvolver seu trabalho na perspectiva de que o aluno possa conhecer e
compreender os conteúdos estruturantes de forma crítica e construtiva, tendo como referência a contribuição
da disciplina durante o processo de escolarização ao longo de toda a educação básica, oferecendo aos
estudantes possibilidades de compreensão das complexidades do mundo contemporâneo com suas múltiplas
particularidades e especializações que se manifestam quase sempre de forma fragmentada. A explicação
racional se obtém ampliando o conhecimento e raciocinando sobre os princípios filosóficos, compreendendo
seu significado e os desdobramentos de cada um em nossa vida pessoal e social. A filosofia pode viabilizar
interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história,
das ciências e da arte, possibilitando o estudante a desenvolver estilo próprio de pensamento sendo um
espaço para análise e criação de conceitos.
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos Estruturantes são conhecimentos basilares de uma disciplina que se constituíram
historicamente em contextos e sociedades diferentes mas que neste momento ganham sentido e significado
político, social e educacional, tendo em vista o estudante do Ensino Médio.
Esta diretriz ao propor a organização do ensino de Filosofia por conteúdos estruturantes, objetiva
estimular o trabalho da mediação intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas
relações históricas, em oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia a experiência do conhecimento
e as ações dela resultantes.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Mitologia e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia
Política; Filosofia da Ciência; Estética.
165
MITO E MITOLOGIA
O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e cria explicações. Ao
criar explicações, cria pensamentos, processo em que estão presentes tanto o mito como a racionalidade.
Ou seja, a base mitológica, como pensamento por figuras, e a base racional, como pensamento por
conceitos, são constituintes do conhecimento filosófico. Esse
fato não pode deixar de ser considerado
porque, a partir dele, o homem desenvolve ideias, inventa sistemas, cria conceitos, elabora leis, códigos
e práticas.
A compreensão histórica de como surgiu o pensamento racional/conceitual entre os gregos foi
decisiva no desenvolvimento da cultura da civilização ocidental. Entender a conquista da autonomia
da racionalidade diante do mito, marca o advento de uma etapa fundamental do pensamento e do
desenvolvimento
de todas as concepções científicas produzidas ao longo da História. O conhecimento de
como isso se deu e quais foram as condições que permitiram a relação do pensamento mítico com
o
pensamento racional, elucida uma das questões fundamentais para a compreensão das grandes linhas de
força que dominam as nossas tradições culturais.
Dessa
forma,
é
importante
que o estudante do
Ensino Médio conheça o contexto histórico e político do surgimento da Filosofia e o que ele significou
para a cultura helênica.
Compreender a relação do pensamento mítico com o pensamento racional, no contexto grego, tornase pertinente para que o educando perceba que os mesmos conflitos vividos pelos gregos entre mito
e razão são
problemas
presentes ainda hoje em nossa sociedade. Por exemplo, ao deparar-se
elemento da crença mitológica, a ciência, para muitos, se
apresenta
como
neutra
e
com
o
esconde
sistematicamente seus interesses políticos e econômicos.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Mitologia e Filosofia: Saber místico; Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade do mito; O que
é Filosofia?.
Teoria do Conhecimento: Possibilidade do conhecimento; As formas de conhecimento; O problema da
verdade; A questão do método; Conhecimento e lógica.
Ética: Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e vontade; Liberdade: autonomia do
sujeito e a necessidade das normas.
Filosofia Política: Relações entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade política; Política e Ideologia;
Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou participativa.
Filosofia da Ciência: Concepções de ciência; A questão do método científico; Contribuições e limites da
ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética.
Estética: Natureza da arte; filosofia da arte; categorias estéticas -feio, belo, sublime, trágico, cômico,
grotesco, gosto, etc; Estética e sociedade.
166
Serão trabalhados durante o período letivo, atrelados aos conteúdos, à medida que surgirem
oportunidades, outras temáticas importantes conforme as legislações vigentes: História do Paraná (Lei nº
13.381/01); História e cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº 11.645/08); História e Cultura AfroBrasileira e Africana (Lei 10.639/03); Música (Lei nº 11.769/08); também outros temas como, prevenção ao
uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental; educação fiscal, enfrentamento à
violência contra a criança e o adolescente. Direito das Crianças e Adolescente Lei Federal nº 11.525/07;
Educação Tributária – Decreto nº 1143/99, Portaria nº 413/02; Educação Ambiental – Lei Federal nº
9795/99, Decreto nº 4201/02.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de filosofia distingue-se de qualquer outro tipo de ensino, pois é um ensino filosófico.
Talvez, mais importante que o conteúdo em si seja a postura que orientará a prática pedagógica do professor
de filosofia no dia-a-dia da sala de aula, trata-se de uma ruptura com as concepções do senso comum,
mostrando que a Filosofia começa com a problematização daquilo que parece óbvio no mundo cotidiano,
para isso o ensino se dará por meio da mobilização para aprendizagem, da problematização, da investigação
e da criação/recriação de conceitos, ajudando os jovens nesta sua busca natural, sem tirar a naturalidade e
espontaneidade do processo investigativo, para que isto resulte na produção de conhecimento com
significado e em bases racionais.
É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por atividades investigativas individuais
e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.
Ao articular vários elementos, o ensino de Filosofia pressupõe um planejamento que inclua leitura,
debate, produção de textos, entre outras estratégias, a fim de que a investigação seja fundamento do
processo de criação de conceitos.
Ao trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas significativos para estudantes do
Ensino Médio, é importante evitar a superficialidade e o reducionismo e possibilitar as mediações
necessárias para realizar o processo de ensino proposto nestas Diretrizes.
Nas práticas pedagógicas desta disciplina, serão trabalhados encaminhamentos metodológicos
próprios do conhecimento filosófico, com o uso de recursos audiovisuais, especialmente vídeos e filmes.
Filme:
Os filmes a serem trabalhados deverão ser entendidos como: texto, leitura, interpretação,
compreendendo linguagens próprias e apresentando:
•
Interesses do conteúdo;
•
Faixa etária;
•
Repertório cultural do aluno;
•
Discussão da ficha técnica do filme;
•
Elaboração de roteiro com aspectos fundamentados para o conteúdo de Filosofia;
167
•
Exibição do filme;
•
Discussão e articulação das temáticas contempladas com a teoria apresentada;
•
Sistematização através de produção de texto e/ou linguagem (visual, musical, literária);
Recursos tecnológicos são fundamentais na explicitação de determinados fenômenos, principalmente
de audiovisual como: TV pendrive, datashow, computador, retroprojetores, aparelho de DVD, dentre outros.
Cabe, portanto, ao professor estabelecer o uso de um recurso tecnológico em função do conteúdo a
ser ministrado e da realidade escolar.
Inserir os alunos com necessidades especiais na vida regular de ensino constitui o primeiro passo
para a jornada da inclusão. Formada a diversidade da população escolar, instala-se grande desafio: respeito
às diferenças individuais contidas em diversificados contextos escolares e múltiplas possibilidades de sala de
aula.
Conforme exposto no Projeto Político Pedagógico do Colégio, a inclusão de alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais na escola não consiste apenas na permanência física desses alunos junto
aos demais educandos, mas desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo
suas necessidades.
O respeito e a valorização da diversidade dos alunos exigem que a escola defina sua responsabilidade
no estabelecimento de relações que possibilitem a criação de espaços inclusivos, bem como procure superar
a produção de necessidades especiais: permitindo que os educandos tenham um transcurso contínuo e
progressivo no estabelecimento de ensino, com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem.
Para resolver as dificuldades de aprendizagens, o aluno será avaliado no contexto em que está
aprendendo, a fim de se introduzir mudanças e ajustes na resposta educativa que se fizerem necessários.
AVALIAÇÃO
Tendo a avaliação função diagnóstica, visa subsidiar e redimensionar a ação, respeitando o
estudante, suas posições e argumentações, avaliando sua capacidade de argumentação, identificando os
limites de suas ideias, apresentando disposição para rever suas posições, pressupondo: leitura, debate,
produção de textos, pesquisa, atividades investigativas e fixação.
Não se tem a finalidade de medir mas sim verificar a capacidade do aluno em trabalhar e criar
conceitos, de mudar o seu discurso ou mantê-lo mas com visões inovadoras , utilizando-se de uma linguagem
argumentativa e clara.
Sendo assim a avaliação consiste num processo e não um fim em si mesma, separada de forma
estática e objetiva.
Cabe então ao professor ser portador da capacidade de observar e orientar seus alunos de forma que
eles possam crescer e ampliar a visão de mundo. Na avaliação deve ser considerada a capacidade
desenvolvida pelo aluno em formular conceitos, buscar respostas, dialogar, portanto, o professor deve ser
flexível, não se pautando pelo senso comum. Neste processo desenvolve-se a capacidade de tanto professor
quanto aluno a realizar a auto-avaliação, instrumento valioso em todo processo de avaliação.
168
A avaliação se caracteriza, nesta proposta, como elemento integrador entre aprendizagem do aluno e
atuação do professor no processo de construção de conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de
atuações que tenha função de diagnosticar, de perceber o domínio dos conteúdos, de superar as dificuldades
através da realimentação dos conteúdos e de apreciar criticamente o próprio trabalho. Para o aluno é um
instrumento de tomada de consciência das suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização
de seu investimento na tarefa de aprender. Partindo-se desses critérios, a avaliação se caracterizará como um
processo contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB no 9394/96, em que o professor
organizará e reorganizará o seu trabalho.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999.
______. Lei nº 11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
______. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
______. Lei nº 11.769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Departamento da Educação
Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Filosofia. Curitiba, 2008. Conforme Resolução nº
1986/2011 – GS/SEED, Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica.
______. Educação ambiental na escola.. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos temáticos
dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO/Vários autores- Curitiba: SEED,2ª Edição.
www.diaadiaeducação.pr.gov.br.
169
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por isso, como
disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza entendida, segundo Menezes (2005), como
realidade material sensível, desta forma, a disciplina de Física tem como base o estudo e a descrição dos
fenômenos naturais, os componentes da matéria e suas interações mutuas.
Os conhecimentos que temos hoje sobre o mundo da física resultaram de um longo processo
histórico de experiências, descobertas acertos e erros. Na luta pela sobrevivência, o homem foi aprendendo a
conhecer e desvendar seus segredos.
Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade observa a natureza, na tentativa
de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as
primeiras sistematizações, com o interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas observadas nos céus.
Esses registros deram origem à astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo
dos movimentos.
Entretanto, apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos, como os árabes e os chineses, entre
outros, as pesquisas sobre a História da Física demonstram que, até o período do Renascimento, a maior
parte da ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de
Ptolomeu (150 d. C.) e à Física de Aristóteles (384-322 a. C.).
As explicações a respeito do Universo mudam, em cada época, de acordo com o que se conhece
sobre ele. Aristóteles, no século IV a. C., apresentou argumentos bastante convincentes para mostrar a forma
arredondada da Terra e desenvolveu uma Física para tentar compreender a nova visão de mundo terrestre. A
Física aristotélica nega o vácuo e foge da ideia de infinito, pois, na sua época, a existência de espaços vazios
de matéria era inconcebível, não era possível também conceber a inércia tal qual a conhecemos hoje. O
movimento retílineo e uniforme indefinidamente não era admissível num universo que era fechado e finito,
uma vez que uma reta não tem início nem fim.
As inconsistências e insuficiências dos modelos explicativos do Universo exigiram novos estudos
que produziram novos conhecimentos físicos. Tais estudos foram estimulados pelas mudanças econômicas,
políticas e culturais iniciadas no final do século XV com a ampliação da sociedade comercial. Esses
acontecimentos acentuaram-se ao longo dos séculos seguintes, levaram ao fim a sociedade medieval e
abriram caminho para a Revolução Industrial do século XVIII. Naquele contexto histórico, Galileu Galilei
(1562-1643) inaugurou a Física que conhecemos hoje. De suas observações pelo telescópio, desfez o sacrário
dos lugares naturais, da dicotomia entre terra e céu, entre mundo sub-lunar e supralunar e contribuiu para a
afirmação do sistema copernicano. O Universo deixaria de ser finito e o céu deixou de ser perfeito. O espaço
passou a ser mensurável, descrito em linguagem matemática.
Com sua mecânica e sua gravitação, Newton completou o que Galileu e Descartes não chegaram a
realizar que foi submeter o céu e a Terra às mesmas leis, a primeira grande unificação da física. Ele
170
identificou as quantidades transferidas em qualquer interação e percebeu que a soma destas quantidades se
mantém no sistema conjunto das partes que interagem, seja este o sistema solar ou um simples carrossel.
Descobriu, assim, o primeiro e talvez o mais universal conjunto de invariantes na física, as quantidades de
movimento, grandezas que se conservam sempre, mesmo em processos em que tudo parece estar mudado
(MENEZES, 2005, p. 19).
No passado, nossas únicas fontes de informações eram os sentidos e, por essa razão, os fenômenos
observados foram classificados de acordo com a maneira que eram percebidos.
A luz foi relacionada com a visão e desenrolou a ciência associada a ela, denominada Óptica. O som
foi relacionado com a audição e a Acústica se desenvolveu como uma ciência específica. O Calor esteve
relacionado com outra classe de sensação física e por muitos anos, o estudo do calor (termodinâmica) foi
outra parte da Física. O Movimento, evidentemente, denominada Mecânica, se desenvolveu mais
intensamente do que qualquer outro ramo da Física. Os movimentos dos planetas causados por suas
interações gravitacionais, assim como a queda livre dos corpos, foram satisfatoriamente explicado pelas leis
da mecânica. O eletromagnetismo, não esteve relacionado diretamente com nenhuma experiência sensorial –
apesar de ser responsável pela maioria delas.
Durante os anos a Física esteve dividida em poucas ciências ou ramos (chamadas clássicas):
mecânica, calor, som, óptica e eletromagnetismo, com muita pouca ou nenhuma conexão entre elas. Nos
últimos cem anos, um novo ramo, denominado Física Moderna se desenvolveu e estabeleceu relações com os
conhecimentos clássicos.
O trabalho de construção de conceitos Físicos valoriza as concepções espontâneas dos alunos,
partindo para elaboração de saberes mais sistematizados. A introdução de aspectos históricos do
desenvolvimento científico contribui para a ampliação da capacidade analítica do aluno, proporcionando uma
visão mais detalhada.
Entende-se que o ensino da Física deve enfatizar fenômenos físicos com redução da ênfase na
formulação Matemática, sem perder a consistência teórica, vendo a importância da compreensão da evolução
dos sistemas físicos, e suas aplicações na sociedade contemporânea.
Qualificando temas da Física Moderna, lembrando que a Física é uma ciência em processo de
construção. A Física tem como objetivo de estudo o universo, em toda a sua complexidade. Por isso a
disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da natureza que permite elaborar modelos de evolução
cósmica, investigar os mistérios do mundo microscópico das partículas que compõe a matéria, ao mesmo
tempo permite desenvolver novas fontes de energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje compõem os campos
de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar. Esses conteúdos fundamentam a
abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo que os estudantes compreenda o objeto de estudo e
o papel dessa disciplina no Ensino Médio.
171
Conteúdo Estruturante/Movimento
Conteúdos Básicos
Conservação de quantidade de movimento
Variação da quantidade de movimento
2° Lei de Newton
3° Lei de Newton e condições de equilíbrio
Energia e o Princípio da Conservação da
energia
Gravitação
Conteúdo Estruturante/Termodinâmica
Conteúdos Básicos
Leis da Termodinâmica:
Lei Zero da Termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Conteúdo Estruturante/Eletromagnetismo
Conteúdos Básicos
Carga, corrente elétrica, campo e ondas
eletromagnéticas
Força eletromagnética
Equações de Maxwell: Lei de Gauss para
eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère,
Lei de Gauss magnética e Lei de Faraday
A natureza da luz e suas propriedades.
Conteúdos Específicos
Repouso, Movimento e Referencial
Movimento Uniforme
Tipos de Movimento
Movimento Uniformemene Variado
Queda dos Corpos
Vetor
Movimento Circular
Princípio da Inércia
Princípio da Dinâmica
Princípio da Ação e Reação
Trabalho de uma força
Peso, Potência e Energia
Impulso de uma força
Conteúdos Específicos
Temperatura e Calor
Escalas Termométricas
Dilatação Térmica
Calorimetria
Quantidade de Calor, Calor Sensível, Calor Específico e
Capacidade térmica
Estudos dos Gases
Energia Interna
Trabalho de um Sistema
Ciclo de Carnot
Conteúdos Específicos
Eletrização de um Corpo
Processos de eletrização
Força Elétrica
Campo Elétrico
Magnetismo e eletricidade
Energia elétrica: produção e distribuição
Faraday e o fenômeno da indução eletromagnética
Reflexão da luz e refração da luz
Os conteúdos abordados nesta proposta têm como finalidade fazer com que o aluno compreenda que
a produção do conhecimento cientifico é parte da cultura humana, pois que, para ensinar uma teoria
científica, é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável
do pensar da ciência.
Toda a tecnologia tem grande importância no conhecimento de Física e faz parte do cotidiano do
aluno. Por isso, é importante buscar-se o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da
ciência e da tecnologia as diversas transformações culturais, sociais e econômicas. O ensino da história AfroBrasileira e Indígena, tem por objetivo reconhecer e valorizar a identidade histórica e cultural dos mesmos,
bem como a divulgar e produzir conhecimentos, atitudes, posturas e valores que preparem o cidadão para
uma vida de fraternidade e partilha entre todos sem as barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos e
esterótipos de discriminação, com intuito de preparar uma construção de críticas construtivas, e apontar
soluções para construção de relacionamentos positivos em relação às diversidades.
172
Essa proposta curricular tem como principio educativo a perspectiva do campo, uma vez que a
prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os conhecimentos e valores construídos
históricamente no campo. Assim a educação escolar estará vinculada organicamente a essa problemática, no
sentido de explicações de suas contradições, ao mesmo tempo, construindo um conhecimento com base nas
ciências, na história e na filosofia.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Compreender uma imensidade de fenômenos naturais, indispensável para a formação profissional, a
preparação para o vestibular, a compreensão e interpretação do mundo pelos sujeitos, também analisando
uma Ciência em transformação, cujo caráter provisório permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita
mudar conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.
O desenvolvimento dos conteúdos, seja qual for a metodologia escolhida, é importante que os
estudantes conhecem a respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa. E que professor e
estudantes compartilhem significados na busca da aprendizagem que ocorre quando novas informações
interagem com o conhecimento prévio do sujeito , simultaneamente, adicionam, diferenciam,
integram,modificam e enriquecem o saber já existente, inclusive com a possibilidade de substituí-lo.
A partir do conhecimento físico, o estudante deve ser capaz de perceber e aprender, em
outrasPROPOSTA PEDAGÓGICA circunstâncias semelhantes às trabalhadas em aula, para transformar a
nova informação em conhecimento.
AVALIAÇÃO
A Avaliação em Física deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados nas Diretrizes
Curriculares Orientadoras, ou seja, a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro teórico
da Física pelos estudantes. Isso pressupõe o acompanhamento constante do progresso do estudante quanto à
compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e culturais, da evolução das ideias em Física e da nãoneutralidade da ciência. Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para
que o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares, quanto para
o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo. Inicialmente, é preciso identificar os
conhecimentos dos estudantes, sejam eles espontâneos ou científicos, pois ambos interferem na
aprendizagem, no desenvolvimento dos trabalhos e nas possibilidades de revisão do planejamento
pedagógico. Considerar os alunos em sua individualidade e diversidade, condição indispensável para uma
prática pedagógica democrática e inclusiva, aceitar o aluno na sua singular condição intelectual, social,
cultural, significa entre outras coisas, dar espaço para que ele se faça ouvir, permitindo uma relação dialógica
com o aluno, sem preconceitos ou estereótipos.
Assim, a avaliação oferece subsídios para que o aluno quanto o professor acompanhem o processo de ensinoaprendizagem. Para o Professor, a avaliação deve ser vista como um ato educativo essencial para a condução
de um trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de todos e a escola pública o
espaço onde a educação democrática deve acontecer.
173
De acordo com a LDB a avaliação é contínua e cumulativa do desempenho do aluno, deve ter um
caráter diversificado tanto qualitativo quanto do ponto de vista instrumental.Quanto ao critérios de avaliação
em Física, deve-se verificar:
- A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem planejada;
- A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
- A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
- A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as teorias físicas sobre um
experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos da física.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
______ . Lei nº 9.795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências.
Brasília, 1999.
______. Lei 11.769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
______. Lei 11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica – Física/2008
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação do Campo/2010
Física Completa: Volume único; Ensino Médio/ Regina Azenha Bonjorno
Física, Volume único: Ensino Médio/Aurélio Gonçalves Filho, Carlos Toscano/ Scipione 2009
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da
rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná,
Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
______. Educação ambiental na escola.. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos temáticos
dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
174
______. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
175
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia tem como objeto de estudo o “Espaço Geográfico”, entendido como o espaço produzido
(LEFEBURE,1974) e apropriado pela sociedade, composta por objetos (naturais, culturais e técnicos) e
ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionadas (SANTOS, 1996). Desta
perspectiva os objetos geográficos são indissociáveis das ações humanas, mesmo sendo eles objetos naturais.
O espaço geográfico é dinâmico, não se apresenta pronto e acabado. É necessário que o aluno
compreenda essa dinamicidade do processo de construção do espaço.
A geografia fornece ao educando uma visão crítica e construtiva do seu espaço no âmbito social,
físico e histórico, passando a fazer parte do processo de mudança do mundo em que vive.
A geografia como outras ciências humanas dá ao aluno a possibilidade de pensar o homem por
inteiro em sua dimensão humana e social aberto ao novo com força para intervir na realidade da qual é
participante.
A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão
espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social. Portanto, a escola é um dos lugares que
produz, analisa e sistematiza conhecimentos subsidiando os alunos para que sejam capazes de interpretar
com olhar crítico o mundo que o cerca, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e
suas diferentes formas de abordagem.
As teorias críticas da geografia possibilitam um ensino geográfico com base na análise das relações
sócio-espaciais, nas diversas escalas geográficas, do local ao global, retornando ao local.
A cultura africana, afro-brasileira, indígena , a educação do campo ,Educação Ambiental e a
Geografia do Paraná são parte integrante dos conteúdos para que se conheça a diversidade cultural, bem
como suas influências marcantes na cultura brasileira e suas contribuições. Tendo sempre em vista o respeito
à diversidade cultural, racional, social e econômica. Estes termos seguem as Leis 10639/03 ,
11645/08,9795/99.
Conteúdos do Ensino Fundamental (conteúdos por série - estruturantes/básicos)
6º ano
Conteúdos Estruturantes:
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico.
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
176
Conteúdos Básicos:
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e de produção;
Formação, localização e exploração dos recursos naturais;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re) organização do espaço
geográfico;
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
Quadro natural do Paraná
7º ano
Conteúdos Estruturantes:
•Dimensão econômica do espaço geográfico.
•Dimensão política do espaço geográfico.
•Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
•Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos:
•Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;
•A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;
•As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
•As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
•A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial, indicadores e estatísticos da
população;
•Movimentos migratórios e suas motivações;
•O espaço rural e a modernização da agricultura;
•Os movimentos sociais, urbanos e rurais e a apropriação do espaço;
•A formação, o crescimento das cidades a dinâmica do espaço urbano e urbanização;
•A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico;
•A circulação de mão-de-obra das mercadorias e das informações.
•Quadro humano do Paraná
8º ano
Conteúdos Estruturantes:
•Dimensão econômica do espaço geográfico.
177
•Dimensão política do espaço geográfico.
•Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
•Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A formação, mobilidade das fronteiras e a re-organização dos territórios do continente americano;
A nova ordem mundial, os territórios supra-nacionais e o papel do Estado.
O comércio e suas implicações sócio-espaciais;
Circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e informações;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a re-organização do espaço geográfico;
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos;
Os movimentos migratórios e suas motivações;
A mobilidade populacional e as manifestações só-espaciais da diversidade cultural;
A formação, a localização e exploração dos recursos naturais.
O setor agrário do Paraná
9º ano
Conteúdos Estruturantes:
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico.
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos
•
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
•
A nova ordem mundial, os territórios supra-nacionais e o papel do Estado;
•
A revolução técnico-científico – informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
•
O comércio mundial e as implicações sócio-espaciais;
•
A formação, mobilidades da fronteiras e a reconfiguração territorial;
•
A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos;
•
As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
•
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
178
•
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a reorganização do espaço
geográfico;
•
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;
•
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações, na atual configuração territorial.
•
A Economia Paranaense.
•
Turismo no Paraná.
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes:
•
Dimensão econômica do espaço geográfico.
•
Dimensão política do espaço geográfico.
•
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
•
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos
•
A formação e a transformação das paisagens.
•
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
•
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.
•
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
•
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço de produção.
•
O espaço rural e a modernização da agricultura.
•
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
•
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
•
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
•
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
•
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.
•
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
•
Os movimentos migratórios e suas motivações.
•
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
•
O comércio e as implicações socioespaciais
•
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
•
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
•
A nova ordem mundial, os territórios supernacionais e o papel do Estado.
•
Geografia Física ,Humana e Econômica do Paraná.
•
Turismo no Paraná
179
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem em seus conteúdos específicos, os grandes
conceitos geográficos que somente inter-ligados tornam-se significativos e contribuem para a compreensão
do espaço Geográfico, onde, não são, desde sempre os mesmos conteúdos que constituem o campo de estudo
da Geografia, enquanto estes citados acima tiveram sua abordagem teórica reelaborada, em função das
transformações históricas que modificaram as relações sócio- espaciais em diferentes escalas geográficas.
Dos conteúdos estruturantes, derivam os conteúdos específicos, os quais devem ser abordados a
partir das relações entre poder, espaço-tempo e sociedade-natureza, pois essas relações estão perpassando os
mesmos, garantindo assim a totalidade da abordagem.
Considera-se que, ao concluir o Ensino Fundamental, o aluno terá noções geográficas sobre os
diferentes recortes territoriais do planeta. No Ensino Médio esses conhecimentos serão aprofundados em
abordagens que considerem o princípio de complexidade crescente, enfatizando um tratamento relacional dos
conteúdos, respeitando a crescente capacidade de abstração do aluno, agora adolescente e a consequente
possibilidade de formações conceituais mais amplas.
De acordo com a possibilidade e oportunidade do conteúdo, todas as disciplinas deverão abordar os
seguintes conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei 13381/01), História e Cultura Afro-brasileira,
Africana e Indígena (Lei 11645/08), Geografia do Paraná conforme Inst. Nº 04/05, constante na p. 50 das
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica, Música (Lei 11769/08), Prevenção ao uso de
Drogas, Sexualidade Humana; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o
Adolescente (Lei 11525/07), Educação Tributária (Dec. 1143/99 e Port 413/02), Educação Ambiental (Lei
9795/99). Também serão atendidas as especificidades da Educação do campo.
Tais legislações se encontram nas referências da primeira parte do PPP.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia de ensino adotada deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos
fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço
geográfico.Os conteúdos devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica ,interligados com a realidade
180
próxima e distante .O processo da apropriação se dá a partir da intervenção intencional próprio do ato
docente,considerando o conhecimento espacial prévio do aluno para relacioná-lo ao conhecimento científico
no sentido de superar o senso comum.A paisagem local e o espaço vivido são as referências para os
professores organizarem seu trabalho e, a partir daí, introduzirem os alunos nos espaços geográficos.
A construção do conhecimento acontecerá através da contextualização do conteúdo .Contextualizar o
conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida do aluno é principalmente situá-lo historicamente e
nas relações políticas,sociais,econômicas,culturais e em manifestações espaciais concretas ,nas diversas
escalas geográficas.
O aluno precisa aprender a dialogar com o espaço geográfico para compreender os diferentes
elementos desse espaço, e para isso o professor deve manter constante diálogo, debates, realizar experiências
e reflexões que estabeleçam relações entre as comunidades animais e vegetais que povoam a terra.
Os conhecimentos das diferentes culturas, é importante para o aluno entender o processo simultâneo
de mundialização e fragmentação em que vive a humanidade face às diversidades culturais utilizando a
internet, e–mail e a mídia de um modo geral como comunicação rápida para a compreensão desse mundo
tecnológico que se renova dia a dia, fazendo o aluno perceber que essa tecnologia já chegou ao campo, meio
em que vive, identificando os grandes avanços tecnológicos.
As atividades serão trabalhadas de forma crítica e dinâmica, e serão abordados e enfocados temas
do conteúdo estruturante de acordo com algumas metodologias como: Interpretação de texto; atividades
cartográficas; gráficos e tabelas e dados estatísticos (fazendo a leitura e atividades de cada recurso);
Uso de recursos áudio visuais – fotos, ilustrações, imagens, filmes, charges, reportagens, histórias em
quadrinhos, enfocando temas relevantes, aproveitando os recursos tecnológicos disponíveis na escola, como:
vídeo, DVD, aparelho de som, retroprojetor, etc.
Aula de campo – com atividades dirigidas de acordo com a pesquisa; fazer a visita in loco,
sistematizando a observação, descrição, relatos, registro de informações;
Pesquisas bibliográficas, com a exposição de cartazes, orais, individuais e/ou grupos;
Aulas expositivas e orais, utilizando-se livros didáticos, textos de apoio.
O trabalho da história e da cultura afro-brasileira e indígena e a Geografia do Paraná será trabalhada
de forma contextualizada e relacionada aos conteúdos da disciplina.
A educação ambiental será uma prática educativa integrada, contínua e permanente, no
desenvolvimento dos conteúdos desta disciplina.
Sendo nossa escola, uma Escola de Campo é importante trazer para o aluno a discussão entre o
“campo” e o “rural”. Somente após entender essas diferenças. é que o aluno poderá sentir-se inserido ao seu
espaço de vivência e consequentemente, valorizar seu modo de vida.
A Geografia do Paraná será trabalhada no sentido de valorizar nossa terra,nossa gente e nossa
cultura.
181
AVALIAÇÃO
Na avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos
e relaciona-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem.
Para a efetivação da avaliação utilizaremos instrumentos que terão como alguns pressupostos:
procedimentos atitudinais, a aquisição de conteúdos conceituais, observando pensamentos ou argumentos
lógicos; coerentes e críticos.
A avaliação será diagnóstica, somativa, contínua e gradativa, contemplando as diferentes práticas
pedagógicas. A proposta avaliativa será bem clara para os alunos, ou seja, será esclarecido previamente,
como eles serão avaliados.
A avaliação deve acompanhar a aprendizagem dos alunos e nortear o trabalho do professor. Ela
permite a melhoria do processo pedagógico quando se constitui numa ação reflexiva sobre o fazer
pedagógico gerando uma reflexão sobre a aprendizagem dos alunos, a metodologia do professor, a seleção
dos conteúdos, os objetivos estabelecidos levando se necessário ao redimensionamento do trabalho
pedagógico
.
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. SEED (Geografia)- 2008
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação do Campo- 2010
Geografia – De olho no mundo do trabalho - Hélio Carlos Garcia e Tito Marcio Garavelho
Geografia Geral – O espaço natural e sócio-econômico - Marcos de Amorim Coelho e Lygia Terra
Paraná – Aspectos da Geografia - José Mauro Palhares
______. Educação ambiental na escola.. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos temáticos
dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
Série Novo Ensino Médio - Lucia Marina e Tércio
182
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O conhecimento da História, atualmente, é considerado um campo importante por possibilitar aos
alunos adquirirem a capacidade de desenvolver um olhar critico e criterioso ao selecionarem e observarem
informações, conduzindo a uma maior compreensão acerca do mundo onde vivem. Para isso, o conteúdo
deverá ser apresentado enquanto reflexão, compreendendo a história como uma interpretação do passado, a
qual recebe influencias relativas à cultura, à temporalidade e a localidade dos grupos que escrevem a história.
Também deverá ser abordado o conceito de história como o conjunto das experiencias do ser humano no
decorrer do tempo, em diferentes espaços, incluindo as permanências e transformações vividas pelos grupos
humanos em sua atividade cotidiana. Essas reflexões deverão ser desenvolvidas e observadas à luz de
tendencias e reflexões da historiografia contemporânea, levando em consideração que a história constitui um
campo em eterna construção.
Alguns dos principais pressupostos que orientarão o saber histórico escolar a ser desenvolvido dentro
da disciplina de história consistem em possibilitar aos alunos:
•
desenvolverem e aperfeiçoarem a capacidade de dialogar e argumentar em diferentes situações;
•
perceberem que a história é um campo em constante construção;
•
valorizarem diferentes opiniões sobre um mesmo tema;
•
compreenderem e situarem grupos sociais que viveram em diferentes tempos e espaços;
•
reconhecerem-se como sujeitos históricos;
•
a formação de uma identidade pessoal e coletiva, local e nacional;
•
aprenderem a respeitar as diferentes culturas, localizadas em tempos e espaços distintos,
reconhecendo semelhanças e diferenças, permanências e descontinuidades.
Todos os pressupostos acima citados serão voltados às diferentes realidades e necessidades presentes
no Campo, conforme legislação e orientação especifica existente.
Ainda é importante ressaltar que dentro da disciplina de História a cultura afro-brasileira, africana,
História do Paraná, Indígena e os Desafios Contemporâneos conforme legislação vigente serão trabalhados
construindo um novo olhar sobre a História nacional, regional e local, ressaltando e valorizando a
contribuição de toda diversidade brasileira na constituição e consolidação da nação brasileira.
183
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL
6º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
A experiência humana no tempo.
•
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
•
As culturas locais e a cultura comum.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Introdução aos Estudos Históricos;
•
Das origens do Homem ao século XVI;
•
Diferentes trajetórias, diferentes culturas;
•
Povoamento da América;
•
A mulher nas sociedades indígenas no Brasil;
•
China e Índia;
•
Fenícios e Hebreus;
•
A civilização Grega e Romana;
•
O papel da mulher nas sociedades clássicas: grega e romana;
•
A crise do Império Romano.
7º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
As relações de propriedade;
•
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
•
A relação entre o campo e a cidade;
184
•
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Império Bizantino;
•
A formação do Feudalismo;
•
Expansão do mundo árabe;
•
O encontro entre dois mundos;
•
Espanhóis e Ingleses na América;
•
O Império ultramarino Português;
•
O nordeste colonial.
8º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
História das relações da humanidade com o trabalho.
•
O trabalho e a vida em sociedade.
•
O trabalho e as contradições da modernidade.
•
Os Trabalhadores e as conquistas de direito.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Napoleão Bonaparte no poder;
•
O império Napoleônico;
•
O Brasil sob as regras do pacto colonial;
•
A crise do antigo sistema colonial;
•
O Brasil se torna sede do reino português;
•
A independência do Brasil;
•
O Primeiro Reinado (1822-1831);
•
O fim do Primeiro Reinado;
•
Estados Unidos: a Guerra de Secessão;
•
O período regencial;
•
O Segundo reinado;
•
A expansão cafeeira no Brasil;
•
A abolição do tráfico negreiro no Brasil;
185
•
Os imigrantes no Brasil.
9º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
A constituição das instituições sociais.
•
A formação do Estado.
•
Sujeitos, Guerras e revoluções.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
A formação da República brasileira;
•
A Primeira Guerra Mundial;
•
A Revolução Russa;
•
A Crise do Capitalismo;
•
Segunda Guerra Mundial;
•
A Era Vargas;
•
O mundo bipolar;
•
Democracia e Ditadura no Brasil;
•
A nova ordem mundial.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO
1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Trabalho escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
•
Urbanização e industrialização.
186
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
O conceito de trabalho livre e explorado.
•
O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado escravo e servil
(teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas).
•
Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado.
•
O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo; as primeiras sociedades humanas, as
sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e africanas.
•
As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a comuna de Paris, os sovietes
russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos.
•
As cidades na História: cidades neolíticas,da antiguidade greco-romanas, da Europa medieval,précolombianas, africanas e asiáticas.
•
Urbanização e industrialização no Brasil, Urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais,
africanas e orientais.
•
Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo.
•
A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços.
•
Urbanização nos países em desenvolvimento: problemas sociais.
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
O estado e as relações de poder.
•
Os sujeitos, as revoltas e as guerras.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Os Estados teocráticos.
•
Os Estados na Antiguidade Clássica. O estado e a igreja Medieval.
•
A formação dos estados Nacionais.
•
As metrópoles europeias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão do capitalismo.
•
O Paraná no contexto da sua emancipação.
•
O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo e positivismo.
•
O nacionalismo nos Estados ocidentais.
•
O populismo e as ditaduras na América Latina.
187
•
Os sistemas capitalistas e socialistas.
•
Estados da América Latina e o neoliberalismo.
•
Jovens na sociedade globalizada: drogas e violência.
•
A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus neolíticos:
xamanismo, totens, animismo.
•
Os mitos e a arte greco-romana e a formação das grandes religiões: induísmo, budismo,
confucionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo.
•
Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista.
•
Reforma e Contra-Reforma: seus desdobramentos culturais.
•
O modernismo brasileiro.
•
Cultura e ideologia no governo Vargas.
•
Representações dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte brasileira.
•
As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e religiosas.
•
As manifestações populares.
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.
•
Cultura e religiosidade.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiras
e escravos.
•
Guerras e Revoltas na Antiguidade clássica: Grécia e Roma.
•
Relações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses, artesãos, mulheres,
hereges e doentes.
•
Relações de resistência na sociedade ocidental moderna.
•
As revoltas indígenas, africanas na América portuguesa.
•
Os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro.
•
As revoltas sociais na América portuguesa.
•
Perspectivas para os jovens do século XXI.
188
•
Movimentos Sociais Políticos e Culturais e as Guerras e Revoluções.
A diversidade cultural, a memória paranaense e demais temáticas obrigatórias por leis serão trabalhadas
no decorrer do ano letivo.
METODOLOGIA
A metodologia proposta por esta diretriz curricular tem como base a utilização dos conteúdos
estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e os temas selecionados pelos
professores e devem estar assegurados no projeto Político Pedagógico da Escola voltados sempre para a
realidade da escola do Campo. A Metodologia de História deve-se constituir do processo histórico das
diversas sociedades humanas, desde as comunidades primitivas e a sociedade atual globalizada.
Os conteúdos trabalhados tem como finalidade a formação do pensamento histórico do aluno; que
será construído e fundamentado em vários autores e suas respectivas interpretações, promovendo diferentes
problematizações fundamentadas em fontes diversas, e a consciência de uma contextualização social, política
e cultural em cada momento da história.
O uso de vestígios e fontes históricas favorece o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de
trabalho com documentos em sala de aula é desenvolver a autonomia intelectual adequada, que permite ao
aluno realizar análises críticas da sociedade por meio de uma consciência (BITTENCOURT, 2004). É
indispensável ir além dos documentos escritos, trabalhado com iconográficos, os registros orais, os
testemunhos da história local, além de documentos contemporâneos como fotografia, cinema, quadrinha,
literatura e informática. Os alunos devem entender esses documentos para superar as meras ilustrações das
aulas de História, possibilitando a valorização e preservação do documento escrito, dos lugares e das
memórias (museus, biblioteca, entre outras).
O livro didático deve ser utilizado e problematizado junto aos alunos, de modo que se identifique
seus limites e possibilidades. Mas é necessário a busca de outras referencias que complementam o conteúdo
trabalhado. O trabalho pedagógico com diversos documentos, exige que o professor esteja atento à rica
produção historiográfica existente, inclusive no meio onde o aluno está inserido.
Sendo nosso Colégio localizado no campo, o estudo das histórias locais se faz necessário para
enriquecer e inovar a relação dos conteúdos abordados, permitindo a investigação da região onde os alunos
vivem. É muito importante problematizar o conteúdo, construindo um diálogo entre o presente e o futuro,
levantando hipóteses e recorrendo a fatos históricos que partirão do cotidiano dos alunos valorizando a
história de cada um e da comunidade.
Para enriquecimento das aulas, o uso da biblioteca e dos materiais didáticos, tecnológicos tais como:
DVD, TV, CD, filmes, retroprojetores, computador, etc., sob a orientação do professor é de fundamental
importância.
189
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter caráter diagnostico, possibilitando a construção de um conhecimento histórico
conjunto entre educando e educadores e evidenciando a necessidade de um crescimento gradativo em relação
à compreensão da história como um processo dinâmico. Os alunos devem adquirir e aperfeiçoar a capacidade
de estabelecer relações entre diferentes contextos históricos, demonstrando visão crítica e respeito pela
diversidade cultural.
O desenvolvimento do conhecimento histórico exige um posicionamento por meio do qual os alunos
devem ser confrontados com as suas certezas, observando que os diferentes grupos sociais, os hábitos e
costumes relativos ao trabalho, ao lazer, à família e ao próprio conhecimento foram socialmente e
historicamente formados e representados. Para chegar a essas reflexões, diferentes metodologias de avaliação
podem ser utilizadas, como sínteses, atividades de registro, reflexões interpretativas e argumentativas,
questões que completem o estabelecimento de relações entre diferentes temporalidades e a realidade no qual
o aluno esta inserido.
Na avaliação o objetivo é que os alunos estabeleçam relações entre a sua vivencia cotidiana, os
principais acontecimentos do mundo contemporâneo e os acontecimentos históricos abordados dentro dos
conteúdos trabalhados. A avaliação deve contribuir para compreensão das dificuldades de aprendizagem dos
alunos e também para reflexão da prática pedagógica, com vista às mudanças necessárias para que a
aprendizagem se efetive.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF, 2004.
_______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna
obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina
história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
_______. Lei nº 9.795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999.
_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil.
Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e
para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de
Políticas de Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade. 2004.
_______. Lei 11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
_______. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
190
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
_______. Lei 11.769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
______. Resolução CNE/CEB nº. 1, de 3 de abril de 2002. Institui Diretrizes Operacionais para a
Educação Básica nas Escolas do Campo. Brasília, 2002. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=12992:diretrizes-para-a-educacao-basica&catid=323:orgaosvinculados>. Acesso em 16 de abr. 2010.
______. Resolução CNE/CEB nº. 2, de 28 de abril de 2008. Estabelece Diretrizes complementares,Normas
e Princípios para o Desenvolvimento de Políticas Públicas de Atendimento da Educação Básica do Campo.
Brasília,2008.Disponívelem<http://www.portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=12992:diretrizes-para-a-educacao-basica&catid=323:orgaosvinculados >. Acesso em 16 de abr. 2010.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica – Educação do Campo. Curitiba:
SEED/SUED., 2010.
______. Diretrizes Curriculares Orientadoras de História para o Ensino Fundamental. Curitiba:
Secretaria de Estado da Educação e Superintendência da Educação, 2008.
______. Diretrizes Curriculares Orientadoras de História para o Ensino Médio. Curitiba: Secretaria de
Estado da Educação e Superintendência da Educação, 2008.
______. Educação ambiental na escola.. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos temáticos
dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede
pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n.
6134, 18 dez. 2001.
191
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na Educação Básica brasileira,
e confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura
compreensiva e produção de textos apresentada pelos alunos – segundo os resultados de avaliações em larga
escala e, mesmo, de pesquisas acadêmicas – as Diretrizes Curriculares Orientadoras Estaduais de Língua
Portuguesa requerem, neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às práticas de ensino;
seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de
alternativas.
Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta que dá ênfase à língua viva, dialógica, em
constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal ênfase traduz-se na adoção das
práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico. Este aspecto será mais amplamente
explicitado quando se abordar o Conteúdo Estruturante da disciplina.
Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho com a Língua deve
considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja
trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os
multiletramentos6, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos
estudantes.
É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas sociais que utilizem a
leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola
desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no
âmbito de uma sociedade letrada.
Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola pública em uma sociedade
cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa, marcando, assim, suas vozes no
contexto em que estiverem inseridos.
O estudo dos conhecimentos linguísticos, deve propiciar ao aluno a reflexão sobre as normas de uso
das unidades da língua, de como elas são combinadas para produzirem determinados efeitos de sentido,
profundamente vinculados a contextos e adequados às finalidades pretendidas no ato da linguagem.
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas
sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor;
Reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um
posicionamento diante deles;
192
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os
interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;
Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos
linguístico-discursivos;
Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade
estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e
compreensão de processos discursivos,proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos
diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.
CONTEÚDOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Durante muito tempo, o ensino de Língua Portuguesa foi ministrado por meio de conteúdos
legitimados no âmbito de uma classe social dominante e pela tradição acadêmica/escolar. Esses conteúdos,
entretanto, não conseguiram universalizar o domínio das práticas linguísticas, notadamente as referentes à
norma padrão, que constitui a norma legitimada e prestigiada no contexto da sociedade brasileira. Na
tentativa de mudar esse quadro, no Brasil, na década de 1980, algumas pesquisas na área da linguística foram
realizadas e apresentaram abordagens pedagógicas pautando-se na concepção interacionista de linguagem
para o ensino/aprendizagem de Língua Materna.
Entende-se por Conteúdo Estruturante, em todas as disciplinas, o conjunto de saberes e
conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar. A partir dele,
advêm os conteúdos a serem trabalhados no dia-a-dia da sala de aula. A seleção do Conteúdo Estruturante
está relacionada com o momento histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a
concepção de linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o
Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso como prática social.
No processo de ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto maior o contato com a
linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de entender o texto, seus sentidos, suas
intenções e visões de mundo. A ação pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na
interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita, bem
como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Desse modo, sugere-se um trabalho
pedagógico que priorize as práticas sociais. Tradicionalmente, a escola tem agido como se a escrita fosse a
língua, ou como se todos os que nela ingressam falassem da mesma forma. No ambiente escolar, a
racionalidade se exercita com a escrita, de modo que a oralidade, em alguns contextos educacionais, não é
muito valorizada; entretanto, é rica e permite muitas possibilidades de trabalho a serem pautadas em
situações reais de uso da fala e na produção de discursos nos quais o aluno se constitui como sujeito do
processo interativo.
193
CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos são os conteúdos fundamentais para cada série da etapa final do Ensino
Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos
estudantes nas diversas disciplinas da educação básica. A lei 10.639/03, que trata da História e Cultura AfroBrasileira e Africana e a Lei 11.645/08, referente à História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena), serão
trabalhadas das seguintes formas: análise e reflexão de textos, confecção de poemas, pesquisas sobre os
escritores e outros.
6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto
Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
194
Informatividade;
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
LEITURA
Tema do texto;
195
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Aceitabilidade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Informações explícitas e implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Ambiguidade;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
196
Semântica.
8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos
como aspas, travessão, negrito;
Semântica: Operadores argumentativos; Ambiguidade; Sentido conotativo e denotativo das palavras no
texto; Expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
197
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos
como aspas, travessão, negrito;
Concordância verbal e nominal;
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; sentido conotativo e
denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
198
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade Intencionalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso ideológico presente no texto;;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos
como aspas, travessão, negrito;
Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que
denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos
como aspas, travessão, negrito, etc.;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
199
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia.
ORALIDADE
Conteúdo temático ;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ENSINO MÉDIO
GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
Conteúdos trabalhados e retomados em todas as Séries do Ensino Médio.
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto ;
Intencionalidade;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
200
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos
como aspas, travessão, negrito;
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Intencionalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
201
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores de Língua
Portuguesa e Literatura, têm o papel de promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da
leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus
próprios pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a outras significações que
permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas
de linguagem imprescindíveis ao convívio social. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o
aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade.
No que diz respeito à prática de oralidade, no dia-a-dia da maioria das pessoas, a fala é a prática
discursiva mais utilizada. Nesse sentido, as atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar
com fluência em situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto,
intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a
convivência democrática que supõe o falar e o ouvir. Ao contrário do que se julga, a prática oral realiza-se
por meio de operações linguísticas complexas, relacionadas a recursos expressivos como a entonação.
Com relação ao exercício da escrita, de acordo com as Diretrizes, leva em conta a relação entre o uso
e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros
discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no
mundo. Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc.. inicialmente, essa prática requer
que tanto o professor quanto o aluno planejem o que será produzido: é o momento de ampliar as leituras
sobre a temática proposta; ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor compreender
a esfera social em que este circula; delimitar o tema da produção; definir o objetivo e a intenção com que
escreverá; prever os possíveis interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular; organizar as
idéias;
No trabalho com a leitura vemos que ela é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse
contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas
formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu
conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.
202
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais - jornalística,
artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. No
processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como:
fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente
nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos de acordo com as Diretrizes.
Será abordado também o método recepcional para leitura que reflete sobre o fenômeno literário sob a
ótica do leitor como elemento atuante no processo de construção de sentidos. Este método enfoca a
importância do receptor do texto literário e as variadas formas omo ele interpreta a obra. Enfatiza a ruptura
dos horizontes de expectativas através da articulação entre o familiar e o novo, entre o próximo e o distante
no tempo e no espaço. É eminentemente social, pois pensa o sujeito em constante interação com os demais.
O método recepcional é dividido em cinco etapas sendo elas: determinação do horizonte de expectativas;
atendimento do horizonte de expectativas; ruptura do horizonte de expectativas; questionamento do
horizonte de expectativas e ampliação do horizonte de expectativas.
É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de apelo, demonstrando a eles
que não é qualquer interpretação que cabe à literatura, mas aquelas que o texto permite. As marcas
linguísticas devem ser consideradas na leitura literária; elas também asseguram que as estruturas de apelo
sejam respeitadas. Agindo assim, o professor estará oportunizando ao aluno a ampliação do horizonte de
expectativa.
AVALIAÇÃO
Dentro da Lei n. 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), tem destaque a
chamada avaliação formativa (capítulo II, artigo 24, inciso V, item a: “avaliação contínua e cumulativa do
desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao
longo do período sobre os de eventuais provas finais”).
A oralidade verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele
mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de
vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como:
noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo
em vista o resultado esperado.
Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a compreensão do texto lido,
o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e consequência entre as partes do
texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e
humor em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o argumento
principal, entre outros.
Tendo em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do
texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc.
203
O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam
avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como produto
final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa
ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo textuais, verificando: a
adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a
elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados continuamente em
termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de
uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
Para que as propostas das Diretrizes Curriculares Orientadoras de Língua Portuguesa e Literatura se
efetivem na sala de aula, é imprescindível a participação pró-ativa do professor. Engajado com as questões
de seu tempo, tal professor respeitará as diferenças e promoverá uma ação pedagógica de qualidade a todos
os alunos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF, 2004.
_______. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
_______. Lei nº 9795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999.
_______. Lei 11769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
_______. Lei 11525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil.
Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e
para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de
Políticas de Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade. 2004.
_______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna
obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina
história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
204
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da
rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná,
Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica:
Língua Portuguesa. Curitiba, 2009.
______. Educação ambiental na escola.. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos temáticos
dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
205
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM/INGLÊS
APRESENTAÇÃO
No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está vinculado à organização social e histórica do país.
No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às comunidades indígenas com o propósito de
dominação e expansão do catolicismo. De 1581 a 1640, período em que se estabeleceu a União Ibérica, os
jesuítas foram considerados pelos espanhóis um entrave para as demarcações territoriais, o que culminou
com a expulsão da Ordem dos territórios portugueses na América. A partir de 1759, foi constituído o ensino
régio no Brasil, o qual era garantido pelo Estado. A língua estrangeira oferecida continuava sendo o latim e
os professores contratados eram não-religiosos.
O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da família real ao Brasil e
abertura dos portos ao comércio. Os currículos passaram a oferecer o Inglês e Francês visando o intercâmbio
comercial. Em 1837, foi fundado o Colégio Pedro II que se tornou modelo por quase um século, as línguas
ensinadas ali eram o francês, o inglês e o alemão. De 1929 a 1931, a língua italiana também foi ofertada
neste colégio.
A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da escrita e da gramática, durou
desde a educação jesuítica até o advento da Reforma Francisco Campos, a qual instituiu o Método Direto.
Neste, a língua materna perdia a função de mediadora no processo de aprendizagem, o professor se
comunicava exclusivamente em língua estrangeira durante as aulas.
No governo Vargas (1937), o francês apresentava pouca vantagem em relação ao inglês. O espanhol
começou a ser ensinado em detrimento ao alemão, o italiano e o japonês por motivo da 2ª Guerra Mundial, e
o latim permaneceu como língua clássica. A língua espanhola foi valorizada como língua estrangeira porque
representava um modelo de patriotismo a ser seguido pelos estudantes e o respeito do povo espanhol às suas
tradições.
Com o tempo, o ensino de língua inglesa foi fortalecido e se deu pela dependência econômica e cultural do
Brasil em relação aos Estados Unidos. O inglês teve garantia curricular por ser o idioma mais utilizado no
comércio internacional.
Após a Segunda Guerra, a partir de 1950, a educação no Brasil passou a direcionar o foco para a
profissionalização do estudante, visando, sobretudo, o desenvolvimento econômico do país. Com a
promulgação da LDB nº 4024, em 1961, os estados ficaram desobrigados a manter nos currículos o ensino de
LE. Este, por sua vez, ficou ainda mais desprestigiado com a ascensão dos militares ao comando do Brasil.
Os militares alegavam que as línguas estrangeiras eram prejudiciais à cultura brasileira e ainda, que a escola
não deveria ser porta de entrada de meios anticulturais. Em 1976, o ensino de LE voltou a ser prestigiado e
obrigatório no 2° grau e recomendado no 1º grau. Porém, uma condição gerou insatisfação ao quadro de
professores: o número de aulas ficou reduzido a uma aula semanal.
No Paraná houve movimentos de professores insatisfeitos com o modelo de currículo para LE e
dessa insatisfação surgiu o Centro de Línguas Estrangeira no Colégio Estadual do Paraná. Com a
206
mobilização de professores organizados em associações, a Secretaria de Estado da Educação oficializou a
criação dos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEMs) em 1986.
Baseada em dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e consequentemente sua
língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve
incorrer as três práticas essenciais ao processo de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e
oralidade. No entanto, é preciso que esse processo supere, segundo as Diretrizes, “a visão de ensino apenas
como meio para atingir fins comunicativos que restringem sua aprendizagem como experiência de
identificação social e cultural” (DCE, 2009, p. 53) e sim ofereça possibilidades para que o aluno perceba e
compreenda a diversidade cultural e linguística presente na aprendizagem da língua e, consequentemente
construa significados em relação ao mundo em que vive.
Dessa forma, o objetivo do ensino de língua estrangeira deixa de ser apenas o linguístico e passa a
ser um caminho para que o aluno:
• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• vivencie, na aula de Inglês, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações
individuais e coletivas;
• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de
transformação na prática social;
• tenha maior consciência sobre o papel da Língua Inglesa na sociedade;
• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o
desenvolvimento cultural do país.
Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o trabalho pedagógico com a Língua
Inglesa, com o objetivo de levar o educando à “apropriação crítica e histórica do conhecimento como
instrumento de compreensão das relações sociais e para transformação da realidade.” (DCE, 2009, p. 52)
CONTEÚDOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Os conteúdos estruturantes se constituem através da história, são
legitimados socialmente e, por isso, são provisórios e processuais, está relacionado co o momento históricosocial. Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se um
conteúdo que atendesse a esta perspectiva. Desta forma, define-se como conteúdo estruturante da Língua
Estrangeira Moderna o Discurso como prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS: Os conteúdos básicos são os conteúdos fundamentais para cada série da etapa
final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a formação
conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da educação básica. A lei 10.639/03, que trata da História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana e a Lei 11.645/08, referente à História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena), serão trabalhadas à medida que surgirem oportunidades atreladas ao conteúdo da disciplina.
207
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
•Concordância Verbal/nominal.
208
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,repetição, recursos semânticos.
•
•7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
209
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
•Concordância Verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos.
8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
210
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
•Concordância Verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos.
9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
211
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
•Concordância Verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos.
212
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS
Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de acordo com a
Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade de
cada série.
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e Coerência;
• Marcadores do Discurso;
• Funções de classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Discurso direto e indireto
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
ESCRITA
• Tema do texto ;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
213
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Vozes verbais;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos( figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronúncia.
De acordo com a possibilidade e oportunidade do conteúdo, todas as disciplinas deverão abordar os
seguintes conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei 13381/01), História e Cultura Afro-brasileira,
Africana e Indígena (Lei 11645/08), Geografia do Paraná conforme Inst. Nº 04/05, constante na p. 50 das
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica, Música (Lei 11769/08), Prevenção ao uso de
Drogas, Sexualidade Humana; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente
(Lei 11525/07), Educação Tributária (Dec. 1143/99 e Port. 413/02), Educação Ambiental (Lei 9795/99).
Também serão atendidas as especificidades da Educação do Campo.
214
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo as Diretrizes Orientadoras, a Língua Inglesa tem como conteúdo estruturante o discurso
enquanto prática social, sendo assim o professor deverá embasar as práticas de leitura, oralidade e escrita nos
mais diversos gêneros textuais, verbais e não-verbais. Esse trabalho utilizará atividades diversificadas, que
priorizem o entendimento da função e estrutura do texto em questão, para só depois trabalhar os aspectos
gramaticais que o compõem. Assim, o ensino deixará “de priorizar a gramática para trabalhar com o texto,
sem, no entanto, abandoná-la.” (DCE, 2009, p. 63)
No que diz respeito à prática de oralidade, o professor deverá expor os alunos a textos orais e/ou
escritos com o intuito de levá-los a expressar ideias em Língua Inglesa, mesmo que com limitações, e ainda
possibilitar que exercitem sons e pronúncias desta língua. Com esse intuito, o professor pode direcionar
debates orais, seminários, dramatizações, júri simulado, declamações, entrevistas, etc.
Com relação à escrita, deverão ser apresentadas atividades de produção de texto que assumam papel
significativo para o aluno. Para que isso ocorra, o professor precisará esclarecer qual o objetivo da produção,
para quem se escreve, quais as situações reais de uso do gênero textual em questão, ou seja, qualquer
produção deve ter sempre um objetivo claro, pré-determinado.
No trabalho com a leitura, as atividades desenvolvidas devem possibilitar ao aluno um novo modo de
ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela compreensiva, linear, para trazer-lhe um “novo modo de ver
a realidade” (DCE, 2009, p. 66).
É importante ressaltar que os trabalhos com os aspectos gramaticais não serão abandonados, no
entanto passarão a ser visto pela ótica da analise lingüística, que não considera a gramática fora do texto. Em
seu trabalho com as práticas discursivas descritas acima o professor fará uso de livros didáticos e
paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas, internet, DVD, CD, TV multimídia, jogos, etc
que servirão para ampliar o contato e a interação com a língua e a cultura.
Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão trabalhados ainda
temas como cultura afro-brasileira, cultura indígena, sexualidade, drogas, meio-ambiente entre outros que
possibilitem o estímulo do pensamento crítico do aluno.
AVALIAÇÃO
Avaliar, no dicionário Aurélio, significa: determinar a valia ou o valor de; apreciar ou estimar o
merecimento de; fazer a apreciação; ajuizar. Avaliar implica em apreciação e valoração. No entanto, a
avaliação escolar está inserida em um amplo processo, o processo de ensino/aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada aos fundamentos
teóricos explicitados nestas Diretrizes Oreintadoras e na LDB n. 9394/96.
Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino e de
aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão
do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.
215
Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2009, p. 69), para que a avaliação assuma “o seu verdadeiro
papel, ela deve subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples
instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Assim, o processo avaliativo deverá servir para
reflexão acerca dos avanços e dificuldades dos alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do
professor, que poderá, a partir dele, identificar “identificar as dificuldades, planejar e propor outros
encaminhamentos que busquem superálas.” (DCE, 2009, p. 71)
Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação do aluno, sua interação verbal, o
uso que este faz da língua durante as atividades propostas, bem como a capacidade que ele demonstra para
levantar hipóteses a respeito da organização textual, para perceber a intencionalidade do texto e seu autor,
etc. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somatória e cumulativa.
Ainda, ao avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os objetivos propostos
no Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola e serão utilizados os seguintes instrumentos:
provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), produção de textos orais e escritos que
demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática. A recuperação para o aluno que não atingir
resultado satisfatório se dará por meio de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse
processo será feita conforme o previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de
avaliação.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF, 2004.
_______. Lei nº 9.394/96, In:BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília:
MEC, 1996. PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e
médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do
Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
_______. Lei nº 9.795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999.
_______. Lei nº. 10.639/03, Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes
curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afrobrasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.
______. Lei nº 11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
______. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
216
______. Lei nº 11.769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação
Básica: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2009.
PARANÁ. Educação ambiental na escola.. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Lei nº 13.381, Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede pública estadual de
ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez.
2001.
217
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Há registros que 2000 a.C já usufruíam cálculos matemáticos que hoje estão classificados com
álgebra elementar (comparar formas, tamanhos, quantidades). Esse seria o nascimento da Matemática.
Foi com a civilização Grega que regras, princípios lógicos começaram a ser registrados e também
surgiram as preocupações iniciais da matemática no ensino e na formação das pessoas.
Um século depois a matemática entrou no contexto educacional e já se tinha uma matemática mais
abstrata, assim veio acontecendo à sistematização das matemáticas estáticas, e desenvolveram: a aritmética, a
geometria, a álgebra e a trigonometria.
Baseada em práticas pedagógicas no séc. V a.C os sofistas tinham objetivo de formar o homem
político e suas metodologias, uma educação intelectual e científica.
No século IV a II a.C a educação foi de forma clássica e enciclopédica. Ensino baseado na
memorização e repetição.
No século V d.C o ensino teve caráter religioso – cálculos para entender o calendário litúrgico.
No século VIII e IX o ensino passa por mudanças e surgem escolas e a organização dos sistemas de
ensino.
Com o avanço das atividades comerciais e industriais aconteceram novas descobertas na matemática
e seu ensino foi, influenciado para atividades práticas e experimentais.
No século XVI aconteceu um processo científico e econômico e a matemática servia para preparar os
jovens para o exercício de atividades de comércio, arquitetura, música, geografia, astronomia, arte de
navegação e outros.
No século XVIII – a educação desempenhou um papel para comprovação e resultados – lei
quantitativa – conceito de função do cálculo.
Dessa maneira, a Educação Matemática necessita de profissionais que estabeleçam uma postura
teórico-metodológica. E seja questionador frente às concepções pedagógicas historicamente difundidas.
O objeto de estudo da Educação Matemática ainda se encontra em processo de construção, pode-se
dizer que ele está centrado na prática pedagógica da Matemática e engloba as relações entre o ensino e a
aprendizagem e o conhecimento matemático, e envolve o estudo de processos que investigam como o
estudante compreende e se apropria da própria Matemática concebida como um conjunto de resultados,
métodos, procedimentos, algoritmos, etc. Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento
matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como
cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são
apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do aluno.
Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes análises, discussões,
conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Aprende-se Matemática não somente por sua
218
beleza ou pela consistência de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento
e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.
A disciplina de matemática tem como objetivos gerais:
Desenvolver o campo da investigação matemática e a produção do conhecimento, com relevância a
história da matemática.
Associar o conhecimento matemático com outras áreas do conhecimento.
Desenvolver um pensamento reflexivo que lhe permita a elaboração de conjecturas, a descoberta de
soluções e a capacidade de concluir (resolução de problemas).
Relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do individuo e suas manifestações culturais e
relações de produção e trabalho (etno matemática).
Formular, resolver e elaborar expressões que valham não apenas para uma solução particular, mas
que também sirvam, posteriormente, como suporte para outras aplicações e teorias (modelagem matemática).
Ampliar suas possibilidades de observação e investigação através das mídias tecnológicas.
Proporcionar a formação integral do aluno para que este possa ser capaz de interagir com autonomia
nas suas relações sociais.
Permitir a todos os acessos dos conhecimentos matemáticos, presentes em qualquer situação da
realidade, como condição necessária para participarem e interferirem na sociedade em que vivem.
Propiciar o conhecimento de forma que compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine
claramente e comunique as ideias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos
com segurança.
PROPOSTA DE CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS.
6º ANO
CONTGEÚDO ESTRUTURANTE: NÚMEROS E ÁLGEBRA
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Sistemas de numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e divisores;
Potenciação e radiciação;
Números fracionários;
Números decimais.
219
AVALIAÇÃO:
Conheça os diferentes sistemas de numeração;
Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos;
Realize operações com números naturais;
Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolva (as) operações com números
naturais;
Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto;
Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;
Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa;
Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e geométricos.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GRANDEZAS E MEDIDAS.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Medidas de comprimento;
Medidas de massa;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de tempo;
Medidas de ângulos;
Sistema monetário.
AVALIAÇÃO:
Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;
Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;
Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;
Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas;
Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;
Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos;
Reconheça e classifique ângulos (retos agudos e obtusos);
Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais;
Calcule a área de uma superfície usando unidades de medidas de superfície padronizada.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GEOMETRIA.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Geometria Plana;
Geometria Espacial.
220
AVALIAÇÃO:
Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi- reta e segmento de reta;
Conceitue e classifique polígonos;
Identifique corpos redondos;
Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes
figuras planas;
Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;
Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Dados, tabelas e gráficos;
Porcentagem.
AVALIAÇÃO:
Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura
desses recursos nas diversas formas em que se apresentam;
Resolva situações-problema que envolva porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e
fracionária.
7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: NÚMEROS E ÁLGEBRA
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Números Inteiros;
Números Racionais;
Equação e Inequação do 1º grau;
Razão e proporção;
Regra de três simples.
AVALIAÇÃO:
Reconheça números inteiros em diferentes contextos;
Realize operações com números inteiros;
Reconheça números racionais em diferentes contextos;
Realize operações com números racionais;
221
Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;
Compreenda o conceito de incógnita;
Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas;
Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção
como uma igualdade entre duas razões;
Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;
Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GRANDEZAS E MEDIDAS:
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Medidas de temperatura;
Medidas de ângulos.
AVALIAÇÃO:
Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos;
Compreenda o conceito de ângulo;
Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GEOMETRIA
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometrias não-euclidianas.
AVALIAÇÃO:
Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;
Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade,
curvas e conjuntos abertos e fechados.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
CONTEÚDOS BÁSICOS
Pesquisa Estatística;
Média Aritmética;
Moda e mediana;
Juros simples.
222
AVALIAÇÃO:
Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas;
Leia, interprete, construa e analise gráficos;
Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos;
Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: NÚMEROS E ÁLGEBRA
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Números Racionais e Irracionais;
Sistemas de Equações do 1º grau;
Potências;
Monômios e Polinômios;
Produtos Notáveis.
AVALIAÇÃO:
Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;
Reconheça números irracionais em diferentes contextos;
Realize operações com números irracionais;
Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial;
Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;
Opere com sistema de equações do 1º grau;
Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;
Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GRANDEZAS E MEDIDAS.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Medidas de comprimento;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de ângulos.
AVALIAÇÃO:
Calcule o comprimento da circunferência;
Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo;
223
Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal;
Realize cálculo de área e volume de poliedros.
CONTREÚDO ESTRUTURANTE: GEOMETRIA.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometrias não euclidianas.
AVALIAÇÃO:
Reconheça triângulos semelhantes;
Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares;
Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano;
Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa
e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos;
Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO.
CONTREÚDOS BÁSICOS:
Gráfico e Informação;
População e amostra.
AVALIAÇÃO:
Interprete e represente dados em diferentes gráficos;
Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.
9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: NÚMEROS E ÁLGEBRA.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Números Reais;
Propriedades dos radicais;
Equação do 2º grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações Irracionais;
224
Equações Biquadradas;
Regra de Três Composta.
AVALIAÇÃO:
Opere com expoentes fracionários;
Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua
simplificação;
Extraia uma raiz usando fatoração;
Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos;
Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos;
Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;
Identifique e resolva equações irracionais;
Resolva equações biquadradas através das equações do 2º grau;
Utilize a regra de três compostas em situações problemas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GRANDEZAS E MEDIDAS.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
Trigonometria no Triângulo Retângulo.
AVALIAÇÃO:
Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;
Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo;
Realize cálculo da superfície e volume de poliedros.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: FUNÇÕES.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Noção intuitiva de Função Afim.
Noção intuitiva de Função Quadrática.
AVALIAÇÃO:
Expresse a dependência de uma variável em relação à outra;
Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da
função;
Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;
225
Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação
ao sinal da função;
Analise graficamente as funções afins;
Analise graficamente as funções quadráticas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GEOMETRIA
CONTEUDOS BÁSICOS:
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometrias não euclidianas.
AVALIAÇÃO:
Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles;
Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problemas;
Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;
Aplique o Teorema de Tales em situações problemas;
Noções básicas de geometria projetiva;
Realize Cálculo da superfície e volume de poliedros.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Noções de Análise Combinatória;
Noções de Probabilidade;
Estatística;
Juros Compostos.
AVALIAÇÃO:
Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolva contagens, aplicando o
princípio multiplicativo;
Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;
Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;
Resolva situações-problema que envolva cálculos de juros compostos.
226
PROPOSTA DE CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA ENSINO MÉDIO.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: NÚMEROS E ÁLGEBRA.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Números reais;
Números complexos;
Sistemas lineares;
Matrizes e determinantes;
Polinômios;
Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
AVALIAÇÃO:
Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos;
Compreenda os números complexos e suas operações;
Conceitue e interprete matrizes e suas operações;
Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de
determinantes;
Identifique e realize operações com polinômios;
Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as exponenciais, logarítmicas e
modulares.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GRANDEZAS E MEDIDAS
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Medidas de Área;
Medidas de Volume;
Medidas de Grandezas Vetoriais;
Medidas de Informática;
Medidas de Energia;
Trigonometria.
AVALIAÇÃO:
Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes
grandezas e compreenda as relações matemáticas existentes nas suas unidades;
Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos
227
desconhecidos.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: FUNÇÕES:
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Função Afim;
Função Quadrática;
Função Polinomial;
Função Exponencial;
Função Logarítmica;
Função Trigonométrica;
Função Modular;
Progressão Aritmética;
Progressão Geométrica.
AVALIAÇÃO:
Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as;
Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema;
Realize análise gráfica de diferentes funções;
Reconheçam, nas sequencias numéricas, particularidades que remetam ao conceito das
progressões aritméticas e geométricas;
Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequencia numérica.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE: GEOMETRIAS
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometrias não-euclidianas.
AVALIAÇÃO:
Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;
Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria Analítica;
Perceba a necessidade das geometrias não-euclidianas para a compreensão de conceitos geométricos, quando
analisados em planos diferentes do plano de Euclides;
Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço das teorias científicas;
Articule idéias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;
Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal.
228
CONTEUDO ESTRUTURANTE: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Análise Combinatória;
Binômio de Newton;
Estudo das probabilidades;
Estatística;
Matemática Financeira.
AVALIAÇÃO:
Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos;
Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;
Compreenda a idéia de probabilidade;
Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas;
Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade humana;
Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra para a
representação gráfica e vice-versa.
Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 - História e Cultura Afrobrasileira e Africana, Lei 11645/08 – História Cultura Afro- Brasileira e Indígena.
No Ensino Fundamental e Médio, de acordo com a Lei 10.639/03, referente à História e Cultura
Afro-brasileira e Africana serão trabalhadas as seguintes atividades:
Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por cor, renda e escolaridade no país
e no município.
Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país.
Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à população negra.
Dessa forma, serão inseridos temas relacionados à História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena
através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como
sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status
de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, lei 11.645/03/08 que integra a
História e Cultura afro-brasileira e Indígena ao Currículo de Ensino Fundamental e Médio.
Essa proposta curricular tem como princípio educativo a perspectiva do campo, uma vez que a
prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os conhecimentos e valores construídos
historicamente no campo. Assim a educação escolar estará vinculada diretamente a essa problemática, no
sentido de explicações de suas contradições, ao mesmo tempo, construindo um conhecimento com base nas
ciências, na história e na filosofia.
229
METODOLOGIA:
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da Educação
Matemática que fundamentam a prática docente, das quais destacamos:
Resolução de Problemas;
Modelagem Matemática;
Mídias Tecnológicas;
Etno Matemática;
História da Matemática;
Investigações Matemáticas.
Resolução de problemas:
Possibilita aos estudantes compreender os argumentos matemáticos e ajuda a vê-los com um
conhecimento passível de ser aprendido por todos os sujeitos presentes de ensino e da aprendizagem.
As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar informações, dados
importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um plano de resolução; executar o plano; conferir
resultados; estabelecer nova estratégia, se necessário, até chegar a uma solução aceitável (POLYA, 2006).
Etno matemática:
O papel da etno matemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o
conhecimento matemático.
Leva em conta que não existe um único, mas vários e distintos conhecimentos e todos são
importantes. As manifestações matemáticas são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais
diversas áreas que emergem dos ambientes culturais.
Modelagem Matemática:
A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações do cotidiano. Ao
mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura levantar problemas que
sugerem questionamentos sobre situações de vida. Consiste na arte de transformar problemas reais com os
problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real.
Mídias Tecnológicas:
Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet,
entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de
230
problemas. De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes conseguem desenvolver argumentos e
conjecturas resultados dessa experimentação. Enfim, esse trabalho insere formas diferenciadas de ensinar e
aprender e valorizar o processo de produção de conhecimento.
História da Matemática:
A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das
situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita
ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
Investigações Matemáticas:
Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de forma diferente do
que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é explicitado pelo professor,
porém o método de investigação deverá ser indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de
maneira que o aluno compreenda o significado de investigar. Assim, uma mesma situação apresentada
poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes grupos de alunos. E mais, se os grupos partirem de
pontos de investigações diferentes, com certeza obterá resultados também diferentes.
Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um matemático, não apenas porque é
solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que está
investigando. Assim, “as investigações matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos, procedimentos e
representações matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura testedemonstração” (PONTE; BROCARDO; OLIVEIRA, 2006, p.10).
AVALIAÇÃO:
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação sistemática para
diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu
conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestações escritas, orais e de demonstração, inclusive
por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e calculadora.
A avaliação deve ser contínua, formativa, diagnóstica, cumulativa, participativa e somativa, podendo
o professor utilizar-se dos seguintes instrumentos:
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção de
avaliação contínua e formativa.
Se a avaliação contínua e formativa visa à aprendizagem, a formação do aluno, então essa
continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem
na sala de aula.
231
INSTRUMENTO 1.
ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS.
A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que verifiquemos a compreensão dos
conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do aluno e também a questão de
interpretação matemática na resolução de problemas.
Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual apresentada em
aula, podendo aqui o professor fazer o uso do Livro Didático Público (Folhas), artigos científicos, etc. Entre
outros, são importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa etária do aluno. A escolha
criteriosa dos textos é relevante para não se perder o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a
reflexão e a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Neste contexto utilizaremos critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos dos alunos, de
forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina.
Ao avaliar a compreensão dos alunos devemos considerar:
- houve compreensão das idéias presentes no texto, transformou numa linguagem matemática e chegou à
resolução do problema;
- o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e sistematizou o conhecimento
matemático de forma adequada;
- foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
INSTRUMENTO 2
Projeto de pesquisa bibliográfica
O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-se numa consulta
bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato com o que já foi escrito ou pensado
sobre o tema que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno
precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente apenas o título da pesquisa.
O projeto de pesquisa bibliográfica demanda nosso papel de orientador. Isso requer que tenhamos
conhecimento do acervo da Biblioteca Escolar, tanto dos livros quanto periódicos ou outros materiais, para
podemos fazer indicações de leituras para nossos alunos. Além da Biblioteca Escolar, podemos e devemos
indicar artigos ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que nosso aluno tenha
subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto.
232
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno e
há necessidade do professor delimitar o objeto da pesquisa.
Na matemática, é importante entender a história da matemática no contexto da prática escolar, para
que os alunos compreendam a natureza Matemática e sua relevância na vida da humanidade.
Passos para uma consulta bibliográfica:
1. Contextualização:
Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço / temporal) no qual o
problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema.
2. Problema:
Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de forma clara, objetiva e
delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o problema.
3. Justificativa:
Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e professores
encontram-se inseridos.
4. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica
É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se aos
textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.
Critérios de avaliação:
Para avaliarmos analisaremos os passos da consulta bibliográfica, verificando se ocorreu
aprendizagem no que diz respeito ao conteúdo trabalhado.
INSTRUMENTO 3
PRODUÇÃO DE TEXTO.
As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e interativa da
linguagem e o processo inter-locutivo. Isso significa compreender que a linguagem – e, por conseguinte, os
textos – se constroem justamente nas práticas de linguagem que se concretizam nas atividades humanas.
Qualquer texto produzido (folhas, por exemplo), é sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido
num contexto dialógico.
233
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade, se escreve fora da
escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social determinada, conforme as práticas
vigentes na sociedade”.
Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos, biológicos e sociais,
constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas de mundo. Assim sendo, a modelagem
Matemática consiste na arte de transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los
interpretando suas soluções na linguagem do mundo real.
O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do estudante nos
problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, contribui para sua formação crítica.
Na prática da escrita, há três etapas articuladas:
Planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;
Escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;
Revisar, re estruturar e re-escrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida.
Critérios de avaliação:
Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção, criar um texto para que haja a interpretação
matemática.
Expressar as idéias com clareza (coerência e coesão);
Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou
informalidade, atendendo especificidades da disciplina;
Elaborar argumentos consistentes;
Produzir textos respeitando o conteúdo a ser trabalhado;
Estabelecer relações entre as partes do texto.
INSTRUMENTO 4
PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL.
A apresentação oral é uma atividade que nos possibilita avaliar a compreensão do aluno a respeito do
conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a investigação matemática; a organização e exposição das
idéias. Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma
palestra, logicamente adequada em questões como tempo de duração (Não se vai pedir a um aluno da
Educação Básica que pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as possibilidades de um
conteúdo).
Os critérios de avaliação que utilizaremos nessa atividade são:
Conhecimento do conteúdo;
Argumentos selecionados;
234
Adequação da linguagem para apresentação do conteúdo;
Sequencia lógica e clareza na apresentação;
Produção e uso de recursos;
INSTRUMENTO 5
Atividades Experimentais.
São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação, investigação. São
práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo (investigação
matemática).
Com as atividades experimentais levaremos em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição.
Não devemos, portanto, antecipar para o nosso aluno os resultados ou os próprios caminhos da observação,
uma vez que, na construção do conhecimento, o processo que ocorre é tão importante quanto o produto.
É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele conhecimento com o qual
nossos alunos estão envolvidos, entendemos que esta significação está diretamente relacionada a uma
discussão teórica consistente, muito mais do que com a sofisticação dos equipamentos.
A atividade experimental nos possibilita que avaliemos o aluno quanto à sua compreensão do
fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o
trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. Ressaltaremos que o uso adequado e conveniente
dos materiais, só poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas. Não
conseguiremos uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se estas atividades forem apenas
eventuais.
A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para que o aluno
compreenda o que vai fazer que recursos ira utilizar. O registro das hipóteses e dos passos seguidos no
procedimento são importantes para avaliarmos juntos as atividades.
Critérios de avaliação:
Quanto à sua compreensão do fenômeno investigado, do conceito a ser construído ou já construído, a
qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.
235
INSTRUMENTO 6
Projeto de Pesquisa de Campo.
O trabalho de campo é um método capaz de nos auxiliar na busca de novas alternativas para o
processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a construção de conhecimentos e para a
formação dos nossos alunos como agentes sociais. Silva (Texto Grupo de Estudos – 2º encontro) descreve o
trabalho de campo como: a revelação de novos conteúdos decorre da descoberta de que a observação
investigativa proporciona paralelamente à interpretação, à análise reflexiva e crítica que possibilita a
formulação de noções ou conceitos; a realização das ações, notadamente no trabalho docente, insere na
dimensão pedagógica como o ato de fazer, refutada a reprodução, e como ação compartilhada, refutado o
protagonismo exclusivo de nós, professores, (ou do livro didático) que coloca nosso aluno no papel de
protagonista da própria aprendizagem.
Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca de informações nos
lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência educacional insubstituível.
Encaminhamento que utilizaremos para a pesquisa de campo:
Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante como o específico, discutindo
com os alunos em sala de aula. É importante investigar os interesses dos alunos e suas expectativas;
Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente;
Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias, questionamentos ou problematização;
Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local;
Definir o material necessário para a pesquisa de campo;
Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar;
Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado, concluindo assim o trabalho
prático.
O projeto de pesquisa de campo nos possibilita avaliar o desempenho dos alunos durante todo o
processo, observando a adequação de seus procedimentos em relação ao tema da pesquisa e aos dados que se
quer coletar.
A conclusão do projeto ocorrerá na forma de relatórios, elaboração de croquis, produção de texto,
cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos avaliaram sua compreensão a respeito do
conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese.
Critérios de avaliação:
Avaliaremos analisando o encaminhamento da pesquisa de campo e analisando o conteúdo
matemático construído.
236
INSTRUMENTO 7
Relatório.
O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Os relatórios auxiliam
no aprimoramento da habilidade nesta área específica da comunicação escrita. É, também, um instrumento
de ensino, pois possibilita ao aluno a reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o
qual foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre outras.
O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como
esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.
Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades desenvolvidas durante
o processo de ensino e aprendizagem.
O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou procedimentos desenvolvidos, que
análises foram feitas e as quais resultados obtivemos.
São elementos do relatório:
1. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao relatório, apontando quais
são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos.
2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou atividade
desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para
que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore
a atividade.
3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados que foram obtidos.
Na análise podem constar os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do
relatório, o estudante pode utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos
resultados. São importantes, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos
realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão.
Considerações Finais: Neste item do relatório será possível observar se a atividade desenvolvida foi
significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o aluno vai apresentar os resultados obtidos de
forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai
possibilitar ao estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
Critérios de avaliação:
Avaliaremos analisando os elementos do relatório e o conteúdo matemático em pauta.
INSTRUMENTO 8
Seminário.
O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa, a leitura e a
interpretação de textos. Assim, os alunos podem analisar questões do EMEN, questões OBMEP, raciocínio
237
lógico, resolução de problemas, jogos, etc. Trata-se de uma discussão rica de idéias, onde cada um participa
questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados.
A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as explicações feitas em aula
cria, ainda, a possibilidade de colocar o aluno em contato direto com a atividade científica e engajá-lo na
pesquisa.
Segundo Frota Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados como se fossem aulas expositivas
dadas pelos alunos, onde relatam sobre assuntos estudados em livros. Os seminários devem trazer, também,
o relato de atividades realizadas pela equipe, tais como experimentos, observações, coleta de dados,
entrevista com especialistas, entre outros. Além disso, esta atividade permite que o aluno fale em público,
ordene as idéias para expô-las, ouça críticas debatendo-as, perca a inibição e fale aos colegas com seriedade.
Essa forma de avaliação em seminário merece atenção especial por nossa parte, pois podemos
cometer erros em relação aos alunos que têm dificuldade em se expressar. É importante que a avaliação do
seminário seja dividida em itens, com valores específicos para cada um deles. Entre algumas possibilidades,
é importante que avaliemos: a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; a
compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); a adequação da
linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos trazidos para enriquecer a apresentação; a
adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste à apresentação.
O aluno precisa saber como foi realizada essa avaliação, para que veja onde falhou e possa melhorar
em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os alunos na ocasião em que o seminário for
proposto.
Critérios de avaliação:
A consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas;
A compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados);
A adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa;
Os relatos trazidos para enriquecer a apresentação;
A adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste à apresentação.
INSTRUMENTO 9
DEBATE.
É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos tornarmos capazes de avaliar
nossos argumentos, por exemplo, em relação a novas regras de jogos conhecidos por outras culturas (etno
matemática), exercício de raciocínio lógico, entre outros. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a
participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética, a etno matemática e a qualidade do debate, os
participantes devem atender as seguintes normas, que se constituem em possíveis critérios de avaliação:
1. Aceitar a lógica da confrontação de posições e existem respostas diferentes;
238
2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;
3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;
4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;
5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares,
uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes;
6. Registrar, por escrito, as ideias surgidas no debate.
Além disso, o debate nos possibilita avaliar:
O uso adequado da língua portuguesa em situações formais, mesmo que para tratar um conteúdo matemático;
O conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
A compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.
INSTRUMENTO 10
Atividades com textos literários.
Ao utilizar textos literários como recursos de aprendizagem poderão, entre várias possibilidades,
enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido; apresentar o conteúdo no contexto de
outra linguagem; utilizá-lo como metáfora do que está sendo exposto.
O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha
do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios
de avaliação.
Na escolha do texto, devemos nos atentar para adequação do mesmo, tanto no que tange ao nível de
ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a linguagem utilizada.
Na elaboração da atividade, devemos considerar a especificidade da nossa disciplina, porém, vale
lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou expressos por meio de recursos artísticos tais
como colagens, charges, tirinhas, gravuras, etc.
A atividade com o texto literário possibilita avaliarmos:
A compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;
A articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido;
O reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.
INSTRUMENTO 11
Atividades a partir de recursos Audiovisuais.
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem enriquecer o
trabalho com os conteúdos das disciplinas.
O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a nossa pesquisa sobre
o recurso a ser levado para os alunos.
239
Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia
não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que
existe na escola. A didatização do conteúdo cabe a nós, professores.
As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilitam avaliar, entre outros critérios:
A compreensão e interpretação da linguagem utilizada;
A articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual;
O reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso;
INSTRUMENTO 12
TRABALHO EM GRUPO.
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de
proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem.
A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas envolvam o aluno,
seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de atitudes que promovam uma interação social; é
aquela em que as ações de um aluno o conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma
significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, nossas ações são as de um orientador que
acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as atividades.
Quando se considera que os alunos se aproximam do objeto de estudo de formas e com intensidades
diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta-se como ocasião de enriquecimento desta
aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo. Além disso, perguntas ou observações que muitos alunos
não colocam para nós, são socializadas no grupo.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais,
gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos
artísticos, filosóficos e científicos.
Nessas atividades, poderemos avaliar se cada aluno:
Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de
trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;
Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a
contemporaneidade e o seu cotidiano.
INSTRUMENTO 13
QUESTÕES DISCURSIVAS.
Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam verificar a qualidade da
interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva nos possibilita avaliar
o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos
conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que identifiquemos com maior clareza o
240
erro do aluno, para que possamos dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do
conhecimento.
Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características decorrem da
compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo abordado pela questão e de sua capacidade de análise e
síntese, uma vez que escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser
considerados:
Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta compreensão, é preciso
considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e
objetividade.
Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa foi adequada.
Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua
portuguesa.
Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.
Na elaboração destas questões devemos apresentar um enunciado de forma clara, com qualidade e
linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau de dificuldade e os critérios previamente
considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação.
INSTRUMENTO 14
QUESTÕES OBJETIVAS.
Este tipo de questão deverá ser utilizado como um componente da avaliação, nunca deve ser aplicado
como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal objetivo é a fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário
conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse
tipo de questão devemos definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas
a não cometer injustiças.
A questão objetiva possibilita avaliarmos a leitura compreensiva do enunciado; a apropriação de
alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de conhecimentos adquiridos.
Alguns critérios irão orientar as atividades avaliativas propostas. Essas práticas vão possibilitar
verificar se o aluno:
• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURI ASCO, 2004);
• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
• elabora um plano que possibilite a solução do problema;
• encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
• realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno será estimulado a:
• partir de situações-problema interna ou externas à matemática;
241
• pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas;
• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
• sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, generalizando, abstraindo e
desvinculando-o de todas as condições particulares;
• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;
• argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p. 29).
Devem-se considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de modo a
relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas de Matemática.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Lei nº 9.795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências.
Brasília, 1999.
______. Lei nº 11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
______. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
______. Lei nº 11.769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação do Campo, 2010.
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro, Avaliação – um
processo Intencional e Planejado
HISTORIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: EDUCANDO PARA AS RELAÇÕES
ÉTNICAS- RACIAIS – series cadernos temáticos.
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da
rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná,
Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
______. Educação ambiental na escola.. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos temáticos
dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
242
______. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da Educação - Diretrizes
Curriculares Orientadoras de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio – 2008.
243
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA.
A Química está ligada intimamente a todo o desenvolvimento das civilizações, a partir das primeiras
necessidades do homem pré-histórico, tais como: necessidades de sobrevivência, de comunicação, de
desenvolvimento de técnicas de domínio de fogo, etc. Também não se pode falar da história da Química sem
se reportar a fatos políticos, religiosos e sociais.
O poder, representado pela riqueza, e a cura de todas as doenças, sinônimo de vida eterna, são buscas
incessantes da humanidade. Sendo assim, as primeiras citações acerca da Química são provenientes da
alquimia, que buscava o elixir da vida eterna e a pedra filosofal. O século XIX foi o período no qual a ciência
se consolidou e passou a definir as marcas na caminhada da humanidade. As primeiras atividades de caráter
educativo envolvendo a Química no Brasil surgiram também neste século, provenientes das transformações
de ordem política e econômica que ocorriam na Europa. Muito embora existam, atualmente, formas distintas
de conceber o ensino de Ciências e de Química, a pedagogia sócio-histórica já é um referencial teórico na
prática de alguns professores. Qual seria a concepção de ensino de Química que romperia com as abordagens
tradicionais do objeto de estudo da disciplina? Chassot, propõe "alternativas para um ensino com utilidade
onde se busca mostrar uma educação, através da Química, que: contribua para alfabetização científica do
cidadão e da cidadã; faça a migração do esoterismo ao exoterismo e, assim, facilite a leitura do mundo".
(CHASSOT, 1995, p. 151).
Acredita-se, pois, que o ensino de Química que leva à alfabetização científica do sujeito deve estar
centrado na inter-relação de dois componentes básicos: conhecimento químico e o contexto social,
possibilitando o entendimento do mundo sua interação com ele, enfatizando o histórico da Química,
contextualizando a Química no meio ambiente e no desenvolvimento agrícola, enfim, reconhecer o papel da
Química em todo o processo de desenvolvimento das civilizações a partir das primeiras necessidades
humanas, como processo produtivo industrial, rural, ambiental e com o desenvolvimento científico,
tecnológico e os aspectos sócios- político- culturais, dentro dos limites éticos e morais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :
MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
244
CONTEÚDO BÁSICO: MATÉRIA.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Constituição da matéria;
Estados de agregação;
Natureza elétrica da matéria;
Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...);
Tabela Periódica.
CONTEÚDO BÁSICO: SOLUÇÃO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Substância: simples e composta;
Misturas;
Métodos de separação;
Solubilidade;
Concentração;
Forças intermoleculares;
Temperatura e pressão;
Densidade;
Dispersão e suspensão;
Tabela Periódica.
CONTEÚDO BÁSICO: VELOCIDADE DAS REAÇÕES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Reações químicas;
Lei das reações químicas;
Representação das reações químicas;
Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão);
Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentra ção dos reagentes, inibidores) ;
Lei da velocidade das reações químicas;
Tabela Periódica.
245
CONTEÚDO BÁSICO: EQUILÍBRIO QUÍMICO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Reações químicas reversíveis;
Concentração;
Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);
Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores;
Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks);
Tabela Periódica
CONTEÚDO BÁSICO: LIGAÇÃO QUÍMICA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Tabela periódica;
Propriedade dos materiais;
Tipos de ligações químicas em relação às propriedades dos materiais;
Solubilidade e as ligações químicas;
Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;
Ligações de Hidrogênio;
Ligação metálica (elétrons semi-livres);
Ligações sigma e pi;
Ligações polares e apolares;
Alotropia.
CONTEÚDO BÁSICO: REAÇÕES QUÍMICAS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Reações de Oxi-redução;
Reações exotérmicas e endotérmicas;
Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;
Variação de entalpia;
Calorias;
Equações termoquímicas;
Princípios da termodinâmica;
Lei de Hess;
Entropia e energia livre;
Calorimetria;
246
Tabela Periódica.
CONTEÚDO BÁSICO: RADIOATIVIDADE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Modelos Atômicos (Rutherford);
Elementos químicos (radioativos);
Tabela Periódica;
Reações químicas;
Velocidades das reações;
Emissões radioativas;
Leis da radioatividade;
Cinética das reações químicas;
Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);
CONTEÚDO BÁSICO: GASES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Estados físicos da matéria;
Tabela periódica;
Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura
x volume);
Modelo de partículas para os materiais gasosos;
Misturas gasosas;
Diferença entre gás e vapor;
Leis dos gases.
CONTEÚDO BÁSICO: FUNÇÕES QUÍMICAS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Funções Orgânicas
Funções Inorgânicas
Tabela Periódica
Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 - História e Cultura Afrobrasileira e Africana, Lei 11645/08 – História Cultura Afro- Brasileira e Indígena.
247
Conteúdo referente à Cultura afro-brasileira, Africana e Indígena Lei nº 11645/03/08 : Estudo das
características biológicas (biotipo dos diversos povos); bem como as contribuições dos povos africanos de
seus ascendentes para os avanços da Ciência e da tecnologia.
Essa proposta curricular tem como princípio educativo a perspectiva do campo, uma vez que a
prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os conhecimentos e valores construídos
historicamente no campo. Assim a educação escolar estará vinculada organicamente a essa problemática, no
sentido de explicações de suas contradições , ao mesmo tempo, construindo um conhecimento com base nas
ciências, na história e na filosofia.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Programar uma relação dialógica em sala de aula expressa em oportunidades pelas quais as múltiplas
formas de pensar e as pré-concepções dos alunos entrem em contato umas com as outras, vinculando o
cotidiano do aluno ao conhecimento cientifico, valorizando os conhecimentos de cada aluno, quer seja
adquirido em séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das
vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados, com objetivo de validá-los cientificamente,
ampliando-os e generalizando-os. Sendo assim, quando a abordagem for do conteúdo estruturante
Biogeoquímica, dialogar com a atmosfera, hidrosfera e litosfera; na abordagem do conteúdo estruturante
Química Sintética, o foco é a produção de novos materiais e com o conteúdo estruturante Matéria e sua
natureza relacionar o comportamento macroscópico e microscópico da matéria. Para o conteúdo estruturante
Biogeoquímica e Química Sintética, a sistematização dos conceitos acontecerá por meio das abordagens
históricas, sociológica, ambiental, representacional e experimental dos conteúdos químicos. Para o conteúdo
estruturante matéria e sua natureza, a abordagem representacional explorando as fórmulas químicas e
modelos amplamente. Enfatizando também a utilização de modelos para explicar comportamentos
microscópicos e experimentação para compreensão dos fenômenos químicos. Os trabalhos poderão ser
desenvolvidos através de aulas expositivas e práticas, pesquisas extraclasse, palestras relacionadas às
atividades químicas desenvolvidas na região, videoconferências, seminários, etc. A tecnologia digital foi um
avanço no processo de aprimoramento da prática pedagógica. A implantação de laboratório de química e
informática, bem como os programas educativos vistos via satélite e via internet a partir dos conteúdos
pedagógicos, serão utilizados na prática docente.
AVALIAÇÃO:
A avaliação deve ser: contínua, diagnóstica, cumulativa, participativa e somativa, podendo o
professor utilizar-se dos seguintes instrumentos: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura
e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, avaliação
escrita e oral, apresentação de seminários, conferências, simpósios, etc.
248
Esse processo deve ser desenvolvido de acordo com o contexto escolar e com o Projeto Político
Pedagógico da Escola.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Lei nº 9.795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências.Brasília, 1999.
______. Lei nº11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
______. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
______. Lei nº 11.769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação do Campo, 2010.
HISTORIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: EDUCANDO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICAS- RACIAIS – series cadernos temáticos.
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da
rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná,
Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
______. Educação ambiental na escola.. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos temáticos
dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da Educação - Diretrizes
Curriculares Orientadoras de Química, 2008.
249
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Na área das Ciências Sociais, a Sociologia é a disciplina central. Essa expressão abrange todas as
disciplinas científicas que se ocupam do homem, não tanto como parte da natureza, mas como um ser que
cria a cultura e a sociedade. Considera–se como disciplinas sociais fundamentais a Antropologia, a
Economia, a Política, o Direito, a Ecologia, a Linguística. Mas a considerável massa de dados oferecidos por
essas ciências deve ser ordenada por uma disciplina central que possua método e objeto próprio. Mannheim
observa que “ a Sociologia é, de um lado, uma disciplina sintética que unifica, a partir de um ponto de vista
básico, os resultados isolados das demais disciplinas, e por outro lado, é uma disciplina analítica e específica
com um campo próprio de investigação.”
Os grandes problemas que vivemos hoje, provenientes do acirramento das forças do capitalismo
mundial e do desenvolvimento industrial desenfreado, entre outras causas, exigem sujeitos capazes de refutar
a lógica neoliberal da destruição social e planetária. A formação de novos valores, de uma ética e de novas
práticas que indiquem a possibilidade de construção de novas relações sociais é essencial e tarefa inadiável
da escola e da Sociologia. O objeto de estudo desta disciplina é o conhecimento e a explicação da sociedade
pela compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das relações que se
estabeleçam no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a compreensão das consequências dessas
relações para indivíduos e coletividades.
Para que a proposta se concretize, a disciplina de Sociologia está embasada em conteúdos
estruturantes que são conhecimentos de grande amplitude, conceitos, práticas que identificam e organizam
campos de estudo considerados centrais e básicos para a compreensão dos processos de construção social.
Assim, para que o trabalho a ser desenvolvido possa satisfazer o quê é proposto acima, são elencados adiante
objetivos a fim de clarificar tal proposta, proporcionando condições ao aluno para:
•
Estudar fenômenos que não são tratados especificamente em outras disciplinas, como os problemas
sociais.
•
Compreender que os problemas que emergem na sociedade como violência, drogas, delinquência,
saúde, educação, moradia, níveis de vida etc., têm suas origens no próprio desenvolvimento social.
•
Reconhecer o papel da sociologia como elemento útil para a tomada de decisões das autoridades
públicas, professores, administradores, entre outros;
•
Mostrar que a atitude sociológica se manifesta na exata descrição dos problemas sociais, na busca de
causas e soluções.
•
Desnaturalização das ações que se estabelecem na sociedade.
•
Percepção de que a realidade social é histórica e socialmente construída.
•
Explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-noções e
pré-conceitos.
250
•
Questionamento quanto à existência de verdades absolutas, sejam elas na compreensão do cotidiano,
ou na constituição da ciência.
•
Inserção do aluno como sujeito social que compreende a sua realidade imediata, mas que também
percebe o que se estabelece além dela.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes propostos são representativos dos grandes campos de saber, da cultura e
do conhecimento universal e devem ser compreendidos a partir da práxis pedagógica como construção
história. Sendo assim tais conteúdos norteiam professores e alunos que são sujeitos da educação escolar e da
prática social, a seleção, organização e problematização dos conteúdos básicos, a partir das necessidades
locais e coletivas, sem perder a busca da totalidade, em inter-relações e não na simples somo das partes. Os
conteúdos básicos em Sociologia apresentam a possibilidade de serem desdobráveis em conteúdos
específicos, por meios dos quais sejam atendidas as necessidades específicas de cada realidade escolar. A
escolha dos conteúdos específicos para cada conteúdo básico proposto, está diretamente relacionada a prática
docente, por isso os conteúdos específicos não são elencados nas Diretrizes Curriculares de Sociologia,
devendo cada professor apresentar uma pratica diversificada e que atenda as especificidades de suas
respectivas turmas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas;

Processo de Socialização e as Instituições Sociais;

Cultura e Indústria Cultural;

Trabalho, Produção e Classes Sociais;

Poder, Política e Ideologia;

Direito, Cidadania e Movimentos Sociais.
Conteúdos Básicos de “Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas”

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social;

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber;

O desenvolvimento da sociologia no Brasil.
Conteúdos Básicos de “Processo de Socialização e as Instituições Sociais”

Processo de Socialização;

Instituições sociais: Familiares, Escolares E Religiosas;
251

Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).
Conteúdos Básicos de “Cultura e Indústria Cultural”

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na analise das diferentes
sociedades;

Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Indústria cultural no Brasil;

Questões de gênero;

Cultura afro-brasileira e africana e Culturas indígenas.
Conteúdos Básicos de “Trabalho, Produção e Classes Sociais”
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; Desigualdades sociais: estamentos,
castas, classes sociais; Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; Globalização
e Neoliberalismo; Relações de trabalho; trabalho no Brasil.
Conteúdos Básicos de “Poder, Política e Ideologia”
Formação desenvolvimento do Estado Moderno; Democracia, autoritarismo, totalitarismo; Estado no
Brasil; Conceitos de Poder; Conceitos de Ideologia; Conceitos de dominação e legitimidade; As expressões
da violência nas sociedades contemporâneas.
Conteúdos Básicos de “Direito, Cidadania e Movimentos Sociais”
Direitos: civis, políticos e sociais; Direitos Humanos; Conceito de cidadania; Movimentos Sociais;
Movimentos Sociais no Brasil; A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; A questão das ONG's.
Conforme a lei 10.639/03 que trata da História e Cultura Afro Brasileira e Africana e a Lei 11.645/08, estes
temas serão trabalhados em forma de pesquisa de campo, filmes e análises de textos, explicitados abaixo.
Serão trabalhados durante o período letivo, atrelados aos conteúdos, à medida que surgirem
oportunidades, outras temáticas importantes conforme as legislações vigentes: História do Paraná (Lei nº
13.381/01); História e cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº 11.645/08); História e Cultura AfroBrasileira e Africana (Lei 10.639/03); Música (Lei nº 11.769/08); também outros temas como, prevenção ao
252
uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental; educação fiscal, enfrentamento à
violência contra a criança e o adolescente. Direito das Crianças e Adolescente Lei Federal nº 11.525/07;
Educação Tributária – Decreto nº 1143/99, Portaria nº 413/02; Educação Ambiental – Lei Federal nº
9795/99, Decreto nº 4201/02.
METODOLOGIA
O ensino de sociologia deve ser encaminhado no sentido de fazer o aluno pesquisar, entender,
explicar e criticar a dialética dos fenômenos sociais do cotidiano a partir de uma perspectiva que não seja a
do senso comum. Para isso, o trabalho em sala de aula segue como estabelecido nas Diretrizes Curriculares
da Educação Básica-Sociologia (2008, p. 106), onde “Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a
proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem
ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos
jornalísticos e obras literárias.”
De acordo com os conteúdos estruturantes selecionados é possível tornar concreto a disciplina, pois
os temas e assuntos abordados estão presentes na sua realidade seja ela próxima ou não, como aquelas
mostradas constantemente pelos meios de comunicação, possibilitando as inter–relações entre os diversos
fenômenos, facilitando inclusive as trocas entre a presente disciplina (conhecimento sociológico) e os
conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a matriz curricular do Ensino Médio.
O conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação, descrição e estabelecimento de
correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e
explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré-noções e
preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas
direcionadas à transformação social.
Para que os conteúdos trabalhados e a metodologia, possam atender às necessidades do grupo social
atendido, no caso o aluno do Ensino Médio, deverá ser considerado em sua especificidade etária e em sua
diversidade cultural, aspectos como: a linguagem, interesses pessoais e profissionais, e necessidades
materiais. Outro aspecto importante a ser levado em conta são as peculiaridades da realidade em que o
estabelecimento de ensino está inserido e a origem social do seu aluno.
No ensino de Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu
aprendizado; fazendo com que o aluno seja constantemente provocado a relacionar a teoria com a prática já
vivida no seu cotidiano; que possa rever conhecimentos e reconstruir coletivamente novos saberes para a
construção do pensamento científico.
Nas práticas pedagógicas no ensino de Sociologia, serão trabalhados encaminhamentos
metodológicos próprios do conhecimento sociológico: a pesquisa de campo, o uso de recursos audio-visuais,
especialmente vídeos e filmes.
Pesquisa de Campo:
−
Discussão com o grupo para definição do tema;
253
−
Elaboração de pré-projeto de pesquisa a partir de revisão bibliográfica;
−
Elaboração de roteiro;
−
Ida ao campo para levantamento de dados;
−
Organização dos dados coletados;
−
Organização de tabelas com a teoria;
−
Análise e articulação com a teoria;
−
Encaminhamentos e dissertação do conteúdo.
Filme:
Os filmes a serem trabalhados deverão ser entendidos como: texto, leitura, interpretação,
compreendendo linguagens próprias e apresentando:
•
Interesses do conteúdo;
•
Faixa etária;
•
Repertório cultural do aluno;
•
Discussão da ficha técnica do filme;
•
Elaboração de roteiro com aspectos fundamentados para o conteúdo de Sociologia;
•
Exibição do filme;
•
Discussão e articulação das temáticas contempladas com a teoria sociológica;
•
Sistematização através de produção de texto e/ou linguagem (visual, musical, literária);
O livro didático público de Sociologia incorporou, na problematização dos conteúdos, os momentos
do ensino de Sociologia como suporte teórico as aulas, podendo este ser usado como ponto de partida para
professores e alunos num processo de : problematização, investigação e de desenvolvimento de um
pensamento crítico e instigante.
Sob uma perspectiva de inclusão social, essas Diretrizes consideram o cumprimento da Lei nº
10.639/03 que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos
indígenas do Brasil. A disciplina trabalhará as temáticas dentro dos conteúdos básicos.
Outros recursos poderão ser usados para enriquecer a disciplina de Sociologia como: consulta ao
acervo da Biblioteca do Professor para subsidiar a pesquisa do professor e dos alunos e/ou acesso ao Portal
dia a dia Educação para exploração dos recursos de estudo e pesquisas disponíveis, que enfatizam o ensino
da História e Cultura Afro-brasileira e cultura dos povos indígenas do Brasil.
AVALIAÇÃO
Para que a sociologia crítica desperte o interesse pelo questionamento e reflexão acerca do mundo
em que vivemos, será necessário um processo que acompanhe as próprias práticas de ensino e aprendizagem
254
da disciplina , através de reflexão crítica em debates, participação em pesquisa de campo, produção de textos
que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, entre outros. O fundamental neste processo
é que não só aluno mas também professores e a instituição escolar se avaliem constantemente em suas
dimensões práticas e discursivas e em seus princípios políticos e democráticos. Para isso, o professor tem à
sua disposição recursos didáticos e tecnológicos, como livro didático, romances, textos diversos, revistas e
jornais, TV multimídia, pendrive, DVD, data-show, laboratório de informática para pesquisa na internet e
biblioteca da escola, painéis expositivos, dramatizações de diálogos. Então, após a efetivação desses
processos, espera-se que os alunos possam:
Compreender:
- O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência;
- Como as teorias clássicas relacionam- se com o mundo contemporâneo;
- Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão da sociedade e dos
indivíduos;
- Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para capacidade de análise e
crítica da realidade social que os cercam;
- Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a diversidade de
interesses existentes na sociedade;
- A organização e a influência das instituições e grupos sociais em seu processo de socialização e as
contradições deste processo;
-
Como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de dominação na sociedade
contemporânea;
- Como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que transformam os meios de
comunicação de massa em poderosos instrumentos de formação e padronização de opiniões, gostos e
comportamentos;
- O contexto histórico da conquista de direitos e sua relação com a cidadania;
- As diversas possibilidades de se entender a cidadania;
- O contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais e suas especificidades.
Identificar-se:
- Como seres eminentemente sociais.
Refletir:
- Sobre suas ações individuais e percebam que as ações em sociedade são interdependentes.
Identificar e compreender:
-
A diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças sexuais e de gênero presentes nas
sociedades.
Entender:
- O consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que está relacionada a um
determinado sistema econômico, político e social.
255
Compreender, de forma crítica:
- A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história;
- A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho diversas a ela;
- As especificidades do trabalho na sociedade capitalista;
- Que desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são “naturais”, variam
conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação econômica e de dominação política;
- As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de
globalização.
Analisar e compreender:
- De forma crítica, o desenvolvimento do Estado Moderno e as contradições do processo de
formação das instituições políticas.
- Analisar criticamente os processos que estabelecem as relações de poder presentes nas sociedades.
- Compreender e avaliar o papel desempenhado pela ideologia em vários contextos sociais.
- Compreender os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes sociedades.
- Perceber criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e estabelece na sociedade
brasileira.
Perceber:
- Com direitos, que hoje se consideram “naturais”, são resultado da luta de diversos indivíduos ao
longo do tempo.
Identificar:
- Grupos em situação de vulnerabilidade em nossa sociedade, problematizando a necessidade de
garantia de seus direitos básicos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999.
______. Lei nº 11.525/07. Dispõe sobre a inclusão de conteúdos que trate dos direitos das crianças e
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. Brasília, 2007.
______. Lei nº 11.645/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Brasília, 2008.
______. Lei nº 11.769/08. Dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica. Brasília,
2008.
PARANÁ. Educação ambiental na escola.. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Educação do campo. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
256
______. Educação escolar indígena. Curitiba: SEED/SUED/DEF/CEI, 2008b. (Cadernos temáticos).
______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2008c.
(Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED/SUED/DPPE/CDEC, 2010. (Cadernos
temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
______. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED/SUED/DEF, 2005. (Cadernos temáticos).
Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Departamento da Educação Básica.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Sociologia. Curitiba, 2008. Conforme Resolução nº
1986/2011 – GS/SEED, Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO / Vários autores – Curitiba SEED. 2ª Edição.
257
PARTE III
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM
CONTRATURNO/ARTES VISUAIS
Nível de Ensino: Ensino Fundamental
Macrocampo: Cultura e Arte
Turno: Tarde
CONTEÚDOS
Com base nas Diretrizes Curriculares Orientadoras Estaduais de Arte, serão trabalhados os seguintes
conteúdos estruturantes: Elementar Formais -
ponto; linha; superfície; textura; volume; luz e cor.
Composição – figurativa; abstrata; figura fundo; bidimensional; tridimensional; semelhanças; contrastes;
gêneros; paisagem; natureza morta; técnicas: pintura, escultura, artesanato e fotos. Movimentos e períodoArte Pré-histórica; Arte Pré-Colombiana, Arte Africana; Arte Bizantina; Cubismo; Dadaísmo; Surrealismo;
Op-art; Arte indígena; Arte Brasileira e Arte Paranaense.
OBJETIVOS
•
vivenciar o processo artístico, evoluindo no que se refere a produção técnica, a representação
imaginativa e expressiva.
•
transformar elementos da natureza do campo em manifestações artísticas, utilizando-se de matériasprimas como troncos, galhos, folhagens, sementes etc., e Dos instrumentos utilizados para ofendê-la,
como arapucas, estilingues, etc.
•
Entender a importância do ato de reciclar para melhoria das condições do meio ambiente.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia a ser utilizada para a realização deste programa se valerá de pesquisa de campo, onde
o aluno através de seu cotidiano, trará para a sala de aula os objetos passíveis de transformação. Restos de
madeiras, troncos e galhos de árvores mortas, sementes, gaiolas, estilingues, lascas de madeiras e tudo mais
que a natureza puder oferecer serão utilizados para a manifestação artística. Vale ressaltar que nenhum galho,
ramo ou folhas verdes serão colhidos, pois a única matéria-prima utilizada será aquela já sem vida. De
acordo com a problemática estudada, é possível a ampliação dos saberes que incluem a comunidade e a
escola.
258
AVALIAÇÃO
A avaliação será no decorrer da atividade, diagnosticando o interesse, a participação, a iniciativa dos
alunos quanto aos objetivos propostos e o processo de criação das obras artísticas e na finalização das
mesmas, através da criatividade e interação dos alunos. No final será apresentado à comunidade as criações
artísticas desenvolvidas por nossos alunos. A pesquisa de Campo será de grande valor no desenvolvimento
do programa, considerando a participação de todos.
RESULTADOS ESPERADOS
Para o Aluno: Tornar-se sujeito participativo, interativo e transformador em seu meio e na sociedade;
transformando elementos da natureza em manifestação artística.
Para a Escola: Desenvolver em seus alunos a capacidade de abstrair, criar, pensar, trabalhar em
equipe, aceitar críticas e desenvolver seus pensamentos críticos, buscando recriação permanente do saber.
Para a Comunidade: Entender a importância do ato de reciclar, melhorando as condições de vida no
meio ambiente e maior interação com a natureza e com o que ela oferece, almejando o desenvolvimento
sustentável e a ampliação do saber.
REFERÊNCIAS
AMARAL, Aracy A . Arte para quê?:a preocupação social na arte brasileira, 1930 – 1970. 3. ed. São
Paulo: Studio Nobel, 2003.
GROMBRICH, E. H. A história da arte. Tradução Álvaro Cabral. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Oreintadoras da Educação Básica – Arte. Curitiba: SEED, 2008.
______. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino
Fundamental. Educação do campo. Curitiba: SEED, 2005 (Cadernos temáticos).
______. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de ensino
Fundamental. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED, 2005. 2ª impressão em 2008. (Cadernos temáticos).
259
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM
CONTRATURNO/MÚSICA
Nível de Ensino: Ensino Médio
Macrocampo: Cultura e Arte
Turno: Tarde
CONTEÚDOS
Com base nas Diretrizes Curriculares Orientadoras de Artes, serão trabalhados os seguintes
conteúdos estruturantes: Elementos Formais; altura; duração; timbre; intensidade; densidade. Composição –
ritmo; harmonia; contemporânea; escalas; estrutura; gêneros: erudita, folclórica, popular; vocal,
improvisação. Movimentos e Período: Arte Greco-Romana; Arte Africana; Vanguardas; Música Popular
Brasileira; Arte Popular; Arte Indígena; Arte Brasileira e Arte Paranaense; Indústria Cultural.
OBJETIVOS
•
Possibilitar o desenvolvimento de habilidades artísticas; Compreender as diferentes formas musicais
populares, suas origens e práticas contemporâneas.
•
Compreender a música como fator de transformação social; Valorizar e estimular o trabalho em
equipe.
•
Desenvolver a capacidade musical; Apreender as especificidades do canto coral
•
Propiciar à comunidade escolar uma vivência artística
•
Conhecer a diversas manifestações musicais e sua relação com a história e com a sociedade em que
foram produzidas
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A cada música escolhida, será realizada pesquisa sobre a origem da mesma isto é sobre seu autor,
quando e em que contexto foi composta. A seguir se dará início a uma análise da música, destacando que
mensagem transmite quanto à letra, harmonia e melodia, além do conteúdo ideológico que ela transmite.
Depois do referido trabalho de pesquisa, parti-se-á para o processo de estudo do ritmo, da harmonia e da
melodia da música a ser aprendida. Só então a música será executada, como concretização de um intenso
trabalho de investigação por parte do aluno e professor, visando uma posterior apreciação das músicas pela
comunidade escolar.
260
AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados durante todo o período de desenvolvimento do “Projeto”, através de,
pesquisa, trabalho em grupo, percepção do ritmo e melodia abordada em cada música selecionada, interação
com as práticas e atividades musicais, envolvimento com o grupo, auto avaliações, avaliações orais e
escritas, e também na exposição final junto à comunidade escolar.
RESULTADOS ESPERADOS
Para o Aluno: Conhecimento de diversas obras musicais e as formas musicais populares e práticas
contemporâneas, compreender o folclore popular rural e a evolução da cultura do campo; melhorar a relação
consigo mesmo e com os outros. Desenvolver e descobrir suas habilidades musicais, perceber a sintonia que
a deve haver entre a melodia e o ritmo musical.
Para a Escola: Contribuir para o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e artístico de nossos
alunos, desenvolvendo habilidades no corpo e na alma. Melhorar o trabalho coletivo construindo identidades
artísticas.
Para a Comunidade: Propiciar uma vivência artística, conhecer as diversas manifestações artísticas
existente. Melhorar a convivência e a responsabilidade social, levando nossos alunos a compreender a
interdependência entre os seres humanos, e a música como fator de transformação social.
REFERÊNCIAS
GROMBRICH, E. H. A história da arte. Tradução Álvaro Cabral. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica – Arte. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino
Fundamental. Educação do campo. Curitiba: SEED, 2005. (Cadernos temáticos).
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de ensino
Fundamental. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba: SEED, 2005. 2ª impressão em 2008. (Cadernos temáticos).
WISNIK, José Miguel. O som e o sentido. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
261
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM
CONTRATURNO/FUTSAL
Nível de Ensino: Ensino Fundamental
Macrocampo: Esporte e Lazer
Turno: Tarde
CONTEÚDOS
Histórico, Fundamentos, Regras; Sistema técnico e tático de futsal .
OBJETIVOS
•
Oportuniza aos alunos do “Campo, um treinamento esportivo, aprofundando seus conhecimentos em
relação ao esporte, visto que os mesmos tem pouco acesso à atividade esportiva se comparado com
alunos que reside na zona urbana.
•
Desenvolver habilidade da técnica do futsal, na execução dos fundamentos e sistemas táticos,
conciliando a tática individual com a coletiva.
•
Possibilita aos alunos a descoberta de suas habilidades, através de atitudes de respeito mútuo,
cooperação, exercício critico da cidadania e princípios democráticos, necessários não só dentro do
esporte, mas também na vida social.
•
Estimular o espírito de competição, visando seu desempenho próprio, respeitando o grupo e a
individualidade dos participantes .
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Ocorrerão aulas teóricas e expositivas, além de aulas práticas onde o aluno deverá vivenciar o
desenvolvimento do esporte, respeitando as regras do futsal, superando as dificuldades aplicando os
conhecimentos adquiridos. Os treinamentos serão realizados dentro das características especificas de cada
aluno com trabalhos táticos utilizando o método próprio dessa modalidade, inseridos na especificidade dos
gestos técnicos do futsal e assim respeitando as dificuldades e individualidade dos alunos.
AVALIAÇÃO
Será através de um processo diagnostico, contínuo e progressivo, onde serão considerados e
observados: o desenvolvimento motor do aluno na execução das regras do futsal, a compreensão dos
fundamentos, a disciplina, a interação, a organização, a iniciativa e o posicionamento ao enfrentar os
problemas e conflitos.
262
RESULTADOS ESPERADOS
Para o Aluno: Adquirir domínio dos fundamentos técnicos e táticos do futsal, sendo capazes de interagir de
forma mais consciente e ativa em situações ocorrentes no mesmo, agindo coletivamente, defendendo,
atacando de forma organizada, gerando um aprendizado pessoal e grupal, possibilitando o auto conhecimento
como ser único e social.
Para a Escola: Contribuir na formação educacional dos nossos alunos, formando cidadãos que, respeitam e
partilham experiências, buscando interação e cooperação com o grupo de convivência, exercendo sua
cidadania.
Para a Comunidade: Conscientizar e valorizar a pratica regular de atividades físicas na busca de uma vida
saudável, prevenindo doenças e muitas vezes contribuindo para que nossos jovens ocupando o tempo ocioso,
fique longe das drogas, criando o habito de pratica esportiva para toda a vida, revelando a todos os benefícios
da atividade esportiva.
REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica- Educação Física. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
______, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica – Educação do Campo. Curitiba: SEED, 2010.
LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus Editorial, 1978.
FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro: teoria e prática da Educação Física. São Paulo:
Scipione, 1992.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo:Cortez ,1992
263
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR SALA DE APOIO/PORTUGUÊS
6º ano
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a educação
jesuíta. Essa educação era instrumento fundamental na formação da elite colonial, ao mesmo tempo em que
se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os indígenas(MOLL, 2006, p.13). A concepção d educação e o
trabalho de escolarização dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia
o modo de pensar. Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção filosófica intelectualista, que a linguagem se
constituía no interior da mente e a sua materialização fônica revelava o pensamento.
As primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos que tinham
acesso a uma escolarização mais prolongada. Essas práticas visavam à construção de uma ordem patriarcal,
estamental e colonial.
Em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil,
proibindo o uso da Língua Geral. No ano seguinte, os jesuítas, que haviam catequizado índios e produzido
literatura em língua indígena, foram expulsos do Brasil. Essa foi uma das primeiras medidas para tornar
hegemônica a Língua Portuguesa em todo o território. Essa hegemonia foi “conseguida, historicamente, a
ferro e fogo: com decretos e proibições, expulsões, prisões, perseguições e massacres”.
Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de ensino superior no
Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que emergia. Essas instituições de
ensino, portanto privilegiariam as camadas da sociedade, europeizando e produzindo uma educação que
visava à manutenção do status quo.
Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de língua Portuguesa passou a integrar os
currículos escolares brasileiros. Até 1869, o currículo privilegiava as disciplinas clássicas, sobretudo o
Latim, restando ao português um espaço sem relevância.
No contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa não poderia dispensar
propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos para o espaço
escolar, dentre elas a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos
na escola.
Portanto é tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas sociais que
utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a
escola desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se
constituir no âmbito de uma sociedade letrada.
Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola pública em uma sociedade
cheia de conflitos sociais, radicais, religiosos e políticos de forma ativa, marcando, assim, suas vozes no
contexto em que estiverem inseridos.
264
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Leitura de Gêneros Discursivos: história em quadrinho, piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos de
fábulas, poema, narrativa de enigma, narrativa de aventura, dramatização, exposição oral, comercial para
TV, causos, cartas pessoal, e-mail, receita, convite, autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados,
verbetes, quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de jogo, anedotas,
entre outras.
CONTEÚDO BÁSICO
Identificação do tema.
Interpretação textual, observando: conteúdo temático; interlocutores; fonte; intertextualidade;
informatividade; intencionalidade; marcas linguísticas.
Identificação do argumento principal e secundário.
OBJETIVOS
1 - Expressar-se oralmente empregando dicção, gesto, postura, entonação adequada ao contexto de
diferentes tipos de textos.
2 – Favorecer o conhecimento da escrita concebendo a linguagem e códigos como conjunto de
práticas interacionais e sociais.
3 – Interpretar o discurso escrito e oral estabelecendo relações entre texto e contexto
4 – Produzir frases e textos coerentes e de diferentes gêneros.
5 – Explorar os conteúdos gramaticais de acordo com o grau de complexidade das estruturas
linguísticas usadas, diminuindo as possíveis dificuldades de compreensão.
6 – Fixação e sistematização ortográfica, promovendo a autocorreção e estimular o uso do dicionário
para “tirar dúvidas”.
7 – Ampliar o vocabulário com palavras novas e sua aplicação.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
As atividades serão realizadas através de exercícios e jogos individuais e em grupos, tendo sempre
contato direto com o aluno e procurando adaptar as atividades com a maneira de aprender dos alunos.
AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura, seja, um processo de
aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Em
uma concepção tradicional, a avaliação da aprendizagem é vivenciada como o processo de toma-lá-dá-cá. Ou
seja, o aluno precisa desenvolver ao professor o que dele recebeu e, preferência, exatamente como recebeu.
No entanto, a Lei nº. 9394-96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), destaca a
chamada avaliação formativa, vista como mais adequada ao dia a dia da sala de aula e como grande avanço
em relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo classificatório.
265
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
diferente, e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica
aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui
com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
9º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Leitura: compreender uma ampla variedade de textos: notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos
científicos, reportagens, propagandas, informações, charges, romances e contos. Leitura de imagens como:
fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais.
Escrita: relações entre o uso e o aprendizado da língua. O reconhecimento das relações de poder no
discurso potencializa na escrita a possibilidade de resistência a determinados valores sócios culturais. Podem
ser trabalhados: relatos, bilhetes, cartaz, cartazes, anúncios publicitário, poemas, crônicas, notícias,
relatórios, editoriais e entrevistas.
CONTEÚDO BÁSICO
Identificação do tema.
Interpretação textual, observando: conteúdo temático; interlocutores; fonte; intertextualidade;
informatividade; intencionalidade; marcas linguísticas.
Identificação do argumento principal e secundário.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
As atividades serão realizadas através de exercícios e jogos individuais e em grupos, tendo sempre
contato direto com o aluno e procurando adaptar as atividades com a maneira de aprender dos alunos.
AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura, seja, um processo de
aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Em
uma concepção tradicional, a avaliação da aprendizagem é vivenciada como o processo de toma-lá-dá-cá. Ou
seja, o aluno precisa desenvolver ao professor o que dele recebeu e, preferência, exatamente como recebeu.
No entanto, a Lei nº. 9394-96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), destaca a
chamada avaliação formativa, vista como mais adequada ao dia a dia da sala de aula e como grande avanço
em relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo classificatório.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
diferente, e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica
aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui
com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
266
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica/Língua Portuguesa – SEED-Pr
FERREIRA, Mauro. Entre palavras. São Paulo: FTD, 2002
KANASHIRO, Áurea Regina. Projeto Araribá. 1ª edição. São Paulo: Moderna, 2006
267
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR SALA DE APOIO/MATEMÁTICA
6º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
1 – Números e Álgebra
2 - Grandeza e medidas
3 - Geometrias
4 - Tratamento de informação
CONTEÚDOS BÁSICO
Medidas de Comprimento,
•Medidas de Massa,
•Medidas de Área,
•Medidas de Volume,
•Medidas de Ângulos,
•Sistema Monetário.
•Sistema de Numeração,
•Números Naturais,
•Múltiplos e Divisores,
•Potenciação e Radiciação,
•Números Fracionários,
•Números Decimais.
•Dados Tabelas e Gráficos,
•Juros Simples,
•Gráfico,
•Estatística e
•Juros composto.
•Geometria Plana
•Geometria Espacial.
OBJETIVOS
- Adquirir noções básicas matemáticas (cálculos).
- Adquirir e utilizar diferentes conceitos a partir de experiências e fatos da vida cotidiana.
- Trabalhar com atividades diversificadas no concreto e posteriormente passando para o abstrato.
268
- Adotar uma atitude positiva em relação à Matemática, ou seja desenvolver sua capacidade de “ fazer
Matemática” compreendendo e construindo conceitos e procedimentos. Formulando e resolvendo problemas
por si mesmo.
- Observar sistematicamente a presença da matemática no dia a dia ( quantidade, números, formas
geométricas, grandezas e medidas, tabelas e gráficos),
- Interagir com os colegas cooperativamente, em dupla ou em equipe.
- Melhorar o rendimento escolar dos alunos.
- Trabalhar de forma efetiva para reverter a situação de defasagem escolar dos frequentadores das Salas de
Apoio.
- Incentivar a importância dos estudos e do trabalho em equipe.
- Socializar os alunos com dificuldades de relacionamento.
- Desenvolver o potencial dos alunos que frequentam a Sala de Apoio, utilizando estratégias diferenciadas
daquelas empregadas no ensino regular.
- Conhecer e saber utilizar materiais diversos para confeccionar outros objetos.
9º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
1 – Geometria
2 - Grandeza e medidas
3 - Números e Álgebra
4 - Tratamento de informação
CONTEÚDOS BÁSICO
•Geometria Plana,
•Geometria Espacial,
•Relações Métricas no Triângulo Retângulo,
•Trigonometria no Triângulo Retângulo.
•Medidas de Comprimento,
•Medidas de Massa,
•Medidas de Área,
•Medidas de Volume,
•Medidas de Ângulos,
•Sistema Monetário.
269
•Sistema de Numeração,
•Números Decimais,
•Múltiplos e Divisores,
•Potenciação e Radiciação,
•Números Fracionários,
•Números Decimais,
•Números Inteiros,
•Números Racionais Equação e Inequação de 1º grau,
•Razão e Proporção,
•Regra de Três,
•Porcentagem,
•Equação do 2º grau
•Teorema de Pitágoras.
•Dados Tabelas e Gráficos,
•Juro Simples,
•Gráfico,
•Estatística
•Juros compostos.
OBJETIVOS
- Adquirir noções básicas matemáticas (cálculos).
- Adquirir e utilizar diferentes conceitos a partir de experiências e fatos da vida cotidiana.
- Trabalhar com atividades diversificadas no concreto e posteriormente passando para o abstrato.
- Adotar uma atitude positiva em relação à Matemática, ou seja desenvolver sua capacidade de “ fazer
Matemática” compreendendo e construindo conceitos e procedimentos. Formulando e resolvendo problemas
por si mesmo.
- observar sistematicamente a presença da matemática no dia a dia ( quantidade, números, formas
geométricas, grandezas e medidas, tabelas e gráficos),
- interagir com os colegas cooperativamente, em dupla ou em equipe.
- Melhorar o rendimento escolar dos alunos.
- Sistematizar conceitos, noções e conteúdos dos anos anteriores.
- Trabalhar de forma efetiva para reverter a situação de defasagem escolar dos frequentadores das Salas de
Apoio.
- Incentivar a importância dos estudos e do trabalho em equipe.
- Socializar os alunos com dificuldades de relacionamento.
270
- Desenvolver o potencial dos alunos que frequentam a Sala de Apoio, utilizando estratégias diferenciadas
daquelas empregadas no ensino regular.
- Promover a manifestação de opiniões, do senso crítico, dando “ voz” ao aluno e permitindo que externe
seus pontos de vista.
- Conhecer e saber utilizar materiais diversos para confeccionar outros objetos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
As atividades serão realizadas através de exercícios e jogos individuais e em grupos, tendo sempre
contato direto com o aluno e procurando adaptar as atividades com a maneira de aprender dos alunos.
RECURSOS DIDÁTICOS
Caderno, lápis, borracha, caneta, lápis de cor, régua, compasso, transferidor, canetinha, atividades
impressa, jogos pedagógicos diversos, folhetos de propaganda, embalagens,CD, DVD e laboratórios de
informática.
AVALIAÇÃO
A avaliação dos objetivos traçados, dos conteúdos trabalhados, dos métodos desenvolvidos, dos
materiais didáticos usados e do envolvimento e crescimento dos alunos precisa ser algo natural, frequente,
com a finalidade de verificar o que não vai bem no processo ensino aprendizagem, para reorientá-lo
continuamente por aproximações sucessivas.
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares Orientadoras de Matemática para o ensino Fundamental e Médio 2008 – SEED-PR.
Orientações Pedagógicas – Matemática Sala de Apoio à Aprendizagem- SEED 2009
PDE/ Prova Brasil- Plano de Desenvolvimento da Educação-2011

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